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Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) 99112-3636 - [email protected] Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais By: J. E. A. Neto 1

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Professor: Joaquim Estevam de Araújo NetoFone: (95) 99112-3636 - [email protected] pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

By: J. E. A. Neto

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CONTRATO Do latim contrahere; Acordo de vontades firmado pelas partes contratantes cujas

pretensões visam um objeto lícito; Direito aprecia a vontade no campo do dever ser; Negócio jurídico; Contemporaneamente, contrato “é a relação jurídica subjetiva,

nucleada na solidariedade constitucional, destinada à produçãode efeitos jurídicos existenciais e patrimoniais, não só entre ostitulares subjetivos da relação, como também perante terceiros”(NALIN, 2002, p. 255).

Processo interno : a vontade de contratar. Autonomia davontade; Subjetivo;

Processo externo: exteriorização da vontade de contratar, é aliberdade contratual; Autonomia privada; Concreto;

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CONTRATO

Autonomia da Vontade Autonomia Privada

Ser Dever ser

Conotação subjetiva Conotação objetiva

Manifestação da liberdade individual

Poder de autorregulamentação

Liberdade de contratar Liberdade Contratual

Não exige capacidade de fato Exige capacidade de fato LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:I - agente capaz;II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;III - forma prescrita ou não defesa em lei.

CAPACIDADE DE SER PARTE

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; masa lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

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NASCIMENTO COM VIDA

PERSONALIDADE CIVIL

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual seextingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e206.

CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direitoprivado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do PoderExecutivo, averbando-se no registro todas as alterações por quepassar o ato constitutivo.

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitostem capacidade para estar em juízo.

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CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO

EXERCÍCIO PESSOAL DEDIREITOS

CAPACIDADE CIVILCAPACIDADE PROCESSUAL

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Novo CCArt. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando apessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão adireito.

CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES

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INCAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO

IMPOSSIBILIDADE DO EXERCÍCIOPESSOAL DE SEUS DIREITOS

INCAPACIDADE CIVILINCAPACIDADE PROCESSUAL

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, portutor ou por curador, na forma da lei.

CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO – CAPACIADE PROCESSUAL: É aaptidão da pessoa pessoalmente exercer todos os seus direitos(praticar todos os atos da vida civil) em juízo sem necessidade derepresentação ou assistência.

CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES

INCAPACIDADE PROCESSUAL

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LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. CCArt. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de osexercer:I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiênciamental, tenham o discernimento reduzido;III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;IV - os pródigos.

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Novo CCArt. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos davida civil:I - os menores de dezesseis anos;II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessáriodiscernimento para a prática desses atos;III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir suavontade.

CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES

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INCAPACIDADE CIVILINCAPACIDADE PROCESSUAL

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, portutor ou por curador, na forma da lei.

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (ART. 3º, CC/2002)

RELATIVAMENTE INCAPAZES (ART. 4º, CC/2002)

REPRESENTADO ASSISTIDO

CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES

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FUNÇÕES DOS CONTRATOS Função econômica (instrumento de circulação de riquezas); Função regulatória (conjunto de direitos e obrigações assumidas

pelas partes contratantes); Função social (satisfação de interesses sociais - sendo esta a

mais recente das funções).

Estado social: Caracteriza-se pelo intervencionismo do Estado narelações econômica para garantir a ordem social (função social docontrato e da propriedade; Dignidade da pessoa Humana; boa fé;Estado Democrático de Direito).

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PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

Os contratantes são livres para contratar, escolher com quemcontratar e estabelecer o conteúdo de seu contrato, desde querespeitada a função social do contrato;

Autonomia privada em harmonização o direito da coletividade;Harmonização entre o interesse público e o privado;

Função social do contrato decorrente da proteção a dignidade dapessoa humana;

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PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO DE SAÚDE. INSURGÊNCIA CONTRAA CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPATÓRIA PARA QUE A SEGURADOOFEREÇA COBERTURA AO TRATAMENTO POR MEIO DE SISTEMA"HOME CARE". TRATAMENTO PRESCRITO PELO MÉDICO ASSISTENTEEM DECORRÊNCIA DO QUADRO DE ADRENOLEUCODISTROFIA QUEACOMETE O INFANTE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 90 DESTE E.TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DA QUAL EMERGE A IDENTIFICAÇÃO DOFUMUS BONI IURIS. Diálogo entre a autonomia privada, a boa-fé e afunção social do contrato que é no sentido da relativização doprincípio do pacta sunt servanda. O direito à saúde sobreleva afunção social do contrato (art. 421 do Código Civil). Aplicação dosartigos 7º e 47 do Código de Defesa do Consumidor, ante a suahipervulnerabilidade. Agravo desprovido. (TJSP; AI 2113141-07.2016.8.26.0000; Ac. 9920937; Ribeirão Preto; Sétima Câmara deDireito Privado; Rel. Des. Rômolo Russo; Julg. 25/10/2016; DJESP24/11/2016)

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PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. MODIFICAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL.DÉBITO EM CONTA CORRENTE. AUTORIZAÇÃO CONTRATUAL.OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS NORTEADORES DAS RELAÇÕESCONTRATUAIS. DESPROVIMENTO. I. As relações contratuais sãoregidas pelos princípios da autonomia privada, liberdade contratual edo pacta sunt servanda que, embora de forma não absoluta, dotamos contratos de obrigatoriedade inter partes. II. No ato deformalização do contrato foi facultado ao consumidor optar por umadas formas de pagamento oferecidas pelo banco credor, quais sejam,boleto bancário ou débito em conta-corrente, conforme a queconsiderasse mais conveniente e vantajosa. III. Não observadaqualquer circunstância excepcional que autorize a relativização daforma de pagamento acertada entre as partes, o credor não éobrigado a receber prestação de forma diversa da convencionada. lV.Apelo desprovido. (TJGO; AC 0135731-66.2014.8.09.0093; Jataí;Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Fernando de Castro Mesquita; DJGO16/11/2016; Pág. 120)

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PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO.CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. PLANO DE SAÚDECOLETIVO EMPRESARIAL. RESCISÃO UNILATERAL. FACULDADE.AUTONOMIA DA VONTADE. AUSÊNCIA DE RECUSA INJUSTA. Nostermos do art. 130 do CPC, cabe ao julgador, de ofício ou arequerimento da parte, determinar a produção das provasnecessárias à instrução do processo, indeferindo as diligênciasinúteis ou meramente protelatórias. Em regra, deve-se prestigiar aautonomia da vontade dos contratantes, que livre e expressamentepactuaram cláusula resolutiva, mediante denúncia prévia. Nãocomprovada a recusa injusta perpetrada pela operadora de plano desaúde, durante a vigência do contrato, deve ser julgadoimprocedente o pedido de indenização por danos morais. (TJMG;APCV 1.0145.13.056166-8/001; Rel. Des. Wagner Wilson; Julg.13/04/2016; DJEMG 27/04/2016)

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PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA ANTECIPADA. REQUISITOS.CONTRATO. CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA. AUTONOMIAPRIVADA. 1. Deve-se prestigiar a autonomia da vontade doscontratantes, que livre e expressamente pactuaram cláusularesolutiva, pela qual qualquer das partes pode resilir unilateralmenteo contrato, mediante denúncia prévia. 2. A ocorrência de eventualhipótese de mitigação de tal princípio deve se encontrarinequivocamente comprovada pela parte que a sustenta, sob pena deindeferimento do pedido de tutela antecipada. (TJ-MG - AI:10024122954159001 MG, Relator: Wagner Wilson, Data deJulgamento: 23/01/2014, Câmaras Cíveis/ 16ª CÂMARA CÍVEL, Datade Publicação: 03/02/2014).

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PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DOSCONTRATOSAPELAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA DEALUGUÉIS E ENCARGOS DA LOCAÇÃO. MORA DECORRENTE DO NÃO PAGAMENTO DE OBRIGAÇÃOLÍQUIDA NO TERMO CERTO. INFRAÇÃO CONTRATUAL CONSISTENTE NO EMPRÉSTIMO DO IMÓVEL ATERCEIRO, SEM O CONSENTIMENTO DO LOCADOR. RESCISÃO DO CONTRATO E DETERMINAÇÃO DEDESOCUPAÇÃO DO IMÓVEL QUE SE IMPÕEM. CONDENAÇÃO DA OCUPANTE DO IMÓVEL AOPAGAMENTO DO DÉBITO. IMPOSSIBILIDADE. OCUPANTE DO IMÓVEL QUE NELE PERMANECEU PORCONCESSÃO DO LOCATÁRIO, SEM INTEGRAR A RELAÇÃO LOCATÍCIA. PRINCÍPIO DA RELATIVIDADEDOS CONTRATOS. OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO PELO USO DO IMÓVEL QUE DEVE SERIMPOSTA APENAS AO LOCATÁRIO. INCONTROVERSO QUE A CORRÉ NÃO ERA LOCATÁRIA DOIMÓVEL, POIS NÃO FIGUROU NO CONTRATO DE LOCAÇÃO CELEBRADO POR SEU SOGRO COM OLOCADOR, SITUAÇÃO QUE FOI DESCRITA NA PRÓPRIA INICIAL. INDISCUTÍVEL TAMBÉM AOCORRÊNCIA DA MORA, POIS NÃO FOI REFUTADA PELO LOCATÁRIO A EXISTÊNCIA DA RELAÇÃOLOCATÍCIA E A OCUPAÇÃO DO IMÓVEL, BEM COMO A FALTA DE PAGAMENTO DO ALUGUEL. (...)Em regra, o contrato não produz efeitos para quem dele nãoparticipou, não criando deveres nem obrigações para terceiros, comopreconiza o princípio da relatividade dos contratos. A pretensão derecebimento do aluguel só pode ser exercida em face daquele que, tendo integrado arelação locatícia, obrigou-se a remunerar o uso e gozo do imóvel. Apelação providaem parte. (TJSP; APL 0003965-91.2014.8.26.0358; Ac. 9802855; Mirassol; TrigésimaCâmara de Direito Privado; Rel. Des. Lino Machado; Julg. 14/09/2016; DJESP22/09/2016)

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PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DOSCONTRATOSCIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. RESCISÃO CONTRATUAL. COBRANÇA.PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. INADIMPLÊNCIA. PRINCÍPIO DARELATIVIDADE DOS CONTRATOS. 1. De acordo com o princípio darelatividade dos contratos, a obrigação ajustada somente produzefeitos entre os contratantes, não vinculando terceiros estranhos aopacto, ou seja, aqueles que não são sujeitos da relação jurídica. 2.Recurso desprovido. (TJDF; Rec 2013.01.1.116177-5; Ac. 924.737;Segunda Turma Cível; Rel. Des. Mario-Zam Belmiro; DJDFTE09/03/2016; Pág. 223)

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princípio da relatividade dos efeitos dos contratosAPELAÇÃO CÍVEL. Ação declaratória de inexistência de dívida c/cindenização por danos morais. Sentença de procedência. Apelo da ré.(...) Ausência de prova. Termo aditivo não assinado pelo autor. Faltade anuência do cedido. Princípio da relatividade dos contratos. Dívidaque não pode ser imposta ao demandante. Inscrição do nome doautor nos cadastros restritivos. Dano moral. Razoabilidade eproporcionalidade. Redução necessária. Recurso parcialmenteprovido. Pelo princípio da relatividade dos contratos, seus efeitos seproduzem exclusivamente entre as partes, não aproveitando, nemprejudicando terceiros. Desse modo, é inexigível a dívida imputada aterceiro que não participou do pacto original, nem anuiu com acessão da posição contratual entabulada somente entre contratante econtratado. (...) A reparação do dano moral deve possibilitar umasatisfação compensatória e uma atuação desencorajadora de novaspráticas ilícitas, sem, contudo, provocar enriquecimento injustificadoda vítima. (TJSC; AC 2014.072542-8; Pomerode; Segunda Câmara deDireito Civil; Rel. Des. João Batista Góes Ulysséa; Julg. 01/02/2016;DJSC 16/02/2016; Pág. 204)

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PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE DOS CONTRATOS

CIVIL E PROCESSO CIVIL. REVISÃO DE CONTRATO. ARRENDAMENTOMERCANTIL. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. INEXISTÊNCIA. PRINCÍPIO DAINTANGIBILIDADE DOS CONTRATOS. SENTENÇA MANTIDA. 1. noscontratos de arrendamento mercantil, há uma simbiose de locação ecompra e venda, onde não há estipulação de juros remuneratórios naremuneração devida ao agente financeiro. logo, não há se falar emcapitalização de juros. 2. É sabido que a intangibilidade doscontratos não é regra absoluta, mas sua flexibilização somenteocorrerá nas hipóteses legais que expressamente admitam mitigaçãodo rigor contratual. No caso dos autos, não se revela situação quetranspareça a existência de qualquer vício capaz de infirmá-lo oualterá-lo. 3. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-DF - APC: 20100110182417DF 0009968-36.2010.8.07.0001, Relator: CARLOS RODRIGUES, Datade Julgamento: 21/08/2013, 3ª Turma Cível, Data de Publicação:Publicado no DJE: 18/09/2013. Pág.: 132).

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PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE DOS CONTRATOS

AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTACORRENTE E EMPRÉSTIMOS. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.Aplicabilidade. Contratante que é o destinatário final do serviço bancário.Súmula nº 297 do STJ. REVISÃO CONTRATUAL. Viabilidade. Inexistência demácula ao princípio do pacta sunt servanda ou da intangibilidade dos atosjurídicos perfeitos. Possibilidade da revisão de contratos anteriores. Súmulanº 286 do STJ. JUROS REMUNERATÓRIOS. Taxa de juros. Falta de pactuaçãodos juros e/ou não indicação do índice e/ou ausência do contrato. Taxamédia de mercado, salvo se a taxa praticada for mais vantajosa aocorrentista. Súmula nº 530 do STJ. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. Possibilidadede capitalização em prazo inferior a um ano, desde que expressamentepactuada e posterior à Medida Provisória nº 1963-17/2000, perenizada pelaEC nº 32/2001. Inteligência das Súmulas nº 539 e nº 541 do STJ. ENCARGOSDE MORA. Reconhecimento da ilegalidade e abusividade de encargoscontratuais. Descaracterização da mora. Precedentes do STJ. Recurso nãoprovido. (TJSP; APL 1017256-69.2014.8.26.0576; Ac. 9852111; São José doRio Preto; Décima Segunda Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Tasso Duartede Melo; Julg. 28/09/2016; DJESP 05/10/2016).

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PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE DOS CONTRATOS

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATOS BANCÁRIOS. Contratos de abertura delimite de crédito em conta corrente (cheque especial) e de empréstimos.Código de Defesa do Consumidor. Aplicabilidade. Contratante que é adestinatária final do serviço bancário. Súmula nº 297 do C. STJ. REVISÃOCONTRATUAL. Possibilidade. Inexistência de mácula ao princípio do pactasunt servanda ou da intangibilidade dos atos jurídicos perfeitos. Operaçõesbancárias encadeadas. Revisão que deverá alcançar todos os contratosrenegociados. Súmula nº 286 do STJ. JUROS REMUNERATÓRIOS. Abusividade.A taxa se configura abusiva se e quando superior à média demercado, consideradas as circunstâncias da contratação. Precedentesdo STJ (RESP 1.060.530-RS e EDCL no AGRG no RESP 989535/MG).Abusividade não comprovada. Limite da taxa de juros. Inexistência delimitação ao percentual de 12% (doze por cento) ao ano (STJ, RecursosRepetitivos, RESP 1.061.530-RS). Recurso não provido. (TJSP; APL 1009521-80.2015.8.26.0048; Ac. 9678421; Atibaia; Décima Segunda Câmara deDireito Privado; Rel. Des. Tasso Duarte de Melo; Julg. 09/08/2016; DJESP15/09/2016)

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PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE (Pacta Sunt Servanda)

CONTRATO COMERCIAL". RELAÇÃO JURÍDICA DE NATUREZA CIVIL.INCIDÊNCIA DAS REGRAS DE DIREITO CIVIL. PACTA SUNT SERVANDA.As cláusulas contratuais têm força vinculante entre os contraentes,eis que expressão de vontade dos mesmos. Por isso, não épermitido a qualquer um deles a liberação unilateral, mas apenas sedecorrente do desejo mútuo. Código Civil, art. 427 e 472. (TRT-2 -RO: 15527120105020 SP 00015527120105020065 A28, Relator:SERGIO WINNIK, Data de Julgamento: 10/09/2013, 4ª TURMA, Datade Publicação: 20/09/2013).

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PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE (Pacta Sunt Servanda)REVISIONAL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. APLICABILIDADE DO CDC. PACTA SUNT SERVANDA.MITIGAÇÃO. CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS. POSSIBILIDADE. JUROS REMUNERATÓRIOS CONFORMEPACTUADO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE COBRANÇA EFETIVA. APLICAÇÃO DATR COMO INDEXADOR. NÃO CABIMENTO DE APRECIAÇÃO POR INEXISTÊNCIA DE SUA APLICAÇÃONO CONTRATO. MULTA E JUROS DE MORA CONFORME O DISPOSTO NO CDC. RECURSOCONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1.-DO PACTA SUNT SERVANDA E DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇAJURÍDICA. Importa destacar, que a teoria da pacta sunt servanda fora mitigada, ouseja, relativizou-se a obrigatoriedade do contrato na busca de evitar odesequilíbrio dos negócios jurídicos, afastando a incidência de encargosdesregrados para um dos contraentes e o enriquecimento sem causa para ooutro. Em substituição a essa cláusula, o entendimento majoritário e opróprio Código Civil adotaram a teoria rebus SIC stantibus que consiste navinculação do cumprimento das cláusulas pactuadas à inalterabilidade dosfatos. 2. - capitalização dos juros. (...) 7. Juros de mora - no que pertine aos juros de mora, naesteira do artigo 52, II, do Código de Defesa do Consumidor e de vários precedentes do eg. STJ,(quarta turma, AGRG no RESP 897400/RS, ministro relator Hélio quaglia barbosa, DJ de29.10.2007; terceira turma, RESP 728372/RS, ministro relator Carlos Alberto Menezes direito, DJde 06.03.2006; quarta turma, RESP 487.648/RS, ministro relator aldir passarinho Junior, DJ de30.06.2003), podem esses serem cobrados no percentual máximo de 12% (doze por cento) aoano, equivalente a 1% (um por cento) ao mês, desde que previstos contratualmente. 8. - recursoconhecido e não provido. (TJCE; APL 0451081-92.2011.8.06.0001; Terceira Câmara de DireitoPrivado; Rel. Des. Jucid Peixoto do Amaral; DJCE 01/11/2016; Pág. 41)

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PRINCÍPIO DA LIBERDADE RESTRITA E DA BENEFICÊNCIA

PLANO DE SAÚDE. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO I. Reajuste dasmensalidades além dos índices autorizados pela ANS para oscontratos individuais. Abusividade dos percentuais aplicados,tornando a obrigação dos autores onerosa e rompendo o equilíbriocontratual. Ofensa ao princípio da boa-fé que deve nortear oscontratos consumeristas. Atenuação e redução do princípio do pactasunt servanda. Incidência do disposto no artigo 421 do Código Civil.II. Obrigatoriedade da manutenção do valor praticado antes daaplicação dos reajustes abusivos, com incidência somente dosíndices praticados pela ANS. III. Reconhecimento do dever derepetição das mensalidades pagas a maior como consequêncialógica do julgado. Respeito da pretensão condenatória à prescriçãodecenal. Previsão do artigo 205 do Código Civil. Precedentes destaC. Câmara e do STJ. SENTENÇA REFORMADA. APELO PROVIDO. (TJSP;APL 1018386-33.2015.8.26.0100; Ac. 9332323; São Paulo; TerceiraCâmara de Direito Privado; Rel. Des. Donegá Morandini; Julg.06/04/2016; DJESP 27/04/2016)

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PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS(PRINCÍPIO DA SOCIALIDADE OU SOCIABILIDADE)DIREITO CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DEREVISÃO DE CONTRATO BANCÁRIO. REVISÃO CONTRATUAL DAS CLÁUSULASCONFRONTANTES COM A BOA-FÉ E A RAZOABILIDADE. POSSIBILIDADE EM ABSTRATO.PACTA SUNT SERVANDA. MITIGAÇÃO. INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. LIMITAÇÃODOS JUROS REMUNERATÓRIOS. NECESSIDADE DE CONFIGURAÇÃO DE RELAÇÃO DECONSUMO E PROVA CONCRETA DA ABUSIVIDADE SEGUNDO A MÉDIA PRATICADA NOMERCADO. CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS. POSSIBILIDADE APÓS A MEDIDA PROVISÓRIANº 2.170-36/01 SE EXPRESSAMENTE PACTUADA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.INACUMULABILIDADE COM OUTROS ENCARGOS DA MORA. TAXAS DE ABERTURA DECRÉDITO, REGISTRO DE GRAVAME E SERVIÇOS DE TERCEIROS. 1. É de sabençaordinária que o princípio contratual do pacta sunt servanda perde espaço emcrescente medida para os princípios da função social do contrato e da boa-fécontratual, refinamentos das diretrizes da eticidade e sociabilidade concebidas comovalores fundantes do Código Civil de 2002, já rascunhados antes no próprio Códigode Defesa do Consumidor. De semelhante forma, a proteção do ato jurídico perfeitoencampada pelo texto constitucional não pode albergar a prática de atos privadosconflitantes com tais diretrizes, até porque nesse caso, obviamente, não há perfeiçãodo ato respectivo, não podendo que se falar no seu prestígio diante da própriainafastabilidade da jurisdição consignada no artigo 5º inciso XXXV da CartaRepublicana de 1988. (...) (TJMG; APCV 1.0313.11.024553-4/001; Rel. Des. OtávioPortes; Julg. 26/06/2014; DJEMG 07/07/2014)

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PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS(PRINCÍPIO DA SOCIALIDADE OU SOCIABILIDADE)

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites dafunção social do contrato.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão docontrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:I - agente capaz;II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;III - forma prescrita ou não defesa em lei.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

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PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA (PRINCÍPIO DAETICIDADE) X BOA-FÉ SUBJETIVAPROCESSO CIVIL E CIVIL. AGRAVO RETIDO. TUTELA ANTECIPADA. REQUISITOSAUSENTES Ausentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco aoresultado útil do processo, deve ser indeferida tutela de urgência para determinar aabstenção de protesto ou de inscrição do nome em cadastro de restrição ao crédito.PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE VIGILÂNCIA A CONDOMÍNIO - INEXISTÊNCIA DE DÉBITO -CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO - REAJUSTE TARDIO - COMPORTAMENTOCONTRADITÓRIO1 "O princípio da boa-fé objetiva repele o venire contrafactum proprium, razão pela qual forçoso reconhecer aimpossibilidade de o credor negar a quitação realizada de formadiversa da originariamente acordada após ter aceito pagamentospretéritos da mesma forma, pois, com sua conduta permissivarenunciou ao inicialmente pactuado e criou expectativa ao devedorda possibilidade de pagamento de forma diferenciada" (AC n.2008.082612-3, Des. Carlos Adilson Silva).2 Age de forma contrária à boa-fé,prestadora de serviço que, após várias renovações contratuais sem exercersua faculdade de cobrar reajuste, apresenta fatura exigindo quantiasreferentes a aumento de preço de serviços pretéritos, isto é, prestados emperíodos findos da relação negocial. (...). (TJSC; AC 0301373-14.2014.8.24.0113; Camboriú; Quinta Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Luiz CézarMedeiros; DJSC 27/10/2016; Pag. 167)

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PRINCÍPIO DA PROBIDADEAÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO JURÍDICO C/C REVISIONAL DECONTRATO. AGRAVO RETIDO. PERDA OBJETO. NÃO CONHECIDO.INADIMPLEMENTO. INTEPELAÇÃO POR TELEGRAMAS. NULIDADE.DESCABIMENTO. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ CONTRATUAL PARTICULARIDADESDO CASO. INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. RESCISÃO. PERCENTUAL DERENTENÇÃO DOS VALORES PAGOS. RAZOABILIDADE. TERMO INICIAL. JUROSDE MORA E CORREÇÃO MONETARIA. RECURSOS DESPROVIDOS. (...). No casoespecífico, a formalidade na interpelação não pode suplantar o princípio daboa-fé objetiva, que se caracteriza pela imposição de deveres, em especial ahonestidade, a probidade e a confiança em um comportamento. Ascircunstâncias do caso concreto indicam um inadimplemento relevante,substancial e integral, além da omissão do adquirente que, estandoinadimplente por logo período, permaneceu inerte e não buscou nenhumtipo de contato com a promitente vendedora. O retorno ao status quo pelacorreção monetária observa a data do desembolso de cada parcela peloadquirente. Os valores pagos pelo promitente-comprador devem sercorrigidos com juros moratórios desde sua citação. (...) (TJMT; APL112406/2016; Capital; Rel. Des. Carlos Alberto Alves da Rocha; Julg.09/11/2016; DJMT 17/11/2016; Pág. 92)

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PRINCÍPIO DO DIRIGISMO CONTRATUAL Normas de ordem pública: são as que disciplinam instituições jurídicas

fundamentais e tradicionais com o objetivo de garantir segurança dasrelações jurídicas.

Normas cogentes: são as que estabelecem um único sistema de condutapara tutelar interesse social.

Normas de interesse social: são as que disciplinam relações sociaismarcadas pela desigualdade entre as partes que se relacionam.

Dirigismo jurisprudencial - o juiz, respaldado pela lei, tem o poder derever acordos ou declarar sua extinção.

Dirigismo legislativo - ocorre na fase pré-contratual como as limitaçõesimpostas pela Lei da Usura (Decreto n. 22.626/33), Lei dos Crimes contraa Economia Popular (Lei n. 1.521/51), Lei de Luvas (Decreto n.24.150/34), Código de Defesa do Consumidor, Lei do Inquilinato (Lei n.8.245/91), etc.

QUESTÃO 01

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Sobre o conceito de contrato, é correto afirmar que:I. Segundo a doutrina contemporânea, o contrato é negócio jurídico bilateralque tem apenas por conteúdo direitos de natureza patrimonial.II. Segundo a doutrina contemporânea, o contrato é negócio jurídico bilateralque tem apenas por conteúdo direitos de natureza extrapatrimonial.III. Contrato é relação jurídica subjetiva destinada à produção de efeitosjurídicos existenciais e patrimoniais.IV. Contrato é sinônimo exclusivamente de instrumento contratual,documento escrito pelo qual se realiza o ajuste.a) Estão corretas I e IIb) Está correta a alternativa IIIc) Estão corretas III e IVd) Todas estão corretasJustificativa: A alternativa correta indica o conceito contemporâneo de contrato. Aalternativa A refere-se apenas ao conceito clássico de contrato. Contrato não é tãosomente o instrumento contratual.

QUESTÃO 02

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Sobre o conceito de contrato, é correto afirmar que:I. O princípio da função social dos contratos extingue completamente aliberdade contratual.II. Autonomia privada e autonomia da vontade são sinônimos que podem serutilizados para indicar indistintamente a liberdade contratual.III. A autonomia privada é princípio de origem personalista que reconheceque todo indivíduo é livre para contratar e estabelecer o conteúdocontratual.IV. A negativa de crédito é ato considerado discricionário e que resulta daautonomia privada, por isso, a mera negativa não é suficiente para causardanos morais.a) Estão corretas I e IIb) Está correta a alternativa IVc) Estão corretas III e IVd) Todas estão corretasJustificativa: A função social dos contratos apenas mitiga a liberdade contratual, não aextinguindo. Autonomia privada e da vontade não se confundem conforme estudadoem aula; aquela se refere à liberdade contratual, enquanto esta à liberdade decontratar. A autonomia privada é fruto do individualismo liberal e não dopersonalismo.

QUESTÃO 03

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São princípios contratuais clássicos, EXCETO:a) Boa-fé objetivab) Autonomia privadac) Pacta sunt servandad) IntangibilidadeJustificativa: A boa-fé objetiva é considerada um princípio contratualcontemporâneo.

QUESTÃO 04

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Sobre o pacta sunt servanda, é correto afirmar que:I. Em virtude de princípios como a boa-fé e a função social dos contratos,não se pode mais falar em força obrigatória dos contratos.II. Classicamente se identifica com o brocardo “o contrato faz lei entre aspartes”.III. O princípio da obrigatoriedade dos contratos garante em qualquersituação contratual segurança jurídica.IV. É princípio que decorre do amplo reconhecimento da liberdade contratuale que parte do pressuposto que todos os contratos são necessariamente deadesão.a) Estão corretas I e IIb) Está correta a alternativa IIc) Estão corretas III e IVd) Todas estão corretasJustificativa: A obrigatoriedade dos contratos foi mitigada pela boa-fé objetiva e pelafunção social dos contratos, mas ainda é princípio que se impõe nas relaçõescontratuais. É princípio que garante segurança jurídica quanto à exigibilidade doscontratos realizados em conformidade com a lei, a moral e os bons costumes, noentanto, em contratos desiquilibrados ou abusivos pode gerar insegurança. Partia dopressuposto de que todos os contratos eram paritários.

QUESTÃO 05

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Sobre os princípios contratuais clássicos, é correto afirmar que:I. O princípio da relatividade dos efeitos dos contratos afirma que os efeitosdos contratos são necessariamente relativos, não obrigando as partes ao seucumprimento.II. O princípio da autonomia da vontade representa o poder que as partescontratantes possuem de regular a sua própria vontade, estabelecendo oconteúdo da relação contratual.III. O princípio da intangibilidade dos contratos foi concebidocompletamente dissociado do princípio da obrigatoriedade dos contratos.IV. O princípio da obrigatoriedade dos contratos à luz do modelo liberal sejustificava em virtude do reconhecimento da ampla liberdade contratual.a) Estão corretas I e IIb) Estão corretas III e IVc) Está correta a alternativa IVd) Todas estão corretasJustificativa: O princípio da relatividade dos efeitos dos contratos afirma que ocontrato vincula as partes contratantes, não gerando efeitos a terceiros ou efeitossociais. A alternativa B define o princípio da autonomia privada e não da vontade.Intangibilidade e obrigatoriedade contratual são princípios que estão intimamenteligados.

QUESTÃO 06

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São princípios contratuais contemporâneos, EXCETO:a) Dirigismo contratualb) Função socialc) Boa-fé objetivad) Autonomia privadaJustificativa: A autonomia privada é considerada um dos princípiosclássicos contratuais.

QUESTÃO 07

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Aplicando-se os princípios contratuais contemporâneos, pode-se afirmar que:I. O seguro captado em agência bancária sob pena de não renovação do contrato deconta-corrente com cheque especial caracteriza quebra da boa-fé objetiva na figurada venda casada.II. Não caracteriza venire contra factum proprium quando a vendedora de pequena lojade vestuário auxilia o comprador do estabelecimento assinando os pedidos de novasmercadorias para viabilizar a continuidade do negócio e os cancela dias depois semjusto motivo.III. O cumprimento do contrato de financiamento com a falta apenas do pagamento daúltima prestação autoriza o credor a realizar ação de busca e apreensão do bem emnome do princípio da função social dos contratos.IV. Negativa de cobertura de procedimento médico coberto obrigatoriamente porplano de saúde decorre da autonomia privada e, portanto, não caracteriza quebra doprincípio da confiança.a) Está correta a alternativa Ib) Está correta a alternativa IVc) Estão corretas III e IVd) Todas estão corretasJustificativa: Caracteriza venire contra factum proprium e, portanto, afronta à boa-fé a vendedora que auxilia ocomprador do estabelecimento assinando os pedidos de novas mercadorias e os cancela dias depois sem justomotivo. O cumprimento de financiamento com a falta apenas do pagamento da última prestação não autoriza ocredor a realizar ação de busca e apreensão do bem, pois não houve inadimplemento substancial do contrato. Anegativa de cobertura de procedimento médico coberto obrigatoriamente por plano de saúde caracteriza quebra doprincípio da confiança.

QUESTÃO 08

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Sobre os princípios contratuais contemporâneos, é correto afirmar que:I. A boa-fé prevista como princípio de direito contratual é a subjetiva, formade conduta entre as partes contratantes.II. A probidade é um dos aspectos objetivos da boa-fé objetiva e trazconsigo a noção de justiça, de equilíbrio e comutatividade das prestações.III. Os deveres anexos são deveres que decorrem diretamente da funçãosocial dos contratos.IV. A função social dos contratos retira-lhes a função econômica fazendoprevalecer de forma absoluta o interesse geral sobre o interesse das partescontratantes.a) Está correta a alternativa Ib) Está correta a alternativa IIc) Está correta a alternativa IVd) Todas estão corretasJustificativa: A boa-fé prevista como princípio de direito contratual é a objetiva, normade conduta entre as partes contratantes. Os deveres anexos decorrem do princípio daboa-fé objetiva. A função social dos contratos não lhes retira a função econômica,mas impõe a necessidade de estar o interesse individual harmonizado com o interessegeral.

QUESTÃO 09

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Certo ou errado? Os novos princípios contratuais, em especial, afunção social do contrato e a boa-fé objetiva, extinguem osprincípios contratuais clássicos, limitando de forma absoluta aautonomia privada.a) Certob) ErradoJustificativa: Os novos princípios contratuais não extinguem osprincípios contratuais clássicos, nem tão pouco limitam de formaabsoluta a autonomia privada. Conforme estudado na aula, os novosprincípios apenas relativizam os princípios clássicos que continuamexistindo e continuam sendo aplicáveis.

QUESTÃO 0

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Analise as assertivas abaixo:I. A função social dos contratos tem por finalidade legitimar a liberdadecontratual harmonizando-a com os interesses sociais.II. A boa-fé objetiva tem por funções: interpretação e integração contratual;criação de deveres jurídicos e limitação do exercício de direitos.III. A probidade é o aspecto subjetivo da boa-fé que exige a observação docomportamento das partes contratantes entre si.IV. O dirigismo contratual representa a intervenção do Estado em relaçõesprivadas por meio de normas dispositivas.a) Apenas I, II e III estão corretasb) Apenas III e IV estão corretasc) Apenas I e II estão corretasd) Todas estão corretasJustificativa: O item III está errado, porque a probidade é o aspecto objetivoda boa-fé e impõe a análise do comportamento das partes contratantes emconformidade com o meio social em que praticaram o ato. O item IV estáerrado, porque o dirigismo contratual representa a intervenção do Estado emrelações privadas por meio de normas impositivas (cogentes).