Professor Mario Raposo Ubi

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  • MRIO RAPOSO Coordenador Cientifico do NECE Professor Catedrtico Departamento de Gesto e Economia Universidade da Beira Interior Fevereiro 2013

  • 1 - EMPREENDEDORISMO

    e EMPREENDEDORISMO FEMININO

  • O que o Empreendedorismo?

    (Council Recommendation on Key Competences for Lifelong Learning COM(2005)548

    Empreendedorismo refere-se capacidade individual de transformar ideias em aco(Commission)

    creatividade inovao Correr riscos, Capacidade de planear e gerir projectos tendo

    em vista a realizao de objectivos

  • Definitions of an Entrepreneur

    a concise universally accepted definition of entrepreneur or entrepreneurship does not exist there is agreement that entrepreneurs have common personality traits. -Noll, 1993, p.3

    There is only one definition: An entrepreneur is someone who gets something new done.

    Peter F. Drucker, Interview with Inc. Magazine http://www.inc.com/

    We define entrepreneurship as the pursuit of opportunity beyond [or regardless of] the tangible resources currently controlled. - Harvard Business School

  • Caractersticas dos empresrios

  • Componentes principais do empreendedorismo: Atitude, Actividade e Aspirao Empreendedora

    A atitude empreendedora a postura adoptada face ao empreendedorismo. Por exemplo, um tipo de atitude empreendedora a medida em que as pessoas crem existirem boas oportunidades para abrir um negcio ou a medida em que se atribui um elevado estatuto aos empreendedores.

    A actividade empreendedora embora seja multi-facetada, pode destacar-se uma das suas facetas importantes, relativa ao grau em que as pessoas esto a levar a cabo novas actividades de negcio, tanto em termos absolutos, como no que se refere a outras actividades econmicas (por exemplo: o encerramento de negcios). A actividade empreendedora deve ser vista como um processo e no como um momento. por este motivo que o GEM mede, quer as intenes empreendedoras, quer a actividade empreendedora nascente, a nova e a estabelecida.

  • Aspirao empreendedora reflecte a natureza qualitativa da actividade empreendedora. Por exemplo, os empreendedores diferem nas suas aspiraes de introduzir novos produtos e novos processos produtivos, de abordar mercados externos, de desenvolver uma organizao e de financiar o crescimento do seu negcio com capitais externos.

    A inovao de produto e de processo, a

    internacionalizao e a orientao para o alto crescimento so marcas visveis de empreendedorismo ambicioso ou de elevadas aspiraes.

  • As mulheres constituem cerca de 1/3 das pessoas envolvidas na actividade empreendedora

    EMPREENDEDORISMO FEMININO

  • EMPREENDEDORISMO FEMININO

    As mulheres empresrias so aquelas mulheres que pensando num negcio, iniciam organizam e combinam os factores de produo, assumem riscos e lidam com as incertezas econmicas envolvidas na gesto de uma empresa. Em termos do empresrio inovador Schumpeteriano, as mulheres empresrias inovam, iniciam ou adquirem uma actividade empresarial.

  • EMPREENDEDORISMO FEMININO

    Importncia do empreendedorismo feminino para a criao de emprego e crescimento econmico

    A disparidade entre os sexos diminuiu, mas a taxa de empreendedorismo feminino ainda baixa em muitos pases

    Existem diferenas no gnero em relao criao de empresas, s aspiraes de crescimento e ao desempenho da empresa

    A escassez de recursos uma explicao importante para as disparidades de gnero

    As expectativas de papis podem levar a diferenas de gnero no capital humano

    Porque expectativas do papel variam entre culturas o impacto nos gnero pode depender do contexto cultural

  • 2 O EMPREENDEDORISMO EM NUMEROS

    O PROJECTO GEM Global Entrepreneurship

    Monitoring

  • Pases Participantes no GEM

    Economias Orientadas por Factores de Produo (13): Angola, Arbia Saudita, Bolvia, Cisjordnia & Faixa de Gaza, Egipto, Gana, Guatemala, Iro, Jamaica, Paquisto, Uganda,Vanuatu,Zambia

    Economias Orientadas para a Eficincia (24): frica do Sul, Argentina, Bsnia e Herzegovina, Brasil, Chile, China, Colmbia, Costa Rica, Crocia, Equador, Formosa, Hungria, Letnia, Macednia, Malsia, Mxico, Montenegro, Peru, Romnia, Rssia, Trinidade e Tobago, Tunsia, Turquia, Uruguai;

    Economias Orientadas para a Inovao (22): Alemanha, Austrlia, Blgica, Dinamarca, Eslovnia,Espanha, Estados Unidos da Amrica, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Irlanda, Islndia, Israel, Itlia, Japo,Noruega, Portugal (Continente e RAA), Repblica da Coreia, Reino Unido, Sucia, Sua.

  • Empreendedorismo em trs tipos de economias

    I - Empreendedorismo em economias orientadas por factores de produo

    Nas economias orientadas por factores de produo, o desenvolvimento econmico consiste em mudanas na quantidade e no carcter do valor acrescentado econmico. Estas mudanas resultam em maior produtividade e num aumento do rendimento per capita e, frequentemente, coincidem com a migrao de trabalho entre os diferentes sectores econmicos da sociedade (por exemplo do sector primrio para a indstria e servios).

  • II - Empreendedorismo em economias orientadas para a eficincia

    Nas economias orientadas para a eficincia, medida que o sector industrial se vai desenvolvendo, comeam a emergir instituies para o apoio ao desenvolvimento da industrializao e comea a haver uma procura de maior produtividade atravs da criao de economias de escala.

  • III - Empreendedorismo em economias orientadas para a inovao Finalmente, em economias orientadas para a inovao, pode esperar-se que a nfase dada actividade industrial mude gradualmente para o sector dos servios, medida que ocorre um amadurecimento e aumento da riqueza. O sector industrial, por seu turno, atravessa um conjunto de mudanas e melhorias ao nvel da variedade e da sofisticao. Estas melhorias esto normalmente associadas a actividades de Investigao e Desenvolvimento (I&D) cada vez mais intensivas, verificando-seum papel de crescente relevncia por parte das instituies que produzem o conhecimento

  • Componentes principais do empreendedorismo:

    A atitude empreendedora a postura adoptada face ao empreendedorismo.

    A actividade empreendedora , a actividade empreendedora deve ser vista como um processo e no como um momento. por este motivo que o GEM mede, quer as intenes empreendedoras, quer a actividade empreendedora nascente, a nova e a estabelecida.

    Aspirao empreendedora reflecte a natureza qualitativa da actividade empreendedora.

  • Actividade Empreendedora Early-Stage

    (TEA) No mbito da avaliao da actividade

    empreendedora, o principal ndice designado por Taxa de Actividade Empreendedora Early-Stage (Taxa TEA) de cada pas participante.

    A Taxa TEA ilustra a proporo de indivduos em idade adulta (entre os 18 e os 64 anos) que est envolvida num processo de start-up (negcio nascente) ou na gesto de negcios novos e em crescimento, em cada pas participante.

  • TAXA DE EMPREENDEDORISMO NASCENTE E NOVOS NEGCIOS

  • RELAO ENTRE A TEA E O PIB per capita

  • TEA POR GENERO: MASCULINO / FEMININO

  • TEA POR GENERO PARA OS DIFERENTES TIPOS DE ECONOMIA

    Em mdia, as economias orientadas para a inovao ficam frente de Portugal, tanto na Taxa TEA para o gnero masculino (onde Portugal obteve o resultado de 5,9%), como na Taxa TEA para o gnero feminino (onde Portugal obteve o resultado de 3,0%).

  • MOTIVOS PARA A DISCONTINUDIADE DO NEGCIO

  • 3 CONSIDERAES FINAIS SUPORTADAS PELA INVESTIGAO EM EMPREENDEDORISMO FEMININO

  • Um crescente corpo de literatura (incluindo o estudo GEM), reconhece que as mulheres empresrias operam sob diferentes condies socioeconmicas e culturais comparando com a dos seus colegas do sexo masculino

    A maior parte da literatura relacionada com as barreiras sobre o gnero centra-se em estudos sobre as mulheres empresrias na Amrica do Norte e em pases europeus.

    H pouca informao disponvel sobre as barreiras criao de novas empresas por mulheres nos pases em desenvolvimento e nas economias emergentes

  • Os dados disponveis sobre as mulheres empresrias de pases em desenvolvimento tm focado predominantemente sobre os pobres e as mulheres menos instrudas envolvidas em actividades de micro-empresas do tipo em reas rurais.

    O problema mais comum, citado na literatura, o inadequado fornecimento de financiamento, e o acesso restrito ao financiamento institucional devido complexidade de procedimentos colaterais e de garantia. (Mann, Grindle and Shipton, 1989; Dana, 1990; Meir and Pilgrim, 1994; Coleman, 2000).

    Outros problemas dizem respeito a falta de conhecimentos de marketing. a falta de servios de utilidade pblica, a falta de apoio tcnico na forma de consultoria em processos, desenho de produtos, controle de qualidade, etc, a falta de gesto, formao e informao. (Al Ashi, 1991; Ladzani and van Vuuren 2002; Daniels, 2003; Co and Mitchell, 2006

  • Mulheres empresrias experimentam uma srie de obstculos e problemas que so maiores do que aqueles que enfrentam as pequenas empresas em geral (Smallbone, et al, 2000).

    As capacidades das mulheres geralmente so questionados e condies de garantia relativamente severas, so impostas (Orhan, 2001; Stevenson, St-Onge e Finnegan, 2007).

    Outras barreiras que as mulheres enfrentam na rea financeira esto diretamente ligadas ao tamanho e natureza de seus negcios (Carter e Rosa, 1995).

    Verificou-se que as mulheres se deparam com constrangimentos formais ao solicitar emprstimos, comparando com as relaes comerciantes / emprestadores de dinheiro, onde as operaes de crdito so concludos em poucos minutos (Singh e Belwal, 2008).

  • Mulheres empresrias frequentemente relatam encontrar preconceitos, decorrentes de processos de socializao relacionados com esteretipos de sexo (Wees e Romijn, 1987).

    Gerentes de banco do sexo masculino, clientes, funcionrios e maridos nem sempre atribuem a mulheres de negcios a mesma estima e competncia que consideram nos homens (Shabbir e Gregorio, 1994).