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Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Fé Pública

Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Fé Pública · Certidão ou atestado ideologicamente falso Art. 301 CP- Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública,

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Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Fé Pública

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Falso reconhecimento de firma ou letra Art. 300 CP- Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular. •Bem jurídico tutelado: fé pública •Ação nuclear: reconhecer como verdadeira, firma( assinatura por extenso ou abreviada) ou letra (manuscrita) que não seja. •Sujeito Ativo: somente tabeliães, etc, ou seja, os funcionários públicos especialmente incumbidos de reconhecimento de firma. •Sujeito Passivo: Estado e terceiro eventualmente lesado •Elemento subjetivo: dolo

OBS: E se o funcionário não sabe que a assinatura é falsa? Consumação: com o reconhecimento da letra ou firma Tentativa: é possível Ação penal:

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Certidão ou atestado ideologicamente falso Art. 301 CP- Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano.

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Certidão ou atestado ideologicamente falso Bem jurídico tutelado: fé pública dos atestados ou certidões emitidos por funcionários públicos. Ação nuclear: atestar ou certificar Sujeito Ativo: somente o funcionário público em razão da função. Sujeito Passivo: Estado Elemento subjetivo: dolo Consumação: com a entrega do atestado ou certidão falsa pelo funcionário. Tentativa: possível

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Certidão ou atestado ideologicamente falso Art. 301 CP Falsidade material de atestado ou certidão § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de três meses a dois anos. § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Falsidade de atestado médico Art. 302 CP- Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. •Bem jurídico tutelado: fé pública dos atestados emitidos por médicos •Ação nuclear: dar ( fornecer)o médico , no exercício da profissão, atestado falso. •Sujeito Ativo: médico.

OBS: Se quem fornecer for psicólogo, dentista, etc. o crime será o do artigo 299 do CP •Sujeito Passivo: Estado e terceiro lesado •Elemento subjetivo: dolo •OBS: Se o médico não sabe da falsidade do que está atestando?

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Falsidade de atestado médico •Consumação: com a entrega do atestado pelo médico •Tentativa: possível

•OBS: Atenção! Se o médico é funcionário público, e o fornecimento de atestado falso se dá com o fim de habilitar alguém a obter vantagem de natureza pública, haverá o crime do artigo 301 do CP.

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Art. 303 CP- Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. Revogado, substituído pelo art. 39 da Lei n. 6.538, de 22 de junho de 1978, que versa sobre serviços postais

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Uso de documento falso Art. 304 CP- Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. •Bem jurídico tutelado: fé pública •Ação nuclear: Fazer uso de documento, público ou particular, falso.

•OBS: A simples posse do documento não configura o delito. •OBS: Apresentação espontânea e solicitação da autoridade configura o delito – STJ e STF Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: Estado e terceiro prejudicado Elemento Subjetivo: dolo Consumação: com o uso do documento Tentativa: não se admite Ação penal:

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Uso de documento falso OBS: Lei 8137/90 Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

(CESPE / Analista Judiciário - TRE - MA ) Aquele que, por solicitação de um policial, apresenta carteira de habilitação falsa não comete o crime de uso de documento falso, uma vez que a conduta não foi espontânea. Errado. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é irrelevante, para a caracterização do crime de uso de documento falso, que o agente use o documento por exigência da autoridade policial. Não importa se o agente entregou o documento mediante solicitação ou se dele fez uso espontaneamente. O cerne da questão é que utilizou um documento que sabia ser falso, incorrendo no crime do art. 304 do CP, uso de documento falso.

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

(CESPE / Agente - PC - RN / 2009) O crime de uso de documento falso é de mão própria, vez que somente o falsificador pode praticá-lo. Errado. Não é exigida do agente nenhuma qualidade especial para a prática do crime, assim qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do delito de uso de documento falso, tratando-se de crime comum.

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CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Supressão de documento Art. 305 CP- Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular. •Bem jurídico tutelado: fé pública •Ação nuclear: destruir, suprimir, esconder OBS: É necessário que o documento seja verdadeiro, sob pena de atipicidade. •Sujeito Ativo: qualquer pessoa •Sujeito Passivo:Estado e terceiro lesado. •Elemento Subjetivo: dolo e finalidade específica de fazer em benefício próprio ou de outrem •Consumação: com a destruição, supressão ou ocultação do documento público ou particular. •Tentativa: é possível •Ação penal:

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins Art. 306 CP - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal: Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa.

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins •Bem jurídico tutelado: fé pública das marcas e sinais empregados pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou sanitária. •Ação nuclear : “falsificar” ou “usar”, fabricando ou alterando marca ou sinal do poder público em metal precioso ou usado na fiscalização alfandegária.

•Sujeito ativo :qualquer pessoa, •Sujeito passivo: Estado e terceiro lesado

•Elemento subjetivo: dolo.

•Consumação: com a falsificação ou uso, independente do resultado naturalístico.

•Tentativa: possível •Ação penal:

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Falsa identidade Art. 307 CP- Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. •Bem jurídico tutelado: fé pública no que se refere a identidade pessoal •Ação nuclear: “atribuir” a si ou a outrem falsa identidade para obter vantagem ou causar dano. •Sujeito ativo: qualquer pessoa •Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado •Elemento subjetivo: dolo. •Consumação:com a simples atribuição, independente do gozo de vantagem ou do efetivo prejuízo. STJ: “O crime de falsa identidade é formal, aperfeiçoando-se com a falsa atribuição de identidade, independentemente da obtenção da vantagem (...)” (STJ Resp 666003, 5ª turma) •Tentativa: possível

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

(CESPE / Analista Judiciário - TRE - MA / 2009) A substituição de fotografia no documento de identidade verdadeiro caracteriza, em tese, o delito de falsa identidade. Errado. A substituição de fotografia no documento de identidade verdadeiro caracteriza crime de falsificação de documento público, art. 297 do Código Penal. O agente adultera documento público verdadeiro inserindo sua fotografia em cédula de identidade pertencente a terceira pessoa.

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Art. 308 CP- Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. •Bem jurídico tutelado: fé pública que recai sobre a identidade das pessoas •Ação nuclear: empregar, utilizar – como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia, bem como ceder (onerosa ou gratuitamente) a outrem, documento dessa natureza. • Sujeito ativo: qualquer pessoa •Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado • Elemento subjetivo: dolo •Consumação: com o uso ou entrega a terceiro •Tentativa: na modalidade ceder admite-se •Ação penal: •Se o documento usado for falso? Artigo 304 CP

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Fraude de lei sobre estrangeiro Art. 309 CP- Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território nacional: (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. •Bem jurídico tutelado: política de imigração do Estado, bem como a fé pública que recai sobre identidade das pessoas •Ação nuclear: usar o estrangeiro, nome que não é seu, ou seja , falso, com o fim de entrar ou permanecer no território nacional. •Sujeito ativo: estrangeiro •Sujeito passivo: Estado •Elemento subjetivo: dolo + fim especial de entrar ou permanecer em território nacional. •Consumação: com o uso do nome falso •Tentativa: inadmissível •Ação penal:

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Fraude de lei sobre estrangeiro (CESPE / Analista - TCE - AC ) Considere que Juanito, cidadão espanhol fugitivo da justiça daquele país e residente no Brasil, ao ser abordado por policial brasileiro, apresentou-se com outro nome, a fim de permanecer no território nacional. Nesse caso, Juanito não praticou, sequer em tese, crime contra a fé pública. Errado. Está previsto no art. 309 do Código Penal o delito de fraude de lei sobre estrangeiros. Desse modo, se Juanito usa nome que não é seu para entrar ou permanecer no país, incorre na infração citada, ofendendo a fé pública que é o bem juridicamente protegido.

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Fraude de lei sobre estrangeiro Art. 310 CP - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. •Bem jurídico tutelado: interesse de natureza econômica e política do Estado, os quais são colocados em risco com a intervenção indevida de estrangeiros. Tutela-se também a fé pública. •Ação nuclear: prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens. “ TESTA DE FERRO”. •Sujeito ativo: qualquer pessoa de nacionalidade brasileira •Sujeito passivo: Estado •Elemento subjetivo: dolo

•OBS: É necessário que o agente tenha ciência de que é vedada por lei a propriedade ou posse de tais bens por estrangeiro. •Consumação: quando o brasileiro passa a figurar como proprietário ou possuidor de ação, título ou valor pertencente à estrangeiro. •Tentativa: admissível

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Adulteração de sinal identificador de veículo automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Art. 311 CP- Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)) Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Bem jurídico tutelado: fé pública Ação nuclear: adulterar (modificar) ou remarcar ( inserção de nova sequência de códigos no espaço que em que havia a numeração correta). Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: Estado e terceiro prejudicado Elemento Subjetivo: dolo Consumação: com a adulteração ou remarcação Tentativa:possível Ação penal:

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CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Adulteração de sinal identificador de veículo automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) § 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) § 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

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CAPÍTULO V (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO

(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Art. 311-A. CP Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

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CAPÍTULO V (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO

(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Bem jurídico tutelado: inviolabilidade dos certames, fé pública que os cerca. Ações nucleares: utilizar de conteúdo sigiloso ou divulgar conteúdo sigiloso OBS: a utilização ou divulgação deve ser de maneira indevida, sob pena de atipicidade. Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: Estado, coletividade e terceiro prejudicado com a fraude. Elemento subjetivo: dolo + fim específico de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: Consumação: com a utilização ou divulgação do conteúdo sigiloso Tentativa: possível Ação penal:

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CAPÍTULO V (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO

(Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) § 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) § 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)