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A fantástica união e mobilização dos professo- res e agentes educacionais em defesa da escola pública paranaense impôs uma incrível derrota histórica a Richa e seus fantoches na ALEP ! Págs. 02 e 03 [email protected] vozdaeducação UMA AULA DE CIDADANIA!!! MARÇO/ABRIL DE 2015 ANO 03 EDIÇÃO ESPECIAL A conscientização acerca do assunto torna-se um importante instrumento para combater a onda de apoio e sim- patia pela causa. Pág.07 Você já deu um tapa na macaca? A sua escola tornou-se refém desta tecnologia? O uso indevido na escola se tornou um sério problema, prejudicando o rendimento escolar e causando trans- tornos a atividade docente. Pág.03 Pág.05 Entrevista exclusiva com a professora e escritora Francine Cruz. Professor Rodrigo Pensador, durante a ocu- pação da Alep: “Retira ou daqui ninguém nos tira.” E foi o que aconteceu! A fantásti- ca união dos educadores venceu a tirania de Beto Richa e os seus deputados fantoches. “E assim começamos as au- las: fortes e cheios de von- tade! Lembrando que a luta foi linda e que temos o direito de tudo aquilo que conquistamos, pois nós esti- vemos lá!!!!! Marcamos his- tória!!!!” Profa. Sol Amaral. Professora Denise Oliveira, diretora do Colé- gio Estadual Julio Mesquita: “Do início até a vitória de todos os educadores paranaenses!” O tema é ... Paranaprevidência Pág.09 Um jornal baderneiro!

Professores edição especial

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Publicação bimestral destinada aos professores e agentes educacionais das escolas públicas em Curitiba.

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a fantástica união e mobilização dos professo-res e agentes educacionais em defesa da escola pública paranaense impôs uma incrível derrota histórica a richa e seus fantoches na aLEP !

Págs. 02 e 03

[email protected] [email protected] [email protected]

voz da educação

UMA AULA DE CIDADANIA!! !

MARÇO/ABRIL DE 2015 ANO 03 EDIÇÃO ESPECIAL

A conscientização acerca do assunto torna-se um importante instrumento para combater a onda de apoio e sim-patia pela causa.

Pág.07

Você já deuum tapana macaca?

A sua escolatornou-se refém destatecnologia?

O uso indevido na escola se tornou um sério problema, prejudicando o rendimento escolar e causando trans-tornos a atividade docente.

Pág.03

Pág.05

Entrevista exclusiva com a professora e escritora Francine Cruz.

Professor Rodrigo Pensador, durante a ocu-pação da Alep: “Retira ou daqui ninguém nos tira.” E foi o que aconteceu! A fantásti-ca união dos educadores venceu a tirania de Beto Richa e os seus deputados fantoches.

“E assim começamos as au-las: fortes e cheios de von-tade! Lembrando que a luta foi linda e que temos o direito de tudo aquilo que conquistamos, pois nós esti-vemos lá!!!!! Marcamos his-tória!!!!” Profa. Sol Amaral.

Professora Denise Oliveira, diretora do Colé-gio Estadual Julio Mesquita: “Do início até a vitória de todos os educadores paranaenses!”

O tema é ... Paranaprevidência

Pág.09

Um jornal baderneiro!

02 EDITORIAL

Uma publicação da ONG Voz da Educação e da Corrente Trabalhista Leonel Brizola/Darcy Ribei-ro, que objetiva provocar refl exões sobre temas relacionados a educação, cidadania, política e cultura, através da informação refl exiva em prol do desenvolvimento sociocultural da população. Publicação bimestral. Prof. Celso W. Ribas editor-chefe e jornalista responsável nº 0009566/PR. Para enviar artigos, notícias, anúncios e solicitar exemplares entre em contato: (41)95074249 ou [email protected] ou no telefone ao lado.

Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

A.S. EDIÇÕES E PUBLICAÇÕESPinhais - PR Altevir de Souza21.591.008/0001-40 (41) 9854 5270

infelizmente, nossos governantes brincam com a educação pública, zombam da educação pública, desfazem da educação pública, menosprezam a edu-cação pública. a educação para os detentores dos poderes executivo e legislativo, nada mais é do que uma insignifi cante área social. Que só tem valor se for explorada por grupos econômicos. Está ai o mo-tivo dos educadores receberem salários tão baixos e sentirem na pele o desrespeito.

Por causa desse desrespeito, presenciamos nes-te início de ano, uma situação deplorável. Onde o governo decidiu, de uma vez por todas, causar um sério estrago na educação pública paranaense. E no-vamente os professores e agentes educacionais tor-naram-se alvos de perseguição e injustiças!

Essa atitude, deixou claro um profundo descaso às pessoas que têm exercido suas atividades no am-biente escolar, procurando cumprir com as suas res-ponsabilidades.

tenho a impressão que, para o chefe do poder executivo estadual, os professores e agentes educa-cionais não são pessoas, não sentem dor, nem fome, não possuem família e nem lar, não possuem senti-mento.

Porém, esses milhares de profi ssionais que estão no exercício de uma necessária, fundamental e es-tratégica atividade são seres humanos iguais aos de-tentores do poder público. imagino que a diferença esteja no coração. tal mandatário, possui um cora-ção duro e pelo que parece não está nem ai para as pessoas que precisam de um governo comprometido com toda a população.

além disso, como é possível o tribunal de contas aprovar auxílio moradia de r$ 4,3 mil a integrantes da corte e questionar o auxílio transporte de menos de r$ 400,00 para os educadores??!!

Diante dessa realidade, a nossa postura tem sido de educadores comprometidos com o magistério. Ou seja, não deixamos que desmontem a educação. Não retrocedemos e não aceitamos os desmandos deste governo!

mas esse mandatário achou que conseguiria im-por suas determinações. No entanto, ele não espe-rava que algo incrível, fabuloso e fantástico fosse acontecer!!! Ele não contava com a força da união dos professores e agentes educacionais para impedir sua atitude tirânica. Ele não contava com a força da aPP Sindicato.

as mobilizações e a ocupação da aLEP são uma importante resposta a tirania deste governo que nun-ca esteve preocupado com a escola pública. Que não quer entender que o caminho para a construção de uma sociedade mais justa é investindo na educação. E que não quer entender que a qualidade do ensino está intimamente ligada ao bem-estar de todos os profi ssionais que atuam no ambiente escolar.

ao apresentar a sua proposta na aLEP, o gover-no deixou bem claro que não está preocupado com o bem-estar profi ssional e pessoal dos educadores e também com as crianças e adolescentes que estudam na escola pública paranaense.

Portanto, as mobilizações e a ocupação da aLEP pelos professores e agentes educacionais têm sido de uma gigantesca importância em defesa da educação pública de qualidade.

O dia 21 de fevereiro, sem dúvida alguma, já en-trou para a história como um importante momento histórico em defesa dos interesses do povo. Onde

o governador Beto richa perdeu a queda de braço contra os educadores. Que deram uma aula de cida-dania, mostrando ao poder público que um governo jamais deve agir com tirania e desrespeito aos direi-tos adquiridos ao longo do tempo por uma classe tão importante para a sociedade.

a magnífi ca vitoria do povo foi coroada com o ofício do governador pedindo a retirada do pacote de projetos com medidas que afetavam os benefícios previdenciários. com a manobra, o governo poderia ter acesso a r$ 8 bilhões do fundo previdenciário.

O posicionamento de vários deputados apoiando os professores e agentes educacionais também foi muito importante.

E o Jornal Voz da Educação repudia a atitude ver-gonhosa dos deputados que votaram contra a educa-ção pública paranaense. além de demonstrarem um profundo desrespeito aos educadores, eles deixaram bem claro que não estão preocupados com o futu-ro de nossas crianças e adolescentes que estudam na escola pública. realmente, votar contra a educação pública é uma vergonha!

Por isso, os pais de alunos que estudam nas es-colas públicas precisam saber os nomes de todos os deputados estaduais que traíram o povo paranaense.

E parabéns aos nobres deputados que estiveram ao lado dos educadores (não fi zeram mais do que a obrigação)!

É necessário apoiar a educação, para que essa im-portante área social receba os necessários recursos. E como o jornal Voz da Educação sempre ressaltou que uma educação pública de qualidade está rela-cionada ao bem estar dos educadores. Neste caso, é necessário e fundamental apoiar e valorizar os pro-fessores e agentes educacionais.

O parlamentar segue os princípios defendidos por Leonel Brizola e Darcy ribeiro. Dentre tais prin-cípios destaca-se o investimento na educação públi-ca, compreendendo-a como o instrumento capaz de transformar esse país.

a retirada deste vergonhoso projeto é uma vitória tanto dos educadores que exigiram respeito e valori-zação, quanto dos pais que têm seus fi lhos estudando na escola pública.

agora, vale uma importante refl exão: Qual povo que já alcançou o seu pleno desenvolvimento sem, antes de tudo, ter efetiva e estrategicamente, inves-tido na educação e valorizado os educadores?! Ne-nhum povo, nenhum governo.

Diante dos acontecimentos, esses indivíduos que ocupam cargos eletivos nos poderes executivo e le-gislativo e se posicionaram contra a escola pública, já estão moralmente inaptos para representar a po-pulação.

como a educação é um compromisso com a vida e o bem-estar social, parabéns a todos os professo-res e agentes educacionais que lutaram em defesa da vida!!!

União e mobilização dos professores e agentes educacionais impôs uma incrível derrota a Richa e seus aliados na ALEP

Prof. Celso RibasEditor-chefe do jornal Voz da Educação

“A educação é o único caminho para emancipar o homem.

Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para

alguns privilegiados.”Leonel Brizola

Com a palavra... a maior autoridade política no assunto

compromisso 11Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

A importância do uniforme escolarUma questão de praticidade, economia e segurança. E de respeito às normas da escola.

É importante ressaltar que muitos alunos não gostam de usar o uni-forme da escola. Dessa forma, acabam causando conflitos no ambiente escolar. Pois, a escola comprometida com a organização escolar e o neces-sário cumprimento das normas internas , exige que o educando utilize-o dentro da instituição.

No entanto, alunos têm saído de casa com o uniforme, mas no ca-minho até a escola colocam outra peça de roupa. Outros alunos nem se importam e saem de casa sem o uniforme. Nesse caso, os pais estão no trabalho e os filhos aproveitam.

Em outras situações, muitos pais não possuem autoridade e controle sobre seus filhos e, com isso, exigir o uso do uniforme é como falar ao vento.

O uniforme está relacionado a três importantes palavras: praticidade, economia e segurança.

PraticiDaDE: com o uniforme a disposição, não será preciso ficar usando diferentes roupas todos os dias. Não pecisa se preocupar com estilo e moda. todos estão uniformizados.

EcONOmia: O uso de diferentes roupas todos os dias é, no mínimo caro, por causa do desgaste. assim, utilizar o uniforme também é um meio de conter despesas.

SEguraNça: O adolescente andando de uniforme na rua, é visto como um aluno a caminho de sua escola. caso aconteça algo com esse aluno, as pessoas saberão onde entrar em contato. O uso do uniforme simboliza organização e disciplina. E também, se todos os alunos estão de uniforme, será mais fácil identificar no interior da escola, um possível intruso.

um POucO DE hiStóriaO exército foi a principal instituição a adotar uma vestimenta única

para todos os militares, porque a uniformidade das vestimentas repre-senta organização e disciplina.

Por volta da década de 1920, as escolas tradicionais passaram a adotar o uniforme como vestimenta obrigatória para todos os educandos.

hoje é comum o seu uso nas escolas municipais e estaduais. mas não

há uma lei que obrigue o uso dessa vestimenta. assim, é necessário um trabalho de conscientização junto aos pais, para que os mesmos exijam que seus filhos utilizem.

No entanto, trabalhar com os alunos sobre a importância do uniforme escolar, é uma iniciativa pedagógica que pode render bons frutos.

através de atividades pedagógicas sobre o uso do uniforme, pode-se tra-balhar a sua representa-ção simbólica, suas cores, o respeito ao nome, ao símbolo da escola e a his-tória da instituição. Sem-pre procurando enfatizar a importância de preser-var a imagem e o valor da escola. E desenvolver nos alunos um sentimento de pertencimento ao grupo escolar.

O uniforme escolar é uma das exigências da escola. Por isso, os pais devem ser implacáveis em relação a este assunto. Devem exigir que seus filhos utlizem. caso contrário, estarão contribuindo e incentivando o desrespeito a uma importante norma da escola, contida no regimento escolar.

caso a vestimenta não seja dada pela Secretaria de Educação, os pais ou responsáveis terão de adquiri-la por conta própria. Se houver famílias impossibilitadas de arcar com esse gasto, novamente a não obrigatorie-dade encontra respaldo legal: o artigo 206 da Lei magna afirma que o ensino no país será ministrado com base na gratuidade e na igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola.

muitos alunos e infelizmente muitos pais, precisam entender que a escola não é uma extensão de sua casa. há regras diferenciadas que não podem ser descumpridas. Que o bom funcionamento da escola, depende do apoio e da participação de todo o coletivo.

Diálogo, conscientização e compromisso mútuo!

Prof. Celso Ribas

10 literaturaPara pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

a escola tem vivido desafi os gi-gantescos na era da velocidade. a educação tem sido provada diaria-mente, no que diz respeito à atua-lização, competência, viabilidade e precisão. Sociedade e famílias tem legado a escola o básico, o interme-diário e avançado no processo de construção do sujeito educado e pen-sante. Na tentativa de responder aos desafi os lançados, muitas escolas e a própria educação tem se voltado para uma revisão de práticas, ousando em inovações ou enrijecendo processos e centralizando as atitudes em polos isolados.

É um desafi o para a maioria das escolas entenderem e conviver com a mentalidade restrita aos 140 ca-racteres, pautada na fragmentação e descontinuidade de processos e men-talidades. O indivíduo do século XXi está deixando que áreas do seu cére-bro atrofi em por não serem estimula-das, focado na visão cavalar de uma mentalidade anêmica. como aceitar e acreditar em uma educação autôno-ma, em que o aluno é participe dire-to, se ele não comporta a defi nição de autonomia, que é maior do que 140 caracteres? como convencer e de-monstrar que é importante e neces-sário estudar, para alunos que de an-temão não querem ouvir o discurso professoral? como instigar a curiosi-dade se desconhecem a abrangência dessa palavra?

uma luz para estes questionamen-tos está na Escola da Ponte, situada em Portugal. Esta instituição, que é pública, tem desafi ado educadores, pais e alunos de todo o mundo, pois sua proposta vai à contramão de boa

parte das práticas e defesas pedagó-gicas mundiais. tal instituição está pautada em um projeto chamado Fa-ZEr a PONtE, que é tema do livro: Diálogos com a Escola da Ponte (215 páginas), de José Pacheco e maria de Fátima Pacheco, publicado no Brasil pela editora Vozes.

tal projeto está centrado na defesa irrestrita da autonomia. O aluno da Ponte recebe uma lufada de respon-sabilidade, escolhendo e projetando suas atividades e seu percurso edu-cacional, para que inicie com o que mais lhe atrai na pesquisa, e termine cumprindo todo o currículo estabele-cido para ele. O aluno pode escolher, mas não é livre para não escolher. a escolha é central no processo de aprendizagem. “O projeto da ponte é a vida a recomeçar em cada dia, em cada gesto... a motivação acontece, também, no saber o porquê”... (p.16).

Para quem participa do FaZEr a PONtE, “... a motivação é intrínseca ou não existe... compete ao professor estimular, provocar”... (p.25). a moti-vação é vista como ocorrência intrín-seca no indivíduo. O professor tem o papel fi losófi co de fazer as perguntas adequadas, pois as respostas estão dadas no mundo, basta que o aluno abra os olhos e as veja. O professor contribui para que o aluno aprenda a descolar as pálpebras.

O livro é composto de um prefá-cio assinado por Wilson azevedo, uma apresentação dos autores (orga-nizadores) e uma série de entrevistas relatando como ocorre o FaZEr a PONtE nas situações mais concre-tas. Vai muito além dos tijolos pe-dagógicos tradicionais, que não são

lidos e terminam como base para o fogo nas lareiras. além disso, ao fi nal, o livro contem anexos com o Projeto Educa-tivo Fazer a Ponte, o regula-mento interno, o inventário dos Dispositivos Pedagógicos e por fi m, o Perfi l de Orien-tador educativo. cabe ressal-tar, que a Escola da Ponte é o modelo concreto de educação emancipatória defendida por rubem alves em sua obra: “a escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” (Papirus, 2001). “Se algo que a Ponte fez, foi mostrar que a utopia é pos-sível, que os sonhos são rea-lizáveis, conciliando Eros e tanatos, o princípio do prazer e o princípio da realidade”... (p.76).

com Everton Grison

R e s e n h a sDiálogos com a Escola da Ponte

Esse tal governadorPra administrar é um horrorQuer ferrar o professorcortando os benefíciosJogando-os no precipícioa muitos ele enganouDecepcionados os deixouPara nós é um suplício.

E S S E ta L g O V E r N a D O r

ganhou grande a votaçãoPrometeu, mas foi enganaçãoQuer sucatear a EducaçãoOnde está o terço de férias?Quer nos deixar na misériaO quinquênio quer cortarParece que quer brincargovernador... fala sério!Beto richa comemorava

mas o que ele não contavamuito menos esperavacom nossa mobilizaçãoPra defender a EducaçãoDas mãos desse caloteiroQue só pensa no dinheiroQuer tirar o nosso pão. Queremos dignidadeLutadores de verdade

Educadores sem vaidaderespeito é bom e gostamosPor isso que aqui estamosPra defender nosso direitoExigimos o respeitoDepois pro labor voltamos.

O Educador poetah r i s t i an oC Nu n e s

discussão 03Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

Determinados aparelhos eletrônicos, como o celular, acabaram transformando crianças e ado-lescentes em escravos da tecnologia. E o uso inde-vido na sala de aula, se tornou um sério problema, prejudicando o rendimento escolar e causando transtornos a atividade docente.

O professor se desgasta de tanto pedir para os alunos guardarem o celular e até mesmo o fone de ouvido. alguns minutos depois, lá está o Benedito mexendo no aparelho.

alguns fazem isso discretamente, achando que não serão vistos. Outros fazem isso na cara dura mesmo, de tão dependentes que se tornaram dessa mania. E o professor acaba perdendo tempo com essa situação. mesmo em instituições mais rígidas no cumprimento das normas, isso acontece.

Diante dessa epidemia, alguns Estados têm tomado providências. Porém, os efeitos de suas ações ainda são ineficazes. E os órgãos governa-mentais que tratam diretamente da educação, nada têm feito em relação ao assunto. Dessa for-ma, as escolas acabam tendo que resolver a ques-tão isoladamente.

ainda há o discurso de que impedir o uso do celular na escola ou na sala de aula, seria incons-titucional.

infelizmente, há resistências contra a proibição da utilização do celular no estabelecimento de en-sino e na sala de aula. até mesmo a unesco, publi-cou um guia com 10 recomendações para gover-nos implantarem políticas públicas que utilizem celulares como recurso nas salas de aula. O guia apresentado em Paris no início desse ano, durante a mobile Learning Week, traz ainda 13 motivos para ter esse aliado na educação considera a ne-cessidade de se treinar professores e de fazer isso com as tecnologias móveis, como o celular, para que eles se apropriem dessa ferramenta como par-te imprescindível da atividade docente.

rebeca Otero, coordenadora de Educação da

Celular nas escolas. A escola tornou-se refém dessa tecnologia?unesco no Brasil, avalia que a resistência do pro-fessor se deve ao fato desse profissional ainda não estar completamente familiarizado com essas fer-ramentas: “no Brasil, os professores têm certa re-sistência em incorporar novas tecnoogias. a sala de aula ainda é o lugar de desligar o celular. isso faz com que muitas oportunidades educacionais se percam, especialmente no ensino médio, época em que o aluno já está ligado e nas redes”, ressal-tou.

O celular é um aparelho necessário nos dias de hoje. No entanto, sua utilização em determinados locais, deixa claro, a incapacidade do indivíduo de perceber ou compreender os limites de seu uso e, evidencia o seu despreparo psicológico diante da avalanche de produtos e bens de consumo, que o mercado disponibiliza a todo o momento. É a hipnotização ou encantamento imposto pelas es-tratégias mercadológicas, que determina valores, gostos, desejo e comportamentos a uma socieda-de cada vez mais consumista.

Esse aparelho não é um material pedagógico e nem precisa tornar-se. Pois, outras tecnologias podem estar à disposição dos alunos no ambiente escolar.

E quando o pai ou responsável precisar entrar em contato com o filho, e vice-versa, é só utilizar o aparelho telefônico da escola.

mas a hipnotização ou encantamento acaba fazendo com que esse aparelho móvel pareça ser necessário, como uma ferramenta pedagógica, na vida escolar da criança e do adolescente.

O que aparenta ser necessário, em determina-do momento, na verdade, pode ser algo supérfluo e prejudicial ao ambiente e às pessoas.

a escola passa a sofrer pressão frente a essa re-alidade, tendo que se adequar aos critérios esta-belecidos pela sociedade de consumo, o que tem provocado sérios conflitos no âmbito escolar e o uso do celular na sala de aula é parte significativa desses conflitos.

Por isso, a escola não pode deixar de realizar reuniões e palestras envolvendo a comunidade es-colar, para informá-la e conscientizá-la do preju-ízo que o desrespeito às normas escolares provo-ca no ambiente escolar e, consequentemente, no processo de ensino e aprendizagem.

a imPOrtÂNcia DO rEgimENtO EScOLartoda a comunidade escolar precisa entendê

-lo como um importante conjunto de normas que deve ser respeitado e obedecido.

Se os pais, por exemplo, têm consciência de que o regimento escolar é um instrumento de apoio ao bom funcionamento da escola, perce-berão o quanto é fundamental o cumprimento de suas normas.

Quando falamos que o regimento escolar é um instrumento de apoio a escola, estamos dizendo que a direção escolar deve trabalhar em reuniões e palestras, “situações de conflito” (que têm prejudicado a escola) à luz desse do-cumento. E com o apoio dos pais, criar os de-vidos dispositivos capazes de coibir infrações e responsabilizar aqueles que desrespeitarem as normas da escola. Nesse caso, com a parti-cipação da comunidade escolar, pode-se criar dispositivos no regimento capazes de coibir o uso de materiais não pedagógicos.

mas, o que deve ser considerado material não pedagógico? E quais dispositivos podem ser criados para coibir atitudes e ações que inflinjam as normas da escola e prejudicam o processo de ensino e aprendizagem? como os alunos podem ser responsabilizados? como os pais podem participar da elaboração de tais dis-positivos?

Se a escola possui um regimento escolar que, na sua construção, contou com a participação dos pais, esse documento terá “vida” e não será apenas palavras no papel.

Esse é o primeiro passo para acabar com os conflitos que têm tomado conta do ambiente escolar, em especial, o uso indevido do celular.

O PROFESSOR ENQUANTO FORMADOR DE OPINIÃO...a escola deve se adaptar às mudanças? mesmo que tais mudanças em nada contribuam para a melhoria da educação? O professor deve render-se às exigências do mercado e da indústria cultural? Qual deve ser o seu posicionamento diante desse tema? as escolas e os professores tornaram-se reféns dessa tecnologia? Estamos diante de um dilema? O que fazer?

Prof. Celso Ribas

Rua Guilherme Weiss, 85. Bairro Estância Pinhais Fone: 3653 6028

Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!Vitória Contra o “pacotaço”Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

...por Douglas Rezende, professor e fotógrafo documentarista. e 50.000 Baderneiros em uma “grevezinha”...

reflexão 09Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

Projeto “decreta a morte” da Paranaprevidência, diz idealizador do órgão

Diante dos esclarecimentos noticiados acerca do Paranaprevidência, ficou evidente que o governo do Paraná agiu de forma irresponsável, numa tentativa inconstitucional e desespe-rada de apoderar-se dos r$ 8 bilhões do caixa do Fundo Previdenciário. um recurso que não pertence ao governo e sim, aos sevidores públicos. Ou seja, o governo iria hipotecar o futuro dos servidores ativos, utilizando um dinheiro que estava sendo preservado para o pagamento das futuras aposentadorias. isso quer dizer que faltou capacidade, competência e vontade para encontrar alternativas técnicas que viabilizassem a solução do problema.

E como bem ressaltou renato Follador (idealizador do Paranaprevidência) em entrevista ao Paraná Portal: “O que não se pode fazer é usar uma solução mais rasteira, mais primária, que é pegar esse fundo, usar o dinheiro agora para pagar os atuais aposentados e pensionistas e daqui três anos estar numa situação insustentável. Está havendo só uma visão de curto prazo e não a visão estratégica de longo prazo que todo governo deve ter.”

E a assembleia Legislativa, que deveria impedir essa atitude vergonhosa do poder executivo, acabou se tornando cúmplice, porque a maioria dos deputados estaduais apoiaram o projeto que usurparia os recursos pertencentes aos servidores. Esses parlamentares que deveriam tomar uma posição honrosa, acabaram agindo como verdadeiros fantoches do poder executivo. com isso, a aLEP acabou se tornando como “um puxadinho feito no fundo de casa”.

Estamos órfãos de uma assembleia Legislativa comprometida com o povo paranaense?? re-almente, vale uma importante reflexão.

confira a matéria veiculada na gazeta do Povo (07/02/2015), deixando bem claro que a pro-posta do governo seria absolutamente desastrosa.

O tema é ... Paranaprevidência Prof. Celso Ribas

a Paranaprevidência está morta. a afirmação é de renato Follador, um dos idealizadores do órgão criado em 1998. Na última quarta-feira, o governo do estado enviou projeto de lei à as-sembleia Legislativa que unifica os dois principais fundos do órgão e, assim, libera o Executivo para usar uma “poupança futura” de r$ 8 bilhões de um deles para pagar a folha dos atuais inativos do estado. Em um governo que tem enfrentado dificuldades para quitar a folha de ativos, o risco que se corre é zerar esse saldo da previdência no curto prazo e ameaçar também o pagamento das aposentadorias.

De acordo com os dados mais recentes, de no-vembro do ano passado, a Paranaprevidência paga r$ 497 milhões por mês a mais de 106 mil apo-sentados e pensionistas. Para isso, os beneficiários contribuem com 11% da remuneração, enquanto o Executivo deveria entrar com uma contraparti-da igual ao montante arrecadado do funcionalis-mo – o projeto de lei prevê aumentar o porcentual governamental para 22% até 2016. Essa obrigação financeira do estado, porém, foi descumprida em vários momentos por diferentes governos.

apesar disso, o Fundo Previdenciário, que ser-ve como uma poupança para pagar futuros apo-sentados, é superavitário e tem hoje r$ 8 bilhões em caixa. Paga apenas 14% dos inativos, que se aposentaram após a criação da Paranaprevidên-cia, no governo Jaime Lerner. Por outro lado, o Fundo Financeiro, responsável por pagar a maior parte dos aposentados, que deixaram o governo em anos anteriores, tem um furo mensal de r$ 250 milhões.

com a fusão dos fundos, o Executivo poderá usar o dinheiro da “poupança” para todos os ina-tivos, cobrindo o furo. Num cálculo simples, todo o montante terá desaparecido em 2 anos e 8 me-ses, ainda no mandato do governador Beto richa. isso derruba por terra a previsão inicial de fazer com que a Paranaprevidência se tornasse autossu-ficiente em 2033 – ano a partir do qual o governo não precisaria mais aportar recursos no fundo.

análisePara Follador, ao economizar o montante que

destina hoje a aposentados e pensionistas e a gas-tar a poupança previdenciária para esse fim, o governo vai agravar ainda mais o problema. “Se

hoje não tem dinheiro para pagar a folha, imagi-ne daqui a três anos quando houver mais 20 mil aposentados. O fundo estará zerado e vão tirar dinheiro de onde? tenho pena do futuro governa-dor, porque essa medida vai comprometer total-mente as finanças do estado.”

classificando a medida como uma volta ao passado, ele afirma que o Paraná está reproduzin-do o modelo do iNSS, que quebrou a previdência brasileira ao usar a contribuição dos servidores para pagar a despesa corrente com inativos. Folla-dor alerta que o valor das aposentadorias pagas pelo iNSS caiu de 20 salários mínimos na década de 1970 para os atuais 5,9 salários. Nesses casos, a saída é aumentar a contribuição, reduzir as apo-sentadorias ou mesclar as duas opções. como o limite de 11% do benefício já foi atingido no Para-ná, só restará diminuir os benefícios.

“Vão comprometer todas as futuras aposenta-dorias com uma solução rasteira, quando pode-riam ter descido do pedestal e buscado o auxílio de gente de dentro do próprio estado que ajudaria a encontrar uma solução inteligente e mais mo-derna.” gazeta do Povo

OBS: Não podemos esquecer os partidos desses deputados. PSDB, PmDB, PSc, PP, DEm, SD, PSB, PPS, PDt, PtB, PmN.

Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você! entrevista 05Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

Nesta edição, o Voz da Educação entrevistou a professora e escritora Francine cruz.

Ela falou sobre o seu amor pela literatura, a importância da leitura desde a infãncia e os livros que já pu-blicou.

Francine nasceu no dia 18 de ju-lho de 1984, é professora e escrito-ra. Entre suas obras estão os livros: “ao Deus do meu coração” (2008); “atividade Física para idosos: apon-

tamentos teóricos e Propostas de atividades” (2008); “amor, maybe” (2011); “Educação Física na terceira idade: teoria e Prática” (2013); e “a casa dos dois amores” (2014).

confira abaixo, essa agradável en-trevista.

VE: Francine, você é professora de educação física e escritora, como consegue conciliar duas profissões tão diversificadas?

F: consigo porque amo as duas coi-sas e não me vejo sem nenhuma de-las. Sou apaixonada pelo magistério e louca pela escrita, apesar de ambas serem pouco valorizadas em nosso país. a educação física foi minha pri-meira escolha profissional e continua sendo a minha profissão principal. Sempre fui muito ativa, gosto de pra-ticar esportes, dançar, etc, então tra-balhar com algo prático e dinâmico é perfeito para mim. Por outro lado, sou muito sensível e preciso extrava-sar minhas emoções. Escrever é mi-nha libertação, é aonde posso divagar sem limites. apesar de parecerem trabalhos diferentes, consigo unir as duas coisas, tendo inclusive dois li-vros técnicos publicados.

VE: Como surgiu o seu interesse pela literatura?F: Sempre gostei de ler e escrever. Desde criança tenho uma imagina-ção muito fértil, que foi estimulada pelo meu avô. Quase toda noite, an-tes de dormir, ele me contava histó-rias e também comprava vários livros infantis pra mim. acho que esse estí-

mulo despertou o gosto pela leitura e, consequentemente, a vontade de es-crever minhas próprias histórias. Na escola eu adorava fazer redações e até escrevi algumas hQs por diversão. Na adolescência descobri a poesia e, por ser bastante introspectiva nessa época, ia muito à biblioteca e usava a leitura e a escrita como uma forma de me sentir livre, expressar meus senti-mentos, viver aventuras e viajar pelo mundo. Passei a escrever de tudo:

poesia, contos, hQ até que aos 18 anos tomei coragem e comecei a esboçar meu primeiro romance, o livro que vocês agora conhecem como amor, maybe, desde então, não parei mais de escrever.

VE: Qual é o primeiro livro que você se lembra de ter lido na infância? Gostou? Por quê?

F: Sem contar os livros de contos de fadas, lembro-me de dois que marcaram muito minha infância: FLictS do Ziraldo, que conta a história de uma cor

que não encontra seu lugar no mun-do, e uma adaptação de robinson crusoé de Daniel Defoe, que conta as aventuras de um náufrago em uma ilha deserta. O primeiro me cativou pela originalidade com que as pági-nas foram compostas e pela bela sur-presa do final, o segundo pela sensa-ção de aventura que eu sentia ao ler.

VE: Qual a sua opinião sobre a im-portância da leitura na infância e na pré-adolescência?

F: a leitura é de extrema importân-cia em todas as fases da vida, mas especialmente na infância e adoles-cência ela se torna essencial para de-senvolver a imaginação, aumentar o vocabulário, ampliar o conhecimen-to geral e melhorar a comunicação oral e escrita. além disso, a leitura nos possibilita vivenciar coisas que talvez não possamos na vida real, aproxima-nos de nós mesmos e de nossos sentimentos, leva-nos para os mundos distantes sem precisarmos sair do lugar, nos diverte, nos livra da solidão, nos informa, aumenta nosso senso crítico e muitas outras coisas. É por tudo isso e muito mais que deve-mos estimular cada vez mais nossas crianças a lerem, desde pequenos, para que adquiram esse hábito tão benéfico de lazer e quando cresçam não o abandonem.

VE: O que você pensa sobre o desin-teresse pela leitura entre os jovens?

F: O desinteresse dos jovens pode ter diversas razões, desde a falta do há-bito de leitura, uma má experiência

com leitura no passado, a preferência por outras formas de lazer e informa-ção mais práticas como a internet e redes sociais e também pelo fato de muitas vezes os jovens não se reco-nhecerem naquilo que leem.

VE: Sob seu ponto de vista, o que mais atrai o leitor para a leitura de um livro?

F: assim como o fato do leitor não se reconhecer nas histórias pode ser um fato que o afasta da leitura, o oposto também se dá. acredito que muitos se atraem pela leitura de um livro através da identificação com os per-sonagens ou com o tema da história. isso é ótimo, pois após uma leitura agradável é bem provável que o leitor busque outras, e assim, lendo sempre mais, acabe tornando a leitura um hábito em sua vida.

VE: Como você descobriu que queria ser escritora? Durante esse processo qual foi a maior dificuldade que você teve?

F: Escrever é uma necessidade para mim, um ato de libertação. Não me descobri escritora, preciso ser escri-tora. Preciso das palavras para respi-rar. Escrever é minha válvula de esca-pe, uma forma de externalizar meus sentimentos e me acalmar. Entretan-to, mesmo escrevendo desde muito cedo, só comecei a pensar numa car-reira literária por volta dos dezoito anos, idade com que comecei a esbo-çar meu primeiro romance. Quando terminei, enviei para algumas edi-toras, mas não consegui nenhuma publicação e engavetei o livro por vários anos. com vinte e cinco anos tive uma trombose cerebral e quase morri. Quando saí do hospital decidi que correria atrás do meu sonho de ser escritora e desde então não parei mais de correr atrás desse sonho. Pu-bliquei meu primeiro livro em 2008 e a maior dificuldade foi encontrar uma editora que apostasse em uma autora nacional desconhecida e ban-casse publicar o livro.

VE: Como é o teu processo de escrita?

F: Em geral, quando começo a escre-ver um livro já tenho a história toda na cabeça, sei por onde vou começar, quais tramas serão desenvolvidas e como será o final. algumas vezes as personagens adquirem vida própria e é preciso seguir o seu caminho, mas normalmente sigo o plano inicial sem muitas variações. Para facilitar meu trabalho, elaboro um esqueleto da obra, ou seja, faço uma breve cro-nologia dos fatos que acontecerão, divido o número de capítulos e quais fatos acontecerão em cada um deles, descrevo as características das per-sonagens, etc. Em seguida começa a fase de pesquisa, que é importantíssi-

ma, principalmente quando escrevo uma história numa cidade ou época que não conheci. como quase sem-pre estou trabalhando ou estudando, escrevo nas minhas horas vagas, sem muita disciplina quanto a horários para escrever. uma coisa que me ajuda bastante na hora de escrever é ouvir música. costumo criar uma playlist para cada livro que escrevo e essas músicas me ajudam muito, principalmente nos momentos de bloqueio criativo. além disso, adoro imaginar as cenas do meu livro com fundo musical.

VE: Fale sobre seus livros.

F: “ao Deus do meu coração” foi meu primeiro livro publicado, no início de 2008. Fiz uma edição muito pe-quena, apenas para familiares e ami-gos e não tornei a reeditá-lo. O livro é bastante íntimo, pois retrata minha relação com Deus em forma de po-esias. “atividade Física para idosos: apontamentos teóricos e Propostas de atividades”, meu segundo livro, foi lançado poucos meses depois, ainda em 2008 e está com edição esgotada. Esse livro foi o resultado de muitos anos de pesquisa e expe-riência prática na área e me trouxe muitos convites para ministrar pales-tras e cursos de formação. O “amor, maybe” veio alguns anos depois, em 2011. Por ser meu primeiro roman-ce, ele é meu xodó. conta a história de Josie e matt, dois jovens que se amam, mas tem muitas dificuldades para manter esse relacionamento por causa da interferência de suas famí-lias. Foi com ele que passei a me tor-nar mais conhecida e ser convidada para eventos literários em outros es-tados, como a Feira do Livro de São Luís, no maranhão, por exemplo. No ano de 2013 lancei outro livro técnico “Educação Física na terceira idade: teoria e Prática”, com o objetivo de compartilhar minha experiência te-órico-prática como professora dessa faixa etária. meu segundo romance e livro mais recente, “a casa dos dois amores”, foi publicado em dezembro de 2014. a novidade desse livro é seu formato em Áudio-Livro. Esse livro é muito especial porque tem como pano de fundo as manifestações dos jovens brasileiros da década de 1960, anos da ditadura militar. Os protago-nistas Felipe e gabrielle são apaixo-nados, mas existe uma promessa que pode separá-los para sempre e o final é surpreendente.

VE: Em que projeto você está traba-lhando agora?

F: atualmente estou trabalhando em um livro de contos, com uma temáti-ca mais adulta, diferente de tudo que já fiz. Estou ansiosa para terminar e curiosa para ver a reação dos leitores!

uma entrevista com Francine cruz Prof. Celso Ribas

Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!06 escritibasPara pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

Leitura indispensável... Publicações de Francine Cruz.

a prática de ativida-des físicas, de jogos recreativos e cogni-tivos desenvolvidas pelo profi ssional de educação física e o convívio social in-ter e intrageracional trazem inúmeros benefícios em todas

as idades, em especial na velhice, na qual ocorre uma diminuição das capacidades funcionais e cognitivas, dos contatos so-ciais e da motivação para se realizar ativi-dades novas.O objetivo desse livro é, então, dar subsí-dios teórico-práticos para a realização de programas de educação física para idosos, destacando seus benefícios e particulari-dades, auxiliando os profi ssionais na es-truturação de suas aulas.compras pelo site: www.iconeeditora.com.br e nas melhores livrarias!

Quem pode separar duas pessoas que se amam?

Em uma festa à fantasia, Josephine e matthew se co-nhecem e se apai-xonam. inexpe-rientes, Josie e matt

sabem que se amam, mas, para viver esse grande amor, terão que vencer muitas barreiras. O que será que os impede de fi car juntos?Neste romance, você conhecerá a força de um amor verdadeiro que através dos anos buscará sua chance de ser eterno. Será esse amor forte o sufi ciente para resistir ao tempo, à distância e a solidão?

- maybe.compras pelo site: www.iconeeditora.com.br e nas melhores livrarias!

Entre a vida do seu pai e o amor da sua vida qual você esco-lheria?

a casa dos Dois amores tem como pano de fundo as manifestações dos

jovens brasileiros da década de 1960, anos da Ditadura militar, e nem mesmo este regime foi capaz de separar grandes amores. Felipe e gabrielle são apaixona-dos, mas existe uma promessa que pode separá-los para sempre.Descubra que promessa é essa e prepare-se para fortes emoções!compras pelo site: www.audiolivroplus.com e nas melhores livrarias!

TEM LITERATURA NO CAMINHO DO LARGO DA ORDEM E DA BOCA MALDITAEscritibas na rua é uma iniciativa de escritores residentes em curitiba e rmc que buscam levar suas obras para mais perto do público, expondo seus materiais em duas feiras coordenadas pelo instituto municipal de turismo de curitiba. Nessa edição, vamos conhecer as obras das poetizas albertina Laufer e Elciana goedert.

Falando em PaixãoPregam que paixão é feito venenoacredito que seja uma inverdademesmo não sendo sentimento serenorevigorante, pode trazer felicidadeinvade o corpo, entorpece os sentidosinebria a alma, pelos poros entranhatraz ao corpo sintomas desconhecidosEm nome dela, comete-se cada façanha!Sob seu efeito, perde-se a direçãoSome a prudência, e mesmo a razãocausa furor, faz o sangue fervilharÉ responsável por tantos desatinosE por ela, homens agem como meninosah, paixão... Dela quem pode escapar?(Elciana goedert)EncantamentoQuando em você eu penso,Fico cativa do silêncioE o tempo, em suspensoPermanece estagnadocomo se fora um suplíciocomo se tivera encantadocontudo, não há o que temerPois sei que nestes devaneiosEncontrarei você, o meu viverali, sempre pra mim sorrindoamenizando os meus anseiosPartilhando deste sonho lindo(Elciana goedert)Selvagemteus lábios vou morderE deixá-lo entorpecidote farei então estremecerSussurando ao teu ouvidomisto de ousadia e doçuraLibertinagem e caríciastuas mãos em minha cinturaSão instantes de delícias (Elciana goedert)

albertina Laufer é autora de “arremates da Saudade”, “artima-nhas do tempo”, “O camaleão Flautista e a centopeia Falante” e “revoadas”.

Elciana goedert é au-tora de “Eu e a Poesia” e participante de várias antologias poéticas, en-tre elas “O melhor de mim” (Vol. 1 e Vol.2) e “ii antologia da con-fraria da Poesia infor-mal”.

Os livros dos Escritibas podem ser adquiridos nas seguintes Feiras: LuiZ XaViEr (sábados das 9:00 às 13:00 h) Boca maldita (próx. a galeria tijucas) LargO Da OrDEm (domingos das 9:00 às 14:00 h) Setor histórico (próx. a casa romário martins)

Riosrios que corremcontornam montanhasDesenham estátuasLapidam entranhasaprofundam seus leitosEm suave combateampliam as margensE após o embateFecundando o chãoao encontro do larmelhorados se vãoE deságuam no mar(albertina Laufer)LiberdadeBebo da vida suas coresEternizo-as em alegriaSe me embriagam as dorestransformo-as em sabedoriaEm mim se esgota a linguagemEsbarro-me em palavra poucaSó me querem de passagemSou da liberdade a louca (albertina Laufer)ArremateEm roupagens de meninaDesce feito bailarinaSeu mistério é sua sinaas vielas em cada esquinaOra aquece, molha, invadeOra molha, invade, esqueceminha vida feito preceregozija, agradeceÁgua penetrando n’almaE coração feito vulcãotece os fi os da liberdadeNo arremate da saudade (albertina Laufer)

polêmica 07Para pessoas educadas,cultas e inteligentes como você!

Prof. Celso Ribas

“um dos estudos mais impactantes e recentes sobre os males da maconha foi conduzido por tre-ze reputadas instituições de pesquisa, entre elas as universidade Duke, nos Estados unidos, e de Otago, na Nova Zelândia. Os pesquisadores acompanharam 1.000 voluntários durante 25 anos. Eles começaram a ser estudados aos 13 anos de idade. um grupo era composto de fumantes regulares de maconha. Os in-tegrantes do outro grupo não fumavam.

Quando os grupos foram comparados, fi cou evi-dente o dano à saúde dos adolescentes usuários de maconha que mantiveram o hábito até a idade adul-ta. Os fumantes tiveram uma queda signifi cativa no desempenho intelectual. Na média, os consumidores crônicos de maconha fi cavam 8 pontos abaixo dos não fumantes nos testes de Q.i. Os usuários de ma-conha saíram-se mal também nos testes de memória, concentração e raciocínio rápido. Os resultados mos-tram que é falaciosa a tese de que fumar maconha com frequência não compromete a cognição.

Diz o psiquiatra Laranjeira: “Se o usuário crônico acha que está bem, a ciência mostra que ele poderia estar muito melhor sem a droga. a maconha priva a pessoa de atingir todo o potencial de sua capacida-de. apenas 10% dos pacientes internados em clínicas de recuperação de dependentes foram parar ali para tentar se livrar do vício da maconha. ainda assim, muitos dos usuários da droga nessas clínicas foram diagnosticados com esquizofrenia, bipolaridade, de-pressão aguda ou ansiedade – sendo o vício de ma-conha apenas um componente do quadro psicótico e não seu determinante.”

“até pouco tempo atrás vigorou a tese de que a maconha só defl agra transtornos mentais em pesso-as com histórico familiar dessas doenças. Essa noção benigna da maconha foi sepultada, entre outros tra-balhos, por uma pesquisa feita pelo instituto de Saú-de Pública da Suécia.

um grupo de 50.000 voluntários foi avaliado du-rante 35 anos. Eles consumiram maconha na adoles-cência. Os suecos demonstraram que o risco de um usuário de maconha sem antecedentes genéticos vir a desenvolver esquizofrenia ou depressão é muito mais alto do que o da população em geral. Entre os usuá-rios de maconha pesquisados, surgiram 3,5 mais ca-sos de esquizofrenia do que na média da população.”

“a razão básica pela qual a maconha agride com

Você já deu um tapa na macaca?

agudeza o cérebro tem raízes na evolução da espécie humana. Nem o álcool, nem a nicotina do tabaco; nem a cocaína, a heroína ou o crack; nenhuma outra droga encontra tantos receptores prontos para inte-ragir com ela no cérebro como a cannabis. Ela imita a ação de compostos naturalmente fabricados pelo or-ganismo, os endocanabinoides. Essas substâncias são imprescindíveis na comunicação entre os neurônios, as sinapses. a maconha interfere caoticamente nas sinapses, levando ao comprometimento das funções cerebrais. O mais assustador, dada a fama de inofen-siva da maconha, é o fato de que, interrompido seu uso, o dano às sinapses permanece muito mais tempo – em muitos casos para sempre, sobretudo quando o consumo crônico começa na adolescência. Em con-traste, os efeitos diretos do álcool e da cocaína sobre o cérebro se dissipam poucos dias depois de inter-rompido o consumo.”

além disso, é preciso considerar o comentário de um dos mais renomados psiquiatras do país Va-lentim gentil Filho, ao dizer que “trata-se da única droga a interferir nas funções cerebrais de forma a causar psicoses irreversíveis.

Se fosse para escolher uma única droga a ser banida, seria a maconha”, e a observação feita pelo também importante psiquiatra ronaldo Laranjeira, quando expressou a seguinte observação: “se o usuá-rio crônico acha que está bem, a ciência mostra que ele poderia estar melhor sem a droga. a maconha priva a pessoa de atingir todo o potencial de sua ca-pacidade.”

E ainda, o testemunho da fotógrafa milena gert-ner: “comprar e consumir maconha é a coisa mais fácil do mundo. a droga é extremamente barata e ninguém faz cara feia quando percebe que você está fumando. as pessoas estão acostumadas. Fumei dos 14 aos 20 anos. até começar a fumar, eu era ótima aluna – fui alfabetizada em inglês e ainda falava fran-cês e espanhol com fl uência. meu raciocínio era rápi-do e eu era responsável em casa. Por causa da droga, passei a ter sérias falhas de memória. um dia minha mãe descobriu que eu fumava e me levou ao médico. Lá, fui diagnosticada com transtorno bipolar, defl a-grado pelo uso da maconha. Estou há quatro anos limpa. Não foi fácil. tive duas recaídas. mas estou aqui, pronta para recomeçar.”

uma onda de apoio à legalização da maconha tem provocado acalorados debates em torno do assunto. Seus defensores afi rmam que ela não faz mal a saúde. No entanto, pesquisas médicas mais recentes têm jogado um balde de água fria nessa afi rmação, ao revelar que fumar uma “ervinha” faz mal a saúde sim. acompanhe alguns trechos da reportagem realizada pela revista Veja (10/12) * sobre o assunto:

Diante desses estudos e depoimentos, devemos manifestar nossa preocupação e responsabilidade ao tratarmos do tema. É necessário que façamos algumas refl exões como: qual deve ser o meu posicionamen-to depois de tomar conhecimento dessas pesquisas? Se eu sou usuário, devo buscar ajuda? Devo parar de consumir? Se não sou usuário, mas tenho defendido a causa da li-beração da maconha, a partir dessas infor-mações como devo posicionar-me? ainda mais enquanto educador. com a legalização do maconha, a vida de quem consome vai melhorar?

há interesses econômicos ou muita ig-norância por trás dessa onda de apoio à le-galização da ervinha?

com isso, uma palavra é fundamental ao tomar uma posição diante desse polêmico assunto: rESPONSaBiLiDaDE. Por que o meu posicionamento vai interferir posi-tiva ou negativamente, no futuro de nossas crianças e adolescentes, de nossos fi lhos, sobrinhos e netos.

comprar maconha pelo que parece é muito fácil e aceitar uma ideia falsa é mais fácil ainda. Por isso, os defensores do uso irrestrito da canabis não podem agir com a emoção e a impulsividade. Devem estudar com profundidade o assunto.

Ou seja, no lugar da marcha da maco-nha, os seus organizadores deveriam pro-vocar debates e estudos sobre o tema.

além disso, o vício e a onda pela legali-zação não podem se sobrepor à discussão e ao debate.

caso contrário, a marcha da maconha acaba se tornando a marcha da irresponsa-bilidade e da imaturidade.

assim, com responsabilidade eu absor-vo as informações que obtive e procuro di-vulgá-las ao máximo de pessoas. E juntos, impeçamos a legalização e proliferação des-sa “erva daninha”.

Como os estudos comprovam que o uso da maconha é prejudical a saúde da pessoa, é necessário que o tema seja trabalhado nas es-colas e com as famílias, procurando esclarecer sobre os seus malefícos. Além disso, muitos fi lmes, programas de TV e celebridades têm incentivado o uso da canabis. Neste caso, a conscientização acerca do assunto torna-se um importante instrumento para combater a onda de apoio e simpatia pela causa.

O PROFESSOR ENQUANTO FORMADOR DE OPIONIÃO...

UM POUCO DE REFLEXÃO...

* Vale ressaltar que determinadas reportagens desta revista são ótimas. Porém, outras de cunho político, são absolutamente tendenciosas.

Parabéns educadores!voz da educação