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campo de argumentação ana-
lítica ou sintética.
O que vem a ser a
análise? Nada mais nada
menos que a construção do
argumento que vai do particu-
lar para o geral, assim sendo
podemos ter como a saída do
meio real (simples) para o
meio virtual.
Sair do simples, que
é o real, é uma condição analí-
tica e não sintética. Assim
sendo o que vem a ser a sínte-
se geográfica, esta é a carta
ou o mapa. E, estes são uma
representação complexa, e
não o real, simples. Chegamos
então diante de uma incógnita
que precisamos continuar
discutindo de maneira a refle-
tir sobre que patamar a Geo-
grafia está estabelecida.
Por Paulo Rosa
Quando se expõe sobre
esse assunto ele se apresenta
como sagrado, pois se encon-
tra em um lugar que nos pare-
ce somente dos sacerdotes,
mas, à medida que vamos
caminhando para lugares que
contém cenários, esses nos
deixam em muitos momentos
perplexos, tanto no sentido
positivo como de forma nega-
tiva, pois os lugares podem ou
não conter o fascínio que nos
chama a atenção.
Os lugares contêm
estruturas e acabam por for-
mar conjuntos. Normalmente
isso ocorre em lugares que
podem ser considerados co-
mo sendo unidades fisionômi-
cas. Vários desses grandes
sacerdotes que escreveram
teoricamente sobre a Geogra-
fia nos trazem conceitos e
significados que se apresen-
tam de forma dogmática e,
em muitos casos os argumen-
tos nem permitem a dúvida,
ou a dúvida metódica. O que
na realidade nos passam são
sugestões com teor dogmáti-
co e que sua contradição, mas
parecerá uma heresia.
Um livro que nos
aponta ―n‖ conceitos impor-
tantes para a formação de
opinião em Geografia foi escri-
to por Olivier Dolfuss: Análise
Geográfica. Nesse caso, toda
a ideologia nele contida está
posta de forma extremamente
oculta e bem trabalhada nos
apontando que a Geografia é
analítica. Há aí uma forte con-
tradição, será a Geografia um
A geografia é nomotética ou ideográfica: 1ª reflexão
Cultivo de alho orgânico no Distrito de Ribeira – Cabaceiras PB
Por Edilaine Simone
Todo alimento orgâ-
nico é muito mais que um
produto sem agrotóxicos. É o
resultado de um sistema de
produção agrícola que busca
manejar de forma equilibrada
o solo e demais recursos natu-
rais (água, plantas, animais,
insetos, etc.), conservando –
os em longo prazo e manten-
do a harmonia desses ele-
mentos entre si e com os se-
res humanos.
O cultivo do alho no
município de Cabaceiras é
uma cultura que há mais de
cem anos promovia inclusão
social e geração de renda
para os pequenos produtores
do Distrito de Ribeira. Na dé-
cada de 80, Cabaceiras ocu-
pou o primeiro lugar no ran-
king de produção e qualidade,
chegando a produzir 450 ton-
eladas/ano. A partir de 1996,
a falta de apoio e a ausência
de políticas públicas na área
da agricultura, resultaram na
queda contínua da produção e
obrigou grande parte dos agri-
cultores a migrar para o su-
deste. O resultado do descaso
foi o fechamento da indústria
de beneficiamento de alho da
ARPA, em 1998, que contribu-
iu ainda mais para o desem-
prego de vários pais de famí-
lia. Com o apoio da atual ad-
ministração, a indústria foi
reaberta.
O projeto de revitali-
zação da cultura do alho no
município de Cabaceiras foi
uma iniciativa do prefeito
Ricardo Aires, através da Se-
cretaria Municipal de Agricul-
tura, que em conjunto com a
ARPA (Associação Ribeirense
dos Produtores de Alho) e
através de ações concretas
vem promovendo a retomada
de investimentos na cultura
do alho.
Saco de alho. Foto: Edilaine Simone
―O cultivo do alho no município de
Cabaceiras é uma cultura que há mais
de cem anos promovia inclusão social
e geração de renda ‖
BOLETIM DE GEOGRAFIA APLICADA
Interesses especi-
ais:
O boletim de Geografia
Aplicada é um periódico
que visa a interação e a
divulgação de atividades
desenvolvidas dentro da
Geografia que ficam
caracterizadas pela
execução das habilita-
ções dos geógrafos
dentro de âmbito com
característica profissio-
nal. Os artigos e notas
aqui impressos, são as
representações de expe-
riências vividas por pro-
fissionais ou por pesso-
as com interesses afins,
ou seja dentro do univer-
so das habilidades pes-
soais de cada um a partir
do reconhecimento dos
mais diversos aspectos
inerentes ao desempe-
nho da profissão.
Profissão Geógrafo GEMA Vol. (IV) — Nº 2
Outubro de 2010
Nesta edição:
A geografia é nomotética
ou ideográfica: 1ª reflexão
Cultivo de alho orgânico
no Distrito de Ribeira –
Cabaceiras PB
1
A Rodovia Transamazôni-
ca BR-230 na Região
Metropolitana de João
Pessoa
Conversar em Ambiente
Virtual
2
As consequências da
Especulação Imobiliária
na Região Sul de JPA
Regionalização dos ritmos
no estado da Paraíba
3
Lixo eletrônico: o que
fazer após o término da
vida útil dos seus apare-
lhos?
Incêndio Silencioso
4
Maré Alta no Litoral
Paraibano
Religião e a Conscientiza-
ção Ambiental
5
Do Labema ao Gema em Três
Gerações 6
A realidade do viaduto sobre a
BR-230 entre o Alto do Mateus 7
GEMA GEMAGEMAGEMA
Arte/Editoração 8
Por Hawick Arnaud
Esta importante ro-
dovia foi projetada no governo
do presidente Médici (1969 a
1974), surgiu a ideia depois
de uma visita do mesmo ao
semi-árido nordestino. Diante
de tanta calamidade vista,
resolveu unir os homens sem
terra do nordeste brasileiro,
por causa das áreas secas e
castigadas às terras sem ho-
mens da Amazônia. Era a pre-
ocupação com o processo de
integração do país e conse-
qüentemente, com a proteção
do território brasileiro e a con-
solidação da soberania nacio-
nal.
A BR-230 foi inaugu-
rada em 30 de agosto de
1972, foi considerada uma
obra faraônica, sendo a tercei-
ra maior rodovia do Brasil. O
seu marco zero se inicia no
município de Cabedelo na
Paraíba, cortando os estados
do Ceará, Piauí, Maranhão,
Tocantins, Pará e terminando
na cidade de Lábrea, no Ama-
zonas. Embora a sua criação
tivesse como objetivo a inte-
gração nacional, hoje a rodovi-
a não é totalmente pavimenta-
da principalmente em trechos
localizados na Amazônia.
Na Paraíba a rodovia
corta 521 km do território,
sendo duplicada de Cabedelo
a Campina Grande, que é o
segundo centro econômico do
estado. Na região metropolita-
na de João Pessoa a BR-230
virou uma avenida que liga a
capital aos municípios vizi-
nhos. Isso ocorreu devido ao
alto índice demográfico, aque-
cimento do turismo, fluxo in-
tenso de veículos, distribuição
dos serviços e o fluxo de pro-
dutos. Já que as grandes in-
dústrias estão não só em João
Pessoa, mas em Santa Rita,
Bayeux e Cabedelo, além do
Aeroporto e do Porto que se
encontram nestas últimas
cidades respectivamente. Esta
divisão promoveu o mérito da
BR-230 em termos de logísti-
ca e sua importância para a
economia do estado. Diversos
órgãos públicos, empresas
privadas e multinacionais,
estádio de futebol, shopping e
universidades se encontram
nas proximidades ou nas mar-
gens desta rodovia. Além do
fato que a BR-230 cruza com
um dos principais corredores
viários da capital, que são as
avenidas: Beira-Rio; Epitácio
Pessoa; e Pedro II; além da
bifurcação com a BR-101 .
A localização da
rodovia favorece a circulação
dos habitantes, dos empreen-
dimentos e dos turistas. A
lendária BR-230 é a marca
registrada da região metropoli-
tana de João Pessoa e a eco-
nomia estadual depende da
logística pré-estabelecida e
imposta pelo seu fluxo viário
que é de grande relevância
para o estado da Paraíba.
Fotos:
1– Trecho que compreende o bairro João Agripino. Foto: Ivo Lacerda
2– Marginal no bairro do Cristo redentor. Foto: Google earth
3– Trecho do Campus I UFPB. Foto: Acervo Paulo Rosa
se em relatar esse fato: O
papagaio fala? (então veio à
mente todo o processo de
apreensão que se adquire
quando criança), em seguida,
mais uma indagação: o papa-
gaio conversa? E foi com essa
segunda parte do diálogo que
elucidamos o seguinte pensa-
mento: o aluno virtual enquan-
to aluno universitário redige
seus trabalhos, copia o que
tem no quadro, escreve a fala
do professor, mas poucos
conseguem expressar através
da escrita um diálogo de opini-
ão ou mesmo perguntar o que
não estão entendendo num
determinado assunto.
Então, em que mo-
mento essa barreira foi posta
Por Cristiane Melo
Analisando a pouca
participação de alguns alunos
com a conversa escrita na
plataforma virtual da UFPB ,
disciplina que sou monitora,
surge a partir da discussão no
grupo GEMA o problema:
quais as dificuldades encon-
tradas pelos alunos no ambi-
ente de aula virtual faz com
que achem-se incapazes ou
não queiram escrever algu-
mas linhas? Desse proveitoso
diálogo procuramos visualizar
essa situação, no qual o falar
se diferencia de comunicar.
Para entender me-
lhor essa colocação, descrevo
aqui o que suscitou o interes-
pela academia? Será que já
não está na hora de levar o
aluno a descobrir que é capaz
de proporcionar através da
escrita um diálogo colaborati-
vo num ambiente virtual? Co-
mo experiência própria posso
dizer que como muitos, não
tinha o hábito de escrever,
mas esse exercício no ambien-
te virtual começou com men-
sagens telegráficas me ajudou
e ainda ajuda a escrever tex-
tos como este.
E agora, será que
somos capazes de conversar,
perguntar, discordar [...] num
ambiente virtual de forma
colaborativa?
A Rodovia Transamazônica BR-230 na Região Metropolitana de João Pessoa
Conversar em Ambiente Virtual
Página 2 BOLETIM DE GEOGRAFIA APLICADA
Será que já
não está na hora de
levar o aluno a descobrir
que é capaz de
proporcionar através da
escrita um diálogo
c o l a b o r a t i v a n u m
ambiente virtual?
Plataforma Virtual Moodle UFPB
“ . . . N a r e g i ã o
metropolitana de João
Pessoa a BR-230
virou uma avenida
que liga a capital aos
municípios vizinhos..”
Regionalização dos ritmos no estado da Paraíba
de Estudos e Metodologia
Aplicada), chegou-se a hipóte-
se que existem dois tipos de
ouvintes: aqueles que são
fascinados pela letra da músi-
ca; e aqueles que se apaixo-
nam pela melodia, estes últi-
mos são movidos pela dança.
Em um estudo a
fundo neste âmbito pode se
ter uma grande surpresa: o
que pode estar ocorrendo na
Paraíba é um bombardeio das
bandas de forró, já que elas
estão mais acessíveis ao pú-
blico, mas na realidade esse
público musical pode estar
mais diversificado que imagi-
namos. Temos que ver como
a música fascina as pessoas
na Paraíba, fazendo uma ana-
logia as micro-regiões paraiba-
nas, pois as mesmas se dife-
Por Italo Ramon
A Paraíba como
também o nordeste, possui
uma musicalidade muito
forte marcada por aspectos
que vão desde culturais a
rítmicos.
Acontece que nes-
se contexto é necessário
saber como as pessoas se
comportam diante da músi-
ca na Paraíba. Será que o
forró é mesmo o rítmo pre-
dominante no gosto dos
paraibanos ou ele é imposto
pelo mercado fonográfico, o
qual é baseado nas bandas
de forró? Essa
questão é muito mais com-
plexa que se imagina e me-
rece um estudo aprofunda-
do. Em discussão acerca do
assunto com o GEMA (Grupo
Vol. (IV) — Nº 2 Página 3
As consequências da Especulação Imobiliária na Região Sul da Cidade de João Pessoa
Por Francicléa Avelino Ribeiro
Imagem aérea da Zona Sul da cida-
de de João Pessoa. Percebe-se a
expansão imobiliária.
Foto: Acervo Paulo Rosa
O processo de ur-
banização na cidade de João
pessoa acarretou uma série
de mudanças principalmente
na paisagem, para esse
processo foi necessário a
intervenção do homem ao
meio ambiente. João pessoa
surgiu às margens do Rio
Sanhauá no tabuleiro locali-
zado à direita do rio e se
expandiu em direção ao
mar, onde as casas são
mais valorizadas havendo o
desenvolvimento econômi-
co, devido à especulação
imobiliária.
Nessa expansão
vales de rios foram trans-
postos a exemplo do rio
Jaguaribe e foram efetiva-
dos loteamentos de baixo e
alto padrão. A especulação
imobiliária causa vários
transtornos ambientais co-
mo o desmatamento das
áreas verdes. Foi com a
instalação do Distrito Indus-
trial e do campus universitá-
rio que começou a expansão
da cidade na direção sul
originando o que chamamos
de ―cidade dos conjuntos
habitacionais‖.
Na região sul de
João pessoa ainda existem
pequenas manchas da mata
atlântica. O bairro de Valen-
tina de Figueiredo é um
exemplo da especulação
imobiliária, está cada vez
mais aumentando e indo em
direção ao quilombo Parati-
be que está perdendo terras
que estão em seus direitos.
Além disso, a aproximação
de pessoas com novas cultu-
ras fizeram com que alguns
quilombolas abandonassem
algumas características afro-
descendentes, a maioria dos
moradores eram pescadores
devido a proximidade com o
Rio Cuiá e o Rio do Padre,
estes rios não são limpos
devido ao esgoto que é des-
pejado neles. O bairro de
Mangabeira está sendo verti-
calizado e já é considerado
um subcentro. Nas outras
localidades como o Mussu-
mago, Colinas do Sul e Ger-
vázio Maia observa-se que
são áreas que passaram a
desenvolver uma valorização
maior do terreno devido ao
crescimento comercial local
que gera empregos.
Enfim, podemos ver
que a especulação imobiliá-
ria tem seu lado positivo
para a economia local, e um
lado negativo para o meio
ambiente principalmente
para os últimos vestígios de
mata atlântica nesse municí-
pio.
―A especulação imobiliária,
causa vários transtornos ambi-
entais como o desmatamento
das áreas verdes‖
Foto
Variações rítmicas, que envolvem a cultura. Fonte: http://weblog.educ.ar/
santafecultura/archives/008960.php
renciam em termos de musi-
calidade.
Diversidade musical
Imagem da BR-230 cortando a
Zona Sul de João Pessoa
Foto: Ivo Lacerda
Por Gutemberg de Barros Barbosa
Os resíduos eletrôni-
cos, também denominados
de e-lixo (e-waste em inglês)
são os vilões do momento.
Eles nada mais são do que
artigos eletrônicos que não
podem mais ser reaprovei-
tados como: computadores,
celulares, câmeras digitais,
MP3 player, entre outros. São
considerados lixos eletrônicos
também artigos elétricos de
casa como: geladeiras, mi-
croondas e o que mais você
usar em casa que descarta-
dos, podem poluir o planeta.
Quando você troca
seu equipamento eletroeletrô-
nico, saiba que ele poderá
prejudicar o meio ambiente.
Estes equipamentos são
produzidos com substâncias
nocivas, e uma vez descar-
tados de forma incorreta em
locais pouco apropriados co-
mo lixões e perto de lençóis
freáticos tornam-se problemas
ainda maiores.
Números que im-
pressionam:
-O Brasil produz
2,6kg de lixo eletrônico por
habitante, o equivalente a
menos de 1% da produção
mundial de resíduos , e a in-
dústria eletrônica continua em
expansão. Até 2012 espera-
se que o número de computa-
dores existentes no país do-
bre e chegue a 100 milhões
de unidades. Deste total, 40%
se encontram na forma de
eletrodomésticos.
Onde Reciclar
Existem várias empresas
que lidam com a reciclagem
desses materiais, é possível
fazer doações para organiza-
ções que trabalham com a
inclusão digital.
Para celulares, pro-
cure sempre as revendedo-
ras de sua operadora, para
que as baterias possam ser
devolvidas às empresas fabri-
cantes, sendo despejados em
locais seguros. Para pilhas,
procure os locais de coleta
seletiva da sua cidade, e nun-
ca as jogue no lixo comum.
Os eletrodomésticos
podem ser doados para pes-
soas carentes ou locais em
que as peças possam ser
reutilizadas para consertar
aparelhos com defeito. É
preciso ter em mente que
muitas pessoas podem preci-
sar daquilo que para nós é
cons iderado obso le to .
O Instituto Brasilei-
ro de Defesa do Consumi-
dor (IDEC) lista as princi-
pais empresas de informáti-
ca e celulares, onde os apa-
relhos das marcas determi-
nadas podem ser descarta-
dos.
A ONG Lixo Eletrôni-
co também dá aos usuários
uma lista de locais onde po-
de ser feita a doação de arti-
gos para a reciclagem dos
resíduos para pessoas caren-
tes.
Para doar seu computador
para que ele faça parte de
programas de inclusão digi-
tal, você pode procurar: gu-
Lixo eletrônico: o que fazer após o término da vida útil dos seus aparelhos?
Incêndio Silencioso
Até o momento cito
somente aquele fogo que é
visível, que está ao nosso
alcance, que é perceptível.
Existe outro que não seja a-
quele que eu veja? A resposta
é sim. Principalmente em lu-
gares que possuem no subso-
lo concentrado de carvão o
qual é consumido logo após
um incêndio florestal. Nesse
caso, o incêndio pode durar
meses e até anos.
Em um caso, aqui no
Brasil, já aconteceu em solo
de turva que possui muitas
raízes e restos de vegetação.
Os principais afetados (além
da perda produtiva do solo);
são os pequenos animais
como o tatu, a toupeira, algu-
mas serpentes etc. O risco de
poluição na atmosfera e a
inalação tóxica pelo carvão
são algumas mínimas conse-
quências onde o sinal princi-
pal desses incêndios é a fu-
maça que sai nas fissuras do
solo.
Aliás, existe o crime
de incêndio no Código Penal
Brasileiro, mais especifica-
mente o artigo 250, tendo por
título: Dos Crimes Contra a
Incolumidade Pública; e por
capítulo: Dos Crimes e Perigos
Comum. A pena é de reclusão
e varia entre 3 a 6 anos acres-
cida de multa. Provocar incên-
dios a ponto de expor perigo à
vida, ao patrimônio e outros, é
crime, mas quando será que
os principais agentes suspei-
tos (os homens) irão usar a
justificativa - na maioria dos
casos - de que são causas
naturais, sendo essas últimas
mais raras.
Por Thiago César
O fogo se comporta
como elemento principal des-
de os tempos mais remotos.
Para poder se aquecer o ho-
mem pré-histórico já usava
como meio de vida, instrumen-
to e até mesmo acessório
para moldar ou colocar numa
certa temperatura determina-
do objeto. Hoje, logo após
vários avanços tecnológicos,
vivemos em um mundo que
ainda sofre com uma diversi-
dade de incêndios quer sejam
aqueles causados por tercei-
ros ou naturais. Na maioria
das vezes são encadeados por
terceiros e as consequências
vão desde a perda da vegeta-
ção até mesmo vidas sufoca-
das.
Página 4 BOLETIM DE GEOGRAFIA APLICADA
―O Brasil produz 2,6kg
de lixo eletrônico por
h a b i t a n t e , o
equivalente a menos
de 1% da produção
mundial de resíduos
do mundo.‖
Fonte da Imagem
http://www.radiomonsanto.pt/
ficheiros/noticias/125301
“...O risco de
poluição na atmosfera e
a inalação tóxica pelo
carvão são algumas míni-
mas conseqüências onde
o sinal principal desses
incêndios é a fumaça que
sai nas fissuras do solo.”
―É preciso ter em mente
que muitas pessoas po-
dem precisar daquilo que
para nós é considerado
obsoleto .‖
Por Fransuelda Vieira
No mês de Agosto,
precisamente no dia 12 às
5h00, a Equipe GEMA (Grupo
de Estudos de Metodologia e
Aplicação), esteve presente na
Praia do Poço, em Cabedelo,
para observar e registrar a
força das águas na maré 2.8,
considerada para o litoral pa-
raibano meso-maré, isto é,
com amplitudes entre 2 e 4
metros, lembrando que aqui
na Paraíba o máximo que já
atingiu, segundo dados do
Porto, foi 3.40m.
As marés resultam
da força de atração dos se-
guintes astros: lua, terra e sol,
quando estes se alinham ocor-
rem as marés de Sizígia ou
Preamar. Na praia do poço,
associada a preamar consta-
tamos a ocorrência de rajadas
de ventos chegando a medir
5,7m/s o que agravou ainda
mais a situação. As ondas
fortes derrubaram coqueiros,
muros e deixaram os morado-
res aterrorizados, que na oca-
sião informaram nunca terem
presenciado cenas como a-
quelas.
As áreas vulneráveis
na costa são aquelas em que
as edificações foram construí-
das sem observar o limite
permitido pela Constituição
Estadual, que considera no
inciso VII do Art. 227 ―toda
faixa de praia do território
paraibano de até 100 metros
da maré de Sizígia, de interes-
se ecológico do Estado‖, sen-
do dever do Estado defender e
preservar. Indo além, no Art.
229 consta, que as áreas a
serem urbanizadas ―devem
distar 150 metros da maré de
Sizígia‖.
Segundo o Gema,
boa parte do litoral Paraibano
passa por problemas relacio-
nados a erosão costeira, o
barramento dos rios que de-
sembocavam no mar implicou
na falta de sedimentos em
alguns pontos da zona costei-
ra, o que vem se agravando ao
longo de vários anos.
Com marés 2.8 três
dias consecutivos: 08, 09, 10
de Setembro, retornamos no
dia 10 para observar a paisa-
gem litorânea e dar continui-
dade ao monitoramento das
áreas de risco. Desta vez fo-
mos ao Cabo Branco, Praça de
Iemanjá e Praia do Seixas; a
praça de Iemanjá quase toda
destruída, oferecendo riscos
aos visitantes e banhistas; no
Seixas observamos o recuo
das barracas que restaram em
direção à rua e o trabalho dos
moradores para retirar o lixo
trazido pelas águas.
Maré Alta no Litoral Paraibano
Religião e a Conscientização Ambiental
a esse tema.
As igrejas exercem
um papel perante a socieda-
de, não apenas de cunho reli-
gioso, como também de ação
social e educação, sendo um
agente de disseminação de
conhecimentos sociais e edu-
cacionais, que incluem ques-
tões ambientais. Para essas
instituições deveriam ser leva-
dos em conta além dessas
questões, o que está escrito
na Bíblia no livro de Gênesis,
Capitulo 1 os versículos de 26
a 30. Onde coloca os homens
como mordomos, administra-
dores, dominadores sobre a
terra, ou seja, devem cuidar
da terra em todos os âmbitos
lá citados, englobando alguns
focos onde hoje existem gran-
des problemas ambientais.
V e j a m o s
um trecho que diz: [...] Tam-
bém disse Deus: Façamos o
homem à nossa imagem, con-
forme a nossa semelhança;
tenha ele domínio sobre os
peixes do mar, sobre as aves
dos céus, sobre os animais
domésticos, sobre toda a terra
e sobre todos os repteis que
rastejam pela terra [...] Gn
1.26-30. Portanto, a conscien-
tização e o esclarecimento
sobre alguns problemas ambi-
entais necessitam de atitudes
mais expressivas dessas insti-
tuições, já que para as mes-
mas não é só uma questão
social, mas também de fé,
mostrando para seus mem-
bros importância de adminis-
trar bem o que ―Deus‖ conce-
deu-lhes.
Palestra sobre Conscientização ambi-ental na Igreja Presbiteriana de Bayeux-PB
Foto: Cleytiane Santos
Por Cleytiane Santos
Observando a socie-
dade em que vivemos, pode-
mos perceber que ela desen-
volve diversas atividades auto-
destrutivas que resultam na
degradação da natureza, o
que influencia direta e indire-
tamente na qualidade de vida
das pessoas. Isso ocorre devi-
do a vários fatores, mas princi-
palmente pela falta de conhe-
cimento que certas atitudes
tomadas podem causar danos
irreversíveis ao meio ambien-
te, sendo assim, é de funda-
mental importância promover
a educação ambiental.
Essa questão vem
sendo bastante observada por
varias ONG‘s, empresas, esco-
las, mas as Igrejas, que são
uma das organizações que
fazem parte da sociedade e
que exerce grande influência
sobre as atitudes das pesso-
as, ainda deixa muito a dese-
jar no apoio que deveriam dar
Vol. (IV) — Nº 2
“As igrejas
exercem um
papel perante a
sociedade, não
apenas de
cunho religioso,
como também
de ação social
e educação,
sendo um
agente de
disseminação
de
conhecimentos
sociais e
educacionais,
que incluem
questões
ambientais “
Página 5
Praia do Poço — Foto: Ivo Lacerda
Praça Iemanjá - Cabo Branco
Foto: Fransuelda Vieira
Por Pablo Rosa
O que relato aqui é,
de modo original, argumento
do prof.º Paulo Rosa – diria
que de sua análise, a memó-
ria da evolução do que hoje é
o GEMA foi evocada, ou me-
lhor, numa simbiose, análise e
memória produziram o argu-
mento dele, que sintetizo nes-
se texto, misturando algumas
a n o t a ç õ e s m i n h a s .
De certo devo iniciar
pelo começo ... mas onde
começa o começo? Inoportu-
no seria não conceber um
marco! Para estabelecer linha
temporal de sua memória
analítica, quanto ao que hoje
é o GEMA, ao seu turno, posso
dizer que foi do tempo de sua
chegada na Paraíba como
professor do Dpto.º de Geoci-
ências da UFPB, acho que em
1993. Desde então pessoas
(alunos, pesquisadores, esta-
giários, servidores etc) vieram
com ele trabalhar na tríade
emblemática da UFPB: pesqui-
sa, ensino e extensão. Alguns
passaram, outros migraram
pelas fases, fases essas que
são o fruto de sua análise!
Sua apreciação refe-
re-se a sucessão de grupos
que com ele laboraram na
pesquisa e extensão, e inclusi-
ve auxiliando em diversas
tarefas de ensino, mas tudo
bem, até aqui o relato dele
poderia ser apenas memória;
a análise procede de sua ob-
servação de que essa suces-
são é marcada por caracterís-
ticas, que cada grupo possuía
(e para o atual momento, pos-
sui) e que estão intimamente
ligadas aos meios comunicati-
vos disponíveis.
Pessoas inseridas
nesses grupos fizeram parte
da construção do que hoje é o
GEMA. Cada qual em sua era
midiática!
V o u r e - r e l a t a r
(relatando sobre o relato dele)
essa história, sem análise.
Depois insiro o diagnóstico
pelo professor suscitado acer-
ca da questão.
Então, voltando à
história: começa em 1993,
com a formação do que ele
chamou de 1ª geração. Nessa
época, fax e telefone eram o
que se tinha a disposição para
troca de mensagens, também
alguns terminais de BITNET,
pouco utilizados, e pessoas na
condição de colaboradores
oriundos da geração do Rádio,
TV e mídia impressa. Em 1997
a tão aplaudida INTERNET
chega às dependências do
que se materializa virtualmen-
te como LABEMA (Laboratório
de Metodologia, Estudo e Apli-
cação). Rapidamente a inter-
net fornece subsídios para o
que ele denominou de 2ª ge-
ração, que nesse momento
começa. Essa geração, subsi-
diada pela evolução das ferra-
mentas baseadas no HTTP
colaboraram drasticamente
na consciência coletiva do
LABEMA, pois seus integran-
tes, nativos de era dos games,
arcades, e VHS, e contempo-
ranizados nos celulares, bem
como rapidamente acostuma-
dos a voraz superação de
versões tecnológicas, estavam
aptos a tarefa de auxílio na
pesquisa, extensão e ensino
que se propunham a integrar
ao compor o grupo lançando
mão desses recursos inovado-
res. A 3ª geração aparece a
pouco tempo, por volta de
2009, talvez fins de 2008 já
se pudesse assim definir o
grupo como 3ª geração.
Quando no início dissemos
que pessoas desses grupos
passaram e outras migraram,
quisemos dizer, adaptando
as observações de Paulo
Rosa, que, no sentido de
grupo, alguns colaboradores,
deixaram de colaborar, sain-
do do grupo, muitos por an-
seios pessoais incompatíveis
com o escopo de labor que o
LABEMA, atual GEMA, vinha
se configurando. Esse esco-
po, forjado por influências
das mídias (ferramentas de
trabalho), teorias e acepções
doutrinárias da geografia
aplicada, bem como das tra-
dicionais escolas da geografi-
a geral e regional, requereu
dos seus colaboradores um
participação coletiva, onde,
na primeira geração, sinto-
maticamente, o elo era o
coletivo apoiando o indivíduo
colaborador, onde a pessoa
colaboradora era mais impor-
tante do que o conjunto, pois
os colaboradores precisavam
do respaldo coletivo para
conseguir materializar o que,
em sua individualidade, al-
mejavam. Na segunda, houve
uma inversão: as redes inter-
net e intranet requereram
dos colaboradores uma ação
em prol do grupo, ou seja, o
indivíduo construindo um
ambiente coletivo, contudo
sem perder sua interação
personalíssima – nessa fase
o sentido de unidade coleti-
va, onde, literalmente, cada
colaborador era uma unidade
de ação do todo, dava seus
primeiros passos. Contudo,
por se pautar em uma con-
cepção do indivíduo no coleti-
vo, ainda se observava a
essência apenas coletiva.
Com a revolução das
Do Labema ao Gema em Três Gerações
Página 6 BOLETIM DE GEOGRAFIA APLICADA
―Nessa época, fax
e telefone eram o
que se tinha a
disposição para
troca de
mensagens,
também alguns
terminais de
BITNET, pouco
utilizados, e
pessoas na
condição de
colaboradores
oriundos da
geração do Rádio,
TV e mídia
impressa.‖
ferramentas colaborativas, e
já tendo colaboradores natu-
rais desse estilo de trabalho,
consolida-se a terceira gera-
ção, que, em essência é coleti-
va-colaborativa. Em termos
conceituais, a colaboração
pode ser percebida em todas
as fases citadas, contudo,
apenas nos idos de 2009 é
que se consegue ver que o
grupo opera de forma total-
mente colaborativa, fornecen-
do matéria e energia em total
sinergia com uma necessida-
de exterior a si, que é a cola-
boração em prol do coletivo, e
não mais centrada no ‗eu‘.
Acontece que os
grupos contêm pessoas mi-
grantes das gerações anterio-
res, então, agora, do ponto de
vista analítico, o que se indexa
é a geração através do grupo
a ela vinculado e não pessoas
como indexes dos grupos.
A observação feita
por ele é que os grupos se
sucederam em razão das influ-
ências dos meios de comuni-
cação a que seus componen-
tes estavam acostumados,
nitidamente, como nativos ou
migrantes e acordo com a
disponibilidade de uso das
tecnologias da informação
disponíveis. Em outras pala-
vras: a característica dessas
gerações provém da capacida-
de de relação com as ferra-
mentas possíveis a que seus
integrantes têm capacidade
de manusear, nativamente ou
de modo migrante, e quanto a
r e l a ç ã o d a p r o d u ç ã o
(pesquisa, ensino, extensão) a
necessidade pessoal, nítida na
1ª geração, veio sucedendo-se
para uma necessidade coleti-
va na 3ª geração. Bom, mais
especificamente: a primeira
geração, acostumada ao tele-
fone e fax, mas pouco familia-
rizada com a BITNET, produzia
de modo diferente, ou melhor,
colaborava de modo diferente
da 2ª e da 3ª geração, e esse
modo de produção reflete na
integração do grupo bem co-
mo na velocidade e tipos de
produtos requisitados à pes-
quisa, ensino e extensão. Con-
sonante se tem um despoja-
mento do eu em prol do coleti-
vo, à medida que a influência,
nativa, dos meios de produ-
ção, disponíveis em termos
tecnológicos, exige uma rela-
ção interativa coletiva e me-
nos individual.
Eu não sei se conse-
gui ser bastante claro nessa
redução a termo, dessa impor-
tante aula dada pelo prof.
Paulo Rosa; sua análise, sobre
a evolução da geração de
grupos que trabalharam com
ele, e que hoje denominamos
de GEMA, é a meu ver, impor-
tante reflexão do ponto de
vista da economia simbólica e
da revolução WIKI, posto que
a formação do thesaurus em
tempos atuais não se faz co-
mo nos tempos dos desbrava-
dores das terras desconheci-
das, mas sim com esforços
coletivos, para transformar o
que já se sabe e se tem, em
emolumentos transcendentes
ao individuo, visando à cons-
trução de novas vias de inclu-
são cognitiva, interação social
e coletiva do ponto de vista
econômico.
Vol. (IV) — Nº 2
―Em termos
conceituais, a
colaboração pode
ser percebida em
todas as fases
citadas, contudo,
apenas nos idos de
2009 é que se
consegue ver que o
grupo opera de
forma totalmente
colaborativa,
fornecendo
matéria e energia
em total sinergia
com uma
necessidade
exterior a si, que é
a colaboração em
prol do coletivo, e
não mais centrada
no ‗eu‘―.
Página 7
A Realidade do Viaduto Sobre a BR-230 Entre o Alto do Mateus e o Corpo de Bombeiros
Por Ana Cláudia de Melo
O estudo da paisa-
gem é para o geógrafo algo
primordial e fundamental, pois
é a partir dele que surgem as
primeiras análises para um
estudo mais complexo.
É a partir da morfologia natural
que se pode compreender as
alterações ocorridas em deter-
minadas regiões.
Nesse processo de
alterar o domínio vivo, ocorre
uma grande falha dos projeto-
res de determinadas obras,
pois projetam sem haver um
planejamento onde deve-se
analisar as consequências
tanto para o meio urbano,
quanto para o natural.
É nesse processo que
o geógrafo vem a fazer suas
interferências, pois para o
desenvolvimento urbano ocor-
rer, é necessário não somente
estudos e projetos locais, mas
uma compreensão de todo o
sistema que compõe aquela
região.
Observando as obras
de restauração da BR 101 e
230 no trecho que compreen-
de o Alto do Mateus (via oeste
da cidade de João Pessoa) e o
corpo de Bombeiros, podemos
constatar que várias mudan-
ças estão ocorrendo, e elas
não são somente transforma-
ções arquiteturais, mas tam-
bém, e principalmente, ambi-
entais.
Essas obras são er-
guidas em área de terraço
fluvial. Se observarmos aquela
região, verificaremos a pre-
sença do Rio Marés que em
determinados trechos está
sendo impermeabilizado, so-
frendo assim, graves transfor-
mações. Verifica-se também a
existência de uma vasta retira-
da da vegetação, modificando
todo o sistema natural daque-
la área. Alguns plantios com-
pensatórios estão sendo feitos
em outras áreas, porém, não
irão recuperar os danos ambi-
entais ocorridos naquele local.
Aterramento da área onde passa
o viaduto da Via Oeste sobre a
BR-230, em João Pessoa
Foto: Ana Cláudia
Parceiros
Editor chefe: Paulo Rosa
Editoração: Ivo Lacerda
Colaboradores: Fransuelda Vieira
Hawick Arnaud
GEMA—Grupo de Estudos de Metodologia e
Aplicação
Universidade Federal da Paraíba
Cidade Universitária—Centro de Ciências
Exatas e da Natureza—Departamento de
Geociências
João Pessoa - PB - CEP - 58059-900
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Boletim de Geografia
Aplicada
Olá pessoal, é visível que a existência desses ani-
mais domésticos no campus encontrasse em total descon-
trole, com uma concentração dos mesmos no CCSA, DECOM
e com um aumento significativo no CCEN.
Acredito que exista uma emigração desses animais
exóticos pelo campus (principalmente os gatos), e que isso
esteja influenciando tanto na questão da predação dos ani-
mais endógenos da Mata Atlântica, como também na prolife-
ração dos indivíduos vegetais, já que os mesmos necessitam
de alguns animais que são predados por esses animais exó-
ticos para que isso aconteça. (Cleytiane Santos)