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Programa de Capacitação em
Projetos Culturais
Ministério da Cultura Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura
Indicadores de Desempenho do
Programa
Julho de 2012
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Ficha Técnica
Projeto: Programa de Capacitação em Projetos Culturais
Contratante: Ministério da Cultura
Prazo: 24 meses
Contratada: Fundação Getulio Vargas
Coordenador Pedagógico: Hermano Roberto Thiry-Cherques
Coordenador Executivo: Roberto da Costa Pimenta
Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Sumário
Resumo Executivo ............................................................................................................................... 1
1. Introdução ........................................................................................................................................ 2
2. Indicadores do Programa ................................................................................................................. 2
2.1 Conceitos básicos .......................................................................................................................... 2
2.2 Tipologia e atributos ....................................................................................................................... 4
3. Indicadores de Desempenho ........................................................................................................... 6
4. Indicadores de Impacto .................................................................................................................. 10
4.1. Efeitos ................................................................................................................................. 10
4.2. Externalidades ..................................................................................................................... 10
4.3. Grupos Temáticos ............................................................................................................... 11
4.3.1 Irradiação do Programa ..................................................................................................... 11
4.3.2. Alinhamento com o setor cultural ...................................................................................... 12
4.3.3. Alinhamento com políticas governamentais ...................................................................... 12
4.4. Marcadores de impacto – Quesitos ...................................................................................... 14
5. Sobre Indicadores Qualitativos ..................................................................................................... 16
5.1. Apresentação ...................................................................................................................... 16
5.2. Quesitos a serem considerados .................................................................................................. 17
5.2.1. Apreciação sobre do Programa ........................................................................................ 17
5.2.2. Estimativas sobre implicações do Programa .............................................................. .......19
6. Análises Preliminares ..................................................................................................................... 21
7. Considerações Finais ..................................................................................................................... 44
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Este Relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Resumo Executivo
Este relatório tem por objetivo apresentar a proposta de formulação de indicadores de desempenho
do Programa de Capacitação em Projetos Culturais elaborada pela Coordenação Pedagógica do
Programa com o auxilio da Coordenação Executiva, conforme previsto no termo de referência que
integra o contrato n° 59/2009, firmado entre a Fundação Getúlio Vargas e o Ministério da Cultura.
Nele estão detalhadas as informações referentes aos itens que compõem o Relatório de
Indicadores de Desempenho do Programa de Capacitação em Projetos Culturais.
O relatório está estruturado em seis segmentos: Introdução, Indicadores do Programa, Indicadores
de Desempenho, Indicadores de Impacto, Primeiras Análises e Considerações Finais.
A introdução apresenta a proposta dos Indicadores de Desempenho do Programa de Capacitação
em Projetos Culturais.
O item 2 trata da fundamentação da proposta para os indicadores do Programa. Nos itens
subseqüentes, 3 e 4, são discutidos respectivamente, os indicadores de desempenho e de impacto
propostos para o Programa.
No item 5 do presente relatório são discutidos os fundamentos teórico-analíticos dos indicadores
qualitativos do Programa.
No item 6 são apresentadas as primeiras análises realizadas a partir da aplicação dos indicadores
pedagógicos imediatos.
As Considerações Finais concluem o relatório, com um resumo das principais observações acerca
da proposta formulada e da aplicação de indicadores do Programa.
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1. Introdução
Este documento tem como propósito fundamentar os indicadores a serem utilizados pelo Programa
de Capacitação em Projetos Culturais para avaliação do desempenho de suas atividades e etapas.
Como contribuição adicional, apresenta algumas sugestões de indicadores que poderão subsidiar a
avaliação do impacto do Programa e sua inserção no Plano Nacional da Cultura.
A adoção de medidas e indicadores de gestão tem a função precípua de aferir o cumprimento de
metas, objetivos e finalidades com o propósito de avaliar: i) a adesão a diretrizes; ii) a eficiência, ou
a relação entre recursos dispendidos e recursos estimados ou programados; iii) a eficácia, ou a
relação entre os resultados alcançados e os resultados esperados; iv) a efetividade ou a relação
entre a contribuição real e a contribuição pretendida para o sistema ao qual a iniciativa em causa
foi posta em marcha.
Ao examinarmos o caso específico de conceituação e da definição de indicadores para a gestão
cultural, analisaremos a sua especificidade, tipologia, representatividade e domínio, procurando
oferecer condições para sua operacionalização.
Nos itens a seguir são apresentados os conceitos básicos sobre indicadores, a sua tipologia e
atributos e as propostas de indicadores de desempenho do Programa. Adicionalmente, são
discutidos os fundamentos para a formulação de seus indicadores de impacto.
2. Indicadores do Programa
2.1 Conceitos básicos
Os resultados qualitativos da atividade humana não podem ser medidos, no sentido vulgar do
termo „medir‟, avaliar a grandeza física. Mas medir significa, também, avaliar, estimar. A
mensuração tem um significado restrito, quantitativo, e um significado amplo, qualitativo. No
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sentido amplo, podemos medir tudo que está presente no mundo real, mediante o uso de
indicadores.
Os indicadores são substitutos da mensuração direta. Designam a existência de certas condições
em que o fenômeno ou conceito a ser medido não é diretamente observável ou em que a
mensuração direta não tem significado operacional. A medida quantitativa é a expressão de uma
relação entre uma dimensão ou quantidade e um determinado padrão adotado: a unidade de
medida.
A unidade de medida, para ter significado, deve ser compatível com o que se quer medir. Não se
pode medir, por exemplo, a virtude tomando por base o seu peso atômico. A unidade de medida
deve ser também homogênea, padronizada. A homogeneização das unidades de medida é obtida
pela redução do que se trata de medir a uma quantidade e pela referência numérica a esta
quantidade. A medida qualitativa se dá em relação à participação em um padrão escolhido.
Existem três classes de objetos passíveis de mensuração:
i) Observáveis diretos;
ii) Observáveis indiretos (ações distantes ou passadas, menções, testemunhos, indícios,
depoimentos); e,
iii) Constructos, conceitos de objetos não observáveis direta ou indiretamente, construções
mentais, objetos de percepção ou pensamento, criados a partir de conceitos mais simples,
para serem parte de uma teoria.
Os indicadores diferem das medidas diretas (cômputos). A medida é o elo entre uma teoria (um
conceito) e um dado (observável). As medidas devem guardar uma correlação epistêmica direta
entre o conceito e a variável observável designada como medida deste conceito. A correlação
epistêmica dos indicadores é indireta, uma vez que os indicadores são aplicáveis às hipóteses e às
teorias científicas que se referem a fatos fora do campo da percepção imediata (inobserváveis), tais
como disposições, processos mentais e tendências.
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Os indicadores são constructos que se referem a construtos: não têm existência real concreta,
existem no sentido que nós os construímos. Estabelecemos características para os construtos que
podem ser medidas. Quando conceituamos não-observáveis, como a adesão a uma diretriz geral,
por exemplo, agrupamos atributos cuja existência pode ser verificada. A atitude, o distanciamento,
as manifestações de apreço ou depreciativas sobre uma atividade constituem atributos de
indicadores para avaliação do seu desempenho.
A função do indicador é traduzir de forma clara o que não pode ser diretamente medido. A forma de
realizar esta medição indireta se funda na conceituação. A formulação de indicadores e a
interpretação do seu significado são marcadas pela precisão e clareza dos elementos que os
constituem e pela identificação dos vieses de caráter lógico, ideológico, cultural e de linguagem que
podem distorcê-las.
Os elementos críticos na formulação e na interpretação dos indicadores são: a especificação do
conceito ou do fenômeno objeto do indicador, a determinação da sua representatividade; a
determinação do domínio de validade; a crítica e correção de distorções e a análise crítica da sua
significação. A especificação de um indicador é função do modelo explicativo a que serve. Ele é
justificado por sua operacionalidade e confiabilidade em relação a este modelo. O poder elucidativo
é função do propósito – retrato de uma situação, delineamento de tendências, indicação de
progresso ou metas - a que se destina. A maior ou menor representatividade do indicador decorre
dos fundamentos que dão suporte à expressão quantitativa de fenômenos e conceitos. O rigor
procede da especificação do domínio de validade do que é indicado.
Os indicadores aqui discutidos servem, em primeira instância, à avaliação da consecução de
objetos e metas do Programa de Capacitação em Projetos Culturais, mas foram elaborados de
forma a poderem ser aplicados a atividades similares às que o constituem.
2.2 Tipologia e atributos
Os indicadores podem ser qualitativos ou quantitativos. Os indicadores qualitativos aferem
preferências entre atos e entre quaisquer ideias (crenças, ideologias, intenções, etc.). Os
indicadores quantitativos aferem relações materiais (volume do intercâmbio como indicador de
integração; livros vendidos per capita como indicador de nível cultural, etc.).
Os indicadores se dividem em tipos:
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Indicadores situacionais: descrevem as condições objetivas, as percepções subjetivas
e as reações às condições e percepções. Compreendem estatísticas e séries
históricas que revelam condições e tendências, tais como as habilidades, acesso à
informação, nível educacional;
Indicadores preditivos: auxiliam no delineamento de cenários, de tendências ou de
efeitos. Compõem os modelos de antecipação tais como os referidos à produtividade
marginal, à oferta de mão-de-obra, as competências requeridas no futuro;
Indicadores orientados para problemas específicos: indicam a localização, momento e
intensidade de elementos de interesse. Compreendem a indicação de ausência ou de
presença de características específicas de um segmento dado do real, tais como
índice de perdas de bens culturais, absenteísmo, conflito de interesses;
Indicadores de progresso: expressam o andamento de políticas, planos, programas e
projetos. Incluem medidas de recursos, processos, resultados e efeitos de iniciativas
específicas;
Indicadores de metas: retratam marcos a serem alcançados. Identificam as condições
de grupos, estratos hierárquicos, localizações, etc. Indicam desvios e disparidades e
necessidades de medidas corretivas. Indicam, ainda, preferências que servem para
estabelecer metas. Diferentemente dos indicadores preditivos, que procuram descrever
um estado futuro provável, os indicadores de metas delineiam objetivos desejáveis,
tais como maior qualificação do trabalho, diminuição dos índices de reclamação, etc.
Os atributos essências de qualquer indicador são:
A denominação ou título do indicador, por exemplo, “índice de aproveitamento”;
A unidade de medida padrão, tal como taxa, índice, razão, porcentagem;
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A referência, que pode ser a taxa, porcentagem, etc, média, ou esperada, ou a última
alcançada, etc.
Periodicidade, ou a frequência temporal de validade do indicador (anual, semestral,
etc);
Domínio, ou a área geográfica (região, estado, etc.) de validade do indicador;
Fonte, o órgão ou pessoa responsável pela geração do indicador.
A significação normativa dos indicadores é dada pelos valores admitidos, pela definição conceitual
do que é investigado, pelos fatores considerados na sua composição, pela articulação com outros
indicadores. A definição conceitual dos indicadores aqui apresentados os divide em dois grandes
grupos: indicadores de desempenho e indicadores de impacto do Programa.
3. Indicadores de Desempenho
A maioria dos indicadores de desempenho ou de formação do Programa está referida diretamente
às metas estabelecidas quando da sua elaboração. Outros indicadores foram sendo elaborados ao
longo da realização dos cursos, em função, principalmente, da experiência adquirida por ocasião
das oficinas presenciais. Estas oficinas, ministradas em estreita colaboração com o pessoal técnico
da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (SEFIC) do Minc, evidenciaram que as diferenças
regionais de formação e de qualidade do acervo e das perspectivas culturais, deveriam ser
atendidas pela adequação constante da orientação didático-pedagógica dos cursos e da forma de
ministrá-los. Esta necessidade foi especialmente complexa de ser atendida durante a realização
das disciplinas à distância, por natureza, homogêneas e padronizadas. Mas a utilização de
indicadores imediatos, ao fundamentar o processo continuado de acompanhamento e
aperfeiçoamento dos tutores, demonstrou-se essencial para a consecução dos objetivos
pretendidos.
1. Indicadores pedagógicos imediatos
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1.1. Nível do grupo: . Afere o nível de cada grupo por módulo e permite a
análise comparativa entre regiões, épocas, grupos e temáticas,
1.2. Adesão ao Curso: . Afere o índice de abandonos e permite a
avaliação com padrões nacionais e internacionais estabelecidos e a análise
comparativa entre regiões, épocas e grupos de participantes.
1.3. Absenteísmo: . Afere o nível de assistência aos módulos
e permite a análise comparativa entre regiões, épocas, grupos e temáticas.
2. Indicadores primários:
2.1. Aproveitamento dos participantes por módulo: . Afere o nível de consecução
do objetivo da atividade e permite a análise comparativa entre regiões, épocas, grupos
e temáticas, além de análise de relações secundárias com os indicadores pedagógicos
imediatos;
2.2. Formação de facilitadores: . Afere o nível de consecução dos cursos, e
permite a análise comparativa entre regiões, épocas, grupos e temáticas, além de
análise de relações secundárias com os indicadores pedagógicos imediatos;
2.3. Atendimento por região: . Afere a inserção regional do
Programa nas regiões, e permite a análise comparativa entre regiões, épocas e grupos.
3. Indicadores operacionais:
3.1. Percepção da infraestrutura: . Informa quanto à percepção dos
participantes do programa sobre as condições locais de infraestrutura e permite a
análise comparativa com os indicadores primários, indicadores de formação, os demais
indicadores operacionais, regiões, épocas e grupos de participantes;
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3.2. Percepção do conteúdo: . Informa quanto à percepção dos
participantes sobre o conteúdo dos módulos permitindo ações corretivas e a análise
comparativa com os indicadores primários, indicadores de formação, os demais
indicadores operacionais, regiões, épocas e grupos de participantes;
3.3. Percepção do desempenho dos docentes: . Informa quanto à
percepção dos participantes sobre os docentes e tutores, permitindo ações corretivas e
a análise comparativa com os indicadores primários, indicadores de formação, os
demais indicadores operacionais, regiões, épocas e grupos de participantes;
3.4. Percepção quanto aos segmentos do Curso: . Informa quanto à
percepção dos participantes sobre a segmentação dos Cursos, permitindo ações
corretivas e a análise comparativa com os indicadores primários, indicadores de
formação, indicadores de formação, os demais indicadores operacionais, regiões,
épocas e grupos de participantes;
4. Indicadores de formação:
4.1. Aquisição de conceitos: . Avalia a percepção dos participantes sobre
a aquisição de conceitos, permitindo ações corretivas e a análise comparativa com os
indicadores primários, indicadores operacionais, os demais indicadores de formação,
regiões, épocas e grupos de participantes;
4.2. Aquisição de técnicas: . Pondera a percepção dos participantes sobre
a o domínio de técnicas de gestão cultural, permitindo ações corretivas e a análise
comparativa com os indicadores primários, os indicadores operacionais, os demais
indicadores de formação, regiões, épocas e grupos de participantes;
4.3. Potencialidade das técnicas: . Pondera a percepção dos participantes
sobre a o potencial de aplicação de técnicas de gestão cultural, permitindo ações
corretivas e a análise comparativa com os indicadores primários, os indicadores
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operacionais, os demais indicadores de formação, regiões, épocas e grupos de
participantes;
5. Indicadores de percepção interna:
5.1. Percepção de diversificação de produtos culturais: . Pondera a situação
cultural da região, em função da variedade de produtos culturais objeto de Projetos,
permitindo análises comparativas com os demais indicadores de percepção interna e os
indicadores de impacto do Programa;
5.2. Percepção de inclusão de públicos: . Avalia a situação das expressões
culturais da região, em função dos públicos, permitindo análises comparativas com os
demais indicadores de percepção interna e os indicadores de impacto do Programa;
5.3. Percepção de inclusão de regiões: Pondera a situação das regiões
atendidas pelo Programa em função das expressões e dos acervos culturais,
permitindo análises comparativas com os demais indicadores de percepção interna e os
indicadores de impacto do Programa;
5.4. Percepção de inclusão do tema cultura em projetos empresariais, sociais, educacionais,
de integração nacional: Pondera a situação das regiões atendidas pelo
Programa em função das expressões e dos acervos culturais, permitindo análises
comparativas com os demais indicadores de percepção interna e os indicadores de
impacto do Programa;
5.5. Percepção de carências em projetos culturais no que se refere a fontes, qualidade,
segmentação, propriedade e acesso: . Pondera a situação dos projetos
culturais nas diversas regiões atendidas pelo Programa, permitindo análises
comparativas com os demais indicadores de percepção interna e os indicadores de
impacto do Programa;
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4. Indicadores de Impacto
Os indicadores de impacto têm como objetivo primário avaliar os resultados do Programa,
indicando o efeito da consecução dos objetivos propostos após a realização do Programa, e as
modificações situacionais e estruturais, isto é, os efeitos e as externalidades.
4.1. Efeitos
Efeitos são ocorrências positivas e negativas, gerados diretamente pelo Programa. Considera os
benefícios indiretos, internos e externos, auferidos e gerados e os riscos que ameaçam os
resultados e propósitos do Programa. Dividem-se em efeitos “para frente” e “para trás”.
Efeitos para frente são aqueles que ocorrem posteriormente à realização do Programa e criam
situações novas, isto é não pré-existentes, por exemplo, a criação de organizações destinadas ao
desenvolvimento de projetos culturais. Podem ser de ligação, aqueles referidos ao destino do
produto/serviço do Projeto. Por exemplo, a inclusão de variáveis culturais em projetos privados ou
em projetos sociais e negativos, como a migração de pessoal qualificado para regiões com
melhores condições de trabalho e remuneração.
Efeitos “para trás” são os que modificam situações pré-existentes ao Programa. Estão referidos
aos insumos e recursos, isto é, ao impacto causado por sua absorção. Por exemplo, o Programa
pode ter induzido a melhorias na infraestrutura de treinamento disponível nas regiões em que os
cursos presenciais foram realizados, sem que esse fosse o seu objetivo.
Em se tratando de efeitos para trás negativos haveria que verificar o aparecimento ou a proposição
de projetos standard, que podem obter financiamento mais facilmente, mas que pecam pela falta
de originalidade e, principalmente, pelo descolamento da cultura local.
4.2. Externalidades
Externalidades são ocorrências positivas ou negativas, auferidas ou geradas indiretamente pelo
Programa. Diferem dos efeitos na medida em que as externalidades estão referidas a fatos e
ocorrências que se encontram inteiramente fora da possibilidade de controle e influência do
Programa. Em geral as externalidades auferidas ou geradas são imprevisíveis. Um exemplo de
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externalidade auferida é o aparecimento de uma nova tecnologia que [(1) positiva] acelere um
projeto em curso, ou [(2) negativa] torne desnecessária a sua execução.
Um exemplo de externalidade gerada é a mudança na estrutura de poder em uma região, por
exemplo, a ascensão ou a queda de um grupo político devido ao número de pessoas de outras
regiões que são trazidas a trabalhar nos projetos culturais resultantes da capacitação oferecida
pelo Programa.
Para o Programa é importante tentar prever externalidades não só econômicas, como também nos
campos político, institucional, organizacional, social, tecnológico e cultural. Tradicionalmente, a
previsão de efeitos e de externalidades é feita mediante a reflexão a partir de listagens simples. O
exame de externalidades no campo cultural deve considerar impactos sobre o Programa e gerados
pelo Programa nos valores, nas crenças, nos mitos, nos rituais, nas normas, nas expectativas, nas
tradições e no imaginário das regiões onde foi desenvolvido.
4.3. Grupos Temáticos
Dividimos os indicadores de impacto do Programa em três grupos temáticos: irradiação,
alinhamento com o setor cultural e adesão às políticas culturais.
4.3.1 Irradiação do Programa
A irradiação é dada pelos indícios de que os efeitos do Programa se difundiram para além dos
grupos, da época e do local em que suas atividades tiveram lugar. Pode-se afirmar que o Programa
obteve um efeito de irradiação significativo em função de quatro indicadores qualitativos:
1. A dispersão programada de efeitos, considerando-se que as atividades do Programa
foram dirigidas com vistas à cobertura de segmentos determinados da população e do
território nacional, tem-se dois grupos básicos de indicadores: ;
;
2. O deslocamento de participantes para assistência às aulas presenciais, isto é, o nível de
abrangência territorial coberto, oferece indicadores como: e
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3. As solicitações formalizadas ou não para a realização destas atividades em locais não
programados, além do quantitativo absoluto, possibilita a formulação de indicadores do
tipo:
4. A utilização de sistemas de ensino a distância, com equipamentos e programas de
tecnologia avançada contribui para despertar o interesse de várias pessoas e
instituições não ligadas diretamente ao Programa, as menções ao Programa oriundas
de pessoas, grupos e instituições não participantes, possibilita a construção de índices
correlatos de dispersão do Programa, do tipo: .
4.3.2. Alinhamento com o setor cultural
A confusão entre iniciativas culturais e projetos sociais ou privados que se utilizam de produtos
culturais e outras distorções do gênero, requerem indicadores de adesão específicos para serem
avaliados. Tais indicadores são, em geral, diretos, do tipo incremental:
;
ou
ou, ainda
4.3.3. Alinhamento com políticas governamentais
O terceiro grupo de indicadores propicia ajuizar os efeitos do Programa em relação às diretrizes
dos órgãos que o financiaram. São atributos destes indicadores itens como os pontos focais do
Plano Nacional de Cultura e o do Plano Plurianual do Ministério do Planejamento. Por exemplo, a
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pluralização das ações, a recuperação do patrimônio material e imaterial ou a economicidade
proporcionada pelo Programa.
Estes indicadores de impacto devem ser objeto de homogeneização e de conceituação específicas.
A homogeneização das unidades de medida é obtida pela redução do que se trata de medir a uma
quantidade e pela referência numérica a esta quantidade. O atributo de medida é função do
conceito específico e da participação em um padrão ou modelo de avaliação escolhido. A
conceituação dos atributos é fundada nas teorias que embasam as diretrizes consideradas.
Embora o rigor e clareza da definição constituam o cerne da utilidade dos indicadores, isto nem
sempre é possível, já que alguns conceitos permanecem não operacionalizáveis. Por exemplo, os
conceitos, „escolha racional‟, „incerteza‟, „custo social‟, ou „inclusão digital‟, „expressão autóctone‟,
dentre muitos outros de uso corrente, não têm indicadores aceitos universalmente, seja por serem
demasiadamente vagos, seja por não haver consenso quanto ao seu conteúdo. Por outro lado, os
indicadores de alguns fenômenos são necessariamente imprecisos. Por exemplo, o desejo de
consumir, a aversão ao risco, a expressão oral, os estados da alma (felicidade, tristeza, desânimo,
etc.), são por natureza não mensuráveis quantitativamente.
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4.4. Marcadores de impacto – Quesitos
Os marcadores de impacto têm como objetivo primário avaliar os resultados do Programa,
indicando:
a. A consecução dos objetivos propostos em termos quantitativos
b. A consecução dos objetivos propostos em termos qualitativos
Os marcadores de impacto têm como objetivo secundário avaliar os efeitos e as externalidades do
Programa, indicando:
a. os benefícios indiretos, internos e externos, auferidos e gerados pelo Programa;
b. os custos indiretos, internos e externos, auferidos e gerados pelo Programa;
c. os riscos que ameaçam o Programa e a forma de diminuí-los.
Marcadores de desenvolvimento técnico - Quais conceitos abaixo você conhecia antes de iniciar o
Programa?Quais técnicas de projetos você adquiriu como participante do Programa? Qual a
técnica de projetos já aplicou? Quais técnicas você considera de mais difícil absorção? Quais
técnicas de projetos têm maior potencial de utilização?Quais técnicas devem ser aprofundadas?
Marcadores de diversidade, inovação e integração
1. Programa ensejou a proposição de projetos com produtos novos ou diferenciados?
2. Programa ensejou a proposição de projetos para novos públicos?
3. Programa ensejou a proposição de projetos para novas regiões?
4. Quais as carências em termos de dados e informações disponíveis para elaboração e
gestão de projetos culturais?
5. Melhoraram as condições técnicas para a elaboração de projetos culturais?
6. O número de projetos culturais apresentados para financiamento aumentou?
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7. A qualidade dos projetos culturais apresentados para financiamento melhorou?
8. O número de inserções na imprensa sobre o Programa e sobre projetos culturais variou
positivamente?
9. Qual a forma de superar as dificuldades hoje existentes na elaboração de projetos
culturais?
Criação de uma rede digital de informações
Maior acesso a financiamentos
Treinamento continuado em projetos
Outras iniciativas (descreva)_______________________
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5. Sobre Indicadores Qualitativos
5.1. Apresentação
Esta seção apresenta uma fundamentação teórico-analítica formulada pela Coordenação
Pedagógica, com vistas ao atendimento de solicitação da Coordenação do MINC, no sentido de
especificar indicadores de caráter qualitativo com base nas informações e experiências do
Programa de Capacitação em Projetos Culturais.
O instrumento analítico a seguir apresentado leva em consideração que os denominados
”indicadores qualitativos” tendem ao subjetivismo. Isto porque os indicadores são construtos que
têm por finalidade reduzir o incomensurável ao mensurável. Os tipos de indicadores mais utilizados
são os escalares, os que dispõem ou estabelecem uma razão entre dois observáveis, como o
indicador de produtividade ( ). Quando não é possível compatibilizar duas medidas de
objetos observáveis utilizam-se indicadores vetoriais, que consistem de ponderações entre várias
medidas díspares, como o indicador de qualidade de vida, que computa fatores físicos, mentais, de
educação, de saúde, etc..
Os indicadores qualitativos são apreciações sobre preferências, percepções, etc., em que se
procura atenuar a subjetividade da apreciação mediante o uso de técnicas, como: i) a
predisposição de graus, por exemplo, o gráfico de Likert (ruim, aceitável, médio, bom, muito bom);
ii) a conceituação precisa dos resultados possíveis da apreciação e, iii) a exclusão de termos, por
exemplo: pior, indiferente, melhor, excluídas da apreciação idéias como a de incompleto, ou de
perfeito.
A apreciação qualitativa tem como características:
o foco nas opiniões, experiências e sentimentos dos indivíduos,
a coleta de dados e informações diretamente sobre o campo;
a descrição dos fenômenos sociais e psicológicos tal como ocorrem, sem a
manipulação das situações sob análise,
a identificação de variáveis como propósito e não como passo preparatório, como
ocorre na análise quantitativa,
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a abordagem inicial indutiva, isto é, a utilização dos dados para desenvolvimento de
conceitos e de teorias,
a abordagem de fechamento dedutiva, isto é, a submissão dos conceitos e teorias à
validação de coerência lógica,
a validação pela redução, identificação e especificação do campo investigado (e não
por testes estatísticos de representatividade da amostra).
Nos itens a seguir são apresentados: i) os quesitos gerais que norteiam a apreciação qualitativa do
Programa e, ii) o quadro referencial de síntese destas apresentações.
5.2. Quesitos a serem considerados
Os quesitos a serem considerados para a avaliação qualitativa do Programa foram divididos em
dois grupos. O primeiro referido às percepções dos seus efeitos internos aos projetos culturais, o
segundo, às percepções das implicações do Programa sobre o setor cultura como um todo.
5.2.1. Apreciação sobre do Programa
Trata-se de avaliar em que proporção o Programa contribui para o aprimoramento da gestão dos
projetos culturais e as dificuldades a serem superadas para o seu pleno desenvolvimento.
Compreende os seguintes itens:
Percepção sobre a eficiência:
Categorias de apreciação:
Questão: “Em que sentido o Programa alterou a eficiência dos projetos culturais?”. Isto é,
em que sentido modificou a utilização de recursos:
a. Humanos, compreendendo menções ao futuro do pessoal envolvido com projetos
culturais, à disponibilidade de mão-de-obra especializada, as condições de sua
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absorção no mercado de trabalho (recrutamento e seleção), a integração de novos
profissionais, aos sistemas de remuneração e incentivos, à segurança no trabalho,
as necessidades e oportunidades de formação, ao controle, análise e avaliação
destes recursos;
b. Materiais, compreendendo a gestão patrimonial de edificações, instalações e
equipamentos, bem como todos os processos de logística (compras, transporte,
armazenagem, controle de estoques e distribuição);
i. Informacionais, compreendendo as menções às fontes e acesso a dados e
informações sobre os diversos aspectos da cultura (artes, artesanato,
patrimônio arquitetônico, acervos, etc.), bem como aos instrumentos de
regulação, normas legais, bancos de dados, dispositivos governamentais e
oportunidades de apoio públicas e privadas (ONG‟s, fundações, etc);
ii. Tecnológicos, compreendendo as menções a equipamentos e instrumentos
de alta tecnologia (tablets, computadores, etc), e sistemas de comunicação,
de informação e de processamento de dados (softwares).
c. Financeiros, compreendendo os meios monetários aplicados no projeto, a sua
captação (fontes, financiamento), absorção, ordenamento (orçamentos, plano de
contas), controle, auditoria, bem como a prestação de contas.
Percepção sobre a eficácia:
Categorias de apreciação:
Questão: “Em que sentido o Programa alterou a eficácia dos projetos culturais?”. Isto é, em
que sentido modificou as finalidades, objetivos, metas, compreendendo os itens de:
a. Resultados, isto é, a consecução de resultados programados,
b. Rigor, isto é, a precisão na sua formulação;
c. Transparência, isto é, a acessibilidade dos processos de formulação;
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d. Clareza, isto é à sua inteligibilidade;
e. Fundamentação, isto é, à base teórica e técnica, e aos motivos sobre os quais se
assentam;
Percepção sobre a efetividade
Categorias de apreciação:
Questão: “Em que sentido o Programa alterou a efetividade dos projetos culturais?”. Isto é,
em que sentido modificou as finalidades e objetivos dos projetos, considerando:
a. Pertinência, isto é, o seu direcionamento para as necessidades efetivas do setor
cultura;
b. Conexão, isto é, a sua compatibilidade com políticas, diretrizes e estratégias
formuladas para o setor, por exemplo, com o Plano Nacional de Cultura.
5.2.2. Estimativas sobre implicações do Programa
Trata-se de avaliar em que medida os efeitos e externalidades decorrentes das atividades do
Programa são percebidos. Compreende os seguintes itens:
Percepção sobre os efeitos gerais
Categoria de apreciação:
Questão: “Em que medida o Programa alterou o quadro geral dos projetos do setor
cultural?”
Índole dos argumentos
Categorias de apreciação:
Questão: “Como são apresentados os argumentos relativos à apreciação dos efeitos de
Programa?”
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Percepção sobre as forças liberadas pelo Programa
Categorias de apreciação:
Questão: “Em que sentido o Programa alterou as atividades do setor cultura?”. Isto é, em que
sentido o Programa colaborou ou não para desencadear iniciativas e vitalizar segmentos ou
contribuiu para restringir ações e paralisar segmentos no âmbito do setor cultura.
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6. Análises Preliminares
1. Indicadores pedagógicos imediatos
1.1. Adesão ao Curso:
1.1.1 Este primeiro indicador apresenta a razão entre o número de participantes inscritos e o
número de concluintes (aprovados e reprovados) por pólo do curso de nivelamento. Quanto maior
a relação, maior o número de desistentes (inscritos que não concluíram o teste de avaliação) e, por
conseguinte, menor o Nível de Adesão. Os pólos de Natal e Macapá apresentaram as maiores
relações, isto é, as menores adesões.
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1.1.2. Este indicador apresenta a razão entre o número de convocados e o número de
concluintes (aprovados e reprovados) por Oficina presencial. Quanto maior a relação, maior o
número de desistentes (convocados que não atenderam a convocação). Por exemplo, em
Blumenau, o número de convocados alcançou quase o dobro do número de concluintes.
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1.1.3 No caso especifico dos cursos avançados a distância, o Nível de Adesão aos Cursos
também foi observado pela relação , mas consideramos concluintes (aprovados
e reprovados), como pode ser observado nos gráficos apresentados a seguir:
É possível identificar que o curso de projetos culturais tem um índice de abandono mais
elevado nas turmas de 1 a 5, que correspondem à Oferta 1 do curso, idealizada como um
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protótipo. A partir da oferta 2, turmas 6 e 7, há uma sensível redução do índice de abandonos,
como resultado direto da revisão do regulamento do curso e da inclusão de uma política de
conseqüências.
Projetos Culturais
Ofertas 1 2 3 Total
Turmas 1 a 5 6 e 7 8 e 9 9
Aprovados 84 69 54 207
Reprovados 30 5 2 37
Abandonos 136 4 5 145
250 78 61 389
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No caso do curso de Política e Gestão Cultural, também de 30 horas, e o mais ofertado
entre todos os cursos ao longo de todo o Programa, é possível perceber uma maior
homogeneidade no índice de abandonos por turma, com um menor índice nas dez
primeiras turmas, que correspondem à primeira oferta do curso. A comparação do índice
por ofertas aponta para um ligeiro crescimento do índice de abandonos a cada oferta
realizada.
Política e Gestão Cultural
Ofertas 1 2 3 Total
Turmas 1 a 10 11 a 20 21 e 22 22
Aprovados 334 255 28 617
Reprovados 38 51 2 91
Abandono 117 194 24 335
489 500 54 1043
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Os cursos de Economia da Cultura, de 15 horas, apresentaram um índice de abandono
muito baixo, à exceção das turmas 8 e 9, que correspondem à quarta e última oferta do
curso. Este aumento do índice pode estar relacionado ao período de realização da oferta,
que coincidiu com o das férias escolares.
Economia da Cultura
Ofertas 1 2 3 4 Total
Turmas 1 a 3 4 a 6 7 8 e 9 9
Aprovados 116 109 18 34 277
Reprovados 6 4 0 14 24
Abandono 4 3 2 36 45
126 116 20 84 346
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O curso de Marketing, Negociação e Apresentação de Projetos apresentou um índice de
abandono homogeneamente baixo em todas as turmas. É o curso com o menor percentual de
evasão de todo o Programa.
Marketing, Negociação e Apresentação de Projetos
Ofertas 1 2 3 Total
Turmas 1 a 7 8 a 11 12 12
Aprovados 229 149 12 390
Reprovados 34 18 2 54
Abandono 39 32 3 74
302 199 17 518
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O curso de Direito Autoral, também de 15 horas, apresentou um índice de abandono baixo
na maioria das turmas ofertadas. A exceção ficou por conta das turmas 6 e 7, que
correspondem à segunda oferta do curso, na qual houve um aumento significativo do
número de abandonos.
Direito Autoral
Ofertas 1 2 3 4 Total
Turmas 1 a 5 6 e 7 8 e 9 10 e 11 11
Aprovados 148 26 44 52 270
Reprovados 18 7 5 3 33
Abandono 23 31 5 4 63
189 64 54 59 366
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1.2. Nível do grupo por pólo.
A avaliação dos participantes nas Oficinas Presenciais foi realizada por meio dos
trabalhos desenvolvidos em grupo. Como o número de reprovações por rendimento
insatisfatório foi praticamente nulo, e as poucas reprovações ocorridas se deram por
falta, o indicador utilizado prioriza a avaliação do nível do grupo de cada uma das
oficinas. O indicador do nível do grupo por pólo considerou a média das avaliações dos
trabalhos realizados nas oficinas. A primeira oficina realizada em Ilhéus alcançou média
superior a 9,0.
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2. Indicadores primários:
2.1. Aproveitamento por curso
O aproveitamento dos participantes por curso, aferido pela relação indica o nível
de consecução do objetivo do curso.
Nos cursos avançados a distância o aproveitamento dos participantes por módulo foi aferido
pela relação entre aprovados e inscritos. No caso do curso de Projetos culturais, o aproveitamento
foi abaixo do esperado nas turmas de 1 a 5, que compuseram a primeira oferta. O baixo índice de
aproveitamento pode estar relacionado ao grau de dificuldade do curso, a sua duração (30 horas)
e, principalmente, à inexperiência dos participantes com tecnologia de educação a distância.
Nas turmas seguintes, após os ajustes promovidos pela coordenação (Política de
conseqüências e alteração da ordem de oferta do curso), o aproveitamento alcançou níveis bem
elevados. O índice de aproveitamento global foi de 0,50.
O curso de Política e Gestão Cultural apresentou uma distribuição variada no que se refere
ao aproveitamento dos participantes. O índice de aproveitamento teve ampla dispersão,
entre 0,44 e 084. O índice de aproveitamento global foi de 0,60.
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O curso de economia da cultura foi o que apresentou os mais elevados índices de
aproveitamento, com exceção das turmas 8 e 9, cujo aproveitamento foi baixo. Esse baixo
aproveitamento pode estar relacionado ao período de realização dessas duas turmas, que
correspondem a quarta oferta do curso, ocorrida no período de férias, janeiro e fevereiro. O
índice de aproveitamento global é de 0,80.
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O curso de Marketing, Negociação e Apresentação de Projetos, de 15 horas, apresentou um
índice de aproveitamento muito bom em todas as turmas ofertadas, com uma distribuição bem
homogênea. O índice mínimo, 0,63 e o máximo, 0,84. O índice de aproveitamento global é de
0,75.
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O curso de Direito Autoral também apresentou um índice de aproveitamento muito bom, à
exceção das turmas 6 e7, que correspondem a segunda oferta, que apresentaram um
aproveitamento dos participantes abaixo da expectativa por conta do elevado número de
abandonos. O índice de aproveitamento global é de 0,74.
2.2. Formação de Facilitadores
O índice de aproveitamento da formação de facilitadores, aferido pela relação entre os
é igual a 1,0. Todos os 50 participantes inscritos obtiveram habilitação.
No que se refere à relação entre os indicados pelos tutores e os habilitados a facilitadores,
que possibilita a aferição do nível de formação de facilitadores, dos 132 participantes que
concluíram todos os cursos, 67 foram indicados pelos tutores e 50 foram habilitados. O índice de
formação é de 0,75.
O desempenho dos candidatos a facilitadores no Encontro de Facilitadores pode ser
considerado muito bom. A relação entre os habilitados e os inscritos, distribuídos por conceito
atribuído, indica o elevado nível do grupo.
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3. Indicadores operacionais:
3.1. Percepção Geral do Programa
Este indicador informa sobre a percepção dos participantes das Oficinas Presenciais acerca
do Programa a partir da relação dos valores percentuais relacionados a .
Para indicar a relação entre as menções favoráveis e as menções restritivas, foram utilizadas
as percepções declaradas pelos participantes no preenchimento do formulário de avaliação a partir
dos critérios da escala likert de 05 pontos, Com o intuito de conferir aos indicadores uma maior
consistência, as menções a ”bom”, que se configuram como uma mediana da escala, não foram
contabilizadas. Foram computadas como favoráveis as menções a “excelente” e “muito bom” e
foram consideradas restritivas as menções: “regular” e “fraco”. Por exemplo, em Petrolina, o cálculo
da relação considerou: menções favoráveis (E = 40% + MB = 49%)/menções restritivas (R=2% +
F=0%). (89/2=44,5)
No caso específico do Índice de Percepção da Avaliação Geral do Programa, somente os
seis pólos, os representados com as colunas de cor vermelha no gráfico abaixo, apresentaram
menções restritivas. Todos os demais obtiveram somente menções positivas com relação à
avaliação do Programa. Mesmo nos pólos em que há menções negativas, a relação é bem
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elevada. Em Palmas, por exemplo, o índice alcançado é de 20,0. Isto é, para cada menção
restritiva, há vinte menções favoráveis ao Programa.
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3.2. Percepção da infra-estrutura:
Este indicador informa quanto à percepção dos participantes do programa sobre as
condições de ruído no ambiente em que foram realizadas as Oficinas Presenciais a partir da
relação dos valores percentuais relacionados a . Foram computadas como
favoráveis as menções a “excelente” e “muito bom”. Foram consideradas restritivas as menções:
“regular” e “fraco”. Os índices indicam que há um desconforto dos participantes quanto à questão
do ruído no ambiente.
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Em todas as Oficinas houve menções restritivas ao ruído, o que indica que este é um dos
fatores que dificultam a consecução das atividades realizadas pelos participantes, e deve ser um
fator objeto de exame mais acurado em futuras edições do Programa, ou ações similares.
A relação entre menções positivas e menções restritivas que indica a percepção do nível de
ruído no ambiente, ainda que predominantemente positiva, apresenta uma significativa parcela de
menções restritivas. Nos ambientes de Arapiraca e São Francisco do Conde, por exemplo,
indicados pelas colunas na cor vermelha, o número de menções restritivas é superior ao número
de menções favoráveis.
3.3. Percepção do conteúdo:
Este indicador informa quanto à percepção dos participantes sobre a adequação do conteúdo
dos cursos aos objetivos do Programa a partir da relação dos valores percentuais relacionados a
. Foram computadas como favoráveis as menções a “excelente” e “muito bom”.
Foram consideradas restritivas as menções: “regular” e “fraco”.
Em relação ao curso de nivelamento, o índice de percepção dos participantes quanto a
adequação do conteúdo aos objetivos do Programa, a relação , onde as menções
favoráveis representam “excelente” e “Bom” e as menções restritivas “Ruim” e “Péssimo”, é de,
94,7.
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No caso das Oficinas Presenciais, os pólos assinalados com a cor azul não apresentaram
menções restritivas e, por conta da indeterminação da relação (a divisão por zero é indeterminada),
foram indicadas somente as menções positivas. Mesmo nos pólos em que há menções negativas,
a relação é bem elevada. Por exemplo, em Porto Velho e Manaus, localidades em que a
percepção da adequação do conteúdo apresenta o menor índice dentre as oficinas presenciais, a
relação é de, respectivamente, 10,1 e 13,7, O que significa dizer que para cada menção restritiva,
há, no mínimo dez menções favoráveis.
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3.4. Percepção do desempenho dos docentes:
Este indicador informa quanto à percepção dos participantes sobre o nível de conhecimento
demonstrado pelo Professor da FGV nas Oficinas a partir da relação dos valores percentuais
relacionados a .
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Foram computadas como favoráveis as menções a “excelente” e “muito bom”. Foram
consideradas restritivas as menções: “regular” e “fraco”. Os pólos assinalados com a cor azul não
apresentaram menções restritivas e, por conta da indeterminação da relação (a divisão por zero é
indeterminada), foram indicadas somente as menções positivas. Mesmo nos pólos em que há
menções negativas, a relação é bem elevada. Por exemplo, Currais Novos, localidade que
apresenta o menor índice, tem uma relação de 6,8, isto é, para cada menção restritiva, há
aproximadamente sete favoráveis.
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7. Considerações Gerais
A formulação de indicadores de desempenho do Programa de Capacitação em Projetos Culturais
foi conduzida pela Coordenação Pedagógica do Programa com o apoio da Coordenação Executiva,
conforme previsto no Termo de Referência que integra o contrato nº59/2009.
O processo de construção de indicadores propôs um embasamento conceitual e teórico a partir do
qual foram desenvolvidos os atributos objeto de análise, em função dos propósitos de avaliação. A
concepção de indicadores levou em consideração o caráter inovador e experimental que configura
o Programa de Capacitação em Projetos Culturais.
Os indicadores apresentados têm como propósito definir as bases operacionais e pedagógicas que
orientarão a análise do desempenho do Programa. As análises preliminares realizadas
exemplificam a aplicação dos indicadores formulados e permitem inferir algumas considerações
qualitativas sobre o Programa. Para mencionar um exemplo, é possível inferir que o índice de
abandonos dos cursos avançados on line são inferiores aos padrões nacionais e internacionais
estabelecidos para cursos desta natureza. Isto é, os cursos a distância com tutoria que compõem o
Programa tiveram uma adesão bem acima da média internacional.
Cabe ressaltar que, em função do significativo número de informações quantitativas que compõem
os relatórios do Programa, a proposta de indicadores de desempenho apresentada pela
Coordenação Pedagógica tem a intenção de servir de base para as análises que deverão ser
realizadas com os dados do programa. Inúmeras possibilidades de composição de indicadores e
índices poderão advir a partir da análise destes dados.
Quanto aos indicadores de impacto do Programa, incluídos na formulação dos indicadores como
orientação para uma avaliação posterior ao término das atividades contratadas do alcance dos
resultados obtidos em relação aos objetivos inicialmente propostos, é interessante mencionar o
alinhamento do Programa aos princípios do Plano Nacional de Cultura, especificamente no que se
refere a: qualificar a gestão na área cultural nos setores público e privado; e, profissionalizar e
especializar os agentes e gestores culturais;
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Também é importante frisar que a Formação de Facilitadores, 4ª etapa do Programa está em
sintonia com o PNC, no que se refere a:
“2.7.16 Capacitar educadores e agentes multiplicadores para a utilização de instrumentos voltados
à formação de uma consciência histórica crítica que incentive a valorização e a preservação do
patrimônio material e imaterial.”
“4.4.1 Desenvolver e gerir programas integrados de formação e capacitação para artistas, autores,
técnicos, gestores, produtores e demais agentes culturais, estimulando a profissionalização, o
empreendedorismo, o uso das tecnologias de informação e comunicação e o fortalecimento da
economia da cultura.”
“4.4.3 Estabelecer parcerias com instituições de ensino técnico e superior, bem como parcerias
com associações e órgãos representativos setoriais, para a criação e o aprimoramento contínuo de
cursos voltados à formação e capacitação de trabalhadores da cultura, gestores técnicos de
instituições e equipamentos culturais.”
A inclusão da perspectiva de análise que considera a aplicação de indicadores de impacto para a
avaliação do Programa na proposta apresentada pela Coordenação Pedagógica visa um horizonte
de médio prazo, fundamental para subsidiar futuros empreendimentos no campo da capacitação do
setor cultural. O que enfatiza o caráter de pioneirismo do Programa, já amplamente demonstrado
na aplicação da tecnologia do ensino a distância, também considerado estratégico para os
propósitos do Plano.Neste sentido, para a construção de um modelo de avaliação de impactos do
Programa de Capacitação em Projetos Culturais será necessário um esforço de pesquisa e
tratamento dos dados e informações mais específico, considerando, em linhas gerais, os passos
descritos a seguir:
a. conceituar cada componente, isto é, determinar os atributos de, por exemplo,
pluridimensional, manifestação cultural, etc;
b. definir cada componente em função do propósito da avaliação;
c. montar os indicadores;
d. definir a forma de cálculo;
e. verificar as fontes existentes de informação;
f. proceder a levantamentos-piloto;
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g. proceder a testes de validação.
Em síntese, a aplicação de indicadores de desempenho ao Programa de Capacitação em Projetos
Culturais pode ser considerada como um avanço significativo no que diz respeito à avaliação de
programas dessa natureza. A despeito das dificuldades teóricas e conceituais inerentes à
formulação de indicadores específicos para o Setor Cultural, há que se ressaltar o trabalho em
parceria realizado pela Coordenação Pedagógica do Programa e a Coordenação do Ministério da
Cultura, em prol do sucesso da iniciativa.
O potencial analítico que as primeiras análises decorrentes da aplicação dos indicadores imediatos
formulados expõe e ratifica o interesse do Núcleo de Pesquisas em Gestão Cultural da
EBAPE/FGV na condução de estudos e investigações acadêmicas que contribuam
significativamente para o avanço na aplicação de indicadores específicos para o setor cultural.