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Programa de Desenvolvimento Rural da Região Centro · O Baixo Vouga teve 9,4 % de azeite lampante , o Baixo Mondego 6,4 % e Pinhal Interior Norte 6 %, indicando grande falta de qualidade

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INDICE

Caracterização do sector 3

1- Diagnóstico 7

2- Estratégia Regional 11

3- Objectivos para a fileira 12

4- Valorização actual da fileira 14

5- Valorização futura da fileira 14

6- Zonas de produção 15

7- Tipologia de projectos 18

8- Orientação para selecção de projectos 23

9- Matriz de Objectivos, Medidas e Acções 25

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Breve Caracterização do Sector A região Centro, é a segunda zona do país no que respeita á área de olival, segundo o INE , a média da área ocupada com olival nos anos 2003 e 2004 foi 90 343 ha e uma produção média de azeite de 8728,53 toneladas . Abrange diversas zonas agro-ecológicas com características bastante diversas no que respeita ao olival, quer do ponto de vista da produtividade como da sua qualidade. Azeitona para azeite No que respeita à área plantada é a zona da Campina e Campo Albicastrense a que possui maior área com cerca de 30 % do total da região Centro, mas apenas contribuiu com 16,1 % da produção total de azeitona da região e 15,0 % do azeite. A produtividade em azeitona nesta região foi de 401 Kg /ha e com um rendimento de 48 Kg de azeite por ha, valores extremamente baixos. A zona do Pinhal Interior Sul tem cerca de 11,3 % da área e apenas representou 11,0 % da produção de azeitona e 9,5 % da produção de azeite, sendo a produtividade média de 752 Kg /ha de azeitona e 81 Kg de azeite/ha. A zona de Riba Côa com 10,9 % da área ,representou 12,8% da produção .de azeitona e 10,9 % do azeite 886 kg /ha e 96 Kg de azeite por ha.

Região CentroAzeitona /Azeite

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BaixoVouga

BaixoMondego

PinhalLitoral

PinhalInteriorNorte

Dão-Lafões

PinhalInterior

Sul

Serra daEstrela

BeiraInteriorNorte

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Ton

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%

Azeitona Proveniência (Ton) Azeitona Laborada (Ton) Total Azeite (Ton) Rendimento (%)

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O Pinhal Interior Norte com 9,6 % da área, representou 12,4 % da produção média dos anos referidos em azeitona e 24,9 % do azeite, sendo 971 kg/ha a produtividade média de azeitona, pelo que o valor indicado para a produção de azeite só é justificado pela compra de azeitona noutras regiões sendo esta ali laborada, pois doutra forma a produção de azeite por ha seria de 250 Kg o que seria um bom valor se fosse real. A zona de Dão Lafões com 9,3 % da área ,contribuiu com 15,7 % da produção de azeitona e 11,5 % de azeite, tendo um rendimento de 1277 Kg/ ha e 120 Kg de azeite por ha. A Cova da Beira com 8,8% da área contribuiu com 12,0% da produção de azeitona e 10,2 % de azeite com 1020 Kg / há de azeitona com 112 Kg /ha São estas seis regiões as responsáveis por 81 % da área e 80% do total da produção, onde deverá desenvolver-se essencialmente o Plano de Fileira para o sector. Qualidade do azeite Com base nos dados do INE no ano de 2005, no Pinhal Interior Norte, cerca de 33% da azeitona laborada veio de fora da região. Nas restantes zonas não há grande variação entre a azeitona de proveniência da região e a total laborada. O rendimento em azeite varia entre os 10 e os 12,4 para o Baixo Vouga e Serra da Estrela respectivamente. No ano de 2005 a zona principal produtora foi o Pinhal Norte com 1782 ton de azeite e um rendimento de 11,6 %.

REGIÃO CENTRO Qualidade do Azeite

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Azeite Total(1000 l)Até 0,8ª (%)

De 0,8º a 2º (%)

> 2º (%)

Na Campina e Campo Albicastrense ou Beira Interior Sul a produção de azeite foi de 1102 ton e um rendimento de 11 % .O Pinhal Interior Sul e a Beira Interior Norte que engloba Riba Coa ,Cimo Cõa e Alto Mondego com cerca de 860 ton cada e um

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rendimento de 11 % e 12 % , respectivamente, foram as regiões que apresentaram produção em ordem de grandeza a seguir às referidas anteriormente. No que respeita á qualidade do azeite nesse mesmo ano e apenas com base no parâmetro acidez, as zonas que apresentaram melhor qualidade com maior percentagem de azeite extra virgem (acidez < 0,8 º) foi a Cova da Beira com 77,6 %, a Beira Interior Norte com 70,3 %, a Beira Interior Sul com 61,3% e Pinhal Interior Sul com 52,6 %.As restantes zonas tiveram, uma percentagem de azeite com acidez inferior 0,8 % menor que 50 % do total da produção, dando-nos indicação das zonas que no ano em causa proporcionaram azeite com inferior qualidade. O Baixo Vouga teve 9,4 % de azeite lampante , o Baixo Mondego 6,4 % e Pinhal Interior Norte 6 %, indicando grande falta de qualidade e algum problema estrutural que deverá ser solucionado. Lagares Analisando o numero de lagares em laboração e o rácio da azeitona laborada e azeite produzido, verifica-se que as zonas do Pinhal têm um excessivo numero de lagares, muitos deles de muito pequena dimensão, tendo no caso do Pinhal Interior Sul 79 lagares em laboração na campanha de 2004/05 e uma média de 95 t de azeitona e 10 t de azeite.

REGIÃO CENTRONº de lagares/Zona Agro-Ecológica

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(Ton)

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Ha.

AZEITONA POR LOCAL DE PROVENIÊNCIA ( ton ) PRODUÇÃO DE AZEITE (ton) ÁREA (ha)

A Campina e Campo Albicastrense tiveram 53 lagares em laboração ,uma média de 206 t de azeitona e 25 t de azeite.

79

53

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1623

Lagares

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O alto Mondego é a zona com uma média mais favorável, 7 lagares, 561 t de azeitona e 66 t de azeite, tendo o Dão Lafões 24 lagares,445 t de azeitona e 42 t de azeite. A zona de Riba Côa com 23 lagares ,Serra da Estrela com 8 lagares e Cova da Beira com 23, têm valores intermédios com 360 t de azeitona e 40 t de azeite por lagar. Azeitona de mesa A azeitona de mesa tem pouca expressão na região, tendo representado nos anos de referência apenas 3 % da área. De uma forma geral não há olivais com a produção orientada para azeitona de mesa, optando os produtores por fazer uma colheita antecipada para conserva e posteriormente o restante para azeite. A zonas com maior produção são Riba Côa com a cultivar Negrinha e Campina com a Galega.

REGIÃO CENTRO AZEITONA DE MESA

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(Kg)

ÁREA 2003/4 ( ha ) PRODUÇÃO 2003/4 ( Kg) )

1.Diagnóstico A fileira apresenta debilidades, mas também muitas capacidades que integradas numa estratégia consistente lhe permitirão vencer as adversidades e aproveitar as oportunidades que o mercado lhe oferece.

1.1 PONTOS FRACOS E PREOCUPAÇÕES ACTUAIS

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1.1.1 Ao nível da produção È decisivo aumentar a produção para dar escala a esta actividade. Estrutura fundiária restritiva (elevado número de explorações sem dimensão crítica e competitiva) à rentabilização da mão-de-obra e à implementação de novas tecnologias de produção. Predominam os olivais de baixa densidade, envelhecidos e com técnicas de exploração desadequadas. Baixa produtividade e qualidade deficiente e heterogénea, devido a problemas de fertilidade e sobretudo sanitários.. Os olivais são na sua esmagadora maioria de sequeiro (limita a produtividade, o calibre). Algumas áreas encontram-se em zonas de elevado declive sem qualquer possibilidade de mecanização. O declive constitui um problema, dado que à oliveira foram reservados os solos mais marginais. Deficiente gestão das explorações e pouco rigor na execução das operações culturais. Operadores de campo, de idade elevada e com deficiente formação. Ausência de registo dos dados da exploração. Dificuldade de apoio técnico personalizado. Produtores que na sua maioria trabalham isolados, sem se associarem. Por vezes, por falta de mão-de-obra, os períodos de colheita são muito longos obrigando a longas tulhas e prejudicando a qualidade. Falta de empresas prestadoras de serviços

1.1.2 Ao nível da transformação Numero excessivo de lagares de prensas, que laboram durante poucos dias, geralmente apenas para o auto consumo dos olivicultores. Algum azeite que é laborado nestes lagares e que vai para o mercado, geralmente tem pouca qualidade, pela dificuldade que têm em moer a azeitona num intervalo curto de tempo (defeito tulha). Falta de lagares contínuos que substituam com vantagem os lagares de prensas, nalguns locais ,pois noutros a capacidade instalada é suficiente. Falta de apoio técnico especializado aos lagares. Embora transformem a azeitona local, não a compram, devido à heterogeneidade de rendimento e qualidade. Impactos ambientais negativos ao nível dos lagares – sem área disponível para instalação de sistemas de tratamento (lagares cegos)

1.1.3 Ao nível da comercialização

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Ausência de estratégia de concentração na comercialização por parte das organizações e lagares privados que permitam por exemplo a criação de unidades de engarrafamento licenciadas. A ausência de concentração na comercialização impede uma política de diferenciação que sublinhe a qualidade da produção da região, limitando a eventual promoção. Falta de uma marca “Umbrella” colectiva – AZEITE DAS BEIRAS .

1.1.4 Ao nível da organização da fileira Carências estruturais na estrutura associativa de cúpula existente na Beira Interior, Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI), pela reduzida dimensão que possui em termos técnicos. Pouca implantação no norte da Beira Interior e sem implantação na Beira Litoral, onde não existe qualquer associação de cúpula. A OLIVISSICÓ é uma associação de olivicultores dos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure que ainda não possui representatividade no que respeita aos produtores de azeite nomeadamente no que respeita à sua coordenação. Estruturas associativas (Lagares Cooperativos), que salvo algumas excepções, não comercializam o azeite, ficando essa tarefa a cargo dos olivicultores. O fraco envolvimento dos associados conduz a falta da pretendida e necessária dinâmica Inexistência de estratégias conjuntas entre os diferentes agentes da fileira: associações, lagares e produtores de azeite.

1.2 PONTOS FORTES

1.2.1 Ao nível da produção Excepcionais condições edafo-climáticas para produção de azeitona para azeite ou para mesa em algumas zonas agro-ecológicas. Nos últimos anos foram plantados alguns novos olivais já delineados segundo critérios técnicos actualizados. Existência na região de conhecimento técnico das culturas. Tradição e cultura da azeitona e do azeite na região. Existem áreas disponíveis, e de elevado potencial para a cultura ,nomeadamente em zonas de Aproveitamentos Hidroagrícolas.

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Existem associação de olivicultores APABI e OLIVISICÓ capazes de articular uma estratégia integrada com a produção Há alguns técnicos actualizados e especializados na assistência técnica ao olival

1.2.2 Ao nível da transformação Existe uma forte cultura de lagar e dinâmica na transformação. A capacidade de laboração dos lagares existentes é de uma forma geral suficiente, estando na maior parte das zonas sobredimensionado. Começa a haver a consciência por parte dos operadores que é urgente proceder a operações de concentração.

1.2.3 Ao nível da comercialização Existência de organizações que podem estabelecer a ligação ao mercado. Toda a Zona da Beira Interior e parte da Beira Litoral possuem Denominações Protegidas. Existe o reconhecimento no mercado da qualidade intrínseca do Azeite das Beiras, tal como o Azeite da Beira Baixa, existindo diversas marcas comerciais certificadas como DOP Beira Interior. Existência de uma marca já registada e detida pela OLIVISICÓ que está apta a avançar para o mercado para comercializar o azeite de proveniência dessa zona. A variedade predominante é a Galega que é associada no imaginário colectivo português, como azeite da qualidade. A azeitona Galega é hoje a variedade para azeitona de mesa , mais procurada em termos nacionais e no ´´mercado da saudade ` como a variedade mais apetecida, conhecida pela ´´Azeitona Portuguesa ``. A riqueza botânica existente no maciço calcário do Sicó, nomeadamente no que respeita às plantas aromáticas e medicinais pode potenciar uma alternativa de negócio importante na produção de azeites aromatizados, sendo de há muito utilizadas no tempero das azeitonas de mesa tradicionais. A variedade Negrinha ou Carrasquinha da zona de Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Meda tem também excelente qualidade para mesa.

1.3 AMEAÇAS Falta de esclarecimento no mercado das diferentes tipos do produto azeite (azeite, azeite virgem, azeite virgem extra) . Elevada concorrência pelo preço de produto de menor qualidade: é mais fácil vender azeite (barato) do que azeite virgem extra (pouco mais caro). Falta de dimensão na concentração da oferta face à distribuição que está cada vez mais estruturada e detém forte poder negocial.

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Rumo das actuais negociações da Organização Mundial do Comércio vai no sentido de facilitar a penetração dos produtos oriundos de países terceiros onde os custos de produção são significativamente mais baixos e/ou existem apoios suplementares à exportação. Há produtores de outros países com capacidade para comercializar a nível mundial e que dominam os mercados, o caso de Espanha e no futuro o Norte de África e Médio Oriente.

1.4 OPORTUNIDADES É reconhecida a capacidade da região para produzir azeites de elevada qualidade. Produto cada vez mais associado a uma alimentação saudável, fazendo parte da Dieta Mediterrânica, a que é associada uma imagem de requinte e distinção. Possibilidade de valorizar a faceta de um produto saudável e obtido de forma sustentável, nalgumas zonas agro ecológicas é perfeitamente viável a o produção de azeite em Modo de Produção Biológico. Apetência do consumidor por produtos resultantes de uma agricultura menos intensiva. Possibilidade de associar a imagem a uma cabaz de produtos reconhecidos pela sua qualidade e tipicidade, queijos, enchidos.,mel ,vinhos. Existem oportunidades de mercado nos países de acolhimento dos emigrantes portugueses, “mercado da saudade” que podem servir de trampolim a outras realidades. É de sublinhar a importância da exportação para o Brasil . Tendência evolutiva da Política Agrícola Comum em privilegiar cada vez mais a agricultura ecologicamente sustentável em detrimento da vertente produtivistas. Esta constitui sem dúvida uma das formas de melhor valorizar parte da olivicultura da região: a comercialização de produtos que transportam um pouco de história, a paisagem e o saber fazer tradicional.

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2. ESTRATÉGIA REGIONAL Tendo em conta o diagnóstico efectuado, a estratégia da fileira deve passar por: Fomentar a Integração da fileira, estimulando a articulação, a interacção e a colaboração entre os diferentes agentes, da produção , da transformação e comercialização, potenciando a criação de economias de escala, ao nível da implementação de medidas técnicas no que respeita à orientação para o mercado. Criação de uma ou duas Unidades de Embalamento e Comercialização Regional na Beira Interior, com a participação dos principais agentes da fileira, lagares cooperativos, privados e olivicultores, constituindo uma sociedade comercial por quotas. Na Beira Litoral, existe a oportunidade de ser criada uma Unidade de Embalamento e Comercialização na região do Sicó, da qual a OLIVISICÓ – cuja área de actuação abrange os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure – seria parceira, juntamente com alguns produtores de azeitona e de azeite. Poderá utilizar-se marca territorial por exemplo ‘AZEITE TERRAS DE SICÓ’. Outra zona com elevado potencial é a zona de Dão Lafões onde poderia ser criada outra Unidade de Embalamento e Comercialização. Incentivar a instalação de novos olivais nas áreas dos regadios colectivos, potenciando os investimentos aí realizados e integrando no processo as Associações de Regantes. Dinamizar a plantação de novos olivais e recuperação de olivais tradicionais em torno de núcleos a criar, dinamizados por lagares cooperativos ou privados existentes ou eventualmente a criar. Apostar na Inovação, desenvolvendo parcerias público privadas entre os agentes da fileira e as Instituições de Investigação, de Ensino e de Demonstração no sentido de aumentar o conhecimento do sector e efectuar a transferência para os utilizadores. Privilegiar a Qualidade e a diferenciação, de forma a valorizar a produção nos mercados nacionais e internacionais, reforçando a sua imagem de qualidade, potenciando as Denominações de Origem Protegidas existentes. Promover na fileira uma Orientação para mercados específicos, procurando identificar as especificidades dos diferentes segmentos e nichos de mercado que valorizem adequadamente os produtos obtidos, azeites com aromáticas, azeitona de mesa aromatizadas. Criação de uma sub - fileira de Azeite em Modo de Produção Biológico. Deve ser favorecida uma Visão multifuncional da fileira integrando actividades que irão da produção ao turismo, passando pela gastronomia, como parte de uma estratégia de desenvolvimento sustentável das regiões, contribuindo para o crescimento económico e também para Objectivos para a fileira

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3.OBJECTIVOS PARA A FILEIRA

3.1 OBJECTIVOS DE ESTRUTURA Criação das Unidades de Embalamento e Comercialização, onde será embalada a produção e onde poderá ser feita a comercializada de parte da produção de azeite e azeitona de mesa. Criação de núcleos de dinamização local, que terão como base os lagares cooperativos ou privados que deverão dinamizar e potenciar a plantação de olival em seu redor, garantindo a transformação e a comercialização quer directa ou através das Unidades de Embalamento e Comercialização Regional de que serão sócios. Esses núcleos deverão ser criados de forma a rentabilizar Unidades de transformação já existentes com capacidade entre as 800 e 1000 t, muitas vezes sub - aproveitados. Dinamização, reforço, integração das estruturas existentes e criação de novas entidades, lagares ou unidades de transformação de azeitona, onde se justifiquem e não existam. Criação da Sub- fileira de Azeite em Modo de Produção Biológico. Dinamização de um Centro de Competências na área agrícola, com a participação dos agentes da fileira, a DRAPC, Universidades, Politécnicos ,as ADL e o INRB.

3.2 OBJECTIVOS DE MERCADO Reforçar a imagem de qualidade e diferenciação nos mercados através da dinamização das DOP’s. Criação conjunta com outras fileiras de lojas de produtos ´´Gourmet´´ nos principais centros comerciais, para comercializar os azeites ,azeitona de mesa e outros produtos de topo. Criação de um azeite tipo ´´ Beiras `` com qualidade média, para comercialização com valores competitivos quer no mercado nacional como internacional. Criação do tipo de azeite em MPB. Certificação EUREPGAP para a produção exportada 3.3 Objectivos de Produção/Transformação

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Aumento da produtividade do olival tradicional, com a sua recuperação, efectuada pelos núcleos de dinamização local que deverão ser dotados com a necessária competência técnica. Reconversão de 2500 ha de olival tradicional para olival intensivo,com adensamento e instalação de rega localizada. Reconversão cultural de 10 000 ha de olival tradicional ,com algumas acções a desenvolver e que deverão ser principalmente podas racionais, fertilizações adequadas e protecção fitossanitária feita atempadamente, conseguindo-se dessa forma, com pouco investimento, um grande acréscimo de produção. Criar condições para a mecanização da cultura, em particular da colheita. Instalação de novos olivais em solos adequados, irrigados e com novos sistemas de produção, mais intensivos, que possam proporcionar uma maior rentabilidade das explorações agrícolas, prevendo-se a plantação de 5 000 ha em toda a região devendo ser instalados e conduzidos segundo as normas da Produção Integrada. Aumento da qualidade do produto, com uma melhoria de divulgação da informação relativa aos Avisos Agrícolas, para que os olivicultores possam realizar os tratamentos fitossanitários no momento oportuno. Plantação de 2 500 ha de novo olival e recuperação de 2 500 ha de olivais tradicionais para MPB com adensamentos e instalação de rega localizada. Criar condições para que a execução das diversas operações culturais possa ser realizada pelas cooperativas ou apoiar a criação de empresas prestadoras de serviços que possam fazer a gestão conjunta dos olivais, detidos muitas vezes por proprietários ausentes das explorações. Melhoria das condições de transporte da azeitona para as unidades de transformação e organização das mesmas. Melhoria das condições de recepção da azeitona e do funcionamento dos lagares contínuos, nomeadamente no controlo das temperaturas de laboração. Abandono progressivo dos lagares de prensas e concentração da produção em lagares contínuos estrategicamente colocados, podendo os pequenos lagares servirem como unidades de concentração da azeitona para depois ser enviada às unidades de transformaçãoCriação de duas estruturas com capacidade de laboração de 1000 t para transformação e embalamento do azeite produzido em MPB, a localizar estrategicamente , eventualmente na zona de Riba Cõa e na Cova da Beira 3.4 Objectivos de Multifuncionalidade Contribuir para a manutenção da paisagem característica do olival tradicional, em locais integrados em ecossistemas naturais que interessa preservar, não só do ponto de vista de preservação, como também na exploração cinegética.

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Criação da Rota dos Lagares de Azeite das Beiras. Criação de festas locais associadas á actividade da colheita da azeitona e de promoção dos produtos com ela relacionados relacionados. Promoção da gastronomia regional assente no produto azeite e azeitonas. 3.5 Objectivos de Qualificação Profissional Formação de dirigentes e quadros técnicos das organizações para melhoria da capacidade técnica e de gestão da fileira. Formação dos agricultores e dos trabalhadores agrícolas, para aquisição de conhecimentos sobre novas tecnologias, Modo de Produção Biológica e Produção Integrada. 4- Valorização Actual da Fileira Considera-se o valor actual da fileira com base na área média e produções de 2003/04 e com valores médios de valor dos produtos dos últimos 5 anos.

Importância económica do sector Área Azeite Azeitona

de Mesa Agroturismo Valor por função

Azeite Azeitona de Mesa

(ha) (ton) (ton) (1000 EUR) (1000 EUR) Nº de TER (1000 EUR)

Totais 92 981 8 487 2 460 21 820 1 230 104 1411

Produção 92 981 8 487 2 460 21 820 1 230

Modos de produçãoBiológico n.e. n.d. n.d. n.d.

Produção Integrada n.e. n.d. n.d. n.d.

Multifuncionalidade

Agroturismo em áreas abrangidas por nomes protegidos (1000 EUR)

n.d. 52 633

Agroturismo em áreas abrangidas por nomes protegidos e em Rede Natura (1000 EUR)

n.d. 52 778

Valor da produção

5- Valorização Futura da Fileira Prevê-se uma evolução francamente positiva no sector, com o desenvolvimento de três formas de produção :Modo de Produção Biológico, Produção Integrada de Olival e Olival Convencional. Em qualquer dos casos, prevê-se efectuar novas plantações e reconversão dos olivais existentes, reconversão que poderá passar por uma grande intervenção ao nível de

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adensamentos e instalação de rega localizada e noutros apenas uma ligeira reconversão cultural. . Relativamente à azeitona de conserva, trata-se de uma sub-fileira com pouca importância na região, tendo nos anos de referência, apenas representado 3 % da área, sendo variável em função das condições meteorológicas do ano e da melhor ou pior qualidade dos frutos, pois em anos com maior ocorrência de gafa e mosca da azeitona a quantidade de azeitona de mesa é mais reduzida . Optou-se por considerar a totalidade da área de olival, sem individualizar o sector da azeitona de mesa ,que no entanto deverá dar um aumento maior na sua valorização se for dinamizada a sua comercialização. Com base nessas acções ,que se prevêem vir a desenvolver, a valorização futura da fileira será a que se apresenta no quadro seguinte : Previsão de produção de azeite

TIPO DE OLIVAL AREA PRODUTIV. AZEITONA AZEITE

VAL. UNIT. VALOR

ACÇÔES (ha) (Kg/há) (ton) (ton) (€/ton) (1000

€)

Manutenção Olival

tradicional 78000 750 58500 6423 2500 16060

Olival

Intensivo/PI 2500 4000 7500 820 3000 2460

Reconversão Reconv. Cultural 10000 2000 20000 2196 3000 6590

Rec. em

MPB 2500 3000 3750 410 3500 1440 Novas

Plantações MPB 2500 4000 3000 360 3500 1260

Prod.

Integrada 5000 6000 10000 1200 3600 2970 TOTAIS 100500 20750 122 780 11 209 30780

A valorização da produção manteve-se para o azeite proveniente do olival tradicional, tendo-se aumentado o valor para o azeite proveniente dos olivais reconvertidos, em virtude de serem acompanhados tecnicamente e os mesmos virem a ser tratados fiitossanitáriamente, assim como deverão ser acompanhados na época de colheita e na laboração do azeite.

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Componentes da fileira do Azeite

Valor Previsional

Taxa de variação

(1000 EUR) % (1000 EUR) (%)

Valor Global da FileiraAzeite 21 820 89,2 30 680 40,6Azeitona de Mesa 1 230 5,0 1 230 0,0Agroturismo em áreas abrangidas por nomes protegidos (1000 EUR)

633 2,6 633 0,0

Agroturismo em áreas abrangidas por nomes protegidos e em Rede Natura (1000 EUR)

778 3,2 778 0,0

Valor actual

6-Zonas de Qualidade Existem duas DOP´s na Região, sendo a Beira Interior toda a abrangida pela DOP do mesmo nome, estando Pombal, Alvaiázere e Porto de Mós abrangidos pela DOP do Ribatejo

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7.TIPOLOGIA DE PROJECTOS

7.1 PRODUÇÃO 7.1.1 Plantação de novos olivais 7.1.1.1. Plantação de olivais em Produção Integrada -prevê-se plantar 5000 ha 7.1.1.2 Plantação de olivais em Modo de Produção Biológica prevê-se plantar 2500 ha 7.1.2 Reconversão de olivais 7.1.2.1 Reconversão de olivais tradicionais em olival intensivo e em Produção Integrada prevê-se reconverter 2500 ha 7.1.2.2 Reconversão de olivais tradicionais em olival intensivo e em Modo de Produção Biológico – prevê-se reconverter 2500 ha 7.1.2.3 Reconversão cultural de olivais tradicional prevê-se reconverter 10000 ha 7.1.3 Mecanização do olival Condições mínimas a respeitar nos projectos: Área mínima/produtor – 2 ha do novo olival ou do olival reconvertido em olival intensivo se for candidatura individual, ou 5 ha se for candidatura grupada. No caso da reconversão cultural - sem adensamentos nem instalação de rega, área mínima se for individual 1 ha, se for grupada sem área mínima da parcela e da candidatura 10 ha. Densidades – novas plantações entre 300 a 400 oliveiras/ha, no caso da reconversão em olival intensivo deve ficar com uma densidade mínima de 200 pl/ha. Regadio – obrigatório nas novas plantações e reconversões em olival intensivo. Cultivares – preferencialmente as definidas nas DOP, devendo pelo menos 80 % do total serem constituídas por cultivares nacionais, sendo aconselhadas Galega, Cordovil de Castelo Branco,Cobrançosa,Bical,Carrasquenha,Negrinha,Cornicabra e Verdeal. Parecer técnico – obrigatório e vinculativo o parecer dos Serviços do Ministério da Agricultura Equipamento específico - para colheita, tratamentos fitossanitários e destroçadores de lenha de poda, devendo ser fixada uma área mínima de olival para os equipamentos serem elegíveis. Natureza das ajudas: Ajuda ao investimento para a plantação .

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Ajuda ao investimento para a reconversão de olivais tradicionais em olival intensivo. Ajuda à consolidação do investimento nos casos de novas plantações durante 4 anos, reconversão em olival intensivo em Produção Integrada ou em Modo de Produção Biológico durante 3 anos. Ajuda ao investimento para aquisição de equipamentos.

7.2 TRANSFORMAÇÃO 7.2.1 Construção de novas unidades de transformação com o objectivo de constituir unidades com capacidade de laboração mínima de 1000 t /campanha. Estas deverão surgir como resultado da concentração da produção actualmente laborada em pequenas unidades existentes e sem capacidade de produção de azeite de qualidade e com valor de mercado, pelo que só serão autorizadas com a diminuição da quantidade de lagares que laborem uma quantidade de azeitona equivalente. Prevê-se a possibilidade de criação de uma pelas regiões de Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior Sul , Riba -Côa e Cova da Beira (quatro unidades ). 7.2.2 Construção de novas unidades de transformação com o objectivo de constituir unidades com capacidade de laboração mínima de 1000 t /campanha para produção de azeite em MPB. Prevê-se a possibilidade de construção de duas unidades, uma na zona de Riba Côa e outra na Cova da Beira. 7.2.3 Modernização de unidades de transformação com o objectivo de atingir uma capacidade média de laboração 1000 t / campanha, por concentração ou fusão com outros lagares. Admite-se a possibilidade de reformulação de 10 unidades já existentes. Natureza das ajudas: Ao investimento para construção /readaptação das unidades de transformação. Ao investimento na aquisição dos equipamentos para laboração. Ao investimento para aquisição de viaturas para transporte da azeitona para os casos de concentração. Ao investimento para aquisição de mini laboratório de apoio (determinação da qualidade da matéria prima).

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7.3 Comercialização Criação de quatro unidades de embalamento e comercialização de azeite, localizadas duas na Beira Interior e duas na Beira Litoral com capacidade e dimensão para comercializar o azeite produzido na região. Este dimensionamento ficará condicionado à demonstração da viabilização económica. Estes projectos devem ter em conta a certificação (ISO, BRC, HACCP) e a aquisição de dimensão crítica pelas organizações de concentração de oferta e comercialização. Natureza das ajudas: Ajudas ao investimento para a construção das infra-estruturas, equipamentos e viaturas para a distribuição. 7.4 Promoção e marketing Projectos que visem: Estudos de mercado que caracterizem e segmentem as tendências e preferências do mercado. Desenvolvimento da imagem e de embalagem adequada Criar uma marca associada ao novo sistema nacional de qualidade “AZEITE BEIRAS” 7.5 Estruturação da fileira Projectos que incentivem as organizações a concentrarem as suas actividades de transformação. Projectos que incentivem as organizações a concentrarem as suas actividades de suas actividades normalização, embalagem e distribuição. 7.6 Acesso à Informação Criação de rede temática integrada (regional e nacional) para a fileira: Informação técnica

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Informação de mercado Previsão e balanço da produção Indicadores da fileira com origem na “base de dados da produção” 7.7 Capacitação dos agentes Projectos que visem a qualificação dos intervenientes ao nível da produção: Técnicos responsáveis pela assistência técnica Produtores e empresários agrícolas Trabalhadores agrícolas Projectos que visem a qualificação dos intervenientes ao nível das organizações: Dirigentes Técnicos Funcionários e operadores 7.8 Serviços de apoio Criação de uma “base de dados da produção” alimentada pelos produtores e gerida pelas suas organizações, com indicadores úteis às actividades de gestão dos produtores e das organizações e fundamental para o aumento de competição entre os empresários agrícolas. Implementação de um plano de assistência técnica com objectivos contratualizados. Estabelecimento de contratos programa com Associações de Produtores para operacionalizar o desenvolvimento da fileira em determinada área geográfica: A Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI) tem intenção de contratualizar um projecto de dinamização do sector que passa por:

o Apoio técnico e dinamização de plantação de 6000 ha de olival em Produção

Integrada. o Apoio técnico e dinamização de reconversão de olival tradicional em olival

intensivo e em Produção Integrada em 500 ha . o Apoio técnico e dinamização da reconversão cultural de 2000 ha de olival

tradicional. o Construção de uma Central de Embalamento e Comercialização

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o Apoio técnico aos lagares seus associados para dinamizar uma política de qualidade e promover a concentração da produção de azeite na Central de embalamento e comercialização.

A Associação de Agricultores de Protecção e Produção Integrada da Montanha (AAPPIM) tem intenção de contratualizar um projecto de dinamização do sector que passa por:

o Apoio técnico e dinamização de plantação de 5000 ha de olival em Modo de Produção Biológico.

o Apoio técnico e dinamização de reconversão de olival tradicional em olival intensivo e em Modo de Produção Biológico em 5000 ha.

o Construção de duas unidades de transformação de azeite em MPB com capacidade de 1000 t de azeitona.

A OLIVISSICÓ tem intenção de contratualizar um projecto de dinamização do sector que passa por:

o Apoio técnico e dinamização de plantação de 250 ha de olival em Produção Integrada.

o Apoio técnico e dinamização da reconversão cultural de 1000 ha de olival tradicional.

7.9 Inovação Projectos que permitam: Reforço da ligação às equipas de investigação no nosso país e em Espanha Nas áreas técnicas onde o conhecimento não pode ser “importado” dar continuidade a algumas linhas de experimentação fundamentais já existentes e iniciar novas linhas de investigação que tornem Portugal um país pioneiro, pelo menos numa área técnico-científica desta fileira. 7.10 Multifuncionalidade Projectos que permitam abordar a fileira segundo uma perspectiva multifuncional ,nas diversas vertentes; Preservação do ecossistema natural do olival tradicional nas zonas escarpadas, hoje não cultiváveis, mas que constituem um património natural indiscutível. Vertente cinegética. desses mesmos olivais

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Projectos que visem a criação da Rota dos Lagares de Azeite das Beiras. Projectos que dinamizem as festas locais associadas á actividade da colheita da azeitona e de promoção dos produtos com ela relacionados.. Projectos que promoção de gastronomia regional assente no produto azeite e azeitonas. 8. ORIENTAÇÃO PARA A SELECÇÃO DE PROJECTOS Deverão ser dadas prioridades claras aos projectos apresentados numa lógica de fileira. COMERCIALIZAÇÃO-TRANSFORMAÇÃO-PRODUÇÃO, com majoração para os diferentes tipos de projecto em função do grau de associação e de complementaridade entre os diversos intervenientes. Na produção deverão ser majorados os projectos agrupados, com a definição de área mínima de parcela 0,5 há e por olivicultor 2 há, e por projecto agrupado de 5 ha. Os projectos de plantação deverão estar obrigatoriamente associados a uma unidade de transformação, cooperativa ou privada e que se comprometa a comercializar o azeite ou azeitona produzidos. Na transformação a capacidade mínima de laboração de 1000 t No embalamento definir o dimensionamento, mediante estudo técnico económico. Deverá ser dada prioridade aos projectos de jovens agricultores e de preferência a projectos especializados em olivicultura. 9. ORIENTAÇOES PARA A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL No quadro actual, a capacidade de gerir mas sobretudo a visão do negócio, são fundamentais para a competitividade da fileira. É importante apostar na formação/informação dos dirigentes e quadros técnicos das organizações: tendências do sector a nível internacional, evoluções tecnológicas na área, relação entre as organizações, liderança, etc. Deve ser fomentada a formação dos funcionários e operadores das organizações de acordo com as diferentes funções e necessidades das organizações, sendo recomendável a formação contínua e a sua frequência sobretudo no início de desempenho de funções. Atendendo à realidade da maior parte da região em que predominam os pequenos produtores e à imposição do mercado, necessidade de ter grandes volumes e homogéneos de azeitona e azeite de elevada qualidade, o esforço deve centrar-se na capacitação dos produtores: eles devem ser capazes de produzir com qualidade, lotes homogéneos de azeitona e a baixo custo. Para maior eficácia das funções e competitividade da organização, recomenda-se a frequência de cursos especializados no início do seu desempenho e actualizações frequentes de acordo com as necessidades e a evolução do sector.

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Na formação contínua dos olivicultores devem ser escolhidos lideres em cada região onde se instalem campos de demonstração, que serão acompanhados pelos técnicos e objecto de visitas regulares dos restantes. Entre os produtores deve ser estimulada a competição relativa à produtividade qualidade e resultado económico obtido. A formação do produtor, além da técnica, deve incidir sobre a gestão da produção – quando fez, quanta mão-de-obra, quanto tempo, quanto gastou, quanto produziu, com que qualidade, com que valor – criando-lhe a exigência de ser rigoroso e proceder ao registo dos seus indicadores. A formação deve ser ministrada por formador com experiência prática e integrar componentes de demonstração (por parte dos formadores) e de experimentação/ execução (por parte dos formandos). Além disso, deve ainda ser de curta duração e em horário que atenda à disponibilidade dos interessados São temas prioritários para a formação: cadernos de campo, gestão de recursos humanos, produção Integrada, poda e condução, fertilização, controlo de pragas e doenças e colheita. A formação dos técnicos que intervenham na fileira deve privilegiar a realização de visitas de estudo regulares ou de estágios em regiões produtoras de referência ou que empreguem tecnologias inovadoras.

EIXO MEDIDA ACÇÃO SITUAÇÃO ACTUAL 2013 EIXO MEDIDA ACÇÃO

Plantação de novos olivais em MPB nº de ha plantados 2 500

Plantação de novos olivais em Prod. Integ nº de ha plantados 5 000

Reconversão Cultural nº de ha beneficiados * 10 000Reconversão Tradicioanl/Intensivo/Prod Integrada nº de ha reconvertidos 2 500

Reconversão Tradicional/intensivo/ MPB nº de ha reconvertidos 2 500Instalações de Processamento e Embalamento Unidades de Embalamento 4

Concentração da oferta Volume de Azeite Embalado (DOP's, Biológicos, Outros Certificados) Ton 4 000

Modernização da transformação -Novas Unidades I 1.1 1.1.1 Unidades de Transformação > 1000 ton 6

Modernização da transformação -Concentração de Unidades I 1.1 1.1.1 Unidades de Transformação > 1000 ton 10

Melhoria da qualidade IV 4.2 4.2.1 Nº de responsáveis técnicos por lagares criados

Valorização da produção I 1.4 1.4.2 Planos de Comercialização e Marketing 2

I 1.1 1.1.1 Parcerias de cooperação com ADL's

I 1.1 1.1.2 2.1

Produção exportada I 1.2 Toneladas de azeite exportado 1 000 2.2 2.2.1

Transferência de Conhecimento IV 4.2 4.2.1 Centro de Competências/Contrato Programa ParceriaGestão centralizada de operações culturais no olival IV 4.3 4.3.2 Empresas de serviços criadas 15

Concentração empresarial/cooperativa I 1.2 Nº de operações de concentação 10

Operacionalização da Intervenção sectorial I 1.7.1 Contratos Programa Plurianuais 3

I 4.1 Criação de uma Marca 1

Promoção da multifuncionalidade III 3.1 3.1.1 Parcerias com ADL's - divulgação 10

IV 4.2 4.2.2 Criação de uma Rede de Dilvulgação 1

Qualificação profissional generalista Nº de acções de formação

Qualificação profissional especializada IV 4.2 4.2.1 Nº de acções de formação

ESTRATÉGIA 2007- 2013 PARA O SECTOR DO AZEITE NA REGIÃO CENTRO

II

RECURSOS FINANCEIROSINDICADORES DE REALIZAÇÃO

I 1.1

II

I 1.1 1.1.1Aumento da Produção

2.5

OBJECTIVO ESTRATÉGICO OBJECTIVO OPERACIONALPDR

1.1.1

INDICADORES DE RESULTADO COMPLEMENTARIDADE

Cooperação empresarial e internacionalização

Organização da fileira e inovação

Reestruturação e modernização das estruturas

de produção e de transformação

Capacitação dos agentes da fileira