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Programa de Educação Permanente COREN-SP (Interior e Litoral)
Enfª Ms. Emília Mª Paulina Campos Chayamiti
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto
Serviço de Atenção Domiciliar
31/07/2014
“Atualização na prevenção e tratamento deferidas prevalentes”
Geral:1- Atualizar os profissionais enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem quanto a prevenção e tratamento das feridas prevalentes.
Específicos:2- Atualizar os profissionais de Enfermagem sobre os cuidados com a pele e a prevenção de feridas;
3- Capacitar os profissionais de Enfermagem para avaliação e tratamento de feridas prevalentes;
4- Explicar os tipos de desbridamentos.
Objetivos
Emília Chayamiti
Conteúdo
• Revisão da anatomia e fisiologia da pele
• Revisão da fisiologia do processo de cicatrização
• Tipos de feridas prevalentes
• Prevenção e tratamento
• Limpeza e desbridamentos
• Terapias tópicas
Emília Chayamiti
Revisão da anatomia e fisiologia da pele
Estrutura da Pele (Dealey, 2008)
• A pele - o maior e um dos mais ativos orgãos do corpo humano.
• 2 camadas: epiderme e derme.
• Epiderme: É a superfície mais externa; possui por camadas de células: estratos
basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo, e possui os queratinócitos, os
melanócitos e as células de Langerhans.
• Derme – é a camada mais profunda da pele, composta por tecido conectivo, econstituída de colágenos e fibras elásticas, são encontrados os vasos sanguineos,vasos linfáticos, terminações nervosas sensoriais, glândulas sebáceas e sudoríparas.
Emília Chayamiti
Revisão da anatomia e fisiologia da pele
Estrutura da Pele (Dealey, 2008)
Fonte: Dealey, 2008
Emília Chayamiti
Tecido subcutâneo
Está sob a pele, é uma camada de tecidoconectivo e tecido adiposo, auxilia ancorar apele ao músculo e ao osso.
•Rico em fibras e células adiposas(armazenam gordura).
•Tem característica de tecido frouxo -maleabilidade e elasticidade.
• Reserva energética, proteção contrachoques mecânicos e isolante térmico.
Revisão da anatomia e fisiologia da pele
Fonte: Dealey, 2008
Emília Chayamiti
Sistema Tegumentar - Tegumento Comum
Representado pela pele e suas estruturas
acessórias: pêlos, unhas e glândulas
Revisão da anatomia e fisiologia da pele
Fonte: Dealey, 2008
Emília Chayamiti
•Proteção (barreira, Isolante, imunológica);
•Termorregulação – controle da temperatura corporal
•Percepção (estímulo perceptivo) – diferentes tipos de sensibilidade: tátil, térmica
e dolorosa
•Secretora – gl. Sebáceas e sudoríparas
•Infusão de medicamentos
•Identificação (origem, idade)
•Comunicação- expressões faciais (disposição,temperamento)
Funções da Pele
Revisão da anatomia e fisiologia da pele
Emília Chayamiti
Revisão da fisiologia do processo de cicatrização
• A cicatrização é um fenômeno biológico complexo, dinâmico e
delicado, com respostas locais e sistêmicas integradas, iniciadas
pelo trauma.
(Borges et.al., 2008)
Emília Chayamiti
• O mesmo processo ocorre na cicatrização das diferentes
lesões, seja lesões traumáticas como lacerações, abrasões,
queimaduras, feridas cirúrgicas ou feridas crônicas como
úlceras venosas, arteriais ou úlceras por pressão.
Revisão da fisiologia do processo de cicatrização
Emília Chayamiti
• O processo de cicatrização pode ser comprometido em
qualquer uma das fases pelo tratamento inadequado.
• Pode ser influenciado pelo hospedeiro, ambiente ou
profissional.
• O tratamento deve considerar a fase da cicatrização.
A ferida fala...
Revisão da fisiologia do processo de cicatrização
Emília Chayamiti
No processo de cicatrização ocorre uma série de etapas,
complexas, interdependentes e sobrepostas; definidas
como fases:
I - Infamatória
II - Proliferativa
III - Maturação
Revisão da fisiologia do processo de cicatrização
Emília Chayamiti
I – INFLAMATÓRIA
É a fase de defesa do organismo
onde ocorre a hemostasia seguida
da fagocitose de tecidos
desvitalizados.
Envolve a agregação de plaquetas,
vasoconstrição, seguida de
vasodilatação (exsudato)e presença de
neutrófilos e macrófagos. Dura de 4 a 5 dias
Clinicamente: tumor, calor, rubor e dor, a depender do tipo e grau de agressão.
Resposta vascular e Resposta celular.
Fonte: internet
Emília Chayamiti
II- PROLIFERATIVA OU FIBROPLASIA
É a fase de reparação do tecido conjuntivo e do
epitélio, com formação de tecido de
granulação.
Ocorre de 2 dias a 3 semanas, após o trauma.
Caracterizada pelo aumento de fibroblastos
(produção de colágeno), angiogênese e
migração
de células epiteliais.
Clinicamente: apresentando-se com aspecto granuloso e avermelhado.
Fonte: internet
Emília Chayamiti
III - MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO
Há deposição, agrupamento e remodelação do
colágeno e regressão endotelial.
A remodelação do colágeno inicia-se na formação
do tecido de granulação e se mantém por meses
após a reepitelização.
Ocorre a diferenciação do tecido com contração
e epitelização.
Duração de 21 dias até 2 anos após o trauma.
Caracterizada pela reorganização das fibras de
colágeno e aumento da força de tensão.
Clinicamente: a cicatriz menos espessa, passando de uma coloração rosada para esbranquiçada.
A cicatriz tem somente 80% da força de tensão do tecido original.
Fonte: internet
Emília Chayamiti
Locais:
Contaminação, presença de corpo estranho, técnica
inadequada, tecido desvitalizado,
hematoma e espaço morto.
Gerais:
debilidade, idade avançada, obesidade, anemia, choque, gdeperíodo internação hospitalar, doenças
associadas - diabetes e doenças
imunodepressoras.
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO:
Emília Chayamiti
Idade - quanto mais idoso, menos flexíveis são os tecidos; existe diminuição progressiva do colágeno.
Nutrição - está bem estabelecida a relação entre a cicatrização ideal e um balanço nutricional adequado.
Estado imunológico - a ausência de leucócitos, pelo retardo da fagocitose e da lise de restos celulares,
prolonga a fase inflamatória e predispõe à infecção; pela ausência de monócitos a formação de fibroblastos é
deficitária.
ALGUNS FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO:
Emília Chayamiti
Oxigenação - a anóxia leva à síntese de colágeno pouco estável, com formação de fibras de menor
força mecânica.
Diabetes - A síntese do colágeno está diminuída na deficiência de insulina; devido à microangiopatia
cutânea, há uma piora na oxigenação; a infecção das feridas é preocupante nesses pacientes.
Drogas - As que influenciam sobremaneira são os esteróides, pois pelo efeito antinflamatório
retardam e alteram a cicatrização.
ALGUNS FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO:
Emília Chayamiti
Tabagismo - nicotina é vasoconstrictor, leva à isquemiatissular, responsável por uma diminuição de fibroblastose macrófagos. O CO diminui o transporte e ometabolismo do O2. Clinicamente: cicatrização maislenta em fumantes.
Outras complicações: HEMORRAGIA e a DESTRUIÇÃO TECIDUAL.
A grande complicação das feridas é a sua INFECÇÃO, sendo que os fatores predisponentes podem ser
locais ou gerais.
ALGUNS FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO:
Emília Chayamiti
Feridas (Dealey, 2008)
As feridas são interrupções da integridade cutâneomucosa e resultam dos
desequilíbrios e agravos crônicos de saúde ou complicações que muitas vezes
poderiam ser evitadas com o diagnóstico precoce e utilização de medidas
preventivas, disponibilidade de informações e recursos.
É fundamental o profissional estar atualizado para
assistência, realizar avaliação integral do paciente,
prevenir, avaliar a ferida, os fatores intrínsecos e
extrínsecos, seleção e preparo do material para o
curativo, a mensuração da ferida de forma objetiva,registros e documentação
Fonte: SAD
Emília Chayamiti
(Dealey, 2008)
• Quanto ao agente causador
• Quanto ao tipo de cicatrização
• Quanto à etiologia
Feridas crônicas, Feridas agudas, Feridas pós-operatórias
Classificação das Feridas
Emília Chayamiti
Quanto ao agente causador:
Incisa ou cortante
Contusa
Lacerada
Perfurante/Penetrante
Escoriação
Fonte: Internet
Fonte: SADFonte: Internet
Fonte: Internet
Emília Chayamiti
Quanto ao agente causador:
Térmica ou queimadura
Patológica: UV, UA e UPP
Iatrogênica
Amputação
Fonte: SAD
Fonte: Internet
Fonte: SAD
Fonte: SADFonte: SAD
Fonte: SAD
Emília Chayamiti
TIPOS DE FERIDAS QUANTO AO TIPO DE CICATRIZAÇÃO
(SECRETARIA MUNICIPAL RIBEIRÃO PRETO, 2013)
I - Cicatrização por primeira intenção
Quando houve pequena perda de tecido, como nas feridas cirúrgicas com
aproximação das bordas ou em pequenas lacerações, com pouca
presença de tecido de granulação
Emília Chayamiti
II - Cicatrização por segunda intenção
Quando houve grande perda de tecido e o tecido de
granulação se desenvolve em substituição ao tecido
original - da base da ferida para as bordas, como nas
úlceras profundas ou nas deiscências de grandes feridas
cirúrgicas.
Emília Chayamiti
III - Cicatrização por terceira intenção
Quando a ferida é deixada aberta até a resolução da
infecção e a sua total limpeza para então ser feita a
aproximação das bordas como em certos casos de
deiscência de suturas, de fraturas expostas, etc.
Emília Chayamiti
• Ferida Aguda
• Ferida Crônica
Ferida Aguda: são as respondem de maneira rápida ao tratamento e
cicatrizam sem maiores complicações.
Exemplos: traumáticas, queimaduras.
QUANTO À ETIOLOGIA(DEALEY, 2008)
Emília Chayamiti
Ferida Crônica: Longa duração e recorrência frequente, com resposta
mais proliferativa (fibroblástica), do que exsudativa.
•Decorrentes de problemas crônicos de saúde ou complicações que
muitas vezes poderiam ser evitadas.
Exemplos: UPP e as úlceras de perna. O paciente pode apresentar
diversos problemas que podem interferir no processo de cicatrização,
como por exemplo: algumas doenças crônicas, o estado nutricional, entre
outros.
QUANTO À ETIOLOGIA(DEALEY, 2008)
Emília Chayamiti
Tipos de feridas prevalentes (CALIRI, 2011)
• ÚLCERA DIABÉTICA - controle metabólico, uso de sapatos adequados,cuidados e exame dos pés…
• ÚLCERA VENOSA - uso de meia elástica, repouso, perda de peso,cirurgia de varizes.
• ÚLCERA HIPERTENSIVA – controle da HAS
• ÚLCERA DE PRESSÃO - prevenção
Emília Chayamiti
PEVENÇÃO E TRATAMENTO AVANÇADO DE FERIDAS CRÔNICAS
CUIDADOS DE FERIDAS CRÔNICAS
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
Emília Chayamiti
CUIDADOS AOS PACIENTES
Cuidado hospitalar
Cuidado ambulatorial
Cuidado domiciliar
PRINCÍPIOS PARA A PREVENÇÃO E TRATAMENTO
DE FERIDAS CRÔNICAS
Emília Chayamiti
Prevenção e tratamento
Princípios Básicos
• Redução ou eliminação dos fatores causais como excesso de
pressão, dificuldades circulatórias, neuropatias.
DOENÇA DE BASE – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
• Fornecimento de suporte sistêmico - nutrição, fluidos, controle
das condições sistêmicas.
Emília Chayamiti
Prevenção e tratamento
Princípios Básicos
• Iniciar a avaliação - entrevista com o paciente/cuidador
• Usar suas habilidades de comunicação, estabelecer relacionamentointerpessoal empático;
• Considerar o início da lesão, localização, evolução, condições queafetam o processo de cicatrização.
• Como a presença da ferida está afetando a vida do paciente e família?
Emília Chayamiti
Prevenção e tratamentoPrincípios Básicos
Idade do paciente / cuidador
Condições de vida e
cuidado no domicílio
Patologia de base e
tratamento
Estado nutricional
Presença de dor e
infecção
Tipo de ferida;
localização
Identificação dos fatores
de risco presentes
Emília Chayamiti
Contribuições da pesquisa - Escala PUSH - PRESSURE ULCER SCALE FOR HEALING - (Validada para o português por Santos et al., 2005)
Instrumento para avaliação do processo de cicatrização de UPP, o PUSH
considera três parâmetros para avaliação da ferida e resultados de
intervenção:
- Área da ferida - relacionada ao maior comprimento (no sentido céfalo-
caudal) versus a maior largura (em linha horizontal da direita para a
esquerda), em centímetros quadrados.
- Quantidade de exsudato - presente na ferida, avaliada após a remoção da
cobertura e antes da aplicação de qualquer agente tópico, classificada como
ausente, pequena, moderada e grande
- Aparência do leito da ferida – conforme tecido presente : ferida fechada,
tecido epitelial, tecido de granulação, esfacelo e tecido necrótico.
Emília Chayamiti
AVALIANDO A FERIDA
Emília Chayamiti
Emília Chayamiti
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
“A LESÃO MELHOROU…”
Emília Chayamiti
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
Pouco ou nada traduz!!!
Emília Chayamiti
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
A EVOLUÇÃO DEVE SER ACOMPANHADA
PELA SUA MENSURAÇÃO
(Borges et.al., 2008)
Emília Chayamiti
Formas para mensurar:
fotografia
desenhocontornoda ferida
régua de papel
Caneta
Retropro
jetor
Acetato
(Borges et.al., 2008)
Emília Chayamiti
COMPRIMENTO LARGURA
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
Referência – pontos mais extensos da ferida
ÁREA TOTAL DA FERIDA = AS
MEDIDAS EM CENTÍMETROS
EM ANGULO DE 90º
Emília Chayamiti
RECOMENDAÇÃO:
Avaliação da ferida com mensuração, deve ser a cada 15 dias ou sempre uma alteração que chame a atenção
(RIBEIRÃO PRETO, 2013)
Emília Chayamiti
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
FIGURA 1 - MENSURAÇÃO DA ÁREA DA FERIDA
FONTE: FERIDAS: COMO TRATAR – BORGES et al, 2008
Emília Chayamiti
FIGURA 2 - MENSURAÇÃO DA ÁREA DA FERIDA
FONTE: FERIDAS: COMO TRATAR – BORGES et al, 2008
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDADESENHO DO CONTORNO DA FERIDA
Emília Chayamiti
FIGURA 3 - MENSURAÇÃO DA ÁREA DA FERIDA
FONTE: FERIDAS: COMO TRATAR – BORGES et al, 2008
COMP.X LARGURA DA FERIDA - ÂNGULO RETO
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
Emília Chayamiti
FIGURA 4 - MENSURAÇÃO DA ÁREA DA FERIDA FONTE: FERIDAS: COMO TRATAR – BORGES et al, 2008
PROFUNDIDADE DA FERIDA
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
Emília Chayamiti
FIGURA 5 - MENSURAÇÃO DA ÁREA DA FERIDA
FONTE: FERIDAS: COMO TRATAR – BORGES et al, 2008
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
PROFUNDIDADE DA FERIDA – UTILIZANDO A RÉGUA
Emília Chayamiti
DESCOLAMENTOS DA BORDA
PALPAÇÃO BORDAS –
MOVIMENTO “ESCORREGADIO”
DEDO ENLUVADO OU SONDAS N 10
OBS.: FÍSTULAS
AVALIANDO A ÁREA DA FERIDA
RELÓGIO - 12 HORAS – CABEÇA DO PACIENTE
Usar as horas – indique na Evolução
Emília Chayamiti
Limpeza e desbridamentos
Emília Chayamiti
Limpeza e desbridamentos(RIBEIRÃO Preto, 2013)
Preparo do material para o curativo
•Pacote de curativo com pinças (técnica estéril) e/ou
•luvas de procedimento (técnica limpa)
•gazes, solução salina 0,9% (SF)
•coberturas primárias e secundárias
Incluindo a mensuração da ferida de forma objetiva e documentação:
•régua de papel, cotonetes ou swabs, plástico transparente, câmera
fotográfica
PS - Técnica limpa é adequada para feridas crônicasEmília Chayamiti
•Lavar as mãos
•Explicar ao paciente e ao cuidador o que vaiser feito
•Colocar o paciente em posição adequada,expondo apenas a área da ferida
•Calçar luvas de procedimento
•Remover a cobertura do curativo
•Observar a ferida e a cobertura retirada avaliação inicial
•Limpar/higienizar a pele ao redor da ferida
•Desprezar o material sujo em local adequado,retirar a luva suja
Limpeza e desbridamentosAvaliação da ferida e técnica curativo
(Fonte: Internet)Emília Chayamiti
LIMPEZA DA FERIDA:
•Calçar luvas de procedimento
•Limpeza - com SF 0,9% morno em jato, com seringa de 20 ml e agulha 25x8 ou 40x12 ou inserida no frasco de soro.
Esfregar com gaze umedecida no soro-cuidado para não lesar o tecido de granulação.
•Avaliar o estágio da ferida – profundidade
•Observar: aspecto predominante da ferida: cor preta, amarela, vermelha?
Limpeza e desbridamentosAvaliação da ferida e técnica curativo
Emília Chayamiti
Macerada? Vermelha?
Quente? Edema?
Aspecto da pele ao redor
Calosidade ? Entumescida?
Presença de lojas,
descolamentos?
Emília Chayamiti
Presença de exsudato?
Odor? QUANTIDADE?
Nenhuma/pouca - gaze pouco úmida
Média - gaze úmida mas não extravaza para o exterior de duas gazes
Muita - Curativo muito sujo, extravaza para o exterior
Emília Chayamiti
DIMENSÕES
Régua, traçado
em plástico,
fotografi
a
Altura ou comprimento
(céfalo-caudal)
Largura
Profundidade
ESTÁGIO?
UPP - I a IV -não fazer
reestadiamen
to
Emília Chayamiti
Presença de tecido
necrótico?preto cinza castanho amarelo
Emília Chayamiti
Cirúrgico (tesoura, bisturi)
Mecânico(pinça, gaze, SF 0,9% )
Químico (enzimático )
Autolítico (ambiente úmido)
Limpeza e desbridamentosAvaliação da ferida e técnica curativo
(DEALEY, 2008)
Emília Chayamiti
Infecção?
Odor e pus, não apresenta sinais de
cicatrização
entre 2 a 4 semanas.
Prescrição médica de antibiótico tópico/sistêmico ou uso de curativo de carvão ativado com prata coberto com
gazes.
Limpeza e desbridamentosAvaliação da ferida e técnica curativo
Emília Chayamiti
ÚLCERA VASCULOGÊNICAS
1. Úlcera Venosa ou de Estase2. Úlcera Arterial ou Isquêmica 3. Úlcera Arteriovenosa ou Mista
• Para o tratamento adequado é importante o diagnóstico diferencial das úlceras vasculogênicas.
(CALIRI, 2011)
Emília Chayamiti
• A úlcera de origem venosa decorre da hipertensão sistêmica do plexovenoso superficial, provocando deficiência do retorno venoso.
• Corresponde 70% das ulcerações dos membros inferiores.
• É mais frequente no terço médio-distal da perna e maior incidência nasproeminências ósseas, particularmente, nos maléolos mediais.Apresenta recorrência em 80% dos casos.
• Caracteriza-se por ser superficial, irregular, múltipla, com aspecto deplaca eritematosa, emolduração das bordas da ferida e, nas áreasadjacentes à lesão, eczema e hiperpigmentação. O edema é semprepresente, com pulsos pediais, geralmente, palpáveis e é poucodolorosa.
ÚLCERA VASCULOGÊNICAS
Emília Chayamiti
Sistema venoso das extremidades inferiores
hipertensão venosa e é causada por:
•Disfunções nas válvulas.
•Obstrução devida ao entupimento parcial ou total das veias.
•Falha na função de bombeamento muscular da panturrilha da
perna (atividade diminuída, paralisia, grau de movimento
diminuído, deformidade da articulação do tornozelo).
ÚLCERA VASCULOGÊNICAS
Emília Chayamiti
Manifestações clínicas da doença
•Edema – peso nas pernas/ posição em pé, melhora com repouso
•Dor nas pernas – leve, melhora com caminhada ou elevação
•Varizes – sistema venoso superficial
•Hemosiderose - derramamento de hemácias através dos poros capilares
dilatados, o depósito de hemosiderina e a promoção da deposição de
melanina; eritema seguido por descoloração amarronzada mais profunda da
pele.
Doença Venosa
Emília Chayamiti
Úlcera venosa
Manifestações clínicas da doença
•Lipodermatoesclerose – Endurecimento e aparência grosseira da
pele . Pode modificar o formato da perna - garrafa invertida,
•Dermatite estática - Pele seca crônica, Coceira, Arranhões e
escoriação,
•Perda de pelo nas extremidades,
•Atrofia branca,
•Úlceras.
Emília Chayamiti
Tratamento
• A abordagem deverá ser interdisciplinar.
• Os cuidados gerais no tratamento da tem por objetivo melhorara drenagem:
1. Repouso:Nas lesões de origem venosa é importante o repouso do paciente, com elevação dos membros inferiores.
2. Dieta:Deve ser balanceada, em especial, para controle de hipertensão
arterial sistêmica e obesidade.
Emília Chayamiti
3. Compressão de Ulceração Venosa:
Indicação da compressão externa, para facilitar o retorno venoso, reduzir edema, equilibrar a insuficiência valvular e diminuir a dor.
O método de compressão dependerá da necessidade, aceitação do cliente e quantidade de exsudato da ferida.
Meias elásticas
Bota de unna
(Fonte: SAD) Emília Chayamiti
Úlcera arterial
• O paciente ao ser examinado clinicamente apresenta ausênciade pulsos nas extremidades do membro inferior e pele fria,pálida ou cianótica. É acompanhada de história de claudicaçãointermitente.
• As lesões cutâneas geralmente são profundas, envolvendomúsculos e tendões.
• Têm maior frequência no terço distal da perna, com menorincidência nas proeminências ósseas.
• Apresenta menor índice de recorrência e, geralmente, sãomais dolorosas.
Emília Chayamiti
Manifestações clínicas da doença arterial
1. Perda de pêlos nas extremidades.
2. Pele brilhante e atrófica.
3. Pulsos periféricos fracos/ausentes.
4. Tempo de enchimento capilar prolongado.
5. Palidez quando a perna é levantada.
6. Aumento da dor após exercícios (claudicação intermitente) ou à
noite(dor de repouso).
7. Diminuição da dor na posição pendente. O paciente pode referir a
necessidade de dependurar as pernas fora da cama à noite. Pode
mencionar a necessidade de sair da cama e colocar as pernas para
baixo.
http://www.eerp.usp.br/projetos/feridas/uvenosa.htm
Emília Chayamiti
Pontos importantes
•Pacientes com obstrução de artérias de grande calibre apresentarão
feridas causadas pela isquemia local relacionada à diminuição do fluxo
sanguíneo.
• A intervenção cirúrgica para restabelecer o fluxo sanguíneo ajudará
bastante.
•A terapia de compressão não é utilizada para o tratamento de feridas
associadas com a doença arterial, pois a pressão poderá ocluir ainda
mais o fluxo arterial.
http://www.eerp.usp.br/projetos/feridas/uvenosa.htm
Emília Chayamiti
INDÍCIO/SINTOMA ÚLCERA VENOSA ÚLCERA ARTERIAL
1. Local No/próximo maléolo medial dedos do pé, calcanhar ou reg. lateral
da perna.
2. Evolução Evolui lentamente Evolui rapidamente
3. Aparência
da úlcera
Margem superficial, os tecidos profundos não são afetados, bordas difusas.
Geralmente profundas, envolvendo
músculos e tendões, bordas definidas.
4. Aparência da
Perna
Hiperpigmentada –marrom, c/manchas varicosas e eczema, quente ao toque.
Pálida – pele brilhante, fria ao toque,
descorada quando elevada. Pode ficar
azulada quando abaixada.
5. Edema Presente – normal/e piora no final do dia
Só está presente se o paciente estiver
imóvel. Edema de estase
6. Dor A dor varia, mas na maioria das vezes está associada ao edema e infecção.
Muito dolorosa. Pode provocar o
despertar à noite: alivia colocando a
perna para baixo
7. Pulsos pediaisPresentes
Ausentes
8. Avaliação
Doppler Maior que 0,8Menor que 0,6
9. História Médica Flebite, veias varicosas, embolia pulmonar, DVT enduração, cirurgia anterior.
Dç vascular periférica, dç cardíacas
isquêmicas, DM, angina, claudicação,
pobre perfusão pele.
(RIBEIRÃO PRETO, 2011)Emília Chayamiti
• Ferida que pode acometer pessoas com Diabetes Mellitus
• Seu surgimento pode ocorrer por dois mecanismos: perda de sensibilidade e
doença vascular.
Perda da sensibilidade:
Hiperglicemia pode afetar os nervos periféricos das pernas e pés, levando à
diminuição ou perda da sensibilidade térmica, táctil e dolorosa. A pessoa
diabética pode não perceber um sapato apertado, um objeto quente ou a dor
após um corte inadequado das unhas.
Esta deficiência de sensação é denominada neuropatia diabética.
Úlcera diabética
Emília Chayamiti
Diabetes mellitus - Problema de saúde pública(RIBEIRÃO PRETO, 2011)
-No Mundo – 2025 – 300 milhões DM;
-OMS – 2000 – havia 171 milhões de
DM 1 e 2 (3% pop.)
70% países em desenvolvimento.
-OMS – 2006 – apontavam que o
controle da glicemia, da PA e o
manejo do “pé diabético” eram
intervenções viáveis e altamente
custoefetivas no tratamento da
diabetes.
No Brasil
-Prevalência média estimada – 7,6%
década 80 (30 a 69 anos);
-2005 - 4% dos óbitos ocorridos por DM;
-DM - Principais causas de internação;
-DM em menores 50 anos - perde 5 – 10
anos na expectativa de vida.-- 70% amputações ocorreram em pessoasdiabéticas;
( FONTE: SAD RIBEIRÃO PRETO)Emília Chayamiti
Complicações Crônicas:
- Alta taxa de morbidade e mortalidade;
- Comprometimento vascular e neural ;
- As complicações vasculares – IAM, AVC, IR, cegueira e
amputações MMII;
- Pé diabético – medidas preventivas – Identificação precoce
dos pacientes em risco e tratamento multidisciplinar;
- Dano tecidual: neuropatia, doença vascular periférica, e a
infeccão.
Diabetes mellitus - Problema de saúde pública
Emília Chayamiti
Neuropatia diabética
Diminuição da circulação arterial
Redução da sensibilidade dolorosa e térmica nos membros.
A neuropatia é referida como formigamento, agulhadas, dor, queimação ou fraqueza nos membros.
- As dores aparecem principalmente quando se está em repouso.
Emília Chayamiti
Doença Vascular Periférica (DVP)
“Pé Diabético”
A hiperglicemia também pode acarretar endurecimento e estreitamento das artérias com diminuição do fluxo sanguíneo
para os MMII e causar perda de sensações e comprometer a biomecânica dos pés.
A atrofia muscular do pé causa transferência do peso corporal e a formação de calos reativos na superfície plantar, ocorrendo
deformidades, como dedos em garra ou pé de Charcot , juntamente com modificações no modo de andar.
“ pé diabético” às lesões dos pés de pacientes diabéticos que ocorrem em consequência de neuropatia, doença vascular
periférica e deformidades
Emília Chayamiti
Gera grandeimpacto social e econômico pela
incapacitação para o trabalho e gastoscom tratamento;
O tratamento visa o controle das
doenças de base, infecções e
curativos de suas lesões;
- A prevenção deve ser
estimulada face as complicações da
doença.
“Pé Diabético”
(Fonte: Internet)
Emília Chayamiti
Como identificar a tempo as alteraçõesMedidas preventivas
LEMBRE-SE: OS PÉS DEVEM SER AVALIADOS PELA EQUIPE DE SAÚDE PELO MENOS UMA VEZ AO ANO !
(Fonte: Internet)
Emília Chayamiti
Úlcera diabética
Um "simples" calo, uma
ferida, rachadura ou uma
frieira podem transformar-
se em um sério problema
para os diabéticos. Podem
causar: gangrena, risco de
amputação e até mesmo
de vida.
(Fonte: Internet)
Emília Chayamiti
Úlcera diabética
Estágio Agudo: História de trauma
leve no pé ou no tornozelo;
- O pé torna-se quente, avermelhado
e edemaciado com pulso forte.
- O pé quente com comprometimento
neurológico é tão perigoso quanto o
pé frio.
(Fonte: Internet)
Emília Chayamiti
Monofilamento Semmes-WeinsteinSensação de vibraçãoAvaliação da presença ou ausência da
sensibilidade protetora
monofilamento de 10g,
(5,07).
Diapasão com 128Hz. de frequência
Emília Chayamiti
Úlcera por pressão (UPP)
A UPP é um problema de Saúde Pública , gera altos gastos esofrimento para o paciente, familiares e para as instituições, domundo todo.
UPP é uma área localizada de morte celular, desenvolvidaquando um tecido mole é comprimido entre uma proeminênciaóssea e uma superfície dura, por um período prolongado detempo (BERGSTROM et al; 1994);
(RIBEIRÃO PRETO, 2013
Emília Chayamiti
Classificação:
4 estágios que refletem a profundidade da lesão tecidual.
Estágios I, II, III, IV.
Pressão no tecido
Diminuição ou bloqueio da circulação
Isquemia tecidual
Úlcera por pressão.
Mecanismo de formação:
Emília Chayamiti
Estágio l: A pele “intacta”- já apresenta alteração relacionada
à pressão, temperatura local (calor ou frio), consistência do
tecido (edema, endurecimento ou amolecimento), ou sensação de
coceira ou queimação.
Pessoas com pele clara - eritema que não embranquece após a
remoção da pressão, com pele escura- descoloração, manchas
roxas ou azuladas.
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Estágio ll: Perda da epiderme e/ou derme; a úlcera é
superficial, apresentando-se como abrasão, bolha ou cratera
rasa.
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Estágio lll: Perda da espessura total (epiderme, derme) da
pele e tecido subcutâneo, com ou sem necrose; a úlcera pode
apresentar-se como uma cratera profunda, embora não atinja a
fáscia muscular.
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Estágio lV: Destruição total da pele (epiderme, derme) e
subcutâneo, com dano muscular, ósseo ou de estruturas de apoio
(tendões, articulações, etc), com ou sem necrose.
No estágio III e IV - pode haver o aparecimento de cavernas,
túneis ou trajetos sinuosos.
Em qualquer dos casos, deve-se retirar o tecido necrótico antes de
se determinar o estágio da úlcera (GNEAUPP, 2000).
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Esta classificação é importante para:
• permitir a documentação e a comunicação entre os
profissionais dos resultados da avaliação das condições
da pele;
• nortear a decisão para o tratamento (CUDDIGAN;
FRANTZ, 1998).
Emília Chayamiti
Prevenção de Úlceras de PressãoA prevenção das UPP é uma prioridade no cuidado de
pacientes acamados, sendo imprescindível a avaliação
dos fatores de risco para seu desenvolvimento
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Escala de Braden
(Ayello 2007. http://www.hartfordign.org/publications/trythis)
Instrumento de avaliação geral do paciente, auxilia na escolha das
ações preventivas e curativas para as UPP.
Domínios: percepção sensorial,umidade, atividade,
mobilidade, nutrição, fricção e cisalhamento.
A somatória da pontuação nos 6 domínios pode variar de 6 a 23.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Escore de risco para UPP
• Risco muito elevado <= 9;
• Risco elevado =10-12;
• Risco moderado =13-14;
• Em risco =15 - 18;
• Sem risco =19 - 23
Emília Chayamiti
Sinais de desenvolvimento de UPP - hiperemia reativa, pontos de pressão e regiões de proeminências ósseas.
Umidade - incontinência urinária e perspiração,
A frequência da limpeza é individualizada
A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes, evitar a fricção, principalmente em proeminências ósseas em regiões com hiperemia.
Mobilidade deve ser avaliada, a frequência na mudança de decúbitos deve ser executada pelo cuidador a cada duas horas no mínimo, caso o paciente possua algum grau de dependência.
Avaliação da pele e medidas de prevençãoRecomendações
Fricção deve ser evitada, "levantar" ao invés de "arrastar". utilizar películas protetoras (curativos transparentes ou hidrocolóides extrafinos).
As intervenções de posicionamento são elaboradas para reduzir a pressão e a força de cisalhamento na pele.
Cabeceira da cama com angulação igual ou inferior a 30° para evitar pontos de pressão,
Utilizar o apoio de travesseiros entre os joelhos e para manter a lateralização do tronco, evitando o apoio direto no trocânter do fêmur.
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Nunca colocar apoio nos calcanhares (luvas de água ou almofadas) pode comprimir a circulação;
O alívio nos calcanhares- almofadas ou travesseiros debaixo das pernas nos nível das panturrilhas;
Quando sentado, não deve exceder a 2 h, pois a pressão nas tuberosidades isquiáticas é maior - almofada de espuma "caixa de ovo", gel;
Alívio da pressão levantando-se na cadeira, a cada 15 minutos;
Posicionamento correto em cadeiras, o alinhamento postural, a distribuição do peso, a estabilidade, bem como o apoio dos pés a 90° (feito com almofadas ou travesseiros em flocos, colocados na base dos artelhos).
Superfícies de apoio - camas e colchões adequados;
Não eliminam a necessidade do cuidado de Enfermagem
meticuloso.As almofadas de orifício no centro -contra-indicadas
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014) Emília Chayamiti
Tratamento cirúrgico de úlcera por pressão
A cirurgia não garante mudanças significativas no tratamento clínico do
problema (fator de risco). Necessidade de uma seleção adequada de
pacientes que irão ter benefício. Quanto mais profunda a úlcera, menos
provável que irá cicatrizar por segunda intenção. A cirurgia fecha a ferida
de forma mais rápida.
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014)
Emília Chayamiti
Terapias tópicas: Coberturas
ESCOLHA DA COBERTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Emília Chayamiti
ESCOLHA DA COBERTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Ferida Superficial
• Estágio?
• Exsudato?
• Tecido de granulação? Proteção
• Curativo transparente, gaze úmida com soro fisiológico, hidrocolóide , AGE
Controle do fator de risco
Ferida - Profunda ou estágio IV
pouco exsudato?
Manter condições para cicatrização:
gaze úmida com soro fisiológico, AGE, hidrogel e cobertura secundária
hidrocolóide - pasta, espuma de poliuretano
Ferida - Profunda ou estágio IV com
muito exsudato?
Absorção do exsudato
gaze seca, carvão ativado,
alginatos e cobertura
secundária
Identificar a causa do excesso de
exsudato
(aumento do processo
inflamatório? Infecção?)
CARACTERÍSTICAS DA FERIDA
(CALIRI, 2011 - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2014) Emília Chayamiti
Presença de necrose?
Avaliar: tipo de necrose, extensão,
tecido ao redor,
outros sinais sistêmicos
DESBRIDAMENTO
ESCOLHA DA COBERTURA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Emília Chayamiti
•Priorizar problemas e as metas do cuidado;
•Estabelecer metas a curto e longo prazo com paciente e cuidador;
•Avaliar recursos disponíveis;
•Explicar o plano de tratamento considerando o aspecto da úlcera/fase de cicatrização/recursos;
•Auxiliar o paciente a decidir as opções para facilitar a adesão ao plano.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO
Emília Chayamiti
•Escolha do curativo;
•Fazer o curativo e orientar o paciente/cuidador e os outros membros da equipe;
•Documentar.
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO
Emília Chayamiti
Tratar de feridas é muito mais do que
fazer um curativo...
( Fonte: CALIRI, 2014)
Emília Chayamiti
AVALIAÇÃO DO CUIDADO PRESTADO
Emília Chayamiti
Emília Chayamiti
• Avaliar os resultados a curto e longo prazo
• Diminuição das dimensões, do exsudato,
•Adesão ao tratamento e retornos para avaliação,
• Identifica percepções subjetivas do paciente e cuidador;
•Documentar a avaliação e tratamento;
•Comunicar ao paciente/cuidador/equipe os resultados da
avaliação;
•Reformulação do plano;
• Encaminhamentos se necessário Ref e Contra Ref.
AVALIAÇÃO DO CUIDADO PRESTADO
Emília Chayamiti
Pontos importantes:
NÃO TRATAR O PACIENTE COMO OBJETO:
•Fazendo só a tarefa, a obrigação;
•Estando sempre com pressa;
•Sendo rude, não dando importância às queixas;
•Não respondendo seus questionamentos;
•Mostrando-se distante;
•Ignorando suas necessidades.
AVALIAÇÃO DO CUIDADO PRESTADO
Emília Chayamiti
COBERTURAS PADRONIZADAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO
• AGE – Ácido Graxo Essencial- linimento;
• Calêndula;
• Vaselina sólida;
• Sulfadiazina de prata 1%;
• Papaína 2% e 6% - gel;
• Papaína 10%- creme;
• Creme Hidratante com uréia para os pés;
• Bota de Unna.
www.saude.ribeirãopreto.sp.gov.br
Emília Chayamiti
Fonte: Chayamiti
COBERTURAS PADRONIZADAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO
• Gaze úmida embebida em Soro Fisiológico;
• Carvão ativado com prata – 10x10 cm-placa;
• Carvão ativado e alginato – 10x10 cm-placa;
• Hidrogel com Alginato de Cálcio- tubo;
• Hidrogel sem Alginato de Cálcio- tubo;
• Alginato de Cálcio- fita;
• Hidrocolóide- placas 10x10 cm e 15x15 cm;
• Hidrocolóide Pasta- tubo;
• Espuma Hidrocelular- 10x10 cm –placa;
• Hidrofibra placa;
• Filme transparente adesivo- metro;
www.saude.ribeirãopreto.sp.gov.br
Emília Chayamiti
Fonte: Chayamiti
COBERTURAS PADRONIZADAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO
• Curativo com hidro fibra com prata – placa
• Película Protetora da pele – spray
• Creme Barreira
• Atadura de Bota de Unna.
Emília Chayamiti
Fonte: Chayamiti
FICHA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS COM FERIDAS
Emília Chayamiti
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM FERIDAS CRÔNICASCONSULTA DO ENFERMEIRO
Preencher ficha: Avaliação e Acompanhamento de Pessoas com FC:
• Identificar fat. sistêmicos e locais;
• Processo de cicatrização;
• Localização anatômica;
• Etiologia;
• Compro/to tecidual - estágios;
• Mensuração – área da FC( foto, réguas);
• Presença e características do exsudato;
• Características tecidual do leito da FC;
• Bordas;
• Profundidade;
• Edema e intensidade;
• Presença de dor;
• Sinais clínicos de infecção.
Pro
tocolo
SM
S-R
P
Emília Chayamiti
•Não utilizar antisséptico;
•Coberturas: oclusivas e interativas;
•Verificar: nutrição, repouso, imunização, condições
higiênicas,
• Aceitação do tratamento, registro de dados.
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM FERIDAS CRÔNICAS
CONSULTA DO ENFERMEIRO
Pro
tocolo
SM
S-R
P
Emília Chayamiti
INSTRUMENTO - TRATAMENTO TÓPICO DE TECIDOS
DANIFICADOS
(EXCETO QUEIMADURAS)
ESCOLHA DA TERAPIA DE ACORDO COM:
* A FASE DA FERIDA
* OS PRODUTOS DISPONÍVEIS
Protocolo SMS-RP
Emília Chayamiti
ESCALA DE BRADEN (Fonte: Barbara Braden & Nancy Bergstrom, 1988. Validada para o português por Paranhos & Santos,
1999)
Percepção
Sensorial
1. Completamente Limitado: Não responde a estimulo
doloroso (não geme, não se esquiva ou agarra-se),
devido à diminuição do nível de consciência ou
sedação, ou devido à limitação da habilidade de sentir
dor na maior parte da superfície corporal.
2. Muito Limitado: Responde somente a estímulos
dolorosos. Não consegue comunicar o desconforto a não ser
por gemidos ou inquietação, ou tem um problema sensorial
que limita a habilidade de sentir dor ou desconforto em mais
da metade do corpo.
3. Levemente limitado: Responde aos comandos
verbais, porém nem sempre consegue comunicar o
desconforto ou a necessidade de ser mudado de
posição. Ou tem algum problema sensorial que limita a
sua capacidade de sentir dor ou desconforto em uma ou
duas extremidades.
4. Nenhuma limitação: Responde aos
comandos verbais. Não tem problemas
sensoriais que poderiam limitar a
capacidade de sentir ou verbalizar dor ou
desconforto.
Umidade
1. Constantemente Úmida: A pele é mantida úmida/
molhada quase constantemente por suor, urina, etc... A
umidade é percebida cada vez que o paciente é
movimentado ou posicionado.
2. Muito Úmida: A pele está muitas vezes, mas nem sempre
úmida / molhada. A roupa de cama precisa ser trocada pelo
menos uma vez durante o plantão.
3. Ocasionalmente úmida: A pele está ocasionalmente
úmida / molhada, necessitando de uma troca de roupa
de cama uma vez por dia aproximadamente.
4. Raramente Úmida: A pele geralmente
está seca, a roupa de cama só é trocada
nos horários de rotina.
Atividade 1. Acamado: Mantém-se sempre no leito.
2. Restrito à cadeira: A habilidade de caminhar está
severamente limitada ou inexistente. Não agüenta o próprio
peso e/ou precisa ser ajudado para sentar-se na cadeira ou
cadeira de rodas.
3. Caminha ocasionalmente: Caminha ocasionalmente
durante o dia, porém por distâncias bem curtas, com ou
sem assistência. Passa a maior parte do tempo na cama
ou cadeira.
4. Caminha freqüentemente: Caminha
fora do quarto pelo menos duas vezes por
dia e dentro do quarto pelo menos a cada
duas horas durante as horas que está
acordado.
Mobilidade
1. Completamente imobilizado: Não faz nenhum
movimento do corpo por menor que seja ou das
extremidades sem ajuda.
2. Muito Limitado: Faz pequenas mudanças ocasionais na
posição do corpo ou das extremidades, no entanto é incapaz
de fazer mudanças freqüentes ou significantes sem ajuda.
3. Levemente Limitado: Faz mudanças freqüentes,
embora pequenas, na posição do corpo ou das
extremidades, sem ajuda.
4. Nenhuma limitação: Faz mudanças
grandes e freqüentes na posição sem
assistência.
Nutrição
1. Muito Pobre: Nunca come toda a refeição. É raro
quando come mais de 1/3 de qualquer comida
oferecida. Come 2 porções ou menos de proteína
(carne ou derivados de leite) por dia. Toma pouco
líquido. Não toma nenhum suplemento dietético
líquido. Está em jejum ou mantido em dieta com
líquidos claros ou hidratação EV por mais de 5 dias.
2. Provavelmente inadequado: Raramente faz uma refeição
completa e geralmente come somente metade de qualquer
alimento oferecido. A ingestão de proteína inclui somente 3
porções de carne ou de derivados de leite. De vez em quando
toma um suplemento alimentar. Ou recebe menos do que a
quantidade ideal de dieta líquida ou alimentação por sonda.
3. Adequado: Come mais da metade da maior parte das
refeições. Ingere um total de 4 porções de proteína
(carne, derivados do leite) por dia. Ocasionalmente
recusa uma refeição, mas, usualmente irá tomar um
suplemento dietético se oferecido. Ou está recebendo
dieta por sonda ou Nutrição Parenteral Total, que
provavelmente atende a maior parte das suas
necessidades nutricionais.
4. Excelente: Come a maior parte de cada
refeição. Nunca recusa a alimentação.
Come geralmente um total de 4 ou mais
porções de carne e derivados do leite. De
vez em quando come entre as refeições.
Não necessita de suplemento alimentar.
Fricção e
cisalhamento
1. Problema: Necessita assistência moderada ou
assistência máxima para mover-se. É impossível
levantar-se completamente sem esfregar-se contra os
lençóis. Escorrega freqüentemente na cama ou cadeira,
necessitando assistência máxima para freqüente
reposição do corpo. Espasmos, contrações ou agitação
levam a uma fricção quase constante.
2. Potencial para Problema: Movimenta-se livremente ou
necessita uma assistência mínima. Durante o movimento a
pele provavelmente esfrega-se em alguma extensão contra os
lençóis, cadeiras, ou restrições ou outros equipamentos. A
maior parte do tempo mantém relativamente uma boa
posição na cadeira ou na cama, porém de vez em quando
escorrega para baixo.
3. Nenhum Problema Aparente: Movimenta-se
independentemente na cama ou cadeira e tem força
muscular suficiente para levantar o corpo
completamente durante o movimento. Mantém o tempo
todo, uma boa posição na cama ou cadeira.
TOTAL DE PONTOS:
Emília Chayamiti
PLANILHA CONTROLE MENSAL- COBERTURAS PARA CURATIVO
UNIDADE: ______________________________________________MÊS:______________ANO:__________
PRODUTOS ESTOQUE
ANTERIOR
ENTRADA SAÍDA ESTOQUE
ATUAL
Nº PAC
SEGUIDOS
Nº CURATIVOS
REALIZADOS
QTE
SOLICITADA
QTE
AUTORIZADA
Carvão ativado e prata
10x10 - pl
Carvão Ativado e
alginato 10x10- pl
Fita Alginato cálcio e
sódio
Hidrocolóide 10x10 pl
Hidrocolóide 15x15 pl
Hidrocolóide pasta
Hidrogel com alginato
de cálcio tb
Filme transparente
adesivo
Espuma hidrocelular
A reposição destes materiais será autorizada pelo SAD mediante a avaliação deste relatório. A solicitação deverá ser encaminhada através das planilhas (relação de
pacientes e controle mensal).
Enfermeiro responsável: _____________________ Data ____/ ____/ ____.
PLANILHA CONTROLE MENSAL DE
CURATIVOS
Emília Chayamiti
RELAÇÃO DE PACIENTES EM TRATAMENTO DE FERIDAS
www.saude.ribeirãopreto.sp.gov.br Emília Chayamiti
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM FERIDAS CRÔNICAS (FC)– SMS-RP
Avaliação inicial (1)
Enfermeiro ou médico
Cadastro na unidade?
Com encaminhamento médico?
Prescrição da terapia tópica?
Primeira consulta (2)
Avaliação do paciente e FC
Cadastrar
Consulta Médica
Diagnóstico e tratamento
da doença de base
Curativo
Limpeza com solução fisiológica
Cobertura de acordo com o Protocolo FC (3)
sim
Retornos periódicos
na UBS
Tratamento na UBS
(equipe de enfermagem) Tratamento domiciliar
Cuidador e/ou SAD (4)
não
simnão evolução
Reavaliar
Protocolo FC (3)
sim
não
Referências • BERGSTROM, N. et al. Treatment of pressure ulcers clinical guideline. n.15, Rockville, MD: U.S. Department of Health
and Human Services, Public Health Service Agency for Health Care Policy and Research, Dec. 1994. Publication nº 95-
0652.
• BORGES, et al. Feridas: Como tratar. 2a. Ed. Belo Horizonte: Coopmed,2008.
• Bowker, J.H.; Pfeifer,M. A. (ed.) O pé diabético de Levin e O’Neal. Rio de Janeiro. Di-Livros Editora Ltda, 2001.
• CALIRI, M.H.L. Atualização das diretrizes no tratamento de úlceras – aula 2011.
• CALIRI, MHL. Feridas crônicas prevenção e tratamento. [Internet] UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Escola de Enfermagem deRibeirão Preto. Úlcera de pressão. Ribeirão Preto, 2001. Disponível em: http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera. Acesso2014.
• CHAYAMITI, EMPC; CALIRI, MHL. Protocolo clínico de regulação para manejo das feridas crônicas. In: Santos JS, coordenador.Protocolos clínicos e de regulação: acesso à rede de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.p. 1135-47.
• DEALEY, C. Cuidando de feridas: um guia para enfermeiras. Coordenação e revisão de Rúbia Aparecida Lacerda; traduçãoEliane Kanner. São Paulo: Atheneu, 2008.
• SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE. Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas Crônicas. Ribeirão Preto, 2013.
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Consenso Brasileiro de Conceitos e Condutas para o Diabetes Mellitus, 1997.
Muito obrigada!
Fonte: Chayamiti, 2008
Emília Chayamiti