Programa de Governo

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  • 2013 2016

    bh na cabea. bh no corao.

    programa de governob h s e g u e e m f r e n t e

    vice dlio malheiros

  • 2

  • programa de governo

  • ndice

    Mensagem do Candidato ____________________________ 04

    Introduo _______________________________________ 08

    Cidade Saudvel __________________________________ 16

    Educao ________________________________________ 32

    Cidade com Mobilidade ____________________________ 46

    Cidade Segura ____________________________________ 74

    Prosperidade _____________________________________ 86

    Modernidade ____________________________________ 108

    Cidade com Todas as Vilas Vivas ____________________ 126

    Cidade Compartilhada ____________________________ 136

    Cidade Sustentvel _______________________________ 150

    Cidade de Todos _________________________________ 180

    Cultura _________________________________________ 210

    Integrao Metropolitana __________________________ 224

  • 5meu compromisso para belo horizonte seguir em frente

    Venho apresentar populao de nossa cidade as propostas para que Belo Horizonte continue

    inovando e avance cada vez mais para o desenvolvimento sustentvel e inclusivo. Esta tem sido a marca

    de nossa gesto nos ltimos quatro anos. Seguirei enfrentando o desafio a que me propus desde que

    assumi a Prefeitura em 2009: ajudar a transformar Belo Horizonte em uma cidade de oportunidades,

    sustentvel e com mais qualidade de vida. Precisamos assegurar que, em parceria com a sociedade,

    tenhamos um crescimento acelerado e inclusivo, ambientalmente responsvel e com mais qualidade

    de vida para toda a populao. Cabe a ns, gestores pblicos, importantes responsabilidades e

    tarefas. Comprometo-me, junto com minha equipe, a trabalhar duro todos os dias do ano para que

    as pessoas, independentemente da regio, bairro ou rua que residem, tenham os melhores servios de

    sade, de educao, de segurana, de lazer e muitos outros. com grande satisfao, e consciente

    desta responsabilidade, que me coloco novamente disposio para continuarmos avanando rumo

    transformao que BH necessita. Esse meu compromisso!

    Buscaremos estruturar cada vez mais instituies saudveis e voltadas para o pblico, capazes

    de oferecer educao de qualidade para a populao, transportes pblicos eficientes e acessveis,

    servios de sade pblica de qualidade e segurana para todos os seus habitantes. Queremos uma

    metrpole que combine prosperidade econmica, bem-estar de sua populao e a responsabilidade com

    o meio ambiente.

    Em Belo Horizonte, j possumos um conjunto de fatores que facilitam bastante nossa tarefa,

    mas isso no diminui o trabalho a ser feito. A prtica consolidada de cooperao com o Governo

    Estadual e Federal; a trajetria de participao social com mecanismos cada vez mais eficazes; as

    finanas municipais em ordem; a equipe de trabalho competente e motivada; e um ambiente poltico,

    social e cultural propcio a uma conjugao de esforos na construo do futuro so conquistas que

    precisam ser valorizadas. Alm desses fatores, a qualidade das pessoas um ativo importante e no

    podemos deixar de assinalar que nossa cidade abenoada por sua gente, sua histria e suas tradies.

    Muito se avanou nos ltimos anos, mas sabemos que ainda temos muito a fazer. Na sade,

    temos que investir ainda mais na preveno, na qualidade e humanizao do atendimento, na eficincia

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    mais do que participar, o cidado de Belo Horizonte ser protagonista no desenvolvimento da

    cidade. Ampliaremos ainda mais os mecanismos de participao social e trabalharemos bastante

    com os jovens para que liderem e participem ativamente do desenvolvimento de longo prazo da

    nossa cidade.

    Continuaremos dando ateno especial ao processo de integrao metropolitana, pois essa

    dimenso imprescindvel para o futuro de Belo Horizonte. Alguns de nossos problemas s podem

    ser resolvidos juntamente com as cidades vizinhas. essencial que o desenvolvimento da cidade seja

    integrado, com solues compartilhadas, particularmente no transporte, no saneamento, na sade e na

    segurana.

    A superao desses desafios no simples e imediata, mas precisamos continuar avanando,

    com muito planejamento, investimento em gesto e, principalmente, ouvindo e dialogando com a

    populao. Isso tudo sem descuidar dos princpios constitucionais de tica, legalidade, impessoalidade,

    moralidade, publicidade e eficincia.

    Chegou a hora de darmos mais um passo para o futuro, com entusiasmo, seriedade,

    profissionalismo e trabalho.

    Nesta gesto no faltou determinao para alcanar os objetivos, humildade para aprender

    e energia para fazer as coisas acontecerem. Essas so caractersticas que cultivei em toda a minha

    trajetria profissional e so com esses princpios que trabalharei rumo a um novo e melhor futuro.

    Tenho muita motivao e amo muito Belo Horizonte.

    Obrigado pela confiana!

    Marcio Lacerda

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    dos diversos servios e na modernizao da infraestrutura disposio da populao. nosso

    compromisso cuidar da sade das pessoas e esse ser o nosso objetivo permanente nesta rea.

    Na educao avanamos muito, mas nossa meta ousada. Nosso desafio termos uma escola

    municipal comparada s melhores do mundo, que oferea educao de altssima qualidade para todos

    e que seja um espao vivo, que produza e dissemine conhecimentos e onde as nossas crianas tenham

    muita vontade de estar e aprender. Estou convicto que so nesses primeiros anos de cidadania que so

    estabelecidos os pilares e as oportunidades de vidas mais prsperas.

    Precisamos oferecer ainda mais proteo social e acesso seguro aos espaos pblicos.

    O direito de circular, se divertir e trabalhar de forma segura deve ser garantido a todos e temos clareza

    da responsabilidade que cabe ao municpio. A garantia de moradia digna e de viver bem tambm

    um imperativo para o desenvolvimento da cidade. Espaos urbanos bem cuidados e seguros so

    fundamentais para uma vida social mais harmnica e de qualidade.

    A mobilidade urbana ainda um problema srio e sabemos disso. O crescimento acelerado da

    frota de veculos, somado falta de planejamento no passado, s dificuldades e demora na obteno

    dos recursos financeiros para investimentos estruturais, no permitiu que avanssemos ainda mais.

    Vamos reduzir o tempo perdido em engarrafamentos e aumentar a oferta de um transporte pblico

    eficiente e mais confortvel para todos. BH tem hoje um planejamento com foco prioritrio para o

    transporte pblico, especialmente o nosso merecido metr, que agora sai do papel.

    Os investimentos na modernizao e desburocratizao dos servios para a populao e para

    as empresas sero intensificados. Acreditamos que s assim conseguiremos construir uma cidade de

    oportunidades e aumentaremos a vitalidade dos negcios, a inovao, o empreendedorismo, com a

    consequente gerao de mais empregos de qualidade e atrao de empresas dinmicas e inovadoras.

    Sempre priorizando o desenvolvimento urbano sustentvel, responsvel e com foco nas pessoas.

    As cidades mais desenvolvidas e agradveis do mundo tm como trao relevante a vitalidade

    cultural. Ela que define nossa identidade e nossa maneira de ser e temos que utilizar nossas tradies

    como instrumento para formao das pessoas, para incluso social e diverso. Uma cidade bonita,

    criativa, que vibra e irradia alegria.

    Estaremos cada vez mais conectados com o cidado e com o mundo. No nosso governo,

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  • 91. um belo horizonte:

    a cidade que queremos

    Os gestores pblicos e residentes das grandes ci-

    dades tm desafios que precisam ser enfrentados

    rapidamente e de forma inovadora. Em pouco

    mais de um sculo de existncia, Belo Horizonte

    vivenciou grandes mudanas. A cidade, nascida

    da ao poltica e balizada pela interveno do

    Estado, criada com a vocao de ser centro ad-

    ministrativo e de integrao regional, tornou-se

    uma das maiores e mais complexas metrpoles

    nacionais e atualmente exerce importante papel

    nas redes urbanas do Brasil e de Minas Gerais.

    Embora tenha se tornado uma metrpole de ele-

    vado dinamismo econmico, esse processo de

    progresso e crescimento acelerado foi tambm

    responsvel pela gerao de problemas nas re-

    as social e ambiental. Tivemos um crescimento

    demogrfico que se concentrou, predominante-

    mente, nos municpios do entorno metropolitano,

    o que gerou problemas e aumento das presses

    de demanda sobre os servios pblicos prestados

    na capital mineira, sobretudo nas reas de sa-

    de e transporte. Essa concentrao urbana criou

    alguns problemas, mas, por outro lado, permitiu

    uma maior proximidade de pessoas, necessria

    para maior interao e disseminao de conhe-

    cimento. Quanto mais interao houver maior

    ser o nmero de pessoas inteligentes se comu-

    nicando, gerando mais ideias que, por sua vez,

    possibilitam a criao de inovaes dentro da so-

    ciedade, fator decisivo no desenvolvimento eco-

    nmico das cidades mais avanadas do mundo1.

    No ano de 2009, o Prefeito Marcio Lacerda lide-

    rou um importante esforo de Planejamento de

    Longo Prazo para a cidade, chamado Belo Hori-

    zonte 2030. Nesse esforo, foram delineados ob-

    jetivos estratgicos de longo prazo e metas para

    a cidade at 2030, tendo em vista o alcance da

    seguinte viso de futuro:

    viso de futuro belo horizonte 2030:

    belo horizonte: cidade de oportunidades, sustentvel

    e com qualidade de vida

    A construo de uma Belo Horizonte PRSPE-

    RA E COM MAIS OPORTUNIDADES

    Atualmente, as grandes metrpoles que pros-

    peram tm seu dinamismo econmico associa-

    do a setores modernos e inovadores, intensivos

    em conhecimento: so importantes centros de

    tomada de deciso; configuram-se como mer-

    cados amplos, dinmicos e atraentes; possuem

    fora de trabalho qualificada e diversificada,

    coerente com as necessidades do mercado; e

    so ricas em oportunidades de trabalho. Por

    isso, so capazes de atrair e reter talentos e

    abrigam setores econmicos de valor agrega-

    do. A combinao de educao de alta quali-

    dade, profissionais qualificados e uma voca-

    o econmica bem delineada gera inovao e

    prosperidade.

    Belo Horizonte tem uma vocao natural para o

    desenvolvimento econmico associado tecno-

    logia, ao conhecimento, cultura, ao turismo e ao

    1 Centros Urbanos: A maior inveno da humanidade, Edward L. Glaeser, Campus, 2011.

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    Por isso, garantir uma cidade limpa, bonita e com

    vida consiste em um dos principais desafios de

    longo prazo para Belo Horizonte, o que ir exigir

    esforos direcionados ao fortalecimento da cida-

    dania e ao ordenamento urbano. Ademais, a ci-

    dade deve buscar a manuteno de um ambiente

    vibrante e alegre, com destaque para o incentivo

    a manifestaes culturais e a aes voltadas ao

    lazer, ao esporte e ao entretenimento.

    O desenvolvimento das pessoas ser o principal

    determinante para que a qualidade de vida se con-

    solide como uma das marcas de Belo Horizonte.

    Continuaremos trabalhando para que elas tenham

    um ambiente favorvel a suas atividades e, por

    isso, buscamos melhores indicadores de educa-

    o e sade. Adicionalmente, as pessoas tambm

    so diretamente influenciadas pela qualidade do

    ambiente no qual esto inseridas, o que confere

    papel estratgico quelas iniciativas empreendi-

    das nas reas de transportes, segurana pblica,

    habitao e tambm quelas voltadas reduo

    dos nveis de pobreza e desigualdade.

    No campo da segurana pblica, aes preven-

    tivas e melhoria do espao urbano, mediante

    aes integradas para o controle da violncia,

    da criminalidade e do combate s drogas, tm

    papel-chave para que a qualidade de vida seja

    assegurada na cidade. Soma-se a isso a impor-

    tncia de que a cidade persiga a reduo do seu

    dficit habitacional e a erradicao dos espaos

    de alta vulnerabilidade social e risco geolgi-

    co, por meio de polticas pblicas integradas e

    multissetoriais.

    2. trs princpios de gesto

    2.1 Trabalhar com e para as PESSOAS

    A histria brasileira caracterizada pela presena

    de movimentos sociais que, com o processo de

    democratizao, ganharam espao e se tornaram

    atores da cena poltica. Aqui desenvolvemos a

    experincia pioneira do oramento participativo,

    que, em 2013, completar 20 anos, tendo sido en-

    tregues mais de mil obras escolhidas pelos belo

    -horizontinos.

    Mas os novos tempos exigiram a introduo de

    inovaes e aprofundamento das formas de par-

    ticipao popular. O oramento participativo ga-

    nhou amplitude com a implantao de sua verso

    digital. Alm disso, criamos, em 2011, o Planeja-

    mento Participativo Regionalizado, visando dar

    um carter participativo tambm ao planejamento

    da cidade. Com esse programa, os belo-horizonti-

    nos tiveram, pela primeira vez, a possibilidade de

    propor solues de mdio prazo para a melhoria

    das sub-regies onde vivem. O resultado desse tra-

    balho subsidia o planejamento setorial das secreta-

    rias, contribuindo para a deciso das iniciativas a

    serem priorizadas no OP, alm de favorecer a inte-

    grao das diversas polticas pblicas no territrio.

    Sob essa nova tica, a participao popular no

    processo de definio e execuo de polticas p-

    blicas comea a ir alm da escolha das iniciativas

    mais importantes para a cidade e passa a incorpo-

    rar tambm o debate com os gestores pblicos e

    a discusso com a sociedade sobre os caminhos

    que a Prefeitura deve seguir.

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    meio ambiente. Isso confere papel importante

    construo de um ambiente econmico receptivo

    e desburocratizado, propcio ao desenvolvimento

    desses negcios. Tambm permite a ampliao da

    capacidade influenciadora da cidade nos espaos

    geoeconmicos em que atua, inserindo-se estra-

    tegicamente nos setores mais dinmicos existen-

    tes nas suas regies de influncia. O aumento da

    capacidade de inovao e de prestao de servi-

    os de valor agregado constituem-se os principais

    vetores de insero de BH nas redes de negcios

    locais e internacionais.

    A reteno e atrao de talentos para a capital

    mineira tem papel igualmente importante. Assim,

    iremos priorizar aes que estimulem os fatores

    de identificao da populao com a cidade, em

    especial aquelas associadas promoo da sua

    vitalidade cultural, artstica e cientfica.

    A construo de uma Belo Horizonte SUSTEN-

    TVEL

    A sustentabilidade no se restringe somente aos

    cuidados com o meio ambiente ou a natureza,

    mas tem que envolver a preservao dos valores

    histricos da cidade, a cultura, o respeito aos di-

    reitos individuais e coletivos; o convvio entre as

    pessoas; e, claro, a utilizao racional e a preser-

    vao dos recursos naturais.

    Como principais desafios nesse sentido, busca-

    remos a melhoria da qualidade dos recursos h-

    dricos e a busca pela eficincia energtica, mas

    tambm iremos atrair e reter nossos melhores

    talentos, consolidando um ambiente propcio

    ao convvio social. Ampliaremos a participao

    popular nas decises estratgicas da cidade, ino-

    vando e distinguindo Belo Horizonte como a ci-

    dade da gesto pblica participativa, com forte

    consenso e coeso social em torno do projeto de

    futuro desejado e da boa qualidade das nossas

    instituies e polticas pblicas.

    Temos que nos conceber como uma metrpole

    que engloba, alm da Capital, os demais 33 mu-

    nicpios que integram a Regio Metropolitana.

    Isso exige um amplo esforo de promoo da

    concentrao poltica entre os municpios da re-

    gio metropolitana.

    Nesse contexto, so atributos desejveis: gover-

    nana pblico-privada e participativa; participa-

    o ativa de entes privados por meio de parcerias

    e novas institucionalidades; protagonismo dis-

    tribudo e baixo grau de dependncia aos curtos

    ciclos polticos.

    A construo de uma Belo Horizonte COM

    MAIS QUALIDADE DE VIDA

    Nosso objetivo buscar mais qualidade de vida

    para a populao, de forma tal que a melhoria

    do ambiente econmico seja harmonizada com a

    busca e manuteno do bem-estar social na ca-

    pital mineira. De fato, a atratividade aos inves-

    timentos no est condicionada apenas a fatores

    institucionais relacionados qualidade do am-

    biente de negcios e competitividade da eco-

    nomia. As decises de investimento tambm so

    influenciadas pela capacidade do ambiente urba-

    no em atrair e reter pessoas.

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    social, de infraestrutura e sade, como as que

    ocorrem, por exemplo, na implantao de obras

    de mobilidade, a operao de centros de refern-

    cia em assistncia social e os festivais de cultura.

    Acreditamos, ainda, que a participao do se-

    tor privado crucial para o desenvolvimento de

    uma cidade prspera. Sabemos que nem tudo

    delegvel, mas fundamental avanarmos nes-

    sas parcerias para viabilizao dos projetos e,

    principalmente, naqueles que tenham impacto

    na melhoria da qualidade dos servios presta-

    dos populao.

    Tambm necessrio aprofundar as parcerias e

    a cooperao com as organizaes sociais, para

    o maior envolvimento das pessoas e comunida-

    des com projetos sociais e de desenvolvimento

    no municpio.

    3. a materializao do futuro

    Acreditamos fortemente que o futuro pode ser

    construdo. E o planejamento rigoroso, a gesto

    e a participao social so as ferramentas da so-

    ciedade e dos agentes pblicos e privados para

    faz-lo acontecer.

    A acelerao das mudanas de toda ordem uma

    das principais caractersticas dos tempos que

    hoje vivemos. Trata-se de um processo dinmico,

    complexo e sujeito a muitas incertezas, resulta-

    do de interaes entre protagonistas econmicos,

    polticos e sociais. Na dupla condio de agen-

    tes e pacientes desse processo, os protagonistas

    agem sobre a realidade e tm condies de faz

    -la evoluir na direo de um futuro que desejam

    construir apenas quando tm um projeto compar-

    tilhado nesse sentido. Entretanto, uma ao efe-

    tiva para orientar o curso da realidade rumo ao

    futuro desejado ser tanto mais eficaz quanto me-

    nos improvisada for. Por isso, planejar o futuro

    de Belo Horizonte fundamental, mesmo diante

    de todas as incertezas inerentes a ele.

    necessrio e oportuno mencionar dois importan-

    tes aspectos relativos materializao do futuro que

    desejamos para BH. O primeiro refere-se ao seu pe-

    rodo de implantao. Deve-se ter em mente que a

    efetiva concretizao de muitas das transformaes

    tem elevado prazo de maturao que, por sua vez,

    transcender aos mandatos governamentais em to-

    das as esferas do Poder Pblico. A materializao

    da viso de futuro descrita no Planejamento Rstra-

    tgico BH 2030 exigir, portanto, forte consenso e

    coeso social em torno do projeto de futuro deseja-

    do e da boa qualidade das instituies e polticas p-

    blicas ao longo de todo o perodo de planejamento.

    O segundo diz respeito responsabilidade pela

    implantao das aes. A sua efetiva concretiza-

    o, que tambm da Prefeitura, no depender

    apenas dos esforos do Poder Pblico. Exigir a

    formao de uma grande aliana pelo desenvol-

    vimento da cidade, reunindo esforos no apenas

    da Unio, do Estado e do Municpio, mas tam-

    bm do setor empresarial e dos setores da socie-

    dade civil de Belo Horizonte.

    Nesse processo de construo de uma BH de

    oportunidades, sustentvel e com qualidade de

    vida, desafio imediato da Prefeitura no somen-

    te envolver os principais atores da sociedade de

    Belo Horizonte, mas tambm contagiar a admi-

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    Na gesto Marcio Lacerda, mais do que so-

    mente participar, o cidado ser protagonista

    do desenvolvimento e ser convidado a colabo-

    rar efetivamente para a melhoria dos servios

    da Prefeitura e a construo das polticas p-

    blicas. Para isso, avanaremos ainda mais nos

    instrumentos e mecanismos de colaborao de

    modo a permitir a ampla participao do cida-

    do, levando em consideraco a pluralidade de

    vises de mundo sem fazer distino de raa,

    classe social e gnero.

    2.2 Trabalhar com planejamento e VISO

    DE LONGO PRAZO

    As ltimas dcadas mostram claramente um

    vo entre a estratgia governamental explici-

    tada nos instrumentos de planejamento, no-

    tadamente o Programa de Governo elaborado

    quando da campanha eleitoral, e os resultados

    das polticas pblicas executadas durante o

    mandato do Executivo. O planejamento gover-

    namental com olhar para o longo prazo um

    dos principais processos que sofrem com os re-

    flexos onerosos desse desalinhamento.

    O modelo de gesto adotado na PBH, a partir

    de 2009, buscou romper essa lgica e implantar

    um governo focado nos resultados, tendo como

    baluarte o aumento da capacidade de investir, a

    adoo da capacidade de pensar e agir com viso

    de longo prazo e a traduo das intenes em um

    conjunto de projetos sustentadores, contendo as

    aes prioritrias e o foco estratgico da atuao

    municipal. Tudo isso, sempre baseado nas aes

    prometidas no Programa de Governo.

    Em nossa gesto, os planos deixaram de ser irre-

    alistas ou fictcios, sendo respeitados e dando ao

    Executivo um fundamental instrumento de pol-

    ticas pblicas. Avanar ainda mais nesse modelo

    de gesto, que atende ao princpio da eficincia

    na gesto dos recursos pblicos, com foco per-

    manente nos resultados e no atendimento s de-

    mandas da sociedade, o compromisso de Mar-

    cio Lacerda para materializar as propostas que

    integram este Programa de Governo.

    2.3 Trabalhar com PARCERIAS

    A capacidade de investimentos da Prefeitura

    finita e, para superar esse limite, imprescind-

    vel estabelecer e ampliar as parcerias estratgicas

    para financiar parte das aes do municpio.

    Os ltimos anos consolidaram a participao do

    Governo Federal como parceiro na efetivao das

    polticas pblicas da Prefeitura de Belo Horizon-

    te, sobretudo, nos projetos de infraestrutura. Essa

    parceria tem sido efetivada cada vez menos pe-

    las transferncias voluntrias do Oramento Ge-

    ral da Unio e mais por financiamentos junto ao

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico

    e Social (BNDES) e Caixa Econmica Federal

    (CEF). Nesse sentido, h que se destacar aqueles

    realizados para as reas de habitao e mobilida-

    de, de maneira integrada com os programas fede-

    rais Minha Casa, Minha Vida e PAC Copa.

    A parceria com o Governo Estadual tambm se-

    guiu a mesma lgica que prevaleceu nos lti-

    mos anos de alinhamento e ampliao das po-

    lticas estaduais e municipais, criando condies

    favorveis para realizao das aes nas reas

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    nistrao pblica desse sentimento positivo de

    confiana, para que as aes se concretizem em

    benefcios efetivos para a sociedade.

    Para a concretizao dos desafios descritos neste

    Programa de Governo ser necessria a articu-

    lao dos principais instrumentos de gesto da

    administrao municipal, conforme a Figura 1.

    Figura 1Articulao dos Instrumentos de Gesto

    2013 2016 2030

    Plano Estratgico de Longo Prazo BH 2030

    ProjetosSustentadores

    Plano de Governo BH Segue em frente PPAG Plano Plurianual de Governo

    Oramento Anual

    Foi imbudo dessa ideia que construmos este

    Programa de Governo, como um efetivo instru-

    mento de gesto e no como um documento de

    intenes. O Programa de Governo contm um

    olhar para o futuro e o desdobramento desse fu-

    turo em propostas concretas para continuarmos

    avanando nos prximos quatro anos.

    COMO LER NOSSO PLANO

    As propostas esto organizadas em 12 reas te-

    mticas nos prximos captulos, com a seguinte

    estrutura em cada uma:

    1. A cidade que queremos em 2030: destaca

    os indicadores e metas de longo prazo que

    propomos para a cidade, em cada rea de

    atuao.

    2. O que foi e o que est sendo feito: con-

    tm os principais resultados alcanados, as

    realizaes e entregas que foram feitas em

    cada rea temtica, nos ltimos anos.

    3. Desafios de mdio prazo: indica os prin-

    cipais problemas e desafios estruturais que

    precisam ser enfrentados nos prximos

    anos para que as metas de longo prazo se-

    jam alcanadas.

    4. Propostas para os prximos quatro anos:

    apresenta o conjunto de aes que nos com-

    prometemos a realizar nos prximos quatro

    anos de gesto.

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    cidade saudvelQualidade no atendimento

    e cuidado com as pessoas

    a cidade que queremos em 2030

    Uma cidade mais saudvel depende diretamente

    da evoluo constante da qualidade dos servios

    ofertados populao na assistncia sade. A

    sade da populao depende tambm da qualida-

    de de vida: saneamento bsico, habitao, espor-

    te e lazer, qualidade do ar, transporte, segurana,

    emprego e educao, como tambm o desenvol-

    vimento de uma cultura de paz e no violncia e

    reduo da mortalidade no trnsito.

    Para alcanar o futuro que almejamos, foi de-

    finido no Planejamento Estratgico BH 2030,

    elaborado e discutido com a cidade, diretrizes

    estratgias para assegurar o acesso a servios de

    qualidade na sade, racionalizando e integrando

    as redes de servios em todo o territrio metropo-

    litano, enfatizando a ateno primria.

    O acesso aos servios de qualidade na sade combi-

    nado com a melhoria da qualidade de vida propicia-

    r uma cidade cada vez mais saudvel.

    Como desafios at 2030 para a obteno de uma

    cidade mais saudvel, esto a reduo da morta-

    lidade infantil de 11,5 (SMSA/BH, 2010) para

    menos de 6 por mil nascidos vivos; a reduo do

    percentual de internaes por condies sens-

    veis ateno bsica, dos atuais 18,5% (SIH/MS,

    2010) para 5,6%; a reduo do nmero de bitos

    de mulheres por complicaes decorrentes da ges-

    tao de 67,9 (SMSA/BH, 2010) para 22,9 por 100

    mil nascidos vivos; e a reduo da taxa de inter-

    nao por fratura no fmur por 10 mil idosos, de

    16,55 (SIH/MS) para 7,6. Isso tudo visando con-

    tribuir para a melhoria da qualidade de vida dos

    belo-horizontinos, medida por meio do ndice de

    Desenvolvimento Humano (IDH), cuja a meta

    elevar de 0,882 (PNAD/FJP, 2009) para 0,970, e

    por meio do ndice de Qualidade de Vida Urba-

    na (IQVU), cuja a meta elevar de 0,617 (SMPL/

    PBH, 2010) para 0,700 em 2030.

    o que foi e o que est

    sendo feito

    Nos ltimos anos, observou-se um grande avan-

    o na superao de questes crticas enfrentadas

    pelo sistema de sade em Belo Horizonte.

    de 2009 a 2012, foram

    ativados 800 leitos na rede

    conveniada do sus-bh

    O relatrio Anurio Multicidades, elaborado

    pela Frente Nacional de Prefeitos, mostra que,

    em 2010, Belo Horizonte foi a capital brasileira

    com o maior valor de investimento per capita

    em sade. Alm disso, BH apresentou o melhor

    ndice de Desempenho do Sistema nico de Sa-

    de (IDSUS), dentre as cidades brasileiras com

    populao superior a dois milhes de habitantes,

    segundo ltimo levantamento feito pelo Minist-

    rio da Sade. Vrias aes desenvolvidas desde

    2009 tm contribudo para esses resultados.

    Destacamos a evoluo do modelo de gesto ado-

    tado no mbito da Secretaria Municipal de Sa-

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    deles chegaram a criar um terceiro turno de funcio-

    namento do bloco cirrgico e passaram a realizar

    procedimentos tambm aos finais de semana.

    Com relao aos leitos hospitalares, no perodo

    de 2009 a julho de 2012, o governo de Marcio

    Lacerda recuperou hospitais que estavam sendo

    fechados e, remunerando melhor os hospitais

    conveniados, criou mais de 800 leitos na rede

    conveniada SUS-BH o equivalente constru-

    o de trs grandes hospitais , o que resultou na

    reduo do tempo de espera dos usurios.

    Tambm com vistas melhoria do atendimento

    hospitalar em BH, a Prefeitura est construin-

    do, em parceria com o Governo Estadual, um

    novo hospital no Barreiro, que ter 400 leitos

    de internao, pronto-socorro e CTI, 12 salas

    de cirurgia e atendimento 100% SUS. O Hos-

    pital Metropolitano Dr. Clio de Castro pos-

    sibilitar o reposicionamento da rede de urgn-

    cia da cidade, permitindo o acesso aos servios

    de sade para uma maior parcela da populao

    belo-horizontina, com um atendimento dirio

    mdio de 500 pacientes. A construo foi ini-

    ciada em 2010. Em 2011, a empresa constru-

    tora abandonou a obra por motivos alheios

    Prefeitura. Marcio Lacerda realizou uma nova

    licitao. As obras so rigorosamente fiscaliza-

    das pela Prefeitura e cumprem risca o cro-

    nograma que prev sua concluso ao final de

    2013 e o pleno funcionamento em 2014.

    Alm disso, j se encontram em operao na ci-

    dade oito Unidades de Pronto-Atendimento

    (UPA), 18 Unidades de Suporte Bsico (USB) e

    seis Unidades de Suporte Avanado (USA). Est

    prevista a construo de mais sete UPAs na cida-

    de, das quais trs sero novas unidades e quatro

    em substituio as j existentes. Com essas no-

    vas construes, teremos 11 UPAs em BH, sendo

    duas na Regional Norte, duas na Regional Noro-

    este e uma em cada uma das demais Regionais.

    Com relao s consultas especializadas, em 2012,

    at junho, 58,3% dos agendamentos ocorreram em

    at 30 dias. Ao todo, so marcadas consultas para

    cerca de 45 especialidades diferentes, sempre com

    encaminhamento do mdico do centro de sade. A

    introduo de ferramentas gerenciais mais eficien-

    tes permitiu o controle da totalidade das cerca de

    um milho de consultas especializadas anuais rea-

    lizadas pelo municpio. Entretanto, reconhecemos

    que o tempo de espera mdio para consultas espe-

    cializadas precisa ser reduzido ainda mais.

    No perodo de 2009 a 2012 foram implantados

    trs novos Centros de Especialidades Mdicas

    (CEM) nas Regionais Oeste, Noroeste e Venda

    Nova, e reformadas duas Unidades de Refern-

    cia Secundria (URS), a Campos Sales na Regio-

    nal Oeste e a Policlnica Centro-Sul, destinadas ao

    atendimento de consultas mdicas e exames espe-

    cializados dos usurios acompanhados nos centros

    de sade da capital. Tambm foi inaugurado o

    Centro Mais Vida, que oferece consultas espe-

    cializadas e exames de mdia e alta complexidade

    para idosos, com o objetivo de promover maior re-

    solutividade na assistncia para esse segmento da

    populao. Desde sua inaugurao, em setembro

    de 2010, j foram atendidos mais de 13 mil idosos.

    Diversas aes foram realizadas visando redu-

    o das taxas de mortalidade e de infeco hospi-

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    de, a partir de 2009, com a introduo de novas

    ferramentas gerenciais e a contratualizao inter-

    na das metas e resultados das unidades de sade,

    coerente com o modelo de gesto adotado na ges-

    to de Marcio Lacerda.

    Vale ressaltar ainda os investimentos realizados

    para a ampliao do nmero de leitos hospita-

    lares, para a qualificao dos profissionais de

    sade, para a expressiva expanso do nmero de

    Equipes de Sade da Famlia e de equipes multi-

    profissionais, bem como para a reforma, constru-

    o ou ampliao de centros de sade e a grande

    ampliao do nmero de academias da cidade.

    A opo pelo fortalecimento da Ateno Prim-

    ria e sua consolidao como eixo estruturante do

    sistema de sade da cidade resultou em uma rede

    mais integrada e resolutiva, contribuindo signi-

    ficativamente para melhoras nos indicadores da

    rea. A taxa de mortalidade infantil, um dos

    principais indicadores de sade, registrou queda

    consistente nos ltimos anos, passando de 11,7

    por mil nascidos vivos, em 2008, para 10,8 por

    mil nascidos vivos em 2011.

    A Secretaria Municipal de Sade (SMSA) cons-

    truiu de forma participativa, em 2009, o Plano

    Macroestratgico, que envolveu trabalhadores,

    usurios e gestores da sade, buscando o aprimo-

    ramento da Rede de Ateno do SUS-BH. Para

    validao de todo esse processo, foi organizada

    a X Conferncia Municipal de Sade, em de-

    zembro de 2009. O Plano Macroestratgico foi

    fundamental para definir as diretrizes e iniciati-

    vas prioritrias para prover aos cidados do mu-

    nicpio um SUS mais equnime, eficiente e com

    qualidade.

    Atendimento HospitAlAr e especiAlizAdo

    O atendimento hospitalar em Belo Horizonte teve

    grandes avanos. As aes conduzidas pela Pre-

    feitura, nos ltimos anos, ampliaram e otimiza-

    ram a rede de ateno hospitalar e de urgncia

    assegurando o acesso, o atendimento eficiente e

    humanizado e a reduo da fila de espera por

    cirurgias eletivas para os usurios do SUS-BH.

    a fila de espera para a

    realizao de cirurgias

    eletivas foi reduzida

    de 60 mil para menos de

    15 mil no perodo de

    2009 a julho de 2012

    A fila de espera para a realizao de cirurgias ele-

    tivas, que era de 60 mil pessoas, foi reduzida, at

    julho de 2012, para menos de 15 mil. Foram reali-

    zadas mais de 150 mil cirurgias de 2009 at julho

    de 2012, atendendo tambm demanda que cresce,

    a uma mdia de 2.800 pacientes por ms. Isso foi

    possvel graas poltica de incremento dos valo-

    res pagos aos mdicos e hospitais conveniados ao

    SUS-BH, por meio da qual a Prefeitura passou a

    pagar, com recursos prprios, um valor adicional ao

    definido e repassado pelo Sistema nico de Sade.

    A Prefeitura j repassa, por procedimento mdico,

    o mesmo valor pago pela maioria dos Planos de

    Sade, correspondente a 70% da Classificao Bra-

    sileira Hierarquizada de Procedimentos Mdicos

    (CBHPM). Para receber os incentivos, os hospitais

    tiveram que aumentar a capacidade de atendimen-

    to, de modo a ampliar a oferta de cirurgias. Alguns

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    namento, j em 2009, e com 10 novas equipes

    em processo de implantao no incio do segundo

    semestre de 2012. Os Ncleos de Apoio Sade

    da Famlia so constitudos de profissionais de

    vrias categorias, como farmacuticos, nutricio-

    nistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,

    psiclogos, assistentes sociais, educadores fsi-

    cos e fonoaudilogos, que do apoio s ESF na

    assistncia sade da populao, realizando, em

    2011, mais de 120 mil atendimentos.

    Na Ateno Primria Sade tm destaque ainda

    os investimentos em Sade Bucal. As equipes de

    Sade Bucal foram ampliadas de 195, em 2008,

    para 307 at julho de 2012. Isso possibilitou o

    aumento crescente do nmero de tratamentos

    odontolgicos completados anualmente, que pas-

    sou de 64.528 tratamentos completados em 2008,

    para 95.269 em 2011. As prteses dentrias j so

    ofertadas em 144 centros de sade prtica in-

    dita no SUS-BH tendo alcanado um expres-

    sivo aumento desde o incio dessa atividade, em

    meados de 2010.

    Na busca pela melhoria da qualidade e humaniza-

    o do atendimento em sade na cidade, teve in-

    cio, em 2009, o Programa Posso Ajudar? Ami-

    gos da Sade, cujo funcionamento foi estendido

    para 166 Unidades de Sade do municpio. O

    Programa vem se revelando uma experincia ex-

    tremamente bem-sucedida, tanto para o cidado,

    que passou a ser mais bem atendido e acolhido

    nos centros, fato constatado nos altos ndices de

    satisfao registrados nas pesquisas, como para

    o prprio estagirio encarregado do acolhimento,

    o qual recebe incentivos para a continuidade dos

    estudos na rea da sade. Em 2011, o programa

    envolveu 714 estagirios da rea da sade.

    O transporte em sade oferecido pela PBH atende

    usurios para atendimentos eletivos e usurios que

    entram na rota intrarrede (UPAs, hospitais e cen-

    tros de sade). Em 2012, at julho, haviam sido

    disponibilizados mais de 289 mil assentos, graas

    ao aumento do nmero de veculos destinados a

    este fim, de 44, em 2008, para 68 em 2012.

    O Programa Sade na Escola busca garantir a

    avaliao anual do estado de sade de todos os es-

    tudantes da rede municipal. Todas as Escolas Mu-

    nicipais esto inseridas no Programa. De 2009 at

    junho de 2012, 181.461 estudantes foram atendi-

    dos, 44.293 s em 2012. Em 2008, 9 escolas, uma

    em cada regional, participavam do Programa em

    carter experimental, atendendo a cerca de 3,3 mil

    alunos. A partir de 2009, o programa foi expandido

    e, hoje, alcana todas as escolas.

    As aes voltadas a Ateno Mulher e

    Criana contriburam para a reduo, de 2008

    a 2011, da razo de morte materna, por 100 mil

    nascidos vivos, de 54,8 para 43,2. A Materni-

    dade Municipal de Venda Nova j est com a

    licitao em processo de finalizao e tem pre-

    viso de incio de obras ainda para o segundo

    semestre de 2012.

    Gesto e reGionAlizAo dA sAde

    Vale ressaltar tambm as aes que buscam sanar

    as desigualdades locais das aes de sade no mu-

    nicpio de Belo Horizonte, nesses ltimos anos,

    visando equalizar a oferta de servios mediante a

    adoo de novo modelo de gesto com foco nas

    demandas e necessidades de cada territrio. Foram

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    talar. Entre elas, a criao, em 2009, do Comit

    de Mortalidade Hospitalar e do grupo de traba-

    lho para implementao e acompanhamento do

    Projeto de Reduo da Mortalidade e Infec-

    o Hospitalar nas unidades do SUS; a realiza-

    o, em 2010, de seis avaliaes do projeto nos

    hospitais do SUS/BH e a implantao, tambm

    em 2010, de Planos de Aes em 30 hospitais do

    SUS, com indicadores de qualidade.

    Desde 2010, a Visita Aberta permite a disponibi-

    lizao de um mnimo de quatro horas de visita e

    o direito de acompanhante para o paciente em 31

    hospitais da rede SUS-BH.

    Conforme compromisso firmado no Programa de

    Governo 2008, o Programa de Ateno Domici-

    liar (PAD) e Programa de Internao Domiciliar

    (PID) foram ampliados para 22 equipes PAD/PID

    de oito horas, o que resultou na expanso do nme-

    ro de pessoas em tratamento domiciliar, passando

    de 1.100, em 2008, para 4.907 em julho de 2012.

    Das 22 equipes existentes, nove so compostas por

    mdico, auxiliar de enfermagem e enfermeiro. As

    outras 13 so equipes especiais de enfermeiro e tc-

    nico, vinculadas s primeiras, visando potencializar

    a ateno e internao domiciliar.

    sAde dA FAmliA

    O Programa de Sade da Famlia (PSF) representa

    a principal estratgia da Prefeitura para a opera-

    cionalizao da Ateno Primria Sade (APS)

    no SUS-BH. Seu intuito aumentar a qualidade

    dos servios da APS prestados populao, in-

    tensificando e expandindo as aes de assistncia,

    promoo da sade e preveno de agravos, vigi-

    lncia sade, tratamento e reabilitao.

    belo horizonte lidera a

    lista das cidades com maior

    cobertura do psf no brasil

    As Equipes de Sade da Famlia (ESF) so com-

    postas por um mdico, um enfermeiro, dois auxi-

    liares de enfermagem e de quatro a seis Agentes

    Comunitrios de Sade.

    Cerca de 2,5 mil Agentes Comunitrios de Sa-

    de (ACS) integram as ESF e visitam as famlias

    regularmente.

    Atualmente, o PSF tem a cobertura de 82%

    da populao de Belo Horizonte, garantindo a

    primeira colocao no ranking das cidades com

    maior cobertura do programa no Brasil1. Em re-

    as de vulnerabilidade social, a cobertura do PSF

    chega a 100%.

    Esse resultado pode ser atribudo implantao,

    a partir de 2009, de mais 67 Equipes de Sade da

    Famlia, das quais duas encontram-se em fase de

    implantao, totalizando 580 equipes. Desde 2009

    foram construdos nove novas sedes para centros

    de sade, dos quais trs no Barreiro, dois na regio

    Centro-Sul e um em cada uma das regionais Nor-

    deste, Noroeste, Norte e Oeste. At julho de 2012,

    outros 25 centros de sade haviam recebido obras

    de melhoria. Em agosto de 2012, oito centros esta-

    vam com obras em andamento.

    A Rede de Ateno Primria Sade foi amplia-

    da tambm por meio do aumento no nmero de

    Ncleos de Apoio Sade da Famlia (NASF),

    que passou de 35, em 2008, para 48 em funcio-

    1 Fonte: Ministrio da Sade (http://portal.saude.gov.br/).

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    mento da populao, e um maior adoecimento

    por doenas crnicas, alm de uma transio nu-

    tricional em virtude do aumento significativo da

    obesidade. As aes de Promoo da Sade que

    incentivam a atividade fsica e adoo de hbitos

    de vida saudveis, como as Academias da Cida-

    de e Lian Gong (ginstica chinesa) contribuem

    para o bem-estar dos cidados e para maior qua-

    lidade de vida dos usurios.

    a capital j conta com

    51 unidades de academias da

    cidade, com 156 profissionais

    trabalhando para a

    preveno de riscos sade

    da populao e melhoria da

    qualidade de vida

    O programa Academias da Cidade j conta com 51

    unidades em funcionamento, sendo 43 implantadas

    no perodo 2009-2012, abrangendo todas as nove

    regionais da cidade, onde trabalham 156 profissio-

    nais de Educao Fsica. De 2008 a 2012, o nmero

    de usurios do programa aumentou mais de 28 ve-

    zes, saltando de 812 para 23.187 inscritos.

    O Projeto Lian Gong, modalidade de ginstica

    chinesa que desenvolve a vitalidade, combate o

    estresse e previne vrias doenas associadas ao

    envelhecimento, j foi implantado em 167 unida-

    des de sade, com 10 mil inscritos, dos quais 85%

    afirmaram ter diminudo ou interrompido o uso de

    medicamentos2 aps o incio das atividades.

    Alm disso, o tabagismo considerado, pela

    Organizao Mundial de Sade, como a maior

    causa evitvel de doena e morte no mundo. Cer-

    ca de 80% dos fumantes querem parar de fumar,

    mas somente 3% conseguem a cada ano, sem aju-

    da profissional. Atualmente, 33 centros de sa-

    de em Belo Horizonte j ofertam tratamento

    para o tabagismo.

    E a oferta de mais atividades e espaos pblicos

    para o esporte e o lazer vem contribuindo para a

    promoo da qualidade de vida.

    polticA sobre droGAs

    A cidade iniciou, na gesto Marcio Lacerda uma

    ao de vanguarda no que tange s polticas sobre

    drogas, com iniciativas sociais e de sade que bus-

    cam ampliar a preveno, a rede de atendimento

    da sade para usurios de lcool e drogas e ofertar

    um atendimento mais prximo e humanizado.

    a partir de 2009, foram

    implantados quatro

    consultrios de rua para

    acolhimento aos usurios

    de drogas na cidade

    Dentre as medidas adotadas, destaca-se a rees-

    truturao do Conselho Municipal de Polticas

    sobre Drogas, que prev a equiparao da par-

    ticipao da sociedade civil e ampliao de suas

    funes de elaborao e avaliao de polticas so-

    bre drogas no Municpio. O Centro de Referncia

    de Sade Mental - lcool e Drogas (CERSAM

    AD/CAPS AD) do Barreiro comear a funcio-

    nar ainda em 2012. Os CERSAMs AD Nordeste

    j se encontram em obras e o da regional Noroes-

    te, em processo de licitao.

    2 Fonte: Ministrio da Sade (http://portal.saude.gov.br/).2 Diminuram ou no usam mais medicamentos analgsicos, anti-inflamatrios e antidepressivos aps o incio das prticas (SMSA-BH).

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    desenvolvidas atividades para o aprimoramento da

    gesto do sistema de sade, como a melhoria dos

    processos de trabalho, a melhor qualificao e uti-

    lizao das informaes e o uso do planejamento

    como instrumento organizador da gesto.

    Em 2009, o Centro de Referncia em Reabilita-

    o CREAB Leste foi reformado. Em 2011,

    foi concludo o projeto do CREAB Barreiro e

    iniciadas as obras do CREAB Venda Nova. Com

    essas novas unidades sero cinco centros respon-

    sveis pelo atendimento de pacientes nos Progra-

    mas de Ostomia, rtese e Prtese, fornecendo

    prteses e cadeiras de rodas para amputados e

    pessoas com paralisia cerebral. Alm de atender

    pessoas em processo de reabilitao, o CREAB

    atende crianas com deficincia fsica ou mental.

    Atualmente, est em andamento a elaborao de

    um Plano Diretor para a regionalizao da rede

    complementar do SUS-BH, tendo como base a

    Ateno Primria Sade, e para a viabilizao

    do Sistema de Informao em Sade baseado no

    Carto Nacional, vinculado ao registro Eletrni-

    co de Sade para Ateno Integral.

    Investimentos em Tecnologia da Informao

    permitiram estender a implantao do Prontu-

    rio Eletrnico dos usurios do SUS-BH para 146

    centros de sade, em julho de 2012, contra 86,

    em 2008, possibilitando agilizar o atendimento

    com a diminuio do tempo de espera do pacien-

    te, propiciar informaes para a tomada de deci-

    ses clnicas de forma mais efetiva e aperfeioar

    atividades gerenciais, alm de contribuir para a

    integrao de toda a rede de sade.

    Em 2010, a Prefeitura de Belo Horizonte inau-

    gurou a nova sede do Servio de Atendimento

    Mvel de Urgncia (SAMU) na regio Noro-

    este. A localizao permite o rpido acesso das

    ambulncias central e tambm s vias mais

    importantes da cidade. De 2008 a 2011, obser-

    vou-se um grande aumento do nmero de atendi-

    mentos por ambulncia realizados pelo SAMU,

    que aumentou de 53.190 para 90.956. Em 2012,

    foi registrado um tempo mdio de resposta de 15

    minutos, 23% menor que o registrado em 2008.

    em 2010 foi inaugurada

    nova sede do servio

    de atendimento mvel

    de urgncia - samu

    Tambm em 2011 foi criado o Consrcio Intermu-

    nicipal Aliana para a Sade (CIAS), formado

    pelos municpios de Belo Horizonte, Caet, Nova

    Lima, Ribeiro das Neves, Sabar, Santa Luzia e

    Vespasiano, com o objetivo de viabilizar solues

    conjuntas para os desafios da rede pblica hospita-

    lar e estruturar a rede regional de urgncia e emer-

    gncia. Durante o processo de adeso ao consrcio

    por outros municpios da Regio Metropolitana, o

    Governo Estadual sugeriu estend-lo para todos os

    104 municpios da Regio Central de Minas Gerais,

    o que est sendo realizado. Esse consrcio priorizar

    as aes de atendimento de urgncia e emergncia.

    QuAlidAde de VidA

    Tem destaque o incremento de aes para a pro-

    moo da sade e preveno das doenas crnicas

    para a populao belo-horizontina. O mundo vive

    uma transio epidemiolgica, com o envelheci-

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    ternos de Gesto (CIG) entre os profissionais de

    cada um dos centros de sade e a SMSA, com

    metas estabelecidas de acordo com a realidade

    local das unidades. Os contratos de gesto per-

    mitiro que os profissionais de sade planejem e

    priorizem aes relevantes, em funo das neces-

    sidades e problemas de sade da populao local,

    assim como possibilitaro o avano do controle

    social por parte da populao belo-horizontina.

    O Programa de Bonificao por Cumprimento

    de Metas, Resultados e Indicadores (BCMRI),

    premiado pelo Ministrio da Sade, em 2011, foi

    institudo, em 2010, e valoriza os resultados al-

    canados no trabalho de campo dos Agentes de

    Combate a Endemias (ACE), e Agentes Comu-

    nitrios de Sade (ACS). Em maro de 2012, em

    funo dos resultados de 2011, cerca de 3.700

    profissionais, de todas as nove Regionais, rece-

    beram a Bonificao.

    Os profissionais de nvel superior (Mdico, Ci-

    rurgio Dentista, Tcnico Superior de Sade,

    Enfermeiro) tiveram aumento de 24,9% e os de-

    mais profissionais (Tcnico de Servio de Sade,

    Agente de Servio de Sade, Agente Sanitrio,

    ACS, ACE I, ACE II) um aumento de 29,6% nes-

    ta gesto.

    desafios de mdio prazo

    Para a concretizao do futuro que almejamos

    para a sade em BH, o grande desafio da Pre-

    feitura consiste no aprofundamento das prticas

    do Sistema nico de Sade de Belo Horizonte

    (SUS-BH), para que seja oferecido populao

    um atendimento resolutivo, integral, contnuo, de

    qualidade e em tempo oportuno.

    Os principais desafios de mdio prazo se referem

    superao das deficincias na qualidade dos

    servios oferecidos e na infraestrutura das unida-

    des de sade; ampliao das aes de Promoo

    da Sade e Preveno de Agravos; reduo do

    tempo de espera por consultas especializadas;

    ampliao do acesso aos exames de mdia e alta

    complexidade; ampliao do nmero de leitos

    hospitalares; e a ampliao e aperfeioamento da

    poltica sobre drogas.

    Com o avano e consolidao das transies de-

    mogrfica, epidemiolgica e nutricional, novas

    estratgias se tornam necessrias para o melhor

    cuidado da sade das pessoas. A necessidade de

    um atendimento integral e resolutivo, aliada ten-

    dncia observada de envelhecimento da popula-

    o, tende a aumentar a demanda por atendimento

    mdico especializado e por exames de complexi-

    dade superior, cuja melhoria do acesso constitui

    prioridade para a nova gesto Marcio Lacerda.

    nfase especial ser dada s atividades de pre-

    veno, tratamento e combate s drogas. Ns, da

    Prefeitura de Belo Horizonte, estamos atentos a

    esse problema, que se agravou na capital mineira

    a partir do final dos anos 1990. Nosso objetivo

    ampliar o trabalho realizado at ento, em aes

    compartilhadas com o Governo Estadual, Gover-

    no Federal, Legislativos e sociedade civil. O uso

    das drogas e todas as suas consequncias cons-

    tituem uma questo de alta complexidade, que

    afeta a qualidade de vida dos usurios e das suas

    famlias, exigindo uma ao urgente, ampliada e

    articulada do Poder Pblico em parceria com a

    sociedade.

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    A rede de proteo social para os usurios inclui

    tambm as Residncias Transitrias, as aes

    desenvolvidas nos CRAS e nos CREAS, que

    integram o Servio nico da Assistncia Social

    (SUAS), alm de quatro Consultrios de Rua

    implantados a partir de 2009. Aes preventivas

    so desenvolvidas no mbito da comunidade es-

    colar, com os programas Escola Aberta, Escola

    Integrada e Rede pela Paz.

    ViGilnciA sAnitriA

    O Programa de Vigilncia Sade realiza o monito-

    ramento sistemtico do estado de sade da popula-

    o no territrio municipal e tambm responsvel

    pelas aes de vacinao de doenas imunopreven-

    veis. O Programa de Vacinao contra Influenza

    para crianas menores de dois anos foi implantado

    em 2010 visando reduo da mortalidade infantil

    e das internaes. Nos anos de 2010 e 2011, foram

    dispensadas mais de 142 mil doses de vacina para

    crianas de at dois anos de idade.

    Belo Horizonte superou a meta do Ministrio da

    Sade na cobertura vacinal por Influenza (tipos

    A, B e C), na ltima campanha, e aumentou, em

    mais de 20%, o nmero de gestantes vacinadas,

    em 2012, em relao a 2011 o que representa

    mais 3,7 mil gestantes vacinadas. Especificamen-

    te, no que diz respeito ao combate gripe tipo

    A (H1N1), foi garantida a disponibilidade do

    medicamento Oseltamivir em todas as unidades

    de ateno sade de Belo Horizonte (hospitais,

    UPAs e centros de sade).

    As aes de preveno e combate dengue con-

    duzidas nos ltimos anos proporcionaram uma

    queda consistente na taxa de incidncia da doena,

    passando de 573,6, em 2008, para 66,6 em 2011.

    Ademais, foi implantado, em 2011, o teste rpido

    para dengue nas Unidades de Pronto-Atendimento.

    No que diz respeito incidncia da Leishmaniose

    Visceral, a intensificao das aes de combate le-

    varam reduo do nmero de casos confirmados

    em mais de 50%, no perodo de 2008 a 2011.

    recursos HumAnos

    Os profissionais de sade so valorizados na ges-

    to Marcio Lacerda. Foram nomeados mais de

    600 mdicos e contratados quase 4.500 profis-

    sionais da sade. Merece destaque o Programa

    de Educao Permanente (PEP/BH), institu-

    do a partir de 2009, visando o aperfeioamento

    contnuo da prtica profissional, mediante a reor-

    denao da formao profissional, o que propor-

    ciona a convergncia entre as diversas iniciativas

    educacionais disponveis e as reais necessidades

    dos trabalhadores de sade. Ademais, as Ofici-

    nas de Qualificao da Ateno Primria en-

    volveram dez mil trabalhadores, com o objetivo

    de consolid-la como eixo estruturante da rede

    de sade em Belo Horizonte. Em 2011, 65 gru-

    pos de aperfeioamento profissional de mdicos

    da famlia, pediatras e ginecologistas do PEP/BH

    utilizaram, em mdia, quatro horas/ms para de-

    bater temas relacionados rotina de trabalho.

    a partir de 2009, houve um

    acrscimo de mais de 4,5 mil

    vagas de profissionais para

    a rea da sade

    Foram firmados, ao final de 2011, Contratos In-

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    1. Ampliar as aes de preveno, tratamen-

    to, reabilitao e reinsero social e familiar

    para usurios de drogas, fundamentadas na

    Ateno Integral e em Rede, na intersetoriali-

    dade e na reduo de danos aos envolvidos e

    pautadas na defesa dos direitos humanos e no

    respeito aos cidados:

    o Potencializar as aes de preveno desenvolvidas pelo Programa Sade

    na Escola e estend-las para a Rede

    Estadual de Educao, com vistas a

    desenvolver, ampliar e integrar aes de

    promoo sade e preveno de doen-

    as aos alunos da rede pblica.

    o Ampliar e integrar a Rede de Ateno ao usurio de lcool e outras drogas,

    promovendo acolhimento universal

    e assistncia contnua, especialmente

    a partir da Ateno Primria, com as

    Equipes de Sade da Famlia, de Sade

    Mental e os Consultrios de Rua, inte-

    grados aos CERSAMs AD, s aes da

    sociedade civil organizada, Comunida-

    des Teraputicas e aos hospitais gerais.

    o Implantar quatro novos CERSAMs AD (Centros de Referncia de Sa-

    de Mental lcool e Drogas) e dois

    CERSAMs AD para adolescentes

    (Centros de Referencia de Sade Mental

    para adolescentes lcool e Drogas).

    o Ampliar para 11 o nmero de Consul-trios de Rua, de modo a garantir pelo

    menos um em cada regional, ampliando

    para dois naquelas de maior demanda.

    o Criar o Programa de Ateno Domi-ciliar lcool e Drogas (PAD AD),

    constituindo equipes especficas, com

    profissionais especializados para o apoio

    aos usurios e suas famlias, permitindo,

    dessa forma, uma maior humanizao

    no processo de ateno sade.

    2. Criar, de forma progressiva, leitos em Hos-

    pitais Gerais para quadros de intoxicao e

    sndrome de abstinncia moderada a grave.

    3. Criar o Fundo Municipal de Polticas sobre

    Drogas, com o objetivo possibilitar a obten-

    o e a administrao de recursos financeiros

    destinados ao desenvolvimento de aes pre-

    ventivas, de fiscalizao, de tratamento e de

    reinsero social para o pblico-alvo.

    4. Implantar um Sistema de Informao Com-

    partilhada composto por um banco de dados

    integrado, que possibilite produzir, analisar e

    disseminar informaes sobre o risco do consu-

    mo de lcool e de outras drogas, bem como ma-

    pear e monitorar as diversas polticas, servios e

    atendimentos ofertados nesse campo.

    5. Elaborar o Plano Municipal em parceria

    com o Conselho Municipal de Polticas so-

    bre Drogas.

    6. Criar a Cmara Gestora da Poltica Munici-

    pal sobre Drogas CGPMD, rgo delibera-

    tivo, normativo e consultivo, institudo com a

    finalidade de planejar, implementar, monitorar

    e avaliar as aes referentes s polticas pbli-

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    Nossa prioridade reforar as medidas preventivas

    e de proteo para as nossas crianas e adolescen-

    tes. Para isso, trabalharemos no desenvolvimento

    de uma Poltica Pblica, voltada ao enfrentamento

    dos problemas relacionados ao consumo e abuso

    de lcool e outras drogas, sobretudo o crack, que

    compreenda aes estruturantes, de preveno,

    tratamento e de proteo social.

    propostas para os prximos

    4 anos

    As propostas aqui apresentadas tm o objetivo de

    aperfeioar o Sistema nico de Sade de forma

    a garantir maior qualidade de vida populao

    belo-horizontina. Buscamos um acesso univer-

    sal, integral e regionalizado, por meio da con-

    solidao de um modelo assistencial equnime

    que priorize as aes de preveno e promoo

    da sade em todo o municpio. Assim, de olho

    no futuro de Belo Horizonte, firmamos para o

    novo mandato um compromisso com a sade dos

    belo-horizontinos, expresso no conjunto de pro-

    postas que se segue.

    polticA sobre droGAs

    Incluir a temtica do uso e abuso de drogas nas

    Polticas Municipais, como eixo prioritrio de uma

    estratgia governamental, requer a definio de al-

    guns princpios que orientam a produo de Polti-

    cas Pblicas, com foco na gesto local.

    O primeiro princpio se refere valorizao da di-

    menso local, como possibilidade de se constitur

    laos sociais e intervenes mais participativas,

    reformulando os modelos de gesto. Se pensar-

    mos em resultados mais efetivos e nas possveis

    alteraes do contexto social local, a produo de

    respostas envolve a pactuao de resultados com

    a populao que ser beneficiada pelas mudanas

    que possam ocorrer na implementao das novas

    polticas.

    O segundo princpio diz respeito ao conceito de in-

    tersetorialidade, tratando o problema do uso e abu-

    so de drogas como responsabilidade das institui-

    es pblicas e da sociedade civil que compem a

    poltica pblica, e no como resultado de arranjos

    tcnicos feitos na emergncia do problema pelos

    diferentes atores que atuam na ponta dos servios.

    O que queremos dizer que intersetorialidade

    um pressuposto institucional e que demanda defi-

    nies polticas e tcnicas por parte dos gestores,

    como um princpio da ao e no como conse-

    quncia desta.

    O terceiro princpio se refere possibilidade de

    uma administrao mais descentralizada, que sus-

    tente a ao local de Polticas sobre Drogas, volta-

    da para resultados mais efetivos, com o objetivo de

    assegurar a qualidade dos servios.

    Assim, cabe ao Poder Municipal potencializar os

    servios existentes e criar novos arranjos no cam-

    po da gesto, a fim de possibilitar maior efetivida-

    de dos resultados, construindo solues comparti-

    lhadas entre seus rgos e servios.

    A proposta que apresentamos para a preveno,

    tratamento e reinsero social do usurio de lcool

    e outras drogas, e de seus familiares, tem como ob-

    jetivo principal agregar uma srie de projetos que

    incluam a participao social, o fortalecimento da

    rede de servios e a implantao de aes integra-

    das de Proteo Social ao usurio de drogas:

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    cuidados clnicos necessrios, encaminhar ao

    centro de sade mais prximo e informar o

    servio disponvel no sistema de sade para

    atender situao apresentada (servios de

    emergncia, pronto-atendimento, internao,

    entre outros).

    Ateno Ao idoso

    15. Ampliar a Rede para a Ateno Integral

    Sade do Idoso:

    o Assistir o idoso em todas as situ-aes, desde a promoo da sade,

    preveno de agravos, tratamento das

    doenas e complicaes, reabilitao,

    e ampliar a assistncia domiciliar m-

    dica e multiprofissional para os idosos

    acamados ou restritos ao domiclio,

    pelas ESF, NASF, e, de acordo com

    a necessidade identificada pelas ESF,

    pelo profissional geriatra.

    o Qualificar os profissionais da Rede na ateno sade do idoso e formar no-

    vos profissionais especializados a par-

    tir das Residncias Mdicas de Geriatria

    e Sade da Famlia e das Residncias

    Multiprofissionais em Sade do Idoso e

    Sade da Famlia.

    o Implantar sistema de agendamento de consultas por telefone para idosos.

    Gesto e reGionAlizAo dA sAde

    16. Avanar no programa de reduo do tem-

    po de espera para atendimento em consul-

    tas mdicas especializadas, realizados na

    rede prpria ou conveniada:

    o Ampliar oferta de consultas especiali-zadas na rede municipal de sade.

    o Ampliar o acesso ao diagnstico pre-coce por imagem.

    o Implantar uma Unidade de Refern-cia Secundria para atender popu-

    lao do Vetor Norte/Pampulha.

    o Implantar o agendamento eletrnico das consultas especializadas, a partir da

    consulta nas Unidades Bsicas de Sade,

    e ampliar para todo o municpio o sistema

    de confirmao de consultas especializa-

    das por telefone, garantindo maior confor-

    to aos cidados, reduzindo o absentesmo

    e otimizando os recursos disponveis.

    17. Avanar nas aes de controle social:

    o Atualizar o Plano Municipal de Sade em conferncia convocada exclusiva-

    mente para esse fim, com a participa-

    o ampla e direta da populao.

    o Ofertar de forma permanente cursos para os conselheiros de sade muni-

    cipais e distritais e membros de co-

    misses locais de sade, em escolas de

    sade pblica.

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    cas sobre drogas, em especial s referentes ao

    Programa. A CGPMD ser composta pelos se-

    guintes rgos: Secretaria Municipal de Gover-

    no, Secretaria Municipal de Sade, Secretaria

    Municipal de Educao, Secretaria Municipal

    Adjunta de Assistncia Social, Secretaria Mu-

    nicipal de Polticas Sociais, Secretaria Munici-

    pal de Esportes, Secretaria Municipal Adjunta

    de Trabalho e Emprego; e Fundao Municipal

    de Cultura.

    7. Criar Grupos de Trabalho Intersetoriais

    Regionais GTI, pelas Secretarias de Admi-

    nistrao Regional Municipal, com a finali-

    dade de elaborar Planos de Ao Local para a

    Poltica sobre Drogas e de promover a descen-

    tralizao das respectivas aes.

    sAde dA FAmliA

    8. Avanar na Ateno Sade Integral e Re-

    solutiva para a populao do municpio de

    Belo Horizonte, a partir do fortalecimento

    da Ateno Primria e da coordenao do

    cuidado, ampliando o acesso:

    o Construir 73 novos centros de sade, sendo 54 substituies.

    o Ampliar o nmero de Equipes de Sade da Famlia, de acordo com os

    critrios definidos pelo Ministrio da

    Sade.

    o Ampliar em mais 78 o nmero de Equipes de Sade Bucal.

    o Intensificar aes preventivas, com

    Agentes de Endemias e Agentes Comu-

    nitrios de Sade, para atendimento da

    populao belo-horizontina.

    9. Avanar nos investimentos em qualidade de

    vida para os belo-horizontinos, dobrando o

    nmero de Academias da Cidade, chegando

    a 100 unidades.

    10. Concluir a expanso do tratamento de ta-

    bagismo para todos os centros de sade da

    capital.

    11. Avanar na ampliao do Transporte em

    Sade para os usurios atendendo a situa-

    es que impedem ou dificultam a deambula-

    o ou limitem a mobilidade.

    Ateno mulHer e criAnA

    12. Expandir a Rede de Ateno Mulher e

    Criana, ampliando as aes para a sade

    sexual e reprodutiva, para o acesso ao pr-na-

    tal de risco habitual e de risco, para o parto

    seguro, cuidados com o recm-nascido e as-

    sistncia ao puerprio, alm da qualificao

    do transporte inter e pr-hospitalar para a ges-

    tante e o beb.

    13. Construir a nova maternidade do hospital

    Odilon Behrens.

    14. Criar o Disque Sade Criana, programa

    de aconselhamento peditrico, 24 horas

    por dia, visando prestar informaes sobre

    os problemas de sade mais comuns, esclare-

    cer dvidas quanto a medicamentos, orientar

    quanto a medidas de preveno de doenas e

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    ViGilnciA em sAde

    26. Criar a Coordenadora de Defesa dos

    Animais.

    27. Ampliar o nmero de feiras de adoo de

    ces, passando de 52 para 156 ao ano, por

    meio da ampliao de parcerias com ONGs.

    28. Estimular a guarda responsvel e ampliar

    a oferta de cirurgias gratuitas de castrao

    de ces e gatos.

    29. Fortalecer as aes de preveno e controle

    da Dengue e Leishmaniose Visceral na ca-

    pital, intensificando as polticas intersetoriais

    em andamento.

    30. Ampliar as polticas intersetoriais para o con-

    trole adequado da populao de ces e gatos.

    31. Avanar nas aes da Comisso Interinsti-

    tucional da Sade Humana e sua Relao

    com os Animais, do Conselho Municipal da

    Sade, nas polticas para os chamados Acu-

    muladores.

    32. Propor parcerias, na Regio Metropolita-

    na de Belo Horizonte, por meio da Rede 10,

    para projetos relacionados ao cuidado com

    os animais.

    33. Preparar materiais especficos de orienta-

    o para reduzir riscos sade nos setores

    produtivos e de servios (bares, restauran-

    tes, hotis, sales de beleza, entre outros).

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    18. Avanar nas aes do Plano Global de

    Educao Permanente dos profissionais da

    rede SUS BH:

    o Intensificar as aes do Plano de Educa-o Permanente para os profissionais da

    rede SUS BH, com o objetivo de quali-

    ficar as aes desenvolvidas, mediante a

    promoo da atualizao e ampliao da

    competncia tcnica dos envolvidos e a

    integrao dos processos de trabalho.

    o Implantar a Escola de Sade Pblica Municipal CES, para aprimorar e ga-

    rantir a sustentabilidade do processo de

    qualificao continuada dos profissio-

    nais do SUS-BH.

    o Priorizar parcerias com instituies de ensino pblicas e implantar chamamen-

    to pblico para estabelecer parcerias com

    entidades de ensino superior.

    19. Ampliar e fortalecer a rede de urgncia e

    emergncia em Belo Horizonte:

    o Aprimorar o atendimento pr-hos-pitalar e hospitalar de urgncia e

    emergncia, ampliando o acesso para

    os usurios em parceria com os munic-

    pios vizinhos e o Governo Estadual, por

    meio da expanso do Consrcio Inter-

    municipal Aliana para a Sade.

    o Ampliar acesso ao sistema de urgncia e emergncia para os cidados de BH

    por meio da construo de trs novas

    UPAs (duas na regional Noroeste e

    uma na Norte) e de quatro substitui-

    es (nas regionais Leste, Nordeste,

    Norte e Pampulha).

    20. Modernizar a plataforma tecnolgica dos

    sistemas de informao e infraestrutura de

    conectividade para toda a Rede SUS-BH,

    envolvendo pronturio eletrnico, agenda-

    mento e disponibilizao de resultados de

    exames pela internet.

    21. Ampliar e qualificar toda a rede de assis-

    tncia farmacutica, readequando as reas

    fsicas das farmcias nas unidades bsicas de

    sade e implantando a automatizao do con-

    trole de medicamentos, visando satisfao

    dos usurios e humanizao do atendimento.

    Atendimento HospitAlAr

    22. Concluir e colocar em funcionamento o

    Hospital Metropolitano Dr. Clio de Cas-

    tro, no Barreiro, a partir de 2013.

    23. Expandir a oferta de leitos do sistema mu-

    nicipal de sade por meio da ampliao da

    quantidade de leitos contratados pelo SUS e

    do novo hospital no Barreiro.

    24. Avanar com o Programa de Reduo da

    Fila de Cirurgias Eletivas, dando continui-

    dade ao processo de melhoria do acesso de

    forma a consolidar as conquistas j obtidas.

    25. Aumentar o nmero de equipes de Pro-

    grama de Ateno/Internao Domiciliar

    (PAD e PID) em 11 equipes, promovendo

    maior humanizao do atendimento.

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    educaouma escola municipal

    comparada s melhores

    do mundo

    a cidade que queremos em 2030

    O futuro que queremos para Belo Horizonte o de

    uma cidade com capital humano de alta qualidade,

    com nveis de educao comparveis com as prin-

    cipais metrpoles desenvolvidas do mundo, com o

    analfabetismo erradicado e a melhoria da qualidade

    da educao tratada como prioridade. Os ndices de

    evaso escolar e qualidade do ensino sero compa-

    rveis aos de cidades de destaque no mundo.

    Por isso, a promoo de um salto de qualidade na

    educao e na escolaridade dos belo-horizontinos

    elemento central da Estratgia de Desenvolvi-

    mento da cidade, como estabelecido no Planeja-

    mento Estratgico BH 2030, elaborado e discuti-

    do com a cidade.

    No mbito da educao, as metas estabeleci-

    das foram: (1) aumento para 12 anos de estudo

    no nvel de escolaridade mdia da populao,

    com idade igual ou superior a 25 anos; (2) a

    reduo para 4%, do percentual de alunos no 3

    ciclo do ensino fundamental, com idade supe-

    rior recomendada; (3) aumentar o ndice de

    Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB),

    at 2030, para 7,7 nas sries iniciais e 6,8 nas

    sries finais das redes pblica e municipal de

    educao; (4) alcanar a meta de 0,97, para o

    ndice de Desenvolvimento Humano (IDH); e

    (5) elevar para 0,7, o ndice de Qualidade de

    Vida Urbana (IQVU).

    o que foi e o que est

    sendo feito

    A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de

    Educao, vem desenvolvendo aes para garan-

    tir a todos os estudantes, o acesso educao de

    qualidade. Alm dos investimentos na infraestru-

    tura dos prdios escolares e na formao continu-

    ada dos profissionais que colocaram, em 2010,

    BH no topo das cidades que mais investiram em

    educao dentre as capitais do Sudeste1 a Se-

    cretaria intensificou a integrao com as famlias,

    em uma ao transparente de acompanhamento

    do desempenho dos estudantes e da frequncia

    escolar. A escola pblica vem passando por um

    processo de transformao em um ambiente

    voltado no apenas s suas funes tradicio-

    nais, mas tambm formao da cidadania

    dos estudantes e das comunidades nas quais

    esto inseridos.

    bh figurou, em 2010,

    no topo do ranking das

    cidades que mais investiram

    em educao dentre as

    capitais do sudeste

    educAo de QuAlidAde

    A Prefeitura de Belo Horizonte vem desenvol-

    vendo um esforo especial para prover um padro

    superior de qualidade na educao do Municpio.

    Assim, junto com a garantia de acesso a todos

    os jovens e crianas, a melhoria na qualidade do

    ensino constitui uma preocupao permanente de

    toda a rede municipal.

    1 De acordo com o Anurio Multicidades 2011, elaborado pela Frente Nacional de Prefeitos.

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  • 34 35

    e o empresariado mineiro, abrindo perspectivas

    de outras frentes de trabalho para a qualificao

    profissional, a vivncia da cidadania e a justa dis-

    tribuio dos bens culturais.

    E, reconhecendo o trabalho desenvolvido pelos

    educadores infantis e pelos professores munici-

    pais, perante um INPC acumulado (2009-2011)

    de 17,56%, foi concedido aumento de 24,93% aos

    professores, e de 34,2% aos educadores infantis.

    No contexto de qualidade da educao impor-

    tante destacar a implantao pela gesto Marcio

    Lacerda, em 2009, do Programa de Reforo Es-

    colar em Portugus e Matemtica, em todas as

    escolas de ensino fundamental da RME. Os estu-

    dantes que apresentaram desempenho abaixo do

    desejado passaram a ter aulas especficas para re-

    foro em leitura, escrita e matemtica. O reforo

    escolar realizado em grupos de, no mximo, 10

    alunos, quatro vezes por semana, em mdulos de

    uma hora e meia.

    Os professores diretamente envolvidos nesse

    trabalho recebem formao especfica e acompa-

    nhamento constante da Secretaria Municipal de

    Educao, o que possibilitou o atendimento, no

    perodo 2009-2011, de mais de 61 mil estudantes.

    Em 2012, at julho, j foram atendidos 6.210 es-

    tudantes em matemtica e 12.081 estudantes em

    portugus, totalizando 18.291.

    Com a implantao do Portal da Avaliao, em

    2010, pelo qual possvel consultar, via internet,

    a trajetria e resultados acadmicos dos alunos

    em todas as edies do Avalia BH, os pais e fa-

    miliares podem acompanhar os resultados de

    seus filhos. A metodologia de avaliao utilizada,

    importante instrumento de aprimoramento do en-

    sino, foi ampliada em 2011, atingindo tambm os

    estudantes jovens e adultos.

    Como parte da poltica de Gesto e Operacio-

    nalizao da Educao, a Secretaria Municipal

    ofertou 210 mil kits de materiais pedaggicos,

    compostos especialmente para os estudantes da

    Rede Municipal. Os itens, produzidos com ma-

    terial reciclvel, so adequados a cada etapa de

    formao educacional e incluem: mochila, cader-

    nos, canetas, borrachas, lpis, apontadores, r-

    guas, giz de cera, cola, caneta hidrogrfica, livros

    de literatura, brinquedos pedaggicos, agenda es-

    colar e tambm uniformes. Trata-se de uma ao

    exclusiva do Governo Marcio Lacerda.

    Atualmente, a Rede Municipal de Educao de

    Belo Horizonte atende a 3.193 estudantes com

    deficincia (fsica, auditiva, visual, intelectual,

    mltipla, transtorno global de desenvolvimento, hi-

    peratividade, psicose e transtorno mental), os quais

    so matriculados em escolas comuns de educao

    infantil e ensino fundamental. Alm dos matricu-

    lados em escolas comuns, temos 284 matriculados

    nas trs Escolas de Ensino Especial (Frei Leopoldo,

    Santo Antnio e do Bairro Venda Nova).

    A rede fsica hoje adaptada com equipamentos

    e recursos materiais, e existe o Centro de Apoio

    Pedaggico para Atendimento s Pessoas com

    Deficincia Visual, que oferece transcrio em

    Braille, capacitao para uso de computadores,

    softwares apropriados e produo de materiais

    didticos. A PBH tem, ainda, projeto de escola-

    rizao de surdos na Lngua Brasileira de Sinais.

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    Nosso objetivo geral aumentar a qualidade do

    ensino pblico municipal, a fim de garantir a to-

    dos os estudantes o acesso escola, sua perma-

    nncia, bem como a habilidade de ler e escrever

    aos 8 anos, alm das competncias bsicas dos

    clculos matemticos e resoluo de problemas,

    at os 10 anos.

    Atualmente, so mais de 65 mil alunos com ativi-

    dades por 9 horas, nas escolas municipais. Expan-

    dimos a Escola Integrada e o Programa Sade

    na Escola, qualificamos professores e diretores,

    implantamos e ampliamos o Programa de Re-

    foro Escolar em Portugus e Matemtica e o

    Programa de Dietas Especiais.

    No que se refere formao docente, vm sendo

    desenvolvidas, desde 2009, aes que objetivam

    capacitar professores para o trabalho de reforo

    escolar e para a atuao em sala de aula, alm de

    diretores, para a gesto das unidades de ensino.

    No perodo 2009-2011, 10.057 professores passa-

    ram por capacitao em leitura e escrita e para o

    reforo escolar em matemtica, e 3.087 educadores

    infantis participaram de atividades de formao.

    No mbito das relaes tnico-raciais e de gnero,

    3.918 profissionais (de escolas, Unidades Munici-

    pais de Educao Infantil Umeis - e de creches

    conveniadas) participaram das capacitaes. Visan-

    do a incluso social, 1.413 professores foram for-

    mados. Para a educao de jovens e adultos, 3.774

    professores foram capacitados. Em relao forma-

    o regionalizada, 7.093 professores participaram

    dos cursos de formao.

    Com vistas qualificao de professores e dire-

    tores, anualmente tm sido realizados encontros

    individuais com o diretor e vice-diretor de cada

    uma das Escolas Municipais e unidades munici-

    pais de educao infantil, para avaliar a gesto

    escolar, alm da realizao de 170 Fruns de Di-

    retores, no perodo 2009-2011.

    Ainda em relao capacitao de educadores, o

    curso de especializao ministrado pela Faculdade

    de Educao da UFMG destinou 200 vagas para

    professores da Rede Municipal, que iniciaram o

    curso de ps-graduao lato sensu em Educao

    Bsica (LASEB), em cinco reas pedaggicas.

    Tambm, em parceria com a Fiemg - Instituto

    Minas Pela Paz (IMPP), est sendo realizando

    o Projeto Acervos Museolgicos, Formao em

    Gesto de Projetos Culturais, que consiste em um

    curso de especializao de 360 horas pela PUC Mi-

    nas (IEC), um processo de Imerso Cultural e uma

    Olimpada.

    Este projeto tem como objetivo formar profis-

    sionais da educao em gesto de projetos, de

    forma a desenvolver competncias, habilidades

    e metodologias da gesto e aplic-las no cotidia-

    no escolar, realizando um dilogo contnuo en-

    tre educao e cultura, uma vez que a educao

    aqui tratada como processo de desenvolvimento

    humano e cultural. O mesmo tem um pblico de

    228 cursistas, entre diretores, professores, coor-

    denadoras, vice diretores de Umeis e educadores

    infantis. A captao do recurso ocorreu via Lei

    Rouanet e teve um aporte global de 7 milhes

    de reais, patrocinados por empresas como a Fiat,

    Contax - Oi, Usiminas e Gerdau. Este projeto

    um marco na parceria entre a educao pblica

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    O conjunto das aes conduzidas para melho-

    ria contnua da qualidade da educao no nosso

    Municpio est trazendo resultados positivos,

    refletidos em todas as avaliaes realizadas

    pelo Municpio (Avalia-BH), pelo Governo Es-

    tadual (ProAlfa), e pelo Governo Federal (Pro-

    va Brasil/IDEB). Os resultados do Avalia-BH,

    que mede o desempenho de todos os alunos do

    3 ao 9 ano do ensino fundamental municipal,

    apontam para um significativo avano em por-

    tugus, em todos os anos, a partir de 2009. Em

    2008, em mdia, 45,6% dos alunos obtiveram

    desempenho satisfatrio ou avanado em por-

    tugus. Este ndice cresceu para 51%, 58,2% e

    59,8% em 2009, 2010 e em 2011, respectiva-

    mente. Os alunos tambm apresentaram evolu-

    o positiva em matemtica, a partir de 2009.

    Em 2008, em mdia 25,7% dos alunos obtive-

    ram desempenho satisfatrio ou avanado em

    matemtica. Este ndice tambm cresceu para

    34,1%, 41,1% e 43,3% em 2009, 2010 e 2011

    respectivamente.

    A evoluo positiva experimentada pelo sistema

    educacional do nosso Municpio tambm pos-

    svel de ser aferida pelos resultados do Proalfa

    (Programa de Avaliao da Alfabetizao)2, no

    qual 39%, 57,3% e 86,8% das Escolas Municipais

    tiveram desempenho recomendvel em 2009,

    2010 e 2011, respectivamente, contra 29,6% em

    2008. Em relao aos alunos, 47,2%, 56,5% e

    67,7% apresentaram desempenho recomendvel

    em 2009, 2010 e 2011, respectivamente, contra

    45,7% em 2008.

    na ltima avaliao do ideb,

    belo horizonte superou

    as metas estabelecidas

    pelo ministrio da educao

    para a cidade

    Em relao s avaliaes de nvel federal,

    como o IDEB, tambm apresentamos sig-nificativa melhora em relao ao ltimo

    ndice, superando quase todas as metas

    estabelecidas pelo Ministrio da Educa-o para Belo Horizonte. Alcanamos, em

    2011, a marca de 5,6 (4% acima da meta)

    para os anos iniciais do ensino fundamen-tal e 4,5 (10% acima da meta) para os anos

    finais (evoluo do indicador no grfico a

    seguir), j alcanando as metas do Minist-rio previstas para 2013.

    Evoluo do IDEB nas Escolas Municipais de Belo Horizonte3

    2005

    IDEB 5 ano

    IDEB 9 ano

    2007 2009

    4,6 4,4

    5,3

    5,6

    4,5

    3,83,4

    3,7

    2011

    Outros importantes destaques da gesto Marcio

    Lacerda so a reduo do ndice de reprovao

    por frequncia dos alunos (que alcanou 3,8%

    em 2011, em comparao com 4,2% em 2008) e

    do ndice que mede a distoro idade/ciclo, que

    chegou a 2,9% em 2011, frente aos 7,3% de 2008.

    2 O Programa de Avaliao da Alfabetizao (Proalfa) realizado pela Secretaria de Estado da Educao (SEE) do Estado de Minas Gerais. O teste visa identificar os nveis de aprendizagem dos alunos em relao leitura e escrita, nos anos iniciais do Ensino Fundamental (SEE-MG).

    3 Fonte: Ministrio da Educao - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (INEP).

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    A diretriz da poltica educacional a matricula de

    estudantes com deficincia nas escolas comuns,

    pois acreditamos que os estudantes com defici-

    ncia precisam estar em convivncia com alunos

    no deficientes. Assim, trata-se de uma poltica

    inclusiva. Ofertamos, ainda, transporte escolar

    adaptado para 378 estudantes com deficincia.

    Uma inovao na Rede Municipal de Belo Ho-

    rizonte nesta gesto a criao do cargo de

    Auxiliar de Apoio Incluso, um profissional

    contratado especificamente para dar suporte aos

    docentes, na incluso dos alunos com deficincia.

    O Programa Sade na Escola busca garantir a

    avaliao anual do estado de sade de todos os

    estudantes da rede municipal. Todas as Esco-

    las Municipais esto inseridas no Programa. De

    2009 at junho de 2012, 181.461 estudantes fo-

    ram atendidos, 44.293 s em 2012. Em 2008, 9

    escolas, sendo uma em cada regional, participa-

    vam do Programa em carter experimental, aten-

    dendo a cerca de 3.353 alunos. A partir de 2009,

    o programa foi expandido, e hoje alcana todas

    as escolas.

    Ainda no que se refere sade dos estudantes, fo-

    ram introduzidas, desde dezembro de 2009, die-

    tas especiais nas merendas escolares para alunos

    diabticos, portadores de doena celaca e outros

    que precisam de dieta especial, na rede munici-

    pal. De 2009 at julho de 2012, 3.488 estudantes

    foram beneficiados com merendas especiais.

    Permanecendo no mbito de qualidade do ensi-

    no, o Programa Famlia-Escola visa ampliar o

    dilogo constante com as famlias dos alunos da

    rede municipal. Integram o Programa, atividades

    de acompanhamento e monitoramento da fre-

    quncia escolar, com o objetivo de assegurar a

    presena dos estudantes em sala de aula; visitas

    domiciliares s famlias de estudantes infrequen-

    tes, para dialogar sobre como participar efetiva-

    mente da vida escolar de seus filhos; e a reali-

    zao de encontros nas escolas com professores,

    coordenao pedaggica e famlias, para discus-

    so da vida escolar dos estudantes com baixa fre-

    quncia e para troca de experincias.

    O programa Transporte Escolar oferece trans-

    porte aos estudantes que esto em escolas longe

    de casa. S em 2011, beneficiou 8.212 estudan-

    tes. Temos tambm o BH para Crianas, que

    garante transporte aos alunos e professores para

    visitar museus, teatros, cinemas, fbricas, ga-

    lerias de arte, emissoras de rdio, TV, jornais,

    parques, equipamentos pblicos de saneamento

    e outros espaos culturais da cidade. O progra-

    ma conta com uma frota de 21 nibus prprios

    e atendeu, em 2011, a cerca de 214 mil usurios,

    entre estudantes da Rede Municipal e da rede de

    instituies conveniadas, professores e outros

    profissionais da educao.

    A merenda escolar, oferecida atualmente a

    todos os alunos da rede municipal do Ensino

    Fundamental, do Ensino Mdio, do EJA, para

    as crianas da Umeis, como tambm para cre-

    ches conveniadas, e Instituies de Socializa-

    o Infanto-juvenil recebeu, em 2010, o Prmio

    Gesto Eficiente da Merenda Escolar 2009,

    destaque entre Estados da regio sudeste do pas,

    na categoria Desempenho Administrativo/Finan-

    ceiro, segundo o Programa Nacional de Alimen-

    tao Escolar (PNAE).

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    Marcio Lacerda com as novas Umeis implanta-

    das, reformas e ampliao de outras, e com a rede

    conveniada o nmero de vagas para crianas de

    5 anos e 6 meses aumentou de 36.648 (2008) para

    47.137 vagas, em julho de 2012.

    Com a finalizao de todas as Umeis j planeja-

    das e em andamento, chegaremos a 81.680 vagas.

    escolA inteGrAdA

    O Pr