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Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 1
Programa de TrabalhoWork Program
4
Frederico Fleury CuradoChair of CEBEU,Braz i l -U.S Business Counci l , Braz i l Sect ionPres ident, Embraer
Frederico Fleury CuradoPresidente do CEBEU, Seção Bras i le i raPres idente, Embraer
A message from
The ChairmanMensagem do
PresidenteO Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU) vem, desde a década de 70, dedicando-se a promover o fluxo de comércio e investimentos entre Brasil e Estados Unidos, por meio da defesa de interesses do setor privado nos temas bilaterais que lhe são mais relevantes. Ao longo de todos esses anos, o Conselho se manteve como principal foro de discussão empresarial binacional, tendo contribuído para avanços nas relações entre os dois países.
Os Estados Unidos representam o principal destino de exportação de nossos produtos industrializados e também de investimentos brasileiros no exterior. Após um período de esfriamento das relações entre os dois países, o ano de 2015 iniciou-se com expectativa de reaproximação e retomada da discussão da agenda bilateral. A visita da Presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, em junho, foi passo importante nesse processo.
Nesse momento, em que de um lado existe potencial de concretização de temas que estão, há anos, em processo de negociação e, de outro, existem perspectivas de discussão de
Since the 1970’s, the Brazil-U.S. Business Council (BUSBC)
has been engaged in promoting the flow of trade and
investment between Brazil and the United States by
advocating for the interests of the private sector on the
most pressing bilateral issues. Over the course of these
past decades, the Council has stood as the leading bilateral
forum for business discussion, making a difference in
improving relations between the two countries.
The United States is the top destination of our manufactured
goods exports as well as of Brazilian foreign investment. After
a chilly period in relations between the two countries, 2015
ushered in expectations of a rapprochement and renewal
of discussions on the bilateral agenda. President Dilma
Rousseff’s visit to the United States in June was an important
step forward in this process.
At a time when there is a potential for issues languishing
in negotiations for years now to be worked out, as well as
prospects for discussion of relevant issues that still had not
been addressed on the bilateral agenda, it is very important
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 5
temas relevantes que ainda não haviam sido incluídos na pauta bilateral, é muito importante que tenhamos engajamento e empenho dos membros do Comitê Executivo do CEBEU nesse processo.
Desafios não nos faltam, como o lançamento de negociações para um acordo de livre comércio, a celebração de um acordo para evitar a dupla tributação, a facilitação do fluxo de pessoas a negócios e a turismo, e uma maior cooperação em temas de propriedade intelectual, dentre outros. Continuamos comprometidos com nosso programa de trabalho, consolidando-nos como foro de diálogo permanente do setor privado com o setor público de ambos os países na busca de extrairmos o máximo valor das relações bilaterais para as duas nações.
Frederico Fleury CuradoPresidente do CEBEU, Seção BrasileiraDiretor-Presidente, Embraer
for the members of the BUSBC Executive Committee to be
engaged in and committed to this process.
We face no shortage of challenges as we attempt to
reboot negotiations for a free trade agreement, enter into
an agreement to avoid double taxation, facilitate the flow
of people into business and tourism, and foster greater
cooperation on issues of intellectual property rights, among
other efforts. We continue to be committed to our work
program, solidly establishing ourselves as a standing forum
for dialogue between the private and public sectors of both
countries with a view toward making the most out of bilateral
relations for the benefit of the two nations.
Frederico Fleury CuradoChairman of BUSBC, Brazil SectionPresident and CEO, Embraer
ÍndiceTable of Contents
9 BRAZIL - U.S. BUSINESS COUNCIL
CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL – ESTADOS UNIDOS
COMITÊ EXECUTIVO10 EXECUTIVE COMMITTEE
13 60626566
WORK AGENDAAgreements
Dialogues, Cooperation and Partnerships
Market Access
Unilateral Measures
Multilateral Issues
PROGRAMA DE TRABALHO
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014
PARCEIROS
CONTATOS
AGENDA PROSPECTIVA 2015
ACTIVITIES REPORT 2014
PARTNERS
CONTACTS
2015 AGENDA
Acordos
Diálogos, Parcerias e Parcerias
Acesso a Mercados
Medidas Unilaterais
Temas Multilaterais
1428384952
8
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 9
Brazil - U. S.Business Council
Conselho EmpresarialBrasil - Estados UnidosConselho
O Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU),
criado em 1976, é o mais antigo e relevante mecanismo de
diálogo empresarial entre os dois países.
Presidência
A Seção Brasileira do CEBEU é presidida pela Embraer,
e a Seção Americana é presidida pela The Coca-Cola
Company® e vice-presidida pela Monsanto. Ambos os
lados, brasileiro e americano, contam com presidentes
eméritos, respectivamente o Embaixador Rubens Barbosa e
o Embaixador Anthony S. Harington.
Comitê Executivo
O Comitê Executivo, composto por entidades representativas
e empresas e grupos empresariais brasileiros, é o órgão
responsável pela análise de pertinência da agenda de políticas
públicas do Conselho, contando para isso com o apoio da
Secretaria Executiva. O Comitê se reúne em pelo menos dois
encontros durante o ano, podendo ser convocado para reuniões
extraordinárias. Além disso, as seções brasileira e americana do
Conselho se reúnem uma vez ao ano na Reunião Plenária, que
ocorre de modo alternado entre os países.
Secretaria Executiva
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) abriga a Secretaria
Executiva da Seção Brasileira do CEBEU, em Brasília, e a Seção
Americana do Conselho fica sob a administração da Câmara de
Comércio dos Estados Unidos (U.S. Chamber of Commerce), em
Washington, D.C. A Secretaria Executiva assessora o Presidente
e o Comitê Executivo do Conselho no desenvolvimento de suas
iniciativas, incluindo a formulação de seu Programa de Trabalho
e da estratégia de atuação na defesa de interesses, bem como
nos assuntos administrativos que se façam necessários.
Missão
Ser reconhecido como a principal instância empresarial brasileira
na coordenação e articulação dos processos de defesa de
interesses para o adensamento das relações econômicas,
comerciais e de investimentos entre o Brasil e os Estados Unidos.
Programa de Trabalho
O CEBEU organiza-se em torno de um Programa de Trabalho,
que é avaliado e aprovado pelos membros do Comitê Executivo.
Council
The Brazil-U.S. Business Council (BUSBC), founded in 1976,
is the longest standing and the leading business forum for
dialogue between the two countries.
Chairmanship
BUSBC’s Brazil Section is chaired by Embraer and its United
States Section is chaired by The Coca-Cola Company® and
vice-chaired by Monsanto. Ambassadors Rubens Barbosa
and Anthony S. Harrington are Chairmen Emeritus of the
Brazil and United States Sections, respectively.
Executive Committee
The Executive Committee, made up of Brazilian business
associations, companies and business groups, is the body in
charge of reviewing the suitability of the Council’s public policy
agenda, and is assisted in this task by the Executive Secretariat.
The Committee holds a minimum of two regular meetings per
year and may also convene special meetings at any time.
Additionally, the Brazil and United States Sections of the Council
meet once a year at the Plenary Meeting, with each country
hosting in alternating years.
Executive Secretariat
The Brazilian National Confederation of Industry (Confederação
Nacional da Indústria - CNI) houses the Executive Secretariat of
the Brazil Section of the BUSBC and the American Section of
the Council is administered by the U.S. Chamber of Commerce
in Washington, D.C. The Executive Secretariat advises the
Council Chairman and the Executive Committee on the progress
of its initiatives, including drafting the Work Program and the
advocacy action strategy in defense of business interests, as
well as on any administrative matters, which may require its
attention.
Mission
To be recognized as the premier business advocacy organization
dedicated to strengthening economic, trade and investment ties
between Brazil and the United States.
Work Program
The efforts of the BUSBC revolve around a Work Program, which
is reviewed and approved by the Executive Committee members.
10
PresidênciaFrederico Fleury Curado, Diretor-Presidente, Embraer
Vice-PresidênciaNelson Salgado, Vice-Presidente, Embraer
Presidência HonoráriaEmbaixador Rubens Barbosa, Presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
Entidades Empresariais• Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC)• Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes
(ABIEC)• Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)• Associação Nacional dos Exportadores de Sucos
Cítricos (CITRUSBR)• Câmara Americana de Comércio (AMCHAM)• Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro (AMCHAM-Rio)• Coalizão das Indústrias Brasileiras (BIC)• Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)• Confederação Nacional da Indústria (CNI)• Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF)• Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC)• Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)• Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN)• Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ)• Instituto Brasileiro do Algodão (IBA)• União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA)
ChairmanFrederico Fleury Curado, CEO-Presidente, Embraer
Vice-ChairmanNelson Salgado, Vice-President, Embraer
Chairman EmeritusAmbassador Rubens Barbosa, Chairman of the High Council of Foreign Commerce, Federation of Industries of the State of São Paulo (FIESP)
Business Associations• Brazilian Association of the Personal Hygiene, Perfume
and Cosmetics Industry (ABIHPEC)• Association of Brazilian Beef Exporters (ABIEC)• Brazilian Foreign Trade Association (AEB)• Brazilian Association of Citrus Exporters (CITRUSBR)• American Chamber of Commerce (AMCHAM)• Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro
(AMCHAM-Rio)• Brazil Industries Coalition (BIC)• Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)• National Confederation of Industry (CNI)• National Confederation of Financial Institutions (CNF)• National Confederation of Trade in Goods, Services and
Tourism (CNC)• Federation of Industries of the State of São Paulo
(FIESP)• Federation of Industries of the State of Rio de Janeiro
(FIRJAN)• Brazilian Tree Industry (IBÁ)• Brazilian Cotton Institute (IBA)• Brazilian Sugarcane Industry Association (UNICA)
Comitê
Executivo ExecutiveCommitee
10
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 11
Empresas e Grupos Empresariais
• Barral M Jorge• Braskem• Camargo Corrêa• Coteminas• Embraer
Secretaria ExecutivaSilvia Menicucci Especialista, Secretária Executiva do CEBEU, Gerência de Política Comercial, CNI
Michelle QueirozAnalista, Gerência Executiva de Comércio Exterior, CNI
Apoio InstitucionalRobson Braga de AndradePresidente, CNI
Carlos Eduardo AbijaodiDiretor de Desenvolvimento Industrial, CNI
Diego BonomoGerente Executivo de Comércio Exterior, CNI
Constanza NegriGerente de Política Comercial, CNI
• Gerdau• Natura• Oxiteno• TOTVS• Veirano Advogados
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 11
Companies and Business Groups • Barral M Jorge• Braskem• Camargo Corrêa• Coteminas• Embraer
Executive SecretarySilvia Menicucci Specialist, Executive Secretariat of the BUSBC, Trade Policy Unit, CNI
Michelle QueirozAnalyst, Foreign Trade Unit, CNI
Institutional SupportRobson Braga de AndradePresident, CNI
Carlos Eduardo AbijaodiDirector of Industrial Development, CNI
Diego BonomoExecutive Manager for Foreign Trade, CNI
Constanza NegriTrade Policy Manager, CNI
• Gerdau• Natura• Oxiteno• TOTVS• Veirano Advogados
12
O Programa de Trabalho do CEBEU é elaborado pela
Secretaria Executiva, em consulta com a Presidência e o
Comitê Executivo do Conselho.
O Programa de Trabalho referente aos anos de 2015-2016 foi
construído tendo como objetivo a melhoria do ambiente de
negócios entre o Brasil e os Estados Unidos. Os temas de
interesse foram reunidos em cinco grupos: (1) acordos; (2)
diálogos, cooperação e parcerias; (3) acesso a mercados; (4)
medidas unilaterais; e (5) temas multilaterais.
BUSBC’s Work Program is drafted by the Executive
Secretariat in consultation with the Chair and the Executive
Committee of the Council.
The 2015-2016 Work Program was crafted with a mind toward
improving the Brazil-United States business environment. Issues
of concern were grouped under five areas: (1) agreements; (2)
dialogue, cooperation and partnerships; (3) market access; (4)
unilateral measures; and (5) multilateral issues.
Programa de
TrabalhoWork
Program
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 13
14
1.1. Acordo de Livre Comércio
O CEBEU defende a negociação de um Acordo de Livre
Comércio (ALC)1 entre o Brasil e os Estados Unidos, e considera
oportuno que os governos anunciem o início de estudos para
a avaliação e a definição de escopo (scoping exercise) de um
potencial ALC para o lançamento de futuras negociações.
Desde a interrupção das negociações para a criação da Área de
Livre Comércio das Américas, em 2005, não ocorreram avanços
nas negociações entre os governos dos dois países sobre a
possibilidade de um amplo processo de liberalização comercial e
integração econômica.
O CEBEU acredita que o Acordo de Cooperação Econômica e
Comercial (ACEC)2, celebrado em 2011, pode viabilizar a retomada
dessa discussão, no âmbito da Comissão Brasil-Estados Unidos
para Relações Econômicas e Comerciais, que possui reunião
prevista para o segundo semestre de 2015, conforme Comunicado
Conjunto dos presidentes, de junho do mesmo ano.
1.2. Acordo para Evitar a Dupla Tributação
O CEBEU defende a negociação de um Acordo para Evitar a Dupla Tributação (ADT)3, entre o Brasil e os Estados Unidos, incluindo um Acordo para Evitar a Dupla Tributação do Transporte Aéreo e Marítimo Internacional.
No que se refere aos investimentos brasileiros no exterior, os Estados Unidos se destacam entre os principais destinos. O total de ativos de empresas brasileiras nos Estados Unidos aumentou 221% no período de 2007 a 2012, alcançando US$ 93,6 bilhões.4 Também houve significativo aumento nos fluxos de investimento direto brasileiro aos Estados Unidos, registrando-se US$ 5,8 bilhões no período 2010-2012.5 Essas quantias excedem os fluxos de investimentos aos Estados Unidos de outras economias emergentes, tais como México, China, Índia, Turquia e África do Sul.6 Ainda, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação
1. Acordos
1 Free Trade Agreement (FTA). 2 Agreement on Trade and Economic Cooperation (ATEC).3 Bilateral Tax Treaty (BTT).4 Fonte: US Bureau of Economic Analysis (BEA).5 Fonte: United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD).6 APEX-BRASIL; CNI. Brazil-US Investments Map: Enhancing the Bilateral
Economic Partnership, 2015.
1 Source: U.S. Bureau of Economic Analysis (BEA).2 Source: United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD).3 APEX-BRASIL; CNI. Brazil-US Investments Map: Enhancing the Bilateral
Economic Partnership, 2015.4 Thirty-nine of the 66 companies that took part in the survey in 2014 had a
presence in the United States, and 67% of those companies cited the United
States as their top international market. FUNDAÇÃO DOM CABRAL (FDC).
FDC Ranking of Brazilian Multinationals 2014: The Strength of the Brazilian
Brand in Creating International Value. Nova Lima, MG: FDC Núcleo de Ne-
gócios Internacionais, 2014.
14
1.1. Free Trade Agreement
BUSBC advocates negotiating a Brazil-U.S. Free Trade Agreement (FTA) and believes the governments should announce the start of a scoping exercise for a potential FTA in order to lay the groundwork for future negotiations.
Since the suspension of negotiations for the creation of a Free Trade Area in 2005, no further progress has been made in negotiations between the governments of the two countries on potentially easing a wide range of trade restrictions and fostering economic integration.
BUSBC believes that the Agreement on Trade and Economic Cooperation (ATEC), signed in 2011, could help to revive that discussion in the context of the Brazil-U.S. Joint Commission on Economic and Trade Relations, which has scheduled a meeting for the second half of 2015, according to the Joint Communiqué of the two Presidents in June of this year.
1.2. Bilateral Tax Treaty
BUSBC is in favor of negotiating a Brazil-U.S. Bilateral Tax Treaty (BTT), including an Agreement to Avoid Double Taxation on International Air and Maritime Transport.
The United States is one of the top destinations for Brazilian foreign investment. The total value of the assets in the United States belonging to Brazilian companies rose 221% in the period 2007-2012 to US$ 96.7 billion.1 There was also a significant rise in Brazilian direct investment flows into the United States, which totaled US$ 5.8 billion for the period 2010-2012.2 Those amounts surpass the investment flows into the United States from other emerging economies, such as Mexico, China, India, Turkey and South Africa.3 Moreover, a survey conducted by the Dom Cabral Foundation revealed that Brazilian companies have their most
significant presence in the American market.4
1. Agreements
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 15
Dom Cabral, o mercado americano é aquele que registra a presença mais significativa de empresas brasileiras7.
A celebração de um ADT poderá resultar em redução da
carga tributária dessas empresas, bem como contribuir para
a facilitação de negócios e investimentos em curso e futuros.
Cabe ressaltar que um acordo dessa natureza não beneficia
somente empresas brasileiras com investimentos nos Estados
Unidos, mas também aquelas que realizam pagamentos de
serviços e royalties àquele país. Os Estados Unidos foram a
principal fonte dos serviços importados pelo Brasil, totalizando
US$ 13,2 bilhões em 20148.
7 De 66 empresas que participaram da pesquisa em 2014, 39 possuem pre-
sença nos Estados Unidos, e 67% das empresas indicam os Estados Uni-
dos como seu principal mercado internacional. FUNDAÇÃO DOM CABRAL
(FDC). Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2014: A Força da Marca
Brasil na Criação de Valor Internacional. Nova Lima, MG: FDC Núcleo de
Negócios Internacionais, 2014. 8 Fonte: SISCOSERV, Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC). Dados consolidados.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 15
Executing a BTT could lighten the tax burden on those companies,
as well as help to facilitate current and future business and
investment. It must be noted that an agreement of that nature
not only benefits Brazilian companies with investments in the
United States, but also Brazilian companies that make payment
for services and royalties to that country. The United States was
the top source of services imported into Brazil, with the total
value reaching US$13.2 billion in 2014.5
Specifically regarding an agreement to avoid double taxation
on profits from international air and maritime transportation, the
main objective is that the profits resulted from passenger and
freight transportation operations between the two countries
only be taxed in the carrier’s home country.
Following enactment of the Foreign Account Tax Compliance
Act (FATCA), the 2010 Protocol amending the Multilateral
Convention on Mutual Administrative Assistance in Tax Matters,
5 Source: SISCOSERV, Ministry of Development, Industry and Foreign Trade
(MDIC). Consolidated data.
16
No caso do acordo para evitar a dupla tributação dos lucros
resultantes do transporte internacional aéreo e marítimo, busca-
se que os lucros obtidos pela exploração de operações de
transporte de passageiros e de cargas, entre os dois países,
sejam tributados unicamente no país da empresa que o realiza.
Após a repercussão global do Foreign Account Tax
Compliance Act (FATCA), a Convenção Multilateral sobre
Assistência Administrativa Mútua em Assuntos Fiscais
de 1988, emendada pelo Protocolo de 2010, patrocinada
pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE), ganhou visibilidade por se tratar de
um instrumento multilateral relativo à cooperação tributária,
voltado a coibir a evasão fiscal por meio da multilateralização
de obrigações de troca de informações. O Brasil assinou a
referida Convenção em 3 de novembro de 2011, mas ainda
não a ratificou.9 O prazo final para a implementação das
medidas relacionadas à Convenção e seu Protocolo é 2018.10
Os países não aderentes às normas da Convenção da OCDE
enfrentarão maiores resistências para efetuarem operações
financeiras e negócios com os aqueles que aderiram à Convenção,
caso dos Estados Unidos, perdendo em competitividade. Assim,
caso o Brasil não a ratifique e implemente suas normas, poderá
sofrer restrições econômicas, financeiras diretamente e comerciais
indiretamente, nas relações com o mercado americano.
No que respeita à contribuição previdenciária e a dupla
tributação, um passo importante foi dado com a assinatura do
Acordo de Previdência Social, em 30 de junho de 2015, entre
Brasil e Estados Unidos. O acordo, quando vigente, beneficiará
brasileiros e americanos, permitindo a continuidade de cobertura
previdenciária, quando um empregado for enviado para trabalhar
temporariamente em outro país, e eliminando situações em que
o empregador e o empregado poderiam ter que contribuir para
previdência social dos dois países pelo mesmo trabalho. Isso
9 MSC 270/2014, convertida no PDC 84/2015.10 O Brasil precisa ainda aprovar a convenção no Congresso Nacional para,
posteriormente, aderir ao Common Response Standards (CRS) e assinar o
Competent Authority Agreement (CAA). O CRS será um sistema informati-
zado para a troca automática de informações sobre os contribuintes dos
países signatários. Já o CAA engloba as medidas que regulamentam, nor-
matizam e operacionalizam a troca de informações.
sponsored by the Organization for Economic Cooperation and
Development (OECD), drew worldwide attention, inasmuch
as it was a multilateral instrument on tax law enforcement
cooperation, aimed at deterring tax evasion by introducing a
multilateral obligation to exchange information. Brazil signed
the aforementioned Convention on November 3, 2011, but has
yet to ratify it.6 The deadline for implementation of the measures
provided for under the Convention and the Protocol is 2018.7
Countries that do not adhere to the standards of the OECD
Convention will have a harder time conducting financial and
business transactions with countries that have acceded to
the Convention, such as the United States, and will become
less competitive. Consequently, should Brazil fail to ratify the
Convention and implement the standards provided for therein,
it will be directly subject to economic and financial restrictions
and, indirectly, to commercial restrictions, when interacting
with the American market.
As for double contribution to social security systems, a
significant step was taken to remedy this problem with the
signing of the Social Security Totalization Agreement between
Brazil and the United States, on June 30, 2015. Once it
comes into effect, the agreement benefits both Brazilians
and Americans by allowing social security contributions to be
placed on hold in the home country when an employee from
one country is assigned temporarily to work in the other, thus
eliminating the possibility of an employer or employee being
required to pay twice into the two social security systems
for the same work. This will result in substantial savings and
make Brazilian and American companies more competitive.8
6 MSC 270/2014, changed to PDC 84/2015.7 Brazil still needs to approve the Convention in the National Congress and
then join the Common Response Standards (CRS) and sign the Competent
Authority Agreement (CAA). The CRS will be a computerized system for au-
tomatic exchange of information on the taxpayers of the signatory countries.
The CAA provides for measures to regulate, standardize and operationalize
information exchange.8 Under art. 5º of the Brazil-U.S. Social Security Totalization Agreement,
workers or employers who are temporarily assigned to the other country for
work, may continue to pay into the social security system of their country
of origin, for a period of up to five years, provided certain requirements are
fulfilled.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 17
resultará em economia substancial e aumentará a competitividade
econômica das empresas brasileiras e americanas.11
1.3. Facilitação do Fluxo de Pessoas
O CEBEU apoia a inclusão do Brasil na lista de países
beneficiários do Global Entry dos Estados Unidos. Esse
programa não dispensa o visto entre os países, mas traz como
vantagem principal a rapidez nos procedimentos imigratórios,
devendo contar com a reciprocidade por parte do Brasil.
O CEBEU comemora a decisão do governo brasileiro de
participar do Global Entry, e o compromisso assumido pelos
presidentes, no Comunicado Conjunto, de 30 de junho de
2015, de tomar as medidas necessárias para concretizar a
participação nesse programa até a primeira metade de 2016.
Por sua vez, o Visa Waiver Program assegura a isenção de visto
para viagens de turismo e negócios, que não excedam a 90
dias, mediante um sistema eletrônico de autorização de viagem
(Electronic System for Travel Authorization - ESTA). Esse programa
é possível para países que cumpram com as condições previstas
na legislação americana (Section 217, c of the Immigration and
Nationality Act, Title 8 U.S.C., § 1187), em especial: apresentar
baixos percentuais de vistos negados; cumprir com requisitos
relativos a documentos de viagens; cooperar com as autoridades
americanas em questões de segurança; e prover reciprocidade na
isenção de vistos para cidadãos americanos.
Em 11 de julho de 2012, foi assinada a Declaração Conjunta
de Intenções entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE)
do Brasil e o Departamento de Segurança Interna dos Estados
Unidos sobre Cooperação para a Facilitação de Viagens12, que se
comprometeram a trabalhar em estreita colaboração para atender
aos requisitos do Visa Waiver Program e da legislação brasileira
aplicável, de maneira a possibilitar que cidadãos dos Estados
Unidos e do Brasil viajem entre os dois países sem necessitar de
11 O Acordo de Previdência Social, firmado entre Brasil e Estados Unidos,
prevê o deslocamento temporário no art. 5º, permitindo que o trabalhador
e o seu empregador continuem vinculados à previdência social do país de
origem, por cinco anos, desde que observadas determinadas condições.12 Os governos registram sua decisão de aprofundar a cooperação bilate-
ral para discutir programas recíprocos para viajantes entre os dois países,
baseada no Comunicado Conjunto entre a Presidenta Dilma Rousseff e o
Presidente Barack Obama, de 9 de abril de 2012, em Washington, D.C.
1.3 Facilitating the Flow of Persons
BUSBC supports adding Brazil to the list of beneficiary
countries in the U.S. Global Entry Program. This program
does not dispense with visa requirements between the two
countries, but does provide a major advantage in expediting
immigration procedures and should be reciprocated by
Brazil. BUSBC hails the decision of the Brazilian government
to participate in Global Entry, as well as the commitment
announced by the two Presidents in the Joint Communiqué
of June 30, 2015, to take the necessary measures to make
participation in this program effective by mid 2016.
In turn, the Visa Waiver Program ensures visa waivers for
purposes of tourism and business, for stays shorter than
90 days, using an electronic travel authorization system
(Electronic System for Travel Authorization - ESTA). This
program is available to countries meeting certain requirements,
as set forth under U.S. law (Section 217, c of the Immigration
and Nationality Act, Title 8 U.S.C., § 1187). Specifically,
these requirements are: having a history of very few visa
applications denied; meeting travel document requirements;
cooperating with U.S. authorities on security issues; and
providing reciprocal visa exemptions to American citizens.
On July 11, 2012, a Joint Statement of Intent toward Cooperation
on Travel Facilitation was signed by the Brazilian Ministry of
Foreign Relations (Ministério de Relações Exteriores - MRE)
and the U.S. Department of Homeland Security,9 which both
undertook to work in close collaboration with each other to meet
the requirements of the Visa Waiver Program and of applicable
Brazilian legislation, in order to make it possible for citizens of
the United States and Brazil to travel between the two countries
without the need of a visa. Accordingly, a Working Group on
Visa Issues was instituted to propose measures and procedures
to implement this presidential directive.
No progress was made on this topic until June 2015, when the
Presidents pledged in a Joint Communiqué to work together
to meet the requirements of the Visa Waiver Program and the
9 The governments put their decision in writing to further bilateral cooperation in
discussing reciprocal programs for travelers between the two countries, accor-
ding to the Joint Communiqué between President Dilma Rousseff and President
Barack Obama, April 9, 2012, in Washington, D.C.
18
visto. Foi, então, instituído um Grupo de Trabalho sobre Assuntos
Relativos a Vistos para propor medidas e procedimentos para a
implementação dessa diretriz presidencial.
O tema permaneceu sem avanços até junho de 2015, quando
os presidentes se comprometeram, em Comunicado Conjunto,
a trabalhar em conjunto para que se cumpram os requisitos do
Visa Waiver Program e da legislação brasileira correspondente,
para permitir viagens sem vistos de cidadãos brasileiros e
americanos entre os dois países. O CEBEU solicita que as
ações acordadas por ambos os governos avancem, e que
seus resultados sejam publicados periodicamente, permitindo
seu acompanhamento pelo setor privado.
Na busca do alcance dos dois objetivos acima, o Conselho
participa da Brazil-U.S. Visa Free Coalition, juntamente com
empresas e associações empresariais brasileiras e americanas,
que defendem a participação brasileira em ambos os programas
- Global Entry e Visa Waiver Program -, estimulando o comércio
bilateral, o intercâmbio cultural e a criação de empregos.
Além disso, o CEBEU defende que futuras negociações
voltadas ao alcance de um ALC entre Brasil e Estados Unidos
contemplem um percentual de quota do visto H-1B (ocupação
de especialista) específico para brasileiros.
18
corresponding Brazilian legislation and thus make it possible
for Brazilian and American citizens to travel between the two
countries without the need for a visa. BUSBC calls for the
actions agreed upon by both governments to move toward
implementation and for the results thereof to periodically be
made public, in order for the private sector to be able to
closely follow developments in this area.
In an effort to help to achieve the two above-cited objectives,
the Council is participating in the Brazil-U.S. Visa Free Coalition,
along with Brazilian and American companies and business
associations, which espouse Brazilian participation in both
programs - Global Entry and the Visa Waiver Program -, in order
to foster bilateral trade, cultural exchange and job creation.
BUSBC also advocates that future negotiations aimed at
achieving a Brazil-U.S. FTA provide for a quota of H-1B visas
(specialty occupation), specifically for Brazilians.
1.4. Trade Facilitation
1.4.1. RatificationoftheTradeFacilitationAgreement
BUSBC hopes that the Brazilian and American governments
will respect the commitment announced in the Joint
Communiqué of June 30, 2015, to ratify the Trade Facilitation
Agreement (TFA) of the World Trade Organization (WTO), by
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 19
1.4. Facilitação de Comércio
1.4.1. RatificaçãodoAcordodeFacilitaçãodeComércio
O CEBEU espera que os governos brasileiro e americano
prezem pelo compromisso assumido, no Comunicado
Conjunto, de 30 de junho de 2015, de ratificar o Acordo de
Facilitação de Comércio (AFC) da Organização Mundial do
Comércio (OMC), até dezembro de 2015, em Nairóbi.
1.4.2. Cooperação em Relação aos Portais Únicos de Comércio Exterior
O CEBEU defende que seja fortalecida a cooperação no âmbito
da implementação e operação dos portais únicos de comércio
exterior13 brasileiro e americano. A interação entre os países
na implementação de seus portais únicos contribuirá para o
aumento da eficiência do comércio exterior e da competitividade
exportadora, por meio da redução de prazos e custos, e maior
transparência, previsibilidade e simplificação de processos.
13 Single Windows.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 19
December 2015, prior to the Tenth WTO Ministerial Meeting
in Nairobi.
1.4.2. Cooperation on Single Windows for International Trade
BUSBC supports strengthening cooperation by implementing
and operating single window systems for international trade
between Brazil and the United States. Engagement between
the two countries through single window systems will help
to make foreign trade more efficient and exports more
competitive, by shortening waiting times and cutting costs,
and introducing greater transparency, predictability and
simplification into the processes.
Accordingly, the Council hails the commitment announced by the
Brazilian and American governments in the Joint Communiqué to
hold meetings by the end of 2015 to exchange experiences and
best public and private practices. The private sector of both countries
looks forward to participating in and contributing to that dialogue.
20
Assim, o Conselho comemora o compromisso assumido pelos
governos brasileiro e americano, no Comunicado Conjunto, de iniciar
reuniões para o intercâmbio de experiências e melhores práticas
públicas e privadas, antes do final de 2015. O setor privado de
ambos os países espera poder participar e contribuir nesse diálogo.
Do lado brasileiro, a construção do Portal Único de Comércio
Exterior teve início em 22 de abril de 201414, coordenado pela
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB), com expectativa de estar
plenamente funcional em 2017. Do lado americano, a Ordem
Executiva 13.659, de 19 de fevereiro de 2014, estabeleceu a
implementação de um novo portal único pelo Departamento de
Segurança Interna, com previsão de conclusão das atividades
de modernização para aprimorar a segurança e a facilitação do
fluxo de mercadorias para dezembro de 2016.
1.4.3. Acordo de Reconhecimento Mútuo entre os Programas Brasileiro e Americano de Operador Econômico Autorizado
O CEBEU defende a negociação de um Acordo de Reconhe-
cimento Mútuo (ARM)15 entre os programas de Operador Eco-
nômico Autorizado (OEA)16 brasileiro e americano, de modo a
acelerar o processo de despacho aduaneiro de suas respec-
tivas empresas, pelo estabelecimento de padrões de segu-
rança e informações aceitáveis para ambos. Esse programa,
pelos seus reflexos positivos na integração das cadeias pro-
dutivas e na fluidez do comércio internacional, é fundamental
para aumentar a competitividade.
Em dezembro de 2014, o Brasil lançou o Programa Brasileiro
de OEA.17 A implementação do programa brasileiro está sen-
do feita em três fases. A fase do módulo “OEA Segurança”,
com foco no fluxo de exportação, está em operação desde
março de 2014, com cinco empresas certificadas (Embraer,
DHL, Aeroporto de Viracopos, 3M e CNH América Latina).
O “OEA Conformidade” tem expectativa de entrar em ope-
ração em novembro de 2015, com foco na importação. Já o
14 Decreto 8.229, de 22 de abril de 2014. [DOU de 23.04.2014]15 Mutual Recognition Arrangement (MRA).16 Authorized Economic Operator (AEO).17 Instrução Normativa da RFB 1.521, de 04 de dezembro de 2014. [DOU
de 05.12.2014]
On the Brazilian side, construction of the Single Window
for Foreign Trade began on April 22, 201410, under the
coordination of the Secretariat for Foreign Trade (Secretaria
de Comércio Exterior - SECEX) and the Secretariat for Federal
Revenue of Brazil (Secretaria da Receita Federal do Brasil -
RFB), with the expectation of being fully functional in 2017. On
the American side, Executive Order 13.659 of February 19,
2014, established the implementation of a new single window
under the Department of Homeland Security. Completion
of the modernization efforts aimed at enhancing security
and streamlining the flow of goods through this window is
scheduled for December 2016.
1.4.3. Agreement on Mutual Recognition of Brazilian and American Authorized Economic Operator Programs
BUSBC advocates negotiating a Mutual Recognition
Agreement (MRA) between Brazilian and U.S. Authorized
Economic Operator (AEO) programs in order to expedite the
process of customs clearance of their respective companies
by establishing mutually acceptable security and information
standards. Because of its positive effect on supply chain
integration and on international trade flow, this program is
essential to increase competitiveness.
In December 2014, Brazil launched its AEO Program.11 The
Brazilian program is being implemented in three phases. The
phase of the “AEO Security” module, focusing on export flow,
has been in operation since March 2014, with five companies
currently listed as certified (Embraer, DHL, Viracopos Airport,
3M and CNH América Latina). The “AEO Conformity” phase
is expected to launch in November 2015, with a focus on
imports. The phase of “AEO Integration” with other foreign trade
control procedures is scheduled to begin in December 2016.
The government’s goal is to have 50% of Brazil’s foreign trade
being conducted through AEO certification by 2019. In the
United States, the Customs-Trade Partnership Against Terrorism
Program (C-TPAT) of the Customs Enforcement and Border
Protection Agency was launched as a cooperative measure
between the private and public sector in 2001 and ruled by the
Security and Accountability for Every Port Act of 2006.
10 Decree 8.229, of April 22, 2014. [Official Gazette of the Union (Diário Oficial
da União - DOU) of April 23, 2014]11 Regulatory Instruction of the RFB, of December 4, 2014. [DOU of May 12,
2014]
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 21
18 Customs-Trade Partnership Against Terrorism Program (C-TPAT).19 Security and Accountability for Every Port Act of 2006.20 Atualmente, os Estados Unidos possuem ARM dos programas de OEA
firmados com Canadá, Cingapura, Coréia do Sul, Israel, Japão, Jordânia,
México, Nova Zelândia, Taiwan e União Europeia.21 O Plano de Trabalho foi acordado tendo em consideração o Acordo re-
lativo à Assistência Mútua entre as suas Administrações Aduaneiras, de 20
de junho de 2002. Decreto Legislativo 209, de 20 de maio de 2004 [DOU
de 24.05.2004]. Decreto 5.510, de 5 de abril de 2005 [DOU de 06.04.2005].
“OEA Integrado”, com outros procedimentos de controle de
comércio exterior, está previsto para dezembro de 2016. A
meta do governo é ter, até 2019, 50% do comércio exterior
do Brasil sendo feito por meio das certificações do OEA. Nos
Estados Unidos, o Programa de Parceria Aduana-Empresa
contra o Terrorismo18, da Agência de Fiscalização de Adu-
ana e Proteção de Fronteiras, foi iniciado como medida de
cooperação entre setor público e privado em 2001, vindo a
ser regulado em 200619.
Tendo em vista que seu Programa de OEA ainda não foi
concluído, o Brasil não possui nenhum ARM com parceiros
comerciais. Por sua vez, os Estados Unidos já firmaram dez
ARM com parceiros comerciais.20
O CEBEU comemora o Plano de Trabalho Conjunto sobre
Reconhecimento Mútuo dos seus Respectivos Programas de
OEA21, firmado em 30 de junho de 2015, entre o Departamento
de Segurança Interna dos Estados Unidos, por meio da
Agência de Fiscalização de Aduana e Proteção de Fronteiras
dos Estados Unidos, e o Ministério da Fazenda do Brasil, por
meio da Secretaria da RFB. O Plano de Trabalho indicou como
pontos de contato o Comissário Adjunto para o Escritório de
Operações de Campo, pelos Estados Unidos, e o Coordenador-
Geral da Administração Aduaneira, pelo Brasil, e estipulou um
processo de quatro fases para alcance do reconhecimento
mútuo de seus programas de OEA: estudo dos respectivos
programas; visitas de validação conjuntas; desenvolvimento
de procedimentos operacionais de reconhecimento mútuo;
consideração dos resultados.
Na prática, a intenção é que os procedimentos burocráticos
de importações e exportações entre os dois países sejam
agilizados. Uma vez assinado o ARM, os Estados Unidos
reconhecerão que os procedimentos adotados na certificação
de OEA realizados no Brasil são equivalentes aos seus, e
vice-versa. As empresas brasileiras serão automaticamente
In view of the fact that its AEO Program has still not been
completed, Brazil does not have any MRA in effect with any
trading partners. The United States, however, has entered into
ten MRAs with trading partners.12
BUSBC applauds the Joint Work Plan Regarding Mutual
Recognition of their Respective AEO Programs,13 signed on
June 30, 2015, between the U.S. Department of Homeland
Security, through the U.S. Customs Enforcement and
Border Protection Agency, and the Brazilian Ministry of
Finance, through the RFB. The Work Plan listed the Assistant
Commissioner of the Office of Field Operations as the U.S.
point of contact and, the Coordinator General of the Customs
Administration as the Brazilian contact, as well as laying out
a four-stage process to achieve mutual recognition of each
one’s AEO programs: review of the respective programs; joint
validation visits; developing operating procedures for mutual
recognition; evaluation of results.
In practical terms, the intention of this initiative is to streamline
paperwork for imports and exports between the two countries.
Once the MRA is signed, the United States will recognize that
the procedures for certifying AEOs in Brazil are the equivalent
of its own, and vice versa. Brazilian companies will be
automatically recognized by customs as low-risk and in this
way the export process will be expedited and their products
will become more competitive in the U.S. market, the second
largest destination country of Brazilian exports.
BUSBC looks forward to providing input at actions scheduled
under the Work Plan and is in favor of setting a timeline for
implementation, as set forth in the document itself, and public
dissemination in order for the private sector to be kept up-to-
date on progress in transitioning from one stage to another.
1.4.4. Memorandum of Intent on Trade Facilitation
As a result of the Commercial Dialogue, on March 19, 2015,
the bilateral Memorandum of Intent on Trade Facilitation was
12 Currently, the United States has AEO program MRAs with Canada, Singa-
pore, South Korea, Israel, Japan, Jordan, Mexico, New Zealand, Taiwan and
the European Union.13 The Work Plan was agreed upon taking into consideration the Agreement
on Mutual Assistance between Customs Administrations, of June 20, 2002.
Legislative Decree 209, of May 20, 2004 [DOU of May 24, 2004]. Decree
5.510 of April 5, 2005 [DOU of April 6, 2005].
22
reconhecidas na aduana como empresas de baixo risco,
tornando a exportação mais ágil e possibilitando aumento
de competitividade aos produtos no mercado americano, o
segundo país de maior destino das exportações brasileiras.
O CEBEU espera poder contribuir nas atividades previstas
no Plano de Trabalho e defende o estabelecimento do
cronograma para sua implementação, conforme previsto no
próprio documento, e sua publicação para que a superação
das fases possa ser de conhecimento do setor privado.
1.4.4. Memorando de Intenções sobre Facilitação de Comércio
Como resultado do Diálogo Comercial, foi firmado em 19 de
março de 2015, o Memorando de Intenções sobre Facilitação
de Comércio22. O CEBEU vem participando das discussões
com o MDIC sobre os desenvolvimentos do compromisso
firmado no Memorando de Intenções.
O Conselho defende que o regime de remessas expressas
seja priorizado no diálogo bilateral sobre facilitação de
comércio. Os governos brasileiro e americano podem
reforçar a parceria, com a assinatura de um Memorando de
signed between the Brazilian
Ministry of Development, Industry and Foreign
Trade (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior - MDIC) and the U.S. Department of Commerce
(DOC). BUSBC has been engaged in discussions with the
MDIC on developments pertaining to the commitment set
forth in the Memorandum of Intent.
The Council supports making the topic of express delivery rules
a high priority in bilateral dialogue on trade facilitation. The
governments of Brazil and the United States could reinforce
their partnership by signing a Memorandum of Understanding
in the context of the 2002 Agreement on Mutual Assistance
between Customs Administrations, pledging to reach specific
benchmarks on express delivery, by way of scheduled
improvements to the Brazilian system.
Even though Brazil has enacted regulations in this area, the
new requirements instituted under the WTO TFA have not
been fully met. Technological solutions must be developed
to enable proper implementation of these requirements and
the criteria set forth in the agreement, which would help
to streamline the process and reduce shipping costs by
expanding the use of air transport.
22 Memorandum of Intent between the Ministry of Development, Industry and
Foreign Trade of the Federative Republic of Brazil and the Department of
Commerce of the United States of America on Trade Facilitation.
22
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 23
Entendimento, no âmbito do
Acordo relativo à Assistência Mútua entre as
suas Administrações Aduaneiras de 2002, comprometendo-se
em avanços específicos relativos a remessas expressas como
um projeto para o aprimoramento do sistema brasileiro.
Embora o Brasil possua regulação nessa área, ainda não cumpre
integralmente a nova disciplina trazida pelo AFC da OMC. Há
necessidade de se desenvolver soluções tecnológicas que
permitam a implantação e os critérios definidos no acordo, o que
permitirá aumentar a agilidade e reduzir os custos de transporte,
expandindo o uso do modal aéreo.
O CEBEU apoia e aguarda que o sistema de remessas
expressas no país possa ser aprimorado e ampliado, com
procedimentos e tecnologia que tenham foco na movimentação
da carga expressa de forma rápida e segura, e tratamento
das informações previamente à operação, podendo resultar,
inclusive, na criação de um “hub logístico” no Brasil.
BUSBC is in favor of this effort and is eager for the express
shipping system in the country to be enhanced and expanded,
through more efficient procedures and technology focused
on moving express freight swiftly and securely, and pre-
transaction processing of information, which could also lead
to the creation of a logistics hub in Brazil.
1.5. Regulatory Cooperation
BUSBC advocates strengthening regulatory cooperation,
including regulatory coherence and convergence, between
the United States and Brazil.
As for regulatory coherence, the Council supports engaging
in further dialogue between the Office of the Chief of Staff of
the Brazilian Presidency’s Program to Strengthen Institutional
Capacity for Management in Regulation (PRO-REG) and the
White House’s Office of Information and Regulatory Affairs
(OIRA), focusing on best practices and information exchange.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 23
24
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 25
1.5. Cooperação Regulatória
O CEBEU defende que a cooperação regulatória, incluindo
a coerência regulatória e a convergência regulatória, seja
fortalecida entre os Estados Unidos e o Brasil.
Em coerência regulatória, o Conselho apoia o aprofundamento
do diálogo entre o Programa de Fortalecimento da Capacidade
Institucional para Gestão em Regulação (PRO-REG) da Casa Civil
e o Gabinete da Casa Branca para Assuntos Regulatórios e de
Informação, com foco em boas práticas e troca de informações.
O diálogo a respeito de convergência regulatória teve início
durante a reunião do Diálogo Comercial MDIC-DOC no início
de 2015, a partir da identificação de interesses setoriais para
avanços. Em 30 de junho de 2015, foi firmado o Memorando de
Intenções entre o Departamento de Comércio e o MDIC sobre
Normas Técnicas e Avaliação de Conformidade. O memorando
estipulou ações conjuntas atinentes a medidas sobre normas
técnicas e avaliação de conformidade relacionadas ao comércio,
nas seguintes áreas: promoção do uso de normas técnicas
internacionais; cooperação no desenvolvimento de normas
técnicas; promoção de sistemas internacionais de avaliação
da conformidade; apoio a iniciativas setoriais para facilitar o
comércio; diretrizes para apoiar a cooperação setorial; apoio às
unidades nacionais de intercâmbio de informação das partes
(pontos focais do Acordo sobre Barreiras Técnicas).
O Conselho considera o memorando um passo importante na
sistematização das atividades de cooperação nesta área e tem grande
interesse em contribuir para a implementação de suas atividades.
1.6. Acordo de Compartilhamento de Exame de Patentes
O CEBEU defende a negociação de um Acordo de
Compartilhamento de Exame de Patentes23 para assegurar a
cooperação entre os escritórios brasileiro e americano, visando
facilitar a análise e concessão de patentes. Esse acordo
evitará a duplicação de esforços dos examinadores do Brasil
e dos Estados Unidos ao assegurar o acesso recíproco e uso
voluntário das análises realizadas pelos escritórios, de modo a
permitir que uma patente seja concedida em tempo reduzido,
contribuindo para promover a inovação e o investimento nas
economias de ambos os países.
23 Patent Prosecution Highway Agreement (PPH).
Discussion on regulatory convergence began during the
MDIC-DOC Commercial Dialogue in early 2015, by identifying
areas of mutual sectorial interest where progress could be
made. On June 30, 2015, the Memorandum of Intent between
the U.S. Department of Commerce and the MDIC on Standards
and Conformity Assessment was signed. The memorandum
lays out joint trade-related measures pertaining to standards
and conformity assessment in the following areas: promotion
of use of international standards; cooperation in standard
development; promotion of international conformity assessment
systems; support for sectorial initiatives to facilitate trade;
directives supporting sectorial cooperation; support for
national information exchange units (points of contact of the
Agreement on Technical Barriers to Trade).
The Council regards the memorandum as an important step
towards systematizing cooperation activities in this area and
is keenly interested in contributing to the implementation of
its activities.
1.6. Patent Prosecution Highway Agreement
BUSBC favors negotiating a Patent Prosecution Highway
Agreement (PPH) to ensure cooperation between the Brazilian
and American offices and facilitate patent examination and
award. This agreement will stop duplication of efforts of
Brazilian and United States examiners by ensuring reciprocal
access and voluntary use of examinations conducted by the
offices and, in this way, help to shorten the time for a patent
to be granted and thus encourage innovation and investment
in the economies of both countries.
This agreement will help to bring about closer cooperation
between the U.S. Patent and Trademark Office and the
Brazilian National Institute of Industrial Property (Instituto
Nacional de Propriedade Intelectual - INPI). It must be noted
that the U.S. Office is one of the IP5 (five largest intellectual
property offices in the world), which launched a wide-ranging
IP5 PPH Patent Prosecution Highway pilot program.
The Council believes that the Joint Statement on Patent Work
Sharing between Patent Offices, signed by the U.S. and
Brazilian governments on June 30, 2015, was an important
first step. In the statement, both countries put on record the
goal of engaging in cooperation activities between offices,
including implementing a patent work sharing program,
26
A celebração deste acordo contribuirá para estreitar a
cooperação existente entre o Escritório Americano de Patentes
e Marcas e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(INPI). Deve-se ressaltar que o escritório americano é um
dos IP5 (cinco maiores escritório de propriedade intelectual
no mundo), os quais lançaram, em 6 de janeiro de 2014, um
amplo programa-piloto IP5 PPH Patent Prosecution Highway.
O Conselho considera que a Declaração Conjunta sobre Com-
partilhamento de Exame de Patentes entre Escritórios, firma-
da pelos governos americano e brasileiro, em 30 de junho de
2015, foi um passo inicial importante. Na declaração, ambos
os países registraram o propósito de iniciar atividades de co-
operação entre seus escritórios, incluindo a implementação
de um programa de compartilhamento de exame de patentes,
mutuamente benéfico, para facilitar o exame de pedidos de-
positados normalmente nos Estados Unidos e no Brasil. A de-
claração afirmou ainda que os governos estariam empenha-
dos em alcançar um acordo de compartilhamento de exame
de patentes no curto prazo. Esse programa será implemen-
tado como piloto, restrito ao setor de petróleo e gás, e estará
sujeito a revisão, após o período de 2 anos.
Assim, o CEBEU espera que seja estabelecido um plano de
trabalho entre os escritórios para a implementação do referido
programa-piloto, ainda no segundo semestre de 2015, e que
seus resultados parciais sejam divulgados ao setor privado.
O Conselho está também disposto a contribuir na sua
implementação e aberto ao diálogo com os governos.
1.7. Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
O CEBEU defende a conclusão da negociação de um
Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST)24 entre o
Brasil e os Estados Unidos.
A negociação do primeiro acordo, que viabilizaria a exportação
brasileira de serviços de lançamento de satélites a partir da Base
de Alcântara, no Maranhão, foi concluída em 200025. O texto, no
entanto, não foi aprovado pelo Congresso Nacional. Em 2011,
os dois países comprometeram-se, por meio de comunicado
24Technology Safeguards Agreement (TSA).25 Acordo sobre Salvaguardas Tecnológicas Relacionadas à Participação
dos Estados Unidos nos Lançamentos a partir do Centro de Lançamento de
Alcântara, celebrado em 18 de abril de 2000.
of mutual benefit, in order to facilitate the examination of
applications commonly filed in the United States and Brazil.
The statement notes however that the governments are
committed to reaching an agreement on patent work sharing
in the short term. This program will be implemented as a pilot
project, confined to the oil and gas sector, and will undergo
review after 2 years.
Likewise, BUSBC is eager to see a work plan drawn up
between the two offices for the implementation of the above-
mentioned pilot program in the second half of 2015, and that
partial results be released to the private sector. The Council is
also willing to contribute to its implementation and is open to
discussion with the governments.
1.7. Technology Safeguards Agreement
BUSBC supports the conclusion of negotiations of a Technology
Safeguards Agreement (TSA) between Brazil and the United
States.
Negotiations on the first agreement, which would pave the
way for Brazil to export satellite launching services from the
Alcântara Spaceport, in Maranhão, was concluded in 2000.14
The text has since been approved by the National Congress.
In 2011, the two countries voiced their commitment in a
joint communiqué of the Heads of State, to negotiate a new
agreement. In 2012, the U.S. Department of State submitted a
proposal to the MRE, though negotiations have yet to be held.
1.8. RatificationandEnactmentofSignedAgreements
BUSBC advocates ratification of agreements signed by Brazil and
the United States, which the National Congress has yet to debate
and submit to a vote. The list of pending agreements includes the:
(i) Air Transport Agreement (“Open Skies”), signed on March 19,
2011;15 (ii) Framework Agreement on Cooperation in the Peaceful
Uses of Outer Space, signed on March 19, 2011; (iii) Social
Security Totalization Agreement, signed on June 30, 2015; and (iv)
1988 Multilateral Convention on Mutual Administrative Assistance
in Tax Matters, signed by Brazil on November 3, 2011.
14 Agreement on Technology Safeguards Associated with U.S. Participation
in Launchings from the Alcântara Spaceport, signed on April 18, 2000.15 On the same date, March 19, 2011, a Memorandum of Consultations was
signed (U.S.-Brazil Memorandum of Consultations).
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 27
Agreements awaiting the promulgation decree by the
President of the Republic include the: (i) Defense Cooperation
Agreement;16 and (ii) Agreement Concerning Measures for the
Protection of Classified Military Information.17
conjunto dos dois Chefes de Estado, a negociar novo acordo.
Em 2012, o Departamento de Estado dos Estados Unidos enviou
proposta ao MRE, todavia, a negociação não se concretizou.
1.8. RatificaçãoePromulgaçãodeAcordosAssinados
O CEBEU defende a ratificação dos acordos assinados pelo
Brasil e pelos Estados Unidos, que aguardam encaminhamen-
to para o Congresso Nacional. A relação de acordos penden-
tes, de interesse do Conselho, inclui: (i) Acordo sobre Trans-
portes Aéreos (“Céus Abertos”), celebrado em 19 de março
de 201126 ; (ii) Acordo Quadro sobre a Cooperação nos Usos
Pacíficos do Espaço Exterior, celebrado em 19 de março de
2011; (iii) Acordo de Previdência Social, celebrado em 30 de
junho de 2015; e (iv) Convenção Multilateral sobre Assistência
Administrativa Mútua em Assuntos Fiscais de 1988, firmada
pelo Brasil em 3 de novembro de 2011.
Entre os acordos que aguardam a promulgação da Presidên-
cia da República figuram: (i) o Acordo sobre Cooperação em
Matéria de Defesa27; e (ii) o Acordo Relativo a Medidas de Se-
gurança para a Proteção de Informações Militares Sigilosas28.
16 Legislative Decree 145, June 25, 2015. [DOU of June 26, 2015]17 Legislative Decree 147, June 25, 2015. [DOU of June 26, 2015]
26 Na mesma data, 19 de março de 2011, foi firmado um Memorando de
Consultas (U.S.-Brazil Memorandum of Consultations).27 Decreto Legislativo 145, de 25 de maio de 2015. [DOU 26.06.2015]28 Decreto Legislativo 147, de 25 de junho de 2015. [DOU 26.06.2015]
28
2. Diálogos, Cooperação e Parcerias2. Dialogue,
Cooperation and Partnerships2.1. Comissão Brasil-Estados Unidos para Relações
Econômicas e Comerciais
O CEBEU defende a participação do setor privado nas
reuniões da Comissão Brasil-Estados Unidos para Relações
Econômicas e Comerciais, bem como maior transparência nos
seus resultados e na sua agenda. O Conselho comemora o
anúncio feito no Comunicado Conjunto dos presidentes, de 30
de junho de 2015, da realização, ainda no segundo semestre
de 2015, de reunião da Comissão, e espera contribuir para
sua agenda e participar de suas discussões.
A Comissão é um mecanismo de diálogo permanente previsto
no ACEC, celebrado em 2011, com o objetivo de promover a
cooperação econômica e comercial bilateral.29
2.1. Brazil-U.S. Commission on Economic and Trade Relations
BUSBC is in favor of the participation of the private sector in the meetings of the Brazil-U.S. Commission on Economic and Trade Relations, as well as greater transparency as to the outcome and the agenda of these meetings. The Council praises the announcement made in the Presidents’ Joint Communiqué of June 30, 2015, of the upcoming meeting of the Commission in the second half of 2015 and is looking forward to contributing to its agenda and taking part in discussions on that occasion.
The Commission is a standing mechanism of dialogue provided for under the ATEC, signed in 2011, for the purpose
of promoting bilateral economic and trade cooperation.18
29 Os assuntos listados no anexo do ACEC são: facilitação e liberalização do
comércio e dos investimentos bilaterais; cooperação para a consecução dos
objetivos comuns na OMC; cooperação no Comitê Consultivo Agrícola Brasil-
-Estados Unidos; medidas sanitárias e fitossanitárias; barreiras técnicas ao co-
mércio; direitos de propriedade intelectual; assuntos regulatórios que afetem o
comércio e os investimentos; tecnologia da informação e de comunicações e
comércio eletrônico; desenvolvimento de capacidades técnicas e comerciais;
comércio de serviços; e quaisquer outros assuntos que venham a ser decidi-
dos pela Comissão.
18 The matters listed in the annex to the ATEC are the following: facilitation and libe-
ralization of bilateral trade and investment; cooperation on shared objectives in the
World Trade Organization; cooperation in the Brazil-U.S. Consultative Committee
on Agriculture; sanitary and phytosanitary measures; technical barriers to trade; in-
tellectual property rights; regulatory issues affecting trade and investment; informa-
tion and communication technology and e-commerce; technical and trade capaci-
ty building; trade in services; and any such matters as the Commission may decide.
28
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 29
Essa Comissão é composta por representantes dos principais órgãos de governo dos países com jurisdição sobre a negociação de acordos comerciais: o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos, o MRE e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O ACEC prevê que a Comissão buscará a opinião do setor privado sobre matérias relacionadas ao seu trabalho (art. 2º, g) e que representantes do setor privado poderão participar de reuniões da Comissão (art. 3º, § 2º).
2.2. Diálogo Comercial
O CEBEU defende o aprimoramento do Diálogo Comercial entre o MDIC e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos (Diálogo MDIC-DOC), por meio da publicação, após a realização de cada reunião, de um comunicado conjunto sobre resultados obtidos e de um programa de trabalho futuro.
O Diálogo MDIC-DOC é um mecanismo de consulta, estabelecido em 2006, contando com cinco grupos de trabalho: parceria comercial; serviços; propriedade intelectual; padronização; indústria e investimentos.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 29
This Commission is made up of representatives of the
governing bodies of the countries with jurisdiction over
negotiating trade agreements, namely, the Office of the United
States Trade Representative, the MRE and the MDIC. The
ATEC establishes that the Commission shall seek the advice
of the private sector on matters related to the Commission’s
work (art. 2º, g) and that representatives of the private sector
may take part in meetings of the Commission (art. 3º, § 2º).
2.2. Commercial Dialogue
BUSBC stands for improving the Commercial Dialogue
between the MDIC and the DOC (MDIC-DOC Dialogue), by
publicly releasing after each meeting a joint press release on
the outcome and a work schedule for future activities.
30
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 31
Desde 2011, o Conselho acompanha as discussões no âmbito
do Diálogo MDIC-DOC, por meio da organização de briefings
anteriores às reuniões dos governos e/ou de debriefings após
sua realização. Trata-se de importante iniciativa, que assegura
aos membros do Conselho a oportunidade de conversar
diretamente com os Secretários de Comércio Exterior do
Brasil e dos Estados Unidos sobre temas de seu interesse. O
CEBEU espera manter a parceria com o setor público para a
realização sistemática desses eventos.
2.3. Diálogos de Nível Presidencial
O Conselho defende o aprimoramento dos diálogos de nível
presidencial entre o Brasil e os Estados Unidos, por meio
da publicação, após a realização de cada encontro, de
um comunicado conjunto sobre resultados obtidos e de um
programa de trabalho futuro.
O Conselho gostaria de acompanhar e contribuir com as
discussões dos seguintes diálogos: Diálogo de Cooperação
em Defesa, Diálogo Econômico e Financeiro, Diálogo
Estratégico de Energia e Diálogo de Parceria Global.
Ademais, o CEBEU apoia a cooperação do setor privado no Diálogo
Estratégico de Energia30, estimulada pelos presidentes de ambos
os países, no Comunicado Conjunto de 30 de junho de 2015,
para acelerar o uso de tecnologias de energia limpa, bem como a
exploração, por meio de agências comerciais dos dois países, de
um potencial Fórum de Energia Limpa Brasil-Estados Unidos, com
vistas a facilitar a cooperação e o diálogo entre governos, setor
privado, comunidade acadêmica e sociedade civil.
2.4. Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-Estados Unidos sobre Mudança do Clima
O CEBEU espera que o setor privado seja convidado a fazer
parte do Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-Estados
Unidos sobre Mudança do Clima, com o objetivo de ampliar a
cooperação bilateral em questões relacionadas ao uso da terra,
energia limpa e adaptação, bem como diálogos sobre a questão
climática em nível nacional e internacional, instituído por meio
30 As áreas prioritárias identificadas pelos governos, em Comunicado Con-
junto dos presidentes, em 30 de junho de 2015, foram: petróleo e gás na-
tural; biocombustíveis; energia renovável; eficiência energética; energia
nuclear civil; e ciência energética.
19 The priority areas identified by the governments, in the Presidents’ Joint Com-
muniqué, on June 30, 2015, were: oil and natural gas; biofuels; renewable ener-
gy; energy efficiency; civilian nuclear energy; and energy science.
MDIC-DOC Dialogue is a consultative mechanism, established in
2006, consisting of five working groups: trade facilitation; services;
intellectual property; standards; industry and investment.
As of 2011, the Council has been closely following discussions
in the context of the MDIC-DOC Dialogue, by holding briefings
prior to the meetings of the governments and/or debriefings
following the meetings. It is an important initiative, which
provides the Council members an opportunity to engage in
direct discussion with the Secretaries of Commerce of Brazil
and the United States about issues of interest to them. BUSBC
is eager to continue partnering with the private sector to
regularly hold such events.
2.3. Presidential Level Dialogues
The Council advocates improving the dialogues at the
presidential level between Brazil and the United States by
publically releasing after each meeting a joint communiqué on
the outcome and a future work schedule.
The Council would like to closely follow and contribute to the
discussion in the following dialogues: Defense Cooperation
Dialogue, Economic and Financial Dialogue, Strategic Energy
Dialogue and Global Partnership Dialogue.
Additionally, BUSBC supports private sector cooperation
in the Strategic Energy Dialogue,19 as encouraged by the
presidents of both countries, in the Joint Communiqué of June
30, 2015, who urged stepping up the pace of clean energy
technology development, as well as exploration, through
the trade agencies of the two countries, and the potential
creation of a Brazil-United States Clean Energy Forum, with
a view toward facilitating cooperation and dialogue between
governments, private sector, academia and civil society.
2.4. High-Level Brazil-U.S. Working Group on Climate Change
BUSBC is eager for the private sector to be invited to sit
at the table in the High Level Brazil-U.S. Working Group on
Climate Change, in order to broaden the scope of bilateral
32
da Declaração Conjunta sobre Mudança do Clima, adotada em
30 de junho de 2015 pelos governos brasileiro e americano.
O Grupo de Trabalho adotará um programa de trabalho em
sua primeira reunião, que deverá ocorrer até outubro de 2015,
e considerará as seguintes áreas, além de outras: cooperação
sobre uso sustentável da terra; cooperação em energia limpa
(energia renovável; eficiência energética e armazenamento;
pesquisa básica sobre energia; geração de energia nuclear;
catalisando financiamento); e cooperação em adaptação à
mudança do clima.
A CNI e a Associação Brasileira de Grandes Consumidores
Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE),
com o apoio do Banco Mundial, desenvolvem o conceito de
Sociedade de Eficiência Energética (SEE) como instrumento
voltado a financiar projetos de eficiência energética nas
indústrias, superando a barreira de endividamento elevado,
tendo muito a contribuir no tópico “catalisando financiamento”.
Além disso, a Declaração Conjunta registrou os planos brasileiros
de aumentar a utilização de fontes renováveis, fazendo com que
sua matriz energética atinja, em 2030, uma participação de 28%
a 33% de fontes renováveis (eletricidade e biocombustíveis)
além de geração hidráulica, o que permite fortalecer a parceria
setorial em biocombustíveis, mencionada adiante.
2.5. Rede Diáspora
O CEBEU defende a continuidade, no âmbito da Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da iniciativa
Rede Diáspora, lançada em 4 de outubro de 2013, nos
Estados Unidos, com o objetivo de transformar o conhecimento
acumulado da diáspora brasileira em oportunidades de
negócios, aumentar o acesso a novas tecnologias, mercados
e mentorias, bem como conectar o capital humano brasileiro
expatriado a programas nacionais de estímulo à inovação.
O Conselho acredita que a iniciativa pode contribuir para:
disseminar novas formas e possibilidades de inovação para
a competitividade do Brasil; apoiar a internacionalização de
empresas brasileiras em setores de alto conteúdo tecnológico;
e estruturar iniciativas binacionais. Assim, defende que
ações envolvendo os Estados Unidos sejam continuamente
realizadas no âmbito da iniciativa.
cooperation in matters concerning land use, clean energy
and adaptation, as well as dialogue on the climate issue at
the national and international level, as instituted in the Joint
Statement on Climate Change, released on June 30, 2015 by
the Brazilian and American governments.
The Working Group will approve a work plan at its inaugural
meeting, which is scheduled to take place by October
2015, and will address, among other areas, the following:
cooperation on sustainable land use; cooperation on clean
energy (renewable energy, energy efficiency and storage,
basic energy research, nuclear power generation, catalyzing
financing); and cooperation on adaptation to climate change.
CNI and the Brazilian Association of Large Industrial Energy
Consumers and Free Consumers (Associação Brasileira
de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de
Consumidores Livres - ABRACE), with the support of the
World Bank, are developing the concept of Energy Efficient
Corporations as a tool for financing energy efficiency
projects in industry, by breaking through the barrier of high
indebtedness, and can contribute a lot to the discussion on
the topic of “catalyzing financing.”
The Joint Statement also serves to announce Brazil’s plans to
increase utilization of renewable sources of energy, bringing
the share of renewable sources in its energy matrix to 28-33%
(electricity and biofuels) by 2030, on top of hydroelectricity
generation, which makes it possible to strengthen the sectorial
partnership in biofuels, mentioned below.
2.5. Diaspora Network
Under the aegis of the Brazilian Agency for Industrial
Development, BUSBC supports continuation of the Diaspora
Network initiative, which was launched on October 4, 2013, in
the United States in order to turn the pool of know-how and
expertise of the Brazilian diaspora into business opportunities,
increased access to new technologies, markets and
mentorships, as well as connect expatriate Brazilian human
capital to national innovation stimulus programs.
The Council believes that the initiative can contribute to
disseminating new forms of innovation and opportunities for
Brazil to be competitive, supporting Brazilian companies to
go international in sectors with a high technological content,
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 33
2.6. Inovação e Educação
O CEBEU comemora o início do diálogo sobre inovação
manufatureira, conforme anunciado no Comunicado Conjunto
dos presidentes, de 30 de junho de 2015, em razão do papel
da inovação para competitividade do setor manufatureiro.
O comunicado informa que a primeira atividade prevista é
o envio de delegação brasileira a Youngstown (Ohio) para
conhecer a experiência americana com a Rede Nacional para
Inovação Manufatureira, sendo essencial a parceria entre os
setores público e privado.
O CEBEU espera contribuir substancialmente neste diálogo, por
meio da interação com a Mobilização Empresarial pela Inovação,
movimento empresarial iniciado em 2008, coordenado pela CNI,
com o objetivo de promover a incorporação da inovação na
estratégia das empresas e ampliar a efetividade das políticas de
apoio à inovação no Brasil.
Entre desenvolvimentos recentes, destaca-se ainda o
Memorando de Entendimento para Cooperação entre o Brasil
e os Estados Unidos na Educação Técnica e Profissionalizante,
firmado em 30 de junho de 2015, que visa promover maior
colaboração entre instituições educacionais dos dois países. O
Conselho acredita no potencial da referida cooperação e espera
que o Sistema Indústria possa participar de suas iniciativas.
2.7. Parcerias Setoriais
2.7.1. Parceria em Aviação
O CEBEU defendeu, ativamente, o estabelecimento da
Parceria em Aviação (PA)31, formalizada em 201232, que
resultou em um marco institucional cujo objetivo é elevar o
grau de integração dos setores de aviação civil do Brasil e
dos Estados Unidos, o incremento do volume de comércio
e investimentos entre os dois países, o desenvolvimento de
projetos de cooperação entre as duas indústrias e a parceria
entre os órgãos governamentais reguladores do setor. Os
resultados da iniciativa são significativos, com mais de 90%
de execução do portfólio de projetos da Fase I.
31 Aviation Partnership (AP).32 Memorando de Entendimento sobre a Parceria em Aviação entre o Gover-
no da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da
América, celebrado em 09 de abril de 2012. [Memorandum of Understan-
ding on the Aviation Partnership (AP)]
20 Memorandum of Understanding on the Aviation Partnership between the
Government of the Federal Republic of Brazil and the Government of the
United States of America, signed on April 9, 2012.
and shaping binational endeavors. It also advocates that
actions involving the United States should be carried out on
an ongoing basis under the framework of the initiative.
2.6. Innovation and Education
BUSBC applauds the opening of a dialogue on manufacturing
innovation, as announced in the Presidents’ Joint Communiqué
of June 30, 2015, in light of the role played by innovation
for competitiveness in the manufacturing sector. The
communiqué announces that the first scheduled activity is to
send a Brazilian delegation to Youngstown (Ohio) to learn
about the American experience of the National Network for
Manufacturing Innovation, in which the public-private sector
partnership is a key ingredient to success.
BUSBC looks forward to making a substantial contribution to
this dialogue, through engagement with MEI [Entrepreneurial
Mobilization for Innovation], a business movement, which
began in 2008 under the coordination of CNI with the goal
of promoting the introduction of innovation in the business
strategy of Brazilian companies and expanding the
effectiveness of innovation support policies in Brazil.
Recent developments include the Memorandum of
Understanding for Cooperation between Brazil and the United
States on Career and Technical Education, signed on June 30,
2015, which aims to promote greater collaboration between
education institutions of the two countries. The Council
believes in the potential of this cooperation and hopes that
the Industry System is able to take part in its initiatives.
2.7. Sectorial Partnerships
2.7.1. Aviation Partnership
BUSBC actively advocates the establishment of the Aviation
Partnership (AP), formally created in 2012,20 which led to the
creation of an institutional framework, the objective of which was
to increase the degree of integration of the civil aviation sectors
of Brazil and the United States, increase the volume of commerce
and investment between the two countries, develop cooperation
projects between the two industry systems and partnerships
34
O Conselho apoia e comemora o lançamento da Fase
II, iniciada em junho de 2015, com ênfase nas seguintes
áreas: certificação de padrões e processos para partes e
componentes de aeronaves; modernização da infraestrutura
da rede de dados de comunicação da aviação visando
melhorias na eficiência da gestão do tráfego aéreo; e
aumento da cooperação entre instituições de pesquisa e
desenvolvimento, e laboratórios.
2.7.2. Parceria em Biocombustíveis
Em 9 de março de 2007, foi firmado o Memorando de
Entendimento entre o Brasil e os Estados Unidos para
Avançar a Cooperação em Biocombustíveis33, seguido pela
redução tarifária adicional americana para as importações
do etanol brasileiro. Além disso, cientes da dependência do
setor de aviação de combustíveis líquidos de alta densidade
energética, do papel vital desempenhado pela parceria
tecnológica e industrial no campo de biocombustíveis de
aviação e de que o desenvolvimento de biocombustíveis
de aviação constitui instrumento importante para mitigar os
efeitos da mudança do clima e para reduzir emissões de
gases de efeito estufa, Estados Unidos e Brasil anunciaram,
em 19 de março de 2011, o lançamento da Parceria para o
Desenvolvimento de Biocombustíveis de Aviação34.
33 Memorandum of Understanding Between the U.S. and Brazil to Advance
Cooperation on Biofuels of 2007.34 Partnership for the Development of Aviation Biofuels of 2011.
34
between government regulatory
bodies of the sector. The results of the initiative
have been significant, with more than 90% of the Phase I project
portfolio having been executed.
The Council supports and hails the launching of Phase II in
June 2015, which has placed emphasis on the following areas:
standards and process certification for aircraft parts and
components; modernization of the aviation data communication
network infrastructure in order to improve the efficiency of
air traffic management; and increased cooperation between
research and development institutions and laboratories.
2.7.2. Biofuels Partnership
On March 9, 2007, the Memorandum of Understanding between
Brazil and the United States to Advance Cooperation on Biofuels
was signed and was followed by an additional reduction in
U.S. tariffs on Brazilian ethanol imports. Also, keenly aware of
the dependence of the aviation sector on high-energy density
liquid fuels, of the vital role played by the technological and
industrial partnership in the field of aviation biofuels and that
the development of aviation biofuels constitutes an important
tool to mitigate the effects of climate change and to reduce
greenhouse gas emissions, the United States and Brazil
announced on March 19, 2011, the launching of the Partnership
for the Development of Aviation Biofuels.
BUSBC supports strengthening initiatives in the field of
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 35
O CEBEU apoia
o fortalecimento de iniciativas no âmbito
de pesquisa e desenvolvimento, notadamente o fomento
da cooperação bilateral para o desenvolvimento do etanol
de segunda geração, novos usos e para a utilização de
biocombustíveis na aviação. Cumpre ressaltar que a parceria
mencionada continua vigente, devendo ser explorada pelos
governos em vista de seu imenso potencial para a área de
inovação e tecnologia.
Além disso, ciente de que Brasil e Estados Unidos são os dois
maiores produtores de biocombustíveis, o Conselho considera
relevante a cooperação entre os setores privados brasileiros
e americanos, com o apoio dos respectivos governos, para a
abertura de novos mercados em terceiros países potenciais
consumidores de etanol, em especial a China.
No Comunicado Conjunto de 30 de junho de 2015, os
presidentes reconheceram o papel dos biocombustíveis na
redução de emissões de gases de efeito estufa e expressaram
o compromisso de dar continuidade à cooperação para o
desenvolvimento de biocombustíveis de aviação.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 35
research and development, notably, fostering bilateral
cooperation to develop second-generation ethanol, new
uses and biofuel use in aviation. It is fitting to note that the
partnership mentioned above is still in force and should be
utilized by the governments in view of the huge potential for
innovation and technology in the field.
Also, aware that Brazil and the United States are the two
largest producers of biofuels, the Council regards as relevant
any cooperation between the Brazilian and American private
sectors, with the support of the respective governments, in
order to open new markets in potential ethanol consuming third
countries, especially China.
In the Joint Communiqué of June 30, the Presidents recognize
the role of biofuels in reducing greenhouse gases and
express their commitment to follow up on cooperation for the
development of aviation biofuels.
36
2.7.3. Parceria em Tecnologia da Informação e Comunicação
Os resultados da PA motivaram o CEBEU a coordenar os
trabalhos do setor privado brasileiro para a institucionalização
da Parceria em Tecnologia da Informação e Comunicação
(TIC), que tinha lançamento previsto para ocorrer durante a
Visita de Estado da Presidenta Dilma Rousseff a Washington,
suspensa em setembro de 2013.
O CEBEU acredita que a assinatura de um Memorando de
Entendimento entre o Brasil e os Estados Unidos em TIC
permitirá a elevação do grau de integração dos setores dos dois
países, o incremento dos volumes de comércio e investimentos,
e o lançamento e intensificação de projetos de cooperação.
Assim, espera-se que o assunto seja considerado na agenda
da IV Reunião da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos de
Cooperação em Ciência e Tecnologia ou da II Reunião do
Grupo de Trabalho sobre Internet e Tecnologias da Informação
e das Comunicações, no segundo semestre de 2015.
2.7.4. Parceria em Defesa e Segurança
No espírito das parcerias setoriais, que potencializam a
colaboração entre os setores público e privado, o CEBEU
defende também a cooperação na área industrial de defesa e
segurança, na medida em que permite a promoção de inovação
tecnológica e avanços na competitividade das empresas
brasileiras e americanas no mercado global. Assim, espera
contribuir quando da retomada do Diálogo de Cooperação
em Defesa35, conforme anunciado no Comunicado Conjunto
dos presidentes, de 30 de junho de 2015, o qual ressaltou o
engajamento dos setores privados de ambos os países em
projetos conjuntos no setor de defesa e recomenda que seja
lançada uma parceria em defesa e segurança, juntamente com
o setor privado, nos moldes da PA, a qual vem apresentando
resultados significativos.
35 O Diálogo de Cooperação em Defesa, entre o Departamento de Defesa
americano e o Ministério de Defesa brasileiro, foi instituído em 9 de abril de
2012. Na primeira e única reunião em 2012, as seguintes áreas foram indi-
cadas como prioritárias: segurança cibernética; ciência, inovação e transfe-
rência de tecnologia; logística; comunicação; ajuda humanitária e resposta
a catástrofes; cooperação no apoio a países africanos. Ambos os países
registraram ainda o desejo de expandir o comércio bilateral de tecnologia
avançada de defesa.
21 The Defense Cooperation Dialogue between the U.S. Department of De-
fense and the Brazilian Ministry of Defense was instituted on April 9, 2012. At
its first and only meeting in 2012, the following areas were proposed as high
priorities: cyber-security, innovation and technology transfer; logistics; com-
munications; humanitarian aid and disaster response; cooperation in support
of African countries. Both countries also expressed their wish to expand bila-
teral trade in advanced defense technology.
2.7.3. Information and Communications Technology Partnership
The results of the Aviation Partnership prompted BUSBC
to coordinate the efforts of the Brazilian private sector to
institutionalize the Information and Communications Technology
(ICT) Partnership, the launch of which is scheduled for the
State Visit of President Dilma Rousseff to Washington, which
has been on hold since September 2013.
BUSBC believes that signing the Memorandum of Understanding
between Brazil and the United States on ICT will help to enhance
the degree of integration of the sectors between the two
countries, increase the volume of trade and investment, and
launch and step up the pace of cooperation projects.
Accordingly, it is our expectation that the matter be taken up
on the agenda of the Fourth Meeting of the Joint Brazil-U.S.
Commission on Science and Technology Cooperation or of the
Second Meeting of the Working Group on Internet and Information
and Communications Technology, in the second half of 2015.
2.7.4. Defense and Security Partnership
In the spirit of sectorial partnership, which boosts collaboration
between the public and private sectors, BUSBC also advocates
cooperation in the area of the defense and security industry, to the
extent that it allows for technological innovation and increased
competitiveness of Brazilian and American companies in the
global market. It also looks forward to providing input, when
the Defense Cooperation Dialogue resumes,21 as announced
in the Presidents’ Joint Communiqué of June 30, 2015, which
highlighted the engagement of the private sectors of both
countries in joint projects in the defense sector and recommends
launching a defense and security partnership, in conjunction with
the private sector, along the lines of the Aviation Partnership,
which has been yielding significant results.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 37
O Acordo de Cooperação em Matéria de Defesa, celebrado
em 12 de abril de 2010, que fornece o quadro institucional
para cooperação bilateral em matéria de defesa, e o Acordo
sobre Proteção de Informações Militares Sigilosas, firmado
em 21 de novembro de 2010, ambos aprovados pelo
Congresso Nacional brasileiro em junho de 2015, permitirão o
adensamento do fluxo bilateral de informações, bens, serviços
e tecnologias, na área de defesa.
2.8. Congressos Americano e Brasileiro
Com o intuito de ampliar a interlocução entre os poderes
legislativos americanos e brasileiros, o CEBEU apoia e
subsidia com informações o trabalho da Frente Parlamentar
do Brasil (Brazil Caucus) na Câmara dos Representantes dos
Estados Unidos, bem como do Grupo Parlamentar Brasil-
Estados Unidos na Câmara dos Deputados do Brasil.
Cumpre ainda ressaltar que o CEBEU apoiou a proposta
do Presidente do Subcomitê de Comércio do Comitê de
Meios e Procedimentos (Ways and Means) da Câmara de
Representantes dos Estados Unidos e ex Co-Presidente
do Brazil Caucus, Deputado Devin Nunes (Republicano-
Califórnia), para o estabelecimento de uma Comissão Conjunta
no Congresso americano. O objetivo do mecanismo, voltado
às agendas comercial e econômica, seria avaliar os avanços
obtidos no âmbito dos diálogos existentes entre órgãos
do Poder Executivo dos dois países. A Comissão também
tinha como escopo aprofundar o envolvimento dos Poderes
Legislativos na agenda bilateral e dar maior vulto à relação
entre o Brasil e os Estados Unidos. Todavia, o Deputado Devin
Nunes tornou-se presidente do Comitê de Inteligência e o
Deputado Patrick Meeham (Republicano-Pensilvânia) assumiu
sua posição no Brazil Caucus. Assim, o CEBEU defende a
continuidade dos trabalhos do Deputado Devin Nunes pelo
Deputado Patrick Meeham, visando à aprovação da antiga
proposta pelo Congresso americano.
Além disso, o Conselho participa das missões ao amparo
do Mutual Educational and Cultural Exchange Act (MECEA).
Trata-se de um programa, criado em 1961, para viabilizar
visitas de formuladores de políticas públicas americanos
ao Brasil. Desde 2009, o MRE e a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) são
os responsáveis pela organização dessas missões.
The Defense Cooperation Agreement, signed on April 12,
2010, which provides the institutional framework for bilateral
defense cooperation, and the Agreement to Protect Classified
Military Information, signed on November 21, 2010, both
approved by the Brazilian National Congress in June 2015,
will enable a heavier flow in both directions of information,
goods, services and technologies, in the field of defense.
2.8. U.S. and Brazil Congresses
With a mind toward helping to bring about greater engagement
between the American and Brazilian legislative branches of
government, BUSBC supports and briefs the Brazil Caucus of the
United States House of Representatives, as well as the Brazil-United
States Parliamentary Group in the Brazilian Chamber of Deputies.
It must be noted that BUSBC is in favor of the proposal of the
Chair of the Subcommittee on Commerce of the Ways and
Means Committee of the United States House of Representatives
and Former Chair of the Brazil Caucus Congressman Devin
Nunes (Republican-California) to establish a Joint Committee
in the U.S. Congress. The goal of the mechanism, geared
toward a trade and economic agenda, would be to assess
the progress made in ongoing dialogue between bodies of
the executive branches of the two countries. The Committee’s
scope of functions also includes deepening the involvement
of the legislative branches in the bilateral agenda and
attaching greater importance to the Brazil-U.S. relationship.
However, Congressman Nunes became the chairman of the
Intelligence Committee and Congressman Patrick Meeham
(Republican-Pennsylvania) took over his position in the Brazil
Caucus. Accordingly, BUSBC supports Congressman Patrick
Meeham to carry on with the work begun by Congressman
Devin to secure approval of the proposal still pending before
the United States Congress.
Additionally, the Council is participating in fact-finding
missions under the Mutual Educational and Cultural Exchange
Act (MECEA). This is a program, created in 1961, to make
it possible for U.S. public policy makers to conduct visits
to Brazil. Since 2009, the MRE and the Brazilian Trade and
Investments Promotion Agency (Apex-Brasil) have been in
charge of arranging these missions.
38
3.1. Barreiras Tarifárias
Os Estados Unidos aplicam quota de 4 mil toneladas para a
importação de leite condensado proveniente do Brasil e de
vários outros países, o que é considerado um volume muito
baixo. O setor de lácteos brasileiro considera essa quota
injusta, já que o Peru, que não possui tradição na produção
desse produto, possui uma cota individual de 12 mil toneladas.
Além disso, o setor de laticínios concentra alguns dos maiores
casos de picos tarifários aplicados pelos Estados Unidos. A
linha tarifária 0402.99.00, referente a leite condensado, sofre
com tarifa intra-quota de US$ 0,04 por kg e tarifa extra-quota de
US$ 0,496 por kg. Nesse sentido, o setor reivindica a criação
de uma quota individual para o Brasil, visando aumentar (no
mínimo triplicar) a quota para importação de leite condensado.
O CEBEU defende a redução da tarifa de importação americana
ao melão originário do Brasil. A ampliação da competitividade
do melão brasileiro é trabalhada em duas frentes. A primeira
é juntamente ao Escritório do Representante Comercial dos
Estados Unidos, em que se defende a alteração da janela
temporal, prevista no Sistema Geral de Preferências (SGP),
para importação do melão classificado em “outros”. A
segunda é junto à Comissão de Comércio Internacional dos
Estados Unidos, na qual se defende a necessidade da criação
de uma nova linha tarifária para o melão “canário”, qualidade
produzida no Brasil, que não concorre com as demais
comercializadas no mercado americano.
3.1. TariffBarriers
The United States has put into place a 4,000-ton quota
of condensed milk imports from Brazil and several other
countries, which is widely viewed as a very low volume. The
Brazilian dairy sector finds this quota to be unfair, inasmuch
as the quota for Peru, which does not have a tradition of
producing that product, is 12,000 tons. In addition, some of
the highest tariff rates put in place by the United States have
all fallen in the dairy sector. HS commodity code 0402.99.00,
condensed milk, is subject to an intra-quota tariff of US$
0.04 per kg and an extra-quota tariff of US$ 0.496 per kg.
Consequently, the sector is demanding the creation of an
individual quota for Brazil with a mind toward increasing (at
least tripling) the quota for condense milk imports.
BUSBC is in favor of reducing U.S. import tariffs on melons
from Brazil. The effort to make Brazilian melons more
competitive is being waged on two fronts. The first front is
at the Office of the United States Trade Representative, by
advocating for an adjustment to the seasonal window, as
established in the General System of Preferences (GSP), for
melon imports classified as “others.” The second front is at the
United States International Trade Commission, by advocating
for the need to create a tariff code for “canary” melon, the
3. Acesso a Mercados
3. Market Access
38
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 39
3.2. Barreiras Não Tarifárias
3.2.1. Política Agrícola
Em 7 de fevereiro de 2014, o Presidente Barack Obama
assinou a Farm Bill 201436. Referida legislação tem potencial
de gerar distorções no mercado internacional de produtos
agrícolas, causando prejuízo ao Brasil.
O acompanhamento, pelo CEBEU, da implementação e
o entendimento dos mecanismos de apoio, tais como o
de seguro de renda do produtor agrícola, são de interesse
estratégico do agronegócio brasileiro.
3.2.2. Segurança Alimentar
O CEBEU está atento à regulamentação da Lei de Modernização
de Segurança Alimentar37 da Administração de Medicamentos
e Alimentos. A lei foi sancionada pelo Presidente dos Estados
36 Agricultural Act of 2014.37 Food Safety Modernization Act of 2011 (FSMA).
type produced in Brazil, which
does not compete with the other types of
melon commercially sold in the American market.
3.2. Non-TariffBarriers
3.2.1. Agricultural Policy
On February 7, 2014, President Barack Obama signed the
2014 Agricultural Act into law. This law has the potential to
create distortions in the international agricultural product
market, causing losses for Brazil.
BUSBC has been following implementation of this law closely
and the support mechanisms, such as crop insurance for
farmers, are of strategic interest to Brazilian agribusiness.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 39
40
Unidos em janeiro de 2011, tendo entre seus objetivos evitar
doenças relacionadas à contaminação por alimentos, e
resultou no aumento das competências da Administração
de Medicamentos e Alimentos para fiscalizar a entrada de
alimentos importados no mercado americano.
A normativa gera custos aos exportadores de alimentos
para os Estados Unidos, estabelecendo que: (i) os
importadores deverão executar as atividades de
verificação dos fornecedores; (ii) a Administração ficará
autorizada a negar a entrada de alimentos importados
se o estabelecimento ou o país estrangeiro se negar
a permitir inspeção por parte de técnicos dos órgãos;
(iii) a Administração exigirá certificação baseada nos
critérios de risco, para que os alimentos importados
cumpram os mesmos requisitos de segurança alimentar
dos domésticos; e (iv) os importadores serão incentivados
a tomar medidas adicionais de segurança, por meio
de programas voluntários. As novas exigências, ainda
em implementação, poderão atingir as exportações de
alimentos brasileiros aos Estados Unidos.
Entre as medidas previstas como regulamentação consta
a implementação de um programa de monitoramento de
importação inteiramente novo, pelo qual os importadores
passarão a ter maior responsabilidade pelos alimentos
importados aos Estados Unidos. O programa de inspeção
baseado em risco será fortalecido, por meio de inspeções
estrangeiras e colaboração com governos estrangeiros.
Em 2013, a Administração de Medicamentos e Alimentos
apresentou quatro propostas de regulamentos: segurança,
controles preventivos para alimentos humanos, controles
preventivos para alimentos animais, e programas de
verificação de fornecedor estrangeiro. Em 2014, apresentou
propostas suplementares revisando as propostas originais
de 2013 e incluindo outras, tais como: habilitação
de auditores, estratégias para proteger alimentos de
adulteração intencional, e transporte sanitário de alimento
humano e animal. O prazo para adoção dos regulamentos
para controles preventivos para alimentos para humanos e
animais é 30 de agosto de 2015. No caso dos regulamentos
sobre segurança, programas de verificação de fornecedor
3.2.2. Food Safety
BUSBC has been closely watching the process of regulation
drafting for the Food Safety Modernization Act of 2011 of the Food
and Drug Administration (FDA). The law was signed into force by
the President of the United States in January 2011, and one of its
purposes is preventing contaminated food-borne diseases. The
Law also gave the FDA the additional responsibility of inspecting
food products imported into the U.S. market.
The provisions of this law generate costs for food exporters
to the United States by establishing that: (i) importers
must carry out verification of suppliers; (ii) the FDA will be
granted the legal authority to deny entry of imported food if
the establishment or the foreign country refuses to allow an
inspection to be conducted by the technical experts of the
agencies; (iii) the FDA will require imported foods to meet
the same risk criteria-based certification requirements for
food safety as domestic food does; and (iv) importers will
be incentivized to take additional safety measures, through
voluntary programs. The new requirements, which are still in
the implementation phase, may have an adverse effect on
Brazilian food exports to the United States.
Regulatory measures established under the law include
implementation of an entirely new import-monitoring program,
under which importers will take on greater responsibility for
food imported into the United States. The risk-based inspection
program will be strengthened by foreign inspections and
collaboration with foreign governments.
In 2013, the FDA introduced four new proposed regulations:
safety, preventive controls for human food, preventive controls
for animal food, and foreign supplier verification programs. In
2014, it introduced supplementary proposals revising the original
proposed regulations of 2013 and included some others, such
as: auditor qualification; strategies to protect food from intentional
adulteration, and sanitary shipping of food for human and animal
consumption. The deadline for approval of the regulations on
preventive controls for food and feed is August 30, 2015. As for
the regulations on safety, foreign supplier verification programs
and auditor qualification, the deadline is October 2015. Lastly,
for regulations dealing with sanitary shipping and intentional
adulteration, the deadline is May 31, 2016, respectively.
BUSBC is calling for the Brazilian government to address
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 41
estrangeiro, e habilitação de auditores, o prazo é 31 de
outubro de 2015. Por fim, para regulamentos relativos a
transporte sanitário e adulteração intencional, o prazo é 31
de março e 31 de maio de 2016, respectivamente.
O CEBEU demanda a atenção do governo brasileiro
quanto às regulamentações mencionadas, e defende
o início de um diálogo entre a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Administração de
Medicamentos e Alimentos, visando desde já identificar
áreas de possível cooperação.
3.2.3. Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias
O CEBEU defende a abertura recíproca dos mercados
americano e brasileiro para o comércio de diversos
produtos agrícolas, os quais enfrentam barreiras
sanitárias e fitossanitárias.
Em 2 de julho de 2015, a decisão do Serviço de Inspeção
de Saúde Animal e Vegetal do Departamento da Agricultura
foi publicada, abrindo o mercado americano de carne
bovina in natura (resfriada e congelada) para quatorze
Unidades Federativas do Brasil, livres de febre aftosa com
vacinação. Na lógica dos próximos passos, iniciar-se-ia a
fase de habilitação para a exportação aos Estados Unidos.
Todavia, esse processo corre o risco de sofrer dificuldades
na sua implementação em razão de dois projetos de lei,
um na Câmara de Representantes (H.R. 3049)38 e outro no
38 H.R. 3049 - 114th Congress (2015-2016) - Agriculture, Rural Development,
Food and Drug Administration, and Related Agencies Appropriations Act,
2016, Sponsored by Rep. Aderholt, Robert B. [Introduced 14 July .2015].
[…] Sec. 749. None of the funds made available by this Act may be used to
implement, administer, or enforce […] the rule entitled “Importation of Beef
From a Region in Brazil” published by the Department of Agriculture in the
Federal Register on July 2, 2015 (80 Fed. Reg. 37923 et seq.) until the Se-
cretary of Agriculture - (1) conducts a comprehensive risk evaluation that
includes a quantitative risk assessment of importing beef produced in Argen-
tina and Brazil; and (2) makes additional site visits to beef slaughtering and
processing facilities in Argentina and Brazil and submits to the Committee on
Appropriations a report on each such site visit not later than 90 days after the
date on which the visit occurs.
22 H.R. 3049 - 114th Congress (2015-2016) - Agriculture, Rural Development, Food and
Drug Administration, and Related Agencies Appropriations Act, 2016, Sponsored by
Rep. Aderholt, Robert B. [Introduced 14 July .2015]. “[…] Sec. 749. None of the funds
made available by this Act may be used to implement, administer, or enforce […] the
rule entitled “Importation of Beef From a Region in Brazil” published by the Department of
Agriculture in the Federal Register on July 2, 2015 (80 Fed. Reg. 37923 et seq.) until the
Secretary of Agriculture - (1) conducts a comprehensive risk evaluation that includes a
quantitative risk assessment of importing beef produced in Argentina and Brazil; and (2)
makes additional site visits to beef slaughtering and processing facilities in Argentina and
Brazil and submits to the Committee on Appropriations a report on each such site visit not
later than 90 days after the date on which the visit occurs.”23 S.1800 - 114th Congress (2015-2016) - Agriculture, Rural Development, Food and
Drug Administration, and Related Agencies Appropriations Act, 2016. Sponsored by
Sen. Moran, Jerry [Introduced 16 July 2015]. “[…] Sec. 743. None of the funds made
available by this Act may be used to implement, administer, or enforce […] the rule
entitled “Importation of Beef From a Region in Brazil” published by the Department of
Agriculture in the Federal Register on July 2, 2015 (80 Fed. Reg. 37923 et seq.) until
the Secretary of Agriculture - (1) conducts an updated comprehensive risk evaluation of
importing beef produced in Argentina and Brazil; and (2) updates the Animal Disease
Risk Assessment, Prevention, and Control Act of 2001 (Public Law 107–9) Final Report
issued to Congress in January 2003 as it relates to economic impacts associated with
the potential introduction of foot-and-mouth disease (FMD), including specific actions by
Federal agencies to prevent the introduction into or dissemination within the United States
of FMD, and the sufficiency of legislative authority to prevent or control FMD in the United
States; and (3) reports to Congress on specific steps to implement recommendations
of the May 2015 GAO Report on Federal Veterinarians and workforce needs for emer-
gency response to an animal disease outbreak.”
the aforementioned regulations and advocates the opening
of talks between the Brazilian Health Surveillance Agency
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA) and the
FDA, in order to identify areas of potential cooperation.
3.2.3. Sanitary and Phytosanitary Barriers
BUSBC is in favor of reciprocal opening of the American and
Brazilian markets to trade in a variety of agricultural products,
which face sanitary and phytosanitary barriers.
On July 2, 2015, the decision of the Animal and Plant Health
Inspection Service (APHIS) was made public, opening up the U.S.
fresh (chilled or frozen) beef market to fourteen jurisdictions (Federative
Units) of Brazil, which were declared foot and mouth disease (FMD)-
free with vaccination. Logically, the next step would be to begin the
qualification process for export to the U.S. However, implementation
of that process is at risk of being held up due to two legislative bills:
one introduced before the United States House of Representatives
(H.R. 3049)22 and the other one, before the Senate (S. 1800),23
both of which make the release of resources for implementation of
42
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 43
Senado (S. 1800)39, que condicionam a liberação de recursos
para a implementação da importação de carnes de certas
regiões no Brasil a certas medidas relativas a procedimentos
de avaliação de riscos. O CEBEU demanda o engajamento
dos governos brasileiro e americano para encontrarem
soluções adequadas para que medidas legislativas, tais como
esta, não venham a dificultar as exportações brasileiras de
carne in natura para os Estados Unidos.
O Brasil é um habitual exportador de carne enlatada (carne
bovina processada) para os Estados Unidos. Entretanto,
houve um caso, em que foram detectados limites elevados
de ivermectina, o que resultou na paralização de novas
habilitações. Os Estados Unidos também elevaram seus
níveis aceitáveis de ivermectina no mesmo período. O CEBEU
demanda o empenho dos governos brasileiro e americano
para a retomada das habilitações de novos estabelecimentos.
Ao longo de 2015, constatou-se a incineração de pelo menos
dez carregamentos de mamão brasileiro nos Estados Unidos.
O governo americano afirma que a incineração se deu por
motivo de pragas, mas não foi apresentado um relatório
confirmativo. O CEBEU espera que os governos brasileiro e
americano se empenhem em conseguir um posicionamento
oficial americano, baseado na ciência, que justifique a
incineração do mamão brasileiro.
39 S.1800 - 114th Congress (2015-2016) - Agriculture, Rural Development,
Food and Drug Administration, and Related Agencies Appropriations Act,
2016. Sponsored by Sen. Moran, Jerry [Introduced 16 July 2015]. […]
Sec. 743. None of the funds made available by this Act may be used
to implement, administer, or enforce […] the rule entitled “Importation of
Beef From a Region in Brazil” published by the Department of Agriculture
in the Federal Register on July 2, 2015 (80 Fed. Reg. 37923 et seq.) until
the Secretary of Agriculture - (1) conducts an updated comprehensive
risk evaluation of importing beef produced in Argentina and Brazil; and
(2) updates the Animal Disease Risk Assessment, Prevention, and Control
Act of 2001 (Public Law 107–9) Final Report issued to Congress in Janu-
ary 2003 as it relates to economic impacts associated with the potential
introduction of foot-and-mouth disease (FMD), including specific actions
by Federal agencies to prevent the introduction into or dissemination wi-
thin the United States of FMD, and the sufficiency of legislative authority to
prevent or control FMD in the United States; and (3) reports to Congress
on specific steps to implement recommendations of the May 2015 GAO
Report on Federal Veterinarians and workforce needs for emergency res-
ponse to an animal disease outbreak.
meat exports from certain regions of Brazil contingent upon certain
measures being taken as a result of risk evaluation procedures.
BUSBC calls for the Brazilian and U.S. governments to engage in
talks to come up with suitable solutions so that legislative measures,
such as this one, do not put up roadblocks to Brazilian fresh beef
exports to the United States.
Brazil has been a traditional exporter of processed beef to the
United States. Notwithstanding, elevated levels of the animal
drug ivermectin were detected in processed beef shipments
from Brazil and this put a hold on any further beef processing
plant approvals. The United States also raised its acceptable
tolerance levels of ivermectin during the same period of time.
BUSBC urges the Brazilian and U.S. governments to strive to
resume the process of approval for new facilities.
This year, at least ten shipments of Brazilian papaya were
incinerated in the United States. The American authorities
claim that this action was taken as a result of pests, but did
not release any report to back the claim up. BUSBC is eager
for the Brazilian and United States governments to strive
for an official science-based U.S. position warranting the
incineration of Brazilian papaya to be made public.
The moment is strategic for the opening of the U.S. market for
eggs, by recognizing the sanitary equivalence by the United
States in order to enable Brazilian companies to export table and
processed eggs. The results of the analyzes performed in 2014
in the scope of the National Residues and Contaminants Control
Plan proving the quality of Brazilian controls and compliance
with the requirements for export to the United States, which
has become a market even more interesting because of recent
avian influenza episodes in its territory, which impacted on the
reduction of domestic production and rising consumer prices.
Lastly, certain fruits produced in Brazil show great potential
on the U.S. market, namely: fresh ripe fig, American or
common persimmon (Diospyros virginiana), yellow guava
(Psidium Guajava), avocado, Tahiti lime and sour lime. In
all these instances, U.S. officials must conduct pest risk
analysis and specific procedures must be put into place
for entry of these products into the U.S. The Council
calls on the Brazilian and U.S. governments to establish a
mechanism of regulatory cooperation on risk evaluation, as
well as consider other strategies to remove unnecessary
sanitary and phytosanitary barriers.
44
O momento atual é estratégico para a abertura do mercado
americano para ovos, por meio do reconhecimento da
equivalência sanitária pelos Estados Unidos, visando habilitar
as empresas brasileiras a exportar ovos de mesa e ovos
processados. Os resultados das análises realizadas em
2014 no escopo do Plano Nacional de Controle de Resíduos
e Contaminantes comprovam a qualidade dos controles
brasileiros e o cumprimento dos requisitos exigidos para
exportação aos Estados Unidos, que se tornou um mercado
ainda mais interessante em função de episódios recentes de
influenza aviária em seu território, que impactaram na redução
da produção nacional e no aumento dos preços ao consumidor.
Por fim, algumas frutas, de origem brasileira, possuem grande
potencial no mercado americano, a saber: figo maduro fresco,
caqui (Diospyros virginiana), goiaba (Psidium Guajava),
abacate, limão Tahiti e lima ácida. Em todos os casos, faz-se
necessário que processos de análise de risco de pragas, com
estabelecimento de procedimentos específicos para a entrada
desses produtos nos Estados Unidos, sejam empreendidos
pelas autoridades americanas. O Conselho demanda que os
governos brasileiro e americano estabeleçam mecanismos de
cooperação regulatória a respeito dos processos de análise
de risco, bem como considerem outras estratégias para
afastar barreiras sanitárias e fitossanitárias desnecessárias.
3.2.4. Barreiras Técnicas
O CEBEU opõe-se a quaisquer revisões dos programas
americanos, tanto em nível federal, quanto estadual, que
prejudiquem o comércio de etanol de cana-de-açúcar
brasileiro para aquele país.
Em nível federal, a redução pode decorrer da revisão dos
volumes anuais previstos para o consumo do etanol avançado
(de cana-de-açúcar) previstos no programa de biocombustíveis,
conhecido como Renewable Fuel Standard (RFS).
Em nível estadual, na Califórnia, a redução pode ocorrer por
meio da perda do status de “biocombustível avançado” do
etanol brasileiro no âmbito do Low Carbon Fuel Standard, o
que contradiz todos os estudos que afirmam que o etanol de
cana-de-açúcar é seguramente um dos biocombustíveis de
menor intensidade carbônica e que pode substituir o consumo
de gasolina no referido estado.
24 H.R. 3304 - Foreign Manufacturers Legal Accountability Act of 2015, spon-
sored by Rep. Cartwright, Matt [Introduced 29 July 2015]. This is actually the
reauthorization of H.R. 1910 - Foreign Manufacturers Legal Accountability Act
of 2013, sponsored by Rep. Cartwright, Matt [Introduced 9 May 2013].
3.2.4. Technical Barriers
BUSBC is against any revision of U.S. programs, both at the
federal and state levels, which may have an adverse effect on
Brazilian sugarcane-based ethanol trade with the United States.
At the federal level, a reduction may result from a revision of the
annual volumes of advanced ethanol (sugarcane-based) provided for
in the biofuel program known as the Renewable Fuel Standard (RFS).
At the state level, in California, the reduction may be the
consequence of stripping Brazilian ethanol of its “advanced
biofuel” status under the Low Carbon Fuel Standard, which runs
counter to all studies proving sugarcane-based ethanol is most
definitely one of the least carbon-intensive biofuels to potentially
replace gasoline consumption in the above-referenced state.
As for trade in manufactured products, BUSBC is deeply
concerned about H.R. 3304 - Foreign Manufacturers Legal
Accountability Act of 2015,24 introduced on July 29, 2015. The
bill grants jurisdiction to U.S. courts over foreign manufacturers
of products exported to the United States. The bill aims to allow
consumers, who suffer damages stemming from an imported
product, to seek to have the foreign manufacturer held liable
by U.S. courts, with equal treatment of foreign and U.S.
manufacturers as to safety standards. The bill requires foreign
companies doing business in the United States to have a
registered representative in that country, to be served complaints
or papers in civil suits and administrative proceedings. In
accepting the papers or complaint, the foreign manufacturer
would be submitting to the jurisdiction of the U.S. courts.
BUSBC will closely follow the legislative procedure and debates
on this bill, inasmuch as it could have a negative impact on
bilateral trade, should it be approved and signed into law.
3.3. Investment Barriers
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 45
No que diz respeito ao comércio de produtos manufaturados,
o CEBEU tem grande preocupação com o Projeto de Lei 3304
– Lei de Reponsabilidade Legal de Fabricantes Estrangeiros
de 201540, apresentado no dia 29 de julho de 2015. O projeto
de lei dispõe a respeito da jurisdição dos tribunais americanos
sobre os fabricantes estrangeiros de produtos exportados aos
Estados Unidos. O projeto visa permitir que consumidores que
sofram danos ou prejuízos por um produto importado busquem
a responsabilização do fabricante estrangeiro perante as cortes
dos Estados Unidos, visando à igualdade de tratamento entre
fabricantes estrangeiros e americanos quanto aos padrões de
segurança. O projeto exige que uma empresa estrangeira, que
faça negócios nos Estados Unidos tenha um representante
registrado nesse país, para aceitar citação em demandas civis
e regulatórias. O fabricante estrangeiro, ao aceitar a citação,
estaria se submetendo à jurisdição dos Estados Unidos.
O CEBEU acompanhará a tramitação e os debates a respeito
do projeto já que sua aprovação pode ter impacto negativo
para o comércio bilateral.
3.3. Barreiras a Investimentos
O Conselho acompanha o tema da aquisição de imóvel rural por
estrangeiros residentes no Brasil, pessoas jurídicas estrangeiras
autorizadas a funcionar no Brasil e empresas brasileiras
controladas por estrangeiros. Em especial, a questão da
aquisição por empresas brasileiras controladas por estrangeiros
foi sujeita a diferentes interpretações por parte da Advocacia
Geral da União (AGU) ao longo dos últimos anos, o que gerou
insegurança jurídica, resultando em dificuldades na realização
de novos negócios entre o Brasil e os Estados Unidos.
No âmbito do agronegócio, registre-se que houve considerável
investimento em áreas rurais na década de 1990, por força da
40 H.R. 3304 - Foreign Manufacturers Legal Accountability Act of 2015,
sponsored by Rep. Cartwright, Matt [Introduced 29 July 2015]. Trata-
-se de nova apresentação do H.R. 1910 - Foreign Manufacturers Legal
Accountability Act of 2013, sponsored by Rep. Cartwright, Matt [Intro-
duced 9 May 2013].
25 Under this provision of the law, Brazilian corporative entities controlled by
a majority of foreign owed capital (either a natural or legal entity) are subject
to the same restrictions applicable to foreign corporations. After enactment
of the 1988 Federal Constitution, debate was triggered as to whether this rule
would apply to Brazilian corporations controlled by foreigners, inasmuch as
art. 190 of the Federal Constitution establishes that restrictions and limitations
on the acquisition or leasing of rural real property apply only to foreign indivi-
duals and corporate entities. In light of the doubt, the Attorney General of the
Union issued Opinion GQ-22/1994, holding forth that Brazilian companies
whose capital was owned by foreigners are not subject to the restrictions ap-
plicable to foreigners. This understanding was upheld by Attorney General
of the Union Opinion GQ 181/1998.26 Opinion Attorney General of the UnionLA 01/2010
The Council is closely monitoring the topic of acquisition of
rural real property by foreign residents in Brazil, foreign legal
entities authorized to operate in Brazil, and Brazilian companies
controlled by foreign business interests. In particular, the issue
of acquisition by Brazilian companies controlled by foreign
business interests has been subject to different interpretations
by the Attorney General of the Union over the past years, which
has created a certain measure of legal uncertainty and has
been a roadblock for new business deals between Brazil and
the United States to be successfully consummated.
In the field of agribusiness, considerable investment was
made in rural areas in the 1990s, based on the interpretation
of § 1º of art. 1º of Law 5.709/71,25 which did away with
restrictions on the acquisition of rural real property by Brazilian
companies controlled by foreigners. However, in 2010, another
interpretation26 came out, recognizing that Brazilian corporate
entities with a majority of capital held by foreigners were
essentially equivalent to foreign corporations for purposes of
enforcing the restrictions provided for in Law 5.709/71.
Even though Inter-Ministerial Decree 4/2014 dispelled any
doubts about the application of the latest opinion of the Attorney
General of the Union, the failure to expressly vacate or revoke
it or to formally challenge the constitutionality of § 1º of Law
5.709/71, still makes the interpretation of the aforementioned
provision of the 1988 Federal Constitution continue to be subject
to a high degree of uncertainty, which consequently has an
46
interpretação que se dava ao § 1º do art. 1º da Lei 5.709/7141,
a qual afastava as limitações impostas à aquisição de imóveis
rurais por empresas brasileiras de controle estrangeiro.
Todavia, em 2010, deu-se nova interpretação42, no sentido
de reconhecer a validade da equiparação entre a pessoa
jurídica brasileira com maioria de seu capital social detido
por estrangeiros à pessoa jurídica estrangeira, para fins de
imposição das limitações trazidas na Lei 5.709/71.
Não obstante a Portaria Interministerial 4/2014 haver afastado
algumas dúvidas quanto à aplicação do último parecer da
AGU, a ausência de revogação expressa ou de controle de
constitucionalidade do § 1° da Lei 5.709/71 ainda faz com que
a interpretação quanto à recepção do referido dispositivo pela
Constituição Federal de 1988 permaneça sujeita a um elevado
grau de incerteza, impactando, por consequência, a situação
das aquisições de imóveis rurais por sociedades brasileiras
controladas por estrangeiros.
O CEBEU acompanha o assunto, visando o afastamento de
barreiras a investimentos, bem como a criação e a manutenção
de um ambiente regulatório estável e favorável à atração de
investimentos americanos.43
41 De acordo com o referido dispositivo, a pessoa jurídica brasileira cuja
maioria do capital seja detida por estrangeiro (pessoa física ou jurídica) está
sujeita às mesmas restrições aplicáveis às empresas estrangeiras. Após a
Constituição Federal de 1988, surgiu a discussão se este regime restaria
aplicado às empresas brasileiras controladas por estrangeiros, uma vez que
o art. 190 da Constituição Federal indica que as restrições e limitações à
aquisição ou arrendamento de imóveis rurais se aplicam somente a pessoas
físicas e jurídicas estrangeiras. Diante da dúvida, a AGU emitiu o Parecer
GQ-22/1994, no sentido de que as empresas brasileiras de capital estran-
geiro não estariam sujeitas às restrições aplicáveis a estrangeiros. Tal enten-
dimento foi ratificado pelo Parecer da AGU GQ 181/1998.42 Parecer AGU/LA 01/2010.43 O Conselho acompanha, junto ao Supremo Tribunal Federal, o andamento
da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 342, movida
pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), em 16 de abril de 2015.
impact on the status of acquisitions of rural real property by
Brazilian corporations controlled by foreigners.
BUSBC is monitoring the matter, striving for barriers to investments
to be taken down, either by creating or maintaining a stable
regulatory environment that serves to attract U.S. investments.27
46
27 The Council is following, before the Federal Supreme Court, the
proceedings in the claim of non-compliance with a fundamental precept -
ADPF 342 -, brought by Sociedade Rural Brasileira (SRB), on April 16, 2015..
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 49
4.1. Intellectual Property (Special 301)
BUSBC advocates Brazil’s removal from the Watch List
released in the Annual Special 301 Report on Intellectual
Property Rights, which is drafted by the Office of the United
States Trade Representative, in keeping with Section 301 of
the Trade Act of 1974.
The report identifies intellectual property-related trade barriers
faced by American companies and products, listing countries
that do not provide to persons of the United States adequate
and effective protection of intellectual property rights or fair
and equitable market access in this area.
In addition to the category “Priority Foreign Country” provided
for in Section 301 (Section 301 of the Trade Act of 1974),
two other categories of country were instituted: “Priority Watch
List” countries and “Watch List” countries. Brazil falls under
the latter of the two categories.
Accordingly, as of 2009, BUSBC has been taking part in the public
comment period for the drafting of the Annual Special 301 Report
on Intellectual Property Rights. In the 2015 report, Brazil appeared
on the “Watch List,” even though it was recognized that the country
has taken positive steps in protecting intellectual property rights.
The previous report noted that the major problems are as follows:
backlog in examining applications for registration of trademarks
and patents; need to strengthen deterrents to pirating goods and
counterfeiting, including via Internet; and issues associated with
the awarding of patents for pharmaceuticals and agrochemical
products, involving the actions of INPI and ANVISA.
The Council believes that Brazil has progressed substantially
in combating the pirating of goods, as well as in protecting
intellectual property rights. It cannot be justified to leave Brazil
on the watch list, which includes countries that are plagued
with some of the most serious shortcomings in defending
intellectual property rights.
4.2. Forced Labor and Child Labor
In the view of BUSBC, it is not right for products of Brazilian
origin to be included by the United States on the List of Goods
Produced by Child Labor or Forced Labor, which is released
under the Trafficking Victims Protection Reauthorization Act.
4. Medidas Unilaterais 4. Unilateral Measures
4.1. Propriedade Intelectual (Special 301)
O CEBEU defende a retirada do Brasil da Lista de Atenção (Watch
List), publicada pelo Relatório Anual sobre Propriedade Intelectual
(Annual Special 301 Report on Intellectual Property Rights),
preparado pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados
Unidos, com fundamento na Seção 301 do Ato de Comércio de 1974.
O relatório identifica barreiras comerciais enfrentadas por
empresas e produtos americanos, com relação ao regime de
propriedade intelectual, no exterior, relacionando países que
não concedem, às pessoas dos Estados Unidos, proteção
adequada e efetiva aos direitos de propriedade intelectual ou
acesso justo e equitativo ao mercado nesse aspecto.
Além da categoria “País Estrangeiro Prioritário” prevista na Seção
301 (Section 301 of the Trade Act of 1974), duas outras categorias
de países foram instituídas, aqueles que fazem parte da “Lista de
Atenção Prioritária” (Priority Watch List) e aqueles que fazem parte
da “Lista de Atenção” (Watch List), na qual o Brasil figura.
Assim, desde 2009, o CEBEU participa das consultas
públicas para a confecção do Annual Special 301 Report
on Intellectual Property Rights. No relatório de 2015, o Brasil
foi listado na Watch List, apesar de haver sido reconhecida
a trajetória positiva do país quanto à proteção dos direitos
de propriedade intelectual. O último relatório ressaltou como
principais problemas: o atraso para análise dos pedidos de
registro de marcas e patentes; a necessidade de fortalecer a
coibição da pirataria e da contrafação, incluindo no âmbito da
Internet; e questões relacionadas ao processo de concessão
de patentes de farmacêuticos e produtos agroquímicos,
envolvendo a atuação do INPI e da ANVISA.
O Conselho entende que o Brasil progrediu substantivamente
no combate à pirataria, bem como na proteção aos direitos de
propriedade intelectual. A permanência na lista de atenção, que
inclui países que apresentam sérias deficiências na defesa dos
direitos de propriedade intelectual (Watch List), não se justifica.
4.2. Trabalho Forçado e Infantil
O CEBEU entende ser inadequada a inclusão, pelos Estados
Unidos, de produtos de origem brasileira na Lista de Mercadorias
Produzidas por Trabalho Infantil ou Trabalho Forçado, publicada
50
em função da Lei de Renovação da Autorização para Proteção às
Vítimas do Tráfico, sobretudo em razão da legislação trabalhista
rigorosa vigente, que supera a normatização internacional
da Organização Internacional do Trabalho, e os mecanismos
para sua implementação; assim como das sanções brasileiras
ao desrespeito aos direitos dos trabalhadores e/ou crianças,
constitucional e legalmente garantidos.
O Conselho defende a alteração da metodologia de elaboração da
lista, em especial das fontes utilizadas, por se basearem, em grande
parte, em divulgações da imprensa, o que gera um tratamento
prejudicial a países que prezam pela transparência e liberdade de
imprensa, e não consideram o contexto e o desfecho dos casos
anunciados, os quais são puníveis pelo Brasil. Assim, devem ser
estipulados critérios diferentes para países transparentes e países
não transparentes, bem como período de consulta pública ao
setor privado, previamente à publicação.
O Escritório para Assuntos Trabalhistas Internacionais do
Departamento de Trabalho dos Estados Unidos publica
regularmente três relatórios sobre trabalho infantil e forçado
no âmbito internacional:
a) o Relatório da Lei do Comércio e Desenvolvimento44
(Findings on the Worst Forms of Child Labor), que, em sua
última versão, considerou o Brasil, de modo geral, como
referência em boas práticas e, de modo específico, como
território de “avanço significativo”, não obstante sejam
apontados setores em que o trabalho infantil é existente;
b) a Lista da Ordem Executiva 13.12645 (List of Products
Produced by Forced or Indentured Child Labor), a qual
pode resultar em limitações no que concerne a compras
governamentais de produtos provenientes dos países
listados, mas não cita produtos produzidos no Brasil; e
c) a Lista da Lei da Renovação da Autorização para Proteção
às Vítimas do Tráfico46 (TVPRA, em inglês) (List of Goods
Produced by Child Labor or Forced Labor), que na
44 Trade and Development Act of 2000.45 Executive Order 13126 of 1999.46 Trafficking Victims Protection Reauthorization Act of 2005 (TVPRA List).
Brazil has some of the strictest labor laws, enforcement
mechanisms of those laws and punishments for violations of
the rights of workers and children, which are constitutionally
and statutorily guaranteed. Brazil’s laws are far more
stringent than the international standards established by the
International Labor Organization.
The Council advocates a change in the method used to draw
up the list, especially the sources informing decisions, because
these sources are, for the most part, based on media reports.
Though Brazil is a country that prides itself on the transparency
and freedom of its press, press coverage does not take into
account the context or the outcome of the cases it reports on
and this can amount to prejudicial treatment of the country.
These cases are subject to prosecution and punishment in
Brazil. Consequently, the Council believes there should be two
different sets of criteria for drawing up the list and for the length
of the consultation period with the private sector, prior to making
the results public: one set for countries with transparency and
the other, for non-transparent countries.
The Bureau of International Labor Affairs of the United States
Department of Labor regularly releases three reports on child
and forced labor practices worldwide, which are the following:
a) Report mandated under the Trade and Development Act of 2000 (Findings on the Worst Forms of Child Labor), which in its latest version, regarded Brazil in general terms to be a benchmark in best practices and, in specific terms, as a territory making “significant advancement,” even though certain sectors were identified where child labor exists;
b) List mandated under Executive Order 13.126 of 1999 (List of Products Produced by Forced or Indentured Child Labor), which can trigger restrictions on government procurement of products coming from listed countries; but no products produced in Brazil are cited therein; and
c) List mandated under the Trafficking Victims Protection Reauthorization Act of 2005 (List of Goods Produced by Child Labor or Forced Labor - TVPRA List), which in the December 2014 issue28, listed 16 types of Brazilian goods, mostly under
28 The Brazilian products included in the category of child labor and forced
labor are cattle and coal. In the category of child labor, the products are meat,
tiles, nuts, ceramics, cotton, shoes, sisal, rice, pineapple, yucca root and tobac-
co. In the category of forced labor: apparel, timber and sugarcane.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 51
publicação de dezembro de 201447, listou 16 tipos de produtos brasileiros, a maior parte na categoria trabalho infantil, e reconheceu os esforços brasileiros no âmbito do setor de vestuário, que atuou de forma sistemática para a retirada do setor da lista, mas manteve sua previsão.
Resta ainda ressaltar que os Estados Unidos e o Brasil possuem instrumentos firmados relativos à cooperação no âmbito de direitos relativos a trabalho, que reconhecem o papel relevante desempenhado pelo Brasil.
O Memorando de Entendimento para a Implementação de Atividades de Cooperação Técnica em Terceiros Países no Âmbito do Trabalho Decente, de 2011, reconhece expressamente as boas práticas brasileiras no combate ao trabalho infantil. Referido memorando elenca como um dos pontos a serem considerados na cooperação com terceiros países: a promoção dos princípios fundamentais e direitos no trabalho, incluindo a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva, bem como de programas voltados ao combate ao trabalho infantil exploratório, ao trabalho forçado e à discriminação no local de trabalho.
O Memorando de Entendimento relativo à Cooperação no âmbito do Trabalho, de 2012, firmado entre o Ministério do Trabalho e Emprego, pelo Brasil, e o Departamento de Trabalho, pelos Estados Unidos, com objetivo de fortalecer a cooperação em temas trabalhistas, incluindo a proteção dos direitos trabalhistas e o fortalecimento do diálogo social, em conformidade com a agenda de trabalho decente. Entre as áreas de cooperação, constam promoção do trabalho decente e trabalho infantil e trabalho forçado.
Por fim, no Comunicado Conjunto, de 30 de junho de 2015, os presidentes manifestaram intenção de expandir as iniciativas de cooperação trilateral para o desenvolvimento em benefícios de países na América Latina, o Caribe e na África, em diversas áreas, incluindo o trabalho digno.
Incoerente, portanto, a atual inclusão do Brasil na Lista TVPRA, com sua legislação e boas práticas na garantia dos direitos trabalhistas e no combate ao trabalho infantil e/ou forçado, reconhecidas internacionalmente.
47 Os produtos brasileiros incluídos na categoria de trabalho infantil e trabalho
forçado são: gado e carvão. Na categoria trabalho infantil, são: carnes, tijolos, cas-
tanha, cerâmicas, algodão, calçados, sisal, arroz, abacaxi, mandioca e tabaco.
Na categoria trabalho forçado, são: vestuário, madeira e cana-de-açúcar.
the category of child labor, and recognized Brazil’s efforts in the apparel sector, which took systematic action to be
removed from the list, but continues to strive to be removed.
It must also be noted that the United States and Brazil have
both signed instruments on cooperation in the area of labor
rights, which recognize the important role played by Brazil.
The Memorandum of Understanding between Brazil and the
U.S. for the Implementation of Technical Cooperation Activities
in Third Countries in the Field of Decent Work of 2011 expressly
recognizes Brazil’s best practices in combating child labor.
The aforementioned memorandum lists as one of the items to
be considered in cooperation with third countries: promotion of
fundamental principles and rights at work, including freedom of
association and effective recognition of the right to collective
bargaining, as well as programs aimed at combating child
exploitation, forced labor and workplace discrimination.
The Ministry of Labor and Employment, on behalf of Brazil, and
the U.S. Department of Labor, on behalf of the United States,
entered into the Memorandum of Understanding concerning Labor
Cooperation of 2012, for the purpose of strengthening labor
cooperation, including protection of labor rights and strengthening
social dialogue, in line with the decent work agenda. Under the
memorandum, the areas of cooperation include promoting decent
work and combatting child labor and forced labor.
Lastly, in the Joint Communiqué of June 30, 2015, the
presidents expressed their intention to expand trilateral
cooperation initiatives for development in order to benefit
countries in Latin America, the Caribbean and Africa, in a
variety of fields, including decent work.
It is, consequently, inconsistent for Brazil to appear on the
TVPRA List, in light of its legislation and best practices to
enforce labor laws and combat child labor and/or forced
labor, as internationally recognized.
52
5. Temas Multilaterais 5. Multilateral Issues
Existem interesses do setor privado brasileiro nas negociações
multilaterais da OMC, nos quais os Estados Unidos podem
constituir um parceiro estratégico.
O setor privado brasileiro apoia a conclusão da Rodada Doha
com base em conjunto equilibrado de concessões recíprocas,
sobretudo em disciplinas e condições de acesso a mercados
para bens agrícolas e industrializados, assim como serviços.
Assim, o CEBEU parabeniza os presidentes que, no seu
Comunicado Conjunto, de 30 de junho de 2015, reiteraram o
compromisso de ambos os países com o sistema multilateral
de comércio, compartilhando a visão que este é o momento
de os membros da OMC convergirem em um caminho para
concluir a negociação.
Outros temas em que parceria estratégica com os Estados
Unidos pode impulsionar a discussão em âmbito multilateral
são: a consideração de uma disciplina para a conduta no
comércio internacional de empresas controladas pelos
governos (empresas estatais); a inserção da relação entre
câmbio e comércio internacional na agenda da OMC; e o
compromisso com a ratificação e implementação do AFC.
Principais Resultados do Quadriênio 2012-2015
1. Acordo para o Intercâmbio de Informações relativas a Tributos
O Acordo para o Intercâmbio de Informações relativas a
Tributos48, celebrado em Brasília, em 20 de março de 2007, foi
aprovado pelo Decreto Legislativo 211, de 12 de março de 2013,
e promulgado pelo Decreto 8.003, de 15 de maio de 2013.
Referido tratado constitui importante elemento de cooperação na
área tributária, por meio do intercâmbio de informações relevantes
para administração e o cumprimento de suas legislações internas
na área tributária, e sua ratificação era alegada como um pré-
requisito para qualquer avanço nas discussões de um acordo
para evitar a dupla tributação entre Brasil e Estados Unidos.
The Brazilian private sector has its own interests in the
multilateral WTO negotiations, where the United States can be
a strategic partner.
The Brazilian private sector supports concluding the Doha
Round through balanced reciprocal concessions, especially
regarding controls and conditions of access to markets for
agricultural and manufactured goods, as well as services.
Accordingly, BUSBC commends the presidents, who in
their Joint Communiqué of June 30, 2015, reiterated the
commitment of both countries to the multilateral trade system,
sharing the vision that it is time for WTO members to come
together on a single path to conclude the negotiation.
Other areas for strategic partnering with the United States that
could push the discussions forward in the multilateral realm
are: consideration of rules for international non-commercial
conduct of companies controlled by governments (state-
owned enterprises); introducing the link between currency
exchange and international commerce into the WTO agenda;
and the commitment to ratify and implement the TFA.
Highlights of the 2012-2015 Period
1. Tax Information Exchange Agreement
The Tax Information Exchange Agreement, signed into force
in Brasilia on March 20, 2007, was approved under Legislative
Decree 211 of March 12, 2013, and enacted under Decree
8.003 of May 15, 2013.
The aforementioned treaty constitutes an important tool for
cooperation in the taxation field, using the exchange of key
information for the administration and enforcement of domestic
tax law. It was claimed that ratification thereof is a pre-requisite
to any progress in discussions on an agreement to prevent
double taxation between Brazil and the United States.
2. Agreement to Improve Tax Compliance and to Implement FATCA
The Agreement to Improve Tax Compliance and to Implement
the Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA), signed
on September 23, 2014, was approved under Legislative 48 Tax Information Exchange Agreement (TIEA).
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 53
2. Acordo para Melhoria da Observância Tributária Internacional e Implementação do FATCA
O Acordo para Melhoria da Observância Tributária Internacional e
Implementação da Lei de Conformidade Tributária sobre Contas
no Exterior (FATCA)49, celebrado em 23 em setembro de 2014, foi
aprovado pelo Decreto Legislativo 146, de 25 de junho de 201550,
e promulgado pelo Decreto 8.506, de 24 de agosto de 201551.
O acordo prevê assistência mútua em assuntos tributários com
base em uma infraestrutura eficaz para troca automática de
informações, e também era considerado como condição para
a negociação de um acordo para evitar a dupla tributação.
3. Acordo de Previdência Social
O Acordo de Previdência Social52, entre Brasil e Estados
Unidos, foi celebrado em 30 de junho de 2015. O acordo,
quando vigente, permitirá aos nacionais que trabalham
no outro país terem reconhecidas suas contribuições à
previdência social em ambos os países. O acordo trará ganhos
econômicos para as empresas de ambos os países, ao evitar
a dupla contribuição aos dois sistemas previdenciários.
Com o rápido crescimento do comércio e dos investimentos
entre os países, a estimativa, apresentada no Comunicado
Conjunto da Presidenta Dilma Rousseff e do Presidente Barack
Obama, é que o acordo trará uma economia de mais de 900
milhões de dólares a empresas brasileiras e americanas
ao longo dos primeiros seis anos. O acordo deve ser ainda
aprovado pelo Congresso Nacional, ratificado e promulgado
pela Presidenta da República do Brasil para se tornar vigente.
Além do acordo, foi firmado, na mesma data, o Ajuste
Administrativo para Implementação do Acordo de Previdência
Social, em atenção ao art. 9, alínea “a”, que indicou como
organismos, para implementação do acordo, a Administração
da Seguridade Social nos Estados Unidos, e o Instituto
Nacional do Seguro Social, no Brasil.
49 Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA).50 DOU 26.06.2015.51 DOU 25.08.2015.52 Totalization Agreement.
29 DOU of June 26, 2015.30 DOU of August 25, 2015.31 DOU of June 26, 2015.
Decree 146 of June 25, 201529, and enacted under Decree
8.506 of August 24, 201530.
The agreement provides for mutual assistance in tax-related
matters using an efficient automatic information exchange
infrastructure, and was also considered as a condition to
negotiations on bilateral agreement to prevent double taxation.
3. Social Security Agreement
The Social Security Totalization Agreement between Brazil
and the United States was signed on June 30, 2015. Once in
force, the agreement will allow social security contributions of
nationals working in the other country to be recognized in each
other’s country of origin. The agreement is an economic gain for
companies of both countries, inasmuch as it helps to prevent
double contributions to the two social security systems.
With the rapid growth of trade and investment between the
two countries, the estimate offered in the Joint Communiqué
of President Dilma Rousseff and President Barack Obama is
that the agreement will help save more than US$ 900 million
for Brazilian and American companies over the first six years
that it is in effect. The agreement must still be approved by
the National Congress, signed into law and enacted by the
President of the Republic of Brazil in order to come into force.
In addition to the agreement, on the same day, the Administrative
Adjustment for Implementation of the Social Security Totalization
Agreement was signed, in keeping with art. 9º, “a”, which lists
the Social Security Administration in the United States and the
National Social Security Institute in Brazil, as the implementing
agencies of the Totalization Agreement.
4. Defense Cooperation Agreement and the Agreement toProtectClassifiedMilitaryInformation
These agreements were signed in 2010; however, enactment
of the Information Access Law in Brazil in November 2011
made it necessary to make adjustments to them.
The Defense Cooperation Agreement, signed on April 12, 2010,
was approved under Legislative Decree 145 of May 25, 2015,31
54
4. Acordo sobre Cooperação em Matéria de Defesa e Acordo Relativo a Medidas de Segurança para a Proteção de Informações Militares Sigilosas
Esses acordos haviam sido assinados em 2010, mas em função
da Lei de Acesso à Informação, que passou a vigorar no Brasil
em novembro de 2011, houve necessidade de ajustes.
O Acordo sobre Cooperação em Matéria de Defesa, celebrado
em 12 de abril de 2010, foi aprovado pelo Decreto Legislativo
145, de 25 de maio de 201553, e permitirá a realização de
treinamentos conjuntos, cursos e estágios, e facilitará as
negociações comerciais de equipamentos e armamentos.
Já o Acordo Relativo a Medidas de Segurança para a Proteção
de Informações Militares Sigilosas, celebrado em 21 de
novembro de 2010, foi aprovado pelo Decreto Legislativo 147,
de 25 de junho de 201554, e aguarda a promulgação pela
Presidente da República. Esse acordo cria um quadro jurídico
para a troca de informações militares sigilosas de maneira mais
segura, possibilitará avanços no intercâmbio de tecnologia, sem
risco do repasse informações confidenciais para terceiros. De
acordo com a Exposição de Motivos 287/2015, assinada pelos
ministros Jaques Wagner, da pasta de defesa, e Sérgio Danese,
então interino da pasta de Relações Exteriores, o acordo sobre
sigilo de informações militares poderá impulsionar parcerias
comerciais e industriais, tendo em conta o sigilo e a proteção
das informações militares contidas em contratos.
Esses acordos são relevantes para a indústria de defesa, que
poderá explorar, de forma sistemática, as possibilidades de
cooperação bilateral.
5. Cachaça
Entre os atos assinados por ocasião da visita da Presidente Dilma
Rousseff aos Estados Unidos, em 9 de abril de 2012, figurou
uma troca de cartas entre o então Ministro de Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e o então
Representante Comercial dos Estados Unidos, Embaixador Ron
Kirk, a respeito do reconhecimento mútuo da cachaça como
produto tipicamente brasileiro e do uísque Tennessee e do
Bourbon como produtos tipicamente americanos.
53 DOU 26.06.2015.54 DOU 26.06.2015. 32 DOU of June 26, 2015.
and will pave the way for joint training, courses and fellowships
and facilitate trade negotiations on equipment and armament.
The Agreement Protect Classified Military Information, signed on
November 21, 2010, was approved under Legislative Decree
147 of June 25, 2015,32 and is awaiting the signature of the
President of the Republic. This agreement creates the legal
framework for safe classified military information exchange and
will help pave the way for potential technology exchanges with
third parties. According to Statement of Purpose 287/2015,
signed by Brazilian Defense Minister Jaques Wagner and
Sérgio Danese, then acting Minister of Foreign Relations, the
agreement on classified military information could help to foster
trade and industrial partnerships, while protecting classified
military information, as required under contract.
These agreements are important to the defense industry, which
will be able to systematically take advantage of opportunities
for bilateral cooperation.
5. Cachaça
On the occasion of the visit of President Dilma Rousseff to the
United States, ceremonies included the exchange of letters
between Minister of Development, Industry and Commerce at the
time Fernando Pimentel and United States Trade Representative
at the time Ambassador Ron Kirk, regarding mutual recognition
of Cachaça as a typical Brazilian product and of Tennessee
Whiskey or Bourbon as typical American products.
On December 13, 2012, at the request of the Brazilian
government and based on discussions with the Office of the
United States Trade Representative, the Alcohol and Tobacco
Tax and Trade Bureau decided to amend the law applying
to distilled beverages to include “Cachaça” as a type of rum
and a unique product of Brazil, which is produced in the that
country under Brazilian laws regulating Cachaça production
for public consumption. The decision, which also regulates
labeling, came into effect on April 11, 2013.
6. Opening the U.S. Market to Fresh Beef
Over the past 15 years, the U.S. has not purchased fresh
(chilled or frozen) beef from Brazil because of sanitary
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 55
Em 13 de dezembro de 2012, em razão de solicitação
do governo brasileiro, e discussões com o Escritório do
Representante Comercial dos Estados Unidos, o Escritório
para Comércio e Tributação de Álcool e Tabaco decidiu
modificar a legislação aplicável quanto a bebidas destiladas
para incluir “cachaça” como um tipo de rum e um produto
único do Brasil, produzido no país com observância das
leis brasileiras que regulam a produção da cachaça para o
consumo. A decisão, que abarcou também regras relativas a
rótulos, tornou-se efetiva em 11 de abril de 2013.
6. Abertura do Mercado Americano para a Carne Bovina In Natura
Nos últimos 15 anos, os americanos não compraram carne
bovina in natura do Brasil por causa de restrições sanitárias. Em
23 de dezembro de 2013, iniciou-se, nos Estados Unidos, um
processo voltado à liberação da importação da carne bovina
resfriada ou congelada (carne in natura) brasileira. No início de
2014, foi realizada consulta pública nos Estados Unidos para a
remoção da barreira sanitária à carne bovina in natura do Brasil.
Em 2 de julho de 2015, a decisão do Serviço de Inspeção de
Saúde Animal e Vegetal do Departamento da Agricultura foi
publicada, abrindo o mercado de carne bovina in natura (resfriada
e congelada) para 13 estados (Tocantins, Bahia, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná,
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe)
e o Distrito Federal, desde que observadas certas condições, e
com vigência a partir de 31 de agosto de 2015.55 As 14 Unidades
da Federação listadas foram consideradas livres de febre aftosa
com vacinação e podem se habilitar para exportar carne bovina in
natura aos Estados Unidos.
Todavia, conforme mencionado ao tratar das barreiras
sanitárias, esse processo corre o risco de sofrer dificuldades
na sua implementação em razão de dois projetos de lei, um
na Câmara (H.R. 3049) e outro no Senado (S. 1800), que
condicionam a liberação de recursos para a implementação
da importação de carnes de certas regiões no Brasil a certas
medidas relativas a procedimentos de avaliação de riscos.
55 Final rule (26 June 2015). Department of Agriculture. Animal and Plant
Health Inspection Service (USDA). Importation of Beef from a region in Brazil.
[Docket nº APHIS-2009-0017]. Federal Register (02 July 2015), vol. 80, nº
127, p. 37923-37934.
33 Final rule (26 June 2015). Department of Agriculture. Animal and Plant
Health Inspection Service (USDA). Importation of Beef from a region in Brazil.
[Docket nº APHIS-2009-0017]. Federal Register (02 July 2015), vol. 80, nº
127, p. 37923-37934.34 H.R. 1295 - Trade Preferences Extension Act of 2015, Sponsored by Rep.
Holding, George [Introduced 03 April 2015].
restrictions. On December 23, 2013, the U.S. began to ease its
import restrictions on Brazilian fresh beef. In early 2014, a public
consultation was conducted in the United States for the removal
of sanitary barriers to fresh and frozen beef from Brazil.
On July 2, 2015, the decision of the Animal and Plant Health
Inspection Service of the United States Department of
Agriculture was published, opening up the fresh and frozen
beef market in the U.S. to 13 Brazilian States (Tocantins,
Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro, Rondônia, São Paulo and Sergipe) and the Federal
District, provided that certain requirements were met, with the
final rule effective as of August 31, 2015.33 The 14 entities of
the Brazilian Federation listed above were deemed foot and
mouth disease (FMD) free with vaccination and can qualify as
fresh and frozen beef importers to the United States.
However, as was mentioned in the discussion above on
sanitary barriers, implementation of that process is in jeopardy.
This is because of two legislative bills, one introduced in the
House (H.R. 3049) and the other, in the Senate (S. 1800),
which make the release of resources for implementation of
beef imports from certain regions in Brazil contingent upon
certain measures pertaining to risk evaluation procedures.
7. General System of Preferences
The General System of Preferences (GSP) of the United States
was renewed under the Trade Preferences Extension Act of 2015,
signed by the President of the United States on June 29, 2015,
after House Bill H.R. 129534 was approved by the U.S. Congress,
with Brazil retaining its status as a beneficiary country.
It is the only tariff preference mechanism in effect between
the two countries. Brazil’s retaining beneficiary status is not at
odds with the interests of Brazilian industry in entering into a
FTA with the U.S., inasmuch as the scope of goods benefiting
from the GSP is limited, the preference is precarious and
subject to a graduation clause.
56
7. Sistema Geral de Preferências
O Sistema Geral de Preferências (SGP) dos Estados Unidos
foi renovado por meio da Lei de Extensão de Preferências
Tarifárias de 2015, assinada pelo Presidente dos Estados
Unidos, em 29 de junho de 2015, após a aprovação do
Projeto de Lei H.R. 129556 pelo Congresso Americano, com a
manutenção do Brasil como país beneficiário.
Trata-se do único mecanismo de tarifas preferenciais previsto entre
os dois países. A manutenção do Brasil não interfere no interesse
da indústria brasileira em um ALC com os Estados Unidos, uma
vez que o escopo de produtos beneficiados pelo SGP é limitado, e
o mesmo é precário, sujeito à cláusula de graduação.
8. Contencioso do Suco de Laranja (OMC - DS382)
Em 18 de fevereiro de 2013, o Brasil e os Estados Unidos
comunicaram ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC
que chegaram a uma solução mutuamente satisfatória em
relação ao contencioso do suco de laranja.57
Trata-se de contencioso iniciado em 27 de novembro de 2008,
por pedido de consultas do Brasil, cujo painel examinou a
legalidade de medidas antidumping aplicadas pelos Estados
Unidos sobre a importação de suco de laranja brasileiro. O
painel, cujo relatório foi adotado, pelo Órgão de Solução de
Controvérsias, em 17 de junho de 2011, considerou que o uso
do zeroing em duas revisões administrativas, bem como o uso
contínuo dessa metodologia em procedimentos antidumping
sucessivos relativos ao suco de laranja, era incompatível
com o artigo 2.4 do Acordo Antidumping. Em suma, o painel
recomendou que os Estados Unidos tomassem as medidas
necessárias para tornar suas práticas compatíveis com suas
obrigações sob o Acordo Antidumping.
Como o Brasil manteve seu direito de avaliar se as medidas de
implementação adotadas pelos Estados Unidos colocariam
fim à controvérsia ou se haveria necessidade de recorrer a
painéis de implementação e retaliação, o contencioso somente
foi concluído em 2013, com acordo de ambos os países.
56 H.R. 1295 - Trade Preferences Extension Act of 2015, Sponsored by Rep.
Holding, George [Introduced 03 April 2015].57 United States – Anti-Dumping Administrative Reviews and Other Measures
Related to Imports of Certain Orange Juice from Brazil (WT/DS382).
35 United States – Anti-Dumping Administrative Reviews and Other Measures
Related to Imports of Certain Orange Juice from Brazil (WT/DS382).
8. Orange Juice Dispute (WTO - DS382)
On February 18, 2013, Brazil and the United States advised
the WTO Dispute Settlement Body that a mutually satisfactory
settlement had been reached in the orange juice dispute.35
This dispute began on November 27, 2008, as Brazil filed a
consultation request for the establishment of a panel to examine
the legality of antidumping measures imposed by the United
States on Brazilian orange juice imports. On June 17, 2011, the
Dispute Settlement Body adopted the report finding that the use of
zeroing in two administrative reviews, as well as continued use of
that method in successive anti-dumping proceedings concerning
orange juice, was inconsistent with art. 2.4 of the Antidumping
Agreement. In short, the panel recommended that the United
States take the necessary measures to bring its practices in line
with its obligations under the Anti-Dumping Agreement.
Though Brazil reserved its right to decide whether the
implementation measures taken by the United States put an
end to the dispute or whether it would be necessary to establish
implementation and retaliation panels, the dispute was settled in
2013 by mutual agreement between the countries.
9. Upland Cotton Dispute (WTO - DS267)
On October 1, 2014, the Brazil-U.S. Memorandum of
Understanding was signed, putting an end to the cotton
dispute before the WTO, which began on September 27,
2002, with Brazil’s request for consultations.
The United States pledged to adjust the export credit guarantee
program (GSM-102) to operate under the bilaterally negotiated
terms, providing a more competitive environment for Brazilian
products on the international market. The bilateral agreement
also provided for additional payment of US$ 300 million, with
built-in flexibility for further disbursement of resources to help to
compensate for damages endured by Brazilian cotton growers.
The signed agreement was restricted to the cotton sector and
preserved Brazil’s right to challenge the new U.S. Agricultural
Act before the WTO, should the need arise, as it pertains to
the other crops.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 57
9. Contencioso do Algodão (OMC - DS267)
Em 1º de outubro de 2014, ocorreu a assinatura do
Memorando de Entendimento entre Brasil e Estados
Unidos58, em Washington, encerrando o contencioso do
algodão perante a OMC, iniciado em 27 de setembro de
2002, por meio de consultas do Brasil.
Os Estados Unidos se comprometeram a efetuar ajustes no
programa de crédito e garantia à exportação (GSM-102), que
passaria a operar nos parâmetros bilateralmente negociados,
propiciando melhores condições de competitividade para os
produtos brasileiros no mercado internacional. O entendimento
bilateral incluiu ainda a previsão de pagamento adicional de
US$ 300 milhões, com flexibilização para a aplicação de
recursos, o que poderá contribuir para atenuar prejuízos
sofridos pelos produtores de algodão brasileiros.
O acordo firmado se restringiu ao setor algodoeiro e
preservou intactos os direitos brasileiros de questionar ante
a OMC, caso necessário, a nova lei agrícola dos Estados
Unidos quanto às demais culturas.
10. Inovação e Educação
Os programas Ciência sem Fronteiras e 100.000 Unidos nas
Américas estão sendo implementados por ambos os governos,
com números significativos de beneficiários.
No quesito inovação, cumpre ressaltar as parcerias existentes
com instituições americanas, no âmbito da MEI.
Em outubro de 2014, a CNI, juntamente com as demais instituições
do Sistema Indústria, firmaram parceria com a Harvard Business
School (HBS) para a realização do Programa de Inovação para
Competitividade da Indústria Brasileira. Esse programa é uma
iniciativa da MEI, em resposta aos desafios da inovação, no
Brasil, que combina atividades realizadas nas empresas e aulas
presenciais no campus da HBS, com o desenvolvimento de
projetos de inovação para empresas participantes.
58 Memorandum of Understanding Related to the Cotton Dispute (WT/DS267).
10. Innovation and Education
The Science without Borders and 100,000 Strong in the
Americas programs are being implemented by both
governments with a significant number of beneficiaries.
On the topic of innovation, ongoing partnerships with U.S.
institutions must be highlighted, under the scope of MEI.
In October 2014, along with other institutions of the Industry
System, CNI entered into a partnership with the Harvard
Business School (HBS) to implement the Brazilian Industry
Innovation for Competitiveness Program. This program is an
initiative of MEI, in response to the challenges of innovation in
Brazil, combining on-site activities at companies’ facilities and
classroom lectures at the HBS campus with innovation project
development for participating companies.
In November 2014, on the occasion of the MEI event Dialogues
on Strengthening Engineering Sciences, CNI, the Euvaldo Lodi
Institute (IEL) and the US Council on Competitiveness (CoC)
entered into a Memorandum of Understanding for the purpose of
establishing a cooperation framework in the fields of innovation,
entrepreneurship and competitiveness, through mobilization
and training and improvement of public policies on innovation.
Through the National Service for Industrial Training (SENAI),
the Industry System is engaged in a partnership with the
Massachusetts Institute of Technology (MIT), under the Industrial
Liaison Program (ILP), to hold a specific event for the Brazilian
business sector, the Challenge of Innovation - Thinking out of
the Box with MIT. The event took place in 2015 in the context
of CNI’s National Innovation Congress, in an attempt to bring
different initiatives together to motivate and guide executives in
charge of new product and process development at business
organizations on technological trends, generating innovative
solutions and academia-business cooperation, as strategic
tools to energize innovation and competitiveness. Additionally,
since 2014, SENAI and MIT have been conducting a 5-year
joint research project, for the purpose of examining the role of
SENAI’s innovation institutes in the Brazilian innovation setting,
at the regional and national level, and developing support
strategies for those institutes.
The Conexão Mundo [‘World Connection’] program is an
initiative of the Industrial Social Service (SESI) and SENAI,
58
Em novembro de 2014, por ocasião do evento Diálogos da
MEI sobre Fortalecimento das Engenharias, a CNI, o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL) e o US Council on Competitiveness (CoC)
assinaram um Memorando de Entendimento, com o objetivo
de estabelecer um marco de cooperação nos campos da
inovação, empreendedorismo e competitividade, por meio da
mobilização e capacitação de empresas e aprimoramentos de
políticas públicas voltadas à inovação.
O Sistema Indústria, por meio do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI), mantém parceria com o
Massachusets Institute of Technology (MIT), por meio do Industrial
Liaison Program (ILP), do qual é membro, para a realização
de um evento especifico para o setor empresarial brasileiro, o
Challenge of Innovation – Thinking out of the Box with MIT. No
ano de 2015, o evento ocorreu no âmbito do Congresso Nacional
da Inovação da CNI, buscando unir as iniciativas para motivar e
orientar os executivos responsáveis pelo desenvolvimento de
novos produtos e processos nas organizações no que respeita
às tendências tecnológicas, geração de soluções inovadoras e
cooperação academia-empresa, como recursos estratégicos
para dinamizar a geração de inovações e a competitividade.
Além disso, o SENAI e o MIT conduzem, desde 2014, um projeto
de pesquisa conjunta de cinco anos, com objetivo de examinar
o papel dos institutos de inovação do SENAI no ambiente de
inovação brasileiro, em nível regional e nacional, e desenvolver
estratégias de apoio a esses institutos.
O programa Conexão Mundo é uma iniciativa do Serviço Social
da Indústria (SESI) e do SENAI, desenvolvida em parceria com
a ONG US-Brazil Connect, desde 2012. Em 2015, escolas
de 32 cidades, de 21 estados brasileiros, participam do
programa que estimula a fluência no idioma inglês e promove
o intercâmbio cultural. Com o programa, o Sistema Indústria
proporciona experiências únicas de qualificação para os
brasileiros, ao atribuir a importância do idioma inglês para a
vida pessoal e profissional de seus alunos. Além de favorecer
o aprimoramento na fluência do idioma inglês, o programa
estimula o amadurecimento de um relacionamento intercultural
e inova no uso de redes sociais aplicada à educação.
11. Saúde Pública
O SESI desenvolve o Programa para Implementação da Inovação
em Saúde e Produtividade com a parceria estratégica do National
Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), instituído
developed in partnership with the NGO US-Brazil Connect,
beginning in 2012. In 2015, schools from 32 cities in 21
Brazilian States took part in the program to promote fluency
in the English language and cultural exchange. Through this
program, the Industry System provides one-of-a-kind skills-
building experiences to Brazilians, by attaching importance
to the English language for the students’ personal and
professional lives. In addition to supporting enhancement of
English language fluency, the program nurtures intercultural
relationships and is innovative in the use of social networking
in education.
11. Public Health
SESI carries out the Health and Productivity Innovation
Implementation Program through a strategic partnership
with the National Institute for Occupational Safety and Health
(NIOSH), instituted in 1970, under the Occupational Health
and Safety Administration, for the purpose of conducting
research and making recommendations for workplace disease
and accident prevention. This partnership encompasses the
following areas: information, research and article exchange;
staff training; joint use of facilities and laboratories; and joint
participation at events that are relevant to the sector.
Also in this field, we can highlight the partnership between
SESI and the Center for Work, Health and Well-being of the
Harvard School of Public Health with other agents (NIOSH,
Center for Research of the Dana-Faber Cancer Institute,
Bouvé College of Health Science of Northeastern University)
for the development of effective programs and practices in
the promotion and protection of worker health, by combining
occupational safety and health with worker well-being.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 59
em 1970, no âmbito da Administração de Saúde e Segurança
Ocupacional, com objetivo de conduzir pesquisa e elaborar
recomendações para a prevenção de doenças e acidentes
de trabalhadores. A referida parceria engloba: intercâmbio de
informações, pesquisas e artigos; capacitação de equipes;
utilização conjunta de instalações e laboratórios; e participação
conjunta em eventos relevantes para o setor.
Ainda nesse campo, destaca-se a parceria entre o SESI e o
Centro para o Trabalho, Saúde e Bem-Estar da Harvard School
of Public Health, com outros agentes (NIOSH, Centro para
Pesquisa do Instituto Dana-Faber de Câncer, Bouvé College
de Ciências da Saúde da Universidade Northeastern) para o
desenvolvimento de programas e práticas que sejam efetivas
na promoção e proteção da saúde do trabalhador, integrando a
segurança e saúde ocupacional com o bem-estar do trabalhador.
60
JANEIRO• Reunião de Planejamento da Seção Americana,
Washington, D.C.
FEVEREIRO• Almoço de Debriefing do Diálogo Comercial MDIC-DOC,
Brasília.
• Reunião do Presidente da CNI, Robson Andrade, com o
Ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, para discutir,
dentre outros, o Acordo de “Céus Abertos”.
• Resposta à Consulta Pública relativa ao Special 301.
MARÇO• Oficina de Trabalho: Relatórios sobre Trabalho Infantil e
Forçado, São Paulo.
• Carta para o Ministro da Casa Civil referente aos acordos
econômicos com os Estados Unidos.
• Reuniões com o Ministério da Previdência Social e Ministério das
Relações Exteriores para discutir o Acordo de Previdência Social.
ABRIL• Missão do Secretário de Comércio Exterior Daniel
Godinho a Washington, D.C.
• Resposta à Consulta Pública sobre a Abertura do Mercado
Americano para Carne Bovina In Natura do Brasil.
MAIO • Intercâmbio de Funcionária do Departamento de
Comércio na CNI.
• Missão do MECEA e Almoço de Recepção na CNI.
• Oficina de Trabalho: U.S.-Brazil Industry IP and Innovation
Agenda, Washington, D.C.
JUNHO• Reunião com a Embaixada dos Estados Unidos sobre os
Relatórios sobre Trabalho Infantil e Forçado, Brasília.
• Reunião do Comitê Executivo, São Paulo.
• Visita do Vice-Presidente Joe Biden ao Brasil e publicação
de Comunicado Conjunto.
JULHO• Reunião de Planejamento da Seção Americana,
Washington D.C.
AGOSTO• Mesas Redondas sobre Coerência Regulatória, Brasília
e São Paulo.
SETEMBRO• Missão de Defesa de Interesses a Washington, D.C.
• Intercâmbio de Funcionária da Seção Brasileira na U.S.
Chamber
NOVEMBRO• Reunião Anual Plenária, Brasília.
• Missão de Defesa de Interesses da Seção Americana a
Brasília.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 61
2014Relatório de Atividades
Activities Report
JANUARY• U.S. Section Planning Meeting, Washington, D.C.
FEBRUARY• Commercial Dialogue Debriefing Lunch, MDIC-DOC,
Brasília.
• Meeting of CNI President, Robson Andrade, with the Chief
of Staff of the Executive Office of the President, Aloízio
Mercadante, to discuss the “Open Skies” Agreement,
among other topics.
• Submission to Public Consultation on Special 301.
MARCH• Workshop: Reports on Child and Forced Labor, São
Paulo.
• Letter to the Chief of Staff of the Executive Office of the
President on economic agreements with the United States.
• Meetings with the Ministry of Social Security and Ministry
of External Relations to discuss the Totalization Agreement.
APRIL• Mission of Secretary of Foreign Trade Daniel Godinho to
Washington, D.C.
• Submission to Public Consultation on Opening U.S.
market to Brazilian fresh and frozen beef.
MAY • Exchange of Department of Commerce Official with CNI.
• MECEA Mission and Reception Lunch at CNI.
• Workshop: U.S.-Brazil Industry IP and Innovation Agenda,
Washington, D.C.
JUNE• Meeting with United States Ambassador on Child and
Forced Labor Reports, Brasília.
• Executive Committee Meeting, São Paulo.
• Visit of Vice President Joe Biden to Brazil and release of
Joint Communiqué.
JULY• U.S. Section Planning Meeting, Washington D.C.
AUGUST• Roundtable Discussion on Regulatory Coherence, Brasília
and São Paulo.
SEPTEMBER• Advocacy Mission to Washington, D.C.
• Exchange of Brazil Section Official with the U.S. Chamber
NOVEMBER• Annual Plenary Meeting, Brasília.
• U.S. Section Advocacy Mission to Brasília.
62
Agenda Prospectiva 2015JANEIRO• Reunião de Planejamento da Seção Americana do CEBEU,
Washington, D.C.
• Reunião do Comitê Executivo (Seção Brasileira do CEBEU),
São Paulo, SP.
• Lançamento da Visa Free Coalition, Washington, D.C.
FEVEREIRO• Reunião entre a CNI e o Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, a respeito
da missão ministerial aos Estados Unidos, Brasília, DF.
• Reunião entre a CNI e o Diretor do Departamento dos
Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do
MRE para apresentação dos temas de interesse do CEBEU
ao novo Ministro, Brasília, DF.
• Visita do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior Armando Monteiro a Washington, D.C.
• Resposta à Consulta Pública da Special 301.
MARÇO• Reunião entre a CNI e a Divisão de Migração do MRE sobre
Visa Waiver e Global Entry, Brasília, DF.
• Reunião com Superintendente de Relações Internacionais
da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o
Acordo Céus Abertos, Brasília, DF.
• Reunião Preparatória para o Diálogo Comercial MDIC-
DOC, São Paulo, SP.
• Diálogo Comercial MDIC-DOC, Washington, D.C.
• Relato do Diálogo Comercial MDIC-DOC na U.S. Chamber
of Commerce, Washington, D.C.
• Reunião entre a CNI e a Embaixada do Brasil em
Washington, D.C.
ABRIL• Participação da CNI em reunião do MDIC sobre
Convergência Regulatória no INMETRO, Rio de Janeiro, RJ.
• Missão de Defesa de Interesses da Seção Americana a
Brasília, DF.
• Mesa Redonda Brasil-Estados Unidos sobre Comércio e
Investimento, Brasília, DF.
• Reunião entre a CNI, a U.S. Chamber of Commerce e
o MDIC a respeito das ações de facilitação comercial
relacionadas ao Memorando de Intenções, firmado por
ocasião do Diálogo MDIC-DOC, Brasília, DF.
JUNHO• Reunião de Planejamento da Seção Americana do
CEBEU, Washington, D.C.
• Seminário sobre Cooperação Regulatória: Brasil-Estados
Unidos, Brasília, DF.
• Seminário sobre Propriedade Intelectual: Agenda Bilateral
Brasil-Estados Unidos, São Paulo, SP.
• Visita da Presidente da República Dilma Rousseff aos
Estados Unidos, Nova York, Washington, D.C., e São
Francisco.
• Seminário sobre Infraestrutura no Brasil, Nova York, NY.
• 3ª Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos,
Washington, D.C.
AGOSTO• Reunião do Comitê Executivo (Seção brasileira do
CEBEU), São Paulo, SP.
SETEMBRO• Missão de Defesa de Interesses da Seção Brasileira do
CEBEU a Washington, D.C.
• Reunião Anual Plenária do CEBEU, Washington D.C.
NOVEMBRO• Missão de Defesa de Interesses da Seção Americana a
Brasília.
EVENTOS PREVISTOS*• Reunião da Comissão Conjunta sobre Relações
Econômico-Comerciais, no âmbito do ACEC.
• Reunião do Diálogo de Parceria Global.
• II Reunião do Grupo de Trabalho sobre Internet e
Tecnologias da Informação e das Comunicações, em
Brasília, D.F.
• III Reunião do Diálogo Estratégico de Energia (08 e 09),
em Washington, D.C.
• *Previsão de realização no segundo semestre de 2015,
conforme anunciado no Comunicado Conjunto dos
presidentes, de 30 de junho de 2015.
*Previsão de realização no segundo semestre de 2015, conforme anunciado
no Comunicado Conjunto dos presidentes, de 30 de junho de 2015.
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 63
2015 Prospective AgendaJANUARY• BUSBC U.S. Section Planning Meeting, Washington, D.C.
• Executive Committee Meeting (BUSBC Brazil Section),
São Paulo, SP.
• Launching of Visa Free Coalition, Washington, D.C.
FEBRUARY• Meeting between CNI and Minister of Development,
Industry and Foreign Trade, Armando Monteiro, regarding
the ministerial mission to the United States, Brasília, DF.
• Meeting between CNI and the Director of the U.S., Canada
and Inter-American Affairs Department of the MRE to raise
issues of concern to the BUSBC with the new Minister,
Brasília, DF.
• Visit of Minister of Development, Industry and Foreign
Trade Armando Monteiro to Washington, D.C.
• Submission to the Public Consultation on Special 301.
MARCH• Meeting between CNI and the Migration Division of MRE
on Visa Waiver and Global Entry, Brasília, DF.
• Meeting with the Superintendent of International Relations
of the National Civil Aviation Agency (Agência Nacional
de Aviação Civil - ANAC) regarding the Open Skies
Agreement, Brasília, DF.
• Preparatory Meeting for the MDIC-DOC Commercial
Dialogue, São Paulo, SP.
• MDIC-DOC Commercial Dialogue, Washington, D.C.
• Report of the MDIC-DOC Commercial Dialogue at the U.S.
Chamber of Commerce, Washington, D.C.
• Meeting between CNI and the Brazilian Ambassador in
Washington, D.C.
APRIL• Participation of CNI in MDIC meeting on Regulatory
Convergence at INMETRO, Rio de Janeiro, RJ.
• U.S. Section Advocacy Mission to Brasília, DF.
• Brazil-U.S. Round Table Discussion on Trade and
Investment, Brasília, DF.
• Meeting between CNI, the U.S. Chamber of Commerce
and MDIC on trade facilitation of actions under the
Memorandum of Intent, signed on the occasion of the
MDIC-DOC Dialogue, Brasília, DF.*Scheduled to take place during the second half of 2015, as announced in the
Joint Communiqué of the Presidents, on June 30, 2015.
JUNE• BUSBC U.S. Section Planning Meeting, Washington, D.C.
• Seminar on Regulatory Cooperation: Brazil-United States,
Brasília, DF.
• Seminar on Intellectual Property: Brazil-U.S. Bilateral
Agenda, São Paulo, SP.
• Visit of President of the Republic Dilma Rousseff to the
United States, New York, Washington, D.C., and San
Francisco.
• Seminar on Infrastructure in Brazil, New York, NY.
• Third Brazil-U.S. Business Summit, Washington, D.C.
AUGUST• Executive Committee Meeting (BUSBC Brazil Section),
São Paulo, SP.
SEPTEMBER• BUSBC Brazil Section Advocacy Mission to Washington,
D.C.
• BUSBC Annual Plenary Meeting, Washington D.C.
NOVEMBER• U.S. Section Advocacy Mission to Brasília.
SCHEDULED EVENTS *• Meeting of the Joint Commission on Economic and Trade
Relations, under ATEC.
• Global Partnership Dialogue Meeting.
• Second Meeting of the Working Group on Internet and
Information and Communication Technology, in Brasília,
D.F.
• Third Meeting of the Strategic Energy Dialogue (08 and
09), in Washington, D.C.
64
Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos 65
PartnersThe work of the BUSBC Brazil Section is carried out, in the
United States, in partnership with:
A U.S. Chamber of Commerce, a maior organização
empresarial do mundo, que representa os interesses
de mais de 3 milhões de empresas de todos os
portes, setores e regiões dos Estados Unidos. A
U.S. Chamber of Commerce é a contraparte da CNI.
The U.S. Chamber of Commerce, the world’s largest
business organization representing the interests of
more than 3 million companies of all sizes, sectors
and regions of the United States. The U.S. Chamber
of Commerce is CNI’s counterpart in the United States
A Coalizão das Indústrias Brasileiras (Brazil Industries
Coalition - BIC) tem como missão promover o
aprofundamento das relações econômicas entre o Brasil
e os Estados Unidos, mediante ações de defesa de
interesses de seus associados nas áreas de comércio e
investimentos, buscando fortalecer os investimentos de
empresas brasileiras no mercado americano e a atração
de investimentos dos Estados Unidos para o Brasil.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no
exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos
da economia brasileira.
Criado em outubro de 2007, com o objetivo de facilitar o comércio e
investimentos bilaterais, bem como identificar formas de integração
competitiva entre as duas economias, o Fórum é integrado por 12
altos executivos e 2 representantes governamentais de cada país.
The mission of the Brazil Industries Coalition (BIC) is
to promote and further economic ties between Brazil
and the United States through advocacy on behalf of
its members in the areas of trade and investment, in
order to strengthen Brazilian business investment in
the U.S. market and attract U.S. investment to Brazil.
The Brazilian Trade and Investment Promotion Agency (Apex-
Brasil) promotes Brazilian products and services outside the country
and works to attract foreign investment to strategic sectors of the
Brazilian economy.
Created in October 2007 for the purpose of facilitating bilateral
trade and investment, as well as identifying forms of competitive
integration between the two economies, the Forum is made up of
12 chief executive officers and two government representatives from
each country.
U.S. Chamber of Commerce
Brazil Industries Coalition – BIC
Brazilian Trade and Investment Promotion Agency
Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados UnidosBrazil-United States CEO Forum
O trabalho da Seção Brasileira do CEBEU é desenvolvido, nos
Estados Unidos, em parceira com:
Parceiros
Silvia MenicucciSecretária Executiva | Executive Secretariat
Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos | Brazil-United States Business Council
Diplomacia Empresarial | Business Diplomacy
Unidade de Política Comercial | Trade Policy Unit
Confederação Nacional da Indústria | National Industry Confederation (CNI)
SBN Quadra 1, Bloco C, Ed. Roberto Simonsen, 12º Andar
Tel. | Phone: +55 (61) 3317-8321
Email: [email protected]
Website: www.cebeubrasil.com.br | www.portaldaindustria.com.br
Michelle QueirozRelações Internacionais | International Relations
Unidade de Comércio Exterior | Foreign Trade Unit
Confederação Nacional da Indústria | National Industry Confederation
SBN Quadra 1, Bloco C, Ed. Roberto Simonsen, 12º Andar
Tel. | Phone: +55 (61) 3317-8839
Email: [email protected]
Website: www.cebeubrasil.com.br | www.portaldaindustria.com.br
ContatosContacts
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