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  • MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO BSICA

    PROGRAMA NACIONAL DE FORMAO

    CONTINUADA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL

    PROINFO INTEGRADO

    INTRODUO EDUCAO DIGITAL

    :: Guia do Cursista ::

    Edla Maria Faust Ramos

    Mnica Faust Ramos

    Leda Maria Rangearo Fiorentini

    BRASLIA, 2013

    Primeira edio

    Ministrio da Educao

    Secretaria de Educao Bsica

    Universidade Federal de Santa Catarina

    Centro de Cincias da Educao (CED)

    Laboratrio de Novas Tecnologias (LANTEC)

    Os textos que compem o presente curso podem ser reproduzidos em partes ou na sua

    totalidade para fins educacionais sem autorizao dos editores.

    Ministrio da Educao / Secretaria de Educao a Distncia

    Telefone/fax: (0XX61) 2104 8975 E-mail: [email protected]

    Na internet: www.mec.gov.br

  • INTRODUO EDUCAO DIGITAL - GUIA DO CURSISTA

    EQUIPE DE CRIAO E DESENVOLVIMENTO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    Laboratrio de Novas Tecnologias - Lantec/CED/UFSC

    Coordenao de Projeto: Roseli Zen Cerny e Edla Maria Faust Ramos

    Superviso geral: Mnica Renneberg da Silva

    Superviso de Criao e Desenvolvimento: Francisco Fernandes Soares Neto

    Superviso de Design Educacional: Elizandro Maurcio Brick

    Acompanhamento do fluxo de contedos: Mariana Martorano

    Design Educacional: Ana Paula Knaul, Bruno Simes, Elizandro Maurcio Brick, Marilisa

    Hoffmann e Patrcia Barbosa Pereira

    Reviso Textual e Ortogrfica: Jaqueline Tartari

    Design de Interfaces e Programao: Andra Bonette Ferrari, Beatriz Gloria, Joo Filipe

    Dalla Rosa, Ricardo Walter Hildebrand

    Projeto grfico: Alexandre Oliveira, Andra Bonette Ferrari, Beatriz Gloria, Francisco

    Fernandes Soares Neto, Luiz Felipe Coli de Souza, Monica Renneberg da Silva

    Design grfico: Alexandre de Oliveira, Beatriz Gloria, Bethsey Benites Cesarino, Brbara

    Luiza Estevo Paul, Jaqueline de vila, Luiz Felipe Coli de Souza, Violeta Ferlauto Schuch

    Ilustraes: Alexandre de Oliveira, Beatriz Gloria, Bethsey Benites Cesarino, Brbara Luiza

    Estevo Paul, Luiz Felipe Coli de Souza, Violeta Ferlauto Schuch

    Superviso de Vdeo: Isabela Benfica Barbosa

    Produo de vdeos: Guilherme Pozzibon, Juliana Morozowski, Lucas Lima, Isaque Matos

    Elias, Luis Felipe Coli de Souza

    Roteiros: Isaque Matos Elias, Lucas Lima, Lucas Boeing Eastman, Isaque Matos Elias

    Narrao: Francisco Fernandes Soares Neto e Vanessa Sandre

    Atuao: Vanessa Sandre

    Contedos adaptados de: RAMOS, Edla Maria Faust; ARRIADA, Monica Carapeos;

    FIORENTINI, Leda Maria Rangearo. Introduo Educao Digital: Guia do Cursista. 2 ed. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Distncia, 2009. 292 p. ; il.

    Introduo Educao Digital / Edla Maria Faust Ramos, Monica Carapeos Arriada,

    Leda Maria Rangearo Fiorentini. - 1. ed. Braslia :

    Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Distncia, 2013.

    ISBN 978-85-296-0107-6

    1. Educao distncia. 2. Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia

    Educacional. I. Arriada, Monica Carapeos. II. Fiorentini, Leda Maria Rangearo. III. Ttulo

  • Noelei Carandina Pgina 1

    INTRODUO EDUCAO DIGITAL

    GUIA DO CURSISTA

    Apresentao

    O Ministrio da Educao, em 2007, atravs da extinta Secretaria de Educao a Distncia,

    no contexto do Plano de Desenvolvimento da Educao PDE, elaborou a reviso do Programa Nacional de Informtica na Educao ProInfo. Essa nova verso do Programa, institudo pelo Decreto n. 6.300, de 12 de dezembro de 2007, intitula-se Programa Nacional de Tecnologia

    Educacional e postula a integrao e articulao de trs componentes:

    1. instalao de ambientes tecnolgicos nas escolas (laboratrios de informtica com

    computadores, impressoras e outros equipamentos e acesso Internet banda larga);

    2. formao continuada dos professores e outros agentes educacionais para o uso

    pedaggico das Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs);

    3. disponibilizao de contedos e recursos educacionais multimdia e digitais, solues e

    sistemas de informao disponibilizados pelo MEC nos prprios computadores, por meio do Portal

    do Professor, da TV/DVD Escola etc.

    Assim, surgiu o Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia Educacional ProInfo Integrado , que tem como objetivo central a insero de Tecnologias da Informao e Comunicao (TICs) nas escolas pblicas brasileiras, visando principalmente a: a. promover a

    incluso digital dos professores e gestores escolares das escolas de educao bsica e comunidade

    escolar em geral; e b. dinamizar e qualificar os processos de ensino e de aprendizagem, com vistas

    melhoria da qualidade da educao bsica.

    Nesse contexto, o ProInfo Integrado congrega um conjunto de processos formativos, dentre

    eles o curso Introduo Educao Digital, o curso Tecnologias na Educao: Ensinando e Aprendendo com as TICs e o curso Elaborao de Projetos, todos lanados em 2008, com reedio e reviso em 2009.

    Apresentamos, aqui, uma nova reedio na qual foi realizada uma reviso de contedos que

    contempla o contexto atual da insero de tecnologias na escola, a partir da ampliao do acesso e

    da conectividade, da disponibilidade de novos dispositivos e aplicaes e, por fim, da necessidade

    de maior nfase na apropriao curricular das TICs, assim como da reflexo sobre o impacto das

    novas mdias sociais nas escolas. Diante das necessidades pertinentes a esse ltimo aspecto, houve a

    incluso de mais um curso aos j existentes o curso de Redes de Aprendizagem. Esse Programa cumprir suas finalidades e seus objetivos em regime de cooperao e

    colaborao com a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios.

  • Noelei Carandina Pgina 2

    Mensagem aos cursistas

    Prezado(a) cursista,

    Este curso Introduo Educao Digital, promovido pela Secretaria de Educao Bsica SEB/MEC, integra o Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia Educacional ProInfo Integrado, voltado formao de professores e gestores da educao bsica de todo o pas,

    visando incluso digital e social.

    Os materiais do curso visam a ampliar sua aprendizagem sobre mdias e tecnologias, bem

    como sobre o manejo do computador e de alguns programas no ambiente Linux e ainda propiciar a

    busca de possibilidades de aproveit-la no cotidiano e na prtica pedaggica. Para isso, o material

    deste curso apresenta-se em diferentes suportes:

    Dois livros em formato digital, disponveis para uso no microcomputador ou no tablet. Um dos livros constitudo pelo texto-base, intitulado Introduo Educao Digital, organizado em

    oito unidades de estudo e prtica, contendo os objetivos e as diretrizes de cada uma delas, textos

    para reflexo, atividades prticas, orientaes de trabalho, referncias recomendadas para

    aprofundamento dos estudos (em diversos formatos) e referncias bibliogrficas. O segundo livro

    digital o Guia do Formador, que oferece uma viso geral do curso, a sua concepo pedaggica,

    objetivos, sugestes para planejamento e organizao das atividades e dos materiais necessrios em

    cada unidade de estudo e prtica. Sugere-se tambm dinmicas para as interaes, orientaes de

    estudo, acompanhamento e avaliao do desempenho dos cursistas

    O curso digital para acesso pela Internet diretamente atravs do Ambiente Virtual e-ProInfo. Nesse ambiente, voc ter acesso diretamente s atividades e aos materiais mencionados

    acima, sem falar nos materiais e atividades adicionais que seu formador poder acrescentar queles

    j indicados neste livro digital.

    importante que voc os utilize no cotidiano e busque acess-los sempre para facilitar a

    leitura, a compreenso e a realizao das atividades. Alm disso, colabore preenchendo os

    instrumentos de avaliao dos materiais do curso, pois assim contribuir para o aperfeioamento do

    curso para turmas futuras. Desejamos sucesso no estudo e na sua prtica pedaggica.

    A coordenao do curso

  • Noelei Carandina Pgina 3

    Introduo educao digital: orientaes a(o) cursista

    Sejam todos bem-vindos a este curso e a esta leitura. Aqui, pretendemos estabelecer um

    dilogo com voc, cursista, no qual buscaremos apresentar este curso, suas diretrizes, objetivos,

    materiais, estrutura etc. Consideramos muito importante que voc conhea e compreenda tudo isto

    para poder se organizar e atuar com coerncia, liberdade e criticidade.

    Vivemos em um cenrio sociocultural que afeta e modifica nossos hbitos, nossos modos de

    trabalhar e de aprender, e tambm introduz novas necessidades e desafios relacionados utilizao

    das tecnologias de informao e comunicao TICs. Os computadores comeam a se fazer presentes em todos os lugares e, junto s novas possibilidades de comunicao, interao e

    informao advindas com a Internet, provocam transformaes cada vez mais visveis em nossas

    vidas.

    Este curso tem como objetivo geral contribuir para a incluso digital dos profissionais da

    educao, voc professor e voc gestor, buscando familiariz-los, motiv-los e prepar-los para a

    utilizao dos recursos e servios mais usuais dos computadores (sistema operacional Linux e

    softwares livres) e da Internet, levando-os a refletir sobre o impacto do uso das tecnologias digitais

    nos diversos aspectos da vida, da sociedade e de sua prtica pedaggica.

    No se trata, portanto, de um curso que reduz o uso do computador a processos meramente

    operativos, embora reconheamos que domin-los etapa necessria para a construo de esquemas

    mentais que facilitem seu uso. Trata-se de um curso que busca estimular voc a refletir sobre o

    porqu e o para qu utilizar essas tecnologias, oferecendo os instrumentos tecnolgicos como meios

    para desenvolver atividades significativas e refletir sobre diversos temas que fazem parte de sua

    prtica docente.

    um curso que requer do professor e do gestor escolar esforo e dilogo criativo e

    competente sobre o que pensa e sabe a respeito das caractersticas dos recursos tecnolgicos

    apresentados, os temas escolhidos, atividades propostas e sobre o pensamento e as produes dos

    demais participantes.

    So objetivos especficos deste curso promover capacidades e habilidades relativas a:

    Conceituar tecnologia: se mdias digitais, analisando e reconhecendo o impacto, o potencial e a complexidade da sua insero na prtica pedaggica e na vida privada e em sociedade;

    Analisar o papel das redes digitais na promoo dos processos cooperativos de trabalho e aprendizagem;

    Adquirir competncias bsicas para o manejo dos recursos mais usuais dos computadores.

    O projeto pedaggico deste curso procurou garantir aos professores e gestores escolares

    oportunidades de exerccio consciente, autnomo e ativo de seu papel como protagonistas e

    interlocutores na construo de uma nova realidade educacional. Espera-se que ao mesmo tempo

    em que so aprendizes sejam tambm autores que valorizam e compreendem a relevncia de

    socializar suas produes.

    O projeto priorizou a prtica e o aprendizado atravs de dinmicas cooperativas, contando

    com a orientao e apoio dos formadores, seus parceiros no curso e na prtica profissional.

    Reconhecemos, ao planejar este curso, que a tecnologia educativa tem potencial para

    promover novos e ricos processos de ensino e de aprendizagem. Neles se alcana uma maior

    valorizao da autonomia e dos conhecimentos prvios do aprendiz, deslocando-se assim a nfase

    do ensinar para o aprender, para a aprendizagem por livre descoberta, colaborativa, cooperativa e

    ativa. Isso pode levar a um redimensionamento da prtica de professores, alunos e gestores, fazendo

    com que a escola extrapole seus limites fsicos, interagindo efetivamente com o que se passa dentro

    e fora dela.

    Consideramos tambm que urgente que os professores assumam o seu papel na preparao

    das novas geraes desta sociedade do conhecimento. Entre os cursistas encontram-se professores e

    gestores de vrias reas curriculares, provenientes de lugares diferentes, com sexo, idade, tipos e

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    tempos de experincias profissionais variados. Consideramos tarefa essencial, valorizar a

    diversidade e a diferena que cada cursista e formador traz em sua bagagem pessoal e profissional e

    as caractersticas e condies do contexto sociocultural e educacional em que atuam.

    Quanto ao desenho das atividades e das interaes entre os cursistas, priorizou-se a busca de

    significao cultural e profissional. Desse modo, as atividades partem da vivncia dos cursistas e

    propem um processo constante de ao-reflexo-ao. Buscou-se atividades complexas,

    integradas, articuladas e coesas entre si, atravs da retomada constante de aes e produes

    anteriores e do uso de temticas definidas a partir do interesse e perfil dos cursistas.

    Buscou-se tambm, ao desenhar as atividades, aprofundar a articulao e integrao entre

    atividades de construo conceitual com aquelas de cunho mais operacional e de reflexo

    pedaggica. Acreditamos que esta integrao promove o desenvolvimento de posturas autnomas

    de aprendizado uma vez que se efetiva e estabelece a partir de estratgias que, o mais rapidamente

    possvel, promovam resultados perceptveis para o uso das ferramentas. Entendemos que assim se

    promove um senso de potncia de aprendizado e se chega construo de sentidos e de

    significados.

    Tendo esses princpios como diretrizes, os formadores iro se organizar para orientar,

    monitorar, participar e contribuir para a sua aprendizagem. De vocs, caros cursistas, esperamos

    que se organizem para estudar, que colaborem com os seus formadores, reconhecendo suas prprias

    necessidades e dificuldades de aprendizagem, e realizem aes adequadas para solucion-las de

    modo efetivo, exercendo controle e imprimindo ritmo que lhes assegure aprender o que foi proposto

    no tempo acordado.

    Organizao do curso e metodologia

    A organizao do material deste curso reflete as diretrizes pedaggicas traadas.

    Apresentamos, a seguir, de modo mais pontual as decises que nortearam a elaborao deste

    material.

    1. As atividades de aprendizagem buscam integrao, articulao e coeso: retomada de

    atividades e produes anteriores e a apropriao mais significativa dos contedos apresentados;

    vnculo entre atividades de aprendizado de conceitos sobre a tecnologia, de operao das

    ferramentas, de reflexo pedaggica e de significao pessoal.

    2. As tarefas visam a atingir resultados perceptveis e imediatos, levando rapidamente

    construo dos sentidos e significados.

    3. O fio condutor da organizao do material o trabalho na perspectiva da pedagogia de

    projetos de aprendizagem. As unidades e atividades do curso foram definidas para estarem

    integradas com as etapas de realizao de um projeto de aprendizagem:

    escolha do tema; problematizao; pesquisa, sistematizao e produo; divulgao dos resultados; avaliao.

    Para saber mais sobre a pedagogia de projetos, recomendamos a leitura dos

    seguintes materiais:

    Pedagogia de Projetos. Material desenvolvido pelo NIED Ncleo de Informtica Aplicada Educao da UNICAMP (Universidade Estadual

    de Campinas).

    Trabalhamos com a inteno de criar oportunidades de aprendizagem de edio, navegao,

    pesquisa, comunicao e produo que possam ser gratificantes, articulando-as experincia prvia,

    oriunda da trajetria social, tecnolgica e educacional de cada um, como base para o conhecimento,

    incorporao e uso consistente das tecnologias digitais na vida cotidiana e profissional.

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    O diagrama que inclumos a seguir apresenta a vinculao entre as etapas do

    desenvolvimento do projeto de aprendizagem e as unidades a serem trabalhadas.

    Projeto de aprendizagem e seu vnculo com a estrutura do Curso

    Apresentao do curso: conhecem a

    estrutura do curso e reconhecem a importncia da

    realizao do projeto de Aprendizagem.

    Primeiro contato com os computadores.

    Comeam desenvolver uma compreenso intuitiva

    sobre a tecnologia.

    Iniciar a discusso e aprofundar as

    reflexes sobre as relaes entre escola, tecnologia

    e sociedade. Imerso na tecnologia: contato com

    vdeos, fruns, pginas web.

    Escolha do tema e problematizao:

    escolha do grupo e do tema gerador.

    Comunicao desta escolha atravs da

    ferramenta frum.

    Problematizao, pesquisa, sistematizao e

    produo: Busca por referncias digitais

    relevantes ao desenvolvimento do seu tema foco.

    Detalhar a problematizao (reeditar mensagem

    inicial ) incluindo links das referncias

    encontradas.

    Problematizao, pesquisa, sistematizao

    e produo: Criar o blog do Projeto. Incluindo

    textos j elaborados, os links e imagens, fotos

    produzidas e selecionados pelo grupo.

    Prosseguindo com o projeto de

    aprendizagem continuidade das pesquisas e elaborao dos relatrios.

    Incio da formatao e diagramao do

    texto do seu relatrio de pesquisa.

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    Aprofundar as pesquisas, sistematizao e

    produo:trabalhar no desenvolvimento do texto

    do relatrio. Alimentar o Blog do Projeto.

    A escrita colaborativa do relatrio do seu

    projeto O uso das ferramentas de comunicao digital na produo colaborativa.

    Divulgao dos resultados: Comunicar via

    email a criao do blog do projeto para colegas da

    sua escola. Enviar os documentos j produzidos

    em anexo aos emails.

    Apresentao dos resultados: preparar a

    apresentao final do seu projeto de

    Aprendizagem, buscando um bom design para o

    seu documento hipermdia. O papel das imagens

    na apresentao de slides.

    No uso da planilha de clculo o enfoque

    ser o da instrumentao para o trabalho(clculo

    de mdias e registro de dados sobre a turma,

    oramentos...) e Pequena mensagem para os

    professores de matemtica.

    Sugerir a possibilidade do seu uso para a

    gesto do desenvolvimento dos trabalhos coletivos

    (projeto de aprendizagem).

  • Noelei Carandina Pgina 7

    Divulgao dos resultados e avaliao.

    Para a edio atual, alm dos aspectos considerados nas edies anteriores, foram

    tambm considerados:

    1. Buscar mais aproximao com os currculos escolares, de forma a possibilitar que o

    conhecimento construdo pelos professores seja aplicado em sala de aula, indo alm da

    incluso digital apenas. Assim, mesmo sendo um curso introdutrio, tratou-se de incluir mais

    descries de cenrios de uso e de aprofundar as reflexes sobre questes da prtica escolar.

    2. Contemplar o contexto atual da insero de tecnologias na escola: a ampliao do

    acesso e da conectividade, a disponibilidade de novos dispositivos (com destaque para os

    dispositivos mveis) e aplicaes.

    3. A reorganizao das propostas de carga horria dos cursos ficando o curso

    Introduo Educao Digital com a proposio de 60h.

    Unidades de Estudo e prtica

    Trabalhamos com a inteno de criar oportunidades de aprendizagem de edio, navegao,

    pesquisa, comunicao e produo que pudessem ser gratificantes e articuladas s suas experincias

    prvias, oriundas da sua trajetria social, tecnolgica e educacional como base para o

    conhecimento, incorporao e uso consistente das tecnologias digitais na sua vida cotidiana e

    profissional.

    Definidas, ento, as diretrizes e sistematizada a estrutura geral, partimos para a

    reorganizao do material do curso de Introduo Educao Digital, sendo suas temticas

    distribudas em oito unidades de estudo e prtica. Para que voc, cursista, conhea melhor os

    objetivos de cada uma delas, clique nos cones que seguem:

    Compreender a necessidade de refletir sobre as questes que antecedem s decises relativas insero das TIC na sua prtica pedaggica, percebendo a diversidade e a complexidade da

    temtica Incluso Digital;

    Formar uma ideia inicial a respeito das potencialidades de processamento de informao das tecnologias digitais;

    Familiarizar-se com os recursos mais bsicos do computador: uso do mouse e teclado, identificao dos itens do desktop e uso de editores de textos simples;

    Conceituar o que um computador, identificando seus principais componentes, distinguindo funo, capacidade/performance dentre outros aspectos;

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    Conceituar software hardware e sistema operacional distinguindo a poltica de software livre com a concomitante valorizao dos seus princpios para uma educao cidad;

    Familiarizar-se com o uso de fruns de discusso e com a navegao em contedo da Internet;

    Ampliar sua compreenso sobre as possibilidades de comunicao disponveis com as TIC.

    Compreender a estrutura do contedo web , habilitando-se a navegar pela Internet usando software

    de navegao.

    Refletir sobre a importncia da navegao na Internet na sua vida pessoal e profissional.

    Identificar alguns procedimentos iniciais de segurana na web

    Utilizar recursos bsicos e simples para realizar pesquisa na Internet, compreendendo como alguns dos principais mecanismos de busca so estruturados.

    Reconhecer a importncia de orientar seus alunos sobre como utilizar a Internet nos seus processos de aprendizagem (saber como encontrar, atribuir crdito e julgar a relevncia das

    informaes encontradas).

    Reconhecer as principais caractersticas dos blogs

    Realizar o processo minimamente necessrio para criao de um blog, percebendo algumas das suas possibilidades de ajustes e configuraes;

    Construir um repertrio inicial sobre as possibilidades de escrita digital nos blogs;

    Refletir sobre o papel dos blogs para a aprendizagem e comunicao na era digital.

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    Refletir e analisar o papel dos editores de textos na democratizao do acesso produo textual e no desenvolvimento da habilidade da escrita;

    Buscar compreender quais so os cuidados necessrios e quais so as estratgias adequadas para se adotar o uso pedaggico das ferramentas de edio de texto;

    Desenvolver habilidades para utilizar o editor Writer, do LibreOffice, para editar textos, inserindo formatos e figuras;

    Salvar seus documentos em local adequado no disco rgido ou nos CDs e pendrives;

    Exportar seus documentos para os formatos .rtf e .pdf, compreendendo as razes de faz-lo;

    Usar as ferramentas de administrao de arquivos para armazenar, localizar, copiar, excluir e utilizar seus documentos;

    Compreender a necessidade de ter cuidado com os direitos autorais, citando sempre as fontes de onde foram retirados os materiais (trechos de textos, citaes, imagens, tabelas

    etc.).

    Refletir sobre a contribuio das redes digitais para a promoo de processos cooperativos de trabalho e aprendizagem;

    Compreender a estruturao e o alcance social das ferramentas de veiculao de contedo digital, refletindo sobre suas contribuies na elaborao de novas prticas pedaggicas;

    Habilitar-se a incluir postagens de vdeos no seu Blog

    Refletir sobre a importncia das ferramentas de comunicao digital na prtica pedaggica;

    Compreender a estruturao e as especificidades do dilogo suportado por algumas das principais ferramentas de comunicao digital (bate-papo, e-mail; fruns e listas de

    discusso, redes sociais);

    Possibilitar a utilizao das principais funcionalidades dos servios de chat, frum e e-mail

  • Noelei Carandina Pgina 10

    Identificar caractersticas da linguagem visual e os princpios de diagramao e design que devem estar presentes ao preparar uma apresentao;

    Conhecer os recursos bsicos do site Slideshare e de softwares utilizados para edio de apresentaes digitais, identificando a importncia das etapas de planejamento de uma

    apresentao em slides;

    Discutir sobre as possibilidades de uso das projees multimdia na prtica pedaggica;

    Compreender os princpios de construo de uma imagem digital, identificando os principais formatos de compresso utilizados e suas caractersticas mais importantes;

    Aplicar alguns dos recursos de tratamento de imagens includos no LibreOffice Writer e LibreOffice Impress.

    Compreender e utilizar as principais funcionalidades das planilhas eletrnicas, na sistematizao, descrio e anlise de dados;

    Identificar o tipo ou a categoria de problemas que pode ter sua soluo potencializada com o uso das planilhas de clculo;

    Apontar algumas das principais vantagens das planilhas no aprendizado da matemtica (e de campos afins).

    Estrutura (grade de horrios, turmas, e local)

    Como mostramos anteriormente, so oito as unidades de estudo e prtica, cada uma delas

    prev atividades de aprendizagem, envolvendo conceitos, procedimentos, reflexes e prticas.

    Inclumos em todas as unidades muitas referncias para ampliao e aprofundamento dos estudos.

    Esto previstas 4 horas semanais de estudo, num total de 60 horas, que podem ser totalmente

    presenciais ou distribudas em:

    encontros presenciais semanais de, no mnimo, 2h; e

    estudo a distncia, guiado pelas Unidades de Estudo e Prtica de, no mximo, 2h por semana.

    Alm disso, est previsto um encontro inicial (EI) na primeira semana para organizar e

    orientar o incio dos trabalhos, e outros dois encontros (na quinta e na ltima semana) voltados ao

    desenvolvimento do projeto de aprendizagem (DP), sua apresentao e avaliao final do curso

    (AF).

  • Noelei Carandina Pgina 11

    Tabela 01 Carga horria das unidades

    A organizao dos encontros semanais pode ser feita nas seguintes modalidades:

    Opo 1: 4h presenciais (em um ou dois encontros semanais)

    Opo 2: 2h presenciais e 2h a distncia

    Opo 3: 3h presenciais e 1h a distncia

    Total de horas do curso Introduo Educao Digital: 60 horas

    O seu formador vai planejar e organizar os encontros de acordo com as condies

    especficas de cada escola, disponibilidade de seu(s) laboratrio(s), demandas de vocs cursistas

    etc. Ao realizar as adaptaes necessrias ao plano de trabalho de cada turma, o formador conta

    com sua ajuda. Comprometa-se.

    Embora a durao mxima do curso seja de quinze semanas, poder ser flexibilizada e

    ampliada, caso a equipe do NTE e o grupo de cursistas considere mais adequado ao contexto de

    cada grupo. Dependendo da disponibilidade do grupo de cursistas e dos laboratrios nas escolas,

    possvel realizar mais de um encontro semanal, diminuindo, assim, o tempo de durao do curso e

    vice-versa (no recomendamos, contudo, esta ltima modalidade, pois preciso avaliar bem e

    considerar as dificuldades inerentes carga de contedos, e aos tempos de estudo e prtica

    necessrios entre os encontros).

    Materiais didticos do curso

    fundamental que voc conhea os materiais do curso e se familiarize com a proposta de

    trabalho organizada pelos autores. Tenha em mente que o material didtico do curso foi organizado

    como um material referncia.

    O material do curso apresentado nos seguintes suportes:

    O livro digital, de fcil consulta e manuseio em qualquer microcomputador, ou tablet.

    Tambm h materiais que podero ser acessados a partir dos links ao longo do texto base, so eles:

    Todos os materiais de domnio pblico que foram recomendados para estudos complementares s unidades do material impresso (apostilas, artigos acadmicos, filmes,

    apresentaes de slides etc).

    Tutoriais em forma de animaes, vdeos ou textos que foram produzidos especialmente para este curso. Estes materiais so considerados parte integrantes das unidades de estudo e

    prtica do Curso.

    Materiais disponveis na Internet (web), que devem ser acessados durante as atividades e prticas includas nas unidades do material impresso.

    O ambiente online do curso (e-ProInfo), que, alm de permitir o acesso aos materiais, proporciona a interao entre os cursistas. Veja o vdeo que segue para ter uma primeira

  • Noelei Carandina Pgina 12

    ideia das potencialidades do ambiente e-ProInfo:

    https://www.youtube.com/watch?v=rMspothdJ2E

    Referenciais e estratgias de construo do texto das unidades

    Agora, vamos tratar de apresentar brevemente as estratgias que foram utilizadas na

    construo do texto das unidades. Ao tornar-lhe ciente de nossas intenes, queremos promover a

    compreenso e autonomia do uso deste material.

    claro que neste curso, como na escola em geral, a linguagem escrita tem um papel de

    destaque. O texto escrito ser a base da nossa comunicao com voc. Na elaborao do texto das

    unidades em geral buscamos um gnero textual mediacional, uma forma dialogada no

    desenvolvimento dos temas e das reflexes para realizar a mediao pedaggica entre temas e

    manejo do computador, perifricos, programas e ambientes virtuais.

    Buscamos variar estratgias de composio do texto e do percurso da aprendizagem:

    por meio de perguntas que convidam a pensar sobre suas habilidades, conceitos, teorias, princpios, valores e comportamentos;

    a partir de situaes concretas de aprendizagem, de problemas reais, contextualizados; promovendo a conscientizao de seus processos mentais, assegurando mais oportunidades de participao ativa a partir de estratgias metacognitivas.(FIORENTINI, 2006).

    Alm disso, h o desafio de se proporcionar condies para se desenvolver competncia

    comunicativa, autonomia, criatividade, contextualizao das reflexes e propostas para a prtica

    pedaggica, o que exige disponibilidade, estudo, pesquisa e organizao pessoal da parte de

    formadores e cursistas. Alm do desafio da elaborao de textos diversos de forma negociada,

    compartilhada e cooperativa.

    A. Estruturas de classificao do contedo utilizadas. Nos textos das unidades, propomos situaes de estudo que incluem nfase na reflexo

    terico/pedaggica, a partir de leituras de textos, pginas da web, blogs, e recepo de vdeos. Estas

    situaes so permeadas por atividades prticas de aprendizado do uso do computador (perifricos,

    aplicativos) e leituras de cunho conceitual que buscam uma compreenso mais abrangente sobre a

    prpria tecnologia.

    Nesse percurso, inserimos uma grande quantidade de sugestes de leituras de

    aprofundamento tanto pedaggicas quanto sobre tecnologia, ao mesmo tempo em que buscamos

    aguar a sua ateno para detalhes de procedimentos operacionais e implicaes para as

    possibilidades na vida cotidiana e na prtica pedaggica. Procure identificar essas estruturas

    correspondentes no texto e nos marcadores que as acompanham, assim ficar mais fcil navegar no

    material e elaborar o seu plano de trabalho.

    Listamos, a seguir, elementos estruturais do texto existentes nas unidades de estudo:

    Objetivos de aprendizagem norteiam os objetivos de cada unidade, fornecendo parmetros para o trabalho e as atividades dos cursistas e formadores;

    Introduo texto curto que busca introduzir a unidade de estudo e sua importncia, bem como a sua relao com as demais unidades do texto;

    Destaque em negrito termos ou trechos que so importantes e merecem ateno;

    Quadro de destaque partes do texto que merecem maior ateno e esto destacadas com uma cor de fundo diferenciada;

    Corpo da Unidade constitui-se do texto com todos os materiais (atividades, sites, blogs, vdeos, animaes etc.) cuja leitura/recepo/realizao indicada como rota principal do

    percurso de estudos de cada unidade;

    Para Refletir aspectos destacados para suscitar reflexo e, em alguns casos, discusso e

  • Noelei Carandina Pgina 13

    manifestaes das necessidades do contexto de atuao dos cursistas, frente ao que se

    estuda;

    Materiais recomendados para aprofundamento dos estudos constituem textos, indicaes de sites, blogs, vdeos etc. que podem ser utilizados durante os momentos do curso ou aps,

    para aprofundar a experincia, dar continuidade e facilitar a pesquisa;

    Glossrio (final) apresenta o conceito da palavra de acordo com o contexto no qual referido. Pode ser acessado a partir da palavra destacada.

    Para saber mais informaes ou relatos de experincia consideradas interessantes para aprofundamentos, embora possam no ser fundamentais para o desenvolvimento da

    respectiva unidade. Pode ser acessado a partir do cone Saiba Mais, que aparecer ao longo

    do texto;

    Dicas algumas dicas referentes unidade de estudo, com intuito de facilitar os processos e tambm contribuir para o aprendizado do cursista. Podem ser acessadas a partir do cone

    Dica, que aparecer ao longo do texto;

    Concluindo sistematizao final e indicaes para as prximas unidades;

    Memorial convite para registro de reflexes pessoais a serem realizadas ao final de cada unidade de estudo, em que o cursista pode explicitar dvidas, reflexes, avanos,

    dificuldades, desafios durante o processo etc.;

    Referncias da unidade.

    B. Organizao e qualificao das Atividades de Estudo Outro aspecto importante na organizao do texto e na estruturao do curso foi a

    organizao das atividades segundo algumas dimenses que as qualificam. Essa qualificao um

    bom veculo para comunicar e indicar as possibilidades de dinmicas para a realizao das

    atividades. Sua indicao foi tambm considerada no projeto grfico do material de modo a facilitar

    a sua percepo visual. Cada atividade , ento, indicada a partir das qualificaes que so

    apresentadas a seguir:

    se adequada para ser realizada a distncia ou presencialmente;

    se a atividade deve ocorrer em grupo;

    qual dimenso de conhecimento ou habilidade que est sendo trabalhada: promoo de aprendizagem sobre tecnologias; promoo e estmulo para a reflexo pedaggica; aprimoramento da habilidade de planejamento quando o foco o conceito; estimulo s intervenes na prtica pedaggica.

    se a atividade faz parte do desenvolvimento do projeto de aprendizagem.

    C. Projeto Grfico Livro Digital As estruturas se expressam no projeto grfico quanto ao tratamento das relaes entre forma

    e contedo dos textos das Unidades, na forma de livro eletrnico ou e-book (abreviao do termo

    ingls eletronic book que significa livro em formato digital). Este um dos suportes pelo qual voc

    poder acessar o material de estudos do curso: o Guia do Cursista e o Guia do Formador.

    O texto do livro digital estar hiperlinkado com lightbox a partir de palavras (como no caso

    do Glossrio) e determinados cones.

    Veja, a seguir, os cones e o que significa cada um deles:

  • Noelei Carandina Pgina 14

    Avaliao de Certificao

    A avaliao de desempenho no curso considerar para fins de certificao dois itens:

    a frequncia nos encontros presenciais de formao de no mnimo 75% dos encontros;

    o desempenho nas atividades realizadas: o resultado das atividades de cada cursista deve ser avaliado nas diversas produes resultantes. Esta avaliao ser feita segundo as orientaes

    e os definidos pelos formadores. Para tal, cada cursista dever ter uma pasta de usurio no

    computador local e uma rea de portflio no ambiente virtual para armazenar suas

    produes, dessa forma elas podero ser comentadas e avaliadas j durante o processo da

    sua produo, permitindo que sejam refeitas num processo interativo de aprendizagem.

    O carter de certificao do nosso processo de avaliao bastante importante, afinal somos

    parte de uma organizao governamental, que oferece ensino pblico e gratuito, e precisa expressar

    uma tica cidad, no mesmo?

    Mas, alm deste carter de certificao, a avaliao assume tambm o carter de instrumento

    mediao, de investigao e de planejamento. Por isso no ser atribudo uma nota ou conceito

    final. Propomos que o resultado final seja conhecido e mais do que isso, que seja compreendido por

    todos. Isso demanda que durante as vrias etapas vocs busquem estar informados sobre os seus

    resultados, identificando o que est bom, as falhas, buscando como corrigi-las etc.

    Estejam atentos aos critrios de avaliao de cada produo, eles vo lhe dar subsdios para

  • Noelei Carandina Pgina 15

    compreender o que est bom e o que precisa ser melhorado. Entendemos que a avaliao o

    mecanismo que d movimento ao processo de ao-reflexo-ao. Nesse sentido, entendemos que

    uma responsabilidade dos formadores e de todos os cursistas buscar um processo avaliativo que

    consiga:

    (...) transformar o discurso avaliativo em mensagem que faa sentido, tanto para quem emite quanto para aquele que a recebe. O maior interesse de um processo de avaliao

    deveria recair no fato de se tornar verdadeiramente informador. A avaliao dever tornar-

    se o momento e o meio de uma comunicao social clara e efetiva. Deve fornecer ao aluno

    informaes que ele possa compreender e que lhe sejam teis. (RABELO, 1998, p. 80).

    Sugestes para o estudo

    Alm de participar dos encontros presenciais de formao, importante que voc procure

    reservar um horrio para estudar e realizar as atividades apresentadas nas unidades, se possvel,

    diariamente. Assim, ter tempo suficiente para realizar com calma as leituras, aprofundar sua

    reflexo sobre os temas propostos, localizar materiais e se organizar para realizar as atividades que

    requerem o uso do computador. Se possvel, utilize o computador diariamente, aplicando o que

    aprendeu com o curso.

    Sugerimos que voc tenha sempre mo seu caderno de anotaes para registrar suas

    impresses, ideias, questes ou dificuldades e que se habitue a sempre deixar aberto um arquivo de

    texto para tomar notas rpidas no prprio computador. Nesse texto, voc pode colocar links

    consultados, referncias bibliogrficas, observaes e/ou reflexes pessoais etc.

    Escrever , sem dvida, uma das melhores formas de desenvolver nossa capacidade de

    pensar as questes que nos surgem. Ento, ao longo deste processo formativo busque registrar

    constantemente:

    suas reaes, dificuldades e facilidades no decorrer da realizao das atividades;

    as mudanas que ocorreram em seus hbitos, as ideias que surgem para a prtica de sala de aula que tenham relao com o curso;

    as reaes das pessoas (seus colegas, seus familiares, seus alunos) a essas mudanas;

    as trocas de experincia entre voc e outros colegas de curso. Como professor e/ou gestor escolar, voc est sempre refletindo sobre o que acontece em

    sua prtica na sala de aula ou na escola e sobre as atividades que funcionaram, no ? Faa o mesmo durante esse curso. Reflita sobre cada unidade e registre suas experincias, impresses etc.

    Fique atento aos objetivos de cada unidade e, depois, com calma, prossiga a leitura e procure

    compreender o que est estudando em cada unidade. Sublinhe palavras que no conhece e procure

    seu significado no glossrio do curso ou em outras fontes. Realize todas as atividades solicitadas.

    Faa resumos sempre que sentir que precisa organizar a informao estudada ou mesmo elabore

    mapas conceituais para auxiliar na visualizao dos conceitos aprendidos.

    Utilize o computador o maior tempo que puder e com regularidade.

    Isso ajuda a consolidar os conhecimentos e habilidades desenvolvidas.

    importante que voc domine os comandos para que possa servir-se

    deles mais facilmente na hora de redigir, editar, salvar, modificar,

    enviar, produzir e publicar as suas produes digitais.

    E no esquea, o formador o parceiro de toda hora no processo de aprendizagem. Procure

    dividir com ele(a) as alegrias e os percalos do caminho, as dificuldades ou problemas. No hesite

    em recorrer a ele(a), caso precise.

    Enfim, caro cursista, desejamos-lhe um bom trabalho e muita aprendizagem. uma grande

    alegria t-los aqui.

    As autoras.

  • Noelei Carandina Pgina 16

    Unidade 1:

    Tecnologias no cotidiano: desafios incluso digital

    Estamos iniciando o Curso de Introduo Educao Digital. Esse curso integra um

    conjunto de polticas pblicas voltadas ampliao do acesso a Tecnologias de Informao e

    Comunicao (TIC) nas escolas e formao para o seu uso competente e autnomo. Estudando-o,

    voc estar participando deste processo formativo enquanto aprende sobre mdias e tecnologias e

    maneja algumas ferramentas de produo disponveis nos computadores.

    Ao mesmo tempo em que voc aprende como usar essas ferramentas, importante, e

    fazemos o convite, que voc j comece a refletir sobre as mudanas que elas possibilitam na sua

    trajetria pessoal e profissional. Mas antes, sobre como elas j vm afetando nosso mundo e sobre

    como devemos agir para ter algum controle sobre tais mudanas.

    Ao mesmo tempo em que voc aprende como usar essas ferramentas, importante

    convidarmos voc a refletir sobre as mudanas que elas possibilitam na sua trajetria pessoal e

    profissional. Mas antes, sobre como elas j vm afetando nosso mundo e sobre como devemos agir

    para ter algum controle sobre tais mudanas.

    A chegada das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) na escola nos traz desafios.

    As solues vo depender de aes planejadas que considere o contexto de cada escola, o trabalho

    pedaggico que nela se realiza, as especificidades do seu corpo docente e discente, a comunidade

    interna e externa, os propsitos educacionais e as estratgias que propiciem aprendizagem.

    Precisamos compreender a realidade em que atuamos e planejar a construo dos novos

    cenrios onde aprendemos, ensinamos, consumimos, enfim, onde vivemos e nos relacionamos. No

    h s um caminho, nem uma s soluo ao contrrio, h uma gama de possibilidades e poderemos at encontrar novas respostas para velhas perguntas.

    Nesta primeira unidade vamos iniciar essa reflexo, ao mesmo tempo em que vamos

    tomando contato com algumas dessas novas ferramentas, compreendendo como interagir com elas,

    com suas interfaces, suas possibilidades, conceituando-as e nos apropriando da linguagem da rea.

    Faremos leituras, assistiremos a vdeos, navegaremos em pginas da Internet, publicaremos nossas

    ideias num frum virtual. Vamos tambm conhecer alguns bons casos de uso da tecnologia digital

    na escola.

    Alm dessa reflexo e do contato inicial com o computador, nesta unidade vamos tambm

    iniciar o projeto de trabalho que estruturar a maioria das nossas atividades durante todo o estudo

    deste mdulo.

    Objetivos de aprendizagem desta unidade de estudo e prtica:

    Esta unidade ser ento sua primeira explorao no mundo digital? Ao seu final, esperamos

    que voc chegue a:

  • Noelei Carandina Pgina 17

    compreender a necessidade de refletir sobre as questes que antecedem s decises relativas insero das TIC na sua prtica pedaggica, percebendo a diversidade e a complexidade da

    temtica Incluso Digital;

    formar uma ideia inicial a respeito das potencialidades de processamento de informao das tecnologias digitais;

    familiarizar-se com os recursos mais bsicos do computador: uso do mouse e teclado, identificao dos itens do desktop e uso de editores de textos simples;

    conceituar o que um computador, identificando seus principais componentes, distinguindo funo, capacidade/performance dentre outros aspectos;

    conceituar sotware, hardware e sistema operacional distinguindo a poltica de software livre com a concomitante valorizao dos seus princpios para uma educao cidad;

    familiarizar-se com o uso de fruns de discusso e com a navegao em contedo da Internet;

    ampliar sua compreenso sobre as possibilidades de comunicao disponveis com as TIC.

    Introduo

    As tecnologias so produto e meio da relao do homem com a natureza. Vivemos em um

    cenrio de grandes transformaes sociais e econmicas. Essas transformaes esto

    revolucionando nossos modos de produo, de comunicao e de relacionamento, e esto

    produzindo um intenso intercmbio de produtos e prticas socioculturais. Nesse contexto

    globalizado, as novas mdias e tecnologias invadem nosso cotidiano.

    Vdeo - Problematizando as tecnologias

    Como devemos ento proceder na escola para enfrentar os problemas e desafios que a ns se

    apresentam? Essa uma pergunta complexa. Para respond-la, precisamos entender melhor as

    relaes entre tecnologia e sociedade e, dessas, com a escola. Para tal, propomos a realizao da

    atividade a seguir.

    Reconhecendo as interfaces existentes entre escola, sociedade e

    tecnologias.

    Esta atividade se constitui inicialmente da leitura do texto que segue e da elaborao por

    escrito de algumas reflexes sobre a complexa relao homem-tcnica e insero dos computadores

    e da Internet na escola. Ela composta de trs momentos:

  • Noelei Carandina Pgina 18

    Momento 1: Leitura do texto;

    Momento 2: Elaborao e redao das reflexes com sua compreenso sobre a questo Incluso Digital;

    Momento 3: Discusso presencial com seus colegas e formadores.

    Momento 1 - Leitura do texto.

    Convidamos voc a iniciar a leitura. Enquanto estiver lendo, ns iremos sugerir uma srie de

    momentos e questes para reflexo. Em cada um deles anote as ideias, questionamentos e dvidas

    que forem surgindo.

    Por que precisamos usar a tecnologia na escola? As relaes entre a escola, a

    tecnologia e a sociedade.

    Por Edla Ramos

    Se este texto estivesse sendo lido por voc a vinte e tantos anos atrs, uma questo que

    provavelmente apareceria, seria se deveramos ou no usar as novas (nem tanto mais) tecnologias

    na educao. No incio da dcada de 80, havia o anseio de que essa tecnologia poderia produzir a

    massificao do ensino, descartando a necessidade do professor, ou que pudesse levar a acelerao

    perigosa de estgios de aprendizagem com consequncias graves. Argumentava-se tambm sobre o

    disparate de usar microcomputadores em escolas que eram carentes de outros tantos recursos. Hoje

    em dia, no entanto, j h bastante concordncia sobre o fato de que as tecnologias de informao e

    comunicao devam ser incorporadas ao processo educacional. Permanecem, contudo, dvidas

    sobre por que (ou sob qual perspectiva) e sobre como essa incorporao deve acontecer.

    Se voc tambm no se contenta com esse ltimo argumento, est convidado para uma

    reflexo mais ampla acerca do tema! Neste texto, apresentamos diversos argumentos para

    demonstrar que o uso das tecnologias de informao e comunicao pelas escolas tem razes que

    vo alm da importante questo da preparao para o trabalho, pois entendemos que a superao

    das excluses no vai se dar pela via da empregabilidade apenas. A crise social que estamos

    vivendo vai muito alm do desemprego, pois estar empregado condio necessria, mas cada vez

    menos suficiente para a cidadania.

    preciso superar a lgica da empregabilidade, pois esta no d conta da sutileza e da

    complexidade da relao entre escola, tecnologia e sociedade. No contribui tambm para a

    construo de uma educao para a solidariedade, para a equidade, para o consumo ecologicamente

    sustentvel. Est impregnada por um conceito de desenvolvimento predatrio e dependente.

    Em sntese, como diz Hugo Assmann (1998), no basta educar a massa trabalhadora para

    alimentar a mquina produtiva, preciso educar para provocar indignao frente a aceitao

    conformista da relao tecnologia X excluso. preciso formar cidados aptos a construir uma

    sociedade solidria, principalmente quando se considera que uma sociedade sensivelmente solidria

    Para refletir:

    Antes de prosseguir a leitura, pare um pouco, pense nas questes a seguir e registre por

    escrito suas respostas numa folha:

    Por que precisamos usar a tecnologia na escola?

    Voc j apresentou esse questionamento aos colegas, pais ou mesmo aos estudantes?

    Caso tenha feito, que respostas ouviu?

    Teria por acaso ouvido que precisamos preparar os educandos para o mercado de trabalho?

    Voc ficou satisfeito com essa resposta ou pensou em outros aspectos alm desse?

  • Noelei Carandina Pgina 19

    precisa ser permanentemente reconstruda. Cada gerao precisa aprender a dar valor

    solidariedade. Juan Carlos Tedesco (2012) compartilha o mesmo entendimento: no novo capitalismo a possibilidade de viver juntos no constitui uma consequncia natural da ordem social

    seno uma aspirao que deve ser socialmente construda. (TEDESCO, 2012, p. 20). Ento,a educao para a solidariedade persistente se perspectiva como a mais avanada tarefa social

    emancipatria. (ASSMANN, 1998, p. 21). O professor Tedesco nos ajuda tambm a compreender de que tipo de solidariedade esta

    poca em que vivemos necessita. Ele esclarece que:

    "A solidariedade que exige este novo capitalismo no a solidariedade orgnica prpria

    da era industrial, seno uma solidariedade reflexiva, consciente, que deve ser assumida

    com graus muito mais altos de voluntarismo do que no passado." (TEDESCO, 2012, p.

    20).

    Ou seja, no se trata mais de cada um simplesmente fazer bem a sua funo, sem precisar

    entender muito a respeito das funes dos outros. Agora trata-se de precisar refletir a respeito da

    complexidade da rede de relaes que estabelecemos e das consequncias das nossas aes sobre os

    outros, pensando e agindo coletivamente em busca do bem comum.

    O uso ou a incorporao das Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC) nos

    processos educativos tem implicaes que ultrapassam de longe os muros de uma sala de aula ou de

    uma escola. Afinal, essas tecnologias favoreceram grandes mudanas, neste perodo que est sendo

    chamado de revolucionrio.

    Analisando a histria da nossa civilizao, percebemos que em vrios momentos ocorreram

    mudanas revolucionrias no modo como o homem vivia. Aprofundando a nossa anlise dessas

    revolues histricas percebemos que entre seus motivos estava sempre a inveno de alguma

    ferramenta que expandiu a nossa capacidade de ao sobre o mundo (ou sobre a nossa realidade),

    ou, que expandiu a nossa capacidade de comunicao e de expresso. Tomemos como exemplo a

    revoluo industrial com seus inventos principais: a mquina a vapore a criao da imprensa.

    Figura 1.01 - Exemplo de mquina a vapor Figura 1.02 - Prensa de Gutemberg

    As TIC ampliam essas capacidades de modo extraordinrio, e, por isso, a dimenso das

    mudanas que elas esto produzindo vem gerando profundas crises e desequilbrios. O mercado de

    trabalho que afeta a vida de todos tambm vem se transformando continuamente: muitas profisses

    e postos de trabalho foram extintos; novos produtos so criados constantemente; h desemprego em

    muitos setores e falta de trabalhadores em outros.

    "A mutao das tcnicas produtivas acompanhada por novas formas de diviso do

    trabalho e, logo tambm, pelo surgimento de novas classes sociais, com o

  • Noelei Carandina Pgina 20

    desaparecimento e a perda de poder das classes precedentes, por uma mudana da

    composio social e das prprias relaes polticas." (ROSSI apud MUSSIO, 1987, p.20).

    Muitas incertezas afligem as pessoas nessa nossa poca de uso intensivo de TIC. Dentre as

    questes em destaque esto:

    Como garantir sociedades democrticas e participativas?

    Como garantir o acesso informao por todos e evitar o aumento das formas de controle e vigilncia da informao?

    Como conseguir eficincia econmica e evitar mais concentrao de renda?

    Como conseguir segurana pblica e evitar a instalao do terror?

    Face s diferenas que se acirram, como conseguir uma sociedade com respeito mtuo, com justia distributiva e sem invaso da privacidade ou massificao?

    Novamente voltando alguns anos atrs, havia grandes expectativas sobre os efeitos da

    expanso do uso dessas tecnologias. Muitos estavam bastante otimistas, mas j havia quem alertasse

    que no deveramos s-lo, pois nada est decidido a priori. (LVY, 1993, p.9). Lvy nos lembrava j em 1993 que teramos que inventar como gostaramos que essa nova sociedade da

    informao fosse, do mesmo modo que inventamos a sua tecnologia. Ele ressaltava que havia um

    grande descompasso e distanciamento entre a natureza dos problemas colocados coletividade humana pela situao mundial da evoluo tcnica e o estado do debate coletivo sobre o assunto. (LVY, 1993, p.7).

    Pierre Lvy

    Hoje em dia a realidade j no nos permite mais ser otimistas. um fato bastante triste que

    no mundo de hoje onde nunca tanta riqueza foi produzida h tanto ou mais fome, doenas e injustias se compararmos a tempos atrs. Logo, tanta tecnologia, por enquanto, no produziu os

    efeitos desejados. Est ficando bastante claro que a forma de uso que damos s TIC determinante

    nas respostas dadas a todas as questes que apresentamos acima. De modo geral, pode-se dizer que

    as TIC abrem muitas possibilidades, mas a determinao do que - dentre o que possvel - vai se

    Para refletir:

    Convidamos voc novamente a parar um pouco a leitura e tentar fazer uma sntese do que

    foi dito. Uma boa estratgia para fazer uma sntese construir um mapa conceitual. Vamos dar

    um exemplo iniciando a construo de um para os pargrafos acima.Se voc achar interessante

    pode complet-lo a partir do ponto em que paramos.

    Figura 1.03 - Mapa conceitual

  • Noelei Carandina Pgina 21

    tornar realidade do mbito da poltica.

    Ento, se queremos uma Tecnodemocracia vamos precisar formar os sujeitos para isso.

    Precisamos pensar em alfabetizao tecnolgica para todos, pois quem no compreende a

    tecnologia no vai poder opinar sobre o que fazer com ela. Mas a alfabetizao tecnolgica apenas

    o segundo passo (o primeiro o acesso). A incluso digital pra valer significa mais do que

    simplesmente ter acesso e saber usar. Incluso Digital! Este um conceito importante e que merece

    mais discusso

    Felizmente, na perspectiva de acesso, o Brasil certamente avanou nos ltimos anos.

    Comit Gestor da Internet no Brasil

    Segundo essas pesquisas, pode-se observar que a taxa brasileira mdia de acesso Internet

    nos domiclios cresceu de 12,93%, em 2005, para 38% em 2011. Esses resultados so devidos a

    diversas polticas pblicas que alteraram as condies de acesso do cidado s tecnologias digitais

    e, desse modo, constituram-se nas bases para a ampliao da cultura digital no nosso pas. Dentre

    tais programas podemos citar: Programa Banda Larga na Escola; CDTC Centro de Difuso de Tecnologia e Conhecimento; Programa Computador Porttil para Professores; Programa e Projeto

    UCA Um Computador por Aluno; Programa SERPRO de Incluso Digital PSID; Projeto Computadores para Incluso etc.

    No contexto educativo, conforme pesquisa TIC Educao do CETIC, de 2011, a proporo de professores com acesso Internet nos domiclios de 89% e a proporo de alunos

    que j utilizaram a Internet de 91%. Esses ltimos dados parecem bastante satisfatrios. Contudo,

    precisamos analisar o quadro de forma mais ampla. Podemos observar, por exemplo, na mesma

    pesquisa, no critrio D1 - Forma de aprendizado do uso de computador e Internet pelo aluno que o aprendizado do uso das TIC ocorre predominantemente fora da escola:

    sozinho: entre 45% e 61% do total de alunos entrevistados;

    com outras pessoas: entre 27% e 52%;

    fez um curso especfico: entre 7% e 37%;

    com educador ou professor da escola: entre 6% e 15%;

    com outros alunos: entre 1% e 8%. Isso nos traz diversas dvidas sobre a criticidade da apropriao por parte desses estudantes.

    Concordamos com Belloni (2010) que a escola precisa assumir um importante papel na Incluso

    Digital:

    "O papel da escola como dispositivo de incluso e democratizao do saber

    extremamente importante, fundamental para a formao de usurios competentes,

    criativos e crticos (distanciados), capazes de colocar as TICs a servio da criatividade

    humana e da solidariedade social. Para isso todavia sero necessrios grandes esforos

    de formao de profissionais, alm de formas competentes e eficazes de equipamentos ,

    que faam da escola um espao de descoberta e formao de crianas e jovens para

    exercerem sua cidadania e sua criatividade na sociedade digital."(BELLONI, 2010, p. 123).

    Belloni nos alerta ento que a escola precisa recuperar seu papel como espao legtimo de

    formao para o uso cidado das TIC. Realmente as escolas so um espao especial para incluso

    digital, no s pela disponibilizao e compartilhamento de recursos que proporciona, mas muito

    mais pelo poder que tem para influenciar tantas crianas e jovens justamente num momento em que

    so to abertos e vidos por aprender.

    Para avanarmos na compreenso do conceito de Incluso Digital, vamos fazer uma

    comparao com a alfabetizao para a escrita e a leitura. Sabemos muito bem que o que

    entendido como ser alfabetizado, muitas vezes apenas ter atingido a capacidade de ler uma pgina

  • Noelei Carandina Pgina 22

    impressa e de assinar o prprio nome. Sabemos que um cidado precisa muito mais do que isso. Um

    cidado precisa poder decidir sobre o que quer ler e ter acesso aos materiais que lhe interessam;

    precisa poder escrever com competncia sobre o que desejar; e, acima de tudo, precisa, quando

    julgar necessrio, ter assegurado o direito de ser lido.

    O que queremos dizer que a massificao de competncias tcnicas no suficiente.

    preciso mais. preciso promover compreenso crtica sobre as tecnologias. Piero Mussio,

    abordando a questo da alfabetizao tecnolgica, destaca:

    "H dois nveis de compreenso de um instrumento tecnolgico. O primeiro o da

    compreenso tcnica, tpico dos especialistas [...] O segundo nvel o da compreenso do

    uso do instrumento [...] sendo capaz de avaliar, julgar o instrumento proposto no por

    seus mecanismos internos mas pelas suas funes (globais) externas." (MUSSIO, 1987,

    p.16).

    "Mussio lembra que preciso fazer crescer a conscincia do significado cultural do

    instrumento de forma a minimizar a delegao de poder aos especialistas. Nesse nvel de compreenso o usurio passa a naturalmente ser ator do projeto de insero

    tecnolgica. Acontece que esta atuao para se tornar explcita exige um processo

    trabalhoso de aprendizado, de compreenso e de adaptao. A questo que Mussio

    levanta nesta problemtica : como permitir a quem quiser usar convenientemente um

    artefato tecnolgico, informar-se, no para ser civilizado ou alfabetizado apenas, mas

    para melhorar a si mesmo, ativando funes crticas autnomas de avaliao de tais

    sistemas, por aquilo que fazem e pelo modo como fazem." (RAMOS, 1996, p.6)

    Em outras palavras, j que as TIC mudam profundamente os meios de produo e de

    consumo, o que est em jogo o controle poltico e social desses meios. preciso compreender a

    tecnologia para poder dizer como elas devem ser. Para Illich (1976), dominar uma ferramenta

    muito mais do que aprender a us-la, significa a garantia da possibilidade de se definir

    conjuntamente o que vamos fazer com elas.

    Outro autor que analisa o conceito de Incluso Digital Edilson Cazeloto. Esse autor critica

    a ideia de universalizao da cultura de uso das TIC pois nos alerta que incutida nela est muitas

    vezes o fortalecimento da hegemonia capitalista, que fomenta desigualdades sociais. Os processos

    de incluso digital precisam ser realizados levando em considerao tradies, saberes e prticas

    culturais anteriores:

    "Nos discursos e prticas de incluso digital, o acesso s mquinas informticas tomado

    como sinnimo de ascenso social ou de participao sociopoltica efetiva, quando, na

    verdade, a informatizao generalidade do cotidiano (notadamente para as camadas de

    baixa renda, alvo principal dos programas sociais de incluso digital) no faz seno o

    contrrio: refora as estruturas de subordinao e poder da cibercultura e capilariza as

    redes de produo internacionais at o espao da vida privada."(CAZELOTO, 2008, p.

    161).

    A inteno com o que foi at agora dito a de sublinhar a necessidade de criar posturas

    autnomas e crticas de aprendizado sobre a tecnologia. Boff (2005) explicita essa ideia dizendo

    que precisamos educar os sujeitos para que sejam crticos, criativos e cuidantes. Ser crtico, para

    ele, a capacidade de situar cada evento em seu contexto biogrfico, social e histrico, desvelando

    os interesses e as conexes ocultas entre as coisas. ser capaz de responder: quais tecnologias

    servem a quem? J, continua Boff,

    [...]"somos criativos quando vamos alm das frmulas convencionais e inventamos

    maneiras surpreendentes de expressar a ns mesmos [...]; quando estabelecemos conexes

    novas, introduzimos diferenas sutis, identificamos potencialidades da realidade e

    propomos inovaes e alternativas consistentes." (BOFF, 2005, p. 09).

    Enfim, ser criativo significa ser capaz de recriar-se e de recriar o mundo, ou de inventar as

    tecnologias que queremos. Por ltimo, e mais importante, preciso ser cuidantes. Ser cuidante ser

    capaz de perceber a natureza dos valores em jogo, de estar atentos ao que verdadeiramente

    interessa, discernindo que impactos nossas ideias e aes tm sobre as outras pessoas, e sobre o

  • Noelei Carandina Pgina 23

    planeta. Sem o cuidado e a tica esvaziamos as capacidades crticas e criativas, pois, no nos

    esqueamos que vivemos um tempo em que nossas aes esto em vias de inviabilizar a vida no

    planeta.

    Para refletir:

    Grande parte dos jovens hoje demonstram facilidade para apropriao tcnica dos mais

    diversos dispositivos, certo? Mas ser que eles possuem maturidade para um uso crtico e tico?

    Talvez, voc e seus colegas tenham observado situaes em que a apropriao das TIC

    fomentou comportamentos competitivos e consumistas nos estudantes. Por exemplo, situaes de

    comparao entre marcas e expresso de desejo pela aquisio do ltimo modelo. Levando em conta condutas acrticas e dependentes de apropriao das TIC, sugerimos que

    voc pense ento na importncia dos profissionais da educao para transformar positivamente

    esses processos de Incluso Digital. Voc e seus colegas na sua escola j haviam sentido antes a

    necessidade de fazer essa reflexo? Pode anotar em que situaes essa necessidade havia surgido?

    No caso do aprendizado sobre a tecnologia, podemos ento entender que, alm de aprender a

    usar, preciso ser capaz de dizer para que usar e para que no usar e, ainda, ser capaz de dizer como

    deve ser a tecnologia a ser usada. Portanto, defendemos que os educadores e a escola possuem um

    papel central para esse tipo de formao. Os jovens talvez tenham maior habilidade tcnica, mas

    certamente no possuem a maturidade, experincia e postura crtica dos educadores. Podemos,

    assim, compreender os enormes benefcios que a atuao colaborativa entre educadores e estudantes

    potencializa!

    Caso contrrio, se deixarmos que a cultura tcnica se estabelea a partir dos discursos

    publicitrios predatrios dos meios de comunicao de massa, corremos srios riscos de que a

    cultura tecnolgica se construa a partir de interesses hegemnicos, capitalistas. Dito de forma

    simplista, estaramos fomentando a superioridade do ter ao invs do cuidado para com o ser. Neste momento, acreditamos que esteja claro para voc por que este curso no foca apenas

    em questes tcnicas. Assim, apesar de sabermos que voc provavelmente esteja ansioso(a) para

    colocar a mo na massa em atividades prticas de uso das TIC, contamos com sua compreenso sobre a relevncia dos aprofundamentos tericos e reflexivos que estamos propondo nesta primeira

    unidade. Teremos MUITAS atividades prticas pela frente, mas antes de mais nada queremos

    garantir um tom crtico e produtivo para essa apropriao tcnica.

    Portanto, com base nos estudos at o momento, salientamos que Incluso Digital um

    processo abrangente que integra aes de ampliao do acesso a computadores, conectados

    Internet e de formao para o seu uso competente e autnomo, buscando livre participao, por

    parte de todos os membros da sociedade.

    Esperamos t-lo(a) instigado para aprofundamentos tericos e, nesse sentido, deixaremos

    referncias para aprofundar seus estudos sobre Incluso Digital, compreendendo aspectos

    sociopolticos que ampliaro sua compreenso e criticidade.

    A galxia da Internet

    A incluso digital e a reproduo do capitalismo contemporneo

    Capital trabalho e tecnologia na Ps Modernidade

    Cremos que voc j esteja ansioso(a) para iniciar a prtica, por hora, vamos apenas concluir

    tecendo algumas problematizaes sobre TIC e currculos e lhe propondo uma atividade para

    registrar as aprendizagens que teve at o momento.

  • Noelei Carandina Pgina 24

    TIC e Currculos

    Existiria um conjunto de conceitos fundamentais sobre as Tecnologias de Informao e

    Comunicao (TIC) que precisariam ser dominados por todos os cidados? No temos dvidas

    sobre isso nas disciplinas de matemtica, de lngua portuguesa, de histria etc. Mas, quais seriam

    esses conceitos no caso das TIC? Alguns nos vm mente: o que um computador? Quais as

    medidas de Informao (bits, gigabytes, )? Como ocorre a transmisso de dados? O que digital? O que hipertexto? Como se estrutura a web fsica e logicamente? Qual a geopoltica da web? O

    que um banco de dados? O que software e hardware? Qual a tica que embasa o movimento de

    software livre? Quais os princpios das linguagens de programao?

    Tudo o que discutimos at agora so questes que podem orientar sobre como usar as TIC

    na escola. Elas podem ajudar a definir os currculos (seus contedos, objetivos e mtodos); a definir

    a orientao da prtica pedaggica; os tipos de software educacional que devemos usar; a formao

    dos professores; a organizao da distribuio e uso dos recursos computacionais etc. Enfim, elas

    podem ajudar a definir como o nosso dia a dia na escola dever ser reorganizado.

    Mas, finalizando, precisamos considerar que o computador tambm uma importante

    ferramenta pedaggica que pode ajudar a desenvolver o raciocnio das pessoas. Na verdade,

    acreditamos que a incorporao da tecnologia ao processo educativo cria uma oportunidade mpar

    para a estruturao e implantao de novos cenrios pedaggicos. Sabemos que o nvel de

    interatividade dessa ferramenta tem potencial para produzir novas e riqussimas situaes de

    aprendizagem. Pelo seu potencial pedaggico podem tambm ser espao da cointegrao entre

    disciplinas. E, por isso tudo, podem contribuir para a valorizao dos educadores e para o seu

    reencantamento pelo ato de educar. Alm disso, frente a essa interatividade, as debilidades da

    educao baseadas na transmisso, no treino e na memria ficam to evidentes que difcil no

    perceb-las.

    Piaget j nos falava que a aceitao de erros fundamental para a construo significativa e

    verdadeira do conhecimento. Sem errar no se chega ao conhecimento. preciso experimentar,

    tentar e tentar de novo. Ento, o professor que vai fazer uso de TIC de um modo proveitoso precisa

    perder o medo de experimentar junto com seus alunos, precisa negar o verticalismo da sua relao

    com eles buscando mais confiana e companheirismo. Ningum est aqui anunciando o fim da

    autoridade do professor, mas sim o abandono do autoritarismo que est intrnseco ao ensino das

    solues prontas e acabadas, adotadas sem crtica nem compreenso. Nem estamos advogando que

    tudo precise ser reinventado, pois h muitas solues excelentes para muitos problemas. No

    estamos tambm negando a importncia do treino e dos exerccios de repetio no aprendizado.

    Estamos sim negando o seu uso acrtico e alienado. Acreditamos que a aprendizagem significativa e

    crtica que queremos ver implementadas com as TIC pressupem o coletivo, a cooperao entre

    pessoas e disciplinas e o dilogo franco e livre.

    Momento 2: Elaborando o seu texto

    Agora que voc j terminou a leitura, pense numa (ou nas) escola(s)que voc conhece que

    possui/possuem laboratrios de informtica. Elabore, ento, um pequeno texto descrevendo como as

    TIC so utilizadas.

    Considere os seguintes aspectos:

    As TIC fazem parte do dia a dia em sala de aula (computadores mveis, celulares) ou o uso se restringe ao laboratrio?

  • Noelei Carandina Pgina 25

    Quem usa o laboratrio? O que os alunos fazem no laboratrio? Os alunos gostam de trabalhar com os computadores?

    Foi ou no criada uma disciplina de informtica na escola?

    Que mudanas a chegada das TIC trouxe para essa escola em geral? Continue a construo do seu texto analisando o modo como a tecnologia est sendo

    utilizada nessa(s) escola(s). Procure basear sua anlise nas reflexes sobre o conceito de Incluso

    Digital, que a leitura do texto lhe proporcionou. Sinta-se livre para incluir o que julgar necessrio na

    sua anlise. Sugerimos considerar alguns aspectos:

    O uso das TIC na escola conhecida est promovendo ou no a capacidade de serem crticos, criativos e cuidantes (como diz Leonardo Boff)? Por qu?

    Esse uso est promovendo ou no uma aprendizagem significativa e crtica? Por qu?

    Que mudanas voc percebeu na escola? Deveriam haver mudanas? Se voc no conhece nenhuma escola que j faa uso das TIC, deve ento construir um

    pequeno texto com alguns pargrafos desenvolvendo alguma ideia ou questionamento que a leitura

    lhe suscitou. Ou se preferir e houver tempo e oportunidade, voc poderia visitar uma escola

    prxima que possui esses recursos e entrevistar os seus professores e funcionrios para coletar as

    informaes necessrias.

    Elabore um pequeno texto refletindo sobre modo de insero das TIC nas escolas, levando

    em considerao as diferentes dimenses que envolvem o conceito de Incluso Digital.

    Lembre-se do que comentamos sobre a importncia da aceitao dos erros e sinta-se

    tranquilo(a) para realizar o exerccio sem cobrana de preciosismos. Afinal, estamos recm

    iniciando o curso e, portanto, natural que voc sinta dificuldades para realizar uma anlise

    complexa. No se preocupe, o exerccio tem exatamente esse propsito: de identificar os pontos que

    voc sente fragilidades na compreenso. Identificar essas lacunas essencial para podermos buscar

    subsdios para supri-las.

    Momento 3: Discusso presencial com seus colegas e/ou alunos.

    Aps ter lido, refletido e expressado suas ideias num texto, prepare-se para debater

    presencialmente com os seus colegas. O seu formador vai lhe orientar sobre como realizar essa

    discusso.

    Conhecendo os vdeos na rede como ferramenta de interao e

    compartilhamento.

    Nesta atividade convidamos voc para assistir alguns vdeos que esto disponveis na

    Internet.

    H hoje uma grande quantidade de documentos de vdeo na rede, e h um site em especial,

    chamado Youtube, que permite que as pessoas publiquem suas produes em vdeo para divulg-

    las. H de tudo neste site, muita coisa sem nenhuma importncia, mas tambm muito material de

    grande valia. Indicamos alguns para o seu formador.

  • Noelei Carandina Pgina 26

    A lista de vdeos foi planejada para lhe dar uma ideia inicial da potencialidade da nova

    linguagem miditica do vdeo digital, que diferente do cinema e da televiso, e tambm do

    potencial da Internet como ferramenta de interao e compartilhamento. Queremos ao mesmo

    tempo, com o contedo selecionado, levar vocs a refletirem sobre aspectos diversos desta to

    controversa relao entre tecnologia, escola e sociedade. Por fim, queremos tambm alertar que

    importante que a escola defina o seu papel nesse processo e que os seus profissionais preparem-se

    para assumi-lo.

    Seu formador ir lhe auxiliar para acessar o site do Youtube e localizar os vdeos.

    Talvez sua habilidade de digitao ainda esteja um tanto inicial. No se preocupe: a destreza

    surgir com o tempo, medida que voc for digitando. Por enquanto, focalize apenas em manter

    sua ateno na tarefa, ok? E, conforme ditado popular, sempre bom iniciarmos algo com o p direito, certo? Independente de superties, consideramos importante que desde cedo voc se acostume a usar cada recurso da melhor forma possvel. Assim, importante dizer que o teclado

    pode permitir a realizao de muitas funes alm da digitao do texto. H dicas que tornam o uso

    do teclado mais eficiente, ento, sugerimos que voc acesse as orientaes que preparamos acerca

    do uso adequado do teclado, sob o ttulo: Uso eficiente do teclado.

    Escolhendo um tema gerador para o seu Projeto Integrado de

    Aprendizagem.

    Chegou a hora de voc e seu grupo de estudos escolherem o tema gerador dos seus projetos

    integrados de aprendizagem. As atividades anteriores certamente provocaram diversas ideias,

    dvidas inquietaes. Aproveite esse terreno frtil para definir um tema de interesse para o projeto

    que iro desenvolver.

    Aps a escolha do tema gerador, vocs podem ter subgrupos trabalhando com projetos com

    focos mais especficos dentro do tema gerador. Para auxili-los na preparao dessa atividade,

    organizamos esclarecimentos adicionais e dicas.

    Voc j deve ter ouvido falar em um projeto de aprendizagem (ou na aprendizagem por

    projetos, ou ainda na pedagogia dos projetos). Trata-se de um mtodo de trabalho pedaggico que

    foca a busca de solues para problemas que o aluno escolhe investigar (no perfil de professor-aluno voc assumir ambos papis!). Nesse processo de investigao, os contedos da aprendizagem so articulados e integrados ao desenvolvimento do projeto.

    Trabalhando com projetos

    Um projeto de aprendizagem precisa ter uma temtica. Isso porque um projeto de

    aprendizagem um projeto de investigao. E s podemos investigar algo se sabemos o que

    investigar. Na verdade, s nos dispomos verdadeiramente a investigar algo, se estamos curiosos, se

    realmente queremos ou precisamos do conhecimento que vai resultar daquele processo. Por isso

    esperamos que a leitura e os vdeos que sugerimos tenha lhe empurrado para um turbilho de

    reflexes e lhe instigado a querer saber mais. Ento, o tema do seu projeto justamente este campo

    de conhecimento em que voc deve buscar a resposta daquilo que voc quer saber. O tema no o que voc quer saber. O tema a rea que voc deve investigar, pra chegar s respostas. Por

  • Noelei Carandina Pgina 27

    exemplo, se queremos saber sobre produo de vdeos nas sries iniciais da educao fundamental, o tema poderia ser definido como Mdias e Educao. Um tema gerador um tema que aglutina muitas perguntas pertinentes e interessantes.

    Barbosa nos sugere que ao fazer a escolha de um tema gerador, o ponto fundamental diz respeito motivao. O tema no deve ser assumido pelos alunos como imposio do professor, tampouco

    pode ser fruto de uma curiosidade circunstancial dos alunos. O tema gerador deve constituir-se em

    desafio, algo que merea investimento de tempo e esforo cognitivo. (2004). Agora o momento de escolher o tema foco e fazer a problematizao preliminar do

    projeto. Para poder decidir, pensem em quais foram as dvidas ou indagaes que estiveram mais

    presentes enquanto vocs assistiam aos vdeos, ou durante a discusso. Essas dvidas podem e

    devem estar relacionadas com o que voc j ouviu, viveu e experimentou em relao s TIC,

    profissional ou pessoalmente.

    Primeiro deixe suas ideias flurem livremente. Anote, simplesmente. Em seguida, organize

    seu texto fazendo um roteiro que contemple: suas perguntas iniciais e a sua problematizao; uma

    justificativa de por que vale a pena tentar responder estas questes, jogando mais luz sobre tais

    dvidas; e, se j tiver alguma hiptese de resposta para as questes (o que voc j sabe a respeito certezas provisrias) formuladas podem tambm incluir no texto.

    Lembrete: Faa um registro textual sobre o tema, as perguntas e demais detalhes planejados.

    Esse registro inicial pode ser simples, inclusive manual, caso voc ainda no tenha familiaridade

    com o uso de um editor de textos. Mas no deixe de registrar sua proposta!

    Participao em frum de discusses on-line: publicando e navegando.

    A partir de agora voc parte de um grupo, sendo corresponsvel pelo desenvolvimento de

    determinado Projeto Integrado de Aprendizagem. Sabemos que o sucesso de atividades em grupo

    est relacionado qualidade do vnculo e da comunicao que se estabelecem entre seus membros.

    Talvez voc j esteja pensando que garantir a interao entre o grupo, no perodo aps o encontro

    presencial, ser um grande desafio. Afinal, cada membro possui inmeros compromissos em

    horrios distintos e h, ainda, a distncia geogrfica que limita a realizao de encontros

    presenciais.

    Agora que vocs j debateram e escreveram sobre a temtica do seu projeto integrado de

    aprendizagem, o que acham de publicar o texto que produziram para que sejam lidos e conhecidos

    por todos os colegas? Como voc faria isso normalmente? Como vocs fazem com seus alunos

    quando querem que uns conheam os trabalhos dos outros? Vocs pediriam que eles escrevessem

    em papel pardo, ou publicariam as folhas na forma de varais, ou em murais? Ser que temos

    alternativas que ampliem as possibilidades desses procedimentos com os computadores?

    Para vislumbrarmos a soluo desses desafios, cabe retomarmos o princpio de que usamos

    as TIC para superar limitaes e ampliar nossas possibilidades! Assim, selecionamos uma

    ferramenta, denominada Frum, para superar limitaes de tempo e espao e possibilitar o debate e

    a continuidade da produo do projeto, j iniciada pelo grupo. Essa ferramenta bastante utilizada

    na Educao a Distncia, modalidade que lida essencialmente com os desafios citados e tem como

    propsito facilitar a troca de ideias e a realizao de debates entre grupos. Posteriormente, na

    Unidade 6, aprofundaremos as possibilidades didticas de uso da ferramenta Frum. Mas, por ora,

    apenas aprenderemos e experimentaremos o seu uso.

    A ferramenta Frum que iremos utilizar faz parte do Ambiente Virtual e-ProInfo. Um

    Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), ou em ingls Learning Management System (LMS),

    conforme o prprio nome indica, uma tecnologia criada para ser um espao que potencializa o dilogo pedaggico. Assim, esses sistemas integram diversos recursos para facilitar todos os

  • Noelei Carandina Pgina 28

    aspectos envolvidos na estruturao e desenvolvimento de cursos e atividades educativas. Existem

    diferentes Ambientes Virtuais usados em cursos a distncia.

    Alm da ferramenta Frum que vamos utilizar, o ambiente contm muitos outros recursos,

    como, por exemplo, a videoconferncia, o bate-papo, o e-mail, o quadro de avisos, de notcias, a

    biblioteca.

    Antes de termos acesso ao frum, chamamos ateno ao fato de que comum, no incio do

    trabalho em rede, termos uma percepo restrita nossa atuao no presencial, tentando fazer no

    virtual exatamente o que fazamos em sala de aula e, quando no possvel, podemos nos frustrar.

    Para evitar esse problema, muito importante que voc ouse olhar o novo com curiosidade,

    criatividade! Esse nosso convite para a atividade que ser proposta.Conecte-se com o olhar de criana que h dentro de cada um de ns e divirta-se com as novidades e aprendizagens que viro! Seu formador vai lhe auxiliar sobre como ter acesso ao frum Projeto Integrado de Aprendizagem, que foi preparado para essa atividade no ambiente e-ProInfo. Chegando l, voc vai postar o texto elaborado na Atividade 3. Mas para poder publicar um texto num frum ele

    precisa ser digitado. Ento, vamos ao trabalho! O seu formador ir lhe orientar sobre todos os

    passos, que incluem:

    como fazer o seu login no ambiente e-ProInfo;

    como ter acesso ao frum;

    e como publicar o texto no frum digitando-o primeiro. Aps terem publicado suas propostas de temtica no frum, naveguem pra conhecer e ler as

    propostas dos seus colegas. Notem que vocs podem comentar e fazer sugestes uns para os outros.

    Desse modo, estaro iniciando uma discusso eletrnica.

    Que tal retomar as questes da atividade 1.1 pra debater neste ambiente. Elas j foram

    debatidas presencialmente. Mas pode valer a pena retomar o debate no ambiente virtual pra poder

    comparar com o debate presencial.

    Para refletir:

    Depois que vocs j tiverem discutido no frum, que tal refletir um pouco sobre: que

    diferenas voc percebe entre a discusso presencial e a discusso realizada no frum? No seria

    bacana conversar a respeito disso e registrar suas concluses num cartaz para publicar no corredor

    da escola?Assim voc compartilha com outros colegas a respeito da sua experincia.

    Computador! Que mquina essa?

    At agora voc j experimentou de vrias formas o computador. J navegou na Internet,

    assistiu a vdeos, digitou textos (usou o mouse e o teclado) e participou de um frum de discusses

    virtual. Ento, aps esse contato bem mais de perto com o computador, vamos tentar entend-lo

    melhor!

    Ser que isto muito difcil?Voc j deve ter se perguntado, como ser que esta mquina

    poderosa funciona? Bom, mais do que saber como ela funciona, queremos aprender a utiliz-la, e

    na verdade, disto que vamos tratar com muito mais nfase nesse curso. Afinal de contas, usamos

    vrias mquinas sem precisar saber exatamente como elas funcionam. De todo modo, para us-las

    bem, precisamos ter uma ideia geral de quais so os seus componentes, para que eles servem, que

    cuidados devemos tomar na sua operao e manuteno.

    Para que possamos entender preliminarmente como funciona o computador, precisamos

    compreender que o que ele faz , basicamente, processar informaes.

    Preparamos a animao Computador: que mquina essa? para iniciar os estudos dessa temtica.

    Sugerimos ainda que assista aos vdeos da TV Escola, da Srie Bits e Bytes que tambm

    apresentam esses conceitos bsicos:

    Histria dos nmeros;

    Hardware e software .

  • Noelei Carandina Pgina 29

    Estas informaes podem ser dados, textos, imagens, sons etc. Tal processamento inclui

    tambm a realizao de clculos e a execuo de instrues sobre o que fazer com a informao.

    Vamos dar alguns exemplos. Suponhamos que um confeiteiro que trabalha em casa queira anunciar

    a venda de seus bolos e sobremesas pela Internet. Ento, ele manda fazer uma pgina onde ele

    publica fotos e descrio dos bolos, vdeos de eventos dos seus clientes, preos dos produtos,

    formulrio para encomendas etc. Quando algum preenche este formulrio informando quais

    produtos deseja adquirir, o computador calcula automaticamente o oramento daquele pedido; isto

    porque ele j tem todas as informaes necessrias: os preos, as quantidades e as instrues de

    como fazer o clculo.

    No exemplo dado, o ltimo tipo de informao muito importante, esses conjuntos de

    instrues que orientam os computadores sobre como proceder para fazer o processamento da

    informao so chamados de programas. O computador precisa ser orientado sobre como proceder.

    Os programas instalados, determinam o que o micro saber fazer. Se voc quer ser um engenheiro, primeiro precisar ir faculdade e aprender a profisso. Com um micro no

    to diferente assim, porm o aprendizado no feito atravs de uma faculdade, mas sim atravs da instalao de um programa de engenharia... Se voc quer que o seu micro

    seja capaz de desenhar, basta ensin-lo atravs da instalao um programa de desenho, como o Corel Draw! e assim por diante.

    Para fazer esse processamento, os computadores, sejam quais forem, contam com Unidades

    Centrais de Processamento, que so informalmente chamadas de processadores ou CPU. Os

    processadores so, vamos dizer, o crebro dos computadores. Alguns so mais rpidos, os mais

    modernos em geral. Para entender melhor, se usarmos a cozinha como metfora, diramos que a

    informao seria o alimento e o processador seria o fogo. Mas voc precisa mais do que o fogo

    numa cozinha, preciso que os ingredientes e utenslios sejam estocados e preparados, que algum

    controle o cozimento, que algum decida o qu e como cozinhar, que a comida pronta seja guardada

    etc.

    O armazenamento da informao (antes e aps o processamento) acontece nas unidades de

    armazenamento. Elas so os nossos depsitos de informao (nossos armrios ou geladeira).

    A velocidade de trabalho dos processadores infinitamente maior do que a busca e o retorno

    das informaes s unidades de armazenamento. Isso porque o processador funciona

    eletronicamente; ele s entra em ao quando conectamos o computador rede eltrica. J as

    unidades de disco so operadas mecnica e magneticamente e isso bem mais lento. Imagine uma

    cozinha com um superfogo, mas com uma despensa pouco prtica, de modo que o cozinheiro

    tenha que esperar muito para que os ingredientes cheguem at ele. Pra resolver esse problema existe

    a memria principal. Essa memria so como as bancadas de trabalho da nossa cozinha. Nela a

    informao fica prontamente disposio do processador. O acesso a ela bem mais rpido do que

    o acesso s unidades de armazenamento; isso porque ela tambm opera eletronicamente. Ento,

    quando dizemos que temos um computador com pouca memria, temos um problema, pois nosso

    computador ter dificuldades para executar alguns programas. A memria bem diferente das

    unidades de armazenamento tambm num outro aspecto. Apesar de se chamar memria,a

    informao s fica ali armazenada por pouco tempo, como se fosse uma memria de curto tempo.

    Ao ser desligado o computador, toda a informao ali contida perdida. Por isso, antes de desligar a

    mquina precisamos sempre gravar (salvar) o que j produzimos numa unidade de armazenamento

    permanente (disco rgido ou CD).

    Com o que j foi dito podemos ento afirmar que a configurao geral de qualquer

    computador formada por cinco componentes bsicos: o processador, a memria, as unidades de

    armazenamento, os programas, e, por fim, os dispositivos de entrada e sada.

    Na categoria de dispositivos de entrada e sada de dados, situa-se tudo que usamos para

    entrar ou para visualizar as informaes no computador. A temos como mais usados, o teclado, o

    mouse e o monitor de vdeo. Sem esses, em geral, no conseguimos fazer nada com o computador.

  • Noelei Carandina Pgina 30

    H outros ainda: as impressoras, os microfones, as cmara