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MINISTRIO DA EDUCAO
SECRETARIA DE EDUCAO BSICA
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAO
CONTINUADA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL
PROINFO INTEGRADO
INTRODUO EDUCAO DIGITAL
:: Guia do Cursista ::
Edla Maria Faust Ramos
Mnica Faust Ramos
Leda Maria Rangearo Fiorentini
BRASLIA, 2013
Primeira edio
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao Bsica
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Cincias da Educao (CED)
Laboratrio de Novas Tecnologias (LANTEC)
Os textos que compem o presente curso podem ser reproduzidos em partes ou na sua
totalidade para fins educacionais sem autorizao dos editores.
Ministrio da Educao / Secretaria de Educao a Distncia
Telefone/fax: (0XX61) 2104 8975 E-mail: [email protected]
Na internet: www.mec.gov.br
INTRODUO EDUCAO DIGITAL - GUIA DO CURSISTA
EQUIPE DE CRIAO E DESENVOLVIMENTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Laboratrio de Novas Tecnologias - Lantec/CED/UFSC
Coordenao de Projeto: Roseli Zen Cerny e Edla Maria Faust Ramos
Superviso geral: Mnica Renneberg da Silva
Superviso de Criao e Desenvolvimento: Francisco Fernandes Soares Neto
Superviso de Design Educacional: Elizandro Maurcio Brick
Acompanhamento do fluxo de contedos: Mariana Martorano
Design Educacional: Ana Paula Knaul, Bruno Simes, Elizandro Maurcio Brick, Marilisa
Hoffmann e Patrcia Barbosa Pereira
Reviso Textual e Ortogrfica: Jaqueline Tartari
Design de Interfaces e Programao: Andra Bonette Ferrari, Beatriz Gloria, Joo Filipe
Dalla Rosa, Ricardo Walter Hildebrand
Projeto grfico: Alexandre Oliveira, Andra Bonette Ferrari, Beatriz Gloria, Francisco
Fernandes Soares Neto, Luiz Felipe Coli de Souza, Monica Renneberg da Silva
Design grfico: Alexandre de Oliveira, Beatriz Gloria, Bethsey Benites Cesarino, Brbara
Luiza Estevo Paul, Jaqueline de vila, Luiz Felipe Coli de Souza, Violeta Ferlauto Schuch
Ilustraes: Alexandre de Oliveira, Beatriz Gloria, Bethsey Benites Cesarino, Brbara Luiza
Estevo Paul, Luiz Felipe Coli de Souza, Violeta Ferlauto Schuch
Superviso de Vdeo: Isabela Benfica Barbosa
Produo de vdeos: Guilherme Pozzibon, Juliana Morozowski, Lucas Lima, Isaque Matos
Elias, Luis Felipe Coli de Souza
Roteiros: Isaque Matos Elias, Lucas Lima, Lucas Boeing Eastman, Isaque Matos Elias
Narrao: Francisco Fernandes Soares Neto e Vanessa Sandre
Atuao: Vanessa Sandre
Contedos adaptados de: RAMOS, Edla Maria Faust; ARRIADA, Monica Carapeos;
FIORENTINI, Leda Maria Rangearo. Introduo Educao Digital: Guia do Cursista. 2 ed. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Distncia, 2009. 292 p. ; il.
Introduo Educao Digital / Edla Maria Faust Ramos, Monica Carapeos Arriada,
Leda Maria Rangearo Fiorentini. - 1. ed. Braslia :
Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Distncia, 2013.
ISBN 978-85-296-0107-6
1. Educao distncia. 2. Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia
Educacional. I. Arriada, Monica Carapeos. II. Fiorentini, Leda Maria Rangearo. III. Ttulo
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INTRODUO EDUCAO DIGITAL
GUIA DO CURSISTA
Apresentao
O Ministrio da Educao, em 2007, atravs da extinta Secretaria de Educao a Distncia,
no contexto do Plano de Desenvolvimento da Educao PDE, elaborou a reviso do Programa Nacional de Informtica na Educao ProInfo. Essa nova verso do Programa, institudo pelo Decreto n. 6.300, de 12 de dezembro de 2007, intitula-se Programa Nacional de Tecnologia
Educacional e postula a integrao e articulao de trs componentes:
1. instalao de ambientes tecnolgicos nas escolas (laboratrios de informtica com
computadores, impressoras e outros equipamentos e acesso Internet banda larga);
2. formao continuada dos professores e outros agentes educacionais para o uso
pedaggico das Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs);
3. disponibilizao de contedos e recursos educacionais multimdia e digitais, solues e
sistemas de informao disponibilizados pelo MEC nos prprios computadores, por meio do Portal
do Professor, da TV/DVD Escola etc.
Assim, surgiu o Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia Educacional ProInfo Integrado , que tem como objetivo central a insero de Tecnologias da Informao e Comunicao (TICs) nas escolas pblicas brasileiras, visando principalmente a: a. promover a
incluso digital dos professores e gestores escolares das escolas de educao bsica e comunidade
escolar em geral; e b. dinamizar e qualificar os processos de ensino e de aprendizagem, com vistas
melhoria da qualidade da educao bsica.
Nesse contexto, o ProInfo Integrado congrega um conjunto de processos formativos, dentre
eles o curso Introduo Educao Digital, o curso Tecnologias na Educao: Ensinando e Aprendendo com as TICs e o curso Elaborao de Projetos, todos lanados em 2008, com reedio e reviso em 2009.
Apresentamos, aqui, uma nova reedio na qual foi realizada uma reviso de contedos que
contempla o contexto atual da insero de tecnologias na escola, a partir da ampliao do acesso e
da conectividade, da disponibilidade de novos dispositivos e aplicaes e, por fim, da necessidade
de maior nfase na apropriao curricular das TICs, assim como da reflexo sobre o impacto das
novas mdias sociais nas escolas. Diante das necessidades pertinentes a esse ltimo aspecto, houve a
incluso de mais um curso aos j existentes o curso de Redes de Aprendizagem. Esse Programa cumprir suas finalidades e seus objetivos em regime de cooperao e
colaborao com a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios.
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Mensagem aos cursistas
Prezado(a) cursista,
Este curso Introduo Educao Digital, promovido pela Secretaria de Educao Bsica SEB/MEC, integra o Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia Educacional ProInfo Integrado, voltado formao de professores e gestores da educao bsica de todo o pas,
visando incluso digital e social.
Os materiais do curso visam a ampliar sua aprendizagem sobre mdias e tecnologias, bem
como sobre o manejo do computador e de alguns programas no ambiente Linux e ainda propiciar a
busca de possibilidades de aproveit-la no cotidiano e na prtica pedaggica. Para isso, o material
deste curso apresenta-se em diferentes suportes:
Dois livros em formato digital, disponveis para uso no microcomputador ou no tablet. Um dos livros constitudo pelo texto-base, intitulado Introduo Educao Digital, organizado em
oito unidades de estudo e prtica, contendo os objetivos e as diretrizes de cada uma delas, textos
para reflexo, atividades prticas, orientaes de trabalho, referncias recomendadas para
aprofundamento dos estudos (em diversos formatos) e referncias bibliogrficas. O segundo livro
digital o Guia do Formador, que oferece uma viso geral do curso, a sua concepo pedaggica,
objetivos, sugestes para planejamento e organizao das atividades e dos materiais necessrios em
cada unidade de estudo e prtica. Sugere-se tambm dinmicas para as interaes, orientaes de
estudo, acompanhamento e avaliao do desempenho dos cursistas
O curso digital para acesso pela Internet diretamente atravs do Ambiente Virtual e-ProInfo. Nesse ambiente, voc ter acesso diretamente s atividades e aos materiais mencionados
acima, sem falar nos materiais e atividades adicionais que seu formador poder acrescentar queles
j indicados neste livro digital.
importante que voc os utilize no cotidiano e busque acess-los sempre para facilitar a
leitura, a compreenso e a realizao das atividades. Alm disso, colabore preenchendo os
instrumentos de avaliao dos materiais do curso, pois assim contribuir para o aperfeioamento do
curso para turmas futuras. Desejamos sucesso no estudo e na sua prtica pedaggica.
A coordenao do curso
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Introduo educao digital: orientaes a(o) cursista
Sejam todos bem-vindos a este curso e a esta leitura. Aqui, pretendemos estabelecer um
dilogo com voc, cursista, no qual buscaremos apresentar este curso, suas diretrizes, objetivos,
materiais, estrutura etc. Consideramos muito importante que voc conhea e compreenda tudo isto
para poder se organizar e atuar com coerncia, liberdade e criticidade.
Vivemos em um cenrio sociocultural que afeta e modifica nossos hbitos, nossos modos de
trabalhar e de aprender, e tambm introduz novas necessidades e desafios relacionados utilizao
das tecnologias de informao e comunicao TICs. Os computadores comeam a se fazer presentes em todos os lugares e, junto s novas possibilidades de comunicao, interao e
informao advindas com a Internet, provocam transformaes cada vez mais visveis em nossas
vidas.
Este curso tem como objetivo geral contribuir para a incluso digital dos profissionais da
educao, voc professor e voc gestor, buscando familiariz-los, motiv-los e prepar-los para a
utilizao dos recursos e servios mais usuais dos computadores (sistema operacional Linux e
softwares livres) e da Internet, levando-os a refletir sobre o impacto do uso das tecnologias digitais
nos diversos aspectos da vida, da sociedade e de sua prtica pedaggica.
No se trata, portanto, de um curso que reduz o uso do computador a processos meramente
operativos, embora reconheamos que domin-los etapa necessria para a construo de esquemas
mentais que facilitem seu uso. Trata-se de um curso que busca estimular voc a refletir sobre o
porqu e o para qu utilizar essas tecnologias, oferecendo os instrumentos tecnolgicos como meios
para desenvolver atividades significativas e refletir sobre diversos temas que fazem parte de sua
prtica docente.
um curso que requer do professor e do gestor escolar esforo e dilogo criativo e
competente sobre o que pensa e sabe a respeito das caractersticas dos recursos tecnolgicos
apresentados, os temas escolhidos, atividades propostas e sobre o pensamento e as produes dos
demais participantes.
So objetivos especficos deste curso promover capacidades e habilidades relativas a:
Conceituar tecnologia: se mdias digitais, analisando e reconhecendo o impacto, o potencial e a complexidade da sua insero na prtica pedaggica e na vida privada e em sociedade;
Analisar o papel das redes digitais na promoo dos processos cooperativos de trabalho e aprendizagem;
Adquirir competncias bsicas para o manejo dos recursos mais usuais dos computadores.
O projeto pedaggico deste curso procurou garantir aos professores e gestores escolares
oportunidades de exerccio consciente, autnomo e ativo de seu papel como protagonistas e
interlocutores na construo de uma nova realidade educacional. Espera-se que ao mesmo tempo
em que so aprendizes sejam tambm autores que valorizam e compreendem a relevncia de
socializar suas produes.
O projeto priorizou a prtica e o aprendizado atravs de dinmicas cooperativas, contando
com a orientao e apoio dos formadores, seus parceiros no curso e na prtica profissional.
Reconhecemos, ao planejar este curso, que a tecnologia educativa tem potencial para
promover novos e ricos processos de ensino e de aprendizagem. Neles se alcana uma maior
valorizao da autonomia e dos conhecimentos prvios do aprendiz, deslocando-se assim a nfase
do ensinar para o aprender, para a aprendizagem por livre descoberta, colaborativa, cooperativa e
ativa. Isso pode levar a um redimensionamento da prtica de professores, alunos e gestores, fazendo
com que a escola extrapole seus limites fsicos, interagindo efetivamente com o que se passa dentro
e fora dela.
Consideramos tambm que urgente que os professores assumam o seu papel na preparao
das novas geraes desta sociedade do conhecimento. Entre os cursistas encontram-se professores e
gestores de vrias reas curriculares, provenientes de lugares diferentes, com sexo, idade, tipos e
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tempos de experincias profissionais variados. Consideramos tarefa essencial, valorizar a
diversidade e a diferena que cada cursista e formador traz em sua bagagem pessoal e profissional e
as caractersticas e condies do contexto sociocultural e educacional em que atuam.
Quanto ao desenho das atividades e das interaes entre os cursistas, priorizou-se a busca de
significao cultural e profissional. Desse modo, as atividades partem da vivncia dos cursistas e
propem um processo constante de ao-reflexo-ao. Buscou-se atividades complexas,
integradas, articuladas e coesas entre si, atravs da retomada constante de aes e produes
anteriores e do uso de temticas definidas a partir do interesse e perfil dos cursistas.
Buscou-se tambm, ao desenhar as atividades, aprofundar a articulao e integrao entre
atividades de construo conceitual com aquelas de cunho mais operacional e de reflexo
pedaggica. Acreditamos que esta integrao promove o desenvolvimento de posturas autnomas
de aprendizado uma vez que se efetiva e estabelece a partir de estratgias que, o mais rapidamente
possvel, promovam resultados perceptveis para o uso das ferramentas. Entendemos que assim se
promove um senso de potncia de aprendizado e se chega construo de sentidos e de
significados.
Tendo esses princpios como diretrizes, os formadores iro se organizar para orientar,
monitorar, participar e contribuir para a sua aprendizagem. De vocs, caros cursistas, esperamos
que se organizem para estudar, que colaborem com os seus formadores, reconhecendo suas prprias
necessidades e dificuldades de aprendizagem, e realizem aes adequadas para solucion-las de
modo efetivo, exercendo controle e imprimindo ritmo que lhes assegure aprender o que foi proposto
no tempo acordado.
Organizao do curso e metodologia
A organizao do material deste curso reflete as diretrizes pedaggicas traadas.
Apresentamos, a seguir, de modo mais pontual as decises que nortearam a elaborao deste
material.
1. As atividades de aprendizagem buscam integrao, articulao e coeso: retomada de
atividades e produes anteriores e a apropriao mais significativa dos contedos apresentados;
vnculo entre atividades de aprendizado de conceitos sobre a tecnologia, de operao das
ferramentas, de reflexo pedaggica e de significao pessoal.
2. As tarefas visam a atingir resultados perceptveis e imediatos, levando rapidamente
construo dos sentidos e significados.
3. O fio condutor da organizao do material o trabalho na perspectiva da pedagogia de
projetos de aprendizagem. As unidades e atividades do curso foram definidas para estarem
integradas com as etapas de realizao de um projeto de aprendizagem:
escolha do tema; problematizao; pesquisa, sistematizao e produo; divulgao dos resultados; avaliao.
Para saber mais sobre a pedagogia de projetos, recomendamos a leitura dos
seguintes materiais:
Pedagogia de Projetos. Material desenvolvido pelo NIED Ncleo de Informtica Aplicada Educao da UNICAMP (Universidade Estadual
de Campinas).
Trabalhamos com a inteno de criar oportunidades de aprendizagem de edio, navegao,
pesquisa, comunicao e produo que possam ser gratificantes, articulando-as experincia prvia,
oriunda da trajetria social, tecnolgica e educacional de cada um, como base para o conhecimento,
incorporao e uso consistente das tecnologias digitais na vida cotidiana e profissional.
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O diagrama que inclumos a seguir apresenta a vinculao entre as etapas do
desenvolvimento do projeto de aprendizagem e as unidades a serem trabalhadas.
Projeto de aprendizagem e seu vnculo com a estrutura do Curso
Apresentao do curso: conhecem a
estrutura do curso e reconhecem a importncia da
realizao do projeto de Aprendizagem.
Primeiro contato com os computadores.
Comeam desenvolver uma compreenso intuitiva
sobre a tecnologia.
Iniciar a discusso e aprofundar as
reflexes sobre as relaes entre escola, tecnologia
e sociedade. Imerso na tecnologia: contato com
vdeos, fruns, pginas web.
Escolha do tema e problematizao:
escolha do grupo e do tema gerador.
Comunicao desta escolha atravs da
ferramenta frum.
Problematizao, pesquisa, sistematizao e
produo: Busca por referncias digitais
relevantes ao desenvolvimento do seu tema foco.
Detalhar a problematizao (reeditar mensagem
inicial ) incluindo links das referncias
encontradas.
Problematizao, pesquisa, sistematizao
e produo: Criar o blog do Projeto. Incluindo
textos j elaborados, os links e imagens, fotos
produzidas e selecionados pelo grupo.
Prosseguindo com o projeto de
aprendizagem continuidade das pesquisas e elaborao dos relatrios.
Incio da formatao e diagramao do
texto do seu relatrio de pesquisa.
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Aprofundar as pesquisas, sistematizao e
produo:trabalhar no desenvolvimento do texto
do relatrio. Alimentar o Blog do Projeto.
A escrita colaborativa do relatrio do seu
projeto O uso das ferramentas de comunicao digital na produo colaborativa.
Divulgao dos resultados: Comunicar via
email a criao do blog do projeto para colegas da
sua escola. Enviar os documentos j produzidos
em anexo aos emails.
Apresentao dos resultados: preparar a
apresentao final do seu projeto de
Aprendizagem, buscando um bom design para o
seu documento hipermdia. O papel das imagens
na apresentao de slides.
No uso da planilha de clculo o enfoque
ser o da instrumentao para o trabalho(clculo
de mdias e registro de dados sobre a turma,
oramentos...) e Pequena mensagem para os
professores de matemtica.
Sugerir a possibilidade do seu uso para a
gesto do desenvolvimento dos trabalhos coletivos
(projeto de aprendizagem).
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Divulgao dos resultados e avaliao.
Para a edio atual, alm dos aspectos considerados nas edies anteriores, foram
tambm considerados:
1. Buscar mais aproximao com os currculos escolares, de forma a possibilitar que o
conhecimento construdo pelos professores seja aplicado em sala de aula, indo alm da
incluso digital apenas. Assim, mesmo sendo um curso introdutrio, tratou-se de incluir mais
descries de cenrios de uso e de aprofundar as reflexes sobre questes da prtica escolar.
2. Contemplar o contexto atual da insero de tecnologias na escola: a ampliao do
acesso e da conectividade, a disponibilidade de novos dispositivos (com destaque para os
dispositivos mveis) e aplicaes.
3. A reorganizao das propostas de carga horria dos cursos ficando o curso
Introduo Educao Digital com a proposio de 60h.
Unidades de Estudo e prtica
Trabalhamos com a inteno de criar oportunidades de aprendizagem de edio, navegao,
pesquisa, comunicao e produo que pudessem ser gratificantes e articuladas s suas experincias
prvias, oriundas da sua trajetria social, tecnolgica e educacional como base para o
conhecimento, incorporao e uso consistente das tecnologias digitais na sua vida cotidiana e
profissional.
Definidas, ento, as diretrizes e sistematizada a estrutura geral, partimos para a
reorganizao do material do curso de Introduo Educao Digital, sendo suas temticas
distribudas em oito unidades de estudo e prtica. Para que voc, cursista, conhea melhor os
objetivos de cada uma delas, clique nos cones que seguem:
Compreender a necessidade de refletir sobre as questes que antecedem s decises relativas insero das TIC na sua prtica pedaggica, percebendo a diversidade e a complexidade da
temtica Incluso Digital;
Formar uma ideia inicial a respeito das potencialidades de processamento de informao das tecnologias digitais;
Familiarizar-se com os recursos mais bsicos do computador: uso do mouse e teclado, identificao dos itens do desktop e uso de editores de textos simples;
Conceituar o que um computador, identificando seus principais componentes, distinguindo funo, capacidade/performance dentre outros aspectos;
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Conceituar software hardware e sistema operacional distinguindo a poltica de software livre com a concomitante valorizao dos seus princpios para uma educao cidad;
Familiarizar-se com o uso de fruns de discusso e com a navegao em contedo da Internet;
Ampliar sua compreenso sobre as possibilidades de comunicao disponveis com as TIC.
Compreender a estrutura do contedo web , habilitando-se a navegar pela Internet usando software
de navegao.
Refletir sobre a importncia da navegao na Internet na sua vida pessoal e profissional.
Identificar alguns procedimentos iniciais de segurana na web
Utilizar recursos bsicos e simples para realizar pesquisa na Internet, compreendendo como alguns dos principais mecanismos de busca so estruturados.
Reconhecer a importncia de orientar seus alunos sobre como utilizar a Internet nos seus processos de aprendizagem (saber como encontrar, atribuir crdito e julgar a relevncia das
informaes encontradas).
Reconhecer as principais caractersticas dos blogs
Realizar o processo minimamente necessrio para criao de um blog, percebendo algumas das suas possibilidades de ajustes e configuraes;
Construir um repertrio inicial sobre as possibilidades de escrita digital nos blogs;
Refletir sobre o papel dos blogs para a aprendizagem e comunicao na era digital.
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Refletir e analisar o papel dos editores de textos na democratizao do acesso produo textual e no desenvolvimento da habilidade da escrita;
Buscar compreender quais so os cuidados necessrios e quais so as estratgias adequadas para se adotar o uso pedaggico das ferramentas de edio de texto;
Desenvolver habilidades para utilizar o editor Writer, do LibreOffice, para editar textos, inserindo formatos e figuras;
Salvar seus documentos em local adequado no disco rgido ou nos CDs e pendrives;
Exportar seus documentos para os formatos .rtf e .pdf, compreendendo as razes de faz-lo;
Usar as ferramentas de administrao de arquivos para armazenar, localizar, copiar, excluir e utilizar seus documentos;
Compreender a necessidade de ter cuidado com os direitos autorais, citando sempre as fontes de onde foram retirados os materiais (trechos de textos, citaes, imagens, tabelas
etc.).
Refletir sobre a contribuio das redes digitais para a promoo de processos cooperativos de trabalho e aprendizagem;
Compreender a estruturao e o alcance social das ferramentas de veiculao de contedo digital, refletindo sobre suas contribuies na elaborao de novas prticas pedaggicas;
Habilitar-se a incluir postagens de vdeos no seu Blog
Refletir sobre a importncia das ferramentas de comunicao digital na prtica pedaggica;
Compreender a estruturao e as especificidades do dilogo suportado por algumas das principais ferramentas de comunicao digital (bate-papo, e-mail; fruns e listas de
discusso, redes sociais);
Possibilitar a utilizao das principais funcionalidades dos servios de chat, frum e e-mail
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Identificar caractersticas da linguagem visual e os princpios de diagramao e design que devem estar presentes ao preparar uma apresentao;
Conhecer os recursos bsicos do site Slideshare e de softwares utilizados para edio de apresentaes digitais, identificando a importncia das etapas de planejamento de uma
apresentao em slides;
Discutir sobre as possibilidades de uso das projees multimdia na prtica pedaggica;
Compreender os princpios de construo de uma imagem digital, identificando os principais formatos de compresso utilizados e suas caractersticas mais importantes;
Aplicar alguns dos recursos de tratamento de imagens includos no LibreOffice Writer e LibreOffice Impress.
Compreender e utilizar as principais funcionalidades das planilhas eletrnicas, na sistematizao, descrio e anlise de dados;
Identificar o tipo ou a categoria de problemas que pode ter sua soluo potencializada com o uso das planilhas de clculo;
Apontar algumas das principais vantagens das planilhas no aprendizado da matemtica (e de campos afins).
Estrutura (grade de horrios, turmas, e local)
Como mostramos anteriormente, so oito as unidades de estudo e prtica, cada uma delas
prev atividades de aprendizagem, envolvendo conceitos, procedimentos, reflexes e prticas.
Inclumos em todas as unidades muitas referncias para ampliao e aprofundamento dos estudos.
Esto previstas 4 horas semanais de estudo, num total de 60 horas, que podem ser totalmente
presenciais ou distribudas em:
encontros presenciais semanais de, no mnimo, 2h; e
estudo a distncia, guiado pelas Unidades de Estudo e Prtica de, no mximo, 2h por semana.
Alm disso, est previsto um encontro inicial (EI) na primeira semana para organizar e
orientar o incio dos trabalhos, e outros dois encontros (na quinta e na ltima semana) voltados ao
desenvolvimento do projeto de aprendizagem (DP), sua apresentao e avaliao final do curso
(AF).
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Tabela 01 Carga horria das unidades
A organizao dos encontros semanais pode ser feita nas seguintes modalidades:
Opo 1: 4h presenciais (em um ou dois encontros semanais)
Opo 2: 2h presenciais e 2h a distncia
Opo 3: 3h presenciais e 1h a distncia
Total de horas do curso Introduo Educao Digital: 60 horas
O seu formador vai planejar e organizar os encontros de acordo com as condies
especficas de cada escola, disponibilidade de seu(s) laboratrio(s), demandas de vocs cursistas
etc. Ao realizar as adaptaes necessrias ao plano de trabalho de cada turma, o formador conta
com sua ajuda. Comprometa-se.
Embora a durao mxima do curso seja de quinze semanas, poder ser flexibilizada e
ampliada, caso a equipe do NTE e o grupo de cursistas considere mais adequado ao contexto de
cada grupo. Dependendo da disponibilidade do grupo de cursistas e dos laboratrios nas escolas,
possvel realizar mais de um encontro semanal, diminuindo, assim, o tempo de durao do curso e
vice-versa (no recomendamos, contudo, esta ltima modalidade, pois preciso avaliar bem e
considerar as dificuldades inerentes carga de contedos, e aos tempos de estudo e prtica
necessrios entre os encontros).
Materiais didticos do curso
fundamental que voc conhea os materiais do curso e se familiarize com a proposta de
trabalho organizada pelos autores. Tenha em mente que o material didtico do curso foi organizado
como um material referncia.
O material do curso apresentado nos seguintes suportes:
O livro digital, de fcil consulta e manuseio em qualquer microcomputador, ou tablet.
Tambm h materiais que podero ser acessados a partir dos links ao longo do texto base, so eles:
Todos os materiais de domnio pblico que foram recomendados para estudos complementares s unidades do material impresso (apostilas, artigos acadmicos, filmes,
apresentaes de slides etc).
Tutoriais em forma de animaes, vdeos ou textos que foram produzidos especialmente para este curso. Estes materiais so considerados parte integrantes das unidades de estudo e
prtica do Curso.
Materiais disponveis na Internet (web), que devem ser acessados durante as atividades e prticas includas nas unidades do material impresso.
O ambiente online do curso (e-ProInfo), que, alm de permitir o acesso aos materiais, proporciona a interao entre os cursistas. Veja o vdeo que segue para ter uma primeira
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ideia das potencialidades do ambiente e-ProInfo:
https://www.youtube.com/watch?v=rMspothdJ2E
Referenciais e estratgias de construo do texto das unidades
Agora, vamos tratar de apresentar brevemente as estratgias que foram utilizadas na
construo do texto das unidades. Ao tornar-lhe ciente de nossas intenes, queremos promover a
compreenso e autonomia do uso deste material.
claro que neste curso, como na escola em geral, a linguagem escrita tem um papel de
destaque. O texto escrito ser a base da nossa comunicao com voc. Na elaborao do texto das
unidades em geral buscamos um gnero textual mediacional, uma forma dialogada no
desenvolvimento dos temas e das reflexes para realizar a mediao pedaggica entre temas e
manejo do computador, perifricos, programas e ambientes virtuais.
Buscamos variar estratgias de composio do texto e do percurso da aprendizagem:
por meio de perguntas que convidam a pensar sobre suas habilidades, conceitos, teorias, princpios, valores e comportamentos;
a partir de situaes concretas de aprendizagem, de problemas reais, contextualizados; promovendo a conscientizao de seus processos mentais, assegurando mais oportunidades de participao ativa a partir de estratgias metacognitivas.(FIORENTINI, 2006).
Alm disso, h o desafio de se proporcionar condies para se desenvolver competncia
comunicativa, autonomia, criatividade, contextualizao das reflexes e propostas para a prtica
pedaggica, o que exige disponibilidade, estudo, pesquisa e organizao pessoal da parte de
formadores e cursistas. Alm do desafio da elaborao de textos diversos de forma negociada,
compartilhada e cooperativa.
A. Estruturas de classificao do contedo utilizadas. Nos textos das unidades, propomos situaes de estudo que incluem nfase na reflexo
terico/pedaggica, a partir de leituras de textos, pginas da web, blogs, e recepo de vdeos. Estas
situaes so permeadas por atividades prticas de aprendizado do uso do computador (perifricos,
aplicativos) e leituras de cunho conceitual que buscam uma compreenso mais abrangente sobre a
prpria tecnologia.
Nesse percurso, inserimos uma grande quantidade de sugestes de leituras de
aprofundamento tanto pedaggicas quanto sobre tecnologia, ao mesmo tempo em que buscamos
aguar a sua ateno para detalhes de procedimentos operacionais e implicaes para as
possibilidades na vida cotidiana e na prtica pedaggica. Procure identificar essas estruturas
correspondentes no texto e nos marcadores que as acompanham, assim ficar mais fcil navegar no
material e elaborar o seu plano de trabalho.
Listamos, a seguir, elementos estruturais do texto existentes nas unidades de estudo:
Objetivos de aprendizagem norteiam os objetivos de cada unidade, fornecendo parmetros para o trabalho e as atividades dos cursistas e formadores;
Introduo texto curto que busca introduzir a unidade de estudo e sua importncia, bem como a sua relao com as demais unidades do texto;
Destaque em negrito termos ou trechos que so importantes e merecem ateno;
Quadro de destaque partes do texto que merecem maior ateno e esto destacadas com uma cor de fundo diferenciada;
Corpo da Unidade constitui-se do texto com todos os materiais (atividades, sites, blogs, vdeos, animaes etc.) cuja leitura/recepo/realizao indicada como rota principal do
percurso de estudos de cada unidade;
Para Refletir aspectos destacados para suscitar reflexo e, em alguns casos, discusso e
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manifestaes das necessidades do contexto de atuao dos cursistas, frente ao que se
estuda;
Materiais recomendados para aprofundamento dos estudos constituem textos, indicaes de sites, blogs, vdeos etc. que podem ser utilizados durante os momentos do curso ou aps,
para aprofundar a experincia, dar continuidade e facilitar a pesquisa;
Glossrio (final) apresenta o conceito da palavra de acordo com o contexto no qual referido. Pode ser acessado a partir da palavra destacada.
Para saber mais informaes ou relatos de experincia consideradas interessantes para aprofundamentos, embora possam no ser fundamentais para o desenvolvimento da
respectiva unidade. Pode ser acessado a partir do cone Saiba Mais, que aparecer ao longo
do texto;
Dicas algumas dicas referentes unidade de estudo, com intuito de facilitar os processos e tambm contribuir para o aprendizado do cursista. Podem ser acessadas a partir do cone
Dica, que aparecer ao longo do texto;
Concluindo sistematizao final e indicaes para as prximas unidades;
Memorial convite para registro de reflexes pessoais a serem realizadas ao final de cada unidade de estudo, em que o cursista pode explicitar dvidas, reflexes, avanos,
dificuldades, desafios durante o processo etc.;
Referncias da unidade.
B. Organizao e qualificao das Atividades de Estudo Outro aspecto importante na organizao do texto e na estruturao do curso foi a
organizao das atividades segundo algumas dimenses que as qualificam. Essa qualificao um
bom veculo para comunicar e indicar as possibilidades de dinmicas para a realizao das
atividades. Sua indicao foi tambm considerada no projeto grfico do material de modo a facilitar
a sua percepo visual. Cada atividade , ento, indicada a partir das qualificaes que so
apresentadas a seguir:
se adequada para ser realizada a distncia ou presencialmente;
se a atividade deve ocorrer em grupo;
qual dimenso de conhecimento ou habilidade que est sendo trabalhada: promoo de aprendizagem sobre tecnologias; promoo e estmulo para a reflexo pedaggica; aprimoramento da habilidade de planejamento quando o foco o conceito; estimulo s intervenes na prtica pedaggica.
se a atividade faz parte do desenvolvimento do projeto de aprendizagem.
C. Projeto Grfico Livro Digital As estruturas se expressam no projeto grfico quanto ao tratamento das relaes entre forma
e contedo dos textos das Unidades, na forma de livro eletrnico ou e-book (abreviao do termo
ingls eletronic book que significa livro em formato digital). Este um dos suportes pelo qual voc
poder acessar o material de estudos do curso: o Guia do Cursista e o Guia do Formador.
O texto do livro digital estar hiperlinkado com lightbox a partir de palavras (como no caso
do Glossrio) e determinados cones.
Veja, a seguir, os cones e o que significa cada um deles:
Noelei Carandina Pgina 14
Avaliao de Certificao
A avaliao de desempenho no curso considerar para fins de certificao dois itens:
a frequncia nos encontros presenciais de formao de no mnimo 75% dos encontros;
o desempenho nas atividades realizadas: o resultado das atividades de cada cursista deve ser avaliado nas diversas produes resultantes. Esta avaliao ser feita segundo as orientaes
e os definidos pelos formadores. Para tal, cada cursista dever ter uma pasta de usurio no
computador local e uma rea de portflio no ambiente virtual para armazenar suas
produes, dessa forma elas podero ser comentadas e avaliadas j durante o processo da
sua produo, permitindo que sejam refeitas num processo interativo de aprendizagem.
O carter de certificao do nosso processo de avaliao bastante importante, afinal somos
parte de uma organizao governamental, que oferece ensino pblico e gratuito, e precisa expressar
uma tica cidad, no mesmo?
Mas, alm deste carter de certificao, a avaliao assume tambm o carter de instrumento
mediao, de investigao e de planejamento. Por isso no ser atribudo uma nota ou conceito
final. Propomos que o resultado final seja conhecido e mais do que isso, que seja compreendido por
todos. Isso demanda que durante as vrias etapas vocs busquem estar informados sobre os seus
resultados, identificando o que est bom, as falhas, buscando como corrigi-las etc.
Estejam atentos aos critrios de avaliao de cada produo, eles vo lhe dar subsdios para
Noelei Carandina Pgina 15
compreender o que est bom e o que precisa ser melhorado. Entendemos que a avaliao o
mecanismo que d movimento ao processo de ao-reflexo-ao. Nesse sentido, entendemos que
uma responsabilidade dos formadores e de todos os cursistas buscar um processo avaliativo que
consiga:
(...) transformar o discurso avaliativo em mensagem que faa sentido, tanto para quem emite quanto para aquele que a recebe. O maior interesse de um processo de avaliao
deveria recair no fato de se tornar verdadeiramente informador. A avaliao dever tornar-
se o momento e o meio de uma comunicao social clara e efetiva. Deve fornecer ao aluno
informaes que ele possa compreender e que lhe sejam teis. (RABELO, 1998, p. 80).
Sugestes para o estudo
Alm de participar dos encontros presenciais de formao, importante que voc procure
reservar um horrio para estudar e realizar as atividades apresentadas nas unidades, se possvel,
diariamente. Assim, ter tempo suficiente para realizar com calma as leituras, aprofundar sua
reflexo sobre os temas propostos, localizar materiais e se organizar para realizar as atividades que
requerem o uso do computador. Se possvel, utilize o computador diariamente, aplicando o que
aprendeu com o curso.
Sugerimos que voc tenha sempre mo seu caderno de anotaes para registrar suas
impresses, ideias, questes ou dificuldades e que se habitue a sempre deixar aberto um arquivo de
texto para tomar notas rpidas no prprio computador. Nesse texto, voc pode colocar links
consultados, referncias bibliogrficas, observaes e/ou reflexes pessoais etc.
Escrever , sem dvida, uma das melhores formas de desenvolver nossa capacidade de
pensar as questes que nos surgem. Ento, ao longo deste processo formativo busque registrar
constantemente:
suas reaes, dificuldades e facilidades no decorrer da realizao das atividades;
as mudanas que ocorreram em seus hbitos, as ideias que surgem para a prtica de sala de aula que tenham relao com o curso;
as reaes das pessoas (seus colegas, seus familiares, seus alunos) a essas mudanas;
as trocas de experincia entre voc e outros colegas de curso. Como professor e/ou gestor escolar, voc est sempre refletindo sobre o que acontece em
sua prtica na sala de aula ou na escola e sobre as atividades que funcionaram, no ? Faa o mesmo durante esse curso. Reflita sobre cada unidade e registre suas experincias, impresses etc.
Fique atento aos objetivos de cada unidade e, depois, com calma, prossiga a leitura e procure
compreender o que est estudando em cada unidade. Sublinhe palavras que no conhece e procure
seu significado no glossrio do curso ou em outras fontes. Realize todas as atividades solicitadas.
Faa resumos sempre que sentir que precisa organizar a informao estudada ou mesmo elabore
mapas conceituais para auxiliar na visualizao dos conceitos aprendidos.
Utilize o computador o maior tempo que puder e com regularidade.
Isso ajuda a consolidar os conhecimentos e habilidades desenvolvidas.
importante que voc domine os comandos para que possa servir-se
deles mais facilmente na hora de redigir, editar, salvar, modificar,
enviar, produzir e publicar as suas produes digitais.
E no esquea, o formador o parceiro de toda hora no processo de aprendizagem. Procure
dividir com ele(a) as alegrias e os percalos do caminho, as dificuldades ou problemas. No hesite
em recorrer a ele(a), caso precise.
Enfim, caro cursista, desejamos-lhe um bom trabalho e muita aprendizagem. uma grande
alegria t-los aqui.
As autoras.
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Unidade 1:
Tecnologias no cotidiano: desafios incluso digital
Estamos iniciando o Curso de Introduo Educao Digital. Esse curso integra um
conjunto de polticas pblicas voltadas ampliao do acesso a Tecnologias de Informao e
Comunicao (TIC) nas escolas e formao para o seu uso competente e autnomo. Estudando-o,
voc estar participando deste processo formativo enquanto aprende sobre mdias e tecnologias e
maneja algumas ferramentas de produo disponveis nos computadores.
Ao mesmo tempo em que voc aprende como usar essas ferramentas, importante, e
fazemos o convite, que voc j comece a refletir sobre as mudanas que elas possibilitam na sua
trajetria pessoal e profissional. Mas antes, sobre como elas j vm afetando nosso mundo e sobre
como devemos agir para ter algum controle sobre tais mudanas.
Ao mesmo tempo em que voc aprende como usar essas ferramentas, importante
convidarmos voc a refletir sobre as mudanas que elas possibilitam na sua trajetria pessoal e
profissional. Mas antes, sobre como elas j vm afetando nosso mundo e sobre como devemos agir
para ter algum controle sobre tais mudanas.
A chegada das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) na escola nos traz desafios.
As solues vo depender de aes planejadas que considere o contexto de cada escola, o trabalho
pedaggico que nela se realiza, as especificidades do seu corpo docente e discente, a comunidade
interna e externa, os propsitos educacionais e as estratgias que propiciem aprendizagem.
Precisamos compreender a realidade em que atuamos e planejar a construo dos novos
cenrios onde aprendemos, ensinamos, consumimos, enfim, onde vivemos e nos relacionamos. No
h s um caminho, nem uma s soluo ao contrrio, h uma gama de possibilidades e poderemos at encontrar novas respostas para velhas perguntas.
Nesta primeira unidade vamos iniciar essa reflexo, ao mesmo tempo em que vamos
tomando contato com algumas dessas novas ferramentas, compreendendo como interagir com elas,
com suas interfaces, suas possibilidades, conceituando-as e nos apropriando da linguagem da rea.
Faremos leituras, assistiremos a vdeos, navegaremos em pginas da Internet, publicaremos nossas
ideias num frum virtual. Vamos tambm conhecer alguns bons casos de uso da tecnologia digital
na escola.
Alm dessa reflexo e do contato inicial com o computador, nesta unidade vamos tambm
iniciar o projeto de trabalho que estruturar a maioria das nossas atividades durante todo o estudo
deste mdulo.
Objetivos de aprendizagem desta unidade de estudo e prtica:
Esta unidade ser ento sua primeira explorao no mundo digital? Ao seu final, esperamos
que voc chegue a:
Noelei Carandina Pgina 17
compreender a necessidade de refletir sobre as questes que antecedem s decises relativas insero das TIC na sua prtica pedaggica, percebendo a diversidade e a complexidade da
temtica Incluso Digital;
formar uma ideia inicial a respeito das potencialidades de processamento de informao das tecnologias digitais;
familiarizar-se com os recursos mais bsicos do computador: uso do mouse e teclado, identificao dos itens do desktop e uso de editores de textos simples;
conceituar o que um computador, identificando seus principais componentes, distinguindo funo, capacidade/performance dentre outros aspectos;
conceituar sotware, hardware e sistema operacional distinguindo a poltica de software livre com a concomitante valorizao dos seus princpios para uma educao cidad;
familiarizar-se com o uso de fruns de discusso e com a navegao em contedo da Internet;
ampliar sua compreenso sobre as possibilidades de comunicao disponveis com as TIC.
Introduo
As tecnologias so produto e meio da relao do homem com a natureza. Vivemos em um
cenrio de grandes transformaes sociais e econmicas. Essas transformaes esto
revolucionando nossos modos de produo, de comunicao e de relacionamento, e esto
produzindo um intenso intercmbio de produtos e prticas socioculturais. Nesse contexto
globalizado, as novas mdias e tecnologias invadem nosso cotidiano.
Vdeo - Problematizando as tecnologias
Como devemos ento proceder na escola para enfrentar os problemas e desafios que a ns se
apresentam? Essa uma pergunta complexa. Para respond-la, precisamos entender melhor as
relaes entre tecnologia e sociedade e, dessas, com a escola. Para tal, propomos a realizao da
atividade a seguir.
Reconhecendo as interfaces existentes entre escola, sociedade e
tecnologias.
Esta atividade se constitui inicialmente da leitura do texto que segue e da elaborao por
escrito de algumas reflexes sobre a complexa relao homem-tcnica e insero dos computadores
e da Internet na escola. Ela composta de trs momentos:
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Momento 1: Leitura do texto;
Momento 2: Elaborao e redao das reflexes com sua compreenso sobre a questo Incluso Digital;
Momento 3: Discusso presencial com seus colegas e formadores.
Momento 1 - Leitura do texto.
Convidamos voc a iniciar a leitura. Enquanto estiver lendo, ns iremos sugerir uma srie de
momentos e questes para reflexo. Em cada um deles anote as ideias, questionamentos e dvidas
que forem surgindo.
Por que precisamos usar a tecnologia na escola? As relaes entre a escola, a
tecnologia e a sociedade.
Por Edla Ramos
Se este texto estivesse sendo lido por voc a vinte e tantos anos atrs, uma questo que
provavelmente apareceria, seria se deveramos ou no usar as novas (nem tanto mais) tecnologias
na educao. No incio da dcada de 80, havia o anseio de que essa tecnologia poderia produzir a
massificao do ensino, descartando a necessidade do professor, ou que pudesse levar a acelerao
perigosa de estgios de aprendizagem com consequncias graves. Argumentava-se tambm sobre o
disparate de usar microcomputadores em escolas que eram carentes de outros tantos recursos. Hoje
em dia, no entanto, j h bastante concordncia sobre o fato de que as tecnologias de informao e
comunicao devam ser incorporadas ao processo educacional. Permanecem, contudo, dvidas
sobre por que (ou sob qual perspectiva) e sobre como essa incorporao deve acontecer.
Se voc tambm no se contenta com esse ltimo argumento, est convidado para uma
reflexo mais ampla acerca do tema! Neste texto, apresentamos diversos argumentos para
demonstrar que o uso das tecnologias de informao e comunicao pelas escolas tem razes que
vo alm da importante questo da preparao para o trabalho, pois entendemos que a superao
das excluses no vai se dar pela via da empregabilidade apenas. A crise social que estamos
vivendo vai muito alm do desemprego, pois estar empregado condio necessria, mas cada vez
menos suficiente para a cidadania.
preciso superar a lgica da empregabilidade, pois esta no d conta da sutileza e da
complexidade da relao entre escola, tecnologia e sociedade. No contribui tambm para a
construo de uma educao para a solidariedade, para a equidade, para o consumo ecologicamente
sustentvel. Est impregnada por um conceito de desenvolvimento predatrio e dependente.
Em sntese, como diz Hugo Assmann (1998), no basta educar a massa trabalhadora para
alimentar a mquina produtiva, preciso educar para provocar indignao frente a aceitao
conformista da relao tecnologia X excluso. preciso formar cidados aptos a construir uma
sociedade solidria, principalmente quando se considera que uma sociedade sensivelmente solidria
Para refletir:
Antes de prosseguir a leitura, pare um pouco, pense nas questes a seguir e registre por
escrito suas respostas numa folha:
Por que precisamos usar a tecnologia na escola?
Voc j apresentou esse questionamento aos colegas, pais ou mesmo aos estudantes?
Caso tenha feito, que respostas ouviu?
Teria por acaso ouvido que precisamos preparar os educandos para o mercado de trabalho?
Voc ficou satisfeito com essa resposta ou pensou em outros aspectos alm desse?
Noelei Carandina Pgina 19
precisa ser permanentemente reconstruda. Cada gerao precisa aprender a dar valor
solidariedade. Juan Carlos Tedesco (2012) compartilha o mesmo entendimento: no novo capitalismo a possibilidade de viver juntos no constitui uma consequncia natural da ordem social
seno uma aspirao que deve ser socialmente construda. (TEDESCO, 2012, p. 20). Ento,a educao para a solidariedade persistente se perspectiva como a mais avanada tarefa social
emancipatria. (ASSMANN, 1998, p. 21). O professor Tedesco nos ajuda tambm a compreender de que tipo de solidariedade esta
poca em que vivemos necessita. Ele esclarece que:
"A solidariedade que exige este novo capitalismo no a solidariedade orgnica prpria
da era industrial, seno uma solidariedade reflexiva, consciente, que deve ser assumida
com graus muito mais altos de voluntarismo do que no passado." (TEDESCO, 2012, p.
20).
Ou seja, no se trata mais de cada um simplesmente fazer bem a sua funo, sem precisar
entender muito a respeito das funes dos outros. Agora trata-se de precisar refletir a respeito da
complexidade da rede de relaes que estabelecemos e das consequncias das nossas aes sobre os
outros, pensando e agindo coletivamente em busca do bem comum.
O uso ou a incorporao das Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC) nos
processos educativos tem implicaes que ultrapassam de longe os muros de uma sala de aula ou de
uma escola. Afinal, essas tecnologias favoreceram grandes mudanas, neste perodo que est sendo
chamado de revolucionrio.
Analisando a histria da nossa civilizao, percebemos que em vrios momentos ocorreram
mudanas revolucionrias no modo como o homem vivia. Aprofundando a nossa anlise dessas
revolues histricas percebemos que entre seus motivos estava sempre a inveno de alguma
ferramenta que expandiu a nossa capacidade de ao sobre o mundo (ou sobre a nossa realidade),
ou, que expandiu a nossa capacidade de comunicao e de expresso. Tomemos como exemplo a
revoluo industrial com seus inventos principais: a mquina a vapore a criao da imprensa.
Figura 1.01 - Exemplo de mquina a vapor Figura 1.02 - Prensa de Gutemberg
As TIC ampliam essas capacidades de modo extraordinrio, e, por isso, a dimenso das
mudanas que elas esto produzindo vem gerando profundas crises e desequilbrios. O mercado de
trabalho que afeta a vida de todos tambm vem se transformando continuamente: muitas profisses
e postos de trabalho foram extintos; novos produtos so criados constantemente; h desemprego em
muitos setores e falta de trabalhadores em outros.
"A mutao das tcnicas produtivas acompanhada por novas formas de diviso do
trabalho e, logo tambm, pelo surgimento de novas classes sociais, com o
Noelei Carandina Pgina 20
desaparecimento e a perda de poder das classes precedentes, por uma mudana da
composio social e das prprias relaes polticas." (ROSSI apud MUSSIO, 1987, p.20).
Muitas incertezas afligem as pessoas nessa nossa poca de uso intensivo de TIC. Dentre as
questes em destaque esto:
Como garantir sociedades democrticas e participativas?
Como garantir o acesso informao por todos e evitar o aumento das formas de controle e vigilncia da informao?
Como conseguir eficincia econmica e evitar mais concentrao de renda?
Como conseguir segurana pblica e evitar a instalao do terror?
Face s diferenas que se acirram, como conseguir uma sociedade com respeito mtuo, com justia distributiva e sem invaso da privacidade ou massificao?
Novamente voltando alguns anos atrs, havia grandes expectativas sobre os efeitos da
expanso do uso dessas tecnologias. Muitos estavam bastante otimistas, mas j havia quem alertasse
que no deveramos s-lo, pois nada est decidido a priori. (LVY, 1993, p.9). Lvy nos lembrava j em 1993 que teramos que inventar como gostaramos que essa nova sociedade da
informao fosse, do mesmo modo que inventamos a sua tecnologia. Ele ressaltava que havia um
grande descompasso e distanciamento entre a natureza dos problemas colocados coletividade humana pela situao mundial da evoluo tcnica e o estado do debate coletivo sobre o assunto. (LVY, 1993, p.7).
Pierre Lvy
Hoje em dia a realidade j no nos permite mais ser otimistas. um fato bastante triste que
no mundo de hoje onde nunca tanta riqueza foi produzida h tanto ou mais fome, doenas e injustias se compararmos a tempos atrs. Logo, tanta tecnologia, por enquanto, no produziu os
efeitos desejados. Est ficando bastante claro que a forma de uso que damos s TIC determinante
nas respostas dadas a todas as questes que apresentamos acima. De modo geral, pode-se dizer que
as TIC abrem muitas possibilidades, mas a determinao do que - dentre o que possvel - vai se
Para refletir:
Convidamos voc novamente a parar um pouco a leitura e tentar fazer uma sntese do que
foi dito. Uma boa estratgia para fazer uma sntese construir um mapa conceitual. Vamos dar
um exemplo iniciando a construo de um para os pargrafos acima.Se voc achar interessante
pode complet-lo a partir do ponto em que paramos.
Figura 1.03 - Mapa conceitual
Noelei Carandina Pgina 21
tornar realidade do mbito da poltica.
Ento, se queremos uma Tecnodemocracia vamos precisar formar os sujeitos para isso.
Precisamos pensar em alfabetizao tecnolgica para todos, pois quem no compreende a
tecnologia no vai poder opinar sobre o que fazer com ela. Mas a alfabetizao tecnolgica apenas
o segundo passo (o primeiro o acesso). A incluso digital pra valer significa mais do que
simplesmente ter acesso e saber usar. Incluso Digital! Este um conceito importante e que merece
mais discusso
Felizmente, na perspectiva de acesso, o Brasil certamente avanou nos ltimos anos.
Comit Gestor da Internet no Brasil
Segundo essas pesquisas, pode-se observar que a taxa brasileira mdia de acesso Internet
nos domiclios cresceu de 12,93%, em 2005, para 38% em 2011. Esses resultados so devidos a
diversas polticas pblicas que alteraram as condies de acesso do cidado s tecnologias digitais
e, desse modo, constituram-se nas bases para a ampliao da cultura digital no nosso pas. Dentre
tais programas podemos citar: Programa Banda Larga na Escola; CDTC Centro de Difuso de Tecnologia e Conhecimento; Programa Computador Porttil para Professores; Programa e Projeto
UCA Um Computador por Aluno; Programa SERPRO de Incluso Digital PSID; Projeto Computadores para Incluso etc.
No contexto educativo, conforme pesquisa TIC Educao do CETIC, de 2011, a proporo de professores com acesso Internet nos domiclios de 89% e a proporo de alunos
que j utilizaram a Internet de 91%. Esses ltimos dados parecem bastante satisfatrios. Contudo,
precisamos analisar o quadro de forma mais ampla. Podemos observar, por exemplo, na mesma
pesquisa, no critrio D1 - Forma de aprendizado do uso de computador e Internet pelo aluno que o aprendizado do uso das TIC ocorre predominantemente fora da escola:
sozinho: entre 45% e 61% do total de alunos entrevistados;
com outras pessoas: entre 27% e 52%;
fez um curso especfico: entre 7% e 37%;
com educador ou professor da escola: entre 6% e 15%;
com outros alunos: entre 1% e 8%. Isso nos traz diversas dvidas sobre a criticidade da apropriao por parte desses estudantes.
Concordamos com Belloni (2010) que a escola precisa assumir um importante papel na Incluso
Digital:
"O papel da escola como dispositivo de incluso e democratizao do saber
extremamente importante, fundamental para a formao de usurios competentes,
criativos e crticos (distanciados), capazes de colocar as TICs a servio da criatividade
humana e da solidariedade social. Para isso todavia sero necessrios grandes esforos
de formao de profissionais, alm de formas competentes e eficazes de equipamentos ,
que faam da escola um espao de descoberta e formao de crianas e jovens para
exercerem sua cidadania e sua criatividade na sociedade digital."(BELLONI, 2010, p. 123).
Belloni nos alerta ento que a escola precisa recuperar seu papel como espao legtimo de
formao para o uso cidado das TIC. Realmente as escolas so um espao especial para incluso
digital, no s pela disponibilizao e compartilhamento de recursos que proporciona, mas muito
mais pelo poder que tem para influenciar tantas crianas e jovens justamente num momento em que
so to abertos e vidos por aprender.
Para avanarmos na compreenso do conceito de Incluso Digital, vamos fazer uma
comparao com a alfabetizao para a escrita e a leitura. Sabemos muito bem que o que
entendido como ser alfabetizado, muitas vezes apenas ter atingido a capacidade de ler uma pgina
Noelei Carandina Pgina 22
impressa e de assinar o prprio nome. Sabemos que um cidado precisa muito mais do que isso. Um
cidado precisa poder decidir sobre o que quer ler e ter acesso aos materiais que lhe interessam;
precisa poder escrever com competncia sobre o que desejar; e, acima de tudo, precisa, quando
julgar necessrio, ter assegurado o direito de ser lido.
O que queremos dizer que a massificao de competncias tcnicas no suficiente.
preciso mais. preciso promover compreenso crtica sobre as tecnologias. Piero Mussio,
abordando a questo da alfabetizao tecnolgica, destaca:
"H dois nveis de compreenso de um instrumento tecnolgico. O primeiro o da
compreenso tcnica, tpico dos especialistas [...] O segundo nvel o da compreenso do
uso do instrumento [...] sendo capaz de avaliar, julgar o instrumento proposto no por
seus mecanismos internos mas pelas suas funes (globais) externas." (MUSSIO, 1987,
p.16).
"Mussio lembra que preciso fazer crescer a conscincia do significado cultural do
instrumento de forma a minimizar a delegao de poder aos especialistas. Nesse nvel de compreenso o usurio passa a naturalmente ser ator do projeto de insero
tecnolgica. Acontece que esta atuao para se tornar explcita exige um processo
trabalhoso de aprendizado, de compreenso e de adaptao. A questo que Mussio
levanta nesta problemtica : como permitir a quem quiser usar convenientemente um
artefato tecnolgico, informar-se, no para ser civilizado ou alfabetizado apenas, mas
para melhorar a si mesmo, ativando funes crticas autnomas de avaliao de tais
sistemas, por aquilo que fazem e pelo modo como fazem." (RAMOS, 1996, p.6)
Em outras palavras, j que as TIC mudam profundamente os meios de produo e de
consumo, o que est em jogo o controle poltico e social desses meios. preciso compreender a
tecnologia para poder dizer como elas devem ser. Para Illich (1976), dominar uma ferramenta
muito mais do que aprender a us-la, significa a garantia da possibilidade de se definir
conjuntamente o que vamos fazer com elas.
Outro autor que analisa o conceito de Incluso Digital Edilson Cazeloto. Esse autor critica
a ideia de universalizao da cultura de uso das TIC pois nos alerta que incutida nela est muitas
vezes o fortalecimento da hegemonia capitalista, que fomenta desigualdades sociais. Os processos
de incluso digital precisam ser realizados levando em considerao tradies, saberes e prticas
culturais anteriores:
"Nos discursos e prticas de incluso digital, o acesso s mquinas informticas tomado
como sinnimo de ascenso social ou de participao sociopoltica efetiva, quando, na
verdade, a informatizao generalidade do cotidiano (notadamente para as camadas de
baixa renda, alvo principal dos programas sociais de incluso digital) no faz seno o
contrrio: refora as estruturas de subordinao e poder da cibercultura e capilariza as
redes de produo internacionais at o espao da vida privada."(CAZELOTO, 2008, p.
161).
A inteno com o que foi at agora dito a de sublinhar a necessidade de criar posturas
autnomas e crticas de aprendizado sobre a tecnologia. Boff (2005) explicita essa ideia dizendo
que precisamos educar os sujeitos para que sejam crticos, criativos e cuidantes. Ser crtico, para
ele, a capacidade de situar cada evento em seu contexto biogrfico, social e histrico, desvelando
os interesses e as conexes ocultas entre as coisas. ser capaz de responder: quais tecnologias
servem a quem? J, continua Boff,
[...]"somos criativos quando vamos alm das frmulas convencionais e inventamos
maneiras surpreendentes de expressar a ns mesmos [...]; quando estabelecemos conexes
novas, introduzimos diferenas sutis, identificamos potencialidades da realidade e
propomos inovaes e alternativas consistentes." (BOFF, 2005, p. 09).
Enfim, ser criativo significa ser capaz de recriar-se e de recriar o mundo, ou de inventar as
tecnologias que queremos. Por ltimo, e mais importante, preciso ser cuidantes. Ser cuidante ser
capaz de perceber a natureza dos valores em jogo, de estar atentos ao que verdadeiramente
interessa, discernindo que impactos nossas ideias e aes tm sobre as outras pessoas, e sobre o
Noelei Carandina Pgina 23
planeta. Sem o cuidado e a tica esvaziamos as capacidades crticas e criativas, pois, no nos
esqueamos que vivemos um tempo em que nossas aes esto em vias de inviabilizar a vida no
planeta.
Para refletir:
Grande parte dos jovens hoje demonstram facilidade para apropriao tcnica dos mais
diversos dispositivos, certo? Mas ser que eles possuem maturidade para um uso crtico e tico?
Talvez, voc e seus colegas tenham observado situaes em que a apropriao das TIC
fomentou comportamentos competitivos e consumistas nos estudantes. Por exemplo, situaes de
comparao entre marcas e expresso de desejo pela aquisio do ltimo modelo. Levando em conta condutas acrticas e dependentes de apropriao das TIC, sugerimos que
voc pense ento na importncia dos profissionais da educao para transformar positivamente
esses processos de Incluso Digital. Voc e seus colegas na sua escola j haviam sentido antes a
necessidade de fazer essa reflexo? Pode anotar em que situaes essa necessidade havia surgido?
No caso do aprendizado sobre a tecnologia, podemos ento entender que, alm de aprender a
usar, preciso ser capaz de dizer para que usar e para que no usar e, ainda, ser capaz de dizer como
deve ser a tecnologia a ser usada. Portanto, defendemos que os educadores e a escola possuem um
papel central para esse tipo de formao. Os jovens talvez tenham maior habilidade tcnica, mas
certamente no possuem a maturidade, experincia e postura crtica dos educadores. Podemos,
assim, compreender os enormes benefcios que a atuao colaborativa entre educadores e estudantes
potencializa!
Caso contrrio, se deixarmos que a cultura tcnica se estabelea a partir dos discursos
publicitrios predatrios dos meios de comunicao de massa, corremos srios riscos de que a
cultura tecnolgica se construa a partir de interesses hegemnicos, capitalistas. Dito de forma
simplista, estaramos fomentando a superioridade do ter ao invs do cuidado para com o ser. Neste momento, acreditamos que esteja claro para voc por que este curso no foca apenas
em questes tcnicas. Assim, apesar de sabermos que voc provavelmente esteja ansioso(a) para
colocar a mo na massa em atividades prticas de uso das TIC, contamos com sua compreenso sobre a relevncia dos aprofundamentos tericos e reflexivos que estamos propondo nesta primeira
unidade. Teremos MUITAS atividades prticas pela frente, mas antes de mais nada queremos
garantir um tom crtico e produtivo para essa apropriao tcnica.
Portanto, com base nos estudos at o momento, salientamos que Incluso Digital um
processo abrangente que integra aes de ampliao do acesso a computadores, conectados
Internet e de formao para o seu uso competente e autnomo, buscando livre participao, por
parte de todos os membros da sociedade.
Esperamos t-lo(a) instigado para aprofundamentos tericos e, nesse sentido, deixaremos
referncias para aprofundar seus estudos sobre Incluso Digital, compreendendo aspectos
sociopolticos que ampliaro sua compreenso e criticidade.
A galxia da Internet
A incluso digital e a reproduo do capitalismo contemporneo
Capital trabalho e tecnologia na Ps Modernidade
Cremos que voc j esteja ansioso(a) para iniciar a prtica, por hora, vamos apenas concluir
tecendo algumas problematizaes sobre TIC e currculos e lhe propondo uma atividade para
registrar as aprendizagens que teve at o momento.
Noelei Carandina Pgina 24
TIC e Currculos
Existiria um conjunto de conceitos fundamentais sobre as Tecnologias de Informao e
Comunicao (TIC) que precisariam ser dominados por todos os cidados? No temos dvidas
sobre isso nas disciplinas de matemtica, de lngua portuguesa, de histria etc. Mas, quais seriam
esses conceitos no caso das TIC? Alguns nos vm mente: o que um computador? Quais as
medidas de Informao (bits, gigabytes, )? Como ocorre a transmisso de dados? O que digital? O que hipertexto? Como se estrutura a web fsica e logicamente? Qual a geopoltica da web? O
que um banco de dados? O que software e hardware? Qual a tica que embasa o movimento de
software livre? Quais os princpios das linguagens de programao?
Tudo o que discutimos at agora so questes que podem orientar sobre como usar as TIC
na escola. Elas podem ajudar a definir os currculos (seus contedos, objetivos e mtodos); a definir
a orientao da prtica pedaggica; os tipos de software educacional que devemos usar; a formao
dos professores; a organizao da distribuio e uso dos recursos computacionais etc. Enfim, elas
podem ajudar a definir como o nosso dia a dia na escola dever ser reorganizado.
Mas, finalizando, precisamos considerar que o computador tambm uma importante
ferramenta pedaggica que pode ajudar a desenvolver o raciocnio das pessoas. Na verdade,
acreditamos que a incorporao da tecnologia ao processo educativo cria uma oportunidade mpar
para a estruturao e implantao de novos cenrios pedaggicos. Sabemos que o nvel de
interatividade dessa ferramenta tem potencial para produzir novas e riqussimas situaes de
aprendizagem. Pelo seu potencial pedaggico podem tambm ser espao da cointegrao entre
disciplinas. E, por isso tudo, podem contribuir para a valorizao dos educadores e para o seu
reencantamento pelo ato de educar. Alm disso, frente a essa interatividade, as debilidades da
educao baseadas na transmisso, no treino e na memria ficam to evidentes que difcil no
perceb-las.
Piaget j nos falava que a aceitao de erros fundamental para a construo significativa e
verdadeira do conhecimento. Sem errar no se chega ao conhecimento. preciso experimentar,
tentar e tentar de novo. Ento, o professor que vai fazer uso de TIC de um modo proveitoso precisa
perder o medo de experimentar junto com seus alunos, precisa negar o verticalismo da sua relao
com eles buscando mais confiana e companheirismo. Ningum est aqui anunciando o fim da
autoridade do professor, mas sim o abandono do autoritarismo que est intrnseco ao ensino das
solues prontas e acabadas, adotadas sem crtica nem compreenso. Nem estamos advogando que
tudo precise ser reinventado, pois h muitas solues excelentes para muitos problemas. No
estamos tambm negando a importncia do treino e dos exerccios de repetio no aprendizado.
Estamos sim negando o seu uso acrtico e alienado. Acreditamos que a aprendizagem significativa e
crtica que queremos ver implementadas com as TIC pressupem o coletivo, a cooperao entre
pessoas e disciplinas e o dilogo franco e livre.
Momento 2: Elaborando o seu texto
Agora que voc j terminou a leitura, pense numa (ou nas) escola(s)que voc conhece que
possui/possuem laboratrios de informtica. Elabore, ento, um pequeno texto descrevendo como as
TIC so utilizadas.
Considere os seguintes aspectos:
As TIC fazem parte do dia a dia em sala de aula (computadores mveis, celulares) ou o uso se restringe ao laboratrio?
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Quem usa o laboratrio? O que os alunos fazem no laboratrio? Os alunos gostam de trabalhar com os computadores?
Foi ou no criada uma disciplina de informtica na escola?
Que mudanas a chegada das TIC trouxe para essa escola em geral? Continue a construo do seu texto analisando o modo como a tecnologia est sendo
utilizada nessa(s) escola(s). Procure basear sua anlise nas reflexes sobre o conceito de Incluso
Digital, que a leitura do texto lhe proporcionou. Sinta-se livre para incluir o que julgar necessrio na
sua anlise. Sugerimos considerar alguns aspectos:
O uso das TIC na escola conhecida est promovendo ou no a capacidade de serem crticos, criativos e cuidantes (como diz Leonardo Boff)? Por qu?
Esse uso est promovendo ou no uma aprendizagem significativa e crtica? Por qu?
Que mudanas voc percebeu na escola? Deveriam haver mudanas? Se voc no conhece nenhuma escola que j faa uso das TIC, deve ento construir um
pequeno texto com alguns pargrafos desenvolvendo alguma ideia ou questionamento que a leitura
lhe suscitou. Ou se preferir e houver tempo e oportunidade, voc poderia visitar uma escola
prxima que possui esses recursos e entrevistar os seus professores e funcionrios para coletar as
informaes necessrias.
Elabore um pequeno texto refletindo sobre modo de insero das TIC nas escolas, levando
em considerao as diferentes dimenses que envolvem o conceito de Incluso Digital.
Lembre-se do que comentamos sobre a importncia da aceitao dos erros e sinta-se
tranquilo(a) para realizar o exerccio sem cobrana de preciosismos. Afinal, estamos recm
iniciando o curso e, portanto, natural que voc sinta dificuldades para realizar uma anlise
complexa. No se preocupe, o exerccio tem exatamente esse propsito: de identificar os pontos que
voc sente fragilidades na compreenso. Identificar essas lacunas essencial para podermos buscar
subsdios para supri-las.
Momento 3: Discusso presencial com seus colegas e/ou alunos.
Aps ter lido, refletido e expressado suas ideias num texto, prepare-se para debater
presencialmente com os seus colegas. O seu formador vai lhe orientar sobre como realizar essa
discusso.
Conhecendo os vdeos na rede como ferramenta de interao e
compartilhamento.
Nesta atividade convidamos voc para assistir alguns vdeos que esto disponveis na
Internet.
H hoje uma grande quantidade de documentos de vdeo na rede, e h um site em especial,
chamado Youtube, que permite que as pessoas publiquem suas produes em vdeo para divulg-
las. H de tudo neste site, muita coisa sem nenhuma importncia, mas tambm muito material de
grande valia. Indicamos alguns para o seu formador.
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A lista de vdeos foi planejada para lhe dar uma ideia inicial da potencialidade da nova
linguagem miditica do vdeo digital, que diferente do cinema e da televiso, e tambm do
potencial da Internet como ferramenta de interao e compartilhamento. Queremos ao mesmo
tempo, com o contedo selecionado, levar vocs a refletirem sobre aspectos diversos desta to
controversa relao entre tecnologia, escola e sociedade. Por fim, queremos tambm alertar que
importante que a escola defina o seu papel nesse processo e que os seus profissionais preparem-se
para assumi-lo.
Seu formador ir lhe auxiliar para acessar o site do Youtube e localizar os vdeos.
Talvez sua habilidade de digitao ainda esteja um tanto inicial. No se preocupe: a destreza
surgir com o tempo, medida que voc for digitando. Por enquanto, focalize apenas em manter
sua ateno na tarefa, ok? E, conforme ditado popular, sempre bom iniciarmos algo com o p direito, certo? Independente de superties, consideramos importante que desde cedo voc se acostume a usar cada recurso da melhor forma possvel. Assim, importante dizer que o teclado
pode permitir a realizao de muitas funes alm da digitao do texto. H dicas que tornam o uso
do teclado mais eficiente, ento, sugerimos que voc acesse as orientaes que preparamos acerca
do uso adequado do teclado, sob o ttulo: Uso eficiente do teclado.
Escolhendo um tema gerador para o seu Projeto Integrado de
Aprendizagem.
Chegou a hora de voc e seu grupo de estudos escolherem o tema gerador dos seus projetos
integrados de aprendizagem. As atividades anteriores certamente provocaram diversas ideias,
dvidas inquietaes. Aproveite esse terreno frtil para definir um tema de interesse para o projeto
que iro desenvolver.
Aps a escolha do tema gerador, vocs podem ter subgrupos trabalhando com projetos com
focos mais especficos dentro do tema gerador. Para auxili-los na preparao dessa atividade,
organizamos esclarecimentos adicionais e dicas.
Voc j deve ter ouvido falar em um projeto de aprendizagem (ou na aprendizagem por
projetos, ou ainda na pedagogia dos projetos). Trata-se de um mtodo de trabalho pedaggico que
foca a busca de solues para problemas que o aluno escolhe investigar (no perfil de professor-aluno voc assumir ambos papis!). Nesse processo de investigao, os contedos da aprendizagem so articulados e integrados ao desenvolvimento do projeto.
Trabalhando com projetos
Um projeto de aprendizagem precisa ter uma temtica. Isso porque um projeto de
aprendizagem um projeto de investigao. E s podemos investigar algo se sabemos o que
investigar. Na verdade, s nos dispomos verdadeiramente a investigar algo, se estamos curiosos, se
realmente queremos ou precisamos do conhecimento que vai resultar daquele processo. Por isso
esperamos que a leitura e os vdeos que sugerimos tenha lhe empurrado para um turbilho de
reflexes e lhe instigado a querer saber mais. Ento, o tema do seu projeto justamente este campo
de conhecimento em que voc deve buscar a resposta daquilo que voc quer saber. O tema no o que voc quer saber. O tema a rea que voc deve investigar, pra chegar s respostas. Por
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exemplo, se queremos saber sobre produo de vdeos nas sries iniciais da educao fundamental, o tema poderia ser definido como Mdias e Educao. Um tema gerador um tema que aglutina muitas perguntas pertinentes e interessantes.
Barbosa nos sugere que ao fazer a escolha de um tema gerador, o ponto fundamental diz respeito motivao. O tema no deve ser assumido pelos alunos como imposio do professor, tampouco
pode ser fruto de uma curiosidade circunstancial dos alunos. O tema gerador deve constituir-se em
desafio, algo que merea investimento de tempo e esforo cognitivo. (2004). Agora o momento de escolher o tema foco e fazer a problematizao preliminar do
projeto. Para poder decidir, pensem em quais foram as dvidas ou indagaes que estiveram mais
presentes enquanto vocs assistiam aos vdeos, ou durante a discusso. Essas dvidas podem e
devem estar relacionadas com o que voc j ouviu, viveu e experimentou em relao s TIC,
profissional ou pessoalmente.
Primeiro deixe suas ideias flurem livremente. Anote, simplesmente. Em seguida, organize
seu texto fazendo um roteiro que contemple: suas perguntas iniciais e a sua problematizao; uma
justificativa de por que vale a pena tentar responder estas questes, jogando mais luz sobre tais
dvidas; e, se j tiver alguma hiptese de resposta para as questes (o que voc j sabe a respeito certezas provisrias) formuladas podem tambm incluir no texto.
Lembrete: Faa um registro textual sobre o tema, as perguntas e demais detalhes planejados.
Esse registro inicial pode ser simples, inclusive manual, caso voc ainda no tenha familiaridade
com o uso de um editor de textos. Mas no deixe de registrar sua proposta!
Participao em frum de discusses on-line: publicando e navegando.
A partir de agora voc parte de um grupo, sendo corresponsvel pelo desenvolvimento de
determinado Projeto Integrado de Aprendizagem. Sabemos que o sucesso de atividades em grupo
est relacionado qualidade do vnculo e da comunicao que se estabelecem entre seus membros.
Talvez voc j esteja pensando que garantir a interao entre o grupo, no perodo aps o encontro
presencial, ser um grande desafio. Afinal, cada membro possui inmeros compromissos em
horrios distintos e h, ainda, a distncia geogrfica que limita a realizao de encontros
presenciais.
Agora que vocs j debateram e escreveram sobre a temtica do seu projeto integrado de
aprendizagem, o que acham de publicar o texto que produziram para que sejam lidos e conhecidos
por todos os colegas? Como voc faria isso normalmente? Como vocs fazem com seus alunos
quando querem que uns conheam os trabalhos dos outros? Vocs pediriam que eles escrevessem
em papel pardo, ou publicariam as folhas na forma de varais, ou em murais? Ser que temos
alternativas que ampliem as possibilidades desses procedimentos com os computadores?
Para vislumbrarmos a soluo desses desafios, cabe retomarmos o princpio de que usamos
as TIC para superar limitaes e ampliar nossas possibilidades! Assim, selecionamos uma
ferramenta, denominada Frum, para superar limitaes de tempo e espao e possibilitar o debate e
a continuidade da produo do projeto, j iniciada pelo grupo. Essa ferramenta bastante utilizada
na Educao a Distncia, modalidade que lida essencialmente com os desafios citados e tem como
propsito facilitar a troca de ideias e a realizao de debates entre grupos. Posteriormente, na
Unidade 6, aprofundaremos as possibilidades didticas de uso da ferramenta Frum. Mas, por ora,
apenas aprenderemos e experimentaremos o seu uso.
A ferramenta Frum que iremos utilizar faz parte do Ambiente Virtual e-ProInfo. Um
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), ou em ingls Learning Management System (LMS),
conforme o prprio nome indica, uma tecnologia criada para ser um espao que potencializa o dilogo pedaggico. Assim, esses sistemas integram diversos recursos para facilitar todos os
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aspectos envolvidos na estruturao e desenvolvimento de cursos e atividades educativas. Existem
diferentes Ambientes Virtuais usados em cursos a distncia.
Alm da ferramenta Frum que vamos utilizar, o ambiente contm muitos outros recursos,
como, por exemplo, a videoconferncia, o bate-papo, o e-mail, o quadro de avisos, de notcias, a
biblioteca.
Antes de termos acesso ao frum, chamamos ateno ao fato de que comum, no incio do
trabalho em rede, termos uma percepo restrita nossa atuao no presencial, tentando fazer no
virtual exatamente o que fazamos em sala de aula e, quando no possvel, podemos nos frustrar.
Para evitar esse problema, muito importante que voc ouse olhar o novo com curiosidade,
criatividade! Esse nosso convite para a atividade que ser proposta.Conecte-se com o olhar de criana que h dentro de cada um de ns e divirta-se com as novidades e aprendizagens que viro! Seu formador vai lhe auxiliar sobre como ter acesso ao frum Projeto Integrado de Aprendizagem, que foi preparado para essa atividade no ambiente e-ProInfo. Chegando l, voc vai postar o texto elaborado na Atividade 3. Mas para poder publicar um texto num frum ele
precisa ser digitado. Ento, vamos ao trabalho! O seu formador ir lhe orientar sobre todos os
passos, que incluem:
como fazer o seu login no ambiente e-ProInfo;
como ter acesso ao frum;
e como publicar o texto no frum digitando-o primeiro. Aps terem publicado suas propostas de temtica no frum, naveguem pra conhecer e ler as
propostas dos seus colegas. Notem que vocs podem comentar e fazer sugestes uns para os outros.
Desse modo, estaro iniciando uma discusso eletrnica.
Que tal retomar as questes da atividade 1.1 pra debater neste ambiente. Elas j foram
debatidas presencialmente. Mas pode valer a pena retomar o debate no ambiente virtual pra poder
comparar com o debate presencial.
Para refletir:
Depois que vocs j tiverem discutido no frum, que tal refletir um pouco sobre: que
diferenas voc percebe entre a discusso presencial e a discusso realizada no frum? No seria
bacana conversar a respeito disso e registrar suas concluses num cartaz para publicar no corredor
da escola?Assim voc compartilha com outros colegas a respeito da sua experincia.
Computador! Que mquina essa?
At agora voc j experimentou de vrias formas o computador. J navegou na Internet,
assistiu a vdeos, digitou textos (usou o mouse e o teclado) e participou de um frum de discusses
virtual. Ento, aps esse contato bem mais de perto com o computador, vamos tentar entend-lo
melhor!
Ser que isto muito difcil?Voc j deve ter se perguntado, como ser que esta mquina
poderosa funciona? Bom, mais do que saber como ela funciona, queremos aprender a utiliz-la, e
na verdade, disto que vamos tratar com muito mais nfase nesse curso. Afinal de contas, usamos
vrias mquinas sem precisar saber exatamente como elas funcionam. De todo modo, para us-las
bem, precisamos ter uma ideia geral de quais so os seus componentes, para que eles servem, que
cuidados devemos tomar na sua operao e manuteno.
Para que possamos entender preliminarmente como funciona o computador, precisamos
compreender que o que ele faz , basicamente, processar informaes.
Preparamos a animao Computador: que mquina essa? para iniciar os estudos dessa temtica.
Sugerimos ainda que assista aos vdeos da TV Escola, da Srie Bits e Bytes que tambm
apresentam esses conceitos bsicos:
Histria dos nmeros;
Hardware e software .
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Estas informaes podem ser dados, textos, imagens, sons etc. Tal processamento inclui
tambm a realizao de clculos e a execuo de instrues sobre o que fazer com a informao.
Vamos dar alguns exemplos. Suponhamos que um confeiteiro que trabalha em casa queira anunciar
a venda de seus bolos e sobremesas pela Internet. Ento, ele manda fazer uma pgina onde ele
publica fotos e descrio dos bolos, vdeos de eventos dos seus clientes, preos dos produtos,
formulrio para encomendas etc. Quando algum preenche este formulrio informando quais
produtos deseja adquirir, o computador calcula automaticamente o oramento daquele pedido; isto
porque ele j tem todas as informaes necessrias: os preos, as quantidades e as instrues de
como fazer o clculo.
No exemplo dado, o ltimo tipo de informao muito importante, esses conjuntos de
instrues que orientam os computadores sobre como proceder para fazer o processamento da
informao so chamados de programas. O computador precisa ser orientado sobre como proceder.
Os programas instalados, determinam o que o micro saber fazer. Se voc quer ser um engenheiro, primeiro precisar ir faculdade e aprender a profisso. Com um micro no
to diferente assim, porm o aprendizado no feito atravs de uma faculdade, mas sim atravs da instalao de um programa de engenharia... Se voc quer que o seu micro
seja capaz de desenhar, basta ensin-lo atravs da instalao um programa de desenho, como o Corel Draw! e assim por diante.
Para fazer esse processamento, os computadores, sejam quais forem, contam com Unidades
Centrais de Processamento, que so informalmente chamadas de processadores ou CPU. Os
processadores so, vamos dizer, o crebro dos computadores. Alguns so mais rpidos, os mais
modernos em geral. Para entender melhor, se usarmos a cozinha como metfora, diramos que a
informao seria o alimento e o processador seria o fogo. Mas voc precisa mais do que o fogo
numa cozinha, preciso que os ingredientes e utenslios sejam estocados e preparados, que algum
controle o cozimento, que algum decida o qu e como cozinhar, que a comida pronta seja guardada
etc.
O armazenamento da informao (antes e aps o processamento) acontece nas unidades de
armazenamento. Elas so os nossos depsitos de informao (nossos armrios ou geladeira).
A velocidade de trabalho dos processadores infinitamente maior do que a busca e o retorno
das informaes s unidades de armazenamento. Isso porque o processador funciona
eletronicamente; ele s entra em ao quando conectamos o computador rede eltrica. J as
unidades de disco so operadas mecnica e magneticamente e isso bem mais lento. Imagine uma
cozinha com um superfogo, mas com uma despensa pouco prtica, de modo que o cozinheiro
tenha que esperar muito para que os ingredientes cheguem at ele. Pra resolver esse problema existe
a memria principal. Essa memria so como as bancadas de trabalho da nossa cozinha. Nela a
informao fica prontamente disposio do processador. O acesso a ela bem mais rpido do que
o acesso s unidades de armazenamento; isso porque ela tambm opera eletronicamente. Ento,
quando dizemos que temos um computador com pouca memria, temos um problema, pois nosso
computador ter dificuldades para executar alguns programas. A memria bem diferente das
unidades de armazenamento tambm num outro aspecto. Apesar de se chamar memria,a
informao s fica ali armazenada por pouco tempo, como se fosse uma memria de curto tempo.
Ao ser desligado o computador, toda a informao ali contida perdida. Por isso, antes de desligar a
mquina precisamos sempre gravar (salvar) o que j produzimos numa unidade de armazenamento
permanente (disco rgido ou CD).
Com o que j foi dito podemos ento afirmar que a configurao geral de qualquer
computador formada por cinco componentes bsicos: o processador, a memria, as unidades de
armazenamento, os programas, e, por fim, os dispositivos de entrada e sada.
Na categoria de dispositivos de entrada e sada de dados, situa-se tudo que usamos para
entrar ou para visualizar as informaes no computador. A temos como mais usados, o teclado, o
mouse e o monitor de vdeo. Sem esses, em geral, no conseguimos fazer nada com o computador.
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H outros ainda: as impressoras, os microfones, as cmara