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Escola Secundária Artística António Arroio Ano lectivo 2008/2009 Disciplina de Português – 10º ano Projecto “Cartas de Amor, do escritor ao leitor”

Projecto Cartas de Amor

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Trabalho de projecto - 10º ano - 2008-2009- da A.A.

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Page 1: Projecto Cartas de Amor

Escola Secundária Artística António Arroio

Ano lectivo 2008/2009

Disciplina de Português – 10º ano

Projecto

“Cartas de Amor, do escritor ao leitor”

Quando a Literatura vive na vida…..

"As cartas de amor começam sem saber o que se vai dizer, e

terminam sem saber o que se disse" .

Page 2: Projecto Cartas de Amor

in Jean Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo

1. Preâmbulo:

“ Cartas de amor, quem as não tem?...” Pois parece que há muita

gente. Que as não tem, entenda-se. E que gostava muito de as ter.

Quem não?...

[….]” Cartas de amor, pedaços de dor sentida de alguém…” Pedaços

de dor, sim, pode ser, às vezes, mas muito mais que isso, muitos

mais pedaços de muito mais coisas bonitas e boas de sentir – e de

dizer e de escrever.

“Cartas de amor, andorinhas que, num vaivém, levam bem saudades

minhas…”

in Joaquim Fidalgo, Jornal “Público”, Agosto de 2006.

2. Objectivos

2.1. - da “Carta” como conteúdo programático do 10ºano (Textos de

carácter autobiográfico):

- DISTINGUIR FACTOS DE ATITUDES E SENTIMENTOS:

Identificar marcas do texto autobiográfico;

Relatar vivências e experiências;

Exprimir sentimentos e emoções;

Aumentar a capacidade de auto análise e aceitação do

outro.

Page 3: Projecto Cartas de Amor

Adequar o discurso à situação comunicativa;

Adquirir métodos e técnicas de pesquisa, registo e

tratamento da informação;

Incrementar a capacidade de comunicação oral e escrita;

Desenvolver o espírito crítico.

2.2. - de “Cartas de amor: do escritor ao leitor”:

Motivar, através do projecto, a compreender a História, a

Literatura, a Filosofia e qualquer conteúdo da vida;

Descobrir, através da contextualização temporal e

espacial, as correntes literárias e artísticas, os problemas

vivenciados;

Aproximar a Literatura de outras artes e até da arte de

viver;

Pesquisar e projectar o espólio cultural e pessoal;

Melhorar a interacção e a transversalidade;

Desenvolver o espírito crítico e criativo através da

linguagem como processo de diálogo e veículo de ética e

valores;

Estimular embriões de projectos pedagógicos inseridos

num plano de actividades mais interdisciplinar e

adequado à consecução do projecto Educativo.

3. Conteúdos:

Page 4: Projecto Cartas de Amor

De acordo com o tema escolhido, a desenvolver com as turmas,

alunos e professores que se associem ao Projecto, tendo em conta

as seguintes vertentes:

3.1. Cartas de amor de escritores;

3.2. Cartas de amor inseridas em obras literárias;

3.3. Cartas de amor adaptadas a artes como o cinema, teatro,

bailado, pintura, artes e tradições populares, etc.

3.4. Cartas de amor pessoais (familiares ou escritas por nós).

4. Estratégias e actividades:

4.1. Trabalho de pesquisa, cooperação e de grupo;

4.2. Envolvimento com os encarregados de educação (o baú da

família);

4.2. Trabalho individual;

4.3. Trabalho associado a diversos materiais: fichas de

acompanhamento, informáticos, utilização de vários tipos de papel

e tecidos (ex.: lenços tradicionais);

4.4. Exposição:

- dos trabalhos que se vão desenvolvendo;

- dos trabalhos vencedores.

5. Calendário:

Durante o 1º período.

6. Conclusão: Escrever é um acto de amor. Escrever cartas de amor,

mesmo que a linguagem nos pareça mais pobre; foi, é e será

Page 5: Projecto Cartas de Amor

sempre, um acto de amor de enorme riqueza, um tesouro para

quem escreve e, sobretudo, para quem lê.

Álvaro de Campos ( Fernando Pessoa) 

Todas as Cartas de Amor são Ridículas 

       Todas as cartas de amor são        Ridículas.        Não seriam cartas de amor se não fossem        Ridículas.

       Também escrevi em meu tempo cartas de amor,         Como as outras,        Ridículas.

       As cartas de amor, se há amor,         Têm de ser        Ridículas.

       Mas, afinal,        Só as criaturas que nunca escreveram         Cartas de amor         É que são        Ridículas.

       Quem me dera no tempo em que escrevia         Sem dar por isso        Cartas de amor        Ridículas.

       A verdade é que hoje         As minhas memórias         Dessas cartas de amor         É que são        Ridículas.

       (Todas as palavras esdrúxulas,        Como os sentimentos esdrúxulos,        São naturalmente        Ridículas.)