26
Projecto de Redes de Computadores I 2005/2006 Campus de Instituição de Ensino Superior Hugo Laibaças 4444

Projecto de Campus - Laibit · O projecto visa a elaboração de uma rede informática para um campus com uma área bruta de aproximadamente 108.000m 2 ... (por exemplo, stockable

Embed Size (px)

Citation preview

Projecto de Redes de Computadores I

2005/2006

Campus

de

Instituição de Ensino Superior

Hugo La ibaças

4444

2

Índice

Introdução 3

1. Definição do ambiente de projecto 4

1.1. Objecto do projecto 4

1.2. Definição dos princípios orientadores 4

1.2.1. Cablagem 4

1.2.2. Tecnologias 6

1.2.3. Equipamentos 7

1.3. Estrutura lógica 8

1.4. Estrutura f ísica 9

2. Especificação dos materiais e equipamentos 11

2.1. Equipamento passivo e cablagem 11

2.2. Especif icação do equipamento activo de dados 12

3. Endereços IP 13

3.1. Identif icação e análise das sub-redes 13

3.2. Atribuição dos endereços 15

Anexos

Anexo A: Tabelas 18

Anexo B: Peças desenhadas 22

Lista de acrónimos e abreviaturas 25

Bibliografia 26

3

Introdução

Este projecto consiste na definição da infra-estrutura de rede dos 3

primeiros níveis do modelo OSI para um campus de uma Instituição e Ensino

Superior (IES).

Ao longo do projecto serão tomadas decisões que visam assegurar as

premissas que do enunciado do projecto fazem parte, com o objectivo de se

constituir uma infra-estrutura ofereça recursos para satisfazer as

necessidades da instituição em objecto.

4

1. Definição do ambiente de projecto

A definição do ambiente do projecto inclui a identif icação do ambiente do

projecto, a definição dos princípios orientadores, a apresentação da

arquitectura lógica e a análise da estrutura f ísica da infra-estrutura.

1.1. Objecto do projecto

O projecto visa a elaboração de uma rede informática para um campus com

uma área bruta de aproximadamente 108.000m2 (400mx270m), que engloba

11 edif ícios (Figura B.1, Anexo B), sendo a maioria constituídos por vários

pisos.

A infra-estrutura deverá ter capacidade para dar resposta a um total de

cerca de 1058 util izadores, distribuídos por todos os edif ícios, conforme

Tabela A.2 do Anexo A.

A rede informática deverá ter uma intranet que ofereça suporte a diversos

serviços disponíveis para todos os uti l izadores, de forma a evitar acessos ao

exterior do campus.

Deverá ter também características de elevada disponibil idade, f iabil idade,

tolerância a falhas e redundância, de forma a garantir, tanto quanto

possível, comunicações constantes e continuadas, de qualidade, em

qualquer ponto do campus.

Dado o investimento considerável que representa, a infra-estrutura a

instalar deverá ter um horizonte temporal o mais alargado possível, com boa

capacidade de evolução e expansão, não só em termos de uti l izadores, como

em termos de volume e tipo de tráfego.

1.2. Definição dos princípios orientadores

É aqui apresentado um conjunto de princípios orientadores para os diversos

aspectos do projecto, nomeadamente para a cablagem, tecnologias a

adoptar e para o equipamento activo a instalar.

1.2.1. Cablagem

Dado tratar-se de um campus de uma Instituição de Ensino Superior, onde

existe um conjunto de serviços que se pretende oferecer a todos os

5

util izadores e porque se pretende que a rede tenha um tempo de vida

relativamente elevado, decidiu-se implantar um sistema de cablagem

estruturada, de forma a ser possível suportar um leque alargado de

tecnologias de comunicação e de aplicações telemáticas (dados, voz, vídeo,

multimédia, etc.), e suficientemente flexíveis para poderem acompanhar a

evolução das TIC e o crescimento das organizações sem necessidade de

alterações frequentes nos componentes instalados. Nesta perspectiva, será

implantada uma cablagem estruturada e com os seguintes princípios

genéricos:

• Normalização – no subsistema horizontal, instalação blindada de

tomadas, painéis e cablagem S/UTP, com propriedades LSZH (Low Smoke

Zero Halogen), de acordo com as normas internacionais ISO/IEC 11801 e

com a norma europeia EN 50173. O subsistema de backbone de edifício e

o subsistema de backbone de campus será realizado util izando cabo de

f ibra óptica (de 8 pares), de acordo com as normas 802.3 e 802.3u,

respectivamente, igualmente previstas na norma internacional ISO/IEC

11801;

• Capacidade – no subsistema horizontal, instalação de cabos de par

entrançado S/UTP, com largura de banda de 100 MHz (l igações de classe

D) em quatro pares, possibil itando comunicações a 1 Gbps;

• Funcionalidade – o backbone de infra-estrutura deverá oferecer suporte

para tecnologias de comunicação em rede local (Ethernet, FastEthernet,

GigabitEthernet e ATM), bem como possibil idade de interligação de

acordo com as normas de comunicação série assíncrona (terminais não

inteligentes, l igações a modems e impressoras) e capacidade de

integração de voz na cablagem (telefones e fax). Para além disso, deverá

ser instalada cablagem redundante, especialmente no que diz respeito ao

backbone de campus (conforme ilustra a Figura B.2, Anexo B).

• Adaptabilidade – capacidade de adaptação a mudanças nos

equipamentos terminais, de modo a poder ser instalado qualquer

equipamento de voz ou informático, com capacidade de comunicação a

10, 100 ou a 1000 Mbps, em qualquer dos postos de trabalho;

• Flexibilidade – instalação de tomadas para acesso à rede em todos os

compartimentos em que esteja prevista a necessidade de uti l ização de

equipamento informático ou de voz.

6

Estes princípios genéricos garantem a máxima versatil idade de uti l ização da

cablagem, permitindo, sem necessidade de qualquer alteração, a escolha da

tecnologia mais adequada a cada momento.

1.2.2. Tecnologias

Relativamente às tecnologias de comunicação, tendo em conta as aplicações

previstas e tendo também em conta a relação custo/desempenho das

tecnologias disponíveis, serão uti l izadas as seguintes opções tecnológicas:

• Postos de trabalho normais – tecnologia Ethernet, na variante 10-

Base-T comutada, nos postos de trabalho sem exigências de débito

elevado. A adopção desta solução é motivada pelo facto de se tratar de

tecnologia com muito bom desempenho e normalizada (norma IEEE

802.3);

• Postos de trabalho especiais – tecnologia FastEthernet, na variante

100-Base-TX comutada, nas l igações dos servidores informáticos e postos

de trabalho com necessidades especiais, sendo uma tecnologia com um

excelente desempenho e também normalizada (norma IEEE 802.3u);

• Ligações de backbone – tecnologia FastEhernet, na variante 100-Base-

FX, comutada, também regida pela norma IEEE 802.3u;

• Ligações de voz – tecnologia analógica (a dois f ios) e/ou digital (RDIS

ou tecnologias proprietárias a dois e a quatro f ios) nas l igações dos

terminais de voz ao PPCA (central telefónica).

• Acesso ao exterior – suporte de um leque alargado de opções

tecnológicas no acesso ao exterior (RDIS, Frame Relay, tecnologia série

síncrona, etc.), de modo a poder ser, em cada momento e para cada

situação, seleccionada a melhor opção em termos da sua relação

custo/desempenho.

A diferenciação entre postos de trabalho normais e especiais, assenta em

princípios de gestão da largura de banda, uma vez que como nem todos os

postos de trabalho terão as mesmas necessidades, não deverão consumir os

mesmos recursos.

7

1.2.3. Equipamentos

Os equipamentos activos a instalar deverão respeitar os seguintes princípios

genéricos:

• Normalização – deverão ser uti l izados equipamentos que respeitem as

normas internacionais relativas a comunicação de dados e protocolos de

comunicação, concretamente, normas ISO, ITU-T, IEEE, EIA e às normas

de facto IETF;

• Modularidade – preferencialmente, deverão ser uti l izados equipamentos

modulares ou de funcionalidade equivalente (por exemplo, stockable),

reconfiguráveis, de forma a poderem acompanhar modif icações na infra-

estrutura;

• Expansibilidade – deverão ser uti l izados equipamentos com capacidade

vaga e margens para futuras expansões, de forma a poderem

acompanhar o crescimento da infra-estrutura;

• Funcionalidade – a comunicação entre todos os equipamentos da rede

deverá ser realizado em modo ful l-duplex; os equipamentos deverão

suportar as arquitecturas de comunicação TCP/IP, IPX/SPX (Novell) e

NetBIOS/NetBEUI, bem como de todas as aplicações suportadas por estas

arquitecturas protocolares;

• Disponibilidade – os equipamentos deverão possuir características de

tolerância a falhas, na medida em que deverão dispor de capacidades de

auto-diagnóstico e de possibil idade de montagem de fontes de

alimentação redundantes e de substituição de módulos sem interrupção

do funcionamento (módulos hot-swapable);

• Segurança – os equipamentos deverão dispor, na medida do possível, de

mecanismos de segurança que garantam protecção contra intrusões,

escutas e outros ataques à segurança dos equipamentos, aplicações e

informação. Estas características ganham particular relevância nos

equipamentos do subsistema de acesso ao exterior;

• Facilidade de gestão – os equipamentos deverão dispor da possibil idade

de gestão e monitorização remota e permitirem login remoto para tarefas

de manutenção e monitorização.

8

1.3. Estrutura lógica

Na decomposição modular vai ser adoptado um modelo composto por seis

níveis hierárquicos (subsistemas), a partir dos quais se irá desenvolver a

estrutura f ísica.

Subsistema horizontal

Interliga cada posto de trabalho com o distribuidor (ou bastidor).

Neste subsistema será adoptada uma topologia f ísica em estrela (de acordo

com as normas 802.3 e 802.3u), construída em cabo S/UTP, que

estabelecerá a conexão entre o distribuidor de piso e as tomadas, onde se

fará a l igação dos postos de trabalho.

Subsistema de backbone de edifício

Será uti l izado neste caso, uma topologia f ísica em barramento.

Para constituição do backbone de edif ício será uti l izado cabo de f ibra óptica

multimodo, de 8 pares, obedecendo à norma ISO/IEC 11801.

Subsistema de backbone de campus

Será uti l izado neste caso, uma topologia f ísica em anel, combinado com uma

topologia em estrela, de forma a criar redundância nas l igações. Será

também util izado cabo de f ibra óptica multimodo, de 8 pares, obedecendo

igualmente à norma ISO/IEC 11801.

Subsistema de acesso

Engloba os circuitos de comunicação com o exterior.

A l igação da rede do campus ao exterior será efectuada com recurso a um

operador, acessível a partir do distribuidor principal. O acesso à Internet

será realizado através de um f irewall.

Subsistema de distribuição

Refere-se às l igações entre o subsistema de acesso até um dos nós do

subsistema de núcleo.

A l igação é efectuada por fibra óptica, l igando o router dos serviços de

informática (nó que pertence ao subsistema de núcleo) a um f irewall, que

por sua vez é l igado a um gateway.

Subsistema de núcleo

Corresponde ao nível onde é realizada a interligação do conjunto dos nós

principais da infra-estrutura (nós de core).

9

Cada sub-rede (que está concentrada num nó) será conectada a um

comutador (switch de campus) de elevado desempenho, que se situará no

edif ício dos serviços informáticos.

1.4. Estrutura física

A estrutura f ísica é obtida a partir da decomposição da estrutura lógica no

conjunto de elementos que integram cada um dos subsistemas de

comunicação.

A localização das tomadas para voz e postos de trabalho informáticos deve

resultar de um levantamento, preferencialmente, in loco. Na determinação

do número e localização das tomadas devem ser consideradas as

necessidades actuais e previsíveis de cada sector, sendo deixada margem

que garanta uma razoável f lexibil idade de localização.

Em cada posto de trabalho será instalada uma tomada ISO 8877

(vulgarmente designadas de RJ45).

As tomadas serão servidas a partir do distribuidor de piso, que será

equipado com painéis passivos de patching (para l igação às tomadas), sendo

nele também instalado o equipamento de rede activo.

Dado o elevado número de tomadas, e numa perspectiva de expansibil idade

e simplif icação, em todos os edif ícios existirá um distribuidor por piso, que

deverá albergar todo o equipamento associado à rede do piso (subsistema

horizontal), nomeadamente o switch (comutador).

Apenas o distribuidor do piso zero de cada edif ício terá instalado um router

e um switch. Cada distribuidor dos restantes de pisos terá apenas um

switch. Os switchs de cada piso do edif ício, irão estar interligados entre si,

através de cabo de f ibra óptica multimodo, de 8 pares cada. Estas l igações

correspondem ao subsistema de backbone de edif ício.

De acordo com os princípios atrás definidos, no subsistema horizontal será

instalada uma cablagem em cabo S/UTP (Screened/Unshielded Twisted Pair)

de Categoria 5. A escolha de uti l ização deste tipo de cabo recai sobre

seguintes motivos:

• dado que o cabo possui uma blindagem exterior, oferece alguma

protecção contra interferências electromagnéticas;

10

• por ser de Categoria 5, oferece capacidade de suporte a aplicações e

serviços que pressuponham altos débitos nas comunicações;

No que diz respeito às f ibras ópticas, no backbone de campus serão usados

cabos de oito f ibras ópticas multimodo, com armadura de aço, destinadas à

uti l ização no exterior. Para uti l izações no interior (bacbone de edif ício) será

uti l izado cabo com as mesmas características, mas com revestimento em

PVC.

É uma premissa deste projecto, minimizar o impacto resultante do facto de

o número de uti l izadores aumentar substancialmente num determinado

edif ício, pois, tal facto não deve contribuir para prejudicar o desempenho da

rede noutros edif ícios do campus. Para alcançar este objectivo, cada edif ício

constituirá uma sub-rede (subnet). Todas as sub-redes (edif ícios) estarão

l igadas entre si através de l igações f ísicas redundantes.

Como já foi referido, o backbone será constituído por duas cablagens

independentes (ver Figura B.2, Anexo B), de forma a garantir redundância

nas comunicações. Os traçados possuem as seguintes características:

• Traçado representado a cor-de-laranja

Este traçado afigura uma topologia em anel.

Cada edif ício representa uma rede independente, que estará acessível a

partir de dois edif ícios que lhe estão próximos.

• Traçado representado a azul

Este traçado afigura uma topologia em estrela.

Será uti l izado um switch para interligar os vários nós do backbone de

campus, correspondentes às sub-redes provenientes dos edif ícios. Esse

switch estará localizado no edif ício dos serviços informáticos.

Para uma melhor compreensão do resultado da conjugação dos dois

traçados, aconselha-se a análise da Figura B.7. O switch que está ao centro

da f igura localiza-se no edif ício dos serviços informáticos, estando apenas

representado ao centro por uma questão de simplif icação da i lustração e

compreensão.

Os switchs terão como função o suporte da l igação dos servidores, routers e

postos de trabalho.

O distribuidor a partir do qual se fará o acesso ao exterior, f icará localizado

no piso zero do edif ício dos serviços informáticos, o qual passará a ser

11

denominado de distribuidor principal (DP). Este, será semelhante aos

distribuidores de piso dos restantes edif ícios, contudo, terá instalado mais

algum equipamento activo, como o f irewall e um router multiprotocolo,

deforma a garantir segurança à rede e permitir acesso ao exterior. Junto a

este distribuidor f icará também o PPCA, de modo a facil itar a sua

interligação com este equipamento.

Para possibil itar a integração de serviços de voz na cablagem estruturada,

serão estabelecidas l igações de cabo de Categoria 3 entre o distribuidor

principal, de modo a serem garantidos, através de patching adequado,

acessos ao PPCA em todos os postos de trabalho equipados com tomadas

ISO 8877.

As l igações ao exterior serão executadas através de circuitos digitais

comutados RDIS. O PPCA e o router multiprotocolo suportarão estas

l igações.

2. Especificação dos materiais e equipamentos

Com base nos princípios orientadores, anteriormente definidos, são agora

apresentadas as especif icações dos equipamentos activos (dados e voz),

passivos e cablagem, necessários à construção da infra-estrutura. É

especif icado ainda o f irewall, que garantirá a segurança das comunicações

com o exterior.

2.1. Equipamento passivo e cablagem

Considera-se equipamento passivo, o distribuidor devidamente equipado

com painéis de l igação (patch panels), o cabo S/UTP, o cabo de f ibra óptica,

as tomadas de conectores ISO 8877 e os chicotes de patching (patching

cords).

Os distribuidores de piso deverão ser equipados com painéis passivos para

tomadas ISO 8877, destinados às l igações de cabo S/UTP, referentes às

l igações do subsistema horizontal, devendo além disso, albergar todo o

equipamento associado à rede local.

O distribuidor principal deverá conter também, equipamento destinado às

comunicações com o exterior.

Na interligação de todos dos distribuidores será usada f ibra óptica (de 8

pares), obedecendo à norma ISO/IEC 11801.

12

A instalação dos distribuidores deverá ser efectuada de acordo com as

normas IEC 297, DIN 41494 e EIA RS310C.

As características específ icas (dimensões, número e tipo de painéis, e guias

de cabos de patching) de cada distribuidor a instalar, deverão ser

determinadas pela quantidade e tipo de tomadas que dele irradiam. Na

determinação da configuração do distribuidor foram seguidas as seguintes

regras:

• as dimensões são estabelecidas de acordo com o número de tomadas

servidas e o equipamento previsto, deixando uma margem para a

instalação de equipamento adicional que se venha a revelar necessário;

• determinação do número de painéis de forma a deixar alguma margem

para a eventual instalação de tomadas adicionais;

• colocar as l igações às tomadas ISO 8877 e as l igações ao PPCA em

painéis diferentes; colocar um guia de patching entre cada dois painéis e

entre os painéis e o equipamento activo.

Os chicotes de ligação (patch cords) são destinados à l igação do

equipamento activo (switch) e os painéis passivos (patch panels), dentro do

distribuidor, e entre as tomadas e o equipamento informático.

2.2. Especificação do equipamento activo de dados

Considera-se equipamento activo de dados, todo o equipamento gerador,

receptor ou conversor de sinais eléctricos ou ópticos. No presente caso, as

peças mais importantes do equipamento são o router, router multiprotocolo,

o switch e o f irewall. É ainda especif icada uma UPS para alimentação do

equipamento activo.

As l igações da rede serão suportadas por routers e comutadores (switchs)

de N portas 10-Base-T/100-Base-TX/100-Base-FX, com auto-sensering e

suporte de VLAN’s.

Os switchs (comutadores) terão como função o suporte da l igação do

backbone de campus, dos servidores e as l igações dos postos de trabalho,

quer sejam a 10 Mbps ou a 100 Mbps.

13

O router multiprotocolo deverá ser instalado no distribuidor principal

(edif ício SI) e garantirá o acesso ao exterior. Este equipamento poderá

também desempenhar funções de packet fi lter (por f i ltragem de endereços),

garantindo em conjugação com o f irewall, a segurança contra intrusões na

intranet.

O sistema de f irewall a instalar visa garantir a protecção contra intrusões de

origem externa. Será composto por um pacote de software instalado em

hardware dedicado, ou, em alternativa, instalado num computador com

configuração adequada, consoante a solução adoptada.

Para garantir uma alimentação ininterrupta do equipamento activo de

comunicações (router e switch), serão instaladas unidade de alimentação

ininterrupta (UPS).

3. Endereços IP

Com o objectivo de minimizar o desperdício de endereços IP, dado que

existem sub-redes (subnets) de diferentes tamanhos, será uti l izado VLSM

(Variable Length Subnet Masks) para o cálculo das máscaras de rede e

consequente constituição dos endereços a atribuir.

3.1. Identificação e análise das sub-redes

Antes de mais, é necessário identif icar o número de hosts e as sub-redes

irão constituir a rede geral.

O número de sub-redes resulta da topologia conferida à infra-estrutura. De

acordo com a estrutura projectada para a IES e com as necessidades

apuradas, foram identif icadas 23 sub-redes e 1092 hosts.

Serão util izados endereços privados para constituição dos endereços

referentes a cada uma das sub-redes.

Dado o número de hosts, torna-se necessário uti l izar um endereço privado

de classe B, que neste caso será 172.16.0.0, sendo o mais adequado às

circunstâncias e deixando capacidade para continua expansão.

De seguida é efectuada a análise de todas as sub-redes, de onde será

depois extraída a informação para realização da tabela de VLSM.

14

Rede SI:

21 endereços IP � Bloco de 32 (25) � 5 bits para hosts

11 bits para redes � Total de subnets = 2048 (211)

Possíveis subnets = 0.0 0.32 0.64 0.96 0.128 0.160 0.192 …

Máscara = 255.255.255.224 (/27)

Rede SC:

31 endereços IP � Bloco de 32 (25) � 5 bits para hosts

11 bits para redes � Total de subnets = 2048 (211)

Possíveis subnets = 0.0 0.32 0.64 0.96 0.128 0.160 0.192 …

Máscara = 255.255.255.224 (/27)

Rede EC:

201 endereços IP � Bloco de 256 (28) � 8 bits para hosts

8 bits para redes � Total de subnets = 256 (28)

Possíveis subnets = 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 …

Máscara = 255.255.255.0 (/24)

Rede CB:

41 endereços IP � Bloco de 64 (26) � 6 bits para hosts

10 bits para redes � Total de subnets = 1024 (210)

Possíveis subnets = 0.0 0.64 0.128 0.192 1.0 1.64 1.128 …

Máscara = 255.255.255.192 (/26)

Rede BS:

126 endereços IP � Bloco de 128 (27) � 7 bits para hosts

9 bits para redes � Total de subnets = 512 (29)

Possíveis subnets = 0.0 0.128 1.0 1.128 2.0 2.128 3.0 3.128 …

Máscara = 255.255.255.128 (/25)

Rede P:

4 endereços IP � Bloco de 8 (23) � 3 bits para hosts

13 bits para redes � Total de subnets = 8192 (213)

Possíveis subnets = 0.0 0.8 0.16 0.24 0.32 0.40 0.48 0.56 …

Máscara = 255.255.255.248 (/29)

Rede DepI:

151 endereços IP � Bloco de 256 (28) � 8 bits para hosts

8 bits para redes � Total de subnets = 256 (28)

Possíveis subnets = 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 …

Máscara = 255.255.255.0 (/24)

15

Rede DepF:

91 endereços IP � Bloco de 128 (27) � 7 bits para hosts

9 bits para redes � Total de subnets = 512 (29)

Possíveis subnets = 0.0 0.128 1.0 1.128 2.0 2.128 3.0 3.128 …

Máscara = 255.255.255.128 (/25)

Rede DepQ:

181 endereços IP � Bloco de 256 (28) � 8 bits para hosts

8 bits para redes � Total de subnets = 256 (28)

Possíveis subnets = 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 …

Máscara = 255.255.255.0 (/24)

Rede DepE:

91 endereços IP � Bloco de 128 (27) � 7 bits para hosts

9 bits para redes � Total de subnets = 512 (29)

Possíveis subnets = 0.0 0.128 1.0 1.128 2.0 2.128 3.0 3.128 …

Máscara = 255.255.255.128 (/25)

Rede DepM:

121 endereços IP � Bloco de 128 (27) � 7 bits para hosts

9 bits para redes � Total de subnets = 512 (29)

Possíveis subnets = 0.0 0.128 1.0 1.128 2.0 2.128 3.0 3.128 …

Máscara = 255.255.255.128 (/25)

Rede A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, L:

2 endereços IP � Bloco de 4 (22) � 2 bits para hosts

14 bits para redes � Total de subnets = 16384 (214)

Possíveis subnets = 0.0 0.4 0.8 0.12 0.16 0.20 0.24 0.28 …

Máscara = 255.255.255.252 (/30)

Rede X:

11 endereços IP � Bloco de 16 (24) � 4 bits para hosts

12 bits para redes � Total de subnets = 4096 (212)

Possíveis subnets = 0.0 0.16 0.32 0.48 0.64 0.80 0.96 0.112 …

Máscara = 255.255.255.240 (/28)

3.2. Atribuição dos endereços

Depois de analisadas todas as redes que constituem a rede geral, ir-se-á

organizar e atribuir os endereços às sub-redes, da forma que se julga ser

16

mais eficiente. Após escolhidos os endereços para cada uma das sub-redes,

foram elaboradas as Tabelas A.3 e A.4 que constam no Anexo A. A partir

dessas tabelas será extraída a informação para posterior configuração dos

routers que servem de suporte às l igações da rede informática.

17

Conclusão

Este projecto foi minuciosamente elaborado de acordo com os princípios e

normas em vigor, com o objectivo de construir uma infra-estrutura estável e

com boa disponibil idade, mesmo nas situações mais exigentes.

As opções tecnológicas tomadas ao nível do equipamento passivo e activo,

recaíram sobre dois aspectos fundamentais: a relação preço/desempenho

(dentro do que é usual actualmente) e a eficiência da rede face aos

requisitos solicitados, se bem que, a maioria das opções penderam para o

lado da eficiência, dado esse ser um dos objectivos primordiais do projecto.

Houve uma clara preocupação em projectar uma rede facilmente escalável e

com uma estrutura que ofereça suporte para uma futura migração

tecnológica, ao nível dos vários subsistemas.

A solução implementada ao nível do backbone de campus (núcleo das

comunicações), foi projectada com recurso à tecnologia FastEthernet (100

Mbps), contudo, no futuro, se assim se tornar necessário por imposição das

necessidades, poderá ser transposta para tecnologia GigabitEthernet (1000

Mbps), ou outras, uma vez que a cablagem implementada oferece esse

suporte, bastando apenas substituir alguns equipamentos.

Para a exposição das soluções apresentadas ao longo deste documento,

tentou uti l izar-se uma estrutura organizada, para que da sua elaboração

resultasse um projecto facilmente interpretável, e que reflectisse da forma

mais fiel possível a ideia de quem o projectou.

Hugo Alexandre Lopes Laibaças

ESTIG – Esco la Super ior de Tecnolog ia e Gestão de Beja

A luno n.º 4444 – Engenhar ia Informát ica - Nocturno

Emai l: hugoal l@io l .pt

18

Anexo A: Tabelas

Edifício Sigla Pisos

1 Departamento de Matemática DepM 4

2 Departamento de Física DepF 3

3 Departamento de Eng. Química DepQ 3

4 Departamento de Eng. Electrotécnica DepE 3

5 Departamento de Eng. Informática DepI 5

6 Edi f íc io Comum EC 3

7 Serviços Centrais SC 2

8 Bibl ioteca e Secretaria BS 3

9 Portaria P 1

10 Cantina/Bar CB 2

11 Serviços Informáticos SI 2

Tabela A.1 – Discriminação dos edif ícios que compõem o campus

Edifício Util izadores

Departamento de Matemática 120

Departamento de Física 90

Departamento de Eng. Química 180

Departamento de Eng. Electrotécnica 90

Departamento de Eng. Informática 150

Edi f íc io Comum 200

Serviços Centrais 60

Bibl ioteca e Secretaria 125

Portaria 3

Cantina/Bar 20

Serviços Informáticos 20

Tabela A.2 – Distribuição das necessidades em número de uti l izadores

19

Rede Descrição Hosts Block Subnet ID Mask First Host Last Host Broadcast

EC Rede do Edifício Comum 200+1 256 172.16.0.0 255.255.255.0 (/24) 172.16.0.1 172.16.0.254 172.16.0.255

DepI Rede do Dep. Eng. de Informática 150+1 256 172.16.1.0 255.255.255.0 (/24) 172.16.1.1 172.16.1.254 172.16.1.255

DepQ Rede do Dep. de Química 180+1 256 172.16.2.0 255.255.255.0 (/24) 172.16.2.1 172.16.2.254 172.16.2.255

BS Rede da Biblioteca e Secretaria 125+1 128 172.16.3.0 255.255.255.128 (/25) 172.16.3.1 172.16.3.126 172.16.3.127

DepF Rede do Dep. de Física 90+1 128 172.16.3.128 255.255.255.128 (/25) 172.16.3.129 172.16.3.254 172.15.3.255

DepE Rede do Dep. de Eng. Electrotécnica 90+1 128 172.16.4.0 255.255.255.128 (/25) 172.16.4.1 172.16.4.126 172.16.4.127

DepM Rede do Dep. de Matemática 120+1 128 172.16.4.128 255.255.255.128 (/25) 172.16.4.129 172.16.4.254 172.16.4.255

CB Rede da Cantina/Bar 40+1 64 172.16.5.0 255.255.255.192 (/26) 172.16.5.1 172.16.5.62 172.16.5.63

SI Rede dos Serviços Informáticos 20+1 32 172.16.5.64 255.255.255.224 (/27) 172.16.5.65 172.16.5.94 172.16.5.95

SC Rede dos Serviços Centrais 30+1 32 172.16.5.96 255.255.255.224 (/27) 172.16.5.97 172.16.5.126 172.16.5.127

X Rede que liga todos os edifícios ao edifício SI 10+1 16 172.16.5.144 255.255.255.240 (/28) 172.16.5.145 172.16.5.142 172.16.5.143

P Rede da Portaria 3+1 8 172..16.5.144 255.255.255.248 (/29) 172.16.5.145 172.16.5.150 172.15.5.151

A Rede entre o edifício SI e SC 2 4 172.16.5.152 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.153 172.16.5.154 172.16.5.155

B Rede entre o edifício SC e EC 2 4 172.16.5.156 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.157 172.16.5.158 172.16.5.159

C Rede entre o edifício EC e CB 2 4 172.16.5.160 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.161 172.16.5.162 172.16.5.163

D Rede entre o edifício CB e BS 2 4 172.16.5.164 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.165 172.16.5.166 172.16.5.167

E Rede entre o edifício BS e P 2 4 172.16.5.168 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.169 172.16.5.170 172.16.5.171

F Rede entre o edifício P e DepI 2 4 172.16.5.172 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.173 172.16.5.174 172.16.5.175

G Rede entre o edifício DepI e DepF 2 4 172.16.5.176 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.177 172.16.5.178 172.16.5.179

H Rede entre o edifício DepF e DepQ 2 4 172.16.5.180 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.181 172.16.5.182 172.16.5.183

I Rede entre o edifício DepQ e DepE 2 4 172.16.5.184 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.185 172.16.5.186 172.16.5.187

J Rede entre o edifício DepE e DepM 2 4 172.16.5.188 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.189 172.16.5.190 172.16.5.191

L Rede entre o edifício DepM e SI 2 4 172.16.5.192 255.255.255.252 (/30) 172.16.5.193 172.16.5.194 172.16.5.195

Tabela A.3 – VLSM

20

21

Tabela A.4 – Endereços IP das subnets (VLSM)

22

Anexo B: Peças desenhadas

Figura B.1 – Organização do campus

Figura B.2 – Traçado redundante do bacbone de campus

23

Figura B.3 – Estrutura geral do bacbone de campus

Figura B.4 – Ilustração do subsistema de backbone de piso

Figura B.5 – Ilustração do subsistema horizontal

24

Figura B.6 – Esquema geral da rede

Figura B.7 – Representação das sub-redes

25

Lista de Acrónimos e Abreviaturas

ATM Asynchronous Transfer Mode

DIN Deutsche Institute fur Normung

DTE Data Terminal Equipment

EIA Electrical Industries Association

IEC International Electrotechnical Commission

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

IETF Internet Engineering Task Force

IP Internet Protocol

ISO International Organization for Standardization

ITU International Telecomunications Union

ITU-T International Telecomunications Union – Telecomunicatios Sector

LSZH Low Smoke Zero Halogen

PPCA Posto Privado de Comutação Automática

PVC Permanent Virtual Circuit

RDIS Rede Digital com Interligação de Serviços

S/UTP Screened/Unshielded Twisted Pair

TCP Transmission Control Protocol

TIC Tecnologias de Informação e Comunicação

UPS Uninterrupted Power Supply

UTP Unshielded Twisted Pair

VLAN Virtual Lan Area Netwaork

VLSM Variable Length Subnet Masks

26

Bibliografia

• CCNA Cisco Certif ied Network Associate; Todd Lammle; Editora

Sybex

• Redes CISCO Para Profissionais; Mário Vestias; Editora FCA

• Engenharia de Redes Informáticas; Edmundo Monteiro,

Fernando Boavida; Editora FCA