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Universidade Estadual de Goiás - UEG AVALIAÇÃO DO PROJETO DE COTAS PARA NEGROS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS Projeto de Pesquisa apresentado à FAPEG (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás) com intuito de concorrer à chamada pública nº 003/2008, visando a obtenção de apoio à pesquisa na área referenciada pelo domínio 2: Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial. Com o tema: Políticas de igualdade racial e Cotas na UEG.

Projeto Cotas-ueg 1º

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Texto detalha sobre o projeto de cotas da UEG

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Mary Anne Vieira Silva

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Universidade Estadual de Gois - UEGAVALIAO DO PROJETO DE COTAS PARA NEGROS DAUNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOISProjeto de Pesquisa apresentado FAPEG (Fundao de Amparo a Pesquisa do Estado de Gois) com intuito de concorrer chamada pblica n 003/2008, visando a obteno de apoio pesquisa na rea referenciada pelo domnio 2: Polticas Pblicas de Promoo da Igualdade Racial. Com o tema: Polticas de igualdade racial e Cotas na UEG.Anpolis

2008RESUMOVisando analisar a situao enfrentada pela populao negra discente, por meio dos mecanismos de incluso no ensino superior pblico brasileiro, propomos analisar e avaliar o Sistema de Cotas na UEG implantada a partir de 2004. Para tanto, faz-se necessrio mapeamento do processo vivenciado pelos cotistas na UEG e como est sendo executado o projeto no que se refere ao cumprimento de todas as etapas previstas no momento da implementao do projeto. O deslindamento da questo permite o aprofundamento terico sobre o processo de incluso do negro no ensino pblico superior. Alm de apontar para uma interseccionalidade de questes pontuais e fundamentais que abordam a condio dessa populao no Brasil, e diretamente outras questes investigativas emergem e se vinculam como nuances do processo de incluso do negro. Dentre os objetivos destaca-se o interesse de avaliar o sistema de cotas na UEG.JUSTIFICATIVA

A trajetria do negro no Brasil marcada por heranas histrica, social e cultural que diretamente coloca esse sujeito histrico vinculado imagens que remonta e representa os indicadores que envolvem pobreza, analfabetismo, desemprego, baixos salrios, discriminao, excluso, misria, espoliao e expropriao de direitos e oportunidades diversas no contexto brasileiro. Ao remontar o ato simblico da princesa Isabel, em 13 de maio de 1888, no impediu que a herana da escravido continuasse apregoada na sociedade e chegasse at o sculo XXI vivenciada por situaes anacrnicas que reafirmam esse contexto histrico.

J se passam 120 anos da abolio da escravido e os negros continuam atrelados a uma luta por ascenso social e educacional visando alcanar melhores condies de vida. Mas a realidade que remete a ascenso educacional dos afrodescendentes ainda exige um enfrentamento complexo, no que se refere aos mecanismos de incluso dos mesmos e ao processo que promove sua visibilidade social.

Diante desta situao, o sistema educacional ainda no garante as condies de melhor acesso ao negro nas instncias que implicam em sua ascenso social. As disparidades se acentuam em termos das relaes tnico raciais no contexto brasileiro. Pavan (2002) afirma que h um oceano de intolerncia e injustia que separa brancos e negros no pas, sua colocao esta pautada nas desigualdades existentes, que podem ser dramatizadas se tomar como referncia dados de pesquisas que trabalham com a diferenciao de raas ou etnias.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) 2002, a populao negra brasileira corresponde a 45,3%, que inclui 5,4% de pretos e 39,9% de pardos. Outro estudo realizado tambm pelo IBGE, baseado em microdados da Pesquisa Nacional por Amostragem em Domiclios (PNAD/2002) aponta que a populao de afrodescendentes era predominante em trs grandes regies (aqui se considera a classificao adotada pelo IBGE das cinco regies): Norte Urbano (70,9%), Nordeste (70,1) e Centro Oeste (53%). No total essas trs regies abrigavam 61,8% da populao afro-brasileira. A regio Sudeste abrigava 34% do contingente de negros no Brasil, a regio Sul a que apresentava o menor desses ndices.

Ao observar a composio racial da populao brasileira, j se pode considerar que a populao negra no se relaciona em percentual, como minoria, e principalmente em determinadas regies. Esses dados associados insero e a permanncia no sistema educacional fazem suscitar inmeros questionamentos para incluso tnica e racial de discentes negros no ensino superior pblico. Para melhor aclarar, os dados do Instituto de Pesquisa Econmica e Aplicada (IPEA) 2001, apontam que apenas 2% dos discentes que se formaram nas universidades brasileiras (pblicas ou privadas) se constituam de estudantes negros.

Vrios cruzamentos interpretativos fortalecem essa dramatizao dos nmeros, ao analisar os dados do PNAD/1999 a taxa de participao de jovens no mercado de trabalho entre 15 e 17 anos apresenta uma elevao no que se refere a grupos raciais ou cor, e notadamente a participao dos afrodescendentes era mais elevada considerando as do branco, que so respectivamente 47,2% e de 42,0%.

Diante dessa apresentao estatstica apoiada na pesquisa realizada por PAIXO (2003, p. 313) se nota que a taxa de participao no mercado de trabalho dos jovens negros entre 10 e 14 anos e entre 15 e 17 anos era maior do que a taxa de participao dos jovens brancos desses mesmos grupos etrios. Diante desse aumento necessrio considerar que:

A busca freqente dos jovens por postos de trabalho no est atrelada com a satisfao de suas prprias necessidades materiais, disponibilidade e formao educacional, cada vez mais jovens no mercado de trabalho, em sua maioria negros, ligam s formas de explorao do trabalho (domstico, infantil, prostituio dentre outros)

Os jovens precisam trabalhar para contribuir com a renda familiar.

A insero no mercado de trabalho desses grupos etrios vincula-se ao aumento da taxas reprovao e desistncia nas escolas de jovens negros.

Os jovens negros/as apresentam maiores dedicaes ao mercado de trabalho do que aos estudos, conseqentemente entrar numa universidade se torna difcil

Esse aumento da taxa de jovens negros no mercado de trabalho em relao aos brancos de uma mesma faixa etria evoca uma densa problemtica no padro de ralaes raciais vigente no Brasil. Isto posto no significa afirmar que os negros possuem um maior rendimento econmico, em relao aos indivduos brancos, ocorre sua oposio, a situao representa a negao das condies de ascenso social do negro. Realidade visivelmente vista com ausncia da populao negra assumindo profisses prestigiadas, qualificadas e de comando no pas e o fato se agrava ao considerar a situao das mulheres, e em particular, negras.

Uma suposta cordialidade das relaes raciais vistas no Brasil,

Desencadeia uma naturalizao dos papis sociais de brancos e negros, isto faz com que crianas e jovens inseridos neste grupo racial ou cor, desde cedo, acostumem-se a ouvir e ver em suas casas, na rua, na escola e nos meios de comunicao, qual e/ou situao ideal/real so destinados aos negros/as dentro da sociedade brasileira, empregos mal remunerados, de baixo prestgio e com condies ocupacionais deplorveis (PAIXO, 2003, p. 343).

Tal fato faz com que cada vez mais os jovens afro-descendentes se ocupem com intensidade s atividades mais tradicionais, enfrentando condies de insalubridade e menos prestigiadas. Para tanto, tais colocaes leva a abordar o rendimento desses indivduos dentro de uma teoria do capital humano. O enfretamento aqui problematizar essas condies de subalternidade atribuda ao e do negro associada ao seu nvel escolarizao.

As polticas pblicas j existentes no Brasil buscam tratar dessas disparidades, mas valido ressaltar que essas polticas ainda no se tornaram mecanismos que representem uma poltica social considerada universal, ou melhor, o universo a ser beneficiado no foi contemplado com o acesso a poltica de correo.

Disso decorre observar que as polticas sociais no chegam nem perto de serem universais, em suma a discriminao contra os negros opera atravs da naturalizao do seu papel social, ocasionando desvantagem no processo competitivo de apropriao das escassas verbas existentes. Essa problemtica histrica e social do negro no Brasil, particulariza uma situao dramtica que o baixo nmero de afrodescendentes entre os universitrios nas universidades brasileiras, principalmente em cursos considerados de auto prestgio.

As polticas afirmativas vistas como aes de carter reparatrio, centradas na necessidade de incluso social e superao do isolamento das minorias surgem em meio a inmeros debates. As polticas de favorecimento de acordo com Paula (2004) funcionam como discriminao positiva, caminham no sentido reverso e compensam a ao discriminatria anterior. Portanto estas visam neutralizar efeitos da segregao histrica.

A adoo de tais aes contemplada pelo direito brasileiro j realidade em algumas universidades brasileiras, por meio das cotas para negros, elas facilitam o acesso educao de grupos excludos e um primeiro passo para o caminho da promoo social. A trajetria das polticas afirmativas traduz momentos lentos e particulares de conquista. De fato medidas concretas comearam a ser tomadas em meados dos anos de 2000 e 2001, quando aes para reverter desigualdades raciais tomaram novamente um lugar de prioridade na agenda do movimento Negro brasileiro, que veio a ampliar e buscar medidas para integrao e incluso no negro/a no ensino superior.

O reconhecimento do Governo Federal em abordar a discriminao racial como um forte obstculo para o pleno exerccio da cidadania favoreceu para uma nova fase no enfrentamento do racismo no pas. Alm de reconhecer a existncia e a relevncia dos problemas gerados pelo racismo reconhece-se a importncia de interlocuo do movimento negro e a necessidade de adotar polticas conhecidas como Aes Afirmativas.

Esta ao do governo aconteceu aps a participao brasileira na III Conferncia Mundial contra o Racismo, Discriminao Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerncia, realizada em Agosto Setembro de 2001 em Durban (frica do Sul) e promovida pela organizao das Naes Unidas (ONU). Ali deflagou-se um debate pblico em mbito nacional. Houve envolvimento de rgos e entidades no governamentais, interessadas em radiografar e elaborar propostas de superao dos problemas pautados pela conferncia.

Entre essas aes as que mais se destacaram foram a aprovao de portaria pelo Ministrio da Justia que previu o preenchimento de cargos de Direo e Assessoramento Superior - DAS, visto como requisito a garantia que at o final de 2001, a cota de 20% dos cargos para afrodescendentes, 20% para mulheres e 5% para pessoas portadoras de deficincia fsica. Outra atitude foi s licitaes e concorrncias pblicas promovida pelo Ministrio da Justia, em que se observar como critrio de admisso, a preferncia por fornecedores que assim comprovem a adoo de polticas de aes afirmativas.

Em mbito educacional o Supremo Tribunal Federal, lanou em dezembro de 2001, o primeiro edital de licitao prevendo cotas para negros. E o Ministrio da Educao criou em programas visando implementao de cursinhos preparatrios para o vestibular direcionados para jovens carentes, o Diversidade na Universidade, que ser mantido com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Dentre vrios iniciativas que resultaram na implantao das aes afirmativas cita-se a luta da comunidade negra brasileira, que apesar de viver h 500 anos em modelo de sociedade baseado em um racismo institucional e consequentemente, fundada na excluso, nunca desistiu de propor alternativas que viessem reverter o cenrio racial. Diante dessa apreciao sobre as aes afirmativas so vrios os argumentos que afirmam a necessidade implementao do sistema de cotas no ensino superior. Um dos mais discutidos que, em um pas cuja sua populao chega a 170 milhes de pessoas sendo que 45% ou 76,5 milhes de pessoas sejam negras (pretas e pardas segundo o IBGE) e que 22 milhes vivam abaixo da linha de pobreza inadmissvel a ausncia de mecanismos que possibilitem enfrentar de forma positiva e satisfatria essa realidade.

Sendo a populao brasileira considerada como mestia como se explica que:

Entre a populao com mais de 15 anos de, h 7,7% de brancos analfabetos e 18,2% de negros analfabetos, j entre pessoas de 25 anos ou mais com curso superior completo, 10,2 % da populao branca detm este ttulo, enquanto 2,5% dos negros possuem um curso superior e dos atuais universitrios brasileiros, 97% so brancos e apenas 2% so negros (BERNARDINO, 2004, p. 04, apud, HENRIQUES, 2001).

Entre argumentos que justificam a adoo de aes afirmativas para afrodescendentes no sistema educacional do Brasil e a implementao de cotas para negros no ensino superior brasileiro, Flavia Piovesan, em seu artigo sobre o STF e a Diversidade Racial (2004), ressalta trs argumentos que sustentem a necessidade de tais medidas no Brasil.

O primeiro se refere a exigncia de uma educao voltada para valores e para promoo de diversidade tnico-racial. O objetivo de maior importncia para o processo educacional, o desenvolvimento da personalidade humana, guiado por valores de cidadania, de respeito, de pluralidade e de tolerncia, afirmado no legtimo interesse da universidade de promover uma formao baseada na diversidade tnico-racial, em benefcio de maior qualidade e de riqueza do ensino.

O segundo argumento centra-se numa ordem poltico-social. Se a sociedade brasileira fundamentada numa construo mais democrtica, que busca gerar uma transformao de organizaes polticas e de suas instituies, o ttulo universitrio ainda remanesce como um passaporte para ascenso social e para o surgimento de uma democratizao das esferas de poder, com o empoderamento de grupos que foram historicamente excludos.

O terceiro e ltimo argumento jurdico, pois a ordem constitucional somada aos tratados internacionais que visam a proteo dos direitos humanos ratificados pelo Brasil, visa englobar no apenas o valor da igualdade formal, mas da igualdade material.

A adoo de tais polticas afirmativas para o ingresso e permanncia de negros na universidade se coloca, como forma de contribuio para reverter a continuidade do processo de excluso dos negros no ensino superior no Brasil, assim demonstrado em dados do provo (2000), divulgados pelo Ministrio da Educao apontam que 98% dos estudantes universitrios brasileiros so brancos, obtendo uma maior presena de negros nas instituies particulares em relao s pblicas.

Ao citar esta diferena racial no perfil dos universitrios no Brasil passa a contestar as teses da democracia racial no pas, ou mesmo a igualdade de tratamento do povo brasileiro. A rea de maior predisposio para que ocorram mudanas na democracia racial instituda no pas a acadmica, mas em contrapartida se verifica que cursos como o de Odontologia possui quase uma ausncia de negros apenas 0,7% do que se formaram no ano de 2000 eram afrodescendentes. J o curso de letras foi de maior presena de negros constituiu 3,9% dos formandos do mesmo ano (MEC, 2004). Tais colocaes evoca para o debate da adoo de medidas para a ampliao do acesso e permanncia de negros nas Universidades Pblicas do Brasil.

notria a necessidade de apresentar estudos que possibilitem avaliar, diagnosticar e analisar a implementao e aes que contribua para permanncia da populao discente negra nas instituies de ensino superior pblicas do pas, e aqui em especial lana o desafio de investigar as aes de polticas de cotas na UEG. Por considerar que essas polticas precisam ser avaliadas e reestruturadas mediante diagnsticos, pois a problemtica do negro nas universidades pblicas ainda apresenta um ndice elevado de desigualdade racial como aponta a tabela abaixo:

TABELA 1 Distribuio dos estudantes segundo a cor, nas universidades (%), 2001.

CORUNIVERSIDADE

UFRJUFPRUFMAUFBAUNBUEG*

Brancos76,886,547,050,863,755,0

Negros20,38,642,842,633,315,4

Amarelos1,64,15,93,02,913,0

Indgena1,30,84,33,61,12,2

Total100,0100,0100,0100,0100,0100,0

% de negros do Estado44,32378,779,152,444.0

Fonte: Pesquisa Direta. Programa A Cor da Bahia/UFBA, 2001.

* Censo Estudantil UEG, 2004.

Dentre os fatores que mais contribuem para a baixa permanncia de negros na universidade apresentados pelo censo estudantil da UEG so: a falta de dedicao exclusiva aos estudos, pois eles tm que conciliar estudo e trabalho; problemas de ordem scio-econmica, j que os negros apresentam uma preparao insuficiente e com pouca persistncia ou motivao para exames seletivos; pouco apoio familiar e comunitrio.

Esses problemas segundo Guimares (2001) acompanham todas as minorias que vivenciam posio social subalterna por um longo perodo de tempo, seja porque os laos comunitrios so ainda fracos, seja porque o grupo no desenvolveu uma estratgia eficiente de reverso de sua posio de subordinao.

A proposta de pesquisa aqui apresentada focalizar as polticas de cotas, bem como as que visam garantir a permanncia de negros na universidade, j que, as polticas de cotas vistas em seu primeiro propsito reservar vagas no ensino superior so necessrias, mas ater-se somente a elas no resolvem por total o problema da excluso dos negros na sociedade.

A Universidade Estadual de Gois (UEG), insere-se dentre as universidades que possuem o sistema de cotas. A instituio est presente em 50 municpios goianos, oferece 106 cursos de graduao, ao todo so cerca de 37 mil alunos matriculados na universidade. Em seu formato multicampi torna a segunda maior universidade pblica do pas em nmero de alunos, perdendo apenas para a USP, no obstante algumas universidades pblicas promoveu em 2004 a poltica tnico racial de cotas.

Realizado o censo Estudantil 2004, foi constatado que o corpo acadmico formado por 55,08% de brancos, 15,49% de negros, 13,03% de amarelos, 2,12% de indgenas e 13,21% no declararam. Em contrapartida a populao de Gois segundo o IBGE (2004), compreende 50,73% de brancos, 48,02% de negros, 0,28% de indgenas e 0,73% sem declarao, (GRAF. 1). Os dados percentuais evidenciam que h uma desproporo do percentual da populao total do estado, com a populao estudantil da Universidade Estadual de Gois.

LER O TRABALHO DE Rubeni AlvesOBJETIVOSGeral

Analisar o processo de insero da populao negra na UEG (Universidade Estadual de Gois), a partir do sistema de cotas implantado no ano de 2004Apontar como objetivo a anlise do desempenho destes estudantes.A sociabilidade no mbito da Universidade.Buscar desmistificar algumas questes como: O desempenho do negro, o preconceito por parte de colegas e professores.

Identificar e avaliar os mecanismos de incluso da populao discente negra na UEG;

Pronto, as questes so: desempenho, feminilizao, sociabilizao.

Paradigmas de uma contradio.

Investigue como o desempenho dessa mulher que, provavelmente, tem tripla jornada de trabalho muitas vivem sob o domnio do patriarcado buscam, pela educao, a emancipao

Especficos

Identificar e avaliar os mecanismos de incluso da populao discente negra na UEG;

Analisar a importncia das polticas afirmativas (as cotas raciais) para o ingresso dos afrodescendentes na UEG, Mapear e Diagnosticar a insero do estudante negro na UEG, considerando percentuais de contingente, faixa etria, gnero, ingressos por cursos, relao de renda; Avaliar o processo da implantao do sistema de cota na UEG, bem como os mecanismos para a permanncia dos discentes cotistas;

Relacionar a incluso da populao discente negra na UEG com o processo de feminizao negra nessa instituio. investigar notas, dirios, freqncias, assiduidades, pontualidades e sociabilidades filigranas de retinas to fatigadas

O PNAD/IBGE, 1999 tem como aporte desta pesquisa afrodescendentes ou negros aqueles que se auto-designam para os pesquisadores como pardos/as, da mesma forma os brancos/as que assim se auto declararam. Este agrupamento de pretos e pardos, j usado pelo IBGE, em diversas de sua publicaes principalmente aps a dcada de 90.

Esta definio nas universidades uma referncia de como os profissionais de recursos humanos avaliam, selecionam e definem salrios no mercado de trabalho. Tambm refere-se ao nvel de procura e concorrncia dos cursos como Medicina, Direito, Odontologia e outros. Disponvel em: , acesso em, 22 outubro de 2004.

Dados retirados de UFBA programa para acesso e permanncia de negros na Universidade de Bahia. Disponvel em: . Acesso em 13 de novembro de 2004.

Flvia Piovesan. Professora doutora da PUC/SP nas disciplinas de Direitos Humanos e Direito Constitucional, Prof de Direitos Humanos do Programa de Ps-Graduao da PUC/SP, Procuradora do Estado de So Paulo, membro do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e Comisso Justia e Paz.

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