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Cuiabá, abril de 2011.
Escola Estadual de Educação Básica Dom José do Despraiado.
PROJETO
“COISAS DA
NOSSA CUIABÁ”
Este projeto foi desenvolvido pelos professores: Ana Cristina Vieira da silva ( Geografia), Kellenn Cristina Silva Cunha ( Matemática), Madalena Brito Santana ( Ciências ) e Tolentino ( História ).
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INTRODUÇÃO
A história do povo cuiabano é marcada por fatos, acontecimentos e tradições da
cultura, através da música, arte e outros. Arte em tombamentos de casarões, dos
artesanatos, das danças, das comidas típicas e muito mais.
Este projeto tem a finalidade de resgatar a cultura cuiabana, proporcionando as
crianças momentos para conhecer, respeitar e valorizar um maior contato com a cultura
de nossa cidade, envolvendo diretamente no que tange a respeito de comidas típicas,
doces, licores e frutas que fazem parte da tradição cuiabana.
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OBJETIVOS
Compreender a cultura da baixada cuiabana, bem como sua historia, localização,
músicas com linguajar cuiabano e as comidas típicas.
Caracterizar os tipos pratos presentes na culinária cuiabana.
Entender o linguajar utilizado nas músicas cuiabanas.
Analisar as grandezas de medidas utilizadas na preparação das comidas.
Conhecer a constituição das proteínas, dos glicídios, dos lipídios e das proteínas
encontradas nos pratos tradicionais de Cuiabá.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Cuiabá é um município brasileiro, capital do estado de Mato Grosso. O
município está situado na margem esquerda do rio de mesmo nome e forma uma
conurbação com o município de Várzea Grande. Segundo a estimativa realizada para
2009 pelo IBGE, a população de Cuiabá é de 551.350 habitantes, enquanto que a
população da conurbação ultrapassa os 830 mil habitantes; a sua região metropolitana
possui quase 1 milhão habitantes. Fundada em 1719, ficou praticamente estagnada
desde o fim das jazidas de ouro até o início do século XX. Desde então, apresentou um
crescimento populacional acima da média nacional, atingindo seu auge nas décadas de
1970 e 1980.
Nos últimos 15 anos, o crescimento diminuiu, acompanhando a queda que
ocorreu na maior parte do país. Hoje, além das funções político-administrativas, é o
polo industrial, comercial e de serviços do estado. É conhecida como "cidade verde",
por causa da grande arborização.
LOCALIZAÇÃO
Cuiabá faz limite com os municípios de Chapada dos Guimarães,Campo
Verde,Santo Antonio do Leverger,Várzea Grande, Jangada,Acorizal. É um
entroncamento rodoviário-aéreo-fluvial e o centro geodésico da América do Sul nas
coordenadas 15°35'56",80 de latitude sul e 56°06'05",55 de longitude oeste. Situado na
atual praça Pascoal Moreira Cabral, foi determinado por Marechal CândidoRondon, em
1909 (o correto ponto do centro geodésico já foi contestado, mas cálculos feitos pelo
Exército Brasileiro confirmaram as coordenadas do marco calculadas por Rondon).
O município é cercado por três grandes ecossistemas: a amazônia, o cerrado e o
pantanal; está próximo da Chapada dos Guimarães e ainda é considerado a porta de
entrada da floresta amazonica. A vegetação predominante no município é o cerrado,
desde suas variantes mais arbustivas até as matas mais densas à beira dos cursos
d'água.Cuiabá é abastecida pelo rio cuiabá, afluente doRio paraguai e limite entre a
capital e Várzea Grande. O município se encontra no divisor de águas das bacias
Amazônica e Platina e é banhado também pelos rios Coxipó-Açu, Pari, Mutuca, Claro,
coxipó, Aricá, Mansa, São Lorenço,das Mortes, Cumbuca, Suspiro, Coluene, Jangada,
Casca, Cachoeirinha e Aricazinho, além de córregos e ribeirões
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DESENVOLVIMENTO
Sob influência dos diversos povos existentes em Cuiabá, sobretudo pelo
indígena, a culinária da cidade deve tomar seu acento como uma das mais elaboradas da
gastronomia brasileira. Ela jamais deixa a desejar quando o assunto é originalidade na
preparação dos pratos. Isso porque, se utiliza das mais diversas iguarias nativas, como a
mandioca, o pequi e a manga, como base de muitas combinações locais para dar
requinte ao paladar.
Mas o que há de ainda melhor na culinária cuiabana é a influência de felizes
“toques” trazidos pela enormidade de migrantes que aqui vivem ou por aqui passam,
que só favorecem as receitas. Esse é o caso da “adoção”, por exemplo, da carne seca,
muito conhecida como charque no sul do País e bastante utilizada na cozinha mineira.
Em Cuiabá, sua preparação ganha um sabor típico quando cozida com a banana-da-terra
ainda verde, transformada em um dos pratos mais apreciados na cidade, por nativos e
demais.
A mesma banana ganha lugar na maioria das receitas encontradas em Cuiabá,
que vão desde aperitivos ao prato principal. Ela pode ser comida verde e frita, sequinha,
como fazem os americanos com a batata frita. Também pode ser apreciada como
complemento aos pratos principais: peixes, carnes e frangos. Outra deliciosa
composição é utilizar a banana-da-terra como a base de uma farofa, tornando-a
um ótimo acompanhamento somente encontrado aqui e saboreado com diversos pratos.
E para finalizar o banquete, ainda pode ser a sobremesa, na receita de banana em caldas.
A farofa em Cuiabá, quase sempre preparada com farinha de mandioca, ganha
status de prato essencial a mesa. Ela, inclusive, foi transformada em paçoca pelos
antigos, que misturam a farinha ao farelo de carne de sol, socada no pilão. Assim é
composta a paçoca de pilão, também um dos melhores acompanhamentos locais, que cai
perfeitamente bem com o sarapatel a base de miúdos do boi, farinha e temperos
variados.
O peixe cuiabano, preparado das mais variadas formas, é fundamental na
culinária local,o hábito em tê-lo a mesa também tem origem nas tribos indígenas, graças
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a histórica fartura do alimento no rio que corta a cidade, Rio Cuiabá. Suas águas trazem
peixes de muita carne, como é o caso do pintado, do pacu e do bagre, mas também de
muito sabor, como a piraputanga e a piranha. E é na preparação dos peixes que a
população cuiabana “escreve um capítulo a parte”, se destacando com a utilização de
técnicas pouco comuns no resto do País.
Temos aí o peixe (pacu ou piraputanga) assado em folha de bananeira, para reter
o calor e ressaltar seu sabor; também deve ser lembrada a técnica ancestral de se salgar
o peixe para conservá-lo, o chamado pacu seco, da mesma forma como é feita com a
carne vermelha, prática local de quando ribeirinhos tinham grande quantidade de
pescado e precisavam conservá-los por muitos dias; ainda é importante destacar a
preparação do filé de peixe, normalmente o pintado, cozido com mandioca, prato
chamado de mojica, cujo molho - quase um caldo – também pode ser apreciado como
tira-gosto.
O fruto do cerrado chamado pequi – conhecido por seus poderes afrodisíacos –
também compõe pratos típicos da culinária cuiabana. Sua polpa dá coloração, sabor e
aroma bastante característicos ao arroz, onde é constantemente utilizado, quando
cozidos juntos. Os dois podem acompanhar uma farta peixada, bem como um deliciosa
galinhada (frango frito cozido com arroz). Mas esse fruto também é aproveitado pelos
cuiabanos no consumo em conserva e na preparação de um exótico licor.
E os doces típicos! Esses são deliciosos protagonistas das mesas de Cuiabá, a
maioria preparada com frutas retiradas dos pés dos enormes quintais e servidas em
caldas. Aquele chamado de furrundu, feito a base de mamão verde, rapadura e canela,
derrete na boca e encanta o paladar. O doce de caju, servido de duas maneiras – em
caldas e cristalizado no açúcar – também é uma das preferências locais, como é o doce
de manga.
Biscoitos e bolinhos, com receitas nativas ou de fora, são tipicamente servidos em dois
momentos do dia pelos cuiabanos, no café da manhã e no chá da tarde – folcloricamente
conhecido como “chá co bolo”. Nessas refeições, pode-se encontrar facilmente o
famoso francisquito, um biscoito feito de trigo e gordura, que agrada crianças e adultos.
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Fazem parte da mesma mesa ainda o bolinho de arroz, o bolinho de queijo mineiro, o
biscoito de polvilho, entre muitas outras guloseimas, doces e salgadas.
Toda essa riqueza da culinária local é popularmente evidenciada durante as festas
típicas de santos: São Benedito, São Gonçalo, Senhor Divino e outras. Os festejos, que
geralmente iniciam ainda pela manhã, oferecem aos participantes desde o “chá co bolo”
ao jantar.
As iguarias da cozinha cuiabana ainda são fartamente oferecidas nas festas
tradicionais que acontecem também no resto do país, como é o caso do São João, em
junho. E para garantir o fôlego dos festeiros, o uso do guaraná ralado é tradicionalmente
feito por muitos, também um hábito “copiado” da cultura indígena. Ele garante não
somente o pique para as festas, mas também a
disposição e a boa saúde diárias àqueles que costumam tomá-lo ainda em jejum.
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METODOLOGIA
Este projeto será desenvolvido pelos professores interdisciplinar mente com o
objetivo de restaurar a tradição da cidade em que vivemos.
O referido projeto será trabalhado da seguinte forma:
Pesquisas
Cartazes e painéis
Oficina com aulas pratica
Vídeos e televisão
Maquina fotográfica
Sala de informática
Preparação das comidas típicas
Localizar fatos da cultura cuiabana
Musicas
Gastronomia
Entrevistas
Pintura
Consciência ambiental com os “3 R”
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se ao final deste trabalho valorizar a cultura mato grossense que é palco
de muitas representações culturais, devido a grande migração de povos que ocorreram
tanto dos séculos XIX e XX, assim como no Brasil. Apresentar e desvendar as
características da cultura cuiabana, tão peculiar , com seus costumes, seu linguajar, sua
tradição. Espera-se ainda que os alunos orgulhense da cidade “verde” onde aqui
nasceram ou onde aqui residem.
Expor em uma mesa gastronômica a culinária cuiabana e desmostrar a origem de
cada “prato”. Ao final da culminância e festejar e homenagear nossa querida Cuiabá,
degustar com sua culinária típica e saborosa.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENDES, Marcos Amaral.História e Geografia de Mato Grosso.3ª
edição,Ed:Cafarnaum,2009.