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PROJETO DE CANDI DATURA  préPROJETONDESIGN IMERSÃOCURITIBA 2010

Projeto de Candidatura N Design Imersão (jul2009)

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PROJETODECANDI

DATURA préPROJETONDESIGNIMERSÃOCURITIBA 2010

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 APRESENTAÇÃO04

TEMA 06PROJETO VERDE08

OBJETIVOS10 ANÁLISEDECONTEXTO11

SOBRE A préCONDECURITIBA 19PROBLEMAS30

PROBLEMATIZAÇÃO32 ANÁLISEDASHIPÓTESES34SOLUÇÕESPROPOSTAS51

CONSIDERAÇÕESFINAIS57REFERÊNCIAS59

CRONOGRAMA 60

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01 APRESENTAÇÃO

Este documento é o resultado de seis meses de trabalho, iniciadoem dezembro de 2008, pela pré-CONDe, com o intuito de inícioda construção do projeto de Curitiba para o N Design 2010.Falamos início, pois no nosso entendimento, um projeto de NDesign é algo para ser trabalhado durante todo o processo doevento, incluindo o pré-evento, o evento em si, e o pós-evento,com a análise dos resultados obtidos e publicação dos mesmos.Para isso optamos por começar um trabalho de investigaçãocientíca que será mantido até a entrega dos resultados, nosegundo semestre de 2010. Caso nossa proposta seja escolhida,além disso, partiremos para a execução das soluções propostas,a partir de julho de 2009, muitas delas prévias ao evento, eaprimoraremos a coleta de dados com nosso público alvo -os estudantes de design do Brasil - dando prosseguimento àpesquisa aqui iniciada.

1.1SOBRE A UTILIZAÇÃODOSMOLDESCENTÍFICOSNA PROPOSTA 

Fizemos esta opção por acreditarmos que existe um potencialmaior no Encontro Nacional dos Estudantes de Design emrelação ao que é hoje aproveitado. Há diversos atores bemsucedidos relacionados ao evento, porém nossa motivação é

a possibilidade de averiguar, testar e aplicar outros caminhosainda pouco explorados, baseados em iniciativas bem sucedidaspelo mundo aora, extrapolando o universo do Design, sempreque or necessário. Para isso julgamos que uma investigaçãocientíca adequa-se melhor ao nosso contexto, considerandoque permite a comprovação, registro e consulta de parâmetros,para uma reprodução ou melhorias uturas. Nossa opinião é que,com uma base investigatória além do empirismo, um projetopara a dimensão de milhares de participantes pode otimizar assuas propostas dando uma continuidade à construção iniciadano encontro.

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Temos ciência de que o nosso projeto de candidaturaassemelha-se a um pré-projeto cientíco, pois entendemos queo projeto em si será nalizado após o evento, etapa reerenteà validação das soluções propostas e análise dos resultadosobtidos.

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02TEMA 

Imersão.

2.1JUSTIFICATIVA DOTEMA 

A proposta do tema Imersão visa a ormação de um vínculomaior entre os encontristas, a m de propiciar um melhorrendimento acerca dos assuntos abordados e aprimorando a

ormação de coletivos que se mantenham além do evento. Aimersão dos indivíduos busca também a produção imediata desoluções concretas durante o próprio encontro.

Precisamos considerar que a sociedade contemporâneavive um processo amplo de mudança: a descentralizaçãoda identidade, que tem por consequência o deslocamentodos indivíduos de seu contexto, seja ele estudantil, social,educacional, cultural, e até mesmo individual. A identidade

humana é constituída através da interação entre o eu e asociedade (elemento mediador de valores, sentidos e símbolos),e sua construção é aetada por essa dispersão contextual queocasiona uma integração passiva do sujeito no seu meio.

A palavra latina, Imersão, apresenta como um deseus signicados a dedicação intensiva de um indivíduo adeterminado assunto, disciplina ou tarea durante certo períodode tempo (FERREIRA, 2004). A escolha tem por objetivo estimular

o indivíduo autônomo e consciente de seus ns, através de umenoque em um modo de ser ativo que, segundo Erich Fromm(1987), é uma conduta intencional socialmente reconhecida,que resulta em mudanças correspondentes, socialmente úteis.A imersão do participante no evento será undamentada ematividades interativas e dualistas que empregarão criativamentee produtivamente as suas qualidades em prol do coletivo. No quediz respeito à estrutura, a proposta também remete à imersão,

com a realização do evento inteiro em um único espaço, umacidade-evento.

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Do ponto de vista social, [a interatividade] é uma relação

interpessoal, na qual pessoas trocam inormações que podem levar ou não à alteração do(s) comportamento(s)

individual(is) ou coletivo(s). Sistemicamente, a

interatividade é um enômeno que envolve indivíduos

constituídos em grupo, no qual os comportamentos de

cada um tornam-se estímulos para o outro, permitindo

a construção da IDENTIDADE 

(TURKLE, 1997)

2.2 ABORDAGEMDOTEMA 

Por se tratar de algo abstrato, a imersão não será alvo dediscussão direta nas atividades do evento. O conceito serávivenciado pelo participante através da estrutura do encontro. Apartir desta, estimula-se a ormação de massa crítica permeandoas atividades.

Para tanto, a abordagem do tema envolve o debateentre dualidades, como, por exemplo, Imersão vs. Dispersão,ocando no imaginário coletivo e buscando o conhecimentoatravés da discussão.

Saiba mais sobrecomo se propõeo uncionamentodesta abordagem,e sobre osassuntos a seremdiscutidos,na seção dez:

SoluçõesPropostas.

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03PROJETO VERDE

Todo ano, os encontros de estudantes de design, sejamnacionais, locais ou regionais, reúnem centenas ou até milharesde estudantes em um mesmo local. Nestes encontros sãoconsumidas diversas matérias-primas de orma intensa, sejamelas virgens ou previamente processadas. Isto ocasiona umimpacto ambiental adicional além do já ocasionado pela açãodo ser humano no ambiente onde acontece o evento. Diante daquantidade crescente de eventos promovidos e de encontristasparticipantes, a pré-CONDe Curitiba buscou avaliar a dinâmicaestrutural e propor a redução do impacto ambiental do NDesign 2010.

Esta mudança da dinâmica estrutural do eventoenvolverá não somente a comissão organizadora, mas tambémos atores relacionados à estrutura onde será sediado o evento eos ornecedores de materiais a serem consumidos antes, durantee depois do evento, ou seja, em todo o seu processo. Duranteo ciclo de vida do evento, existem diversas possibilidades deredução de consumo de materiais e consequentemente doimpacto ambiental. As ações que antecedem o evento giramem torno de sua divulgação através de materiais grácos, estespodendo ser impressos em papeis de origem reciclada. Duranteo evento são diversas as possibilidades de redução de impacto

ambiental: consumo de água, energia elétrica, combustívelóssil, papeis, impressões, etc. No pós evento, as possibilidadesgiram em torno do destino adequado dos materiais consumidose não consumidos e também de impressos.

O Projeto Verde não é somente uma vontade exclusivada pré-CONDe Curitiba, pois envolve também uma crescentepreocupação da sociedade com relação aos seus impactosno meio ambiente, tornando o projeto uma questão social e

ambiental. Além desta questão ambiental visível na sociedadecontemporânea, o Projeto Verde torna-se uma necessidadepara a pré-CONDe, devido ao seu propósito de cidade-evento.

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Este propósito potencializa o impacto ambiental do evento no

ambiente que ele será sediado, mas em contrapartida torna oimpacto ambiental mais previsível e controlável.As ormas de aplicação do Projeto Verde podem ser

inúmeras, ugindo da compreensão desta primeira análise.Algumas ormas são comumente encontradas em outrassituações ou até em outros encontros de design já realizadoscomo, por exemplo, a troca do uso de copos descartáveis porcanecas individuais. A redução do consumo de matérias-primas

e materiais é uma prática reconhecida e largamente aplicadaem situações onde se busca a redução de impacto ambientaltornando-se uma premissa para o N Design 2010. Existe aindaespaço para análise de aplicações de tecnologias alternativasou até a mudança da rotina tradicional do evento, envolvendodiretamente o encontrista. Enm, todas as mudanças e açõestornarão o Projeto Verde intrínseco ao encontro.

Esta busca pela redução do impacto ambiental é vista

como um ‘investimento ambiental’ pela pré-CONDe Curitiba.Este investimento beneciará a imagem do N Design como umevento não somente preocupado com os problemas ambientais,mas que também propõe ações eetivas para esta questão.

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04OBJETIVOS

O N Design Curitiba 2010 tem como objetivos: construir e proporuma estrutura adequada e sustentável para proporcionar aoencontrista uma total imersão no encontro.

• Propor um ambiente completo: Realizando a cidade-evento, onde o participante possa aproveitar o encontro deorma plena a todo instante.

• Construir uma realidade coerente com a sociedade: Criando condições ideais para desenvolvimento do sensocrítico e coletivo.

• Proporcionar atividades que desenvolvam a pró-atividade: Estimulando melhores soluções para a pautaem discussão e uma maior participação no MovimentoEstudantil, principalmente através da consolidação econtinuação de ações concretas.

• Promover um evento de menor impacto ambiental: Utilizando alternativas como o uso de novas tecnologias,otimização da estrutura ísica e dos recursos materiais.

NDESIGN

Número de participantes

CURITIBA 700

BAURU 1200

BELO HORIZONTE 1400SANTA MARIA 1700

SÃO LUÍS 800BRASÍLIA 2500FLORIANÓPOLIS 4500

MANAUS 1400

1991

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

*O NDesign Floripa 2007 alcançou o maior número de encontristas.**Estes dados são referentes até Junho de 2009.

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05 ANÁLISEDECONTEXTO

5.1MOVIMENTOESTUDANTILEEVENTOSESTUDANTISDEDESIGN

Para ns desta análise será considerado um breve recortehistórico a partir do primeiro N Design.

• NDesign: Encontro Nacional de Estudantes de Design – é

um evento sem ns lucrativos de caráter cientíco, político,acadêmico e cultural, realizado anualmente desde 1991.Organizado por estudantes vinculados a uma entidadede base, é um evento itinerante e atualmente o maiorevento de design do Brasil e um dos maiores da AméricaLatina. O N Design reúne em média 2500 participantesentre estudantes, proessores e prossionais do ramo,comumente chamados de ‘encontristas’, vindos de todas

as regiões do país e da América do Sul. No ano de 2007, nacidade de Florianópolis, teve o maior número registradode participantes: 4500. A partir da vontade de possuir umespaço próprio e autônomo, os estudantes de design devárias cidades, se uniram e, em julho de 1991 oi realizadaa primeira edição do N Design, em Curitiba, com a adesãode cerca de 700 pessoas de diversas universidades do Brasil.

• CONE Design:  O Conselho Nacional dos Estudantes de

Design (CONE Design), criado em 1996 e regulamentadoem 1998, é uma instituição apartidária, sem ns lucrativos,de representação dos estudantes de nível superior dedesign do Brasil. Com a reorma estatutária ocorrida em2006, oram extintas as secretarias regionais e a nacional,dando espaço para a representação direta das instituiçõesestudantis de base e a aproximação dos estudantes nomovimento estudantil (ME) nacional. Esta reorma teve

como objetivo criar mecanismos para incentivar a criaçãode novos Centros e Diretórios Acadêmicos (CA’s e DA’s) epropiciar a participação direta e ativa do estudante. Existem

Leia mais: http://br.groups.yahoo.com/group/conedesign/

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duas plenárias ociais instituídas de acordo com seu novoestatuto: a primeira ocorre no mês de janeiro e a segundaocorre na metade do ano, durante o N Design. No resto doano as discussões e inormes acontecem na lista nacionalaberta a todos os estudantes.

• R Design: Em 2002, as lideranças e as então secretariasregionais do CONE Design sentiram a necessidade de criarum evento regional com objetivo e estrutura semelhantesao N Design, mas buscando valorizar a cultura e o contextolocal. Assim nasceram os Encontros Regionais dosEstudantes de Design (R’s Design). A divisão dos R’s oi eitade acordo com as extintas secretarias existentes no CONEDesign, nas seguintes regiões geopolíticas: Sul, São Paulo,

Rio de Janeiro/Espírito Santo, Centro-Oeste/Minas Gerais eNorte/Nordeste. Todas estes encontros regionais continuamacontecendo anualmente.

• Expo Design: Mostra estudantil realizada anualmente eorganizada pelos próprios estudantes, cria a oportunidadedos estudantes de design exporem suas produçõesacadêmicas em uma mostra aberta ao público, a ExpoDesign promove e divulga o design brasileiro em ormação,

apontando tendências e revelando talentos. A intenção éproporcionar o ambiente necessário para que as empresascompreendam os ganhos que o design pode trazer, aoagregar valor a seus produtos e serviços. Sendo assim, aExpo Design contribui para o reconhecimento do valore da criatividade do design brasileiro. A Expo Design éum evento pensado com uma grande vitrine em prol davalorização e divulgação dos projetos em design, que visaarmar a importância do design na cultura e economia dopaís, e mostrar à sociedade uma produção acadêmica quecria a avor da competitividade, dierenciação e inovaçãodos produtos no mercado.

• Megafônicas: Nascido da necessidade de aumentar acomunicação e a integração dos estudantes de Designsoteropolitanos, o Sistema Megaônicas, desenvolvidopela então graduanda da Universidade Federal da Bahia(UFBA), Erica Ribeiro, tornou-se um evento consagrado noespaço estudantil baiano. O Megaônicas é constituído pormesas redondas simultâneas que, através de uma rotina

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de rodadas, permite que os participantes discutam sobrediversos assuntos, sempre com um grupo dierente da mesaanterior e assim com reerências dierentes, promovendo aconstrução de conhecimento de orma plural e dinâmica,integrando as mais dierentes classes sociais, étnicas e

políticas, num mesmo espaço de debate. Após algumasedições o projeto começou a ser realizado por váriasinstituições em todo o território nacional.

5.2BREVEHISTÓRICODOMEDEDESIGNEMCURITIBA 

É na cidade de Curitiba que está sediado o primeiro CentroAcadêmico de Design do Brasil, o CADI da UFPR, undado

e registrado como pessoa jurídica em 1987. Na sequência,o Movimento Estudantil de Design na cidade teve grandeascensão com a organização e realização do 1° Encontro Nacionalde Estudantes de Design. Em 1991, estudantes de DesenhoIndustrial realizaram em Curitiba – Paraná, o 1° N Design.

O encontro oi um marco na história do Design no Brasil,cerca de 700 estudantes de todo país se reuniram no dia 14 de julho de 1991 para o primeiro dia do evento. O principal motivo

para se promover o encontro oi a necessidade dos estudantesse articularem, discutirem e trocarem inormações atualizadassobre o design no Brasil.

O acontecimento oi muito elogiado por todos e criou-se uma tradição, conjunta com uma necessidade, em realizaranualmente um Encontro Nacional de Estudantes de Design.Após seis edições em outras cidades brasileiras, em 1998,Curitiba realizou o 8° N Design, no qual estudantes da UFPR e

PUC-PR se organizaram para receber novamente o evento. Paraisso ser possível, já que a quantidade de estudantes crescia acada encontro, oi necessário a criação de um pré-encontro,o PURUNGO, reunindo estudantes das duas instituições, quedesenvolveram atividades e palestras, mostrando que Curitibateria condições de sediar o 8° N Design.

Ainda em 1998, os estudantes da cidade tiveramparticipação ativa na regulamentação do CONE Design, assim

como participaram novamente de sua reorma, no ano de 2006.Após o 8º N Design, Curitiba organizou e realizou

inúmeros eventos de menor porte, assim como eventos regionais,

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a exemplo do R Design Ilha do Mel (2008), organizado pelosestudantes da UTFPR, e manteve o Purungo como um eventode reerência. Além disso, os Centros Acadêmicos da cidade têmtradição de levar boa quantidade de participantes aos eventosno Brasil e na América Latina, a exemplo da maior delegação que

se tem conhecimento, com mais de 325 participantes levadosao N Design Florianópolis. Nos Centros Acadêmicos curitibanostambém destacam-se as organizações de diversas semanasacadêmicas pelos próprios estudantes, como a Charneira (PUC-PR) e o Algures (UTFPR) que reúnem mais de 500 participantestodos os anos, bem como ações rígidas no combate aosproblemas encontrados no uncionalismo público. Foi noCADI-UFPR que nasceu o Sistema de Avaliação dos Docentes

pelos Discentes de Design, hoje utilizado ou em processo deadaptação em mais de 15 entidades de base de todas as regiõesbrasileiras. A Pauta Nacional Unicada – PNU, em sua primeiraversão, e posteriormente na sua versão aprovada, é outra açãocom participação ativa dos representantes da cidade. Curitibadestaca-se também pela realização de diversos congressoscientícos nacionais e internacionais de Design nos últimosanos, novamente com a participação ativa dos estudantes

na organização e viabilização das atividades acadêmicasrelacionadas com um dos 3 pilares da Universidade: a Pesquisa.

Para o ano de 2010 os estudantes da cidade têm agoraa possibilidade de aplicar todas estas vivências acumuladaspara uma nova meta de grande porte: a pesquisa, organizaçãoe realização do 20º N Design, propondo algumas mudanças naestrutura do Encontro.

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Purungo:O seu objetivoinicial oi integraros estudantes deCuritiba para arealização do 8°

N Design, masoutras ediçõesdo evento oramrealizadas nosanos seguintes.Desde entãooi ocializadocomo o principalevento estudantilde design emCuritiba, realizado

exclusivamentepelos estudantese sem vínculoscom instituições.Chegou aoápice de 800participantesno ano de 2005,ultrapassandoa participaçãodo N Design São

Luís, realizadono mesmo ano,e reunindoestudantes dediversas regiõesalém do estadodo Paraná.Atualmente coma 10ª ediçãorealizada, éconsiderado

um dos maioreseventosestudantis dedesign do país,sempre inovandodentro do cenárioestudantil dedesign, atravésde uma estruturaalheia aos moldesutilizados nos R’s

Design e no NDesign.

www.purungo.org

PURUNGO

Número de participantes

300

350

670

500

725

600

800

1997

1999

2000

2001

2003

2004

2005

2006 700

180

225

2008

2009

2020... o que fará o designer?

Design no Brasil: Qual nossa verdadeira identidade?

Design Social: Novos modelos para o desenvolvimento humano

Felicidade

Utopia: Abrindo caminhos para o impossível

Desconstrução

PurungOITO (pró-atividade e empreendorismo)

O Espetáculo

RETROexpectativa

Interdisciplinaridade: O design e suas interdependências

5.3SOBREOSCURSOSDEDESIGNEMCURITIBA 

Se durante a organização do 1º e do 8º N Design a cidade tinhaapenas 2 cursos superiores na área, e apenas 2 habilitações,agora a realidade é bastante distinta. São 11 instituições comcursos de graduação, somando cerca de quatro mil estudantes,distribuídos em 22 cursos com as habilitações de Bacharelado emDesign, Design Gráco, Produto, Móveis, Interiores, Moda, Web,e, as recém lançadas habilitações: Design Digital e Animação.Além destes cursos de graduação e dos diversos cursos técnicose de especialização Lato Sensu, o Departamento de Design daUFPR possui o Programa de Pós-Graduação em Design, comMestrado Strictu Sensu e previsão para iniciar o Doutorado em2011, sendo uma das poucas opções de Pós-Graduação na áreaem Universidades Públicas brasileiras.

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5.4SOBREODESIGNEMCURITIBA Reerência no cenário acadêmico e prossional de design noBrasil e no exterior, Curitiba possui diversas instituições, iniciativase projetos em design. Como um dos destaques pode-se citar oCentro de Design, OSCIP sem ns lucrativos, undado em 1999com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentávele para a excelência da indústria brasileira, por meio da pesquisa

e disseminação do design, sendo pioneiro na atuação a partirdas necessidades do empresariado. Um dos programas de maiordestaque é o Design Excellence Brazil, que busca promover o

1991-1998

 Atualmente2009

1º e 8º NDesign

Instituições de Ensino de Design

9

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2

Habilitações

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reconhecimento internacional do design brasileiro e diundir nopaís uma cultura de produção e exportação de produtos de valoragregado. É uma iniciativa coordenada pelo Centro de Designem conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior e da Agência Brasileira de Promoção de

Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).Com diversas empresas voltadas exclusivamente para

a produção em design e com destaque no cenário nacional einternacional, podemos citar a Inove, Lúmen Design, Tec Design,Megabox, Desmobilia e Flexiv. Outro destaque é o Centro deDesign da Electrolux, instalado em uma de suas indústrias locaise reconhecido no cenário mundial do design.

Reerência também na responsabilidade sócioambiental,

Curitiba possui diversos projetos e ações voltados ao designsustentável. No ano de 2007 realizou o primeiro SimpósioInternacional de Design Sustentável (ISSD) através de umaparceria entre a FIEP, UFPR, Paraná Metrologia e Masisa, comapoio da AEND Brasil e do Score Network. Possui um Núcleode Design & Sustentabilidade, com produção cientíca ativae reerência no cenário Sul-americano em pesquisa sobresustentabilidade e design. Com diversas iniciativas obtendo

destaque em Curitiba, a Unindus (Universidade da Indústria,programa da FIEP) criou o curso de Ecodesign, sendo um passosignicante dentro da capacitação para as indústrias em geral.

Curitiba também abriga a produção das publicaçõesdirecionadas ao Design no âmbito nacional, como por exemploa renomada Revista Gráca, e a revista ABCDesign, publicadapela Inolio e que retrata o Design nacionalmente.

5.5SOBRE A CIDADEDECURITIBA Curitiba é uma palavra de origem Guarani: “kur yt yba”, cujosignicado na linguagem dos indígenas, primeiros habitantesdo território, é “grande quantidade de pinheiros”. A árvore queaqui cresce é a Araucária, ou pinheiro-do-paraná, símbolo doestado paranaense.

Foi no ano de 1693 que tudo começou ocialmente, a

importante parada comercial que levava os bandeirantes docaminho do Viamão à São Paulo e Minas Gerais oi reconhecidacomo vila. A partir de então, a região às margens do rio Atuba

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se desenvolveu e passou a desempenhar um papel econômicoimportante, a exploração do ouro perdeu intensidade e deulugar a outras atividades como o extrativismo de madeira eerva-mate. Como essas eram atividades que demandavam mão-de-obra, a região tornou-se pólo de grandes imigrações. Para

cá vieram: poloneses, alemães, italianos, ucranianos, ranceses,ingleses, holandeses, japoneses, judeus e sírio-libaneses. É dessapluralidade cultural que o atual caráter cosmopolita de Curitibaprovém.

Já desde essa época surge a necessidade de umplanejamento urbano eciente que resolvesse a questão dorápido crescimento da cidade. Não é a toa que as “atuais”inovações urbanísticas e os cuidados com o meio ambiente

renderam reconhecimento internacional. O Instituto de Pesquisae Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) é um dos grandesresponsáveis pela elaboração do eciente sistema de transportecoletivo, da criação da Cidade Industrial e implantação de umgrande programa de proteção ao meio ambiente, atingindoótimos níveis de qualidade de vida para os habitantes.

Ostentando um índice de 55,09 m² de área verde porhabitante, programas de educação ambiental e reciclagem do

lixo, Curitiba recebeu o título de Capital Ecológica do Brasil.Apresenta várias aculdades e universidades, bem como

uma das pioneiras no Brasil, a Universidade Federal do Paraná(UFPR), undada em 1912. Ainda na área da educação, outrainovação curitibana são os Faróis do Saber, minibibliotecasque atendem à população. No plano de desenvolvimento dacidade, uma das metas é torná-la um grande Centro de Eventos,Encontros e Congressos na América Latina; a exemplo disso,sediamos COP8 e MOP3 da ONU em 2007. Ainda, o Festival deTeatro de Curitiba criou um período indispensável para a culturae entretenimento brasileiros estarem reunidos.

É no Centro, local de undação e área mais movimentada,que se concentra a maior parte das instituições nanceiras e docomércio popular, o calçadão da Rua XV é um dos marcos darevolução cultural da cidade, palco aberto de vários artistas derua que classicam o local como ideal para as suas maniestações,e símbolo da orma de identicação das pessoas com seu espaçocoletivo de vida.

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06SOBRE A préCONDECURITIBA 

A Pré-Comissão Organizadora do N Design - pré-CONDeCuritiba, iniciou-se com um grupo de 15 pessoas ligadas aosCentros Acadêmicos da cidade, além de apoios de ora da cidadee colaboração de proessores como Maristela Ono e NaotakeFukushima, coordenador geral do 1º N Design. Durante 45 diaseste grupo estruturou o pré-projeto apresentado no CONE deJaneiro de 2009 na cidade de Recie, ocializando a candidaturada cidade. Nos meses seguintes, outras pessoas se somaramà equipe, ormando a atual pré-conde, responsável por esteprojeto de candidatura.

6.1ESTRUTURA EFUNCIONAMENTODA préCONDECURITIBA 

Pensando numa orma de trabalho mais adequada para esta

ase, oi proposto um modelo de distribuição de trabalho entre 5células principais: Comunicação, Conteúdo, Estrutura, Finanças eRelações Públicas. Esta estrutura soreu algumas alterações, coma transormação da Célula de Comunicação em Marketing, e acriação da Secretaria Geral da Pré-Conde. Cada célula possui umcoordenador, responsável por representar o grupo no Conselhode Planejamento, e responsáveis por células. Além das reuniõesdeste Conselho, que são semanais, acontecem as Reuniões

Gerais, atualmente com periodicidade semanal, bem como asreuniões de cada célula, que acontecem com periodicidadee calendário independente. Esta distribuição oi estruturadaatravés da análise de prós e contras de vários modelos adotadospor outras comissões organizadoras dos últimos anos.

A opção oi por um sistema que não tivesse decisõescentralizadas em apenas uma pessoa, mas sim responsabilidadesdistribuídas entre todos da equipe, onde os interesses decada célula são representados pelos seus coordenadores,que possuem direitos iguais em momentos consultivos edeliberativos do Conselho de Planejamento. Os demais

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membros da Pré-Conde possuem direito igual de voto em suaCélula e nas Reuniões Gerais.

6.1.1CÉLULA DECONTEÚDO

A Célula de Conteúdo propõe uma contribuição conjunta porbase de geração de ideias através de um embasamento teórico,calcado por um grupo de discussão sobre temas centraisde pesquisa cientíca e sugestões de leitura. Deste modo, oconceito e o ormato do evento estarão sempre relacionados àsatividades propostas pelos encontristas e pela própria ComissãoOrganizadora, evitando o desoque do projeto quanto aoEncontro na prática. É a base para ormar um plano sólido com oauxílio de um cronograma, sendo este revisado em toda reuniãopresencial.

conteudo@ndesignimersao.

com

Conselho dePlanejamento

Marketing

Conteúdo

RelaçõesPúblicas

Estrutura

Finanças

SecretariaGeral

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Sua evolução sempre irá depender do contexto internoe externo da Comissão Organizadora, considerando os assuntosabordados. As produções textuais e os conceitos, por sua vez,se comunicam externamente por meio de atividades ligadas aopúblico, além de produções para mídias diversas em conjunto

com outras células. Internamente, há ltragem por opiniõese discussões constantes até a publicação nal por rede decontatos e serviços da internet.

O uncionamento subdivide-se em três ciclos chave:• Teoria:Embasamento Teórico; Metodologia Cientíca;• Retórica: Dinâmica de grupo; Discussão;• Prática(execução): Redação; Gestão das atividades.

Os ciclos citados reerem-se ao mecanismo em que surgemcinco segmentos, ou seja, as cinco subcélulas:

a) Embasamento Teórico: grupo responsável por pesquisarontes e reerências úteis ao projeto do evento. Pesquisa e

ltragem.

b) Metodologia Cientíca: responsável pelo registro earquivamento de tudo o que or produzido dentro da célula

Em Itálico:palavras-chave.

Célula de Conteúdo

T P

RDinâmica

eDiscussão

EmbasamentoTeórico

MetodologiaCientífica

Redação

Gestão de Atividades

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de Conteúdo e adequação ao método cientíco. Pesquisa e

arquivamento.

c) Dinâmica e discussão: debate acima do contexto e dasreerências utilizadas. Colaboração, mediação e anotação.

d) Redação: grupo encarregado pela elaboração de todo equalquer texto solicitado pela Pré-Conde Curitiba.  Articulação,

redação e revisão.

e)Gestão das atividades: planeja e dene tudo que possaser promovido antes, durante ou depois do N Design Curitiba,como palestras, ocinas, balaios, repentinas, estas, etc. Ressalta-

se que não cabe a esta célula decidir quais as atividades querealmente irão acontecer, mas cabe a ela elaborá-la de acordocom a proposta conceitual. Idealização, organização e relato.

6.1.2CÉLULA DEMARKETING

Oriunda da extinta célula de Comunicação, a célula de Marketingoi criada com o objetivo de coordenar a criação, a promoção do

evento e os registros da organização. Segundo a nova deniçãode 2005 da AMA – American Marketing Association, marketingé uma unção organizacional e um conjunto de processos queenvolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor paraos clientes, bem como a administração do relacionamentocom eles, de modo que benecie a organização e seu públicointeressado. É através desta célula que a Pré-CONDe terá umplanejamento estratégico da comunicação da organização

perante a sociedade, os estudantes, as entidades apoiadoras eos patrocinadores.A célula de marketing possui três grandes divisões:

a) Promoção: A subcélula de promoção possui o objetivode promover de orma qualitativa o evento, agregandotanto a promoção externa como a interna. A unção depromoção externa se equipara à assessoria de imprensa,

buscando promover o evento dentro dos meios tradicionaise não tradicionais de comunicação. Ela ainda busca promovertambém parcerias entre a pré-CONDe e outras instituições,

http://www.marketingpower.

com

marketing@ndesignimersao.

com

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a m de apoiar possíveis eventos relacionados ao design e aomeio acadêmico na divulgação destes. Dentro desta subdivisão,existe o interesse em desenvolver a imagem do evento para queele seja reconhecido dentro da sociedade pela sua contribuiçãopara a categoria prossional e o seu potencial construtivo. Isto

visaria solucionar em partes a quarta hipótese apresentadaneste projeto: “os escassos registros dos eventos e da história doME de Design incorre na desvalorização e perda de identidadedos mesmos”.

A unção de promoção interna busca criar meios deintegração entre os participantes da pré-CONDe, bem como seudesenvolvimento pessoal e sua capacitação para a realizaçãodo 20° N Design. Estas ações poderão ser abertas ao meio

acadêmico de Design para os interessados.

b)Criação:Esta subcélula, oriunda da subcélula de ComunicaçãoVisual, continua responsável pelo desenvolvimento daidentidade visual do evento e a produção dos materiaisnecessários para a divulgação e a realização do 20° N Design.Com uma orte ligação com a célula de Conteúdo, desenvolvea identidade visual e todo o material gráco baseado nas

reerências utilizadas e nos estudos realizados.

c)Registro: Decorrente dos problemas analisados na quartahipótese, observou-se a necessidade da criação de umasubcélula diretamente responsável aos registros ligados aodesenvolvimento do N Design.

Criação Registro

Promoção

Esta célula

possuia outradenominaçãoinicialmente. Aantiga célula deComunicaçãopossuia umaorganizaçãodierente da atualMarketing. Dentrealgumas unçõesadicionais, a

comunicaçãointerna agregavao registro de atase o fuxo internode inormações.Estas unçõesadicionaisacabaramdicultandoo andamentoda célula,

acarretando nasua mudançaestrutural e nacriação do cargode SecretariaGeral. Estanova unção,independente dascélulas, cumpririaa unção doregistro das atas

das reuniões dePlanejamentoe também dofuxo interno dasinormações,tornando-seo ator decoesão entrea organizaçãocomo um todo.

Célula de Marketing

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6.1.3CÉLULA DERELAÇÕESPÚBLICAS

A Célula de Relações Públicas tem uma unção de omento aoMovimento Estudantil, e avalia as atitudes públicas, identicaas diretrizes e a conduta individual ou da organização na buscado interesse da Pré-Conde, além de planejar e executar umprograma de ações para conquistar a compreensão e a aceitaçãopública.

A nalidade desta célula é planejar, implantar edesenvolver a relação e a comunicação interpessoal daPré-Conde com seus dierentes públicos e mediar todos osseus relacionamentos. A célula busca despertar no públicocredibilidade e boa vontade para com o Movimento Estudantil.

A célula de Relações Públicas coordena duas rentesde trabalho: representação em eventos estudantis e atuandopoliticamente no ME, organizando com os coordenadoresde curso, líderes, estudantes e entidades de base, palestras eatividades a m de omentar discussões sobre o âmbito político-estudantil e através destas também divulgar o N Design, e outroseventos.

A célula de Relações Públicas atua:

• planejando e executando ações em prol do MovimentoEstudantil;

• realizando a consultoria externa de Relações Públicas juntoa dirigentes de instituições;

• inormando a opinião pública sobre os nossos objetivos;• promovendo maior integração da Pré-Conde na

comunidade;

• orientando os membros da Pré-Conde na conduta diante dacomunidade;

O estudante precisa conhecer para participar. A célulaobjetiva mostrar a importância da participação no MovimentoEstudantil, organização através das entidades de base e atuaçãocomo líderes em suas instituições, assim como a relevância doseventos e a atuação do encontrista.

rp@

ndesignimersao.com

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6.1.4CÉLULA DEFINANÇAS

A Célula de Finanças é responsável pela gestão jurídico-

nanceira. A principal unção é conciliar a viabilidade do evento,qualidade e o menor custo possível para os encontristas,ocineiros, gestores e demais participantes do evento, de ormatransparente.

Visando melhor controle e organização das atividadesdesenvolvidas, a célula se divide internamente em quatrosubcélulas:

a)Tesouraria:responsável por azer a contabilidade, o registroe a prestação de contas antes, durante e depois do evento.Recebimento de orçamentos de outras células, negociação eechamento. b) Bazar: venda dos produtos, organização e controle deestoque do bazar.

c)CaptaçãodeRecursos: elaboração do Projeto de Patrocíniodo N2010, Cartas de Patrocínio, acompanhamento de editais eomento à pesquisa, arrecadação e negociação de patrocínios,parcerias e apoios.

d) Assessoria Jurídica: Redação, revisão e echamento decontratos e termos de compromisso, suporte para assuntos jurídicos.

Representaçãoem eventos

estudantis

 Atuaçãopolítica noMovimentoEstudantil

[email protected]

Célula de RP

[email protected]

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6.1.5CÉLULA DEESTRUTURA 

A célula de Estrutura é responsável pela concretização daproposta ísica e temática, e possibilita que os objetivos do

evento sejam alcançados. Visando a organização e melhoresresultados, a célula de estrutura oi dividida em uma secretariae três subcélulas:

a)Secretaria: organiza o conteúdo passado pelas subcélulas,além de realizar os orçamentos da célula.

b)EstruturaFísica: local do evento e das partes que envolvema organização do espaço ísico interno e externo, considerandoa redução do impacto ambiental.

c)Logística: coordenação da armazenagem e movimentação,tanto dos envolvidos no evento quanto dos materiais que osenvolvem.

d) Serviços: gerenciamento dos serviços terceirizadosnecessários à realização do evento, tais como: alimentação,segurança, saúde, limpeza, comunicação interna, sinalização etecnologia.

estrutura@ndesignimersao.

com

Tesouraria Bazar  

Captaçãode Recursos

 AssessoriaJurídica

Secretaria

EstruturaFísica

Logística Serviços

Célulade Estrutura

Célula de Finanças

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6.1.6CONSELHODEPLANEJAMENTO

O Conselho de Planejamento é o órgão responsável pelaestratégia do projeto e da equipe como um todo. É neste espaçoque são discutidos e denidos cronogramas gerais, planejadasas reuniões gerais e de imersão, e analisado o andamento dasatividades. Em caso de qualquer situação emergencial ou nãoprevista anteriormente, é o responsável pela resolução imediata(se necessário) ou redação de proposta a ser enviada para aReunião Geral.

Ao todo são cinco votos, um para cada célula, sendoque estas são representadas através de seus coordenadores,desta maneira compondo o colegiado com direito a voz e voto.

Os coordenadores de subcélula e o secretário geral tem o direitode voz, mas não de voto, e os demais integrantes da Pré-Conde,assim como pessoas externas ao grupo, poderão ser convidadosa participação, de acordo com a necessidade da pauta. Todos dogrupo podem solicitar pontos de inclusão de pauta, ou direito aparticipação, e tem acesso aos resultados das reuniões, que sãodivulgados na orma de ata.

A Secretaria Geral da Pré-Conde é o órgão responsável pelaorganização e comunicação interna da equipe. Possui asseguintes responsabilidades: Controle de agenda interna,agendamento e convocatórias de reuniões (com exceçãodas reuniões de células), lembretes de responsabilidadesassumidas no Conselho de Planejamento, recebimento desugestões de pauta, redação e repasse das atas das reuniões de

Conselho de Planejamento, recebimento, resposta e repasse deinormações do e-mail geral <[email protected]>.É ainda responsável pelo gerenciamento da lista de discussão,disponibilização e compartilhamento de textos gerais paratrabalhos on-line, e pela gestão dos dados dos integrantes daequipe.

Criada a partir de uma necessidade percebida nodesenvolvimento do trabalho, atua desde o início de maio de 2009,

tendo começado as suas atividades através da reorganizaçãointerna, implementando o cadastro dos integrantes da equipe,onde todos os participantes responderam um ormulário com

6.1.7SECRETARIA [email protected]

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6.2.3REUNIÕESDECONSELHODEPLANEJAMENTO

As Reuniões Ordinárias do Conselho de Planejamento temperiodicidade semanal. É o espaço para o planejamento

estratégico do projeto, onde participam todos os coordenadoresde célula, com direito a voz e voto, e, o secretário, coordenadoresde subcélula e convidados, com direito a voz. É um espaçoconsultivo e deliberativo, onde é necessária a maioria simplesdos votantes presentes para a aprovação de qualquerencaminhamento. Eventualmente são necessárias ReuniõesExtraordinárias, onde o caráter pode ser também executivo, oudecisões ad reerendum, em caso de situações emergenciais. Emqualquer uma das situações acima a responsabilidade sempreestá igualmente dividida entre todas as células, através de seusrepresentantes.

Realizadas com calendários próprios e periodicidade variável,conorme denido em cada célula. Tem unção consultiva,deliberativa e executiva em itens relacionados a atividadeespecíca de cada célula.

6.2ORGANIZAÇÃODOSESPAÇOSCOLETIVOSDETRABALHO

A seguir um breve resumo sobre os diversos espaços coletivosde trabalho utilizados.

6.2.1REUNIÕESDECÉLULA 

6.2.2REUNIÕESGERAIS

Atualmente são realizadas semanalmente e objetivam aatualização do grupo sobre o andamento dos trabalhos emcada célula, através da apresentação e discussão de resultadose propostas, e a execução de atividades coletivas. É o principalespaço de recepção de interessados em somar-se à equipe.

50 questões, ornecendo seus dados de contato, preerências,histórico de atividades, hábitos, rotina e opiniões sobre o pré-projeto e a equipe. Desta orma oi traçado um perl do grupo,que acilita os contatos e agendamentos, e auxilia em momentosde tomada de decisão.

Cada célulapossui uma lista

de discussãointerna, onde

agrega seusintegrantes e

colaboradoresinternos ou

externos da Pré-Conde.

A Pré-Condepossui uma lista

de discussãogeral, onde

participam todosos integrantes

cadastrados.É o principalespaço para

manter inormes,discussões e

ações alémdos limites das

reuniões.

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2 0 1 0São espaços dierenciados que visam sobretudo a integraçãoda equipe e longos brainstormings para construção do projeto.Estas reuniões não possuem periodicidade xa, pois sãorealizadas de acordo com a demanda, geralmente associadasa momentos de início ou nalização de etapas importantes doprojeto. As Reuniões de Imersão acontecem geralmente emum nal de semana, em locais aastados, comumente ora deCuritiba, e os membros participam de atividades que ocupampraticamente as 24hs do dia, algo que só é possível devidoa concentração exclusiva da equipe no projeto. Além disso,ocorrem dinâmicas de grupo, perormances musicais e artísticasdos integrantes, cozinha coletiva e alojamento comunitário,desta orma ortalecendo os laços de amizade, consciência ecomprometimento do grupo.

6.2.4REUNIÕESDEIMERSÃO

Apesar da

quantidade deespaçospresenciais, ostrabalhos on-line ocupampraticamentetodos os diasde um membroda Pré-CondeCuritiba. Nessesentido adotou-

se a tecnologiaGoogle Docs paracompartilhamentoe trabalho coletivosimultâneonos textos emandamento. Todostem acesso epodem colaborarcom sua opiniãosobre o que

qualquer outroescreveu, ou aindaadicionar novostrechos. Essa oi aorma encontradapara possibilitar oanseio de inclusão,e também parapossibilitar umdesenvolvimentomais ágil e

centralizado dasações e textosnecessários.

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07PROBLEMAS

De acordo com as inquietações motivadoras deste pré-projeto,optou-se pela abordagem dos três problemas a seguir.

7.1DISPERSÃODOSESTUDANTESNOSEVENTOSDEDESIGN

É perceptível que uma signicativa parcela dos estudantes

encontra-se dispersa nos eventos de design. Objetiva-seinvestigar o undamento lógico de sua dispersão e os atorespelos quais esses confitos de interesse são gerados, a m dereconstruir o conceito de evento no movimento estudantil,aliando as aspirações individuais em prol do coletivo.

7.2SUPERFICIALIDADEDE ALGUNSMÉTODOS APLICADOSEMEVENTOSDEDESIGN

Percebe-se a alta de oco dos estudantes nos eventos. Suaatitude dispersa, não revelada apenas nos encontros, mastambém enquanto cidadão, com ações políticas e sociaisalienadas e a aparente alta de interesse nas questões, abrangemo movimento estudantil. Nota-se a alta de atividades quepriorizem a ormação crítica do indivíduo, bem como a estruturadas mesmas.

7.3DESVALORIZAÇÃODESOLUÇÕESCOLETIVAS

Mesmo com as diversas iniciativas objetivando a ormação daconsciência coletiva, observa-se na maioria dos estudantesa desvalorização de soluções conjuntas. Dentro dos eventosde Design, a estrutura proposta não tem sido suciente paraproporcionar um ambiente de omento à troca e utilização

de experiências, sendo que ainda é possível perceber queboa parte dos encontros cede horários nobres para realizaçãode atividades que estimulam o desenvolvimento individual

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dissociado do desenvolvimento coletivo. Esta prática étambém corriqueiramente observada nos métodos didático-pedagógicos postos em prática nas Universidades, que acabampor ormar um prossional, porém dicilmente um cidadão.

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08PROBLEMATIZAÇÃO

Para eeitos da pesquisa a ser desenvolvida, oram ormuladasalgumas hipóteses, a seguir relacionadas.

HIPÓTESE 1: A forma supercial como a informaçãoé transmitida na sociedade, a exemplo dos meios decomunicação em massa e da educação, não favorece aformaçãodoindivíduocrítico.A supercialidade das inormações transmitidas para a sociedadenão avorece a ormação do indivíduo crítico. Na educação,muitas vezes o conhecimento é transmitido de maneirasupercial e acrítica, prejudicando a ormação do cidadão, epara os meios de comunicação em massa, é vantajoso mantero ser humano raso, pois, em se tratando de relações de poder,esse tipo de indivíduo é mais acilmente manipulável.

HIPÓTESE02:Afaltadeinteressescomunsgeraconitose consequentemente o enfraquecimento da coesão dosestudantes.Os indivíduos se articulam mais acilmente através da percepçãode pontos de semelhança entre uma verdade interna e outraexterna, proposta por um grupo ou outro indivíduo. A nãodetecção destes pontos ocasiona a perda de coesão de um

grupo, pois as pessoas não se motivam a trabalhar por verdadespuramente deliberadas de ora para dentro, mas sim por ideaiscoletivos que tenham um elo com suas armações e aspiraçõesinternas.

HIPÓTESE 03: Algumas formas de interação propostaspriorizam interesses individuais ao invés da construçãocoletiva.

Através das atividades propostas, estrutura e abordagem,construídas empiricamente, muitas vezes observa-se comoconsequência a priorização do participante por atividades

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individualistas, sendo esta geralmente uma decisão inconsciente.Com este distanciamento, o indivíduo não constrói em proldo coletivo, evitando assim uma evolução social. Além disso,a indústria cultural promove um also individualismo, criandoa competição, para incentivar a circulação de capital, ato que

também é refetido nos eventos.

HIPÓTESE04:OsescassosregistrosdoseventosnahistóriadoMEdeDesign incorrem na desvalorização eperdadeidentidadedosmesmos.A alta de registro contínuo, ou a não valorização da história eevolução do Movimento Estudantil de Design, promovem a altade interesse na promoção de aprimoramentos para os mesmos.

Outra consequência é o risco de se repetir erros cometidosanteriormente. Se quem não conhece a própria história nãoconhece a si mesmo, ainda há o risco do ME perder a própriaidentidade em decorrência destes atores.

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09 ANÁLISEDASHIPÓTESES

Neste item será realizada uma análise detalhada das quatrohipóteses já apresentadas, por sua vez relacionadas com osproblemas a serem abordados.

9.1HIPÓTESE01

A forma supercial como a informação é transmitida na

sociedade,aexemplodosmeiosdecomunicaçãoemmassae da educação, não favorece a formação do indivíduocrítico.

Uma visão cínica das realidades humanas poderia levar à negaçãoda riqueza e da complexidade dos meios de comunicação. Estavisão implica em ver como método principal apenas a utilizaçãoda sedução e, depois dela, o uso de puras relações de poder. Se

esta tendência existe, não signica que ela constitui a “natureza”do homem contemporâneo ou que nós sejamos condenadosa ela. Ao menos, não será este o ponto de vista adotado nestepré-projeto.

Entretanto, sabe-se que Horkheimer, Adorno, Marcuse,Walter Benjamin e outros lósoos undadores da “Escolade Frankurt” criaram o conceito de “Indústria Cultural” paradenir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não

se reere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao usodessas tecnologias por parte de uma suposta classe dominante.A produção cultural e intelectual estaria, deste modo,sendo guiada restritamente pela possibilidade de consumomercadológico. Visto isso, ressalta-se que o oco aqui abordadose reere especicamente à acilidade de acesso à inormação,em contraposição à supercialidade desta mesma inormaçãoacilmente acessada.

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Parece que enquanto o conhecimento técnico expande

o horizonte da atividade e do pensamento humanos,

a autonomia do homem enquanto indivíduo, a sua

capacidade de opor resistência ao crescente mecanismo

de manipulação das massas, o seu poder de imaginação

e o seu juízo independente soreram aparentemente umaredução. O avanço dos recursos técnicos de inormação

se acompanha de um processo de desumanização.

 Assim, o progresso ameaça anular o que se supõe ser o

seu próprio objetivo: a ideia de homem.

(HORKHEIMER, 1976.)

Observa-se na Teoria da Crítica Social, undamentada na

Escola de Frankurt, que tanto o conhecimento quanto a própria“alsa sensação de liberdade individual” enaltecem a inevitávelinstrumentalização das relações humanas das sociedadescontemporâneas. Tal raciocínio é levado adiante posteriormentepelo teórico e historiador Michel Foucault, ressaltando a ideia deque o excesso de inormação impede a ormação de indivíduosautônomos, independentes, capazes de julgar e decidirconscientemente. Para Foucault, o saber está essencialmente

ligado à questão do poder, a partir da idade clássica, por meiodo discurso da racionalidade - a separação entre o cientíco e onão cientíco - eetua-se uma ordenação geral dos indivíduos,passando ao mesmo tempo por uma orma de governo epor procedimentos disciplinares. A “disciplinarização” domundo por meio da produção de saberes locais correspondeà “disciplinarização” do próprio poder: na verdade, o poderdisciplinar, “para exercer-se nesses mecanismos sutis, éobrigado a ormar, organizar e pôr em circulação um saber, oumelhor, aparelhos de saber” (FOUCAULT, Michel. Michel FoucaltPhilosophe, 1989.), ou seja, instrumentos eetivos de acúmulo dosaber, de técnicas de arquivamento, de conservação e registro,de métodos de investigação e de pesquisa, de aparelhos devericação, etc. Ora, o poder não pode disciplinar os indivíduossem produzir igualmente, a partir deles e sobre eles, umdiscurso de saber que os objetiva e antecipa toda experiênciade subjetivação.

A articulação poder/saber(es) é, portanto, dupla: “poderde extrair dos indivíduos um saber, e de extrair um saber

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sobre esses indivíduos submetidos ao olhar e já controlados”(FOUCAULT, Michel. Le vérité et les ormes juridiques, 1976). Trata-se, por consequência, de analisar não somente a maneira pelaqual os indivíduos tornam-se sujeitos de governo e objetos deconhecimento, mas também a maneira pela qual acaba-se por

exigir que os sujeitos produzam um discurso sobre si mesmos,a m de azer da própria vida, tornada objeto de múltiplossaberes, o campo de aplicação de um poder controlador.

A transormação dos procedimentos de saberacompanha as grandes mutações das sociedades ocidentais: éassim que Foucault é levado a identicar dierentes ormas de“poder-saber” que se sucedem na história ocidental: “medida”(ligada à constituição da cidade grega), “inquirição” (ligada à

ormação do Estado medieval) e sobre o “exame” (ligado aossistemas de controle, de gestão e de exclusão próprios dassociedades industriais). A orma do “exame”, além de ser o modode controle sob o qual a sociedade contemporânea está inserida,é central nas análises que Foucault consagra ao nascimento dagovernamentalidade e do controle social: ela implica em um tipode poder essencialmente administrativo que “impôs ao saber aorma do conhecimento: um sujeito soberano tendo a unção

de universalidade e um objeto de conhecimento que deve serreconhecível por todos como já estando ali” (FOUCAULT, Michel.La maison des ous, 1975.). O paradoxo encerra precisamenteo ato de que não se trata, na verdade, de modicações dosaber de um sujeito do conhecimento que seria aetado pelastransormações da inormação, mas de ormas de poder-saberque, uncionando no nível da inormação, dão lugar à relaçãodo conhecimento histórico determinado que se undou sobreo par sujeito-objeto, ou de modo mais objetivo, “conhecedor” e“ser-inormado”.

Visto isso, deve-se considerar a armação de Foucaultde que não percebemos o poderio controlador das inormações,lutamos para ter acesso aos objetos, porém não lutamos pelodireito de acesso tanto aos conhecimentos primários, como aspesquisas cientícas, nem pelo direito de decidir seu modo deinserção na vida econômica e política de uma sociedade. Paraa teórica Marilena Chaui, o “Ideal Cientíco” é denido comoa conança que a cultura ocidental deposita na razão comocapacidade para conhecer a realidade. É a partir desta ilusão da

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neutralidade cientíca que, segundo Marilena Chaui, surge oenômeno social denominado “Cienticismo”: crença de que aciência pode e deve conhecer tudo, conança no progresso e naevolução dos conhecimentos que, um dia, explicarão totalmentea realidade e permitirão manipulá-la tecnicamente, sem limites

para a ação humana. Chaui chega a descrever como se osse uma“mitologia moderna”, que se congura pela “magia” e poderioilimitado da ciência sobre as coisas e os homens, como umareligião, com verdades atemporais, absolutas e inquestionáveis.Tal “mitologia” congura a ideia de que existem os serescompetentes, que têm o direito de mandar e de exercer poderes,e os incompetentes, que devem obedecer e serem mandados.Isso ocorre, para Marilena Chaui, simplesmente porque as

pessoas encaram a ciência pelo prisma dos resultados e nãopelo desenvolvimento cientíco. No entanto, a autora apelapara a consideração de que hoje é mínimo ou quase inexistenteo grau de neutralidade e de liberdade dos cientistas, já que ouso das ciências dene os recursos nanceiros que nelas serãoinvestidos. Quando o cientista escolhe uma certa denição deseu objeto, opta por um determinado método e espera obtercertos resultados. Portanto, sua atividade não é neutra, nem

imparcial. Atualmente os cientistas trabalham coletivamente eas pesquisas são nanciadas pelo Estado, empresas privadas ouambos. Retomando o oco da supercialidade das inormações,a maioria das inormações e conhecimentos, resultantes daspesquisas cientícas, que usamos em nosso cotidiano possuiorigem em investigações militares e estratégicas, competiçõeseconômicas e competições políticas.

Por m, vimos que a crítica social rankurtiana descrevea racionalidade ocidental como instrumentalização da razão. Arazão iluminista pregava que conhecer é dominar e controlara natureza e os seres humanos. Nesta perspectiva, a ciênciavai deixando de ser uma orma de acesso aos conhecimentosverdadeiros para se tornar um instrumento de dominação, podere exploração. Todavia, Chaui arma que devemos distinguirentre o momento da investigação cientíca e o da ideologização– mitologização de uma ciência. A autora também ressalta que,atualmente, o uso das inormações é denido antes do início daspróprias pesquisas e ora do controle que a sociedade poderiaexercer sobre ele.

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Retoma-se que, para Foucault, a gestão da inormaçãoque se congura hoje é um instrumento de manipulaçãodenominado “exame”, próprio das sociedades industriais. Oexcesso de inormação sobrepõe-se às inormações essenciais,eliminando assim uma hierarquia de valores entre todas as

inormações. O interesse dos meios de comunicação em massaé, desta maneira, controlar o indivíduo através de uma “poluição”de inormações superciais. Em se tratando de relações depoder, pode-se considerar, portanto, que o indivíduo raso é maisacilmente manipulável. Para Popper, o pensamento crítico nãoé somente um ideal básico da educação, mas parte essencial daatividade intelectual consciente. Na Filosoa das Ideias, Popperconsidera que “o ato de criticar e a discussão crítica são nossos

únicos meios de aproximação da verdade”. Logo, a ciência sedierencia da pseudo ciência não por ornecer certezas, mas porsua abertura à críticas e até mesmo reutações.

9.2HIPÓTESE02

A falta de interesses comuns gera conitos econsequentemente o enfraquecimento da coesão dos

estudantes. O objetivo de um encontro nacional de estudantes é, sobretodas as circunstâncias, obter uma coesão entre os estudantespor meio do público participante. Para isso, cada encontrooerece um intuito especíco, como um tema, uma prerrogativaou um questionamento, pretendendo que o público integre epartilhe a ideia colocada em questão. Tal processo, simplicado

aqui ao extremo, é mais interativo do que se possa imaginar e aolongo dele, a opinião se transporta, em seu sentido estritamenteinicial, para uma nova ideia, como um resultado naturalmentedialético e hermenêutico. Esta transormação desejada poderacassar, pelo menos por duas razões segundo o teóricolinguista Ludwig Wittgenstein (adaptado): se o contexto nãoestá adequado/preparado e, neste caso, não há lugar para aideia proposta; ou se o contexto é apropriado, mas nenhuma

ligação oi estabelecida entre a ideia proposta e o própriocontexto. Ressalta-se que, dentre muitos outros atores, osdiversos interesses do público também constituem o contexto

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aqui reerido. E é restritamente este o principal ator que tornao contexto, quando não analisado, prejudicial ao objetivo pré-estabelecido, ato este que se tem observado nos últimosencontros nacionais de estudantes de design.

O primeiro objetivo do evento é, portanto, analisar os

diversos interesses do público envolvido para então reconhecerum elo que envolva a maior parte deste público. É uma tareanada simples, mas é apenas depois disso que se deve introduzira prerrogativa do intuito do evento. Esta denição implica emque se veja cada evento como particular. Trata-se de argumentospara um público especíco e um contexto especíco, que acabatornando a organização de um encontro de estudantes algo tãodelicado, além de denir o êxito ou o racasso do mesmo. Dentre

os eventos mais complexos e delicados de se organizar, pode-seeleger a guerra como o principal. Talvez seja por isso que muitosadministradores de grandes empresas, políticos infuentes oumesmo líderes populares estudem o amoso livro “A arte daGuerra”, de Sun Tzu. Um dos principais estratagemas propostospelo autor é conhecer muito bem os dois lados: você mesmoe o seu inimigo, principalmente sua história e suas pretensões.Evidente que se trata apenas de uma metáora para nós, anal

  jamais pode-se tratar o público de um evento como inimigo.Logo, pode-se considerar a estrutura do N Design como vocêmesmo e as suas “armas” disponíveis para atuação, e o inimigocomo sendo a dispersão gerada conscientemente pelos setoresdominantes da sociedade, conorme apresentado na Hipóteseanterior. Mas, o ponto onde queremos chegar é que, segundoo próprio Sun Tzu, aquele que sabe manter seus superiores esubordinados unidos de acordo com seus interesses conseguemelhor administrar um exército, procurando assim evitardúvidas e desentendimentos entre ociais e soldados (TZU, Sun.“A Arte da Guerra”- Tradução de Sueli Barros Cassal, 2000). Ouseja, a geração do confito interno promove o enraquecimentode qualquer grupo que depende da interação mútua. Issoconrma, portanto, que a hipótese de que “a alta de interessescomuns gera confitos e consequentemente o enraquecimentoda coesão dos estudantes” pode ser verdadeira.

No entanto, para comprová-la de ato, é preciso analisarcautelosamente os mecanismos do movimento estudantil. Antes

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de mais nada, o movimento estudantil por si só não é deliberativo.Não cabe às organizações estudantis tomar decisões sozinhas.Geralmente o que coletivo dos estudantes precisa realizar seráeito através de consenso não votado ou de subgrupos (que temsuas próprias vias de decisão). Consenso não votado signica

que algumas coisas não precisam ser discutidas. Algumas coisassão simplesmente óbvias. A chuva não cai pra cima. Esse nívelprimário de entendimento compartilhado será tão mais útilquanto mais os indivíduos do grupo tiverem características emcomum.

Essa orma de trabalho não vai gerar unanimidadesobre as “grandes questões”, mas ela sempre pode encontrarormas de ação que não dependam de uma interpretação

única. A opinião de um estudante é sempre tão válida quantoa de qualquer outro. A organização estudantil sozinha não évalidadora. A instituição não torna válidas ideias e ações que nãoseriam válidas por si mesmas. Uma ideia verdadeira não se tornamais verdadeira quando 50%+1 concordam com ela, apenas oideliberada assim, mas se não or verdadeira e bem estruturada,não será colocada em prática pelo coletivo dos estudantes evale lembrar que sem ação não há representação.

Inelizmente isso é um problema diícil de analisar,pois envolve não só os representantes e líderes estudantis,mas também organizadores, como os próprios estudantes dedierentes realidades. Como é sempre o indivíduo que “az”qualquer coisa, uma política não deliberativa obtém resultadoscom menos burocracia, assim tornando ainda maior o desao decriar mecanismos executivos através do coletivo dos estudantes,materializando as propostas votadas. O objetivo de um encontronacional, diante do movimento estudantil, é a articulação,pura e simplesmente. Isso signica azer com que o grupo deestudantes uncione como um grupo integrado ao invés deindivíduos isolados. Evita-se relações de dominação entre ogrupo e o indivíduo. Qualquer um tem o direito de discordar dealgo proposto, mesmo que este alguém aça parte daqueles queestão propondo. Deste modo, ninguém se torna empregadodesse grupo e nem pode utilizar sua opinião particular de ormaimperativa. Quando não há “representação” envolvida, os líderestêm poder por eles mesmos, ao invés de serem vistos comocanais para o poder do grupo. Isso signica que a organização

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não é pereitamente igualitária, mas também que o esorço deequalizar é mantido continuamente. Esse esorço vem tanto doslíderes tentarem compreender o que os outros pensam quantodo surgimento de novos líderes.

A hierarquia de uma Comissão Organizadora do N

Design (Conde) tem a mesma orma, mas unciona comomecanismo de comunicação. São as pessoas que podem seutilizar de um processo histórico de construção de entendimentomútuo. É importante lembrar que articulação é muito mais quecomunicação. A construção do grupo é um ritual complexo, é oaprendizado de um grupo em agir junto. O encontro nacionalde estudantes deve ornecer não apenas um espaço onde issopode acontecer adequadamente, mas também uma tradição

que acilite o processo. É quase uma cultura do grupo, umconjunto de ideias, expressões, normas e jogos que permiteaos componentes interagir de ormas rutíeras. Essa tradiçãocertamente vai muito além das regras ormais estabelecidas emreuniões ou textos como este. Ela inclui piadas, estas, conversasprodutivas, conversas inúteis. E isso tudo também ajuda o grupoa trabalhar e a conseguir coisas - e é especicamente esta aconexão que é bem diícil de ver. Certamente é um dos recursos

mais importantes que um grupo pode ter. Por exemplo, quererque todas as pessoas expressem suas opiniões sobre cadaassunto não só é uma perda de tempo como também é tediosoao extremo. Num grande auditório com milhares de pessoas, aopinião de cada um é pouquíssimo relevante. No entanto, se aoinvés disso houverem vários pequenos grupos discutindo ideiasdierentes, e níveis (preerencialmente vários) de liderançaque não só discutem suas próprias questões mas também sãoinormados do que os outros pensam, as melhores ideias vãosendo cada vez mais ouvidas, não só dentro da hierarquia masemtodo o grupo. Neste processo, as pessoas com interessescomuns vão se encontrando e começam a trabalhar juntas,assim como na proposição dos Balaios, eita para o 17. N Design.

Voltando à hipótese da alta de interesse, antesde sucumbirmos a esta tentação interminável de analisaro movimento estudantil, ato é que a dispersão ocorre edicilmente haverão motivos em comum entre todas as pessoasenvolvidas em um determinado evento. Entretanto, podemosexaminar algumas boas razões que nos levam a aderir às

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premissas de uma argumentação. Segundo o teórico PhilippeBreton, tais razões podem ser de três ordens: a ressonância,a curiosidade e o interesse. Uma nova apresentação dosatos pode entrar em ressonância com nossa visão mais geraldo mundo, mesmo que ela apareça dotada de um certo

coeciente de novidade. Esta é a “ressonância” que tornaráesta nova apresentação aceitável, sem outra conotação e como sentimento de evidência imediata. Uma prerrogativa que seapoia em valores é um bom exemplo dos eeitos da ressonância.Por exemplo, pode-se convencer mais acilmente um homemde esquerda, preocupado com a igualdade, que a divisãodas tareas domésticas entre ele e sua mulher é necessáriaapoiando-se justamente no valor da igualdade. Será preciso,

neste caso, que a montagem argumentativa consiga evidenciara ressonância da igualdade do homem e da mulher com oprincípio geral de igualdade, quando na verdade a prerrogativase congura estritamente no “papel do homem nas tareasdomésticas”. A respeito deste tema, Chaim Perelman evoca a“inércia psíquica e social”, complemento, segundo ele, da inérciaideológica. Devemos justicar bem mais as nossas mudanças doque nossas permanências, nossas rupturas de conduta do que

nossos hábitos. Como observam os célebres psicólogos Joule eBeauvois: “Na realidade, a inércia permite que contemos com onormal, o habitual, o real, o atual, e que o valorizemos. Quer setrate de uma situação existente, de uma opinião aceita ou de umestado de desenvolvimento contínuo e regular [...] um grandenúmero de argumentações insistem em que nada justiqueuma mudança” (1987, p. 142).

A “curiosidade”, no entanto, leva o público a examinarcom boa vontade uma nova maneira de ver as coisas, na qual eleainda não havia pensado. O gosto pela exploração, o desejo demudança o incentivará a admitir uma apresentação particulardos atos e a analisar suas consequências. Para algumas pessoas,parece haver diculdade em se desazer do gosto por coisasintrigantes ou por hipóteses audaciosas, a ponto de aceitarque estas hipóteses entrem nestas pessoas e que passem alhes oerecer uma existência suplementar. Os argumentos pordissociação do bom senso, como explica Breton, constituemuma boa ilustração da “curiosidade” que esta maneira dereenquadrar o real pode induzir. Deste modo, separar o homem

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e sua ideologia abre perspectivas intrigantes para as quais nossoespírito não está preparado caso ele atenha à habitual coerênciaexigida entre o homem e suas ideias mais íntimas. Esta coerênciaundará o argumento de integração social, que é por sua essênciamais conservador. Enm, o “interesse” descrito por Breton pode

ser um ormidável vetor de aceitação de uma visão de mundoque o público poderia avaliar como algo conveniente. O motivoé o beneício de ser mais geral que a opinião que ele engloba e“protege”.

Por m, uma política que respeite isso e incentive aspessoas a usarem o que têm de melhor se torna valorosa a umnível coletivo.

9.3HIPÓTESE03Algumas formas de interação propostas priorizaminteressesindividuaisaoinvésdaconstruçãocoletiva.

Os teóricos da argumentação privilegiam a classicação dosvalores do ponto de vista de seu uso na ação de convencer aoinvés de classicá-los do ponto de vista losóco e moral. Deste

modo Chaim Perelman distingue entre os "valores abstratos"como a justiça e a verdade e os "valores concretos", como aIgreja, a pátria. O autor acrescenta que "os raciocínios baseadosem valores concretos parecem ser característicos das sociedadesconservadoras. Ao contrário, os valores abstratos se prestammais acilmente à crítica e estariam mais ligados à justicação damudança, ao espírito revolucionário" (1988, p. 42). Observamosno item anterior que a questão dos confitos de valores é um

elemento importante em um encontro de estudantes. Masagora se az necessário analisar o eeito/consequência desejadotanto por quem levanta um questionamento quanto porquem resolve participar do debate. Distinguiremos, portanto,especicamente o ponto de vista do indivíduo, que pode seroposto ao ponto de vista do coletivo.

Como vimos anteriormente, a indústria cultural,tão criticada pela Escola de Frankurt, promove um also

individualismo, tendo-se em vista que é mais ácil convenceruma única pessoa do que um grupo. Deste modo, os críticossociais rankurtianos armam que acabou se criando uma

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competição entre os indivíduos para incentivar a circulação decapital.

Na indústria cultural, o indivíduo é ilusório não apenas

  por causa da padronização do modo de produção.

Ele só é tolerado na medida em que sua identidadeincondicional com o universal está ora de questão. Da

improvisação padronizada no jazz até os tipos originais

do cinema, que têm de deixar a ranja cair sobre os

olhos para serem reconhecidos como tais, o que domina

é a pseudo individualidade. O individual reduz-se à

capacidade do universal de marcar tão integralmente

o contingente que ele possa ser conservado como o

mesmo. Assim, por exemplo, o ar de obstinada reservaou a postura elegante do indivíduo exibido numa cena

determinada é algo que se produz em série, exatamente

como as echaduras Yale, que só por rações de milímetros

se distinguem umas das outras.

(ADORNO, 1971)

“Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória

da democracia de pioneiros e empresários, quetampouco desenvolveram uma neza de sentido para os

desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para

se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização

histórica da religião, são livres para entrar em qualquer 

uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha

da ideologia, que refete sempre a coerção econômica,

revela-se em todos os setores como a liberdade de

escolher o que é sempre a mesma coisa. [...] E atémesmo a vida interior organizada segundo os conceitos

classicatórios da psicologia prounda vulgarizada,

tudo isso atesta a tentativa de azer de si mesmo um

aparelho eciente e que corresponda, mesmo nos mais

 proundos impulsos instintivos, ao modelo apresentado

 pela indústria cultural.

(HORKHEIMER, Max. 1976)

“O que se propõe aqui é a suposta repercussão desta

busca pela “pseudo individualidade”, apontada pelos autores

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citados, no planejamento e na proposta de alguns encontrosnacionais de estudantes de design. Tal estratégia se apresentade orma mais cômoda para os organizadores, uma vez que ésempre mais ácil conquistar o indivíduo com seus interessesparticulares e imediatos do que com causas coletivas e

universais; como também há comodidade por parte doindivíduo participante, já que está inserido em um contexto noqual é exigido uma individualidade supostamente única. Estemecanismo pode ser considerado hábito em uma sociedadeque é avorecida pelo intuito individualista que esconde umapadronização pré-estipulada, anal este hábito incentiva acompetitividade e consequentemente a circulação de capital.Evidente que este objetivo nunca oi explicitado e, talvez, nem

sequer notado em um encontro nacional de estudantes dedesign - simplesmente pelo ato disso ter se tornado um hábito.No entanto, o que cabe a nós refetir é se tal hábito é avorávelao Movimento Estudantil. Mas, antes disso, é preciso analisar arelação do indivíduo com relação ao grupo o qual está inserido.

O que o ser humano utiliza para levar a bom termo o

desenvolvimento em prol do coletivo é seu antagonismo

no interior do grupo que está inserido, na medida em queo indivíduo é, no entanto, no nal das contas, a causa de

uma organização regular desse grupo. Entendo aqui por 

antagonismo a insociável sociabilidade dos homens,

ou seja, sua inclinação natural para agir em conjunto,

inclinação que é contudo acompanhada de uma repulsa

geral a entrar em um determinado grupo, que ameaça

constantemente desagregá-lo.

(KANT, 1784)

“O que Kant arma em seus estudos sociais é que nenhuma

sociedade é essencialmente boa e nem absolutamente ruim,mas apenas um ato natural do ser humano para manutenção daprópria sobrevivência. Isso é ilustrado de modo mais direto coma seguinte citação do lósoo Émile Alain:

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Creio que a sociedade é lha do medo, não da ome.

Ou melhor, eu diria que o primeiro eeito da ome deve

ter sido mais dispersar os homens do que agrupá-los,

todos indo buscar seu alimento justamente nas regiões

menos exploradas. Só que, enquanto o desejo os

dispersava, o medo os agrupava. Pela manhã, sentiamome e tornavam-se anarquistas. Mas, à noite, sentiam o

cansaço e o medo e amavam uns aos outros.

(ALAIN, 1908)

“A ideia de que o medo une os indivíduos também é

compartilhada posteriormente por Foucault que, por sua vez,dene este movimento como “a própria constituição de si mesmo

como objeto de ação racional pela apropriação, unicação esubjetivação de um já dito ragmentário e escolhido; no casode inserções sociais, trata-se de desalojar do interior da menteos receios mais escondidos de orma a poder deles se libertar.”(FOUCAULT, Michel. 1983).

Voltando à hipótese em si, contrapomos o hábitoindividualista ao medo que move o agrupamento. Ressalta-se que o “medo” aqui colocado é um termo de caráter

antropológico que possui alguma relação com a própriamanutenção da espécie. Deste modo, após a análise de ambosos lados, observa-se que o individualismo, quando praticadocoletivamente, é avorável à circulação de experiências, sendo ocoletivismo, por outro lado, a própria experiência compartilhadasimultaneamente.

Tal ato nos leva a crer que a dispersão ocasionada peloincentivo ao individual evita uma certa evolução social, uma

vez que o indivíduo não compartilha de maneira construtiva asexperiências vividas, guardando-as apenas para si mesmo. Deato, o termo “coletivo” pode vir a implicar duas consequências. Deum lado, o verdadeiro exercício crítico do pensamento individualse opõe à ideia de uma busca metódica por uma solução. Oobjetivo da coletividade não é, no entanto, o de resolver ousubstituir uma solução por outra, mas o de “problematizar” deorma construtiva. Não se pretende impor um posicionamento

único, mas sim instaurar uma distância crítica, “desprender-se” de ideias echadas, retomar os problemas com aquelesque também os enrentaram, estão enrentando-os ou virão a

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enrentá-los. De outro lado, esse esorço pelo coletivo não é, demaneira alguma, um antirreormismo ou uma resistência contrao sistema: ao mesmo tempo porque ele destaca uma real ligaçãocom o princípio para o qual o homem é um ser pensante eporque, dentre suas principais motivações, busca azer a história

das relações que o indivíduo mantém consigo mesmo atravésdo grupo; a história do próprio indivíduo, uma vez que ele estáinevitavelmente inserido em um grupo ou outro. Quanto àhistória em si, é assunto a ser discutido logo a seguir na próximahipótese. O estudo das relações entre o singular com o plural é,enm, problematizado ao mesmo tempo como uma constanteantropológica e enquadramento contextual, sendo, portanto,um modo de analisar, em sua orma restritamente singular, as

questões de alcance geral de cada refexão aqui levantada.

9.4HIPÓTESE04

Osescassos registrosdoseventosadahistóriadoMEdeDesignincorremnadesvalorizaçãoeperdadeidentidadedosmesmos.

Um ato aqui já pré-estabelecido é que os registros existentesdos eventos e da própria história do Movimento Estudantil deDesign no Brasil são escassos, levando-se em consideração aprogressiva evolução e transormação do mesmo. Antes dequalquer consideração a respeito, pretende-se aqui explorar umpouco mais o legado do pensador rancês Michel Foucault. Suaobra está vinculada à análise do passado e à maneira como aspessoas conheciam esse passado. Para ele, não se pode pensar

na própria história com neutralidade e despreocupação. Emseu livro mais amoso, “As palavras e as Coisas” (1966), Foucaultdesenvolve a ideia de que o homem não passa de uma invençãodo pensamento moderno que desdenha a história que há pordetrás deste mesmo pensamento, um simples eeito de umamudança nas disposições undamentais do saber, para concluira seguir que, se estas disposições viessem a desaparecer, ohomem também se desvaneceria. Deste modo, o autor explica

que a história possui a unção de tornar a questão de saber seé possível pensar dierente do que se pensa indispensável paraver e identicar quem se é.

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O tema da história como interrogação sobre astransormações e sobre os acontecimentos é colocado peloautor como estreitamente ligado à atualidade. Se para Foucaulthistória não é memória, mas sim “genealogia”, então a análisehistórica não é, na verdade, senão a condição de possibilidade

de uma ontologia crítica do presente. Essa posição deve,entretanto, evitar dois obstáculos - que correspondem, deato, às duas grandes objeções que oram eitas a Foucaultdurante sua vida, concernentes à sua relação com a história: autilização de uma busca histórica não implica uma “ideologiado retorno” (Foucalt não se ocupa da ética greco-romana a mde dar um “modelo a seguir” que se trataria de atualizar), masuma historicização de nosso próprio olhar a partir do que nós

não somos mais. Arma ainda que a história deve nos protegerde um “historicismo que invoca o passado para resolveros problemas do presente” (1982). Então Foucault dene“acontecimento” como uma irrupção de uma singularidadehistórica, desenvolvendo em seguida dois discursos. Oprimeiro consiste em dizer que nós repetimos sem o saber,na atualidade, “e eu tento apreender qual é o acontecimentosob cujo signo nós nascemos, e qual é o acontecimento que

continua ainda a nos atravessar” (1978). O segundo discursoconsiste precisamente em buscar na atualidade os traços deuma ruptura acontecimental: “a revolução [...] corre o risco debanalizar-se, mas como acontecimento cujo próprio conteúdo éimportante, sua existência atesta uma virtualidade permanentee que não pode ser esquecida” (1984). A ideia de “arquivo”,por sua vez, ou o registro desses acontecimentos, não é paraFoucault o traço morto do passado, pois este visa, na verdade,ao presente: “se eu aço isso, é com o objetivo de saber o quenós somos hoje” (1966). Colocar a questão da historicidadeem contraposição à identidade é, de ato, problematizar nossopróprio pertencimento, ao mesmo tempo, a um regime dediscursividade dado e a uma conguração de expectativas. Oabandono do termo “arqueologia” em proveito do conceitode “genealogia”, logo no começo dos anos 70, insistirá sobre anecessidade de dirigir a leitura horizontal das discursividadespara uma análise vertical - orientada para o presente - dasdeterminações históricas de nosso próprio regime de discurso.

Se a história envolve a todos, cabe a nós compreender

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que o que podemos ter de verdade não se obtém contra ainerência histórica, mas por meio dela. Outra característicapertinente da história é que quando ela é supercialmentepensada, ela pode destruir completamente uma verdade, mas,por outro lado, quando é pensada radicalmente, pode undar

uma nova ideia da verdade. “O distanciamento no tempo enganao sentido do espírito como o aastamento no espaço provoca oerro dos sentidos. O contemporâneo não vê a necessidade doque vem a ser, mas, quando há um abismo temporal entre o vir aser e o observador, este vê então a necessidade, tal como aqueleque vê à distância o quadrado como redondo.” (KIERKEGAARD,Soren. 1844). No entanto, o que é preciso compreender é quese retomamos hoje uma ontologia crítica do presente, não é

somente para compreender o que unda o espaço de nossopapel social, mas para estabelecer os seus limites. Visto isso,nota-se o poderio indeterminado da própria história diante dequalquer contexto presente, embora toda história seja eita pornós mesmos, submetendo-a a uma constante transormação,assim como sua respectiva identidade e a daqueles que a elapertencem.

Saber a própria história não é um luxo, mas uma

necessidade. Não conhecê-la não seria uma das grandes causasrecorrentes da desigualdade cultural, que se sobrepõe àstradicionais desigualdades sociais e econômicas, reorçando-as? Não saber localizar-se no próprio contexto não seria, nonal das contas, uma das grandes causas da desvalorização denossa prossão? Por outro lado, uma história que se conguraapenas como uma erramenta, um discurso argumentativo, istoé, ao alcance de todos os membros para se ter uma aparentecompetência ao tomar a palavra, deniria verdadeiramentealguma identidade? A existência de uma história, relatada porsua vez através de registros, é largamente tributária do usoque lhe é atribuído. Mas o exercício de uma refexão histórica éindubitavelmente essencial para, no mínimo, se azer partilharuma opinião sobre um mesmo assunto, já que congura o maisrico culturalmente e o mais aberto parâmetro ou ponto de vistahumano.

O poder dos atuais meios de comunicação em massa,a crescente acilidade ao acesso e ao registro da inormação,o descrédito progressivo da integridade de cada inormação

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tornam cada dia mais necessária uma refexão sobre avalorização do registro histórico do Movimento Estudantil.De todo modo, uma coisa é ato: a alta de registro históricodo Movimento Estudantil de Design diculta a denição deuma identidade, até mesmo de um sentido da prossão. Isso

certamente promove a alta de interesse com relação ao eventonacional, principalmente às discussões políticas que neleocorrem. Além de que, evidentemente, acabe se repetindoerros cometidos anteriormente, prejudicando o crescimentodo Movimento Estudantil que, caso continue menosprezandoa própria história, pode correr também o risco de permanecerestagnado durante um longo período de tempo. Por m, sequem não conhece a própria história não conhece a si mesmo,

pode-se considerar a possibilidade do Movimento Estudantilperder completamente a própria identidade em decorrência daalta de registros históricos.

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10SOLUÇÕESPROPOSTAS

Relacionamos abaixo algumas ideias já discutidas, com o intuitode aprimorar este debate com a participação do público emgeral.

10.1ESTRUTURA FÍSICA 

O N Design Imersão vem com a proposta de acontecer 100% em

um único local, através da criação de uma espécie de cidade-evento. Nesta localidade possuiremos uma rotina dierenciada,mas ainda assim com hábitos, moedas, estudos, trabalhos,debates, interações, momentos de lazer, itens comuns de nossodia-a-dia, mas apresentados de outra maneira que não na rotinaconvencional. Isso já acontece em maior ou menor grau noseventos, especialmente nos regionais, mas queremos ir além,reduzindo o máximo possível a dispersão do encontrista, aquela

que acontece através do distanciamento do espaço ísico, tempoe diculdades de deslocamento. Acreditamos que através daconcentração das pessoas e atividades possibilitaremos umamaior refexão, ação e quebra de paradigmas, a serem levadoscomo resultados para o período pós-evento.

Utilizaremos o mínimo possível de produtos inorgânicosde curta duração. Inovaremos no kit, propondo reduzir o manualdo encontrista, diminuindo a quantidade de papel impresso,

bem como incluir itens como canecas ou garraas, evitandoa utilização maciça de copos e garraas de plástico. Tambémpropomos a utilização de novas tecnologias para transmitir asinormações sobre ocinas, palestras, integrações e balaios aosencontristas.

10.2FORMATODOEVENTO

Através da pesquisa de investigação cientíca pretendemosvalidar algumas quebras de paradigmas para o N Design.Explica-se: Com o passar dos anos observou-se a solidicação

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de atividades e prioridades padrão dentro dos encontros,muito embora nem sempre tenha-se parado para averiguar demaneira aproundada os resultados de tal estrutura. Mesmo nãohavendo estatuto regendo tal inclusão, as mesmas atividadescontinuam lá, talvez pela lei do menor esorço ou pela simples

alha de não percepção da utilidade delas para cumprimentodo objetivo do agrupamento dos estudantes. Assim, temospor exemplo, apenas para citarmos dois problemas a seremtratados: o excesso de atividades simultâneas, que tem o intuitode oerecer diversos tipos de atividades, porém gera a dispersãoe a alta de coesão do coletivo e da temática da proposta; e, oprivilégio de atividades que não desenvolvam o senso crítico,mas trazem um mero acúmulo de inormações, como ocorre

na maioria das palestras e boa parte das ocinas. Com relaçãoao primeiro item, acreditamos que a limitação de atividadessimultâneas, ao invés da diversidade em excesso, possa seruma simples e ecaz solução, em unção do embasamentoapresentado na análise da Hipótese 1. Para estímulo do sensocrítico, ao invés do mero acúmulo de inormações, uma ideiaseria transormar as palestras em debates, nos quais pessoascom opiniões distintas argumentariam, mediadas de acordo

com o objetivo da atividade e com interação dos participantes,a exemplo do ocorrido com sucesso no Nono Purungo. Já asocinas migrariam para uma evolução dos Balaios e da tentativados Grupos de Ação, realizados no N 17 e N 18, respectivamente,gerando assim conteúdo pré e pós evento visto que todomaterial (ísico e intelectual) desenvolvido será registrado.Estamos alando do evento como incubadora de ideias e desoluções, como já acontece no Interdesign Workshop (ICSID/IDA) e DOTT07 (Inglaterra), entre outros. Ou seja, as atividadesgeram soluções práticas para um problema a ser resolvido,através da construção coletiva, seja um produto, uma peçagráca, um artigo cientíco, um protesto, um maniesto teórico,ou o que or.

10.3 ASSUNTOS ABORDADOS

O N Design Imersão terá uma espinha dorsal que guiará aormação das grades de atividades. Nela estarão presentesos assuntos relacionados com o tema proposto e haverá um

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espaço privilegiado à Pauta Nacional Unicada (PNU) decididapor representantes de todo Brasil, conorme projeto aprovadona 2ª Reunião do CONE Design de 2008. Estas atividades serãoa orça motriz do encontro e estarão presentes conjuntamentecom as Reuniões do CONE Design nos horários nobres da grade.

A pré-CONDe Curitiba acredita que há obrigação derealizar atividades relacionadas com a PNU, não apenas duranteo N, mas principalmente antes e depois dele, em parceriacom as lideranças estudantis e entidades de base das diversascidades do país. Assim, visamos o reconhecimento e aplicaçãoprática deste projeto que traz novos paradigmas ao MovimentoEstudantil de Design, e principalmente o amadurecimentoprévio das pautas nas diversas localidades, possibilitando uma

discussão mais rica durante o encontro, através da soma e dodebate entre as realidades regionais, buscando soluções globaispara os assuntos abordados, conorme prevê o projeto da PNU.

Acesse o espaço

de discussãosobre a PNU:http://pnu.wikispaces.com/

10.4REGISTRODAS ATIVIDADES

Independente do ormato das atividades, uma solução propostaé o registro por escrito destas, além das ormas já utilizadas hoje.

Através do embasamento oerecido na Hipótese 4 percebemosos riscos em se possuir precários registros, ou ainda, a nãovalorização destes. Neste sentido sugerimos uma ideia simplese que poderá ter um grande impacto: O incremento destaunção às já clássicas unções dos monitores do evento. Assim,estas pessoas receberiam treinamento prévio às atividades eentrariam com dados no ormato digital, relatando a atividade.Não só dados de horário de início, término e número de

participantes, mas também o conteúdo em si, conclusões e osresultados obtidos.

10.5PESQUISASQUALITATIVASECENSODOSESTUDANTES

Na prévia do evento, esta comissão organizadora tem o intuitode realizar pesquisas qualitativas nas instituições superiores de

ensino de Design. O objetivo é somar dados que possibilitemuma análise e compreensão das dierentes realidades emetodologias aplicadas, assim como as suas pautas de

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discussão, visando à utilização destes dados no planejamentodas atividades do encontro.

O Censo dos Estudantes de Design seria outra atribuiçãoda CONDe Curitiba. Trata-se do agrupamento de inormaçõesrelevantes e constituição de um banco de dados sobre o perl

destes estudantes, seja ele social, psicológico, prossional, etc.Estes dados poderão auxiliar no desao de entender melhoreste grupo e através da compilação e cruzamento dos dadospode-se realizar as mais diversas pesquisas cientícas, bemcomo direcionar as ações ocadas do movimento estudantil,ou ainda prever tendências dos uturos prossionais (e ter apossibilidade de trabalhar nelas). Antes de qualquer coisa épreciso que conheçamos os indivíduos em questão, para depois

atuarmos sobre eles.Preencher dados costuma ser algo relativamente

demorado e maçante, algo que os indivíduos não azem porlivre e espontânea vontade. Logo, utilizar o momento dainscrição do N para já realizar tal pesquisa aparece como umaboa solução, pois o interessado teria que, necessariamente,preencher todos os dados para conrmar sua inscrição, assimresolvendo o problema da baixa adesão às pesquisas, pelo

menos com o público do N Design.

10.6DOCUMENTÁRIOEEXPOSIÇÃODE20 ANOSDENDESIGN

Em Curitiba há arquivada uma grande parte dos documentosrelacionados com o movimento estudantil de design a partirde 1987, ano de undação do Centro Acadêmico de Design

(CADI-UFPR), único local onde pode-se encontrar os cartazesde divulgação de todos os N’s Design, por exemplo, além decentenas de documentos manuscritos e cartas da época daorganização e divulgação do 1º N Design (1991), quando aindanão contávamos com as atuais acilidades da comunicação on-line. A pré-CONDe Curitiba criou, dentro da célula de Marketing,a subcélula de Registro, incumbida de coordenar um trabalhode levantamento e digitalização destes documentos, registros

otográcos e audiovisuais, com o intuito de organizar umaexposição itinerante comemorativa de 20 anos de N Design. Estaexposição, utilizando o 10° Purungo como esboço, será lançada

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durante o 20º N e que percorrerá todos os encontros regionaisno ano a seguir, possibilitando a visitação de milhares de pessoasem todo Brasil. Além disso, esta subcélula, irá colaborar coma realização de um vídeo documentário, contendo imagensoriginais das tas gravadas no 1º N e nunca divulgadas, além de

depoimentos dos organizadores e participantes. Entendemosque estes seriam passos importantes na proposição do resgatehistórico do ME de Design, evitando as possíveis consequências já explanadas na Hipótese 4.

10.7CARÁTERLÚDICO

Acreditamos que atividades de caráter lúdico consistem em um

recurso sociológico, ao passo que seu potencial de compreensãosocial é bem evidente. Elas se mostram como um elementorelevante na construção das relações entre indivíduos, além derefetirem a personalidade dos envolvidos.

O ormato simbólico e material do sistema característicodas atividades que apresentam um enoque lúdico, permite aautoarmação e autocrítica do participante, como também acompreensão da realidade.

Uma das soluções propostas para este projeto é adaptar,em um evento estudantil, jogos ou brincadeiras acilitadoras dainserção do participante dentro do evento, proporcionandoa este uma refexão autocrítica e uma competição saudável.Seguindo essa linha, também pretendemos realizar atividadescom enoque em estreitar o relacionamento dos encontristasprovenientes de diversas regiões do país, possibilitando ocompartilhamento cultural, bem como o estímulo à discussão

a respeito das dierentes realidades e opiniões.Acreditamos na necessidade de desenvolver e utilizar

novos meios de estímulo à inserção construtiva do participanteno evento, como por exemplo, oerecendo premiaçõesexclusivas de acordo com a participação e o comprometimentodo encontrista com o ormato proposto pelo evento. Todoesse esorço busca o incentivo não só ao entretenimento,mas também ao trabalho coletivo, de caráter cultural, lúdico e

artístico. O N Design possui um grande potencial de construçãocoletiva, como pode ser visto nos balaios que são realizadosdesde 2007, e através de atividades lúdicas este potencial pode

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ser melhor aproveitado.Este caráter lúdico pode ser aplicado também nos

meios de transmissão de inormação do evento com o objetivode capturar a atenção do encontrista para inormaçõesimportantes, possibilitando ainda a autoarmação e autocrítica

  já citadas neste tópico. Sobre essa possibilidade, a PNU seencaixa como uma onte de inormações que necessita deautocrítica por parte do encontrista e também da discussãoe troca de inormação dentro das atividades de construçãocoletiva.

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11CONSIDERAÇÕESFINAIS

Antes de tudo, agradecemos a você que chegou até esta partedo texto e pedimos que suas anotações sejam levadas aténosso grupo, pois temos consciência que através do debatepoderemos apereiçoar a proposta e realizar um encontro dequalidade e bons resultados.

Nestes seis meses de trabalho uma das constantes oi oamadurecimento desta proposta, através de itens provenientesda ida de representantes para alguns eventos, visitas eminstituições e a participação de novos membros na equipe, quetransormaram o conceito iniciado por algumas pessoas emum projeto de dezenas. Todos estudantes, apreendendo a cadadia, superando as limitações antes existentes. Fizemos umaescolha de investir mais nas pessoas e, por isso, estruturamosa equipe, visitando o maior número possível de universidades.Numa dessas visitas, ao perguntar sobre quantos conheciam oN Design, tivemos uma resposta armativa de apenas 4, numauditório com mais de 200 estudantes do curso. Isso apontaque ainda há muito para ser eito o que alimenta ainda mais anossa vontade de mudar este panorama.

Recebemos o retorno de dezenas de pessoas,nacionalmente, enviando seu apoio, comentários e sugestões.Cada mensagem é de grande importância para percebermos

as dierentes visões e possibilidades, e sempre é analisadae discutida. Muitas vezes o conteúdo diz respeito a itens deexecução, que somente poderão ser considerados com adevida atenção a partir de uma conrmação da sede do N2010.Neste caso, aproveitamos a oportunidade deixando um convitepara que todos construam as atividades do evento, em especialatravés da PNU 2010.

Agradecemos também aos nossos patrocinadores,

coordenações de curso, apoios de empresas, ornecedores,grupo Parêntesis, espaços cedidos para reuniões, ComissãoOrganizadora do Algures 4 e do Purungo 10, CORDe

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Campos’09, CONDe PE, Centros Acadêmicos, lideres estudantis,e todos aqueles que de alguma maneira participaram dodesenvolvimento deste projeto de candidatura, que é umespaço aberto para construção.

Convidamos todos a participarem e nos comprometemos

na realização da vigésima edição do Encontro Nacional dosEstudantes de Design, se eleitos ormos.

Nesta etapa, contamos com:

Galera da pré-CONDe - Alexander Czajkowski, Ariely Oselame, Augusto Sobieski, Camila Cavali, Cassio E.

de Oliveira, Daniel Koganas, Diego Silvério, Fabiano

Braga, Flávia Andreoli, Gabriella de Campos Borges,

 Jaqueline Diedam, Jessica Bochnia, Laís Iser, Lais Glück,

Leoriane Setti, Letícia Gonçalves, Livien Ullmann, Loara

Feix, Ludmyla Gaudeda, Marcelo Leite, Marcos Beccari,

Mariana Pavão, Mario Ohashi, Raael R. Borba, Raael 

Pastorin, Thalita Cristina da Silva, Thiago de Lara, Wagner 

 Alcantara dos Santos e Wilder Ianke.

Participaram também - Camila Simão, Estelle B. Flores,

Giulie Freitas do Amaral, Gustavo Henrique Batschke,

Mariana Fonseca, Marina Moraes de Araujo, Mayara

Carvalho Gonçalves Clebsch, Renata dos Passos

Schwegler, Rodrigo Puppi Brenner e Sarah Eloísa Scholz 

Dias.

 Agora, contamos com você também! 

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12REFERÊNCIAS

12.1REFERÊNCIASTEXTUAIS• TURKLE, Sherry. A Vida no Ecrã.Tradução de Paulo Faria. Lisboa:Relógio D’Água Editores, 1997.

•HORKHEIMER,Max.FilosofaeTeoriaCrítica,emTextosEscolhidos.Coleção Os Pensadores, p.163. 1968

• HALL, Stuart. A identidade cultural na pósmodernidade. Rio de

Janeiro: DP&A, 1997.•FROMM,Erich.Terouser?.Riodejaneiro:GuanabaraKoogan,1987.

•FERREIRA,A.B.H.NovodicionárioAuréliodaLínguaPortuguesa.3ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo, 2004.

• FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. Editora: Edições 70.Coleção: Signos Tema: Linguística Ano: 2002.

•KANT,Immanuel.CríticadaRazãoPura.EditoraÍcone,1ed.,2005.

•KIERKGARD,Soren.Éprecisoduvidardetudo.EditoraMartinsFontes,

1 ed., 2003.

•CHAUI,Marilena.ConviteàFilosofa.SãoPaulo,EditoraÁtica,1ed.,2001.

•TZU,Sun.AArtedaGuerra.SãoPaulo,EditoraL&PM,1ed.,2000.

•HORKHEIMER,Max.EclipsedaRazão.EditoraCentauro,2002.

•BRETON,Philippe.AArgumentaçãonaComunicação2ed.SãoPaulo:EDUSC, 2003.

• ALAIN, Émile-Auguste Chartier. Sistema das Artes Plásticas, 1 ed.Porto Alegre: Gallimard, 1963.

•Sítio Ocial Instituto de Planejamento e Pesquisa Urbano de Curitiba.IPPUC <http://www.ippuc.org.br/> Acesso em 16/06/2009.

•Guia da Cidade. CURITIBA-PARANÁ <http://www.curitiba-parana.com/> Acesso em 16/06/2009.

•Reerências de Marketing. AMA <http://www.marketingpower.com/Pages/deault.aspx> Acesso em 15/06/2009.

12.2REFERÊNCIAS VIRTUAIS

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13CRONOGRAMA 

gosto2009 Setembro2009 Outubro2009

EXECUÇÃOPNU PRE

Palermo CIDI Trimarchi CIPEDRsul S.acadêm.

Pós N PE

01

02

Grupos de discussão | Definição FINAL de temática | Preparação de atividades ligadas a

PNU e CONDe

CÉLULA DECONTEÚDOGestão de Ativid

 Auxílio com ban

Realização de Atividades da PNU 2009 e Reuniões comos CAs de Curitiba - Preparação para o Rsul

CÉLULA DERPPNU 2009 - Fomento da discussão sobre MEem parcerias com todos os CAs

RealiEvent

Revisão daProposta de

Patrocínio

CÉLULA DEFINANÇASOrçamento do evento; patrocínios fechados; bazar no RSul, Semanas Acadêmicas de Curitiba, Re RN/Ne; Contratação de serviços; Pagamentos

Preraraçãodedivulgação

CÉLULA DEMARKETINGContato com eventos; contato com imprensa; promoção e apoio de pequenoseventos; criação de materiais alternativos de divulgação; divulgação entre ospatrocinadores

criação de mate2009; divulgaçãdivulgação de in

CÉLULA DEESTRUTURA Definição do Local para atividades e alojamento. Início da busca por seguranças,alimentação, limpeza, tecnologias, etc.

Espaço para o CServiços necessa

01 Espaço Físico e Serviços

02 Patrocínios

03 Conteúdo

Pontos a considerar:

GAMP

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ovembro2009 Dezembro2009 2010

PARAÇÃOPARA OCONE PRÉEVENTOS N2010

SBDS Rcentro R N/NE discussão PNU 2010

Pós N PE

reunião de imersão

01

02

03

ades | Pré-seleção de convidados |

co de dados para as inscrições GERAIS

Seleção de atividades e

colaboração com todasas células

Recolhimento de materiais,

registros e relatórios |Conclusão do Projeto N2010

IMERSÃO

zação de Atividades e participação emtos, RCentro e R N/NE

Discussão da PNU2010 e Apoio as outrascélulas

CONE

Centro Preparação para CONE;Finalização de patrocínios;

Pagamentos; Encomendas bazar 

Inscrições, últimos pagamento,Encomendas bazar (camisetas,

kits, produtos de bazar em geral)

Prestação de contas

rial e divulgação CONE/jan-o ações e resultados da PNU;formações sobre o CONE/jan

preparaçãopara oCONE;

Reformulação dosmateriais de divugalção;contato com eventos ecom a imprensa

IMERSÃO

ONE, alojamento e reuniões.rios para o kit e alojamento

Serviços de Logistica, numero demonitores, locais para as atividades,

relocação da CONDE durante o evento.Organizar as festas e montar kits.

IMERSÃO

20 a 24/01

 Verificação de integridadedos espaços e multas a pagar 

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