P R E F E I T U R A M U N I C I P AL D E I L H O T A

Assessoria para Assuntos da Juventude

PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE GRÊMIOS ESTUDANTIS NAS ESCOLAS

DA REDE MUNICIPAL DE ILHOTA

“Construindo uma cidade de oportunidades” Elaboração: Dialison Cleber Vitti

“Ser estudante é algo muito sério.

É quando as idéias se formam, é quando mais se pensa num meio de ajudar o Brasil”

Clarice Lispector

ILHOTA/SC Fevereiro de 2010

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1. APRESENTAÇÃO “Tudo o que acontece no

mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no

meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar

das decisões que interferem na minha vida.”

Herbert de Souza (Betinho)

O grêmio estudantil é uma organização de estudantes. É um importante espaço para que os jovens exercitem a participação, discutam os projetos que desejam realizar nas escolas, aprendam a negociar com os diretores e professores para tornar possíveis estes projetos, debatam os problemas e soluções para situações vividas na escola. A associação de alunos é parte integrante dos grupos da escola e pode contribuir para tornar o ambiente mais enriquecedor e interessante.

A Assessoria para Assuntos da Juventude entende que toda representação estudantil deve ser estimulada, pois aponta um caminho para a democratização da escola. Por isso, o grêmio nas escolas públicas e privadas deve ser estimulado pelos gestores da própria unidade de ensino, tendo em vista que ele é um apoio à direção numa gestão colegiada.

A organização do grêmio estudantil é assegurada pela lei federal 7.398, de 04 de novembro de 1985. Assim ninguém pode impedir que os alunos organizem e constituem o grêmio de sua escola. Em Santa Catarina, o governador Luiz Henrique da Silveira sancionou a lei 12.731, em de 06 de novembro de 2003, que também regulamentou a organização da entidade no estado. No município de Ilhota não há leis que abordam o assunto, nem tão pouco matérias de interesse da juventude. Partindo deste propósito iniciou-se uma longa discussão sobre o tema, sendo uma delas a elaboração de um projeto de lei que trate das políticas públicas dos direitos da juventude. Alem disso a câmara de vereadores do município de Ilhota, aprovou o projeto de lei , de iniciativa do vereador Carlos Henrique - Calinho a lei 1.566/2010 que também garante e regulamente a liberdade de organização dos estudantes de ensino fundamental e médio em nosso município.

Os grêmios estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da nossa juventude. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes estabelecimentos de ensino secundário, nasceram também os grêmios estudantis, que cumpriram sempre um importante papel na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude. As atividades dos grêmios estudantis representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude.

O regime instaurado com o golpe militar de 1964 foi, entretanto, perverso com a juventude, promulgando leis que cercearam a livre organização dos estudantes e

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impediram as atividades dos grêmios. Mas a juventude brasileira não aceitou passivamente essas imposições.

Em muitas escolas, contrariando as leis vigentes e correndo grandes riscos, mantiveram as atividades dos grêmios livres, que acabaram por se tornar importantes núcleos democráticos de resistência à ditadura. Com a redemocratização brasileira, as entidades estudantis voltaram a ser livres, legais, ganhando reconhecimento de seu importante papel na formação da nossa juventude. Em 1985, por ato do poder legislativo, o funcionamento dos grêmios estudantis ficou assegurado pela lei 7.398, como entidades autônomas de representação dos estudantes.

Esta é a base legal de um grêmio estudantil. Não existe nenhuma entidade, pessoa ou governo que possa interferir em um grêmio estudantil, muito menos vetar seu funcionamento. A partir do momento que alguém comete este veto está transgredindo no mínimo quatro leis. Como instituição democrática, o grêmio estudantil é formado por estudantes eleitos pelo voto direto e secreto, onde vão fazer parte da diretoria do grêmio que tem seus trabalhos regidos pelo estatuto social da entidade. Assim a atuação do grêmio estudantil é legitima e não depende de autorização para entrar em funcionamento.

Cabe ao grêmio estudantil se fortalecer a cada dia e lutar pelos seus direitos, com a organização de atividades, podendo ser, atividades políticas, culturais, esportivas, ecológicas, ou de qualquer tema que seja ligado aos estudantes de modo geral, afinal ele representa os interesses dos estudantes, cabe a ele atuar da melhor maneira possível, desde um simples baile de comemoração até uma passeata pela eleição direta para diretor. Cabe ao estudante, fazer valer seus direitos e lutar por um grêmio estudantil livre nas escolas.

Enfim, o grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos. Ele tem o potencial de integrar mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade.

1.1. O movimento estudantil O movimento estudantil é um movimento social da área da educação, no qual os sujeitos são os próprios estudantes. Caracteriza-se por ser um movimento policlassista1 e constantemente renovado - já que o corpo discente se renova periodicamente nas instituições de ensino.

1.2. Um pouco da história do movimento estudantil Podem-se encontrar traços de movimentos estudantis pelo menos desde o século XV, quando, na universidade de Paris, uma das mais antigas universidades da Europa, registraram-se vários movimentos grevistas importantes. A universidade esteve em greve durante três meses, em 1443, e por seis meses, entre setembro de

1 Movimento policlassista que representa ou defende os direitos de várias classes.

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1444 e março de 1445, em defesa de suas isenções fiscais. Em 1446, quando Carlos VII2 submeteu a universidade à jurisdição do parlamento3 de Paris, eclodiram revoltas estudantis - das quais participou, entre outros, o poeta François Villon4 - contra a supressão da autonomia universitária em matéria penal e a submissão da universidade ao parlamento. Frequentemente, estudantes eram detidos pelo preboste5 do rei e, nesses casos, o reitor dirigia-se ao châtelet6, sede do prebostado, para pedir que o estudante fosse julgado pelas instâncias da universidade. Se o preboste do rei indeferia o pedido, a universidade entrava em greve. Em 1453, um estudante, Raymond de Mauregart, foi morto pelas forças do Châtelet e a universidade entrou novamente em greve por vários meses.

Contemporaneamente, destacam-se os movimentos estudantis da década de 1960, dentre os quais os de maio de 1968, na França. No mesmo ano, também se registraram movimentos em vários outros países da Europa Ocidental, nos Estados Unidos e na América Latina. No Brasil, o movimento teve papel importante na luta contra o regime militar que se instalou no país apartir de 1964.

A juventude sempre cumpriu - e cumpre - um papel importante na história dos povos. No Brasil, também foi assim, defendendo os direitos de nossa sociedade, transformando a realidade em que viviam e contribuindo ativamente na construção de um país melhor. E fizeram História.

2. INTRODUÇÃO Entendendo a importância da contribuição dos nossos jovens, que são o presente e o futuro do Brasil, apresentamos este projeto como instrumento de informação de como organizar e incentivar a implantação dos grêmios estudantis nos estabelecimentos de ensino da rede pública e privada. Seja qual for à intenção, sua finalidade é fazer uma sociedade ainda melhor e despertar no estudante a luta para que o ensino público seja não somente disciplinar, mas sim para a interação social do aluno visando seu desenvolvimento intelectual, físico, seu espírito de crítica e sua capacidade de transformação da sociedade, para que o aluno exerça sua cidadania plena.

2 Carlos VII de França, o Vitorioso (Paris, 22 de Fevereiro de 1403 - castelo de Mehun-sur-Yèvre, nos arredores de Bourges, 22 de Julho de 1461), foi rei de França sagrado em Reims em julho de 1429 mas reinava desde 1422, ano da morte do pai. Ficou conhecido por ter reconquistado o trono graças a Joana d'Arc. 3 Parlamento é a assembléia dos representantes eleitos pelos cidadãos nos regimes democráticos e exerce normalmente o poder legislativo. 4 François Villon, pseudônimo de François de Montcorbier ou François des Loges (Paris, 1431 ou 1432 e desaparecido em 1463) foi um dos maiores poetas franceses da Idade Média. Ladrão, boêmio e ébrio, é considerado precursor dos poetas malditos do romantismo. 5 O termo preboste (em francês, prévôt) vem do latim præpositus (em português, “preposto”). No Medievo e durante o Antigo Regime, o preboste era um agente do senhor feudal ou do Rei, encarregado de ministrar justiça e gerir a propriedade que lhe era confiada. Passou depois a designar um magistrado ou oficial, responsável pela manutenção da lei e da ordem dentro do Exército. Hoje, em alguns exércitos é a designação do comandante ou do próprio serviço de polícia militar. 6 Châtelet é um termo da língua francesa que significa “pequeno castelo fortificado”. Na Idade Média era uma pequena fortificação destinada a defender o acesso a uma ponte, a uma estrada, a entrada de uma cidade ou a apoiar um castelo de maior porte.

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Portanto, o grêmio é a organização dos estudantes na escola. Ele é formado apenas por alunos, de forma independente, e desenvolvem atividades culturais e esportivas, jornal, organiza debates sobre assuntos de interesse dos estudantes que não fazem parte do currículo escolar e também organiza reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, e muitas outras. Por isso, é muito importante criar os grêmios estudantis.

3. JUSTIFICATIVA O grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.

O grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes na unidade educacional. Atuando nele, o estudante defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na prática.

4. OBJETIVOS O objetivo deste projeto é torná-lo um programa permanente de assessoramento e apoio ao movimento estudantil organizado da Assessoria para Assuntos da Juventude em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura das escolas públicas e privadas, municipal e estadual do município de Ilhota. Servirá também para implantação da entidade nas unidades escolares onde a entidade representativa dos estudantes inexiste.

4.1. Objetivos gerais A principal função do grêmio é representar os estudantes diante da diretoria na discussão de possibilidades de ação na escola e na comunidade, além de ser um espaço de aprendizagem, convivência e luta por seus direitos básicos. Assim destaca-se:

· Congregar e representar os estudantes secundaristas da escola;

· Defender seus direitos e interesse;

· Cooperar para melhorar a escola e a qualidade do ensino;

· Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, literárias, cívicas, sociais, desportivas e recreativas estimulando a união de toda a classe estudantil;

· Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional;

· Colaborar na construção da comunidade escolar, como elo entre alunos, o corpo docente e técnico-administrativo;

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· Articular junto com a direção da unidade de ensino e professores, busque as mudanças necessárias para a educação;

· Apresentar propostas e sugestões concretas para minimizar os problemas da escola e da comunidade na qual esteja inserido;

· Desenvolver o espírito de solidariedade e cooperação entre os estudantes e a escola; e

· Criar mecanismos que possibilitem incentivar, desenvolver e estimular o estudante em sua vida educacional, social e profissional, mas, sobretudo, que possa unir a classe, tornando-a mais participativa e consciente de seus direitos e deveres;

4.1. Objetivos específicos O grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola e permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.

Um de seus principais objetivos é contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua escola, organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem - junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores - da programação e da construção das regras dentro da escola.

O grêmio estudantil pode fazer muitas coisas, desde organizar festas nos finais de semana até exigir melhorias na qualidade do ensino. Ele tem o potencial de integrar mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade. Mas toda participação exige responsabilidade!

O grêmio estudantil compromissado deve procurar defender os interesses dos alunos, firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as pessoas que participam da escola.

Dentre as muitas atividades que o grêmio pode realizar, destaca-se:

· Integração dos alunos e comunidade, promovendo eventos culturais como projeção de filmes, peças teatrais, gincanas, concursos de poesia, coral, festival de dança, de música, etc;

· Cursos de artesanato;

· Campeonatos esportivos nas diversas modalidades;

· Palestra sobre, violência, drogas, sexualidade e meio ambiente, etc;

· Campanhas de agasalho, de alimentos e de outros recursos para as populações carentes;

· Jornal da escola;

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· Rádio escola; e

· Premiação dos alunos destaques nas diversas modalidades.

Entre outras, o grêmio pode desenvolver em categorias específicas, como:

· Culturais:

o Montagens de peças de teatro;

o Dança;

o Exposições de desenhos, pintura e escultura;

o Festas;

o Shows;

o Festivais de bandas;

o Saraus;

o Passeios a museus;

o Mostras de cinema e teatro;

o Oficinas culturais e de artesanato;

o Semana Cultural; e

o Concursos literários (poesia, contos, crônicas).

· Esportivas:

o Campeonatos de futebol, vôlei, basquete, handebol etc;

o Participação em campeonatos interescolares;

o Mini-olimpíadas (corridas, saltos, basquete etc.); e

o Gincanas.

· Políticas:

o Palestras, debates, manifestações;

o Avaliação dos diretores, professores e alunos no processo de aprendizagem;

o Garantir o voto dos estudantes no Conselho Escolar;

o Campanhas a favor da Cultura de Paz; e

o Parcerias com Grêmios de outras escolas.

· Sociais:

o Campanha do agasalho, alimento etc;

o Reciclagem de lixo;

o Campanhas de prevenção (gravidez precoce, drogas etc.);

o Embelezamento da escola (murais, painéis, grafites); e

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o Grupos de discussão (preconceito, inclusão social).

· Comunicação:

o Rádio escolar;

o Página on-line;

o Jornal dos alunos;

o Participação na reunião de representantes de classe; e

o Participação no Conselho Escolar.

5. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Alguém precisa começar... Se alguém já começou, alguém precisa continuar... E esse alguém é você!

O grêmio estudantil faz parte da comunidade escolar. Isso significa que ele participa da rede de atores envolvida no cotidiano da escola e comprometida com seu dia-a-dia (diretores, professores, funcionários, pais, alunos, etc.).

Um grêmio que estabelece uma boa rede de relações com os outros atores da comunidade escolar terá mais pessoas comprometidas com as ações que pretende realizar, e assim poderá ampliar o alcance e o impacto de suas iniciativas.

Por isso, é importante:

· Saber negociar com a direção da escola, mostrando sempre a importância e a necessidade daquilo que se pretende organizar;

· Buscar o envolvimento dos professores nos projetos, pois eles podem contribuir de formas muito diversificadas e ricas nas ações do grêmio;

· Investir na comunicação do grêmio: divulgar sempre e de diversas formas (por exemplo: por cartazes, rádio ou reuniões) as ações que o grêmio realizou, está realizando e realizará;

· Ouvir as sugestões que os alunos trazem. Afinal, não pode-se esquecer que o grêmio existe para representá-los. Mas vale a recomendação: quando uma sugestão não é viável, é muito importante comunicar os alunos sobre a inviabilidade da idéia, afinal eles têm o direito de saber o porquê;

· Fazer parcerias com instituições (sociais, esportivas etc.) e estabelecimentos comercias da região: envolvê-los em gincanas, campanhas, ações sociais, culturais e políticas da comunidade. Uma dica importante: não esqueça nunca de divulgar o nome dos parceiros que colaboram com o projeto, é uma medida justa e estratégica para futuros apoios; e

· Nunca esquecer: sem trabalho em equipe não existe grêmio estudantil! E sem Grêmio os alunos não podem explorar todas as suas idéias para mudar a escola.

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5.1. Como formar um grêmio estudantil Para organizar um grêmio nas escolas do município de Ilhota, em primeiro lugar, deve-se constituir uma comissão pró-grêmio formada por alunos representantes de turma ou escolhida entre seus pares para tal finalidade. A comissão pró-grêmio deverá elaborar um estatuto e organizar a assembléia geral dos estudantes. Nessa assembléia, deverá ser esclarecido a todos os estudantes o que é um grêmio, qual a finalidade do grêmio dentro da escola, aprovar o estatuto apresentado e formar a comissão eleitoral.

No início da reunião, deve-se escolher um participante para secretariá-la, isto é, aquele que ficará com a incumbência de escrever tudo o que houve na reunião, quem compareceu a que horas se iniciou, em qual local se deu; quais assuntos foram tratados e quantos votaram a favor pela aprovação e quantos votaram contra, e outros assuntos.

No final da reunião, todos os presentes devem assinar esse documento. A comissão pró-grêmio ficará com a responsabilidade de marcar a data da eleição e receber a inscrição de chapas e candidatos, fiscalizar o processo eleitoral e resolver eventuais dúvidas que surjam no processo eleitoral. Os membros dessa comissão devem eleger um coordenador para centralizar as atividades. Esses também devem promover a apuração dos votos, declarar os vencedores e organizar um ato de posse. É muito importante produzir uma ata eleitoral onde constem as chapas e os candidatos concorrentes, as ocorrências e os resultados.

O grêmio estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial e também não deverá ter fins lucrativos.

A aprovação do estatuto, a escolha dos dirigentes e dos representantes do grêmio serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante, observando-se, no que couber, as normas da legislação eleitoral.

Para formar o grêmio estudantil são necessários cinco grandes passos, todos muito importantes. São eles:

5.2.1. Primeiro passo

O grupo interessado em formar o grêmio estudantil comunica a direção escolar, divulga a proposta na escola e convida os alunos interessados e os representantes de classe (se houver) para formar a comissão pró-grêmio. Este grupo elabora uma proposta de estatuto que será discutida e aprovada pela assembléia geral.

5.1.2. Segundo passo

A comissão pró-grêmio convoca todos os alunos da escola para participar da assembléia geral. Nesta reunião, decide-se o nome do grêmio, o período de campanhas das chapas, a data das eleições e aprova-se o seu estatuto. Nessa

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reunião também se definem os membros da comissão eleitoral. Importante: A assembléia geral precisa ser registrada em ata.

5.1.3. Terceiro passo

Os alunos se reúnem e formam as chapas que concorrerão na eleição. Eles devem apresentar suas idéias e propostas para o ano de gestão no grêmio estudantil. A comissão pró-grêmio promove debates entre as chapas, abertos a todos os alunos.

5.1.4. Quarto passo

A comissão eleitoral organiza a eleição, em votação aberta a todos os alunos e secreto. A contagem é feita pelos representantes da comissão eleitoral, de classe, acompanhados de dois representantes de cada chapa e, eventualmente, dos coordenadores pedagógicos da escola. No final da apuração, a comissão pró-grêmio deve fazer uma ata de eleição para divulgar os resultados.

5.1.5. Quinto passo

A comissão pró-grêmio envia uma cópia da ata de eleição e do estatuto para a direção escolar e organiza a cerimônia de posse da diretoria do grêmio estudantil. A cada ano, reinicia-se o processo eleitoral a partir do 3º passo.

5.2. Glossário da organização do grêmio estudantil 5.2.1. Comissão pró-grêmio

Grupo de alunos interessados na formação do grêmio estudantil. Tem como tarefas: divulgar a idéia do grêmio na escola, elaborar o estatuto do grêmio e convocar a assembléia geral. Esta comissão apenas existirá em um único processo da vida ou história do grêmio, na fundação.

5.2.2. Comissão eleitoral

Formada por representante de alunos do último ano da escola e por representantes da coordenação pedagógica da escola, deverá organizar a votação de tal forma que garanta a participação dos estudantes em todos os turnos. As urnas, fixas ou volantes, deverão ser acompanhadas pelos fiscais de cada chapa concorrente e os mesários serão os integrantes da própria comissão. Após o processo de votação se dará inicio a apuração dos votos que proclamará o resultado final e a chapa vencedora e dará posse da diretoria do grêmio eleita e será feita após ampla divulgação e de preferência, comemorada com uma festa. Registrar tudo em ata.

5.2.3. Assembléias gerais

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Reunião de todos os alunos da escola para discutir e aprovar alguma proposta do grêmio. É o órgão máximo de decisão do grêmio estudantil. Para garantir que a decisão da assembléia geral seja representativa, pelo menos 10% dos alunos matriculados na escola deverão estar presentes na reunião, do contrário, convoca-se outra Assembléia Geral.

5.2.4. Estatuto

O estatuto é o documento que garante a organização e autonomia do grêmio estudantil, pois determinam os objetivos e finalidades da entidade, a estrutura administrativa, o processo eleitoral, os direitos e deveres de seus membros, as esferas de decisão etc. O Estatuto não precisa ser registrado em cartório para ser válido. O importante é que seja aprovado em Assembléia Geral e encaminhado para a direção da escola, para a APP e para a Secretaria Municipal de Educação do município. Se o Estatuto for registrado em cartório, o Grêmio poderá realizar convênios formais com outras entidades, adquirir bens etc., mas alunos menores de 18 anos não poderão participar de alguns cargos de sua diretoria do grêmio o que pode dificultar o funcionamento do grêmio estudantil.

5.2.5. Diretoria do grêmio

A diretoria do grêmio estudantil é uma instância que administra a entidade na escola e organizam as ações e beneficiam todos os estudantes. É o lugar onde os diretores junto com o presidente se reúnem abertamente para discutirem as propostas e melhoras ao movimento e a organização dos estudantes. Ela se renova a cada ano e não tem vínculos nem subordinação a nenhuma outra organização dentro e fora da escola, salvo a assembléia geral dos estudantes.

5.2.6. Conselho de representantes de turma

O conselho de representantes de turma será eleito anualmente, no início do período letivo, em data fixada pelo grêmio e/ou equipe pedagógica. O conselho de representantes de turmas é a instância intermediária e deliberativa do grêmio e será constituído pelos representantes de turmas eleitos pelos alunos de cada turma em voto secreto. O estabelecimento de ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou outros compromissos assumidos pelo grêmio.

5.2.7. Sócios do grêmio

São sócios do grêmio todos os alunos matriculados e com frequência regular. Os representantes do grêmio não poderão utilizar seu horário de aula para reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da direção geral e do professor da turma.

5.2.7. Associação de pais e professores - APP

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É uma instituição auxiliar da escola, que tem como objetivo contribuir com o processo educacional e a integração família-escola comunidade. Como a escola não tem autonomia para movimentar recursos financeiros diretamente, é pela APP que recebe e aplica recursos vindos da Secretaria de Educação ou resultante de festas, contribuições etc.

5.3. Como organizar eventos A realização de qualquer evento do grêmio nas dependências do estabelecimento deverá ser precedida de autorização do conselho escolar. Quando da realização de qualquer evento ou reunião no interior do estabelecimento, o grêmio será responsável pela manutenção da limpeza, da ordem e por qualquer dano ao patrimônio ou a material do estabelecimento.

As atividades do grêmio serão supervisionadas pelo conselheiro (que deverá ser um profissional da educação da escola escolhido pelo diretor e/ou alunos). Ao conselheiro compete:

· Acompanhar as atividades do grêmio comparecendo à sua sede no mínimo uma vez por semana;

· Informar à direção do estabelecimento sobre as atividades do grêmio;

· Apresentar sugestões para o melhor funcionamento do grêmio e seu relacionamento com a direção do colégio;

· Comunicar com antecedência à direção seu afastamento, justificando-o; e

· Responder junto às instituições bancárias pela abertura e movimentação de conta-corrente do grêmio estudantil.

5.4. Filiar-se a entidades que representam os estudantes em seu município Depois de o grêmio estudantil ter passado por todo este processo, é preciso filiar-se a entidade que representa os estudantes no município. É interessante se filiar para manter parcerias e também para se manter informado e se unir com todos os estudantes para possíveis lutas que venham a ocorrer. Uma sugestão seria integrar-se no conselho municipal da juventude.

Apresentamos as entidades de organização dos estudantes nos diversos níveis:

· Municipal: UMES7 (União Municipal dos Estudantes Secundaristas). Representa os estudantes do ensino médio e fundamental. Toda cidade pode ter sua entidade, mas no município esta organização ainda não existe.

7 Entidade inexistente da representação dos estudantes na cidade pelo motivo do movimento estudantil não estar organizado. O objetivo após a implantação na execução do projeto por completo será a formação desta entidade.

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· Estadual: UCES (União Catarinense dos Estudantes Secundaristas). Representa os estudantes do ensino médio e fundamental do estado de Santa Catarina. Cada estado pode tem sua entidade.

· Nacional: UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). Representa todos os estudantes do ensino médio e fundamental brasileiro.

6. PÚBLICO ALVO

Estudantes das escolas públicas e privadas, da rede municipal e estadual de ensino médio e fundamental sediados no município de Ilhota.

6.1. Escolas relacionadas ao projeto

6.1.1. Escolas municipais:

· Escala Alberto Schmitt (Baú Central).

· Escola Domingos José Machado (Ilhotinha).

· Escola José Elias de Oliveira (Minas

6.1.2. Escolas estaduais:

· Escola de Educação Básica Marcos Konder (Centro).

· Escola de Educação Básica Valério Gomes (Pedra de Amolar).

6.2. Escola não participante do projeto

· Escola Municipal Pedro Teixeira de Melo.

6.3. Estatísticas dos alunos matriculados nas escolas em 2010

· Escala Municipal Alberto Schmitt:

o Ensino fundamental: 0.

§ Séries finais: 0.

§ Séries iniciais: 0.

o Total de estudantes matriculados: 0.

· Escola Municipal Domingos José Machado:

o Ensino fundamental: 0.

§ Séries finais: 252.

§ Séries iniciais: 285.

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o Total de estudantes matriculados: 0.

· Escola Municipal José Elias de Oliveira:

o Ensino fundamental: 0.

§ Séries finais: 0.

§ Séries iniciais: 0.

o Total de estudantes matriculados: 0.

· Escola de Educação Básica Marcos Konder:

o Ensino médio: 0.

o Ensino fundamental: 0.

§ Séries finais: 0.

§ Séries iniciais: 0.

o Total de estudantes matriculados: 0.

· Escola de Educação Básica Valério Gomes:

o Ensino médio: 0.

o Ensino fundamental: 0.

§ Séries finais: 0.

§ Séries iniciais: 0.

o Total de estudantes matriculados: 0.

· RESUMO:

o Estudante da rede estadual: 0.

o Estudantes da rede municipal: 0.

o Estudante do ensino médio: 0.

o Estudante do ensino fundamental: 0.

§ Séries finais: 0.

§ Séries iniciais: 0.

o Total de estudantes envolvidos no projeto: 0.

o Total de estudantes matriculados em 2010: 0.

§ Escola não envolvida no projeto: 0.

7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO O cronograma de execução do projeto consiste em duas importantes fases, as quais relacionam como ações da Assessoria da Juventude e apresenta em sua política de trabalho uma “consultoria de apoio a grêmios estudantis” para que promova o

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movimento em todas as instituições de ensino, tenha atuação, personalidade e independência.

7.1. Primeira fase Nesta fase será apresentado o projeto de implantação de grêmio estudantil em todas as escolas do município de Ilhota. Neste momento será ministrada palestra e campanhas para incentivar no estudante o interesse em organizar o grêmio estudantil na sua escola. As escolas nas quais possuam o grêmio organizado, a AAJ fará o trabalho em promover a “consultoria de apoio” às entidades permanentemente de acordo com a segunda fase deste projeto.

7.1.1. Meta da primeira fase

Organizar o movimento, identificar os estudantes interessados e constituir a comissão pró-grêmio, fazer as eleições e dar posse à primeira diretoria de grêmio no primeiro semestre de 2010.

7.1. Segunda fase Nesta fase será realizada a política de assessoramento e apoio ao movimento estudantil permanentemente como instrumento de formação e capacitação dos estudantes.

7.2.1. Meta da segunda fase

Execução do programa permanente por tempo indeterminado. Na ausência da AAJ ou organização de ação de políticas públicas para juventude, essa será gerenciada e coordenada pela secretaria de educação.

8. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS Após a apresentação do projeto, todas as atividades serão planejadas de acordo com cronograma de execução. A Assessoria para Assuntos da Juventude visitará bimestralmente as unidades escolares a fim de garantir suporte e apoio institucional às entidades estudantis. A cada trimestre, elaborará relatórios das atividades desenvolvidas e apresentará seus resultados aos gestores subordinados aos órgãos diretos da AAJ. Ao final de cada semestre emitirá relatórios finais e conclusivos das atividades desenvolvidas do programa, e servirá como prestação de contas das ações políticas da Assessoria da Juventude. Todas as ações serão publicadas nos canais de comunicação designados no plano de mídia.

Constantemente, a AAJ avaliará as suas ações ao projeto para melhor adequação do cumprimento do programa, readequação situações estratégias pré-definidas no teor deste documento. Em caso de desastre ambiental, calamidade ou a declaração

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de situação de emergência que inviabilize a continuação do programa, o projeto será paralisado e ficará sujeita e a critérios da Secretaria de Educação e/ou coordenação pedagógica o seu retorno.

9. COMUNICAÇÃO E PLANO DE MÍDIA Frente ao exposto, o presente plano tem como objetivo a criação de uma sistemática de comunicação efetiva que integre os atores e massifique projeto. Na medida em que este objetivo seja alcançado e o plano implementado, espera-se que:

· Os demais atores estejam integrados; e

· As informações sejam de difusão geral e possam facilmente trocar conhecimento e experiência.

Para que o objetivo proposto seja alcançado, propõe-se que se dê prioridade à utilização aos canais de comunicação eletrônica e a imprensa inscrita e falada. A divulgação do projeto se dará por várias etapas, sendo elas:

· Divulgação por cartazes e faixas em diversos pontos da cidade;

· Banners;

· Flyers ilustrativos direcionado ao público alvo além desses mecanismos:

· Adesivos;

· Mailing lists;

· Site de relacionamento e conversação;

· Sites direcionados ao público alvo;

· Portal da prefeitura http://www.ilhota.sc.gov.br; e

· Jornal de circulação na cidade e região (Metas/Cruzeiro do Vale/Santa Catarina).

9.1. Da divulgação do projeto A divulgação do projeto será empregada em conforme ao Plano de Mídia e Comunicação:

· Materiais impressos:

o Adesivos: nas dimensões ___x___ será produzido em papel offset colorido na quantidade de 5.000 unidades.

o Cartaz: 30X42 em papel Couche Brilho 115 grs em papel offset colorido na quantidade de 100 unidades.

o Flyers/Folders: nas dimensões 10x15 será produzido em papel offset colorido usando a frente e verso na quantidade de 5.000 unidades.

· Materiais audiovisuais:

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o Banner: em lona de excelente qualidade e impressão nas dimensões de 90X130 coloridos na quantidade de 10 unidades.

o Faixa: nas dimensões de 300X50 em plástico plotado na quantidade de 5 unidades.

· Imprensa:

o Jornal: envio de releases aos jornais de grande circulação da cidade e região, sendo eles o Jornal de Santa Catarina, Cruzeiro do Vale e Metas, além daqueles publicados em conteúdo jornalístico.

o Rádio: vinculado na rádio comunitária Paz no Vale 98,3 FM (Ilhota) notícias como forma de serviço de utilidade pública e apresentações frequentes para entrevista e informações complementares.

· Mídia eletrônica: todos os canais de comunicação a serem criados e sites apoiadores que estarão divulgando o projeto, sites direcionados ao público alvo e portal da prefeitura http://www.ilhota.sc.gov.br.

9.2. Canais de comunicação do projeto Para maior facilitação e comodidade dos avanços do projeto e prestação de contas aos apoiadores e financiadores do Projeto e com incentivo de propaganda e marketing do movimento, a Assessoria da Juventude gerenciará e disponibilizará os canais abaixo relacionados que serão criados para contato direto com a organização do projeto:

· Blog.

· Canal YouTube.

· E-groups.

· E-mail.

· Facebook.

· Fotolog/Picasa/Flickr.

· MSN.

· Orkut (Comunidade e Perfil).

· Site official.

· Twitter.

10. EQUIPE TÉCNICA E ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

· Assessoria para Assuntos da Juventude; e

· Direção das escolas envolvida e/ou coordenação pedagógica.

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11. PARCERIAS (Em fase de negociação/Extra oficial)

· Assessoria de Comunicação/Imprensa;

· Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura;

· Secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau;

· Gerência Regional de Educação; e

· Câmara Municipal de Vereadores de Ilhota.

12. ORÇAMENTO Remeta-se às ações indicadas ao cronograma de execução e plano de mídia, as quais os gastos estão implícitos em cada uma delas. O projeto prevê recursos para: organização e mobilização bem como ao material gráfico, comunicação e divulgação. Entretanto, os recursos aqui mencionados serão aqueles direcionados as ações/atividades da AAJ e dependerão de dotação orçamentária própria. Para a contemplação do projeto, faz-se necessária a articulação institucional financeira com as demais secretarias e parceiros do projeto a fim de efetivar o programa.

13. INSTALAÇÕES FÍSICAS As unidades escolares garantirão aos grêmios estudantis organizados um espaço para a realização de suas atividades, sedo que, aquelas garantidas em lei. A estruturação e mobília destes espaços dependerão da organização do grêmio e sua articulação institucional para garantir toda infra-estrutura necessária ao seu funcionamento e deverão ser conhecidas como “sala do estudante”.

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final deste projeto. Desejamos que ele seja apreciado e, realmente útil às escolas municipais de Ilhota. Esperamos, principalmente, que ele contribua para que as escolas sejam espaços de convivência, de aceitação e respeito de cada um por si mesmo e pelo outro, nos quais os jovens se sentirão seguros e amparados para ensaiar seus primeiros passos em direção à participação no mundo.

Organizar estes espaços de convivência, dos quais os grêmios estudantis constituem esse exemplo, é trabalhar para estabelecer a idéia de que outro é tão legítimo quanto qualquer um. É trabalhar pelo fortalecimento da democracia, para o desaparecimento das desigualdades sociais, da pobreza e das diferentes formas de abuso, tão comuns nos dias de hoje.

Participar é importante para poder transformar. Se não estamos satisfeitos com alguma coisa, podemos propor alternativas e participar na sua transformação. Se estivermos contentes com algo, podemos participar na sua divulgação e contribuir

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para que outras pessoas aprendam com nossa experiência. Isso é exercício de cidadania.

Por isso é muito importante aprendermos a participar organizadamente das atividades da sociedade, da nossa comunidade e da nossa escola. E a melhor forma de aprender a participar é participando, ou seja, aproveitando as oportunidades que aparecem ou mesmo criando-as. Quanto mais estimulamos a colaboração e a solidariedade dentro da escola e em nossa comunidade, mais estaremos participando da construção de uma cidadania ativa, consciente e responsável.

Esse é o desafio do grêmio livre estudantil das escolas de Ilhota.

15. FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS A força do movimento estudantil na história do país e a importância da participação dos alunos nas escolas motivaram a elaboração de algumas leis que garantem a existência do grêmio estudantil. Elas definem os direitos dos grêmios se organizarem.

Os seguintes dispositivos constituem fundamentos legais que garantem ao estudante e à escola o direito à criação e funcionamento do grêmio estudantil em todas as instituições de ensino. A íntegra dessas leis pode ser encontrada no site da prefeitura de Ilhota http://www.ilhota.sc.gov.br/.

· Lei Federal Nº. 7.395, de 31 de outubro de 1985 - Dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes de nível superior.

· Lei Federal Nº. 7.398, de 4 de novembro de 1985 - Dispõe sobre a organização de entidades representativas de estudantes do primeiro e segundo graus.

· Lei Nº. 8.069, de 13 de julho de 1990 - Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente. No artigo 53º inciso IV, garante o direito dos estudantes de se organizar e participar de entidades estudantis.

· Lei Nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996 - Esta Lei estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A partir dela, está garantida a criação de pelo menos duas instituições, a associação de pais e mestres e o grêmio estudantil, cabendo à direção da escola criar condições para que os alunos se organizem no grêmio estudantil. A lei determina ainda a participação de alunos no conselho de classe e série.

· Lei Estadual Nº. 12.731, de 06 de novembro de 2003 - Dispõe sobre a garantia da liberdade de organização dos estudantes de ensino fundamental e médio no estado de Santa Catarina.

· Lei Municipal Nº. 1.566, de 17 de março de 2010 - Assegura, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos ou privados, no município de Ilhota, a livre organização de grêmios estudantis.

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· Medida Provisória N.º 2.208, de 17 de agosto de 2001 - Dispõe sobre a comprovação da qualidade de estudante e de menor de dezoito anos nas situações que especifica.

16. REFERÊNCIAS

· Cadernos do grêmio em forma - 3ª edição (Instituto Sou da Paz - http://www.soudapaz.org);

· Guia grêmio em forma: Material para formação de grêmios estudantis (Instituto Sou da Paz - http://www.soudapaz.org);

· Grêmio estudantil: é hora de participar! (Instituto Sou da Paz - http://www.soudapaz.org);

· Elaboração participativa de projetos: um guia para jovens (Imstituto Ação Educativa - http://www.acaoeducativa.org.br);

· Grêmio estudantil: Na rede estadual de ensino do Paraná (Secretaria de Estado de Educação do Paraná);

· Grêmio estudantil: Construindo, resgatando, transformando - outubro de 2004 (Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais);

· Grêmio estudantil: uma definição atual - Maria Carolina André Cícero de Sá;

· Site Mundo Jovem http://www.mundojovem.pucrs.br/subsidios-gremio_estudantil.php;

· Portal UBES - http://www.ubes.org.br e http://www.estudantenet.com.br; e

· Portal Wikipédia - http://www.wikipedia.com.br.

17. ANEXOS Selecionamos aqui alguns modelos de atas mais utilizadas, como a ata de fundação de grêmio, ata de eleição, ata de assembléia geral e ata de reunião da diretoria de grêmio, além do modelo de estatuto. As atas são os registros dos principais pontos decididos em reuniões, eleições e assembléias gerais e devem ser registradas em um livro específico, com páginas numeradas.

· Modelo de Estatuto;

· Modelo de Chapa;

· Modelo Completo da Ata de Criação de Grêmio;

· Modelo de Ata de Eleição;

· Modelo de Ata de Posse; e

· Modelo de Ata de Reunião de Diretoria.

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· Observação: no site da prefeitura (http://www.ilhota.sc.gov.br/) encontra-se disponibilizado em arquivos doc e pdf os modelos aqui apresentados, do estatuto, atas e outros documentos e leis.

Ilhota/SC, 19 de fevereiro de 2010.

______________________________ DIALISON CLEBER VITTI

Assessor da Juventude