Projeto de Pesquisa Após Qualificação

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  • 8/17/2019 Projeto de Pesquisa Após Qualificação

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    Ministério da SaúdeFundação Oswaldo Cruz

    Casa de Oswaldo CruzPrograma de Pós Graduação em História das Ciências e da Saúde

    PO!"#O $" P"S%&'S(

    )(os loucos o Hos*+cio,- tera*êutica ou .igiene social/

     Por Lourence Cristine Alves

    Rio de janeiro

    2009

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    (*resentação

    O Hospício de Pedro II, posteriormente denominado Hospício Nacional de

    Alienados, foi criado em 1841 e ina!rado em 18"2, para a#ri!ar indi$ídos considerados

    locos fossem residentes do %istrito &ederal o das cercanias' &oi ideali(ado para a

    recep)*o de +al+er paciente +e sofresse de molstias mentais' %e fato, ao o#ser$armos

    os pront-rios do .ospício, perce#emos +e n*o .- .omo!eneidade entre os pacientes,

    .a$endo todo o tipo de indi$ídos, com as mais $ariadas características físicas e s/cio

    econmicas' No entanto, ma o#ser$a)*o mais ampla, patada por compara)es

    +antitati$as, nos mostra certas especificidades comns aos pacientes' Ha$endo, por 

    e3emplo, m nmero si!nificati$amente sperior de pacientes orindos de camadas sociais

    menos a#astadas e ma predomin5ncia, principalmente entre estes, de determinados

    dia!n/sticos' O +e lan)a a primeira per!nta +e a pes+isa pretende responder6 .a$ia

    netralidade efeti$a no discrso e na pr-tica psi+i-trica #rasileira7

    A resposta para esta +est*o est- intimamente li!ada com a elcida)*o de al!ns

     pontos fndamentais para o se entendimento' m primeiro l!ar, preciso e3plicitar +al

    era o paradi!ma discrsi$o partil.ado por esta infante comnidade científica como se

    constiti tal paradi!ma e +ais infl:ncias intelectais ele sofre, seja em sa forma)*o o

    consa!ra)*o +al o conte3to político e s/cioeconmico em +e esta medicina mental est-

    inserida, desde sa forma)*o at sa consolida)*o e por ltimo, a rela)*o entre a

    institi)*o asilar e o stado #rasileiro, tanto em se formato mon-r+ico, +anto em sa

    forma)*o rep#licana, destacando as diferen)as e semel.an)as nesta rela)*o em am#as as

    formas de !o$erno'

    este ltimo ponto de an-lise nos remete a se!nda +est*o de nossa pes+isa6 .-

     por parte do stado #rasileiro ma apropria)*o do discrso mdico de recls*o asilar como

    forma terap:tica, com o o#jeti$o de reali(ar ma .i!iene social, e3pr!ando, em certamedida, elementos socialmente indesejados, da li$re circla)*o nos domínios p#licos7

    Assim, o presente projeto n*o se trata de m simples es#o)ar o mesmo transcre$er,

    linear o descontinamente, a trajet/ria da psi+iatria nacional' ;ampoco se pretende

    ela#orar m tra#al.o de .ist/ria institcional pra e simples' A tem-tica deste trata da

    in$esti!a)*o de +al seria o discrso da locra paradi!maticamente conformado pela

     psi+iatria nacional +ais seriam os recept-clos deste discrso e como ocorria a

    intera)*o entre discrso e pr-tica psi+i-trica' Isto , +al era e a +em este discrso e esta pr-tica esta$am efeti$amente diri!idos' Procrando, diante disto, tra)ar m perfil de +em

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    prática psiquiátrica no prel:dio da psiquiatria nacional!

    Objetivos

    • .studar as especi(icidades dos pacientes do ospício acional de $lienados

    • .squadrin%ar, a partir deste estudo, um per(il dos pacientes do ospício

    acional de $lienados;

    • $nalisar o discurso médico a (im de perce&er neste a e4istncia ou no de

    uma neutralidade e(etiva, comparando este discurso, as práticas empregadas

    no ospício acional de $lienados;

    nvestigar a rela+o entre o discurso psiquiátrico de de(esa de um tratamentoasilar e a política de assistncia a alienados do .stado &rasileiro!

    Metodologia e fontes

    $ presente pesquisa está centrada na análise de (ontes distintas, mas pr-4imas, a (im

    de se o&ter di(erentes canais de e4plora+o para o enriquecimento de nosso tra&al%o e

    (ortalecimento de nossas %ip-teses! 7o elas< os prontuários dos pacientes do ospício

    acional de $lienados do período de 1""# a 191"; os = Archivos Brasileiros de

     Psychiatria, Neurologia e Sciencias Afins>, de 19?5 a 1919; as o&ras completas de $(onso

    enrique de @ima 6arreto; algumas leis re(erentes a modi(ica+Aes na gesto de sa:de

    mental no 6rasil, contidas na ?ole)*o de >eis do Imprio do =rasil e ?ole)*o das >eis da

    Rep#lica dos stados @nidos do =rasil do $rquivo acional e alguns Relat-rios de

    diretores do ospício ao Ministério da Justi+a e dos eg-cios nteriores B1"9?, 1"99,

    19?#)?C, 1911, 191", 192?D!

    Es prontuários dos pacientes do ospício acional de $lienados apresentam um

    o&eto de apreenso dos personagens a quem se dirigiam as práticas psiquiátricas! Es

    prontuários que selecionamos para tra&al%ar esto arquivados no nstituto Municipal ise

    da 7ilveira! $ssim, através de uma análise de compara+o quantitativa, podemos tra+ar um

    per(il destes internos, se o&servarmos os pontos de convergncia entre as especi(icidades

    destes doentes, por meio do e4ame das similitudes entre aspectos (ísicos e s-cio)

    econômicos!

    a primeira (ase, recol%emos os dados e compilamos numa &ase de dados contendo

    C

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    especi(ica+Aes como< cor, classe, se+o, pro(isso, idade, se4o, diagn-stico, datas de

    permanncia, procedncia, internante e causa mortis! Feito isso, montamos quadros

    estatísticos das totalidades de tais especi(icidades, a (im de o&termos a &ase necessária para

    a corro&ora+o das %ip-teses de nossa pesquisa! .ssa &ase de dados constitui a sele+o de

    alguns desses prontuários, indo de 1""# a 191", totali'ando apro4imadamente cinco mil

    prontuários!

    $ análise da produ+o peri-dica produ'ida durante o período recortado nos permite

    um contato com algumas (aces do discurso psiquiátrico &rasileiro que, con(rontado com as

    práticas, nos possi&ilita montar um quadro discursivo paradigmático desta comunidade

    cientí(ica! a &i&lioteca do centro de .studos do nstituto Municipal ise da 7ilveira e na

    &i&lioteca central de Manguin%os na Funda+o de Esaldo 0ru', encontram)se os volumes

    do peri-dico selecionado!

    $ o&ra do escritor $(onso enrique de @ima 6arreto nos o(erece a possi&ilidade de

    e4plora+o de um viés interpretativo da rela+o entre indivíduo G louco ou so G e

    sociedade no Rio de Janeiro de (inais do século 88 e início do século 88, e de como se

    deu a questo da penetra+o da modernidade e com ela da cincia, na vida do carioca!

    Hodemos encontrar isso no s- em seus livros O Cemitério dos Vivos e Diário ntimo que

    constituem relatos e passagens (iccionais de sua interna+o no ospício acional de

    $lienados, mas tam&ém em suas crônicas e demais livros!

    $o percorrermos a totalidade de sua o&ra, nos propomos é a ela&ora+o de um

    mapeamento do período de interna+o do escritor como paciente do %ospício, mas um

    estudo de caso aliando nossas análises so&re a institui+o e o conte4to s-cio)político do

    .stado 6rasileiro aos escritos do escritor!

    $través da documenta+o legislativa so&re assistncia aos alienados, disponível para

    consulta pela internet no site do 7enado Federal, !!!"  senado"gov"#r,  podemos averiguar

    as rela+Aes entre a nstitui+o e .stado 6rasileiro, pelo prisma da o(icialidade! $inda nestaes(era, podemos destacar os Relat-rios Ministeriais, escritos por alguns diretores da

    institui+o ao governo &rasileiro, descrevendo a situa+o do espa+o, (a'endo solicita+Aes,

    in(ormes, desa&a(os até! .sta documenta+o tem seu acesso disponível de (orma

    digitali'ada através do site< %ttp

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    %ip-tese so&re possíveis aproveitamentos do .stado &rasileiro da política de tratamento

    asilar!

    e0isão 1i2liogr34ica

    Podemos pensar a cria)*o do Hospício de Pedro II como m marco na psi+iatria

    nacional, se inscre$ermos este e$ento, dentro de m cen-rio de presses e3ercidas pela

    ociedade de Bedicina do Rio de Caneiro, fndada em 1829, e +e j- em 18D0 lan)o ma

    forte campan.a pela institcionali(a)*o de m espa)o de tratamento específico aos

    alienados < EAos locos o HospícioF GBA?HA%O et al, 1986 p' DJ' ;al campan.a tin.a

    sa #ase de fndamenta)*o so# dois ei3os dicotmicos6 de m lado aponta$ase o car-ter 

    de periclosidade da li#erdade do loco +e $a!a$a pelas ras, com a possi#ilidade

    criminal +e m srto de m destes indi$ídos poderia acarretar' %estaca$ase, tam#m, o

    atentado K moral +e o comportamento des$iante de certos alienados poderia pro$ocar, no

    momento em +e $a!a$am li$remente pelas ras da cidade' >i#erdade e locra eram

    antnimas' nesse conte3to, a estrtra asilar era defendida pelos mdicos como espa)o

    de prote)*o e recrso terap:tico'

    %o otro lado, encontra$amse as críticas K institi)*o +e at ent*o fnciona$a

    como alternati$a K peram#la)*o dos doentes pelas ras, assestandoa como pris*o

    .ospitalar, +e n*o estaria em conson5ncia com as $erdadeiras e efica(es institi)es para

    o tratamento da doen)a' A referida institi)*o era o Hospital Leral da anta ?asa da

    Biseric/rdia, +e para este !rpo de mdicos, n*o oferecia tratamento específico e

    ade+ado a estes doentes, +e como otros indi$ídos sofredores de males patol/!icos,

    careciam de m tratamento apropriado K sa patolo!ia' Nos pores do Hospital, os doentes

    eram es+ecidos' N*o .a$endo m acompan.amento mdico re!lar, o tratamento

    específico, o referido espa)o, confi!ra$a mais como m psedoa#ri!o, o mesmo mespa)o de mero recol.imento de pacientes, com estrtras inade+adas' GBA?HA%O et

    al, 1986 p' DD81J'

    Podemos assim ler m parado3o e3plícito nas críticas da comnidade mdica,

    se!ndo as +ais se o doente peram#la$a li$remente pelas ras, confi!ra$a m

    criminoso em potencial, alm de m atentado K moral da sociedade carioca' No entanto,

    aprisionado nos pores do Hospital da Biseric/rdia, era $isto como ma $ítima indefesa,

     pri$ado de sa li#erdade e atendido de forma incorreta' %esta forma, a nascente psi+iatriac.amo para si a responsa#ilidade no tratamento aos doentes mentais, desen.ando o

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    espa)o asilar do Hospício como a sol)*o para o tratamento e recpera)*o do indi$ído

    sofredor de transtornos mentais6 Ea locra n*o se trata com li#erdade, nem com repress*o,

    mas com disciplinaF' GBA?HA%O, 198, P, D9J'

    E ospício de Hedro nasce so& uma dupla égide de impulso< por um lado a á

    citada presso médica e por outro uma mano&ra política preconi'ada pela (igura de José

    0lemente Hereira que, como provedor do ospital Keral da 7anta 0asa da Miseric-rdia,

    passou a &uscar apoio L idéia de que a cele&ra+o da maioridade de ! Hedro deveria ser

    marcada pela constru+o de um asilo maestoso!

    7eu argumento estava pautado em duas premissas &ásicas< em primeiro lugar que a

    constru+o do ospício seria uma (orma de remover os pacientes considerados insanos do

    ospital Keral da 7anta 0asa, para redu'ir o caos que alguns desses pacientes provocavam,

    di(icultando a recupera+o de outros en(ermos! .m segundo, permitiria o desenvolvimento

    de um amplo programa de rea&ilita+o para os pacientes trans(eridos para o asilo!

    A ina!ra)*o do Hospício n*o represento ma $it/ria imediata da psi+iatria

     #rasileira, +e, neste momento, ainda n*o possía nem se +er ma cadeira específica na

    &acldade de Bedicina do Rio de Caneiro' omente em 188D foi criada a cadeira de clínica

     psi+i-trica e de molstias ner$osas na &acldade, para a +al, em 188D, nomeado Co*o

    ?arlos ;ei3eira =rand*o como titlar' em 188, ;ei3eira =rand*o tornose diretor do

    ser$i)o sanit-rio do Hospício de Pedro II' Barcose, assim, n*o s/ a entrada do sa#er 

    mdico na institi)*o < opondose ao tratamento dos reli!iosos < como tam#m, o início

    de importantes mdan)as na administra)*o do .ospício'

    sse momento de mdan)as estendese pelos anos de 1891, +ando a institi)*o

    mdo de nome para Hospício Nacional de Alienados e passo a ser $inclada ao no$o

    !o$erno rep#licano' se!i at o ano de 1902, com a entrada do mdico Cliano

    Boreira na diretoria da institi)*o, marcando ma no$a era de !est*o da psi+iatria

    nacional' O espa)o foi reformado e jnto com ele as pr-ticas terap:ticas' Neste momento, j- podemos perce#er a e3ist:ncia de ma le!itimada ci:ncia psi+i-trica no =rasil'

    Por tdo isso, se considerarmos a #ai3a participa)*o mdica na administra)*o do

    espa)o asilar e a ine3ist:ncia de ma cadeira especifica de estdo da psi+iatra no =rasil,

    o seja, ma psi+iatria institcionali(ada en+anto sa#er le!ítimo e as tr#l:ncias

     políticas dadas pela Eantecipa)*oF da maioridade do imperador %' Pedro II, podemos

    conclir +e sacramentarmos como marco fndamental da psi+iatria #rasileira a cria)*o

    do Hospício, confi!raria ma interpreta)*o nilateral' Nossa pes+isa se atm em +estes $istas por n/s como mais fndamentais do +e

    N

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    esta, no tocante ao nascimento e consolida)*o da psi+iatria #rasileira' Mestes +e para

    n/s est*o para alm da institi)*o' endo assim, optamos por nos $aler de ma a#orda!em

    de .ist/ria social dos alienados e alienistas passando por m elemento fndamental +e os

    ne, a consolida)*o paradi!m-tica do conceito de locra'

    Para isso, a proposta de osellec G200J de ma im#rica)*o consciente entre

    .ist/ria social e .ist/ria dos conceitos nos cara' Perce#emos aliena)*o, alienados e

    alienistas, como terminolo!ias políticosociais so#repostas e interdependentes em nosso

    campo de e3peri:ncia GO>>?, 2006 J' ?oncordamos com o pensamento do

    ator de +e as palavras so elemento (undamental na %ist-ria, possuindo uma (or+a

    peculiar, á que na ausncia destas o =so(rer e o (a'er %umanos> no poderiam ser

    e4perimentados, muito menos transmitidos! essa (orma, na pretenso de ela&orar um

    tra&al%o de ist-ria social preciso, no se podemos a&andonar as perspectivas te-ricas da

    =%ist-ria dos conceitos> BOE7.@@.0O, 2??

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    ses espa)os de ata)*o, as infl:ncias sofridas na conforma)*o de ses paradi!mas, a

    constr)*o de ses o#jetos de !er:ncia, s*o elementos desfol.ados pela o#ra de Bac.ado,

    arrestados por n/s na ela#ora)*o de nosso tra#al.o'

    ?ontdo, por conta de al!mas defasa!ens interpretati$as desta o#ra, escol.emos

    dialo!ar tam#m com tra#al.os mais recentes como o de Ba!ali n!els GNL>, 2001J

    +e fa( m passeio entre as esferas mdica e enferma, e3atamente como nos propomos

     percorrer' %e forma a n*o constrir m tra#al.o de $o( ní$oca, procrando esctar a

     plralidade das $o(es dos persona!ens en$ol$idos'

    sta plri$ocalidade nos imprescindí$el' Nosso tra#al.o, n*o se atem a ma nica

    esfera, pois cremos +e seja atra$s de ma analise de di$ersas esferas en$ol$idas no

     processo +e nossa pes+isa se prope a tra#al.ar, +e ocorra a emer!:ncia das

    confirma)es o refta)es de nossa .ip/tese' Q no confrontamento entre as $o(es +e as

    dimenses políticosociais do sa#erpoder manifestamse'

    /m te4to %istoriográ(ico é uma produ+o de pesquisa a partir de determinadas (ontes,

    dentro de um recorte tempo)espacial e guiada por pressuposi+Aes do pesquisador! osso

    tra&al%o no (oge a este esquema simples, ou de(ini+o parca! Pemos nas (ontes, orientadas

    pela %ip-tese, a &ase de toda a nossa pesquisa! 0ontudo e4iste diversas (orma de se c%egar

    e se utili'ar destas (ontes! o pretendemos reconstruir o passado, tal como ele era,

    entretanto, no o vemos como um te4to literário, constituído pura e simplesmente de

    discursos e enunciados! 6uscamos analisar esse passado, através de nossas (ontes, a (im de

    perce&er as intera+Aes entre sa&er e poder na constitui+o da psiquiatria &rasileira!

    Hara tanto, podemos di'er que duas prerrogativas (oucaultianas emergem em nossa

    pesquisa< a questo do sa&er3poder e a questo da medicina social! $ssim, vemos esta

    psiquiatria nascente inscrita numa rela+o de legitima+o e institucionali'a+o de um sa&er

    enquanto campo especí(ico da medicina! $ psiquiatria em seu prel:dio &uscava sua

    autonomia e recon%ecimento (rente Ls demais disciplinas médicas!esse processo a promo+o da idéia da interna+o asilar como teraputica e a

    constru+o de quadros nosol-gicos para a loucura constituem os pilares deste processo de

    a(irma+o! Q preciso um conceito de loucura paradigmaticamente compartil%ado! Hara

    Foucault B19N2aD, a idéia de discurso no se resume L considera+o de teorias e a&stra+Aes,

    inclui tam&ém práticas que se relacionam com as (ormas no discursivas em sentido

    restrito! esse modo, o sa&er no está investido apenas nas demonstra+Aes l-gicas e

    te-ricas; ele pode estar investido tam&ém nas (ic+Aes, nas re(le4Aes, nas narrativas, nosregulamentos institucionais e nas decisAes políticas BHERSE0$RR.RE, 19"?< p! 15D!

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    6aseado nisso, guiamos nosso estudo so&re a rela+o entre sa&er e poder em duas

    inst*ncias< nas rela+Aes intra)institucionais, entre médicos e pacientes, entre discurso e

    prática; e no estudo entre as rela+Aes entre poder médico e poder institucional do .stado

    &rasileiro! 6uscando com isso apreender as mani(esta+Aes do &io)poder em duas di(erentes

    es(eras interacionais!

    E segundo ponto desse tra&al%o que se encontra &aseado no tra&al%o de Foulcault

    B19N2&D é a respeito da constitui+o do sa&er psiquiátrico com uma pro(unda inspira+o na

    medicina social BM$0$E et al, 19N"D! . a partir daí, pensar todo o processo de

    legitima+o desse sa&er como autônomo, sem analisá)lo de (orma progressiva, mas ao

    invés disso, apreendendo)o em suas continuidades e descontinuidades!

    /ma das di(iculdades no processo de legitima+o da medicina mental como sa&er

    institucionali'ado, residia na (luide' de seu o&eto de estudo, a loucura! um momento em

    que o cienti(icismo era matéria constituinte da medicina org*nica, a aplica+o destes

    pressupostos se (a'ia (undamental L medicina mental em (ace aos seus o&etivos de

    legitima+o, ao passo que representava matéria de grande di(iculdade de e(etiva+o! iante

    disto, é preciso ento entender o paradigma da loucura que é adotado por esta nascente

    comunidade cientí(ica!

    Hor isso, (a')se (undamental para a compreenso de nossas orienta+Aes te-ricas no

    estudo da (orma+o deste sa&er, a de(ini+o de como ocorre L (orma+o do paradigma da

    loucura, de que paradigma estamos (alando e o percurso deste dentro desta nova

    comunidade cientí(ica! entro disso o tra&al%o de S%omas Ou%n, é (undamental a nossa

    pesquisa! o entanto, é preciso ressaltar a (orma polissmica da idéia de paradigma

    tra&al%ada por Ou%n! .m primeiro, pode tratar)se da representa+o do que é partil%ado pela

    comunidade cientí(ica, constituindo a matri' disciplinar desta especialidade cientí(ica, que

    enquanto comunidade possui uma uni(ormidade na (orma+o te-rica! .m um segundo

    aspecto, pode ser apreendido como um conunto de solu+Aes de pro&lemas concretos,composto de instrumentos conceituais e instrumentais, teorias e métodos de investiga+o

    para tal! essa (orma as regras (ornecidas pelo paradigma, &em como o pr-prio paradigma,

    no so postos em causa, á que este paradigma con(ere o sentido, a (orma e a dire+o da

    investiga+o, impondo e limitando os aspectos considerados relevantes na investiga+o

    cientí(ica! .sse paradigma é cotidianamente re(or+ado, no %avendo o interesse no

    desenvolvimento ou na aten+o a possíveis a&alos nesta estrutura!

    Hara concluir, é importante esclarecer que sa&emos da e4istncia de di(erentespro(issionais e correntes médicas na es(era institucional! Hode parecer generali'ante ou

    1?

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    normati'ador pensar nestes, enquanto uma comunidade %omognea! 0ontudo é

    (undamental esclarecer que o que nos interessa é discutir a rela+o intra e e4tra

    institucional a partir do discurso %egemônico da psiquiatria, partindo de dois pressupostos

    importantes< o paradigma que une essa comunidade e o conceito de loucura partil%ado pela

    mesma!

    Para alm do aparato te/rico, est- o conte3to .ist/rico +e tam#m se fa(

    fndamental em nossa an-lise, ma $e( +e n*o perce#emos nossos elementos de estdo

    descolados de sa realidade espa)otemporal' Ademais, dentro de nosso recorte temos a

     passa!em do sclo I para o , marcada por al!mas transforma)es políticas e

    sociais1'  Bediante tais transforma)es podemos $er +e j- no início do sclo a

    sociedade carioca e3perimenta$a os sa#ores e dissa#ores das transforma)es r#anas e

    sanit-rias +e, en$ol$idas de inspira)es francesas, sacdiam a capital, dando K $ida do

    carioca no$os prismas' A $elocidade com +e tais transforma)es ocorriam, mitas $e(es

    dificlta o recon.ecimento do indi$ído no espa)o' m meio ao alar!amento e

    em#ele(amentos das a$enidas e ao saneamento social do centro do Rio de Caneiro, n*o

    .o$e por parte das atoridades e3ectoras dos projetos moderni(antes, a sensi#ilidade

    com a popla)*o mar!inal, socialmente desfa$orecida'

    Assim como a cidade do Rio de Caneiro, a classe intelectal #rasileira esta$a nm

    momento de efer$esc:ncia, .a$endo ma intensa prod)*o científica, perce#ida pelo

    $olme de peri/dicos +e eram p#licados' Ha$ia tam#m ma intensi$a prod)*o

    liter-ria, tanto de romances Gainda +e estejamos falando de ma sociedade

     predominantemente analfa#etaJ +anto de crnicas e arti!os de jornais' Os tra#al.os de

     Nicola e$ceno GS?NO, 1981J e Tn!ela Alonso GA>ONO, 2002J, s*o

    escol.idos pela forma como analisam a rela)*o entre as mdan)as políticas e sociais e a

    classe intelectal no =rasil, drante Rep#lica e fins de Bonar+ia' Neste período, os

    escritores e3pn.am sas posi)es acerca das transforma)es sofridas pela cidade etam#m so#re os aspectos es+ecidos dentro deste festi$al de mdan)as políticas e

    r#anas' Neste cen-rio, assim como fe( e$ceno GS?NO, 1981J, escol.emos

    destacar a o#ra de >ima =arreto G=ARR;O, 1988J, +e alm de discorrer so#re a

    sociedade carioca em ses escritos, nos dei3o m testemn.o so#re sa passa!em de

    interna)*o pelo Hospício Nacional de Alienados como interno, +e consona com os

    o#jeti$os desta pes+isa'

    A di$is*o espacial da mal.a r#ana do Rio de Caneiro nos re$ela +e as disparidades1  $ e4emplo, a $&oli+o da escravatura e a Hroclama+o da Rep:&lica!

    11

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    sociais eram cada $e( mais acentadas' No entanto, em#ora .o$esse ma clara e

    acelerada mdan)a r#ana, as estrtras sociais, políticas e econmicas permaneciam

    arcaicas' A política oli!-r+ica contina$a re!endo a or+estra #rasileira e todas essas

    +estes eram al$o de constantes críticas do escritor >ima =arreto em ses li$ros, crnicas

    e arti!os em jornais cariocas' empre atento e sensí$el Ks transforma)es e perman:ncias

     políticas e s/cioeconmicas, o ator n*o se omitia em des$elar as realidades cariocas'

    ;anto em sas crnicas como em ses contos e romances, >ima =arreto demonstra$a

    sa preocpa)*o críticosocial, +e mitas $e(es nada mais fa(ia do +e ficcionar a pr/pria

    $ida, como em O Cemitério dos vivos' A o#ra #io!r-fica de &rancisco de Assis =ar#osa

    G=AR=OA, 2002J so#re o escritor, nos permite m acesso íntimo a esta fs*o entre fic)*o

    e realidade'

    =arreto era mlato, e ainda +e ten.a tido acesso K edca)*o, ma $e( +e c.e!o a

    entrar na scola Politcnica, permanece nma posi)*o social intermedi-ria, ac.ando

    dificldade de encontrar se pr/prio espa)o de representa)*o social' Isto por+e se

    encontra$a nma posi)*o social diferencial da !rande maioria da popla)*o de cor da

    sociedade carioca, +e n*o tin.a acesso K edca)*o dentre otras inacessi#ilidades, mas

    +e, no entanto, n*o conse!ia inte!rarse plenamente K sociedade #ranca, dada sa cor,

    dada a incompletde de ses estdos, dado o se n*o compactamento com a estrtra de

    apadrin.amento +e comanda$a as rela)es sociais'

    >endo sas crnicas podemos perce#er +e era inaceit-$el para >ima =arreto +e as

    atoridades p#licas ne!li!enciassem a popla)*o menos fa$orecida so# a jstificati$a da

     promo)*o de pro!resso e ci$ili(a)*o' %essa forma era por meio da literatra, +e c.ama$a

    a aten)*o para as discrep5ncias ocorridas entre as medidas tomadas em nome deste

     pro!resso e a sita)*o na +al se encontra$am a+eles +e tra#al.a$am para sstent-lo'

    @ma $e( +e nossa pes+isa intenta diri!ir o ol.ar aos pacientes do Hospício

     Nacional de Alienados, a escol.a do nome de >ima =arreto permitenos o confronto deses escritos com al!ns pontos elencados por n/s para an-lise' A +est*o da di!nidade

    .mana, por e3emplo, tratada lo!o nas primeiras lin.as de O Cemitério dos vivos' >ima

    =arreto crítica a forma de c.e!ada dos pacientes po#res e indi!entes ao .ospício, pois s*o

    apreendidos e le$ados pela polícia, +e n*o tem !rande preocpa)*o com o indi$ído +e

    se encontra na traseira do carroforte' E@m splício destes, a +e n*o sjeita a polícia aos

    mais rep!nantes e desalmados criminosos, entretanto, ela aplica a m des!ra)ado +e te$e

    a infelicidade de ensandecer, Ks $e(es, por mintosF' G=ARR;O, 1988, p' 121J'sses pacientes +e da$am entrada no Hospital por meio de encamin.amento policial

    12

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    Gos n*opa!antes, os indi!entes, os indi$ídos recol.idos na raJ eram encamin.ados para

    o Pa$il.*o de O#ser$a)es' ste fnciona$a em tripla conson5ncia com o Hospício, a

     polícia e a &acldade de Bedicina do Rio de Caneiro e possía m misto de espa)o de

    tria!em e estdo empírico' A for)a da descri)*o de >ima =arreto nos permite refletir se

    atra$s deste processo de admiss*o, tais pacientes tin.am sa di!nidade despida no

    momento em +e dei3a$am a condi)*o de cidad*os cariocas para se tornarem pacientes do

    Hospício o .a#itantes do E?emitrio dos $i$osF'

    @ma $e( +e a polícia fnciona$a como o principal aparel.o recol.edor desses

     pacientes2  ad$indos das esferas socialmente mar!inali(adasD, o +e $emos nas se)es do

    Hospício m emaran.ado de pacientes com os mais $ariados distr#ios, +e $*o desde

    distr#ios psí+icos cl-ssicos a indi$ídos alcooli(ados e menores a#andonados o /rf*os'

    O#ser$ando a sociedade carioca drante a Primeira Rep#lica, perce#emos +e as

    modifica)es sociais, como refle3o das modifica)es políticas, n*o ocorreram de forma

    estrtral com a simples mdan)a de re!ime' @ma o#ser$a)*o dos pront-rios do Hospício

     Nacional de Alienados nos mostra a reprod)*o da estrtra se!mentar da sociedade

    carioca no interior da institi)*o, .a$endo ma distri#i)*o dos pacientes +e, de certa

    forma, acompan.a a posi)*o social ocpada na sociedade e3tramros' %as classifica)es

     podem ser e3traídas destes pront-rios para e3emplificar esta afirma)*o6 o termo classe e o

    termo se)*o' Assim, perce#emos +e dentro desta separa)*o por classe4  e se)*o, os

     pacientes eram separados n*o s/ de acordo com sas manifesta)es patol/!icas, mas

    tam#m com a disponi#ilidade do csteio das despesas drante a perman:ncia'

    Acreditamos +e como a !rande massa de pacientes internada representa$a

    indi$ídos orindos das classes mais #ai3as da sociedade, m  estudo mais apro(undado

    dos personagens da loucura e do pr-prio conceito de loucura academicamente aceito nos

    permite apreender as rela+Aes entre os discursos cientí(icos e o .stado &rasileiro! . o

    quanto de isen+o e de comprometimento %á em cada uma destas es(eras de poder!

    Bibliografia

    2 Os pront-rios dos pacientes das se)es de n*opa!antes $:m acompan.ados de !ias da ecretaria dePolícia do %istrito &ederal para admiss*o no Hospital'# Bar!inali(adas por +e esta$am K mar!em política e economicamente na sociedade da poca, de forma +econstitíam mito mais m material de especla)*o te/rica, do +e m !rpo com representati$idade erecon.ecimento en+anto !rpo social definido'C  E termo =classe> utili'ado no se re(ere ao sentido mar4ista, mas apenas ao termo encontrado nos

    prontuários!

    1#

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    A>ONO, Tn!ela' Idéias em movimento: a geração de 1870 na crise do BrasilIm!ério"

    *o Palo6 Pa( e ;erra' 2002'

    =AR=OA, &rancisco de Assis =ar#osa" A vida de Lima Barreto #18811$%%&"  Rio de

    Caneiro6 C'OlUmpio' 2002'

    =ARR;O, >ima'  'i(rio do )os!*cio+ Cemitério dos vivos" Rio de Caneiro6 ecretaria

    Bnicipal da ?ltra, %epartamento Leral de %ocmenta)*o e Informa)*o ?ltral'

    1988'

    =N?HIBO>, Caime5 Pereira Passos: um )aussmann tro!ical" Rio de Caneiro6 ecretaria

    Bnicipal de ?ltra, ;rismo e sportes' =i#lioteca ?arioca' 1990' G$olme 11J

    =R;O>>I &I>HO, ?l-dio' O discurso médico nos !rontu(rios cl*nicos"  Interc5m#io,

    *o Palo, $'", 199' p'124'

     VVVVVVVVVVVVV' Prontu(rios médicos: ,onte !ara o estudo da -ist.ria social da medicina

    e da en,ermidade" Hist/ria, ?i:ncia e ade < Ban!in.os, Rio de Caneiro, $'D, n'1,

    199' p' 1D180'

     VVVVVVVVVVVVV' Prontu(rios médicos e a mem.ria da sa/de rasileira" =is < =oletim do

    Institto de ade, *o Palo, n' D8, a#ril' 200' p' 121"'

    =>O?H, Barc' A!ologia da )ist.ria" Rio de Caneiro6 Cor!e Wa.ar ditor, 2001'

    ?AN%I%O, Antonio' Literatura e sociedade" *o Palo6 Nacional' 1980'

    ?ARSA>HO, Cos Brilo de' Os Bestialiados: o 2io de 3aneiro e a 2e!/lica 4ue não

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    ?HA>HO@=, idneU' Cidade 5eril: cortiços e e!idemias na Corte Im!erial"  *o Palo6

    ?ompan.ia das >etras' 199'

    ?RM@IRA, Ro#erta ?ardoso'  Lima Barreto e os camin-os da loucura" Alienação6

    alcoolismo e raça na virada do século " Rio de Caneiro6 %isserta)*o de mestrado

    em Hist/ria na P@?RC' 2002?O;A, Crandir &reire da5  A -ist.ria da !si4uiatria no Brasil" Rio de Caneiro6 ?amps'

    1981'

    ?@NHA, Baria ?lementina Pereira' Cidadelas da Ordem" A doença ental na 2e!/lica"

    *o Palo6 =rasiliense' 1990'

    NL>, Ba!ali Lo$eia5 Os del*rios da raão" édicos6 loucos e -os!*cios #2io de

     3aneiro6 18901$90&" Rio de Caneiro6 ditora da &iocr(' 2001'

    1C

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     VVVVVVVVVVVVV'  A loucura6 o -os!*cio e a !si4uiatria em Lima Barreto: cr*ticas e

    cum!licidades" ;ra#al.o apresentado no ncontro Nacional de Hist/ria' Rio de

    Caneiro, jl.o de 2001' GmimeoJ

     VVVVVVVVVVVVV ' As fronteiras da XanormalidadeY6 psi+iatria e controle social' In- 2evista

     )ist.ria6 Cincias6 ;a/de < anguin-os6 Rio de Caneiro, $' S, nZ D, no$98fe$'99'

    &O@?A@>;, Bic.ael5  'oença mental e !sicologia" Rio de Caneiro6 ;empo =rasileiro'

    19"'

     VVVVVVVVVVVVV' A ar4ueologia do saer" Petr/polis6 So(es' 192a'

     VVVVVVVVVVVVV' icro,*sica do !oder" Rio de Caneiro6 Lraal' 192#'

     VVVVVVVVVVVVV' =igiar e !unir: -ist.ria da violncia nas !ris>es" Petr/polis6 So(es' 19'

     VVVVVVVVVVVV  ?" L@Ordre du discours6 Leçon inaugurale ao Collge de 5rance !rononcée

    le % décemre 1$70" Paris6 Lallimard' 191' G;rad)*o de dmndo ?ordeiroJ'

    HO?HBAN, Lil#erto' Re!lando os efeitos da interdepend:ncia6 o#re as rela)es entre

    sade p#lica e constr)*o do stado G=rasil 191019D0J' In6 studos )ist.ricos" Rio

    de Caneiro6 $' , n' 11, p' 401, 199D'

    O>>?, Rein.art'  5uturo Passado: Contriuição semDntica dos tem!os

    -ist.ricos' Rio de Caneiro6 ?ontrapontod' P@?Rio' 200'

    BA?HA%O, Ro#erto et al'  'anação da Eorma: a edicina ;ocial e constituição da

     !si4uiatria no Brasil 5 Rio de Caneiro6 Lraal' 198'

     VVVVVVVVVVVVV' Cincia e saer: a traFet.ria da ar4ueologia de 5oucault" Rio de Caneiro6

    Lraal' 1981'

    BAIO, Barcos ?.or [ AN;O, Ricardo Gor!'J  2aça6 cincia e sociedade"  Rio de

    Caneiro6 &iocr(??==' 199'

     NI;W?H, &riedric. \il.elm' ;ore a =erdade e a entira no sentido eGtramoral '

    *o Palo6 A#ril ?ltral e Indstrial, Os Pensadores GcolJ, $' Niet(sc.e, trad'

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    Rio de Caneiro6 Pontifícia @ni$ersidade ?at/lica' 1980'

    RON, Leor!e' 'a Pol*cia édica edicina ;ocial ' Rio de Caneiro6 Lraal' 1980'

     VVVVVVVVVVVVV' Hma )ist.ria da ;a/de P/lica"  *o Palo6 @nespHcitecA#rasco'

    1994'

    RON=RL, ?.arles [ LO>%N, Canet GeditorsJ' &ramin! %isease tdies in

    ?ltral HistorU' Ne] =rns]ic6 Rt!ers @ni$ersitU Press' 199'

    15

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

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    16/17

    ?H\ARW, Ro#erto" Ao vencedor as atatas' *o Palo6 %as ?idades' 1981'

    S?NO, Nicola'  A 2evolta da =acina: mentes insanas em cor!os reeldes" *o

    Palo6 =rasiliense' 1984'

     VVVVVVVVVVVVV'  Literatura como missão: tens>es sociais e criação cultural na Primeirare!/lica" *o Palo6 ?ompan.ia das >etras' 200D'

     VVVVVVVVVVVVV' A ?apital irradiante6 tcnica, ritmos e ritos do Rio' In6 &ernando A'

     NOSAI Gcoord'J6  )ist.ria da vida !rivada no Brasil 5 *o Palo6 ?ompan.ia das

    >etras' 1998'

    ON;AL, san' A doença como met(,ora" Rio de Caneiro6 Lraal' 198'

    1

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    675 Cronograma

    ! isciplinas

    ! @evantamento e análise da &i&liogra(ia

    ! @evantamento e análise das (ontes documentais

    P! .la&ora+o do Hlano da isserta+o

    P! Reda+o do proeto para quali(ica+o

    P! Tuali(ica+o

    P! Reda+o da isserta+o

    P! e(esa

    Meses3

    .tapas1 2 # C 5 N " 9 1? 11 12 1# 1C 15 1 1N 1" 19 2? 21 22 2# 2C

    8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8P 8 8P 8 8 8P 8P 8 8 8 8 8 8 8 8 8

    P 8

    1N