Projeto de Pós Doc UNESP

7/23/2019 Projeto de Ps Doc UNESP

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Resumo:

Este projeto pretende resgatar a produo intelectual de trs historiadores

brasileiros, Joo Capistrano de Abreu, Jos Honrio Rodrigues e Francisco glsias! "

estudo proposta te# co#o ei$o central a identi%icao e# tais autores u#a te#&tica

co#u# 'ue de#arca#os co#o (linhage# historiogr&%ica brasileira)! Esses se#pre

apresentara# u# %orte apuro co# relao ao trata#ento co# as %ontes e u#a

preocupao co# analises de #aior rele*o na tradio da Histria +ocial!

os escora#os na Histria das deias e seu arcabouo terico,

principal#ente a produo de -uentin +.inner, no 'ue di/ respeito a e$presso de u#a

historiogra%ia de car&ter nacionalista e de te#as de grande rele*0ncia para a tradio

historiogr&%ica, re%orando a cr1tica ele#entos de u#a Histria cr1tica!


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I - Introduo

A tentati*a de #ati/ar o 'ue seria u# intrprete do 2rasil e$tre#a#ente

co#ple$a e propicia, na #aioria das *e/es, u# grande %ru# de debates e pol#icas!

o arcabouo dessa discusso, *&rios estudiosos j& e#itira# sua opinio a respeito do

te#a e, e#bora ne# todos encontrasse# respostas satis%atrias, alguns conseguira#

%or#ular teorias 'ue seria# consideradas cl&ssicas! 3# bo# e$e#plo a apresentao

de Antonio Candido paraRazes do Brasil, na 'ual o pre%aciador #ostra a trajetria dos

cl&ssicos 'ue integra# a (4erao de 56)7

! Ade#ais, outros so considerados de #enos'uilate e s aparece# co#o re%erncia de segunda #o, recebendo pe'ueno prest1gio

'uando se trata de (pensar o 2rasil)!

" n8cleo deste projeto *isa dar lu/ a intrpretes renegados 9 condio de

(segunda #o)! ntelectuais 'ue %icara#, ao longo dos anos, restritos aos departa#entos

de Histria de algu#as poucas e boas uni*ersidades: Capistrano de Abreu, Jos Honrio

Rodrigues e Francisco glsias!

;urante pes'uisa de doutora#ento e# +ociologia, desen*ol*ida junto a

Faculdade de Cincias e pelos setores dirigentes e nunca conte#plado e# suas1o pre%&cio da edio co#e#orati*a de 56 anos de Razes do Brasil, Antonio Candido escre*e: ("sho#ens 'ue esto hoje u# pouco para c& u# pouco para l& dos cin'uenta anos aprendera# a re%letir e ase interessar pelo 2rasil, sobretudo e# ter#os de passado e# %uno de trs li*ros: Casa-grande e

senzala, de 4ilberto Fre?re, publicado 'uando est&*a#os no gin&sio@Razes do Brasil, de +rgio 2uar'uede Holanda, publicado 'uando est&*a#os no curso co#ple#entar, Formao do Brasil contemporneo,de Caio =rado Junior, publicado 'uando est&*a#os na escola superior! +o estes os li*ros 'ue pode#osconsiderar cha*es, os 'ue parece# e$pri#ir a #entalidade ligada ao sopro de radicalis#o intelectual eanalise social 'ue eclodiu depois da Re*oluo de 56 e no %oi, apesar de tudo, aba%ado pelo Estado

o*o!) CA;;", 7BB: BD!

2A ideia de (po*o e capado e sangrado) 'ue Jos Honrio Rodrigues recupera e# suas obras deCapistrano de Abreu 'ue, e# correspondncia co# Joo 6, a%ir#a


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legiti#as aspiraes! ;essa %or#a, a resultante da Histria do 2rasil, na tentati*a de

*islu#brar os setores opri#idos da sociedade, seria u#a (Histria Cruenta), se#

possibilidade de atendi#ento as rei*indicaes e aspiraes do po*o!

=ara a reconstruo do trabalho %oi analisado, e# cap1tulo dedicado arelao de Jos Honrio Rodrigues e o pensamento social brasileiro, a relao e$istente

entre o historiador carioca e representantes da historiogra%ia nacional, particular#ente a

apro$i#ao intelectual co# Capistrano de Abreu G A historiografia nacionalista: os!

"on#rio Rodrig$es, leitor de Capistrano de Abre$ % e Francisco glsias G Crtica ao

pensamento tradicionalista: Francisco &gl!sias, $m seg$idor de os! "on#rio

Rodrig$es! Acredita#os 'ue a relao entre a produo historiogr&%ica dos trs

historiadores no re#ate a u#a instigante leitura historiogra%ia brasileira!

As re%erncias de Jos Honrio Rodrigues 'uanto ao legado de

Capistrano de Abreu, e# 'ue destacase a preocupao dessa %rente aos setores

subalternos da sociedade, a identi%ica co#o a'uele 'ue #ostrou co# pertinncia, o

'uanto o (po*o %oi capado e sangrado), e*idenciando a per#anncia de u# (entulho

colonial) R";R43E+, 7BD, sendo 'ue esse s seria superado pela pr&tica

conciliatria co# o po*o! Cabe le#brar 'ue:

A conciliao te# ra1/es histricas pro%undas e data dadicoto#ia terroris#oa#ansa#ento 'ue os brancoseuropeus ti*era# 'ue en%rentar aos pri#eiros contatosco# os 1ndios e negros, e das transigncias aosantagonis#os coloniais! Iani%estarase no con*1*io di&riode tantas di%erenas e di*ergncias econ#icas, sociais eculturais! As sucessi*as geraes das #inorias do#inantesno 2rasil tinha# aprendido a con*i*er co# #ultidescapadas e sangradas e se no tinha# podido e*itar todo o

processo histrico incruento #uito %i/era# para

esca#ote&las de seus direitos, se# le*alas ao desespero!R";R43E+, 7B: 6D!

A conciliao, 'ue con*i*e be# (co# tantas di%erenas), procura*a

estabelecer %or#a de integrao e superao da condio de desespero 'ue o (po*o)

en%renta*a! " (#oinho de gastar gente, 'ue %or#arase no 2rasil co# o siste#a

'ue: '((( o po)o foi d$rante tr*s s!c$los capado e recapado, sangrado e ressangrado(+ A2RE, 7BKD!


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escra*ista)5, a base da condio subalterna e# 'ue o (po*o) %oi lanado, se# 'ue

hou*esse ao, por parte das lideranas pol1ticas, para sua #elhor integrao social!

L nessa sociedade 'ue, a partir dos historiadores preocupados co# os

obst&culos 'ue di%icultaria# a instituio de u# projeto #oderni/ante, constitue#se(linhagens da historiogra%ia social no 2rasil)! A construo dessas re#ete as ino*aes

'ue deter#inados pes'uisadores procura# ressaltar, tendo e# *ista as particularidades

de %en#enos sociais 'ue e$plica# historica#ente a %or#ao do #undo #oderno e#

sociedades peri%ricas! " cru/a#ento de disciplinas e de pes'uisadores consolida a

necess&ria di#enso pol1tica de suas contribuies, de*ido a relao urgente 'ue se

estabelecesse entre a %or#ao da cultura e a %or#ao da ao!

Mo#ando Jos Honrio Rodrigues co#o re%erncia do aporte cr1tico

o%erecido pela historiogra%ia brasileira, sua apro$i#ao co# Capistrano de Abreu e a

posterior i#port0ncia da historiogra%ia honoriana a construo terica de Francisco

glsias, te# *inculo co# o conte$to e# 'ue o historiador carioca se apro$i#a das

discusses a respeito do nacionalis#odesen*ol*i#entis#o e a in%luncia desse cen&rio

e# sua obra!

Mratase de u# #o#ento e# 'ue (coraes e #entes) era# re'uisitadospara %a/er parte de u# processo e# 'ue e$istiria a possibilidade de le*ar o 2rasil ao to

al#ejado desen*ol*i#ento! " decnio de 7B6 contou co# e$pressi*a participao de

intelectuais no 'ue concerne ao posiciona#ento a ser adotado, segundo Andr 2otelho:

L certo 'ue na dcada de 7B6 da*ase continuidade aodebate sobre as *ias de consolidao da orde# social#oderna no 2rasil 'ue *inha das dcadas anteriores,

por# no se# alterar as %or#as e os e%eitos cogniti*os epol1ticos co# 'ue esse e#penho se desen*ol*era at ento!E no se# alterar igual#ente as %or#as de sua prpriaauto representao ou identidade social e# %ase inclusi*edas no*as #ediaes institucionais e da rotini/ao deino*aes culturais e pol1ticas 'ue ento se cristali/a*a#!Ainda 'ue a #oderni/ao conser*adora at ento e#

3;arc? Ribeiro e$plica 'ue: (A e#presa escra*ista, %undada na apropriao de seres hu#anos atra*s da*iolncia #ais crua e da coero per#anente, e$ercida atra*s de castigos #ais atro/es, atua co#o u# #desu#ani/adora e deculturadora de e%ic&cia inco#par&*el! +ub#etido a essa co#preenso, 'ual'uer po*o desapropriado de si, dei$ando de ser ele prprio, pri#eiro, para ser ningu# ao *er se redu/ido a u#a

condio de be# se#o*ente, co#o u# ani#al de carga@ depois, para ser outro, 'uando trans%iguradoetnica#ente na linha consentida pelo senhor, 'ue a #ais co#pat1*el co# a preser*ao dos seusinteresses!) R2ER", 7BB: 77ND!


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curso, ao #es#o te#po e# 'ue torna*a #ais co#ple$asas relaes entre intelligentsiae sociedade, no a%rou$asseas interdependncias entre cultura e pol1tica nas #aisdi%erentes es%eras sociais, isto , se# 'ue estas pudesse#assu#ir e$ata#ente autono#ia, u#a e# relao 9 outra,

co#o nas sociedades #arcadas por re*olues burguesascl&ssicas! 2"ME anos, ingressou na 2iblioteca acional e# concurso p8blico,

passando a ter oportunidade de conhecer as %ontes diretas da Histria do 2rasil! esse

per1odo, sua publicao esta*a concentrada na cr1tica liter&ria, o 'ue rapida#ente

perdeu espao, a partir da'uele #o#ento, para os estudos histricos:

4Essa apro$i#ao co# o +E2 d& o to# da obra de Jos Honrio Rodrigues, pois, pertencendo a'ueleespao de sociabilidade, sua obra repercute os ele#entos do nacionalis#o isebiano: (Iuito intelectuais

reno#ados esti*era# relacionados co# as ati*idades e projetos isebianos: entre eles, pode# ser#encionados: Roberto de "li*eira Ca#pos, Celso Furtado, An1sio Mei$eira, Her#es >D!

5" n8#ero de obras re%erentes 9 produo de Capistrano de Abreu reali/ada por Jos Honrio Rodrigues e$tensa! ;entre elas cita#os: (Capistrano de Abreu e a historiogra%ia brasileira)! n: "ist#ria ehistoriadores do Brasil,+=: Fulgor, 7B, pp! O55@ (Capistrano de Abreu e a Ale#anha)! n:"istoria e

"istoriografia, =etrpolisQRJ: Po/es, 7BK6, pp! 7K7B6@ (=eriodi/ao da histria do 2rasil)! n: eoriada hist#ria do Brasil, +=: Co#panhia Editora acional, 7BKN, pp! 7>7OO@ (3# historiador caboclo esua obra: Capistrano de Abreu)! n:"ist#ria Combatente, RJ: o*a Fronteira, 7BN>, pp! >>>5>! Al#dos *&rios pre%&cios das obras de Capistrano de Abreu: nsaios e est$dos, 7 a O sries, RJ: Editora

Ci*ili/ao 2rasileira, 7BK@ Correspond*ncia, 7 a 5 *olu#es, RJ: Editora Ci*ili/ao 2rasileira, 7BK,Caminhos antigos e po)oamento, RJ: Editora Ci*ili/ao 2rasileira, 7BKK e Capt$los de "ist#riaColonial, RJ: Editora Ci*ili/ao 2rasileira, 7BK!


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A#pliando seu conheci#ento das %ontes, lendo os grandesautores, estudando 4eogra%ia, Histria, Econo#ia,Filoso%ia e


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generali/ao, be# co#o destre/a ao abordar as no*as 'uestes i#postas por seu te#po

apenas para e*itar (ri#a entre a atualidade, sagacidade e realidade)! R";R43E+,

7BN>D! En%i# o surgi#ento de u#a historiogra%ia progressista! " nacionalis#o aparece

de %or#a ino*adora, de*ido a proposio cr1tica %rente ao legado 'ue a produo

historiogr&%ica ha*ia nos dei$ado at ento! Assi#, a (!!!a "istoria do Brasil no era

cordial, era cr$el e cr$entai) gri%o nossoD e le*ar adiante suas inade'uaes 'uanto aos

agentes histricos #isso dos historiadores preocupados co# a condio do po*o, %a/

se necess&rio ro#per co# a tradio do (liberalis#o pol1tico antipo*o) R";R43E+,

7BN>D!

A an&lise de Jos Honrio Rodrigues da obra de Capistrano de Abreu

positi*a e destaca o papel 'ue esse te# 'uanto ao trato co# a docu#entao, %ontes e,principal#ente, sua %or#a interpretati*a 'ue destaca setores at ento pouco

*islu#brados! "utros autores se debrua# sobre a obra de Capistrano G #es#o 'ue no

tenha# 'uestionado de %or#a pere#ptria as a%ir#aes de Honrio G no

co#partilha# de suas an&lises do historiador cearense!

;estacando dois aspectos tericos e #etodolgicos na produo de

Capistrano, Jos ;SAssuno 2arros, se escora e# suas obras iniciais e no ecrolgio

de Parnhagen! ("s dois Capistranos) te# sua %aceta apontada a partir do estudo dos

Capt$los de "ist#ria Colonial( En$ergar a ruptura entre as duas concepes

historiogr&%icas presentes no #es#o autor e# #o#entos di%erenciados, #as ta#b# as

signi%icati*as contribuies deste no plano #ais geral 'uando con%rontada sua obra co#

a tendncia historiogr&%ica 'ue predo#ina*a, e# u#a gerao anterior de historiadores

brasileiros, liderados por Parnhagen!

-uanto a contribuio de Francisco glsias, e sua condio de

continuador da obra de Jos Honrio Rodrigues, a possibilidade de tal *1nculo encontra

se na posio de historiador des*inculado co# tradicionalis#o, apontado para u# teor

nacionalista e# sua obra! +egundo Jos Iurilo de Car*alho:

A nature/a de seu trabalho acad#ico coerente co# ostraos gerais de sua atuao pol1tica! glsias, a #eu *er, antes de tudo u# ensa1sta u# cr1tico de histria! Ae$ceo de sua tese de li*redocncia, de car&ter#onogr&%ico, 'uase toda sua produo con%essada#ente

si#p&tica ao pai do ensa1s#o, Iontaigne, certa#entere%orada pela leitura dos autores 'ue #arcara# sua


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gerao, co#o "rtega ? 4asset, 3na#uno, Ialrau$! !!!D" #elhor de sua ensa1stica est& no li*ro "ist#ria e

&deologia,publicado e# 7BK7! CARPA66N a historiadora e ad*ogada 67OD G *i8*a de Jos Honrio G #encionou 'ue ele identi%ica*a e# Francisco glsias I4D, Jos"ct&*io Arruda Iello =2D e Carlos 4uilher#e Iota +=D, (herdeiros de sua historiogra%ia)!

7+egundo Ricardo +il*a: ("s atuais es%oros de justi%icao da indispensabilidade do conheci#entohistrico para a teori/ao pol1tico so produtos da superao de u# #o#ento e# 'ue os tericos

parecia# con*encidos ao contr&rio! as dcadas 'ue se seguira# ao segundo psguerra, o lugar do

conheci#ento do passado das ideias pol1ticas para a elaborao de u#a teoria pol1tica conte#por0neaencontra*ase sob dupla a#eaa: a pri#eira era pro*eniente do ca#po acad#ico da Cincia =ol1tica: asegunda, do ca#po acad#ico da historiogra%ia!) +66B: 57D!


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pressuposto da (irredutibilidade do conte$to lingu1stico ao conte$to social) +UER,

>666D!

Co#o representante e$pressi*o da an&lise lingu1stica dos te$tos, a

recuperao de +.inner parte da an&lise dos te$tos histricos co#o #ani%estaes deatos lingu1sticos intencionais e%etuados e# deter#inados conte$tos de con*enes

lingu1sticas e nor#ati*as! Mendose e# #ente esse trao #ais geral, de%inidor do objeto

de in*estigao histrica, podese perguntar sobre os principais contornos do #todo

histrico de +.inner e ta#b# sobre a e*entual rele*0ncia desse #todo para a cr1tica e

a re%or#ulao dos estudos de Meoria da Histria!

Essa preocupao de +.inner co# a %or#ulao terica 'ue aponte#

no*as estratgias para a Histria das deias, a produo da historiogra%ia no 2rasil pode

#uito be# ser identi%icada co# tais argu#entaes! Jos Honrio Rodrigues j&

destaca*a 'ue a 'uesto %unda#ental para a organi/ao do (pensa#ento

historiogr&%ico) R";R43E+, 7BKND, de*e estar e# conson0ncia co# as preocupaes

#ais *itais e pre#entes da #aioria da populao, a Histria co#o cincia atende (aos

*i*os e no aos #ortos) R";R43E+, 7BKN: >BD, precisa en%ati/ar as necessidades do

po*o! ;essa %or#a, o historiador no pode se te# o intuito 'ue seu trabalho tenha algu#

peso do ponto de *ista de sua pr&$is ausentarse ou #es#o o#itirse das leg1ti#as

aspiraes do po*o! ;estarte, asse*era o autor:

;a1 a i#port0ncia da histria para a *ida e sua signi%icaopara o presente! " 'uadro da histria ser& tanto *i*o'uanto #ais pr$i#o %or a proble#&tica 'ue dele deri*e! Ahistria no de*e ser estranha 9 *ida! Ela seria u#a obraessencial#ente %actual, acu#ulao #orta e# #atrias,despida de esp1rito, se per#anecesse indi%erente aosi#pulsos e est1#ulos da *ida! e# ser de outro #odo!

R";R43E+, 7BKN: >BD!

A historiogra%ia co#o (espelho onde se re%lete# os proble#as da prpria

nao e da hu#anidade), as re*ises histricas no nasce# das naes histricas

concretas, #as da an&lise e da cr1tica dos ele#entos 'ue con%igura# a %or#a de atuao

e de organi/ao da sociedade! esse sentido, a obra de Jos Honrio Rodrigues est&

*oltada a essa discusso, pois no se a%asta da 'uesto nacional e, #ais ainda, procura

co#preender co#o a sociedade ci*il, e# sua organi/ao pode alcanar #aior n8#ero

de direitos e de instituies de#ocr&ticas! +endo assi#, u# proble#a histrico se#pre


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u#a 'uesto le*antada pelo presente e# relao ao passado! Conse'uente#ente, o

interesse do interrogador, o principio da seleo, an&lise %inal e siste#a de *alores so

ele#entos decisi*os na de%inio da pes'uisa! Honrio esclarece 'ue:

3#a deter#inada co#preenso da histria nunca reali/ada se# suposies aprior1sticas, se# hipteses, se#u# 'uadro geral co#posto pelos 'ue nos precedera#! "re*isionis#o histrico, por# no 'uer atingir %atos, #asas ideias e os *alores e as relaes entre o presente e o

passado 'ue os e$ige#! "s %atos nus e crus so despidosde signi%icao poder ser colocado de #aneirainteira#ente di%erente! =or tudo isso 'ue a histria seocupa dos *i*os! R";R43E+, 7BKN: 57D!

"cuparse dos *i*os seria o ponto central para #anterse conectado a

realidade nacional, a'uela de*eria ser a proposta de an&lise para o intelectual 'ue se

ocupa co# o saber histrico! unca se e#ancipar co# a proble#&tica do (#undo e#

'ue *i*e) e procura apontar sua produo os ne$os entre a sociedade e a histria! A

historiogra%ia brasileira, e$presso de sua histria, representa*a a sociedade (*elha e

arcaica), co# e$ceo dos te$tos de Capistrano de AbreuN e 'ue te*e e# Francisco

glsias u# representante dos #ais dignos!

4 Obeti!os e resultados es"erados:

Face ao e$posto, os objeti*os deste projeto so:

Co#preender o conte$to histrico da produo das obras de Capistrano deAbreu, Jos Honrio Rodrigues e Francisco glsias, be# co#o o papel desses

autores no cen&rio da historiogra%ia brasileira@

Analisar os conte8dos destas obras o #odo co#o a construo do conheci#ento

histrico se %a/ e# suas argu#entaes e suas relaes co# outros autores@

8Fernando o*ais a%ir#a 'ue: (-uando %ala#os de historiogra%ia brasileirastricto sens$'uere#os di/er

o corp$s das obras de historiadores brasileiros sobre o 2rasil, e neste percurso 'ue Capistrano de Abreu

ocupa posio central! sto por'ue esta#os dando por resol*ido outro proble#a preli#inar, 'ue,entretanto e$tre#a#ente di%icultoso: saber se os cronistas dos te#pos coloniais entra#, ou no, nocorpus de nossa historiogra%ia!) "PA+, >66: 57D!


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Elaborar e# parceria co# as instituies de pes'uisas, u# banco de dados

reunindo #ateriais sobre os autores, tais co#o:&nstit$to de st$dos A)anados

E2D 'ue #ante# acer*o de Jos Honrio Rodrigues, &nstit$to "ist#rico

.eogr/fico do Cear/ local do acer*o de Capistrano de Abreu e &nstit$to

0oreira 1alles no Rio de Janeiro 'ue #ant# o acer*o de Francisco glsias!

Espera#os co# o decorrer das pes'uisas e ao %inal dos trabalhos, contribuir para

o ca#po dos estudos sobre a historiogra%ia brasileira, tendo co#o #eta a

produo de obra de *alor cient1%ico a respeito da Histria da histria no 2rasil!

#ibliogra$ia:

A2RE3, Capistrano de! O des%obrimento do #rasil( +o =aulo, Iartins Fontes, 7BBB!

A2RE3, Capistrano de &a"'tulos de Histria &olonial( Rio de Janeiro, Ci*ili/ao2rasileira, 7BK, edio!

A2RE3, Capistrano de! (nsaios e (studos, Rio de Janeiro: Ci*ili/ao 2rasileira,7BKb!

A66!

ARAME+, "t1lia 2! Fiori e ARAME+, =aulo Eduardo! /entido da $ormao: tr0sestudos sobre ntonio &andido, 1ilda de Mello e /ou2a e %io &osta. +o =aulo:=a/ e Merra, 7BBK!

ARAME+, =aulo Eduardo! (=ro*idncias de u# cr1tico liter&rio na peri%eria docapitalis#o)! n: ARAME+, "t1lia 2! Fiori e ARAME+, =aulo Eduardo! /entido da

$ormao: tr0s estudos sobre ntonio &andido, 1ilda de Mello e /ou2a e %io&osta. +o =aulo: =a/ e Merra, 7BBK!

A+++, Iachado! &r5ni%as es%ol6idas, +o =aulo: Wtica, 7BB5!

2A;ERA, Ioni/! Rela7es #rasil-(8 no %onte9to da globali2ao, +o =aulo:+EAC, 7BBN!

2A+M"+, Aurlio C0ndido Ma*ares! ro!'n%ia( +o =aulo, Co#panhia Editoraacional Coleo 2rasilianaD, 7BK!

2A+M"+, Ma*ares! Males do "resente e as es"erana do $uturo. +o =aulo:

Co#panhia editora nacional, 7BK!


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2A+M"+, Elide Rugai e I"RAE+, Joo -uarti# de! n: O "ensamento de Oli!eira;ianna. orgs!D! Ca#pinasQ+o =aulo: 3CAI=, 7BB5!

2EEP;E+, Iaria Pictoria Ies'uita! O go!erno 665!

2E66>!

2"ME

2"ME


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CA66>!

CAIAR4", Asp&sia! "resentao: Di"loma%ia em alto-mar. Rio de Janeiro: F4P,>665!

CA;;", Antonio! Eormao da iteratura brasileira, Rio de Janeiro, "uro sobrea/ul, >66K, 77 edio!

CA;;", Antonio! (=re%&cio)! n: 66, > edio!

CARPA66B, pp!5>OO! 7

CARPA


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C"+MA, Iarcos! ara uma no!a 6istria: te9tos de /rgio #uar?ue de Hollanda.+o =aulo: Fundao =erseu Abra#o, >66O!

C"+MA, Xil#a =eres! (A independncia na historiogra%ia brasileira)! n: JAC+",st*&n orgD! Inde"end0n%ia: Histria e Historiogra$ia, +o =aulo: Hucitec Q FA=E+=,

>66!C"PRE, Iaria de


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FERA;E+, Florestan! so%iologia no #rasil: %ontribuio "ara o estudo de sua$ormao e desen!ol!imento! =etrpolis, Po/es, 7BK7!

FERA;E+, Florestan! re!oluo burguesa no #rasil: ensaio de inter"retaoso%iolgi%a( +o =aulo, Editora 4lobo, >66, edio!

FERA;E+, Florestan! &ir%uito Ee%6ado, +=, Hucitec, 7BKB!

FERRERA, 4abriela unes! &entrali2ao e des%entrali2ao no Im"rio: o debateentre Ka!ares #astos e !is%onde de 8ruguai. +o =aulo: Editora 5O 666, pp! 757N>!

F"+ECA, =edro Ce/ar ;utra da! ;argas: O %a"italismo em %onstruo F)A-)AB4G, +o =aulo: 2rasiliense, 7BNB

FRAC", Iaria +?l*ia de Car*alho! Homens li!res na ordem es%ra!o%rata, +o=aulo: 3E+=, 7BBK, O edio!

FRAC", Iaria +?l*ia de Car*alho! (As ideias esto no lugar)! n: &adernos dedebate, +o =aulo: 2rasiliense, 7BK, pp! 75!

FRE;ERC", Celso! /o%iologia da &ultura: u%ien 1oldmann e os debates dos%ulo LL, +o =aulo: Corte/, >66

FRE3;, Julien! /o%iologia de Ma9 eber( Rio de Janeiro, Forense 3ni*ersit&ria,>66, edio!

FREYRE, 4ilberto! &asa 1rande e /en2ala: $ormao da $am'lia brasileira sob oregime da e%onomia "atriar%al, +o =aulo: 4lobal, >66, 6 edio!

FREYRE, 4ilberto! /obrados e mu%ambos: de%ad0n%ia do "atriar%ado rural edesen!ol!imento do urbano! +o =aulo: 4lobal, >66O, 7 edio@

4;;E+, Anthon?! s %onse?u0n%ias da modernidade, +o =aulo, 3E+=, 7BB7!

4;;E+, Anthon?! ol'ti%a, so%iologia e teoria so%ial, +o =aulo, 3E+=, 7BBN!

4;;E+, Anthon?! Moderni2ao re$le9i!a: "ol'ti%a, tradio e estti%a na ordem

so%ial moderna! +o =aulo: 3E+=, 7BBK!4"


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4"IE+, Vngelo de Castro! ("li*eira Pianna: u# statema9er na ala#eda +o2oa*entura)! n: 2otelho, A! e +ch^arc/,

H"2+2AXI, Eric J! >a7es e na%ionalismo desde )+*A: "rograma, mito erealidade. +o =aulo: =a/ e Merra, 7BB6!

H"2+2AXI, Eric J! e RA4ER, Merence org!D! in!eno das tradi7es. +o=aulo: =a/ e Merra, >66>!

H"66!

JA+I, Iarcelo! le9is de Ko%?ue!ille: a 6istoriogra$ia %omo %i0n%ia da "ol'ti%a !2elo Hori/onteQI4: Ed! 3FI4@ Rio de Janeiro: 3=ERJ, >66! > edio!

U";ER,


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66O!

66N!

IAR-3E+E, Ra%ael de 2i*ar! Eeitores do %or"o, mission@rios da mente. /en6ores,letrados e o %ontrole dos es%ra!os nas mri%as, )-)* ! +o =aulo: Co#panhiadas 66O!


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IARM+, Carlos Este*a#! e!oluo da "ol'ti%a e9terna brasileira F)A4-)A+4G.+o =aulo, o*os Estudos CE2RA=, n! 7>, 7BK!

IARM+ F66!

IART, Uarl! (=re%&cio de 7NB)! n: ara a %r'ti%a da e%onomia "ol'ti%a: Mar9 FOs"ensadoresG, +o =aulo: o*a Cultural, 7BB C1rculo do 66B!

ICHE


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I"MA, Carlos 4uilher#e! ideologia da %ultura brasileira F)A33-)A+4G, +=, Wtica,7BN6!

I"MA, Carlos 4uilher#e! org!D ;iagem in%om"leta: a e9"eri0n%ia brasileira, +o=aulo: +EAC, >666!

I"MA, 666, pp!>7B>O!

EMM", Jos =aulo! ortugal: do $as%ismo S re!oluo! =orto AlegreQR+: IercadoAberto, 7BN!

"43ERA, Iarco Aurlio! s des!enturas do liberalismo: Joa?uim >abu%o, amonar?uia e a re"bli%a, Rio de Janeiro, =a/ e Merra, 7BNO!

"PA+, Fernando! "ro9ima7es: ensaios de 6istria e 6istoriogra$ia, +o =aulo:Cosac ai%?, >66!

"PA+, Fernando e ARR3;A, Iaria Ar#indo do asci#ento! (Apresentao:re*isitando intrpretes do 2rasil)! n: Dossi0 Intr"retes do #rasil anos 3,Re)ista1;,\ 5N, junQjulQago de 7BBN!

";A Q 8#ero 5 Q outubrode/e#bro de 7BN! +o =aulo: 2rasiliense,7BN!

"


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=HER" Filho, F! A! (A in*eno da orde#: intelectuais catlicos no 2rasil)!Re!ista Kem"o /o%ial! *ol!7BQ n\ 7, +o =aulo: 6Q>66K!

=+UY, Ja?#e e =+UY, Carla 2assane/i! Histria da %idadania, +o =aulo,Conte$to, >667!

=RA;" Jr!, Caio! Eormao do #rasil &ontem"orQneo, +o =aulo: 2rasiliense, 7BB!

=RA;" Jr!, Caio! Histria e%on5mi%a do #rasil, +o =aulo: 2rasiliense, 7BN6, >edio!

=RA;" Jr!, Caio! (!oluo "ol'ti%a do #rasil, +o =aulo, 2rasiliense, >66, >7edio!

RA4" F!

R";R43E+, Jos Honrio! (nsaios li!res, +o =aulo: #agin&rio, 7BB7!R";R43E+, Jos Honrio! Eiloso$ia e 6istria, Rio de Janeiro: o*a Fronteira,

7BN7!


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R";R43E+, Jos Honrio! Histria %ombatente. Rio de Janeiro: o*a Fronteira,7BN>!

R";R43E+, Jos Honrio! Histria %or"o do tem"o, +o =aulo: =erspecti*a, 7BK!

R";R43E+, Jos Honrio! Histria di"lom@ti%a do #rasil. Rio de Janeiro:Ci*ili/ao 2rasileira, 7BB!

R";R43E+, Jos Honrio! Histria da Histria do #rasil( Historiogra%ia colonial G*olu#e 7D! +o =aulo, Co#panhia Editora acional, 7BNN!

R";R43E+, Jos Honrio! Histria da Histria do #rasil( Historiogra%iaconser*adora G *olu#e 7Qto#o 7D! +o =aulo, Co#panhia Editora acional, 7BNNa!

R";R43E+, Jos Honrio! Histria da Histria do #rasil( A #eta%1sica dolati%8ndio o ultrareacion&rio "li*eira Pianna G *olu#e 7Qto#o >D! +o =aulo,Co#panhia Editora acional, 7BNNb!

R";R43E+, Jos Honrio! Histria ;i!a, +o =aulo: 4lobal, 7BN!

R";R43E+, Jos Honrio! Interesse >a%ional e "ol'ti%a e9terna, Rio de Janeiro,Ci*ili/ao 2rasileira, 7B! >5

R";R43E+, Jos Honrio! Inde"end0n%ia: re!oluo e %ontra-re!oluo! Rio deJaneiro, Editora Francisco Al*es, 7BK!

R";R43E+, Jos Honrio! (ntroduo) n: 2astos, Ma*ares! Males do "resente e as

es"erana do $uturo. +o =aulo: Co#panhia editora nacional, 7BKb!R";R43E+, Jos Honrio! >ot'%ia de ;aria Histria( Rio de Janeiro,


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+AM"+, Xanderle? 4uilher#e dos +antos! arado9os do liberalismo: teoria e6istria, +o =aulo: Prtice, 7BNN!

+CH3I=EMER, Joseph A! &a"italismo, so%ialismo e demo%ra%ia. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 7BNO!

+CHXARCZ, o!aisG, +o =aulo: Co#panhia das 667!

+";RL, elson X! (Ra1/es histricas do nacionalis#o brasileiro)! n: Iunteal,

"s^aldo, Pentapane, Jac'ueline e Frei$o, Adriano de! O #rasil de Joo 1oulart: um"roeto de nao! Rio de Janeiro: =3CR"QContraponto, >66!

+"3ZA, Jess! moderni2ao seleti!a: uma reinter"retao do dilema brasileiro,2ras1lia: Editora da 3ni*ersidade de 2ras1lia, >666!

M"C-3EP


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M", edio, *olu#e 7!

PZEM, =aulo 4! Fagundes! (Regi#e Iilitar brasileiro e sua pol1tica e$terna)! n:Iartins Filho, Joo Roberto, O 1ol"e de )A4 e o Regime Militar: >o!as"ers"e%ti!as, +o CarlosQ+=: E;3F+CAR, >66! pp! 7O57B!

PZEM, =aulo 4! Fagundes! Rela7es interna%ionais do #rasil: de ;argas aula. +o =aulo: Fundao =erseu Abra#o, >66N, 5 edio!

PZEM, =aulo 4! Fagundes! Rela7es interna%ionais e desen!ol!imento: ona%ionalismo e a "ol'ti%a e9terna inde"endente F)AB)-)A4G! =etrpolisQRJ: P"ZE+,

7BB!

P"PE66!

XEFF"RM, Francisco Correia! O "o"ulismo na "ol'ti%a brasileira. Rio de Janeiro:=a/ e Merra, 7BN6!

XEHo!a F%ede%G. n\ O Q +o =aulo:Cedec, 7BBN!

XEREM, Augustin! O "er'odo regen%ial, +o


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Documents

Projeto de Pós Doc UNESP