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1 PROJETO DE RESTAURAÇÃO/CONSERVAÇÃO DA CAPELA SÃO SEBASTIÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE PRUDENTE DE MORAIS 29/12/2016

PROJETO DE RESTAURAÇÃO/CONSERVAÇÃO DA CAPELA … · O projeto utilizará como base os preceitos da Carta de Veneza (1964), um ... cercado para animais unidos à nave, além de

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PROJETO DE RESTAURAÇÃO/CONSERVAÇÃO DA CAPELA SÃO

SEBASTIÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PRUDENTE DE MORAIS

29/12/2016

2

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................03

2- HISTÓRICO.............................................................................................................................................03

3- LOCALIZAÇÃO........................................................................................................................................05

4- DIAGNÓSTICO........................................................................................................................................05

5- LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO........................................................................................................06

6- PATOLOGIAS..........................................................................................................................................18

7- DIRETRIZES PARA AS PROPOSTAS...................................................................................................22

8- PROPOSTAS..........................................................................................................................................22

8.1- Cômodos a serem demolidos.................................................................................................22

8.2- Substituição do piso da nave e depósito................................................................................22

8.3- Substituição do mosaico na entrada principal........................................................................23

8.4- Restauro/Conservação das paredes da capela......................................................................23

8.5- Restauro/Conservação dos esteios........................................................................................24

8.6- Restauro/Conservação do telhado da capela.........................................................................24

8.7- Resgate do Beiral Original......................................................................................................25

8.8- Cobrimento da laje exposta....................................................................................................25

8.9- Substituição das esquadrias...................................................................................................25

8.10- Recriação do óculo...............................................................................................................26

8.11- Restauro/Conservação do bloco de banheiro......................................................................26

8.12- Restauro/Conservação do cruzeiro......................................................................................27

8.13- Projeto da Nova Varanda.....................................................................................................27

9- PLANILHA ORÇAMENTÁRIA.................................................................................................................28

9- REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................32

ANEXO I- LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO

ANEXO II- PROJETO ARQUITETÔNICO

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste relatório é apresentar o projeto de restauração da Capela

São Sebastião situada no município de Prudente de Morais.

Propõe-se o presente projeto para a implantação das reformas necessárias,

incentivando assim a sua visitação turística, e garantido que o espaço se torne ainda

mais propício para a realização da festa da “Serrinha”, evento de grande importância

para os moradores da região e para visitantes dos municípios próximos. Desta forma,

continuará sendo fomentando a arte e a cultura na cidade, contribuindo com a

valorização e afirmação da identidade regional estimulando a preservação do

patrimônio e da história.

O projeto utilizará como base os preceitos da Carta de Veneza (1964), um

dos primeiros documentos, já orienta quanto às questões prioritárias à

conservação/restauração:

“Artigo 3º - A conservação e a restauração dos monumentos visam a

salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico.” “Artigo

9º - A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem

por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do

monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos

documentos autênticos. Termina onde começa a hipótese; no plano das

reconstituições conjecturais, todo trabalho complementar reconhecido

como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da

composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo...”

2. HISTÓRICO

A “Capela São Sebastião”, imóvel foi inicialmente construído no final do século

XIX, e desabou pela deterioração. A nave foi reconstruída na década de 50 com algumas

alterações em relação ao projeto original.

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Imagem da Capela São Sebastião com sua configuração original

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Posteriormente, a capela foi ainda mais descaracterizada com as frequentes

intervenções no século XX. Foram construídos um depósito, uma varanda lateral, e um

cercado para animais unidos à nave, além de um bloco com dois banheiros separados

da edificação inicial, conforme a planta de localização.

O imóvel foi tombado pelo município (Lei Municipal nº 607 de 08/05/98,

Decreto nº 545 de 08/05/98 página 01 nos Livros de tombo), e possui ainda hoje seu

uso original, sendo local de oração de religiosos e Sede da Festa da “serrinha”.

3. LOCALIZAÇÃO

Perímetro da área tombada e imagem satélite aproximada da área em que a capela foi locada

4. DIAGNÓSTICO

A capela está situada no ponto alto da serra, o que possibilita aos visitantes

uma vista privilegiada dos municípios de Sete Lagoas e Prudente de Morais, além da

bela vegetação no entorno.

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O perímetro tombado possui uma área de 16.800m2, à aproximadamente 5

quilômetros da sede do município. Nesta área encontram-se a edificação principal com

dois cômodos (nave e depósito), a varanda lateral o cercado para animais e o pequeno

bloco com dois banheiros. As características dos cômodos e o estado de conservação

serão analisados no levantamento fotográfico abaixo.

5. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

Figura 1 – Vista frontal da Capela São Sebastião e cruzeiro de aroeira

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Figura 2 – Vista frontal da Capela São Sebastião e cruzeiro de aroeira

Observa-se acima (figura 2) o acesso principal à nave da capela, parte mais

antiga da edificação, reconstruída na década de 50.

Com o passar do tempo, a capela passou por algumas ampliações. Na vista

lateral abaixo (figura 3), são nítidas as intervenções. Os demais cômodos possuem um

pé direito menor que o da capela.

8

Figura 3 – Vista lateral esquerda

Figura 4 – Vista de Fundo

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Uma das ampliações é o cercado para colocar animais que eram leiloados na

festa de São Sebastião (figura 4). O cercado possui telhas coloniais, diferente do restante

da edificação, que possui telhas francesas. A alvenaria utilizada para o fechamento

também é diferente do restante da capela, e é perceptível pelos tijolos do fundo serem

apenas caiados.

A capela possui paredes de tijolos caiados de branco. Nas laterais mais

desprotegidas (figura 5), sujeitas à intempéries, este revestimento já se encontra

desgastado e necessita de reparos.

Figura 5 – Vista lateral direita

O altar (figura 6) foi construído com tijolos aparentes e, conforme os estudos

anteriores, não harmoniza com a edificação em função dos seus materiais e escala.

Outro material em desacordo com o contexto é o piso cerâmico.

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Figura 6 – Interior da nave, altar

Figura 7 – Interior da nave, altar

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Figura 8 – Interior da nave, janela lateral e cobertura

A nave também é dotada de pouca iluminação. Há apenas uma janela/óculo

(figura 8) com tela metálica e dimensões mínimas. A laje pré-moldada, que também foge

às característica deste tipo de edificação impede que qualquer luz entre no cômodo a

não ser pelas esquadrias.

Observa-se abaixo (figura 9) o cômodo que hoje é utilizado como depósito.

A cobertura é de duas águas e a estrutura do telhado e telhas são aparentes.

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Figura 9 – Interior do depósito, cobertura

Figura 10 – Interior do depósito, janela

13

O depósito possui porta e janela metálicas (figuras 11 e 12), que fogem ao

estilo da edificação e da época de suas primeiras construções. Há apenas uma janela

que abre para a varanda, comprometendo a iluminação do local.

O acúmulo de materiais ajuda a torná-lo ainda mais subutilizado. Seu piso é

de cimentado rústico, assim como em praticamente toda a edificação. Os estudos

arquitetônicos realizados para o tombamento da capela sugerem a sua troca, de forma

a resgatar os materiais utilizados na época para áreas internas.

Figura 11 – Interior do depósito, janela

Outro anexo construído posteriormente é a varanda lateral (Figuras 12 e

13). A mesma possui piso cimentado rústico, telhado aparente, e pilares de concreto

revestido de PVC. A varanda é de grande utilidade para o conjunto já que é utilizada

para a celebração da missa no período da festa.

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Figura 12 – Varanda

Figura 13 – Varanda

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Figura 14 – Cercado

Figura 15 - Vista Frontal Banheiros

16

As figuras, 15, 16, 17 e 18 mostram o bloco com os banheiros. Em toda a

edificação, não há ligações com as redes de luz água e esgoto. Os dejetos são

encaminhados para a fossa. Na data da festa da “serrinha” são utilizados banheiros

químicos para atender à demanda.

Tanto no banheiro como na capela há infiltração das águas do solo nas

paredes, o que faz com que as mesmas necessitem de reparos e manutenção.

Figura 16 - Vista Interna Banheiros

Os banheiros necessitam de revestimento adequado para o uso e que sejam

de fácil limpeza.

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Figura 17 – Vista Interna Banheiros

Figura 18 – Vista Interna Banheiros

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6. PATOLOGIAS

Figura 19 – Mosaico desgastado em frente à entrada principal

Figura 20 – Em alguns casos há sobreposição e em alguns casos há espaçamentos entre o reboco e o

esteio.

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Figura 21 – Telhas Quebradas, deslocadas e em mal estado

Figura 22 – Descolamento e danos no reboco

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Figura 23 – Desgaste da caiação.

Figura 24 – Umidade ascendente na base da capela e do banheiro.

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Figura 24 – Cupins nos esteios.

Figura 24 – Rachadura na base do cruzeiro.

Figura 24 – Trinca na parede da nave.

Figura 24 – Manchas e deterioração das paredes internas, externas e esquadrias do banheiro

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7. DIRETRIZES PARA A PROPOSTA _ Restaurar imóvel tombado pelo patrimônio histórico;

_ Diminuir os estragos causados pelo tempo, eliminando os riscos de perigo eminente;

_ Melhorar sua infraestrutura também para uso e visitação pública;

_ Resgatar e valorizar o patrimônio histórico cultural do município, fomentando o

orgulho dos residentes em relação à cidade, ampliando sua divulgação e melhorando

sua imagem externa;

_ Divulgar a história, manifestações culturais, identidade e hábitos dos habitantes do

Município de Prudente.

8. PROPOSTA

8.1 Cômodos a serem demolidos

A princípio, com intuito de resgatar a sua conformação original, serão

demolidos o cômodo para acomodação de animais, varanda lateral, e bancos de

alvenaria, conforme sugeridos diagnósticos arquitetônicos anteriores (Exercícios 2001 e

2015). Por ser de grande utilização na data da festa da Serrinha, o depósito será

mantido.

8.2 Substituição do piso da Nave e Depósito

O interior da capela não possui um piso adequado para o tipo de edificação,

consequência das frequentes intervenções. O piso cerâmico deverá ser retirado e tanto

o depósito como a nave receberão um piso de tabuado corrido sobre o cimento. Como

serão aplicados diretamente sobre o piso cimentado, estes deverão receber de

antemão, os ganzepes, peças trapezoidais com 0,05m na base maior e 0,03m na base

menor, por 0,025 de espessura, para fixação das tábuas. Esta fixação deve ser com

pregos cravados obliquamente nos machos, em pontos de antemão perfurados com

brocas mais finas. Em qualquer caso, as tábuas devem ser armazenadas de forma

entabicada, com espaçadores distanciados uniformemente, o que auxilia a ventilação e

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consequente secamento, evitando-se empenamentos. O tabuado será de madeira cedro

com 0,25m de largura, e 0,03m de espessura.

8.3 Substituição do mosaico na entrada principal

O mosaico com ladrilho hidráulico será substituído por um novo mosaico

com desenho igual ou similar ao original, com peças quadradas (0,20x0,20m) e

espessura de 0,02m. O emprego de inúmeros desenhos policromados, quando

justapostos, formarão outras formas geométricas. Devem ser assentados sobre camada

de argamassa previamente preparada, sendo seu assentamento do centro para os lados,

umedecendo-se o ladrilho antes de aplicá-lo ao solo. Bate-se levemente com o cabo da

colher para nivelamento, que é conferido com régua entre o ladrilho e o ponto de nível.

O rejuntamento é feito com calda de cimento bastante fina, para que a ligação entre

eles fique perfeita, limpando-se o excesso que fica na superfície.

8.4 Restauro/Conservação das paredes da capela

O reboco deve ser reforçado nos pontos identificados, principalmente

próximo aos esteios e esquadrias. Por se tratar de um acabamento com pintura a base

cal, a areia que irá compor o material para o reboco deverá ser muito bem escolhida,

evitando os grãos com maiores dimensões.

As paredes externas principalmente aquelas onde não possuem a proteção

da varanda estão degastadas e necessitam de manutenção. Neste caso a caiação será

reforçada. A pintura a base de cal extinta é produzida a partir de rochas calcárias e

dolomíticas com baixo teor de óxido de ferro, com fixador à base de óleo de linhaça.

Ao executar a obra deverão certificar-se de que a parede esteja bem seca.

As paredes devem estar completamente acabadas, evitando-se reparos que virão

danificar a película recém-aplicada. Escovar para remover partes soltas e sujidades. Não

devem existir manchas de gordura ou sinais de mofo, que podem ser removidas com

água sanitária. A cal a ser utilizada deve ter pureza e finura conforme a NBR-7175. A

água a ser utilizada deve ser limpa e sem impurezas. Como aditivos podem ser

empregados: óleo de linhaça, soja, mamona ou coco, para aumentar a aderência.

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Mistura: 1 saco de cal (8 kg), 16 litros de água, 2 litros de óleo de linhaça. A tinta deve

ser preparada em tonel e aplicada com brocha de crina. A primeira demão dá-se

horizontalmente. A segunda, verticalmente, depois da primeira estar seca, e assim

alternadamente, até o recobrimento parecer perfeito, o que geralmente acontece na

terceira ou quarta demão, a depender da base. Deve-se empregar o leite de cal mais

fluido do que espesso, evitando-se criação de lamelas.

Efetuar a vedação das fendas e falhas, com argamassa de cimento, cal e areia

no traço (1:2:8) em volume. Umedecer previamente as superfícies a pintar, utilizando

água limpa. A preparação da tinta deve ser feita de acordo com as recomendações do

fabricante. Estas propostas de intervenção se estendem também ao altar.

8.5 Restauro/Conservação dos esteios

Apesar de não se apresentarem em perfeito estado, os esteios não

comprometem a estrutura da edificação, sendo sua principal patologia, o surgimento de

cupins nas bases, deverá ser feito o combate com empresa especializada, habilitada para

o manuseio dos produtos químicos adequados para o local. De forma a prevenir o

ataque na edificação principal e na varanda a ser construída deverá ser criada uma

barreira química no perímetro externo da construção impedindo o acesso dos cupins

subterrâneos. Receberão pintura a óleo na cor azul.

8.6 Restauro/Conservação do telhados da capela

Conforme as imagens acima as telhas das parte mais antiga da capela estão

em pior estado, há também problemas o desencaixe de algumas telhas principalmente

perto do depósito e telhas quebradas. Propõe-se que nesta parte mais antiga, as capas

sejam substituídas e que as bicas sejam reaproveitadas. O processo se dá da seguinte

forma:

A – remover todas as telhas da cobertura;

B – fazer seleção das telhas que podem ser reaproveitadas;

C – lavar as telhas com escova com cerdas de aço ou escovas de lavar roupa;

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D – após revisada a estrutura de madeira, refazer o entelhamento utilizando

novas bicas e reaproveitando as capas lavadas.

As telhas da varanda atual poderão ser reaproveitadas como bicas na nova

varanda, já que não se encontram em mal estado.

As telhas francesas devem ser bem desempenadas para que se assentem

perfeitamente sobre o ripamento e a sobreposição seja correta. Sua superfície, maior do

que a de canal, exige um ripamento bem nivelado. As ripas têm distanciamento de 0,35m e

as telhas devem ter sua colocação iniciada do beiral para cima e da esquerda para a direita.

Certos tipos destas telhas se assentam sobre duas da fiada antecessora, exigindo meias

telhas para acabamento lateral. Como nas de canal, a primeira ripa do beiral deve ter

espessura dupla. A maioria das telhas francesas já vem com uma pequena orelha inferior

com furo para o amarrilho de arame. No litoral esse arame deve ser sempre de cobre,

admitindo-se o galvanizado, onde não haja influência salina.

8.7 Resgate do beiral original

1 - Para o resgate do beirado à portuguesa original deverá ser fixada na

platibanda, uma cornija de madeira cedro pintada à óleo na cor azul, que receberá uma

fileira de telha com inclinação de 4% ultrapassando o beiral original.

8.8 Cobrimento da laje exposta

Para evitar o conflito de identidades e camuflar os sistemas construtivos

mais atuais, será instalado na nave um forro de PVC de forma a simular um tabuado

corrido e esconder as vigotas e tijolos aparentes da laje. Apesar da estrutura semelhante

ao tabuado corrido, o forro não será confundido com o mesmo, por ser um material

bastante conhecido e por possuir a cor branca, evitando assim, que se cometa um falso

histórico.

8.9 Substituição das esquadrias

A janela e a porta metálica do depósito serão substituídos por esquadrias de

madeira e será feito um marco semelhante ao utilizado na esquadria da capela. A

madeira empregada nos quadros serão de madeira cedro com pintura a óleo, com as

mesmas características físicas das folhas. Devem estar secas, sem partes brancas, nós

ou outros defeitos. Devem ser imunizadas antes de receber pintura. O rebaixo interno

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do peitoril, receberá uma espécie de canaleta com furo ou pequeno buzinote para

escoamento das águas de chuva. Deve ser assentado com os rebaixos necessários à

fixação das folhas. A folha da porta e janela de abrir, serão de madeira cedro com 3,5

centímetros de espessura, maciça macho-e-fêmea; batente de madeira, fixado à alvenaria.

O acabamento também deverá ser feito em pintura a óleo. Optou-se por manter a porta

principal da capela, que se encontra em bom estado e apesar de ser metálica, suas

características não brigam com a estética original.

8.10 Recriação do óculo

O projeto prevê a recriação do óculo em madeira, adotando-se procedimentos

similares aos das esquadrias, quanto a criação dos marcos no entorno, porém sem as folhas

para o fechamento. A intenção é, além de referenciar a construção original, inserir uma vão

que ilumina e enaltece o altar.

8.11 Restauro/Conservação do bloco de banheiros

Apesar de ser a construção mais recente na área tombada, o bloco de

banheiros é a construção que possui os maiores problemas, sendo necessária a troca do

piso, revestimento das paredes, e pintura das suas esquadrias.

O piso cimentado deverá ser substituído por piso cerâmico acetinado

30x30cm, PEI-5, cor Cinza. Foi escolhido devido ao alto grau de resistência e

acabamento, sendo indicado também pela facilidade de limpeza.

A parede receberá revestimento cerâmico até 1,50 m de altura com

arremate de faixa em granito cinza andorinha com 10 cm de altura. Para completar o

acabamento até a laje (Pé Direito= 2,40 m), a parede será emassada e pintada com tinta

acrílica cor branco gelo. A laje receberá pintura e emassamento acrílico, cor branco gelo.

As portas se encontram enferrujadas e com a pintura desgastada. Para o

tratamento, o primeiro passo será utilizar uma escova de aço para eliminar toda a

ferrugem e impurezas da superfície. Em seguida, uma lixa nº 180 para dar o acabamento,

deixando tudo pronto para receber a primeira demão de Esmalte Sintético Anti-

Ferrugem, com rolo de pelo curto ou pincel de cerdas macias. Uma hora após a primeira

demão já é possível aplicar a segunda. A secagem total acontece em 12 horas. As duas

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janelas do banheiro serão substituída por janelas máximo ar, estrutura em alumínio

adonisado, com báscula na parte superior de 17 cm e puxador também em alumínio.

8.12 Restauro/Conservação do Cruzeiro

Será injetado concreto na base danificada do cruzeiro e receberá uma nova

pintura com tinta acrílica na cor azul. As pequenas imperfeições da superfície devem ser

corrigidas com massa acrílica. Sugere-se também que, caso haja ligação da edificação com

a rede elétrica, que o cruzeiro seja iluminado, de forma a se tornar um marco ainda

maior.

8.13 Projeto da nova varanda

Conforme solicitação da Secretaria de Cultura do município, será criada uma

nova varanda, porém, desta vez, sem qualquer ligação com a capela. A varanda será

construída para atender à realização da festa da Serrinha.

De forma a dialogar com a capela, seu telhado será de duas águas e com

orientação perpendicular à mesma. O piso será gramado, e a varanda terá estrutura de

madeira cambará, sem fechamentos. Não devem ser empregadas peças de madeira que

apresentem defeitos, como: esmagamento ou outros danos que possam comprometer

a resistência da peça; alto teor de umidade (madeira verde); nós soltos ou nós que

abranjam grande parte da seção transversal da peça; rachas, fendas ou falhas

exageradas, arqueamento, encurvamento ou encanoamento acentuado; ligações

imperfeitas; desvios dimensionais (desbitolamento); ou, presença de sinais de

deterioração por ataque de fungos, cupins ou outros insetos. Após as operações de

corte, as superfícies devem ser limpas e as áreas recortadas devem receber tratamento

de proteção. As peças devem ser cortadas com equipamentos adequados, de modo a

não danificar as fibras da madeira.

As ripas deverão possuir espaçamentos de 0,35m metros e seções de

0,015m x 0,05m. A primeira ripa do beiral deverá ter sua espessura dobrada para

compensar a posição da telha. Os caibros também deverão possuir espaçamentos de

0,40m e seções de 0,05m x 0,05m. As terças terão seção de 0,06m x 0,16m.

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ESPASUS ENGENHARIA ARQUITETURA E CONSTRUÇÕES LTDA.

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DE CUSTOS

CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE PRUDENTE DE MORAIS FOLHA Nº:

OBRA: CAPELA SÃO SEBASTIÃO DATA: 12/04/2017

LOCAL: LUGAR DENOMINADO “SERRINHA”, PRUDENTE DE MORAIS, MG FORMA DE EXECUÇÃO:

MÊS DE REFERÊNCIA: NOV/2016

( ) DIRETA

( X ) INDIRETA

PRAZO ESTIMADO DE EXECUÇÃO: 45 dias BDI

sugerido 25,92%

ITEM FONTE/ CÓDIGO

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANT.

VALORES (R$)

UNITÁRIO S/ BDI

UNITÁRIO C/ BDI

TOTAL

1 ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 24.487,50

1.1 SETOP-CON-

COR-090 ENGENHEIRO/ARQUITETO JÚNIOR h 250,00 77,79 97,95 24.487,50

2 INSTALAÇÃO DA OBRA 13.955,75

2.1 SETOP MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DE OBRA -

vb 1,00 R$

10.000,00 12.592,00 12.592,00

29

2.2 SETOP-IIO-PLA-

005

FORNECIMENTO E COLOCAÇÃO DE PLACA DE OBRA EM CHAPA GALVANIZADA (3,00 X 1,5 0 M) - EM CHAPA GALVANIZADA 0,26 AFIXADASCOM REBITES 540 E PARAFUSOS 3/8, EM ESTRUTURA METÁLICA VIGA U 2" ENRIJECIDA COM METALON 20 X 20, SUPORTE EM EUCALIPTO AUTOCLAVADO PINTADAS NE FRENTE E NO VERSO COM FUNDO ANTICORROSIVO E TINTA AUTOMOTIVA, CONFORME MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL DO GOVERNO DE MINAS

unid. 1,00 R$

1.083,03 1.363,75 1.363,75

3 SERVIÇOS PRELIMINARES 2.335,18

3.1 SINAPI/73899/002 DEMOLICAO DE ALVENARIA DE TIJOLOS FURADOS S/REAPROVEITAMENTO

m² 1,85 74,69 94,05 173,99

3.2 SINAPI/73616 DEMOLICAO DE CONCRETO SIMPLES m² 1,20 194,20 244,54 293,45

3.3 SETOP/DEM-ENG-015

DEMOLIÇÃO DE ENGRADAMENTO DE TELHA CERÂMICA COLONIAL OU FRANCESA INCLUSIVE EMPILHAMENTO E REAPROVEITAMENTO m² 50

17,81 22,43 1.121,50

3.4 SINAPI/72224

DEMOLICAO DE TELHAS CERAMICAS OU DE VIDRO COM REAPROVEITAMENTO m² 50

7,86 9,90 495,00

3.5 SETOP/DEM-PIS-010

DEMOLIÇÃO DE PISO CERÂMICO OU LADRILHO HIDRÁULICO, INCLUSIVE AFASTAMENTO m² 17,22

11,59 14,59 251,24

4 REVESTIMENTOS 18.576,48

4.1

SINAPI/73655 PISO EM TABUA CORRIDA DE MADEIRA ESPESSURA 2,5CM FIXADO EM PECAS DE MADEIRA E ASSENTADO EM ARGAMASSA TRACO 1:4 (CIMENTO/AREIA) m²

68,2 134,77 169,70 11.573,54

4.2

SETOP/PIS-LAD-015

PISO DE LADRILHO HIDRÁULICO 20 X 20 CM, DE DUAS CORES m²

1,37 68,23 85,92 117,71

4.3

SETOP/REV-REB-015

REBOCO COM ARGAMASSA 1:2:8 CIMENTO, CAL E AREIA m²

10 28,24 35,56 355,60

4.4 SINAPI/73445

CAIACAO INT OU EXT SOBRE REVESTIMENTO LISO C/ADOCAO DE FIXADOR COM COM DUAS DEMAOS m²

193,79 7,43 9,36 1.813,87

4.5

SETOP/FOR-PVC-005

FORRO EM PVC BRANCO DE L = 10 CM m²

17,22 41 51,63 889,07

4.6 SINAPI/79497/001 PINTURA A OLEO, 3 DEMAOS

m² 22,00 19,53 24,59 540,98

30

4.7 SINAPI/74064/002

FUNDO ANTICORROSIVO A BASE DE OXIDO DE FERRO (ZARCAO), UMA DEMAO m²

5,54 10,65 13,41 74,29

4.8 SINAPI/73794/001

PINTURA COM TINTA PROTETORA ACABAMENTO GRAFITE ESMALTE SOBRE SUPERFICIE METALICA, 2 DEMAOS m²

5,54 11,65 14,67 81,27

4.9

SETOP/PIN-ACR-005

PINTURA ACRÍLICA, EM PAREDES, 2 DEMÃOS SEM MASSA CORRIDA, EXCLUSIVE FUNDO SELADOR m²

54,92 14,48 18,23 1.001,19

4.10

COMP. REVESTIMENTO COM AZULEJO BRANCO 30 X 30 CM, JUNTA A PRUMO, ASSENTADO COM ARGAMASSA PRÉ-FABRICADA, INCLUSIVE REJUNTAMENTO unid.

14,19 66,06 83,18 1.180,32

4.11 SETOP/PIS-CER-

010

PISO CERÂMICO PEI-5 LISO (PREÇO MÉDIO) 30 X 30 CM, ASSENTADO COM ARGAMASSA PRÉ-FABRICADA, INCLUSIVE REJUNTAMENTO m²

3,85 71,58 90,13 347,00

4.12 SETOP/SOL-

GRA-005 SOLEIRA DE GRANITO CINZA ANDORINHA E = 2 CM m² 0,15 204,31 257,27 38,59

4.13 COMP. FAIXA DE GRANITO H = 10 CM CINZA ANDORINHA m 12,49 35,8 45,08 563,05

5 ESQUADRIAS 1.756,65

5.1 SINAPI/84847 JANELA DE MADEIRA ALMOFADADA, DE ABRIR, INCLUSAS GUARNICOES SEM FERRAGENS

m² 1,1 781,12 983,59 1.081,95

5.2 SINAPI/94569 JANELA DE ALUMÍNIO MAXIM-AR, FIXAÇÃO COM PARAFUSO SOBRE CONTRAMARCO (EXCLUSIVE CONTRAMARCO), COM VIDROS, PADRONIZADA. AF_07/2016

m² 0,5 386,02 486,08 243,04

5.3 SETOP/FRG-

DOB-005 DOBRADIÇA DE FERRO CROMADO 3" X 2" unid. 4 9,11 11,47 45,88

5.4 SINAPI/91297 PORTA DE MADEIRA ALMOFADADA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, INCLUSO DOBRADIÇAS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_08/2

unid. 1 306,37 385,78 385,78

6 ESTRUTURA 6.104,73

6.1 SETOP/SEE-

FUN-005

BLOCO ARMADO EM CONCRETO 20 MPA, INCLUSIVE LASTRO 5 CM EM CONCRETO MAGRO 9 MPA, FORMAS LATERAIS E DESFORMA. m³ 1,29

2.921,00 3.678,12 4.744,77

6.2 COMP. PILAR DE MADEIRA SERRADA TRATADA EM AUTO CLAVE MEDIDA 15 x 15 cm x 3,00 metros. unid. 6

180 226,66 1.359,96

7 COBERTURA 9.512,50

31

7.1 SETOP/COB-

ENG-005 ENGRADAMENTO PARA TELHAS CERÂMICA OU CONCRETO EM MADEIRA

m² 50 109,83 138,30 6.915,00

7.2 SETOP/COB-

TEL-005 COBERTURA EM TELHA CERÂMICA FRANCESA m² 50 41,26 51,95 2.597,50

8 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 504,00

26.1 SINAP-9537 LIMPEZA FINAL DA OBRA m² 200 2 2,52 504,00

TOTAL GERAL DA OBRA 77.232,79

Totaliza essa proposta o valor de Setenta e sete mil, duzentos e trinta e dois reais e setenta e nove centavos.

ENGENHEIRO RESPONSÁVEL PREFEITO MUNICIPAL

Karine Adriane Santos da Fé 177.453/D

PREFEITURA MUNICIPAL DE PRUDENTE DE MORAIS SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA

32

ESPASUS ENGENHARIA ARQUITETURA E CONSTRUÇÕES LTDA.

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE PRUDENTE DE MORAIS

OBRA: CAPELA SÃO SEBASTIÃO

LOCAL: LUGAR DENOMINADO “SERRINHA”, PRUDENTE DE MORAIS, MG

MÊS DE REFERÊNCIA: NOV/2016

PRAZO ESTIMADO DE EXECUÇÃO: 45 dias

ITEM DICRIMINAÇÃO TOTAL DO

ITEM UNID.

1ª QUINZENA

2ª QUINZENA

3ª QUINZENA

TOTAL

1 ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 31,71 % 33,33 33,33 33,34 100,00

24.487,50 R$ 8161,68 8161,68 8164,13 R$ 24.487,49

2 INSTALAÇÃO DA OBRA 18,07 % 100 100,00

13.955,75 R$ 13955,75 R$ 13.955,75

3 SERVIÇOS PRELIMINARES 3,02 % 90 10 100,00

2.335,18 R$ 2101,662 233,518 R$ 2.335,18

4 REVESTIMENTOS 24,05 % 30 60 10 100,00

18.576,48 R$ 5572,944 11145,888 1857,648 R$ 18.576,48

5 ESQUADRIAS 2,27 % 50 50 100,00

1.756,65 R$ 878,325 878,325 R$ 1.756,65

6 ESTRUTURA 7,90 % 50 50 100,00

6.104,73 R$ 3052,365 3052,365 R$ 6.104,73

33

7 COBERTURA 12,32 % 20 50 30 100,00

9.512,50 R$ 1902,5 4756,25 2853,75 R$ 9.512,50

8 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 0,65 % 100 100,00

504,00 R$ 0 0 504 R$ 504,00

TOTAL MENSAL COM BDI R$ 100,0 % 41,038 36,549 22,413 100,00

R$ 77.232,79 R$ R$ 31.694,54 R$ 28.228,03 R$ 17.310,22 R$ 77.232,78

TOTAL ACUMULADO COM BDI *** % 41,04 77,59 100,00 ***

*** R$ R$ 31.694,54 R$ 59.922,57 R$ 77.232,79 ***

Karine Adriane Santos da Fé PREFEITO MUNICIPAL

Engenheira Responsável

PREFEITURA MUNICIPAL DE PRUDENTE DE MORAIS Secretaria Municipal de Cultura

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CÁLCULO DO BDI SOBRE A MÃO-DE-OBRA

ITEM DISCRIMINAÇÃO UNID PARCIAL TOTAL

A LUCRO % 6,16 6,50

B ADMINISTRAÇÃO CENTRAL % 3,00 3,00

C DESPESAS FINANCEIRAS % 0,59 0,59

A GARANTIAS % 0,80 0,80

E SEGUROS

I RISCO % 0,97 0,97

D ISS % 3,00 3,00

E COFINS % 3,00 3,00

F PIS % 0,65 0,65

I IRRF (BASE 15% SOBRE 32%) % 4,50 4,50

FÓRMULA PARA CÁLCULO DO BDI BDI = [(1/(1-IMP))*(1+ADM)*(1+DEF)*(1+LB) -1] *100

TOTAL DO BDI 25,92%

ENGENHEIRA RESPONSÁVEL

Karine Adriane Santos da Fé

177.453/D

35

9. REFERÊNCIAS

http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/CadTec1_Manual_de_Elaboracao_de

_Projetos_m.pdf

http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/CadTec2CadernosDeEncargos_m.pdf

http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/CadTec6_MadeiraUsoEConservacao.pd

f

http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/CadTec7_DocumentacaoComoFerrame

nta_m(2).pdf

http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/CadTec8_ConservacaoeIntervencao_m.

pdf

http://www.estt.ipt.pt/download/disciplina/1162__T%C3%A9cnicasreabilitacao_alven

arias.pdf

PROCESSO DE TOMBAMENTO CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO – Exercício 2001

Política Cultural Local – Exercício 2015

http://www.iepha.mg.gov.br/images/stories/downloads/normas-para-apresentacao-

de-projeto-de-restauracao-do-patrimonio-edificado-2014-r04.pdf

http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/14_09_2012_16.18.01.d6efd08cc51

3c0b6c08db87c850bef68.pdf

http://www.iepha.mg.gov.br/images/stories/downloads/normas-para-apresentacao-

de-projeto-de-restauracao-do-patrimonio-edificado-2014-r04.pdf