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Desenvolvimento e fabricação de uma máquina para ensaio de fadiga porflexão rotativa do tipo cantilever (corpo de prova engastado) visando sua possível utilização no laboratório de ensaios mecânicos da Unisociesc.
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APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PARA O PROJETO
Nome(s) do(s) aluno(s): João Guilherme Soares da Silva.
Nome da Linha de Pesquisa do Curso que o projeto estará vinculado: Projeto e fabricação de uma Máquina para Ensaio de Fadiga por Flexão Rotativa (X) Pesquisa ( ) Projeto de Extensão Data da aprovação_____/_____/_____ Título do Projeto: Projeto e Fabricação de uma Máquina para Ensaio de Fadiga por Flexão Rotativa Nome do(a) Professor(a) Orientador(a): Profº MSc Daniel Kohls
Plano de Estudo:
1- Tema
Projeto e fabricação de uma máquina para ensaio de fadiga.
1.1 Delimitação do Tema
Desenvolvimento e fabricação de uma máquina para ensaio de fadiga por
flexão rotativa do tipo cantilever (corpo de prova engastado) visando sua possível
utilização no laboratório de ensaios mecânicos da Unisociesc.
2- Problema
A literatura especializada tem relatado que, dentre as distintas causas de
falhas dos componentes mecânicos, a mais comum é devida à fadiga do material.
Do número total de falhas, as provocadas por fadiga perfazem de 50% a 90%
(ROSA, 2002).
Entende-se por fadiga como um processo de alteração estrutural localizado,
progressivo e permanente que ocorre em componentes submetidos a carregamentos
dinâmicos. Tais carregamentos causam deformações plásticas nos pontos mais
críticos do material, gerando uma trinca não perceptível a olho nu que se propaga
até atingir um tamanho crítico, suficiente para sua ruptura completa, após
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determinado número de ciclos (ASTM, 1996; CALLISTER, 2002; ROSA, 2002;
SHIGLEY, 2005).
Em geral, este tipo de falha ocorre de forma brusca, ou seja, sem prévio
aviso, e a níveis de tensões inferiores aos valores de resistência ao escoamento dos
materiais tornando-a de suma importância na concepção de máquinas e estruturas,
exigindo dos engenheiros o máximo de conhecimento possível sobre o assunto
(GARCIA, 2000; NORTON, 2004; ROSA, 2002; SHIGLEY, 2005).
Em qualquer projeto quanto à fadiga, um dos pontos fundamentais é
determinar, seja experimentalmente ou não, a resistência à fadiga do material
(ROSA, 2002). Os resultados destes ensaios são usualmente apresentados de
forma gráfica, através da curva tensão versus o número de ciclos, também chamada
de curva � − �, onde � representa a amplitude da tensão aplicada e � o número de
ciclos (SHIGLEY, 2004). Senso assim, com este projeto pretende-se desenvolver e
fabricar um equipamento que possibilite a possível obtenção destes resultados
experimentalmente, demonstrando na prática este fenômeno, possibilitando o
desenvolvimento de pesquisas para auxiliar o seu estudo.
3- Definição das Hipóteses de Trabalho
Este trabalho contribuirá para o estudo experimental de falhas por fadiga por
flexão rotativa e desenvolvimento de futuras pesquisas sobre este assunto.
Através do projeto a hipótese de resultado poderá ser a determinação
experimental da resistência à fadiga dos materiais através curva � − � e futura
instalação deste equipamento no laboratório de ensaios mecânicos da Unisociesc.
4- Justificativa
A necessidade deste projeto se justifica pela grande carência de análises no
que se refere a falhas por fadiga. E principalmente por oportunizar a possibilidade
dos alunos colocar em prática os conhecimentos adquiridos na área de engenharia
mecânica relacionadas a falhas mecânicas, dentre outras.
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5- Objetivo Geral do Trabalho
O presente trabalho tem como objetivo projetar e fabricar uma máquina que
possibilite a obtenção de dados para determinar o limite de fadiga de materiais
metálicos por flexão rotativa.
6- Objetivos Específicos
Com base no objetivo geral supracitado, podem-se destacar os seguintes
objetivos específicos:
a) Projetar;
b) Construir;
c) Ensaiar;
d) Obter dados que permitam traçar a curva S-N para diferentes tipos de
materiais metálicos;
e) Realizar ensaios em materiais com propriedades de fadiga já conhecidas e
posterior comparação com os dados obtidos, com o intuito de assegurar a
funcionalidade da máquina.
7- Metodologia
A metodologia empregada neste trabalho será baseada na experimental. O
projeto será conduzido nos laboratórios da UNISOCIESC. O desenvolvimento deste
trabalho será dividido nas seguintes etapas:
a) Revisão bibliográfica da teoria de ensaios de fadiga e pesquisa das principais
máquinas de teste S-N existentes, de modo a determinar as características
que poderiam ser melhoradas ou simplificadas em relação aos equipamentos
atuais;
b) Projeto dos componentes estruturais da máquina e especificação dos itens
comerciais;
c) Especificação da lógica de funcionamento para o projeto elétrico da máquina.
d) Construção mecânica;
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e) Análise dos resultados.
f) Planejamento de melhorias futuras.
8- Referencial Teórico
Fadiga é uma falha mecânica caracterizada pela iniciação e propagação
gradual de uma trinca devido à aplicação repetida de carregamentos dinâmicos
(tensões e deformações), levando a ruptura repentina do material após determinado
número de ciclos (CALLISTER, 2002; SHIGLEY, 2005).
A American Society for Testing and Materials, por meio da norma E 1823 –
96, a define como:
O processo de alteração estrutural, progressivo, localizado e permanente que ocorre em um material sujeito a condições que produzem tensões e deformações flutuantes em um ou vários pontos, e que pode culminar em trincas ou numa fratura completa após um número suficiente de flutuações (ASTM, 1996, p. 6).
Para Rosa (2002, p. 28), “a fadiga é um processo de redução da capacidade
de carga de componentes estruturais pela ruptura lenta do material, através do
avanço quase infinitesimal da trinca a cada ciclo de carregamento”.
Os materiais submetidos a estes carregamentos sejam cíclicos ou não,
tendem a romper-se de forma brusca, isto é, sem aviso prévio, e a níveis de tensões
inferiores aos valores de resistência ao escoamento dos materiais. Tais fatores,
associados aos prejuízos humanos e econômicos tornam este fenômeno de suma
importância na concepção de máquinas e estruturas, exigindo dos engenheiros o
máximo de conhecimento possível sobre o assunto. (GARCIA, 2000; NORTON,
2004; ROSA, 2002; SHIGLEY, 2005).
9- Cronograma
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10 – Referências
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS - ASTM. Standard Terminology Relating to Fatigue and Fracture Testing. E 1823 – 96. West Conshohocken: ASTM International, 1996. CALLISTER, William d. Jr. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC editora, 2000. GARCIA, Amauri; SPIM, Jaime A.; SANTOS, Carlos A. Ensaio dos Materiais. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000. NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas: Uma Abordagem Integrada. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. ROSA, Edson da. Análise de Resistência Mecânica: Mecânica da Fratura e Fadiga. [S.I.: s.n.], ago. 2002. SHIGLEY, Joseph E.; MISCHKE, Charles R.; BUDYNAS, Richard G. Projeto de Engenharia Mecânica. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Assinatura do(a) Professor(a) Orientador(a)
Assinatura do(a) Aluno(a) Assinatura do(a) Aluno(a)