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Projeto Educativo Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque 1 “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” Antoine de Saint-Exupéry INTRODUÇÃO “«Projeto Educativo» é o documento que consagra a orientação educativa do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas ou escola não agrupada se propõe cumprir a sua função educativa.” Alínea a) do artº 9º, do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril (republicado) Num sistema complexo como é o de uma Escola, o Projeto Educativo do Agrupamento é o documento orientador da tomada de decisões e da ação da Escola, na medida em que define as metas a atingir, identifica as áreas de intervenção e as opções estratégicas, em função dos diagnósticos realizados e dos princípios e valores definidos e partilhados pela comunidade. Neste sentido, é o núcleo agregador de princípios e de valores que orientam e mobilizam os diferentes intervenientes. Constitui-se como instrumento de renovação e de aumento da eficácia e da qualidade da Escola enquanto comunidade educativa. É o documento orientador essencial para o Agrupamento que efetua a ligação entre o quadro institucional, o agrupamento e o meio envolvente. Pretende-se que seja de fácil consulta, dinâmico e que ajude a melhorar a gestão do Agrupamento, onde se cruzam várias realidades sociais, culturais, educacionais e cívicas e para as quais se exige que seja feita uma visão integrada e integradora das realidades estruturais e funcionais, materiais e humanas, didáticas e pedagógicas, capaz de conduzir a uma melhoria do serviço prestado pela escola à comunidade que serve.

Projeto Educativo - AEAAG · Projeto Educativo Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque 1 ... aberto e integrador, ... refere-se não só à utilização de recursos humanos,

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Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

1

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.

Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

Antoine de Saint-Exupéry

INTRODUÇÃO

“«Projeto Educativo» é o documento que consagra a orientação educativa do

agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus

órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se

explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o

agrupamento de escolas ou escola não agrupada se propõe cumprir a sua função

educativa.”

Alínea a) do artº 9º, do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril (republicado)

Num sistema complexo como é o de uma Escola, o Projeto Educativo do

Agrupamento é o documento orientador da tomada de decisões e da ação da Escola,

na medida em que define as metas a atingir, identifica as áreas de intervenção e as

opções estratégicas, em função dos diagnósticos realizados e dos princípios e valores

definidos e partilhados pela comunidade. Neste sentido, é o núcleo agregador de

princípios e de valores que orientam e mobilizam os diferentes intervenientes.

Constitui-se como instrumento de renovação e de aumento da eficácia e da qualidade

da Escola enquanto comunidade educativa.

É o documento orientador essencial para o Agrupamento que efetua a ligação entre

o quadro institucional, o agrupamento e o meio envolvente. Pretende-se que seja de

fácil consulta, dinâmico e que ajude a melhorar a gestão do Agrupamento, onde se

cruzam várias realidades sociais, culturais, educacionais e cívicas e para as quais se

exige que seja feita uma visão integrada e integradora das realidades estruturais e

funcionais, materiais e humanas, didáticas e pedagógicas, capaz de conduzir a uma

melhoria do serviço prestado pela escola à comunidade que serve.

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Este Projeto Educativo deve assumir-se como um quadro de referência com base

nos valores e princípios educativos e fundamentando a definição de intervenção

pedagógica, garante da coerência da ação educativa, ao longo do triénio 2014/2017.

MISSÃO A missão do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque está consignada no

Decreto-Lei nº 78/2008, de 12 de abril, republicado no Decreto-Lei nº 137/2012, de 2

de julho: missão de serviço público, que consiste em dotar todos e cada um dos

cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente

as suas capacidades, em integrar-se ativamente na sociedade e em dar um contributo

para a vida económica, social e cultural do País.

Assim, deverá prestar à comunidade um serviço educativo de qualidade, garantindo

um ambiente participativo, aberto e integrador, numa escola reconhecida pelo seu

humanismo e por elevados padrões de exigência e responsabilidade, valorizando o

prosseguimento de estudos e a integração no mundo do trabalho.

Esta missão concretiza-se através de três eixos estratégicos:

Resultados: Promover o sucesso de cada aluno, a qualidade do ensino e das

aprendizagens, a educação para a cidadania e a criação de oportunidades

para todos, sendo o processo avaliativo uma preocupação constante para a

melhoria qualitativa e quantitativa dos resultados escolares dos alunos, da

Escola que somos e dos valores que queremos reforçar e incentivar.

Prestação do Serviço Educativo: Fomentar a eficiência da prestação dos

serviços educativos, numa perspetiva de melhoria contínua e sustentável

dos desempenhos, através de processos de monitorização e autoavaliação.

Liderança e Gestão: Garantir que o Agrupamento realiza a sua missão,

contribuindo ativamente para que se constitua como um local de educação,

desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e formação de valores.

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VISÃO É fundamental que o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque se defina em

função de um projeto assente em pressupostos concetuais e práticas educativas

decorrentes de uma diferente conceção da relação que cada um estabelece com o

mundo que o rodeia, valorizando a transformação e o enriquecimento de perspetivas e

conceções individuais, de modo a dar resposta às exigências da sociedade global em

que vivemos.

A visão terá como linhas orientadoras:

Resultados: Possibilitar uma formação integral dos alunos, adequando a

oferta formativa às necessidades da oferta envolvente, respondendo às

necessidades das pessoas/grupos, através da intensificação da ligação à

comunidade educativa.

Prestação do Serviço Educativo: Difundir e aprofundar práticas de avaliação,

controlo e monitorização, diagnosticando os seus pontos fracos e fortes,

constrangimentos e oportunidades de melhoria, numa perspetiva formativa

com vista ao aperfeiçoamento da prestação do serviço educativo.

Liderança e Gestão: Promover uma gestão pró-ativa, responsável e rigorosa

dos recursos materiais e humanos, com base em critérios de economia,

eficácia e eficiência, incrementando o potencial de participação da

comunidade escolar e da sociedade nos mais diversos domínios.

PRINCÍPIOS No Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, o desenvolvimento de uma

Escola de qualidade e sucesso educativo deve ser sustentado num conjunto de

princípios orientadores:

Valorização do progresso das aprendizagens dos alunos;

Exercício de práticas de apoio e inclusão dos alunos com maior dificuldade

de aprendizagem;

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Valorização do trabalho cooperativo entre docentes e supervisão da prática

letiva em sala de aula;

Organização do Agrupamento de Escolas de modo a favorecer a participação

e o envolvimento dos pais e encarregados de educação;

Uma liderança clara, que dá espaço e que suscita o desenvolvimento de

lideranças intermédias, bem como a colaboração entre os diversos órgãos

de gestão, no respeito pelo lugar de cada um;

Valorização, pela comunidade, dos progressos alcançados;

Existência de regras claras e de um ambiente de disciplina e respeito;

Eficiente meio de comunicação, de forma a construir uma boa organização;

Esforço na autoavaliação, através da utilização de instrumentos de

observação e acompanhamento.

VALORES E OBJETIVOS Sendo o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque um conjunto de

estabelecimentos da rede do Ensino Público tem os princípios, os valores e os

objetivos gerais especificados para os diferentes níveis de ensino, definidos na Lei de

Bases do Sistema Educativo (LBSE).

Só com valores comuns, partilhados e globalmente aceites por todos, será possível

percorrer o caminho a que nos propomos. Constituem-se como valores de referência

deste Projeto Educativo:

Educação pela tolerância, pelo respeito e pela diversidade, numa

perspetiva de inclusão;

Desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade, incentivando a

formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários;

Valorização do mérito;

Preservação do património;

Atitude ecológica e ambiental.

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Os objetivos transversais de todo o processo educativo:

Educar para a saúde, estimular hábitos e estilos de vida saudáveis;

Desenvolver a consciência ecológica e ambiental;

Capacitar os alunos para a intervenção e ação ética para o exercício pleno da

cidadania.

Para a consecução destes objetivos orientadores, é necessário definir um conjunto

diferenciado de objetivos:

Atitudinais: orientados para o desenvolvimento de uma personalidade

equilibrada que permita ao aluno uma participação serena e ativa na

sociedade.

Concetuais: orientados para a aquisição de conhecimentos gerais e sociais que

permitam ao aluno a compreensão e a análise crítica do que o rodeia.

Procedimentais: orientados para o desenvolvimento de competências que

permitam ao aluno enfrentar, com segurança, o prosseguimento da sua

formação ao longo da vida e a interação com o mundo que o rodeia.

CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque esforça-se por corresponder às

necessidades e expetativas dos alunos e comunidade escolar, em articulação com a

comunidade envolvente, oferecendo modalidades diversas de estudos.

O Agrupamento – Características Físicas

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque nasce como resultado da

reorganização da rede escolar e é composto por quinze estabelecimentos de ensino —

estabelecimentos de ensino localizados na área urbana e estabelecimentos de ensino

localizados no meio rural, com menor número de população escolar:

Uma escola secundária com 3º Ciclo – Escola Secundária de Afonso de

Albuquerque;

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Uma escola básica do 2º ciclo – Escola Básica de Stª Clara;

Seis escolas básicas do 1º ciclo:

Escola Básica de Adães Bermudes;

Escola Básica de Augusto Gil;

Escola Básica de Espírito Santo;

Escola Básica de Bonfim;

Escola Básica de Stª Zita;

Escola Básica de Trinta.

Cinco escolas básicas do 1º ciclo com Jardim de Infância:

Escola Básica com Jardim de Infância de Famalicão;

Escola Básica com Jardim de Infância de Gonçalo;

Escola Básica com Jardim de Infância de Lameirinhas;

Escola Básica com Jardim de Infância de Maçainhas

Escola Básica com Jardim de Infância de Videmonte.

Dois edifícios de educação pré-escolar:

Jardim de Infância de Sé;

Jardim de Infância de Trinta.

Órgãos de Administração e Gestão A Direção, Administração e Gestão do Agrupamento de Escolas Afonso de

Albuquerque são asseguradas por órgãos próprios que se orientam segundo os

princípios referidos no Capítulo VI do Regulamento Interno do Agrupamento.

Conselho Geral

É o órgão de direção estratégica, de vertentes orientadora e fiscalizadora, em que

têm representação o pessoal docente e não docente, os pais e encarregados de

educação, os alunos (ensino secundário), a autarquia e a comunidade local,

nomeadamente representantes de instituições, organizações e atividades económicas,

sociais, culturais e científicas. Compete a este órgão realçar a importância do

cumprimento dos objetivos da Escola, fazer com que a sua visão de futuro seja

partilhada por todos e construir uma comunidade de trabalho, uma comunidade

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educativa.

Diretor

É o órgão de administração e gestão nas áreas pedagógica, cultural, administrativa,

financeira e patrimonial, ao qual, no Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, é

atribuído um conjunto diversificado de funções implicando um conhecimento do meio

sobre o qual recai a sua ação, isto é, discentes, docentes e não docentes, pais e

encarregados de educação e demais parceiros.

O Diretor é o potenciador da Escola como um espaço de transformação, inclusão,

pluralidade e democracia, o promotor de um desenvolvimento sustentável, capaz de

garantir a igualdade de oportunidades para todos, tendo, para isso, de capitalizar

diferentes conhecimentos, qualidades e competências, de modo a poder atingir os

objetivos organizacionais.

O Diretor é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdiretor e por três

adjuntos.

Conselho Pedagógico

Em conformidade com o definido no artigo 31.º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22

de abril, republicado no Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho: “O Conselho

Pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa

do agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nomeadamente nos domínios

pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação

inicial e contínua do pessoal docente e não docente.”

Conselho Administrativo

O Conselho Administrativo é o órgão de administração e gestão com competência

deliberativa em matéria administrativo-financeira do Agrupamento de Escolas. A área

administrativo-financeira é aquela que condiciona decisivamente as ações que se

podem tomar a favor de qualquer vertente no interior da Escola. O condicionalismo

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refere-se não só à utilização de recursos humanos, mas também financeiros. É

importante que qualquer procedimento esteja em consonância com as dimensões

física, pedagógica e profissional. É composto pelo Diretor, pelo Subdiretor ou um dos

Adjuntos do Diretor por ele designado para o efeito e, ainda, pelo Coordenador dos

serviços de administração escolar.

A sua ação pauta-se pelo rigor e clareza dos objetivos no sentido de proporcionar a

todos as mesmas oportunidades quanto às necessidades para o dia-a-dia,

devidamente fundamentadas.

Coordenador de Estabelecimento

A coordenação de cada estabelecimento com três ou mais docentes em exercício

efetivo de funções é assegurada por um coordenador.

O Coordenador é designado pelo Diretor, de entre os docentes em exercício efetivo

de funções na escola ou no estabelecimento de educação pré-escolar.

Enquanto representante do Diretor no estabelecimento, o Coordenador tem de

cumprir e fazer cumprir as determinações e orientações do Diretor.

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque tem 8 Coordenadores,

distribuídos pelas seguintes escolas:

Escola Básica de Stª Clara;

Escola Básica de Adães Bermudes;

Escola Básica de Bonfim;

Escola Básica de Espírito Santo;

Escola Básica de Augusto Gil;

Centro Escolar de Gonçalo;

Escola Básica de Lameirinhas;

Escola Básica de Stª Zita.

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Estruturas de Coordenação e Supervisão Pedagógica e Orientação

Educativa As competências destas estruturas e serviços estão consignados no Decreto-Lei nº

75/2008, de 22 de abril, Republicado no Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho; no

Estatuto da Carreira Docente, Decreto-Lei nº 41/2012, de 21 de fevereiro e no

Regulamento Interno do Agrupamento.

O Agrupamento, ao nível das estruturas de orientação educativa, está organizado

por Departamentos Curriculares, Conselhos de Turma/Conselho de Docentes,

Conselhos de Diretores de Turma de Ciclo. Estas estruturas têm em vista a

coordenação pedagógica e a necessária articulação curricular na aplicação dos planos

de estudo, bem como no acompanhamento do percurso escolar dos alunos ao nível de

turma, ano ou ciclo de escolaridade, em ligação com os pais e encarregados de

educação. Enquanto estruturas de gestão intermédia, desenvolvem a sua ação numa

base de cooperação dos docentes entre si e destes com os órgãos de administração e

gestão da escola, assegurando a adequação do processo de ensino/aprendizagem às

características e necessidades dos alunos.

Departamentos Curriculares: São estruturas de coordenação educativa e supervisão

pedagógica que asseguram a cooperação entre docentes do agrupamento de escolas,

com o objetivo de adequar o currículo às necessidades específicas dos alunos, sendo,

por isso, o elemento basilar da articulação e gestão curricular.

Nos Departamentos Curriculares encontram-se representados os grupos

disciplinares que correspondem às áreas disciplinares, de acordo com os ciclos de

ensino e cursos lecionados e o número de docentes.

Conselho de Turma/Conselho de Docentes: são estruturas intermédias de orientação

educativa, às quais compete a organização, acompanhamento e avaliação das

atividades das turmas. Os Conselhos de Turma são constituídos pelos professores das

turmas, pelo representante dos alunos no caso do 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino

Secundário e por dois representantes dos encarregados de educação, salvo nos

momentos de avaliação, cuja composição se confina aos professores em efetividade de

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funções na turma.

O Conselho de Docentes é composto pelos titulares de turma de cada

estabelecimento. Nas escolas de lugar único, reúnem em dois Conselhos de Docentes

em função da área geográfica. Cada Conselho de Docentes é coordenado pelo

Coordenador de Conselho de Docentes que, por inerência, é o Coordenador de

Estabelecimento.

Conselho de Diretores de Turma/Equipa Pedagógica da Educação Pré-Escolar e 1º

CEB: são estruturas intermédias de orientação educativa que articulam os projetos de

ciclo com o Projeto Educativo. O Conselho de Diretores de Turma de ciclo é constituído

pelos Diretores de Turma do respetivo ciclo.

Estas estruturas asseguram a articulação das atividades das turmas, nos 2º e 3º

ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário.

A Equipa Pedagógica é formada pelos Coordenadores dos Conselhos de Docentes,

pelos Coordenadores da Educação Pré-Escolar e 1º CEB e assegura a articulação entre

todos os Conselhos de Docentes e o Conselho Pedagógico.

Diretor de Turma/Professor Titular de Turma: têm um papel de charneira na Escola

desempenhando diversas funções no exercício deste cargo de gestão pedagógica

intermédia, particularmente centrado nos alunos e na gestão das turmas. O Diretor de

Turma executa diversas funções burocráticas, necessitando de desenvolver

capacidades para o exercício das tarefas de coordenação que executa e constitui-se

uma peça importante na relação interna entre o grupo turma e o grupo professores,

bem como na relação externa que estabelece com os encarregados de educação.

O Diretor de Turma, no desempenho do seu papel de professor, será o responsável

pelo cumprimento, por parte dos discentes, dos objetivos traçados no Projeto

Educativo e no Plano Anual de Atividades e, ainda, pelo cumprimento das regras

definidas no Regulamento Interno do Agrupamento. Estimulará a solidariedade e a

preocupação pelo bem-estar da comunidade e proporcionará oportunidades para que

os alunos se envolvam em projetos, quer individuais, quer coletivos.

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O Diretor de Turma tem um papel fundamental enquanto coordenador de uma

equipa de trabalho, pois contribui, de uma forma decisiva, para identificar e caraterizar

as situações problemáticas da turma e resolver os problemas detetados.

O Diretor de Turma desempenha um papel importante no relacionamento com os

Pais/Encarregados de Educação, devendo fomentar uma relação proveitosa com eles,

de modo a que as famílias assumam as suas responsabilidades em articulação com a

escola. Se as famílias forem envolvidas nos processos de ensino/aprendizagem e, se se

estabelecer uma boa relação entre estas e a escola, facilitar-se-á o diálogo entre pais e

filhos, reforçando-se, assim, a confiança entre todos, prevenindo-se a indisciplina na

sala de aula, promovendo o rendimento escolar dos alunos.

Estruturas de Apoio Educativo

Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)

É um serviço especializado, que desenvolve a sua ação nos estabelecimentos de

ensino, que assegura o desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no

interior do agrupamento e entre este e a comunidade.

É da competência do SPO desenvolver atividades no âmbito da orientação escolar e

profissional dos alunos. Compete-lhe, ainda, o acompanhamento de alunos e a

sinalização para outros serviços especializados.

Educação Especial

A Educação Especial tem por objetivo dar respostas pedagógicas diversificadas,

adequadas às necessidades específicas e ao desenvolvimento global dos jovens com

NEE, para que, independentemente da sua problemática, possam ter sucesso

educativo.

“Tem por objetivos a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo, a

autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de

oportunidades, a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma

adequada preparação para a vida profissional e para uma transição da escola para o

emprego das crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais.”

Ponto 2, do Artigo 2º, do Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro

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Neste processo, são envolvidos os Pais/Encarregados de Educação, bem como toda

a comunidade escolar, de forma a articular respostas e a definir o encaminhamento

adequado, em conformidade com a especificidade e a necessidade de cada aluno,

sempre no intuito de colmatar as fragilidades que interferem no seu rendimento

escolar, assim como nas suas competências sociais/relacionais, na tentativa de

ultrapassar as respetivas limitações.

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque é referência na área da

Intervenção Precoce na Infância e integra, ainda, as seguintes valências:

Duas Unidades de Apoio Especializado para a Educação a Alunos com

Multideficiência e Surdocegueira Congénita;

Uma Unidade de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com

Perturbações do Espetro do Autismo.

Constituem objetivos das Unidades de Multideficiência, entre outros:

a) Promover a participação dos alunos com multideficiência e surdocegueira nas

atividades curriculares, entrosando com os seus pares de turma;

b) Aplicar metodologias e estratégias de intervenção interdisciplinares visando o

desenvolvimento e a integração social e escolar dos alunos;

c) Assegurar a participação dos Pais/Encarregados de Educação no processo de ensino

e aprendizagem;

d) Assegurar os apoios específicos ao nível das terapias, da psicologia, da orientação e

mobilidade;

e) Organizar o processo de transição para a vida pós-escolar.

Constituem objetivos das Unidades do Autismo, entre outros:

a) Promover a participação dos alunos com perturbações do espetro do autismo nas

atividades curriculares, entrosando com os seus pares de turma;

b) Implementar e desenvolver um modelo de ensino estruturado, consistindo na

aplicação de um conjunto de princípios e estratégias que promovam a organização do

espaço, do tempo, dos materiais e das atividades;

c) Aplicar e desenvolver metodologias de intervenção interdisciplinares que, com base

no modelo de ensino estruturado, facilitem os processos de aprendizagem, de

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autonomia e de adaptação ao contexto escolar;

d) Proceder às adequações curriculares necessárias;

e) Assegurar a participação dos Pais/Encarregados de Educação no processo de

ensino/aprendizagem;

f) Organizar o processo de transição para a vida pós-escolar.

Centro de Recursos TIC

A criação de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial surge da necessidade

de inclusão dos alunos de Necessidades Educativas Especiais, de caráter permanente,

no ensino regular.

O Centro de Recursos TIC para a Educação Especial está sediado na escola sede do

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque e dá resposta a todas as escolas e

agrupamentos dos concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de

Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso.

O Centro de Recursos TIC para a Educação Especial tem como principais objetivos a

avaliação dos alunos com Necessidades Educativas Especiais de caráter permanente,

para fins de adequação das tecnologias de apoio às suas necessidades específicas e a

informação/formação dos docentes, profissionais, assistentes operacionais e famílias

sobre as problemáticas associadas aos diferentes domínios da deficiência ou

incapacidade.

Intervenção Precoce

A Intervenção Precoce assume-se como um conjunto de medidas de apoio

integrado centrada na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e

reabilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da ação social. Tem

como objetivos apoiar e capacitar todas as crianças, dos zero aos seis anos, e

respetivas famílias, através da interação conjunta de equipas multidisciplinares, no

pressuposto de que os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para o seu

desenvolvimento global.

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O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque é o agrupamento de referência

para os Concelhos da Guarda, Manteigas e Sabugal.

Constituem objetivos dos agrupamentos de escolas de referência:

Assegurar a articulação com os serviços de saúde e da segurança social;

Reforçar as equipas técnicas, que prestam serviços no âmbito da intervenção

precoce na infância, financiadas pela segurança social;

Assegurar, no âmbito do Ministério da Educação, a prestação de serviços de

intervenção precoce na infância

Recursos Humanos

Pessoal Docente

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque acredita que um corpo docente

estável e motivado, que se identifica com o seu Projeto Educativo, é fator essencial

para o seu bom funcionamento e para o sucesso da ação formativa e educativa e dos

resultados escolares, uma vez que as funções e as atribuições que aos professores são

acometidas são cada vez mais exigentes, pressupondo-se um maior envolvimento e

responsabilização para o sucesso educativo dos alunos.

Acreditamos em proporcionar boas condições de trabalho, promotoras de um bom

ambiente e que as relações interpessoais devem ser valorizadas. O espírito de diálogo

e de trabalho colaborativo é, neste sentido, particularmente incentivado, estimulando-

se o envolvimento ativo e crítico no planeamento, execução e avaliação das atividades

e projetos desenvolvidos.

O Agrupamento de Escolas reforça a relevância e o prestígio que os professores

devem assumir na formação dos seus alunos, enquanto modelos de identificação e de

referência.

Distribuição do Serviço Docente

A distribuição do serviço docente deve subordinar-se aos seguintes princípios

orientadores:

Possibilitar a cada professor o acompanhamento dos seus alunos ao longo

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dos diferentes anos de escolaridade do mesmo ciclo, desde que não haja

motivos que aconselhem o contrário;

Assegurar a lecionação de turmas e disciplinas com Exame Nacional,

evitando a acumulação destas num único docente;

Distribuir um número de níveis, disciplinas e turmas a cada docente,

obedecendo ao princípio da equidade;

Respeitar a graduação profissional.

Pessoal Não Docente

O papel do pessoal não docente é essencial para o bom funcionamento da

organização. A motivação para o serviço público de qualidade e o seu envolvimento no

espírito do agrupamento e no trabalho em equipa é um desafio constante para o

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque.

Os Assistentes Operacionais, com o seu trabalho de proximidade e de apoio aos

diversos intervenientes no processo educativo, de que são, igualmente, atores,

desempenham uma ação que, obedecendo a regras de conduta definidas, contribui

para o sucesso da missão do agrupamento, para a imagem da escola pública em geral e

do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque em particular e para a sua própria

promoção pessoal e profissional.

Da mesma importância se reveste o papel dos Assistentes Técnicos que, com as

exigências cada vez maiores no desempenho das suas funções, aliam um acréscimo de

responsabilidade a um maior volume de trabalho.

O pessoal não docente do Agrupamento engloba 131 profissionais:

Assistentes Operacionais: 105

Encarregado da Coordenação do pessoal Assistente Operacional: 1

Assistentes Técnicos: 19

Coordenador dos serviços de Administração Escolar: 1

Psicólogas: 2

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Distribuição do Serviço dos Assistentes Operacionais – Princípios Orientadores

A distribuição do serviço dos assistentes deve subordinar-se aos seguintes princípios

orientadores:

Melhor eficácia e eficiência nos serviços a prestar;

Melhor colaboração na implementação do Projeto Educativo do Agrupamento,

nomeadamente na criação de um bom ambiente de trabalho para toda a

comunidade, ajudando na formação para a cidadania doa alunos;

Assegurar os serviços essenciais para o funcionamento do AEAA;

Assegurar a vigilância dos espaços comuns;

Adequar o serviço ao perfil de cada funcionário;

Assegurar a higienização dos espaços.

Pessoal Discente

Pretende-se que os alunos do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

tenham uma ação pró-ativa, no sentido de se envolverem e participarem nos diversos

órgãos disponíveis para fazerem ouvir a sua voz, nomeadamente através do Conselho

Geral e da Associação de Estudantes.

Os alunos do Agrupamento serão encorajados a envolverem-se na sua formação

integral, sendo-lhes facilitados os recursos para a promoção da sua autonomia e

responsabilização no processo ensino/aprendizagem bem como no seu

desenvolvimento enquanto ser humano e cidadão ativo. Os alunos do Agrupamento

devem ser incentivados a envolverem-se na obtenção dos melhores resultados

escolares e ambicionarem o sucesso escolar como objetivo primeiro da sua passagem

pelo Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque. Para além do apoio à sua

autonomia, os alunos do Agrupamento têm o direito de dispor de apoio diferenciado,

nomeadamente por nível de desempenho e sempre que tenham necessidades

educativas especiais.

O perfil humanista do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque será

revelado no esforço desenvolvido na integração de todos os alunos,

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Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

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independentemente da sua ascendência, sexo, raça, língua, território, religião,

convicções políticas ou ideológicas, situação económica e condição social.

Atualmente, o número de crianças/alunos matriculados nos diferentes níveis de

escolaridade existentes no Agrupamento é de 2487, distribuídos de acordo com o

seguinte quadro:

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

Crianças do Pré-Escolar 134

Alunos do 1º CEB 686

Alunos do 2º CEB 390

Alunos do 3º CEB 470

Alunos do Vocacional 18

Alunos do PIEF 12

Alunos do Ensino Secundário

Alunos do Ensino Profissional

Alunos do Estabelecimento Prisional (Recorrente) 20

Alunos do Estabelecimento Prisional (EFA’s) 36

TOTAL 2487

Dos alunos matriculados no Ensino Secundário, 137 frequentam o Ensino

Profissional, constituindo 5,65 % da população escolar.

No conjunto apresentado, há 128 alunos com Necessidades Educativas Especiais,

representando 5,28 % da população escolar. O Agrupamento tem duas Unidades de

Multideficiência, uma funciona na Escola Básica da Stª Zita e a outra na Escola

Secundária Afonso de Albuquerque. No Agrupamento, existe também uma Unidade de

Ensino Estruturado a funcionar na Escola Secundária Afonso de Albuquerque.

As Unidades de Apoio à Educação de Alunos com Multideficiência (UAEAM)

constituem-se como recurso e oferta educativa específica para alunos com

multideficiência ou graves problemas de comunicação, favorecendo a inclusão, a

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18

participação das famílias e da sociedade. Têm por objetivos criar ambientes e espaços

acolhedores, gratificantes, em contextos diversificados, com vista ao sucesso pessoal e

social dos alunos. Oferecem, ainda, tecnologias específicas que favorecem o acesso à

participação nas aprendizagens.

A Unidade de Ensino Estruturado constitui uma resposta educativa especializada

para a Educação de alunos com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) e outras

problemáticas graves ao nível cognitivo, emocional e percetivo. Tem por objetivos

desenvolver um modelo de ensino estruturado, com base em informação visual,

promovendo a organização do espaço, do tempo, dos materiais e das atividades, a par

da aplicação de metodologias de intervenção interdisciplinares que facilitem os

processos de aprendizagem, de autonomia e de adaptação ao contexto escolar.

Os alunos com Necessidades Educativas Especiais estão assim distribuídos:

Unidade de

Autismo

Unidade de Multideficiência

- EB de Santa Zita (EB Stª Zita) -

Unidade de Multideficiência - Escola Secundária de

Afonso de Albuquerque

10 ALUNOS 3 ALUNOS 6 ALUNOS

Nível de ensino/ano de escolaridade TOTAL Alunos com CEI

Intervenção Precoce 27

Pré-escolar 4

1.º Ciclo 31 3

2.º Ciclo 20 4

3.º Ciclo 20 12

Ensino Secundário 26 9

TOTAL 128 28

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Sucesso Escolar

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque visa a formação integral de

todas as crianças e jovens e a promoção de aprendizagens realmente significativas.

Pretende promover uma efetiva igualdade de oportunidades, com oportunidades e

percursos diversificados conducentes ao sucesso educativo dos alunos, e cativar os

alunos para o seu espaço, onde o prazer de aprender, com responsabilização e

liberdade criativa, seja o vetor principal, passível de se tornar impulsionadora de

motivação para novas aprendizagens. É, assim, importante que o Agrupamento trilhe

caminhos que conduzam à satisfação dos alunos e da comunidade, à formação e ao

sucesso dos alunos e à qualidade do seu ambiente interno, em harmonia com o meio

envolvente.

O sistema educativo deve desenvolver, na comunidade escolar, um espaço de

ensino/aprendizagem em que se reconheçam competências e atitudes dos alunos que

se evidenciam nos domínios cognitivo, cultural, pessoal e/ou social. Deve, também, ser

instituída uma cultura de boas práticas, premiar os bons resultados, promover o

exercício de uma cidadania responsável e ativa, bem como estimular o gosto de

aprender e a vontade de se superar a si mesmo, incentivando os alunos na procura da

excelência.

O quadro seguinte apresenta o número de alunos a quem foi atribuída Bolsa de

Mérito, no Ensino Secundário em 2013/2014:

Número de Alunos com Bolsa de Mérito

10 º Ano 11 º Ano 12 º Ano Total

9 12 14 35

Critérios de Constituição de Turmas

Respeitando os princípios da equidade, máximo efeito e boa gestão dos recursos

humanos e materiais existentes e de acordo com a legislação em vigor, na constituição

das turmas prevalecem critérios de natureza pedagógica.

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20

A formação das turmas deve ter como pressuposto a criação de condições de

igualdade de todos os alunos ao longo do seu percurso escolar, procurando viabilizar

as opções individuais em termos curriculares.

Na constituição de turmas do 1º ano de Ensino Básico serão respeitadas, dentro do

possível, as opções dos Encarregados de Educação.

No Ensino Secundário, será utilizado um critério por opções curriculares. No Ensino

Básico e no Ensino Secundário, quando existam várias turmas com as mesmas opções,

as turmas do ano inicial são constituídas de modo a que cada uma apresente

características heterogéneas em termos académicos e seja equilibrada no que respeita

ao género e à idade.

Em todos os níveis de escolaridade, desde o pré-escolar ao ensino secundário, e nos

anos de sequência deve vigorar o critério da continuidade, salvo nos casos

devidamente fundamentados em reunião de Conselho de Docentes ou de Conselho de

Turma, em que se considere benéfica a alteração do grupo/turma. Devem, ainda, ser

tidas em consideração as informações emanadas das reuniões de articulação entre

ciclos, das reuniões de Conselhos de Docentes e de Conselhos de Turma.

Os alunos retidos serão distribuídos pelas turmas de acordo com as vagas

existentes.

O número de alunos por turma subordina-se à legislação em vigor.

Serviços Técnicos e Administrativos

Consideram-se Serviços Técnicos e Administrativos os serviços que prestam apoio

geral, com base nos suportes legislativos.

Serviço de Ação Social Escolar

A Escola, devido à sua influência social, tem vindo a ser desafiada a articular o

conhecimento que é trabalhado no contexto escolar com a realidade social do aluno,

ou seja, os seus problemas e necessidades sociais. Ela é uma Instituição onde se devem

desenvolver o conhecimento e os valores sociais dos sujeitos e, mais do que isso, deve

ser capaz de preparar os indivíduos para a vida em sociedade. Para que possa

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21

desempenhar o seu papel, deverá desenvolver o sentido crítico do aluno, precisando

de estar em sintonia não só com a realidade do mesmo, como também com a

realidade da comunidade na qual se encontra inserida. Deverá, assim, respeitar a

realidade social, cultural e económica dos seus alunos e, partindo dela, tomar a

iniciativa de propiciar a participação da família no processo sociopedagógico do

Agrupamento.

Este serviço abrange as modalidades de apoio alimentar e auxílios económicos aos

alunos inseridos em agregados familiares carenciados que se candidatem ao referido

apoio no final de cada ano letivo, de acordo com o prazo estipulado. Estes alunos são

identificados pela análise da capitação do agregado familiar, de acordo com as regras

definidas pelo Ministério da Educação e Ciência.

O SASE apoia 435 alunos provenientes de famílias socioeconomicamente

desfavorecidas, representando cerca de 17,93 % da população escolar, isto é, famílias

com falta de recursos básicos ou benefícios sociais, tais como habitação adequada,

nutrição ou cuidados de saúde. Como critério, usou-se os apoios do SASE, uma vez que

são benefícios sociais que distinguem os alunos que provêm de famílias

desfavorecidas, e cuja distribuição é apresentada nos quadros seguintes:

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Total por ciclo Escalão A Escalão B

2º CEB 147 104 43

3º CEB 155 94 61

Ensino Secundário 120 61 59

Total 422 259 163

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque – alunos com NEE

Total por ciclo Escalão A Escalão B

2º CEB 2 2 0

3º CEB 8 8 0

Ensino Secundário 3 3 0

Total 13 13 0

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Os Serviços de Ação Social Escolar são ainda responsáveis pela organização e

distribuição de leite escolar aos alunos da Educação Pré-Escolar e do 1º CEB, e

compete-lhes, também, a gestão dos transportes escolares e dos acidentes escolares.

Serviços Administrativos

Os Serviços Administrativos funcionam na escola-sede, competindo-lhes a execução

de todos os procedimentos legais necessários ao correto funcionamento do

Agrupamento nas suas diversas áreas. Estes serviços têm um papel importantíssimo no

desenvolvimento da pedagogia do civismo, da legalidade, da correção, da

transparência e do rigor: rigor no serviço e rigor na existência.

Os Serviços Administrativos constituem-se como um pilar fundamental da

organização, não só na resposta às necessidades internas de funcionamento, como

também às solicitações externas. Por isso, devem pautar a sua função por princípios

orientadores:

1) Inovação e flexibilidade: os serviços devem estar preparados para responder a

um público diversificado, respeitando e valorizando o perfil e as expetativas de

cada indivíduo;

2) Reserva e discrição no tratamento da informação prestada, resultante dos

processos desenvolvidos no âmbito das suas funções;

3) Orientação para resultados: devem garantir a efetiva concretização, em tempo

útil, das respostas às necessidades do público;

4) Rigor e eficiência: rigor, exigência e eficiência no desenvolvimento de todos os

processos de qualificação e certificação, bem como na gestão de expediente;

5) Responsabilidade e autonomia: através do desenvolvimento de práticas de

autonomia e de responsabilização quanto ao funcionamento dos Serviços

Administrativos, cooperando com as diferentes estruturas do AEAA.

Circuitos de Informação e Comunicação

Sabemos que, numa escola, tal como em qualquer outra organização, o sucesso de

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muitas das medidas implementadas depende da capacidade de as divulgar e de as

tornar percetíveis a todos. Na escola, há uma diversidade de intervenientes que torna

relevante a necessidade de implementar sistemas de comunicação eficientes e

eficazes. O plano de comunicação do Agrupamento deve maximizar o aproveitamento

das mais recentes tecnologias de informação e comunicação.

Formas de comunicação privilegiadas:

Correio eletrónico – é um meio de comunicação que permite fazer chegar

algumas informações ou avisos, em particular aos docentes, aos pais

representantes de cada turma, à associação de pais e encarregados de

educação e aos alunos delegados.

O sítio da escola na Internet – de modo a poder disponibilizar informação

útil e atualizada a todos os elementos da comunidade educativa. Pretende-

se que se venha a tornar um espaço de informação dinâmico.

A plataforma Moodle – cujo objetivo será o de potenciar o ensino

aprendizagem para além do âmbito da sala de aula, instituindo-se como

uma estratégia dinâmica com os alunos, privilegiando a mobilização das suas

competências tecnológicas. Fomentará, de igual forma, o trabalho

colaborativo de pares, numa clara partilha de recursos e de estratégias

pedagógicas entre os docentes da Escola.

O GIAE-online – que possibilitará à comunidade escolar consultar os seus

mais variados dados da escola e do cartão, bem como adquirir senhas para o

refeitório.

Toda a documentação que o exija será afixada em todas as escolas do Agrupamento,

sendo os Coordenadores de Estabelecimento os elementos de ligação com a Direção

do AEAA, garantindo a sua afixação após o envio por correio eletrónico ou, caso seja

necessário, pelo correio ou transporte interno.

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Comunidade Educativa

O Agrupamento mantém com a comunidade educativa, a autarquia e outras

instituições uma estreita colaboração no desenvolvimento, acompanhamento e

dinamização dos seus projetos de formação e de educação.

Associação de Pais e Encarregados de Educação

A Associação de Pais/Encarregados de Educação dos alunos do Agrupamento de

Escolas Afonso de Albuquerque é uma associação representativa de todos os pais e

encarregados de educação, estabelecida e regida por estatutos próprios, com sede na

escola sede do Agrupamento e eleita entre os Pais/Encarregados de Educação.

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque considera essencial a

participação das famílias na educação dos seus filhos e educandos. Neste contexto,

deve envolver e implicar os pais e encarregados de educação no seu Projeto Educativo

e fomentar a sua participação nos diversos eventos desportivos, sociais, culturais e

educativos que se realizam ao longo do ano.

A Direção, os Coordenadores de Estabelecimento, os Diretores de Turma e os

Docentes Titulares de Turma apresentam-se como as entidades privilegiadas no

diálogo, que se quer permanente entre a Escola e a Família. Sendo essa comunicação

essencial, a informação deverá ser permanentemente atualizada, beneficiando dos

meios eletrónicos, com o enquadramento constante do percurso escolar do aluno,

facilitando o envolvimento familiar e promovendo, assim, uma formação plural e

integradora, facilitadora de ações conjuntas Escola/Família.

Parcerias e Protocolos

As parcerias devem ser encaradas como uma mais-valia, na busca da rentabilização

de recursos, mobilização de competências e compromissos entre parceiros. A sua

constituição deve alicerçar-se em princípios éticos e organizacionais, com vista à

expansão e qualidade da educação.

O estabelecimento de parcerias e protocolos devem visar objetivos,

nomeadamente:

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Melhorar o domínio social e ambiental;

Aceder a uma maior diversidade de recursos;

Promover o trabalho em rede;

Promover o capital humano e social;

Melhorar a eficiência operacional da organização;

Promover a inovação organizacional;

Otimizar a formação e qualificação da comunidade educativa;

Melhorar a imagem e a credibilidade da instituição.

Bibliotecas Escolares

São a unidades de apoio que organizam, processam, divulgam e disponibilizam

documentação e informação de natureza pedagógico-didática em vários tipos de

suporte e realizam atividades culturais diversificadas e motivadoras de aprendizagens

formais.

A Biblioteca Escolar passou por importantes transformações resultantes não só da

evolução do paradigma tecnológico e das implicações profundas no acesso, uso e

comunicação da informação, mas também por um novo entendimento do papel que a

Biblioteca Escolar tem no processo de ensino/aprendizagem. Neste contexto, ela

deixou de ser vista, exclusivamente, como um local organizado com recursos

destinados ao acesso da informação e ao lazer, para ser entendida como um espaço de

trabalho e de construção do conhecimento.

A Biblioteca Escolar passou a ter um papel:

Informativo: disponibilizando recursos de informação, apoiando a

infraestrutura tecnológica e contribuindo para o seu uso e integração nas

práticas letivas.

Transformativo: formando para as diferentes literacias, contribuindo de forma

colaborativa e articulada com todos os docentes para o desenvolvimento de

competências que suportam as aprendizagens e a construção do

conhecimento.

Projeto Educativo

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26

Formativo: passando de um local de disponibilização de recursos para um

espaço de construção do conhecimento e de autorregulação do conhecimento.

A Biblioteca Escolar possui um papel importante na consecução dos objetivos

definidos no Projeto Educativo do Agrupamento (PEA), uma vez que uma das suas

principais metas deverá ser o desenvolvimento, nos alunos, de ferramentas

necessárias ao seu crescimento enquanto cidadãos, tornando-os competentes

utilizadores de informação, em todos os suportes e meios de comunicação. A

biblioteca é, ainda, um espaço privilegiado para o desenvolvimento de uma cidadania

de responsabilidade, pois a sua correta utilização e a partilha de espaços e recursos

conduzem à formação do indivíduo em sociedade e ao respeito pela propriedade

pública.

Gabinete de Indisciplina e Prevenção do Abandono Escolar (GIPAE)

A indisciplina escolar é um dos temas da atualidade, com implicações globais a nível

escolar, familiar e da própria sociedade. A disciplina preocupa professores, diretores

escolares, pais e encarregados de educação, pessoal não docente e comunidade em

geral, por desempenhar um papel importante na qualidade do processo de

ensino/aprendizagem. Na génese da indisciplina, encontram-se, principalmente,

lacunas ao nível das competências sociais dos alunos, que se manifestam em

comportamentos de conflitos interpares e em violações/infrações, às regras

estabelecidas no Regulamento Interno do Agrupamento e no Estatuto do Aluno e Ética

Escolar.

O Gabinete de Indisciplina é um serviço do Agrupamento que pretende

implementar medidas educativas eficazes e operacionalizar procedimentos que visam

contribuir para a melhoria dos comportamentos e atitudes cívicas dos alunos em todos

os espaços escolares (dentro e fora da sala de aula), aumentando, assim, a qualidade

do processo de ensino/aprendizagem. Tendo presente que, por vezes, situações de

indisciplina têm subjacentes outros problemas, esta estrutura fará também o

encaminhamento psicopedagógico desses casos.

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OFERTA FORMATIVA CURRICULAR DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque tem uma abrangente oferta

educativa e formativa que vai da educação pré-escolar ao ensino secundário, regular

ou profissional, permitindo consagrar o objetivo de uma escolaridade de 12 anos e

favorecer o desenvolvimento de um projeto educativo comum, estruturado entre os

vários níveis e ciclos de ensino, assegurado por uma articulação curricular, horizontal e

vertical.

O propósito deste documento é dar sentido às finalidades do processo de

agregação, nos termos do Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho no seu artigo 6º,

ponto 1, alínea a), nomeadamente: “garantir e reforçar a coerência do Projeto

Educativo e a qualidade pedagógica das escolas e estabelecimentos da educação pré-

escolar que o integram, numa lógica de articulação vertical dos diferentes níveis e

ciclos de escolaridade”.

A diversificada oferta do Agrupamento de Escolas, levando a sua ação a

destinatários desde os três anos, possibilita a articulação de aprendizagem envolvendo

as famílias e a comunidade envolvente, representa um contributo para melhorar a

participação de cada cidadão em termos pessoais, profissionais e sociais, a integração

de estrangeiros, ou minorias étnicas e contribui para promover ou aperfeiçoar

conhecimentos, saberes e competências.

A par do respeito pelo cumprimento das aprendizagens curriculares, é necessário

criar as condições para o desenvolvimento global dos alunos, através de ações que

valorizem as sua aptidões e capacidades, comportamentos e atitudes, condições essas

propiciadoras da sua formação integral e, para tanto, é preciso criar estruturas e

promover atitudes de âmbito educativo. Cabe ao Agrupamento promover a articulação

entre a educação pré-escolar e os três ciclos do ensino básico e o ensino secundário

numa perspetiva de sequencialidade progressiva, para que as competências

transversais a desenvolver ao longo da escolaridade obrigatória e os conhecimentos a

adquirir se completem, aprofundem e alarguem, de ciclo para ciclo, preparando os

alunos para o prosseguimento de estudos ou para a integração na vida ativa.

Projeto Educativo

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Níveis de Ensino

Educação Pré-Escolar

“A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de

educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a

qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o

desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na

sociedade como ser autónomo, livre e solidário.”

Artigo 2.º da Lei nº 5/97, de 10 de fevereiro.

A educação na infância é um direito e uma necessidade de todas as crianças, uma

vez que estas, para se desenvolverem, necessitam de conviver com outras crianças e

de terem espaços onde possam realizar experiências que favoreçam o seu

desenvolvimento equilibrado.

A educação na infância é, para além de um bem social e educativo, um bem

cultural. É na infância que se forma a personalidade e que se realizam as primeiras

aprendizagens: motoras, cognitivas, afetivas, sociais, …

O Jardim de Infância constitui a primeira etapa de aprendizagens para a vida e

presta serviços vocacionados para o desenvolvimento das aprendizagens das crianças,

proporcionando atividades educativas de qualidade e atividades de apoio à família.

Ensino Básico

De acordo com os objetivos consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo, o

Ensino Básico engloba três ciclos e é entendido como o início de um processo de

educação e formação ao longo da vida.

1º CEB: constitui-se como a primeira etapa da escolaridade obrigatória,

promovendo a progressiva realização individual dos cidadãos, através do

desenvolvimento de competências transversais e da aquisição de conhecimentos, em

harmonia com os valores de solidariedade social, preparando-os para uma intervenção

útil e responsável na comunidade.

Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

29

2º CEB: Os alunos deverão continuar a desenvolver competências transversais,

nomeadamente as rotinas de estudo personalizadas, a experimentação e a

organização e sistematização das aprendizagens.

3º CEB: Continuar-se-á o aprofundamento das competências transversais,

promovendo-se uma maior autonomia dos alunos na organização do seu estudo, na

capacidade de iniciativa para a superação de dificuldades, na resolução de problemas e

no comportamento assertivo, constantes dos projetos curriculares.

Ensino Secundário: Atualmente, no Agrupamento, funcionam cursos que, com base

numa igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares, procuram responder

de um modo eficaz às necessidades da comunidade através de uma oferta formativa,

curricular e cultural que, respeitando o direito à diferença, confere a cada um a

liberdade a que tem direito no seio de uma comunidade que é, naturalmente, plural e

diversa.

No Agrupamento, são ministrados os cursos científico-humanísticos, vocacionados

para o prosseguimento de estudos de nível superior e os cursos profissionais,

vocacionados para a qualificação inicial dos alunos, privilegiando a sua inserção no

mundo do trabalho, mas permitindo o prosseguimento de estudos de nível superior.

Apoio Educativo

As modalidades e estratégias de Apoio Educativo contribuem para o reforço das

aprendizagens e superação das dificuldades dos alunos.

O Apoio Educativo, dado por um professor responsável por esta função, desenrola-

se dentro do horário letivo, sendo ajustado o horário no início do ano letivo, ou em

conformidade com as necessidades educativas dos alunos, no início de qualquer

período.

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Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC)

Subjacente à oferta curricular, realizam-se Atividades de Enriquecimento Curricular,

de oferta obrigatória e inscrição facultativa, nos termos do Despacho nº 9265-A/2013,

de 15 de julho. Prevê atividades de animação e apoio à família na educação pré-

escolar, componente de apoio à família e atividades de enriquecimento curricular no

1º CEB.

As opções relativas às AEC’s decorrerão da incumbência de proporcionar uma

formação integral aos nossos alunos, da manifestação de intenções por parte da

comunidade escolar e da gestão dos recursos humanos e materiais do Agrupamento.

No 1º CEB, as Atividades de Enriquecimento Curricular, neste primeiro ano e de

acordo com o referido Despacho, têm natureza eminentemente lúdica e cultural,

incidindo nos domínios desportivo, artístico, científico e tecnológico.

Estas atividades decorrem entre as 16 h 30 m e as 17 h 30 m, com uma carga

horária de 60 minutos semanais.

As atividades de enriquecimento curricular nos restantes níveis de ensino realizam-

se essencialmente sob a forma de clubes.

Articulação e Cooperação

Uma escola aprendente, que enfrenta desafios que exigem a redefinição, a

reconstrução e a reinvenção das suas práticas, deve assumir uma atitude pró-ativa de

todos os intervenientes, nomeadamente através da articulação e cooperação com um

objetivo comum. Para que estas se convertam numa componente facilitadora da

melhoria das aprendizagens, deverão ser orientadas e construídas com base em redes

restritas e alargadas de trabalho em equipa e de colaboração entre os profissionais dos

diferentes graus de ensino.

Articulação entre a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo

A transição entre ciclos deve ser um processo harmonioso e que promova a

sequencialidade do processo de ensino-aprendizagem.

Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

31

Na Educação Pré-Escolar devem ser proporcionadas condições que facilitem o

sucesso escolar das crianças do 1º CEB, pelo que é imprescindível a cooperação entre

os profissionais de ambos os níveis educativos.

Os Educadores de Infância e os Professores do 1º ciclo devem ter uma atitude

dialogante entre si, de modo a que possa existir uma ligação entre os ciclos e que estes

se complementem um ao outro. Deverá existir uma continuidade educativa em que

cada ciclo tenha em conta as aprendizagens realizadas, o desenvolvimento das

crianças e as suas capacidades de aprendizagem em cada nível, uma vez que cada

criança tem o seu próprio ritmo de aprendizagem.

É importante que os educadores e os professores estabeleçam contactos, que

planifiquem atividades conjuntas, onde participem as crianças de ambos os níveis, com

o objetivo de facilitar o processo de transição. No entanto, esta transição deverá

ocorrer de uma forma natural de modo a não se tornar penoso para as crianças,

sendo, por isso, precioso estabelecer estratégias facilitadoras através de práticas

educativas entre a Educação Pré-Escolar e o 1º CEB.

São apresentadas algumas estratégias:

Momentos de diálogo e interação envolvendo docentes, pais e crianças

para:

— a troca de informação;

— conhecimento dos documentos informativos do percurso da criança e

suas aprendizagens;

— conhecimento do dossiê que acompanha o aluno na transição;

Desenvolvimento de atividades conjuntas ao longo do ano letivo, bem como

a organização de visitas guiadas aos respetivos estabelecimentos;

Planificação e desenvolvimento de projetos comuns;

Trabalho cooperativo e colaborante;

Organização de visitas guiadas a uma escola do 1º Ciclo;

Discussão da problemática do currículo nos dois níveis de ensino, permitindo

a articulação entre educadores e professores.

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32

Articulação entre os 1º, 2º e 3º CEB

A articulação vertical entre os diferentes níveis do Ensino Básico é a única forma de

dar continuidade diacrónica ao desenvolvimento das competências que vão sendo

exigidas aos alunos, ao longo do seu percurso escolar.

A articulação entre as várias etapas do percurso educativo implica uma

sequencialidade progressiva, conferindo a cada etapa a função de complementar,

aprofundar e alargar a etapa anterior, numa perspetiva de continuidade e unidade

global da educação/ensino.

A articulação entre os 1º e o 2º ciclos passa não só pela valorização das aquisições

feitas no 1º ciclo, como pela familiarização com uma nova realidade em termos de

polidocência. No início de julho, deverá realizar-se uma reunião de transição de ciclo,

na qual os professores do 1º ciclo referenciam os casos problemáticos, em termos de

comportamento e aprendizagem.

A articulação entre o 1º ciclo e o 2º ciclo passa por um conjunto de estratégias e

atividades a realizar em conjunto pelos docentes destes ciclos:

Estabelecer contactos formais e informais, sempre que possível, entre os

Diretores de Turma do 5º ano e os Professores do 4º ano, designadamente

na constituição de turmas;

Planificar e desenvolver projetos/atividades comuns, a realizar ao longo do

ano letivo, que impliquem a participação dos alunos dos 1º e 2º ciclos;

Realizar reuniões entre os professores do 4º ano e os professores das várias

áreas disciplinares do 2º ciclo, com o objetivo de trocar experiências entre

os dois ciclos, facilitando a integração dos alunos no 2º ciclo e garantindo a

sequencialidade de ciclos;

Organizar visitas guiadas aos alunos do 1º ciclo à escola do 2º ciclo, com o

objetivo de promover a integração dos alunos;

Definir estratégias de articulação vertical e nível do currículo.

A articulação dos 2º e 3º ciclos é operacionalizada a nível dos departamentos e

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33

grupos disciplinares, uma vez que a composição destes compreende professores dos

dois ciclos de ensino, garantindo assim a progressão nas competências específicas do

5º ao 9º ano de escolaridade.

Articulação entre o 3º CEB e o Ensino Secundário/Profissional

A articulação entre estes dois ciclos tem como objetivos facilitar a integração dos

alunos no ensino secundário/profissional e proporcionar condições para a melhoria

das classificações.

Avaliação

Critérios Gerais de Avaliação

Compete ao Conselho Pedagógico, enquanto órgão de gestão pedagógica do

Agrupamento, definir, anualmente, os Critérios Gerais de Avaliação e aprovar os

critérios de cada disciplina sob proposta dos grupos disciplinares.

Os Critérios de Avaliação constituem referenciais comuns no interior do

Agrupamento, sendo operacionalizados pelos Docentes e pelos Conselhos de Turma

ou Conselhos de Docentes. Estes órgãos analisam as avaliações propostas por cada

professor relativamente à disciplina que leciona e são responsáveis pela classificação

atribuída ao aluno no final de cada período.

Avaliação das Aprendizagens

A avaliação de competências é um processo regulador da vivência dos alunos

durante as experiências da aprendizagem. Avaliar os alunos ajuda a determinar o

quanto estão aprendendo. Existem várias maneiras diferentes de os alunos serem

avaliados e será a diversificação dos instrumentos de avaliação que permitirá a recolha

de um maior número e variedade de informação sobre a aprendizagem. O esforço de

diversificar e sistematizar o processo avaliativo permite conhecer melhor o aluno e não

apenas classificá-lo.

Projeto Educativo

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34

Modalidades de avaliação

A avaliação pode assumir as seguintes formas:

Avaliação Diagnóstica – é uma avaliação de cariz inicial, sendo levada a cabo

antes do aluno ter contacto com os conteúdos programáticos que deverá

aprender. Permitirá desvendar e identificar problemas e dificuldades,

facilitando a integração escolar do aluno, apoiando a orientação escolar e

vocacional. Poderá realizar-se em qualquer momento ao longo do ano

letivo, articulada com a avaliação formativa. Esta avaliação não deve limitar-

se a uma prova escrita, sendo importante avaliar outras competências,

nomeadamente a oralidade, a interação com os pares, a autonomia e a

criatividade, respeitando sempre as características inerentes a cada

disciplina.

Avaliação Formativa – assume caráter contínuo e sistemático, recorrendo a

uma variedade de instrumentos de recolha de informação sobre o

desenvolvimento das aprendizagens e competências, adequados à natureza

destas e aos contextos em que ocorre, tendo como uma das funções

principais a regulação do ensino e da aprendizagem. Inclui, em si mesma,

uma vertente de diagnóstico tendo como finalidade conduzir à adoção de

estratégias de diferenciação pedagógica. No âmbito dos instrumentos de

recolha de informação que utiliza, deve integrar processos de auto e

heteroavaliação que, nos primeiro e segundo anos de escolaridade, poderão

ser de caráter oral e, nos restantes anos de escolaridade, de caráter escrito.

Avaliação Sumativa – Consiste na formulação de um juízo globalizante sobre

a aquisição das aprendizagens do aluno e competências definidas para cada

disciplina e área curricular. A avaliação sumativa assume duas modalidades:

Avaliação sumativa interna: no 1º CEB, a avaliação é expressa em

forma de síntese descritiva, trimestralmente, através da ficha de

registo de informação do Agrupamento, exceto no quarto ano em

que assume um caráter quantitativo nas áreas de Português e de

Matemática. Nos 2º e 3º CEB e nas disciplinas curriculares, a

Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

35

avaliação quantitativa é traduzida por um nível (de um a cinco),

acompanhada de uma síntese descritiva quando considerada

relevante. Nas disciplinas de Oferta Complementar dos 2º e 3º ciclos,

a avaliação é expressa através de uma menção qualitativa. No Ensino

Secundário, a avaliação quantitativa é traduzida por um valor (de

zero a vinte) em todas as disciplinas. Neste nível de ensino (décimo,

décimo primeiro e décimo segundo anos) realizam-se anualmente

Exames internos de Equivalência à Frequência para aprovação em

disciplinas terminais não sujeitas a avaliação externa.

A avaliação sumativa externa implica a realização anual das

Provas/Exames Finais Nacionais da responsabilidade do Ministério da

Educação e Ciência.

A avaliação dos cursos PIEF, Vocacional e Profissional, rege-se por

regulamentação própria, de acordo com a legislação em vigor.

Relativamente à Educação Especial, o processo de avaliação é conduzido pelo

educador/professor/conselho de turma/conselho de docentes, envolvendo os

docentes da Educação Especial, nos termos definidos na legislação em vigor, o

Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro.

A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a

progressão/retenção dos alunos, expressa através das menções, respetivamente, de

Transitou/Não Transitou no final de cada ano, e de Aprovado/Não Aprovado no final

de cada ciclo.

Avaliação na Educação Pré-Escolar

A avaliação na Educação Pré-Escolar (Circular nº 4/DGIDC/DSDC/2011) assume uma

dimensão marcadamente formativa, desenvolvendo-se num processo contínuo e

interpretativo, que procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de

modo a que vá tomando consciência do que já conseguiu, das dificuldades que vai

tendo e de como as vai ultrapassando.

A avaliação tem caráter contínuo e é feita através do registo dos progressos

Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

36

realizados pela criança, ao longo do tempo, utiliza procedimentos de natureza

descritiva e narrativa, centrados sobre o modo como a criança aprende, como

processa a informação, como constrói conhecimento e/ou resolve problemas. Os

procedimentos de avaliação devem ter em consideração a idade e as características do

desenvolvimento das crianças, assim como a articulação entre as diferentes áreas de

conteúdo, no pressuposto de que a criança é sujeito da sua própria aprendizagem.

Autoavaliação

A autoavaliação é um elemento autorregulador do processo educativo que consiste

na avaliação, pelo aluno, do seu próprio desempenho escolar. Esta avaliação por parte

do aluno permite ao docente perceber a consciência que o aluno tem de si e incluirá

um plano de trabalho onde se procurará desenvolver um conjunto de atividades que

propiciem a superação das dificuldades encontradas.

Procede-se à autoavaliação, ao longo do ano letivo, face aos instrumentos

propostos pelo professor titular da turma/professor de disciplina, e por meio de

registo em ficha própria, que deve ser preenchida sempre no final de cada período.

A autoavaliação realiza-se em todos os anos de escolaridade, à exceção dos 1º e 2º

anos de escolaridade.

Projeto Educativo

Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

37

Plano Estratégico/Plano de Ação

“… muitos dos alunos que hoje têm más avaliações poderão ter melhor futuro, se

alguém for capaz de os escutar com atenção e partir do seu “insucesso” para a

descoberta de novos caminhos, que passam sempre por aproveitar qualquer coisa que

está dentro deles.”

Daniel Sampaio

O Projeto Educativo do Agrupamento desdobra-se nos três domínios de Intervenção

e nos subdomínios:

Resultados:

Resultados Académicos

Resultados Sociais

Reconhecimento da comunidade

Prestação do Serviço Educativo:

Planeamento e Articulação

Prestação do Serviço Educativo

Monitorização e Avaliação das Aprendizagens

Liderança e gestão:

Liderança

Gestão

Autoavaliação e Melhoria

No primeiro ano de implementação do projeto Educativo far-se-á a recolha de

dados relativos a Resultados para se constituir o ponto de partida para a definição

concreta das metas.

Projeto Educativo

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38

Resultados/Resultados Académicos

Objetivos Estratégias Metas

Promover o sucesso escolar dos alunos, o mérito e a excelência,

suportado por uma cultura de rigor e de

exigência.

- Monitorizar sistematicamente os resultados escolares dos alunos; - Monitorizar a taxa de sucesso das Escolas do Agrupamento em comparação com os resultados nacionais, de forma a acentuar a melhoria progressiva da organização; - Acompanhar, monitorizar, refletir e definir estratégias, de forma sistemática, envolvendo todos os responsáveis, no processo de ensino e aprendizagem com vista à melhoria dos resultados escolares; - Identificar quais os elementos que se revelaram como os principais determinantes dos casos de sucesso e insucesso; - Promover reuniões para articulação entre professores do mesmo departamento e dos diferentes ciclos, a fim de partilhar estratégias, metodologias e conteúdos.

- Aumentar o sucesso dos alunos; - Melhorar as aprendizagens, o ensino e os resultados dos alunos; - Aumentar as médias das classificações internas, por disciplina.

Consolidar os resultados escolares dos alunos.

- Desenvolver hábitos e métodos de trabalho individual e em grupo; - Reforço de um ensino diferenciado que tenha em conta as características dos alunos; - Elaborar, executar e avaliar planos de atividades de acompanhamento pedagógico, orientados e individualizados para todos os alunos com dificuldades de aprendizagem; - Elaborar, executar e avaliar planos de desenvolvimento para todos os alunos que revelem capacidades excecionais de aprendizagem; - Monitorizar o progresso dos alunos em função da análise comparativa entre os resultados obtidos na Avaliação Interna e nos Exames Nacionais.

- Melhorar a qualidade do desempenho dos alunos. - Situar a média das classificações obtidas pelos alunos internos em Exames Nacionais num valor igual ou superior à média nacional.

Continuar a prevenir o abandono/insucesso.

- Monitorizar o fenómeno do abandono escolar, perceber a sua evolução, e detetar precocemente as ameaças que o sustentam; - Elaborar, executar e avaliar atividades de recuperação de atrasos na aprendizagem; - Referenciar os alunos que têm insucesso, dando particular relevância às causas, e aplicar, atempadamente, as necessárias medidas de remediação; - Proceder ao acompanhamento interciclos do percurso dos alunos.

- Diminuir o número de alunos que abandonam a escola; - Diminuir o número de alunos referenciados à CPCJ.

Resultados/Resultados Sociais

Objetivos Estratégias Metas

Promover o desenvolvimento cívico

dos alunos.

- Envolver os alunos em projetos de cidadania; - Dinamizar campanhas de solidariedade; - Dinamizar reuniões com a Associação de Estudantes e responsabilizá-la pela dinamização de seu Plano de Atividades; - Responsabilizar o Delegado e Subdelegado nas funções que lhes são atribuídas.

- Aumentar o número de atividades promovidas pelos alunos no âmbito do desenvolvimento cívico; - Incutir nos alunos o sentido da responsabilidade e do seu cumprimento.

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39

Aumentar a aquisição e aplicação de regras de

convivência e disciplina.

- Divulgar o Estatuto do Aluno e Ética Escolar e do Regulamento Interno; - Distribuir aos Encarregados de Educação o Código de Conduta. Recolher o seu termo de aceitação que reflete o seu conhecimento; - Reunir Direção/Diretores de Turma/Professores titulares de Turma/Educadores de Infância com os Pais e Encarregados de Educação dos alunos mais problemáticos; - Implementar mecanismos céleres e eficazes na resolução dos problemas disciplinares.

- Diminuir o número de registos de ocorrências de indisciplina; - Promover o cumprimento do RI e do Código de Conduta.

Monitorizar o percurso dos alunos.

- Verificar a taxa de empregabilidade dos alunos dos Cursos Profissionais; - Endereçar convites a ex-alunos do Agrupamento para participarem em atividades.

- Proceder à construção de uma base de dados do percurso dos alunos, após a sua conclusão de estudos no Agrupamento.

Resultados/Reconhecimento da Comunidade

Objetivos Estratégias Metas

Promover atitudes e práticas que contribuam

para a formação de cidadãos conscientes e

participativos na sociedade.

- Aplicar, regularmente, inquéritos de satisfação e, com base neles, implementar medidas que otimizem a satisfação da comunidade educativa; - Divulgar as condições de acesso aos quadros de valor, mérito e de excelência; - Promover atividades de índole formativa, cultural e desportiva como contributo para a valorização de toda a comunidade educativa; - Dinamizar ações/intervenções junto da comunidade, no âmbito de um serviço público cultural e recreativo.

- Aumentar o grau de satisfação da comunidade educativa; - Aumentar o número de diplomas atribuídos aos alunos; - Aumentar o número de projetos/atividades que contribuem para o desenvolvimento local.

Prestação do Serviço Educativo/Planeamento e Articulação

Objetivos Estratégias Metas

Prestar um serviço educativo de qualidade

- Promover a articulação entre departamentos curriculares/disciplinas/áreas curriculares e/ou cursos; - Promover a articulação curricular e a sequencialidade das aprendizagens entre ciclos; -Produzir materiais didático-pedagógicos e aferir instrumentos de avaliação; - Promover práticas de uniformização de critérios de ensino/avaliação; - Implementar práticas inovadoras e motivadoras no processo ensino-aprendizagem; - Criar mecanismos de monitorização e acompanhamento das práticas pedagógicas, da coordenação dos departamentos curriculares e dos projetos; - Realizar atividades conducentes a um ensino diferenciado para alunos com NEE, com vista a uma aprendizagem cooperativa e ativa.

- Melhorar a coordenação curricular horizontal e vertical entre os vários níveis de ensino e entre as várias áreas curriculares disciplinares, áreas curriculares não disciplinares e departamentos; - Refletir sobre as práticas educativas nos departamentos, incrementando o trabalho colaborativo; - Garantir mecanismos de monitorização e acompanhamento das práticas pedagógicas.

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Prestação do Serviço Educativo/Práticas de Ensino

Objetivos Estratégias Metas

Monitorizar as atividades de avaliação/intervenção,

tendo em vista o desenvolvimento integral e sucesso dos alunos com

NEE

- Proceder à referenciação/encaminhamento e avaliação dos alunos com NEE; - Articular o trabalho a desenvolver pelos diferentes técnicos intervenientes no processo educativo dos alunos com NEE; - Implementar medidas de apoio para os alunos referenciados com NEE; - Dinamizar ações de articulação entre os docentes do ensino especial e serviços especializados.

- Promover respostas educativas adequadas às especificidades de cada grupo/turma; - Proporcionar a inclusão educativa e social de todos os alunos; - Promover o apoio aos alunos com NEE, garantindo a igualdade de oportunidades no acesso e no sucesso educativo.

Produzir, utilizar e avaliar recursos educativos

potenciadores da construção de conhecimento.

- Apostar nos espaços, projetos e recursos potenciadores da experimentação, da construção de conhecimento e do apoio ao estudo; - Incentivar a criação de projetos de cariz artístico envolvendo alunos, docentes, não docentes, pais e encarregados de educação. - Estimular a utilização de aulas laboratoriais, projetos específicos ou outras atividades, para fomentar uma atitude positiva face ao método científico, incentivando, desta forma, uma prática ativa na aprendizagem das ciências; - Procurar que a oferta educativa tenha em conta as componentes experimentais, bem como as dimensões culturais e sociais, em particular a vertente desportiva e artística.

- Aumentar a prática de projetos/atividades experimentais realizadas com recurso a metodologias ativas e sua divulgação; - Aumentar o número de atividades artísticas desenvolvidas; - Aumentar o número de recursos educativos utilizados.

Prestação do Serviço Educativo/Monitorização e Avaliação das Aprendizagens

Objetivos Estratégias Metas

Avaliar os resultados alcançados.

- Incentivar a utilização de instrumentos de utilização específicos para as diferentes componentes da avaliação; - Monitorizar o progresso das turmas em termos de resultados escolares; - Monitorizar, analisar/refletir sobre os resultados ou progressos verificados pelos alunos por período escolar; - Desenvolver estratégias para ultrapassar os pontos fracos identificados nos alunos/turmas.

- Promover a diversidade nas formas de avaliação nas diferentes disciplinas; - Melhorar os resultados obtidos pelos alunos a todas as disciplinas.

Melhorar os processos de avaliação das

aprendizagens e os resultados escolares dos

alunos.

- Incentivar os alunos a criar hábitos de trabalho e de organização, de modo a que consigam, autonomamente, superar dificuldades e utilizar, por sua iniciativa, os recursos disponíveis na escola; - Elaborar planos de acompanhamento pedagógico de turma (PAPT) ou individual (PAPI); - Promover avaliações intercalares e finais dos planos de acompanhamento e respetivos ajustes; - Envolver o Encarregado de Educação no acompanhamento, operacionalização e avaliação dos planos; - Implementar coadjuvâncias em salas de aula; - Criar uma bolsa de professores para apoio aos alunos.

- Aumentar o número de alunos apoiados que superaram as dificuldades; - Monitorizar a eficácia das medidas adotadas em Conselho de Turma; - Monitorizar a eficácia das medidas de apoio educativo facultadas aos alunos.

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Prevenir a desistência e o abandono.

- Identificar precocemente os alunos que apresentem situações de possível abandono escolar; - Contactar regularmente com os Encarregados de Educação ou outros familiares, de forma a prevenir situações de risco de abandono e atuar em tempo útil para solucionar possíveis casos de abandono; - Dinamizar projetos no âmbito da Orientação Vocacional.

-Reduzir a taxa de abandono escolar e o absentismo escolar; - Constatar os fatores de desistência e abandono escolar; - Adequar o número de ofertas educativas, em conformidade com as necessidades dos alunos, com vista à diminuição da desistência e do abandono.

Liderança e Gestão/Liderança

Objetivos Estratégias Metas

Desenvolver uma liderança organizacional

que estimule a responsabilidade

individual e coletiva e o espírito de partilha.

- Reforçar as lideranças intermédias, de modo a que os coordenadores assumam um papel interventivo; - Promover reuniões de sensibilização das lideranças intermédias para a importância decisiva do seu papel no bom funcionamento da instituição e do sucesso dos alunos; - Incentivar as lideranças intermédias no desenvolvimento do trabalho colaborativo e cooperativo no sentido da construção de práticas profissionais de qualidade nas várias estruturas.

- Apostar no desenvolvimento das lideranças intermédias e na colaboração entre os diversos órgãos com vista ao reforço da confiança na escola.

Promover a abertura do Agrupamento à

comunidade.

- Apostar na divulgação e valorização da oferta educativa da escola; - Desenvolver a articulação da escola e do meio num esforço de adequação da oferta existente às necessidades dos alunos e às realidades sociais; - Colaborar com entidades e instituições para o estabelecimento de protocolos e parcerias.

- Implementar parcerias e protocolos com entidades da região com o objetivo de criar condições para o desenvolvimento de projetos de âmbito escolar, cultural, desportivo e económico.

Promover a segurança do Agrupamento.

- Realizar exercícios de simulação para aferir das normas e procedimentos constantes do plano de segurança; - Monitorizar a qualidade/oferta do refeitório e bar; - Vistoriar as instalações e equipamentos: laboratórios, WC, bar, refeitórios e cozinhas; - Realizar palestras sobre segurança.

- Manter a eficácia da segurança e salubridade do Agrupamento.

Promover o envolvimento e responsabilização dos Pais/Encarregados de Educação no percurso escolar e no sucesso educativo dos seus

educandos.

- Promover eventos de caráter informal visando o estreitamento de relações entre o agrupamento e a família; - Promover ações conjuntas com a Associação de Pais, de modo a incentivar a participação dos Pais e Encarregados de Educação na vida do Agrupamento; - Convidar os Pais e Encarregados de Educação para a dinamização de ações da sua competência e de interesse para a formação académica e pessoal dos seus educandos; - Sensibilizar os Encarregados de Educação para a necessidade de os seus educandos investirem na aprendizagem.

- Melhorar a qualidade da participação dos Encarregados de Educação no processo ensino/aprendizagem.

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Liderança e Gestão/Gestão

Objetivos Estratégias Metas

Aferir o grau de satisfação dos utentes em relação ao nível de atendimento e da

qualidade do serviço prestado pelos serviços do

Agrupamento.

- Aplicar questionários de satisfação; - Criar um espaço para recolha de sugestões/reclamações relativas aos serviços do Agrupamento.

- Aumentar a satisfação quanto às ações tomadas pela Gestão, tendo em conta as pessoas e o seu bem-estar.

Desenvolver políticas de gestão estratégica,

patrimonial, administrativa e

financeira.

- Elaborar um plano para as despesas em função de necessidades e prioridades identificadas nos planos de ação de cada estrutura intermédia ou serviço; - Gerir o orçamento privativo; - Gerir o crédito global da escola, para assegurar o desempenho eficaz dos cargos e funções inerentes às estruturas de administração e gestão, de coordenação de ciclo, de orientação educativa, de apoios educativos e de atividades extracurriculares; - Organizar e manter atualizado o inventário e o cadastro dos bens móveis e imóveis do Agrupamento; - Modernizar e atualizar os instrumentos de apoio à Gestão.

- Assegurar a coerência da gestão financeira; - Manter atualizado o inventário e o cadastro dos bens móveis e imóveis do Agrupamento.

Promover um plano de incentivo/motivação e de

formação do pessoal docente e do pessoal não

docente.

- Apresentar um plano de formação que responda às reais necessidades dos docentes e assistentes operacionais; - Proceder ao levantamento das necessidades de formação do corpo docente/não docente para a elaboração de um plano de formação com ofertas mais eficazes.

- Aumentar o número de formações direcionadas para o desenvolvimento de competências do pessoal docente e não docente.

Promover a política comunicacional interna e o circuito informativo, de modo a garantir a difusão

dos dados relevantes.

- Adequar e simplificar os canais de comunicação; - Manter atualizada a página do Agrupamento; - Manter a supervisão quanto à manutenção dos equipamentos; - Operacionalizar a comunicação eletrónica por e-mail com os docentes, funcionários, pais/encarregados de educação, fornecedores e utentes do Agrupamento.

- Aumentar a eficácia dos circuitos de informação e comunicação interna e externa.

Comunicar a visão, missão, valores, princípios

orientadores e objetivos estratégicos e operacionais à

comunidade escolar.

- Divulgar os documentos orientadores do Agrupamento; - Informar os Pais/Encarregados de Educação sobre os documentos orientadores do Agrupamento; - Promover a participação ativa, responsável e crítica dos alunos nos diferentes órgãos/estruturas educativas.

- Envolver a comunidade escolar no conhecimento, colaboração e aplicação dos diversos documentos estruturantes do Agrupamento.

Liderança e Gestão/Autoavaliação e Melhoria

Objetivos Estratégias Metas

Implementar a autoavaliação do

Agrupamento

- Constituir uma Comissão de Avaliação Interna; - Articular os dados disponibilizados pela equipa de autoavaliação; - Apreciar os resultados, de modo a poder refletir sobre soluções organizativas, funcionamento dos serviços e atividades realizadas, no sentido de melhorar ou reajustar práticas e procedimentos organizativos; - Atualizar/reformular os procedimentos e instrumentos de recolha e informação utilizados pela equipa de autoavaliação; - Proceder à elaboração de planos de melhoria que contenham as ações que a escola se compromete a realizar nas áreas identificadas na avaliação externa como merecedoras de prioridade na melhoria.

- Consolidar uma prática de autoavaliação do Agrupamento; - Refletir sobre as conclusões da autoavaliação no planeamento, na organização e nas práticas profissionais; - Maximizar os benefícios da autoavaliação: manter os pontos fortes reforçando-os, e melhorar os pontos fracos; - Controlar as ações de melhoria com base nos indicadores da avaliação externa.

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43

Instrumentos de Execução do Projeto Educativo

Constituem instrumentos de execução do Projeto Educativo do Agrupamento o

Plano Anual de Atividades, o Regulamento Interno do Agrupamento, o Plano de

Formação Docente e Não Docente e o Orçamento.

O Plano Anual de Atividades assume-se como um instrumento de execução do

Projeto Educativo. É elaborado anualmente e de acordo com as orientações emanadas

pelo Conselho Pedagógico e o Diretor. Do Plano Anual de Atividades constam

atividades e planos de intervenção a implementar na Escola. Fazem parte do Plano

Anual de Atividades todos os projetos pedagógicos desenvolvidos pelo Agrupamento

e/ou outros propostos por entidades exteriores ao Agrupamento.

Todas as estruturas pedagógicas devem traçar o seu Plano Anual de Atividades e as

atividades devem ser preparadas com rigor, definindo objetivos e indicando a

calendarização, formas de divulgação e avaliação.

O Regulamento Interno do Agrupamento permite a aplicação da lei e de normas

internas decorrentes da autonomia. Assegura direitos, enuncia obrigações e define

funções dos intervenientes.

Deverá ser uma preocupação do Agrupamento criar condições para a execução de

um Plano de Formação do Pessoal Docente e Não Docente e implementar mecanismos

de autoformação e de heteroformação contínuas, centradas na identificação de

necessidades de formação, ancoradas nos novos desafios trazidos à prática pedagógica

e educativa. O Plano de Formação é elaborado anualmente e de acordo com as

necessidades identificadas.

A ação educativa do Agrupamento centra-se em valores enunciados no Projeto

Educativo orientados pela missão e pela visão. Deste modo, o orçamento deve

contemplar medidas concretizadoras das necessidades educativas e pedagógicas,

sociais e materiais. As suas linhas orientadoras devem ir ao encontro da identidade do

Agrupamento, que se afirma como núcleo formativo da comunidade escolar.

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44

Avaliação e Divulgação

O Projeto Educativo do Agrupamento é um espaço de construção inacabado que

implica uma dinâmica para a qual é determinante o contributo dado pela avaliação.

A avaliação do Projeto Educativo do Agrupamento constitui-se como um retorno de

informação sobre os processos desenvolvidos nas escolas, bem como dos seus

resultados, de modo a reorientar a ação fundamentalmente em termos de ensino e de

aprendizagem e da formação dos atores educativos.

Quanto à periodicidade, devem prever-se momentos distintos da avaliação:

No final de cada ano letivo do triénio;

No final da sua vigência.

São momentos de balanço, de identificação de pontos fortes e fracos e de

reajustamentos de estratégias.

Para que as metas e as estratégias previstas no Projeto Educativo do Agrupamento

sejam concretizadas, é fundamental que toda a comunidade educativa tenha

conhecimento das mesmas. A sua divulgação torna-se imprescindível e deverá realizar-

se após a sua aprovação pelo Conselho Geral, da forma considerada mais eficaz, por

toda a comunidade educativa.

“Face aos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um trunfo indispensável à

humanidade na sua construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social…como uma

via que conduza ao desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autêntico, de modo a

fazer recuar a pobreza, a exclusão social, as incompreensões…”

In Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, Educação um

tesouro a descobrir, Edições ASA, 1996

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Conteúdo INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1

MISSÃO .......................................................................................................................................... 2

VISÃO ............................................................................................................................................. 3

PRINCÍPIOS .................................................................................................................................... 3

VALORES E OBJETIVOS .................................................................................................................. 4

CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ........................................................................................ 5

O Agrupamento – Características Físicas .................................................................................. 5

Órgãos de Administração e Gestão ............................................................................................... 6

Conselho Geral .......................................................................................................................... 6

Diretor ....................................................................................................................................... 7

Conselho Pedagógico ................................................................................................................ 7

Conselho Administrativo ........................................................................................................... 7

Coordenador de Estabelecimento ............................................................................................ 8

Estruturas de Coordenação e Supervisão Pedagógica e Orientação Educativa ............................ 9

Estruturas de Apoio Educativo ................................................................................................ 11

Educação Especial ................................................................................................................... 11

Centro de Recursos TIC ........................................................................................................... 13

Intervenção Precoce................................................................................................................ 13

Recursos Humanos .................................................................................................................. 14

Pessoal Docente .................................................................................................................. 14

Pessoal Não Docente ........................................................................................................... 15

Pessoal Discente .................................................................................................................. 16

Sucesso Escolar ....................................................................................................................... 19

Critérios de Constituição de Turmas ....................................................................................... 19

Serviços Técnicos e Administrativos ....................................................................................... 20

Serviço de Ação Social Escolar ............................................................................................ 20

Serviços Administrativos ..................................................................................................... 22

Circuitos de Informação e Comunicação ................................................................................ 22

Comunidade Educativa............................................................................................................ 24

Associação de Pais e Encarregados de Educação .................................................................... 24

Parcerias e Protocolos ............................................................................................................. 24

Bibliotecas Escolares ............................................................................................................... 25

Projeto Educativo

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46

Gabinete de Indisciplina e Prevenção do Abandono Escolar (GIPAE) ..................................... 26

OFERTA FORMATIVA CURRICULAR DO AGRUPAMENTO ............................................................ 27

Níveis de Ensino ...................................................................................................................... 28

Apoio Educativo ...................................................................................................................... 29

Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) ...................................................................... 30

Articulação e Cooperação ....................................................................................................... 30

Articulação entre a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo ....................................................... 30

Articulação entre os 1º, 2º e 3º CEB ................................................................................... 32

Articulação entre o 3º CEB e o Ensino Secundário/Profissional ......................................... 33

Avaliação ..................................................................................................................................... 33

Critérios Gerais de Avaliação............................................................................................... 33

Avaliação das Aprendizagens .............................................................................................. 33

Autoavaliação ...................................................................................................................... 36

Plano Estratégico/Plano de Ação ................................................................................................ 37

Instrumentos de Execução do Projeto Educativo ....................................................................... 43

Avaliação e Divulgação ................................................................................................................ 44