21
0 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS DEPARTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS CAMPUS DE BOTUCATU PROJETO DE PESQUISA EM INICIAÇÃO CIENTÍFICA Micropropagação pela multiplicação de gemas axilares e apicais de pinhão manso (Jatropha curcas Linn.) a partir de germoplasma cultivado em condições ex vitro Bolsista: Henrique Curi Penna Orientador: Prof. Dr. Isaac Stringueta Machado BOTUCATU SP Junho/ 2012

Projeto IC. 19.03.15

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Projeto IC. 19.03.15

0

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

DEPARTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS

CAMPUS DE BOTUCATU

PROJETO DE PESQUISA EM INICIAÇÃO CIENTÍFICA

“Micropropagação pela multiplicação de gemas axilares e apicais de pinhão manso

(Jatropha curcas Linn.) a partir de germoplasma cultivado em condições ex vitro”

Bolsista: Henrique Curi Penna

Orientador: Prof. Dr. Isaac Stringueta Machado

BOTUCATU – SP

Junho/ 2012

Page 2: Projeto IC. 19.03.15

1

1. Resumo

A utilização do pinhão-manso na produção de biodiesel é bastante promissora para

o setor do agronegócio; as potencialidades da espécie são diversas, tais como adaptação às

regiões marginais inaptas a outras culturas, além de seus princípios ativos medicinais de

comprovada eficácia. Além disso, contribui também para a conservação do meio ambiente

por ser biomassa renovável, sequestradora de CO2 da atmosfera, e tudo aliado à capacidade

de proteger os solos contra erosão e lixiviação de nutrientes. Contudo, estima-se que serão

necessários entre 2 a 5 anos para que se tenham as primeiras cultivares melhoradas; a

micropropagação pode acelerar os métodos convencionais de propagação vegetativa e

auxiliar no desenvolvimento e multiplicação dos genótipos elite selecionados nos

programas de melhoramento vegetal. Porém, a literatura científica pertinente é escassa e

faltam dados de pesquisa com mudas de pinhão-manso produzidas in vitro. Este trabalho

tem como objetivo, o desenvolvimento de protocolo laboratorial para a micropropagação de

pinhão manso (Jatropha curcas L.), através da multiplicação de brotações por meio da

proliferação de gemas axilares e apicais; coletadas de matrizes promissoras selecionadas

em banco de germoplasma ex vitro do DRN/FCA/Unesp-Botucatu/SP. Para avaliação da

indução da multiplicação de brotações, serão comparados os reguladores vegetais

Benzilaminopurina (BAP) e Cinetina (KIN), em diferentes concentrações e

balanceamentos, adicionados ao meio nutritivo basal de Murashige & Skoog: 0,50 mg.L-1

de BAP (T1), 1,00 mg.L-1

de BAP (T2), 2,00 mg.L-1

de BAP (T3), 3,00 mg.L-1 de BAP

(T4) e 0,5 mg.L-1

de KIN (T5); 1,00 mg.L-1

de KIN (T6), 2,00 mg.L-1

de KIN (T7), 3,00

mg.L-1

de KIN (T8); todos os tratamentos serão suplementados com a auxina Ácido Indolil-

butírico (AIB) na concentração de 0,25 mg.L-1

. Após tratamento de desinfestação e

proteção antioxidante, gemas axilares e apicais selecionadas serão inoculadas nos diferentes

tratamentos, em condições assépticas da câmara de fluxo laminar, e, em seguida, dispostas

em sala de crescimento sob condições ambientais controladas. Os resultados poderão

permitir elaboração de protocolo laboratorial e fluxograma da produção de mudas com

maior rapidez, uniformidade anatômica do estande, fidelidade genética às matrizes

selecionadas, e limpeza de possíveis fitopatógenos endógenos (limpeza clonal);

características desejáveis para o setor produtivo agroindustrial e possibilidade de inclusão

Page 3: Projeto IC. 19.03.15

2

de pequenos produtores rurais, pela maior acessibilidade gerada pela maior oferta de

mudas.

2. Introdução e justificativa – síntese da bibliografia fundamental

O Brasil, pela sua extensão territorial e excelentes condições edafoclimáticas, é

considerado um dos países mais propícios para a exploração de biomassa para fins

alimentícios, químicos e energéticos. Sendo assim, reúne condições ideais para se tornar

um grande produtor mundial de biodiesel, pois dispõe de extensas áreas agricultáveis, parte

delas não propícias ao cultivo de gêneros alimentícios, mas com solo e clima favoráveis ao

plantio de inúmeras espécies oleaginosas.

O uso do biodiesel traz uma série de benefícios associados à redução dos gases de

efeito estufa, e de outros poluentes atmosféricos, tais como o enxofre, além da redução do

consumo de combustíveis fósseis.

O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), criado por Decreto

Lei em 23 de dezembro, e complementado pela Lei n° 11.097 de 13 de janeiro de 2005,

estabelece a obrigatoriedade da mistura de biodiesel ao diesel de petróleo. A antecipação da

obrigatoriedade da adição de 5% de biodiesel ao diesel (B-5) de 2013 para 2010 acarreta a

intensificação de pesquisas inerentes à cadeia produtiva; tendo em vista que nos próximos

quatro anos, o segmento de biodiesel terá investimentos de US$ 600 milhões pela Petrobras

(Rossetto, 2011).

Diante dessa importância e considerando que o percentual do biodiesel na mistura

com diesel poderá passar, em curto tempo, a 7% e posteriormente a 10%, novos processos

são frequentemente propostos para obtenção deste biocombustível e enfrentar o desafio da

obtenção de matéria-prima (Soares, 2011).

A utilização do pinhão-manso, como matéria-prima para a produção de biodiesel,

vem sendo amplamente discutida e avaliada, uma vez que representa promissora cultura a

ser implantada em áreas que não apresentem características edafoclimáticas favoráveis ao

cultivo agronômico, favorecendo a distribuição da cultura por todas as regiões brasileiras,

permitindo a melhor execução do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel –

PNPB (Heiffig & Câmara, 2006).

Page 4: Projeto IC. 19.03.15

3

A espécie possui, também, características compatíveis com o perfil da agricultura

familiar: é uma espécie perene, não necessita de renovação anual do cultivo, dependente de

mão-de-obra e os espaçamentos adotados permitem, nos primeiros anos de cultivo, o

consórcio com outras culturas, podendo ser produzidos em uma mesma área energia e

alimento.

Segundo Ungaro (2006), na escolha da oleaginosa para a produção do biodiesel

alguns fatores devem ser levados em conta, como: o preço da matéria-prima deve ser

compatível com a necessidade de fornecer biodiesel com preços equivalentes ao diesel

mineral; portanto, o custo de produção da biomassa energética deve ser o mais baixo

possível para tornar o produto final economicamente viável e a torta ou farelo, subproduto

da extração do óleo vegetal, deverá ser aproveitado, sempre que possível, na alimentação

humana ou animal.

No caso do pinhão-manso, a torta residuária da extração do óleo pode ser usada

como um rico fertilizante orgânico, substituto do fertilizante químico. Desintoxicada, a

torta pode também ser transformada em ração, como tem sido feito com a torta de mamona,

e a casca dos pinhões pode ser usada como carvão vegetal e matéria-prima na fabricação de

papel. A torta obtida a partir do albúmen contém em torno de 57% de proteína bruta,

acrescida de carboidratos, lipídeos, sais minerais e vitaminas. Ao lado do aspecto

puramente quantitativo e importante da qualidade da proteína, determinada por sua

composição em aminoácidos, tornando-se, de baixo teor de fibra, de emprego potencial na

ração de monogástricos, inclusive o homem (Silva; 2006).

A reprodução desta espécie pode ser por via sexuada ou vegetativa, em ambos os

casos, contudo, ocorre limitação do cultivo com relação ao longo tempo que a planta leva

para produzir frutos em número e teor de óleo significativo; este período pode chegar a 4

anos. Além disto, há a necessidade de se obter sincronização do amadurecimento dos frutos

dentro da mesma planta, favorecendo procedimentos de colheita, que onera o custo de

produção por ocorrer mais de 4 vezes ao ano. Na área de seleção de variantes genéticos e

melhoramento da espécie, tornam-se interessantes quaisquer esforços no sentido de

sincronizar e reduzir o período de amadurecimento dos frutos.

O pinhão-manso (Jatropha curcas L.) é uma das culturas em pauta nas reuniões da

Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), que com pesquisadores e técnicos de outras unidades

Page 5: Projeto IC. 19.03.15

4

da Empresa e instituições parceiras, lançou o projeto BRJATROPHA, ("Pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação de Pinhão-Manso para Produção de Biodiesel"). O projeto,

iniciado no ano passado, conta com financiamento parcial da Finep, tem término previsto

em 2013 e vem sendo estudado para que se firme com o objetivo de, a médio prazo,

abastecer com Pinhão Manso o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel –

PNPB (Collares, 2011).

Considerando que o pinhão manso é uma cultura perene, estima-se que serão

necessários entre 2 a 5 anos para que se tenham as primeiras cultivares melhoradas e

informações científicas embasadas sobre o sistema de produção nas diversas regiões do

Brasil (Laviola, 2009)

A micropropagação é uma das técnicas mais promissoras da cultura de tecidos de

plantas in vitro, onde pequenos fragmentos de tecido vegetal, explantes, são isolados,

desinfestados e cultivados assepticamente; com o objetivo de produzir plantas idênticas à

original ou regenerar plântulas saudáveis, vigorosas e puras (Andrade, 2002). Portanto, é

uma excelente ferramenta para clonar plantas em escala comercial, além de colaborar na

realização de estudos de transformação genética, conservação de espécies vegetais e

introdução de novas variedades.

Está clara a existência de grandes desafios para que o pinhão manso possa se tornar

viável para a produção de óleo combustível. Embora seja uma espécie de múltiplas

potencialidades, existem algumas limitações na propagação in vitro; é o grande conteúdo de

látex que a torna recalcitrante para a cultura de tecidos (Sardana et al., 1998, citado por

Rajore & Batra, 2005).

2.1. Jatropha curcas Linn. – pinhão manso

2.1.1. A planta e suas utilizações.

O pinhão manso (Jatropha curcas L.) pertencente à família Euphorbiaceae (Figura

1), a mesma da mamona e da mandioca, é nativo da América tropical e é conhecido

também pelos nomes populares: pinhão-paraguaio, pinhão-de-purga, pinhão-de-cerca,

purgante-de-cavalo, manduigaçu, manduibiguaçú, figo-do-inferno, purgueira,

mandythygnaco e pinhão croá. É um arbusto/arvoreta, semidecíduo, de crescimento rápido,

cuja altura normal é dois a três metros, mas pode alcançar até cinco metros em condições

Page 6: Projeto IC. 19.03.15

5

especiais. O diâmetro do tronco é de aproximadamente 20 cm; possui raízes curtas e pouco

ramificadas, caule liso, de lenho mole e medula desenvolvida, mas pouco resistente; floema

com longos canais que se estendem até as raízes, nos quais circula o látex, suco leitoso que

ocorre com abundância em qualquer ferimento. O tronco ou fuste é dividido desde a base,

em numerosos ramos, com numerosas cicatrizes produzidas pela queda das folhas na

estação seca, as quais ressurgem logo após a primeira chuva (Cortesão, 1956; Brasil, 1985).

Figura 1- Matriz de pinhão manso (Jatropha curcas L.) selecionada em banco de germoplasma

da Fazenda Experimental de São Manuel-FCA/UNESP, Botucatu/SP.

O pinhão-manso é resistente a um alto grau de aridez, podendo ser cultivado até em

desertos. Ainda de acordo com Cortesão (1956) e Brasil (1985), as folhas do pinhão são

verdes, esparsas e brilhantes, largas e alternas, em forma de palma com três a cinco lóbulos

e pecioladas, com nervuras esbranquiçadas e salientes na face inferior. Floração monóica,

apresentando na mesma planta, mas com sexo separado, flores masculinas, em maior

número, nas extremidades das ramificações e femininas nas ramificações as quais são

amarelo-esverdeadas e diferencia-se pela ausência de pedúnculo articulado nas femininas

que são largamente pedunculadas. A florada é longa, sendo a polinização feita por abelhas

ou outros insetos, e cada inflorescência, em forma de cacho, dá origem a 10 ou mais frutos

(Cáceres, 2007).

O fruto é capsular ovóide, achatado nas extremidades, com diâmetro de 1,5 a 3,0

cm. É trilocular com uma semente em cada cavidade, formado por um pericarpo ou casca

dura e lenhosa, indeiscente, inicialmente verde, passando a amarelo, castanho e por fim

Page 7: Projeto IC. 19.03.15

6

preto, quando atinge o estágio de maturação. Contém de 53 a 62% de sementes e de 38 a

47% de casca, pesando cada uma de 1,53 a 2,85 g. O início da produção acontece por

volta do décimo mês após a plantação, mas a plenitude só é atingida por volta do terceiro

ou quarto ano, mantendo-se produtiva durante pelo menos 40 anos (Arruda et al., 2004).

A semente é oblonga, elipsóide e relativamente grande; quando secas medem de 1,5

a 2 cm de comprimento e 1,0 a 1,3 cm de largura; tegumento rijo, quebradiço, de fratura

resinosa. Debaixo do invólucro da semente existe uma película branca cobrindo a amêndoa,

albúmen abundante, branco, oleaginoso, contendo o embrião provido de dois largos

cotilédones achatados. A semente do pinhão pesa de 0,551 a 0,797 g, pode ter, dependendo

da variedade e dos tratos culturais, etc., de 33,7 a 45%de casca e de 55 a 66% de amêndoa;

é constituída, em média, de 75% de embrião e 25% de tegumento, apresenta pequena

variação de tamanho e densidade e não apresenta problemas de dormência. Nessas

sementes, segundo a literatura, são encontradas ainda 7,2% de água, 37,5% de óleo e 55,3%

de açúcar, amido, albuminóides e matérias minerais, sendo 4,8% de cinzas e 4,2% de

nitrogênio (Tideman & Hawker, 1982, citado por Rajore & Batra, 2005).

Como outros membros da família botânica, o pinhão manso é rico em material

hidrocarbonado reduzido que pode ser convertido em compostos similares àqueles

produzidos a partir do petróleo. Trata-se de um eficiente combustível substituto dos

motores a diesel e também é um ingrediente essencial para a indústria de saboaria e tintas.

Também é considerada excelente espécie para programas agroflorestais e ser usada como

cerca viva, no controle de erosões do solo, lixiviação de nutrientes e retenção de dunas de

areia (Sardana et al., 1998, citado por Rajore & Batra, 2005).

Segundo Saleme (2005), a planta de pinhão-manso cresce de forma espontânea em

solos secos, pedregosos, pouco férteis e em climas desfavoráveis à maioria das culturas

alimentares tradicionais. Apresenta raízes profundas, melhora o microclima, diminui a

erosão, fertiliza o solo com a queda de suas folhas, além de poder ser plantado em

consorciação com outras oleaginosas ou culturas de subsistência como o milho, o feijão, o

algodão e o amendoim, dentre outras. A torta residuária da extração do óleo pode ser usada

como um rico fertilizante orgânico, substituto do fertilizante químico. Desintoxicada, a

torta pode também ser transformada em ração, como tem sido feito com a torta de mamona;

e a casca dos pinhões pode ser usada como carvão vegetal e matéria-prima na fabricação de

Page 8: Projeto IC. 19.03.15

7

papel. Já o óleo produzido destina-se, quase que em sua totalidade, à fabricação de sabão. A

torta obtida a partir do albúmen contém em torno de 57% de proteína bruta, acrescida de

carboidratos, lipídeos, sais minerais e vitaminas. Ao lado do aspecto puramente quantitativo

e importante da qualidade da proteína, determinada por sua composição em aminoácidos,

tornando-se, de baixo teor de fibra, de emprego potencial na ração de monogástricos,

inclusive o homem (Silva; 2006).

2.1.2. Perspectivas da cultura.

Trata-se de uma planta de ciclo perene, que possui ótima produtividade, podendo

produzir de 1 a 6 toneladas de óleo por hectare, dependendo da idade da planta (Saleme,

2006).

Para regiões onde existem condições edafoclimáticas desfavoráveis, o pinhão-

manso vem sendo considerado uma opção agrícola viável devido às suas características

fisiológicas como a forte resistência à seca; permitindo um desenvolvimento em solos

pouco férteis e arenosos, de modo geral inaptos a outras culturas.

O resíduo da extração do óleo pode ser usado para recuperação de solos, pois é rico

em NPK e depois de desintoxicado usado como ração animal. Outro aspecto positivo é a

fácil conservação da semente após a colheita, podendo ser armazenada por longos períodos

sem os inconvenientes da deterioração do óleo como acontece com as sementes de outras

oleaginosas. Segundo Peixoto (1973), o pinhão-manso pode ser utilizado na conservação do

solo, pois o cobre com uma camada de matéria seca, reduzindo, dessa forma, a erosão e a

perda de água por evaporação, evitando enxurradas e enriquecendo o solo com matéria

orgânica decomposta.

O plantio do pinhão já é tradicionalmente utilizado como cerca viva para pastos no

Norte de Minas Gerais, com a vantagem de não ocupar áreas importantes para outras

culturas e pastagens e favorecer o consórcio nos primeiros anos, pois o espaçamento entre

plantas é grande (Purcino & Drummond, 1986). Além destes usos, o pinhão manso pode ser

utilizado para outros fins, tais como: substituição parcial do arame em cercas vivas, já que

os animais evitam tocá-lo devido ao látex cáustico que escorre das folhas arrancadas ou

feridas; e pode ser usado como suporte para plantas trepadeiras como a baunilha (Vanilla

Page 9: Projeto IC. 19.03.15

8

aromática), visto que o tronco possui casca lisa e macia; atua, ainda, como fixador de dunas

na orla marítima (Peixoto, 1973)

Na medicina doméstica, aplica-se o látex da planta como cicatrizante, hemostático e

também como purgante. As raízes são consideradas diuréticas e antileucêmicas e as folhas

são utilizadas para combater doenças de pele, sendo eficazes também contra o reumatismo

e atua como anti-sifilítico. As sementes são tradicionalmente utilizadas como purgativo

(Arruda, 2004).

Nas pequenas propriedades, onde há mão-de-obra familiar disponível, a cultura

pode se desenvolver sendo mais uma fonte de renda, não somente pelo baixo custo da sua

produção, mas também pelas características físico-químicas do óleo de pinhão-manso para

fins carburantes, conforme resumido na Tabela 1.

Tabela 1. Caracterização físico-química do óleo de pinhão-manso

Características Físico-químicas

Teor em ácidos Graxos Livres (como ácido oléico) (%) 0,96

Densidade a 25ºC (g/cm3) 0,9069

Índice de Refração a 25ºC 1,4680

Índice de Saponificação 189,0

Índice de Iodo 97,0

Insaponificáveis (%) 1,1

Índice de Peróxido 9,98

Ponto de Solidificação (ºC) <-10,0

Cor ASTN 1,0

Cinzas (%) <0,1

Poder Calorífico Superior (Kcal/kg) 9,350

Peso Molecular Médio (cromatografia gasosa) 866

Viscosidade a 37,8ºC (cSt) 31,5

CHN

Carbono 76,89

Hidrogênio 11,44

Oxigênio 11,67

Page 10: Projeto IC. 19.03.15

9

Índice de Hidroxila 76,6

Fonte: CETEC (Heiffig & Câmara, 2006).

As avaliações realizadas pela Petrobrás – CENPES no biodiesel produzido a partir

da transesterificação etílica, sob 60ºC, utilizando 1% de catalisador e 80% de etanol,

consagraram-no como de excelente qualidade, com todos os parâmetros atendendo às

normas da Agência Nacional do Petróleo – ANP, notadamente baixa viscosidade (4,8 cSt),

densidade, cor, cetano, insaturação e alto grau de pureza (Tabela 2).

Tabela 2. Propriedades do biodiesel produzido a partir do óleo vegetal de

pinhão-manso

Parâmetros Resultados

Densidade 0,89

Viscosidade 4,8 cP

Umidade 0,08% (KF)

Ésteres 100%

Cetano 54

Fonte: Petrobras/CENPES (Heiffig & Câmara, 2006).

A cultura do pinhão-manso caracteriza-se por cobrir todas as lacunas consideradas

pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e Plano Nacional de Agroenergia,

desde a inclusão social, a fixação do homem no campo, a utilização da agricultura familiar,

a abrangência de áreas menos favorecidas quanto ao solo e ao clima, até o biodiesel

produzido dentro das especificações da ANP.

Diversas Unidades Descentralizadas da Embrapa, instituições de pesquisa e

universidades do país, contando também com parceria com outros países, já estão

trabalhando no desenvolvimento de tecnologia para o pinhão manso, incluindo a criação de

bancos de germoplasma, experimentos a campo, estudos em casa-de-vegetação e em

laboratório. No entanto, por se tratar de uma planta perene, que só estabelece a produção

após o quarto ano, estima-se que serão necessários pelo menos cinco anos para que se

tenham informações mais seguras sobre a cultura (Severino, 2007).

Page 11: Projeto IC. 19.03.15

10

Na Tabela 3 são apresentados dados referentes ao percentual de óleo e a necessidade

de área de produção do pinhão-manso em comparação às culturas do algodão, da soja e da

mamona, reforçando suas características promissoras como matéria-prima para a produção

de biodiesel.

Tabela 3. Dados comparativos de quatro culturas oleaginosas para a produção

de biodiesel

Culturas Percentual de

óleo

Qtde. de grãos

necessárias para

produzir 40 mil t ano-1

de biodiesel

Área necessária

para produzir 40

mil t ano-1

de

biodiesel

Algodão 15% 266.670 126.504

Soja 18% 235.300 86.000

Mamona 48% 83.200 104.000

Pinhão-manso 38% 106.400 26.600

Fonte: Petrobras/CENPES (Heiffig & Câmara, 2006)

Considerando-se o risco de investimento baixo, o retorno rápido e o período de vida

útil da planta de pinhão-manso, produzindo sementes e, conseqüentemente Biodiesel, que é

um produto estratégico em nível mundial, a cultura demonstra ser viável e promissora no

Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel – PNPB, do governo federal (Heiffig

& Câmara, 2006).

2.2. Micropropagação in vitro do Pinhão Manso

Com o advento da biotecnologia, a técnica de micropropagação apresenta um forte

impacto sobre a produção de plantas em larga escala e centenas de protocolos foram

estabelecidos visando à produção comercial de mudas, como também a preservação de

espécies vegetais. Conforme o explante utilizado e sua subseqüente manipulação, a

micropropagação pode ser conduzida por três maneiras diversas (Grattapaglia & Machado,

1998), dentre elas, tem se destacado a multiplicação por meio da proliferação de gemas

Page 12: Projeto IC. 19.03.15

11

axilares, em diferentes espécies e cultivares comerciais (Garcia et al., 2010; Bertozzo &

Machado, 2010; Machado et al., 2009; Sartori et al., 2005).

O ápice caulinar (Figura 2) consiste do meristema apical com primórdios foliares

subjacentes e, em algumas situações, inclui as folhas emergentes que pode desenvolver-se

diretamente em parte aérea, e em meio de cultura adequado, sem passar pela fase de calo

(Grattapaglia & Machado, 1998). Uma das vantagens deste sistema é, na maioria dos casos,

a manutenção da identidade do genótipo regenerado, em virtude de as células do meristema

manterem mais uniformemente a sua estabilidade genética (Murashige, 1962).

A biotecnologia aliada a programas de melhoramento poderá auxiliar no

desenvolvimento de cultivares agronômicas e na produção comercial de mudas com alta

qualidade fitossanitária em um menor período de tempo.

Considerando que o pinhão manso é uma cultura perene, estima-se que serão

necessários entre 2 a 5 anos para que se tenham as primeiras cultivares melhoradas e

informações científicas embasadas sobre o sistema de produção nas diversas regiões do

Brasil. Para o pinhão-manso se tornar viável com a produção de óleo combustível alguns

desafios foram lançados, pois não existem cultivares, sendo que a diversidade ainda é

desconhecida. A colheita ainda é desuniforme onerando em custos de produção (Laviola,

2009).

Segundo Souza (2006), um pequeno número de explantes pode regenerar milhares

de plantas. Os clones regenerados são idênticos ou superiores fenotipicamente à planta

matriz, requerendo curto período de tempo para produção, reduzido espaço físico de

produção e constitui uma porta para eliminar patógenos, entre outros.

Figura 2- Ápice caulinar apresentando primórdios foliares

Page 13: Projeto IC. 19.03.15

12

Se a capacidade de multiplicação de brotações a partir de gemas for viável com o

pinhão manso, será extremamente interessante para a expansão comercial da cultura, pois

auxiliaria na obtenção de um estande homogêneo, a partir de matrizes promissoras

selecionadas em campo; colaborando na sincronização do amadurecimento dos frutos e

facilitando, assim, a colheita. A Figura 3 ilustra, após 45 dias de estabelecimento in vitro,

os pontos meristemáticos iniciais em gema apical inoculada em meio MS suplementado

com 2,0 mg.L-1

de BAP.

A recalcitrância em responder às técnicas in vitro, ocorrida em muitas espécies da

família Euphorbiaceae, implica em uma grande limitação a ser superada. A literatura

científica pertinente permanece obscura e os artigos não trazem descrições suficientes

acerca da obtenção do explante, composição do meio de cultura ou concentração dos

reguladores vegetais; o que torna difícil suas reprodutibilidades.

Os reguladores vegetais são substâncias que em concentrações relativamente baixas

provocam alterações fisiológicas importantes nos vegetais. Seus mecanismos de ação, em

nível molecular, permanecem ainda obscuros. Contudo, os efeitos das auxinas, cinetinas e

citocininas são importantes na diferenciação de tecidos e orgãos in vitro (Sartori et al.,

2005; Machado et al., 2009; Bertozzo &Machado, 2010; Garcia et al., 2010).

As citocininas são reguladores vegetais que participam ativamente dos processos de

divisão e diferenciação celular, particularmente em cultura de tecidos. Dentro desta classe,

o BAP (6 – Benzilaminopurina), tem se destacado para a multiplicação de partes aéreas e

indução de gemas adventícias, além de apresentar custo mais acessível em relação às

demais (Gratapaglia & Machado, 1998). Porém a Cinetina não está presente nas plantas, e

Figura 3- Ápice caulinar estabelecido in vitro e em fase de multiplicação.

Page 14: Projeto IC. 19.03.15

13

sua interação com auxina, proporciona a diferenciação de tecidos de uma determinada

cultura (Castro, 2011).

3. Objetivos

O trabalho tem como objetivo principal o desenvolvimento de protocolo laboratorial

para a micropropagação de pinhão manso (Jatropha curcas L.) a partir de gemas apicais e

axilares selecionadas de plantas promissoras do banco de germoplasma da Fazenda

Experimental de São Manuel (FCA/UNESP – São Manuel/SP). O estudo pretende também

viabilizar seleção de variantes genéticos mais produtivos, que promovam otimização do

tempo de produção das mudas, bem como sincronização do amadurecimento dos frutos,

favorecendo procedimentos de colheita.

A pesquisa pretende estudar o balanceamento de reguladores vegetais (BAP, KIN e

AIB) que poderá contribuir para o estabelecimento de protocolo para a composição de

meios de cultura específicos para a indução da micropropagação in vitro; em

complementação, serão avaliadas as condições ambientais (luz, temperatura e umidade)

ideais para cultivo in vitro e ex vitro. Os resultados poderão permitir maior rapidez na

disponibilidade de mudas uniformes do ponto de vista genético e anatômico, assépticas,

com alta qualidade nutricional e livre de contaminações endógenas por microrganismos

fitopatogênicos; características desejáveis para o setor produtivo.

4. Material e Métodos

O trabalho será conduzido nos campos experimentais, casa de vegetação e

Laboratório de Biotecnologia de Plantas do Departamento de Recursos Naturais, setor

Ciências Ambientais, da Faculdade de Ciências Agronômicas – Fazenda Lageado -

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Botucatu/SP.

4.1. Seleção de plantas promissoras, coleta de gemas axilares e apicais e

preparação do meio de cultura

Explantes serão coletados de matrizes de pinhão-manso selecionados no banco de

germoplasma instalado na Fazenda Experimental de São Manuel (FCA/UNESP – São

Manuel/SP). Na seleção das plantas matrizes serão considerados os seguintes critérios:

Page 15: Projeto IC. 19.03.15

14

precocidade da frutificação, produtividade, altura, número de ramos e resistência à

deiscência.

Será empregado o meio nutritivo basal MS (Murashige & Skoog, 1962) ,

modificado com 0,03g.L-1

de inositol, 15g.L-1

de sacarose (D+), 0,125g.L-1

de PVP

(Polivinilpirrolidona). O pH aferido em 5,8, antes da autoclavagem a 120°C e 1atm, por 20

minutos.

4.2. Obtenção de explantes e indução da brotação in vitro.

Os explantes coletados passarão pelo seguinte tratamento: 3 imersões consecutivas

em água morna e detergente não iônico por 25 minutos; em seguida, na câmara de fluxo

laminar, imersão em solução de álcool 70% por 1 minuto e permanência em hipoclorito de

sódio 2 a 3% por 15 minutos; e no final, três enxágües em água destilada e deionizada

estéril.

Após o tratamento de desinfestação, os explantes serão manipulados e inoculados

em meio nutritivo basal MS modificado e suplementado com as seguintes concentrações de

reguladores vegetais (BAP - 6-benzilaminopurina, KIN e AIB -ácido indolbutírico): 0,50

mg.L-1

de BAP (T1), 1,00 mg.L-1

de BAP (T2), 2,00 mg.L

-1 de

BAP (T3), 3,00 mg.L

-1 de

BAP (T4) e 0,5 mg.L-1

de KIN (T5); 1,00 mg.L-1

de KIN (T6), 2,00 mg.L-1

de KIN (T7),

3,00 mg.L-1

de KIN (T8); sendo que em todos os tratamentos será adicionado 0,25 mg.L-1

de AIB, conforme resumido na Tabela 4.

Tabela 4. Balanço de reguladores vegetais na pesquisa da indução da

micropropagação in vitro de pinhão manso.

Concentrações (mg.L-1

)

0,5 1,0 2,0 3,0

BA T1 T2 T3 T4

KIN T5 T6 T7 T8

As composições assim propostas serão comparadas com meio basal sem a adição de

reguladores vegetais (T0). O delineamento experimental é o inteiramente casualizado e o

Page 16: Projeto IC. 19.03.15

15

número de repetições será de 15 por tratamento, sendo cada repetição constituída por um

explante por frasco de cultura, contendo 10 ml do meio específico.

O pH será ajustado em 5,8 antes da autoclavagem a 120°C e 1atm, por 20 minutos.

As culturas serão mantidas em câmara de germinação (B.O.D.), com temperatura constante

de 27°C, inicialmente no escuro por 72 horas e, posteriormente com fotoperíodo de 16

horas de luz/8h de escuro e intensidade luminosa de 1000 lux.

4.3. Análise dos resultados

- A experimentação será monitorada através de 4 avaliações visuais da taxa de

multiplicação de brotações e número de folhas desenvolvidas em cada brotação, numa

freqüência de 15 dias, e ao final de 60 dias de cultivo.

Os resultados obtidos serão comparados estatisticamente através do programa

ASSISTAT Versão 7.6 201.1 (Silva, 2011).

5. Plano de trabalho e cronograma de execução:

O plano de trabalho encontra-se resumido no quadro de atividades/período:

Atividade/ período Descrição Resultados

1.Levantamento

bibliográfico (Julho a

Setembro/2012)

Complementação da

revisão de literatura;

manutenção do banco de

germoplasma da Fazenda São

Manuel; seleção de matrizes e

obtenção de explantes.

Complementação

e atualização das

informações deste

Projeto.

Page 17: Projeto IC. 19.03.15

16

2.Obtenção e inoculação de

explantes para o cultivo in

vitro. (Outubro a

Dezembro/2012)

Testes preliminares da

proteção antioxidante e

desinfestação de explantes para

o estabelecimento do cultivo in

vitro, elaboração de meios de

cultura e inoculação de

explantes segundo o

delineamento experimental.

Cultura primária

(“habituada”) e indução

de brotações in vitro.

3.Estudo da indução de

brotações in vitro (Janeiro a

Março/2012)

Repicagem e subcultivos

das brotações desenvolvidas in

vitro e avaliação dos resultados

parciais.

Obtenção de

protocolos para

micropropagação in vitro.

4.Análise dos resultados

(Abril a Maio/2012)

Obtenção e análise dos

resultados finais, discussão dos

resultados e conclusões.

Avaliação

conclusiva do protocolo

empregado na pesquisa.

5.Relatório Final e

Divulgação (Junho/2012)

Elaboração do relatório

final e encaminhamento de

artigo para divulgação.

Relatório final da

e divulgação da pesquisa.

6. Bibliografia

Andrade, S.R.M. Princípios da cultura de tecidos vegetais. Planaltina: Embrapa

Cerrados, 2002, 16p.

Arruda, F.P. de; Beltrão, N.E. de M.; Andrade, A.P. de; Pereira, W. E.; Severino, L.S.

Cultivo do pinhão manso (Jatropha curcas L.) como alternativa para o semi-árido

Page 18: Projeto IC. 19.03.15

17

nordestino. Revista Brasileira de Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, PB. 15: 789-

799, 2004.

Bertozzo, F.; Machado, I.S. Meios de cultura no desenvolvimento de ápices caulinares de

mamoneira (Ricinus communis L.) in vitro. Ciência e Agrotecnologia, Lavras,MG. 34:

1477-1482, 2010.

Brasil. Ministério da Indústria e do Comércio. Secretária de Tecnologia Industrial.

Produção de combustíveis líquidos a partir de óleos vegetais. Brasília: STI/CIT, 1985.

364p. (Documentos, 16).

Cáceres, D.R.; Portas, A.A.; Abramides, J.E. Pinhão-manso. 2007. Artigo em Hypertexto.

Disponível em: http://www.infobibos.com/Artigos/2007_3/pinhaomanso/index.htm.

Cortesão, M. Culturas tropicais: plantas oleaginosas. Lisboa: Clássica, 1956. 231p.

Castro, P.R.C. Hormonios Vegetais. Artigo em Hypertexto. Disponível em:

<http://pt.scribd.com/doc/3319812/Hormonios-Vegetais>.

Collares, D. Pinhão-manso: cultura para uso como fonte de energia fomenta pesquisa.

Embrapa Agroenergia. 19 abril 2011. Disponível em: <

http://www.cnpae.embrapa.br/pasta-NoticiasUd/noticiasud.2011-04-

15.6832847869/view?searchterm=brjatropha>.

Garcia, C.W; Machado, I.S; Almeida, B.O.; Arcalá, L.F.L. Balanços de fontes

nitrogenadas amoniacais e nítricas na micropropagação de curauá. Revista Brasileira de

Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, PB. 14: 125-133, 2010.

Grattapaglia, D.; Machado, M. A. Micropropagação. In: Torres, A. C.; Caldas, L. S.; Buso,

J. A., Eds., Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasília: Embrapa-

SPI/Embrapa-CNPH, 1: 183-260, 1998.

Page 19: Projeto IC. 19.03.15

18

Heiffig, L.S.; Câmara, G.M.S. Potencial da cultura do pinhão-manso como fonte de

matéria-prima para o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. In: Câmara,

G.M.S.; Heiffig, L.S. (Coord.) Agronegócio de Plantas Oleaginosas: matérias-primas

para biodiesel. Piracicaba: ESALQ/USP/LPV. p. 105 – 121, 2006.

Laviola, B. Pesquisa busca melhoramento genético do pinhão manso. Embrapa. 25 mar.

2009. Disponível em: <http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2009/marco/4a-

semana/pesquisa-busca-melhoramento-genetico-do-pinhao-manso>.

Machado, I.S.; Gomes, A.C.; Bertozzo, F.; Soriano, L.; Arcalá, L.F.L. Indução de

calogênese em meristemas de curauá in vitro. Revista Brasileira de Oleaginosas e

Fibrosas, Campina Grande, PB. 13: 89-90, 2009.

Mishra, M.; Saxena, R. P.; Pathak, R. K.; Srivastava, A. K. Studies on micropropagation of

aonla (Emblica officinalis Gaertn). Progressive Horticulture, v. 31: 116-122, 1999.

Murashige, T.S.; Skoog, F. A revised medium for rapid growth bioassays with tobacco

tissue culture. Physiol. Plant. 15: 473-97, 1962.

Peixoto, A.R. Plantas oleaginosas arbóreas. São Paulo: Nobel, 1973. 284p.

Pereira, A. M. S.; Bertoni, B. W.; Moraes, R. M.; Franca, S. C. Micropropagation of Salix

humboldtiana Hild. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2: 17-21, 2000.

Purcino, A. A. C.; Drummond, O. A. Pinhão manso. Belo Horizonte: EPAMIG, 1986. 7p.

Rajore, S.; Batra, A. Efficient Plant Regeneration via Shoot Tip Explant in Jatropha

curcas L.. J. Plant Biochemistry & Biotechnology. 14: 73-75, 2005.

Page 20: Projeto IC. 19.03.15

19

Rossetto, M. Petrobras foca aportes em novos projetos. Brasilagro; 12 ago. 2011.

Diponível em: < http://www.brasilagro.com.br/index.php?/noticias/detalhes/12/37840>.

Saleme, W.J.L. Potencial do Pinhão-Manso para o Programa Nacional de Biodiesel.

Instituto Fênix de Pesquisa e Desenvolvimento Sustentável, Brasília, 2006. 11p. In:

Potencial do Pinhão-manso para o Programa Nacional do Biodiesel. Fundação de

Estudos e Pesquisas em Administração e Desenvolvimento – FEPAD. Disponível em:

<http://www.fepad.org.br/NovoSite/%5Fdinamico/?Link=seminario>.

Sartori, A.S.A.; Machado, I.S.; Leão, A.L. & Ramos, A.A. Concentrações de BAP e

TDZ na Propagação In Vitro de Curauá (Ananas erectifolius L.B.Smith) / A Influência

Das Citocininas Sintéticas na Cultura de Tecidos. Biotecnologia - Ciência &

Desenvolvimento, Brasília, 35: 58-61, 2005.

Severino, L.S. Pinhão Manso: Verdades e Mentiras; Embrapa Algodão; 5 fev. 2007.

Disponível em: <http://www.cnpa.embrapa.br/noticias/2007/noticia_20070205.html>.

Silva, A.F.S. Pinhão Manso: Jatropha curcas. Centro de Apoio ao Desenvolvimento

Tecnológico ¬ CDT/UnB Campus UnB - Faculdade de Tecnologia. Disponível em:

<http://www.cdt.unb.br>.

Silva, F.A.S. Programa estatístico ASSISTAT Versão 7.6 – Universidade Federal de

Campina Grande, PB. Disponível em mídia eletrônica, 2011.

Soares, I.P. Processo de produção de biodiesel por rota supercrítica; Embrapa

Agroenergia. Disponível em: <www.cnpae.embrapa.br>.

Souza, A. S. Introdução a cultura de tecidos de plantas. In: Souza, A. S.; Junghans, T. G.

(Ed.) Introdução a micropropagação de plantas. 1.ed. Cruz das Almas: Embrapa

Mandioca e Fruticultura tropical, 2006, cap.1, p.11-37.

Page 21: Projeto IC. 19.03.15

20

Stein, V.C. Organogênese Direta em Explantes Caulinares de Ingazeiro (Inga vera Willd.

subsp. affinis (DC.) T.D. Penn.). Revista Brasileira de Biociências, v. 5, supl. 2, p. 723-

725, 2007.

Ungaro, M.R.G. Potencial da cultura do girassol como fonte de matéria-prima para o

Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. In: Câmara, G.M.S.; Heiffig, L.S.

(Coord.) Agronegócio de Plantas Oleaginosas: matérias-primas para biodiesel.

Piracicaba: ESALQ/USP/LPV. p. 57-80. 2006.

Botucatu, 20 de Março de 2012

____________________________________________

Henrique Curi Penna (Acadêmico)

____________________________________________

Prof. Dr. Isaac Stringueta Machado (Orientador)