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PROJETO PEDAGÓGICO
DOCURSO DE TECNOLOGIA EM
GESTÃO FINANCEIRA
CAMPUS DE CANOAS
Canoas/RS, 2018.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO __________________________________________________________________________ 3
1. OBJETIVOS DO CURSO _______________________________________________________________ 12
1.1. OBJETIVO GERAL ______________________________________________________________ 12
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS _________________________________________________________ 13
1.3. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS E ESPECÍFICAS ________________________________ 13
2. PERFIL DO EGRESSO ________________________________________________________________ 15
3. JUSTIFICATIVA DO CURSO E CONDIÇÕES OBJETIVAS DE OFERTA _____________________________ 17
4. ESTRUTURA CURRICULAR ____________________________________________________________ 22
4.1 DISCIPLINAS SEMI-PRESENCIAIS __________________________________________________ 26
4.2 GRADE CURRICUAR ____________________________________________________________ 26
5. FORMAS DE ASSEGURAR INTERDISCIPLINARIDADE ________________________________________ 27
6. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA _______________________________________ 29
7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ________________________ 30
8. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ____________________________ 37
8.1 POLÍTICAS DE PESQUISA ____________________________________________________________ 39
8.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA _________________________________________________________ 46
9. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO ___________________________ 49
10. INTERNACIONALIZAÇÃO ___________________________________________________________ 52
11. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ____________________________________________________ 56
12. CORPO DOCENTE ________________________________________________________________ 58
12.1 PERFIL DO CORPO DOCENTE DO CURSO ______________________________________________ 58
12.2 COORDENAÇÃO DO CURSO ________________________________________________________ 59
13. COLEGIADO DO CURSO ____________________________________________________________ 60
14. NDE – NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ____________________________________________ 61
15. NÚCLEO DE APOIO AOS PROFESSORES DO UNIRITTER ___________________________________ 62
16. NÚCLEO DE APOIO AOS DISCENTES __________________________________________________ 64
17. AVALIAÇÃO DO PROCESSO ACADÊMICO ______________________________________________ 65
18. COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO CURSO _______________________________________ 68
19.EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ____________________________________________________________ 70
20. INFRAESTRUTURA ________________________________________________________________ 85
ANEXOS ________________________________________________________________________________ 90
A – PLANOS DE ENSINO ___________________________________________________________________ 91
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APRESENTAÇÃO
O Centro Universitário Ritter dos Reis é portador, ainda hoje, de traços que marcaram sua
origem, há mais de 40 anos. Seu fundador, Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis, tendo uma aprimorada
formação acadêmica e sendo profundamente envolvido com a educação, idealizou e fundou as
faculdades que formam o embrião do Centro Universitário hoje existente. Na época, final da década
de 60 e início dos anos 70, a Educação Superior brasileira passava por modificações decorrentes
das pressões sociais em demanda de maior número de vagas nesse nível de ensino, permitindo a
visualização de um futuro que exigiria um maior preparo do número crescente de jovens.
Alicerçado em sua formação pessoal e profissional, no exercício da advocacia e do
magistério, o Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis começou a trajetória da Instituição em 18 de outubro
de 1971, fundando a Faculdade de Direito no município de Canoas, situado na região metropolitana
do Rio Grande do Sul.
Em 1976, considerando o surgimento de outra instituição de educação superior no município
de Canoas e a crescente necessidade de formação superior em Porto Alegre, criou na capital do
Estado, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Em nove de novembro desse mesmo ano, através
da adaptação de seu Regimento Unificado, aprovado pela SESu/MEC, as Faculdades de Direito e
de Arquitetura e Urbanismo, passaram à tipologia de Faculdades Integradas.
Em 1992, foi fundada, ainda sob a orientação do Prof. Dr. Romeu Ritter dos Reis, a
Faculdade de Educação, Ciências e Letras, instalada na sede de Porto Alegre, composta pelo
Curso de Pedagogia - com as habilitações de Administração Escolar, Orientação Educacional ou
Supervisão Escolar– e pelo Curso de Letras – com a habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas
de Língua Portuguesa.
Às habilitações do Curso de Pedagogia acima referidas, três anos depois, veio agregar-se
a habilitação de Magistério Séries Iniciais do Ensino Fundamental, desenvolvida em conjunto com
as anteriores.
A habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa oferecida pelo
Curso de Letras, também, três anos depois, deu origem a duas habilitações: Português/Inglês e
respectivas literaturas e Português/Espanhol e respectivas literaturas. Essas duas últimas
habilitações, em 2001, seriam transformadas, respectivamente, nas habilitações de Língua Inglesa
e respectivas literaturas e Língua Espanhola e respectivas literaturas, de forma a aprofundar a
formação profissional na docência dos dois idiomas estrangeiros, desenvolvendo-a isoladamente
da formação no idioma vernáculo. Nessa mesma ocasião, esse Curso voltaria a oferecer a
habilitação de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, ficando, assim, com três
habilitações.
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No que se refere à qualidade de ensino, cabe ressaltar que os propósitos educacionais e a
visão precursora das necessidades futuras já eram visíveis na proposta de autorização da primeira
faculdade instalada, na forma de um currículo precursor que contemplava disciplinas, até então
inexistentes em currículos tradicionais, capazes de renovar o curso de bacharelado em Direito,
antecipando em alguns anos exigências feitas hoje pelo MEC. As outras Faculdades
desenvolveram-se nesse mesmo padrão.
Muitos anos antes da promulgação da Lei nº 10.861/2004 que definiu o Sistema de
Avaliação da Educação Superior (SINAES), já era tradição nos cursos de graduação da Ritter dos
Reis, a permanente análise e avaliação do processo acadêmico dos cursos como um todo, visando
sua permanente realimentação, num contínuo aperfeiçoamento do desempenho dos professores e
dos alunos.
A ação educativa das Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis, tipologia adotada
à época, sempre esteve alicerçada numa missão claramente definida e voltada para uma
concepção de Educação Superior avançada para seu tempo. Essa ação desenvolveu-se na
compreensão de que na origem da problemática organizacional estão as concepções de
conhecimento, de perfil de cidadão-profissional a formar para o contexto histórico, social,
econômico, político e cultural de sua época.
Num momento de embates de ideias e reavaliação de posições no interior das Instituições
de Educação Superior, a comunidade acadêmica em formação respondeu com um avanço nas
inter-relações institucionais. A qualidade das instalações próprias, em ambos os campi, adequadas
a conceitos de organização do espaço, confortáveis e estimulantes, contribuiu para que a
comunidade acadêmica percebesse o diferencial qualitativo imprimido desde a idealização e se
sentisse motivada a investir num ensino de qualidade. O esmero na formação das bibliotecas, o
avanço tecnológico dos laboratórios de informática e demais laboratórios específicos de cursos e a
concepção dos espaços e ambientes destinados ao ensino, à pesquisa e à extensão visivelmente
ofereciam condições altamente favoráveis.
As duas faculdades originárias, Faculdade de Direito e Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, desde a sua criação, e a Faculdade de Educação, Ciências e Letras, em seus
momentos iniciais, tiveram a condução e a participação intensa de seu fundador, no cotidiano do
ensino e da administração, sempre tendo como seu braço direito o filho, Prof. Flávio Romeu
D’Almeida Reis, com formação nas áreas contábil e de Direito.
Em 1993, com o falecimento do fundador, seu filho, Prof. Flávio D’Almeida Reis, atual
Chanceler, assumiu a condução das Faculdades, na qualidade de Diretor Geral. Em decorrência, e
até em consonância com os tempos em que eclodiam novas ideias e discussões no contexto
acadêmico, uma reorganização com caráter eminentemente participativo foi se instalando sob a
condução do Prof. Flávio Romeu D’Almeida Reis. Sua gestão privilegiou a instalação de um clima
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de diálogo e de responsabilidades compartilhadas em que as diferenças de posições serviram ao
aprimoramento de todos os envolvidos e ao enriquecimento educacional.
Dessa forma, já num contexto de crescimento acelerado do ensino superior, as Faculdades
Integradas do Instituto Ritter dos Reis (FAIR) começaram a se destacar tornando visível sua face
de empreendimento educacional sério, comprometido com a participação coletiva e que se
organizava e se desenvolvia em bases sólidas.
Em 1999, foi criada a Faculdade de Administração, responsável pelo Curso de Bacharelado
em Administração ampliando a esfera de ação da Instituição. Com uma coordenação e um corpo
docente qualificado, obteve o conceito máximo na avaliação das condições de ensino com vistas à
autorização e, posteriormente, repetiu o conceito mais alto nas dimensões avaliadas, por ocasião
do seu reconhecimento.
Em 2001, igualmente com conceito máximo nas dimensões avaliadas por ocasião da
avaliação in loco, entrou em funcionamento o Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação,
da mais nova das Faculdades Integradas, a Faculdade de Informática. Esse curso, assim como os
que o haviam antecedido, repetiria esse desempenho por ocasião de seu reconhecimento.
As Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis, já com seis cursos de graduação,
estavam em um estágio de desenvolvimento que lhes assegurava condições para avançar em
direção à constituição de um Centro Universitário. A solicitação de credenciamento na nova
tipologia educacional foi feita em fevereiro do ano 2001, através de um processo organizado como
fruto de uma verdadeira ação coletiva, viabilizada pelo consenso da comunidade acadêmica em
torno dessa aspiração.
Em dezembro de 2001, as Faculdades Integradas Ritter dos Reis foram avaliadas pela
comissão composta pelos Professores Roberto Fernando de Souza Freitas, da UFMG, e Renato
Carlson, da UFSC. Essa comissão encaminhou um relatório positivo à SESu/MEC sobre a
Instituição.
As Faculdades Integradas do Instituto Ritter dos Reis permaneceram aguardando a visita
do Conselho Nacional de Educação até outubro de 2002, quando foram avaliadas pela Conselheira
Profª Marília Ancona Lopez e pelo Conselheiro Prof. Edson Nunes, ambos da Câmara de Educação
Superior desse egrégio Conselho.
O credenciamento do Centro Universitário Ritter dos Reis foi aprovado através do Parecer
CES/CNE nº 379/2002, de 21 de novembro de 2002. Nesse Parecer, a relatora, Profª Marilia
Ancona Lopez, afirmou: “trata-se de uma Instituição de inequívoca qualidade, com história
construída ao longo de 30 anos”.
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A formalização do credenciamento do Centro Universitário Ritter dos Reis ocorreu através
da Portaria SESu/MEC nº 3.357, de 5 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União
nº 236, de 6 de dezembro de 2002.
Já dentro das ações previstas no seu primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
o Curso de Pedagogia passou a desenvolver-se também no turno da noite, iniciando o
funcionamento noturno de cursos de graduação da Instituição. Esse curso também inaugurou na
Instituição uma proposta pedagógica arrojada, sem a compartimentalização dos departamentos e
alicerçada no desenvolvimento de eixos temáticos semestrais, articuladores, no currículo, da
interdisciplinaridade e da integração teoria/prática construída através da existência, em todos os
eixos, das disciplinas de pesquisa em educação, previstas do início ao fim do curso. A exemplo do
Curso de Pedagogia, outros cursos de graduação adotaram eixos temáticos interdisciplinares como
forma de organização curricular, além de estenderem seu funcionamento para o noturno, indo ao
encontro da necessidade dos alunos que precisam trabalhar durante o dia.
No segundo semestre de 2002, foi a vez da criação do Curso de Bacharelado em Design,
da unidade universitária do mesmo nome, entrar em funcionamento no vespertino/noturno, com
uma proposta pedagógica arrojada, envolvendo duas habilitações: Design Gráfico e Design de
Produto.
Os Cursos de Letras, de Administração e de Sistemas de Informação sucessivamente em
2002, 2003 e 2004, passaram a desenvolver-se também no noturno. O Curso de Arquitetura e
Urbanismo, por sua vez, a exemplo do Curso de Design, passou a funcionar também no
vespertino/noturno.
Na unidade de Canoas, o Curso de Direito também ampliou seu funcionamento,
estendendo-o para os turnos da tarde e da noite. Conforme a previsão feita no PDI, no segundo
semestre de 2003, iniciou, na sede do UniRitter, o funcionamento do Curso de Direito de Porto
Alegre, pela manhã e à noite. Até então esse curso existia somente na unidade de Canoas.
Conforme a previsão feita no PDI, no segundo semestre de 2003 iniciou, na sede do
UniRitter, o funcionamento do Curso de Direito de Porto Alegre, pela manhã e à noite. Até então
esse curso existia somente na unidade de Canoas.
Em 2007/1, com respaldo no PDI 2000/2006, foi aberto o Curso Superior de Tecnologia em
Gestão Financeira, na Faculdade de Administração, e o Curso Superior de Tecnologia em Análise
e Desenvolvimento de Sistemas, na Faculdade de Informática, ambos funcionando pela manhã e
rigorosamente adequados ao Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia do
MEC/SETEC. Entretanto, em razão da demanda, apenas o Curso Superior de Tecnologia em
Análise e Desenvolvimento de Sistemas segue sendo ofertado.
Nesse mesmo semestre, houve a implantação de nova habilitação na Faculdade de Design:
Design de Moda, que também recebeu a aceitação da comunidade em que se insere o campus de
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Porto Alegre. O Curso foi devidamente reconhecido em novembro de 2010, tendo obtido nota 4 na
avaliação in loco. Diante da demanda, os três Cursos (e a partir de 2010, não mais habilitações) da
Faculdade de Design passaram a ser ofertados nos turnos manhã e noite.
Neste ano, foi concluído o processo de Recredenciamento do Centro Universitário Ritter dos
Reis, conforme consta na Portaria n. 809/2010, publicada no diário oficial em 21 de junho de 2010.
Além das conquistas mencionadas, o ano de 2010 foi muito importante para o UniRitter em
razão do anúncio, no mês de novembro, da celebração de uma aliança estratégica com a Laureate
International Universities, maior rede de instituições de ensino superior no mundo, com o objetivo
de manter o alto nível de ensino e dos serviços já oferecidos, além de criar ambiente sustentável
para a transformação do Centro Universitário em Universidade, sonho acalentado pela comunidade
acadêmica. A referida aliança foi pactuada com a rede Laureate em razão da semelhança entre
suas filosofias em um aspecto fundamental: a qualidade da educação que oferece aos seus
estudantes.
Outra característica importante da atuação da rede Laureate que culminou na aliança foi o
respeito à cultura de cada IES a ela pertencente, o que fica caracterizado com a manutenção do
corpo de dirigentes acadêmicos já atuantes, bem como da proposta pedagógica da instituição como
um todo e de seus cursos de graduação e de pós-graduação.
No ano comemorativo de seus 40 anos de atuação, o UniRitter passou a ofertar à
comunidade acadêmica importantes diferenciais, que estão na essência da rede Laureate como,
por exemplo, a possibilidade de seus estudantes e professores realizarem atividades de
intercâmbio nos 25 países em que está presente. A internacionalização passa a ser parte do
cotidiano do UniRitter, essencial para o mercado de trabalho globalizado atual.
Nesse interim, mais dois novos cursos foram aprovados pelo Conselho Superior do
UniRitter. Em outubro de 2010, foi aprovada a abertura do Curso de Engenharia Civil. Tal decisão
foi tomada diante da necessidade social diuturnamente constatada pela falta de profissionais da
área e da expertise do UniRitter em seu Curso de Arquitetura e Urbanismo, fundado em 1976.
O outro Curso aprovado, no ano de 2010, por nosso Conselho Superior, foi o de Relações
Internacionais, que se iniciou no ano de 2011, nos turnos manhã e noite.
No ano de 2011, o Conselho Superior do UniRitter aprovou a criação de mais 6 Cursos de
Graduação, que iniciaram seu funcionamento em 2012, no campus de Porto Alegre: Engenharia
Mecânica e Engenharia de Produção; Jornalismo e Publicidade e Propaganda e Fisioterapia e
Biomedicina.
O segundo semestre de 2012 foi marcado pela oferta dos cursos de Design de Games
Superior de Tecnologia em Jogos Digitais, em Porto Alegre. O campus de Canoas iniciou a oferta
dos Cursos Superiores de Tecnologia em Marketing e Gestão de Recursos Humanos.
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Assim como em 2012, visando consolidar as áreas de Ciências da Saúde e Engenharias, o
ano de 2013 ofertou sete cursos novos. Na área da saúde, destaca-se a oferta dos Cursos de
Farmácia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia e Medicina Veterinária. Em se tratando da
Engenharia, a Faculdade contou com a oferta dos cursos de Engenharia Química, Engenharia
Elétrica e Engenharia Ambiental e Sanitária.
Ainda em 2013, destaca-se a oferta do Curso de Administração no campus de Canoas. Em
Porto Alegre, os Cursos de Ciências Contábeis e Ciência da Computação iniciaram seu
funcionamento.
No final deste ano, a Instituição aprovou, em reunião de Conselho Superior, a oferta de uma
nova modalidade de cursos no UniRitter, Trata-se da proposta de implantação dos cursos técnicos
vinculados ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), ofertados
a partir de 2014. Todos os cursos ofertados possuem áreas correlatas existentes na graduação, a
exemplo dos cursos pertencentes à Faculdade de Administração, Design, Arquitetura e Informática.
Em 2014, a instituição agregou mais um Curso à Faculdade de Comunicação, por meio da
oferta de Relações Públicas, e mais um Curso à Faculdade de Engenharia, o Curso de Engenharia
de Controle e Automação. No campus de Canoas, passaram a ser oferecidos nesse mesmo período
os cursos de Engenharia Civil e Enfermagem.
Também no ano de 2014, o UniRitter ampliou suas atividades, ao fundar um novo campus,
Campus Fapa, o qual pretendeu atender à demanda por educação superior de qualidade na Zona
Norte de Porto Alegre. Neste campus, situado na Av. Manoel Elias, 2001, bairro Alto Petrópolis,
encontra-se uma infraestrutura compatível com o nível dos demais campi da instituição. A partir do
ano de 2015, passaram a ser oferecidos neste campus os cursos de Arquitetura e Urbanismo,
Design de Moda, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, História, Letras Português, Pedagogia,
Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Análise e Desenvolvimento de Sistema, Ciências da
Computação, Administração, Ciências Contábeis, Gestão de Recursos Humanos, Marketing e
Relações Internacionais, Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia e Medicina Veterinária, vinculados
à Faculdade de Ciências da Saúde.
Ainda no ano de 2015, passou-se a oferecer os cursos Ciências da Computação, Arquitetura
e Urbanismo, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Fisioterapia no campus de Canoas.
A partir das considerações anteriores, entende-se que o compromisso que assume, em sua
missão, com o desenvolvimento humano sustentável, entendido como desenvolvimento social,
cultural, tecnológico, ambiental e humano, é motivo de implementação de programas, de projetos
e de atividades constante e crescentemente voltados para esse fim.
A ação educativa do UniRitter sempre esteve alicerçada numa missão claramente definida
e voltada para uma concepção de Educação Superior avançada para seu tempo. Essa ação
desenvolveu-se na compreensão de que, na origem da problemática organizacional, estão as
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concepções de conhecimento e de perfil de cidadão-profissional a formar para o contexto histórico,
social, econômico, político e cultural de sua época.
Ao longo de seus mais de 40 anos de existência, o UniRitter investiu fortemente na formação
das bibliotecas, no avanço tecnológico dos laboratórios de informática e nos demais laboratórios
específicos de cursos. Dessa forma, constata-se que o seu crescimento quantitativo em relação ao
número de cursos ofertados foi acompanhado, qualitativamente, pela construção de espaços e
ambientes destinados ao ensino, à pesquisa, à extensão e à pós-graduação. Esses avanços
culminaram na nota máxima obtida no processo de recredenciamento realizado no ano de 2015.
Ainda, em todas as suas épocas de funcionamento, a Instituição pautou a abertura de seus
cursos por estudos acerca do mercado de trabalho e das necessidades educacionais de Porto
Alegre, Canoas e região metropolitana, de forma a assegurar a adequada inserção regional do
UniRitter, cumprindo, assim, com seu compromisso para com as comunidades onde atua.
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira
Atualmente, considerando às transformações da sociedade, percebe-se que as pessoas
estão cada vez mais sendo exigidas, tanto em mudanças de comportamento e atitudes, quanto na
vida profissional. Dessa forma, o conhecimento científico e tecnológico passa a ter uma importância
cada vez maior na vida profissional e particular das pessoas, o que as leva a buscar uma educação
qualitativamente melhor, para ampliar suas chances profissionais e sociais.
É inquestionável a importância da Educação, principalmente a Superior, na caminhada em
busca do desenvolvimento das nações. Os países que investiram maciçamente em educação — e,
por consequência, em Ciência e Tecnologia — elegendo esta perspectiva como prioridade
estratégica, que estão entre os mais desenvolvidos ou em célere processo de crescimento.
Exemplos mais recentes são a Coréia do Sul e a China.
No Brasil, ainda existe espaço para crescimento na educação, sendo necessário reduzir a
evasão escolar em todos os níveis, melhorar o ensino médio tornando-o mais atrativo para os
jovens, assim como proporcionar uma educação superior que favoreça a globalização, permitindo
uma melhor relação entre professores e alunos, além da orientação para o mercado de trabalho.
Para aumentar as possibilidades no âmbito profissional, a educação é um elemento
essencial, em especial a superior. E para tanto, às instituições de ensino que oferecem cursos
superiores precisam estar preparadas para atender a demanda da população que busca
qualificação.
Desta forma, a UniRitter, instituição privada de educação superior, proclama ser a educação
um bem público, ferramenta indispensável ao desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira
no início do século XXI. Afirma-se, além disso, a responsabilidade social como uma das prioridades
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de todas as atividades educacionais desenvolvidas. A UniRitter assume, integralmente, um projeto
educacional voltado à pessoa humana, o que supõe o reconhecimento de todas as dimensões da
mesma.
A concepção relacional dos cursos da UniRitter volta-se, prioritariamente, para o contexto da
região, o que acabou por contemplar e solidificar um olhar voltado para o desenvolvimento urbano
do município de Porto Alegre. Ressalte-se, em tal quadro, a ideia de desenvolvimento humano
sustentável, que permeia o ensino, a pesquisa e a extensão.
Cabe mencionar a Missão do UniRitter:“Expandir a experiência acadêmica, desenvolvendo
pessoas para transformar o mundo. “
Essa Missão, enraizada no presente, projeta, para o futuro, a visão do Centro Universitário,
sendo ela:“Ser reconhecida pela educação transformadora de qualidade, aliando inovação,
internacionalidade e responsabilidade social. ”
Neste contexto, o Curso de Tecnologia em Gestão Financeira do Centro Universitário Ritter
dos Reis, organizado no campus Canoas, reúne e visa a desenvolver as melhores características
desta instituição de ensino superior. Tendo por lastro uma história de trabalho educacional honesto
e competente, o Centro Universitário Ritter dos Reis é reconhecido por certas qualidades: tradição,
solidez, seriedade e capacidade de inovação.
O catálogo Nacional dos Cursos Superiores de tecnologia, no eixo tecnológico de GESTÃO
E NEGÓCIOS compreende às seguintes questões: “tecnologias associadas a instrumentos,
técnicas, estratégias e mecanismos de gestão. Abrange planejamento, avaliação e gestão de
pessoas e de processos referentes a negócios e serviços presentes em organizações e instituições
públicas ou privadas, de todos os portes e ramos de atuação; busca da qualidade, produtividade e
competitividade; utilização de tecnologias organizacionais; comercialização de produtos; e
estratégias de marketing, logística e finanças”.
Além disso, os princípios norteadores da Educação Profissional de Nível Tecnológico,
enunciados pelo Artigo 3º da LDB para toda a Educação Escolar, são:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
III. pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
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VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extraescolar;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
A Educação Profissional de Nível Tecnológico, além dos princípios gerais enunciados
pelo artigo 3º da LDB deverá ainda:
a. Incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão do
processo tecnológico, em suas causas e efeitos.
b. Incentivar a produção e a inovação científico-tecnológica, e suas respectivas aplicações
no mundo do trabalho.
c. Desenvolver competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, para a gestão
de processos e a produção de bens e serviços.
d. Propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais
resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias.
e. Promover a capacidade de continuar aprendendo e de acompanhar as mudanças nas
condições do trabalho, bem como propiciar o prosseguimento de estudos em cursos de pós-
graduação.
f. Adotar a flexibilidade, a interdisciplinaridade, a contextualização e a atualização
permanente dos cursos e seus currículos.
g. Garantir a identidade do Perfil Profissional de conclusão do curso e da respectiva
organização curricular.
O Curso de Tecnologia em Gestão Financeira, sem esquecer que a ideia de
desenvolvimento humano sustentável não ignora o caráter dialético das relações local/global,
pretende articular-se nas comunidades mais próximas onde se inserem seus campi, contribuindo
para a solução dos problemas específicos Canoas por meio de:
colaboração direta para com sua educação básica;
exercício de uma orientação profissional e vocacional consistente em termos de carreiras;
ação educativa na graduação voltada para as necessidades de profissionais da localidade
e desenvolvida como formação profissional inicial competente, compromissada com
valores e atitudes éticas individuais e sociais e com a ideia de formação permanente;
pesquisas que ofereçam um mapa concreto em termos de diagnóstico da realidade local
e suas necessidades, que busquem elementos para uma resposta a essas necessidades
em termos de conhecimentos, de ressignificação cultural, de inovação técnica e
tecnológica e de produção intelectual institucionalizada científica, tecnológica e artística.
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Porto Alegre e sua região metropolitana é a maior economia do Rio Grande do Sul. O espírito
empreendedor de seu povo o conduziu para um progresso sustentável, pois o município detém,
hoje, um lugar de destaque no Índice de Desenvolvimento Humano. Isso significa que o crescimento
da região não prejudicou a qualidade de vida de seus cidadãos. Não há desenvolvimento sem
qualidade de vida. Especificamente o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira é
orientado a uma especificidade diferenciada, que vem agregar valor, pois alia o conhecimento à
prática, levando a comunidade à reflexão do seu próprio fazer para, analiticamente, aprimorar os
passos já dados ou a serem dados nesta área do conhecimento.
Percebe-se que o acesso à educação superior é um tema importante e complexo, e também
está relacionado com a melhoria no acesso ao ensino fundamental e médio.
O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi atualizado a partir das disposições do Projeto
Pedagógico Institucional (PPI), parte integrante do Plano de Desenvolvimento Institucional
2017/2020.
O presente Projeto Pedagógico incorpora os principais caracteres da missão propugnada
pelo Centro Universitário Ritter dos Reis e pela Laureate International Universities das visões por
elas projetadas e, em sintonia com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a interdisciplinaridade,
a integração entre teoria e prática e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, tanto
como princípio pedagógico no desenvolvimento do currículo como em nível institucional, constituem
as metas do currículo pleno.
1. OBJETIVOS DO CURSO
1.1. OBJETIVO GERAL
Considerando a missão da Instituição que é expandir a experiência acadêmica,
desenvolvendo pessoas para transformar o mundo, com base no Plano de Desenvolvimento
Institucional, o curso de Tecnologia em Gestão Financeira tem como objetivo geral ensejar
condições para que o futuro profissional seja capaz de usar métodos e técnicas de gestão na
formação e organização empresarial de pequenas e médias empresas, podendo atuar também em
empresas de grande porte, considerando uma análise das condições do mercado atual,
desenvolvendo suas atividades de maneira ética e sustentável. Para além disso, ter enfoque
empreendedor em diferentes processos de gestão nos níveis estratégico, tático e operacional. Bem
como assegurar a capacitação técnica e comportamental necessária para uma atuação profissional
efetiva, sempre pensando no desenvolvimento organizacional e da sociedade.
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1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Na perspectiva definida pelos objetivos gerais, o Curso Superior de Tecnologia em Gestão
Financeira busca, especificamente:
Desenvolver atividades acadêmicas voltadas ao conhecimento dos problemas sociais do contexto geográfico do Curso, especialmente por meio da extensão comunitária e da pesquisa;
Analisar os cenários das pequenas e médias empresas;
Ler, interpretar e articular dados e informações que deem suporte aos processos decisórios;
Conceber, executar, avaliar resultados e aperfeiçoar projetos, considerando o mercado e a legislação a que estão subordinadas as pequenas e médias empresas;
Desenvolver o pensamento estratégico e sistémico para o entendimento do mercado e estruturas da organização sendo preparado para solucionar problemas de ordem financeira.
Orientar o negócio pelo e para o cliente das pequenas e médias empresas;
Analisar dados empresariais para formulação de diagnósticos sobre crescimento de uma determinada empresa;
Capacitar ao trabalho em equipe, gerenciando pessoas e desenvolvendo pensamento crítico;
Criar diferenciais competitivos para a organização utilização técnicas e metodologias financeiras.
Preparar profissionais para elaborar e implementar planos de negócio, desenvolver projetos que envolvam diferentes áreas da empresa, conduzir negociações e tomar decisão em diferentes contextos econômicos, políticos, culturais e sociais.
Preparar profissionais que sejam qualificados, além de cidadãos éticos dotados de uma racionalidade substantiva e funcional, conhecimentos, competências, habilidades e atitudes, que lhes tornem capazes de interpretar adequadamente e responder com eficácia, à heterogeneidade das demandas da profissão e adaptáveis ao acelerado processo de mudança enfrentado pelas organizações contemporâneas, cultivando uma abordagem sócio-técnica-valorativa.
1.3. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS E ESPECÍFICAS
Considerando o objetivo geral e objetivos específicos do Curso Superior de Tecnologia em
Gestão Financeira em consonância com a missão institucional, apresenta-se ainda as
competências e habilidades gerais, bem como as competências e habilidades específicas do
egresso do referido curso.
Competências e Habilidades Gerais
Compreender e acompanhar o desenvolvimento social;
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Compreender o trabalho como atividade humana, como dinâmica de intervenção e transformação do mundo;
Desenvolver processos de gestão na formação e organização empresarial, utilizando-se
de conhecimentos cientificamente embasados, tecnicamente capacitado, com uma visão
crítica e humanística, com capacidade empreendedora e administrativa, dinâmica e
inovadora, para atuar em equipe e com comportamento ético pautado em ações proativas
com responsabilidade social e ambiental;
Compreender que a formação exige rigor e cientificidade, concebidos em uma perspectiva
ética de liberdade e autoridade.
Competências e Habilidades Específicas
I - Elaborar, implementar, controlar e avaliar:
a) Estrutura organizacional e funções financeiras;
b) Planejamento Financeiro e Orçamentário;
c) Controladoria;
d) Plano macroeconômico.
e) Planejamento Estratégico – nível Financeiro.
II - Analisar:
a) Demonstrativos financeiros;
b) Viabilidade econômica financeira;
c) Gestão orçamentária;
d) Modelos de Gestão Financeira.
III - Identificar e interpretar:
a) Tendências de Mercado, Inovação e Tecnologia;
b) Oportunidades de negócio;
c) Tamanho e potencial de mercado;
d) Mercados Financeiros e de Capitais.
IV - Conhecer e aplicar:
a) Técnicas de análise do ambiente organizacional e competitivo;
c) Técnicas de segmentação de mercado;
d) Técnicas de análise econômico-financeira organizacionais;
e) Técnicas de Metodologia de Custos e Formação de Preços
f) Técnicas de Finanças a Longo Prazo.
15
g) Técnicas de contabilidade gerencial.
2. PERFIL DO EGRESSO
O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UniRitter pretende que os egressos de todos os
cursos de graduação do Centro Universitário sejam profissionais e cidadãos capazes de
compreender e atuar com vistas à transformação da sociedade em que vivem, com condições de
responder aos desafios da sociedade contemporânea no contexto da globalização e com
conhecimentos, competências e habilidades específicas de suas respectivas profissões.
É fundamental que o aluno tenha competência para realizar a análise técnica de
situações e de contextos específicos, considerando as condições conjunturais envolvidas e suas
implicações culturais, econômicas e sociais e atuando em equipes multiprofissionais e em
colaboração com profissionais de áreas afins.
O perfil do egresso pretendido para o Curso de Tecnologia em Gestão Financeira é
plenamente coerente com o perfil pretendido no PPI, com os objetivos do curso, atendendo, de
forma clara e coerente, às necessidades sociais de Porto Alegre.
Portanto, com a rápida revolução tecnológica e com as mudanças pelas quais está passando
a sociedade, é necessária a formação de um profissional com a característica de adaptação
constante às novas situações nas quais está inserido. É preciso que o mesmo tenha uma bagagem
altamente qualificada, que seja polivalente, e reúna condições de criatividade, de especificidade, de
participação, de liderança, de cooperação; que saiba trabalhar em equipe seja flexível e
comunicativo e que tenha o conhecimento que advém de uma sólida formação cultural
considerando-se que, este, seja voltado para o desempenho ético de suas funções e a
sustentabilidade da sociedade.
Dessa forma, o Curso de Tecnologia em Gestão Financeira encontra-se em sintonia com
a necessidade atual do mercado e da sociedade, e em consonância com as Diretrizes Curriculares
para a Educação profissional de Nível Tecnológico e às premissas estabelecidas na Educação
Nacional, possibilitando um futuro profissional com senso crítico, estando em condições de
responder aos desafios da sociedade contemporânea.
Busca-se ainda, formar um profissional que tenha as características gerais apontadas
pelo UniRitter como indispensáveis aos os egressos de todos os seus cursos:
(a) Compromisso com a competência, através de uma qualificação técnico-científica,
advinda da apropriação da teoria, do saber que lhe permite situar-se na totalidade, ligar a teoria à
prática e agir de forma interdisciplinar;
16
(b) Sólida formação sócio-política, no sentido de obter a necessária consciência social, que
lhe dê a dimensão do significado da educação na vida social concreta e lhe permita tornar
operacional o conceito de efetividade;
(c) Sólida formação filosófica que lhe permita uma reflexão antropológica, filosófica e ética
da educação do nosso tempo.
Quanto a formação específica do Tecnólogo em Gestão Financeira, o Catálogo Nacional
de Cursos Superiores de Tecnologia (MEC, 2016, 3. Ed., p. 48) define que o futuro profissional ao
concluir o curso apresente o seguinte perfil:
Analisar e avaliar o ambiente interno e externo e formula objetivos e estratégias gerenciais.
Planejar, projetar, gerenciar e promover os processos organizacionais e os sistemas da organização.
Desenvolver e gerenciar processos logísticos, financeiros e de custos.
Otimizar os recursos da organização, por meio de melhorias nos processos.
Promover a gestão e governança por processos e consequentemente o desenvolvimento de sistemas, a gestão do conhecimento, o redesenho e a melhoria.
Promover a mudança organizacional planejada.
Vistoriar, realizando perícia, avaliar, emitindo laudo e parecer técnico em sua área de formação.
Afirma-se, nesse sentido, que o egresso do Curso Superior em Tecnologia de Gestão
Financeira deve transcender a formação específica definida anteriormente,tendo,ao final do curso,
construído como características específicas:
(a) Uma postura adaptável em termos de conhecimento e motivação, para conquistar seu
espaço em um mundo crescentemente competitivo, com condições de tratar de situações diversas
nos vários segmentos de atuação do contador;
(b) Uma sólida formação técnica, ética e humanista, através de uma visão sistêmica que
permite compreender as organizações como um todo, no contexto cultural, social e econômico
onde atua que lhe permita atuar com capacidade de entendimento pleno das questões da
produção e do gerenciamento qualitativo e adequado, além de revelar condições de adquirir novas
informações;
(c) Um espírito empreendedor, gerando, ele próprio, novos negócios e novas organizações.
De outra parte, a partir dos objetivos preconizados para o Curso Superior de Tecnologia
em Gestão Financeira, das características gerais e específicas, além dos aspectos apresentados
para a formação específica pretendidas para os egressos do Curso, relatadas anteriormente,
assim como da estrutura curricular programada, podem ser destacadas como perspectivas e
possibilidades de inserção profissional do egresso:
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(a) Atuação em Empresas de planejamento, sendo capaz de traduzir as necessidades
organizacionais e compreender e interpretar os cenários que possam influenciar e afetar as
relações das organizações com o mercado regional e global, além do desenvolvimento de
projetos, assessoramento técnico e consultoria;
(b) Desenvolvimento de atividades em empresas em geral, sendo da indústria, comércio e
serviços, notadamente nos diversos campos de atividade na qual o profissional pode desenvolver
suas funções, podendo atuar de forma específica e com competência, em vários setores da gestão
empresarial, assumindo cargos operacionais, de chefia e gerências;
(c) Aptidões para atuação em Institutos e Centros de Pesquisa, assim como em Instituições
de Ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente.
(d) Construção de negócios próprios ou de terceiros, atuando como profissional capaz
para, através de uma formação empreendedora, conceber negócios, ajustar compromissos
organizacionais; desenvolver empresas, entre outras atividades de criação e/ou concepção de
organizações.
(e) Utilização de diversos recursos e tecnologias para o desenvolvimento de projetos,
gestão e promoção dos processos organizacionais e os sistemas de organização, sendo capaz de
analisar e avaliar o ambiente interno e externo, além de otimizar os recursos da organização por
meio de melhorias nos processos, promovendo a mudança organizacional planejada.
Portanto, as possibilidades de inserção profissional do egresso do Curso de Tecnologia em
Gestão Financeira, num cenário político, social, econômico e tecnológico da atualidade (e do futuro)
são promissoras, uma vez que todas as organizações sejam elas micros, pequenas, médias e
grandes, privadas ou públicas, dos setores industrial, comercial e de serviços necessitam de
profissionais habilitados na área de gestão, competentes e éticos e, por que não dizer, aptos para
atuarem como agentes de transformações de uma estrutura organizacional tradicional para uma
organização que tenha condições de atender aos desafios dos novos tempos. Neste contexto, este
Projeto Pedagógico do Curso de Tecnólogo em Gestão Financeira do UniRitter tem a pretensão de
possuir todos os elementos capazes de dotar os acadêmicos de uma sólida formação.
3. JUSTIFICATIVA DO CURSO E CONDIÇÕES OBJETIVAS DE OFERTA
A criação do curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, inicia suas atividades no
campus de Canoas no segundo semestre de 2018, e demonstra o comprometimento do Centro
Universitário Ritter dos Reis com a responsabilidade e desenvolvimento social, oferecendo à
comunidade de Canoas uma formação em uma profissão que cria condições para que as
18
organizações melhorem seus processos, promovendo a gestão e governança por processos, assim
como a gestão do conhecimento e melhorias.
Quanto aos objetivos gerais do Curso Superior de Tecnólogo em Gestão Financeira,
constata-se uma intensa relação entre o previsto no PPC do Curso e o disposto no Plano de
Desenvolvimento Institucional do UniRitter (PDI). O Curso, ao incentivar o acadêmico à atuação e
um papel transformador da sociedade, promove a missão institucional de construir, disseminar e
compartilhar o conhecimento para formar cidadãos éticos, profissionais qualificados e
comprometidos com o desenvolvimento sustentável Nesse sentido, o Curso visa promover a
formação de profissionais qualificados, que reúna condições de criatividade, de especificidade, de
participação, de liderança, de cooperação; que saiba trabalhar em equipe seja flexível e
comunicativo e que tenha o conhecimento que advém de uma sólida formação cultural
considerando-se que, este, seja voltado para o desempenho ético de suas funções e a
sustentabilidade da sociedade.
A seguir, encontram-se as condições atuais de oferta do Curso:
- Vagas anuais: 100 (noturno: 100)
- Carga Horária Total: 1750h/r
- Disciplinas obrigatórias: 1750 h/r
- Atividades Complementares: 100h/r
- Integralização Curricular: Duração mínima: 2 anos; Duração máxima: 4 anos
De acordo com o art. 2º da Resolução CNE/CES 10, de 16 de dezembro de 2014, as
Instituições de Educação Superior deverão estabelecer a organização curricular para cursos de
Gestão Financeira por meio de Projeto Pedagógico, com descrição do perfil profissional esperado
para o formando, em termos de competências e habilidades, componentes curriculares integrantes,
sistemas de avaliação do estudante e do curso, entre outros aspectos que permitam um Projeto
consistente.
Com base nos aspectos anteriormente mencionados e considerando a proposta de formar
tecnólogos em Gestão Financeira com visão generalista e empreendedora, preparando o futuro
profissional para promover a investigação, por meio de uma visão global do ambiente econômico-
financeiro empresarial, apresentam-se a seguir os diferenciais do Curso:
a) Estrutura curricular compatível com as necessidades do mercado de trabalho da área,
contemplando disciplinas necessárias para que o estudante conheça a realidade da profissão e
valorize conhecimentos que atendem às mudanças que vêm ocorrendo na Gestão Financeira. São
oferecidas ainda disciplinas que exploram as políticas ambientais, como é o caso de Fundamentos
de Economia, Fundamentos da Administração, Direito empresarial, contabilidade, controladoria,
que possibilitam aos alunos uma oportunidade para discussão sobre os referidos assuntos.
19
b) Articulação entre teoria e prática, envolvendo processos fiscais, societários e gerenciais
por meio de ações em que se destacam as articulações entre as disciplinas de formação profissional
e as disciplinas de formação teórico-prática, unindo os interesses de conteúdo acadêmico com a
prática em processos fiscais, societários e gerenciais. A disciplina de Prática Profissional e o
Estágio Curricular Supervisionado são exemplos que permitem a aplicação prática dos
conhecimentos dos estudantes.
c) Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, buscada por meio de projetos
realizados pelos estudantes com a orientação de professores, na qual os mesmos desenvolvem
atividades que fazem a integração entre ensino, pesquisa e extensão.
d) Incorporação da tecnologia ao ambiente de aprendizagem. A disciplina de Sistema de
Informações Gerenciais é desenvolvida com a utilização de um sistema de tecnologia, na qual os
estudantes desenvolvem atividades utilizando um sistema de software.
e) Incentivo aos intercâmbios com instituições da Rede Laureate International Universities,
promovendo o contato com outras experiências, o que vai ao encontro das modificações pelas quais
a profissão vem passando. Também são propostas possibilidades de intercâmbio e a oportunidade
dos estudantes obterem uma dupla titulação, com certificação por uma Instituição de Ensino
Internacional.
Após a apresentação da justificativa pedagógica do Curso, cumpre destacar a sua
relevância na região em que está inserido. Desta justificativa pedagógica, cumpre destacar a sua
relevância na região em que está inserido, sendo ofertado em Canoas, localizada na Região
Metropolitana de Porto Alegre. O município possui população aproximada de 340.000 habitantes,
residente em uma área de 131.096 km², conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2014); possui renda per capita anual de cerca de 51 mil reais; tem PIB de cerca de R$ 16
bilhões representando cerca de 6% do PIB de todo o estado do Rio Grande do Sul; conta com
aproximadamente 18 mil empresas divididas em: micros (83,5%), pequenas (13%) e médias (2%)
e grandes (1,5%), dessas, 47% são estabelecimentos comerciais, 38% desenvolvem serviços e
15% são indústrias, segundo o SEBRAE (2013) e o IBGE (2013) e o Diário de Canoas (2013). Até
o ano de 2012, a cidade contava com 11.976 estudantes matriculados no ensino médio, o que
representa um grande potencial de absorção no ensino superior (IBGE, 2012).
O Estado possui 496 municípios, situados em zona urbana ou rural. Entre os principais, com
altos índices de densidade demográfica e participação na composição econômica do Estado, estão:
a capital Porto Alegre; Canoas e Novo Hamburgo (na região metropolitana); Caxias do Sul (principal
cidade do pólo metal mecânico na região serrana); Santa Maria (no centro do Estado); Pelotas e
Rio Grande (Sul do Estado); Passo Fundo; Rio Grande e Uruguaiana (na fronteira com a Argentina).
20
A seguir é apresentado um mapa temático do RS – elaborado pela Fundação de Economia
e Estatística (FEE)1 – em que o tamanho da população de cada município é proporcional ao
diâmetro dos círculos. É possível identificar que a capital de Porto Alegre e sua região metropolitana
possuem a maior concentração populacional do Estado.
Figura 1: População total, por municípios, no Rio Grande do Sul. Fonte: FEE (2010).
Em se tratando de indicadores educacionais, no Brasil o acesso ao Ensino Médio ainda é
reduzido e grande parte da população não conclui este nível de escolaridade. A necessidade de
aumentar a escolarização, devido às exigências do mercado de trabalho, tem levado à escola um
grande número de alunos. Em 2009, a taxa de frequência líquida do ensino médio (população
brasileira com idade entre 15 e 17 anos que frequentava o ensino nesse nível) era de 50,9%2. No
RS este percentual era 53,1% e na região Metropolitana de Porto Alegre 52,4%.
No Rio Grande do Sul, no ano de 2010 havia 2.471.334 alunos matriculados na educação
básica3. Ao todo, o Estado contou com 411.485 discentes matriculados no Ensino Médio. Desses,
43.912 (10,7%) estudaram em Escola Particular4.
1 Disponível em: . 2Disponível em:
.
3 Disponível em: . 4 Disponível em: .
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/
21
No que diz respeito ao Ensino Superior, em 2010 o Estado contava com 110 Instituições;
dessas, 100 eram instituições privadas5. A Educação Superior, nos últimos anos, em todo o mundo
sofreu um grande aumento no número de matrículas em cursos presenciais. A criação de novas
instituições, principalmente em países em desenvolvimento, contribuiu muito para este avanço.
Apesar do número expressivo de instituições de Ensino Superior criadas nos últimos anos,
os indicadores educacionais demonstram que os jovens brasileiros ainda têm pouco acesso a esse
nível de educação. Embora tenha havido uma evolução da taxa de escolarização líquida do ensino
superior (de 9,0% para 12,7% de 2001 a 2007), em 2005 outros países da América Latina já
apresentavam esse valor bem mais elevado (FEE, 2013a). No Brasil, em um período de 10 anos –
entre 1999 e 2010 – as matrículas mais que duplicaram, passando de 2,37 para 5,45 milhões
(aumento de 130%). O Rio Grande do Sul, neste mesmo período, aumentou 63%, chegando a
353.592 alunos matriculados.
Diante do exposto, a instituição encontra-se localizada na principal região econômica,
política e populacional do RS, bem como de geração e de difusão de conhecimento do Estado: a
Região Metropolitana de Porto Alegre. Portanto, seu papel de formação assume maior
responsabilidade.
As Instituições de Ensino Superior são solicitadas a promoverem a construção de uma
sociedade mais próspera e justa. Apesar de ser um desafio complexo, o UniRitter, ao oferecer
formação profissional de qualidade, possibilita aos seus estudantes um espaço de discussão e
amadurecimento da visão desta sociedade que cada vez mais demanda por ética e espírito coletivo.
5 Disponível em: .
22
4.ESTRUTURA CURRICULAR
Neste tópico é apresentada a concepção da estrutura curricular, as práticas
pedagógicas inovadoras e os diferenciais que o Curso oferta aos acadêmicos entre outras
informações acerca do elenco de disciplinas do Curso Superior de Tecnologia Gestão Financeira.
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira do Centro Universitário Ritter
dos Reis, em conformidade com a legislação educacional brasileira vigente, está concebido para
formar tecnólogos em Gestão Financeira, habilitados ao credenciamento profissional junto aos
Conselhos Regionais de Administração, para atuarem em organizações públicas e privadas em
funções pertinentes à profissão, conforme preveem os documentos dos órgãos da Classe.
A estrutura curricular é composta de disciplinas com conteúdo de formação básica, de
formação profissional, de formação teórico-prática e de formação complementar. Tal estrutura
curricular prevê 23(vinte e três) créditos obrigatórios e 385 (trezentos e oitenta e cinco) horas aula
no 1º (primeiro) semestre; 23 (vinte e três) créditos obrigatórios e 385(trezentos e oitenta e cinco)
horas aula no 2º (segundo) semestre; 27 (vinte e sete) créditos obrigatórios e 451 (quatrocentos
e cinquenta e uma) horas aula no 3º (terceiro) semestre e 26 (vinte e seis) créditos obrigatórios e
429 (quatrocentos e vinte e nove) horas aula no 4º semestre. As atividades complementares
representam um total de 100 horas e podem ser integralizadas, pelo aluno, do primeiro ao quarto
semestre, de acordo com sua organização pessoal.
Diante do exposto, o currículo do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira do
UniRitter possui carga-horária total de 1.750 horas aula e 100 horas aula de atividade
complementar.
O tempo mínimo previsto para a integralização curricular é de 2 (dois)anos e o máximo
corresponde a 4(quatro) anos.
A flexibilização curricular é assegurada pelas Atividades Complementares que
envolvem uma gama de opções de livre escolha do aluno permitindo ao mesmo compor a sua
integralização curricular dentro das modalidades que compõem o regulamento específico da
matéria no Curso. Pretende-se, assim, o enriquecimento e a flexibilização curricular tão
necessário à formação do profissional que os dias de hoje estão a exigir: um sujeito mais
comprometido com a sua formação, adaptável às necessidades emergentes e com suficiente
autonomia intelectual.
Outra forma de flexibilização dá-se através de certificações específicas. O Projeto Político
Pedagógico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, por meio da sua estrutura
curricular, está organizado em módulos, com possibilidade de certificação específica, distribuído
ao longo dos 4 (quatro) semestres do curso, visando uma maior integração entre o universo
23
acadêmico, a comunidade empresarial e a sociedade. Intensificando, assim, o relacionamento
entre Instituição de Ensino/Empresa/Sociedade. As certificações intermediárias do curso
favorecem a colocação do aluno no mercado, multiplicando as possibilidades de acesso ao
trabalho e abrindo novas possibilidades de formação.
Nas unidades curriculares, planejadas em Módulos, o aluno se prepara para analisar e
aplicar os conhecimentos adquiridos de forma interdisciplinar, com a proposta de desenvolver o
espírito de equipe através da prática nas organizações dos diversos setores da economia.
No primeiro módulo, com foco nos conteúdos básicos de gestão, as unidades curriculares
são: Direito Empresarial, Fundamentos da Administração, Fundamentos de Economia,
Comunicação, Projeto Integrador: Temas Transversais.
No segundo módulo, as unidades curriculares são: Contabilidade Gerencial, Gestão de
Crédito, Cobrança e Risco, Matemática Financeira, Empreendedorismo, Projeto Integrador:
Diagnóstico Organizacional.
O terceiro módulo foi planejado com competências e habilidades específicas para Gestão
Financeira. As unidades curriculares deste módulo são: Gestão Financeira e Orçamentária,
Macroeconomia, Mercados Financeiro e de Capitais, Metodologia de Custos e Formação de
Preços, Desafios Contemporâneos, Projeto Integrador: Planejamento Estratégico.
No quarto módulo, o estudante trabalhará a prática do pensamento estratégico através
de unidades curriculares que enfocam as ações de qualidade que são: Análise de Viabilidade
Econômico-Financeira, Controladoria, Finanças de Longo Prazo, Sistemas de Informações
Gerenciais, uma disciplina Optativa e Projeto Integrador: Gestão de Projetos.
Ao concluir os Módulos I e II (770 horas), o estudante obterá a Certificação de
Qualificação Profissional de Assistente de Gestão Financeira. Ao finalizar os Módulos I, II e III
(1.221 horas), o estudante obterá a Certificação de Qualificação Profissional de Analista em
Gestão Financeira. E ao término dos Módulos I, II, III e IV (1.750 horas), juntamente com a
conclusão das Atividades Complementares (100 horas), o estudante receberá o diploma de
Tecnólogo em Gestão Financeira.
A Figura a seguir demonstra a composição das unidades curriculares do Curso de
Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, bem como a formação das disciplinas
necessárias para as certificações intermediárias. Para ter acesso a estas certificações, o aluno
ficará responsável por acompanhar o seu histórico escolar e, ao cumprir as disciplinas
correspondentes, poderá solicitar seu certificado junto a Central de Atendimento ao Estudante.
O conteúdo das unidades curriculares do Curso Superior de Tecnologia em Gestão
Financeira priorizam as atividades práticas e os trabalhos em equipe, disponibilizando
24
laboratórios e equipamentos atualizados e com a infraestrutura adequada e compatível com os
requisitos e exigências de desempenho e de qualidade.
Também estão priorizados o desenvolvimento de projetos e as práticas, em que o
estudante vai aplicar as competências e habilidades desenvolvidas nas aulas, com o propósito
de contextualizar e resolver os diversos tipos de situações relacionadas ao ambiente de negócios
das empresas. Além disso, visando garantir a formação de um profissional engajado com as
questões sociais, propõe-se a criação de Projetos Integradores que contemplem os temas
transversais solicitados pelo MEC. Os objetivos dos Projetos Integradores são:
Trabalhar a inter-relação dos conteúdos trabalhados nas disciplinas envolvidas;
Desenvolver e aprofundar a capacidade de planejamento de soluções de
problemas, atuando em equipes;
Desenvolver a capacidade de identificar e delimitar situações-problema, sua
abrangência e conteúdos envolvidos;
Ampliar e aprofundar o conhecimento relativo aos conteúdos relacionados com os
fenômenos relacionados;
Desenvolver capacidade de busca, seleção e organização de informações;
Desenvolver capacidade de redação seguindo normas que resultem em formatos
de fácil divulgação, compreensão e leitura; desenvolver a capacidade de
comunicação oral e escrita, incluindo a apresentação do trabalho utilizando
recursos multimídia;
Trabalhar os temas transversais do MEC em cada um dos cursos de Tecnologia.
Diante disso, é possível especificar a composição dos módulos de formação do currículo
e sua respectiva participação sobre o número total de horas do curso, conforme figura a seguir:
25
TECNÓLOGO EM GESTÃO FINANCEIRA
Período Disciplinas CH % 1º
Perí
od
o
Direito Empresarial 66
22%
Fundamentos da Administração 66
Fundamentos de Economia 66
Comunicação (Institucional) 88
Projeto Integrador: Temas Transversais 99
TOTAL: 385
2º
Perí
od
o
Contabilidade Gerencial 66
22%
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco 66
Matemática Financeira 66
Empreendedorismo (Institucional) 88
Projeto Integrador: Diagnóstico Organizacional 99
TOTAL: 385
3º
Perí
od
o
Gestão Financeira e Orçamentária 66
26%
Macroeconomia 66
Mercados Financeiro e de Capitais 66
Metodologia de Custos e Formação de Preços 66
Desafios Contemporâneos (Institucional) 88
Projeto Integrador: Planejamento Estratégico 99
TOTAL: 451
4º
Perí
od
o
Análise de Viabilidade Econômico-Financeira 66
24%
Controladoria 66
Finanças de Longo Prazo 66
Sistemas de Informações Gerenciais 66
Optativa (EaD) 66
Projeto Integrador: Gestão de Projetos 99
Atividades Complementares: Aprimoramento 50 6%
Atividades Complementares: Prática 50
TOTAL: 529
1750 100%
26
4.1 DISCIPLINAS SEMI-PRESENCIAIS
Ao se tratar de cursos reconhecidos, há ainda a oferta de disciplinas a distância, as
quais respeitam os padrões recomendados, sendo oferecida na matriz curricular a
possibilidade do aluno cursar um limite nunca superior a 20% do total das disciplinas. O
aluno, por meio do portal virtual (sistema Blackboard), constrói a prática e assume de forma
efetiva o papel de ator no processo de ensino-aprendizagem. As avalições são realizadas
de forma presencial, conferindo ao processo uma completude, pois o discente apropria-se
dos conhecimentos no espaço virtual e é avaliado presencialmente por meio de prova. Para
além desta avaliação, o aluno também é avaliado pela realização de atividades EaD no
portal Blackboard. A UNIRITTER possui regulamento próprio do sistema EaD, estipulando
as normas de realização e definindo os papéis e responsabilidades do professor e do aluno.
Diante deste cenário, para suporte e apoio ao docente e discente nas disciplinas a
distância a UNIRITTER conta com os serviços especializados do NEaD – Núcleo de
Educação a Distância, que oferece sistematicamente oficinas de capacitação na Plataforma
Blackboard, contando com apoio de tutores por meio do e-mail [email protected].
4.2 GRADE CURRICUAR
Diante do exposto acima, apresenta-se a seguir, a atual grade curricular do Curso Superior
de Tecnologia em Gestão Financeira do UNIRITTER:
mailto:[email protected]
27
TECNÓLOGO EM GESTÃO FINANCEIRA
SEMESTRE DISCIPLINA EAD TEÓRICA PRÁTICA TOTAL
1
Direito Empresarial 66 0 0 66
Fundamentos da Administração 66 0 0 66
Fundamentos de Economia 66 0 0 66
Comunicação (Institucional) 88 0 0 88
Projeto Integrador: Temas Transversais 0 44 55 99
2
Contabilidade Gerencial 66 0 0 66
Gestão de Crédito, Cobrança e Risco 66 0 0 66
Matemática Financeira 66 0 0 66
Empreendedorismo 88 0 0 88
Projeto Integrador: Diagnóstico Organizacional
0 44 55 99
3
Gestão Financeira e Orçamentária 66 0 0 66
Macroeconomia 66 0 0 66
Mercados Financeiro e de Capitais 66 0 0 66
Metodologia de Custos e Formação de Preços
66 0 0 66
Desafios Contemporâneos 88 0 0 88
Projeto Integrador: Planejamento Estratégico
0 44 55 99
4
Análise de Viabilidade Econômico-Financeira
66 0 0 66
Controladoria 66 0 0 66
Finanças de Longo Prazo 66 0 0 66
Sistemas de Informações Gerenciais 66 0 0 66
Optativa (EaD) 66 0 0 66
Projeto Integrador: Gestão de Projetos 0 44 55 99
FORMAS DE ASSEGURAR INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade passou a ser foco de atenção na produção do conhecimento
científico, no início do século XX, pela necessidade de superar a fragmentação causada pela
epistemologia positivista, que dividiu as ciências em muitas disciplinas, dificultando a compreensão
da complexidade das experiências humanas e dos fenômenos da natureza.
A separação entre as ciências e as necessidades da vida cotidiana, determinadas pela
hiperespecialização dos saberes científicos, apresentam na interdisciplinaridade a possibilidade de
construção de um novo paradigma, que indaga continuamente o conhecimento existente, ao
28
problematizar a realidade, e busca, através do intercâmbio e da cooperação, a construção de novas
respostas e intervenções que religam e superam os saberes existentes.
A interdisciplinaridade, no UniRitter, é encarada como uma nova postura frente ao
conhecimento, ao processo ensino-aprendizagem e à própria organização curricular. Pode ser
analisada como definidora de princípios e como indicadora de procedimentos e práticas no projeto
pedagógico institucional.
O movimento da interdisciplinaridade permite uma evolução na ideia de integração
curricular, visto que exige um novo olhar sobre essa integração. Professores e alunos adotam uma
postura de aprendentes, daqueles que aprendem, pesquisando. A interdisciplinaridade, pois, é um
modelo dinâmico que suscita uma nova ordem no projeto curricular.
Entende-se que, para se adotar uma atitude interdisciplinar na Educação Superior, é
necessário conhecer o contexto da política educacional em seu desenvolvimento, possuir uma
acurada leitura disciplinar e ter comprometimento com o ensino contextualizado às necessidades e
às demandas da realidade - isso envolve um ensino ligado à pesquisa e à extensão.
Pautando-se em uma ação em movimento, a interdisciplinaridade exige um enfrentamento
das contradições, o exercício do questionamento, uma postura dotada de humildade, desapego,
espera, respeito, cooperação e busca de coerência. Ela leva os cursos e seus docentes às parcerias
e às trocas intersubjetivas. Uma das formas de organização curricular que tem privilegiado a
interdisciplinaridade é aquela que busca articular as disciplinas em torno de eixos temáticos que
enfatizam a relação teoria-prática, superando os modelos tradicionalmente adotados, através dos
departamentos.
No contexto da internacionalização da Educação Superior, a interdisciplinaridade assume
um papel importante nas trocas que são feitas entre professores-pesquisadores e a Instituição.
Em quaisquer das dimensões que se enfoque, porém, é necessário que se tenha, a seu
respeito, bastante clareza conceitual, adquirida graças a um sólido processo de reflexão.
Tanto a pesquisa como as didáticas interdisciplinares implicam a necessidade de um novo
movimento que não pode negar o antigo, do qual se gerou, mas que precisa explicitar-se
adequadamente. Ao revisitar as rotinas antigas, somente disciplinares, abre-se a possibilidade para
superá-las. O trabalho com conceitos, tanto na pesquisa como na didática interdisciplinar, permite
ao docente que questione as suas proposições paradigmáticas e as suas próprias matrizes
pedagógicas em sua consistência.
Com a nova postura dialética, no diálogo com as produções e nas parcerias estabelecidas,
surgem novas sínteses, em que um pensar é complementado por outros pensares. Busca-se a
totalidade do conhecimento, sempre em construção, através da não-fragmentação de saberes,
respeitando-se, contudo, a especificidade das disciplinas, que é preservada. O todo, no entanto,
29
sempre será maior do que apenas a soma das partes, e a realidade, mais complexa do que qualquer
teoria.
Cabe destacar que a interdisciplinaridade exige rigor acadêmico, intencionalidade, vontade
de integrar-se e projetos curriculares que a viabilizem - projetos esses que tenham um conteúdo,
um processo de elaboração, uma execução e uma avaliação. Para tanto, deve-se cultivar a postura
de ação coletiva, com base no princípio de que várias ciências têm algo a contribuir no estudo de
um determinado tema ou eixo temático, que orienta todo o trabalho de um grupo de professores,
em um determinado espaço de tempo. Neste sentido, uma forma cooperativa e solidária de trabalho
substitui procedimentos individualistas. Essa proposta relaciona-se com a linha de ação
participativa adotada pelo UniRitter.
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Financeira do UniRitter busca uma
aproximação entre a teoria e a prática para a formação do aluno. Esta proposta baseia-se na
questão de que o ensino tem que atender as demandas de mercado. Estas necessidades estão
apresentadas na estrutura curricular ao longo do curso.
O curso tem início no segundo semestre de 2018 na modalidade Semipresencial no
campus Canoas, e, a partir deste momento, os alunos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão
Financeira são convidados a inserir-se no projeto de extensão da Faculdade de Negócios:
Empresa Ritter Júnior – LATITUDE. Com este projeto pretende-se alinhar ensino e extensão,
além da aplicação teórica à prática profissional, permitindo ainda a interdisciplinaridade, pois é um
projeto que envolve diversas disciplinas e semestres.
Para que essa convergência entre os conteúdos possa ficar evidenciada aos alunos, é
necessária, preliminarmente e, também, durante o desenvolvimento do processo, uma atuação
diferenciada dos professores, que precisam ter conhecimento dos conteúdos ministrados pelas
demais disciplinas para que possam fomentar nos alunos uma aprendizagem que seja também
interdisciplinar.
Dentre as técnicas metodológicas empregadas para promover a interdisciplinaridade,
destacam-se a realização de trabalhos/atividades conjuntas; a exibição e análise de vídeos que
auxiliem no aprendizado dos conteúdos em sala de aula; a utilização de reportagens de jornais que
vinculem o conteúdo com a prática; os seminários e as aulas expositivas e dialogadas.
MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
A integração entre teoria e prática é um desafio constante das Instituições de Ensino que
precisam preparar seus acadêmicos para a atuação profissional, possibilitando-lhes terminar o
curso superior aptos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, cada vez mais
competitivo. Portanto, as exigências do mercado de trabalho, tornam o papel da Universidade cada
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dia mais difícil para atender às demandas razão da complexidade do mundo dos negócios e das
constantes mudanças pelas quais passam a sociedade.
É importante lembrar a relação ensino, pesquisa e extensão, visando atender a aplicação
teórica à prática profissional.
Considerando o domínio da extensão, é oferecido aos alunos o projeto da Empresa
UniRitter Jr, no qual os alunos assumem uma diretoria. Nesta Diretoria, os alunos são
responsáveis por desenvolverem parte do plano de negócios referente ao planejamento financeiro
de empresas reais. É um momento em que os alunos participam de reuniões, negociações, além
da troca de experiências com professores e colegas do curso e de outros.
Além destas atividades, outras são oportunizadas aos discentes, tais como:
Oficinas;
Feira das profissões;
Visitas em empresas;
Participação em eventos;
Palestras com representantes do conselho Regional de Contabilidade;
Parcerias com Órgãos de Classe e Órgãos Públicos;
Realização de estágios;
No tocante às oficinas, são realizadas em média três oficinas ao longo do semestre,
abordando assuntos atuais para que os alunos percebam o que está acontecendo no mundo
contemporâneo.
A Feira das profissões é um momento no qual alguns alunos participam e demonstram aos
alunos do terceiro ano das escolas o que é a profissão Tecnólogo em Gestão Financeira.
Ocorreram três edições, em 2013,2014 e 2015. Sua periodicidade é anual.
No Campus Canoas, já foram realizadas visitas técnicas à empresas, o que possibilitou ao
aluno conhecer as atividades do futuro profissional.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
No que se refere à avaliação dos alunos, consideram-se as prescrições legais, desde a
LDB ao Regimento Geral do UniRitter que dedica um capítulo inteiro ao seu regramento (artigos 82
a 91). A aprovação dos alunos, em um componente curricular em curso, implica a avaliação do seu
rendimento escolar, que envolve dois aspectos fundamentais: o aproveitamento e a frequência.
Para avaliar o aproveitamento, o PPC considera as previsões regimentais para os momentos
avaliativos previstos na Instituição (Graus A, B e C) e para a sua operacionalização.
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Pedagogicamente, entende-se fundamental a observância dos princípios do processo de
avaliação, definidos institucionalmente no Regimento Geral do UniRitter em seu artigo 82 e
seguintes, a seguir transcritos:
Art.82 O processo de avaliação do rendimento escolar, com os seus princípios e
detalhamento, se refere aos resultados semestrais de cada disciplina e compreende a avaliação do
aproveitamento e a apuração da assiduidade dos alunos.
Art. 83 –A avaliação do rendimento escolar tem como base os seguintes princípios:
I - a definição de procedimentos, de instrumentos e do tempo dedicados à avaliação da
aprendizagem são partes fundamentais integrantes do processo de ensinar e aprender;
II - a avaliação da aprendizagem é concebida como processo continuado, cumulativo e
gradativo que envolve, de forma ascensional, situações de complexidade crescente que se refiram
aos conteúdos, às habilidades cognitivas de observação, descrição, comparação, análise, síntese,
expressão, elaboração, aplicação e, suplementarmente, memorização;
III - é fundamental a explicitação de critérios e indicadores de aplicação dos mesmos na
identificação, no acompanhamento e no julgamento do desempenho dos alunos;
IV - a utilização de atividades, de instrumentos e de formas de aferição da aprendizagem deve
ser adequada às características, funções e especificidade de cada disciplina;
V - o sistema de avaliação prevê a manutenção da simplicidade e da transparência da fórmula,
através da qual são apurados os níveis de desempenho atingidos pelos alunos, como predicados da
mensuração e expressão dos resultados inerentes ao processo de ensino-aprendizagem;
VI - o desempenho dos alunos é base para a orientação, para a retroalimentação e para o
ajuste da prática docente e consiste em um auxílio para a reorientação discente no processo de
aprendizagem;
VII - o processo de avaliação é visto como incentivo para os alunos, no sentido de superar os
requisitos mínimos exigidos para a aprovação, e também como orientação para o desenvolvimento
de suas potencialidades, buscando um desempenho que prime sempre pela qualidade.
Art. 84 Em se tratando de cursos presenciais (de graduação e técnicos), o rendimento
escolar do aluno deve ser avaliado no decurso do período letivo, em cada disciplina teórica e teórico-
prática, através de exercícios, trabalhos teóricos, trabalhos práticos, testes, provas ou outras
modalidades de avaliação de aprendizagem, com vistas a apurar três situações de formalização de
resultados obtidos:
I – Grau A
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II – Grau B
III – Grau C
§ 1º Os resultados obtidos são formalizados através de símbolos numéricos compreendidos
entre 0 (zero) e 10 (dez) e expressos até o décimo.
§ 2º - Nos componentes curriculares que não possuem terminalidade em si e não são
avaliados da forma descrita no caput do artigo, tais como: oficinas de prática, estágios obrigatórios,
atividades complementares de integralização curricular e 1ª etapa do trabalho de conclusão de curso
(quando esse é desenvolvido em 2 (duas) disciplinas que ocorrem em 2 (dois) semestres letivos), o
resultado será formalizado através da indicação de cumprido ou não cumprido, devendo, também,
ser registrada a carga horária desenvolvida.
§ 3º O aluno que obtiver, nos Graus A e B, média aritmética ponderada de, no mínimo, 6,0
(seis) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco) das aulas dadas é considerado aprovado.
§ 4º Deve submeter-se à avaliação prevista para o Grau C o aluno que não lograr obter a
média prevista no artigo anterior, uma vez que tenha a frequência mínima de 75%, (setenta e cinco),
sendo considerado aprovado, neste caso, o aluno que obtiver média aritmética ponderada de, no
mínimo, 6,0 (seis).
Art. 84 - A - A avaliação do rendimento escolar obedece aos seguintes aspectos:
I – o Grau A formaliza os resultados obtidos em procedimentos de avaliação que envolvam o
conteúdo desenvolvido até a sua apuração e tem peso 1 (um);
II – o Grau B formaliza os resultados obtidos através de, no mínimo, dois procedimentos de
avaliação diferentes que envolvam a integralidade dos conteúdos abordados no semestre e tem peso
2 (dois). No caso de a disciplina exigir trabalho(s) prático(s), a apresentação deste(s) é condição
obrigatória para se submeter aos procedimentos de avaliação que integram o Grau C, se este for
necessário;
III – o Grau C formaliza os resultados decorrentes de procedimentos de avaliação que
envolvam os conteúdos abordados no semestre e possibilita a substituição de um dos graus
anteriores ou a recuperação de um dos graus, quando inexistente;
IV – no caso de substituição ou recuperação do Grau A, o Grau C tem peso 1 (um) e, no caso
de substituição ou recuperação do Grau B, tem peso 2 (dois);
V – a aplicação dos diferentes procedimentos e instrumentos de avaliação destinados a
constituir os graus em cada disciplina é definida em cronograma estabelecido pelo professor,
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constante no seu plano de ensino e divulgado previamente aos alunos, observadas as determinações
constantes no Calendário Acadêmico Institucional;
VI – o prazo limite para a realização dos procedimentos de avaliação destinados a constituir
os Graus B e C, estabelecidos no Calendário Acadêmico Institucional, não isenta o professor do
cumprimento efetivo do período letivo, do programa e das atividades previstas para a disciplina;
VII – a análise com os alunos dos resultados obtidos com base nos referenciais que orientaram
o processo de avaliação, integra os procedimentos didáticos referentes à avaliação da aprendizagem;
VIII – a revisão dos resultados obtidos nos Graus A e B é feita diretamente com o professor
da disciplina após a análise e a divulgação;
IX – a revisão dos resultados obtidos no Grau C é feita com o professor da respectiva
disciplina, após a análise e a divulgação, nos termos do calendário acadêmico.
Art. 85 –Quanto às disciplinas ofertadas na modalidade a distância, o processo avaliativo será
realizado em duas etapas:
I – A nota 1 (N1) consiste em atividades virtuais avaliativas desenvolvidas ao longo do
semestre que possibilitam avaliar o aluno continuamente;
II – A nota 2(N2) consiste em prova presencial, individual e sem consulta.
Art. 86 –A nota final do aluno em disciplinas a distância será a obtida por meio da média
ponderada da N1 e N2, considerando que a N1 terá peso quatro (4) e a N2 terá peso seis (6): Nota
Final = 0,4xN1 + 0,6xN2
Parágrafo Único - Caso o aluno não alcance a nota mínima de seis (6,0) pontos, deverá
realizar uma prova presencial, individual e sem consulta, substitutiva somente à nota 2 (N2sub), desde
que tenha participado de, no mínimo, 75% das atividades virtuais obrigatórias da disciplina.
Art. 87 –Nas disciplinas a distância, a frequência será apurada a partir da completude das
atividades obrigatórias propostas no ambiente de aprendizagem, seguindo o mesmo critério para
aprovação previsto neste regimento.
Art. 88 – Em caso de necessidade de arredondamento para expressar a média final até o
décimo, são adotados os seguintes procedimentos:
I – se o algarismo dos centésimos for menor que 5 (cinco), permanece o valor do décimo;
II – se o algarismo dos centésimos for igual ou maior que 5 (cinco), o valor do décimo fica
acrescido de 1(uma) unidade.
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Art. 89 Nas disciplinas de caráter eminentemente prático, que não as teóricas e teórico-
práticas, de acordo com o PPC de cada curso, dada a sua especificidade, serão mantidos, somente,
os Graus A e B.
§ 1º O grau A expressa a avaliação de processo referente à prática desenvolvida na disciplina
e deve receber a sinalização definida no seu plano de ensino, previamente aprovado na forma de
organização curricular em que o componente curricular se insere e homologado pelo Colegiado de
Curso.
§ 2º O grau B expressa a avaliação final da disciplina, englobando a recuperação do grau A,
quando necessária. Sendo a avaliação da atividade prática contínua, gradativa e cumulativa, o seu
resultado final contém a retroalimentação e a recuperação das etapas intermediárias avaliadas pelo
grau A.
§ 3º É considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver, no grau B, nota igual ou
superior a 6 (seis).
§ 4º O grau C fica suprimido, considerando-se que a retroalimentação e a recuperação da
atividade prática acontecem simultaneamente ao longo do semestre e estão expressas no grau B.
§ 5º Cada curso, através de seu Colegiado de Curso, identifica as disciplinas que se
enquadram como sendo de caráter eminentemente prático, regulamentando os seus padrões de
desempenho, encaminha para a Pró-Reitoria de Graduação que as submeterá à aprovação do
CONSEPE.
Art. 90 O aluno reprovado, por não ter atingido, seja a frequência mínima, seja as notas
mínimas exigidas nos graus, deve repetir a disciplina, sujeito, na repetência, aos mesmos requisitos
de frequência e de aproveitamento estabelecidos neste Regimento Geral.
Parágrafo Único O aluno repetente é obrigado a fazer novos trabalhos de prática ou de
pesquisa, não sendo válidos os do semestre anterior.
Art. 91 Não será atribuído crédito:
I às horas dedicadas à realizaç�