Upload
vutu
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar do Colégio Estadual Unidade Polo e aprovado em Assembléia para a sua implantação a partir de 2010.
Campo Mourão 2010
2
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
ORLANDO PESSUTI – GOVERNADOR
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ALTEVIR ROCHA DE ANDRADE – SECRETÁRIO
ALAYDE MARIA PINTO DIGIOVANNI – SUPERINTENDENTE
ALEXANDRA CARLA SCHEIDT – DIRETORA GERAL
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
FÁTIMA IKIKO YOKOHAMA – DIRETORA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
MARIA DE FÁTIMA NAVARRO P. LINS - CHEFIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO - DEP
SANDRA REGINA DE OLIVEIRA GARCIA – CHEFIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO EDUCACIONAL
ANGELINA CARMELA ROMÃO MATTAR MATISKEI - CHEFIA
CHEFE DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
JOÃO LUIZ CONRADO
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MARIA DE LOURDES ROBERTO CEOLIM – DIREÇÃO
SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO – DIREÇÃO AUXILIAR
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 06
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 07
1.1 Identificação do Estabelecimento....................................................................... 07
1.2 Histórico do Colégio............................................................................................ 07
1.3 Organização da Entidade Escolar....................................................................... 09
1.4 Espaço Físico...................................................................................................... 11
1.5 Caracterização da Comunidade Escolar............................................................. 12
1.5.1 Quadro de Profissionais da Educação....................................................... 17
1.5.1.1 Agente Educacional I...................................................................... 17
1.5.1.2 Agente Educacional II e Agente Profissional..................................17
1.5.1.3 Quadro de professores efetivos..................................................... 18
1.5.1.4 Quadro de professores Não Efetivos/2010.................................... 19
1.5.1.5 Quadro de professores pedagogos................................................ 21
1.5.1.6 Quadro de diretores....................................................................... 22
2. OBJETIVO GERAL................................................................................................... 23
2.1 Objetivos específicos.......................................................................................... 23
3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR....................................... 24
4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO...................................................... 27
5 A REALIDADE EDUCACIONAL............................................................................... 29
5.1 A realidade do Brasil.......................................................................................... 29
5.2 A realidade do Paraná........................................................................................ 31
5.3 A realidade do município de Campo Mourão..................................................... 34
5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo.................................................. 36
4
6 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA
DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS........................................................................ 37
7 CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES........................ 52
8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO................................................................................ 59
9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA............................................................ 62
10 OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS................. 65
10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar............................. 65
10.1.1 Direção..................................................................................................... 65
10.1.2 Direção auxiliar.........................................................................................65
10.1.3 Corpo docente......................................................................................... 66
10.1.4 Professor pedagogo................................................................................ 68
10.1.5 Secretaria................................................................................................ 69
10.1.6 Biblioteca................................................................................................. 70
10.1.7 Agente Educacional I............................................................................... 70
10.1.8 Agente Educacional II.............................................................................. 73
10.2 Papel das instâncias colegiadas....................................................................... 74
10.2.1 Conselho Escolar................................................................................... 74
10.2.2 Associação de Pais, Mestre e Funcionários........................................... 76
10.2.3 Conselho de Classe.............................................................................. 77
10.2.4 Grêmio Estudantil................................................................................... 78
10.2.5 Representante de Turma........................................................................ 79
10.2.6 Professor Monitor de Turma................................................................... 80
11 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA...................................... 82
11.1Critérios para elaboração do calendário escolar e horários
letivos/não letivos..................................................................................................... 82
11.2Critérios para organização de turmas e distribuição por professor
em razão de especificidades.................................................................................... 82
11.3 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos.................. 83
5
12 PROJETOS.............................................................................................................. 86
12.1 Projeto mostra interdisciplinar.......................................................................... 87
12.2 Projeto evasão escolar: proposta de prevenção.............................................. 87
12.3 Projeto cultura-afro: promoção da igualdade racial......................................... 88
12.4 Agenda 21 escolar: projeto verde que te quero ver-te..................................... 89
12.5 Projeto gincana esportiva, recreativa, cultural e filantrópica............................ 90
13 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO.............. 91
14 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA............................................................................. 94
14.1 Equipe pedagógica..........................................................................................102
16 ACOMPANHAMENTO AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO. 110
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................111
18 ANEXOS.................................................................................................................113
6
APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de organizar,
coletivamente, o trabalho escolar do Colégio Estadual Unidade Polo, garantindo a
democratização do ensino e a formação da consciência crítica e coletiva a fim de
possibilitar ao ser humano o direito à cidadania.
A perspectiva deste Projeto é provocar as mudanças básicas em nossa escola
onde, a participação se tornará o aspecto fundamental em todo o processo de ensino-
aprendizagem, com avaliação constante para atingir as metas propostas. Não
aceitamos mecanicamente a idéia de que a escola é simplesmente o local da
reprodução da ideologia dominante e que os seres humanos são sujeitos determinados
e programados. Concebemos os seres humanos como criativos e ativos construtores de
cultura e história, por isso propomos a intervenção nos destinos escolares como
educadores responsáveis por construirmos outra história.
Sendo assim, estabelecemos o debate, a discussão e a reflexão coletiva,
envolvendo alunos, professores, funcionários, pais, direção, equipe pedagógica e
demais membros da sociedade local a fim de formularmos as concepções que
embasarão as ações educativas que serão desenvolvidas por este estabelecimento de
ensino com o propósito de construir uma sociedade justa, igualitária e democrática.
7
1 INTRODUÇÃO
1.1 Identificação do estabelecimento
O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional
(código 00047), está situado na Rua Santos Dumont, nº 1984, centro, CEP 87303 250,
na cidade de Campo Mourão (código 0430), e-mail < [email protected]>. O
Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria
de Estado da Educação encontra-se jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação de
Campo Mourão (código 0005).
1.2 Histórico do colégio
O Colégio Estadual Unidade Polo iniciou suas atividades no dia 01 de março de
1976, sob o nome de Escola Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º Grau, atuação de 5ª
à 8ª séries, com autorização de funcionamento, através da Resolução nº 1968/77, DOE
de 09/11/1977.
Em 08 de agosto de 1978, através do Decreto nº 5.340/78 de 02/08/1978 e DOE
de 08/08/1978, integrou-se ao Complexo Escolar “Marechal Rondon”.
O Colégio oferecia até 1982, os cursos de 5ª à 8ª séries e os cursos
profissionalizantes de Técnicas Agrícolas, Técnicas Industriais, Técnico Comercial e
Técnicas Caseiras. No ano de 1983 o ensino profissionalizante foi substituído pelo
propedêutico.
O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi autorizado a funcionar através da
Resolução 935/83 de 14/03/1983. Em 29 de novembro de 1983, através da Resolução
nº 4.023/83 de 13/01/1984, obteve o reconhecimento do 1º Grau e passou a denominar-
se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º e 2º Graus.
8
O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi reconhecido através da Resolução nº
902/85 de 01/03/1985, DOE de 12/03/1985, e em 1998 extinto, sendo implantado o
curso de Ensino Médio.
O Colégio passou a chamar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino
Fundamental e Médio, conforme Resolução da Secretaria de Estado da Educação nº
3.120/98 – DOE de 11/09/1998, abrangendo os cursos de Ensino Fundamental
Regular, reconhecido pela Resolução – DOE 13/01/1984 e o curso do Ensino Médio
Regular reconhecido, através da Resolução nº 902/85 de 12/03/1985.
Em 2010, foi denominado Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental,
Médio e Profissional, abarcando o curso fundamental de 5ª a 8ª séries, o ensino médio,
e a partir deste mesmo ano foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação
Profissional Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo
Tecnológico: Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09
Câmara de Educação Básica, com 800 Horas/aulas.
Alguns outros atos legais que respaldam o funcionamento do colégio:
Ato de Reconhecimento do Ensino Fundamental – Resolução nº 4023/1983 –
DOE de 13/01/1984;
Ato de Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução nº 902/1985 – DOE
12/03/1985;
Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental - Resolução nº
1534/2008 – DOE de 28/07/2008;
Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução 1525/2008
– DOE 28/07/2008;
Ato de Aprovação do Regimento Escolar do Ensino Fundamental e Médio –
Parecer nº 220/2007 de 28/12/2007 homologado pelo Ato Administrativo nº
411/2007 de 28/12/2007 do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão.
Além do curso regular e profissionalizante, o colégio também oferta:
9
A Sala de Recursos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, dando
atendimento aos Educandos com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais
Especificos, autorizado seu funcionamento através da Resolução 195/2007 – DOE de
26/02/2007, com seu funcionamento prorrogado através da Resolução 859/2009 – DOE
de 09/06/2009.
O Curso Basico de Língua Espanhola/Celem, como oferta de atividade
extracurricular e gratuita de ensino de língua estrangeira, destinado a alunos,
professores, funcionários e à comunidade do Colégio, autorizado por meio do Protocolo
nº 9.767.040-4 de 11/03/2008 da Secretaria de Estado da Educação no colégio
O Programa Viva a Escola, como complementação curricular, buscando dar
atendimento aos estudantes em horário contrário ao turno em que atualmente
freqüentam o ensino regular, autorizado pela Resolução 3683/2008 – DOE de
11/09/2008.
O Programa de Apoio a Aprendizagem, implantado desde 2004, objetivando
atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que freqüentam
a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental.
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar - SAREH,
praticado a partir de 2008, objetivando o atendimento educacional aos alunos que estão
impossibilitados de freqüentar a escola em virtude de situação de internamento
hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de
escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.
1.3 Organização da entidade escolar
Atualmente o Colégio funciona nos períodos, matutino, vespertino e noturno
ofertando o Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries), Ensino Médio Regular, o Ensino
Médio Profissional Subsequente e Celem/Língua Espanhola, com 37 turmas, sendo 19
turmas de Ensino Fundamental, 13 de Ensino Médio diurno, 04 de Ensino Médio
10
noturno, 01 de Ensino Médio Profissionalizante e 02 de Língua Espanhola/Celem,
totalizando 1261 alunos, distribuídos em 16 salas de aula.
O Colégio conta com 31 professores efetivos, 28 funcionários, sendo que a
equipe de direção da escola é composta por 01 Diretor Geral (com 40 horas semanais),
01 Diretor Auxiliar (20 horas) e 05 professores pedagogos (20 horas) e 01 professor
pedagogo (40 horas).
A organização do tempo escolar é efetivada de 5ª a 8ª séries no Ensino
Fundamental, 1ª a 3ª séries no Ensino Médio e por semestre no Ensino Profissional. A
matriz curricular do Ensino Fundamental e Médio é estruturada por disciplina,
constituído pela Base Nacional Comum e Parte Diversificada. O Ensino
profissionalizante é composto pela Formação Especifica e Estágio Supervisionado.
O registro da avaliação da aprendizagem dos alunos é realizado por meio de
notas bimestrais. Desde 2007 o Colégio não proporciona o Regime de Progressão
Parcial no Ensino Médio determinado sua extinção por Assembléia Geral de pais,
professores e funcionários.
As normatizações do Colégio encontram-se inseridos no Regimento Escolar e
Regulamento Interno.
O Colégio Estadual Unidade Polo é uma instituição educacional inclusiva
aceitando alunos com necessidades educativas especiais. Desde o ano de 2007
passou a atender, com apoio pedagogico e professor devidamente formado e
concursado, no período contraturno, os alunos avaliados para Sala de Recursos. Oferta
e atende ainda a Sala de Apoio a Aprendizagem, nos turnos contrários a matricula, 02
turmas de Língua Portuguesa e 02 turmas de Matemática.
Tanto a Sala de Recursos como o Apoio Pedagógico são programas essenciais
para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem.
11
A formação continuada para os profissionais da educação acontece durante os
Encontros Pedagógicos previstos em calendário escolar estabelecida pela
mantenedora, por meio do Núcleo Regional de Ensino/ SEED e quando organizada
pela escola, sobrevém nos momentos de Conselho de Classe, por meio de Projetos de
Grupos de Estudos em consonância com a da Universidade Estadual do Paraná
campus Campo Mourão, nos Grupos de Estudos organizados pelos profissionais da
educação sobre análise de conjuntura internacional, nacional, estadual e municipal,
discussões acerca da carreira e condições de trabalho dos profissionais da educação e
debates sobre a aprendizagem e avaliação do processo de ensino-aprendizagem.
1.4 Espaço Físico
O trabalho pedagógico é realizado contando com:
Dezesseis salas de aula, sendo três readequadas (49,30m² cada)
Dois banheiros (um masculino e um feminino) (37,61m² cada)
Uma sala de multimídia com televisão e vídeo cassete (48,60m²)
Uma sala para Laboratório de Física e Biologia (73,09m²)
Uma sala para Laboratório de Química e Ciências (73,09m²)
Uma sala para Biblioteca (112,88m²)
Uma sala para Laboratório de Informática com 74,28m², dispondo de 36 (trinta e
seis) computadores, em bom estado para uso, provenientes do PR Digital e
PROINFO.
Uma cozinha (35,92 m²)
Um Refeitório utilizado também para palestras, reuniões, comemorações
(203,36m²)
Um Ginásio de Esportes (1.450m²)
Um mini ginásio de esportes (780m²)
Uma sala de Artes/Multimídia utilizada para atividades de teatro, artes plasticas e
para Sala de Recurso e de Apoio à Aprendizagem, readequada, para os alunos
de 5ª série com televisão e DVD (73,09m²).
Uma sala para a Secretaria (43,05m²)
Uma sala para a Direção (13,94m²)
12
Uma sala para a Direção Auxiliar e Atendimento Financeiro (12m²)
Uma sala para a mecanografia (14,14m²)
Duas salas para atendimento Pedagogico (17m2)
Uma sala para Professores (39,78m2)
Uma sala para guardar os materiais de Educação Fisica e Arquivo Morto
(24,21m2)
Uma sala para o Deposito/Projeto Rádio Polo (3m2)
Dois banheiros para professores (um masculino e um feminino) (5m2 cada)
Um pátio coberto (171,19m²)
O Colégio Estadual Unidade Polo conta com uma área aberta de 18.071,00 m2.
Nesta área encontra-se o Bosque Robson Paitach (Reserva Ambiental tombada através
do ITCF e Prefeitura Municipal), um espaço destinado a Horta Escolar contando com
5.874,86m2, uma pista de atletismo/campo de futebol suíço com 2.079m2, a casa do
zelador com 56,21m2, a casa do permissionário com 52,50m² e ampla área de
jardinagem.
Atualmente o Colégio vem sofrendo reformas podendo ocorrer mudanças em sua
estrutura física.
1.5 Caracterização da comunidade escolar
Com o propósito de conhecer a realidade sócio-economico-cultural e de subsidiar
a elaboração do Projeto Político Pedagogico desta instituição de ensino, no ano de
2005, foi realizada uma pesquisa, através de questionário, com alunos e pais,
abrangendo 10% dentre os 1.181 estudantes dos três períodos, matutino, vespertino e
noturno, sendo detectada a situação descrita abaixo.
Os alunos, em sua grande maioria são solteiros, residem em casa própria, de
alvenaria, porém financiadas. Moram na zona urbana, tanto nos bairros que circundam
o estabelecimento de ensino como outros mais distantes.
13
As famílias, num indice de aproximadamente 60%, são compostas de pais, mães
e irmãos, entretanto há de considerar que o restante encontra-se em outras situações,
vivem com mãe e irmãos; com avós, entre outros. A renda mensal enquadra-se em até
três salários minimos, sendo duas pessoas trabalhadoras. A média de alunos
trabalhadores, que cursam o Ensino Médio, corresponde a 80% para os que estudam
no noturno e 15% para o matutino.
Em relação ao nível de escolaridade e atividades sócio-culturais da família, os
adultos, numa média de 85%, estão classificados entre Ensino Fundamental
incompleto, Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto, tendo como
lazer atividades relativas a esportes e filmes em DVD.
Sobre o comprometimento com a vida educacional dos filhos, os pais alegaram
que vêm à escola somente quando solicitada a sua presença e fizeram a opção por
matricularem os filhos neste estabelecimento pela proximidade à residência (37%), pela
qualidade de ensino (29%) e por tratar-se de uma escola pública, gratuita (15%).
Consideram que o ensino/aprendizagem oferecido é de bom nível e esperam que seus
filhos adquiram conhecimento suficiente para prestarem o vestibular e ingressarem na
faculdade; que sejam preparados para o mundo do trabalho e que através desta escola
também melhorem o nível de instrução global e humanização.
Sobre o que esperam da escola, como ação administrativa e pedagógica, os pais
querem que, através das ações propostas no Projeto Político Pedagógico, seja dado
suporte para:
Os alunos melhorarem na disciplina, cidadania e humanização;
Formar integralmente o ser humano contemplando respeito, solidariedade,
justiça, criticidade, organização, etica e responsabilidade;
Incluir aulas de ensino religioso em todas as turmas;
Exigir mais conteúdos para os alunos enfrentarem as dificuldades da vida e do
trabalho com responsabilidade, devendo ser a informática o carro-chefe.
14
Referindo-se aos projetos que a escola já oferece (relatados a eles e constados
neste documento) disseram serem todos de grande importância e por isso deve ter
continuidade.
Após os pais reunirem-se novamente para atualizar este levantamento sobre o
que esperam da escola. Algumas das solicitações foram conquistadas, como a sala de
informática, o ensino religioso também na 6ª série, entre outras. Os pais decidiram que
todos os projetos devem ser mantidos e sugerem ainda projetos sobre valores morais,
como respeito ao outro, projetos de culinária, reciclagem e projeto em parceria com
psicologos. Gostariam também que a escola oferecesse cursos profissionalizantes para
os alunos. Esperam que todos os alunos tenham um otimo desempenho escolar, que
saiam preparados para o vestibular, motivados, valorizando os estudos e que
professores saibam respeitar a opinião dos alunos e vice-versa.
Os alunos do Ensino Fundamental deste estabelecimento de ensino esperam
receber um ensino que possa dar-lhes uma boa formação para cursarem o ensino
superior e exercerem uma profissão, possibilitando melhores condições de vida. Eles
solicitam oportunidades para participarem das principais decisões da escola,
especialmente das escolhas de melhorias para o colégio. Os alunos desejam “uma
escola onde nós tenhamos o direito de dar nossa opinião e que as crianças sejam mais
responsáveis, com conhecimentos que permitam compreender melhor o mundo em que
vivemos” (6ª F).
Os alunos querem que a escola seja mais organizada, crítica, segura e rigorosa.
Na opinião deles, “podemos observar que os alunos estão desmotivados,
desinteressados, indisciplinados e a maioria não faz tarefas” (6ª B). Para sanar estas
dificuldades, eles sugerem que os professores sejam mais rigidos em sala de aula, a
fim de acabar com a indisciplina, possibilitando que todos aprendam. Para tanto,
solicitam que seja aplicado o Regimento Interno que prevê suspensão aos alunos
indisciplinados. Eles reconhecem que estão falhando e solicitam mudanças no ensino.
De acordo com os mesmos, o “nosso ensino deve basear-se na solidariedade, amizade
e respeito. Devemos ser cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres e, dentro
15
dessa comunidade, não podemos deixar de cumprir com nossas tarefas. Essa
transformação depende um pouco de cada um” (6ª C).
De acordo com os alunos, a escola deve ser mais limpa, com espaço fisico
saudável, portanto são necessárias a reforma dos banheiros e a instalação de armários
com produtos de higiene pessoal neles; salas de aulas ventiladas e com iluminação
adequada; ambiente mais agradável, com menos barulho; atividades para os alunos
fora da sala de aula; maior número de mesas no refeitório; uniforme completo para as
merendeiras; reforma dos laboratórios, acesso à sala de informatica; instalação de
armários para os materiais dos alunos.
A respeito da participação deles no Projeto Político Pedagogico, os alunos
afirmam que podem participar da elaboração e execução, dando idéias e sugestões, a
fim de melhorar o aprendizado no Colégio, ajudando a transformá-lo em um ambiente
mais organizado, limpo, educativo, respeitado, solidário, com alunos cuidadosos e
estudiosos que elaborem projetos com atividades esportivas e culturais para incentivar
os estudos, a leitura e o bom relacionamento. Querem que a escola procure melhorar
cada vez mais a sua qualidade de ensino.
De acordo com os alunos do Ensino Fundamental, os Projetos devem continuar
sendo elaborados coletivamente, contemplando a opinião de todos a fim de melhorar a
escola cada vez mais. Para eles, o que falta é a consciência e a participação de todos
na elaboração dos trabalhos. Eles sugerem que além dos já existentes, devemos
implantar os seguintes projetos: curso de canto, de dança, teatro, artesanato,
computação, informativo escolar (jornal), cantinho de leitura na biblioteca, som
ambiente, reforma do refeitório, duchas após a Educação Fisica, projetos culturais,
olimpíadas em todas as disciplinas, grupos de estudos ampliados para outras
disciplinas, projetos de higiene e boas maneiras, aula de circo, visitas educativas,
banda musical, festas folcloricas.
Os alunos do Ensino Médio esperam receber uma boa educação com ensino de
qualidade, possibilitando adquirir os conhecimentos necessários para o mundo do
trabalho. Para tanto, é importante que tenham acesso a bons materiais didaticos,
16
palestras sobre emprego e os diversos cursos do ensino superior, materiais atualizados
na biblioteca, oportunidade de estágios em empresas públicas, informações acerca do
acesso a cursos profissionalizantes. Os alunos também demonstram preocupações em
relação ao vestibular. A esse respeito eles sugerem que os professores apliquem as
provas dos vestibulares das universidades da região para conhecerem como são e que
conteúdos exigem.
Os alunos do Ensino Médio também solicitam maior rigidez dos professores em
relação à disciplina. Eles declaram que, “não podemos reclamar dos professores, pois
somos nós os culpados pela bagunça e notas baixas, só que os professores deveriam
ser mais rígidos e nós, mais responsáveis, por exemplo: se um aluno está fazendo
bagunça, o professor deve tirá-lo da sala e lhe dar suspensão” (2ª D). Eles exigem e
esperam que o Colégio siga o Regimento Interno que prevê as sanções para os alunos
indisciplinados.
De acordo com os alunos do Ensino Médio, os projetos que devemos implantar
são: escolinha de futsal masculino para os alunos mais velhos, rádio escolar,
computação, campeonatos esportivos mensais de diversas modalidades, visita a várias
faculdades, aplicação de simulados, cursos de empregabilidade, rodas culturais,
coletivo jovem, grupos de estudos para os alunos do Ensino Fundamental com
monitoria do Ensino Médio.
Quando foram novamente consultados sobre o que se relatou, tanto alunos do
Ensino Fundamental como os do Ensino Médio, decidiram manter o que esperam da
escola e acrescentam ainda o seguinte: que esperam mais responsabilidades dos
professores, evitando faltar, que tenham atenção especial aos alunos com mais
dificuldades, que o sistema de avaliação seja mais rigoroso e que os pais tenham maior
participação na escola.
17
1.5.1 Quadro de Profissionais da Educação
1.5.1.1 Agente Educacional I
NOMES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
ANA SMAHA DO ESPÍRITO SANTO NORMAL SUPERIOR ADM.,ORIENTAÇÃO E SUPERV. EDUCACIONAL
ANTONIO PURISSIMO DA SILVA ENSINO MÉDIO
APARECIDA DE DEUS ROGOSKI MAGISTÉRIO
APARECIDA VILELA FREDERICO ENSINO FUNDAMENTAL
ELENA RUBIRA DA SILVA ENS. FUND. INCOMPLETO
ESTER BATISTA DOS SANTOS ENS. FUND. INCOMPLETO
FELIPE FERREIRA ENSINO FUNDAMENTAL
INÊS DE OLIVIERA IAGLA NORMAL SUPERIOR
IRONEI DE OLIVEIRA PEDAGOGIA (em curso)
LUZINETE MARIA C. TENÓRIO ENS. FUNDAMENTAL
MARIA APARECIDA KISSIK ENSINO MÉDIO
MARIA AUGUSTA SOUZA SILVA ENSINO MÉDIO
MARIA NILMA DOS SANTOS LUIZ ENSINO MÉDIO (em curso)
NILSA DE LIMA SILVA ENSINO MÉDIO
ROSELI AMBROSIO SANTOS PEDAGOGIA (em curso)
TÂNIA MARA FERREIRA DA SILVA PEDAGOGIA (em curso)
1.5.1.2 Agente Educacional II e Agente Profissional
CONCEIÇÃO ORÁCIO COSTA PEDAGOGIA
EDSON JOSÉ ALVES DA SILVA CIÊNCIAS CONTÁBEIS
HEDI ALTEVOGT GEOGRAFIA
JOÃO RENATO DA SILVA RIBEIRO TECNOLOGIA EM SISTEMA DE INFORMÁTICA (em curso)
18
LAIRDA APARECIDA N. VENTURY ADMINISTR. DE EMPRESAS RH. e O.S.D.
MARIA SUELI CASTILHO ALVES TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA (em curso)
MEIRE TRASPADINI GAZOLA CIÊNCIAS E QUÍMICA C.T. do EJA
NILCEIA DAS DORES COELHO LETRAS
ORIOSVALDO VIEIRA DE LIMA NORMAL SUPERIOR
SOLANGE CASALI CIÊNCIAS CONTÁBEIS
1.5.1.3 Quadro de professores efetivos
NOME
GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
ALESSANDRA MARTINS LETRAS LÍNGUA INGLESA
APARECIDA FRANCA BUKOWSKI GEEOGRAFIA SUP.ESC – MET.ENS.GEOG.
CELSO ALVES EDUCAÇÃO FISICA ENS. ED. FIS. 1º GRAU
CLAUDINEIA APARECIDO DO NASCIMENTO
LETRAS LINGUÍSTICA APL. AO ENS. DE LÍNGUA PORTUGUESA
DALGIMA GASPARINO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PSICOPED. EDUC.E CLÍNICA E MESTRE EM AGRONOMIA
EDNA MARIA FERRI SURMANI GEOGRAFIA GEOGRAFIA REGIONAL E AMBIENTAL DO BRASIL
FATIMA APARECIDA FORASTIERE CIÊNCIAS BIOLOGICAS INSTRUMENTALIZAÇÃO ÀS CIÊNCIAS
FERNANDO RODRIGUES DA SILVA GEOGRAFIA GEO.AMBIENTAL
GENI ENGELMANN VILETTI LETRAS PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
GISLAINE IZELLI SANTINI CIÊNCIAS/MATEMÁT. FUND. MATEMATICA
GUILHERMINA RODRIGUES PEREIRA EDUCAÇÃO ARTISTICA
HELENA MARIA KRZYZANIAK LETRAS(PORT/ING/LIT) ESTR. LÍNG. PORTUGUESA
IRENE TEREZINHA DA SILVA GEOGRAFIA GESTÃO AMBIENTAL
ISMAR KATH ED. FÍSICA ED. FÍS. ED. BÁSICA
JOAQUIM AUGUSTO POLIZER MATEMATICA CIÊNCIAS-FIS/BIOL.
JOCERLEI MARISA B. BALDICEIRA LÍNG. PORTUGUESA DID. E MET. ENSINO
19
LIDIA BOTEGA ALVES MATEMATICA ED. MATEMATICA
LUCIA DE FÁTIMA SOUZA CABREIRA HISTÓRIA ED. ESPECIAL
LUCIA FERREIRA CIÊNCIAS EDUCAÇÃO MATEMATICA
LUCIANA BARANDAS SANTINONE CIÊNC. BIOL. E MATEM. EDUCAÇÃO MATEMATICA
LUIZ CARLOS DE ANDRADE CIÊNC. MAT. FÍSICA MATEMATICA
MARIA DA GRAÇAS DE F. GOMES GEOGRAFIA PLANEJ.GEO.AMBIENTAL
MARIA NATALIA MARQUES FABRO LETRAS LUINGUÍSTICA
MARICLENE DE GRANDIS DE SOUZA LETRAS LING.APLIC.ENS.LING.PORT.
MARILSA DE FATIMA RODRIGUES CIÊNCIAS DE 1º GRAU EDUCAÇÃO MATEMATICA
NEUCY HELENA DE OLIVEIRA GEOGRAFIA ED. INFANTIL
ROSANE DORALICE LANGE SCHMIDT HISTÓRIA FILOSOFIA E GEOGRAFIA
ROSENEIDE AURÉLIO ED. ARTÍSTICA AD. OR. SUP. ESCOLAR
ROSIMEIRE TANIA REIS CARNEIRO GEOGRAFIA PLANEJAMENTO GEO AMBIENTAL
ROSINEIDE DE JESUS CAETANO CIÊNCIAS EDUCAÇÃO MATEMATICA
ROZELI APARECIDA BARAZZETTI DA SILVA
ADM. –CIÊNC.CONT. – MATEMÁTICA
COM.EXTERIOR – MATEMÁTICA
RUBY RADKE VALLIN MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMATICA
SAMIRA AYOUB VIEIRA QUÍMICA – ENGª QUÍMICA GER. MEIO AMBIENTAL
TEREZA SIBALDELI SABO HISTÓRIA PSICOPEDAGOGIA
VERA LUCIA KLOSTER HISTÓRIA SUPERV. ESCOLAR
VILMA TEREZINHA DE SOUZA PINTO LETRAS ESTRUT.MORF.SINTÁT. E SEMÂNT. DA LINGUAGEM
VIVIANE LOPES CORREIA BURACK LETRAS LÍNGUA PORT. E LITERAT.
YARA RAINEKE SARDI DIAS – HISTÓRIA MET.E DIDÁTICA – EJA
1.5.1.4 Quadro de professores Não Efetivos/2010
ANGELA MARIA E. F. DOS REIS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EDUC. GESTÃO AMBIENTAL
20
ADEMIR CORDEIRO CURSO FORM. PSICOL.
ADRIANA WANDERMUREM CORREA LETRAS
ALAN RODRIGO PADILHA FILOSOFIA
ANGELA DA SILVA LETRAS
CARLA ANDREIA ARANTES GEOGRAFIA M.P.E.G.R.A.B – ED.ESP.
CLAUDINEIA ALVES KIRACH CIÊNCIAS BIOLÓGICAS FISIOLOGIA HUMANA
DAYANE CRISTINA LEMES HISTÓRIA
ELEANO ALVES GEOGRAFIA P.G.E.MEIO AMBIENTE
FERNANDO PUSCH RODRIGUES TECN. EM GASTRON.
FLAVIA PALHANO TECN. EM ALIMENTOS VIG. SAN. DOS ALIMENTOS
IOLANDA MARQUES PALOCO PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA – EJA
JANAIARA MOREIRA SEBOLD BERBEL NUTRIÇÃO MBA–G. DE UN. ALIM.NUTR.
JOÃO BATISTA CEOLA FILHO MATEMÁTICA
JOSI MARIA SOUZA CARAMEL GEOGRAFIA – HISTÓRIA G.,SUP. E ORIENT. EDUC.
KELI PARREIRA DA SILVA GEOGRAFIA ORIENT. E SUPERV. EDUC.
KELLY CRISTINA MARINHO UMBELINO HISTÓRIA EDUC. ESP. INCLUSIVA
LUIS CARLOS SANTOS SILVA LETRAS
LUCIMARA AP. DA LIMA BATISTA MATEMÁTICA EDUC. EM PROEJA
MARCO ANTONIO FACIONE BERBET FILOSOFIA
MARIA HELENA LOYDI EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
MARIA LUCIA MICHELATO FRANCO LETRAS PSICOPED. INSTITUCIONAL
NAJARA DE OLIVEIRA MACHADO FÍSICA
21
NEILA DUNCKE EDUCAÇÃO FÍSICA PSICOPEDAGOGIA
NELSON MACHADO FILHO LETRAS EDUC. INTEGR. AO PROEJA
OSVALDO HAAGSMA CIÊNCIAS SOCIAIS EDUC.INTEGR. AO PROEJA
ROBERTA CAROLINE THOMAZ CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
SILVIA EVANGELISTA TECN. AMBIENTAL
SILVIO CESAR COELHO COM.SOCIAL – HISTÓRIA
SOLANGE DA SILVA TEIXEIRA FISICA
SONIA MARIA FEITOSA PINTO MATEMÁTICA
SONIA MARA DE OLIVEIRA CIÊNCIAS EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
TANIA SILLA GOMES LETRAS EDUCAÇÃO ESPECIAL
VANESSA ALEIXO LETRAS
VANESSA MARCIANO GEOGRAFIA-PEDAGOGIA
VANIZE CRISTHINE WANDERBROOK EDUCAÇÃO FÍSICA ADM.SUP. E ORIENT.EDUC.
1.5.1.5 Quadro de professores pedagogos
NOMES
GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
ANDRÉA CHORNOBAI PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA
CRISTINA MARGARETE BARILI TEIXEIRA PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA
EIZAIRA DOS SANTOS RODRIGUES PEDAGOGIA DIDÁTICA MET. ENSINO
LORICE DE OLIVEIRA RIBEIRO PED./DIREITO ADM., SUP. E ORIENT. EDUC.
MARIA ISABEL R. DANTAS PEDAGOGIA ADMINIST.ESCOLAR/FILOSOFIA
SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO PEDAGOGIA FILOSOFIA
22
1.5.1.6 Quadro de diretores
NOMES
GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO
MARIA DE LOURDES ROBERTO CEOLIM MATEMÁTICA PSICOPEDAGOGIA
SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO PEDAGOGIA FILOSOFIA
23
2 OBJETIVO GERAL
Organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Unidade Polo dentro dos
princípios da igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão democrática e
valorização do magistério, com a finalidade de formar o cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa,
igualitária e democrática.
2.1 Objetivos específicos
Definir as ações educativas e as características necessárias para que a escola
cumpra seu papel na formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,
critico e criativo.
Explicitar claramente o diagnóstico da realidade sócio-econômica e educacional
dos alunos, pais, funcionários, professores e, a partir deste, definir as ações que
nortearão o currículo e as atividades escolares.
Garantir a permanente reflexão, discussão e busca de soluções acerca dos
problemas da escola, através de reuniões e conferências a serem definidas no plano de
ação.
Propiciar a participação democrática de todos os membros da comunidade
escolar.
Organizar o trabalho pedagógico de forma que possibilite romper com as
relações competitivas, corporativas e autoritárias.
Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho no interior da escola
provenientes da hierarquização dos poderes de decisão.
24
3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
A capacidade do educador de pensar sobre sua prática cotidiana vai além de
enumerar as teorias da educação de acordo com as concepções pedagógicas e de
saber se está sendo construtivista, tradicionalista, idealista ou racionalista. De acordo
com Dermeval Saviani (2000), a Filosofia da Educação não seria outra coisa senão a
reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade educacional
apresenta. Então, uma atitude filosófica na educação, requer a habilidade de identificar,
analisar e buscar soluções para os problemas educacionais.
De acordo com Saviani (2000), a tarefa da Filosofia da Educação é de oferecer
aos educadores um método de reflexão que lhes permitam encarar os problemas
educacionais, penetrando na sua complexidade e encaminhando a solução de
questões, tais como, o conflito entre filosofia de vida e ideologia na atividade do
educador, a relação entre meios e fins da educação, a relação entre teoria e prática, os
condicionamentos da atividade docente, até onde se pode contá-los ou superá-los
Para Antonio Severino (1994), as características específicas da educação,
exigem que o profissional dessa área deva ser formado com solidez e competência
para ter “um rigoroso domínio dos conteúdos científicos e de habilidades técnicas, uma
consistente percepção das relações situacionais dos homens e uma abrangente
sensibilidade às condições antropológicas de sua existência”.
Os educadores precisam compreender que consciente ou inconscientemente
toda prática pedagógica está embasada numa teoria, numa filosofia, ou seja, numa
concepção de mundo, de educação e de homem que se pretende formar. Essa deve
ser a primeira definição a ser feita, antes mesmo de se definir quais os objetivos da
educação.
Nossa educação tem sido pautada pelos princípios do silêncio, da obediência, do
autoritarismo, da hierarquia, da passividade, da dissimulação (fingir o ensinar e o
aprender), da omissão, da exclusão, da fraude, da desigualdade. Como resultado dessa
25
prática espera-se que o aluno seja um cidadão crítico, atuante, participativo, honesto,
solidário, criativo e humano. É a grande contradição se revelando entre o discurso e o
fazer pedagógico.
Os conflitos existem porque os interesses das classes sociais são divergentes.
Uns lutam pela manutenção do status quo, outros querem a transformação da estrutura
social a fim de que se desenvolva maior eqüidade social, e muitos, por não terem
consciência de como se dão as relações de poder na sociedade, alienam-se. Nesse
contexto, para Gadotti, (1988) o papel diário do educador deve ser crítico e
revolucionário: “Seu papel é o de inquietar, incomodar, perturbar. A função do
pedagogo parece ser esta: à contradição (opressor/oprimido, por exemplo) ele
acrescenta a consciência da contradição”.
Essa não é tarefa fácil, mas o educador precisa assumir esse desafio, nessa
sociedade de conflitos, de classes e de interesses, de criar condições necessárias que
fortaleçam o aparecimento de uma nova concepção de homem, materializada em
pessoas conscientes, solidárias, organizadas e capazes de superar o individualismo.
No contexto da dominação política e da exploração econômica capitalista, o papel do
educador revolucionário é o de ser um agente atuante do discurso contra-hegemônico.
Precisamos abrir espaços de comunicação com o nosso aluno, permeada pelo
ato da fala e da escuta. Devemos permitir que este se expresse sobre seu cotidiano,
seus sonhos, sua família, seus desejos, seus medos, suas desilusões, suas alegrias,
suas tristezas, suas fantasias, seus conhecimentos. Esta é a forma de considerá-lo
como sujeito de sua história, buscando construir sua identidade e subjetividade.
De acordo com o pensamento de Libâneo (1994) é através do domínio de
conteúdos científicos, de métodos de estudo e habilidades, e hábitos de raciocínio
científico que os alunos poderão formar consciência crítica face às realidades sociais.
Assim, terão capacidade de assumir no conjunto das lutas sociais, a sua condição de
agentes ativos das transformações sociais e de si próprios.
26
O papel da escola na sociedade contemporânea exige mudanças na sua
estrutura. Assumindo que nessa mudança, é necessária a adoção de uma nova
abordagem que enseje aos egressos a capacidade de investigação de forma a criar
condições para o processo de educação permanente.
27
4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A organização do trabalho no Colégio Estadual Unidade Polo está embasada nos
princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita. Estes princípios são os
princípios da igualdade, da qualidade, da gestão democrática, da liberdade e da
valorização do magistério, fundamentados na Constituição Federal de 1988, na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96) e nas Diretrizes Curriculares
Estaduais do Paraná
A Constituição Federativa do Brasil em seu Artigo 205 garante a educação como
direito de todos e dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento da
pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O Artigo 206, da Constituição, institucionaliza que o ensino será ministrado, a
todos, com base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; da valorização dos
profissionais do ensino; da gestão democrática do ensino público; da garantia de
padrão de qualidade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96), reitera os
princípios anteriormente citados; disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias e estabelece que a
educação escolar deva vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
No Estado do Paraná, as Diretrizes Curriculares para a educação pública alvitra
uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos. Os sujeitos da
Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral oriundos das classes
assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e
culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. A
28
instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes menos
favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao
mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a
arte. Assim, atendendo os princípios contidos na Constituição Federal e Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, as DCEs do Estado do Paraná prima por uma
educação na escola pública proporcionando o acesso ao conhecimento, onde todos,
especialmente os alunos das classes menos favorecidas, possam ter um projeto de
futuro que vislumbre trabalho, cidadania e uma vida digna.
Sendo assim, este Projeto Político Pedagógico está constituído dentro dos
princípios citados, que favorecem o desenvolvimento da capacidade do aluno de
apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais, tecnológicos e artísticos filosóficos
produzidos historicamente e devem ser resultantes de um processo coletivo de
avaliação emancipatória.
29
5 A REALIDADE EDUCACIONAL
5.1 A realidade do Brasil
A educação encontra-se entre os direitos que devem ser assegurados pelo
Estado, assim como a saúde, a moradia, o transporte, a segurança, o saneamento
básico e o lazer. A maioria da população brasileira não desfruta desses direitos, ou
seja, as políticas públicas sociais não atingem a milhões de cidadãos. Esse quadro é
resultado da excessiva concentração de renda nas mãos de poucos, enquanto a
maioria dos brasileiros vive em condições precárias.
Conforme consta em Paraná (2005), a exclusão social é elevada e isso se reflete
na educação. O índice de analfabetos é altíssimo. De acordo com os dados do
Ministério da Educação e Cultura, 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais,
são analfabetos; 33 milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente
alfabetizados; 4,3 milhões de crianças entre 04 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre
15 e 17 anos estão fora da escola; 1,3 milhão de crianças, entre 10 e 17 anos, estão
trabalhando ao invés de estudar e 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao
mesmo tempo; apenas 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série.
Ainda em Paraná (2005), esses números revelam a exclusão de milhões de
brasileiros de seus direitos à educação. As crianças e jovens que não estão fora das
escolas recebem, segundo o MEC, uma educação de baixa qualidade, pois, 59% dos
alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente e, 52% não dominam habilidades
elementares de Matemática. Dentre os 31 países investigados, o Brasil ficou em último
lugar na média de desempenho em Matemática.
Os dados apresentam-se elevados e alarmantes, “apesar ou com pesar”, das
políticas neoliberais educacionais adotadas no governo federal de Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002), quando foi efetivada uma reforma educacional nos diferentes
níveis de ensino, especialmente na educação básica. A referida reforma compreendeu
as mudanças nas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de gestão,
30
na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação
centralizados nos resultados, nos programas de educação à distância, no programa de
distribuição de livros didáticos ao Ensino Fundamental e na forma do financiamento da
educação.
As reformas que se efetivaram no país, durante o período do governo de
Fernando Henrique Cardoso estiveram atreladas aos interesses de agências
multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a
UNESCO, que financiam projetos e modelos de soluções dos problemas educacionais
com a finalidade de adequar a educação ao mercado de trabalho.
Os objetivos dessas mudanças na educação não foram apenas de ordem
econômica para enxugar o Estado, reduzir gastos e otimizar os custos. No fundo destas
reformas encontra-se um objetivo estratégico do capitalismo, de modelar um ser
humano cada vez mais individualista e competitivo, a partir da lógica empresarial, com
base nos valores do mercado, ao mesmo tempo em que impossibilita o avanço das
classes populares no acesso ao conhecimento sistematizado.
Entre os efeitos perversos do neoliberalismo temos o aprofundamento do
individualismo, a política do “cada um por si” resolvendo seus problemas, afirmando que
o fracasso é responsabilidade individual. A sociedade brasileira é excludente, com
fortes marcas do neoliberalismo, doutrina na qual predomina o Estado mínimo na
direção da sociedade, deixando ao mercado o controle das relações sociais e
econômicas. Nessa sociedade predomina a falta de humanismo, de respeito ao outro e
às instituições sociais, com preconceitos, racismo e altos índices de violência; a falta de
perspectivas, desprovida de valores éticos e morais, com corrupção na política e
desigualdades sócio-econômicas; o imediatismo; a falta de planejamento e perspectivas
futuras. Todo o fracasso da educação pública é interpretado como problema de cada
trabalhador da educação, individualmente, deslocado das condições materiais e do
desmonte do Estado.
A referida reforma educacional priorizou a autonomia do currículo, utilizando-se
de Parâmetros Curriculares Nacionais, que não contemplaram a diversidade sócio-
31
cultural brasileira e o desenvolvimento social necessário à população marginalizada e
excluída. As mudanças organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam aos
objetivos prioritários da escola. Essas políticas educacionais induziram os Sistemas
Estaduais à municipalização do Ensino Fundamental e a nuclearização das escolas.
Os trabalhadores em educação, organizados em sindicatos, associações e
confederações, se posicionaram contra essas reformas e contestaram,
incansavelmente, mobilizando e esclarecendo a sociedade civil a esse respeito, mas as
referidas reformas foram implantadas.
5.2 A realidade do Paraná
O Estado do Paraná foi um dos primeiros estados brasileiros a assumirem as
referidas reformas educacionais propostas pelo governo federal de Fernando Henrique
Cardoso. Esse Estado caracteriza-se como um dos mais ricos e desenvolvidos da
Federação, porém tem a concentração de renda nas mãos de poucos que dominam os
meios de produção, gerando exclusão e desigualdades sociais.
O Estado tem sua economia baseada na produção agro-industrial, no entanto, a
concentração da população se dá no meio urbano. Há o predomínio de grandes
propriedades agrícolas de monocultura de soja e trigo para a exportação, gerando
assim, o êxodo rural, o extermínio dos pequenos agricultores e da diversificação de
culturas, gerando desemprego e subemprego no campo. A utilização de alta tecnologia
no plantio e na colheita, com maquinários de última geração têm dispensado quase que
totalmente a mão-de-obra.
Então, as reformas propostas pelo governo federal, determinando que os
municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª séries, influenciou no
processo de aceleração da migração do campo para a cidade. Os municípios não
dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma educação de qualidade.
O processo de municipalização incluiu como medida administrativa de economia a
nuclearização das escolas. Esse processo descaracterizou as comunidades e também
estimulou a migração da população do campo para a cidade.
32
Neste período, o governo Jaime Lerner (1995-2002), implantou medidas de
terceirização na educação pública. Implantou o Paranaeducação, Paranaprevidência,
Proem (este programa extinguiu cerca de 1080 cursos profissionalizantes das escolas
públicas do Estado), Correção de Fluxo, aumento do número de alunos por turma,
redução da grade curricular, proibição de turmas do Ensino Fundamental no noturno,
alteração do porte das escolas (reduzindo horas do quadro administrativo e da equipe
pedagógica, provocando perdas de empregos), municipalização de ensino, corte do
adicional de difícil acesso, alteração das regras de aposentadoria dos professores com
RDT e Ensino Especial, dentre outras.
As medidas privatizantes efetivadas pelo governo de Jaime Lerner, não
trouxeram benefícios à educação paranaense, pois as avaliações realizadas pelo SAEB
permitem afirmar que muitos alunos do Ensino Fundamental chegam à 5ª série sem
conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculo e, concluem a 8ª série sem adquiri-
los. Persistem os altos índices de evasão e repetência, distorção idade/série,
aprendizagem sem qualidade.
Sem investimentos suficientes para corrigir tais deficiências, o governo estende
para o Ensino Médio, a responsabilidade sobre a aprendizagem que deveria ter sido
adquirida no Ensino Fundamental. Além disso, o Ensino Médio, historicamente, tem tido
um caráter de dualidade, no qual a formação técnica profissional é dissociada da
formação humana. A superação desta dicotomia deve ser um compromisso de políticas
públicas para esta modalidade de ensino, que o Estado deve assumir como obrigatória,
ou seja, onde não há formação humana integral deslocada da formação técnica
profissional.
Um dos maiores problemas enfrentados pela educação no Estado do Paraná é a
evasão escolar, principalmente no Ensino Médio. A evasão escolar não é um fator
unicamente educacional, mas social e econômico. Jovens e adolescentes deixam a
escola para trabalhar, não conseguem conciliar o trabalho com os estudos, chegam
cansados, atrasados para as primeiras aulas, não acompanham os conteúdos e
acabam desistindo. A escola não dá conta de resolver esses problemas, pois eles
ganham outras dimensões.
33
Os problemas da evasão, da reprovação e da educação sem qualidade social
ainda são reflexos da falta de investimentos na educação por um longo período de
tempo. Os governos federais e estaduais deixaram de investir conforme deveriam na
educação (o governo estadual deve investir no mínimo 25% da arrecadação). Deixaram
de investir adequadamente, por longo tempo na carreira, no salário e na formação
inicial e continuada dos profissionais da educação. Não destinaram verbas suficientes
às escolas para que pudessem recuperar e ampliar suas instalações garantindo uma
infra-estrutura adequada para o trabalho pedagógico de qualidade, e que contemplem
adaptações adequadas às pessoas com necessidades educativas especiais, bem como
espaços para atividades artísticas, esportivas e recreativas.
A realidade educacional, até então, precisava imediatamente de mudanças, pois
uma quantidade significativa da população que necessitava da escola pública, recebia
educação deficitária, gerada pela rotatividade de professores nas escolas; pelo
despreparo de muitos professores que assumiam aulas que não estão dentro de sua
área de formação; pelo acúmulo de carga horária (excesso de aulas semanais - 60
horas/aula) dos professores; pela ausência de formação continuada eficiente tanto dos
professores quanto dos funcionários; pela falta de um regime diferenciado de trabalho
com dedicação exclusiva; pela falta de um plano de carreira adequado para os
funcionários com perspectivas de progressão na carreira. Agravando esses problemas,
estão as estruturas físicas e as instalações inadequadas das escolas com bibliotecas
desatualizadas e acervo bibliográfico insuficiente, falta de material didático pedagógico
para o trabalho dos professores e laboratórios de Química, Física, Biologia e
Informática.
O Governo Requião (2003-2006) iniciou um processo de transformação na
educação pública paranaense que está sendo reconhecida no Brasil. Visando melhorar
a qualidade do ensino, implantou o livro didático gratuito, o portal Dia-a-dia Educação
visando um modelo de aprendizagem colaborativa e como parte do processo de
formação continuada dos professores com o projeto Folhas, o Grupo de Trabalho em
Rede e os Objetos de Aprendizagem Colaborativa; o Programa Paraná Digital que
contempla 40 mil computadores e toda a rede escolar interligada com Internet de fibra
ótica ou via satélite; a TV Paulo Freire, o plano de cargos e salários, concurso público, o
34
retorno da Educação Física e do Ensino Fundamental no período noturno, a ampliação
da carga horária do noturno de 20 para 25 horas-aula semanais, a implantação da hora
atividade remunerada ao professor, a construção de novos colégios e salas de aula, o
Programa Paraná Alfabetizado, a volta do ensino profissionalizante, as Salas de Apoio
e de Recursos. A Lei 15.228/06 - Instituiu a obrigatoriedade das disciplinas de filosofia e
sociologia na grade curricular do ensino médio. Criou-se também o PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional, com ações na modalidade de educação à distância que
visam à interação entre professores.
Reeleito para o período (2007-2010) o governo Requião está realizando novo
concurso público e anunciou o aumento de verbas para a educação. O PEC (Proposta
de Emenda Constitucional) - ampliam de 25% para 30% os recursos para a educação
pública. Algumas escolas estão recebendo recursos para reformas e foi implantada a
TV Multimídia, projeto de televisores de 29 polegadas, com entrada para cartão de
memória e pendrive para todas as salas de aula da rede estadual, com curso e
orientação de uso direcionada a todos os profissionais da educação. No mesmo
período, foi doado aos professores da rede, um pendrive, abrindo oportunidades de uso
de recursos tecnológicos como forma pedagógica.
Esperamos que essas mudanças realmente diferenciem o quadro da qualidade
educacional no Paraná. Porém, sabemos que os resultados aparecem em longo prazo
e não temos ainda condições de medir adequadamente os resultados efetivos dessas
ações iniciadas com o governo Requião.
5.3 A realidade do município de Campo Mourão
O município de Campo Mourão está situado numa região economicamente
privilegiada, conta com uma agricultura desenvolvida, excelente estrutura urbana, boa
posição geográfica, possuindo um dos maiores entroncamentos rodoviários do sul do
país. No entanto, é um município cuja população sofre pela ausência de políticas
sociais e com o predomínio do monopólio da agricultura. O latifúndio e a mecanização
do campo têm expulsado os trabalhadores para a cidade. Esses trabalhadores não
35
estão preparados para a vida urbana e, desempregados, passam a viverem
marginalizados.
As escolas estaduais e municipais recebem, em sua maioria, alunos advindos de
meios sociais precários, crianças desnutridas, carentes de afetividade, com problemas
psicológicos, sem recursos financeiros para adquirir os materiais escolares. Esses
alunos encontram uma escola igualmente sem estrutura física e financeira para atendê-
los com qualidade. Enfim, todos os problemas que ocorrem no país e no Estado, são
encontrados em Campo Mourão. Nessa cidade, o Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries
é ofertado pela rede municipal em 22 estabelecimentos de ensino, sendo que 05 destas
escolas atendem de 1ª à 8ª séries. O Ensino Médio público é ofertado em 14 escolas da
rede estadual e em 01 da rede federal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os índices de reprovação na
rede municipal são mais elevados na 1ª e na 5ª séries. Na 1ª série constata-se que a
falta de contato com materiais escritos em casa dificulta a aprendizagem. Na escola,
alguns fatores contribuem para a retenção do aluno como, a metodologia, a forma de
avaliar, o número excessivo de alunos na sala de aula, dentre outros.
Em relação à 5ª série, entre os fatores que levam à reprovação segundo a
Secretaria Municipal de Educação está a fragmentação entre a 4ª e 5ª série, a falta de
interesse e a indisciplina dos alunos, o não comprometimento e acompanhamento da
família, o número excessivo de alunos por sala de aula, a metodologia, a avaliação e as
condições de trabalho dos professores.
No Ensino Médio, constata-se que as causas mais freqüentes de reprovação e
evasão escolar são a gravidez na adolescência, a falta de interesse, a dificuldade de
conciliar o trabalho com os estudos, a falta de estímulo da família, a metodologia
adotada pelas escolas e a avaliação.
A realidade educacional no município de Campo Mourão precisa ser melhorada,
ainda é grande a falta de estrutura das escolas, salas com excessivo número de alunos,
36
bibliotecas defasadas, falta de funcionários e outros fatores que levam à evasão e
reprovação dos alunos.
5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo
O Colégio Estadual Unidade Polo localiza-se no limite entre o centro e os bairros
em seu entorno. A escola não apresenta grande distinção entre os três períodos, ou
seja, nos períodos matutino, vespertino e noturno, estão matriculados alunos
provenientes de famílias com nível sócio-econômico de classe média e baixa.
De acordo com o Relatório Final Anual de 2007, 2008 e 2009, a reprovação no
período de 2008 atingiu índices elevados em comparação a 2007 e 2009, sendo que no
ano de 2009 a diminuição foi significativa em relação ao item reprovação. Corroborando
as informações, no Ensino Fundamental, em 2007, ocorreram 14% de reprovação,
sendo que 2008 a reprova atingiu um índice de 24%, e 2009 diminui para 19%. No
Ensino Médio, a referência de reprovação foi a seguinte: 2007 incidiu em 10%, 2008 em
12% e 2009 em 9%.
No quesito evasão, observa-se que o indice no Ensino Fundamental nos anos de
2007, 2008 e 2009 não ultrapassou a 2%. No Ensino Médio, período diurno e noturno,
em 2008 e 2009, com 12% de abandono, superaram o ano de 2007 com índice de 10%.
Assim, o grande responsável, nos três últimos anos, pelo alto fator evasão se deu no
periodo noturno com o ensino médio, sendo que na somatória dos anos citados, no
periodo diurno, correspondeu a 8% e no noturno chegou a um indicador de 26%.
A evasão e a reprovação preocupam a comunidade escolar. Essa escola está
longe de alcançar os objetivos propostos nesse Projeto Político Pedagógico. Sabemos
que muitos fatores interferem no processo de ensino-aprendizagem e serão explicitados
no decorrer dos textos que sucederão a este. Temos a convicção que o desafio é
grande, mas a escola continuará desenvolvendo o Projeto contra a evasão e
reprovação escolar, em andamento desde 2004, e todas as ações estão,
principalmente, voltadas à redução dos índices de reprovados e evadidos dessa
instituição escolar.
37
6 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA
PRÁTICA PEDAGÓGICA DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS
No Brasil, a política educacional que se diz comprometida com a universalização
da escola pública com qualidade social ainda não superou o processo de exclusão do
sistema educacional como a reprovação, evasão, gestão autoritária, avaliação
quantitativa, aceleração de estudos, prédios ruins, salas de aulas superlotadas,
iluminação inadequada, carência de recursos didáticos, a não aplicação do piso salarial
nacional e falta de condições de trabalho adequadas para os trabalhadores em
educação.
Vivemos numa sociedade em crise, marcada pelo capitalismo que move nossos
jovens pelo imediatismo e hedonismo, que expressam valores de consumo fácil, do
pouco esforço físico e intelectual. Neste contexto, a escola deve fazer um esforço no
sentido de aproximar o ensino-aprendizagem da metodologia da mediação dialética no
sentido de desvelar o mundo, problematizá-lo do ponto de vista ético, político e
econômico e assim repensar sua função sócio-histórica.
Nas décadas de 80 e 90, com o avanço do neoliberalismo, a educação pública
se pautou pela lógica da mercantilização. As questões pedagógicas tomaram outro
rumo, pois, o currículo passou a ser visto como um rol de competências e habilidades
voltadas para o mercado de trabalho, através de parâmetros curriculares vagos e
imprecisos sem o compromisso com a transformação da sociedade e com os
trabalhadores. Temas essenciais da educação foram abandonados, entre eles, os
debates acerca dos trabalhadores em educação como intelectuais, a organização da
escola de maneira coletiva e solidária, a gestão democrática, o significado e a função
do conhecimento trabalhado na escola, entre outros.
Desvelar uma sociedade injusta implica em explicitar as condições de trabalho,
de salário e a intrínseca relação entre o pedagógico, o político e o econômico. A
realidade da escola pública brasileira, ainda é permeada por muitas contradições. Nela
lutamos, indagamos anunciando um mundo com melhores perspectivas.
38
Para reorganizar a escola pública e repensar o currículo é preciso colocar na
pauta de nossas reflexões as mudanças econômicas, sociais, culturais, científicas e
políticas, vivenciadas nas últimas décadas no mundo. Novos problemas exigem novas
respostas. Porém, antes disso é necessário discutir e estabelecer que relações nós,
educadores, aspiramos ou ao menos apontar outras formas de relações nessa
comunidade escolar. Afirmamos que “na base de todas as relações humanas,
determinando e condicionando a vida, está o trabalho, uma atividade intencional que
envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida
humana” e que precisam ser distribuídos para toda sociedade na mesma proporção
Ao estabelecer as relações em nossa comunidade escolar, devemos estar
atentos à construção de um currículo que interrogue a realidade e que nos permita ser
interrogados pela sociedade. Devemos estabelecer sempre o aspecto público da
escola, tornar as relações mais democráticas permanentemente, mostrando que a
educação não é mercadoria, não pode ser vendido. É um direito da sociedade.
O trabalho e o emprego estão na base da produção, da criação de riqueza e bem
estar e se ligam às decisões sobre o que e como produzir e como organizar a
reprodução da vida humana. Isso implica em olhar para o conjunto das necessidades
da população, em particular ao trabalho e emprego, para avançar na construção de
uma sociedade com igualdade. Alertar que a economia está voltada para os mega
projetos que beneficiam as transnacionais, os banqueiros e o agronegócio. É preciso
compreender a política econômica do país para intervir nos seus rumos.
Na sociedade de mercado, dominada pela busca incansável do lucro, há um
predomínio das empresas transnacionais que vão destruindo os sistemas locais de
produção, circulação e venda dos produtos. Enfrentar essa realidade para melhorar as
condições da classe trabalhadora é fundamental.
O programa Fome Zero atua a partir de 04 eixos articuladores: acesso aos
alimentos, fortalecimento da agricultura familiar, geração de renda e articulação,
39
mobilização e controle social. O programa Bolsa Família1 é considerado o carro chefe
do programa Fome Zero. Neste colégio, dos 1261 alunos matriculados em 2010,
participam deste programa 35 alunos.
Outra mudança ocorrida no Brasil nos anos 90 deve-se a distribuição de renda
do trabalho das mulheres. De acordo com o ultimo censo do IBGE, a média de salários
aumentou de 28,7% em termos reais de 1889 e 1999. Corroborando estes dados e
conforme a Síntese dos Indicadores Sociais 2007², elaborada na maior parte com os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o número de mulheres
que são indicadas como a pessoa de referência da família aumentou
consideravelmente entre 1996 e 2006, correspondendo a uma variação de 79%,
enquanto, neste mesmo período, o número de homens “chefes” de família aumentou
apenas 25%. Em relação à “chefia” feminina, observou-se que as maiores proporções
de mulheres que se declaravam como pessoa de referência da família estava nos
grupos etários de 25 a 39 anos e de 60 anos ou mais de idade, cada grupo
correspondendo a 26,7%. Estas, no entanto, possuem rendimentos médios menores do
que aos dos homens.
Ainda, devido à necessidade da mulher ingressar-se no mercado de trabalho,
verifica-se que as mesmas estão cada vez mais em busca de escolarização. Segundo o
Pnad, houve um aumento considerável das mulheres em relação aos estudos. Em
1996, entre as pessoas que freqüentavam estabelecimentos de ensino superior, 55,3%
eram mulheres, passando para 57,5%, em 2006. Nota-se que os homens estão
perdendo espaço no processo de escolarização, pelo menos, no que tange a taxa de
escolarização superior. Estes resultados têm sugerido novas discussões e estudos
sobre políticas para a continuação do processo de melhora do padrão de distribuição de
renda no país. As atuais linhas de pesquisa enfatizam, sobretudo, a importância da
educação para reduzir a desigualdade de renda.
1 Programa Bolsa Família (PBF) é um programa brasileiro de transferência direta de renda, destinado às famílias em
situação de pobreza, com renda per capta de R$ 70,00 de até R$ 140,00 mensais, que associa à transferência do benefício financeiro o acesso aos direitos básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social.
² IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Síntese de Indicadores Sociais – 2007
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1
Acesso em 04 nov.2010.
40
A melhora no padrão de distribuição de renda do trabalho aconteceu
paralelamente a uma aceleração da taxa de crescimento do número médio de anos de
estudo da população. A média de anos de estudo aumentou de 4,55 em 1989 para 5,75
em 1999. Este fato ilustra a importância da educação para a distribuição de renda do
trabalho.
Em 1999 quase 40% da população empregada receberam menos de 03 salários
mínimos por mês, enquanto os 1,6% mais ricos receberam mais de 20 salários
mínimos. Além disso, 40,6% da população não tiveram renda.
Durante as últimas 04 décadas a concentração de renda no Brasil se manteve
praticamente inalterada, oscilando entre as 10 últimas posições do mundo. O primeiro
avanço significativo para melhora da desigualdade econômica no país ocorreu em
2004, com o programa Bolsa Família do governo Lula. A taxa de crescimento de renda
per capta para os mais pobres foi de 14,1%, enquanto a renda per capta média cresceu
3,6% no mesmo período.
A distribuição de renda no Brasil é tão desigual que “a metade pobre da
população brasileira ganha em soma quase o mesmo valor (12,5% da renda nacional)
que os 1% mais ricos (13,3%).
A afirmação da diversidade e a exigência da abolição das diferentes formas de
opressão - de gênero, de raça, de geração, de liberdade sexual, contra as pessoas com
necessidades educacionais especiais – têm sido eixos de lutas dos movimentos sociais,
bem como a preocupação com as questões ambientais e a exigência da participação
popular, através de Fóruns, Conselhos e da constituição de Redes Solidárias de
colaboração, de produção e de consumo que inauguram uma nova economia. O
sistema capitalista reage de várias maneiras, com guerras, massacres étnicos,
imposições econômicas e com a mídia cooptada, causando prejuízo à informação e à
autonomia da classe trabalhadora. É preciso criar novas alternativas através das redes
virtuais de relacionamento para enfrentamento das imposições ideológicas da grande
mídia.
41
Após a árdua tarefa para reverter às políticas neoliberais de oito anos de mando
(1995 a 2002), o atual governo ao longo desses 08 anos (2003 a 2010) retomou a
reconstrução da escola pública e vem implantando algumas políticas educacionais
assumidas, após discussão coletiva, com os profissionais da educação.
Essas políticas visam avançar na direção de uma escola que não separe
instrução de educação. Como dizia Gramsci, uma Escola Unitária, uma escola que não
separe o pensar do fazer, uma escola que instaure nossas relações entre trabalho
intelectual e trabalho manual, que seja um espaço de formação humana pautada no
acesso ao conhecimento como condição fundamental para a transformação da
sociedade.
A escola pública que queremos tem que ser conquistada e construída por todos.
O desafio que nos cabe é o de construir coletiva e democraticamente esta escola.
Acreditamos que este é o caminho, além da luta constante, devemos nos pautar pela
formação continuada, discussão, análise, debate e proposições da escola que
queremos, com a comunidade, com professores, funcionários, pais e alunos.
O governo tem a obrigação de investir recursos para financiar as políticas
educacionais de formação continuada para todos os trabalhadores em educação. Essa
deve fazer parte de uma política de qualificação profissional, com qualidade do ponto
de vista pedagógico, ético, político e técnico. Para isso é preciso transformar em
políticas públicas os atuais programas de formação continuada com investimento na
capacitação docente e dos demais trabalhadores em educação. Os profissionais da
educação devem estar inseridos no processo de construção do Plano Estadual de
Educação, enquanto sujeitos do fazer político-pedagógico.
Em relação à gestão democrática na educação, entendemos que ela é, antes de
tudo, um processo onde todos os que participam são representantes dos segmentos
sociais que formam a comunidade escolar. Sua forma de ação acontece através de
mecanismos como o Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários, a
elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, bem como a eleição direta para
diretores dos estabelecimentos de ensino.
42
A realização de eleição direta para a direção da escola garante a sua autonomia
pedagógica, além de cumprir um dispositivo constitucional. A Constituição Estadual, em
seu artigo 178, inciso VII, garante a “gestão democrática e colegiada das instituições de
ensino mantidas pelo Poder Público estadual, adotando-se sistema eletivo, direto e
secreto, na escolha dos dirigentes, na forma da lei”. Portanto, esse processo deve ser
plural, democrático e representativo. Sendo assim, alguns indicadores são
fundamentais na construção da gestão democrática, como a autonomia, a
representatividade social e a formação da cidadania. A autonomia é entendida aqui
como a autonomia pedagógica necessária para a comunidade escolar elaborar o seu
Projeto Político Pedagógico, escolher diretamente seus dirigentes e, a escola ter como
instância máxima, o Conselho Escolar pensando na administração da educação sempre
à luz da natureza do trabalho pedagógico, buscando sua universalização, enquanto
acesso de todos e, sua universalidade, enquanto conhecimento.
Em Paraná (2008), a escola é por princípio, o local do conhecimento produzido,
reelaborado e sociabilizado dialeticamente, sempre na busca de novas sínteses,
construídas na e com a realidade. Os Desafios Educacionais Contemporâneos trazem
em foco as influências que as múltiplas determinações, o ambiente, as culturas e as
diversas interferências do processo educacional causam nelas próprias e em seu
entorno. Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais,
econômicas, políticas e culturais levando-os a avaliar os enfrentamentos que devemos
fazer.
Esta nova demanda faz parte de nossa realidade e constam neste Projeto
Político Pedagógico visando à inserção dos temas a serem trabalhados de forma
científica, associado quando possível, ao conteúdo das diferentes disciplinas, não
estando fragmentado e nem desvinculado das DCEs do Estado do Paraná. Neste
aspecto, as questões que envolvem os Desafios Educacionais Contemporâneos:
prevenção ao uso indevido de drogas; educando para as relações étnico-raciais;
enfrentamento à violência na escola e educação ambiental, são pertinentes e
necessárias no trabalho escolar.
43
Propomos um estudo acerca das questões sociais mundiais e locais, numa
perspectiva crítica, sócio-histórica, política, econômica e pedagógica. Com o intuito de
fornecer subsídios teórico-metodológicos referentes a tais demandas. Serão utilizados
como material de apoio os Cadernos Temáticos produzidos pela SEED, Coordenação
dos Desafios Educacionais Contemporâneos.
Ainda no prisma de desafios da chamada revolução de paradigmas do processo
de ensino-aprendizagem de nossa época é a educação inclusiva. O sistema
educacional contemporâneo tem realizado uma busca por respostas para as
discussões sobre o processo inclusivo iniciado na década de l990, com o objetivo de
proporcionar a equidade de oportunidades às pessoas com necessidades educacionais
especiais, atendendo ao dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– LDBEN - nº 9394/96, em seu Art. 58, que preconiza que a Educação Especial é uma
modalidade de ensino que deve oferecida, preferencialmente na rede regular de ensino.
A inclusão implica em valorizar as peculiaridades de cada aluno, atendendo a
todos na escola com equidade, incorporando a diversidade, sem nenhum tipo de
distinção. Cabe dizer que, em Paraná (2010?, p 10), [...] equidade de oportunidades
“não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e
serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas
singularidades”. Esse processo, a inclusão, necessita de ações eficazes que garantam
os desenvolvimentos intelectual, social, afetivo e profissional do alunado a qual se
destina.
Neste sentido entende-se que devem ser atendidas todas as condições
necessárias para que possa ser concretizada esta modalidade de ensino, para
educandos com necessidades especiais. O compromisso do Estado deve ser na
manutenção de um modelo público de educação especial, em todas as modalidades,
como educação precoce, iniciação profissional, habilitação e qualificação para o
trabalho, ensino médio e superior.
É fundamental a efetivação de políticas educacionais que incluam, de forma
adequada, humana e com dignidade, as crianças e adolescentes com necessidades
educacionais especiais. As pessoas com necessidades especiais de aprendizagem ou
44
de locomoção têm direito ao acesso à educação de qualidade, de forma que sua
singularidade seja respeitada, superando toda forma de preconceitos e limitações
estruturais e de recursos humanos para recebê-las com qualidade.
Lutamos pela garantia ao acesso e permanência dos alunos com necessidades
educativas especiais nas escolas comuns e especializadas, prioritariamente públicas.
Mas não podemos admitir que estas pessoas sejam matriculadas aleatoriamente nas
escolas sem antes serem tomadas medidas que afirmem seus direitos de forma digna.
Torna-se então primordial, proporcionar aos alunos atividades que lhes permitam
demonstrar seu conhecimento prévio, desenvolvendo-o gradativamente para o
conhecimento científico e com este, interagir socialmente.
Neste contexto, a escola possui alunos com Transtorno Déficit de Atenção,
Hiperatividade (TDAH) e Deficiência Intelectual (DI), ou seja, alunos com Necessidades
Educativas Especiais (NEE) que estão inseridos em salas de aula do Ensino Regular,
por vezes em turmas numerosas, fator este que interfere no aprendizado pleno.
Também fazem parte do corpo discente, alunos com repetência, evasão e
problemas sócio-emocionais dificultando o atendimento, por parte dos professores,
para uma aprendizagem qualitativa.
Para sanar as defasagens de aprendizagem a escola oferece a Sala de Apoio à
Aprendizagem (SAA) aos alunos das 5ª séries, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, em duas turmas distintas; a Sala de Recursos, com professores
especializados, atendendo alunos de 5ª a 8ª séries, com Deficiência Intelectual (DI),
Transtornos Funcionais Específicos (TFE); e o SAREH - Serviço de Atendimento a
Rede de Escolarização Hospitalar-, proporcionando também o Atendimento Domiciliar
aos alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Num processo interventivo, em meio a tais diversidades, o professor da Sala de
Recursos e Serviço de Apoio a Aprendizagem interagem com os demais docentes da
45
sala do ensino regular que buscam desenvolver um trabalho com metodologias
diferenciadas a fim de atender as dificuldades apresentadas pelos alunos.
O professor da Sala de Recursos, buscando um elo no tripé escola, família e
serviço especializado, tem apresentado grandes êxitos com os alunos inseridos no
programa.
O governo deve investir recursos financeiros para a formação continuada dos
profissionais da educação para que os alunos com necessidades educativas especiais
possam ser educados com qualidade. Para tanto, conforme APP-Sindicato (2001), é
necessário realizar a adequação curricular, a destinação de recursos financeiros para a
adequação de instalações físicas apropriadas, como a remoção de barreiras
arquitetônicas e outras adaptações que se fizerem prementes; a aquisição de material
especializado às diferentes deficiências com qualidade e em quantidade aceitável,
como acervo bibliográfico, videoteca, equipamentos, materiais específicos com
impressoras em Braille, acervo bibliográfico em Braille, fitoteca, grupo de ledores
voluntários ou bolsistas, intérpretes para LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais.
Os investimentos financeiros do governo do Estado não podem se restringir ao
espaço escolar. O governo deve investir no transporte adequado aos educandos com
necessidades educativas especiais, nas equipes interdisciplinares e de saúde, na
avaliação diagnóstica, na relação adequada ao número de alunos por professor e
garantir o atendimento domiciliar à educandos, em casos graves, quando não puderem
se locomover até a instituição escolar.
Outro tema que se apresenta como desafiador para o debate são as relações
étnico-raciais. O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, é um país plural
em sua identidade, contudo ao longo da nossa história o preconceito e as relações de
discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência plena de sua
cidadania.
A SEED, desde 2007, instituiu o Departamento da Diversidade – NEREA, que
discute e define as políticas para o atendimento a todos os sujeitos que historicamente
46
encontram-se excluídos do processo de escolarização e/ou da pauta das políticas
educacionais. Destacamos na Educação do Campo, os moradores e trabalhadores do
campo, agricultores familiares e trabalhadores rurais temporários; na Educação das
Relações Étnico-Raciais e Cultura Afrobrasileira, Africana e Nativa, a população de
negros (as), étnico-raciais e índios; a Alfabetização de Jovens e Adultos trabalhando
com os jovens, adultos e idosos analfabetos; na educação de Gênero e Diversidade
Sexual, referindo-se as relações afetivo-sexuais de indivíduos ou grupos, tais como
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Na sociedade brasileira, a superação da discriminação, é o grande desafio da
escola. Sendo assim, é necessário conhecer e reconhecer a riqueza apresentada pela
diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, cultural e econômico
brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos sociais.
É imprescindível tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a,
sendo que para superar as discriminações é atuar sobre um dos mecanismos de
exclusão, tarefa necessária, ainda que insuficiente, para se caminhar na direção de
uma sociedade mais democrática. É um imperativo do trabalho docente a construção
da cidadania, uma vez que tanto a desvalorização cultural, quanto a discriminação são
entraves à plenitude da cidadania de todos, portanto da própria nação.
A Lei 10.639, assinada em 09 de janeiro de 2003 pelo Presidente da República
Luis Inácio Lula da Silva e o Ministro da Educação Cristóvan Buarque, alterou
dispositivos da LDB (Lei nº 9394/96) e tornou obrigatório o ensino da temática História e
Cultura Afro-brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino da Educação Básica
do país. Em 10 de março de 2004, o Conselho Nacional de Educação aprovou o
parecer 003/2004, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. A
temática deve ser trabalhada no âmbito de todo o currículo escolar em todas as
disciplinas.
Nesse panorama de inclusão social além da Lei nº 10.639/01 tem sido
amplamente discutido e inserido como componente curricular de caráter obrigatório nas
47
instituições escolares o cumprimento da Lei Nº 13.381/01 que torna obrigatório no
Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos de História do
Paraná, e da Lei Nº 11.645/08 que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino
da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A Lei 10.639/03, Lei Nº 13.381/01 e a Lei Nº 11.645/08 somam-se à luta pela
implementação de políticas afirmativas para a superação do quadro de exclusão
produzido pela estrutura do racismo e de classe presentes na sociedade brasileira. A
prática dessa lei, embora esteja em vigor no papel, é um desafio constante. Faz-se
necessário que ao implantar a lei, o poder público e nós educadores, desenvolvamos
práticas pedagógicas no interior da escola que promovam a igualdade das
diversidades.
Atendendo as Leis que amparam e preceituam as Diversidades, desde 2003,
consiste como prática desta instituição de ensino o trabalho educacional direcionado a
Educação Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Em 2007 foi constituída a equipe multidisciplinar que orienta e encaminha a
práticas pedagógicas no interior da escola promovendo a igualdade e o respeito à
heterogeneidade étnico-racial, visando à transformação social.
A temática Sexualidade que discute questões de gênero, doenças sexualmente
transmissíveis, educação sexual, entre outros temas correlatos, tem sido um tema
constante difundido na mídia, por meio das novelas, dos cinemas, da publicidade, dos
programas de auditório para jovens, das revistas voltadas para o público adolescente, o
que nos chama a responsabilidade da discussão do tema, na perspectiva dos direitos
humanos constituídos e fundamentados na Constituição da República Federativa do
Brasil quando diz, sobretudo, que um dos objetivos fundamentais é “promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação” (Art. 3º, IV)
A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos
humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos
48
minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados pelo grupo
LGBTT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de mulheres, porém poucos
estudos educacionais acerca do tema da diversidade sexual. Essa ausência na
educação, provavelmente, tem como causa a predominância de proposições
essencialistas e excludentes nos conceitos utilizados para pensar identidades sexuais
e de gênero.
E ainda, sobre o respeito à livre orientação sexual, recentemente a aprovação
de alguns documentos oficiais contribuiu para o fortalecimento das discussões acerca
dos direitos sexuais da população LGBTT, entre eles, o Decreto nº. 5.397, de 22 de
março de 2005, que dispõe sobre a composição, a competência e o funcionamento do
Conselho Nacional de Combate à Discriminação – CNCD, o qual compete propor,
acompanhar e avaliar as políticas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da
proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais e étnicos afetados por
discriminação racial e demais formas de violência.
Esse conselho é composto além de órgãos ministeriais, por representantes de
entidades e organizações não-governamentais das populações negra, indígena e do
segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBTT.
No Estado do Paraná, a Lei nº 11.733, de 28 de maio de 1997, que autoriza o
poder executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual a serem veiculadas
nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo graus do Estado do
Paraná dão amparo legal e abertura à prática de uma Educação Sexual na escola.
É imprescindível refletir no contexto escolar sobre as questões de gênero e
diversidade sexual, a fim de promover uma educação democrática e inclusiva, sem
preconceitos nem discriminações, desconstruindo padrões estereotipados que geram a
exclusão social. O trabalho de esclarecimento visa contribuir na promoção da equidade
de gênero sexual e no enfrentamento ao sexismo e homofobia, bem como promover a
defesa dos direitos sexuais.
49
Pensar em educação de forma ampla é abarcar a população do campo. Nos dias
atuais há necessidade de refletir sobre as políticas públicas que vem sendo
desenvolvidas em torno da valorização do homem do campo e de suas especificidades,
tendo em vista que o aluno advindo da zona rural não difere amplamente daquele
residente na zona urbana. A função primeira da escola é incentivar, valorizar e procurar
demonstrar ao aluno do campo a importância do trabalho agrícola para o bom
andamento de um país.
Nesse sentido a escola deve adaptar-se ao artigo 28 da LDB, que prevê, entre
outros, conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural.
Tal adaptação faz-se necessária, uma vez que o aluno poderá construir
conhecimentos concretos sobre o manejo e produção, e assim utilizá-los na construção
de formas diversificadas de trabalhos dentro do campo, podendo obter renda justa
desse local e adquirir forças para continuar a habilitar e cuidar da zona rural.
Sendo assim, este estabelecimento de ensino busca valorizar o conhecimento
dos diferentes sujeitos da aprendizagem. Considera que o desenvolvimento das
pessoas é construído não só por meio dos diferentes processos formativos, mas
valoriza a escolarização inicial e continuada, resgatando ao mesmo tempo nas áreas
educativas as questões específicas de cada grupo, principalmente no respeito ao
ambiente como forma de assegurar as condições do desenvolvimento sustentável.
Da mesma forma, as questões ambientais em discussão no mundo hoje, nos
apontam que é necessário cuidar da natureza. A educação ambiental torna-se aliada na
compreensão de que a sociedade e a natureza interagem. Para tanto, a Agenda 21
Escolar, documento que prevê iniciativas e ações de todos os setores sociais, inclusive
os desta escola, contribui nesse trabalho educativo de consciência ambiental.
A Agenda 21 é composta pela Agenda Global, Brasileira, Estadual, Local,
resultando dessa estrutura, a proposta para a elaboração da Agenda Escolar. A escola
tem influência efetiva, não apenas dentro dos seus muros, nos momentos formais, mas
50
em toda a comunidade formada pelos respectivos familiares e moradores de seu
entorno.
As atividades referentes à Agenda 21 Escolar devem ser desenvolvidas no
coletivo a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o
desenvolvimento do projeto abordando o tema definido, buscando conscientizar a
comunidade escolar na busca de soluções visando uma melhor qualidade de vida, onde
a participação de todos é fundamental para um resultado positivo.
Somos trabalhadores e construímos a educação de nosso Estado. Nossa
ferramenta de trabalho deve ser o conhecimento científico, filosófico, artístico, político e
tecnológico. Sabemos que através dele é possível contribuirmos para a transformação
da sociedade. Estamos motivados a construir uma educação em que o lucro não seja a
medida de todas as coisas. O que nos move são a vida humana em sua integridade
cultural, ética, política e social.
Em 2010 foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação Profissional
Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo Tecnológico:
Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09 Câmara de
Educação Básica, com 800 Horas/aulas, mais 50 horas de estágio profissional
supervisionado. O regime de matrícula é semestral, com duração mínima de 01 (um)
ano e máximo de 05 (cinco) anos.
O curso profissionalizante Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, cuja
modalidade é subsequente ao Ensino Médio foi visto como necessário, em virtude de
que é uma área que exige do profissional, conhecimentos específicos para trabalhar
eficientemente.
A oferta do curso veio consolidar o fortalecimento das políticas públicas
educacionais implantadas pela Secretaria de Estado da Educação para os cursos de
Educação Profissional em nosso município.
51
Abrange alunos cuja terminalidade é recente e outros que se formaram há anos.
O eixo definidor está centrado nos processos produtivos e sociais que regem e são
regidos por princípios científicos, políticos e tecnológicos determinados pelo mundo da
produção e organização social capitalista.
O técnico em serviços de Restaurante e Bar vem ao encontro da necessidade da
formação do técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se numa atividade com
crescente exigência de qualificação. Assim ao concluir o curso deverá compreender,
tomar decisões e propor soluções relativas aos serviços de Restaurante e Bar,
atendimento aos clientes em todos os aspectos. Controlar e avaliar o processo de
organização, higiene e manipulação dos alimentos em mesas e bandejas, depósitos e
cozinha do local de trabalho. Desempenhar com qualidade todos os serviços correlatos
à função do garçom, comunicando-se com eloqüência, seguindo as regras de etiqueta e
privilegiando a boa relação com a equipe e os clientes.
52
7 CONCEPÇÕES QUE NORTEIAM AS PRÁTICAS ESCOLARES
O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as
concepções de homem, sociedade, trabalho, educação, cultura, ciência e tecnologia.
Os conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo da escola, definidos em
reuniões e baseados em teorias progressistas, “partindo de uma análise crítica das
realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sócio-políticas da educação”
(SILVA, 2010). De acordo com as discussões realizadas entre os segmentos da
comunidade escolar verificou-se a preferência pela tendência progressista crítico-social,
que valorize os conteúdos científicos, questionando assim, o modelo hegemônico
vigente.
Nesta perspectiva, concebemos o homem como um ser natural e histórico-social.
Para sobreviver ele precisa relacionar-se com a natureza, pois dela provêm condições
que lhe permitem perpetuar-se enquanto espécie. Na busca das condições para a sua
sobrevivência, o ser humano atua sobre a natureza transformando-a segundo suas
necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve
múltiplas relações em determinado momento histórico, acumulando experiências, e em
decorrência, produz conhecimentos que são transmitidos de geração a geração por
meio da educação e da cultura.
Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A interação homem-natureza
é um processo permanente, de mútua transformação e se constitui no processo de
produção da existência humana. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo
trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes
formas pela humanidade. Ao alterar a natureza, o homem provoca desequilíbrios que
afetam toda a biodiversidade.
O processo de produção da existência humana é um processo social, sendo
assim, o ser humano não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros para
sobreviver. Existe interdependência dos seres humanos em todas as formas da
atividade humana, sejam quais forem suas necessidades, desde a produção de bens
até a elaboração de conhecimentos, costumes, valores. Essas necessidades são
53
criadas, atendidas e transformadas a partir da organização e do estabelecimento de
relações entre os homens.
Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida,
está o trabalho, uma atividade intencional que envolve formas de organização,
objetivando a produção dos bens necessários à vida humana. Essa organização implica
uma dada maneira de dividir o trabalho necessário à sociedade, ao mesmo tempo em
que o condiciona. A forma de dividir e organizar o trabalho determina também a relação
entre os homens na organização política e social, sobretudo quanto à propriedade dos
instrumentos e materiais utilizados e à apropriação do produto do trabalho.
Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, do
homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de
bens. Assim, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila, já
que está impregnado de relações de poder.
O desenvolvimento do homem e de sua história não depende de um único fator.
Seu desenvolvimento ocorre a partir do suprimento de suas necessidades materiais, da
forma de se relacionar para satisfazê-las e de produzir e reproduzir as idéias. Nesse
processo do desenvolvimento humano multideterminado, que envolve inter-relações e
interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica é o
determinante fundamental.
A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com diferentes ideologias,
histórias e culturas. Uma sociedade capitalista, na qual a maioria dos indivíduos não
tem acesso ao desenvolvimento, tendo poucas oportunidades sobre a ação social. Esta
sociedade passou a viver profundas transformações causadas, especialmente, pelas
enormes inovações que começaram a surgir, tais como as novas tecnologias. O acesso
a essa nova sociedade de informações propiciaram que mudanças monumentais
acontecessem na sociedade em geral, entretanto, questões de suma importância
permaneceram intactas, como o aumento desenfreado do desemprego que se
cristalizou mundialmente e o número de pessoas que vivem bem abaixo do nível de
pobreza. Além disso, avolumou-se a instabilidade emocional da maioria da população
54
devido ao temor que tomou conta dos indivíduos de se tornarem também excluídos e
de sofrerem perda ou redução do poder aquisitivo.
As condições econômicas em uma sociedade baseada na propriedade privada
resultam em grupos com interesses conflitantes, com possibilidades diferentes no
interior da sociedade, ou seja, resultam num conflito entre classes. Em qualquer
sociedade onde existem relações que envolvem interesses antagônicos, as idéias
refletem essas diferenças e as que predominam são aquelas que representam os
interesses do grupo dominante. Há a necessidade de se produzir idéias que
representem a realidade de vista de outro grupo que reflita a possibilidade de
transformação que está presente na própria sociedade.
Segundo Dermeval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Estas leis não são naturais, mas sim
históricas, ou seja, são leis que se constituem historicamente.
Para a sociedade que queremos, faz-se necessário efetivar ações que
contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, construindo uma sociedade
mais esclarecida, que tenha conhecimento do seu processo histórico-cultural e
compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são naturais, mas
sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de
participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem, que combata o
individualismo, conformismo, enfim, que valorize o ser e não o ter.
Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o conhecimento
referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes formas, senso
comum, científico, tecnológico, filosófico, estético, exprime as condições materiais de
um dado momento histórico.
O conhecimento é construído através das relações culturais, sociais, econômicas
e de poder de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de
produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade. Como
55
uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua história, a
ciência é determinada pelas necessidades materiais do homem ao mesmo tempo em
que nelas interfere.
A ciência caracteriza-se pela necessidade do homem de explicar, através de
métodos, os fatos observados, de forma sistematizada. É a tentativa de o homem
entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis que, em última
instância, permitam a atuação humana.
Tanto o processo de construção de conhecimento científico quanto seu produto
reflete o desenvolvimento e a ruptura ocorridos nos diferentes momentos da história.
Em outras palavras, os antagonismos presentes em cada modo de produção e as
transformações de um modo de produção a outro, são transpostos para as idéias
científicas elaboradas pelo homem.
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou
transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma
desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais da classe
dominante, não atingindo a totalidade da população.
O conhecimento acadêmico é fruto de disputas políticas. Portanto, estudar a
produção científica de cada área é conhecer não apenas o que está sendo produzido,
mas quais são as principais discussões e disputas que se processam no espaço
acadêmico e compreender sua historicidade, ou seja, porque estas questões estão
sendo postas neste momento histórico e qual o contexto em que surgem. A ciência não
é neutra; ela é produzida em torno de discordâncias e disputas.
O conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento escolar ao
adentrar a escola, adquirindo objetivos próprios. A incorporação dos avanços da ciência
e da tecnologia aos programas escolares deve passar pelo estudo do caráter histórico
da produção do conhecimento. Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação
deste conhecimento pelos educandos, representantes da classe trabalhadora,
permitindo aos mesmos, reconhecer e defender seus interesses.
56
Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo essa,
libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conhecimento
científico, político e cultural, visando formar um cidadão crítico e consciente de seus
direitos e deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro
e com o meio ambiente de forma equilibrada.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes
científicos produzidos pela humanidade e permitir que os estudantes desvelem a
realidade. Esse processo é indispensável para que não apenas conheçam e saibam o
mundo em que vivem, mas com isso saibam nele atuar e transformá-lo.
Deve proporcionar um conhecimento dinâmico com liberdade na troca de
experiências, que busque inovações, procurando sair das atividades rotineiras,
instigando o aluno a ousar, por em prática o conhecimento científico mediado pela
escola, adquirindo senso crítico e autonomia para tomada de decisões. O conhecimento
é percebido quando há manifestação de mudança de atitudes e comportamentos, na
prática social. Portanto, o conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-ação
simultaneamente, possibilitando a transformação social.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-
os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua
ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. De acordo com SAVIANI (1992), a
”educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, o que significa afirmar que ela
é, ao mesmo tempo, uma experiência do e para o processo de trabalho, bem como é
ela própria, um processo de trabalho”.
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis as manifestações e expressões
culturais de grupos dominados, observam-se o predomínio de formas culturais
produzidas e veiculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem
de forma destacadas as produções culturais em sua dimensão material e não-material
da classe dominante.
57
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na
escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais,
especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-las à
produção de uma cultura erudita, como afirma SAVIANI (1995), “a mediação da escola,
instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber
sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político
fundamental”.
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe
à escola aproveitar essa diversidade existente para conhecer e vivenciar o
multiculturalismo, que vise à transformação do ser humano, da sociedade e do mundo.
Não existe uma cultura inferior ou superior a outra, o que temos é uma diversidade
cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser
humano.
No contexto educacional, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta
sofisticada e alternativa, pois a mesma pode contribuir para o aumento das
desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. É necessário continuar
lutando pela escolarização como um bem público, contra a domesticação política,
contribuindo para que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua
numa efetiva base para que os menos favorecidos transformem sua concepção de
poder.
Ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica não será suficiente
para o acesso de todos à escola. Sem que haja uma vontade e ação política
possibilitando investimentos para que esses recursos tecnológicos, elementares e
sofisticados, existam e possam contribuir para o desenvolvimento do pensar. Os
recursos tecnológicos podem estabelecer relações entre o conhecimento científico,
tecnológico e histórico-social, não será possível que o indivíduo passe a pensar sobre a
realidade em que se encontra, tornando-se um cidadão consciente.
58
A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire
quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa dinâmica do
pensar, a escola e os profissionais que nela se encontram inseridos exercem um papel
fundamental.
De acordo com Leonardo Boff, “cidadania é um processo histórico-social que
capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar
a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino” (BOFF, 2000, p.
51). Sendo assim, a formatação da cidadania acontecerá quando o indivíduo conseguir
sair do conformismo em que se encontra, onde o poder público assume um papel
paternalista/assistencialista e o indivíduo o papel de dependência desse sistema. Para
atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária, participativa,
formativa e crítica, é necessária a concepção de uma cidadania plena e consciente dos
direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.
59
8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Concebemos a avaliação, conforme PARANÁ (?), no materialismo histórico
dialético, entendendo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua
existência, transcendência da natureza e, portanto, livre no sentido de agir
intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar
por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo a
avaliação no contexto escolar não é um processo isolado, mas está intrinsecamente
ligada aos objetivos da escola e dos cursos, é a analise da prática pedagógica de todos
os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a
aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se avalia a
prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de
ensino como um todo.
A avaliação da aprendizagem deve centrar-se na forma como o aluno aprende,
sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção
pessoal do sujeito que aprende influenciada tanto pelas características pessoais quanto
pelo contexto social. Com tal abrangência, a avaliação é contínua e formativa, na
perspectiva do desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e prevenir
os problemas identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e
identificando as possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior
qualificação da aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse
processo.
A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do processo
educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da
observação, da análise, de reflexão crítica sobre a realidade/contexto. Esse processo
exige o envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos no processo
de avaliação, onde estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação
para os processos de ensino e de aprendizagem, na construção de uma educação
transformadora, cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi, “a
prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar
atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia
60
do educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos”.
(LUCKESI, 2002, p. 32).
A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no
círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar ou
redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação diagnóstica
seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção
pedagógica. Sendo essa preocupada com a perspectiva de que o educando deverá
apropriar-se criticamente do conhecimento.
Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos rumos, inovar o
ensino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos a quem ensinamos e porque
ensinamos para chegar ao e como avaliar, quem avaliar e para que avaliar.
Nesta perspectiva, a avaliação serve para verificar a apropriação do
conhecimento por parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação não são
momentos separados, acontecem de forma contínua em interação permanente. Os
objetivos devem ser bem claros e os conteúdos selecionados pelo seu grau de
importância para a vida do aluno. A avaliação deve ser parte integrante do processo de
aprendizagem, deve ser incorporada às atividades normais da sala de aula, envolvendo
os alunos no processo chamado de auto-avaliação, a fim de que possam refletir sobre
como e o quanto aprenderam.
A avaliação não se limita apenas na etapa final de uma determinada prática. Ela
deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir. Quando se constata que o
aluno não aprendeu o que foi ensinado, o professor deve rever os programas, retificá-
los, repensar a metodologia, descobrir falhas no processo, buscar outros caminhos,
lançar novas indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores
resultados. Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível.
Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a educação desde
suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Isso
implica em mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes e
61
discentes, entre outros. A transformação da avaliação abre caminhos para a construção
de novas possibilidades e de novas questões. É mais um meio para fazer avançar o
processo de ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo
assim, é necessário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para propor
uma reestruturação interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a
aprendizagem. Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem se comprometer com
o processo de transformação da realidade, alimentando um novo projeto comum de
escola e sociedade” (VASCONCELLOS, 1994, p. 85). Assim, o educador estará
consciente que seu trabalho servirá para construir uma sociedade mais humana e mais
justa, onde o direito do saber não pertence só a uma determinada classe de pessoas.
Com base nos preceitos já elencados o Colégio adota a avaliação dentro das
disposições orientadas como regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas
na LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação nº 007/99, e de acordo com as DCES
de cada disciplina, sendo contínua, cumulativa, processual e diagnóstica, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Ainda no aspecto avaliação, deve-se dar relevância a Recuperação de Estudos,
direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos, e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino-
aprendizagem.
Buscam-se processos de recuperação de estudos, porque os processos de
ensino e aprendizagem não foram completamente efetivados. De acordo com
Vasconcellos (2003, p.82) a recuperação de Estudos consiste na retomada de
conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os
alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente
acumulado, por meio de metodologia diversificada e participativa.
62
9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A participação do cidadão e o exercício de sua cidadania no campo educacional
e, mais especificamente, na gestão da escola, estão ligados a um processo mais amplo
de extensão da cidadania social à cidadania educacional. A cultura democrática cria-se
com a prática democrática. Os princípios e as regras dessa prática, embora ligados à
natureza universal dos valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca à
natureza da escola e ao projeto pedagógico de cada escola, a qual não é democrática
só por sua prática administrativa, ela torna-se democrática por toda sua ação
pedagógica, essencialmente educativa.
A escola precisa ser concebida não como uma organização burocrática, mas
como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção,
funcionários, professores, pais, alunos e comunidade, onde todos os envolvidos são
considerados cidadãos e atores participantes de um processo coletivo de fazer
educação.
Participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos demais
seguimentos que fazem parte do contexto escolar. Há dois sentidos de participação
articulados entre si. No primeiro sentido, a participação é ingrediente dos próprios
objetivos da escola e da educação. A escola é lugar de aprender conhecimentos,
desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas e estéticas. Mas é
também lugar de formação de competências para a participação na vida social,
econômica e cultural. No segundo sentido, por canais de participação da comunidade, a
escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e separado da realidade, para
conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil.
Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola, os pais, os
professores, os funcionários, os alunos, vão aprendendo a sentirem-se responsáveis
pelas decisões que afetam num âmbito mais amplo da sociedade.
63
Alguns princípios básicos da organização e gestão democrática são:
Autonomia das escolas e da comunidade
Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe
escolar.
Envolvimento da comunidade no processo escolar.
Planejamento coletivo das tarefas.
A formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos
integrantes da comunidade escolar.
O processo de tomada de decisões deve basear-se em informações concretas,
analisando cada problema em seus múltiplos aspectos e na ampla
democratização das informações.
Avaliação compartilhada.
Relações humanas produtivas e criativas na busca de objetivos comuns.
De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino
Fundamental e Médio, a Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento da
escola, compreendendo a tomada de decisões conjuntas no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo
a participação de toda a comunidade escolar.
A estrutura organizacional do Colégio Estadual Unidade Polo é composta de:
Conselho Escolar; Direção: Direção e Direção Auxiliar; Pedagógico: Professor
Pedagogo, Corpo Docente, Conselho de Classe e Biblioteca; Administrativa: Agente
Educacional I e Agente Educacional II e Biblioteca; Órgãos Complementares:
Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil.
O Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio
Estudantil são regidas por Estatutos próprios.
A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da educação,
alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a ação educativa do
64
estabelecimento. Sendo assim, a Gestão Escolar, como decorrência do princípio
constitucional da democracia e colegialidade, tem como órgão máximo de direção o
Conselho Escolar.
65
10 OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar
10.1.1 Direção
A Direção é o órgão decisório executivo e co-responsável que supervisiona,
coordena e fiscaliza todas as atividades administrativas e pedagógicas da instituição de
ensino. Ela deve assegurar a fidelidade dos princípios educacionais do estabelecimento
de ensino em sua práxis educativa, zelando, prioritariamente, pela qualidade dos
serviços educacionais e do ensino praticado na escola.
A função da Direção é de congregar e dinamizar todas as forças vivas da
comunidade educativa e canalizá-las rumo a objetivos educacionais visando uma
qualidade de ensino, procurando integrar todos os organismos da estrutura
administrativa e pedagógica assegurando a unidade de pensamento e de ação.
É responsabilidade da Direção, representar o estabelecimento de ensino, em
caráter oficial, perante as autoridades do poder público e junto às instituições culturais,
profissionais, associativas, sindicais e outras; fazer cumprir as leis e determinações
legais dos órgãos competentes; acompanhar e avaliar o desempenho profissional dos
funcionários e professores; administrar verbas; cuidar e zelar pelo patrimônio da
instituição de ensino.
A Direção deve fazer cumprir as determinações legais da SEED e NRE,
procurando promover o bem estar dos profissionais que atuam na instituição de ensino,
exercendo as demais atribuições inerentes ao cargo.
10.1.2 Direção Auxiliar
É o órgão responsável pelo comando e assessoramento das atividades técnico-
administrativas em cada turno de funcionamento, zelando pela manutenção da
66
organização, de tal forma que permita o controle imediato das ocorrências. Compete
ainda à Direção Auxiliar, assessorar a Direção na determinação de normas gerais de
organização e funcionamento do estabelecimento; prestar esclarecimento aos
professores, funcionários, pais e alunos sobre determinações diversas emanadas da
Direção, quando for solicitado; assessorar a Direção na seleção de mecanismos
adequados para o acompanhamento e controle das atividades realizadas na escola;
assessorar a Direção no provimento dos recursos humanos, físicos, materiais e
financeiros para o colégio; manter atualizada a coletânea de legislação de ensino,
emanada dos órgãos competentes; orientar o pessoal administrativo em exercício na
escola; comunicar à Direção, as providências adotadas na solução de problemas
surgidos; atender às solicitações da Direção, relativas a assuntos de sua competência;
substituir o Diretor em suas faltas ou impedimentos.
10.1.3 Corpo Docente
O corpo docente é constituído por profissionais que têm a função de ensinar.
Esta prática implica uma reflexão sobre o que, como e por que se ensina. Assim,
envolve competência profissional, a necessidade de estudo e pesquisa permanente e, o
compromisso ético e político com a sociedade e com a escola pública.
O profissional docente tem a responsabilidade de elaborar o Projeto Político
Pedagógico junto com a comunidade escolar na qual atua, bem como elaborar e
cumprir o seu plano de trabalho em conformidade com o mesmo.
O docente deve estabelecer uma relação afetiva, ética e política com o
educando. Sendo sua responsabilidade a formação do cidadão solidário, participativo,
ético, responsável, crítico e criativo, capaz de exercer sua cidadania, fazendo parte de
uma sociedade mais justa e igualitária.
O professor tem a incumbência de zelar pela aprendizagem dos seus alunos,
estabelecerem estratégias de recuperação aos de menor rendimento, revendo
conteúdos, mudando metodologias, buscando alternativas de ensinar e aprender. O
67
professor deve cuidar para que não haja discriminação de cor, raça, sexo, religião e
classe social, resguardando sempre o respeito humano ao aluno.
O docente deve detectar, através do acompanhamento de ensino/aprendizagem,
os possíveis casos de excepcionalidades e encaminhá-los ao professor pedagogo para
avaliação diagnóstica; estimular e garantir a participação efetiva dos educandos com
necessidades educacionais especiais nas atividades escolares e elaborar, junto à
equipe pedagógica, o plano especial de ensino, fazendo adaptações no currículo e na
avaliação, se houver necessidade.
Cabe ao professor escolher, juntamente à equipe pedagógica, livros e materiais
didáticos conforme a proposta pedagógica da SEED, apresentar projetos de
enriquecimento curricular, novas estratégias de trabalho e recursos didáticos para
melhorar a qualidade de ensino. É responsabilidade do professor, manter o livro de
registro de classe atualizado, com todos os campos devidamente preenchidos, sendo
os registros fidedignos à realidade; comunicar ao professor pedagogo, secretaria ou
direção, todos os problemas referentes ao processo pedagógico, como faltas de alunos,
aprendizagem, comportamento, buscando orientação da equipe pedagógica quando
houver dúvidas relacionadas ao seu trabalho, reavaliar constantemente os resultados,
procurando rever sua prática quando necessário, buscando novas alternativas de
trabalho.
O professor deverá comparecer às convocações do estabelecimento de ensino,
reuniões, Conselho de Classe, cumprir os dias letivos e horas-aulas estabelecidas pela
Lei e não deixar faltar carga horária ao aluno. Cabe também ao professor, participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao
desenvolvimento profissional, colaborar com as atividades de articulação da escola com
as famílias e a comunidade, zelar pelo tratamento aos pais, diante de problemas
conflituosos.
A escola pública brasileira ainda está permeada por muitas contradições. Cabe
ao profissional da educação estar refletindo sobre a sua identidade e sua função.
68
Sabendo que poderá enfrentar desafios e dificuldades concretas. Portanto, é
necessário manter o exercício permanente do diálogo, a organização do trabalho
pedagógico, estar em formação continuada, tendo sempre o compromisso de buscar
uma escola pública de qualidade para todos.
10.1.4 Professor pedagogo
O professor pedagogo é o profissional responsável pela organização do trabalho
pedagógico escolar e deve, juntamente com a equipe pedagógica da escola, agir,
intervir, lançar novos desafios, quebrar o equilíbrio e, assim, contribuir com a busca de
novos conhecimentos e práticas libertadoras, na construção da escola pública
democrática de qualidade. Entendendo que não há construção isolada de um projeto de
escola, de educação e de sociedade. O trabalho é coletivo, permanente, e exige a
participação, o debate e o diálogo.
Cabe ao professor pedagogo, fomentar a organização de espaços na escola, a
fim de possibilitar o debate sobre trabalho pedagógico, definindo em conjunto, o
calendário escolar, a organização das classes, horários, rituais, metodologias, reuniões
por áreas, atividades extracurriculares, o currículo, questões disciplinares, avaliação e
implementação dos programas de ensino e projetos pedagógicos para a comunidade
escolar.
A organização do trabalho pedagógico está diretamente vinculada ao debate
acerca do modelo de gestão escolar, da construção cotidiana do Projeto Político
Pedagógico, da tomada de decisões nas instâncias colegiadas e na transparência do
uso dos recursos públicos na escola. Portanto, cabe também ao professor pedagogo,
acompanhar a relação entre alunos, funcionários, professores, direção, pais e
comunidade, participar na composição e nas ações do Conselho Escolar e APMF,
participarem na formulação e na aplicação do regulamento da biblioteca, do Regimento
Escolar, no cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, participar da
discussão sobre o processo de seleção do livro didático. Enfim, atuar efetivamente em
69
todas as questões que estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o
exercício cotidiano de busca de coerência entre a teoria e a prática.
O professor pedagogo deve ter o compromisso com as ações pedagógicas que
possibilitam a apropriação do conhecimento de todos, sem discriminação e
preconceitos, estando atento às questões como a evasão, a repetência, o baixo
rendimento escolar, o atendimento às pessoas com necessidades educativas especiais,
questões étnico-raciais. Para tanto deve conduzir discussões, reflexões, promovendo o
trabalho integrado de toda equipe, em busca de meios para que todos tenham melhor
qualidade de ensino, visando construir caminhos de emancipação. Desvelando
dialogicamente a realidade opressora e o opressor que muitas vezes são reproduzidas
na prática cotidiana escolar. Sendo assim, são necessárias propostas educativas
voltadas para a formação humana, valorizando o sentido da solidariedade e
fraternidade, o pleno exercício da cidadania.
10.1.5 Secretaria
A Secretaria é o órgão que tem a seu encargo a responsabilidade pela
escrituração, documentação e correspondência do Estabelecimento, assessorando a
Direção em sua área de atuação. Os serviços de Secretaria são coordenados e
supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados. O cargo de secretário (a)
deve ser exercido por profissional devidamente qualificado para desempenhar essa
função, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação (SEED), em
ato específico.
O secretário ou a secretária, por condições legais e regimentais, exerce uma
ação ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com
todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar. São
atribuições do secretário escolar:
Responsabilizar-se pelo funcionamento da Secretaria.
Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos.
70
Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares.
Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar e
resultado das avaliações dos alunos.
Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação).
Manter as estatísticas da escola em dia.
10.1.6 Biblioteca
A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição
de toda comunidade escolar. A Biblioteca está a cargo de profissional qualificado, de
acordo com a legislação em vigor, com regulamento próprio, onde estão explicitados
sua organização, funcionamento e as atribuições dos responsáveis. O Regulamento da
Biblioteca deve ser elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da Equipe
Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.
A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de estudos e
pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas, periódicos, além de outros
materiais bibliográficos.
O profissional bibliotecário para atuar no serviço de referência e atendimento aos
usuários necessita agir com cordialidade, paciência, bom diálogo e amabilidade;
qualidades estas, indispensáveis para a boa atuação com os educandos.
10.1.7 Agente Educacional I
Os Agentes Educacionais I são coordenados e supervisionados pela Direção.
Tem como áreas de concentração:
Alimentação escolar;
A manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;
Interação com o educando.
71
Em relação à área de concentração Alimentação Escolar, o colégio conta com
duas merendeiras para realizar o trabalho relativo à merenda, executando o trabalho
nos período da manhã, tarde e noite. Este número de profissionais é insuficiente
havendo, constantemente, a necessidade de direcionar o auxílio de Agente Educacional
I, da área de manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente no
auxílio de cardápio mais elaborado. A função da merendeira consiste nos itens
descritos abaixo.
Alimentação escolar: preparar a alimentação escolar sólida e líquida
observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando
e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo acondicionamento e
conservação dos insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar;
verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a
fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; atuar como educador junto à
comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e
poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na
construção de bons hábitos alimentares e ambientais; organizar espaços para
distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os
alunos a evitar o desperdício; acompanhar os educandos em atividades
extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência
de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à
chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à)
diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à preparação da
alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar outras tarefas correlatas
as ora descritas.
A manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente:
zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico
escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar
salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos
estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a
necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e
materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação
72
do mobiliário escolar; abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica
para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;
efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo
acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em
todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo,
orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal;
coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar serviços
internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o uso de
produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes, panos,
espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de
material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar portas e
janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do
estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da
escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso,
ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;
Interação com o educando: zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio,
realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais
anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando
necessário, atendimento policial, do Corpo de bombeiros, atendimento médico de
emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;
controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino,
cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;
encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme
necessidade; acompanhar os alunos em atividades extraclasses quando solicitado;
preencher relatórios relativos à sua rotina de trabalho; participar de cursos,
capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas
ou sempre que convocado; agir como educador na construção de hábitos de
preservação e manutenção do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio
escolar; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas;
73
10.1.8 Agente Educacional II
Este Estabelecimento de Ensino conta com 10 agentes educacionais II, número
insuficiente para realizar todo o trabalho sob seu encargo que incide nas seguintes
áreas de concentração:
Administração escolar;
Operação de multimeios escolares
As atribuições do Agente Educacional II consistem em:
Administração escolar - realizar atividades administrativas e de secretaria da
instituição escolar onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de
ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e
tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar
documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em
geral, juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor,
históricos e transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos;
prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar
orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades
desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e encerramento de livros
de escrituração; manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não
docentes do estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica com os
números mais utilizados no contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no
dia-a-dia da escola; manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação
atinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia e de
reprografia; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou
extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário; participar de
eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de
expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material
de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;
executar outras atividades correlatas às ora descritas;
74
Operação de multimeios escolares: catalogar e registrar livros, fitas, DVD,
fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos
laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca,
laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de
leitura; atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do
banco de dados; zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da
Biblioteca; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos
laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de cópias
reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar
empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de espaços
de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos
disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua
organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do
educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado;
participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade
escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática
escolar; executar outras atividades correlatas às ora descritas.
Sabemos que para o bom relacionamento entre todos os profissionais da
educação que atuam na escola, independente da função que cada um exerce, deve
prevalecer o respeito e a cordialidade para uma boa educação de qualidade. Por isso, o
Colégio Estadual Unidade Polo buscará, constantemente, essa harmonia,
proporcionando momentos de diálogo entre todos os seguimentos que compõem essa
equipe, procurando detectar problemas que possam estar acontecendo e juntos, buscar
soluções possíveis no intuito de tornar o ambiente de trabalho mais educativo e
prazeroso.
10.2 Papel das instâncias colegiadas
10.2.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade
escolar, de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora sobre a organização e
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, conforme as
75
políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição Federativa do
Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do
Adolescente, o Projeto Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar.
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada
que abrange toda a comunidade escolar numa perspectiva de democratização da
escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de
Ensino.
Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras quanto ao
direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.
A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para diminuir dúvidas e
tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no
âmbito de sua competência.
Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de
problemas e alternativas para a melhoria de seu desempenho, garantindo o
cumprimento das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar.
E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e
fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar,
garantindo a legitimidade de suas ações.
Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não recebem
benefícios pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins lucrativos.
Poderão participar do Conselho Escolar, todos os segmentos da comunidade escolar,
representantes dos movimentos sociais organizados e comprometidos com a escola
pública.
76
10.2.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação dos
pais, professores e funcionários do estabelecimento de ensino. A APMF é pessoa
jurídica de direito privado, instituição auxiliar do estabelecimento de ensino e não tem
caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados
os seus dirigentes e conselheiros. A APMF rege-se por Estatuto próprio. Esse órgão é
de extrema importância para as ações da escola, tendo como objetivos:
Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o
aprimoramento do ensino e para a integração da família, da comunidade e da
escola.
Prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhores condições de
eficiência escolar.
Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional,
visando sempre à realidade dessa mesma comunidade.
Proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização livre em grêmios estudantis.
Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à
escola contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino e da melhor
adequação dos planos curriculares.
Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e
membros da comunidade através de atividades sociais, educativas, culturais e
desportivas.
Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do
estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, sendo as
condições dos educandos fator de máxima prioridade.
São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF,
objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola de qualidade onde
todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente, sintam-se co-responsáveis
77
pelos resultados obtidos. Porém, todas as iniciativas deverão estar em consonância
com o Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente.
10.2.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativo/consultiva e não de
voto em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do
estabelecimento de ensino. Constitui-se num momento/espaço previamente planejado
para a avaliação, reflexão e redefinição das práticas pedagógicas, buscando superar a
fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que
realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.
O Conselho de Classe busca a tomada de decisões relativas aos
encaminhamentos necessários tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos
problemas diagnosticados; definição de atribuições/ações a serem implementadas para
a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e prazos/espaços para implementação
das propostas acordadas.
O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual Unidade Polo é composto
pela direção, equipe pedagógica, secretária, professores, alunos. À direção cabe a
função de acompanhar todas as discussões e sugerir encaminhamentos. À equipe
pedagógica cabe a escolha do tema/assunto para a reflexão; a explanação de dados
sobre a turma; a organização da pauta do conselho; a retomada e avaliação dos
conselhos anteriores. A secretária tem a incumbência de disponibilizar os dados e as
informações sobre a vida escolar dos alunos como, notas, transferências, desistências
e outros.
Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do Conselho de
Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e negativos obtidos e as
alternativas de atividades/procedimentos que obtiveram êxito; sugerir
encaminhamentos para os alunos e a turma; anotar decisões referentes à sua prática;
comprometer-se a redefinir, quando necessário, a metodologia, os instrumentos de
avaliação e outros procedimentos. Os alunos participam do Conselho de Classe de
78
duas formas, sendo que a primeira é para todas as turmas e consiste no pré-conselho,
isto é, preenchimento de uma ficha de avaliação em relação à turma, à direção, equipe
pedagógica, funcionários e professores e sugestões; a segunda forma é através do
Conselho participativo quando toda a turma participa do Conselho de Classe. Os
Conselhos participativos são sugeridos pelos professores para algumas turmas em
especial.
Ao encerrar o Conselho de Classe com o colegiado, constituído pela direção,
equipes pedagógicas e docentes da série, o resultado é socializado aos pais através de
reunião, informando, orientando e repassando as medidas pedagógicas deliberadas ao
aluno ou turma, utilizando também como meio de corroborar os dados, uma ficha de
acompanhamento individual, anexada junto com o boletim. Para os alunos, a
socialização ocorre com reuniões promovidas pela equipe pedagógica com as turmas e
ou individualmente.
10.2.4 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil viabiliza a luta coletiva dos jovens educandos e estimula o
relacionamento e a convivência entre os jovens. Por serem institucionalizados, podem
representar melhor a rica experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos e
aspirações dos estudantes.
São os jovens que devem reconhecer a sua importância e definir o seu perfil,
pois os Grêmios organizados exercem influência na formação do aluno, que deve ter
um bom relacionamento social, cultural e também político.
O Grêmio é formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo
atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre
assuntos de seus interesses e que fazem parte do Currículo Escolar. É muito
importante a existência do Grêmio Estudantil na escola, pois ele é um órgão que auxilia
a Direção escolar.
79
10.2.5 Representante de turma
O Representante de Turma é o aluno que, eleito democraticamente por sua
turma, ajuda na organização, na participação e representa o pensamento da maioria
dos alunos de sua sala junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao Professor Monitor e
ao Representante de Alunos no Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino.
São atribuições do Representante de Turma:
Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma.
Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o
representante dos alunos no Conselho Escolar, o Professor Monitor, a Direção e
a Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da questão votada.
Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que convocado
pela Direção, pela Equipe Pedagógica ou pelo Representante dos alunos no
Conselho Escolar.
Oportunizar discussões com a turma acerca dos problemas de ensino-
aprendizagem ou relacionamentos entre os alunos da turma.
Cuidar do ambiente físico da escola no tocante à conservação e limpeza.
Manter-se, continuamente informado sobre os problemas dos colegas de sua
turma com relação à data de aniversários, causas de faltas, problemas de
doenças e/ou outros.
Promover o bom relacionamento e entrosamento na turma e desta com as
demais turmas da escola.
Auxiliar na organização da turma em eventos culturais esportivos e de lazer.
Participar, sempre que convocado, das reuniões de organização da classe
estudantil como a UMES, UPES e UBES.
Intermediar as relações entre os alunos da turma e o Professor Monitor.
80
10.2.6 Professor Monitor de Turma
O Professor Monitor de Turma é eleito democraticamente pelos alunos da turma.
Este professor é escolhido entre todos os professores que atuam diretamente na escola
e na turma.
São atribuições do Professor Monitor de Turma:
Manter o bom relacionamento com os alunos da turma.
Acompanhar o rendimento escolar dos educandos.
Acolher e levar os responsáveis pela área pedagógica as sugestões dos alunos
que visem à melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismos e estratégias que
visem o melhor aproveitamento de estudos.
Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e colaborar, na
medida do possível, com recursos preventivos com o corpo docente e direção da
escola.
Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar em contato
com os professores da referida turma, para que se conscientizem dos problemas
existentes e solucioná-los.
Assegurar, que no âmbito escolar, não ocorra discriminação de cor, raça, sexo,
religião ou classe social.
Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar auxílio da Equipe
Pedagógica da escola, nos casos mais complexos.
Promover o entrosamento e o bom relacionamento entre sua turma e as demais
turmas da escola.
Estimular e orientar a organização democrática de sua turma, assim como as
obrigações e limites de autoridades do Representante de Turma.
Desenvolver um sadio espírito de grupo, incentivando a cooperação entre os
componentes de sua turma.
Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de lazer de sua
turma.
81
Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a organização de
atividades paralelas ou complementares.
Levar, sempre que necessário, junto ao Professor Representante no Conselho
Escolar, as sugestões ou reivindicações da turma para análise e deliberação
daquele órgão.
Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma.
82
11 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
11.1 Critérios para elaboração do calendário escolar e horários letivos/ não letivos
O calendário escolar é planejado pela Secretaria de Estado da Educação de
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) que
possibilita a flexibilidade para cada Estado, de acordo com os feriados federais e
estaduais. O calendário é elaborado pela SEED que repassa aos Núcleos Regionais de
Ensino para a consulta feita junto aos professores sobre os recessos e feriados
municipais, sempre respeitando os 200 dias letivos e às 800 horas/aulas que são
obrigatórios. Após discussão e homologação feita pelo Chefe do NRE, o calendário
escolar entra em vigor, não tendo as escolas autonomia para definir outras mudanças
sem justificativa pedagógica.
11.2 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão
de especificidades
Os critérios para a distribuição de aulas aos professores do estabelecimento de
ensino seguem as resoluções da SEED que regulamenta o processo na rede estadual
de ensino, estabelecendo normas e diretrizes para tal. Primeiramente são distribuídas
as aulas aos professores lotados no estabelecimento, seguindo uma lista previamente
enviada pelo NRE, onde se encontra a classificação do professor por tempo de serviço
no estabelecimento, de acordo com a disciplina de concurso.
As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e, este as
distribui seguindo os critérios da resolução específica. Primeiramente, são distribuídas
as aulas aos professores não lotados e ocupantes de cargo efetivo, as aulas que
restarem são distribuídas nas escolas aos professores efetivos na forma de aulas
extraordinárias, as aulas remanescentes voltam ao NRE para a distribuição aos
professores contratados pelo regime CLT e outros contratos temporários especiais.
83
Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária disponível no
estabelecimento de ensino. Estas vagas são geradas para o ano letivo, de acordo com
o número de turmas e modalidade de ensino, previstos em regulamentação específica e
na matriz curricular aprovada pelo NRE. A distribuição de aulas é acompanhada pela
chefia do NRE, Diretores e professores interessados.
11.3 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos
A recuperação de estudos se dá no momento em que for detectado o baixo
rendimento do aluno, oportunizando a este, a revisão de conteúdos e outras atividades
e/ou instrumentos de avaliações referentes ao conteúdo trabalhado. Os professores
buscam sanar as defasagens no rendimento escolar através da organização dos grupos
de estudos entre os alunos e com monitores, em contraturno ou encaminhando os
alunos das 5ª séries do Ensino Fundamental para a Sala de Apoio à Aprendizagem.
Outra medida que a escola toma em relação ao aluno com baixo rendimento
escolar detectado no Conselho de Classe e em conversas informais com os professores
ou durante a hora-atividade, é o acompanhamento individual a fim de diminuir as
dificuldades em relação às atividades desenvolvidas. Após essa constatação, a equipe
pedagógica, o professor e/ou a direção orientam e encaminham novas medidas
pedagógicas ao aluno e, se necessário, com os pais, no intuito de conscientizá-los da
real situação para acompanhá-los nessa trajetória, orientando-os para um melhor
desempenho em suas atividades objetivando seu sucesso escolar. Os alunos com
dificuldades de aprendizagem são estimulados a participarem de grupos de estudos
monitorados por acadêmicos.
A hora-atividade dos professores é cumprida no Colégio, distribuída no horário
de aulas, conforme determinação do NRE, visando o resultado do trabalho coletivo dos
professores, favorecendo a dinâmica interdisciplinar. A organização do trabalho docente
na escola e, em especial as ações que nortearão a hora-atividade, devem, nesta
perspectiva, aproveitar esse tempo e espaço para estabelecer as propostas, conteúdos,
estratégias de planejamento, de reuniões pedagógicas, de correção de tarefas dos
84
alunos, de estudos e reflexões sobre o currículo, as ações, os projetos e as propostas
metodológicas, de troca de experiências, de atendimento aos alunos, pais e outros
assuntos educacionais do interesse dos professores.
O Conselho de Classe constitui-se num momento/espaço de avaliação coletiva
do trabalho pedagógico, na tomada de decisões para os encaminhamentos
necessários, tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos problemas
diagnosticados. O Conselho de Classe é também um momento de definir
atribuições/ações a serem implementadas para a melhoria do processo de ensino-
aprendizagem, definindo espaços/prazos para exercitar as propostas acordadas. Sendo
esse momento previamente planejado, possibilita a participação de todos os envolvidos
nesse processo, ou seja, professores, equipe pedagógica, alunos, secretaria da escola
e direção.
As atividades referentes à Agenda 21 Escolar são desenvolvidas no coletivo, a
partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o desenvolvimento do
projeto, abordando o tema definido no Fórum realizado neste estabelecimento de
ensino em setembro de 2005.
O Projeto Agenda 21 Escolar desenvolve atividades voltadas à problemática
encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o bosque, o jardim
da escola, bem como a coleta seletiva de resíduos sólidos por ela produzidos. Este
projeto visa conscientizar a comunidade escolar na busca de soluções a fim de
melhorar a qualidade de vida, onde a participação de todos é fundamental para um
resultado positivo.
O Ensino da História e Cultura Afro-descendente, Africana e Indigena, e as
Relações Étnico-Raciais e questões referentes às Diversidades são desenvolvidos em
todas as disciplinas. Além do trabalho desenvolvido nas disciplinas, a escola vem
realizando desde 2004, projetos relacionados ao tema. Esse trabalho visa superar a
discriminação e proporciona aos alunos o conhecimento da riqueza apresentada pela
diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, econômico, político e
85
cultural do povo brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado, faz-se necessário um
esforço coletivo dos professores na busca do aprofundamento de seus estudos sobre a
questão estando sempre atualizados com informações pertinentes.
A Educação Fiscal é trabalhada na escola de forma interdisciplinar, visando
provocar mudanças culturais na relação entre o Estado e o cidadão e, ao mesmo
tempo, buscando contribuir para uma sociedade comprometida com as suas garantias
constitucionais.
A Educação Fiscal fundamenta-se na conscientização da sociedade acerca da
estrutura e o funcionamento da administração pública; a função sócio-econômica dos
tributos; a aplicação dos recursos públicos; as estratégias e os meios para o exercício
do controle democrático.
Neste sentido, a Educação Fiscal pode ser entendida como uma nova prática
educacional que tem como objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes
necessárias ao exercício de direitos e deveres. A vivência dos princípios éticos,
estéticos e políticos na educação escolar, constituem mecanismos de formação de
hábitos e atitudes coletivas; mecanismos que estimulam crianças, jovens e adultos a
participarem de movimentos sociais que buscam uma vida mais justa e solidária para o
resgate da dignidade humana.
A formação continuada dos profissionais da escola, não se limita aos conteúdos
curriculares, mas estende-se à discussão da escola como um todo e suas relações com
a sociedade. Fazem parte dos programas de formação continuada de nossa escola,
questões relacionadas com a cidadania, necessidades educacionais especiais, as
questões da diversidade étnico-cultural, a gestão democrática, a avaliação, a
metodologia de pesquisa e ensino, a análise de conjuntura política, econômica e
educacional internacional, nacional, estadual e municipal. Estes temas poderão ser
ampliados, conforme a necessidade e são oportunizados, durante o Conselho de
Classe, a Hora/atividade e/ou outros momentos/espaços previamente planejados pela
equipe pedagógica e direção, visando a qualidade do ensino e da aprendizagem.
86
12 PROJETOS
O Colégio Estadual Unidade Polo conta com cinco grandes Projetos que são a
Mostra Interdisciplinar, Agenda 21 Escolar: Verde que Te Quero Ver-te, Cultura Afro:
Promoção da Igualdade Racial, Evasão Escolar: Proposta de Prevenção e Gincana
Esportiva, Recreativa, Cultural e Filantrópica.
Os Projetos Grupo de Estudos com Monitoria de Estagiários do Curso de
Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Viajando na Leitura, Baú de Leitura,
Amor, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca, Projeto Estágio-Grupos de Estudos
com assessoria do Departamento de Letras da UEPR campus Campo Mourão, Projeto
Escolinhas Esportivas (modalidades: tênis de mesa, xadrez, vôlei, futsal masculino e
feminino), Revendo os Conteúdos de Biologia e Crer para Ver (noturno) que estavam
sendo desenvolvidos e, outros que forem elaborados, serão denominados Ações de
Apoio Pedagógico às disciplinas. Estas Ações de Apoio estarão englobadas no “Projeto
Evasão Escolares: Proposta Prevenção” que visa impedir a reprovação e a evasão
escolar e melhorar a qualidade do ensino.
A Agenda 21 Escolar será desenvolvida dentro do Colégio, cuidando das áreas
verdes que a escola dispõe como o Bosque, os gramados, os jardins e a horta. Sendo
assim, os Projetos Horta, Jardinagem, Bosque e Coleta e Seleção de Resíduos Sólidos,
estarão englobados no “Projeto Verde que te Quero Ver-te”, tema da Agenda 21
Escolar do Colégio em 2006.
A Mostra Interdisciplinar vem sendo desenvolvido no colégio com sucesso e
terão continuidade em 2010 porque na avaliação dos pais, alunos, funcionários e
professores, eles colaboram com o processo de ensino-aprendizagem e amenizam as
evasões e reprovações, auxilia nas discussões acerca das questões ambientais, a de
étnico-culturais, a convivência pacífica, bem como outros assuntos gerais.
87
12.1 Projeto mostra interdisciplinar
O objetivo deste Projeto é capacitar os alunos para a busca de equilíbrio pessoal
e desenvolvimento de habilidades necessárias ao engajamento na vida social e
produtiva com responsabilidade, dedicação e cooperação.
O Projeto visa tornar o aluno sujeito de um projeto pedagógico criativo, crítico,
participativo, que cria, revisa e avalia sua prática. Para tanto, o aluno deve tornar-se
capaz de produzir, cientificamente, uma pesquisa interdisciplinar, aprendendo normas
de convivência, através do trabalho em equipe, desenvolvendo o senso de
responsabilidade, respeito e participação.
O Projeto se desenvolve durante o ano letivo e consiste na:
Definição, feita por cada turma da escola, do objeto de pesquisa;
Divisão da turma em equipes para o desenvolvimento da pesquisa;
Efetivação da pesquisa;
Organização e apresentação da pesquisa em Seminário;
Entrega à equipe pedagógica da Monografia elaborada pelos alunos sobre o
tema pesquisado;
Exposição dos resultados da pesquisa para a comunidade através de estandes.
O desenvolvimento da Mostra Interdisciplinar envolve todos os alunos, os
funcionários e professores da escola, os pais, a equipe pedagógica, a direção e a
comunidade local. O cronograma de trabalho é rigorosamente seguido e todas as fases
são avaliadas pelos professores e equipe pedagógica. A pesquisa inicia em março e
tem sua conclusão em novembro.
12.2 Projeto evasão escolar: proposta de prevenção
O objetivo deste Projeto é democratizar o acesso, a permanência e a aprovação
dos alunos no Colégio Estadual Unidade Polo.
88
Este projeto consiste em acompanhar, permanentemente, as faltas e notas dos
alunos, efetuando as intervenções necessárias e organizando as Ações de Apoio
Pedagógico que visam o êxito no processo de ensino-aprendizagem e a convivência
pacífica entre os alunos, a fim de evitar a reprovação e a evasão.
As intervenções que se fizerem necessárias, em casos de faltas excessivas ou
notas abaixo da média, serão decididas em Conselho de Classe e podem conjugar: as
mudanças na metodologia e avaliação dos professores; as reuniões com o aluno, com
a família e professores da turma para encontrar soluções; o fornecimento da “Carteira
de chegada atrasada” ao aluno trabalhador que estuda no período noturno, mediante
documento comprobatório do empregador; reuniões com a família e o Conselho Tutelar;
Ações de Apoio Pedagógico.
As Ações de Apoio Pedagógico que continuarão sendo desenvolvidas no Colégio
consistem em Grupos de Estudos com Monitoria de Estagiários do Curso de
Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Grupos de Estudos de professores,
atividades culturais, Escolinhas Esportivas: de vôlei, tênis de mesa, futsal, atletismo e
xadrez, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca, Projeto Crer para Ver (noturno).
O Projeto Evasão Escolar: Proposta de Prevenção desenvolve-se durante o ano
letivo e envolvem todos os alunos e professores dos períodos matutino, vespertino e
noturno, equipe pedagógica, diretores, funcionários, UEPR campus Campo Mourão e
comunidade local.
12.3 Projeto cultura-afro: promoção da igualdade racial
O objetivo deste projeto é proporcionar aos alunos o conhecimento acerca da
riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio-
econômico, político e cultural do povo brasileiro.
Esse projeto visa incluir no contexto escolar, os estudos e atividades que
proporcionam o conhecimento acerca da cultura africana e das contribuições
89
econômicas, sociais, históricas e culturais da população negra para a sociedade
brasileira. Para tanto, faz-se necessário reunir uma bibliografia sobre esse assunto,
dando embasamento teórico para os trabalhos relevantes ao tema. Esses conteúdos
devem ter como referência, os princípios da consciência política e histórica da
diversidade; o fortalecimento de identidade e de direitos; ações educativas de combate
ao racismo e às discriminações.
Esperamos que no desenvolvimento desse projeto ocorra a superação da
discriminação através do conhecimento da riqueza da diversidade étnico-cultural do
país. Para tanto, é necessário que a comunidade escolar reconheça, valorize, divulgue
e respeite os processos históricos de resistência negra desencadeados pelos africanos
escravizados no Brasil e por seus descendentes na contemporaneidade,
conscientizando-se quanto a necessidade de combater toda forma de discriminação.
Desde a II Conferência Infanto-Juvenil sobre o Meio Ambiente realizada em
setembro de 2005, onde se discutiu e definiu como responsabilidade dessa escola:
“Nos comprometemos a garantir a vigilância permanente sobre o modo de tratamento
entre todos os componentes da comunidade escolar, através da conscientização para
que não ocorra nenhuma forma de preconceito ou discriminação”, vem sendo
trabalhado, diariamente a conscientização e o respeito em relação à diversidade étnico-
racial.
Na referida Conferência foi proposta e aprovada a seguinte ação: “Vigiar o
tratamento entre todos os componentes da comunidade através de palestras, teatro,
dança, cartazes, poemas e textos distribuídos na escola, na Associação de Bairro, nas
igrejas e locais públicos do bairro”. Portanto, o Projeto Igualdade Racial será ampliado
com as realizações das ações aprovadas na Conferência.
12.4 Agenda 21 escolar: projeto verde que te quero ver-te
O objetivo do Projeto é desenvolver a consciência ambiental e ética, valores e
atitudes, técnicas e comportamentos que favoreçam as ações integradas visando
contribuir para uma melhor qualidade de vida da comunidade escolar e local.
90
Este projeto desenvolverá atividades voltadas à problemática encontrada em
nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o jardim, o bosque e a coleta
seletiva de resíduos sólidos produzidos por ela. Esse trabalho visa promover os
cuidados com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável a fim de aumentar a
capacidade de abordar questões de meio ambiente e desenvolvimento dos
componentes dessa comunidade escolar, conforme aprovado no Fórum da Agenda 21
Escolar em setembro de 2005.
Para a realização do projeto será necessária a participação da comunidade
escolar, do poder público, bem como a mobilização dos setores da sociedade que de
alguma forma possam auxiliar na concretização deste projeto relativo à solução dos
problemas.
12.5 Projeto gincana esportiva, recreativa, cultural e filantrópica
Tem por objetivo principal a prática sadia do esporte e do lazer, a exploração da
capacidade artística e intelectual do educando e um maior entrosamento entre
educadores, educandos e comunidade escolar.
Inserido neste projeto encontra-se o Festival de Dança possibilitando ao
educando o contato com a dança considerando sua maneira ativa, crítica e participativa
de ver , sentir e expressar o mundo à sua volta, oportunizando o autoconhecimento e
consequentemente a autovalorização, a socialização e integração do grupo; a Gincana
Cultural buscando estimular a leitura e produção de poemas, contos e crônicas,
refletindo sobre as especificidades desses generos textuais, de modo a aprimorar a
expressão oral e escrita, bem como valorizar e disponibilizar ao conhecimento público,
a capacidade criadora de nossos alunos; a Gincana Filantrópica visando utilizar a
escola enquanto espaço de educação para levar conhecimento e a conscientização do
educando para que exerçam o papel de cidadãos adotando atitudes que venham a
contribuir nas questões humanas, sociais e ambientais; e a Gincana Desportiva tendo
por objetivo geral trabalhar o aspecto espiritual, intelectual, social e físico, de forma
saudável e equilibrada.
91
13 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual Unidade Polo recebe dois recursos financeiros públicos. O
Governo do Estado destina à escola o Fundo Rotativo (Recursos Descentralizados para
Escolas Estaduais do Paraná) e o Governo Federal envia o PDDE (Programa Dinheiro
Direto na Escola). Estas verbas são calculadas a partir do número de alunos
matriculados e declarados ao Censo Escolar.
O Fundo Rotativo tem como finalidade o repasse de recursos financeiros aos
Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual. Criado por Lei, este recurso viabiliza a
manutenção e despesas relacionadas com a atividade educacional. Cabe à
FUNDEPAR estabelecer diretrizes para a política de seu funcionamento. O critério de
sua distribuição tem como base o número de alunos matriculados, valor linear e outros
indicadores educacionais e sociais.
A FUNDEPAR repassa, ainda, através do Fundo Rotativo, cotas suplementares
para investimentos, desde que caracterizada a sua necessidade e previamente
solicitadas pelos gestores e autorizadas pelo FUNDEPAR. Estes investimentos não
podem ultrapassar o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais).
O gasto do repasse mensal do Fundo Rotativo deve efetuar-se com manutenção
e conservação da escola, tanto para assistência aos alunos (uso comum e pedagógico),
como materiais de expediente, materiais hidráulicos, vidros. A verba do Fundo Rotativo
não pode ser usada para aquisição de materiais permanentes.
O gestor (a) do Fundo Rotativo é o Diretor (a) do estabelecimento durante o seu
mandato e deve cumprir as determinações, efetuando a prestação de contas a cada
semestre. As liberações são mensais e em conta específica, única e especial em nome
do Fundo. A movimentação da conta bancária efetuada pelo Diretor (a) do
estabelecimento é através de cheque nominal, estando a guarda e zelo do talão de
cheques sob sua inteira responsabilidade.
92
Foi criada a Gestão de Recursos Financeiros, prestação de contas diária do
Fundo Rotativo, via on line, e semestralmente, é encaminhada a liberação ao
NRE/SEED para análise e aprovação.
A cada liberação mensal da verba, o Diretor (a) deverá elaborar um plano de
aplicação junto com a APMF e o Conselho Escolar e assinado devidamente. Estes
acompanharão a realização de suas ações, pois ao final de cada semestre, estas
instâncias colegiadas, devem assinar o relatório final comprovando que realmente o
recurso foi gasto de forma correta.
A verba do Fundo Rotativo que o Colégio Estadual Unidade Polo recebeu no ano
de 2009 foi de R$ 36.802,48 (trinta e seis mil e oitocentos e dois reais e quarenta e oito
centavos) pagos em 10 parcelas (em média, R$ 2.633,00 por parcela), para consumo, a
fim de suprir todas as despesas com manutenção da escola (vidros, portas, fechaduras,
instalação elétrica e hidráulica), bem como a compra de materiais de expediente e
pedagógico (desde que seja de uso comum para os alunos), e 04 parcelas (em média
R$ 2.620,48) para prestação de serviços.
Desde 2005, o Colégio está recebendo uma verba complementar do Fundo
Rotativo chamado “Projeto Escola Cidadã” que é destinada, exclusivamente para a
melhoria da merenda dos alunos. O valor desta verba em 2009 foi de 05 parcelas,
totalizando R$ 4.815,72 (quatro mil e oitocentos e quinze reais e setenta e dois
centavos). A direção da escola tem a responsabilidade de gastar e prestar contas sobre
esta verba em conjunto com a APMF e o Conselho Escolar.
Em 2008, foi disponibilizado em horário contrário das matrículas dos alunos, com
o objetivo de dar condições para o desenvolvimento de diferentes atividades
pedagógicas nas escolas, o colégio vem implementando o Programa Viva a Escola,
com verba específica para recursos materiais, via Fundo Rotativo.
O PDDE consiste na transferência de recurso financeiro anual, através do
FNDE/MEC, em parcela única, destinado às escolas públicas do Ensino Fundamental,
93
como sistema de ações e assistência educacional. Este recurso tem como objetivo
contribuir para a manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica das
instituições de ensino, concorrendo para a elevação da qualidade do Ensino
Fundamental. As escolas a serem beneficiadas devem possuir alunos matriculados nas
modalidades regular, especial ou indígena de acordo com os dados extraídos do Censo
Escolar, realizado pelo INEP. São as informações obtidas através do Censo que irão
determinar quanto cada escola receberá de recurso.
Para receber esta verba, a escola deve estar em atividade, ter mais de 50 alunos
matriculados no Ensino Fundamental e dispor de uma unidade executora que é a
APMF. A entidade APMF será a responsável pelo seu recebimento, execução e
prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE em conta específica.
Os recursos do PDDE devem ser aplicados na aquisição de materiais
permanentes, manutenção e material de consumo. Sendo duas as categorias
econômicas, a de custeio e a de capital. A de custeio refere-se à aquisição de bens e
materiais de consumo e contratação de serviços para funcionamento e manutenção da
escola, a de capital são recursos a cobrir despesas com material permanente que
resultem em reposição ou elevação patrimonial. A unidade executora ao receber o
recurso deverá fazer um plano de aplicação juntamente com a Direção da escola e o
Conselho Escolar, fazendo pesquisas de preços antes da aquisição dos materiais a
serem adquiridos.
94
14 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
EIXO GESTÃO DEMOCRÁTICA
OBJETIVOS - Redimensionar uma inserção social, ampliando os laços de parceria e cooperação com
a sociedade civil e as diversas esferas do governo, em ações que visem o
desenvolvimento sócio-econômico, a diminuição das desigualdades sociais e a melhoria
da qualidade de vida.
- Desenvolver uma gestão democrática baseada na integração das atividades dos
discentes sob a ótica da pluralidade, da ética e da transparência.
- Proporcionar condições para que seja assegurada a fidelidade dos princípios
educacionais da SEED em sua práxis educativa e a qualidade dos serviços
educacionais.
- Subsidiar a reestruturação e estimular o fortalecimento do Grêmio Estudantil no
planejamento e desenvolvimento de suas atividades.
- Promover a transparência nas prestações de contas, conforme determinação da
SEED.
DETALHAMENTO
A Gestão Democrática ocorrerá por meio da (o):
- Participação dos pais na escola.
-Participação dos professores, funcionários, pais e alunos nas decisões mais
importantes, juntamente com as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, APMF,
Grêmio Estudantil.
- Acompanhamento das Instâncias Colegiadas, profissionais da educação, comunidade
escolar e alunos, nos planos de aplicações e prestação de contas das verbas liberadas
ao colégio.
- Autonomia do Grêmio Estudantil na elaboração e execução das ações planejadas por
eles e socialização das idéias e ações.
CONDIÇÕES
- Para que as ações sejam efetivadas, o colégio:
- Buscará parceria com diversos segmentos da sociedade, efetivando um trabalho
diversificado, aberto à comunidade.
95
- Proporcionará recursos financeiros e humanos, dentro das possibilidades existentes,
para a realização das ações planejadas.
- Dará acesso às Instâncias Colegiadas, Grêmio, APMF, Conselho Escolar e
Profissional da Educação em participar das decisões diárias do colégio.
- Promoverá assembléias e reuniões com calendário e pauta definida (mensalmente,
bimestralmente, extraordinariamente).
- Levarão ao conhecimento da comunidade escolar, através de via on line, os eventos
da escola.
- Proporcionará ao Grêmio Estudantil condições de subsistência.
- Apoiará o Grêmio Estudantil na continuação do projeto Rádio Escola, visando a
socialização das idéias e ações.
CRONOGRAMA
- Ano letivo
RESPONSÁVEL
- Direção, Equipe Pedagógica, Agente Educacional I e II, Conselho Escolar, APMF,
Grêmio Estudantil.
EIXO
FORMAÇÃO CONTINUADA
OBJETIVOS
- Implementar uma política educacional, propiciando meios para que as atividades
desenvolvidas no Colégio alcancem padrões de qualidade.
- Congregar e dinamizar todas as forças vivas da comunidade e canalizá-las rumo a
uma prática educativa de qualidade.
- Assegurar, em articulação com a equipe pedagógica, a realização de estudos dirigidos
para funcionários e professores.
- Incentivar os profissionais da educação a buscarem o aprimoramento em sua função.
- Oportunizar a formação continuada a professores e funcionários.
DETALHAMENTO
- A formação continuada será realizada:
- Com reuniões pedagógicas;
96
- Por meio de encontros, palestras, mini-cursos, fóruns, seminários e conferências que
envolvam toda a comunidade escolar;
- Dando continuidade aos grupos de estudos de professores com ou sem parceria da
UEPR – campus Campo Mourão e/ou outros órgãos afins;
- Dando suporte ao aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores e
funcionários da escola, por meio de Grupos de Estudos na Escola, Equipe
Multidisciplinar e Implementação do Programa de Desenvolvimento Educacional.
CONDIÇÕES
- Para que possa ocorrer a formação continuada, será:
- Assegurado, em articulação com a equipe pedagógica, a realização de estudos
dirigidos para os profissionais da educação.
- Realizado convênios e acordos com instituições de ensino superior para a promoção
de cursos para professores e demais funcionários da escola.
- Elaborado projetos, buscando, junto a comunidade escolar, instituição mantenedora,
empresas públicas e privadas, os recursos financeiros para a realização das ações
planejadas.
- Viabilizado espaço físico e recursos materiais necessários para a implementação das
ações.
- Proporcionado recursos humanos da própria escola e de outras instâncias, por meio
de parcerias com as IES, sociedade civil, NRE, SEED, MEC para a realização da
formação continuada.
CRONOGRAMA
- Ano letivo.
RESPONSÁVEL
- Direção, professores, Agente Educacional I e II, Equipe Pedagógica, Instituições
Parceiras, NRE, SEED, MEC.
97
EIXO
QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DA ESCOLA
OBJETIVOS
- Propor à mantenedora, os investimentos destinados à manutenção, adequação e
atualização constante de materiais de laboratório, biblioteca, pedagógico e tecnológico,
através de projetos sistematizados.
- Planejar as atividades aproveitando os recursos existentes, de forma organizada para
que favoreça o bom convívio e atinja a qualidade de ensino.
- Construir espaços/ambientes para redimensionar os projetos já existentes e a existir.
- Viabilizar junto a SEED, a manutenção e adequação da estrutura física, bem como a
substituição de conjuntos escolares.
- Preservar e recuperar o Espaço Verde existente no colégio - meio ambiente,
ajardinamento, bosque, horta.
DETALHAMENTO
- O eixo qualificação dos espaços e equipamentos da escola acorrerá por meio de:
- Planejamento, para que haja organização e utilização dos recursos existentes,
adequando o material ou espaço para a prática pedagógica.
- Aquisição de recursos em consonância com a APMF e Conselho Escolar, junto à
comunidade.
- Direcionamento de verbas para a aquisição de materiais, manutenção e readequação
dos espaços físicos.
- Limpeza nas mediações do bosque, retirando os entulhos existentes; isolando a área
do bosque; realizando e preservando o plantio de espécies nativas típicas do cerrado e
promovendo a identificação científica de espécies vegetais existentes no bosque.
CONDIÇÕES
- Estabelecendo contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os responsáveis no
NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada.
- Buscando recursos financeiros junto a Secretaria de Meio ambiente- SEMA/IAP e
parceria técnica da UEPR- campus Campo Mourão, Faculdade Integrado e IAP para a
implementação da preservação e recuperação do Espaço Verde.
- Utilizando os espaços existentes, com qualidade, zelando pela conservação e
98
valorização dos mesmos.
- Solicitando recursos da Fundepar para a construção de anfiteatro, salas ambientes e
salas de aula.
CRONOGRAMA
- Ano letivo.
RESPONSÁVEL
- Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, Agente Educacional I e II, alunos,
pais, SEED, Fundepar, NRE, MEC.
EIXO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
OBJETIVOS
- Criar uma política de apoio pedagógico aos estudantes.
- Incentivar a integração das ações de Ensino, Pesquisa e Iniciação Científica por meio
de monitoria e orientação da UEPR- campus Campo Mourão.
- Atuar junto ao coletivo de professores e funcionários na elaboração de projetos e/ou
ações que visem à recuperação de estudos.
- Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais e de
ensino, junto ao coletivo de professores da escola.
- Dinamizar e democratizar a utilização da biblioteca.
- Criar a Escola de Pais em consonância com a UEPR- Campus Campo Mourão,
visando integrar a comunidade escolar.
- Promover o Conselho de Classe visando à qualificação do ensino e aprendizagem.
DETALHAMENTO
Para que aconteça a proposta pedagógica no colégio, buscar-se-á:
- Realizar convênios e acordos com instituições de ensino superior, para subsidiar o
aluno na aprendizagem do conhecimento, bem como promover palestras e
conhecimento teórico e prático aos pais e familiares.
- Organizar grupos de estudos na escola com monitoria dos alunos da própria
instituição ou de acadêmicos do ensino superior, levando como sugestão para as
instituições parceiras o aproveitamento da referida atividade como estágio
supervisionado para os universitários.
99
- Incentivar e apoiar as atividades esportivas com ampliação das escolinhas nas várias
modalidades esportivas.
- Promover estudos sistemáticos, troca de experiências, debates, oficinas entre outros,
para a disseminação e socialização dos conhecimentos.
- Identificar as dificuldades e necessidades de aprendizagem em sala de aula.
CONDIÇÕES
- Para uma aprendizagem de qualidade aos alunos a escola buscará:
- Estabelecer contato com parceiros monitores entre alunos do próprio estabelecimento
e estagiários de instituições superiores.
- Fornecer espaço físico e material para a concretização dos estudos.
- Facilitar o acesso de docentes e funcionários a cursos de aperfeiçoamento e grupos
de estudos.
- Apoiar e subsidiar a realização dos projetos e programas existentes no colégio.
- Buscar a parceria da comunidade local e educacional nos diversos níveis.
- Assegurar recursos humanos, físicos e materiais para o desenvolvimento dos
programas e projetos educativos existentes no colégio.
CRONOGRAMA
- Ano letivo
RESPONSÁVEL
- Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Multidisciplinar, NRE, SEED, MEC.
EIXO
ATIVIDADE DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR
OBJETIVOS
- Promover o aprimoramento teórico-prático-pedagógico dos alunos incentivando e
apoiando os Projetos, Programas Educacionais e atividades extracurriculares no interior
do colégio.
DETALHAMENTO
Serão promovidas atividades extracurriculares através de projetos e programas que
proporcione o aperfeiçoamento dos aspectos físico, psíquico, social, cultural e
pedagógico dos alunos:
100
- Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE- os professores que fazem parte do
programa, proporcionam aos alunos aprimoramento extracurricular dentro de suas
disciplinas, buscando proporcionar uma melhor qualidade de ensino e o aprimoramento
e desenvolvimento dos alunos.
- Programa Viva a Escola: Projetos em desenvolvimento: Rádio-Escola; A Dança
enquanto Expressão Corporal; Esporte na Formação Cultural da Criança. No período
de abertura da demanda do programa, serão apresentadas outros projetos para a
apreciação, aprovação e implementação no colégio.
- Projeto Agenda 21 – tem o intuito de conscientizar a comunidade escolar na
responsabilidade de cada pessoa na construção de valores coletivos, consagrando o
direito que todos temos a um meio ambiente saudável e igualmente o dever ético, moral
e político de preservá-lo, buscando soluções para uma melhor qualidade de vida, onde
a participação de todos é fundamental para um resultado positivo.
- Projeto Evasão Escolar: Proposta Prevenção – busca democratizar o ensino,
diminuindo o número de alunos evadidos no colégio, especialmente o período noturno.
- Projeto Verde Que Te Quero Vida – tem por objetivo incutir na comunidade estudantil
e na sociedade a necessidade de revitalizar e utilizar de forma racional a área verde
“Bosque Robson Paitach”, existente no interior do Colégio Unidade Polo.
- Mostra Interdisciplinar – Tem como identificador o conhecimento, a pesquisa e a ação,
envolvendo toda a comunidade escolar, levando em conta que o conhecimento é uma
construção histórica e social e as atividades de interação permitem interpretar a
realidade e construir significados, novas possibilidades de ação e conhecimento.
- Palestras e Oficinas – durante o ano letivo escolar são proporcionadas diversas
palestras e oficinas educacionais, direcionados aos alunos, envolvam os desafios
educacionais contemporâneos e outros temas atuais.
- Projeto Escolinhas Esportivas – junto a Fundação de Esportes do Município a escola
proporciona a escolinha de esporte, visando o desenvolvimento do aluno e a prática
desportiva nas modalidades de tênis de mesa, xadrez, vôlei, basquete, futsal masculino
e feminino.
- Programa Sala de Apoio a Aprendizagem - busca atender às defasagens de
aprendizagem apresentadas pelas crianças que freqüentam a 5ª série/6º ano do Ensino
Fundamental.
101
- Sala de Recurso – promove o atendimento aos Educandos com Deficiência Intelectual
e Transtornos Funcionais Específicos, dando suporte para um aprendizado de
qualidade.
- Curso Básico de Língua Espanhola/Celem, - oferta o ensino de língua estrangeira,
destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade do Colégio.
- Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar – SAREH, proporciona
atendimento educacional para alunos que se encontram impossibilitados de freqüentar
a escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde,
permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a
reinserção em seu ambiente escolar.
CONDIÇÕES
Para que possam ser desenvolvidas com qualidade as atividades extracurriculares,
além dos recursos humanos e materiais do estabelecimento, buscar-se-á:
- Estabelecer contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os responsáveis no
NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada, para angariar verbas e/ou aprovação
dos projetos e programas existentes no estabelecimento.
- Proporcionar espaço físico e assessoria pedagógica para o desenvolvimento das
atividades extracurriculares.
- Viabilizar e direcionar os recursos existentes para a aquisição de materiais, buscando,
através da APMF e do Conselho Escolar uma aplicação democrática e consciente em
sua utilização.
- Planejar para que haja organização e utilização dos recursos existentes adequando o
material ou espaço à prática pedagógica.
- Viabilizar recursos junto a Secretaria de Meio ambiente- SEMA-IAP, e apoio técnico
com a UTFPR- campus Campo Mourão, para a implementação do Projeto Verde que te
quero Vida- Bosque Robson Paitach.
- Incentivar, proporcionando suporte estrutural e físico e apoiando às atividades
esportivas com ampliação das escolinhas nas várias modalidades esportivas
- Viabilizar e apoiar o Grêmio Estudantil na utilização do Projeto Rádio Escola, para a
socialização das idéias e ações empreendidas.
CRONOGRAMA
- Ano letivo.
102
RESPONSÁVEL
- Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais, SEED,
Fundepar, NRE, MEC, SEMA-IAP, UTFPR-campus Campo Mourão, UEPR-campus
Campo Mourão, Faculdade Integrado.
14.1 Plano de ação da equipe pedagógica
O Colégio Estadual Unidade Polo está situado no final da região central da
cidade de Campo Mourão e atende alunos de nível sócio econômico médio e baixo,
provenientes dos bairros periféricos.
Esta escola baseia-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº
9394/96), nas diretrizes emanadas pela SEED e nas teorias progressistas da educação,
tendo como objetivo a transmissão/assimilação da cultura e conhecimentos científicos
historicamente acumulados, conforme aponta Dermeval Saviani:
[...] a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao
conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não
fragmentado; a cultura erudita e não à cultura popular. [...] A escola
existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que
possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciências), bem como o
próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da
escola básica devem se organizar a partir dessa questão. [...] Daí
que a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é
aprender a ler e escrever. Além disso, é preciso também aprender
a linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem
da sociedade (SAVIANI, 1995, p. 19-20).
Em conformidade com essas prerrogativas, o Colégio Estadual Unidade Polo
oferece o Ensino Fundamental, Médio e Profissional. A finalidade do Ensino Médio,
proposta na LDB, Art. 35, consiste em consolidar e aprofundar os conhecimentos
adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitar o prosseguimento de estudos; preparar
para o trabalho e cidadania para continuar aprendendo, ser capaz de adaptar-se,
103
aprimorando e educando como pessoa humana, incluindo a formação ética, o
desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico; compreender os
fundamentos científico-tecnológicos, e relação teoria e prática no ensino de cada
disciplina.
Partindo dos pressupostos teóricos e legais acima expostos de função da escola
e do Ensino Médio, cabe ao professor pedagogo, o trabalho de articulação e
planejamento das atividades escolares, partindo da coordenação para a elaboração e
execução do Projeto Político Pedagógico, buscando juntamente com professores,
funcionários, alunos e comunidade as melhores metodologias e encaminhamentos para
que a escola seja de fato democrática, supondo-se aqui a competência na transmissão
dos conhecimentos acumulados historicamente pela sociedade.
O trabalho do pedagogo na organização do trabalho escolar está também
vinculado ao debate acerca do modelo de organização e de gestão da escola; à
construção cotidiana do projeto político pedagógico, de como tomar decisões, em que
instâncias, à transparência do uso dos recursos públicos na escola; à relação entre
funcionários, professores, pais, alunos, equipe pedagógica e direção; à composição e
às ações do Conselho Escolar, o Regimento Escolar e suas aplicações. Estas questões
estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o exercício cotidiano de busca
de coerência entre a teoria e a prática.
Os objetivos e as atividades do professor pedagogo, neste plano de ação, estão
separados por área de atuação para melhor enfoque:
Orientação à família
Colaborar com a família no desenvolvimento e educação do aluno.
Contribuir para o processo de integração entre a escola, a família e a
comunidade, atuando de forma que se consolide uma gestão democrática e
participativa.
104
Desenvolver atitudes favoráveis à efetiva participação dos pais na tarefa
educativa e em relação ao estudo dos filhos.
Identificar possíveis influências do ambiente familiar que possam estar
prejudicando o desempenho do aluno na escola.
Estudar e debater o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o papel do
Conselho Tutelar junto às famílias.
Orientar os pais quanto à responsabilidade de encaminhar os filhos à escola e
acompanhar o rendimento escolar dos mesmos.
Orientar as famílias a buscarem ajuda nas instituições competentes a fim de
solucionarem problemas relacionados a dependências químicas, saúde,
escolarização e profissionalização dos membros da família.
Coordenação e organização do trabalho pedagógico escolar
Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
Pedagógico e do Plano de Ação da escola.
Colaborar na análise dos indicadores de aproveitamento escolar, evasão,
repetência e absenteísmo2.
Desenvolver uma ação integrada com o corpo docente, visando a melhoria do
aproveitamento escolar da adoção de metodologias adequadas e
desenvolvimento de hábitos de estudo.
Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola,
a partir das políticas educacionais emanadas pela SEED e Diretrizes Nacionais
do Conselho Nacional de Educação.
Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais de
ensino junto ao coletivo de professores da escola.
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo de temas
relativos ao trabalho pedagógico e de intervenção na realidade escolar.
Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola.
Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos e/ou ações
que visem a recuperação de estudos, a partir das necessidades de
2 De acordo com o dicionário, absenteísmo significa falta de assiduidade. (FERREIRA, 1986, p. 15).
105
aprendizagem identificadas em sala de aula e/ou nos Conselhos de Classe
bimestrais.
Organizar a realização dos Conselhos de Classe:
garantindo um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho
pedagógico, através de estudos de textos;
definindo metas para cada turma;
atribuindo medidas que deverão ser tomados por professores, alunos, pais,
pedagogos, representantes, direção e funcionários a fim de possibilitar a melhor
aprendizagem;
efetivando o levantamento prévio dos problemas pedagógicos junto aos
professores, alunos e pais para que o Conselho de Classe seja um momento
para definir e buscar soluções e não enumerar os problemas.
Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da
escola, promovendo estudos sistemáticos, troca de experiências, debates,
oficinas entre outros.
Acompanhar o registro no Livro de Registro de Classe dos professores,
bimestralmente ou sempre que se fizer necessário, de modo a garantir a
efetivação da proposta curricular e o planejamento anual, bem como registros de
notas, recuperação, freqüência e carga horária das diferentes disciplinas,
fazendo anotações e orientações.
Organizar e coordenar a hora-atividade do coletivo de professores, de maneira a
garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo
pedagógico e preparação de aulas.
Organizar horário e acompanhar o planejamento das aulas de apoio oferecidas
pelos professores da escola em contraturno para atender alunos com problemas
de aprendizagem.
Repensar, juntamente com os professores, o processo de avaliação, por meio de
estudos de textos e práticas de novas experiências, incentivando o trabalho
coletivo entre os alunos, a avaliação diagnóstica, a pesquisa e a auto-avaliação.
Formação ética e para cidadania do educando
106
Levar o aluno a vivenciar, analisar, discutir e desenvolver valores, atitudes e
comportamentos, fundamentados em princípios universais.
Desenvolver o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem.
Desenvolver a compreensão dos direitos e deveres, da pessoa humana, do
cidadão, da família, do Estado e demais grupos que compõem a cultura dos
alunos.
Despertar nos educandos a consciência da liberdade, o respeito pelas diferenças
individuais, o sentimento de responsabilidade e a confiança e utilização de meios
pacíficos para a solução dos problemas humanos.
Desenvolver nos alunos atitudes e comportamentos de respeito no trato com
colegas e profissionais de educação na escola.
Desenvolver uma atuação integrada com professores para o desenvolvimento
dos valores éticos e sociais acima descritos.
Desenvolver nos alunos atitudes compatíveis com respeito às normas gerais de
boa educação e conduta e às regras do Regimento Escolar.
Desenvolver a dimensão espiritualista, sem proselitismo cultural ou religioso,
obedecendo a princípios gerais de respeito humano.
Evitar ocorrência de discriminação por motivos de convicções filosóficas,
religiosas ou qualquer preconceito de classe, cor ou questões de gênero.
Favorecer a integração dos alunos no ambiente escolar e entre os seus pares.
Apoiar as iniciativas do Grêmio Estudantil da escola.
Incentivar a participação dos alunos em eventos, oficinas, festivais e palestras
em locais fora da escola a fim de oportunizar a convivência com pessoas de
outras comunidades escolares.
Encaminhamentos relacionados à saúde física e mental dos alunos
Colaborar com a escola e a família no desenvolvimento de aspectos importantes
da educação, tais como, o afetivo, o sexual, de higiene, da saúde e do lazer.
Desenvolver a compreensão dos valores, das implicações e das
responsabilidades em relação à dimensão afetiva e sexual da personalidade do
aluno.
107
Atuar preventivamente, via encaminhamento, em relação a saúde física e mental
dos alunos.
Identificar, assistir e encaminhar tanto os alunos que apresentem excelente
desempenho como também os que apresentam necessidades especiais,
colaborando no processo de inclusão.
Orientação vocacional
Levar o aluno a reconhecer a importância da escolha profissional e a
necessidade de informações educacionais e profissionais.
Desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização
pessoal e de fator de desenvolvimento social.
Levar o aluno a reconhecer a necessidade de assumir o papel de agente de sua
escolha profissional.
Desenvolver no aluno a capacidade de relacionar suas características pessoais
às características das profissões.
Estágio supervisionado do academicos-pedagogos
Colaborar na formação e preparo do futuro profissional.
Sensibilizar o estagiário para as necessidades do pedagogo, visando uma maior
eficiência no seu futuro trabalho.
Levar o estagiário a uma percepção realista, propiciando vivência de situações
reais e problemas que permeiam a ação do pedagogo.
Levar o estagiário a estabelecer um vínculo significativo entre teoria e prática,
interagindo com as instituições de Ensino Superior formadoras dos novos
pedagogos.
Estágios supervisionados de academicos-professores
Encaminhar os estagiários aos professores de suas respectivas disciplinas.
108
Fornecer aos estagiários, as informações sobre o Projeto Político Pedagógico,
Planejamento Anual e Plano de Ação da Escola.
Fornecer informações sobre metodologias adequadas a sua disciplina, sobre o
domínio de classe, e projetos da escola em que possa colaborar.
METODOLOGIA
Para atingir seus objetivos e desenvolver suas atividades, o pedagogo estará
adotando diversas metodologias e estratégias, baseando-se na pesquisa participante
que visa à inserção junto à comunidade escolar e ações que possam colaborar na
mudança das problemáticas identificadas. Adotará uma didática baseada na Pedagogia
Histórico-Crítica e/ou Libertadora, partindo da prática social inicial de professores e
alunos para que junto a eles e com eles, busque soluções adequadas no conhecimento
sistematizado e científico, utilizando-se das áreas de psicologia, sociologia, filosofia,
didática, políticas educacionais, levando em conta o conhecimento prévio e a cultura
local.
PROCEDIMENTOS
Reuniões.
Palestras.
Entrevistas.
Pesquisas teóricas e práticas.
Orientação individual.
Orientações coletivas.
Convocações aos pais ou responsáveis.
Elaboração e coordenação ou colaboração em projetos.
Elaboração e coordenação ou colaboração em atividades escolares.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
109
PLANEJAMENTO X X X X
ORGANIZAÇÃO CLASSES X
BUSCA DE DADOS ALUNOS X X
APRESENTAÇÃO DO PLANO X X
REUNIÃO COM PAIS X X X X
ESCOLHA REP. DE SALA X
PALESTRA PARA ALUNOS X X X X
AVALIAÇÃO DO P.P.P X X
ANÁLISE REND. ALUNO X X X X X X
APRES. REGULAMENTO INT. X X
ORGANIZAÇÃO FICHAS ALUNOS X X
ENTREVISTA COM O ALUNO X X X
110
15 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na
sua construção. As avaliações pontuais ocorrerão bimestralmente e acontecerão, em
especial, no momento do Conselho de Classe ou quando se fizer necessário. A grande
avaliação e reformulação do Projeto deverão acontecer no início de cada ano letivo.
Para a realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais, alunos,
funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os pontos positivos
e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças que se fizerem
necessárias.
Professores, funcionários, direção e equipe pedagógica decidiram estabelecer
assembléia de alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno para reformular o
texto sobre a comunidade escolar. Ficou definido que a cada dois anos a equipe
pedagógica realizará uma pesquisa por meio de questionário sócio-econômico
utilizando uma amostragem de 20% para atualizar os dados acerca do diagnóstico
dessa comunidade escolar.
Os dados acerca dos índices de alunos matriculados, aprovados, reprovados,
desistentes e transferidos devem ser analisados e discutidos anualmente e, no PPP
devem constar todos os dados analisados nos últimos cinco anos.
111
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APP-SINDICATO. Construindo o plano estadual de educação: para um novo
governo. Curitiba: W3 Publicidade, 2001. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9.394/96. Brasília: MEC, 1996. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1998. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. GADOTTI, Moacir. Pensamento pedagógico brasileiro. São Paulo: Ática, 1988.
IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Síntese de Indicadores
Sociais – 2007 http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1 Acesso em 04 nov.2010 Jornal da Marcha Mundial de Mulheres. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições, 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002. PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99. Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino, em nível Fundamental e Médio. Curitiba: SEED, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Plano Estadual de Educação: uma
construção coletiva (versão preliminar). Curitiba: SEED, setembro 2005. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1983. ________________. Pedagogia histórico-crítica – primeiras aproximações. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 1995. ________________. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São
Paulo: Autores Associados, 2000.
112
SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – concepção dialético-libertadora. São
Paulo: Libertad, 1994. www.caixa.gov.br acesso em 17/10/2007. www.fomezero.gov.br/programas-e-ações acesso em 17/10/2007. www.app.com.br acesso em 30/10/2007. www.aenoticias.pr.gov.br discurso de posse do Governador Requião em 01/01/2007.
113
ANEXOS
ANEXO I - Matriz curricular de 5ª/8ª séries do ensino fundamental
ANEXO II - Matriz curricular do ensino médio
ANEXO III - Apresentação da proposta pedagógica curricular do ensino
fundamental e médio
ANEXO IV - Matriz curricular do ensino profissional – Tecnico em Serviços de
Restaurante e Bar
ANEXO V - Proposta curricular do ensino profissional - Técnico em Serviços de
Restaurante e Bar
114
ANEXO I
MATRIZ CURRICULAR DE 5ª/8ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃO
ESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C. E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENSINO 1º GRAU 5ª/8ª SÉRIES TURNO: MANHÃ/TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIES 5ª 6ª 7ª 8ª
B A
S E
N
A C
I O
N
A L
C
O M
U M
a
M
ARTES
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO*
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
0
3
4
4
4
2
4
2
0
4
3
4
4
SUB TOTAL 22 22 23 23
P
D
P
D
L.E.M. – INGLÊS**
2
2
2
2
SUB. TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA:Matriz curricular de acordo com a lei nº 9394/96 * Não computado na carga horária da matriz por ser facultativo para o aluno. ** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
115
ANEXO II
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃO
ESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C. E. – ENS. FUND., MÉDIO E PROFISSIONAL ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ/NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS /SÉRIES 1ª 2ª 3ª
B
AS
E N
AC
ION
AL
CO
MU
M
ARTE
BIOLOGIA
EDUCAÇÃO FÍSICA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
0
2
2
2
2
2
4
3
2
2
2
0
2
2
2
2
2
4
3
2
2
2
SUB TOTAL 23 23 23
P D
L.E.M.INGLÊS
2 2 2
L.E.M.ESPANHOL*
4 4 4
SUB. TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 25 25 25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matricula facultativa, ofertada no turno contrário no CELEM.
OBS.: MANHÃ – Serão ministradas 05 aulas de 50 minutos. NOITE - Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
116
ANEXO III
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
A construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da
Educação da Secretaria de Estado da Educação, apontou os referenciais teóricos,
metodológicos e as orientações para o processo de discussão e construção desta
Proposta Pedagógica Curricular, baseada no estudo da história educacional do Estado
do Paraná, nos princípios políticos apontados pela atual gestão e na legislação
constitucional e educacional vigente no país.
A discussão e elaboração do Projeto Político Pedagógico iniciado em 2005
possibilitaram a investigação da realidade escolar, na avaliação e identificação dos
elementos norteadores e nas ações a serem desenvolvidas. Nesse processo, firmou-se
o compromisso com os seguintes princípios: o compromisso com a diminuição das
desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da
educação básica e da escola pública, gratuita e de qualidade, como direito fundamental
do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino e a compreensão
dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos.
A Proposta Pedagógica Curricular faz parte do Projeto Político Pedagógico no
processo de construção da mesma. Neste estabelecimento de ensino, evidenciou-se a
necessidade de recorrer à visão de mundo, de homem e de escola que foram
estabelecidas no início das discussões acerca da construção do Projeto Político
Pedagógico do Colégio. O resgate do questionamento – que escola nós temos, e que
escola queremos? – foi fundamentado na concepção de educação vislumbrada pela
pedagogia histórico-crítica e nos estudos da realidade sócio-econômica e cultural
nacional, estadual e de nossa região, no perfil do aluno e do professor da escola e dos
órgãos colegiados que a compõem.
117
Na construção dessa Proposta Curricular buscaram-se estratégias para garantir
a participação do coletivo dos profissionais da educação nas discussões, com o firme
propósito de questionar práticas excludentes que ainda persistem no meio escolar e
que, se não forem superadas por encaminhamentos pedagógicos que contemplem
todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, estarão contribuindo para a
manutenção das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos alunos de nossas
escolas.
Tendo a consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma pedagogia
histórico-crítica está a preocupação com a educação como direito de todos; com a
valorização dos profissionais da educação, do trabalho coletivo, e da gestão
democrática; com o atendimento às diferenças, evidenciando a inclusão, não apenas
das pessoas com deficiências, mas buscando atender às diferenças individuais,
respeitando as necessidades educacionais de todos os alunos, beneficiando-os com
recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais que promoverão a sua inclusão.
Dentro dessa Proposta Pedagógica Curricular, buscou-se evidenciar a
organização do processo de aprendizagem que possibilitará a flexibilização/adaptação
de conteúdos curriculares (conteúdos, métodos e avaliação), de modo a contemplar a
participação e o sucesso de todos os alunos, considerando seu conhecimento prévio,
suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social, vislumbrando a
construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
118
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso constitui-se como disciplina na superação do proselitismo no
espaço escolar, passando desta forma a deixar claro que aquilo que para as igrejas é
objeto de fé, para a escola é objeto de estudo, sem excluir o horizonte dos valores
éticos, que fazem parte do processo educacional. A Religião Católica Apostólica
Romana, religião oficial do Império, conforme constituição de 1824 determinava que o
ensino religioso fosse tradicionalmente o ensino do catolicismo. Após a proclamação da
República passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando as normas
únicas do catolicismo que exercia o monopólio do ensino.
Nas Constituições de 1937, 1946 e 1967 o Ensino religioso foi mantido como
matéria do currículo, tendo caráter confessional e freqüência livre para o aluno. Na
década de 60 surgiram grandes debates retomando a questão da liberdade religiosa,
devido à pressão das tradições religiosas e sociedade civil organizada que partiu de
diferentes manifestações religiosas, perdendo nesse contexto, sua função catequética,
o modelo pluralista passou a ser intensamente questionado.
O entendimento sobre essa importante e fundamental área do conhecimento
humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade presente nas
diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas diferentes
manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa perspectiva de
compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do conhecimento
religioso.
O Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar em 1972, através da
Lei 5692/71. A Educação Religiosa pressupõem propor ao educando a oportunidade de
processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os
movimentos religiosos específicos de cada cultura.
119
Nos dias atuais a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9394/96, determina que a
disciplina seja de matrícula facultativa sem ônus para o poder público, deve ser
ministrada de acordo com a diversidade religiosa do aluno, o reconhecimento e
aceitação das diferentes manifestações culturais e religiosas da humanidade.
A disciplina de Ensino Religioso visa contribuir para o conhecimento e respeito
às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que compõem a
sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura
sobre o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto
histórico sócio-cultural do educando.
Também proporciona ao educando sua formação integral, através do
desenvolvimento de atitudes éticas que qualifiquem as relações do ser humano consigo
mesmo, promovendo a educação para a paz, com o outro e com a natureza, entendido
nesta concepção como, sujeito do processo de formação continuada.
Sendo assim, o objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes
manifestações do sagrado no coletivo, analisar e compreender o sagrado como o cerne
da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.
O Conselho Educacional de Educação do Paraná. Em 2002, aprovou a
Deliberação nº 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas do
Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
No final de 2005, a SEED encaminhou aos núcleos regionais de educação e com
os professores ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Em 10 de fevereiro de 2006
o mesmo conselho aprovou a Deliberação nº 01/06, que institui novas normas para o
Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
O resultado final é a proposta de implementação de um Ensino Religioso laico e
de forte caráter escolar.
O Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará
120
sempre a ele relacionado.
A organização dos conteúdos deve partir do estudo de manifestações religiosas
menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural do educando.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS
Paisagem Religiosa: lugar onde se situa o espaço geográfico sagrado.
Símbolos: linguagem que expressam sentidos, como forma de comunicação.
Textos Sagrados: sendo de diferentes maneiras, como pinturas sacras, textos
orais e escritos entre outros.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
Organizações Religiosas;
Lugares Sagrados;
Textos Sagrados orais ou escritos;
Símbolos Religiosos.
6ª SÉRIE
Temporalidade Sagrada;
Festas Religiosas;
Ritos;
Vida e Morte.
Organizações religiosas;
Líderes religiosos ou fundadores de religiões;
Estruturas hierárquicas;
Organizações religiosas mundiais e regionais;
Lugares sagrados;
Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras.
Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas;
121
Respeito à diversidade religiosa;
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa;
Direito de professar fé e liberdade de opiniões e expressão;
Direito à liberdade de reunião e associação pacifica.
Universo simbólico religioso;
Festas Religiosas;
Festas familiares;
Datas comemorativas;
Vida: a manifestação do sagrado;
Respostas para a vida além da morte;
Ressurreição, reencarnação, ancestralidade e outros;
Diferentes concepções de vida e crença, as questões vitais que inquietam o ser
humano, respostas aos questionamentos de onde viemos e para onde vamos?
Ritos;
Ritos de passagem;
Peregrinação;
Mortuários;
Propiciatórios;
Nos Ritos;
Nos Mitos;
No cotidiano
3. METODOLOGIA
A partir de uma visão de mundo e de homem, a linguagem utilizada ao ministrar
o conteúdo de Ensino Religioso deve partir do pressuposto pedagógico e não do
religioso. Nesse processo deve ser respeitada a liberdade de consciência e a opção
religiosa em relação ao sagrado, buscando opiniões e questionamentos que
contemplem a contextualização frente a atitudes práticas e concretas do cotidiano em
relação ao sagrado
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos
os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para
122
todos, pressupõe a prática de currículos abertos a flexíveis que estejam comprometidos
com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas
especiais ou não. Nesse sentido, é preciso propor encaminhamento metodológico
baseado na aula dialogada, isto é, a partir da experiência religiosa do aluno e se seus
conhecimentos previstos para, sem seguida apresentar o conteúdo que será
trabalhado, e que ofereçam condições para que o estudante com necessidades
especiais de educação possa absorver o conhecimento de forma participativa.
Os desafios educacionais contemporâneos serão trabalhados, dentro da
disciplina de Ensino Religioso buscando contemplar as dimensões filosóficas, artísticas
e cientificas à medida que os conteúdos permitirem de forma a valorizar os conteúdos
curriculares da disciplina.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96 e as
disciplinas da Lei 11645/08 que contemplo a História e Cultura Afro-Brasileira e
indígena.
Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso,
mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em
sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse
trabalhado, pois uma abordagem nova no conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a
novos métodos de investigação, análise e ensino.
O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara, objetiva e critica
quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o
papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem
trabalhados em sala de aula.
Deve-se propor a problematizarão do conteúdo, a fim de identificação dos
principais problemas postos pela pratica social. Essa etapa pressupõe a elaboração de
questões que articulem o conteúdo em estudo a vida do estudante.
As interdisciplinares são fundamentais para efetivar a contextualização ao
123
conteúdo, pois se articulam os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e,
ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino
Religioso.
Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem faz-se necessário abordar
cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, sendo necessário
respeitar o direito a liberdade de consciência e a opção religiosa.
4. AVALIAÇÃO
Avaliação da aprendizagem faz parte do processo educativo e deve ser
realizada de forma que possibilite acompanhar o processo de apropriação do
conhecimento de cada educando, bem como da turma, através de manifestações de
aceitação das diferenças religiosas existentes entre os colegas. Esse processo deve
ser contínuo, diagnóstico e cumulativo, permitindo ao professor planejar intervenções
necessárias no processo de ensino-aprendizagem.
No acompanhamento dos estudantes com necessidades especiais de educação
é fundamental que o professor seja flexível, verifique e valorize o progresso de cada
aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e
suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, respeitando
seu tempo.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluo se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção
da realidade social e, como ampliar o seu conhecimento em torno do objetivo de estudo
do Ensino Religioso.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – n 9394, de 20 de
Dezembro de 1996.
124
BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil. 1967.
BRASIL, Lei n 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. 2008
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
125
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS – ENSINO
FUNDAMENTAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de ciências, introduzidas nos currículos de ensino, inicialmente se
apresentaram com caráter informativo (Ghiraldelli Jr, 1991 apud DCC, 2008), e o
conhecimento resultante das pesquisas científicas eram organizados e selecionados e
socializados de formas diferenciadas para as diferentes classes.
Com o advento da “Guerra Fria” o ensino de Ciências, sob influência
estadunidense, passa a ser repensado com preocupação na formação de futuros
cientistas. Nesse contexto, a ciência e a tecnologia foram referenciadas como
atividades imprescindíveis no desenvolvimento econômico, cultural e social, trazendo,
então, os reflexos para a importância do ensino de Ciências. No Brasil, esse contexto
histórico de interferência internacional, justificava a preocupação com o ensino de
Ciências presente nos currículos para a necessidade do conhecimento científico ser
utilizado como instrumento de superação da dependência tecnológica do país (DCC,
2008, p.52).
Com os problemas sociais se avolumando no mundo, entre 1960 e 1980,
relacionados ao meio ambiente, o aumento da produção, à crise energética, aos
movimentos sociais como a revolta estudantil e às lutas antissegregacionista racial, o
ensino de Ciências passa por transformações que redirecionam os objetivos e
encaminhamentos de seu ensino.
O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação
do futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento
histórico, à análise das implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer
ao cidadão elementos para viver melhor e participar do processo de redemocratização
iniciado em 1985 (DCC, 2008, p.55).
126
Segundo Marandino (2005), o ensino de Ciências se caracterizou com o objetivo
da “necessidade de uma cultura científica a um público cada vez mais amplo, como
instrumento de cidadania” (DCC, 2008, p. 49). Assim, compreendemos que muitos
foram os objetivos históricos que fizeram com que o ensino de ciências estivesse nos
currículos de ensino, mas inegavelmente, o ensino de Ciências não poderia estar fora
dele, pois sua necessidade se dá pela própria razão natural de compreensão sobre as
mudanças, manifestações e transformações, naturais e artificiais, do mundo em que
vivemos.
O ensino de Ciências presente nos currículos tem sido analisado por
pesquisadores e educadores das Instituições de Ensino Superior, assim como por
curriculistas das Secretarias de Estado da Educação. Em virtude disso, o estado do
Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação e Superintendência Estadual
da Educação, num processo de construção de Diretrizes Curriculares para o Estado, ao
construírem diretrizes para o ensino de ciências, analisou as propostas contidas nos
Parâmetros Curriculares Nacionais acerca dos pressupostos teóricos e metodológicos
desta disciplina e, como resultado dessa leitura concluiu que o ensino de Ciências
sofreu uma desconfiguração pela ênfase dada aos problemas sociais, deixando de
trabalhar conceitos científicos ou abordando-os de maneira superficial. Sendo, assim, a
SEED/Pr. apresenta em sua proposta curricular para o ensino de Ciências a retomada
do estudo disciplinar com ênfase no domínio de conceitos científicos, historicamente
construídos e necessários ao rompimento de obstáculos epistemológicos advindos de
conhecimentos cotidianos e alternativos.
Para essa perspectiva, comparando os processos de investigação científica da
natureza, que se utiliza de diferentes métodos científicos, as DCC apresentam para o
ensino de Ciências, a adoção do Pluralismo metodológico como opção à abordagem
dos conteúdos escolares e sugerem a ampliação de encaminhamentos metodológicos
com o intuito de contribuírem na compreensão dos conceitos científicos e superação
dos conceitos alternativos e cotidianos.
127
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5ª SÉRIE/6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos
6ª SÉRIE/7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática
128
7ª SÉRIE/8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Origem e evolução do Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
8ª SÉRIE/9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros Gravitação universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
3. METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico para o ensino dos conceitos científicos se dará
principalmente pela ação do professor, principal agente mediador do ensino, que se
utilizará de diferentes abordagens. Dentre os encaminhamentos necessários, a análise
criteriosa de manuais didáticos, revistas de divulgação científica, livros didáticos e
129
paradidáticos deverão ser investigados com olhar crítico, a fim de evitar o ensino de
conceitos equivocados.
O professor deverá observar as implicações necessárias à dosagem do trabalho
pedagógico, objetivado para o ensino dos conteúdos, portanto, deverá selecionar os
conteúdos específicos de acordo com o número de aula de cada série, com o
calendário letivo e, com o Projeto Político Pedagógico da Escola.
O ensino dos conteúdos científicos deve ocorrer de maneira integradora, ou seja,
o professor deverá estabelecer as relações do conceito estudado com outros conceitos
que permitem a compreensão de um fenômeno e as inter-relações desses conceitos no
sistema (relações interdisciplinares). Também, deve analisar o aspecto contextual do
fenômeno ou sistema estudado permitindo situar o conhecimento em relação à sua
determinação política, histórica, social e econômica.
No ensino de conceitos científicos também será contemplado aspectos da
História e Cultura Afrobrasileira e Indígena, conforme preconizam as Leis 10.639/03 e
11.645/08 e educação ambiental (Lei 9.795/99).
A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, estabelece na inclusão no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afrobrasileira
e Indígena”.
De acordo com o art.1 § 2o, conteúdos referentes à história e cultura afro-
brasileira e dos povos indígenas brasileiros “serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história
brasileira”.
Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na
Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas
contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográfico-culturais e etc.
130
Quanto aos aspectos essenciais ao ensino de Ciências, assim como à formação
do professor, a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental
complementam-se na prática pedagógica e propiciam melhor integração dos conceitos
científicos escolares.
A variedade de metodologias para a abordagem do conteúdo proporciona vê-lo
sobre diferentes angulos, portanto problematizar uma situação em que exija o uso do
conceito, utilizar a investigação cientifica por meio de pesquisas, promoverem
atividades em grupo, tanto experimentais como de debate e, promover situações
lúdicas sobre o conteúdo, são elementos que valorizam, motiva e promove o ensino
dinamico do conteúdo disciplinar.
O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:
Recursos pedagógicos e tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais
como, livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em
quadrinhos, música, quadro branco, mapa (geográficos, sistemas biológicos,
entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho,
desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo telescópio,
televisor multimídia, computador, retroprojetor, entre outros;
Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é a atividade do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser continua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante
131
aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar
sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da
avaliação tão somente classificatória e excludente. A investigação da aprendizagem
significativa pelo professor pode ser por meio de problematizações envolvendo relações
conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a partir da utilização de jogos
educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que
representem como o estudante tem solucionado os problemas propostos e as relações
estabelecidas diante dessas problematizações. Dentre essas possibilidades, a prova
pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do estudante e de
diagnostico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por ele, alem
de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real
(VYGOTSKY, 1991b). Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e
considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula.
As modalidades de avaliação estarão diretamente relacionadas aos objetivos e
os tipo de conteúdo que o professor deseja avaliar, podendo utilizar para isso atividade
de leitura, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto, palestras e
apresentações orais, atividades experimentais, relatórios, seminários, debates,
atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas,
questões objetivas, sendo que os critérios de avaliação serão estabelecidos
observando-se a série e o conteúdo trabalhado (DCCs, 2008).
Quanto aos Instrumentos utilizados para as atividades de sondagem de
aprendizagem, serão considerados os seguintes critérios:
Numa atividade de leitura dos alunos o professor deve considerar se houve
compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto
por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
O aluno, ao falar sobre o texto, expresse suas idéias com clareza e sistematize o
conhecimento de forma adequada;
Nas atividades de pesquisa bibliográficas, deve-se considerar se o aluno
compreende os passos de uma apresentação de trabalho científico, expressando
132
por meio da escrita, a sistematização da pesquisa e compreendendo a
importância de apresentar conclusões a respeito do que foi pesquisado.
As produções textuais devem obedecer às circunstâncias de produção (gênero,
interlocutor, finalidade, etc.);
A apresentação oral deve expressar a compreensão do conhecimento sobre o
conteúdo abordado com criatividade e deverá cuidadosamente prepará-lo para o
desenvolvimento de habilidades de expressão oral para grupos:
As atividades experimentais deverão proporcionar ao aluno a oportunidade de
fazer conclusões a respeito do fenômeno observado e levantar hipóteses que
poderão ser comprovadas ou testadas com outras atividades experimentais ou
por meio de pesquisa.
Na Pesquisa de campo o aluno deverá ser capaz de compreender os
procedimentos necessários à coleta de dados e o exame do material para a
conclusão do trabalho prático.
O uso de questões discursivas deve considerar se o aluno consegue se
expressar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa.
O uso de questões objetivas deve expressar o quanto o aluno entendeu o
enunciado da questão e analisou minuciosamente as possibilidades
apresentadas.
Relatório - ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno atende aos seguintes tópicos:
Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que
deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
133
Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta,
não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor
compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma
reflexão que permita o aprimoramento da atividade.
Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. Na analise é importante que se estabeleça as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem
à atividade em questão.
Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho
(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse processo
seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que
inclua uma variedade de situações de aprendizagem.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente
e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,
conforme segue:
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
134
escala de 0,0 (zero virgula zero) a 10,0 (dez virgula zero).
Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
virgula zero).
5. REFERÊNCIAS
CRUZ D. Ciências e Educação Ambiental/obra coletiva. Editora Ática.26ª Ed. São Paulo, 2001. GOWDAK, D. Ciências/obra coletiva. Editora FTDA. São Paulo, 1987.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba, 2008. POLO, Colégio Estadual Unidade – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Colégio Estadual Unidade – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
PROJETO ARARIBÁ: Ciências/obra coletiva. Editora Moderna. 1 ed. 4 v. São Paulo,
2006.
135
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Arte nos mostra a necessidade do ser humano se comunicar. E
mais, ela se dá, também, pela necessidade da humanização dos nossos educandos. E
segundo, Arco-Verde (2003), quando o aluno entra em contato com este instrumento, “a
arte”, tende a perceber quem somos e a que viemos. Assim estamos possibilitando a
eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as batalhas que se
apresentam no dia-a-dia.
A arte possibilita, dentro do seu processo de criação, o recriar do ser humano. E
nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro.
Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é
imprescindível para a compreensão de quem realmente somos.
De acordo com a Diretriz Curricular do Estado do Paraná, arte é uma forma de
expressar emoções, idéias, vivências, entre outros. É também uma forma de
comunicação, presume a capacidade de atingir o outro, de ser compreendida pelo
outro. Essa compreensão só é possível se o outro entende o “código”, se ele domina,
na maior parte das vezes de modo inconsciente, os princípios desorganização da
mensagem. Mensagem que se concretiza seja através de sons, na música, e daí por
diante.
Se o interesse depende da capacidade de compreensão, a distância que a
maioria do povo brasileiro mantém das formas de arte, principalmente daquelas ditas
eruditas, é gerada pela falta de referência adequada que permitam aprender as
linguagens artísticas como significativas. A capacidade de compreender não se deve a
um dom inato ou algo assim; deve-se sim, a certas formas de perceber, de pensar e
mesmo de sentir que dependem da vivência, da experiência de contato com as obras
de arte. Em outros termos, a capacidade de aprender as linguagens artísticas, o que
136
podemos chamar de “competência artística”, depende da posse de esquemas de
percepção, pensamento e apreciação que são gerados pela familiarização.
A competência artística depende, assim, do ambiente sócio cultural em que se
vive, uma vez que depende das possibilidades de contato com as obras artísticas. Esse
contato continuado, essa frequência, vai construindo gradativamente a familiarização,
vai formando, lentamente e de forma imperceptível, os referenciais necessários para a
apreensão e compreensão das linguagens artísticas.
Valendo-se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes (meios
tecnológicos para sua produção e veiculação) para a construção do pensamento de
uma sociedade realmente preocupada com o seu meio, faz-se a reorganização e
reordenação dos conteúdos em Estruturantes e Básicos em consonância com as
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná(2009), conforme segue:
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Artes Visuais;
Música;
Teatro;
Dança.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
MÚSICA- 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Ritmo
Melodia
Escala: diatônica,
pentatônica,
Greco-romano
Oriental
Ocidental
Africana
137
Densidade cromática
Improvisação
Indígena
ARTES VISUAIS- 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: pintura,
escultura, arquitetura.
Gêneros: cenas da
mitologia
Arte greco-romana
Arte africana
Arte oriental
Arte pré-histórica
Arte Indígena
TEATRO- 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço cênico,
adereços.
Técnicas: jogos
teatrais, teatro indireto
e direto,
improvisação,
manipulação,
mascara...
Gênero: tragédia,
comedia e circo.
Greco-romana
Teatro oriental
Teatro medieval
Renascimento
Indígena
Africana
138
DANÇA - 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de apoio
Movimentos
articulares
Fluxo (livre e
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e
baixo)
Deslocamento (direto
e indireto)
Dimensões (pequeno
e grande)
Técnica: improvisação
Gênero: circular
Pré-história
Greco-romana
Renascimento
Dança clássica
Indígena
Africana
MÚSICA- 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico,
Musica e étnica (ocidental e
oriental)
Indígena
Africana
139
indígena, popular e
étnico
Técnicas vocais:
vocal, instrumental e
mista
Improvisação
ARTES VISUAIS -6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnica: pintura,
escultura,
modelagem, gravura...
Gêneros: paisagem,
retrato, natureza
morta...
Arte indígena
Arte popular
Brasileira e paranaense
Renascimento
Barroco
Africana
TEATRO - 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Representação,
leitura dramática,
cenografia.
Técnicas: jogos
teatrais, mimica,
Comédia dell’arte
Teatro popular
Brasileiro
Paranaense
Teatro africano
140
improvisação, formas
animadas...
Generos: rua e arena,
caracterização.
Indígena
DANÇA- 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIÓDICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal
Teatro
Espaço
Ponto de apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo(livre,interrompido
e conduzido)
Lento, rápido e
moderado
Níveis (alto, médio e
baixo)
Formação
Direção
Genero: folclórico,
popular e africano.
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
MÚSICA-7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Ritmo
Melodia
Indústria Cultural
Eletrônica
141
Timbre
Intensidade
Densidade
Harmonia
Tonal, modal e a
fusão de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Indígena
Africana
ARTES VISUAIS - 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, audiovisual
e mista...
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte
Contemporânea
Indígena
Africana
TEATRO - 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação no
Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação cênica...
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Indígena
Africana
142
DANÇA - 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente,
atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Indígena
Africana
MÚSICA - 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Gêneros: popular,
folclórico e étnico
Música Engajada
Música Popular
Brasileira.
Música
Contemporânea
Indígena
Africana
143
ARTES VISUAIS - 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura,
grafite,
performance...
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Hip Hop
Indígena
Africana
TEATRO - 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo,
jogos teatrais, direção,
ensaio,
Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do
Absurdo
Vanguardas
Indígena
Africana
144
DANÇA - 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance
e moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
Indígena
Africana
ENSINO MÉDIO
TEATRO – 1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro direto e
indireto, mímica,
ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação e leitura
dramática.
Teatro Greco-
Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
145
Gêneros: Tragédia,
Comédia, Drama e
Épico
Dramaturgia
Representação nas
mídias
Caracterização
Cenografia,
sonoplastia, figurino e
iluminação
Direção
Produção
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de
Vanguarda
Teatro
Renascentista
Teatro Latino-
Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
Indígena
Africana
DANÇA – 1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos
articulares
Lento, rápido e
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
146
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo,
indústria cultural,
étnica, folclórica,
populares e salão...
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança
Contemporânea
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando na
construção de sua identidade cultural, independente das diversidades sócio-culturais e
das necessidades especiais. Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra
dentro da visão de ensino-aprendizagem da pedagogia Historico-Critica. Para tanto a
escola deve ser percebida com um todo e vista como um “centro de experiência
permanente”. Deve também possibilitar a co-responsabilidade do professor e aluno no
processo de aprendizagem.
É fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe
claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo
para a explicação dos porquês e dos como serão os trabalhos. A postura do professor
deve ser a de quem: explica, informa,questiona, corrige. Isso é agir na zona de
desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso buscar a catarse no
aluno para que este possa explicar, agir e interagir as informações adquiridas com os
colegas, com o professor, com a escola, enfim com o meio que o cerca, o mundo.
147
Os conteúdos devem ser como já ditos acima, abordados partindo do
conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas sobre o
ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de
aula sobre a importância que estes na vida prática do aluno. Os trabalhos serão
realizados em por meio de grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitação a
museus, teatros e bibliotecas; visando a atender a toda diversidade que se encontra na
comunidade escolar. Utilizando também toda tecnologia disponível.
Para Ana Mãe Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter em
mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, a aula
poderá iniciar por qualquer desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que
para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão
tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da
arte com a linguagem.
Resumidamente o ensino de Artes neste estabelecimento de ensino parte da
concepção das Diretrizes Curriculares adotadas para a disciplina, cabendo ao professor
na sua prática pedagógica considerar:
As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região e as
várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como
produção cultural;
As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como ponto de
partida para a ampliação dos saberes em arte;
As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas linguagens artísticas.
A experimentação como meio fundamental para ressignificação desse
componente curricular levando em conta que esta prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
148
A Arte em toda sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio, e
dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos,
independentemente das suas características físicas, mental, social e espiritual,
buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, numa obstante se
esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças é
nos respeitar. Deixando o fluir das artes aflorarem diante dos alunos para que estes
busquem o conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua
sensibilidade, possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando os
seus sentidos.
De acordo com a LDBEN (nº 9.394/96, art. 24, inciso V) e com Deliberação 07/99
do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º.), a avaliação em Arte deverá
levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e
a sua realidade, evidenciados tanto no processo, quanto na produção individual e
coletiva desenvolvida a partir desses saberes. Não obstante, devemos dentre estes
conhecimentos aplicados, reforçarmos a recuperação de conteúdos e não só de notas.
A recuperação de notas fica estabelecida que tenha no mínimo 2 avaliações e máximo
6 avaliações, e que terá valor máximo de cada uma 5,0 (cinco vírgula zero) e de no
mínimo 1,0 (um vírgula zero), isto por bimestre.
Avaliar exige que a façamos formal e informal e contemplar as varias formas de
avaliar, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os
critérios para em seguida, escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles referentes
à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino aprendizagem. E
se tratando de avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria de forma
especifica, contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de cada sala de aula e
para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento oportuno, dispor de
materiais expositivos, para maior clareza e para que possam atuar na pratica com o
conhecimento, diante disso é notório que o professor deva ter um conhecimento de
linguagem artística em questão, bem como da relação entre criador e o que foi criado,
pois sim, que o aluno dentro do conhecimento gerando critérios adquiridos, possa se
expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a prática pragmática.
149
Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de sua
realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos para
poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a felicidade. Isto nos dará com
clareza as soluções das problematizações apresentadas.
Assim a avaliação será contínua, ou seja, se dará constantemente a cada
encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação a suas
potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos
conteúdos estruturantes.
6. BIBLIOGRAFIA
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação – Mini manual de Pesquisa – ARTE – Uberlândia: Claranto Editora, 2003. CANTELLE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte Linguagem Visual. São Paulo:
IBEP, 2000. CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática,1997. D‟ANDREA; Flavio Fortes. Desenvolvimento da Personalidade; enfoque psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.
MARCHESI JUNIOR, Isaías. Atividade de Educação Artística. São Paulo: Editora
Ática, 1995. MANGE, Marilyn Diggs. Arte Brasileira para Crianças. São Paulo: Martins Fontes, 1995. NEWBERY, Elizabeth. Os segredos da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Arte do PR – 2009.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática. 1990. REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. Porto Alegre: Ed. Ática. WELL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala: A linguagem Silenciosa da Comunicação Não Verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, 1973.
150
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FISICA - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O trabalho na área da Educação Física nos faz conceber uma pratica não
apenas como principio esportivo, mas, sobretudo educativo. Pois pensamos a
Educação Física como uma ferramenta gestora de conhecimento e socializadora.
Portanto, fundamental para o bem estar físico e mental dos estudantes.
Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam
a necessidade de que, além daqueles, se considere também as dimensões cultural,
social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é, no corpo das pessoas, que
interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.
O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física passa por uma
compreensão que se estabelece nas relações sociais, que requerem ações
pedagógicas a fim de estimular essas relações e, portanto, não se restringe ao simples
exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir
sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e
culturalmente significativa e adequada.
Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos
pessoais dentro de linguagens e contextos sociais, pois um mesmo gesto adquire
significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso
ocorre. É necessário que o indivíduo conheça a natureza e as características de cada
situação de ação corporal, como são socialmente construídas e valorizadas, para que
possa organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de
forma adequada e significativa. Por isso, é fundamental a participação em atividades de
caráter recreativo, cooperativo, competitivo, entre outros, para aprender a diferenciá-las.
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente
influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergente dos séculos XVIII e
XIX. Os exercícios foram sistematizados pela instituição militar e reelaborados pelo
151
conhecimento médico dentro de uma visão pedagógica. Para atender aos objetivos de
adquirir, promover e restabelecer a saúde através da atividade física.
Na década de 30, o esporte começou a se popularizar, confundindo-se com a
Educação Física. Houve um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover
políticas nacionalistas para o país. Uma série de medidas foi implantada para ressaltar
o sentimento de valorização da pátria por meio dos esportes.
Essa concepção esportivizada da Educação Física Escolar foi duramente
criticada pela corrente pedagógica da Psicomotricidade, a qual surgia com muita força
no período. Apesar de não apresentar um novo modelo de ensino, a Psicomotricidade
privilegiava o desenvolvimento integral, a partir das relações afetivas, cognitivas e
motoras.
Com o passar do tempo, o panorama foi se alterando. Em meados dos anos 80,
já se pôde falar não só de uma comunidade científica na Educação Física, mas também
no surgimento de tendências ou correntes, suscitando assim os primeiros debates
voltados à criticidade. Nessa época, ainda, o sistema educacional brasileiro passou por
um processo de reformulação, inclusive trazendo uma renovação do pensamento
pedagógico da Educação Física, destacando-se as abordagens desenvolvimentista,
construtivista e crítico-superadora.
No início da década de 90, surge a abordagem crítico-emancipatória, que
considerava o movimento como significativo no processo ensino/aprendizagem, por
estar presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no
mundo”.
A partir de então, surgem as discussões para a elaboração do Currículo Básico,
que, na área da educação Física, que se fundamentava na pedagogia histórico-crítica,
numa perspectiva progressista e crítica. Mesmo assim, o Currículo Básico apresentava
uma rígida lista de conteúdos, que enfraqueciam os pressupostos teórico-
metodológicos da pedagogia crítica, pois o enfoque privilegiava outras abordagens,
como a desenvolvimentista, crítica e psicomotora.
Um grande marco para a Educação Física foi o documento “Reestruturação da
Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau”, que veio resgatar o compromisso
152
social da ação pedagógica da disciplina, consolidando um no entendimento em relação
ao movimento humano.
Houve um retrocesso nos avanços teóricos da Educação Física na década de
90, após a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que, ao invés
de ser um referencial curricular, tornou-se um currículo mínimo. A inclusão dos temas
transversais, por exemplo, trouxe um esvaziamento dos conteúdos próprios da
disciplina.
Diante desse quadro, cabe à Educação Física interrogar a hegemonia que
entende esta disciplina apenas como treinamento do corpo, garantindo aos alunos o
acesso ao conhecimento produzido pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu
objeto de estudo, Cultura Corporal, a Educação Física deve levar à reflexão crítica das
manifestações culturais historicamente produzidas, contribuindo com a formação de um
ser humano crítico e reflexivo, que se reconhece como sujeito e como agente histórico,
político, social e cultural
Aprender a movimentar-se implica em planejar, experimentar, avaliar, optar entre
alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir
com outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos que devem ser
favorecidos e considerados no processo de ensino e aprendizagem na área de
Educação Física.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – BÁSICOS
2.1 ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos Individuais
Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas Danças circulares
153
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
2.2 ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos Individuais Radicais
Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças de salão
Ginástica Ginástica artística/olímpica Ginástica de condicionamento físico Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação Lutas que mantêm distância Lutas como instrumento mediador Capoeira
3. METODOLOGIA
Devemos compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo,
sabendo que ela é composta por interações que são estabelecidas nas relações
sociais, levando em consideração os conhecimentos já adquiridos pelos alunos ,
portanto, partindo deles, será feita a abordagem dos conteúdos de Educação Física por
meio ações pedagógicas estimulando a reflexão de formas produzidas pelo ser
humano.
As aulas de Educação Física serão desenvolvidas por meio da discussão e
análise crítica dos conteúdos, aulas práticas com demonstração, explicação,
experimentação, repetição e correção; atividades individuais e em pequenos e grandes
grupos, bem como a apresentação de proposta de trabalho para os alunos através da
dança, artes circenses, dramatizações e canto.
154
As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais como
computadores, DVD, TV pendrive, revistas, livros, filmes, aulas práticas em laboratórios
e informática, dentre outras, serão introduzidas para facilitar o ensino e a aprendizagem
dos conteúdos programáticos.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos
os alunos a possibilidade de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação
democrática e universalizada pressupõe a prática de métodos e técnicas de ensino
abertos e flexíveis, os quais estejam comprometidos com o atendimento das
necessidades educacionais de todos os alunos, sejam eles com necessidades
especiais ou não.
As ações de adequações/flexibilizações a serem realizadas nos componentes
curriculares desta disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades
dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com
os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando,
quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados
que constituem a rede de apoio da Educação Especial do Paraná, conforme
apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de
currículos inclusivos.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação tem como premissa o diagnóstico do processo ensino-aprendizagem
e a investigação da prática pedagógica, objetivando fornecer informações e dados
necessários à reflexão docente, assim como, conscientizar o educando sobre suas
potencialidades e possibilidades.
Essa identificação serve para o professor propor revisões e novas elaborações
de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente consolidados.
Assim, é fundamental que o processo de avaliação ocorra de forma diagnóstica e
formativa, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações de
155
aprendizagem, tais como a compreensão de definições, estabelecimento de relações,
argumentação oral; as explicações, as justificativas e o uso de recursos tecnológicos.
Para tanto, serão utilizados instrumentos de avaliação como testes práticos e
teóricos, participação efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de
trabalhos práticos e teóricos, incluindo seminários.
A recuperação dos conteúdos será realizada através da retomada e reforço dos
mesmos, investindo em novas estratégias e recursos, com a modificação de
encaminhamentos metodológicos, para que o aluno aprenda e, em conseqüência,
recupere também sua nota.
Serão levados em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem o
aluno de realizar determinados tipos de atividades com o mesmo nível de desempenho
dos demais, como, por exemplo, disfunções na coordenação motora geral, distúrbios
psíquicos e emocionais e incapacidade física temporária ou permanente.
5. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS: CAFIELD, J. T. Aprendizagem Motora. Santa Maria, 1981. DAÓLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995. DIETRICH, K. Os grandes jogos. Metodologia e prática. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1987. DIETRICHKEIT, K. T. Harmonizando o Corpo: Exercícios Simples Resultados Práticos. Editora Letras. Curitiba 1998.
GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Controle do peso corporal, composição corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo. Cortez, 1991.
Metodologia de Ensino de Educação Física/ Coletivo de Autores, Editora Cortez,
São Paulo, 1992.
156
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
Revista Brasileira de ciências do Esporte, Campinas, Colégio Brasileiro de Ciências no Esporte, 1979. TEIXEIRA, H. V. Educação Física e Desportos. São Paulo: Saraiva 1996.
157
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA -
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde a antiguidade os grupos humanos precisam criar estratégias para se
relacionarem com a natureza. Para os povos caçadores e coletores, a interpretação dos
fenômenos naturais lhes garantia a sobrevivência, portanto era fundamental a
observação da dinâmica das estações do ano e o conhecimento do ciclo reprodutivo da
natureza. Para os povos navegadores e predominantemente pescadores, conhecer a
direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas lhes
favoreceu, assim como para os primeiros povos agricultores, entender o clima e a
alternância entre períodos secos e chuvosos, foi essencial. Através desses
conhecimentos, os seres humanos conseguiram se relacionar com a natureza e
modificá-la de acordo com o seu interesse.
Na antiguidade muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos.
Ampliaram-se os conhecimentos sobre a relação dos seres humanos com a natureza,
extensão e características físicas e humanas dos territórios. Estudos descritivos das
áreas conquistadas, de informações sobre a localização, o acesso e as características
das cidades e regiões dos impérios, eram conhecimentos fundamentais para suas
organizações políticas e econômicas.
Ao longo dos anos, desenvolveram-se outros conhecimentos como a elaboração
de mapas, discussões a respeito das características do Planeta, da distribuição de
terras e águas, cálculos sobre latitude, definições climáticas e outros.
O ensino da geografia já esteve focado na descrição do espaço, na formação e
fortalecimento do nacionalismo, para a consolidação do Estado Nacional brasileiro,
principalmente nos períodos dos governos autoritários. Esse modo de ensinar ficou
conhecido como Geografia Tradicional e prevaleceu até o início dos anos de 1980.
158
A geografia evoluiu e se transformou ao longo dos anos, passando de uma
Geografia Tradicional para uma Geografia Crítica, que a princípio não foi bem aceita
pelos professores, visto que ainda se encontravam despreparada para essa mudança.
A geografia enquanto disciplina isolada não pode abarcar a totalidade dos
fenômenos físicos, biológicos e humanos que ocorrem sobre a superfície terrestre.
Enquanto a geografia humana procura se aproximar das ciências sociais, a geografia
física se volta para os métodos de análise das ciências naturais.
O desafio é integrar essas duas áreas de conhecimento numa perspectiva de
construção de um pensamento interdisciplinar que contemple as noções de espaço,
tempo e lugar, no Brasil e no mundo e o estudo das transformações contemporâneas.
A partir do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia,
pressupõe-se que o aluno consiga se localizar no espaço, se posicionando de forma
crítica e construtiva diante de sua realidade, compreendendo a necessidade de
preservar os recursos naturais e utilizando-os de forma consciente. O aluno deverá
também se posicionar diante das novas tecnologias, tornando-se um cidadão que
exerça corretamente o seu papel na sociedade. Para tanto, é necessário que ele saiba
ler e interpretar mapas, gráficos, tabelas, além de textos que abordem temas como
cultura afro-brasileira, meio ambiente, política, dentre outros.
Atualmente, a forma como a geografia é ensinada nas escolas proporciona aos
alunos, maior participação nas aulas, pois os conteúdos são abordados de maneira
mais fácil de serem compreendidos, sendo relacionados com seu cotidiano, para formar
cidadãos mais críticos, preparados para se orientarem no espaço, conquistarem seu
lugar na sociedade, respeitando e preservando o ambiente em que vivem.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
159
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE/6º ANO
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico;
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE/ 7º ANO
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
Movimentos migratórios e suas motivações;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
160
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico;
A circulação da mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE – 8º ANO
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais eu papel do estado;
O comercio em suas implicações socioespaciais;
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
Movimentos migratórios e suas motivações
8ª SÉRIE – 9º ANO
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
A revolução tecnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
161
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
Movimentos migratórios e suas motivações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e
a (re) organização do espaço geográfico;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
O espaço em rede: produção, transporte, e comunicação na atual configuração
territorial.
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem,
a (re) organização do espaço geográfico;
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de
exploração e produção.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
2ª SÉRIE
A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial;
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
162
A formação e transformação das paisagens;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização;
3ª SÉRIE
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
O comércio e as implicações sócio-espaciais
As implicações socioespaciais do processo de mundialização
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.
3. METODOLOGIA
A Geografia apresenta um duplo desafio: a integração às demais áreas do
conhecimento, na perspectiva da construção de um pensamento interdisciplinar, capaz
de superar a divisão entre as ciências e a discussão interna, acerca da relação entre
Geografia Humana e Geografia Física.
O professor de Geografia deve entender o seu papel no ensino, ter
conhecimento profundo do campo do qual é especialista, pois é ele que estabelecerá
interfaces com as demais disciplinas.
O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica contínua. O
caminho do geógrafo tem que ser repensado e as alternativas para isso são múltiplas.
Quanto ao ensino, de nada adianta trabalhar sobre uma estrutura tradicional, se os
alunos são jovens que vivem num mundo, onde as mudanças ganham cada vez mais
163
velocidade e que quando adultos, viverão numa sociedade mais desafiadora. É preciso
romper com a atual estrutura e habilitá-los a pensar e a agir.
O ensino da Geografia é fundamental para que o aluno possa viver melhor em
sociedade; compreendendo o mundo, posicionando-se como agente transformador,
localizando-se no espaço, reconhecendo e transitando entre as diferentes escalas
espaciais, atuando criticamente e compreendendo a relação sociedade/ natureza. Os
conceitos de espaço geográfico, paisagem, região, lugar e território, são fundamentais
para que o aluno entenda essas escalas. Da observação do meio, da sua localização, a
Geografia levará o aluno a conhecer o ambiente que o rodeia e a buscar caminhos para
apropriação do domínio espacial.
No desenvolvimento dos conteúdos, o professor trabalhará no sentido de
constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado lugar de acordo com seus
interesses e necessidades, vai modificar esse espaço, alterando assim a natureza.
Serão usados recursos e algumas práticas pedagógicas que facilitarão o aprendizado,
como: recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e
imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações), jornais, tv pendrive,
relatórios, debates, seminários, interpretação de textos, projetos e pesquisas
bibliográficas, laboratório de Informática, aula de campo, a literatura, a cartografia,
revistas e visitas à comunidade, e ao espaço físico da escola, analisa-se com os alunos,
as mudanças ocorridas no seu meio, relacionando-as com o estado de conservação
e/ou degradação da superfície terrestre. O professor deverá também, mostrar quais as
mudanças que a natureza sofreu e qual o aproveitamento que a sociedade faz dela. O
estudo das inovações tecnológicas torna-se fundamental para a compreensão das
transformações espaciais, sejam elas em escala estadual, federal ou global.
Partindo do ponto de vista, de que vivemos em uma sociedade globalizada,
torna-se necessário que o aluno, apresentando ou não necessidades educacionais
especiais, seja preparado para enfrentar essa realidade de forma crítica e construtiva,
pois o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os
alunos possibilidades de aprendizagem.
164
As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes
curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades
dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com
os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando,
quando necessário, o atendimento dos serviços educacionais especializados que
constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado
nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos
Inclusivos.
Conforme a Lei 11.645/2008; são imprescindíveis que nas aulas de geografia
sejam trabalhados os conteúdos da história e cultura afrobrasileira e indígena sempre
que houver possibilidade de abordagem dos mesmos.
Torna-se importante também que de acordo com os conteúdos trabalhados seja
enfocada a geografia do Paraná, todas as vezes que for possível contemplá-la.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento de grande importância no processo ensino
aprendizagem. É necessário que esteja presente em todas as etapas, para que o aluno
e o professor percebam em que grau está envolvido.
Sendo a avaliação um processo permanente, torna-se necessário iniciá-lo
mesmo antes de introduzir novos conteúdos para avaliar os conhecimentos já
adquiridos pelos alunos.
No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida
como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o
que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido as
avaliações ocorrerão nas modalidades:
Formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de
diferentes instrumentos avaliativos;
165
Contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do
período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
Diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se
a metodologia está dando resultados efetivos e a partir destas constatações
tomam-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,
Formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo
para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar
sobre as ações e não o resultado;
Somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos
no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível
de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao
aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o
que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes
instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:
1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a
compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a
escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a
permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.
Os critérios a serem observados em relação ao aprendizado do aluno são:
Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
166
Ao falar sobre o texto expressa suas idéias com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada;
Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige
enunciados claros e recortes precisos do que se pretende.
Quanto aos critérios do aluno, observa-se:
A contextualização - identifica a situação e o contexto com clareza;
Ao problema - apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
A justificativa - aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
Na escrita - remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases,
referenciando-os adequadamente.
3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto,
precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes
gêneros textuais.
Critérios a serem observados na produção do aluno:
produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.)
consegue adequar a linguagem às exigências do contexto de produção,
dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
expressa as idéias com clareza (coerência e coesão);
elabora argumentos consistentes;
estabelece relações entre as partes do texto;
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
167
4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,
bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.
Na avaliação dos alunos se observa os seguintes critérios:
demonstra conhecimento do conteúdo;
apresenta argumentos selecionados;
demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;
faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e
propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em
consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construída ou já construída, a qualidade da interação
quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
Ao realizar seu experimento do aluno, se observa os critérios:
registra as hipóteses e os passos seguidos;
demonstra compreender o fenômeno experimentado;
sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ;
consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.
6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio
que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como
agentes sociais.
168
Os critérios a ser analisada em relação ao aluno ao proceder sua pesquisa de
campo, são:
registra as informações, no local de pesquisa;
organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração
de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).
7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,
auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão
sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.
No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem-se extrair deles.
São elementos do relatório a introdução, metodologia e materiais, análise e
considerações finais.
Ao avaliar o aluno, analisa:
aponta quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo
abordado faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu
relatório, e dos conceitos construídos;
descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando,
ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões
teóricas que deram origem à atividade em questão.
169
8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-
se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto
com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Os critérios a ser analisados na produção dos alunos, em relação às replicas,
são:
apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos
textos utilizados);
demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação faz
adequação da linguagem;
demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;
traz relatos para enriquecer a apresentação;
faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do
grupo que assiste a apresentação.
9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos,
permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é
preciso garantir a participação de todos.
Critérios a ser analisados. O aluno:
aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos
divergentes;
ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua
posição;
faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições
particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível
entre as posições dos participantes;
170
registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;
demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação
com o conteúdo da disciplina.
10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo
que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três
momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da
atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de
avaliação.
Os critérios a serem observados no aluno
compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto
literário lido;
reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é
preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem
apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que
existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Os critérios para avaliação do aluno são:
compreende e interpreta a linguagem utilizada;
articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
171
12. Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam
elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos
e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Quanto aos critérios, o aluno:
interage com o grupo;
compartilha o conhecimento;
demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo
aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Em relação aos alunos, os critérios a serem observados são:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;
Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
Utiliza de conhecimentos adquiridos;
172
Compreende o enunciado da questão;
Planeja a solução, de forma adequada.
Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa.
Sistematiza o conhecimento de forma adequada
14. Questões objetivas - Esse tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do
que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada
para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios a ser analisados quanto a aprendizagem do aluno:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;
Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
Utiliza de conhecimentos adquiridos.
Desta forma, toda atividade trabalhada, seja de interpretação e produção de
textos, em que o aluno compreenda as idéias presentes no texto e interage com o texto
por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias. Interpretação de fotos,
imagens, tabelas e mapas, que o aluno compreenda e interprete a linguagem utilizada,
reconheça os recursos expressivos e específicos. Pesquisa bibliograficas, identifique a
situação e o contexto com clareza. Relatórios de aulas de campo, descrever com
clareza como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida possibilitando ao leitor a
compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se
aprimore a atividade. Apresentação e discussão de temas em seminários demonstrem
173
consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas. Construção,
representação e análise do espaço através de maquetes, o aluno demonstra os
conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva
de trabalhos. Nas questões discursivas, realizará leitura compreensiva do enunciado,
demonstrando apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo. Objetivando
também o atendimento dos alunos com necessidades especiais, considerando a
especificidade de cada um.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Lucia Marina Alves de. Geografia Geral e do Brasil. Volume único. Editora
Ática. São Paulo, 2005. http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010. LEVON, Boligian. Et. al. Introdução à ciência geográfica. São Paulo: Atual. 2002. MAACK, Reinhard. Geografia F si o Est o o r n . 2. ed.
apresentac ão, Riad Salamuni ; introduc ão Aziz Nacib Abʼ Sabber. 1981. MEC. Projeto Araribá: Geografia. 1ª ed. São Paulo: Moderna. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. SEED. Curitiba, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Livro Didático Público. Geografia. 2ª Ed. Curitiba: SEED – PR, 2006. PASSINI, Elza Y. Alfabetização cartográfica. Belo Horizonte: Lê, 1994. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1991. VESENTINI, José William; VLACH, V. Geografia crítica. São Paulo.
174
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O desvelamento das contradições da sociedade contemporânea quanto a
“desumanização do homem” e sua relação com a natureza nos instiga a buscar
compreensão dos modelos de organização nos diferentes tempos e espaços. É neste
contexto que a História propicia a análise das ações humanas no tempo e a
interpretação científica pelos alunos, bem como da sua própria história e da sua
realidade.
A compreensão dos interesses políticos, econômicos, ideológicos na produção
historiográfica e dos referenciais científicos na elaboração e prática da disciplina da
História garante uma visão crítica sobre a mesma, consequentemente no processo de
formação do aluno, contribuindo com a superação do senso comum.
No Colégio Estadual Unidade Polo o ensino da disciplina de História propicia o
acesso aos saberes científico, filosófico e artístico, que interagem com o saber popular,
e, é neste processo dinâmico de ensino-aprendizagem que se constrói a consciência
crítica sobre a história das sociedades. Com esse trabalho os alunos devem ter
condições de “identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de
poder neles existentes, bem como intervenham no mundo histórico em que vivem,
de modo a se fazerem sujeitos da própria História”. (DCE, 2008, p.83)
As ações pedagógicas promovem a interação entre professor e aluno, pelo uso
das diversas linguagens levando a compreensão das contradições entre conceitos e
valores na sociedade atual, as possibilidades de transformação e as relações entre os
sujeitos a partir da relação feita com outras sociedades. A investigação historiográfica
oportuniza o aluno à reflexão e interpretação das ações humanas. O uso de diversas
fontes históricas que a disciplina tem a lhe oferecer oportuniza a formar suas idéias
próprias e expressá-las por narrativas históricas.
175
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relação de trabalho, de poder e relações culturais
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª SÉRIE/6ºANO
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
Povos pré-colombianos
África Antiga
6ª SÉRIE/7º ANO
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
Povos americanos/sociedade americanos
Reinos Africanos
7ª SÉRIE/8º ANO
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
Paraná na formação do estado brasileiro
8ª SÉRIE/9º ANO
A constituição das instituições sociais e políticas
176
A formação do Estado democrático.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
Dominação imperialista na África e descolonização
ENSINO MÉDIO:
1ª SÉRIE
Conceito de trabalho
Trabalho livre, escravo, servil, assalariado, „socializado‟
Organização das sociedades primitivas
Formação do Estado e das instituições
2ª SÉRIE
Dominação econômica e cultural européia
Urbanização e industrialização
Processo de industrialização no processo de organização do sistema capitalista
Crise e fim de impérios e reinos americanos, africanos e asiáticos
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
3ª SÉRIE
Movimentos sociais, políticos e culturais
Cultura e religiosidade
Transformações do trabalho no mundo contemporâneo
4. METODOLOGIA
O ensino da História oportuniza ao aluno individual e socialmente a reflexão e a
interpretação das ações humanas e a importância do uso de diversas fontes históricas
na formação de idéias próprias e na construção de narrativas históricas. Colabora com
as práticas escolares da disciplina o uso criterioso de recursos didáticos e tecnológicos
como documentos, imagens, músicas, textos literários e jornalísticos, filmes, entre
outros.
177
O encaminhamento metodológico será a seleção de temas e problematização,
atendendo as especificidades das turmas e dos conteúdos básicos, para isso o
desenvolvimento deste trabalho podemos utilizar instrumentos diferenciados (narração,
descrição, argumentação, pesquisa, relatório, trabalho em grupos, questões discursivas
e objetivas) para concretizarmos a proposta inicial da disciplina.
A compreensão e análise do conteúdo estabelecem relações entre o
conhecimento científico e do cotidiano, os diálogos dos sujeitos expostos nas fontes
estudadas, o reconhecimento das linguagens que articulam conceitos e conteúdos e
criação de hipóteses para um determinado tema histórico.
As ações pedagógicas realizadas na escola promovem a interação entre
professor, aluno e outros segmentos da comunidade escolar, reconhecidos e
expressados por diversas linguagens, que levam a compreensão dos confrontos entre
conceitos e valores da sociedade atual, as possibilidades de transformação e as
relações entre os sujeitos a partir da relação feita com outras sociedades. Temos assim,
o processo de ensino-aprendizagem da História com consciência histórica e crítica,
atribuindo valorização dos diversos segmentos sociais presentes na escola pública,
democrática, igualitária, em consonância com a inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais, às comunidades afro-descendentes e indígenas e aos
segmentos desprivilegiados sócio-economicamente, ao cumprimento a lei n. 11645/08 e
13381/01. A disciplina irá explorar, com os alunos, os elementos da história indígena,
africana e/ou da presença deles na História local, do Paraná e do Brasil que eles já
tenham estudado. A exploração do conteúdo é apenas um ponto de partida para a
discussão e levantamento das fontes e dos documentos sobre o objeto de estudo que
poderá ser fundamentada em conhecimentos anteriores dos alunos, de acordo com os
conteúdos previstos no currículo de História, como:
História indígena e africana, incluindo elementos da cultura e análise do espaço
geográfico, costumes e tradições; verificação da influência dos saberes das
comunidades tradicionais nas sociedades quilombolas e reservas indígenas
(variando de acordo como ano/série dos alunos).
178
Escravidão Africana e Indígena no Período Colonial e/ou no Período do Império.
As lutas e as formas de resistência, e elementos da cultura trazidos pelos
africanos, bem como as vivencias dos indígenas.
Trabalho com história oral e construção de narrativas históricas produzidas pelos
alunos; apresentar músicas brasileiras de ritmos de origem africana e indígena.
Exposição dos conhecimentos construídos, utilizando como estratégia: livros de
memórias, assistirem a vídeos de danças indígenas, afro e folclórico,
apresentarem lendas, como do Maculelê, Boi Bumba, através de DVD; Conhecer
e ouvir músicas indígenas, afro e folclórico, assim como os instrumentos
característicos de cada um deles.
Criação da coreografia de danças; apresentações artísticas.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação disciplina de História deve ser formal, processual, continuada e
diagnóstica, atendendo ao Projeto Político Pedagógico da escola e contemplada no
Plano de Trabalho Docente com registro formal e criterioso. Assim, o professor
acompanha o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolveu na
apropriação do conhecimento histórico e a interação ocorrida com o seu conhecimento
pessoal.
No Ensino Básico a disciplina de História deve propiciar ao aluno o entendimento
entre as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais nos
diferentes tempos e espaços. Estão articulação constitui o processo de construção do
conhecimento histórico. Ele compreende que o estudo do passado se realiza a partir de
questionamentos feitos no presente, com a análise de diferentes documentos históricos
e suas diferentes interpretações historiográficas.
As categorias de avaliação como cronologia, testemunhos, conteúdos
estruturantes, linguagens e conceitos históricos, método históricos, semelhanças e
diferenças, continuidade e mudanças e identificação, permeiam o trabalho didático do
179
professor cumprem o papel e a importância da disciplina escolar de História em acordo
com as teorias críticas da historiografia contemporânea.
A recuperação é o instrumento de retomada do conteúdo proposto inicialmente
com a utilização de determinado instrumento avaliativo, para contemplar o processo de
ensino-aprendizagem não efetivado. Cabe ao professor reorientar sua prática com
outras estratégias avaliativas para garantir ao aluno a sua aprendizagem, não
esquecendo que o tempo.
6. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
O professor utilizará diferentes instrumentos avaliativos como, leitura e
interpretação de textos historiográficos e literários, análise de mapas e documentos
oficiais, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de
conceitos históricos, apresentação oral ou seminários, questões objetivas e discursivas,
atividades de campo, trabalho em grupo.
As atividades avaliativas e de Recuperação serão explicitados no Plano de
Trabalho Docente para cada série para garantir o processo de ensino aprendizagem o
atendimento das expectativas dos alunos para o reconhecimento das ações sociais,
políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Portanto, os conteúdos
básicos como os movimentos sociais, políticos e religiosos e culturais, as guerras e
revoltas contribuem para a reflexão de confrontos dos diferentes processos de
constituição dos elementos que constituem as relações históricas, inclusive analisando
as ações organizadas na contemporaneidade.
O processo avaliativo deve respeitar as diferenças sociais, culturais e pessoais
(física e cognitiva) dos alunos utilizando instrumentos diversos, pois cada indivíduo
possui uma forma de expressar o seu aprendizado e estas diferenças devem ser
valorizadas, para que o aluno possa desenvolver sua auto-estima e consequentemente
o seu aprendizado escolar.
180
7. REFERÊNCIAS ARCO-VERDE, Y. F. de S. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR. BOULOS JÚNIOR, A. História: sociedade e cidadania. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2006.
BUENO, E. Náufragos, Traficantes e Degredados. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
FENELON, D. 50 Textos de história do Brasil. São Paulo: HUCITEC, 1974.
FORSTER, E. M. Passagem para a Índia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 981
FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1977. v.1 e 2.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas:
Autores Associados, 2007. HECKER, A. Ditadura (Teoria), in: Enciclopédia de Guerras e Revoluções do século XX: as grandes transformações do mundo contemporâneo. SILVA, F. C. T. da
(org.). Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. LIBÂNEO, J. C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria Histórico-Cultural da Atividade e a contribuição de DAVYDOV, V. In: Revista
Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, 2004 MEGALE, N. B. Folclore brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1999. MELLO E SOUZA, L. de (org). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. v. 1. MONTELLATO, A. R. D. História Temática: Diversidade Cultura e Conflitos. São
Paulo: Scipione, 2000. NOVAES, Carlos Eduardo e LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2003.
MEC. Projeto Araribá: História/Obra coletiva. 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2006
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba:
Departamento de Educação Básica/ SEED, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. SEED, 2008 PINSKY, J. e PINSKY, C. B. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2005. POVOS indígenas no Brasil: 1991 a 1995. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996.
181
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
RODRIGUES, J. E. História em Documento – Imagem e Texto. São Paulo: FTD,
2002. SCHMIDT, M. Nova História Crítica. 2ª edição. São Paulo: Ática6, 2004. SILVA, F. A. História Moderna. São Paulo, 2001. SOUZA, Herbert de. Revoluções da Minha Geração. São Paulo: Moderna, 1990.
182
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa desde as últimas décadas do século XIX, quando passou a
integrar os currículos escolares, teve diferentes enfoques. Inicialmente, ocupava um
espaço pouco significativo e fragmentava-se entre Gramática, Retórica e Poética. A
industrialização passou a requerer uma ampliação escolar a camadas maiores da
população, e a educação passou a conceder a cada classe o nível linguistico que lhe
era necessário, privilegiando o estudo do funcionamento da língua padrão através do
ensino de gramática.
A partir da década de 60, a concepção tecnicista baseada em exercícios de
memorização impunha uma formação acrítica e passiva. A Lei 5692/71 aprofundou a
idéia do ensino voltada à qualificação para o trabalho e a concepção de linguagem
como meio de comunicação.
Ainda na década de 70, discutiam-se novas teorias como a Sociolinguistica,
Análise do Discurso, Semântica e a Linguistica Textual, mas os livros didáticos
continuaram a reproduzir as concepções tradicionais de linguagem. Poucas inovações
foram observadas na prática de produção de textos.
No final dos anos 70, inícios de 80, nos meios acadêmicos, intensificaram-se os
estudos, principalmente de Bakhtin, em torno da natureza sociológica da linguagem.
O Currículo Básico do Paraná, em 1990, orientava um trabalho focado na leitura
e produção, voltado ao domínio de falar, ler e escrever.
Os PCNs, também fundamentavam a proposta de Língua Portuguesa nas
concepções interacionistas, porém propunham o trabalho com modelos
preestabelecidos, abordando apenas aspectos formais do texto, excluindo-o do seu
contexto social.
183
As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa, propõem novos
posicionamentos em relação às práticas de Ensino, enfatizando a língua viva, dialógica,
em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva.
Dessa forma, o trabalho na disciplina será pautado na concepção de linguagem
como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser considerada em
sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja,
o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse por sua vez, materializa-se
em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o texto ser entendido e
trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de
relações sociais.
Assim sendo, o trabalho com a língua deve considerar as práticas linguisticas
que os alunos trazem ao ingressar na escola, propiciar a inclusão de conceitos e
definições necessários ao uso da norma padrão, aprimorar sua competência linguistica
propondo-se uma prática significativa com gêneros textuais orais, escritos e imagéticos
no intuito de que o aluno passe a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo
capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo o
senso crítico com relação ao outro e a si mesmo.
Nessa perspectiva, o papel da disciplina é essencial na educação formal do
indivíduo, já que a linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas as
esferas sociais. Além disso, no âmbito escolar, a linguagem, seja oral, seja escrita, é
uma ferramenta indispensável para o letramento e a construção de conhecimentos nas
mais diferentes áreas e disciplinas.
Nesse processo de ensino e aprendizagem, a ação pedagógica referente à
linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que
possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita.
A leitura é um processo que implica uma resposta do leitor ao que ele lê, é
dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e
orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto,
184
participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber com a sua
experiência de vida.
Na oralidade tomam-se como ponto de partida os conhecimentos linguisticos dos
alunos, para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da
variedade de linguagem que empregam em suas relações sociais, mostrando que as
diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e
que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.
A escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das
experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas.
A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de
gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses gêneros no
processo social de interação verbal, como forma de garantir a adequação discursiva do
aluno, para as mais variadas situações de interação socioverbal a que ele poderá ser
exposto dentro e fora dos limites escolares.
Quanto à análise linguistica é preciso trabalhar com a gramática, com a
compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com elementos
gramaticais na sua função real no interior do texto, ligando palavras, frases, parágrafos,
retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor, observando unidade temática e
unidade estrutural.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE, CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICO E AVALIAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL
185
5ª SÉRIE/ 6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS: LEITURA LEITURA
Cartão postal
Blog, diário,
Receita culinária
Fábulas
Anedotas
Anúncios publicitários
Poema
Convites
Tiras
Histórias em quadrinhos
Relatos cotidianos
Letras de músicas
Trava-línguas
Parlendas
Provérbios
Causos
Textos imagéticos Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:
Bilhetes
Cartas
Contos maravilhosos
Resumos
Cartazes (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Argumentos do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico;
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; •Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Contextualização do tema com a atualidade; •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das
Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a idéia principal do texto.
ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
ORALIDADE Espera-se que o aluno:
186
• Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: pausas, entonação, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
ideias, dos elementos que compõem o gênero. • Análise da coesão e coerência da produção textual, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas tipicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; • Respeite os turnos de fala.
187
6ª SÉRIE/7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA
História em quadrinhos
Mitos
Poema-imagem
Campanha comunitária
Texto de opinião
Debate
Seminário
Entrevista
Conto
Notícia
Charge
Tiras
Cartaz
Relato cotidiano
Textos imagéticos (fotos, (gravuras, mapas) Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:
Quadrinhas
Poemas
Contos fantásticos/de mistério
Relatório (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos
•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando o léxico e considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões sobre: tema e intenções; • Contextualização de produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Contextualização do tema com a atualidade, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estímulo ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhamento da produção do texto;
Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome,
188
composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: pausas, entonação, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias,
• Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.); • Analise da coerência e coesão textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos,
substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
189
repetição; • Semantica.
programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
7ª SÉRIE/8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
LEITURA LEITURA
Anúncio publicitário
Charge
Resenha crítica
Peça teatral
Resumo
Debate regrado
Infográfico
Letra de música
Reportagem
Panfleto
Textos imagéticos Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:
Crônica
Seminário
Notícia
Resenha (com o nível de complexidade adequado à série.)
LEITURA Conteúdo temático: • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,informatividade, situacionalidade; • Contextualização de produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Contextualização do tema com a atualidade; •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação à identificação e reflexão sobre os sentidos de palavras e/ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estímulo à observação e percepção de recursos
Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
190
composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Semântica:
utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhamento da produção do texto; • Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Estímulo ao uso de figuras de linguagem no texto; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Discussões para entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.). • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE
ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na
191
- operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguisticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
192
8ª SÉRIE/9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA
Infográfico
Entrevista
Conto
Poema
Seminário
Editorial
Anúncio
Notícia
Resumo
Resenha
Debate
Cartaz
Texto imagético
Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:
Charge
Crônica
Textos argumentativos
Reportagem LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ; •Análises para estabelecer a referência textual; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Contextualização do tema com a atualidade; •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Estímulo a leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada
Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA
193
texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos;
gênero; • Incentiva à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Condução de leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • suporte para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Estímulo ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no texto; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre a
Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
194
- modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
utilização adequada das partículas conectivas; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.); • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes
• Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguisticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
195
gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade; como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
ENSINO MÉDIO
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA
Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e
•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o
Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre
196
consequência entre partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem.
ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência.
ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos;
momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Contextualização do tema com a atualidade
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; • Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Condução à utilização adequada dos conectivos; • Estímulo à ampliação de
obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
197
• Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estímulo a produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.); •Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões; • Utilizem de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas
198
• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; •Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.
exposições orais, entre outros elementos extralinguisticos.
Observação:
A lei número 11.645, de 10 de março de 2008, estabelece a inclusão, no
currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”.
199
De acordo com o Art. 1º, § 2º, da citada lei, os conteúdos referentes à história da
cultura brasileira e dos povos indígenas brasileiros, serão ministrados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e
histórias brasileiras.
Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na
metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas
contextualizações, intertextualidades, pesquisas biográfico-culturais e etc.
3. AVALIAÇÃO
No que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa, a avaliação deve ser
compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter
informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse
sentido, a avaliação será:
Formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de
diferentes instrumentos avaliativos;
Contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do
período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
Diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se
a metodologia está dando resultados efetivos e a partir destas constatações
toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,
Formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo
para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar
sobre as ações e não o resultado;
Somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos
no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível
de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece retorno ao
aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal
200
ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação
formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos
cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais
que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o
estudante possa se apropriar do conhecimento.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o
que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino e aprendizagem, ou
seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger: a
leitura, a produção oral e escrita. Atividades extraclasses serão solicitadas como
complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho
Docente.
Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes
instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:
Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto;
interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala
sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma
adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos:
1. Contextualização – introdução ao tema;
2. Problema - questões levantadas sobre o tema;
3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa
4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez,
através de paráfrases, citações referenciando adequadamente.
201
5. Referência – cita as fontes pesquisadas.
Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja
o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a
partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade
definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as
circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as idéias
com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de
produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de
léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece
relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos
elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta
argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e esclarece
na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno atende aos seguintes tópicos:
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta,
não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda
a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que
permita o aprimoramento da atividade.
3. Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
202
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à
atividade em questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho
(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado,
faz adequação da linguagem, faz uso e referência das fontes de pesquisa com
pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e
relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar
os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores
que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua
argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta
o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra
compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da
disciplina.
Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;
reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele
recurso.
203
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em
sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados
e sua relação com a contemporaneidade.
Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por
escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o
conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente
e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,
conforme segue:
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero virgula zero) a 10,0 (dez virgula zero).
Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
virgula zero).
204
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAGNO, Marcos. O preconceito linguístico. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna 2004. BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na escola. Brasília: MEC, 2005. CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2002. KOCK. Ingedore G. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED. 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996.
205
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA -
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A palavra Matemática vem do grego (máthēma) que significa ciência,
conhecimento, aprendizagem. A Matemática surgiu da necessidade do homem
primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas, ou seja, de contar e assinalar
quantidades, em forma de marcas ou símbolos, remonta ainda à época na qual o
homem vivia ainda em cavernas. Já nessa altura, quando o homem ia caçar, registava
os animais que tinha conseguido matar fazendo riscos em paus de madeira ou em
ossos de animais. Mais tarde, servindo-se os pastores de pedras para contar a
quantidade de ovelhas do seu rebanho, e para confirmar que nenhuma se tinha
afastado, iniciaram, inconscientemente, aquilo a que deu o nome de cálculo,
aperfeiçoado muitas centenas de anos depois.
De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento
foi se desenvolvendo a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os
homens, gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de
quantidades ou objetos por eles manipulados.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos
que vieram compôr a matemática conhecida hoje.
A Matemática como campo de conhecimento, emergiu em solo grego, nos
séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de
resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões
sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles,
instigaria o pensamento do Homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o
pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os
dias de hoje.
206
Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da
leitura e da escrita na formação dos filhos da aristocracia. No entanto, a Matemática se
inseriu no contexto educacional grego somente um século depois, pelo raciocínio
abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do
mundo. Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a
existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade.
Essa concepção estabeleceu para a disciplina de Matemática uma base racional que
perdurou até o século XVII d.C.
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a
partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas de
aritmética, geometria, música e astronomia. O ensino da geometria e da aritmética
ocorria de acordo com o pensamento euclidiano, fundado no rigor das demonstrações.
A partir do século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e privilegiou uma
exposição mais completa de seus conceitos.
O século XVI demarcou um novo período de sistematização do conhecimento
matemático, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela
forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo
diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais.
As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de
grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e
uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, arma de fogo, imprensa,
moinhos de vento, relógios e embarcações. O valor da técnica e a concepção
mecanicista de mundo propiciaram estudos que se concentraram, principalmente, no
que hoje chamamos Matemática Aplicada.
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que
levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram
as bases da Matemática como se conhece hoje.
207
A partir das discussões entre educadores matemáticos no início do século XX
procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele
proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados
no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino da
Matemática baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo
de estudo da Educação Matemática.
“Em todos os lugares do mundo, independente de raças, credos ou sistemas
políticos, desde os primeiros anos da escolaridade, a Matemática faz parte dos
currículos escolares, ao dado da Linguagem Natural, como uma disciplina
básica. Parece haver um consenso com relação ao fato de que seu ensino é
indispensável e sem ele é como se a alfabetização não se tivesse completado”
(MACHADO, Nilson José).
A educação matemática entendida desse modo terá como meta a incorporação
do conhecimento matemático, objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso
comum. Assim, a alfabetização matemática, como processo educativo, tem como
função desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e
atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.
2. CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª SÉRIE/6º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
Sistemas de
Numeração;
- Números
Naturais;
- Múltiplos e
divisores;
- Potenciação e
radiciação;
- Conheça os diferentes sistemas de numeração;
- Sistemas de numeração;
-Identifique o conjunto dos números naturais, comparando
e reconhecendo seus elementos;
-Realize operações com números naturais;
-Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-
problemas que envolvam (as) operações com números
naturais;
208
- Números
Fracionários;
Números
decimais.
-Estabeleça relação desigualdade e transformação entre:
fração e número decimal; fração e número misto;
- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números
naturais;
- Reconheça as potências como multiplicação de mesmo
fator e a radiciação como sua operação inversa;
- Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas
com
padrões numéricos e geométricos.
GRANDEZAS
E MEDIDAS
- Medidas de
comprimento;
- Medidas de
massa;
- Medidas de
área;
- Medidas de
volume;
- Medidas de
tempo;
- Medidas de
ângulos;
- Sistema
Monetário.
-Identifique o metro como unidade-padrão de medida de
comprimento;
- Reconheça e compreenda os diversos sistemas de
medidas;
- Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
- Calcule o perímetro usando unidades de medida
padronizadas;
- Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de
medida de volume;
- Realize transformações de unidades de medida de tempo
envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;
- Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e
obtusos);
- Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro
com os
demais sistemas mundiais;
- Calcule a área de uma superfície usando unidades de
medida de superfície padronizada;
GEOMETRIAS
- Geometria
Plana;
- Geometria
Espacial.
- Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e
segmento de reta;
- Conceitue e classifique polígonos;
- Identifique corpos redondos;
- Identifique e relacione os elementos geométricos que
envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes
figuras planas;
- Diferencie círculo e circunferência, identificando seus
elementos;
- Reconheça os sólidos geométricos em sua forma
planificada e seus elementos.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Dados,
tabelas e
gráficos;
- Porcentagem.
- Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e
compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura
desses recursos nas diversas formas em que se apresenta;
- Resolva as situações-problema que envolva porcentagem
e relacione-as com os nºs na forma decimal e fracionária.
209
6ª SÉRIE/7º ANO:
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Números
Inteiros;
- Números
racionais;
- Equação e
Inequação do
1º grau;
- Razão e
proporção;
- Regra de
três.
- Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
- Realize operações com números inteiros;
- Reconheça números racionais em diferentes contextos;
- Realize operações com números racionais;
-Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e
desigualdade;
-Compreenda o conceito de incógnita;
-Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar
valores numéricos através de incógnitas;
-Compreenda a razão como uma comparação entre duas
grandezas numa ordem determinada e a proporção como
uma igualdade entre duas razões;
-Reconheça sucessões de grandezas direta e
inversamente proporcionais;
-Resolva situações-problema aplicando regra de três
simples.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Medidas de
temperatura;
- Ângulo
- Compreenda as medidas de temperatura em diferentes
contextos;
- Compreenda o conceito de ângulo;
- Classifique ângulos e faça uso do transferidor e
esquadros para medi-los.
GEOMETRIAS
- Geometria
Plana;
- Geometria
Espacial;
- Geometrias
Não-
Euclidianas.
- Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos
geométricos;
- Compreenda noções topológicas através do conceito de
interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas
e conjuntos
abertos e fechados.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Pesquisa
Estatística;
- Média
Aritmética;
- Analise e interprete informações de pesquisas e
estatísticas;
- Leia, interprete, construa e analise gráficos;
- Calcule a média aritmética e a moda estatística;
210
- Moda e
mediana;
- Juros
simples
- Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
7ª SÉRIE/8º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Números
Irracionais;
- Sistemas de
Equações do
1º grau;
- Potências;
- Monômios e
Polinômios;
- Produtos
Notáveis.
- Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números
racionais;
- Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
- Realize operações com números irracionais;
- Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi)
como um número irracional especial;
- Compreenda o objetivo da notação científica e sua
aplicação;
- Opere com sistema de equações do 1o grau;
- Identifique monômios e polinômios e efetue suas
operações;
- Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver
problemas que envolvam expressões algébricas.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Medida de
comprimento;
- Medida de
área;
- Medidas de
ângulos.
- Calcule o comprimento da circunferência;
- Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
- Identifique ângulos formados entre retas paralelas
interceptadas por transversal;
- Realize cálculo de área e volume de poliedros.
GEOMETRIAS
- Geometria
Plana
- Geometria
Espacial;
- Geometria
Analítica;
- Reconheça triângulos semelhantes;
- Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e
de polígonos regulares;
- Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça
retas paralelas num plano;
- Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas,
marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa
211
- Geometrias
não-
Euclidiana.
e ordenada) e analise seus elementos sob diversos
contextos;
- Conheça os fractais através da visualização e
manipulação de materiais e discuta suas propriedades.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Gráfico e
Informação;
- População e
amostra.
- Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
- Utilize o conceito de amostra para levantamento de
dados.
8ª SÉRIE/9º ANO:
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Números
Reais;
-
Propriedades
dos radicais;
- Equação do
2º grau;
- Teorema de
Pitágoras;
- Equações
Irracionais;
- Equações
Biquadradas;
- Regra de
Três
Composta.
- Opere com expoentes fracionários;
- Identifique a potência de expoente fracionário como um
radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;
-Extraia uma raiz usando fatoração;
- Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e
incompleta, reconhecendo seus elementos.
- Determine as raízes de uma equação do 2o grau
utilizando diferentes processos;
- Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
- Identifique e resolva equações irracionais;
- Resolva equações biquadradas através das equações do
2º grau;
- Utilize a regra de três composta em situações-problema.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Relações
Métricas no
Triângulo
Retângulo;
-trigonometria
no Triângulo
Retângulo;
- Conheça e aplique as relações métricas e
trigonométricas no triângulo retângulo;
- Utilize o teorema de Pitágoras na determinação das
medidas dos lados de um triângulo retângulo;
- Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.
212
FUNÇÕES
- Noção
intuitiva de
Função Afim.
.- Noção
intuitiva de
Função
Quadrática.
- Expresse a dependência de uma variável em relação à
outra;
- Reconheça uma função afim e sua representação
gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da
função;
- Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma
função;
- Reconheça a função quadrática e sua representação
gráfica e associe a concavidade da parábola em relação
ao sinal da função;
- Analise graficamente as funções afins;
- Analise graficamente as funções quadráticas.
GEOMETRIAS
- Geometria
Plana;
- Geometria
Espacial;
- Geometria
Analítica;
- Geometria
Não-
Euclidiana.
- Verifique se dois polígonos são semelhantes,
estabelecendo relações entre eles;
- Compreenda e utilize o conceito de semelhança de
triângulos para resolver situações-problemas;
- Conheça e aplique os critérios de semelhança dos
triângulos;
- Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;
- Noções básicas de geometria projetiva.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Noções de
Análise
Combinatória;
- Noções de
Probabilidade;
- Estatística;
- Juros
Composto.
- Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de
situações- problema que envolvam contagens, aplicando o
princípio multiplicativo;
- Descreva o espaço amostral em um experimento
aleatório;
- Calcule as chances de ocorrência de um determinado
evento;
- Resolva situações problemas que envolva cálculos de
juros compostos.
ENSINO MÉDIO:
1ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
213
NUMEROS E
ALGEBRA
- Números
Reais;
- Polinômios;
- Equação e
inequações;
- Exponenciais,
logarítmicas e
modulares;
- Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e
aplique em diferentes contextos;
- Identifique e realize operações com polinômios;
- Identifique e resolva equações, sistemas de equações e
inequações, inclusive as exponenciais,logarítmicas e
modulares.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
-Trigonometria;
- Aplique as leis dos senos e a lei dos cossenos de um
triângulo para determinar elementos desconhecidos.
FUNÇOES
- Função Afim ;
- Função
Quadrática;
- Função
polinomial;
- Função
exponencial;
- Função
logarítmicas;
- Função
Modular;
-Progressão
aritmética;
- Progressão
geométrica.
- Identifique diferentes funções e realize cálculos
envolvendo-as;
- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver
situações-problema;
- Realize análise gráfica de diferentes funções;
- Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades
que remetam ao conceito das progressões aritméticas e
geométricas;
- Generalize cálculos para a determinação de termos de
uma sequência numérica.
GEOMETRIA - Geometria
Plana;
- Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria
Plana.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
-Matemática
financeira
- Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos
diversos ramos da atividade humana.
214
2ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NUMEROS E
ALGEBRA
- Matrizes e
determinante;
- Sistemas
lineares.
- Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
- Conheça e domine o conceito e as soluções de
problemas que se realizam por meio de determinante.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Medidas de
comprimento;
- Medida de
área;
- Medidas de
volume;
-Trigonometria.
- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas
para a determinação de diferentes grandezas e
compreenda a relações matemáticas existentes nas
suas unidades.
FUNÇOES
- Função trigonométricas.
- Identifique diferentes funções e realize cálculos
envolvendo-as;
- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver
situações-problema;
- Realize análise gráfica de diferentes funções.
GEOMETRIAS
-Geometria
Plana;
-Geometria
Espacial.
-Geometria não
Euclidianas.
- Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria
Plana e Espacial;
- Perceba a necessidade das geometrias não-
euclidianas para a compreensão de conceitos
geométricos, quando analisados em planos diferentes
do plano de Euclides;
- Compreenda a necessidade das geometrias não-
euclidianas para o avanço das teorias científicas;
- Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica,
hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica).
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Analise
Combinatória;
- Binômio de
Newton;
- Estudos das
- Articule idéias geométricas em planos de curvatura
nula, positiva e negativa
- Recolha, interprete e analise dados através de
cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos;
- Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
215
Probabilidades;
Estatísticas.
- Compreenda a idéia de probabilidade;
- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e
informações estatísticas.
3ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NUMEROS E
ALGEBRA
- Números
complexos;
- Polinômios;
- Equações e
Inequações.
- Compreenda os números complexos e suas
operações;
- Identifique e realize operações com polinômios;
- Identifique e resolva equações, inequações.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
- Medida de
tempo;
- Medidas de
Grandezas
Vetoriais;
- Medidas de
Informática;
- Medidas de
Energias.
- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas
para a determinação de diferentes grandezas e
compreenda a relações matemáticas existentes nas
suas unidades.
GEOMETRIAS - Geometria
Analítica.
- Determine posições e medidas de elementos
geométricos
através da Geometria Analítica.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Estatística;
- Matemática
financeira.
- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e
informações estatísticas;
- Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos
diversos
ramos da atividade humana.
216
3. METODOLOGIA
O encaminhamento dado aos conteúdos acontecerá de maneira organizada para
que o aluno tenha argumentos e embasamento para posicionar-se frente às produções
científicas contemporâneas no seu contexto social, exercendo sua cidadania.
Os conhecimentos adquiridos devem estar contextualizados com o cotidiano do
aluno, com a realidade da escola e com as características locais e regionais.
O professor deve intervir nesse processo, de modo a criar condições que
permitam a reelaboração e ampliação dos conhecimentos prévios dos alunos, propondo
articulações entre os conteúdos construídos e organizá-los como corpo de
conhecimento sistematizado, sendo que para isso se faz necessário a construção de
uma estrutura que favoreça a relação entre o aluno, o professor e o saber científico,
numa perspectiva de aprendizagem significativa do conhecimento historicamente
acumulado.
Os conteúdos serão trabalhados baseando-se na investigação, comparação e
estabelecimento de relações entre os conceitos e suas aplicações, organização de
informações, confronto de dados obtidos, possibilitando a sistematização de
conhecimentos.
Em atendimento à Lei 10.639/03 que trata do ensino da História e Cultura
Afrobrasileira e a Lei 11.645/08 que se refere à cultura indígena na escola. A disciplina
de Matemática abordará sempre que o conteúdo matemático permitir.
Desta forma, os conteúdos abordados estarão de acordo com as tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais
se destaca:
Resolução de Problemas: Na resolução de problemas o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas
situações, de modo a resolver a questão proposta. Cabe ao professor fazer uso
de práticas metodológicas para a resolução de problemas, podendo com isso
217
tornar as aulas mais dinâmicas não restringindo o ensino de Matemática a
modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A resolução
de problemas poderá possibilitar a compreensão dos argumentos matemáticos e
ajudar a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos
do processo de ensino e aprendizagem
Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões
de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Essa tendência
leva em consideração que não existe um único, mas vários e distintos
conhecimentos e nenhum são menos importantes que outro. As manifestações
matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais
diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. Desta forma, o trabalho
pedagógico relacionará o conteúdo matemático com essa questão maior – o
ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e
trabalho.
Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como pressuposto a
problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a
valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que
sugerem questionamentos sobre situações de vida.
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,
biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e
compreensões diversas de mundo, assim sendo, a modelagem Matemática
consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos
e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real
(BASSANEZI, 2004, p.16).
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilitará a intervenção
do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso,
contribuirá ainda mais para sua formação crítica. A modelagem matemática é,
assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não
apenas para uma solução particular, mas que também sirvam, posteriormente,
como suporte para outras aplicações e teorias.
218
Uso de Mídias Tecnológicas: No contexto da Educação Matemática, os
ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos
curriculares e potencializa o processo pedagógico, por isso seu uso será
estimulado nas aulas desta disciplina. Visto que os recursos tecnológicos sejam
eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre
outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas
de resolução de problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação serão utilizados, no decorrer das aulas,
sempre que necessários, pois têm auxiliado estudantes e professores a
visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma
maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho
colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a
teoria e a prática.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de
ações em Educação Matemática. Crê-se que abordar atividades matemáticas
com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que
é a experimentação e tais recursos serão utilizados como meios que
instrumentalizam o ensino da matemática.
História da Matemática: É importante entender a História da Matemática no
contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos
primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza
da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.
A abordagem histórica possibilitará aos alunos vincular as descobertas
matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às
correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço
científico de cada época.
A História da Matemática será um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilitando ao aluno analisar
e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e
procedimentos.
219
A História será o fio condutor que direcionará as explicações dadas aos porquês
da Matemática. Assim, promoverá uma aprendizagem significativa, pois propicia
ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.
Investigações Matemáticas: As investigações matemáticas (semelhantes às
realizadas pelos matemáticos) serão desencadeadas a partir da resolução de
exercícios e se relacionarão também com a resolução de problemas. Nas
investigações matemáticas o aluno terá que estabelecer uma estratégia
heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução
imediata, enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida
usando um método já conhecido.
Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem de
forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser
investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação
será indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o
aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação
apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de
alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com
certeza obterá resultados também diferentes.
Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático, não
apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque
formula conjecturas a respeito do que está investigando.
Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisarão verificar
qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, deverão realizar
provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o
professor, pois afinal, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe,
que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.
3. AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino-aprendizagem se constitui num procedimento
necessário e importante que tem por objetivo refletir sobre todos os esforços
220
desempenhados na execução dos objetivos propostos, tanto pela instituição escolar
quanto pelos objetivos da disciplina específica, portanto ao avaliar o aluno, o professor
deverá produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados sobre a
aprendizagem, チ sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias,
sem armadilhas (DEB - Grupo de estudos 2008 – 2º Encontro), numa avaliação que
tenha a intenção de investigar para intervir. Essa intervenção refere-se ao processo de
reorganização e reorientação do trabalho pedagógico com os conteúdos de ensino,
revendo metodologias e adequações necessárias às finalidades.
O instrumento de coleta de dados para a avaliação do desempenho do
educando, seja qual for o modelo escolhido, deverá respeitá-lo em seus esforços de
estudar e aprender, portanto deverá apresentar um enunciado preciso, (sem
ambiguidades), em linguagem clara e que atenda aos critérios estabelecidos. Para
tanto, os instrumentos de avaliação selecionados pelo professor, deverão observar
estratégias que:
Ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidos;
Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e
aprendizagem;
Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento;
Permitam que o aluno aprenda com o erro;
Exponham, com clareza, o que se pretende;
Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.
Para atingir tais objetivos, a avaliação não pode ser fundamentada apenas em
provas bimestrais, mas deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem,
propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do
conteúdo trabalhado. Apesar dessa diferenciação quanto os diferentes métodos de
avaliação, não se pode perder de vista que há um conhecimento cuja apropriação pelo
aluno é fundamental.
A avaliação também é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da
221
aprendizagem, de modo que a avaliação da aprendizagem auxilie o educando no seu
desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos significativos. Definindo-a
como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam múltiplos
instrumentos, conforme consta no Projeto Político Pedagógico desta escola.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente, do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma
permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada
com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os conteúdos da disciplina a
proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de
Classe.
Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no
processo de ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular
que facilitará a integração dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de
cada aluno.
3.1 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Além de escolher com atenção os instrumentos mais adequados e que
favoreçam o ensino aprendizagem, o professor deve também atentar para os critérios
de avaliação que utilizará para que os alunos sejam estimulados à aprendizagem dos
conceitos matemáticos. Assim, os critérios utilizados nesta proposta estarão de acordo
com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica pág. 68/69:
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
elabora um plano que possibilite a solução do problema;
222
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá- las;
perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares;
socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem
adequada;
argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA,
2006, p. 29).
A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como:
Trabalhos individuais e em grupo: o trabalho em grupo pode ser proposto a partir
de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais,
construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os
conhecimentos artísticos filosóficos e científicos.
Leitura de textos: compreende as idéias presentes no texto e interage com o
texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar
sobre o texto, expressem suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento
de forma adequada. Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado
em sala de aula.
Pesquisas bibliográficas: ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema
levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;a justificativa,
aponta argumentos sobre a importância da pesquisa.O aluno na escrita, remete-
223
se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os
adequadamente.
Debates em forma de seminários e simpósios: o aluno demonstra consistência
nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; apresenta
compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos
utilizados; faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes
de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação;faz adequação e toma
como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a
apresentação.aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os
pensamentos divergentes; ultrapassa os limites da suas posições
pessoais;explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua
posição;faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais.busca, por
meio do debate da persuasão e da superação de posições particulares, uma
posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos
participantes; registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra
conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; apresenta
compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo
da disciplina.
Provas teóricas e práticas: registros em forma de relatórios, gráficos, portfolio,
áudio-visual e outros.
Questões objetivas: o aluno realiza a leitura compreensiva do enunciado;
demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; utiliza do
conhecimento adquirido.
Questões discursivas: o aluno compreende o enunciado da questão;planeja a
solução, de forma adequada;comunica-se por escrito, com clareza, sistematiza o
conhecimento de forma adequada.
224
Pesquisa de campo: o aluno registra as informações, no local da pesquisa,
organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua
compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise
dos dados coletados, capacidade de síntese.
Atividades a partir dos recursos audiovisuais: aluno compreende e interpreta a
linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o
conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos
específicos daquele recurso.
Serão utilizados os recursos que estiverem disponíveis na escola, tais como:
Calculadoras;
Réguas;
Trenas;
Compassos;
Transferidores, esquadros;
Fitas métricas;
Vídeos;
Retro projetor;
Material dourado.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.
BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD, 2000.
BONGIOVANNI, Vicenzo, LAUREANO, José Luiz Tavares, LATTE, Olímpio Reudinin Vissoto. Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1991. BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.;JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Editora Gradiva.
225
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas Matemática. Editora Ática.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática: Ensino Fundamental. São Paulo: Ática,
2005. GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI Jr. José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: Editora FTD, 2002.
GUELLI, Oscar. Coleção contando a história da matemática. São Paulo: Ática, 1995.
LELLIS, Marcelo Cestari. JAKUBOVIC, José. IMENES, Luis Mareio. Pra que serve a matemática? São Paulo: Atual, 1992. LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no currículo de matemática da escola básica. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 7, Recife, 2004. Anais. Recife: UFPE, 2004. p.1-30. LUCKESI, Cipriano C. Verificação de avaliação, o que pratica na escola? In: Avaliação de aprendizagem escolar, estudos e proposição. 15 ed. São Paulo: Cortez, 2003, pág.
85 a 101. MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação – Unicamp – Proposições. Campinas, n. 1 [10], p. 25-34,
mar. 1993. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. PAVANELO, R. M.; NOGUEIRA, C. M. I. Avaliação em Matemática: algumas considerações. Avaliação Educacional. 2006, v. 17, n. 33. Disponível em:
www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1275/arquivoAnexado.pdf. Acesso em: 21 jan 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
226
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA LÍNGUA INGLESA - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da
Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as
discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e
metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular.
Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou
ao Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma concepção
de língua entendida como prática social e historicamente construída. No entanto, este
documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de leitura,
limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED
estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros
de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de
toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.
O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como foco
principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem a
formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como sujeitos
epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para
o processo de ensino aprendizagem.
No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED
como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de
Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a
disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social da
escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros
contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma
gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que
227
superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela
concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.
Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a
SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao
conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos mesmos,
visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:
[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações,
como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os
conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa
é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma
finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o
tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).
Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem que
possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de
modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando
seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguisticas diferenciadas e o contexto
social, vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.
Nesse contexto, o ensino de língua inglesa, na educação básica, fundamentado
na corrente sociológica e nos conceitos teórico-metodológicos do círculo de Bakhtin,
configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
linguistica e cultural, oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que
a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas. Portanto, passíveis
de transformação.
A língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o aluno à prática
significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos. O aluno passa
a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela,
ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com
relação ao outro e a si mesmo.
228
O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo do Colégio Estadual
Unidade Polo, parte da afirmação de que os estudantes têm o direito de acessar outras
possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um processo
de afirmação de sua própria identidade e de possibilidades de aprendizagem. Para isso
tem na língua materna a mais importante referência como ser coletivo.
O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas com
a submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se da
herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam buscar
alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e
suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no
mundo globalizado, como preconizam as DCE:
“ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir
sentido, formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso
da língua os diferentes propósitos comunicativos
independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar as
questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial,
suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito
do papel das línguas na sociedade” (PARANÁ, 2008, p.55)
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social materializado nas
práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais efetivarão o
desenvolvimento do trabalho em sala de aula e a construção do significado por meio do
engajamento discursivo.
Gêneros Textuais
Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos Composicionais
229
Esfera social de circulação
Suporte
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos serão trabalhados sempre a partir de um texto
significativo, atendendo as especificidades de cada uma das séries.
ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª SÉRIE/6º ANO
Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do
texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital
de palavras; Semântica: - operadores
argumentativos; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e
interlocutor; Elementos
extralinguisticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguisticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Ortografia; Concordância verbal/nominal.
230
6ª SÉRIE/7º ANO
Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital
de palavras; Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e
indireto. Semântica: operadores
argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Ortografia; Concordância
verbal/nominal.
Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguisticos:
entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7ª SÉRIE/8º ANO Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital
de palavras; Semântica: operadores
argumentativos; Marcas linguisticas:
Intertextualidade; Vozes sociais
presentes no texto;
Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e
Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguisticos:
entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Elementos semânticos;
231
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Intertextualidade; Vozes sociais
presentes no texto
denotativo; - expressões
que denotam
ironia e humor
no texto.
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª SÉRIE/9º ANO Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade Informatividade; Léxico; Repetição proposital
de palavras; Semântica Operadores
argumentativos; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Temporalidade; Discurso direto e
indireto; Polissemia.
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Ortografia; Concordância
verbal/nominal. Temporalidade; Discurso direto e
indireto; Relação de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Polissemia; Processo de formação
de palavras.
Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguisticos:
entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Semântica.
232
ENSINO MÉDIO: 1º, 2º e 3º ANOS Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas
do texto; Discurso direto e
indireto; Elementos
composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Léxico.
Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e
interlocutor; Elementos
extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do
gênero; Emprego do sentido
conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia; Marcas linguisticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Ortografia; Concordância verbal/nominal.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a realização do trabalho docente tendo o discurso como prática social e em
233
atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) que apontam:
“O trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel
das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à
informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar
e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.”
(PARANÁ. 2008, p.63)
O ensino levará em consideração a funcionalidade da língua alvo, propiciando
que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.
Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos
que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o
estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da
situação de comunicação que caracteriza o funcionamento de todo ato de linguagem
(quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte),
perpassando pelas questões linguisticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu
contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas.
A Leitura em língua estrangeira consiste em apresentar diferentes gêneros
textuais, provenientes das práticas sociais, em um determinado contexto sócio-cultural
considerando os conhecimentos prévios dos alunos; formulando questionamentos que
possibilitem inferências sobre o texto; encaminhando discussões e reflexões sobre
tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia; contextualizando a produção através do
suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizando textos verbais que dialoguem
com os não verbais; relacionando o tema com o contexto atual; oportunizando a
socialização das idéias dos alunos sobre o texto instigando a identificação e reflexão do
sentido de palavras e/ou expressões figuradas; promovendo a percepção de recursos
como os operadores discursivos e de progressão textual.
Na escrita serão propostas atividades sociointerativas, significativas, com
delimitação do gênero textual; da finalidade; da temática; do objetivo da produção; do
suporte; da esfera social de circulação; do locutor e do interlocutor, para que o aluno
234
perceba o uso real da língua; planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos
alunos.
Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno elementos discursivos,
linguisticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE,
2008, p. 67). Além disso, serão propostas atividades relacionadas às dificuldades de
escrita diagnosticadas durante o processo.
Na oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos
diferentes discursos que possibilitarão a familiaridade com sons específicos da língua
que estão aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas ideias na língua alvo,
respeitando seu nível linguístico.
A análise linguistica que perpassa todas as práticas discursivas, será abordada
numa visão sociointerativa de língua, incluindo tanto o trabalho sobre as questões
tradicionais da gramática quanto às questões amplas a propósito do texto: coesão,
coerência, análise dos recursos expressivos utilizados, como: elementos discursivos
diretos e indiretos, organização e inclusão de informações. Trata-se de trabalhar com
aluno o seu texto para que ele atinja seus objetivos junto aos leitores a quem se
destina. Portanto, o trabalho em análise linguistica está relacionado ao entendimento de
procedimentos para a construção de significados, os quais são resultados das
necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam
sentidos aos textos.
A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, dada a
importância que a mesma traz para a construção de um Estado Democrático de Direito,
de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a
obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem
como a Deliberação Estadual 04/06.
Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática
da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, jornais, fitas de vídeo, DVDs,
235
CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de
atividades diversas.
4. AVALIAÇÃO
No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser
compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter
informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse
sentido, a avaliação será:
formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio
de diferentes instrumentos avaliativos;
contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo
do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo
do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos;
diagnóstica – verifica como está o processo de construção do
conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir
destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à
continuidade do trabalho,
formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o
processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando
o repensar sobre as ações e não o resultado;
somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados
obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa
quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas;
fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal
ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação
formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos
cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais
236
que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o
estudante possa se apropriar do conhecimento.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o
que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:
a aprendizagem escrita
a aprendizagem oral
a aprendizagem de leitura
atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos estudos de
sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.
Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes
instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:
Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no
texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou
discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza
o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o
conteúdo abordado em sala.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos: 1.
Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o
tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa; 4. Consulta
bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de
paráfrases, citações referenciando adequadamente; 5. Referência – cita as fontes
pesquisadas.
237
Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:
planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta
apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da
intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz
o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a
linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de
formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora
argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do
texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para
sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta
argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e
esclarece na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno atende aos seguintes tópicos:
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta,
não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a
respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita
o aprimoramento da atividade.
238
3. Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à
atividade em questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho
(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo
abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de
pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação,
adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a
apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a
ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes
contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em
situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e
sua relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no
texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário
lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
239
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos
daquele recurso.
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados
em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em
espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos
conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão;
comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua
Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse processo
seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que
inclua uma variedade de situações de aprendizagem.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente
e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento.
240
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,
conforme segue:
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez virgula zero).
Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
virgula zero).
5. REFERÊNCIAS
_______. Grupo de estudos. Disponível em
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010 ________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
________. Os Desafios Educacionais Contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da Proposta Pedagógica Curricular e a Especificidade da escola pública. In: Orientações para a Semana Pedagógica. SEED/SUED: 2008.
Disponível em www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/texto3corrigido.doc acesso em 04/08/2010 _________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008.
HOFFMANN, Jussara; Avaliação Mediadora; “Um r ti em Construção ré-Es ol à Universi e”; 1994.
LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; “Ensino e L ngu Ingles . Reflexões e Experiên i s”. Ed. Pontes.1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PARANÁ. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. SEED – Curitiba, PR, 2007
241
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
242
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA - ENSINO
MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O currículo da Educação Básica oferece, ao estudante, a formação necessária
para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e
política de seu tempo.
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao longo
da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno.
A história da ciência mostra que a Biologia, teve como um dos principais pensadores o
filósofo Aristóteles (384 a.C–322 a.C.), que deixou explicações para a compreensão da
natureza.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,
buscaram-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
Ao final da década de 1980, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da
Educação propôs o Programa de Reestruturação do Ensino de Segundo Grau sob o
referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na qual o conteúdo é visto como
produção histórica e social, a educação escolar tem a obrigação de oferecer, e o aluno
tem o direito de conhecer.
Nestas Diretrizes Curriculares, valoriza-se a construção histórica dos
conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada.
Portanto, o conhecimento do campo da biologia deve subsidiar a análise e reflexo de
questões polemica que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de
recursos naturais e a utilização de tecnologia que proporciona a preservação da vida, e
as concepções de um desenvolvimento sustentável. Este desenvolvimento sustentável
vem sendo ameaçado pelo modelo capitalista, para isso se faz necessário ressaltar o
243
papel da ciência e da sociedade como pontos articulados entre a realidade social e o
saber científico.
A conscientização através da escola de que ocorrerá um equilíbrio entre a
natureza e o ser humano só acontecerá, quando este perceber que ele faz parte da
biosfera, assim ele terá consciência de seus atos, usará sua inteligência com
criatividade para o bem comum de todos.
A disciplina de Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos
específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, deve priorizar o
desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão
constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões
emergentes. A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres
humanos e interferem no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo
cidadão tem o direito de receber esclarecimentos sobre como as novas tecnologias vão
afetar a sua vida. Assim, avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e
os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação
genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade
biológica.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
O ensino de Biologia, constituída como conhecimento, tem influenciado a
construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais,
políticas, econômicas, culturais e ambientais. Para o ensino da disciplina de Biologia,
constituída como conhecimento, os conteúdos estruturantes propostos são:
Organização dos Seres Vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
244
Os conteúdos estruturantes são interdependentes. No conteúdo estruturante
Organização dos Seres Vivos, possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente
construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência
de características comuns entre estes e sua ancestralidade comum. Este conteúdo
estruturante deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de
conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e caracterizar
as espécies extintas e existentes. Isso se justifica porque, durante décadas, o estudo da
vida e a necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo enfatizou o estudo
dos seres vivos. Historicamente, essa necessidade pode ser traduzida pelo trabalho de
Carl Von Linné (1707-1778) que organizou os seres vivos.
O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos explica como os sistemas
orgânicos dos seres vivos funcionam, a fisiologia dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos, o estudo dos componentes celulares e suas
respectivas funções. Ainda é possível estabelecer uma análise comparativa entre
organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como relata a
história da ciência.
Ao propor o conteúdo estruturante biodiversidade, amplia-se as explicações
sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de
compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres
vivos, sua anatomia e sua fisiologia, compreender, os processos pelos quais os seres
vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem
relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.
Este conteúdo estruturante Biodiversidade trata dos avanços da Biologia, com
possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o
conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano.
Ha necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de características
específicas dos seres vivos são controlados.
Desse modo, a manipulação do material genético em microorganismos, contribui
para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos,
245
medicamentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui fato
histórico importante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do
ponto de vista biológico.
A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e
interferem no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo cidadão tem o
direito de receber esclarecimentos sobre como as novas tecnologias vão afetar a sua
vida. Assim, o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os
avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos
avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo assim
compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1ª SÉRIE
1. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
2. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
3. Teorias evolutivas;
4. Transmissão das características hereditárias;
5. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente;
6. Organismos geneticamente modificados.
2ª SÉRIE
1. Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
3. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
4. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente;
5. Organismos geneticamente modificados.
246
3ª SÉRIE
1. Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
2. Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
3. Teorias evolutivas;
4. Transmissão das características hereditárias;
5. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente;
6. Organismos geneticamente modificados.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia contribui
para formar sujeitos críticos e atuantes, o desenvolvimento da metodologia de ensino
sofre influência de reflexões produzidas pela filosofia da ciência e pelo contexto
histórico, político, social e cultural do desenvolvimento. No processo pedagógico,
recomenda-se que se adote o método experimental como recurso de ensino para uma
visão crítica dos conhecimentos da Biologia, sem a preocupação de busca de
resultados únicos. E também que a observação seja considerada procedimento de
investigação, dada sua importância como responsável pelos avanços da pesquisa no
campo da Biologia. Entretanto, ao introduzir a experimentação como integrante do
processo pedagógico, faz-se necessário considerar os aspectos éticos e legais, pois a
Lei 7.486 “(…) dispõe sobre a proibição de vivissecção assim como o uso de animais
em práticas experimentais que a eles provoquem sofrimento físico ou psicológico,
sendo estas com finalidades pedagógicas, industriais, comerciais ou de pesquisa
científica”.
A concepção metodológica permite que um mesmo conteúdo específico seja
estudado em cada um dos conteúdos estruturantes, considerando-se a abordagem
histórica que determinou a constituição daquele conteúdo estruturante e o seu
propósito. Assim, se o desenvolvimento dos conteúdos estruturantes se der de forma
integrada, na medida em que se discuta um determinado conteúdo relacionado à
Biodiversidade se requer conhecimentos relacionados aos Mecanismos Biológicos e
Organização dos Seres Vivos. Assim, se compreenderá por que determinados
247
fenômenos acontecem, como a VIDA se organiza na Terra e quais implicações dos
avanços biológicos são decorrentes da manipulação do material genético. Com a
introdução de elementos da história, torna-se possível compreender que há uma ampla
rede de relações entre a produção científica e o contexto social, o econômico, o político
e o cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias
científicas, estão associadas ao momento histórico em que foram propostas e aos
interesses dominantes do período. Como recurso para diagnosticar as idéias é
necessário favorecer o debate em sala de aula, pois oportuniza análise e contribui para
a formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e
compreender a realidade.
Para que a aquisição dos conhecimentos científicos seja efetivada, os mesmos
devem ser trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, para que esta
ciência auxilie o aluno a compreender melhor o funcionamento e sua interação no
ambiente em que ele está inserido. E quando possível abordar conteúdos que
envolvam a temática de história e cultura afro-brasileira e africana, dos povos
indígenas, problemas sociais aos conteúdos estruturais de modo contextualizado.
4. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos mais importante no processo pedagógico. Uma
vez que a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não estão ao alcance de todos.
Segundo a LDB “O processo de avaliação deve ter como objetivo detectar
problemas, servir como diagnóstico da realidade em função da qualidade que se deseja
atingir” Sendo assim, não é um elemento isolado no processo de ensino e
aprendizagem, está diretamente relacionado ao currículo, projeto político pedagógico,
aos objetivos do ensino, às concepções de educando, homem, sociedade e processo
de ensino e aprendizagem.
A perspectiva de avaliação que se coloca é a de caráter processual, explorando
seu potencial educativo, com vistas a promover a igualdade de oportunidades e a
efetiva inclusão de todos no sistema educacional.
248
Para o aluno a avaliação é um instrumento de tomada de consciência de suas
conquistas, dificuldades e possibilidades de reorganizar sua aprendizagem e para o
professor é a problematização, questionamento, reflexão sobre a sua ação. Portanto
avaliar a aprendizagem do aluno é avaliar a intervenção do professor. Em caso de
necessidade de recuperação de conteúdos esta será paralela ao período letivo
constituindo um conjunto integrado ao processo de ensino e se adequando as
dificuldades dos alunos. Como alguns critérios de avaliação serão observados a
capacidade de síntese, originalidade, capacidade de resolver situações problemas,
dentre outros, que possam contribuir para uma avaliação mais coerente e diagnóstica
do processo de ensino aplicado
Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que professores se envolvam
numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia um instrumento de
aprendizagem que forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
Ao considerar o professor responsável, em que sua ação também estará sujeita a
avaliação, provavelmente teremos uma melhoria da qualidade do ensino, e o aluno
provavelmente alcançará os resultados desejados. Nesta perspectiva, a avaliação
como momento do processo ensino-aprendizagem, aparecimento de erros e dúvidas
dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação
desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. Os fracassos podem ser
atribuídos a fatores extra-escolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar.
Além desses fatores tem que considerar a jornada de trabalho, a distância da escola
enfrentada principalmente pelo aluno do noturno. A superação deste senso comum
implica em estudos, pesquisas e análises de resultados, a fim de possibilitar a
elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual
participa.
A avaliação será diagnóstica e contínua, podendo ser individual e coletiva, oral e
escrita, através da participação dos estudantes durante as aulas, debates, pesquisas,
filmes, provas dissertativas ou de múltipla escolha, etc., utilizando ainda a recuperação
de conteúdos.
Com os instrumentos avaliativos espera-se que o aluno:
249
Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular ou
pluricelular), tipo de organização celular (procarionte ou eucarionte);
Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos
que ocorrem no interior das células;
Tenha noção de como utilizar o microscópio;
Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);
Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução
das espécies;
Reconheça as relações e valorize a diversidade biológica para a manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas:
Compreenda as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com
o meio em que vivem;
Reconheça a importância da estrutura genética para a manutenção da vida e
evolução da espécie;
Reconheça processos importantes que ocorrem no dia a dia como a fotossíntese
e a respiração celular;
Compreenda processos de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
Relacione os conhecimentos biotecnológicos das alterações produzidas pelo
homem na diversidade biológica.
Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
Estabeleça as características especificas dos animais;
Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos;
Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino,
muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
250
Reconheça a importância dos processos fisiológicos dos vegetais (absorção de
nutrientes);
Compreenda fatores que influenciam tanto na fisiologia vegetal quanto animal.
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolve a manipulação genética;
Consiga estabelecer relação dos conteúdos assimilados com o seu cotidiano.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMABIS, J. M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 2a edição. Editora Moderna. 1997. ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São
Paulo: EDUC, 1988. APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006. ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. Em Aberto. ano 7, n. 40, out/ dez, 1988. ASTOLFI, J. P. & DEVELAY, M. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 1991.
BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1971.
BARRA, V. M. & LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil, período: 1950 a 1980. Revista Ciência e Cultura. Campinas, v. 38 n. 12, tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001. BIZZO, N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. p. 148-149. CARVALHO, A. M. P. & GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001. DEMARCHI D‟AGOSTINI, L. As Leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.
FAVARETTO, J. A.; MERCADANTE, C. Biologia. 1ª. Edição. Editora Moderna, 1999
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.
FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. KRASILSCHIK, Myrian. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo. Editora da
Universidade de São Paulo: autores associados, 2007.
251
LAURENCE, J. Biologia. 1ª edição. Editora São Paulo: Nova Geração, 2005.
PAULINO, WILSON, R. Biologia. 8a edição. Editora Ática. 2003.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
252
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA - ENSINO
MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
De acordo com as DCE “a física tem como objeto de estudo o Universo em toda
a sua complexidade e por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o
estudo da natureza que, de acordo com MENEZES (2005) tem, aqui, sentido de
realidade material sensível. Entretanto, os conhecimentos de Física apresentados aos
estudantes de Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas
modelos elaborados pelo Homem”. (2008, p.3).
A História da Física mostra que essa ciência nasceu da necessidade de resolver
problemas de ordem prática a fim de garantir a subsistência humana. Iniciou-se com a
observação do movimento dos fenômenos naturais, posteriormente, com os gregos,
surgiu às primeiras sistematizações com o objetivo de explicar as variações cíclicas,
dando origem a Astronomia.
Em diferentes épocas, diferentes povos, estimulados pelos conhecimentos e
tecnologias que possuíam, contribuíram com novas descobertas que modificavam,
negavam ou superavam as descobertas anteriores possibilitando assim, a evolução
desta ciência. Os fenômenos da natureza saíram do campo da simples observação
passando a ser mensuráveis, matematizados. Os avanços tecnológicos ocorridos com a
Revolução Industrial juntamente com o avanço da ciência abriram caminho para a
sistematização de novas variantes e de novas unificações teóricas dentro da Física
possibilitando assim determinar o objeto de estudo desta ciência.
O ensino da física no Brasil foi introduzido no ano de 1808, com a vinda da
família real ao Brasil. No ano de 1837 foi criado no R de Janeiro o colégio D. Pedro II
“para servir de padrão de ensino secundário e modelo para os demais colégios a serem
criados na província. Foi adotada uma Física matematizada, quantitativa, ensinada por
meio dos manuais franceses, com ênfase na transmissão e aquisição de conteúdos,
relacionados aos problemas europeus, distantes da realidade brasileira.” (p.10). Essa
253
predominância perdurou até meados do século XX quando começaram surgir
produções nacionais. Porém, o Golpe Militar de 1964 e a busca pela modernização e
desenvolvimento estabeleceram através da Lei 5.692/71, que o ensino de segundo grau
deveria preparar os alunos para o trabalho. Desta forma, a prática da sala de aula, mais
uma vez seguiu “à visão americana da educação como fonte de progresso econômico”
(p.12).
A partir da década de 70, a euforia pelo fim do período Militar, e fundamentados
nas idéias de teóricos e educadores como Demerval Saviani, o Estado do Paraná
desenvolveu o Currículo Básico para a Escola Pública visando à reestruturação do
Ensino, entre eles o referente à disciplina de Física. Conforme as DCEs essa proposta
de reestruturação de ensino da física buscava propiciar ao aluno uma “sólida educação
geral voltada à compreensão crítica da sociedade para enfrentar as mudanças e atuar
sobre elas, condição improvável sem a aquisição do conhecimento científico”. (p.13).
Todavia esse processo foi interrompido tendo em vista que as novas demandas da
educação do país seguiam diversos documentos de organismos mundiais.
A partir de 2003 o Estado do Paraná propôs uma nova mobilização coletiva para
elaboração de novas diretrizes curriculares estaduais, estas “Diretrizes buscam
construir um ensino da Física centrada em conteúdos e metodologias capazes de levar
os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que
esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso ver o ensino da Física
com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e
a beleza dos conceitos científicos”. (MENEZES, 2005).
A disciplina de Física tem como objetivo construir o ensino de física centrado em
conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a refletir sobre o mundo das
ciências, sob a perspectiva de que esta ciência não é fruto apenas da pura
racionalidade científica. Assim, busca-se contribuir para o desenvolvimento de um
sujeito crítico capaz de admirar a beleza da produção científica e compreender a
necessidade deste conhecimento para entender o universo de fenômenos que o cerca,
percebendo a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais
254
políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento com as estruturas
que representa estes aspectos:
Compreender a física hoje, a partir, sempre que possível dos elementos
vivenciais e mesmo cotidianos, a fim de garantir consistência na percepção de
sua utilidade e universalizar o saber científico e tecnológico, interagindo
professor e aluno à busca do conhecimento;
Entender que a física deve educar para cidadania e contribuir para
desenvolvimento de um sujeito capaz de admirar a beleza da produção científica
ao longo da história;
Considerar a dimensão crítica do conhecimento sobre o universo de fenômenos
ao fazer perceber a não neutralidade de sua produção, mas seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais;
Construir um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes de
levar o estudante uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva
de que esta não é somente fruto da racionalidade científica.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Movimento;
Termodinâmica;
Eletromagnetismo.
6. CONTEÚDOS BÁSICOS:
1ª SÉRIE: Movimento:
Momentum e inércia;
Conservação de quantidade de movimento (momentum);
255
Variação da quantidade de movimento = impulso
2ª Lei de Newton;
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio.
Gravidade
Energia e Princípio da Conservação de energia;
Variação/transformação da energia de parte de um sistema – trabalho e
potencia;
Fluídos;
Oscilações.
2ª SÉRIE: Termodinâmica:
Leis da termodinâmica:
Lei zero da termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
3ª Lei da Termodinâmica.
3ª SÉRIE
Eletromagnetismo:
Carga, corrente elétrica, Campo
Força eletromagnética
Equações de Maxwell: (lei de Gauss (Lei de Coulomb para eletrostática), Lei de
Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
Óptica.
7. ENCAMINHAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS:
O saber físico trás um novo paradoxo às novas descobertas no campo da
ciência, maior flexibilidade no manuseio do conjunto de equipamentos, procedimentos
tecnológicos de uso doméstico, social, cultural, industrial profissional, tornando-se mais
comprometidos com suas estruturas e mais acessíveis à sua aprendizagem.
256
Nos critérios a serem utilizados para o ensino da Física enfatiza, a forma como
ela poder ser trabalhada, as condições centralizadas nos objetivos estabelecidos. Em
momento algum deve deixar de promover a construção do conhecimento. Usar de
recursos atuais, tais como: aula expositiva, trabalhar com textos e contextualização,
pesquisas científicas, utilização de recursos áudio visual, prática laboratorial, vídeos,
mapas conceituais, laboratório de informática, calculadoras de bolsos, celulares,
pendrive, etc. Para enfatizar os objetivos propostos, a cultura física deve ser
apresentada em forma de desafios, onde os estudantes se mobilizem de recursos
cognitivos, busquem sua realização pessoal e fortaleça a perseverança para novas
tomadas de decisão.
Para Menezes (2004) a disciplina de Física deve educar para a cidadania
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza
da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta
dimensão do conhecimento para o estudo do universo e de fenômenos que o cerca.
Ressaltamos ainda, a importância de um enfoque conceitual em que os procedimentos
matemáticos sejam considerados como pressuposto teórico que afirma que o saber
físico é uma forma de construção humana com significado histórico, crítico evolutivo e
social.
O conhecimento dos conceitos relacionados à Física pode proporcionar um
melhor entendimento dos fenômenos naturais e das inúmeras aplicações práticas
desses conceitos que no cotidiano abre-se como um “leque” de perspectivas para que o
estudante entenda a contribuição não apenas para a aquisição de conhecimentos
científicos, mas também, para dar mais consciência do seu verdadeiro papel de cidadão
neste mundo cada vez mais globalizado.
No ensino médio, a física é incorporada à cultura integrada como instrumento
tecnológico à formação da cidadania contemporânea. Permite ainda elaborar modelos
de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo das partículas que compõem a
matéria e ao mesmo tempo permitir desenvolver novas fontes de energia para uso da
vida humana, transformando e criando novos materiais, inventando produtos e
tecnologias.
257
Os conteúdos básicos devem se articular com os conteúdos estruturantes e ser
abordados considerando-se o contexto social, discutindo a construção científica como
um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época.
A epistemologia, a história e a filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a
utilização de textos originais traduzidos para o português, pois se entende que eles
contribuem para aproximar os estudantes e professores da produção científica, da
compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos
epistemológicos encontrados, etc.
O reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se
prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação aos conteúdos básicos, pois
se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e utilização
de linguagem próprias da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência.
Portanto é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições
presentes na teoria e sua linguagem científica.
Também é de fundamental importância trabalhar as relações da Física com a
Física e, com outros campos do conhecimento ressaltando o cotidiano, as concepções
dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física como
possíveis pontos de partida para problematizações.
Faz-se necessário a utilização de experimentação para formulação e discussão
de conceitos e idéias de movimento, termodinâmica e eletromagnetismo articulado com
os conteúdos básicos.
Os desafios educacionais contemporâneos como educação ambiental, educação
fiscal, cultura afro-brasileira e indígena conforme a Lei nº 11.645/08, violência nas
escolas, entre outras, serão trabalhados à medida que o conteúdo da física permitir
buscando contemplar os conteúdos na sua totalidade evidenciando as dimensões
filosóficas, artísticas e cientificas dos mesmos.
258
8. AVALIAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico da escola propõe a avaliação que permite
qualificar o processo ensino-aprendizagem. Portanto, a avaliação deve ter a função de
diagnosticar o ensino aprendizagem considerando o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno, levando em conta o conhecimento prévio dos estudantes,
como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, também deve
proporcionar dados que permitem a reflexão sobre a ação pedagógica possibilitando
reorganizar os conteúdos / instrumentos e métodos de ensino sempre que necessário
conforme orientação dos DCEs e do PPP. “considerando a dimensão diagnóstica, a
avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, bem como
a valorização do progresso, tornando-o referencial de análise, observando seu trabalho
individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem e
também no desenvolvimento das outras etapas do processo educativo”. (p.47).
A avaliação enquanto parte do processo ensino-aprendizagem norteia o trabalho
docente de forma a tornar o ensino democrático e inclusivo uma vez que possibilita
conhecer os limites e as possibilidades dos educandos aceitando as individualidades e
diversidades e intervindo nas necessidades educacionais de cada um. Assim, torna-se
fundamental que o processo de avaliação inclua uma variedade de situações de
aprendizagem, possibilitando a valorização do progresso do aluno, tornando-o como
referencial de analise, observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas
no decorrer do processo de aprendizagem, sobre tudo as diferenças e tempo na
aprendizagem de cada aluno.
5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARRO, Wilson; Guimarães, Osvaldo. Física. São Paulo: Moderna, 2000. FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antônio de Toledo. Física básica. São Paulo: Atual, 1998 MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física: de olho no mundo do trabalho. São
Paulo: Scipione, 2003.
259
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED: julho/2006.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. ROMANOWSKI, Poana Paulin. Aprender: indicações da prática docente. Texto apresentado em painel no XIII ENDIPE. PUCPR, 2005. SILVA, Djalma Nunes. Física Paraná. São Paulo: Ática, 2004.
260
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA - ENSINO
MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O conhecimento Químico começou a se desenvolver a milhares de anos antes
de Cristo, foi construído historicamente nas relações políticas, econômicas sociais e
culturais das diferentes sociedades. Questões ideológicas possibilitaram o
desenvolvimento de concepções mais críticas a respeito das relações da Química na
sociedade. Como exemplo, a superação da idéia do flogisto desenvolvida por Stahl a
partir de uma adaptação da teoria de um dos seus mentores, Johann Joachim Becher pelo esclarecimento da combustão por Lavoisier no século XVII, assim começou o
desvendar para a Química Clássica, como era chamada, a partir do século XVIII e XIX,
com Lavoisier, Berzélius, Gay-Lussac, Dalton, Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kékule, e
tantos outros.
É importante ressaltar, que a sociedade Oriental influenciou na construção do
conhecimento da Química, com as práticas alquímicas, dos boticários, perfumistas e da
medicina oriental, que foram difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao
estabelecimento da Química como Ciência Moderna, não ficando apenas restrito em
dizer que a constituição desse saber como ciência teve seu cenário de desenvolvimento
no modo de produção capitalista Europeu.
Porém, os avanços científicos químicos atrelados com os tecnológicos
favoreceram o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias
e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou
um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles
os plásticos e vários tipos de polímeros, o que influenciou nos hábitos do ser humano,
uma vez que foram lançados no mercado de consumo inovadores utensílios fabricados
com diversos materiais. Além disso, no decorrer do desenvolvimento das civilizações,
outros aspectos da vida cotidiana, como alimentação, agricultura e o uso de
combustíveis fósseis ganharam novos enfoques paralelamente às descobertas da
261
ciência Química. Com esses avanços começou a exigir desta ciência respostas
precisas e específicas às suas demandas econômicas, sociais e políticas.
Para adquirir tantos avanços tecnológicos acredita-se numa abordagem de
ensino de Química voltada à construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos nas atividades em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de
Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na
intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe
significado em diferentes contextos.
Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no
desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda
na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica
compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos
conceitos de Química.
O ensino de Química deve ter em vista não só a aquisição dos conhecimentos
que constituem esta ciência em seu conteúdo, em suas relações com as ciências afins
e em suas aplicações à vida corrente, mas também, e como finalidade educativa de
particular interesse, a formação do espírito científico. – Reforma Gustavo Capanema –
1942 a 1960. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10).
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
3. CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Conteúdos Básicos
262
Matéria;
Ligação Química;
Funções Químicas;
Reações Químicas;
Gases;
Radioatividade.
2ª SÉRIE
Solução;
Reações Químicas;
Cinética Química;
Equilíbrio Químico;
Radioatividade.
3ª SÉRIE
Funções Orgânicas;
Matéria;
Reações Químicas.
Observação: A intercalação dos conteúdos é de fundamental importância para
estabelecer o conhecimento químico, por isso devem ser trabalhados em conjuntos e
não expostos de maneira desfragmentada.
Conteúdos Básicos:
Matéria;
Soluções;
Velocidade das reações;
Radioatividade;
Ligação Química;
Reações químicas;
Equilíbrio químico;
Gases;
263
Funções químicas.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo FOURQUIN, 1993,
[...] ninguém pode ensinar, verdadeiramente, se não ensina alguma coisa que
seja verdadeira ou válida a seus próprios olhos. Esta noção de valor intrínseco
da coisa ensinada, tão difícil de definir e de justificar quanto de refutar ou
rejeitar, está no próprio centro daquilo que constitui a especificidade da intenção
docente, como projeto de comunicação formadora. (FOURQUIN, 1993)
Os conteúdos básicos de Química deverão ser abordados em sala de aula
partindo do conhecimento prévio dos alunos, no qual se incluem as idéias pré-
concebidas sobre Química e/ou concepções espontâneas que os mesmos fazem
durante a convivência do dia-a-dia, reunindo a vivência individual com a coletiva, das
quais será construído o saber socialmente sistematizado (conhecimento científico).
Para que a aquisição dos conhecimentos científicos seja efetiva, os mesmos
devem ser trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, para que esta
ciência auxilie o aluno a compreender melhor o funcionamento e sua interação no
ambiente em que ele está inserido. Os conteúdos serão trabalhados de forma que
envolvam as temáticas de história da cultura afro-brasileira e africana, dos povos
indígenas, problemas sociais contemporâneos que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo
contextualizado.
As atividades experimentais serão abordadas de forma com que seja o ponto de
partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as idéias a serem discutidas
em aula. É um encaminhamento metodológico que contribui para que o aluno
estabeleça relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, exponha suas idéias
sobre o conceito científico que está sendo abordado, melhor entendê-lo ou até
modificá-lo, além de que propicia para despertar a curiosidade do aluno.
264
A cada conteúdo, serão feitas discussões em sala de aula sobre a importância
que estes possuem na vida prática do aluno. Serão propostos exercícios em sala de
aula que de preferência, devem estar ligados a situações do cotidiano do aluno, embora
possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração. O professor deverá
estimular o aluno a fazer leituras e pesquisas em livros, revistas, jornais, páginas
eletrônicas, etc., realizando trabalhos e atividades em grupos ou individuais, que ao
longo do ano letivo poderão ser apresentados em eventos diversos, como por exemplo,
a mostra interdisciplinar da escola.
3. AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola a avaliação
[...] deve centrar-se na forma como o aluno aprende, sem descuidar da
qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal do sujeito
que aprende, influenciada tanto pela características pessoais quanto pelo
contexto social. Assim, a avaliação deve ser de forma contínua, formativa, na
perspectiva do desenvolvimento integral do aluno com o objetivo de detectar e
prevenir os problemas identificando as possíveis causas de seus fracassos ou
dificuldades, visando uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a
participação efetiva do professor nesse processo (PPP, p. 44).
Partindo desse pressuposto, a avaliação deverá levar em consideração todo
conhecimento prévio do aluno, permitindo ao mesmo construir e reconstruir os
significados dos conceitos científicos, e essa (re) construção está articulada às
abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental desses conceitos. Para
tanto se devem usar vários instrumentos de avaliação que possibilitem várias formas de
expressão do aluno, como: leitura e interpretação de textos relacionados com a
disciplina, produção de texto, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas
bibliográficas, relatórios ou questões discursivas referentes às aulas práticas,
apresentação de seminários ou palestras, provas escrita e oral, trabalhos com jogos,
cruzadinhas e dinâmicas com os alunos, atividades a partir de recursos audiovisuais
visando atender a todos os alunos. Ressaltando que esses instrumentos de avaliação
devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
265
A avaliação deverá ser tal maneira que o conhecimento de conceitos químicos
seja articulado às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção
coletiva do conhecimento deverá ser diagnóstica e cumulativa. A recuperação assim
como a avaliação, devera estar de acordo com o regimento interno da escola.
E dessa forma, espera-se que o aluno no final de todo o processo pedagógico
entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área de
Química. Tome posições críticas frente às situações sociais e ambientais
desencadeadas pela produção do conhecimento químico.
Para tanto o professor poderá utilizar de diversos critérios de avaliação, como
alguns utilizados na Disciplina de Química:
3.1 Critérios de Avaliação:
O aluno será avaliado por várias formas descritas abaixo:
3.1.1 Projeto de pesquisa bibliográfica – a solicitação de uma pesquisa exige
enunciados claros e recortes preciosos do que se pretende.
Critérios para avaliação do aluno quanto:
A contextualização identifica a situação e o contexto com clareza;
Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
A justificativa aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
3.1.2 Palestra/Apresentação Oral – a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a do conteúdo aborbado, bem
como argumentar, organizar e expor suas idéias.
266
Critérios - O aluno:
demonstra conhecimento do conteúdo;
apresenta argumentos selecionados;
demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;
faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
3.1.3 Atividades experimentais – estas atividades requerem clareza no
enunciado e propicia ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que esta
ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de
forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construída ou já construída, a qualidade da
interação quando ao trabalho se realiza em grupo, entre outra possibilidade.
Critérios - O aluno ao realizar seu experimento:
registra as hipóteses e os passos seguidos;
demonstra compreender o fenômeno experimentado;
sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais;
Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos.
3.1.4 O relatório – é um conjunto de descrições e analise da atividade
desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando
ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu
conhecimento.
No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas
ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem-se extrair deles.
267
São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e
consideração finais.
Critérios - O aluno:
Faz a introdução como informações que esclareçam a origem de seu
relatório, apontando quais os objetivos da atividade bem como a relevância do
conteúdo abordado e conceitos construídos;
descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se esta
falando ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões
teóricas que deram origem á atividades em questão.
3.1.5 Atividades a partir de Recursos Audiovisuais – o trabalho com filmes
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso
escolhidos é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não
esta didatizado, vem apresentado em linguagem especifica e com
intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do
conteúdo cabe ao professor.
Critérios - O aluno:
compreende a interpreta a linguagem;
articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual.
reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
3.1.6 Trabalho em Equipe – desenvolvendo dinâmicas com pequenos grupos,
na tentativa de proporcionar aos alunos experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno
a compartilhar seu conhecimento.
268
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades,
sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis,
mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e
científicos.
Critérios - O aluno:
interage com o grupo;
compartilha o conhecimento;
demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
3.1.7 Questões discursivas – essas questões possibilitam verificar a qualidade
da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e
reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos.
Alem disso, a resposta a uma a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
3.1.9 Questões objetivas – este tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar u enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário contextual adequado, possibilitado ao
aluno a compreensão do que foi solicitado.
269
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de
cada questão direcionada para cada serie com vistas a não cometer injustiças.
Critérios - O aluno:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;
Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
Utiliza de conhecimentos adquiridos.
4. REFÊRENCIAS
FELTRE, Ricardo. Química. Vol 1, 2 e 3. 6.ed. São Paulo: Moderna, 2004. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura. As bases sociais e pistemológicas do conhecimento escolar.Porto Alegre, ARTMED, 1993. LEE, John D. Química Inorgânica não tão Concisa. ‟Tradução de‟ TOMA, Henrique E;
ARAKI, Koiti; ROCHA, Reginaldo. 5.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de educação Básica. Colégio Estadual Unidade Polo. Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2008. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático Público. Química - Ensino Médio. 2 ed. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: química. Curitiba, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. SANTOS, P.O.; BISPO, J.S.; OMENA, M.L.R. de A. O Ensino de Ciências Naturais e Cidadania sob a ótica de professores inseridos no Programa de Aceleração de Aprendizagem da EJA: Ciência & Educação, v.11, n.3, p. 411-426, 2005.
SANTOS, W.L.P dos; MÓL, G. de S. Química&Sociedade. Livro do professor. São Paulo, Editora Nova Geração, 2005. SARDELLA, Antônio. Química – Volume Único. 5.ed. São Paulo: Ática, 2005.
270
SCHNETZLER, R.Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em livros didáticos dirigidos ao estudo secundário de química de 1875 a 1978.Quimica Nova, V.4, n.1, p.6-15, 1981. SOLOMONS, Graham; FRYHLE, Craig. Química Orgânica. „Tradução de‟ LIN, Whei
Oh. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
271
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA -
ENSINO MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser ministrada
na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das ciências, do mito,
da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um lado, a dificuldade para
seu ensino está no fato de nela residir o pensamento racional e sistemático de mais de
2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu ensino está no fato de que nela se
pode encontrar pedagogias e métodos que trazem luz para a definição da pedagogia e
do método a ser adotado pelo professor para o ensino da filosofia.
A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no contexto
escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas, morais e sociais
que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de uma inserção social
mais crítica.
Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são
tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma
ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro
lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não exatidão
dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.
O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As mais
tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos estruturantes,
mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se necessário preservar suas
características específicas, ex: diálogo, problematização, argumentação,
sistematização, imparcialidade, busca constante.
A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao
período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento
272
PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a
perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía
importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários os
encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a
obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97,
aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F H C.
Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em defesa
da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB atende tais
aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada a lei Nº 15. 228
de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva consolidar a base
humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do pensar e repensar de
modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a
constituição de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e
aprimoramento da cidadania”.
Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a
obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho Estadual
de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o seguinte teor:
uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4
anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de Filosofia à
Matriz Curricular do Ensino Médio.
O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia busca
compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um sentido,
seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e norteiam a
vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do existir humano na
história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um instrumento para os
estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se diferencia das outras
disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de ensiná-la se confunde com
a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia somente logrará algum êxito na
medida em que tal estilo for efetivamente transmitido, pensar e repensar a cultura não
273
se confunde com compatibilização de métodos e sistematização de resultados; é uma
atividade autônoma e de índole crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163).
É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que propõe
o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição filosófica,
denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta Pedagógica Curricular
é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a disciplina de Filosofia na escola
que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o Livro Didático Público, a Ontologia de
textos filosóficos e as matérias disponíveis na biblioteca do professor contribuem para o
trabalho com a filosofia no espaço escolar.
2. JUSTIFICATIVA
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não
é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo.
Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além
de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a
ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a
arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana, a economia, a política, a
ética. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona
o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política,
científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio
é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a
ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os
homens, em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e
deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade
do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a
disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão filosófica,
274
instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua
realidade.
A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando,
propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido
pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais,
históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania.
3. CONTEÚDOS DE FILOSOFIA
Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE
de Filosofia, o qual se organizou também o livro didático público de Filosofia, a partir de
conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos específicos
serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente - PTD.
1º SÉRIE
Conteúdo Estruturante
1. Mito e Filosofia
Conteúdo Básico
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Conteúdo Estruturante
2. Teoria do Conhecimento
Conteúdo Básico
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
275
2º SÉRIE
Conteúdo Estruturante
3. Ética
Conteúdo Básico
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas;
Conteúdo Estruturante
Filosofia Política
Conteúdo Básico
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade Política;
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou Participativa;
3º SÉRIE
Conteúdo Estruturante
5. Filosofia da Ciência
Conteúdo Básico
Concepções de ciência;
A questão do método Científico;
Contribuições e limites da Ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética;
Conteúdo Estruturante
6. Estética
Conteúdo Básico
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
276
Estética e sociedade;
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho
escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino
significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível
viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando criticamente
todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os conteúdos estruturantes
e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para que na investigação o
estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na história da filosofia com o
auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno
possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar conceitos e desenvolver o
exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar filosoficamente situações da vida
atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
Mobilização para o conhecimento:
É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto. Normalmente
os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao que o professor
propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da mobilização, penso que é
possível iniciar um processo de ensino significativo. É interessante iniciar tal processo
com uma música; uma figura; um vídeo; um poema; uma brincadeira; um jogral. Enfim,
algo que seja convidativo para o início de uma aprendizagem.
Problematização
Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou
problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa
necessariamente por um processo de questinamento. O professor instiga os alunos a
proporem problemas para investigar. São esses questinamentos que vão nortear os
passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para homem
explicar a realidade?)
Investigação
277
Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a
avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o aluno
por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos alunos se
expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um ambiente
propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua prática
docente.
Criação de conceitos
Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”, aqui
nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas ele pode
dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o momento, etc. e até
mesmo na avaliação.
Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a
pedagogia histórico-crítica desenvolvida por João Luiz Gasparin: Prática social inicial do
conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social final do
conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).
Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia,
conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em sala
de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.
Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de
integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.
Quando for possível, a sala será organizada em semicírculo para melhor contato com
os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas
e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a compreensão
dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte pesquisa
bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de pesquisa e
aprofundar temas; Quando possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola
aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser
utilizados, documentários, filmes e músicas.
278
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o
professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o
diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena.
5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente da
existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de
captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de
decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a avaliação é
uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de ensino-
aprendizagem.
A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em filosofia
e como? A Diretriz propõe que se sigam os pressupostos:
qual discurso tinha antes;
qual conceito trabalhou;
qual discurso tem após;
A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o
professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do
aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a
coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser adotados
como instrumentos, além da auto-avaliação:
Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe para
que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos
trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido;
Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema de
estudo;
279
Avaliação bimestral individual de carater reflexivo.
Para a recuperação paralela o professor aotará os critérios estabelecidos pelo
estabelecimento de ensino.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993. ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São
Paulo: Cortez, 2004. BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997. CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de
Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004 COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São
Paulo:Saraiva, 2005. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica.
São Paulo: Martins Fontes, 1999. GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In : PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.
280
PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V,
VI, VII). REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed.
2005. SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993.
TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau.
Nova Letra, 2007.
281
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA -
ENSINO MÉDIO
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em relação à
Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de trabalhá-los
no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos da própria
proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos e sua
importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade curricular
nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança uma
dimensão política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma
trajetória de idas e vindas no histórico escolar do ensino médio no Brasil.
Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina
exatamente pela instabilidade da Sociologia nos currículos escolares, ora presente, ora
ausente, ao sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e os
conteúdos que deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e os
conteúdos relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente
porque se faz necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas e
sociais.
Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a partir
das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque ele é o
elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao ser
humano desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformá-la,
segundo suas necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-se que
os seres humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações sociais. Parte-
se também do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato de trabalhar: nos
gestos da produção e reprodução da sua existência, os indivíduos organizam e
acumulam experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou não), que lhes
permitem aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto, expressão de um
determinado modo de organização social. (Meksenas, 1994)
282
De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é ter
direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo ajuda
a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a
organização do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que ele
vive e atua”.
Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos de
Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação – LDB 9394/94, é necessário ir além dos conteúdos programáticos.
Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender, professores e alunos a
importância de todas as disciplinas e como elas se inter-relacionam no intuito de formar
para a vida em comunidade.
2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Com o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as disciplinas
afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia, explica que a
palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria disciplina. É
uma mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo francês Augusto
Comte em 1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia de “social”, e do
grego vem o termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A definição etimológica de
Sociologia significaria então, simplesmente, “o estudo do social” ou “o estudo da
sociedade” (GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a etimologia da palavra não é
suficiente para definir e entender o que é a Sociologia. Nesta ótica Galliano explica:
Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a ideia de
homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência
diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas
juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem
com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio
entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou
destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (GALLIANO,
1981, p. 5).
283
Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e também
se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo Galliano:
“Sociologia é o estudo dos homens em interdependência” (GALLIANO, 1981, p. 5).
Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da
Sociologia no Ensino Médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da
Universidade Estadual de Londrina (UEL), com base em suas análises aponta-se aqui
um breve histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia começa
a dar os primeiros passos no Brasil. Sob forte influência do positivismo comtiano, foi
publicada a obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em seguida, um dos
precursores da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou Etnologia selvagem, em
1872, e Etnografia brasileira, em 1888. No início da década de 1920, a Sociologia inicia
sua trajetória no Ensino Médio através das escolas de São Paulo e Rio de Janeiro
(TOMAZI, 2000, p. 9)
Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas
bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com
outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por
outro lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a
disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de sociólogos
(TOMAZI, 2000, p. 9).
Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em
São Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de
produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que
aliassem esse conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato
estatal/governamental federal, estadual e municipal (TOMAZI, 2000, p. 9).
A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade
do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas, através das
Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores para o ensino
médio, principalmente para as escolas normais, formadores de professores para o
284
ensino fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos sociólogos: trabalhar
nas estruturas governamentais ou serem professores (TOMAZI, 2000, p. 9).
Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente para a
implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por isso, pode-se
afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o desenvolvimento da
Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald Pierson, Radcliff Brown,
Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide, Charles Mozaré, e Jacques
Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro e permitiram a
formação e o desenvolvimento de inúmeros sociólogos no Brasil (TOMAZI, 2000, p. 9).
Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio
Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção sociológica
significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa produção
aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração que vai definir
claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon Shaden,
Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria Izaura de
Queiroz, em São Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio Jaguaribe, no Rio
de Janeiro, terão seguidores em todo o território nacional (TOMAZI, 2000, p. 9-10).
A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de Filosofia,
Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia vai fazer
parte do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como independente
em outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era formar pessoas
(técnicos e professores) capazes de produzir uma “solução racional”, isto é, baseada na
razão e na ciência, para as questões nacionais. Assim, a Sociologia, nessas décadas,
tornou-se disciplina hegemônica no quadro das Ciências Sociais no Brasil, a primeira a
formar uma “escola” ou uma “tradição”, tendo em Florestan Fernandes um dos seus
principais mentores (TOMAZI, 2000, p.10).
Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas do
pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para citar
alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas obras lidas
285
e reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort,
Francisco de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues, Juarez
Brandão Lopes, Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10)
Em relação à presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta
que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como
integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta por
Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do projeto.
Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do curso
médio do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando de
Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).
A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil presença
no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os currículos dos
cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta última cidade a
Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra marcaria a
consolidação da pesquisa científica na área (TOMAZI, 2000, p. 10)
A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas
escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942)
restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas
Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a Resolução
SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da Sociologia na grade
curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora do currículo (TOMAZI,
2000, p. 10)
Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n°
9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma que
os alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos, deixando,
portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até para as
escolas a liberdade da definição do modo como serão passados esses conhecimentos
(TOMAZI, 2000, p. 10)
286
A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os
âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e ganhou
força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios estudantis,
sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de que essas
disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino Médio em
todo o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional uma lei que
incluía as disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em 2001 essa lei foi
vetada pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, dizendo que
não haveria professores suficientes para ministrarem essas aulas entre outras
alegações.
A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na
questão não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas
escolas de nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho
Nacional de Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de
Educação Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um
documento anexado sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e
Sociologia do ensino médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de
representantes de várias entidades. O documento juntado continha uma série de
considerações favoráveis à inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do ensino
médio. Com apoio na própria LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os
componentes desta comissão desenvolveram uma argumentação que defendia a
presença da Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias.
O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à inclusão
das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para a
deliberação no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias no
Ensino Médio após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de 2008. No
Paraná a obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei nº 15.228 de
25/07/2006, mas diante da nova determinação legal de que a disciplina deve estar
presente em todas as séries do Ensino Médio, o Conselho Estadual de Educação/PR,
aprovou em 07/11/08 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor: uma série em 2009;
duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 04 anos.
287
Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular busca orientar o trabalho
com a disciplina de Sociologia no âmbito das escolas públicas jurisdicionada ao NRE de
Campo Mourão.
3 – CONTEÚDOS DA DISCIPLINA:
1ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes:
O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.
Conteúdos básicos:
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
Conteúdos estruturantes:
Processo de socialização e as instituições sociais.
Conteúdos básicos:
Processo de socialização;
Instituições familiares;
Instituições escolares;
Instituições religiosas;
Instituições de reinserção.
2ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes:
Cultura e Indústria Cultural
Conteúdos básicos:
288
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Conteúdo estruturante
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Conteúdos básicos
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: testamentos, castas, classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil.
3ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes:
Poder, Política e Ideologia
Conteúdos básicos:
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
289
Conteúdos estruturantes
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Conteúdos básicos:
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONG‟s.
4. PROPOSTA DE METODOLOGIA
A Diretriz de Sociologia trás uma proposta de abordagem metodológica para o
trabalho em sala de aula, “os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para
a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa
de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos”
(PARANÁ, 2008, p. 95). Ao apresentar cada uma das proposta ressalta a importância
do trabalho com os estudantes, na perspectiva de desenvolver um aprendizado
significativo e crítico. Sobre o trabalho com a pesquisa de campo salienta
A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o
conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do
conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para
problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o
desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o
que foi discutido à luz das teorias sociológicas (PARANÁ, 2008, p. 95).
A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os estudantes
em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom planejamento.
Cabe ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da pesquisa que pode
ser realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao entorno.
290
A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é alternativa para o ensino de
sociologia, para tanto, uma advertência, “um filme deve ser entendido também como
texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de
linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons“
(PARANÁ, 2008, p. 96).
No que tange a esse encaminhamento é preciso ter claro a dificuldade de se
trabalhar com tais ferramentas e o planejamento deverá ser rigoroso. Ao professor cabe
propor:
[...] uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos
devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente
ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b)
aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o
ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e
quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos
fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor
compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões
sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas
contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade
histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo,
pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão
– visual, musical, literário – para completar a atividade (PARANÁ, 2008, p. 96 -
97).
Por fim, a Diretriz propõe o trabalho em sala de aula a partir da leitura e análise
de textos sociológicos, organizado pelo professor, a partir dos recortes permitidos pelos
conteúdos. Tais recortes precisam ser contextualizados com a obra do autor e com
outros textos para que os estudantes percebam as controversas entre os autores e
assim, rompem com a visão dogmática das “verdades” estabelecidas. Para tanto,
“recomenda-se articular os excertos dos textos sociológicos acadêmicos a textos de
livros didáticos, procurando garantir a cientificidade do conteúdo trabalhado,
adequando-o ao universo cultural do aluno (PARANÁ, 2008, p. 97).
291
Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito à falta de obras disponíveis
ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser solucionada com o
“acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela Biblioteca do Ensino
Médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão disponíveis fontes de
pesquisa para o professor, seja para seu próprio estudo e aperfeiçoamento, seja como
material para dar suporte ao trabalho com os alunos”. Não se pode esquecer que o
“Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e metodológico
desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e alunos” (PARANÁ,
2008, p. 97).
Embora a Diretriz aponte uma proposta metodológica, não significa que esteja
proibido trabalhar com outras abordagens. Muitos professores que atuam nas escolas
conhecem e trabalha com a proposta formulada pelo professor João Luiz Gasparim, tal
proposta contempla o que solicita a Diretriz. Existem ainda outras abordagens que
podem ser usada pelo professor.
Para finalizar o professor conta ainda com uma orientação dos recursos didático-
pedagógicos que podem se útil em seu trabalho diário: aulas expositivas dialogadas;
aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível; Exercícios escritos
e oralmente apresentados e discutidos; leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-
contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; Debates e seminários de
temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa
bibliográfica; Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;
análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Sociologia tais
conteúdos serão abordados, quando do trabalho em sala de aula com o conteúdo
específico de sociologia possibilitar tal diálogo.
292
4. AVALIAÇÃO
As propostas de avaliação que constam na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) serão levadas em consideração no ensino desta disciplina. Uma
avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e continuada. De acordo com as
DCEs:
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa
concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam
afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de
aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e
articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma
prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente
como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de
uma maior participação na sociedade (PARANÁ, 2008, p. 98).
As formas de avaliação devem constar no Plano de Trabalho Docente. Abaixo,
algumas formas de avaliação conforme segue:
Prova individual com vários tipos de questões como: responder perguntas;
questões para enumerar; questões para completar; questões objetivas com
múltipla escolha;
Prova individual com uma ou duas questões que deverão ser respondidas
dissertativamente;
Atividades diferenciadas como: trabalhos, pesquisas, relatórios, exercícios no
caderno, participação nas aulas, entre outras;
Atividade extraclasse;
Trabalhos em grupo;
Aplicar no mínimo três avaliações por bimestre;
Realizar uma avaliação de recuperação de conteúdos, se necessário.
5. REFERÊNCIAS
GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981.
293
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea) GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério
2º grau) TOMAZI, Nelson D. (coord.) Iniciação à Sociologia. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
294
ANEXO IV
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO PROFISSIONAL – TECNICO EM SERVIÇOS DE
RESTAURANTE E BAR
ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Estabelecimento: Colégio Estadual Unidade Polo – EFMP
Município: Campo Mourão
Curso: Tecnico em Serviços de Restaurante e Bar
Forma: Subsequente Implantação Gradativa a Partir do Ano de 2009
Turno: Noturno CH: 960 h/a – 800 horas
Módulo: 20 Organização: Semestral
Disciplinas Semestre H/A
Horas
1º 2º
1 Fundamentos do Trabalho 3 60 50
2 Administração de Restaurantes e Bares 3 60 50
3 Serviços de Sala e Copa 4 4 160 133
4 Higiene e Segurança Alimentar 3 2 100 83
5 História, Arte e Cultura da Gastronomia 3 60 50
6 Informática Básica 2 40 33
7 Introdução a Enologia 2 40 33
8 LEM – Espanhol 2 2 80 67
9 LEM – inglês 2 2 80 67
10 Psicologia Social e do Trabalho 2 2 80 67
11 Serviços de Bar 3 3 120 100
12 Tópicos Especiais em Gastronomia 4 80 67
Total 24 24 960 800
Estágio Supervisionado 3 60 50
OBS.: O curso está estruturado em 02 (dois) semestres totalizando 800 horas de Estágio Supervisionado.
295
ANEXO V
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM
SERVIÇOS DE RESTAURANTE E BAR
Dados Gerais do Curso
Habilitação Profissional: Técnico em Serviços de Restaurante e Bar
Eixo Tecnológico: Hospitalidade e Lazer
Carga Horária: 800 h
Regime de Funcionalidade: de 2ª a 6ª feira do(s) período(s) manhã, tarde ou noite
Nº de vagas: 40 alunos por turma
Período de integralização do curso: minimo de 01 ano e máximo de 05 anos
Requisitos de Acesso: conclusão do Ensino Médio
Modalidade: presencial
Justificativa:
A organização do curso visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação
técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que
sintetizem todo o processo formativo. Tem como eixo orientador a perspectiva de uma
formação profissional de totalidade permitindo que o técnico em formação se perceba
como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a
realidade construindo valores, conhecimento e cultura.
O curso Técnico em Serviços de Restaurante e Bar enfatiza, na organização dos
conhecimentos, a promoção e o resgate da formação humana onde o aluno, além dos
conhecimentos técnico-científicos específicos, se habilita ao enfrentamento consciente
da realidade dada com consciência crítica, cultura e ação criativa.
Objetivos:
296
1. Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e
conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que
vivem.
2. Oferecer um processo formativo que sustentado pela formação geral obtida no
nível médio assegure a integração entre a formação geral e a de caráter
profissional.
3. Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais
estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas.
4. Oferecer um conjunto de experiências teóricas-práticas em hospitalidade e lazer
com a finalidade de consolidar o “saber fazer”
5. Destacar em todo o processo educativo a importância do serviço em restaurante
e bar.
6. Possibilitar busca de soluções aos desafios e problemas da prática profissional
dentro dos princípios estéticos, éticos e políticos.
Perfil Profissional de Conclusão de Curso:
O técnico em Serviços de Restaurante e Bar ao concluir o curso deverá
compreender tomar decisões e propor soluções relativas ao serviço de Restaurante e
Bar, dando atendimento aos clientes em todos os aspectos. Desempenhar com
qualidade todos os serviços correlatos a função de garçom comunicando-se com
adequação profissional, seguindo regras de etiqueta e privilegiando a boa relação com
a equipe de trabalho e os clientes. Controlar e avaliar o processo de avaliação, higiene
e manipulação dos alimentos em mesas e bandejas, depósitos e cozinhas do local de
trabalho.
Critérios de Avaliação de Aprendizagem:
A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com
as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e o seu desempenho, em diferentes situações
de aprendizagem. Preponderarão os aspectos qualitativos da aprendizagem,
297
considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos , com
relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a de elaboração sobre a
memorização, num processo de avaliação contínua, permanente e cumulativa.
A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação a
nota 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi insuficiente será submetido a
recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo.
Critérios de Aproveitamentos de Conhecimentos e Experiências Anteriores:
O estabelecimento de ensino poderá aproveitar mediante avaliação,
competência, conhecimentos e experiências anteriores, desde que diretamente
relacionadas com o perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação ou
habilitação profissional, adquirida:
No Ensino Médio;
Em qualificações Profissionais, etapas ou módulos em nível técnico concluídos
em outros cursos, desde que cursados nos últimos cinco anos;
Em cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, no trabalho ou por
meios informais;
Em processos formais de certificação;
No exterior.
Certificados e Diplomas
O aluno ao concluir com sucesso conforme organização curricular aprovada
receberá o Diploma de Técnico em Serviços de Restaurante e Bar.
Princípios Norteadores
Consonante às diretrizes do Projeto Politico Pedagógico da escola, o curso
profissional subsequente em Serviços de Restaurante e Bar afirma a educação como
uma das vias para a construção de uma sociedade mais justa e integrada.
298
Na forma subsequente a educação profissional se constitui como educação
continuada, de maneira que haja oportunidade aos adultos e jovens concluintes do
ensino médio obter a formação profissional, ou ainda, atualizarem-se na profissão.
Considerando o trabalho como forma de realização e produção humana tanto
quanto práxis econômica, o curso possibilita a compreensão dos princípios científicos
da produção através da história e a compreensão dos princípios científicos-
tecnológicos da produção moderna, aliada a configuração cultural dos diversos grupos
sociais com seus valores éticos políticos, morais e simbólicos.
A profissionalização sob a perspectiva da integração entre trabalho, ciência e
cultura prepara para o mercado de trabalho dando aos alunos autonomia, senso crítico
e a compreensão da dinâmica produtiva da sociedade moderna. Emancipação,
desenvolvimento e inserção sociopolíticos aliados a formação científica e tecnológica
são condicionantes ao enfrentamento da vida emocional, social, política e produtiva.
Dimensão Teórica Metodológica
O curso profissional Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, cuja modalidade
é subsequente ao Ensino Médio, possui alunos cuja terminalidade é recente e outros
que se formaram há anos. Devido a esse quadro, alguns conceitos científicos, técnicos
e culturais precisam ocasionalmente ser retomados para a apropriação efetiva dos
conteúdos básicos do curso profissionalizante.
O eixo definidor da condução metodológica dos conteúdos estará centrado nos
processos produtivos e sociais que regem e são regidos por princípios científicos,
políticos e tecnológicos determinados pelo mundo da produção e organização social
capitalista.
A metodologia materialista dialética vista como movimento do pensamento para
a compreensão da realidade não é de fácil compreensão e execução. A práxis
pedagógica está sendo estudada e paulatinamente colocada em exercício, por alguns
docentes, reconsiderando o método conteudista centrado apenas na informação para
299
uma visão amplificada de relacionamento entre os fatos, entre a parte e a totalidade,
estabelecendo conexões entre teoria e prática, sujeito e objeto, indivíduo e sociedade.
A informática, como equipamento a ser dominado e operacionalizado, é uma das
competências a serem adquiridas ou aprimoradas pelos alunos como instrumento
laboral. Assim também os recursos tecnológicos e informacionais disponíveis na escola
auxiliarão os professores na condução de suas aulas uma vez que a escola é carente
de materiais, equipamentos e de instrumentos tão necessários à relação teoria-prática.
Enfim, a proposta metodológica e o teor dos conteúdos do curso propõem para o
educando uma formação científica, tecnológica, cultural, politica e social com finalidade
de garantir o acesso ou permanência no trabalho com responsabilidade, incentivando-o
a continuidade e aprimoramento educacional.
300
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA
BÁSICA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA BÁSICA
O homem, desde seus primórdios, esta em constante evolução. Nesse processo
evolutivo, suas características físicas sofrem grandes mudanças, entretanto, os pontos
marcantes da evolução são as inovações, criações, ideias decorrentes de sua
capacidade de pensar. Entre tantas criações, uma das mais notáveis foi a criação do
computador, uma máquina desenvolvida para uso científico de profissionais da
computação. Tal invenção possibilitou ao homem calcular o que seu intelecto não podia
e armazenar grandes quantidades de informação, acessá-las de forma rápida e
eficiente quanto necessário. A combinação de hardware e software do computador
ganhou proporções mundiais sendo aplicado nas diversas áreas de pesquisas médicas,
espaciais, nucleares entre tantas outras áreas como nos negócios, entretenimento,
educação, política.
Segundo um dos grandes nomes da literatura mundial na área de computação
(Pressman, 2006), ninguém na década de 1950 poderia imaginar que o software
(programa de computador) se tornaria uma tecnologia indispensável para tantas áreas
como a dos negócios, ciência e engenharia.
A abrangência de áreas em que o computador esta presente hoje de deve a sua
popularização, a qual só pode acontecer quando esta máquina sofreu redução em seu
tamanho e principalmente em seu preço. Ao mesmo tempo em que o computador veio a
incluir as pessoas (acessível financeiramente a grande parte da população) e também
gera exclusão para aqueles que não o possuem ou que ao menos sabem como utilizá-
lo.
Com ampliação da utilização dos computadores (programas de computador) nas
áreas de negócio (setor produtivo), os profissionais dessa área são confrontados com
essa nova realidade – o trabalho sendo realizado (em parte) no computador.
301
Ainda é grande o número de pessoas que não sabem utilizar essa máquina e
que trabalham nesse setor ou que pretende trabalhar. Dessa nova realidade surgem à
necessidade de capacitar tais profissionais ao uso dos computadores (informática) –
exigência do mercado atual.
2. OS QUATRO EIXOS DO CURSO
Ciência;
Trabalho;
Cultura:
Tecnologia.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINADA
Para a realidade do setor produtivo (em especial o de serviços em restaurante e
bar) a capacitação deve ser direcionada ao uso básico do sistema operacional
(Microsoft Windows), as ferramentas de produtividade ( Microsoft Word e Excel) e
ferramentas de pesquisa como navegadores de internet e gerenciadoras de e-mail.
Entretanto, a política adotada no sistema de educação do estado do Paraná fornece
uma estrutura diferenciada do que estes futuros profissionais encontrarão no mercado
de trabalho. Os computadores são em células (uma mesma estrutura para ser utilizada
por quatro alunos), sistema operacional desenvolvido pelo departamento de informática
o Paraná Digital (PRD) e os programas de produtividade (escritório) em versão livre
(sem custo para sua utilização) BrOffice. Essa condição dificulta a aprendizagem dos
alunos, pois estes precisam aprender os dois sistemas e as diferenças entre os dois e
para alunos que nunca tiverem contato com o computador, é um grande desafio de
persistência em aprender e se manter no curso.
3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Operação software da área de alimentos e bebidas;
Diagnóstico de pontos críticos nas informacionais entre os setores do
estabelecimento;
302
Checagem do status de serviço das praças de um restaurante;
Sistema de informação dos controles e do restaurante e bar.
3.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conceitos básicos
Hardware;
Software;
Microsoft Windows
Área de trabalho;
Ícones, botões, menus, janelas e cursor;
Familiarização com o teclado e mouse;
Windows Explorer;
Pasta, Arquivo, Diretório e Unidade;
Criação de Pastas e Arquivos;
Bloco de Notas;
Paint;
Paraná Digital (PRD)
Área de Trabalho;
Botões, atalhos, menus, barra de acesso rápido e janelas;
Pasta, Arquivo, Diretório e Unidade;
Criação de Pastas e Arquivos;
BrOffice – Writer
Janela Principal
Barra de Título, Menu, Ferramentas, Régua, Status e Rolagem
Formatação de Texto
Inserção de Imagem
Criação de Tabelas
BrOffice – Calc
303
Janela Principal
Barra de título, Menu, Ferramentas, Régua, Status e Rolagem
Formatação de Célula
Formulas
Gráficos
Internet
Pesquisa
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Concepção teórica e metodológica
Recursos didáticos e metodológicos
Para o melhor aprendizado dos alunos na disciplina, as aulas serão expositivas e
participativas:
Expositivas porque os conteúdos precisam ser revisados e/ou vistos.
Participativa pela necessidade de assimilação de conhecimentos aparentemente
descontextualizados com o objetivo do curso, intimamente relacionado ao
mercado de trabalho. A contextualização se dará por meio de estudos de casos
reais.
Os recursos utilizados serão o quadro branco e pincel, multimídia e o laboratório
de informatica (computadores)
5. AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS
O processo avaliativo se dará no decorrer do período letivo, pelo corpo docente e
discente, adequando-se as orientações da Secretaria da Educação e da legislação
expedidas pelo Conselho de Educação.
304
Os critérios de aprovação dos alunos no final de cada curso são estipulados pelo
estado e adotados pela escola. Em cada disciplina, o aluno deverá atingir a frequência
mínima de setenta e cinco por cento e ainda a média final sessenta pontos (décimos),
essa combinação gera a aprovação do aluno.
A forma de avaliação da disciplina de informática básica será diagnosticada ( em
todo o período letivo), somativa (no final de cada bimestre por meio de atividades
específicas), qualitativa (utilizando da avaliação formativa). Esse processo será
continuo no decorrer do período letivo.
As avaliações da disciplina, como já citado anteriormente, serão continuas e em
momento específicos (somativa). Os instrumentos avaliativos e critérios a serem
utilizados de acordo com os conteúdos previstos no Plano Docente, descritos abaixo:
Questões discursivas: compreensão do enunciado, planejamento da solução e
da forma adequada para a mesma, comunicação por escrito com clareza,
utilização da norma culta (padrão) da língua portuguesa;
Questões objetivas: leitura compreensiva do enunciado – objetiva, demonstrando
conhecimento de aspectos definidos no conteúdo;
Debate: posicionamento em relação ao mundo do trabalho, observação de
pensamentos divergentes, exposição de seu posicionamento, reflexão sobre as
divergências de pensamento, propostas e ações para solucionar um estudo de
caso;
Atividades Experimentais: (estudo de casos): compreensão/interpretação da
linguagem utilizada (contextualização), proposição de solução embasado nos
conceitos, conteúdos abordados em aula.
7. REFERÊNCIAS
HOUAISS, A., Dicionário Eletrônico Houaiss da língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
Editora Objetiva, 2000.
PARANÁ - Diretrizes da Educação Profissional. Secretaria Estadual da Educação SEED.
305
PARANÁ - Princípios Políticos e Pedagógicos que Subsidiaram as discussões das capacitações realizadas pelo DET/SEED até a presente data. Secretaria Estadual da
Educação SEED.
PRESMAN, R. S. Engenharia de Software. 6ed. São Paulo: McGraw-Hil. 2006.
306
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE HISTÓRIA, ARTE E
CULTURA DA GASTRONOMIA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da gastronomia se iniciou quando o homem desceu das árvores para
caçar. A gastronomia integra à cultura, hábitos e costumes de diversos povos. Refletem
o espírito de cada época, as raízes históricas e religiosas. A esta arte abrange a
culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e todos os aspectos culturais
a ela associados. Sendo esta mais rica que somente a culinária, que possui um foco
maior nas técnicas de preparo dos alimentos. O prazer proporcionado pela comida é um
dos fatores mais importantes da vida depois da alimentação de sobrevivência.
A gastronomia nasceu desse prazer e constituiu-se como a arte de cozinhar e
associar os alimentos. Cultura muito antiga, a gastronomia esteve na origem de
grandes transformações sociais e políticas. A riqueza de alimentos trouxe a curiosidade
pela novidade e pelo exotismo. O homem teve então necessidade de complementar a
sua dieta com alimentos que localmente não tinha, dando origem ao comércio. Nas
grandes navegações, por exemplo, o homem não só levava aquilo que era de seu uso
diário como introduzia novos alimentos por onde passava.
A disciplina tem como foco principal fornecer aos alunos o conhecimento a
respeito de todos os processos históricos da formação da concepção da alimentação.
Dessa forma, é necessário que compreendam a dimensão histórica e social que a
alimentação representa. O ato de comer possui um sentido simbólico para o indivíduo e
o ato de alimentar-se junto representa fraternidade e companheirismo.
A arte de cozinhar tem um sentido amplo, além do sentido dado na antiguidade
de que o ato de cozinhar era simplesmente misturar vários ingredientes. Existe hoje o
sentido de que se alimentar é sentir prazer em comer e não simplesmente matar a fome
e sim proporcionar o máximo de prazer a quem come. Na gastronomia existem
referências que devem ser respeitadas, pois cozinhar é trazer junto de si a tradição de
um povo, a cultura de uma terra e, além disso, é estimular no indivíduo o sentido da
307
criação, da invenção da mistura de novos ingredientes. A cozinha possui a marca de
uma história, de uma sociedade e de um povo ou nação a qual este pertence. A
gastronomia é cultural, pois ela permite que nos liguem ao que fomos um dia e ao que
seremos no futuro.
Com este conhecimento o indivíduo é capaz de enfrentar o dia-a-dia que a
profissão oferece, fazem com que este enfrente os desafios e o senso comum com uma
base cultural e conhecimento científico que lhe permite atuar nas mais diversas áreas
dentro de bares e restaurantes.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
As transformações no processo histórico na gastronomia mundial;
História da gastronomia a origem de suas práticas diárias em serviços de
restaurante;
Ritos e rituais à mesa;
O consumidor: “tabus alimentares e simbolismo”;
Processo de aculturação na gastronomia.
Introdução à história da Gastronomia no Mundo (Pré-história, Idade Antiga, Idade
Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea);
Introdução a História da Gastronomia no Brasil (descobrimento do Brasil,
Colonização do Brasil, Afirmação da cozinha brasileira);
As refeições Gregas;
As refeições Romanas;
A Gastronomia na Atualidade;
Ritos e rituais a mesa (Ética e etiqueta, primeiros documentos normativos,
processo de civilização, o controle dos gestos);
Função social dos banquetes nas primeiras civilizações;
Alimentação no Antigo Egito;
Arqueologia dos equipamentos culinários no fim da idade média;
Alimentação e classes sociais no fim da idade média;
Sistemas Alimentares e modelos de civilização;
308
Estruturas de produção e sistemas alimentares;
A cozinha árabe e sua contribuição à cozinha européia;
Os primórdios da hotelaria na Europa;
As bebidas coloniais e a rápida expansão do açúcar;
Imagens da alimentação na arte moderna;
Transformações no consumo alimentar;
Nascimento e a expansão dos restaurantes;
A indústria alimentar e as novas técnicas de conservação;
Alimentação regional do noroeste do Paraná.
3. METODOLOGIA
O enfoque metodológico implica em unificar cultura e trabalho levando em conta
as dimensões e mutações políticas e produtivas através da história. Considerando a
divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de
aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e
individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas,
utilização de material bibliográfico, Tvmultimídia, pesquisas na internet além da
utilização de vídeos e outros.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade
do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo o aluno que
cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de entender os
processos pelo qual a gastronomia mundial e brasileira passou. Além de compreender
o nascimento dos restaurantes e da gastronomia até os dias de hoje. Além disso, aluno
deverá dominar tópicos tais como: conhecer a história da gastronomia desde a pré-
história até os dias atuais, entender o modelo das refeições, compreenderem os ritos e
os rituais a mesa, entender a função social da alimentação e os sistemas de
alimentação e conhecer as gastronomias regionais, brasileiras e internacionais.
309
Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e
discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a
10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi
insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao
período letivo.
5. REFERÊNCIAS
CASCUDO, Luis Câmara. História da Alimentação no Brasil. Editora: Global. São
Paulo, 2004.
FLANDRIN, Jean-Louis; MONTARANI, Massimo. História da Alimentação. Editora: Estação Liberdade. São Paulo, 1998.
LEAL, Maria Leonor de Macedo. A História da Gastronomia. Editora: SENAC Nacional. Rio de Janeiro, 1998.
310
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HIGIENE E
SEGURANÇA ALIMENTAR – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
De acordo com Hipócrates: "Faça do alimento sua Medicina, e da Medicina seu
alimento", provavelmente ele já tinha consciência de que boa parte dos problemas de
saúde do ser humano, vem do consumo do alimento de má qualidade, assim como um
bom estado de saúde e equilíbrio, depende de alimentos saudáveis.
A alimentação e a nutrição são requisitos básicos para a promoção e proteção do
direito à saúde. São elas que garantem a afirmação plena do potencial de crescimento
e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Esses direitos estão
consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada há cerca de
sessenta anos, os quais foram potencialmente reafirmados no Pacto Internacional dos
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), em 1966 e, incorporados à
legislação nacional, em 12 de dezembro de 1991.
Segurança alimentar é um conjunto de normas de produção, transporte e
armazenamento de alimentos visando determinadas características físico-químicas,
microbiológicas e sensoriais padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam
adequados ao consumo.
Estas regras são, até certo ponto, internacionalizadas, de modo que as relações
entre os povos possam atender as necessidades comerciais e sanitárias. Por esta
razão alguns países adotam "barreiras sanitárias" a matérias-primas agropecuárias e
produtos alimentícios importados. Com o aumento do rigor da legislação, a criação de
órgãos governamentais que atuam na fiscalização, um maior esclarecimento por parte
da população e o desenvolvimento de "tecnologias limpas" têm permitido significativa
redução destes perigos.
Uma das tendências mais importantes no processo de segurança alimentar é a
implantação do rastreamento do campo ao prato do consumidor. Isso esta na prioridade
máxima de vários setores, principalmente daqueles que sofrem com a falsificação de
311
seus produtos, fato que pode por em risco a credibilidade dos mesmos e causar
grandes prejuízos financeiros em casos de contaminação.
O conhecimento de medidas de controle de qualidade dos alimentos é
importante devido à exigência do mercado de trabalho por um profissional bem
qualificado e com capacidade de garantir a qualidade e a segurança de um alimento.
O Serviço de Alimentação tem como finalidade alimentar o indivíduo. Além de
oferecer um alimento que seja atrativo e saboroso, porém, esta não é a única
finalidade, também devemos oferecer um alimento que seja seguro do ponto de vista
higiênico-sanitário, ou seja, este alimento deve estar livre de contaminações.
Atualmente, a sociedade busca por qualidade em todas as questões humanas.
Tem-se que as empresas alimentícias têm no controle de qualidade a garantia de
fortalecimento no mercado. Dessa forma, esta disciplina tem como finalidade orientar o
indivíduo da melhor forma para combater a contaminação dos alimentos através do
conhecimento de como, onde e porque ocorre a contaminação nos alimentos.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
Controle de perigos: definição e qualificação;
Contaminação alimentar;
Controle de perigos e ações corretivas;
Controle de água;
Controle de pragas;
Controle da saúde do manipulador;
Comportamento no trabalho;
Higienização de superfícies e higiene pessoal, de equipamentos e de Utensílios;
Pré-preparo e preparo de alimentos;
Posicionamento de alimentos;
Utilização de sobras;
Legislação vigente ANVISA Resolução n° 216.
312
Introdução a Higiene e Segurança Alimentar;
Microbiologia Básica (Staphilococuc aureus, Bacillus cereus, Clostridium
botulinum, salmonella SP, Shigella SP, Escherichia coli e Clostridium
porfringens);
Registros (controle de temperatura dos alimentos, controle de temperatura dos
equipamentos, controle de recebimento, ficha de rastreabilidade);
Controle de Fornecedores;
Coleta de Amostras;
Estrutura Física;
Organização de Estoque (Almoxarifado, Depósito de Materiais de Limpeza
(DML), estoque de Carnes e derivados e Estoque de Hortifruti);
Check-list;
Higiene do Manipulador de Alimentos;
Legislação Vigente ANVISA Resolução nº 216, Portaria CVS-6/99, de 10.03.99;
Procedimentos Operacionais Padrão (POP‟s);
Procedimento para a implementação de Análise e Perigo de Pontos Críticos de
Controle (APPCC).
3. METODOLOGIA
O enfoque metodológico implica em demonstrar os tipos de contaminação,
legislações, controles gerais dentro de uma unidade de alimentação e nutrição.
O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de
aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, realização de seminários, análise de
texto, palestras, visitas técnicas, utilização de material bibliográfico, Tv pendrive,
pesquisas na internet além da utilização de vídeos e outros.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade
do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo geral, onde o
aluno que cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de
313
garantir a qualidade e a segurança alimentar de uma Unidade de Alimentação e
Nutrição.
Além disso, o aluno deverá dominar tópicos tais como: Conhecimento de todos
os perigos de contaminação alimentar; conhecimento da estrutura física de uma
Unidade de Alimentação e Nutrição; implementação de manuais de Boas Práticas de
Fabricação, Procedimentos Operacionais Padrão; implementação de Análise e Perigos
e Pontos Críticos de Controle; conhecimento das principais Legislações Sanitárias da
ANVISA, relacionadas à Unidade de Alimentação e Nutrição; conhecimento e
aplicabilidade dos programas de saúde do manipulador de alimentos.
Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e
discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a
10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi
insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao
período letivo.
6. REFERÊNCIAS
ABREU, Edeli Simioni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO, Ana Maria de Souza. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. São
Paulo: Editora Metha, 2009. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÕES COLETIVAS (ABERC). Manual ABERC de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. São Paulo, 2008. GERMANO, Pedro Manuel Leal; GERMANO, Maria Izabel Simões. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 2003.
JUNIOR, Enio Alves da Silva. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. São Paulo: Livraria Varela,1995. PORTARIA CVS-6/99, de 10.03.1999.
RESOLUÇÃO - RDC -Nº 216, de 15 de Setembro de 2004.
Internet: http://www.planalto.gov.br/CONSEA/
314
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO
DE RESTAURANTE E BAR – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os primeiros indícios dos processos administrativos surgiram antes de Cristo,
quando a sociedade começava a se organizar. No período neolítico, os primeiros
agricultores passaram a estocar alimentos, permitindo que a comunidade sempre
tivesse o que comer, mesmo em tempos de dificuldade. Gerenciar este plantio permitiu
que os nossos ancestrais se tornassem sedentário, dando os primeiros passos para a
sociedade que conhecemos.
A disciplina de administração de restaurantes e bares visa o aperfeiçoamento na
concepção de uma formação técnica que envolva trabalho, cultura, ciência e tecnologia
como princípios de todo o processo formativo. Esta disciplina é importante para fornecer
aos alunos o conhecimento a respeito de todos os processos que envolvem a
administração de bares e restaurantes. Isto porque toda a sociedade se organiza e
sobrevive baseado em processos administrativos, pois a administração nada mais é do
que orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos. A administração
é a organização do trabalho com o objetivo de atingir os interesses comuns da
sociedade.
A administração está inserida nas organizações para estruturar e impulsionar o
andamento dos diversos setores da organização. Muito embora seja possível criar uma
organização sem o mínimo de administração é impossível mantê-la sem administrá-la.
O que acaba por afetar muitas organizações é a falta de administração em uma ou
diversas áreas necessárias ao bom andamento da estrutura. Em um bar ou em um
restaurante (organização) pode iniciar contratando cozinheiros, garçons e todos os
funcionários. Porém, deverá possuir um departamento de compras, Recursos humanos,
gerencia atendimento e tantas outras coisas ligadas diretamente a Diretoria geral. Caso
alguma das áreas não desempenhe suas tarefas o resto de uma forma ou de outra
estará comprometido.
315
Dessa forma, é necessário que os indivíduos tenham a compreensão dos
processos administrativos que compõem uma organização.
Com este conhecimento o indivíduo é capaz de enfrentar o dia-a-dia que a
profissão oferece, além disso, fazem com que este enfrente os desafios e o senso
comum com uma base cultural e conhecimento científico que lhe permite atuar nas mais
diversas áreas dentro de bares e restaurantes.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
Planejamento, Organização e Operação;
Estruturas Administrativas;
Higiene e Segurança Alimentar;
Fraudes, Desperdícios e Segurança;
Fornecedores, Compras e Estoque;
Tecnologia, Informatização e Controles;
Desenvolvimento por filiais e franquias;
Administração – Controle, contabilidade e movimentação de caixa;
Administração e Gerência: Financeira, Jurídica e Recursos Humanos;
Sociedade: Formação e extinção, conflitos e soluções;
Problemas com clientes, fornecedores, cartões, bancos e locação;
Recursos Humanos: recrutamento, seleção, treinamento e avaliação;
Planejamento e conceito;
Atribuições e responsabilidades: Controle de estoque;
Interpretação de ficha técnica;
Conhecimento dos processos de automoção;
Interpretação e desenvolvimento de cardápios;
Serviços e relacionamento com o cliente;
Processo de vendas em restaurante;
Métodos e promoções e incentivo de vendas;
Planejamento e organização de eventos e banquetes;
Implementação do esforço de Marketing;
316
Definições e aplicações: Comunicação: a mídia, os guias e o crítico;
Plano e estratégia de Marketing: Marketing direto;
Arquitetura e interiores: food desing, identidade visual e desing, marcas;
Identidade visual desing: publicidade;
Identidade visual e desing: cardápio e folheteria.
3. METODOLOGIA
O enfoque metodológico implica em demonstrar a importância dos processos
administrativos em todos os tipos de organizações, focando principalmente a
administração dentro de bares e restaurantes, levando em conta as dimensões e
mutações políticas e produtivas através da história. Considerando a divisão e as
mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas
expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e
individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas,
utilização de material bibliográfico, Tvmultimídia, pesquisas na internet além da
utilização de vídeos e outros.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade
do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo o aluno que
cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de entender os
processos administrativos de uma organização. Além disso, o aluno deverá dominar
tópicos tais como: Planejamento, Organização e Operação; Estruturas Administrativas;
Fraudes, Desperdícios e Segurança; Fornecedores, Compras e Estoque; Tecnologia,
Informatização e Controles; Desenvolvimento por filiais e franquias; Administração –
Controle, contabilidade e movimentação de caixa; Administração e Gerência:
Financeira, Jurídica e Recursos Humanos.
Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e
discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a
317
10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi
insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao
período letivo.
5. REFERÊNCIAS
ABREU, Edeli Simoni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO,Ana Maria de Souza. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. 3° edição. Editora: Metha.São Paulo, 2009. CASTELLI, Geraldo. Administração Hoteleira. 9° edição Editora: da Universidade de
Caxias do Sul (EDUCS). Caxias do Sul, 2003. MEZOMO, Iracema F. de Barros. A Administração de Serviços de Alimentação. 4° edição. Editora: Metha LTDA.São Paulo, 1994.
TEIXEIRA, Suzana Maria Ferreira Gomes. Administração Aplicada ás Unidades de Alimentação e Nutrição. Editora: Atheneu. São Paulo, 2004.
318
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SERVIÇO DE BAR -
ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Serviço de Sala
e Copa, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante.
Historicamente o termo Bar vem da palavra francesa “barre”, que significa barra
em português. Isto por que, em medos do século 18, na França, as tabernas possuíam
uma barra que tomava todo o comprimento do balcão, que servia para evitar que os
clientes se encostassem muito no mesmo.
Nessa época, costumavam chegar jovens americanos na França, para estudo, e
muitos deles eram assíduos frequentadores de tabernas.
A história conta que, após regressarem ao seu país, dois estudantes fundaram
um estabelecimento de venda de bebidas, que tinha uma inovação para americanos,
que era justamente a barra ao longo do balcão, assim como na França, onde os
estudantes haviam observado as tabernas, e que era uma coisa com a qual os
americanos não estavam acostumados. Assim, breve o estacionamento se diferenciou
dos demais, e pouco a pouco, a palavra barre foi divulgada e espalhada, até chegar ao
termo “bar”.
O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que
conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem
terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais
intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico.
A formação técnica, de caráter tecnológico e prático é ministrada em salas e/ou
outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e
realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está
ainda suprida.
319
As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no
mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo
educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e
empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases
que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses
diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao
mercado e às oportunidades de trabalho.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
Ementa: Classificação das bebidas, tipologia de bares, origem e produção de
bebidas destiladas, fermentadas e compostas. Técnicas de preparo e serviços de
coquetéis e “drinks”. “Mise-em-place” do bar.
Conteúdos:
Bebidas alcoólicas;
Bebidas não alcoólicas;
História da coquetelaria e das bebidas;
Tipos de bares;
Categoria e decoração dos coquetéis;
Coquetelaria internacional (IBA - International Bartender Association).
Conhecimento dos equipamentos e utensílios do Bar;
Divisão dos coquetéis;
Prática de elaboração de coquetéis (Short drink, Long Drink, Hot Drinks).
Elaboração de cardápio de um bar;
Criação de coquetéis;
Sommelier;
Fitação e controles do bar;
Como bebe o mundo;
Teor alcoólico das bebidas;
Pré-requisitos, vocabulários e atitudes para o “Bartender”;
Características e tipologia dos bares;
320
Vendas, promoções e sugestões para bares.
3. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1. Introdução à história da coquetelaria no mundo;
1.1. Introdução a História da coquetelaria no Brasil;
2. Tipologia de bares: clássicos e modernos;
3. Introdução ao mundo do processo da fabricação das bebidas: destiladas,
fermentadas e por infusão;
4. Bebidas destiladas: sua fabricação básica;
5. Bebidas fermentadas;
5.1 Cerveja
5.1.1. Fabricação da cerveja;
5.2. Champagne
5.2.1. Fabricação do Champagne nos métodos;
5.2.2. Asti;
5.2.3. Charmat;
5.2.4. Champenoise;
5.3. Saquê
5.4. Vinho de mesa;
5.5. Vinho fortificado;
6. Bebidas destiladas de A à Z;
7. Classificação dos cocktails;
7.1. Categorias: Long Drink, Shot Drink, Hot Drink;
7.2. Modalidades: Batidos, Mexidos e Montados;
7.3. Finalidades: Estimulantes do apetite, Digestivos, Refrescantes, Nutritivos,
Estimulantes físicos;
7.4. Grupos: Cabblers, Coolers, Crustas, Cups, Daisies, Eggs-nogs, Fixes;
Fizzes, Flips, Grogs (grogues), Juleps, Ponches (punches), Pousse-café, Pousse-
l´Amour, Sangarees, Shrubs, Slings, Smashes, Sours, Straights.
7.5. Coquetelaria IBA (International Bartendeers Association);
8.6. Coquetelaria alcoólica e não alcoólicas;
321
6. METODOLOGIA
O enfoque implica em juntar cultura e trabalho levando em conta as dimensões
através da história e do trabalho teórico e prático. Considerando a divisão e as
mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas
expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e
individuais, análise de texto, palestras, utilização de material bibliográfico, TV pendrive,
sala de data show, pesquisas na internet além da utilização de vídeos.
7. AVALIAÇÃO
As avaliações levarão em consideração às atividades desenvolvidas nos
conteúdos abordados em sala pelo aprendizado teórico e prático, priorizando a
assimilação do aluno frente às propostas. Buscando também compreender
historicamente o surgimento dos bares, coquetéis e das profissões de barman, barista e
garçom de bar.
O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática
desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a
mínima para aprovação 6,0.
8. REFERÊNCIAS
A grande cozinha: coquetéis e aperitivos. Editora: Abril. São Paulo, 2007.
OJEA, Angel. O coquetel e sua arte. Editora: Escrituras. São Paulo, 2001. PACHECO, Aristides de Oliveira. Manual do Bar. Editora: SENAC. São Paulo, 2005.
322
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SERVIÇO DE SALA
E COPA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Serviço de Sala
e Copa, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante.
Historicamente a arte de por a mesa é um reflexo do modo de vida das pessoas,
dos utensílios existentes, dos modismos e dos hábitos alimentares ao longo do
desenvolvimento da humanidade.
A arte de fazer comida também está relacionada com a arte do servir. Na Grécia
e Roma antiga, os alimentos eram preparados em bocadinhos, reduzidos a purê e a
croquetes devido à posição com que os gregos e romanos comiam: deitados de lado e
apoiados sobre o cotovelo. Em muitos os países asiáticos se come unicamente com os
palitos chamados de Hashi enquanto que em alguns países árabes como o Marrocos,
por exemplo, ainda se usa as mãos.
Na corte de Luis XIV, rei da França é que a etiqueta atingiu seu apogeu. O rei
Sol incentivou as atividades culturais e construiu o Palácio de Versailles onde vivia. O
termo “Etiqueta” originou-se nessa época, uma vez que eram distribuídas etiquetas aos
nobres quando estes chegavam ao pátio do palácio, contendo instruções de como se
portar, o lugar a ser ocupado na mesa e outras instruções.
No Brasil foi D. João VI quem implantou a etiqueta quando transferiu a corte de
Lisboa para o Rio de Janeiro.
As normas são as mesmas sempre, independentes do tipo de recepção que irá
acontecer, ou seja, talheres, pratos e copos estarão sempre dispostos à mesa nos
mesmos lugares. O mesmo acontece em relação ao comportamento das pessoas, não
importa o lugar, a situação, o comportamento deve ser sempre pautado pelo respeito.
323
O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que
conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem
terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais
intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico.
A formação técnica, de caráter tecnológico e prático, é ministrada em salas e/ou
outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e
realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está
ainda suprida.
As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no
mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo
educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e
empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases
que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses
diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao
mercado e às oportunidades de trabalho.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
Ementa: Tipos de serviço à mesa, serviço de bebidas, regras de etiqueta à mesa,
“Mise-en-place” de salão e de mesa. Organização operacional, atendimento, seleção,
combinação dos alimentos. Denominações culinárias e terminologia dos pratos.
Conteúdos:
Organização operacional: divisão das praças, tipo de fluxos dos documentos
administrativos.
“Mise-en-place” de restaurante e mesas;
Atendimento ao cliente;
Abordagem ao cliente e etiqueta à mesa;
Organização de petiscos das mais variadas formas e combinações;
Serviços especiais de massas, carnes e sobremesas.
324
Elaboração de cardápios;
Diferentes tipos de servir à mesa: pratos quentes e frios;
Elementos para produzir um prato;
Arrumação de espaços para eventos especiais;
Montagem e ornamentação de mesas para buffet;
Dominar e utilizar utensílios e equipamentos de serviços;
Requisitos comportamentais e atribuições do garçon;
Terminologia técnica utilizada;
Regras de etiqueta à mesa;
Técnicas de vendas e promoções aplicadas;
Dobraduras de guardanapos;
Denominações culinárias e terminologia dos pratos.
3. METODOLOGIA
A metodologia implica em juntar cultura e trabalho através da historia.
Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo levará em
conta os aspectos técnicos científicos, tecnológico, artísticos e práticos. As aulas serão
direcionadas através de exposição oral, questionamentos sobre aprendizagem já
adquirida, dinâmicas de grupo e exercícios individuais, visitas, palestras, analises de
texto, Tvmultimídia, pesquisas na internet, vídeos, educativos e filmes e aulas práticas.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação será continua e concomitante a todas as atividades de participação
docente. Serão utilizados os instrumentos avaliativos seguintes: observações,
pesquisas, relatórios, prova escrita, prova prática e participação.
O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática desenvolvida
em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para
aprovação 6,0.
325
6. REFERÊNCIAS
CÂNDIDO, Índio e VIERA, Elenara Viera de. Maître D’Hôtel – Técnicas de serviço. Editora EDUCS, 1997.
PACHECO, Aristedes de Oliveira. M nuel Do M ître D’hôtel. Editora SENAC. São Paulo, 2000.
326
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INICIAÇÃO À
ENOLOGIA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Inicialização à
Enologia, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante. Historicamente o vinho tem
uma longa história, e cada garrafa pode ter a sua, o que já contribui muito para o seu
fascínio que ele exerce.
As grandes civilizações da Grécia e da Roma antigas situavam a origem do vinho
em sua Pré-história e cercavam seu nascimento de lendas. O antigo Egito nos deixou
listas de vinhos. Em jarras, os egípcios mencionavam até o ano, o vinhedo e o nome do
vinhateiro: esses foram os primeiros rótulos. Os Babilônios promulgaram leis
regulamentando a exportação de vinhos. Eles também evocaram em termos poéticos
um vinhedo mágico feito de pedras preciosas na Epopéia de Gilgamesh, a primeira
obra da literatura universal, que data aparentemente do século XVIII a.C.
Elemento de festa ou de cerimônia religiosa, medicamento anti-séptico, o vinho
desempenhou muitos papéis. Mas o momento crucial, o domínio do envelhecimento,
remonta a uma data relativamente recente. A possibilidade de guardar um vinho
durante anos – e de se obter uma melhora em barril ou em garrafa – assinala o
nascimento do vinho de qualidade.
O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que
conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem
terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais
intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico.
A formação técnica de caráter tecnológico e prático será ministrada em salas
e/ou outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração
e realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está
ainda suprida.
327
As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no
mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo
educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e
empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases
que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses
diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao
mercado e às oportunidades de trabalho.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
Ementa: História da enologia, as variedades de uvas, país produtores. Níveis de
qualidade dos vinhos, vitivinicultura realidades e perspectivas. Serviços e degustações
de vinhos. Harmonização.
Conteúdos:
Histórico mundial e brasileiro da enologia;
Mapa do vinho no mundo e no Brasil;
Classificação das uvas e do vinho;
Fatores que contribuem para qualidade do vinho;
Técnicas de elaboração de vinho tinto, branco, rosado, espumantes, verde e
porto;
Compra e armazenamento de vinhos (adega), rolhas, produtos, derivados do
vinho, combinação com alimentos;
Fundamentos da correta degustação;
Uso das taças apropriadas para cada tipo de vinho;
Leitura de rótulo;
Identificação das características olfativas e gustativas (análise sensorial);
Analisar e compor a carta de vinhos de um restaurante;
Serviço à mesa do vinho e seus rituais;
Vinho da carta de vinhos nas diversas fases da refeição;
Orientação do trabalho da equipe responsável.
328
Conteúdos Específicos:
1. Historia da vitivinicultura;
1.1 No mundo;
1.2. No Brasil;
2. A uva;
2.1. Sua finalidade;
2.2. Suas variedades;
2.3. Qual cepa combina com qual (os melhores cortes);
3. O vinho;
3.1. Vinho tinto;
3.2. Vinho branco;
3.3. Vinho Rose;
3.4. Vinho Fortificado;
3.5. Champagne;
4. Enogastronomia o essencial da harmonização
4.1. O verbo harmozinar
4.1.1. Ingredientes que são neutros em relação ao vinho;
4.1.2. Ingredientes poucos incompatíveis com os vinhos;
4.2. Os tipos de harmonização
4.2.1. Quando os menus determinam os vinhos;
4.2.2. Quando os vinhos determinam os menus;
4.3. Técnicas culinárias e suas influências sobre a harmonização;
4.4. A tradição dos queijos e vinhos;
3. METODOLOGIA
O enfoque implica em juntar cultura e trabalho levando em conta as dimensões
através da história e do trabalho teórico e prático. Considerando a divisão e as
mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas
expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e
individuais, análise de texto, palestras, utilização de material bibliográfico, TV pendrive,
sala de data show, pesquisas na internet além da utilização de vídeos.
329
4. AVALIAÇÃO
As avaliações levarão em consideração às atividades desenvolvidas nos
conteúdos abordados em sala pelo aprendizado teórico e prático, priorizando a
assimilação do aluno frente às propostas. Buscando também compreender
historicamente o nascimento da cultura vinicola até a atualidade.
O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática
desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a
mínima para aprovação 6,0.
5. REFERÊNCIAS
Marc Charlotte e Ricardo Castilho. Larousse do vinho/. Consultoria – São Paulo:
Larousse do Brasil, 2004.
Malnic, Évelyne. Um só vinho: da entrada à sobremesa. Editora: Larousse, 2008.
Novakoski, Deise; Freire, Renato. Enogastronomia: a arte de harmonizar cardápios e vinhos. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2007.
Pacheco, Aristides de Oliveira. Iniciação à enologia. Editora: Senac São Paulo, 2006.
Santos, José Ivan e Santana, José Maria. Comida e vinho: harmonização essencial.
Editora: SENAC São Paulo, 2008.
330
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores culturais
de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é “[...] um
princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do
código linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura num espaço
discursivo em que professores e educandos se constituem socialmente.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), tem por objetivo expandir as
formas de conhecimento, oportunizando o desenvolvimento da consciência sobre o
papel exercido pela língua espanhola na sociedade brasileira e no panorama
internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e a de fronteira latino-
americana.
Dessa forma, o ensino da Língua Espanhola no curso Técnico em Serviços de
Restaurante e Bar, atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas,
partindo do trabalho com textos significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes
esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros discursivos, focando
prioritariamente os conteúdos relacionados à gastronomia.
O ensino da Língua Estrangeira como processo formativo profissional, permitirá
que o técnico em formação desenvolva a compreensão de que ensinar e aprender a
língua são ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido e
formar subjetividades. Igualmente, deve contribuir para formar alunos críticos e
transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo do
trabalho em situações de comunicação.
Portanto, há a necessidade de envolver o conhecimento linguístico, discursivo,
cultural e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das capacidades de
ação, discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY, 1998) exigidas dos seus
331
atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui como formas de organização
de uma sociedade, das atividades e das ações realizadas pelos indivíduos em grupos
organizados, as quais se diferem de época para época, de cultura para cultura e de
lugar para lugar.
2. EMENTA
Saudações formais e informais, termos técnicos utilizados na restauração,
gêneros textuais e vocabulário específico utilizado na gastronomia, informativos,
comunicação oral.
3. CONTEÚDO
Vocabulário Básico;
Linguagem Coloquial;
Leitura e interpretação de pequenos textos;
Vocabulário técnico relacionado a cardápios, receitas: leitura de fôlderes,
manuais, etc;
Cultura hispânica;
Gêneros textuais;
Textos técnicos;
Textos jornalísticos;
Vocabulário técnico relacionado à gastronomia;
Diversidade cultural;
Conhecimentos linguisticos;
1º Semestre:
Partindo do conhecimento de mundo adquirido através de experiências vividas
pelo aluno, diante da necessidade de se estabelecer relações entre as diferentes
formas de organizá-lo criando oportunidades para que desenvolvam habilidades de
leitura, escrita, fala e compreensão oral, os diversos temas relacionados
332
especificamente ao curso Técnico em Serviço de Restaurante e Bar, serão trabalhados
através de: exposição oral; convites; letras de músicas, trava-línguas; histórias em
quadrinhos; discussões; resumos; classificados; cartazes; folders; bulas; rótulos;
embalagens; cardápios; receitas.
2º Semestre:
Exposição oral; convites; letras de música; trava-línguas; discussões; resumos;
classificados; cartazes; folders; bulas; rótulos; embalagens; cardápios; receitas; filmes;
publicidade comercial; entrevistas; lendas; narrativas; relatos.
4. METODOLOGIA
Os conteúdos básicos serão desmembrados de acordo com a prática discursiva
priorizada em momentos específicos. Assim, elencamos, a seguir, os que são
considerados comuns aos dois semestres do Curso Técnico em Serviço de Restaurante
e Bar e que serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as
especificidades de cada texto.
No que diz respeito aos gêneros textuais serão abordados os seguintes
aspectos:
Marcas do Gênero
Esfera social de circulação
Análise Linguistica
Quanto às práticas discursivas que permeiam as práticas sociais serão trabalhados
na:
Leitura: tema do texto, finalidade, informatividade, informações explícitas,
situacionalidade, temporalidade, significado das palavras marcas lingüísticas,
coerência, coesão, função das classes gramaticais, pontuação.
333
Escrita: tema do texto, finalidade, informatividade, informações explícitas,,
situacionalidade, temporalidade, significado das palavras, marcas lingüísticas,
coerência, coesão, função das classes gramaticais, pontuação.
Oralidade: tema do texto, finalidade, papel do locutor e interlocutor, adequação
da fala ao contexto, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, turnos da fala...
5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando a funcionalidade da língua alvo, o aluno poderá vivenciar situações
concretas de uso dessa língua.
Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados nos
conteúdos básicos, suas características linguisticas, a função social de cada texto –
conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos
da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de
linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o
suporte), perpassando pelas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas, culturais e
discursivas.
Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros de
texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e
Schneuwly (2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio
das sequências didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno, pois
esse tipo de material didático tanto melhora a apropriação das características típicas
dos gêneros, quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação, discursiva e
lingüístico-discursiva.
Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos
autores Dolz, Noverraz & Schnewly (2004):
De acordo com Nascimento (2008, pp. 70-71), na apresentação da situação o
aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção de gênero
334
em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção, as razões e
o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura ou audição, ao
gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último, haverá
sensibilização para o que é dizível no gênero em questão.
Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que o
aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É nessa
etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá.
Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades compreendidas
em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais, textuais, linguisticos e
as que estão relacionadas à apropriação do sistema de escrita, desmembradas da
seguinte forma:
Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;
Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de
antecipação, de verificação;
Atividades de leitura compartilhadas e individuais;
Atividades de observação da gestão monologica do texto: locutor e leitor
ausentes nos textos produzidos pelos alunos;
Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;
Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante: seqüência
narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal;
Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão
nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;
Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;
Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição implica no uso e
“adequação da variedade lingüística para as diferentes situações [...] de forma
que o aluno se familiariza com os sons específicos da língua que está
aprendendo” (DCE, 2008, p. 66).
335
Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados
separadamente nas oficinas para produzir o texto.
Para que o aluno alcance os objetivos almejados, propõem-se estratégias de
ensino que visem multiplicar as oportunidades de construção de conhecimentos e
capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros didáticos, dicionários, livros
paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, dentre outros que se
fizerem necessários.
8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica,
formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os
quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as seqüências didáticas, o processo
avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se
fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e
relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em
diversos contextos relacionados à gastronomia, serviço direto consumidor/fornecedor, e
se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o
que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação final
(produção final).
Ao longo do desenvolvimento das sequências, as avaliações serão constantes e
deverão abranger as principais práticas discursivas que permeiam o ensino da língua
estrangeira moderna, sendo elas a expressão oral e escrita e a compreensão auditiva e
leitora. Destarte, deve-se considerar:
336
a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados, respostas
discursivas, relatórios) será avaliada no que se refere a produção de textos
atendendo às circunstâncias de produção, expressão das ideias com clareza,
adequação às exigências do contexto de produção, dentre elas os diferentes
graus de formalidade e informalidade.
a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate), sendo inerente a
este tópico avaliar o conhecimento do aluno no que se refere ao conteúdo, à
adequação da linguagem, à clareza e utilização de recursos.
a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos, questões
discursivas e questões objetivas) considerando como critérios de avaliação a
compreensão e exposição de ideias, bem como a relação estabelecida com o
conteúdo abordado em sala de aula.
atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos estudos
de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.
Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos,
servirá para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de acordo
com as necessidades de seus alunos. Serão por meio dela que o professor perceberá
quais são os conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que
precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno
com os discursos em/na Língua Espanhola.
A nota bimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento
avaliativo e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como na
Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue:
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0
(seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.
337
6 . REFERÊNCIAS
BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2007. DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequên i s Di ti s p r o or l e es rit : present ção e um pro e imento”. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90. Disponível em <http://www.blogdecocina.com/temas-del-mundo-de-la-hosteleria-/menu-y-carta.php> Acesso em 05 de mar.2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Superintendência da Educação. Diretrizes da Educação Profissional: fundamentos políticos e pedagógicos. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/det/arquivos/File/SEMANAPEDAGOGICA/23_FundamentosPoliticosPedagogicos.pdf> Acesso em 05 de abril 2010.
PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In:
Estudos da Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -258.
338
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DO
TRABALHO – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As relações de produção a cada período da história do homem sofrem
modificações: o modo de produção feudal desenvolvido na Europa baseava-se na
propriedade do senhor sobre a terra e no servilismo das pessoas sobre quem o senhor
exercia o seu poder. Os servos cultivavam um pedaço de terra concedido pelo senhor,
pagava a ele impostos e trabalhava em suas terras; no entanto tinha usufruto da parte
da terra produzida que lhe havia sido cedida. A situação modifica-se a partir do século
XV e XVI com a expansão comercial que acarretou mudanças econômicas e mudanças
políticas, sociais e culturais, redundando no advento da Revolução Industrial com a
ocorrência de mudanças fundamentais nas relações de trabalho. É o modo de produção
capitalista em que detentores do capital compram a mão de obra para produzir suas
mercadorias, sendo o empregado pago com dinheiro sob a forma de salário. Isso inclui
por parte do empregado subordinação cumprimento de regras e ordens em troca do
vinculo estabelecido em contrato com o empregador.
Taylor e Ford padronizam o trabalho linear segmentado e repetitivo. As atuais
inovações tecnológicas organizacionais e gerencias substituem este padrão por uma
nova modalidade marcada pela integração e pela flexibilidade que é fruto da
globalização e dos avanços tecnológicos adicionando às empresas o que se denomina
capital intelectual, ou seja, para sobreviver perante os desafios da competitividade um
empregado deve ser qualificado através de treinamentos e aprendizado contínuo.
O vínculo empregatício muda com a diminuição do número de emprego fixo em
tempo integral por outras formas de prestação de serviço: terceirização, trabalho
temporário, trabalho por projeto, etc. Habilidades abrangentes, flexibilidade e adaptação
às mudanças, criatividade são alguns critérios exigidos nos segmentos laborais.
Importante verificar que os novos mecanismos ideológicos, políticos e
econômicos utilizados pelo capital para intensificar a produção utiliza-se estratégias
339
para sufocar a organização dos trabalhadores: a origem do modo de produção
capitalista mantém inalterada a sua base exploratória; o grau de extração da mais- valia
continua voraz com aumento de desemprego, de trabalho precário e aumento de
sobrantes.
A tecnologia e a ciência impõem um novo tipo de organização de trabalho
substituindo pelo computador e pela robótica a força muscular e a própria mente
humana colocando máquinas inteligentes em toda a escala de atividade econômica. As
mudanças no mundo do trabalho afetam as localidades, as organizações menores, a
vida real dos trabalhadores no seu processo de trabalho de sobrevivência de saúde
física, psíquica e mental.
Importante nessa perspectiva a compreensão das relações capitalista de
produção e a importância da ação da classe operária e a valorização do trabalho e do
trabalhador enquanto sujeitos políticos atuantes e como atores sociais com condições
culturais de, por um lado se adaptar às múltiplas dimensões do trabalho e por outro
lado poder se expressar contra as opressões específicas dentro do capitalismo
buscando alternativas humanizadoras realizáveis.
2. CONTEÚDOS
O trabalho humano nas perspectivas ontológicas e históricas; o trabalho como
realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura; o trabalho
como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no
mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador.
A perspectiva histórica do trabalho: Mudanças no mundo do trabalho, alienação,
desemprego, qualificação do trabalho e do trabalhador. Doenças originadas pelo
trabalho.
Trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização.
O ser social; mundo do trabalho; sociedade.
Dimensões do trabalho humano;
340
Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;
O trabalho como mercadoria: processo de alienação;
Emprego, desemprego e subemprego;
O processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;
O impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do
trabalho e do trabalhador;
Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.
Papel do Estado na proteção aos incapacitados.
3. METODOLOGIA
Pauta-se na retomada histórica dos vários sistemas de modo de produção
econômico revelando o processo evolutivo do mundo do trabalho que são reflexos de
interesses do poder econômico.
Dentro de uma visão pedagógica progressista o conteúdo é voltado aos
interesses da classe trabalhadora, portando concebe uma educação pela qual a partir
do conhecimento seja possível compreender a sociedade e suas contradições e, a
partir daí, obter conquistas sociais, políticas e culturais.
A centralização da perspectiva é dentro da sociedade moderna e a intenção
metodológica é repensar os impactos da globalização e do neoliberalismo sobre o
mundo do trabalho com conseqüências no aumento da produtividade /exclusão dos
trabalhadores no mercado de trabalho e numa visão mais ampla o fenômeno
multifacetado com dimensões econômicas, políticas, culturais, religiosas e jurídicas
interligadas de modo complexo.
Tomando como ponto de partida o conhecimento e a vivência dos alunos aos
poucos o conhecimento estarão sendo construído aliando teoria e prática. Os recursos
didáticos serão os tecnológicos disponíveis, pesquisas bibliográficas, mas,
principalmente debates e questionamentos.
341
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo de caráter formativo e será elaborada de
acordo com os objetivos, conteúdos ou atividades realizadas. Seminários, pesquisas,
laboratórios, teatralizações, trabalhos em grupo e individuais, diálogos, registros e
provas escritas são estratégias avaliativas a serem utilizadas.
342
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA - INGLÊS – ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A partir de 1808, com a abertura dos portos ao comércio cria-se no país a
necessidade da implementação curricular das línguas estrangeiras modernas: o francês
e o inglês, com vistas ao atendimento da comunicação comercial, como também ao
aprimoramento da escola pública. O fim da escravidão fez aumentar o contingente de
imigrantes no país; as escolas das colônias estrangeiras eram bilíngües priorizando a
língua de origem. A partir de 1910 com a expansão das escolas públicas no país as
escolas nas colônias foram fechadas e no ginásio (equivalente ao período de 5º a 8º
série) além de se ministrar o Inglês e o Francês, em alguns colégios introduziam-se o
Espanhol assim como, o Latim que permaneceu como língua clássica.
Com a Segunda Guerra Mundial estabeleceu-se a dependência econômico-
cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos e consequentemente abriu-se mais
espaços ao estudo da língua Inglesa no currículo.
A LDB nº4024 de 1961 institui o ensino profissionalizante em cujas matrizes
curriculares o inglês era obrigatório. Em meados dos anos 80 com a redemocratização
do país foram criados os CELEMS pela SEED do Paraná com o objetivo de oportunizar
o aprendizado de línguas estrangeiras. A atual LDB determina a oferta de pelo menos
uma língua estrangeira moderna no Ensino Médio, Fundamental e Profissionalizante.
O objetivo do ensino da língua Inglesa no curso profissionalizante é de
proporcionar domínio de aquisição e usos lingüísticos básicos de comunicação pela
linguagem além de fornecer o conhecimento das culturas a ela vinculado para a
necessária interação com o público destinatário facultando o processo de atualização
permanente de conhecimentos.
343
2. CONTEÚDOS
Saudações formais e informais, termos técnicos utilizados na restauração,
gêneros textuais e vocabulário específico utilizado na gastronomia, informativos,
comunicação oral.
Generos textuais;
Folders;
Cardápios;
Receitas;
Textos epistolares;
Correspondências; textos literários – narrativos, em prosa e verso;
Textos técnicos;
Textos jornalísticos;
Textos publicitários;
Vocabulário técnico relacionado à gastronomia;
Análise linguistica;
Elementos coesivos e marcadores do discurso;
Variedades linguisticas;
Diversidade cultural;
Conhecimentos linguisticos.
3. METODOLOGIA
A concepção teórico-metodológica abordada para o curso fundamenta-se na
comunicação oral e escrita que exigem conhecimentos sobre o uso da gramática na
prática audiolingual, direcionada ao serviço da gastronomia, concomitante ao ensino da
linguagem há necessidade do conhecimento cultural, ou seja, o conhecimento dos
costumes e hábitos de países que utilizam a língua inglesa. A função social da língua
inglesa ultrapassa os limites dos países de origem uma vez que é utilizado
universalmente por questões de hegemonia cultural. Logo, praticar a língua inglesa
aprofundando o domínio da comunicação é indispensável no mundo do trabalho.
344
Os materiais didáticos têm que ser naturalmente diversificados, quer ao nível de
conteúdos, quer ao nível de suporte e de grau de dificuldade conceitual e lingüístico.
Textos informativos temáticos, fichas gramaticais e vocabulares, jogos, diálogos, leitura
interpretativa, e a utilização de toda a gama de recursos oferecidos pelas novas
tecnologias.
A aprendizagem é mais significativa quanto mais os conteúdos se relacionarem
diretamente com as vivências, os interesses e as experiências que mobilizam o sujeito
não só como aluno, mas como pessoa.
O objetivo mais da organização metodológica é, o aprendizado da língua inglesa
para fins comunicativos em gastronomia objetivando a eficiência no trabalho, a
autonomia do aluno e facultando condições que despertam o gosto por uma
atualização permanente de conhecimentos.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo de caráter formativo e serão elaborados de
acordo com os objetivos, conteúdos ou atividades realizadas. Seminários, pesquisas,
laboratórios, teatralizações, trabalhos em grupo e individuais, diálogos, registros e
provas escritas são estratégias avaliativas a serem utilizadas.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.