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COLÉGIO ESTADUAL PARQUE SAN REMO I ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
UMUARAMA - PARANÁ
PROJETOPOLÍTICO
PEDAGÓGICO
2010
1
2
APRESENTAÇÃO
Este Projeto Político Pedagógico objetiva resolver problemas pontuais, sem
desprezar os conjunturais com os quais a Comunidade Escolar vive no seu dia-a-dia,
como a evasão, a repetência e a exclusão.
O acesso ao conhecimento e a informação são bases para uma transformação
social. Nesse particular, este projeto propõe a intervenção como relação de mútua ajuda
entre escola e comunidade.
Preocupados com a qualidade da educação, o colégio busca assegurar um
ambiente de responsabilização social e individual, participativo, criativo e de respeito ao
próximo, através da sua função que é oferecer um ensino voltado aos interesses da
maioria, pois com base nas Diretrizes Curriculares é imprescindível levar em
consideração o perfil dos alunos atendidos, a faixa etária, as séries/anos em que
encontram maiores dificuldades de se adaptarem à escola e de se aproximarem dos
conteúdos, além de suas condições sócio-econômicas, culturais e religiosas.
Nosso colégio deve enfrentar um novo ciclo de gestão de valores que contribua
na superação dos problemas da comunidade escolar, visto ser nosso objetivo a promoção
cidadã.
Este Projeto Político Pedagógico visa à democratização na escola e à
participação efetiva da comunidade, bem como se coloca a serviço dessa, compartilhando
problemas e soluções. Nesse sentido, as reuniões e palestras com pais, professores e
funcionários, tiveram o propósito de analisar a situação educacional brasileira atual,
entendendo assim as dificuldades apresentadas em nossa comunidade, a fim de
levantarmos sugestões e estratégias para melhor enfrentarmos os problemas
educacionais.
O ponto principal das discussões foi a definição sobre avaliação, pois acredita-se
que através da mesma, é que se define toda uma estratégia de ação-reflexão pelos
envolvidos na dinâmica da escola, buscando atender os interesses e as necessidades da
comunidade escolar com vistas numa escola de qualidade e igualitária, formadora de
cidadãos capazes de atuar de forma crítica e reflexiva na sociedade e no mundo do
trabalho, conforme a Lei nº 9.394/96, artigo 1º, parágrafo 2º, que preceitua: A educação
escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Diante das discussões e reflexões para a construção do Projeto Político
3
Pedagógico, direcionadas pela Direção e Equipe Pedagógica, as mesmas sistematizaram
as ações que foram elencadas, buscando enfatizar o envolvimento do coletivo.
IDENTIFICAÇÃO
LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA
Colégio Estadual do Parque San Remo I – Ensino Fundamental e Médio
Código do Colégio: 0213-6
Endereço: Rua Paulo Fábio Pimentel Gonçalves, 2392
Parque: San Remo I
Telefone: (44) 3639-6106
Município: Umuarama
Código do Município: 2830
Núcleo Regional da Educação (NRE): Umuarama
Código do NRE: 28
Estado: Paraná
E-mail: [email protected]
Site: Em construção
Distância do Colégio ao NRE: 3.900 metros aproximadamente
Localização Urbana: Bairro
ASPECTOS HISTÓRICOS ESSENCIAIS
O Estabelecimento de Ensino foi criado pela Resolução 4094/88, da SEED, com o
nome de Escola Estadual do Parque San Remo I - Ensino de 1º Grau, nome que se
originou em homenagem ao bairro em que o colégio está situado.
Em 1989 foi autorizado a funcionar as quatro últimas séries do 1º Grau Regular,
no período noturno.
Ainda em 1989, iniciou seu funcionamento com 5ª e 6ª séries no período noturno.
4
Em 1990, ampliou seu funcionamento com a 7ª série no período noturno.
Em 1991, completou o funcionamento para o que foi autorizado, funcionando,
também, a 8ª série no período noturno.
Em 1993, pela Resolução 6172/93 e pelo Parecer 588/93, a SEED reconhece o
Curso oferecido pelo Estabelecimento.
Em 1994, pela Resolução 2459/94, a SEED autoriza o estabelecimento a ofertar
as quatro últimas séries do 1º Grau Regular também no período diurno.
Em 1999, conforme Resolução 912/99, a SEED autoriza a Escola Estadual do
Parque San Remo I - Ensino de 1º Grau a ministrar o Ensino Médio, com implantação
gradativa a partir do ano letivo de 1999, sendo 1ª Série em 1999, 2ª Série em 2000 e 3ª
Série em 2001, passando, então, a denominar-se Colégio Estadual do Parque San Remo
I - Ensino Fundamental e Médio.
Em 2000, conforme deliberação nº20/91, teve aprovado o ato administrativo do
Regimento Escolar nº149/00.
Em 2002, o Ensino Fundamental teve seu ato de Renovação de Reconhecimento
através da Resolução nº332/02 – DOE de 26/03/2002.
Em 2002, o Ensino Médio teve seu ato de Reconhecimento através da Resolução
nº. 748/02 de 19/03/2002 e o Parecer n nº. 13/02 – CEE.
Em 2007, o Ensino Fundamental teve seu ato de Renovação de Reconhecimento
através da Resolução nº 297/07 e Parecer do 272/07 do CEF.
Em 2007, o Ensino Médio teve seu ato de Reconhecimento através da resolução
nº 294/07 e Parecer do 270/07 do CEF.
No ano de 2008, o Regimento Escolar foi aprovado conforme Parecer 071/08 e
5
Ato 0148/08.
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O colégio oferece três turnos distintos organizados por série. No período matutino
são duas 5ª, uma 6ª, uma 7ª e uma 8ª série, uma sala de apoio e uma sala de de
recursos, no vespertino funcionam uma 5ª, duas 6ª, uma 7ª série e uma 8ª série, uma sala
de apoio, uma sala de recursos e o Celem, no período noturno é ofertado o Ensino Médio,
sendo uma sala de 1º, 2º e 3º ano, e ainda nesse período funciona o Programa Paraná
Alfabetizado, o Celem, e o Projovem Urbano.
Atualmente o colégio dispõe de 15 salas de aula.
O USO DOS ESPAÇOS ESCOLARES
O colégio utiliza seu espaço físico conforme descrito a seguir:
– Nos períodos matutino e vespertino são cinco salas aula;
– Uma sala de apoio à aprendizagem;
– Uma sala de recursos,
– No período noturno são três salas de aula para o ensino regular;
– Uma sala para o funcionamento do Programa Paraná Alfabetizado;
– Nos períodos vespertino e noturno existe uma sala destinada as aulas do
Celem;
– Comum aos três períodos existe: uma sala reservada para as disciplina de
Educação Física e uma outra sala para a disciplina de Arte;
– Uma sala destinada ao laboratório de Química, Física, Ciências e Biologia;
– Uma sala de vídeo e reuniões;
– Uma sala destinada à biblioteca;
– Duas salas destinadas aos laboratórios de informática.
O colégio também possui 1 sala destinada para uso da direção, 1 sala para a
6
equipe pedagógica, sala para uso dos professores com banheiro masculino e feminino, 1
espaço destinado a realização de hora-atividade, 1 banheiro de uso dos funcionários, 1
sala que comporta a secretaria, 1 quadra de esportes coberta, 1 banheiro feminino e 1
banheiro masculino de uso dos alunos, 3 depósitos, sendo 1 para guardar merenda, 1
para guardar materiais sem condição de uso e 1 para materiais de uso na manutenção, 1
sala de arquivo morto. 1 sala onde futuramente irá funcionar a cantina, 1 cozinha e 1
refeitório, 1 sala destinada ao uso do Grêmio Estudantil, 1 almoxarifado, 1 área coberta
onde futuramente será construído o anfiteatro.
HORÁRIO DE ENTRADA E SAÍDA DOS
ALUNOS NOS DIFERENTES PERÍODOS
O estabelecimento funciona de acordo com o seguinte horário:
I. Ensino Fundamental: (5ª a 8ª séries – regular), com carga horária de 25 horas-
aulas semanais, conforme a matriz curricular.
a) Matutino: início às 07h 30 min e término às 12h.
b) Vespertino: início às 13 h e término às 17h 25 minutos.
As aulas possuem duração de 50 minutos, sendo 15 min de intervalo para o
recreio.
II. Ensino Médio: (1º, 2º e 3º Ano), com carga horária de 25 horas-aulas
semanais, conforme matriz curricular.
a) Noturno: início às 19 h e término às 23 h 15 minutos.
As três primeiras aulas possuem duração de 50 min e as duas últimas de 45 min,
sendo 15 min de intervalo.
7
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 28 – UMUARAMA MUNICÍPIO: 2830 - UMUARAMA
ESTABELECIMENTO: 02136 - PARQUE SAN REMO I, C E – E FUND MÉDIO
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIE 5 6 7 8
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 4 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - -
GEOGRAFIA 3 3 3 4
HISTÓRIA 3 3 3 3
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL 22 22 23 23
P
D L.E.M. - INGLÊS ** 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA:MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO.
** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
8
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 28 – UMUARAMA MUNICÍPIO: 2830 - UMUARAMA
ESTABELECIMENTO: 02136 - PARQUE SAN REMO I, C E – E FUND MÉDIO
ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIE 1 2 3
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
ARTE 2 2 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 - 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 4 3 2
MATEMÁTICA 3 4 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA - 2 2
SUB-TOTAL 23 23 23
P
DL.E.M. - INGLÊS * 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
NOTA:MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO (o Colégio adota o Inglês no ensino regular e o Espanhol em
horário diferenciado. OBS: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.
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A DISTRIBUIÇÃO DAS SÉRIES E TURMAS
Período matutino: Ensino Fundamental
5ª série A - 34 alunos5ª série B - 31 alunos6ª série A - 31 alunos7ª série A - 30 alunos8ª série A - 31 alunos
Período vespertino: Ensino Fundamental
5ª série C 34 alunos6ª série B 31 alunos6ª série C 31 alunos7ª série B 19 alunos7ª série B 17 alunos8ª série B 16 alunos
Período Noturno: Ensino Médio
1º Ano - 41 alunos2º Ano - 35 alunos3º Ano - 20 alunos
Total de alunos: 401 alunosTotal de turmas: 14 turmas
HORÁRIO DAS DISCIPLINAS
O horário das disciplinas respeita o horário de funcionamento de cada período,
bem como a disponibilidade de cada profissional da educação, sendo transcritos no
quadro de horários de aulas.
A hora-atividade acontece conforme a resolução nº 14/2006 – Artigo 30 e de
acordo com a instrução nº 02/2004 – SUED/SEED, sendo feita por professor.
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QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
Nome Função Disciplina Vínculo
Acácia Bastos de Oliveira Pedagoga - QPM
Adilson Rufino Parra Aux. Serviços Gerais - PSS
Adriana Apª Fernandes de Souza Profesora Sociologia PSS
Adriana Paula Borlina Secretária - QFEB
Carlos Roberto de Oliveira Professor Matemática QPM
Célia Regina Abrahão Biasuz Diretora - QPM
Cleonice Ceciliano da R. Santos Professora História PSS
Dalva Aparecida Marques da Silva Professora História QPM
David de Souza Silva Professor Língua Portuguesa QPM
Edina J. Cervejeira Cossini Aux. Serv. Gerais - PSS
Eliani Aparecida Freire Aux. Serv. Gerais - PSS
Elinélia Soares de Oliveira Professora Educação Especial QPM
Elsa Bergmann Professora Matemática QPM
Ercido Raimundo de Oliveira Professor Filosofia PSS
Francieli Aparecida da Silva Técnico
Administrativo
- PSS
Francisco Enor G. de Castilhos Professor Física PSS
Georgete Marie Nehme Sassine Professora Português / Sala de
apoio à
aprendizagem
QPM
Gesiane Líbero da Silva Pedagoga - PSS
Gislaine Felizari Greghi Professora Celem-Espanhol QPM
Hamilton Ruiz Garcia Professor Ed. Física SC02
Helen Juliane dos Santos Professora Artes PSS
Ivone Ferrari Professora História SC02
Janaine Monique Casquel Técnico
Administrativo
- QFEB
Jeferson Henrique Trento Professor Português QPM
Joandio Azevedo de Medeiros Vice- Diretor - QPM
José Remilton Neves Professor Física QPM
José Ronaldo Canônico Professor Educação Física QPM
Juarez de Souza Santos Serviços Gerais - QG
11
Leila Cristina Neves Ferreira Professora Química PSS
Lidia de Matos Alves Professora Geografia PSS
Lucilene Caferro Abeline Professora Português / Sala de
Apoio
Aprendizagem
QPM
Maria Aparecida de L. Américo Professora Inglês QPM
Maria Celsolina Neves Professora Matemática /Sala
Apoio
Aprendizagem
QPM
Maria Cleusa da Silva Professora L.E.M - Inglês QPM
Maria Dervani Lourenço Moura Professora Biologia QPM
Maria Helena da Silva Auxiliar de Serviços
Gerais
- QFEB
Maria Helena Sampaio da Silva Aux. Serv. Gerais - CLAD
Maria Isabel Rúbio Professora Língua Portuguesa
e Sala de Apoio
QPM
Maria Nair da S. Chiquito Professora História PSS
Maria Nazaré Silva Lima Professora Ensino Religioso PSS
Maria Oliveta A. Pasqual Professora Geografia SC02
Marinalva Pereira da Silva Professora Ciências QPM
Mercedes Moreira Barbiresk Técnico
Administrativo
- QPPE
Miriam Rezende Professora Educação Especial QPM
Nelly Dartibali de Souza Técnico
Administrativo
- QFEB
Olímpio Pereira de Oliveira Professor Educação Física QPM
Rosane Rodrigues Antunes Professora Geografia SC02
Rosinei A. Santos Ferrari Professora Química SC02
Suely P. De Brito Madeiro Professora Geografia SC02
Tatiana Aparecida da Silva Bialetzki Professora Língua Portuguesa
Inglês
QPM
Terezinha dos Anjos Abrantes Pedagoga - QPM
Valdelice Bentos Pontes Professora Ciências QPM
Valdenir C. de Oliveira Professor Geografia SC02
12
Número de professores: 35Número de pedagogas: 03Número de funcionários: 10Número de diretores auxiliares: 01
AS NORMAS DE CONVIVÊNCIA
As normas de convivência estão regulamentadas no Regimento Escolar e
Regulamento Interno, conforme discussão, interação e aprovação da Comunidade
Escolar, através de reuniões ocorridas no ano de 2007.
OBJETIVOS GERAIS
1. Proporcionar condições aos pais, alunos, pedagogos, professores e demais
funcionários de participarem do processo educacional, objetivando a
melhoria na qualidade de ensino e assegurando a permanência dos alunos
na Escola;
2. Auxiliar na reflexão e busca de soluções para os problemas de capacitação
profissional, pedagógica e outros problemas que surgirem;
3. Possibilitar aos professores a integração dos mesmos, para que todos
vivenciem situações de interações pessoais, afetivas, profissionais e outras,
as quais farão com que todo o corpo docente cresça no sentido pessoal e
cultural, tornando-se solidários;
4. Despertar nos alunos e professores o gosto pela inovação, através de
pesquisas e atividades pedagógicas, utilizando técnicas modernas que
desenvolvam a capacidade crítica e que entendam a necessidade de
estarmos sempre abertos para mudanças na sociedade atual;
5. Buscar autonomia para que se possa decidir sobre as práticas pedagógicas,
as quais asseguram os princípios de uma gestão própria e legítima;
6. Sensibilizar toda a comunidade escolar e corpo docente sobre a necessidade
13
de uma reformulação geral de posição, ideais, atividades didáticas e
pedagógicas, para que seja possível executar este Projeto Político
Pedagógico;
7. Sensibilizar os professores para a importância de trabalhar conteúdos que
proporcionem aos alunos uma reflexão crítica;
8. Incentivar a participação da Comunidade Escolar, através de discussões
abertas, de maneira que todos os participantes se sintam responsáveis pela
organização e execução do Projeto Político Pedagógico;
9. Levar o aluno a refletir e entender a importância do estudo, diminuindo assim
a evasão e a repetência;
10. Incentivar a participação dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio –
ENEM e na Avaliação Nacional do Rendimento Escolar ANRESC, divulgada
como Prova Brasil, bem como em passeios, projetos, eventos e concursos
que visem a integração e a sociabilização além de seu meio.
MARCO SITUACIONAL
A educação é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento de um país,
pois é através dela que se atinge melhores desempenhos na saúde, na tecnologia, no
meio ambiente, em relação a melhorias no nível de renda, empregos e qualidade de vida
para a população.
A situação educacional no Brasil apresentou melhorias significativas na última
década do século XX: houve queda substancial da taxa de analfabetismo e, ao mesmo
tempo, aumento regular da escolaridade média e da frequência escolar (taxa de
escolarização). No entanto, a situação da educação no país ainda não é satisfatória.
O Brasil chegou ao final do século XX com 96,9% das crianças de 7 a 14 anos de
idade na escola. Entretanto, em 2002 apenas 36,5% das crianças de zero a seis anos de
idade frequentavam creche ou escola no país. O percentual ainda é menor se levarmos
em conta as crianças de zero a três anos de idade. Destas apenas 11,7% estão
matriculadas em instituições especializadas.
Em relação ao Estado do Paraná, apesar da Educação estar acima da média
brasileira em termos de qualidade, ela ainda apresenta os piores resultados em
14
comparação com os demais estados da região Sul do Brasil, segundo dados do Saeb que
avaliou a qualidade da Educação no Paraná nos últimos anos. O resultado demonstrou
que o Estado não conseguiu estabelecer uma política de melhoria da qualidade de
ensino.
É notável que ainda precisa ser dada uma atenção maior em relação a qualidade
da educação, sendo que é fato, o aumento das exigências na formação integral dos
cidadãos em atender as demandas atuais. Com essa preocupação a Direção e Equipe
Pedagógica deste colégio vem desenvolvendo um trabalho desde 2006 junto aos
professores, funcionários, alunos, pais e responsáveis que foi intensificado após a
inclusão deste estabelecimento no Programa Superação em 2007.
Este trabalho teve como ações e metas propiciar momentos de diálogo entre
professores, direção e equipe pedagógica para discussões de problemas enfrentados no
âmbito escolar, bem como questões relacionadas ao ensino-aprendizagem, avaliação da
comunidade escolar e pré-conselho, realizados pelo e com os alunos, reuniões frequentes
com as famílias para discussão, interação e aprovação de questões como: método de
avaliação, Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Programa Superação, ENEM
e Prova Brasil, transporte escolar, Regulamento Interno, Projetos, eventos e Programa
FICA.
Sendo assim, os avanços alcançados foram significativos em relação aos índices
de reprovação, evasão e aprovação pelo Conselho de Classe como mostra os dados
comparativos entre o ano de 2006 e 2007 no gráfico a seguir:
15
TABELA
Fonte: Relatório Final de 2006.
Fonte:Relatório Final de 2007.
16
Entretanto, quando os dados do ano de 2007 são comparados com os dados de
2008 , percebe-se, que houve um retrocesso em relação aos índices de aprovados, dos
alunos aprovados pelo Conselho e, reprovados. O único percentual positivo no ano de
2008 é o referente aos alunos evadidos, que baixou de 5,1% para 1,5%.
Fonte: Relatório Final de 2008.
Pelos dados apresentados no gráfico do ano de 2009, percebe-se que o
estabelecimento está longe de alcançar o objetivo de melhorar os índices de aprovação.
Nota-se que o percentual de aprovados diminuiu em relação aos dois últimos anos (2007
e 2008), mesmo estando inseridos no Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE
Ações Financiáveis. De forma assustadora, o percentual de alunos aprovados por
conselho de classe aumentou em mais de 10% em relação ao ano anterior que era de
15% (quinze por cento). O único dado que serve de consolo é o da evasão que diminuiu
consideravelmente.
Na semana pedagógica de 2010, durante análise de dados tão insatisfatórios, o
coletivo concluiu as práticas precisam ser revistas, especialmente as metodologias e o
enfoque dado as aulas. Os professores lembraram, porém, que em 2009, a equipe
pedagógica ficou bastante desestruturada com a saída de duas integrantes e dificultou
17
bastante o trabalho que vinha sendo desenvolvido.
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Aprovados69,5%
Ap Conselho25,7%
Reprovados4,6%
Abandono 0,2%
DADOS DE 2009
Fonte: Relatório Final de 2009
É importante ressaltar que os índices positivos no ano de 2007 só ajudaram a
intensificar o trabalho que já vinha sendo realizado, mas em 2008 e 2009 este mesmo
trabalho não foi suficiente para manter o crescimento. Por esta razão em 2010 o coletivo
escolar iniciou o ano - durante a semana pedagógica - analisando as causas e refletindo
sobre as possíveis soluções e ações para superar os resultados negativos dos últimos
dois anos.
Este colégio tem sua organização por turno e série, sendo as turmas formadas de
acordo com a disponibilidade de vagas por período, respeitando a escolha do mesmo pela
família, dentro do possível. A procura por vagas é maior pelo período matutino sendo
assim, é adotado o critério de dar preferência aos alunos que já estudam no colégio e aos
casos específicos como: conciliar o horário entre irmãos e outras instituições
educacionais, bem como o trabalho dos pais ou responsáveis.
Esta instituição educacional atende principalmente as comunidades dos Parques
San Remo I e II, Jardim Petrópolis, Parque das Laranjeiras, Jardim Porto Belo, Jardim
Alvorada, Jardim Arco-Íris e Parque Industrial. Estas comunidades são conhecidas por
concentrarem problemas sociais como: bolsões de exclusões históricos que vão desde a
18
baixa escolaridade dos pais, nível de desemprego e subemprego muito acentuados,
sistema de moradia entre os piores do município e por consequência o desajuste e a
segregação familiar que tem refletido diretamente no desempenho dos estudantes.
Não raramente de modo direto ou indireto nossos alunos estão ligados à
violência, tráfico de entorpecentes, prostituição, agressões domésticas e alcoolismo. O
desemprego acarreta a migração dos alunos para outros bairros, cidades e estados sem
que lá frequentem uma escola. É de conhecimento público e, principalmente dos agentes
educacionais, que esse processo excludente socioeconômico que permeia o Brasil, vem
gerando uma sobrecarga para as famílias e escolas.
O modelo educacional proposto e desenvolvido nos últimos anos, focado no
interesse do mercado, gera exclusão, preconceito, discriminação e exploração, devendo a
escola pública oportunizar um ensino de qualidade e igualdade independente da
localização.
Queremos que nossa escola contribua para a formação dos alunos com uma
educação transformadora, que o conhecimento e o aprendizado prepare-o para a vida.
Inclusive contribuindo e oferecendo subsídios para que este aluno tenha formação
suficiente para refletir e questionar a sociedade e a hegemonia elitista, suas contradições
e, ainda, que seja capaz de cooperar com o crescimento dos movimentos sociais e a luta
de classes. Desejamos propiciar condições para que nosso aluno esteja preparado para
gerenciar e não apenas para realizar as atividades braçais e ter sua força de trabalho
explorada , ainda que a grande maioria, não tenha possibilidades de exercer um cargo de
gestor.
Concretizar, no entanto, nossas intenções educativas em termos de capacidades
de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, tem se
apresentado como grande dificuldade. Ainda assim, com a extinção da dualidade
administrativa ocorrida em dezembro/2008 a comunidade escolar se encheu de
esperança com as possibilidades trazidas pela realização do sonho de ter uma ampla
estrutura física disponível. Por outro lado, a herança deixada pelo Município é o que de
modo bem simplificado pode ser chamado de “presente-de-grego”. As instalações estão
muito deterioradas, as salas de aula estão com a pintura descascada, com inúmeros
buracos no piso, sem cortinas, sem ventiladores, com vidros quebrados, com o quadro-
de-giz sem a mínima condição de uso e com fechaduras destruídas. Os banheiros com os
vasos e portas quebradas e nenhum possue instalação adaptada, sem mencionar o fato
de que os encanamentos estão entupidos. Os armários da cozinha possuem portas
19
quebradas e estão sem as dobradiças. O espaço coberto que era utilizado pelo Município
como quadra de esportes está em estado de abandono. De modo resumido as
instalações assumidas pelo Estado estão necessitando de manutenção e reformas. Do
mesmo modo os equipamentos que pertenciam ao patrimônio da escola também estão na
mesma situação salvo em alguns casos da aquisição de novos.
No início de 2010 a comunidade escolar recebeu com grande alegria a quadra
poliesportiva com cobertura. Isto facilitou a realização das aulas de educação física no
verão e em dias de chuva e, também a realização de reuniões, comemorações, atividades
artísticas e culturais. Conquistas como esta demonstram o quanto a estrutura e as
condições oferecidas pelo Estado influenciam diretamente na aprendizagem.
Um problema que precisa ser resolvido está relacionado com a adequação da
estrutura física para atender alunos com necessidades educacionais especiais como:
rampas, alargamento de portas, barras de segurança e piso antiderrapante.
Além dos problemas já relatados com relação a infra-estrutura, há também a
deficiência em relação a quantidade de recursos humanos como: assistente de execução,
auxiliar operacional, pedagogos e substituição dos mesmos, incluindo professores em
licença médica e especial, o que acarreta em sobrecarga de trabalho. Há dias em que a
equipe pedagógica e diretiva se depara com dois ou três professores com atestado
médico. Mesmo com o empenho das pedagogas - que se ressalta, é apenas uma por
período - o trabalho deixa a desejar.
Neste contexto, a falta de materiais didático-pedagógicos para sala de recursos,
sala de apoio à aprendizagem, nas aulas de educação física e nas demais disciplinas.
Esta problemática, entretanto, durante o ano de 2009, foi amenizada através da aquisição
de materiais para implementação das ações financiáveis do PDE elaborado em 2008. Em
2010, esta deficiência está praticamente superada. Com os recursos provenientes do
PDE elaborado em 2009, com ações sendo implementadas durante o corrente ano, a
escola adquiriu inúmeros materiais, jogos e brinquedos pedagógicos. O desafio agora é
conscientizar os professores da importância do trabalho pedagógico com estes materiais.
Por comodismo, pelas dificuldades encontradas e por falta de consciência, apenas
poucos professores se renderam as atividades com ludicidade.
Ainda com relação aos alunos que necessitam de atendimento especial a
dificuldade mais urgente a ser solucionada é ausência de equipe multidisciplinar para
atender diretamente os alunos e, para dar suporte à equipe docente.
É oportuno mencionar que o colégio enfrenta também problemas com relação ao
20
transporte escolar. No período vespertino já o solucionamos através de reunião com a
comunidade escolar, pais e responsáveis que aprovaram a mudança do horário de início
e término deste período. Já em relação ao período noturno, o problema tem se agravado
contribuindo na elevação do índice de evasão e reprova por frequência, pois o ônibus que
transporta os alunos do período vespertino às 17 horas e 20 minutos, retorna com os
alunos do noturno, por volta das 18 horas e 20 minutos, o que dificulta para os mesmos,
pois em sua maioria são trabalhadores e chegam em casa vindo do trabalho após esse
horário.
Com relação ao que foi mencionado neste marco, torna-se necessário a
continuidade e complementação da formação de professores, funcionários, equipe
pedagógica e direção, voltada para o exercício profissional da competência técnica e
comprometimento político, bem como intensificar e oportunizar aos alunos, pais e
responsáveis a formação da APMF, alunos representantes de turma, Grêmio Estudantil e
Conselho Escolar.
Entendendo que o colégio precisa proporcionar condições de formação
principalmente para os professores, encontramos dificuldade, uma vez que a hora
atividade é realizada por professor, e não por disciplina segundo a instrução nº 02/2004 -
SUED/SEED, já que grande parte dos professores não são lotados no colégio. No período
noturno o problema é agravado pelo fato de existir diversos professores com apenas duas
aulas e sem o direito a hora-atividade a ser realizado no estabelecimento.
As altas taxas de rotatividade de professores dificultam o trabalho da equipe
pedagógica que precisam retomar todas as orientações, especialmente as relacionadas
com o Programa Superação. Os professores e alunos também demoram algum tempo
para deslanchar o trabalho e quando isto acontece, parte do ano já se foi. Sem
mencionar os professores iniciantes, contratados através do PSS, que não participam das
semana pedagógica e ainda não possuem informações sobre as diretrizes curriculares,
proposta pedagógica, regimento escolar – avaliação e recuperação - e, plano de trabalho
docente, agravado pelo problema mencionado no parágrafo anterior.
A propósito a escola enfrenta problemas com os professores que ainda não se
renderam ao uso das novas tecnologias e encontram dificuldade para utilizar os
equipamentos e programas. Durante a semana pedagógica de 2010 os professores
deixaram muito claro que ainda possuem inúmeras dificuldades para lidar a TV
Multimídia, com o software Linux, entre outras. Afirmaram também que as atividades
básicas a maioria já é capaz de executar. Porém ainda desconhecem como baixar vídeos,
21
manipular planilhas e dominar o uso das “ilhas” no laboratório de informática.
Apesar de existir um clima favorável ao trabalho pedagógico entre professores,
direção e equipe pedagógica, a escola possui dificuldade para implementar em sala, aulas
com metodologias diversificadas e que propiciem situações de efetiva aprendizagem dos
conteúdos.
Nos últimos anos a escola conseguiu dar formação e eleger diretorias de todas
as instâncias colegiadas, mas ainda encontra dificuldade quando é para participar do
planejamento do trabalho pedagógico e, principalmente buscar soluções para os
problemas sociais que afligem os alunos. Somente no primeiro bimestre letivo de 2009
dois alunos foram assassinados – um pela polícia, segundo consta, em fuga após
participar de um assalto e, o outro alvejado por desafeto motivado pelo tráfico de drogas.
Sem mencionar os que estão privados de sua liberdade, cumprindo medida sócio-
educativa.
A bem da verdade, apesar da formação periódica oferecida aos integrantes das
instâncias colegiadas, a escola encontra resistência com relação a disponibilidade de
tempo e dedicação na participação efetiva. Normalmente, ocorrem adesões pontuais, mas
não integral.
Apesar de alguns avanços a escola continua enfrentando muitos obstáculos para
efetivar o processo ensino-aprendizagem de qualidade.
Por parte dos alunos a indisciplina continua sendo um dificultador. Há alunos que
diariamente brigam, agridem e insultam os colegas, desrespeitam e afrontam os
professores, tumultuam as aulas e atrapalham a aprendizagem da turma. Apesar das
orientações realizadas por professores, pedagogas e direção os mesmos alunos
continuam dificultando e em alguns momentos impedindo a aprendizagem. Quando a
família é convocada a comparecer na escola, percebe-se que o aluno tem todos os
motivos do mundo pra agir com violência, agressividade e desrespeito. As famílias são
em sua grande maioria totalmente desestruturadas afetiva e emocionalmente. As atitudes
dos pais e responsáveis são extremadas, ou ignoram a educação e orientação dos filhos
ou são autoritários ao limite. Falta de limites, falta de motivação, baixa auto-estima,
desinteresse, falta do hábito de ler e estudar são características bastante presentes nos
alunos.
Como já relatado anteriormente a escola atende alunos que são oriundos de
realidade sócio-econômico-política altamente problemática. Não é a pobreza
propriamente dita que dificulta a aprendizagem, mas, as consequências dela. Atualmente,
22
já está comprovado cientificamente que o ambiente é fundamental para o
desenvolvimento intelectual do indivíduo. No livro “Intelligence and How to get it”
(Inteligência e como alcançá-la) lançado no Estados Unidos, o pesquisador americano
Richard Nisbett confirma que a inteligência tem um componente genético, mas isso não
impede que seja construída e desenvolvida para além dos limites impostos pelos genes.
Nisbett acredita que intervenções simples, em casa e na escola, contribuem para que
cada criança alcance o máximo do desempenho intelectual (Revista Isto É, 2009).
A realidade mostra que nossos alunos não são estimulados intelectualmente em
casa. Ao contrário, seus pais em muitos casos são analfabetos, semi-analfabetos ou
mesmo analfabetos funcionais. Não possuem o hábito da leitura, nem mesmo dos
estudos, dificilmente conversam ou orientam os filhos. Quando a escola solicita
colaboração da família, em muitos casos, ou o aluno sofre agressões ou é abandonado à
própria sorte. Os pais, os responsáveis, principalmente os avós, afirmam que não sabem
o que fazer para que o aluno venha para a escola e que efetivamente estude.
Outro fator que dificulta a aprendizagem está relacionado à distorção idade-série.
Por reprova, abandono, desistência motivada por inúmeras razões, a escola possui um
número elevado de alunos fora da idade para a respectiva série.
O número excessivo de faltas – suficiente para permitir a aprovação – é um dos
fatores que atrapalham a aprendizagem, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino
médio. Mesmo as orientações realizadas pela equipe pedagógica, encaminhamentos ao
Conselho Tutelar, mediante a ficha FICA, a família não consegue controlar a frequência
dos alunos. Ou não estão presentes no dia a dia do aluno ou não exercem qualquer
controle ou influência na vida do filho.
Já em relação aos professores percebe-se uma falta de comprometimento, a
prática educacional nem sempre consegue priorizar o desenvolvimento da autonomia
intelectual, o domínio das diferentes formas de linguagem, muito menos estabelecer
situações significativas de aprendizagem que levem os alunos a relacionar-se
efetivamente com o conhecimento. Muitos professores estão preocupados apenas em
ensinar, pouquíssimos tomaram consciência da importância dos alunos aprenderem. Ou
seja, não estão cumprindo o papel da escola pública. Apesar de todos os momentos
oportunizados, das formações continuadas alguns professores ainda não se
conscientizaram das mudanças que precisam fazer em sua prática.
Os professores também possuem dificuldades para propiciar a inclusão
educacional e atender as necessidades dos alunos que apresentam deficiência e
23
transtornos globais do desenvolvimento (TGD) que frequentam ou não a sala de recursos
e sala de apoio. Embora em todas as oportunidades sejam feitas orientações pela equipe
pedagógica ou mesmo pelas professores das referidas salas, há uma rejeição ou mesmo
uma dificuldade para realizar adaptação curricular. Considerando que o percentual de
alunos com necessidade de adaptação curricular aproxima-se a 10% (dez por cento) dos
alunos, se os professores do ensino regular não estiverem atentos para esta realidade, a
aprendizagem estará comprometida. Por conta desta dificuldade, na semana pedagógica
de agosto de 2010, as professoras da sala de recurso fizeram análises e relataram as
necessidades de cada aluno, individualmente, para que os professores do ensino regular
tomem consciência da importância da adaptação curricular.
A fala das professoras da sala de recursos, equipe pedagógica e equipe de
direção basearam-se nos seguintes aspectos:
1. Atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de ensino-
aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos;
2 . Identificação das necessidades educacionais especiais para justificar a
priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação;
3. Adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em lugar
de uma concepção uniforme e homogeneizadora de currículos, e;
4. flexibilização quanto à organização e ao funcionamento da escola para atender
à demanda diversificada dos alunos.
Também foi argumentado a necessidade de adaptação curricular com relação à
metodologia e organização didática, aos objetivos e conteúdos e, as avaliações e o tempo
destinado à realização das mesmas.
Outra preocupação, amplamente debatida na semana pedagógica de 2010, pelo
coletivo escolar foi o atendimento de todos os sujeitos e minorias historicamente excluídas
do processo. O objetivo é que sejam respeitados, aceitos e inclusos no processo
educacional com toda sua diversidade de lutas, conquistas, avanços e história.
Por outro lado, obviamente, há inúmeros professores que adotam metodologias
adequadas e alcançam o objetivo de propiciar situações que colaboram para que o aluno
aprenda de fato, a ponto de prepará-lo para intervir de forma crítica na sociedade. Mesmo
estes, deparam-se sem saber como agir, quando os alunos se negam a realizar
atividades propostas em sala de aula, quando zombam e afrontam pelo puro prazer da
24
provocação e por saber que a maior punição será presenciar os pais recebendo
orientações da equipe pedagógica.
Por sua vez, a equipe pedagógica, tem buscado constantemente mediar,
organizar, integrar e articular o trabalho pedagógico. Algum avanço já foi alcançado. A
escola há tempo assumiu o compromisso de não permitir que o aluno permaneça no
mesmo nível de compreensão e visão de mundo de quando iniciou o processo de
aprendizagem. Entretanto, a escola ainda não tem dado conta de, efetivamente, levar os
alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais elaborado sobre a
realidade.
Os índices de reprovação e os resultados da Prova Brasil (Português e
Matemática) comprovam que ainda há muito trabalho e enfrentamento a ser feito. Apesar
do IDEB do estabelecimento ter subido (de 4.0 para 4.1) estes avanços são, na análise do
colégio, conseqüência da diminuição das taxas de evasão. Quando são analisados os
dados relativos a aprovação e reprovação percebe-se claramente que não houve muito
sucesso, ao contrário. Do mesmo modo, os resultados da Prova Brasil alertam para a
necessidade de melhoria na organização do trabalho pedagógico, comprometimento com
o planejamento, elaboração e implementação da Proposta Pedagógica Curricular e do
Plano de Trabalho Docente, especialmente, dedicação e esforço na prática de sala de
aula e, de maior empenho no processo de ensino aprendizagem.
Somente juntos, direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e
alunos, poderemos refletir e questionar a realidade escolar selecionando procedimentos
que possam contribuir para o desenvolvimento integral dos educandos, de modo que
possam participar socialmente e politicamente com atitudes de solidariedade e
cooperação.
MARCO CONCEITUAL
SOCIEDADE
A atual concepção de sociedade deixa de contribuir para o bem estar coletivo. É
25
muito comum tratar da nossa sociedade destacando as mazelas, os desajustes e
consequências, porém ainda se trata pouco da sociedade como somatória de forças
individuais na superação de problemas coletivos.
Os grandes meios de comunicação, com forte domínio societário contribuem
pouco para uma maior organização coletiva. Não raro, as poucas iniciativas como
organizações de bairros, organizações classistas ou religiosas sofrem ataques
incompreensíveis e por vezes covardes, pela desproporcionalidade no tratamento em
defesa de interesse social. Precisamos superar essa visão individualista.
Queremos participar da construção de uma sociedade justa, quanto a sua
natureza; solidária, quanto à sua organização, a serviço da vida e da esperança, quanto à
forma de agir.
“...Assim a tarefa é estimular e possibilitar, nas circunstâncias mais diferentes, a
capacidade de intervenção no mundo, jamais o seu contrário, o cruzamento de braços em
face dos desafios...” (Freire Paulo, 1921-1997, p. 59)
Por sociedade justa entendemos aquela que:
– respeita os direitos individuais e sociais de cada cidadão
independentemente da idade, sexo, raça, escolaridade e religião;
– oferece condições de atendimento às necessidades de saúde, moradia,
trabalho, educação e lazer, para que todos possam viver com dignidade;
– garante um poder legislativo, executivo e judiciário voltado para o bem de
todos, fundamentado na justiça, no direito e na verdade;
– desenvolve em todos a consciência crítica para o exercício de seus
próprios deveres e direitos;
– exerce o poder público a serviço do bem comum;
– cria espaços de participação para que todos os cidadãos possam prestar
sua contribuição na organização socioeconômica e política;
– promove a socialização do saber e o engajamento do todos na busca de
uma sociedade mais democrática;
– favorece o crescimento constante das pessoas, conforme suas aptidões e
seus interesses, valorizando a liberdade de expressão;
– preocupa-se com o ser humano e o meio ambiente, zelando, denunciando
e organizando-se contra todas as formas de violência;
– compromete-se ética e moralmente com os anseios e necessidades dos
cidadãos, não tolerando a corrupção, a inércia e a omissão de seus
26
representantes;
– valoriza o trabalho, buscando uma economia mais humana e solidária, com
primazia a vida;
– organiza os meios de comunicação a serviço da informação democrática e
da verdade;
– liberta-se da ganância e converte-se a uma convivência de fraternidade e
paz;
– respeita, assume e promove a vida, em todas as suas formas, estágios e
situações;
– desenvolve em todos, através da educação, a consciência ecológica que
nos leva a cuidar do meio ambiente, de nossa saúde, de nosso
desenvolvimento individual, comunitário e social;
– promove diálogo entre seus diferentes setores, buscando formar a
consciência moral de seus cidadãos.
HOMEM
A compreensão da natureza da educação passa pela compreensão da natureza
humana, já que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos. O trabalho,
assim como um meio de aprendizagem, integração e entretenimento, se mal orientado
pode tornar-se prejudicial às pessoas e em alguns casos prejudicial à natureza. Cabe à
escola empenhar-se para descobrir meios humanizadores nessa relação. Ligia Regina
Klein, ensina:
“No desenvolvimento da própria natureza, a espécie animal da qual derivou o
homem atingiu um determinado nível que lhe propiciou reagir sobre as próprias
condições naturais. Essa ação do homem sobre a natureza – que denominamos
trabalho -, transformando-a conforme as conveniências de sua própria existência,
foi o primeiro ato propriamente dito. A humanidade passa, assim a ser marcada
por uma natureza que já é fruto de processos de transformação histórica, uma
natureza já afetada pelas modificações produzidas pelos homens. Nesse sentido
se diz que a condição humana é histórica, pois ela não está dada e nem é
imutável. Antes, a cada momento histórico, em cada sociedade, ela adquire a
27
forma e o conteúdo próprio das condições materiais e sociais de existência ali
produzidas”.
O coletivo escolar deseja contribuir para formar homens sujeitos de sua própria
história, conscientes na escolha dos caminhos para crescimento individual, comunitário e
social, e capaz de interpretar as condições histórico-culturais da sociedade em que vive
de forma crítica, reflexiva e responsável, impondo autonomia às suas próprias ações e
pensamentos (Silva & Costa, 2008)
Capazes de buscar soluções coletivas para injustiças e desigualdades sociais,
através do engajamento político-social; coerentes na vivência do sentido pleno da
democracia para a construção do bem comum, saindo do isolamento passivo e ocupando
espaço público através do debate, do diálogo, da discussão e da crítica. Sendo pessoas
livres, sensíveis e justas.
EDUCAÇÃO
A Constituição Federal, em seu Capítulo III prescreve o seguinte:
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho.
Art. 208 – O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:
I. Ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta
gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II. Progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III. Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um;
V. Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
28
Em observância à Lei este colégio norteia-se nos princípios do ensino público
gratuito e democrático com uma ação pedagógica transformadora e intencional, com
vistas a realização humana em sua dimensão social e também individual.
Conforme Lígia Regina Klein ensina:
“...educação constitui exatamente um processo de transformação da
conformação e inclinações naturais do sujeito, face àquilo que cada sociedade já
constituiu como propriamente humano, isto é, como cultura. Isto impõe, à
educação, a compreensão de que o homem não é uma justaposição de
características biológicas e psicológicas e sociais, mas uma unidade socialmente
constituída de características biológicas e psicológicas (...) não apenas
“influenciadas” pela vida social, mas condicionadas, determinadas pelo grau de
desenvolvimento da sociedade, ao mesmo tempo que impõem, também, suas
determinações à condição social dos homens”.
A educação deve proporcionar ao aluno subsídios para uma existência plena
dotada de recursos necessários para a vida em sociedade. E por ser ela uma prática das
mais relevantes para a produção da condição humana todo seu planejamento, execução
e investimento devem ser fundamentalmente baseados na responsabilidade social.
Responsabilidade essa que leva o coletivo escolar a se comprometer com um
processo de mudança e segundo Lígia Regina Klein:
“...um combate às limitações, através da produção de recursos, técnicas,
instrumentos, métodos, etc. (...) respeito aos indivíduos, em suas diferenças e
produção de meios e recursos que lhes possibilitem realizar todas as atividades e
necessidades que plenificam o ser humano”.
A educadora, entretanto, alerta para que a educação combata vigorosamente as
desigualdades sociais e repudia propostas que sob o pretexto de se estar “respeitanto”,
acoberta a origem dessas diferenças, e acrescenta:
“Na escola, isto tem sido feito sob a forma de mudanças curriculares que
oferecem um conteúdo pobre aos filhos dos pobres, sob o argumento de que eles
apresentam “dificuldades de aprendizagem”e, portanto, a escola deve adequar-se
a essas dificuldades. (...) acomodar-se a elas, oferecendo um ensino muito mais
29
ralo e superficial aos filhos da classe trabalhadora. (...) não se trata de ignorar
essas dificuldades, mas de eliminar suas causas, de enfrentá-las, de não
acomodar-se a elas”.
Como o Colégio do Parque San Remo I atende exclusivamente filhos da classe
trabalhadora a advertência da educadora além de muito apropriada remete o coletivo a
fazer seguinte reflexão:
“À classe trabalhadora interessa formar seus filhos com condições de bem
desempenhar suas atividades laborais, garantindo sua sobrevivência e o
desenvolvimento das condições materiais da sociedade, mas também com
condições de desempenhar um processo político capaz de romper com a
divisão social de classes e produzir uma sociedade igualitária”.
Ainda que alguns acreditem que este objetivo seja bastante idealizado é com ele
que o Colégio do Parque San Remo deve trabalhar.
ESCOLA
Embora a escola não seja a única a transmitir o conhecimento científico é a
instituição incumbida de tal missão e o conhecimento empírico deve ser considerado
como ponto de partida para o trabalho pedagógico. E o professor, por sua vez, é o
responsável pela mediação, responsável por viabilizar a apropriação desses
conhecimentos pelos alunos.
Vivemos em um mundo descontextualizado, onde os espaços de convivência e
integração, tanto materiais quanto simbólicos, não se reduzem ao aqui e agora. O avanço
tecnológico, o rádio, a TV, os telefones celulares, os computadores e a internet, são
novos mediadores dessa ordem social. Isso torna cada vez mais distante o hábito de
tocar, estar frente a frente com o sujeito de intenção.
Segundo Julio (1999, p.43)
“...ir a escola é, naturalmente, preparar-se para a vida, onde o ensino não se resume a contemplar um direito individual, mas
30
também a formação para o exercício da cidadania. A escola deve se tornar mais interessante para os alunos e alunas que a freqüentam e os conteúdos precisam estar mais contextualizados em seu cotidiano e nas suas necessidades, visto ser um dos grandes problemas enfrentados, pois o que temos são conteúdos que provocam a falta de interesse dos alunos e acabam também por comprometer o respeito dos estudantes pelos seus mestres, o que ocasiona a indisciplina que hoje assola as escolas.”
Com cuidado para não ser vítima do engano de ensinar “coisas da realidade do
aluno” a comunidade escolar deve privilegiar o conhecimento, a formação humanística de
modo a garantir aos estudantes uma compreensão sócio-econômico-política capaz de
orientá-los na transformação de sua condição de classe. A propósito, a escola precisa
tomar consciência de que historicamente sua função está ligada as lutas por emancipação
social beneficiando a formação científica, filosófica, artística e política dos alunos em
detrimento dos interesses imediatos, dos conteúdos utilitaristas e limitados. (Klein).
A comunidade escolar precisa ainda considerar as peculiaridades do ensino
médio noturno, planejar práticas pedagógicas que atendam o aluno que trabalha
diariamente. Nesse sentido Sueli da Silva Martins, afirma:
“Nesta perspectiva, para formarmos alunos capazes de re-elaborarem o
pensamento de forma significativa, caminhar na construção de uma escola média
noturna inclusiva, faz-se necessário enfrentar o desafio da complexidade, isto é,
repensar as teorias da educação dentro de um contexto mais abrangente, com
visões e entendimentos de perspectivas globais, buscando dentro do contexto
histórico, compreender qual a melhor metodologia de ensino a ser utilizada,
traçar metas identificando que tipo de alunos queremos formar e para que tipo de
sociedade, isso porque para trabalhar com as classes populares, os enfoques
não podem ser simplificadores, mas sim ricos e diversificados”.
Nesse sentido, queremos uma escola questionadora e participante, que promova
a vida e a dignidade humana, com um ambiente acolhedor, de convivência prazerosa,
capaz de lidar com as diferenças, livre de preconceitos, e que cumpra sua função de
promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de
possibilitar ao educando condições de emancipação humana. (NRE/CGE, 2008).
31
CONHECIMENTO
O homem é o agente criador de seu destino e construtor de seu conhecimento.
Ser este que possui valores, crenças e costumes diferenciados, concebidos por diferentes
povos através das práticas sociais e conhecimentos acumulados.
Conscientes disso devemos, “construir” um conhecimento que nos permita
compreender o mundo e nossa sociedade de maneira plural, coletiva e crítica. Que nossa
prática pedagógica tenha necessariamente, como ponto de partida para o ato educativo, a
cultura do aluno, o saber por ele produzido.
Como afirma J. Gimeno Sacristán e A. I. Pérez Gómes (1998, p.64) “os alunos
devem participar na aula trazendo tanto seus conhecimentos e concepções como seus
interesses, preocupações e desejos, envolvidos num processo vivo, em que o jogo de
interações, conquistas e concessões provoque, como em qualquer outro âmbito da vida, o
enriquecimento mútuo.”
CULTURA
Cultura implica no reconhecimento da existência de uma sociedade plural e
diferenciada e na necessidade de se agir respeitosamente e criteriosamente para que
essa pluralidade não provoque conflitos de ordem étnica, religiosa e cultural.
O Brasil é uma nação formada por várias culturas. Indivíduos provenientes das
mais diversas partes do mundo ajudaram a povoar e a construir esse país, que tem como
maior característica à diversidade cultural.
A variedade cultural dos brasileiros está à flor da pele. Graças à mistura das três
matrizes raciais foi possível obter uma população heterogênea, rica e bastante própria em
nosso país. Mesmo assim, a história comprova que nem sempre reconhecemos a sua
importância social.
A existência de muitas culturas não significa que uma seja superior, ou melhor, do
que a outra. O problema é que na sociedade capitalista tudo é hierarquizado, as
diferenças étnicas e culturais são transformadas em desigualdades.
Numa sociedade de liberalismo globalizado, como conciliar a antinomia entre o
32
direito universal à igualdade e o respeito às diversidades culturais? Analisar a diversidade
sócio-étnico-cultural significa entender, em primeiro plano, que na situação de classe
agregam-se outras condições como: pertencimento étnico, diferenças etárias, de gênero,
geográficas, religiosas de visões de mundo, projetos individuais, desejos, valores,
experiências vividas e ressignificadas etc.
Diferenças culturais e condição de classe são categorias que não se excluem,
pois fazem parte de uma totalidade. Porém, na sociedade neoliberal contemporânea a
diversidade é admitida até o ponto em que representa uma vantagem para o capital no
sentido de ampliar e diversificar o mercado.
Em uma mesma sala de aula estão reunidas muitas culturas e essa diversidade
de sujeitos implica práticas pedagógicas e demanda de políticas diferenciadas, ou seja,
feitas de acordo com as necessidades sociais e não apenas conforme os critérios
burocráticos. Nessa direção é possível afirmar que as práticas educativas devem estar
fundamentadas na alteridade, devem quebrar a “cultura do silêncio”, para que os
educandos possam falar e serem ouvidos.
Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as esperanças,
lutas, trajetórias e especificidades culturais que caracterizam os alunos a levar em
consideração os saberes e fazeres pedagógicos mais interculturais, mais reflexivos e
menos excludentes.
CIDADÃO E CIDADANIA
Cidadania é a participação política, econômica e social do cidadão, que como
membro de um Estado, goza de direitos que lhe permitem participar da vida política.
Para ser um cidadão atuante o indivíduo pode intervir na direção dos negócios
públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na
sua administração, e passa a ter a sua disposição uma série de canais para participação,
controle e influência das instituições político-sociais voltadas para o todo. Estes canais
vão do direito de votar ao direito de ser votado, da liberdade de expressão à possibilidade
de assumir cargos políticos.
Como afirma, Moacir Gadotti (2004, p.38)”... a cidadania é essencialmente
consciência de direitos e deveres e exercício da democracia. Não há cidadania sem
33
democracia.”
O complexo conceito de cidadania está relacionado à dignidade humana e para
as melhorias de condições de vida do indivíduo e seu meio. Dessa forma, se o indivíduo
é incapaz de perceber-se como membro de seu país, ele desenvolve suas atividades
cotidianas à margem dos canais e lugares de participação na vida pública,
impossibilitando assim qualquer ação que possa vir a influenciar a sociedade como um
todo. Com isso, acaba por manter uma posição passiva, entendendo que qualquer
melhoria na sua condição de vida são presentes e não resultado de sua atitude e escolha
pessoal.
A escola tem enfrentado o desafio de criar mecanismos e ações que possibilite o
estudante sentir-se como um membro da sociedade, e dessa forma atuar para alterar a
realidade, exigindo seus direitos e garantias fundamentais, mas também cumprindo seus
deveres de cidadão.
TECNOLOGIA
De modo simples, tecnologia quer dizer, o encontro entre ciência e engenharia.
Incluindo também a fabricação de ferramentas cada vez mais eficazes para a atividade
humana e a implementação de políticas que incorporem estas tecnologias na escola, as
quais buscam auxiliar o processo ensino-aprendizagem.
O uso pedagógico dos instrumentos tecnológicos pelo professor como: laboratório
de informática, TVs multimídias, TV Paulo Freire e outros, deve ser conduzido através da
instrumentalização técnica e do referencial teórico que dê suporte à reflexão crítica sobre
a ação pedagógica. O professor, ao se apropriar didaticamente e conscientemente das
tecnologias permite a inclusão e o acesso de alunos a conteúdos e a saberes ainda não
experimentados, assim facilita a aprendizagem e proporciona mudanças nos processos
educacionais.
Cabe a escola, especialmente à pública, inserir e disseminar aos alunos e
comunidade escolar, o acesso a esta tecnologia.
34
ENSINO APRENDIZAGEM
A escola deve exercer um papel humanizador, socializador e colaborador na
formação do cidadão crítico e consciente, pela mediação do conhecimento científico,
estético e filosófico.
Nesse sentido, para que possa realizar esta função, é preciso levar em conta a
vida cotidiana daquele que “aprende” e a daquele que “ensina”, uma vez que cada um
traz consigo elementos extrínsecos à realidade escolar, os quais devem ser relevantes
dentro do espaço de criação e recriação das relações que se estabelecem no ambiente
escolar.
Para isso, segundo Luckesi (2005, p.133):
“... à escola interessa trabalhar com os conteúdos da cultura elaborada, mas sem descuidar da cultura cotidiana comum. Na prática escolar deve ocorrer uma continuidade e uma ruptura com a cultura do senso comum. O elaborado, na prática escolar deve retomar o cotidiano e manter com ele uma continuidade, mas também deve romper com ele na medida em que o reelabora”.
Para que o processo ensino-aprendizagem seja de qualidade, este deve ser uma
constante troca de experiências, onde o educador é o mediador das oportunidades de
experimentação científica - para isso é necessário que ele esteja calçado no
conhecimento científico produzido historicamente – e o estudante, aquele que permite a
análise e exploração, em sala, da prática social. Para efetivamente promover a
aprendizagem, o professor precisa ter clareza dos cinco passos do método proposto por
Saviani, fundamentada na concepção histórico-crítica. São eles:
1) prática social: relação contraditória entre o cotidiano e o não-cotidiano, bem
como a relação entre a experiência de cada um e as experiências acumuladas
pelo conjunto da sociedade ao longo de sua história.(Mazzeu, 2009).
2) Problematização: precisa ser entendida não apenas como identificação das
necessidades que a prática cotidiana coloca para o professor, e que são por ele
captadas, ou como levantamento dos temas que emergem de sua experiência
anterior ou de sua história de vida, mas também (e sobretudo) como criação de
necessidades novas e como colocação de novos temas como objeto de reflexão,
em função de necessidades da prática social. (Mazzeu, 2009).
3) Instrumentalização: consiste em levar o professor a elaborar seus próprios
35
instrumentos e seu discurso, através da apropriação da produção dos outros. O
caminho para conseguir isso seria articular essa instrumentalização com a
reflexão sobre os problemas e as necessidades de uma prática, que pretende
assegurar o sucesso escolar e ao mesmo tempo, propor procedimentos,
materiais didáticos e textos de fundamentação teórica que respondam às
necessidades dessa prática e não se baseiem em condições idealizadas de
trabalho. ( Mazzeu, 2009).
4) Catarse: Trata-se da constituição de uma espécie de “segunda natureza”, isto
é, são formas de pensar e agir produzidas histórica e socialmente, que se
incorporam de tal maneira na estrutura psíquica do indivíduo que as utiliza que
aparecem como formas naturais, mas que na verdade resultam de um longo
processo educativo. (Mazzeu, 2009).
5) Prática Social: É a mesma (do primeiro passo) no sentido de que a
transformação das formas de pensar e agir em face dos conteúdos escolares (a
partir de sua apropriação em atividades universalizantes, conscientes e livres)
não significa uma transformação das condições sociais objetivas da escola e
muito menos da sociedade como um todo. Essa transformação precisa se dar em
todas as instâncias da prática social, especialmente no âmbito da produção da
existência material. Ao mesmo tempo, a prática social já não é a mesma uma vez
que professor e alunos transformaram-se nesse processo, o que se reflete nas
outras instâncias da sociedade. (Mazzeu, 2009).
A realidade mostra que grande parte dos docentes ainda está em conflito com
relação a que teoria deve aplicar. Se uma progressista ou nas quais teve fundamentada
sua formação, prejudicando assim de modo considerável o processo ensino-
aprendizagem.
A aprendizagem do aluno depende, em grande parte da competência profissional
do educador, do seu compromisso com a formação daquele, de um fazer pedagógico
relevante e significativo, e de tratar o estudante como sujeito e não como objeto do
processo ensino-aprendizagem.
De todo modo, a escola tem por objetivo dar sua contribuição para a
transformação social, para melhoria da qualidade do ensino e, socializar o saber
elaborado, condição para atingir uma verdadeira democracia.
36
AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação determina que a avaliação deve ser
contínua e cumulativa, deve priorizar os aspectos qualitativos, o desempenho em sala de
aula, em detrimento aos aspectos quantitativos, provas e exames finais, com objetivo final
de garantir a aprendizagem a todos os alunos.
Entretanto, quando a questão legal e as teorias chegam até a escola, elas deixam
de ser simples definições e passam a ser uma das etapas mais polêmicas e difíceis do
processo de ensino-aprendizagem.
Apesar de presente na teoria, estas idéias precisam também ser concretizadas e
desenvolvidas para modificar as práticas cotidianas.
Segundo Vasconcelos (2005, p.41) “... é a distância entre a teoria e a prática, ou,
mais do que a distância, a não percepção ou a não tematização desta distância, o que (os
professores) deixa sem instrumentos de intervenção na realidade.”
Ainda, que conhecendo a teoria na prática de sala de aula, a avaliação deve ser
utilizada como um meio e não fim de acompanhamento do processo ensino
aprendizagem, o qual permite conhecer o resultado, modificar e melhorar as práticas,
traduzindo-se num aumento da qualidade de ensino.
Felizmente, aqui no Colégio Estadual do Parque San Remo I, durante o processo
de construção do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar, a comunidade
escolar teve a oportunidade de analisar, discutir e socializar a teoria. Ainda assim, o
coletivo escolar acredita ser prudente inserir no conceito de avaliação a definição do tipos
de avaliação. Tais definições foram produzidas pela Coordenação de Gestão Escolar
CGE/CADEP, de leitura fácil e objetiva é de grande apoio teórico a toda escola:
Avaliação Diagnóstica: tem como objetivo a análise de conhecimentos que o aluno deve possuir num dado momento, para poder iniciar novas aprendizagens. Este dado momento pode ocorrer em qualquer período, desde que se esteja no início de uma nova unidade do programa. A avaliação diagnóstica permite que se faça um prognóstico, isto é, permite-nos prever os resultados a atingir. Assim, um prognóstico mal elaborado poderá fixar metas demasiado elevadas ou baixas para os alunos.Avaliação Formativa: é, a modalidade de avaliação a que se dá mais atenção. Está presente na LDB, Desempenha uma função semelhante à avaliação diagnóstica (por isso alguns autores não fazem a sua separação) e acontece sempre que o professor entender conveniente, no decurso do processo de aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que apresentaram dificuldades, para que se possa reorientar o trabalho com estas
37
últimas, possibilitando a todos os alunos a proficiência desejada. Há, ainda, confusão entre avaliação formativa e avaliação contínua. Entretanto, o fato de ser contínua, embora seja condição necessária, pode não ser suficiente, pois é indispensável que seja formativa, isto é, que a informação produzida seja reinvestida na melhoria do processo pedagógico. (...) Em síntese, podemos dizer que a avaliação formativa serve: ao professor para, através das informações colhidas, reorientar a sua prática; ao aluno para que compreenda a aprendizagem não como um produto de consumo mas um produto a construir, e de que ele próprio tem um papel fundamental nessa construção.Avaliação Somativa: é periódica e acontece no final de período, ciclo ou ano. Seu objetivo é aferir resultados que foram recolhidos por avaliações formativas e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino. Enquanto que a avaliação formativa é interna ao processo, analítica e mais centrada sobre o estudante do que sobre o produto acabado, a avaliação somativa privilegia os resultados. A sua função é mais de certificação para comprovar o tipo de eficácia do programa educativo conduzindo à sua continuidade, alteração ou suspensão. A avaliação somativa deve ser criteriosa, clara, transparente e servir também para que o sistema (escola e professor) se confronte, constantemente, com a medida da sua (in)eficácia. A avaliação somativa complementa, assim, um ciclo de avaliação em que foram já utilizadas a avaliação diagnóstica e formativa, trazendo a todo o processo as seguintes contribuições: revelar que foram já conseguidas aprendizagens que o aluno anteriormente não possuía e que não foram consumadas outras aparentemente adquiridas; alerta para matérias mais difíceis de assimilar, para estratégias que não foram inteiramente eficazes ou para um tempo de aprendizagem que se revelou insuficiente, contribuindo deste modo para o aperfeiçoamento do ensino e o sucesso da aprendizagem. Constitui, assim, um instrumento valioso na tomada de decisões sobre opções curriculares ou sobre inovações educativas. Em suma, a função da avaliação somativa é posicionar o aluno em relação ao cumprimento dos objetivos. Por conseguinte, a finalidade deste tipo de avaliação é a tomada de decisões sobre apoios e complementos educativos e regime de progressão do aluno. (PARANÁ, 2008).
O ponto mais relevante da discussão coletiva tem sido a definição dos princípios
que o colégio deve respeitar na avaliação. Além de definir que a avaliação deve ser
democrática, reflexiva, transparente e motivadora, concluiu-se também que deve ser
realizada durante o processo.
Inicialmente o professor faz a avaliação diagnóstica que tem por objetivo
determinar a situação de cada aluno antes de iniciar o processo educativo e adaptá-lo
conforme as necessidades da classe, para manter a consciência de como está a
aprendizagem dos estudantes e o seu próprio trabalho o professor propicia a avaliação
contínua e formativa, já que estas são práticas essenciais para nortear as decisões sobre
o que e como fazer para intervir no processo ensino-aprendizagem e superar as
dificuldades. E finalmente, com a avaliação cumulativa, através de um conjunto de
38
avaliações realizadas no decorrer do bimestre e ano, de forma continuada, progressiva,
sobre variados instrumentos e procedimentos, o professor “estabelece balanços
confiáveis dos resultados obtidos ao final do processo, consegue verificar também se os
alunos adquiriram os comportamentos previstos e, se por conseqüência têm os pré-
requisitos necessários para aprendizagens posteriores ou para determinar os aspectos
que devem ser modificados em uma futura repetição da mesma seqüência de ensino-
aprendizagem”.
Segundo Hoffmam (2000, p.21):
“...Avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação e reflexão num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno, em seu processo de aprendizagem, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos, libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas”.
Tão importante quanto a própria avaliação, são os critérios para avaliar e os
instrumentos avaliativos. Com a finalidade de melhorar a prática da maioria dos
professores, a equipe pedagógica acredita ser necessário definir os dois conceitos. O
texto elaborado pelas equipes dos NRE/CGE cumpre com eficácia esta árdua missão:
Critérios: compreendidos como um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente estabelecidos e descritos na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente. Estes devem ser conhecidos pelos alunos favorecendo a transparência, a orientação do trabalho discente e co-responsabilidade do aluno no processo de aprendizagem. Portanto, remete-nos a compreender que os critérios, instrumentos, forma e conteúdo caminham numa mesma perspectiva. Instrumentos: são os meios e recursos utilizado para se alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O importante é destacar que este fim não é a aquisição pura e simples de conhecimento, mas o seu processo de (re) elaboração e as ações a que conduz os alunos em relação a uma prática social, tendo em vista a própria condição humana.(CGE, 2009).
O Regimento escolar do estabelecimento, em seu artigo 120, § 4º, incisos I e II,
traz um rol - apesar de exemplificativo - bastante completo dos diversos instrumentos. O
mesmo dispositivo legal foi inserido no marco operacional deste documento para
disponibilizar ao professor uma gama de instrumentos que ele pode e deve utilizar.
Seguindo a lição de Lea Depresbiteris:
“Diversificar instrumentos permite ao professor a obtenção de um número maior
39
e mais variado de informações e possibilita ao aluno diferentes formas de
expressão. Afinal, nenhum instrumento de avaliação é completo em si mesmo”
Após discussão e reflexão o coletivo deste Colégio concluiu que para realizar esta
avaliação, na prática, é necessário toda a comunidade escolar, pensar e agir buscando
este objetivo.
Segundo Vasconcelos (2005, p.25):
“... a mudança não se dá de uma vez (tudo e já); vemos a necessidade de passos pequenos, assumidos coletivamente, mas concretos e na direção certa, desencadeando um processo de mudança com abrangência crescente. Sala de aula, escola, grupo de escolas, comunidade, sistema de ensino, ... trata-se de uma luta a educação”.
As ações para esta caminhada já estabelecidas estão descritas no marco
operacional.
Outro item objeto de reflexão e que invariavelmente gera polêmica nas assembléias do estabelecimento é a recuperação de estudos. Se por um lado equipe pedagógica, equipe de direção e alguns professores defendem o direito do aluno e apelam inclusive para o texto da lei, alguns professores argumentam que não existe tempo hábil para tal recuperação, e que esta segundo a lei deve ocorrer concomitantemente ao período letivo, em horário de contra-turno.
A bem da verdade a recuperação de estudos é um direito do aluno e segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96) é incumbência do professor zelar pela aprendizagem do aluno e estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento. Dessa forma, é válida a conceituação de Vasconcellos (2003):
“a recuperação de estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas”.
No mesmo sentido, Hoffmann, acrescenta:“O grande equívoco das escolas, a meu ver, está em conceber recuperação como repetição e não como evolução natural no processo de aprendizagem. Não se trata de voltar atrás, mas de prosseguir com experiências educativas alternativas que provoquem o estudante a refletir sobre os conceitos e noções em construção/elaboração”.
É com esse ideal que a comunidade escolar espera trabalhar neste estabelecimento de ensino.
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GESTÃO DEMOCRÁTICA
Democracia demanda participação. A escola pública deve ser o espaço
privilegiado para o exercício da democracia através da participação de toda a comunidade
escolar.
Segundo Paro (2004, p.10):
“ Se queremos uma escola transformadora, precisamos transformar a escola que temos aí. E a transformação desta escola passa necessariamente por sua apropriação por parte das camadas trabalhadoras. É nesse sentido que precisam ser transformados o sistema de autoridade e a distribuição do próprio trabalho no interior da escola”.
Na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola:
educadores, alunos, funcionários e pais nas decisões sobre seus objetivos e seu
funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões superiores e
dotar a escola de autonomia e de recursos.
De acordo com Gadotti e Romão (2004, p.67), a participação exige aprendizado.
Principalmente quando se trata de uma população – o que é nosso caso – que,
historicamente, tem sido alijada dos processos decisórios de seu país. As experiências
revelam que tanto a comunidade externa quanto a interna à escola apresentam limites
quanto à participação na gestão democrática. Portanto é necessário capacitar todos,
principalmente pais e alunos, para responderem às exigências dessa prática.
É a gestão democrática na escola, o melhor caminho para se ter um ensino de
qualidade.
CURRÍCULO
“O currículo é um fenômeno histórico, resultado de forças sociais políticas e
pedagógicas que expressam a organização dos saberes vinculados à construção de
sujeitos sociais” (caderno Pedag., Porto Alegre, dez. 1996).
Segundo Sacristán (2000):
“... todas as finalidades que se atribuem e são destinadas implícita ou
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explicitamente à instituição escolar, de socialização, de formação, de segregação ou de integração social, etc., acabam necessariamente tendo um reflexo nos objetivos que orientam todo o currículo, na seleção de componentes do mesmo, desembocam numa divisão especialmente ponderada entre diferentes parcelas curriculares e nas próprias atividades metodológicas às quais dá lugar. Por isso, o interesse pelos problemas relacionados com o currículo não é senão uma conseqüência da consciência de que é por meio dele que se realizam basicamente as funções da escola como instituição”.
No Estado do Paraná as Diretrizes Curriculares Estaduais estão sendo
construídas com a participação dos profissionais de cada área de ensino. Houve análises,
reflexões e trocas de experiências na definição do caminho a ser seguido, mas é no
momento da elaboração do Plano de Trabalho Docente, que o professor consegue
estabelecer uma relação com a qualidade vivida pelos alunos e suas necessidades,
adequando assim os conteúdos a serem trabalhados.
Como ensinam os professores Silva e Costa, se é para ter uma seleção e
compreendendo que ela não é neutra, carrega consigo um objetivo, faz-se necessário ter
critérios claros para a escolha. A título de exemplificação Silva e Costa, sugerem os
critérios sugeridos pelo texto das Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e
Adultos no Paraná, mas que serve para o Colégio San Remo I.
Nesse sentido, como um primeiro critério para a seleção dos conteúdos e das práticas educativas está a relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente. A escola necessita perguntar para si mesma sobre a procedência e importância dos saberes por ela mediatizados e, ao mesmo tempo, avaliar sobre as possibilidades dos saberes transpostos didaticamente para as situações escolares repercutirem no contexto social mais amplo, uma vez que é próprio do processo educativo reelaborar, de modo singular, o saber já constituído.Um segundo critério para a seleção dos saberes e das práticas pedagógicas tem a ver com os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto aos educandos. Tais processos necessitam enfatizar o pensar e promover a interação entre os saberes docentes e discentes na busca de conteúdos significativos. A atividade escolar possui maior valor pedagógico se estiver associada ao pensamento reflexivo. O educador deve perceber o que o educando sabe e o que precisa saber, conhecendo-o no conjunto: profissão, religião, desejos, anseios, características e ideologias, por meio do diálogo e da observação permanentes.Um terceiro critério refere-se à organização do processo ensino aprendizagem, dando ênfase às atividades que permitem a integração entre os diferentes saberes. Estas devem estar fundamentadas em valores éticos, favorecer o acesso às diversas manifestações culturais, articular as situações relacionadas na prática escolar com a prática social, além de privilegiar uma diversidade de ações (experiências, projetos, etc.) integradas entre as disciplinas escolares, a partir de um quadro conceitual (categorias, idéias, etc.) e um quadro instrumental (aula expositiva, pesquisa, etc.) a fim de tornar vivos e significativos os conteúdos selecionados.O quarto critério para a seleção de conteúdos e práticas refere-se às possibilidades dos mesmos articularem singularidade e totalidade no processo de conhecimento experienciado na escola. Nesse sentido, os conteúdos selecionados devem refletir os
42
amplos aspectos da cultura, tanto do passado quanto do presente, assim como as possibilidades futuras, identificando as mudanças e permanências inerentes ao processo de conhecimento na sua relação com o contexto social. Considera-se que tais conteúdos são essenciais porque transcendem o contexto particular dos educandos garantido o acesso ao conhecimento nas suas múltiplas naturezas – política, econômica, cientifica, ético-social, dentre outras – contribuindo para a formação da consciência histórica e política dos educandos. Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim para se efetivar o processo educativo. (Paraná, 2006).
Portanto, currículo é uma caminhada feita coletivamente, e, em cada realidade
escolar, de forma diferenciada, por meio de um processo de reflexão, comprometido com
a transformação social.
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é o órgão máximo da escola; agrega representantes dos pais,
alunos, funcionários, professores e direção da escola, constituindo-se como meio
permanente da prática democrática e participativa nos aspectos consultivo, deliberativo e
fiscalizador. É o órgão gestor que cria mecanismos de participação efetiva e democrática
da comunidade escolar, desde a definição da programação e aplicação de recursos
financeiros, do projeto político-administrativo-pedagógico, da elaboração e alteração do
regimento escolar, da definição do calendário escolar, observando a legislação vigente.
Realizada a cada dois anos, a eleição para Conselhos Escolares nas escolas
públicas, busca ter a comunidade escolar junto à direção para garantir uma gestão
efetivamente democrática. Atualmente podem votar todos os alunos matriculados com
frequência regular, pais e/ou responsáveis, todos os professores, funcionários da escola e
representantes dos movimentos sociais organizados da comunidade.
GRÊMIO ESTUDANTIL
Organização legalmente constituída que representa os interesses dos estudantes
dentro da escola e em alguns momentos também fora dela. O grêmio estudantil tem por
43
objetivo oferecer aos estudantes um espaço para reflexão e discussão sobre a
aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e a consciência de seus direitos.
É uma das oportunidades que os alunos tem de discutir, criar e fortalecer inúmeras
possibilidades de ação na própria escola e em toda a comunidade.
Um grêmio bem constituído contribui para aumentar a participação dos alunos nas
atividades da escola. Normalmente atua desde a organização de campeonatos esportivos
até a elaboração de projetos, promoção de palestras e discussões acerca do
planejamento e programação do trabalho da escola.
O processo eleitoral, necessário para sua formação, é uma experiência
democrática de grande relevância para o processo pedagógico. É um momento
apropriado para a consolidação da identidade do aluno como cidadão porque permite
iniciar sua vida política como sujeito de um processo coletivo de escolha e tomada de
decisão.
ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DO ENSINO MÉDIO
De acordo com a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o
estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Lei do Trabalho
– CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1.943, e a Lei nº 9.394 de
20 de dezembro de 1.996; revogada as leis nº 6.494, de 07 de dezembro de 1.977, e
8.857, de 23 de março de 1.994, o parágrafo único do art. 82 da lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1.996, e o art. 6º da MP nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências de forma que concebe o trabalho como princípio educativo pressupõe
oferecer subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e
contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica
oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de
dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, requer o acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, possibilitando ao futuro
trabalhador apropriar-se das etapas do processo de forma conceitual e operacional.
Os conhecimentos escolares permitem ao estudante e futuro atuar no mundo do
trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
44
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário,
não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de
forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricas que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam traduzidas para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir
das relações de trabalho.
Ao pedagogo cabe acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno,
ainda que em via não presencial para que esta possa mediar a natureza do estágio e as
contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os
conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que forma tais
relações se estabeleça histórica, econômica, política, cultural e socialmente.
REPRESENTANTE DE TURMA
No início do ano letivo, um aluno é eleito para representar a turma em diversos
momentos. Suas funções vão desde tarefas simples como dar avisos até atividades mais
complexas como reunir e coordenar a turma para discussão e reflexão sobre os
problemas, dificuldades e tomada de decisões.
É o representante de turma – ou na falta dele, o seu suplente – que comparece
nas reuniões dos Conselhos de Classe com o compromisso de fazer reivindicações junto
ao corpo docente, ouvir e expor para os demais alunos as orientações dos professores.
Para tanto, o representante deve ser capaz de ouvir a turma e expressar as opiniões e
necessidades dela junto ao Conselho de Classe ou mesmo perante a equipe pedagógica
ou a direção.
Nas ocasiões onde ocorre alguma polêmica é o representante de turma o aluno
responsável por relatar o ocorrido e esclarecer o mal-entendido. Para tanto, a turma deve
ter a preocupação de eleger alguém com capacidade de se expressar e ser respeitado
por todos.
Obviamente, para que os representantes de turma sejam capazes de realizar um
bom trabalho, a equipe pedagógica deve orientar estes alunos de modo permanente.
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CONSELHO DE CLASSE
Entende-se por Conselho de Classe órgão colegiado e uma instância avaliativa
que conta com a participação de professores, equipe pedagógica, secretário,
representantes de turma, normalmente sob a presidência do diretor, com objetivo de
analisar, discutir e refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem ocorrido em cada
sala de aula, prioriza a discussão pedagógica em torno dos processos de ensino, de
aprendizagem e avaliação e tem como objetivo redefinir práticas pedagógicas e superar a
fragmentação do trabalho escolar e garantir a aprendizagem a todos os alunos. É um
momento em que os participantes visam discutir e avaliar a aprendizagem, o desempenho
dos alunos, a postura e a tomada de providências do professor e da escola perante as
dificuldades constatadas.
O papel do Conselho de Classe é oportunizar momentos para que a comunidade
escolar possa refletir se a escola está alcançando as metas estabelecidas coletivamente
nos documentos norteadores do processo (Projeto Político Pedagógico, Regimento
Escolar, entre outros). Desta forma, os envolvidos avaliam se estão conseguindo formar
homens sujeitos da história, conscientes na escolha dos caminhos que levam ao
crescimento individual, comunitário e social.
O Conselho de Classe permite que a escola perceba se está ou não cumprindo
sua função primordial de ensinar e de experimentar o conhecimento que permita ao
estudante compreender o mundo e a sociedade de maneira plural, coletiva e crítica,
obedecendo aos seguintes critérios:
1. avanços obtidos na aprendizagem;
2. trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
3. desempenho do aluno em todas as disciplinas;
4. Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
5. situações de inclusão;
6. questões estruturais que prejudicam os alunos;
7. não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram média
para aprovação devem ser submetidos à análise e decisões do Conselho;
8. não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno
tenha sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é sua possibilidade
46
de acompanhar a série seguinte;
9. questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve
priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes ou seu
comportamento.
10. ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não que significa que
não possa ser aprovado no ano seguinte. A análise, nestes casos, deve voltar-se às
ações e ao acompanhamento pedagógico deste aluno, e se estes foram suficientes para o
aluno ter oportunidade de aprendizagem. (CGE, 2009).
Durante o Conselho de Classe, além de analisar a turma de modo geral, são
também analisadas a aprendizagem e as particularidades de cada aluno. Para tanto, o
Conselho de Classe deve partir do desempenho inicial do aluno e verificar os avanços e
progressos alcançados por ele, apontando medidas capazes de auxiliar seu progresso.
O Conselho de Classe pode ser estruturado em três momentos. O pré-conselho, o
conselho propriamente dito e o pós-conselho. A Coordenação de Gestão Escolar/Paraná,
conceitua-os da seguinte forma:
O Pré-conselho de Classe: este procedimento se configura como oportunidade
de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à análise do colegiado,
permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino, com vistas à
superação dos problemas levantados e que não são privativos deste ou daquele
aluno ou desta ou daquela disciplina. É um espaço de diagnóstico do processo
de ensino e aprendizagem, mediado pela equipe pedagógica, junto com os
alunos e professores, ainda que em momentos diferentes, conforme os avanços
e limites da cultura escolar. Não se constituem em ações privativas, implicam em
decisões tomadas pelo grupo/coletivo escolar
O Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho (grande
grupo), são discutidos os diagnósticos e proposições levantados no pré-conselho,
estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais, entre níveis
de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos.
A tomada de decisão envolve a compreensão de quais metodologias devem ser
revistas e que ações devem ser empreendidas para estabelecer um novo olhar
sobre a forma de avaliar, a partir de estratégias que levem em conta as
necessidades dos alunos. A forma como as reuniões são previstas no calendário
levam em conta este modelo de Conselho do qual falamos e não aquele que
47
simplesmente legitima o fracasso a partir da sua constatação. A escola tem
autonomia para se organizar e realizar reuniões pedagógicas ao longo do ano,
desde que, previstas em calendário.
O Pós-conselho de classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações previstas no
Conselho de classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno aos
alunos sobre sua situação escolar e as questões que a fundamentaram
(combinados necessários); retomada do plano de trabalho docente no que se
refere à organização curricular, encaminhamentos metodológicos, instrumentos e
critérios de avaliação; retorno aos pais/responsáveis sobre o aproveitamento
escolar e o acompanhamento necessário, entre outras ações. Todos estes
encaminhamentos devem ser registrados em ata.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF)
É um órgão de representação dos pais, professores e funcionários de cada
escola, eleitos para discutir ações que melhorem a qualidade de ensino e fomentem a
participação e a integração da família com a escola e com a comunidade.
A APMF é um órgão colegiado instrumento que se estiver motivado e ativo é
capaz de discutir a política educacional e assegurar condições de eficácia do processo
ensino-aprendizagem. Contribui, também, com o entrosamento entre pais, alunos,
professores e funcionários e toda a comunidade, desenvolve atividades sócio-educativas,
culturais e desportivas. Visa representar os reais interesses da comunidade escolar,
buscando uma escola pública, gratuita e universal.
A APMF também tem a função de gerenciar recursos financeiros e colaborar com
a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, para tanto,
necessariamente, precisa estar legalmente constituída.
CAPACITAÇÃO CONTINUADA
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A tarefa do professor é extremamente importante, portanto ele deve estar
preparado para exercê-la plenamente, considerando que a prática é dinâmica e aberta, e
que o professor não se propõe a realizar uma atividade mecânica e repetitiva, deve estar
constantemente atualizado para exercê-la, pois mesmo quem saiu dos melhores centros
universitários sabe que não domina tudo que a atividade educativa exige, tendo
necessidade de aprimoramento contínuo.
O professor deve ser um pesquisador e precisa estar sempre estudando, lendo,
buscando. Também deve participar de palestras, seminários e cursos de
aperfeiçoamento. As reuniões pedagógicas também são de fundamental importância, pois
estas são momentos para troca de experiências e reflexão do trabalho desenvolvido. “O
diálogo entre professores é fundamental para consolidar saberes emergentes da prática
profissional” (Nóvoa, 1992, b: 26).
REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO
De acordo com Paro (2004, p.114) ”Os inúmeros problemas educacionais e o
verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade
moderna. Urge empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que
inviabilizam a construção de uma escola pública que prepare cada indivíduo para lutar e
se defender, nas melhores condições possíveis, no cenário social”.
Se estamos convencidos da relevância social da escola, é preciso afirmar seu
compromisso com a qualidade dos serviços que presta, com a eficiência com que ela
alcança seu fim específico, que consiste na apropriação do saber pelo educando.
Assim, invariavelmente em todas as reuniões sejam com professores, pais,
direção, restrita à equipe pedagógica, com coletivo da escola, as discussões, os
questionamentos, reflexões, problemas e sugestões são apresentados com objetivo de
melhorar a qualidade da educação do Colégio Estadual do Parque San Remo I.
O que podemos fazer para oferecer uma educação transformadora da realidade -
permeada por desigualdades e injustiças - desses alunos e alunas? O que é possível à
escola fazer para ajudar esses meninos e meninas a libertarem-se das drogas, da
violência, do tráfico, da morte, da ignorância, da indisciplina e da pobreza, sem
49
secundarizar os conteúdos? Como orientar os professores para que em suas aulas
tenham segurança necessária para estabelecer uma relação entre a teoria, o
conhecimento científico acumulado pela humanidade e a prática, especialmente a
vivenciada no dia-a-dia dos educandos? Como é possível subsidiar o aprimoramento
teórico-metodológico do coletivo de professores da escola? Como agir para garantir a
participação democrática de toda a comunidade escolar e orientar esta comunidade a fim
de que ela interfira na construção de um processo pedagógico numa perspectiva
transformadora, promovendo a interação escola-comunidade, de forma a ampliar espaços
de participação, de efetiva democratização das relações?
De acordo com Peréz (198, p.18), “Compreender a extensão, a complexidade e
as especificidades dos mecanismos de socialização na escola requer uma análise
exaustiva das fontes e fatores explícitos ou latentes, acadêmicos ou sociais...”. Ainda
nesse sentido Paro (2004, p.147) afirma que “A escola justifica sua existência e torna
válida sua atuação ao traçar sua proposta pedagógica no livre consenso dos nela
interessados e por ela solidariamente responsáveis e ao propiciar-lhes as condições de
efetividade com eficiência”.
Por fim, encorajar e permitir a participação de todos da escola articulando
interesses e expectativas são ações que permeiam e acompanham o trabalho da equipe
pedagógica na construção do Projeto Político Pedagógico. Estamos tendo a oportunidade
de refletir sobre o rumo a ser tomado, sobre a direção a ser buscada. Temos o
compromisso sócio-político moral de lutarmos para alcançar o sucesso. Ainda, que não
raramente, sintamo-nos despreparados, inexperientes, frágeis e incapazes de encontrar
uma resposta que seja satisfatória, no momento seguinte concentramo-nos em
pensamentos como este:
“Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da
intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico e criativo, pedagógico, no sentido de se definir as ações
educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e
sua intencionalidade”. (VEIGA, Lima Passos A.(org). Projeto Político Pedagógico da
Escola. Campinas: Papirus, 1995).
A propósito, a escola está para transformar as relações sociais, socializar o saber
sistematizado, indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção e
sistematização de um novo saber, nascido da prática social.(NRE/CGE, 2008). Este deve
ser o propósito da ação pedagógica do coletivo escolar do Colégio do Parque San Remo
50
I.
ACESSO E PERMANÊNCIA
A Constituição Federal, em seu artigo 206, inciso I, prevê, dentre outros
princípios, a igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
Nos grandes centros populacionais o acesso à educação é uma grande
preocupação. A procura por vaga é muito maior do que a quantidade ofertada. O
dispositivo constitucional visa proteger justamente as crianças das grandes localidades,
onde, se não houver a intervenção do poder público, ficam excluídas pela dificuldade de
acesso.
Para amenizar este problema o Poder Público está utilizando a tecnologia do
geo-referenciamento, que permite direcionar o aluno para estudar no estabelecimento
mais próximo de sua residência. Até o ano de 2008 mesmo com esta providência, nos
períodos matutino e vespertino, o Colégio enfrentava dificuldades para receber todas as
matrículas. As salas estavam bastante lotadas e tínhamos muita procura por vagas,
porém por falta de espaço físico não era possível dividir as turmas. Por consequência,
perdemos diversas matrículas. Obviamente, estes alunos eram orientados a procurar um
outro colégio para ter acesso à escola. Com o fim da dualidade administrativa – entre
estado e município – a estrutura ficou disponível para uso do estado e a partir de 2009 a
escola pode receber mais alunos. Prova disso é o aumento considerável no número de
matrículas. Com relação ao período noturno temos um número reduzido de alunos e uma
disponibilidade maior de vagas.
Para cumprir a determinação Constitucional do acesso à escola, os governos
oferecem o transporte escolar gratuito. Atualmente este transporte oferecido pelo
Município é terceirizado e estamos enfrentando problemas com os horários de saída e
chegada do ônibus. A escola providenciou o encaminhamento de ofício à Câmara
Municipal de Vereadores e ao Núcleo Regional da Ensino com o objetivo de resolver o
problema enfrentado com o transporte, mas apesar disso a comunidade escolar não
acredita na solução do problema por ele já ser crônico. Para amenizar a polêmica, a
escola antecedeu o horário do período vespertino em 10 minutos, com a devida
autorização dos pais e registro em ata.
51
Com relação à permanência, o Colégio Estadual do Parque San Remo I tem
enfrentado sérios problemas, especialmente no Ensino Médio. O estabelecimento perde
aluno por desistência e por transferência.
No caso de transferência as principais alegações são: mudança para outros
bairros e cidades, emprego localizado próximos às escolas do centro e horários de
trabalho rígidos que exigem que o aluno saia e vá direto para a escola, status oferecido
pelas escolas maiores e centrais, crença de que as escolas do centro oferecem um
ensino de melhor qualidade e ofertam maiores oportunidades.
No caso de desistência as principais alegações são: crença de que estudar não
exerce influência sobre a vida de cada indivíduo, cansaço por trabalhar durante o dia em
atividades exaustivas, desinteresse pelos estudos, gravidez e casamento precoce, brigas
no caminho para escola e receio de represaria de gangues, realização de hora-extra com
frequência e por consequência impossibilidade de chegar no horário nas primeiras aulas.
Aulas monótonas que não despertam o interesse pelo conhecimento e pela aprendizagem
dos estudantes, ausência da família ou desrespeito pelas orientações ofertadas pelos
pais, entre outras.
MARCO OPERACIONAL
Uma educação numa perspectiva democrática e comprometida com a construção
do conhecimento, independente das condições sociais, econômicas, étnicas, de gênero e
cultura, organiza-se para discutir coletivamente sua caminhada.
Sendo assim, este projeto, em termos operacionais traz o compromisso de
fortalecer e implementar ações sobre as dificuldades e problemas discutidos
coletivamente.
Como visto anteriormente, comparando os dados do ano letivo de 2006 e 2007
houveram avanços significativos. No entanto, quando a comparação é feita em relação
aos dados de 2007 e 2008 percebe-se um retrocesso, mesmo durante a implementação
do Programa Superação do Governo Estadual. É importante esclarecer que no ano de
2008, a comunidade escolar realizou diversos momentos de discussões, análises,
reflexões e planejamento do desempenho do colégio, com o objetivo de cumprir as
orientações da primeira etapa do referido programa. Em 2009 foram implementadas as
52
ações financiáveis – definidas na 1ª etapa do planejamento - do Programa de
Desenvolvimento da Educação (PDE) do Governo Federal em convênio com o Governo
Estadual. Em 2010 o trabalho prosseguirá e as ações da 2ª etapa do planejamento serão
realizadas.
O que se observa é que é um trabalho que tem grandes possibilidades de dar
resultados positivos, mas que serão observados somente a longo a longo prazo. Assim
sendo, além das ações que serão realizadas em função dos programas do Superação e
do PDE, a escola tem buscado implementar as ações a seguir descritas:
1. Lutaremos junto a Educação Especial do NRE para manter a Sala de Recursos
para alunos de quinta a oitava série que apresentem deficiência mental e
distúrbio de aprendizagem, pois a mesma só tem beneficiado nossos alunos e
fortalecido o processo ensino-aprendizagem dos mesmos.
2. Manteremos a sala de apoio à aprendizagem para alunos de quinta série, no
período matutino. Sendo o registro das intervenções, avanços e freqüência
efetivado em formulário próprio e livro de classe. Sempre que necessário,
realizaremos reuniões no período vespertino ou matutino entre os professores
regentes, professores da sala de apoio e equipe pedagógica para troca de
informações e planejamento de intervenções. Procuraremos, agora com a
disponibilidade de espaço físico, abrir uma sala de apoio à aprendizagem no
período vespertino para oferecer o benefício da mesma para os alunos do
período matutino.
3. Como o pré-conselho com professores e alunos é uma ação que tem
apresentado benefícios ao trabalho pedagógico da escola, o mesmo será
mantido e aprimorado nos próximos anos. Do mesmo modo será feito com o
conselho propriamente dito e com o pós-conselho. Na semana pedagógica de
2010 ficou definido que a equipe pedagógica irá priorizar a orientação aos
professores sobre os critérios a serem avaliados e discutidos nos Conselhos de
Classe.
4. Ao final de todo bimestre, a escola expõe e analisa os dados estatísticos das
médias bimestrais, por série e disciplina, para direcionar as ações da equipe
pedagógica junto aos professores e alunos, e de certo modo permitir que o
professor realize sua auto-avaliação do seu trabalho.
5. A equipe pedagógica, docente e de direção, sempre que julgar necessário, irá
53
estabelecer diálogo individual com os alunos que apresentam dificuldades
sejam elas relacionadas à aprendizagem, à frequência ou a disciplina. A
observação nos faz acreditar que esta aproximação contribui de forma positiva
para o trabalho pedagógico.
6. No início de todo ano letivo será realizado teste visual através de escala
optométrica nos alunos de 5ª e 6ª séries pelas professoras da sala de recurso.
Os alunos que apresentarem dificuldade visual, os pais ou responsáveis serão
comunicados e orientados a procurar um médico. A importância desta ação
consiste em detectar precocemente uma deficiência visual e propiciar condições
adequadas de aprendizagem para o aluno.
7. Devido aos problemas enfrentados com o transporte escolar, após diálogo com
a comunidade escolar, no ano de 2008 foi alterado o horário do período
vespertino das 13h10min às 17h30min para as 13h às 17h25mim. Acreditava-
se na época que a mudança seria temporária, mas como ainda hoje a alteração
atende a contendo os anseios da comunidade escolar, possivelmente ela será
definitiva. A propósito, a escola encaminhou requerimento para a Câmara de
Vereadores e em conversa informal com um vereador interessado em ajudar,
obteve a informação de que o este estabelecimento de ensino foi o único a se
manifestar por escrito dando conta de que o transporte escolar não atendia as
expectativas.
8. Encaminhamento de ofícios à Câmara Municipal e ao NRE, solicitando
mudança no horário do ônibus do período noturno, porque os estudantes que
trabalham – em torno de 90% - encerram a jornada as 18h e este é o horário
que o ônibus passa nos bairros mais distantes – Arco-Íris e Industrial – assim
fica inviável o uso do transporte. Muitos destes alunos veem para a escola
utilizando a bicicleta, mas isto os expõe a um risco que seria evitado se o
transporte saísse dos bairros por volta das 18h 45min.
9. A equipe pedagógica tem acompanhado, com a ajuda dos professores – que
por vezes é falha – a frequência dos alunos. Nos casos onde se verifica que o
aluno tem faltado, sem justificativa, a equipe entra em contato com o aluno, com
os pais ou responsáveis, por intermédio de bilhetes, ligações telefônicas e
visitas a residências. Nos casos em que o aluno continua faltando ou afirma que
irá desistir o caso é encaminhado a ficha da FICA ao Conselho Tutelar. A bem
da verdade a equipe não avalia que o trabalho do Conselho tem sido realizado
54
a contento. Os poucos casos encaminhados não são resolvidos e inúmeras
vezes o Conselho não aceitas as fichas. Por esta razão, a escola procura
convencer o aluno a retornar no menor tempo possível e sem a intervenção do
Conselho Tutelar.
10. Em 2008 a equipe pedagógica ofereceu formação para a comunidade escolar
com o intuito de tornar claros os objetivos e atribuições da APMF e Conselho
Escolar. No mesmo ano foi realizado disputa para eleger os membros de cada
colegiado. A pretensão para o futuro é dar continuidade na formação e realizar
um planejamento estratégico para cada uma das instâncias colegiadas.
11. Os alunos do Ensino Médio já participam do Conselho de Classe. Mas tanto
eles, quanto os alunos do Ensino Fundamental – que ainda não participam –
precisam de estudo e estímulo para participar de modo efetivo do Conselho de
Classe. Com relação ao Pré e Pós Conselho como é realizado com toda a
turma, a participação já acontece. Acredita que a participação dos alunos no
Conselho enriquece as discussões além de propiciar uma transparência
necessária ao bom andamento da escola.
12. Melhorar a divulgação das programações e atividades do colégio,
conversando com os próprios alunos sobre a importância da participação e
utilizando de cartazes, bilhetes e reuniões para divulgar as ações e obter a
participação mais efetiva da comunidade escolar. Esta ação tem como objetivo
melhorar as relações interpessoais e valorizar o trabalho realizado na escola.
13. Dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado desde 2006 e que foi
intensificado em 2007 com a inclusão do colégio no programa superação,
envolvendo toda a comunidade escolar, pais e responsáveis através de
reuniões mostrando dados sobre rendimento escolar bem como a participação
dos alunos no ENEM e Prova Brasil, método de avaliação, Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar, Regulamento Interno, transporte escolar,
Projetos e Programa FICA. Com esta medida, a equipe pedagógica, tem por
objetivo encontrar junto ao coletivo, soluções para os problemas que interferem
de modo prejudicial no processo ensino-aprendizagem.
14. Estimular a participação dos profissionais da educação nos cursos de
formação continuada e outros, informando dos cursos, convites e
proporcionando encontros para troca de experiências, com a formação
adequada, acredita que os profissionais estejam mais confiantes para atender
55
as necessidades do dia-a-dia escolar.
15. Questionar a realidade escolar formulando problemas, selecionando
procedimentos e verificando sua adequação em conjunto com a comunidade
escolar através de reuniões e grupos de estudo;
16. Realização de atividades relacionadas à Agenda 21, que acontecem de
maneira interdisciplinar com palestras, textos, DVDs, atividades artísticas e
culturais, produção de paródias, poesia e desenhos;
17. Assim como as demais disciplinas da Base Nacional Comum, as disciplinas
de Filosofia (1º e 2º ano do Ensino Médio) e Sociologia (2º e 3º ano do Ensino
Médio) devem atender as orientações das Diretrizes Curriculares Estaduais.
Em breve resumo, as referidas disciplinas serão trabalhadas a partir da prática
social de cada aluno sendo problematizada com a teoria apresentada pelo
professor por intermédio de textos variados, livro didático e livro didático
público. As avaliações são realizadas utilizando o debate, a síntese e a
realização de fóruns. Os detalhes podem ser verificados na Proposta Curricular
Pedagógica, anexa a este documento e ainda no Plano de Trabalho Docente a
disposição no estabelecimento de ensino.
18. A cultura Afro e Indígena, a Educação Ambiental, a Educação do Campo, e a
Inclusão e os demais desafios contemporâneos serão abordados pelos
professores de modo articulado aos conteúdos.
19. O conteúdo referente ao Estado do Paraná será contemplado e trabalhado
interdisciplinarmente e nas disciplinas de história e geografia articulado aos
demais conteúdos.
20. No final de 2008 a equipe pedagógica ofertou formação sobre os objetivos do
grêmio estudantil, atribuições e os passos para sua formação. No mesmo ano
foi criado o grêmio “Construindo um Novo Futuro”, aprovado seu estatuto e
eleito seus componentes. De certo modo em 2009 a equipe não conseguiu (em
função do acumulo de trabalho) realizar as ações planejadas para o grêmio.
Em 2010 o trabalho recomeça – inclusive por força do Projeto PDE Ações
Financiáveis – tendo como objetivo recompor a diretoria que está desfalcada,
elaborar o plano de ações e implementá-lo.
21. Promover condições de trabalho tornando acessível todo o material didático
e pedagógico existente no estabelecimento e provendo sempre que
possívelÍNDICE
56
22.
23.
24. APRESENTAÇÃO .............................................................................
.....
25.3
26. IDENTIFICAÇÃO ...............................................................................
.....
27.4
28. 29. Localização da
Escola .............................................................
30.4
31. 32. Aspectos históricos
essenciais ................................................
33.4
34. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO
ATENDIMENTO ................................
35.6
36. 37. Organização da entidade
escolar .............................................
38.6
39. 40. O uso dos espaços
escolares ..................................................
41.6
42. 43. Horário de entrada e saída dos alunos nos diferentes
períodos
44.7
45. 46. A distribuição das séries e
turmas ............................................
47.1
48. 49. Horário das
disciplinas .............................................................
50.1
51. 52. Quadro de
funcionários ............................................................
53.1
57
54. 55. As normas de
convivência .......................................................
56.1
57. 58. Objetivos
gerais ........................................................................
59.1
60. MARCO
SITUACIONAL .........................................................................
61.1
62. 63. Tabela .................................................................................
.....
64.1
65. MARCO
CONCEITUAL ...........................................................................
66.2
67. 68. Concepção de
sociedade .........................................................
69.2
70. 71. Concepção de
homem ..............................................................
72.2
73. 74. Educação ............................................................................
......
75.2
76. 77. Escola .................................................................................
......
78.3
79. 80. Conhecimento .....................................................................
.....
81.3
58
82. 83. Cultura ................................................................................
......
84.3
85. 86. Cidadão e
cidadania ................................................................
87.3
88. 89. Tecnologia .........................................................................
.....
90.3
91. 92. Ensino
aprendizagem .............................................................
93.
94. 95. Avaliação ............................................................................
....
96.3
97. 98. Gestão
democrática ................................................................
99.4
100.
101. Currículo .............................................................................
..........
102.4
103.
104. Conselho
Escolar..........................................................................
105.4
106.
107. Grêmio
Estudantil.........................................................................
108.4
109.
110. Estágio não-obrigatório no Ensino
Médio.....................................
111.4
59
112.
113. Representante de
turma .............................................................
114.4
115.
116. Conselho de
Classe.....................................................................
117.4
118.
119. Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF).................
120.4
121.
122. Capacitação
continuada..............................................................
123.4
124.
125. Reflexão sobre o trabalho
pedagógico.......................................
126.4
127.
128. Acesso e permanência
…...........................................................
129.5
130. MARCO
OPERACIONAL .........................................................................
131.5
132.
133. Avaliação do projeto político
pedagógico ..................................
134.6
60
135. REFERÊNCIAS ..................................................................................
.......
136.6
137.
138. outros recursos e materiais de acordo e previsto no Plano de Trabalho
Docente. Com os recursos financeiros provenientes do PDE a escola adquiriu
materiais que era o sonho para alguns professores, a exemplo dos 40
dicionários de Língua Inglesa, inúmeras literaturas infanto-juvenis e dezenas de
brinquedos pedagógicos. Em 2010 o estabelecimento irá implementar as ações
do PDE aprovado em 2009, realizará as ações e comprará novos materiais
didáticos. Estes deverão contribuir de modo significativo com o trabalho
educativo.
139. Lutamos – apesar das contradições internas – para que a escola tenha um
currículo voltado para a emancipação do aluno trabalhador. A bem da verdade
não tem sido tarefa fácil já que a formação dos profissionais sempre foi voltada
para a manutenção do status quo. Pequenas mudanças já são observadas.
140. A avaliação é diagnóstica, contínua, acumulativa e processual. Deve refletir o
desenvolvimento global e considerar os limites e possibilidades do aluno, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
A avaliação se dá em função dos conteúdos em consonância com Diretrizes
Curriculares Estaduais, este PPP, Proposta Pedagógica Curricular, o Plano de Trabalho
Docente e Regimento Escolar. Utilizando-se de métodos e instrumentos diversificados.
A recuperação de estudo, acontece após o professor analisar os avanços e
necessidades e propor novas ações pedagógicas que são realizadas de forma
permanente e concomitante ao processo ensino aprendizagem com procedimentos
didáticos metodológicos diversificados, conforme dispões o Artigo 120 do Regimento
Escolar, transcrito abaixo, na íntegra:
“Art. 120 O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da parte
“A” de valor 6,0 (seis) e pela parte “B”, de valor 4,0 (quatro) totalizando a nota final de
10,0 (dez).
§ 1º – A parte “A” será resultado de no mínimo 02 (duas) avaliações com
instrumentos diferenciados. A parte “B” será obtida por intermédio de, no mínimo, 02
61
(duas) atividades diversificadas;
§ 2º – O peso de cada instrumento será definido pelo professor, respeitando os
limites estabelecidos no caput deste artigo.
§ 3º – Os instrumentos de avaliação a serem utilizados deverão estar coerentes,
com o(s) objetivo(s) e conteúdo(s) da disciplina, devendo constar na Proposta Pedagógica
Curricular e no Plano de Trabalho Docente.
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .................................................................................. 3
IDENTIFICAÇÃO .................................................................................... 4
Localização da Escola ............................................................. 4
Aspectos históricos essenciais ................................................ 4
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO ................................ 6
Organização da entidade escolar ............................................. 6
O uso dos espaços escolares .................................................. 6
Horário de entrada e saída dos alunos nos diferentes períodos 7
A distribuição das séries e turmas ............................................ 10
Horário das disciplinas ............................................................. 10
Quadro de funcionários ............................................................ 11
As normas de convivência ....................................................... 13
Objetivos gerais ........................................................................ 13
MARCO SITUACIONAL ......................................................................... 14
Tabela ...................................................................................... 16
MARCO CONCEITUAL ........................................................................... 25
Concepção de sociedade ......................................................... 25
Concepção de homem .............................................................. 27
Educação .................................................................................. 28
Escola ....................................................................................... 30
Conhecimento .......................................................................... 32
62
Cultura ...................................................................................... 32
Cidadão e cidadania ................................................................ 33
Tecnologia .............................................................................. 34
Ensino aprendizagem ............................................................. 35
Avaliação ................................................................................ 37
Gestão democrática ................................................................ 41
Currículo ....................................................................................... 41
Conselho Escolar.......................................................................... 43
Grêmio Estudantil......................................................................... 44
Estágio não-obrigatório no Ensino Médio..................................... 44
Representante de turma ............................................................. 45
Conselho de Classe..................................................................... 46
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)................. 48
Capacitação continuada.............................................................. 49
Reflexão sobre o trabalho pedagógico....................................... 49
Acesso e permanência …........................................................... 51
MARCO OPERACIONAL ......................................................................... 52
Avaliação do projeto político pedagógico .................................. 63
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 64
§4º – Observando o que dispõe o parágrafo anterior, o professor utilizar-se-á dos
seguintes instrumentos:
I. Parte “A”, valor 6,0 (seis):
a – prova objetiva;
b – prova subjetiva;
c – prova mista (objetiva e subjetiva);
II. Parte “B”, valor 4,0 (quatro):
a – trabalho em grupo ou individual;
b – resumo de textos;
63
c – pesquisas;
d – relatórios;
e – leitura e interpretação de textos;
f – elaboração, leitura e análise de gráficos;
g – manuseio, análise e interpretação de mapas;
h – produção de textos, releitura de obras literárias;
e – resolução de exercícios de fixação.
Art. 121 – A cada bimestre o professor da disciplina proporcionará a retomada de
conteúdos, utilizando metodologias e recursos diferenciados (recuperação) a todos os
alunos que não atingirem a nota integral da seguinte forma:
§ 1º - A recuperação das partes “A” e “B” será realizada de modo que o aluno
possa atingir a nota máxima, possuindo valor substitutivo, valendo sempre a maior.
§ 2º – A recuperação dos conteúdos não atingidos da parte “A” e “B” poderá ser
recuperados em um único instrumento.
§ 3º – Em caso de falta não justificada em avaliação previamente agendada, o
aluno terá direito a uma oportunidade de recuperação daquele conteúdo.
§ 4º – Em caso de falta justificada em avaliação previamente agendada, o aluno
terá nova oportunidade de realizar o instrumento de avaliação e caso não atinja a nota
máxima terá direito a recuperação dos conteúdos não apropriados e oportunidade de
outro instrumento de avaliação”.
141. A hora atividade é realizada pelo professor, sendo utilizada para
planejamento, correção de atividades, registros no livro de classe, pré-conselho
com a equipe pedagógica, capacitação e discussão das dificuldades do dia-a-
dia. A escola propõe ainda, textos diversos com o intuito de propiciar
momentos de reflexão sobre a prática pedagógica e, discussões sobre ações
que promovam a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Na semana
pedagógica de 2010 o coletivo escolar concluiu que a equipe pedagógica
deverá priorizar o estudo de teorias, junto aos professores, numa parte da
hora-atividade.
142. O colégio está buscando uma forma de atender a instrução nº 02/2004 para
que a hora-atividade aconteça por disciplina. O que é uma dificuldade pois a
maioria dos professores não são lotados no colégio. Há ainda os inúmeros
64
casos onde o professor tem apenas duas ou três aulas no estabelecimento e
não faz hora-atividade no Colégio, fato este que ocorre principalmente no
período noturno.
143. Em relação a deficiência de recursos humanos foi solicitado através de ofício,
o suprimento da demanda para assistente de execução e auxiliar operacional.
144. A quadra esportiva, a quadra de areia e a praça com mesas e bancos são
utilizadas pelos alunos nas aulas de Educação Física, nas atividades artísticas
e culturais, nos intervalos para fazer atividades, estudar e lazer, além do
projeto Segundo Tempo que faz uso destes espaços nos turnos matutino e
vespertino. Estas atividades estão sendo bastante beneficiadas com a
inauguração da cobertura da quadra, ocorrida no início de 2010.
145. Atualmente, com espaço adequado, com aquisição de inúmeros livros e, com
um funcionário temporariamente disponibilizado para a função, a biblioteca tem
sido a “estrela” da escola. Ainda está longe do ideal, mas a conquista de um
espaço apropriado foi o pontapé inicial para termos uma legião de alunos
leitores.
146. O uso do laboratório de informática por alguns professores acontece de
maneira tímida, por falta de domínio e dificuldades, apesar da qualificação
oferecida pelo CRTE. Em 2009 foi a SEED ofereceu na escola o curso
Proinfo, que atendeu alguns professores do estabelecimento e professores
de outras escolas. Em que pese toda oferta de cursos pela SEED, durante a
semanaÍNDICE
147.
148.
149. APRESENTAÇÃO .............................................................................
.....
150.3
151. IDENTIFICAÇÃO ...............................................................................
.....
152.4
153.
154. Localização da
Escola .............................................................
155.
65
4
156.
157. Aspectos históricos
essenciais ................................................
158.4
159. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO
ATENDIMENTO ................................
160.6
161.
162. Organização da entidade
escolar .............................................
163.6
164.
165. O uso dos espaços
escolares ..................................................
166.6
167.
168. Horário de entrada e saída dos alunos nos diferentes
períodos
169.7
170.
171. A distribuição das séries e
turmas ............................................
172.1
173.
174. Horário das
disciplinas .............................................................
175.1
176.
177. Quadro de
funcionários ............................................................
178.1
179.
180. As normas de
convivência .......................................................
181.1
66
182.
183. Objetivos
gerais ........................................................................
184.1
185. MARCO
SITUACIONAL .........................................................................
186.1
187.
188. Tabela .................................................................................
.....
189.1
190. MARCO
CONCEITUAL ...........................................................................
191.2
192.
193. Concepção de
sociedade .........................................................
194.2
195.
196. Concepção de
homem ..............................................................
197.2
198.
199. Educação ............................................................................
......
200.2
201.
202. Escola .................................................................................
......
203.3
204.
205. Conhecimento .....................................................................
.....
20
67
3
207.
208. Cultura ................................................................................
......
209.3
210.
211. Cidadão e
cidadania ................................................................
212.3
213.
214. Tecnologia .........................................................................
.....
215.3
216.
217. Ensino
aprendizagem .............................................................
218
219.
220. Avaliação ............................................................................
....
221.3
222.
223. Gestão
democrática ................................................................
224.4
225.
226. Currículo .............................................................................
..........
227.4
228.
229. Conselho
Escolar..........................................................................
230.4
231.
232. Grêmio
Estudantil.........................................................................
233.
68
4
234.
235. Estágio não-obrigatório no Ensino
Médio.....................................
236.4
237.
238. Representante de
turma .............................................................
239.4
240.
241. Conselho de
Classe.....................................................................
242.4
243.
244. Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF).................
245.4
246.
247. Capacitação
continuada..............................................................
248.4
249.
250. Reflexão sobre o trabalho
pedagógico.......................................
251.4
252.
253. Acesso e permanência
…...........................................................
254.5
255. MARCO
OPERACIONAL .........................................................................
256.5
69
257.
258. Avaliação do projeto político
pedagógico ..................................
259.6
260. REFERÊNCIAS ..................................................................................
.......
261.6
262.
263. pedagógica de 2010, os professores confessaram ainda não dominar
inúmeras técnicas. Por esta razão a equipe de direção se comprometeu em
reivindicar junto ao CRTE formação em horários diferenciados para aprofundar
o conhecimento existente.
264. Apesar de já contarmos com espaço suficiente, os materiais do laboratório de
Física, Química e Biologia estão relacionados na sala dos professores para que
os mesmos utilizem em sala de aula, visto que ainda não temos instalações
adequadas. Este é um anseio dos professores destas disciplinas, que em breve
a escola provavelmente irá atender.
265. Os materiais didático-pedagógicos utilizados nas salas de Recursos e Apoio
à Aprendizagem em sua maioria, são confeccionados pelos professores destas
salas, e outros adquiridos através de bazar beneficente e doações do
comércio. Com os recursos do PDE – ações financiáveis, a escola já adquiriu
inúmeros brinquedos e materiais pedagógicos que possivelmente irá beneficiar
de modo significativo a aprendizagem dos alunos que frequentam estas salas.
266. Anualmente há eleição em cada sala para eleger o representante de turma. A
escola tem buscado ofertar formação para estes alunos com o objetivo de
prepará-los para participar dos conselhos e do Grêmio Estudantil.
267. Por uma questão pedagógica a escola preferiu não oferecer a Progressão
Parcial. A decisão foi tomada coletivamente e fundamentada no fato de que por
trabalhar e não ter maturidade suficiente os alunos não estavam obtendo a
aprendizagem necessária nas disciplinas reditas. Mas a escola continua
recebendo e atendendo os casos de Progressão Parcial oriundos de outras
escolas.
268. Coletivamente a escola elabora seu calendário escolar levando em conta as
70
determinações da SEED e as necessidades dos alunos e da comunidade
escolar.
269. A escola adota o critério de ordem de chegada das matrículas para definir a
composição das turmas. Com relação aos horários a escola busca atender, na
medida do possível, as necessidades dos alunos e a oferta do transporte
escolar.
270. Na semana pedagógica de 2010, definiu-se que a equipe pedagógica irá
priorizar as orientações aos professores que ainda não estão dispostos a
fundamentar sua prática na concepção histórico-crítica e as metodologias
apresentadas pelas DCE’S pertinentes a cada disciplina.
271. Oportunizar atividades e momentos para orientar os professores a trabalhar
de forma eficaz com jogos pedagógicos. Realização de oficina durante o
sábado para troca de experiências.
272. Realização de todas as ações estabelecidas no PDE-2009, até o término de
2010.
273. Ofertar momentos aos professores para reflexão sobre a prática pedagógica,
especialmente, as adaptações curriculares.
274. Realizar, bimestralmente, simulados da Prova Brasil em todas as séries do
ensino fundamental .
275. Incentivo, por parte da equipe pedagógica e de direção, para que os
professores trabalhem atividades semelhantes as que estão em provas como
Olimpíadas de Matemática, ENEM e Prova Brasil e material EUREKA
O colégio tem buscado, coletivamente, soluções para a problemática da reprova e
da evasão. Algumas soluções já estão sendo implementadas e a prioridade tem sido
melhorar a qualidade das aulas e por consequência da aprendizagem. Entre as ações,
destacamos as orientações e reflexões acerca do processo ensino-aprendizagem, a
busca constante do aprimoramento dos instrumentos que norteiam as aulas, o processo
de avaliação, a recuperação de estudos, o uso das tecnologias e o trabalho pedagógico
como um todo. A direção tem procurado gerir de modo transparente e democrático. O
Colégio tem buscado parcerias com a Igreja, a pastoral da Criança, os agentes de saúde
71
e o Conselho Tutelar, com o objetivo de trazer para a escola alunos novos e os
desistentes. Além das ações mais amplas, o Colégio tem buscado agir de modo
individualizado quando a situação exige, realizando visitas nas residências, tem se
empenhado nos contatos telefônicos e na conscientização dos estudantes, especialmente
os faltosos e desistentes.
Ainda há muito que fazer. Precisamos conquistar a participação efetiva dos pais
dos alunos que cursam o Ensino Médio, melhorar a estrutura física da escola e
principalmente melhorar a qualidade de ensino. Porém, avanços já são percebidos.
O mapa de sala é realizado para um bom andamento das aulas, sendo adotado
os critérios de: tamanho, dificuldade visual e auditiva.
A equipe pedagógica fará o acompanhamento efetivo do estágio, através de
relatório periódico do estagiário, avaliando suas atividades.
Ao longo do ano será comemorado junto a comunidade escolar, pais e
responsáveis algumas datas como: Dia das Mães, dos Pais, do Estudante e outras que se
fizerem necessárias, além de temas específicos conforme surgirem necessidades,
sempre levando em consideração a emancipação do aluno em relação à sociedade
capitalista e ao consumo inconsciente.
Para a realização das ações definidas neste Projeto Político Pedagógico, o
colégio conta com:
Recursos Humanos
– Direção;
– Equipe Pedagógica;
– Corpo Docente;
– Equipe Administrativa;
– Serviços Gerais;
– Órgãos Complementares;
– APMF ( Associação de Pais, Mestes e Funcionários);
– Conselho Escolar;
– Alunos de Ensino Fundamental e Médio;
Sendo que a função dos mesmos é definida pelo Regimento Escolar que segue
em anexo.
72
Recursos Financeiros
– Programa de Fundo Rotativo – repasse de recursos do Governo Estadual,
destinado à manutenção e despesas relacionadas com a atividade
educacional;
– Programa Dinheiro Direto na Escola repasse de recursos anual do
Governo Federal para aquisição de material permanente e de consumo.
– Recursos adquiridos através de promoções da APMF no sentido de
assegurar melhores condições de eficiência escolar.
Recursos físicos
– Livros para pesquisa, livros didáticos, romances e mapas;
– Equipamento de laboratório como microscópio, vidrarias e reagentes;
– Televisão, vídeo e DVD;
– Retroprojetor;
– Material esportivo;
– Quadra esportiva;
– Materiais de expediente;
– Laboratório de informática;
– TVs Multimídia.
– Data show e Notebook
AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do presente projeto se dará de forma continuada ao longo do ano
escolar, verificando se as atividades ajudaram a caminhar em direção à utopia
estabelecida em nosso marco conceitual, através de debates e reuniões bimestrais, para
os devidos ajustes quando necessário.
A construção do Projeto Político Pedagógico envolveu e sua avaliação envolve o
Conselho Escolar, APMFs, alunos, professores, funcionários, pais e responsáveis e busca
contemplar todos os anseios do coletivo.
73
REFERÊNCIAS
Caderno Grêmio Estudantil na Rede Estadual de Ensino do Paraná. Coordenação
de Apoio a Direção e Equipe Pedagógico – Curitiba, 1ª ed. 2007.
Diretrizes para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual versão preliminar
Julho – Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED, 2006.
Diretrizes para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual – Secretaria de
Estado da Educação do Paraná - SEED, 2008.
Estatuto do Conselho Escolar/ Paraná. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Coordenação de Apoio a Direção e Equipe
Pedagógico – Curitiba: SEED – PR, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros
escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (org) Autonomia da escola: princípios e
propostas. 6ª ed. - São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2004 – (guia da
escola cidadã; v.1).
74
GROPPA Julio (org) Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas
e práticas. São Paulo: Summus, 1999.
Instrução nº 02/2004 – SUED/SEED – Hora-atividade.
Instrução 05/2004 – SEED/DEE – Sala de Recurso de 5ª à 8ª série.
Instrução Conjunta nº 04/2004 – Sala de Apoio à Aprendizagem.
Estatuto da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, Coordenação
de Apoio a Direção e Equipe Pedagógico – Curitiba, 2007.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1996.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições - 17ª ed. - São Paulo: Cortez, 2005.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública, 3ª ed., 2004 Ed.
Ática.
PASSOS, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da escola: uma
construção possível, Campinas, SP: Papirus, 1995 – (Coleção Magistério:
Formação e Trabalho Pedagógico).
Regimento Escolar – 2008.
SANTOS, Elizabete. Et al (org) Educação e tecnologia na Secretaria de Estado
de Educação do Paraná – CETEPAR 2006.
SACRISTÁN J. Gimeno; GÓMEZ A. J. Pérez; ROSA Ernani F. da Fonseca (trad.)
Compreender e transformar o ensino – 4ª ed. - Artmed, 1998.
75
VASCONCELLOS, Celso dos Santos, 1956 – Avaliação: concepção dialética-
libertadora do processo de avaliação escolar, 15ª ed. - São Paulo: Libertad
2005 – (caderno Pedagógico do Libertad; V.3)
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .................................................................................. 3
IDENTIFICAÇÃO .................................................................................... 4
Localização da Escola ............................................................. 4
Aspectos históricos essenciais ................................................ 4
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO ................................ 6
Organização da entidade escolar ............................................. 6
O uso dos espaços escolares .................................................. 6
Horário de entrada e saída dos alunos nos diferentes períodos 7
A distribuição das séries e turmas ............................................ 10
Horário das disciplinas ............................................................. 10
Quadro de funcionários ............................................................ 11
As normas de convivência ....................................................... 13
Objetivos gerais ........................................................................ 13
MARCO SITUACIONAL ......................................................................... 14
Tabela ...................................................................................... 16
MARCO CONCEITUAL ........................................................................... 25
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Concepção de sociedade ......................................................... 25
Concepção de homem .............................................................. 27
Educação .................................................................................. 28
Escola ....................................................................................... 30
Conhecimento .......................................................................... 32
Cultura ...................................................................................... 32
Cidadão e cidadania ................................................................ 33
Tecnologia .............................................................................. 34
Ensino aprendizagem ............................................................. 35
Avaliação ................................................................................ 37
Gestão democrática ................................................................ 41
Currículo ....................................................................................... 41
Conselho Escolar.......................................................................... 43
Grêmio Estudantil......................................................................... 44
Estágio não-obrigatório no Ensino Médio..................................... 44
Representante de turma ............................................................. 45
Conselho de Classe..................................................................... 46
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)................. 48
Capacitação continuada.............................................................. 49
Reflexão sobre o trabalho pedagógico....................................... 49
Acesso e permanência …........................................................... 51
MARCO OPERACIONAL ......................................................................... 52
Avaliação do projeto político pedagógico .................................. 63
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 64
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