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COLÉGIO ESTADUAL PADRE FRANCISCO BELINOVSKI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO CAMPO LARGO 2011

PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO · secretaria, a sala da Direção, a sala da Equipe Pedagógica, o laboratório de informática, o banheiro das professoras e a sala de Apoio do Colégio

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE FRANCISCO BELINOVSKI –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO

CAMPO LARGO 2011

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I APRESENTAÇÃO...........................................................................................................04

II IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ...............................04

2.1 HISTÓRICO.......................................................................................................04

2.2 DO COLÉGIO.....................................................................................................05

2.3 CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO...............................................06

2.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS DO ESTABELECIMENTO....................07

2.4.1 Organização do Espaço..................................................................................09

2.4.2 Seleção do Material Didático...........................................................................10

2.5 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO TÉCNICO

DE APOIO, ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO......................................................11

III OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................................12

IV MARCO SITUACIONAL................................................................................................12

4.1 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE (CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA

E CULTURAL DA CLIENTELA E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO). ….........12

4.2 DADOS ESTATÍSTICOS DA APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO E APROVADOS

POR CONSELHO DE CLASSE NO ANO DE 2009/2010.......................................13

4.3 HORA ATIVIDADE …........................................................................................14

4.4 FORMAÇÃO CONTINUADA ….........................................................................14

V MARCO CONCEITUAL..................................................................................................15

5.1 PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA ESCOLA................................20

5.2 REDIMENSIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO.........................................................................................................21

5.3 ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS.............................................................26

5.3.1 Concepção de Infância e Adolescência Articulado a Concepção de

Ensino-aprendizagem..............................................................................................26

5.3.2 Concepção de Alfabetização e Letramento....................................................27

5.4 LEI Nº 10.639/03 E DELIBERAÇÃO DO CEE/PR (HISTÓRIA E CULTURA

AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA..................................................................................28

5.5 LEI Nº 11645/08 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, INDÍGENA E

AFRICANA.............................................................................................................. 28

5.6 LEI Nº 9795/99 - POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL..........30

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5.7 LEI Nº 13381/01 -HISTÓRIA DO PARANÁ........................................................31

5.8 LEI Nº 11343/06 - SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE

DROGAS..................................................................................................................32

5.9LEI Nº 11733/97 E 11734/97 E– EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO À AIDS

E DST.......................................................................................................................33

VI MARCO OPERACIONAL..............................................................................................33

6.1 AVALIAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO........................................33

6.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO............................34

6.3 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.................35

6.3.1 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO...........................................................37

6.4 DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO.......................................................37

6.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.......................................................................38

6.6 ESTÁGIO DE ESTUDANTES............................................................................38

6.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS.............................................................................39

6.8 PLANO DE AÇÃO PARA GESTÃO 2009/2010/2011........................................41

6.8.1 Justificativa......................................................................................................41

6.8.2 Objetivos Gerais.............................................................................................42

6.8.3 Ações..............................................................................................................42

6.9 PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO ENTRE ANOS INICIAIS E FINAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL E O ENSINO MÉDIO.....................................................44

6.10 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP.........................................................44

6.11 CALENDÁRIO

ESCOLAR........................................................................................45

6.12 CONSIDERAÇÕES

FINAIS......................................................................................45

VII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL..............45

7.1 LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................45

7.2 MATEMÁTICA....................................................................................................58

7.3 HISTÓRIA..........................................................................................................70

7.4 GEOGRAFIA....................................................................................................84

7.5 CIÊNCIAS..........................................................................................................92

7.6 ARTES.............................................................................................................100

7.7 EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................................113

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7.8 ENSINO RELIGIOSO......................................................................................122

7.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA– INGLÊS …........................................132

VIII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIO................................144

8.1 LÍNGUA PORTUGUESA......................................................................................144

8.2 ARTE....................................................................................................................154

8.3 EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................162

8.4 GEOGRAFIA.........................................................................................................173

8.5 HISTÓRIA.............................................................................................................186

8.6 MATEMÁTICA.......................................................................................................197

8.7 QUÍMICA...............................................................................................................205

8.8 FÍSICA...................................................................................................................210

8.9 BIOLOGIA.............................................................................................................216

8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS................................................223

8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL................…..................228

8.12 FILOSOFIA..........................................................................................................245

8.13 SOCIOLOGIA......................................................................................................251

IX PROGRAMA VIVA ESCOLA / MAIS EDUCAÇÃO.....................................................259

9.1 ATIVIDADE............................................................................................................259

9.2 NÚCLEO DE CONHECIMENTO..........................................................................259

9.3 JUSTIFICATIVA....................................................................................................259

9.4 OBJETIVOS DAS ATIVIDADES............................................................................259

9.5 CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO.........................................................................259

X REFERÊNCIAS............................................................................................................260

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I APRESENTAÇÃO

O Mundo atual passa por rápidas transformações tecnológicas, social,

comercial e monetária. A escola, com sua função histórica e social não pode desvencilhar-

se dessas transformações e mais, deve fazer parte delas. Buscando viver em

consonância com as novas tecnologias e vivências, levando em consideração as reais

necessidades da sociedade e comunidade visamos a melhoria da qualidade de ensino no

que diz respeito à formação do cidadão. Este estabelecimento de ensino se propõe a

vivência de novas práticas pedagógicas que venham de encontro aos anseios da vida

moderna e do exercício pleno da cidadania.

O presente projeto está voltado para uma educação democrática e para a

construção e o exercício da cidadania. Para sua aplicação, é necessário que haja

coerência entre o que é estabelecido e a ação educativa. Se alunos participativos, éticos,

críticos, solidários, autônomos, responsáveis e afetivos, são o que se quer, deve-se agir

da mesma forma.

No momento em que se propõe a elaboração de um projeto como este, deve-

se ter como ponto de partida o envolvimento dos diversos setores que compõe a unidade

escolar a que, em conjunto, se possa estabelecer os rumos a serem seguidos.

Este Projeto Político Pedagógico foi elaborado de forma coletiva, com a

participação da direção, equipe pedagógica, funcionários, professores, educandos e

comunidade escolar, com o objetivo e com a missão de que seja um instrumento de

ação dos elementos que realmente se preocupam em fazer da Escola Pública um espaço

de construção e socialização do conhecimento e dos valores democráticos, éticos e

básicos para o exercício da cidadania que acreditamos, oportunizando os alunos

desenvolver valores e atitudes como condição imprescindível para o exercício da

cidadania, esteira para o prosseguimento de estudos.

II IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 2.1 HISTÓRICO

A Escola foi criada no dia 26 de julho de 1982, com o nome de Escola Rural

Municipal ―Pe. Augusto Selemka‖, e funcionava onde hoje é a creche Gente Miúda.

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Mais tarde com a implantação de 5ª a 8ª série gradativamente, a comunidade

resolveu mudar o nome da Escola para Escola Municipal Integração Comunitária Ensino

pré-escolar e 1º grau, através da resolução nº 286 de 31/01/90. Nesta data o antigo local

onde funcionava foi desativado e passou a funcionar onde hoje estamos. A princípio foram

construídas 03 salas de aula, biblioteca, laboratório, refeitório, pátio coberto, nova

cozinha, totalizando assim 12 salas de aula e demais dependências.

Em janeiro de 1998 a Escola que até então era mantida totalmente pela

prefeitura Municipal de Campo Largo, foi de 5ª a 8ª série, estadualizada pela resolução nº

258/98 de 29/01/98 e passou a chamar-se Escola Estadual Pe. Francisco Belinovski –

Ensino Fundamental.

Em 2005 houve a implantação do Ensino Médio com 4 turmas sendo duas de

1º, 1 de 2º e uma de 3º. A partir de então a escola passou a chamar Colégio Estadual Pe

Francisco Belinovski – Ensino Fundamental e Médio

O Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski – Ensino Fundamental e Médio,

está situado na Rua Tarumã, s/n, Rodovia do Café Km 9, Jardim Guarany, CEP 83608-

440, Campo Largo, Paraná. Foi criada a partir da Resolução 258/98, DOE 29/01/98 e é

mantida pelo Governo do Estado do Paraná e pertence ao Núcleo Regional de Educação

da Área Metropolitana Sul.

2.2 DO COLÉGIO

Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski – Ensino Fundamental e Médio. Endereço: Rua Tarumã s/n Bairro: Jardim Guarani Campo Largo - Paraná CEP: 83607-240 Fone: 3649-4395 E – mail: [email protected] Código: 01325 Localização: Urbana Distância do Núcleo Regional de Educação: 20 Km

MODALIDADE: Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano e Ensino Médio.

ENTIDADE MANTENEDORA : Governo do Estado do Paraná

SEED - Avenida Água Verde – Curitiba - Paraná Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana Sul

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ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO: Ensino Fundamental Resolução nº 258/1998 Ensino Médio Resolução nº 3689/2006 ATO DE RECONHECIMENTO Ensino Fundamental Resolução nº 1877/2004

ATO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR Ato Administrativo nº023/2011 2.3 CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO

O Colégio atende 415 alunos regularmente matriculados de 6º ao 9º ano do

Ensino Fundamental e 1º ao 3º ano do Ensino Médio com idade entre 10 a 50 anos nos

períodos da manhã, tarde e noite. Dispõem de 10 professores QPM (quadro próprio do

magistério), 1 secretário, 2 auxiliares administrativos, 2 auxiliares de serviços gerais, 2

diretoras pedagógica-administrativa e 1 Pedagoga. O Colégio também conta com um

Grêmio estudantil e com o Conselho Escolar, além da APMF.

O horário das turmas da manhã é das 7 h e 30 min às 11 h e 50 min, das

turmas da tarde é das 12h e 45 min às 17h 05 min e das turmas da noite das 18 h e 30

min às 22 h e 40 min. No período da manhã há cinco turmas (6a A, 7a A, 8a A e 1º e 2º

ano A do Ensino Médio). No período da tarde, cinco turmas (5ª A, 5a B, 6a B, 7a B e 8ª B) e

no período da noite funcionam quatro turmas (1º B, 2º B, 3º A e 3º B do Ensino Médio). No

período da noite o Colégio oferta Espanhol Básico pelo CELEM, com 2 turmas (a turma A

com 25 alunos e a turma B com 17 alunos).

O prédio onde funciona 2 salas de aula, a biblioteca, a área coberta, a

secretaria, a sala da Direção, a sala da Equipe Pedagógica, o laboratório de informática, o

banheiro das professoras e a sala de Apoio do Colégio é de propriedade da Prefeitura

Municipal de Campo Largo. As demais 3 salas de aula, banheiros femininos, masculinos e

deficientes, a lavanderia e laboratório de ciências são da nova construção do Governo do

Estado.

As turmas estão assim distribuídas:

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MANHÃ

Turmas Número de turmas Número de alunos

7º ano A 1 30

8º ano A 1 28

9º ano A 1 24

1ª série A 1 34

2ª série A 1 27

TOTAL 5 143

TARDE

Turmas Número de turmas Número de alunos

6º ano A e B 2 52

7º ano B 1 32

8º ano B 1 29

9º ano B 1 28

TOTAL 5 141

NOITE - ENSINO MÉDIO

Turmas Número de turmas Número de alunos

1ª série B 1 15

2ª série B 1 28

3ª série A e B 2 46

TOTAL 4 89

2.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS DO ESTABELECIMENTO

Este Estabelecimento de ensino não possui sede própria utilizando o prédio da

Prefeitura, fazendo uso de quatro salas de aula, um banheiro masculino, um banheiro

feminino, a cozinha, a biblioteca, a área coberta, a secretaria em conjunto, uma sala para

equipe pedagógica e direção juntamente com o laboratório de informática.

A cancha desportiva pertence aos Estabelecimentos de Ensino Estadual e

Municipal (Integração Comunitária), sendo que a comunidade pode utilizá-la.

O Colégio dispõe:

01 AMPLIFICADOR DE SOM

01 AP. TELEFÔNICO

01 ARMÁRIO DE AÇO 12 PORTAS - SALA DOS PROFESSORES

05 ARMÁRIOS DE AÇO 02 PORTAS

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03 ARQUIVOS EM AÇO

01 BATEDEIRA INDUSTRIAL

14 CADEIRAS DE POLIPROPILENO

04 CADEIRAS GIRATÓRIA PARA ESCRITÓRIO

01 CORTADOR DE LEGUMES COM SUPORTE

01 DUPLICADOR A ÁLCOOL

01 DVD PLAYER - RJ 300MD

01 DVD GRADIENTE

06 ESTANTES ABERTAS

07 ESTANTES LATERAIS FECHADA

01 FAX – SHARP

01 FOGÃO A GÁS C/ 06 BOCAS

01 FOGÃO INDUSTRIAL C/ 04 BOCAS

01 FURADEIRA BLACK&DECKER

03 GLOBOS

0I IMPRESSORA LASER LEXMARK E230

01 IMPRESSORA MATRICIAL EPSON FX1170

01 IMPRESSORA MULTIFUNCIONAL HP 1315

01 LABORATÓRIO PARANÁ DIGITAL TIPO 01

01 MÁQUINA DE ESCREVER MANUAL – FACIT

01 MÁQUINA FOTOGRÁFICA

01 MESA DE POLIPROPILENO

01 MESA DE REUNIÃO

01 MESA PARA IMPRESSORA

03 MESAS DE ESCRITÓRIO C/ TRÊS GAVETAS

02 MESAS ESCRIVANINHA P/ MÁQUINA

05 MESAS PARA BIBLIOTECA

02 MESAS PARA COMPUTADOR

03 MICROCOMPUTADORES

02 RADIOS GRAVADOR COM CD NEPTUNE

01 RADIO GRAVADOR COM CD PHILIPS

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01 RETROPROJETOR TES2015

01 SCANNER HP2400

01 SINAL AUTOMATIZADO

RELÓGIO PONTO BIOMÉTRICO ORION SF5

01 TV EM CORES 20 POL. PHILIPS

01 TV EM CORES 21 POL. PANASÔNIC

01 VENTILADOR BRITÂNIA 30CM

04 VENTILADORES DE TETO

01 VENTILADOR FAIET 30CM

02 VENTILADORES DE PAREDE 02

01 VÍDEO CASSETE CINERAL quatro CAB

01 VÍDEO CASSETE PANASONIC cinco CAB

2.4.1 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

Uma sala de aula com carteiras fixas dificulta o trabalho em grupo, o diálogo e

a cooperação; armários trancados não ajudam a desenvolver a autonomia do aluno, como

também não favorecem o aprendizado da preservação do bem coletivo. A organização do

espaço reflete a concepção metodológica adotada pelo professor e pela escola .

É importante salientar que o espaço de aprendizagem não se restringe à

escola, sendo necessário propor atividades que ocorram fora dela. A programação deve

contar com passeios, excursões, teatro, cinema, visitas a fábricas, museus, enfim, com

as possibilidades existentes em cada local e as necessidades de realização do trabalho

escolar.

Porém, o ambiente físico do colégio também é de suma importância para

realizar atividades com os alunos, para tanto, este espaço deve ser adequado ao número

de alunos que o colégio suporta.

No dia a dia, deve-se aproveitar o espaço escolar para realizar atividades

diversificadas como ler, contar histórias, fazer desenho de observação, entre outros, mas,

dada a poça infra – estrutura da escola, é preciso contar com a improvisação de espaços

para o desenvolvimento de atividades específicas de laboratório de ciências, laboratório

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de informática, teatro, artes plásticas, música, esportes, etc.

A utilização e a organização do espaço e do tempo devem ser refletidas e

praticadas diariamente, pois refletem na concepção pedagógica e interferem diretamente

na construção da autonomia auxiliando no crescimento intelectual e social do aluno.

2.4.2 SELEÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO

Todo material é fonte de informação mas, nenhum deve ser utilizado com

exclusividade. É importante haver diversidade de materiais para que os conteúdos

possam ser tratados da maneira mais ampla possível.

O livro didático é um material de forte influência na prática de ensino

brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a

eventuais restrições que apresentem relação aos objetivos educacionais propostos. Além

disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser

utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma

visão ampla do conhecimento.

Materiais de uso frequente são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos

aprendem sobre algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o que

acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é aprendido na

escola e o conhecimento extra – escolar. A utilização de materiais diversificados como

jornais, revistas, folhetos, propagandas, computadores, calculadores, filmes, faz o aluno

sentir-se inserido no mundo à sua volta.

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos

alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados

em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as

demandas sociais presentes e futuras.

Com a Instalação do Laboratório de Informática na Escola, os professores

poderão:

Planejar suas aulas;

Realizar grupos de estudos, capacitações de Informática Pedagógica;

Consultar e Publicar ―Objetos de Aprendizagem Colaborativa OAC‖;

Viabilizar a participação em cursos a distância, possibilitando mais uma forma de realização na sua formação continuada;

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Realizar comunicações instantâneas;

Acessar o Portal Dia-a-dia Educação.

2.5 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO, TÉCNICO DE APOIO ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO:

NOME CARGO/FUNÇÃO HABILITAÇÃO NÍVEL ESCOLAR

Gelssi Natalina Mezzomo Scapini

Diretora Letras Port./ Inglês

Superior c/ Pós- Graduação

Simone Dalavale

Diretora auxiliar Geografia Ensino Superior

Cleonira Ap. F. Frizzas

Pedagoga

Pedagogia

Superior com pós-graduação

Fábio de Amorim Teodoro

Secretário

Administração

Superior

Evandro Luiz Nalepa

Auxiliar Administrativo

Educação Física Ensino Superior

Angela Pedroso da Silva

Auxiliar administrativo

-----

Ensino Médio

Elenita T. Marcondes

Auxiliar de Serviços Gerais

-----

Ensino Médio

Marlice S. S. De Oliveira

Auxiliar de Serviços Gerais

-----

Ensino Médio

CORPO DOCENTE :

NOME CARGO/DISCIPLINA HABILITAÇÃO NÍVEL ESCOLAR

Katleen Bahr A. Pereira

Profª de Matemática Matemática Ensino Superior

Edilene das Graças

Profª de Artes

Artes

Ensino Superior

Elaine Cruz Andrade

Profº de História/ Sociologia

História Superior c/ Pós Graduação

Elida Pondeli Profª Ed. Física Ed. Física Ensino Superior

Márcia Lima C. dos Santos

Profª de Hist/ Ens. Religioso

História Ensino Superior

Odete Rosa de Oliveira

Profª Português/ Inglês Letras Port./Inglês Ensino Superior

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Patrícia de Bona Mattos

Profº Inglês

Letras Port./Inglês

Superior c/ Pós Graduação

Silvia Maria de Oliveira

Profª. de Ciências/Biologia

Ciências Biológicas Ensino Superior

III OBJETIVOS GERAIS

Formar cidadão consciente e que tenha uma visão ampla do mundo;

Garantir a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos que são necessários

para a vida em sociedade;

Contribuir no processo de inserção social oferecendo instrumentos de

compreensão da realidade local;

Formar e educar a partir da concepção histórico-crítica, o homem cidadão: íntegro,

crítico, político, que saiba pensar e discernir, que conheça a si mesmo e aos outros;

que saiba relacionar com os outros na verdade; que tenha e que partilhe valores éticos,

morais e religiosos;

Ter o colégio como centro propulsor do saber, preparado para educar e para

orientar para a cidadania; onde o conhecimento seja sistematizado, gradativo e

integrado;

Promover a identidade cultural do aluno, inserindo-o no mundo que vive , para que

ele possa ver e pensar a realidade como um todo, com um certo distanciamento, de

forma autônoma, única possibilidade de transformá-la.

IV MARCO SITUACIONAL

4.1 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE (CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E

CULTURAL DA CLIENTELA E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO)

A população-alvo deste Estabelecimento advém dos Bairros: Jardim Guarany,

Passaúna, Caratuva, Cercadinho, D. Pedro II, Colônia Riviera, entre outros. Apresenta

dados estatísticos do rendimento familiar, a maioria (38%) ganha acima de R$ 600,00;

56,6% possuem Ensino Fundamental incompleto: 59,7% possuem casas de alvenaria;

66% dos alunos moram em casa própria; 75% moram com os pais, 15% só com a mãe,

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3,3% só com o pai e 1,1% com os avós e 2,9% com outros parentes. 3,3% são casados;

66% são católicos, 26,4% evangélicos, 1,1% Testemunhas de Jeová, 0,3% espiritas e

9,7% não possuem religião.

Grande parte das mães não trabalham, outras trabalham como domésticas,

cozinheiras, costureiras, diaristas, auxiliar de serviços gerais entre outros e os pais como

motoristas, operários, pedreiros, metalúrgicos, etc.

A participação dos pais não é efetiva, o Colégio realiza reuniões bimestrais com

os pais, mas a participação não é satisfatória.

O lazer da comunidade escolar se restringe a Jogar futebol, visitar parentes e

amigos e assistir televisão.

Em consideração a estes aspectos, a maioria dos alunos tem carência de

ordem, emocional e afetiva, o que exige de todas as pessoas envolvidas com o Colégio

muito empenho e dedicação na tentativa de torná-los competentes para compreenderem

e agirem inteligentemente em qualquer situação, favorecendo-lhes oportunidades de

construir suas próprias ferramentas de ação.

No Bairro Jardim Guarany, onde o Colégio está localizado, há uma escola

municipal que atende alunos de Educação Infantil, 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental e

alunos portadores de necessidades especiais, uma creche que atende crianças de 0 a 5

anos, um mini-posto de saúde, pontos comerciais, igrejas e indústrias. Nele há

associação de moradores e associação entre amigos.

O município de Campo Largo, sede da Escola, localiza-se na Região

Metropolitana de Curitiba (1º Planalto). Tem uma população aproximada de 120.000

habitantes.

Dentro do município, destacam-se alguns distritos e colônias (área rural) que

se formaram em torno de atividades agropecuárias e o turismo rural, onde seus

descendentes permanecem e cultivam diversos produtos até então.

Campo Largo se desenvolveu num perfil industrial ligado à cerâmica devido a

este fato é conhecido como ―Capital Nacional da Louça‖.

4.2 DADOS ESTATÍSTICOS DA APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO/APROVADOS POR

CONSELHO DE CLASSE NO ANO DE 2009/2010

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4.3 HORA ATIVIDADE

A hora atividade passou a integrar o contexto da Educação Básica em nosso

Estado recentemente. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (SEED) (2004) ―a

hora atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de docência, para estudos,

avaliação e planejamento.‖

Nesse espaço, o professor poderá trocar experiências com seus colegas e até

mesmo fazer uma ligação interdisciplinar com assuntos pertinentes possibilitando uma

riqueza maior ao processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a hora atividade deverá

ser distribuída, na medida do possível, de forma a favorecer o trabalho coletivo dos

professores que atuam nas mesmas disciplinas/ turmas ou por área do conhecimento,

para que seja favorecido o trabalho interdisciplinar.

Cabe à equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as

atividades. À direção, cabe sistematizar o quadro da distribuição da hora atividade,

acompanhando e informando à comunidade escolar a disponibilidade de horário que o

professor terá para atender alunos e pais de alunos. (SEED, 2004)

A hora atividade é uma conquista importante para a educação, pois pode contribuir

para um trabalho educacional mais reflexivo, eficiente e prazeroso tanto para os alunos,

quanto para os professores.

4.4 FORMAÇÃO CONTINUADA

Aprender e continuar aprendendo durante toda a vida profissional é uma

competência exigida não só para os alunos da educação fundamental e média, mas para

APROVADOS REPROVADOS APROV. CONS. CLASSE

2009 2010 2009 2010 2009 20105ª série 41 35 8 2 25 136ª série 33 42 7 5 17 207ª série 44 38 2 0 9 118ª série 36 38 1 1 17 91º ano 15 36 1 5 21 102º ano 25 38 3 2 17 33ª Ano 14 30 0 0 13 8T O T A L 208 257 22 15 119 74

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todos os profissionais, todas aquelas pessoas que estão inseridas no mundo do trabalho.

Outras competências e outros conhecimentos são necessários.

Formação continuada de professores e funcionários é organizada pelo diretor e

pela equipe pedagógica proporcionando a todos, oportunidade de adquirir novas

competências.

Pela formação continuada, os profissionais da educação buscam a atualização

necessária para desenvolver o seu papel na sociedade. A posição do ―pensar‖ de um

profissional deve estar em eterna transformação e em constante reorganização; é uma

espiral com pontos convergentes e divergentes, que podem ser comparados com o

percurso das sociedades, admitindo novos valores, novas visões e novas estruturas

sociais e políticas.

A proposta de formação continuada pela Lei 9394/96, em ―instituições

especializadas ou no ambiente de trabalho‖ (art. 40); ―mediante a capacitação em serviço‖

(inciso I, art. 61), vem sendo analisada como valorização profissional, colocando novos

desafios ao profissional da educação.

A formação continuada será realizada através de encontros pedagógicos

bimestrais, grupos de estudo, palestras com técnicos da educação, capacitações

descentralizadas, capacitações oferecidas pela SEED – CETEPAR, participação no

Projeto Folhas e no O.A.C. Objeto de aprendizagem colaborativo sob orientação da

equipe do CRTE/NREamsul.

Com o ensino de 9 anos faz-se necessário a busca de um trabalho interligado com

os anos iniciais e finais, portanto, essas capacitações devem ser oferecidas para que

professores da rede estadual e municipal trabalhem juntos.

Os momentos de transformação e exigência pelos quais a educação vem passando

têm apontado a necessidade de uma renovação no exercício da docência, tanto em

relação à atualização dos conhecimentos específicos da disciplina quanto ao seu fazer

pedagógico.

V MARCO CONCEITUAL

O Colégio Padre Francisco Belinovski admite como base teórica a concepção

histórico-crítica buscando proporcionar aos educandos e educadores uma relação

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dialética, na qual a prática é orientada pela teoria num constante processo de

aperfeiçoamento.

A educação é considerada como processo para o desenvolvimento humano

integral, instrumento gerador das transformações sociais. É sempre um ato político com a

intenção de formar sujeitos conscientes, centrada na apropriação do saber elaborado

como instrumento de luta social. Segundo Libâneo (2000, p. 31):

A educação consiste, pois, de uma prática social que envolve o desenvolvimento dos indivíduos no processo de sua relação ativa com o meio natural e social, mediante a atividade cognoscitiva necessária para tornar mais produtiva, efetiva, criadora, a atividade humana prática.

Nesta concepção de educação, a finalidade é formar cidadãos capazes de

analisar, compreender e intervir na realidade, visando ao bem – estar do homem, no plano

pessoal e coletivo. Para tanto, este processo deve desenvolver a criatividade, o espírito

crítico, a capacidade para análise e síntese, o autoconhecimento, a socialização, a

autonomia e a responsabilidade.

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a

necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos.

É na sociedade que o ser humano se manifesta e se comunica, identificando os

valores que são construídos e é dessa forma que se constrói os fatores predominantes

como os hábitos culturais.

A educação tem um papel fundamental na sociedade, alicerçando nos

educandos um pensamento crítico, reflexivo e transformador por meio das atividades

escolares.

É nesta perspectiva que a educação encontra um dos seus desafios: instrumentalizar o educando para sua emancipação social com equilíbrio e sobriedade, estabelecendo subsídios para a construção de uma sociedade fundada nos princípios da coletividade, justiça e liberdade sem restrições de qualquer natureza, permitindo a convivência na e pela diversidade (…) (PASSOS, 2011)

A escola deve ser inclusiva e constituindo a prática mais recente de que se tem

notícia num processo de educação para todos. Esta tem validade em princípios que visam

a aceitação das diferenças individuais, a valorização da contribuição de cada pessoa, a

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aprendizagem através da cooperação e a convivência dentro da diversidade humana.

Dentro deste sentido amplo e complexo, o homem deve ser atendido em toda a

sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam a sua necessidade, para que

analise, compreenda e intervenha na realidade.

A escola como instituição social, deve possibilitar o crescimento humano nas

relações interpessoais, bem como propiciar a apropriação do conhecimento elaborado,

tendo como referência a realidade do aluno, portanto:

(…) uma abordagem crítica social dos conteúdos é uma metodologia de ensino que possibilita aos alunos apreender o objeto de conhecimento nas suas propriedades, características, nas suas relações, nas suas contradições e nexos sociais. Por esse procedimento metodológico os conteúdos são ―situados‖ no mundo de hoje, ampliam a experiência cotidiana, levam a formar valores e convicções diante dos desafios da realidade. Em síntese, é pelo estudo ativo das matérias, pelos métodos de assimilação ativa providos pelo professor, pela observação, análise e síntese em relação aos objetos de conhecimento que os alunos podem desenvolver sua capacidade crítica e formar convicções. (LIBÂNEO, 2000, p. 140).

Neste contexto, deve possibilitar ao aluno a aquisição de uma consciência

crítica que lhe amplie a visão de mundo. Esta visão de mundo deve dar-lhe condições de

uma leitura interpretativa dos fatos sociais, das relações intra e interpessoais e dos

homens com a natureza.

O professor, como mediador entre o aluno e o conhecimento, deve ser um

profissional formador, reflexivo, consciente da importância do seu papel, comprometido

com o processo educativo, interfere e cria condições necessárias a apropriação do

conhecimento.

A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de situações

contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.

A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem informações e

subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do aluno. Ao se dispor dessas

informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,

planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da Instituição.

Dentro deste contexto, a cultura é um processo de auto-liberação progressiva

do homem, o que o caracteriza como um ser de mutação, um ser de projeto, que se faz à

medida que transcende, quer ultrapassa a própria experiência. Não há modelos de

conduta, mas um processo contínuo de estabelecimento de valores, produzindo a sua

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própria história.

As relações de trabalho estão calcadas nas atitudes de solidariedade, de

reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos

princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. Por isso,

todo esforço é feito para se gestar uma nova organização, levando em conta as condições

concretas presentes na escola. São propiciados espaços abertos à reflexão coletiva

favorecendo o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos

envolvidos com o processo educativo.

Sabe-se que no atual cenário educativo, a Gestão Democrática se configura

como sendo um desafio para a consolidação de um ensino verdadeiramente de

qualidade.

Nesse processo de democratização, entende-se que o gestor deve fazer uma

releitura de suas atribuições, a fim de rever algumas atitudes equivocadas no trato

educativo e, assim, traçar metas compatíveis com um ensino que esteja voltado ao

desenvolvimento pleno das competências dos educandos.

A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz

ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e

família, é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que

caracteriza como uma categoria eminentemente democrática.

Nessa perspectiva, a autonomia apresenta-se como um norte a ser perseguido,

no sentido de construir uma escola que esteja centrada numa postura democrática. Assim

sendo, a figura de gestores que descentralizam as ações no âmbito escolar, constitui o

elemento que fará a diferença na construção de um ensino competente e inovador. É

importante salientar que atuar em conjunto exige de todos o compromisso de estar

condicionado a um permanente desejo de renovação, sendo assim, é crucial que todos os

segmentos do Colégio revejam suas atribuições e que não as percam de vista, pois

O coletivo é um organismo social vivo e, por isso mesmo, possui órgãos, atribuições, responsabilidades, correlações e interdependência entre as partes. Se tudo isso não existe, não há coletivo, há uma simples multidão, uma concentração de indivíduos. (MAKARENKO, 2008)

Considerando esse novo perfil a ser construído, acredita-se que liderar não se

restringe, tão somente, às ações meramente administrativas e burocráticas, ao contrário,

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a concepção que se tem a esse respeito é que a gestão que o novo milênio exige é

aquela que atua em parceria com todos os segmentos que compreende a escola. Assim

sendo, entende-se que a escola que tem como parâmetro melhorar a qualidade do ensino

e fará dessa parceria e corresponsabilidade o seu diferencial.

Os objetivos gerais da gestão democrática são:

Democratizar o processo de planejamento

Melhorar a qualidade do ensino.

Resgatar a intencionalidade da ação educativa.

Superar o caráter fragmentado das práticas educativas.

Racionalizar os esforços e recursos para atingir os fins do processo

educacional.

Superar as imposições ou disputas de vontades individuais, construído a

participação de todos na gestão democrática.

Gerar esperança, a solidariedade e o exercício do trabalho coletivo.

Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições.

O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica,

voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já se pode falar

agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas,

epistemológicas.

A aprendizagem escolar está diretamente ligada ao currículo, organizado para

orientar os diversos níveis de ensino e a prática docente.

O conceito de currículo está associado à própria identidade da instituição escolar, à

sua organização e funcionamento e ao papel que exerce, ou deveria exercer, a partir das

aspirações e expectativas da sociedade e da cultura em que se insere.

O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já se pode falar agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas, epistemológicas. (MOREIRA; SILVA (orgs.), 2005, p. 07)

O currículo é construído a partir do Projeto-político pedagógico da escola

orientando as atividades educativas e as formas de executá-las definindo assim suas

finalidades. Pode ser visto como um guia de como e quando ensinar e avaliar.

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No âmbito da escola os sistemas educacionais devem ser modificados, não apenas

as suas atitudes e expectativas em relação aos alunos, mas, também, que se organizem

para constituir uma real escola para todos, que dê conta das particularidades de cada um.

5.1 PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA ESCOLA

A escola precisa considerar as expectativas dos alunos, pais, professores e da

comunidade onde está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo

educativo e os conteúdos devem ser extraídos da problematização da prática de vida dos

educandos. Tais conteúdos culturais e universais devem ser incorporados pela

humanidade sendo permanentemente reavaliados face as realidades sociais, conteúdos

indispensáveis a compreensão da prática social, pois

(...) a finalidade da nossa educação reside não somente em educar um homem de espírito criador, um homem- cidadão capacitado para participar com a máxima eficiência na edificação do Estado. Nós devemos educar, também, uma pessoa que seja obrigatoriamente feliz. (MAKARENKO)

É através da educação que ocorre o processo de transformação do indivíduo e

da sociedade e sua função é garantir condições para que o aluno construa instrumentos

que o capacitem para um processo de educação permanente. Onde este desenvolverá

potencialidades, irá qualificar-se para o trabalho e preparar-se para o exercício da

cidadania.

A partir do momento que o Colégio cumpre com seus objetivos reais e que a

educação estabeleça o processo ensino-aprendizagem se evidencia um trabalho

educacional voltado para uma formação capaz de atender as reais necessidades dos

alunos – ensino de qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.

A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto mediador do saber

deve direcionar e oportunizar toda a forma de conhecimento sempre visando obter um

saber mais elaborado, num contexto sócio-interacionista. Porém, o mais importante ainda,

é levar em consideração que o aluno não é um ser pronto, acabado e sim um ser que está

em constantes mudanças nos aspectos físicos, social, emocional e cognitivo. Uma pessoa

que aprende a realidade produz e consome conhecimentos e é na escola cumpridora de

seu papel, na educação consciente e através do educador comprometido que ele tem a

oportunidade de organizar-se melhor.

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5.2 REDIMENSIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

A dimensão pedagógica, reside na possibilidade de efetivação da finalidade da

educação e da escola na formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo.

A conquista dos objetivos propostos para o Ensino Fundamental e Médio

depende de uma prática educativa que tenha como eixo a formação de um cidadão

autônomo e participativo e o Colégio Padre Francisco Belinovski está disposto a pôr em

prática estes objetivos, para que o discurso não se torne distante da prática e realmente

se efetive a finalidade da educação que se propõe.

No entanto, há determinadas considerações a fazer a respeito do trabalho em

sala de aula, que extravasam as fronteiras de um tema ou área de conhecimento. Estas

considerações evidenciam que o ensino não pode estar limitado ao estabelecimento de

um padrão de intervenção homogêneo e idêntico para todos os alunos. A prática

educativa é bastante complexa, pois o contexto de sala de aula traz questões de ordem

afetiva, emocional, cognitiva, física e de relação pessoal. A dinâmica dos acontecimentos

em uma sala de aula é tal que mesmo uma aula planejada, detalhada e consistente

dificilmente ocorre conforme o imaginado: olhares, tom de voz, manifestações de afeto ou

desafeto e diversas outras variáveis interferem diretamente na dinâmica anteriormente

prevista. Desta forma, a intenção é apontar, no texto que se segue, alguns tópicos sobre

didática considerados essenciais pela maioria dos profissionais em educação: autonomia,

diversidade, interação e cooperação, disponibilidade para a aprendizagem, organização

do tempo e do espaço, seleção de material.

As Diretrizes Curriculares do Paraná propõem, nos objetivos gerais do ensino

fundamental e médio, a formação acadêmica do aluno que reflete, participa e assume

responsabilidades, sendo esta conquista da autonomia condição imprescindível para

alcançar o pleno exercício da cidadania e de uma integração e colaboração social no

meio onde está inserido.

A aprendizagem de determinados conceitos e valores é essencial na

construção da autonomia intelectual e moral do aluno: planejar a realização de uma

tarefa, identificar formas de resolver um problema, saber formular boas perguntas e boas

respostas, levantar hipóteses e buscar meios de verifica-las, validar raciocínios, saber

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resolver conflitos, cuidar da própria segurança e da de outros, colocar-se no lugar do

outro para melhor refletir sobre uma determinada situação, observar o cumprimento.

O desenvolvimento da autonomia depende de suportes materiais, intelectuais e

emocionais. Dessa forma, podendo ser um cidadão atuante e importante para sua

sociedade.

É importante ressaltar que a construção da autonomia não se confunde com

atitudes de independência. O aluno pode ser independente para realizar uma série de

atividades, enquanto seus recursos internos para se auto – governar são ainda

incipientes. A independência é uma manifestação importante para o desenvolvimento,

mas não deve ser confundida com autonomia.

As adaptações curriculares apontam para a necessidade de adequar

conteúdos, objetivos de avaliação, de forma a atender a diversidade dos indivíduos em

uma sala de aula. Para corresponder aos propósitos explicitados nas Diretrizes

Curriculares do Paraná, a educação escolar deve considerar a diversidade dos alunos

como elemento essencial a ser tratado para a melhoria da qualidade de ensino e

aprendizagem.

Atender necessidades singulares de determinados alunos é estar atento à

diversidade: é atribuição do professor considerar a especificidade do indivíduo, analisar

suas possibilidades de aprendizagem e avaliar a eficácia das medidas adotadas.

A atenção à diversidade deve se concretizar em medidas que levem em conta

não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos de que dispõe o aluno, mas

também a necessidade e importância do conhecimento sistematizado.

Desta forma, a atuação do professor em sala de aula deve levar em conta

fatores sociais, culturais e a história educativa de cada aluno, como também

características pessoais de déficit sensorial, motor ou psíquico, ou de super dotação

intelectual. Trata-se de garantir condições de aprendizagem a todos os alunos, seja

através de melhoramento na intervenção pedagógica ou de medidas extras que atendam

às necessidades individuais.

A escola, ao considerar a diversidade, tem como valor máximo o respeito às

diferença. As diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa;

podem e devem, portanto, ser fator de enriquecimento.

Por isso, somos convidados a fazer de cada hora de trabalho uma obra – prima

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de precisão, de ordem, de ética e de harmonia, seja qual for a função dentro da escola.

Um dos objetivos da educação escolar é que os alunos aprendam a assumir a

palavra enunciada e a conviver em grupo de maneira produtiva e cooperativa. Desta

forma, são fundamentais as situações em que possam aprender a ouvir, a dialogar, a

pedir ajuda, aceitar críticas e aproveitá-las, explicar um ponto de vista, coordenar ações

para obter sucesso em uma tarefa conjunta. É essencial aprender procedimentos dessa

natureza e valoriza-los como forma de convívio escolar e social.

A criação de um clima favorável a este aprendizado depende do compromisso

do professor em aceitar contribuições dos alunos (respeitando-as, mesmo quando

apresentadas de forma confusa ou incorreta) e em favorecer o respeito, por parte do

grupo, assegurando a participação de todos os alunos.

O estabelecimento de condições adequadas para a interação dos alunos não

pode estar pautado somente em questões cognitivas. Os aspectos emocionais e afetivos

são tão relevantes quanto os cognitivos, principalmente para os alunos prejudicados por

fracassos escolares ou que não estejam interessados no que a escola pode oferecer. A

afetividade, o grau de aceitação ou rejeição, a competitividade e o ritmo de produção

estabelecidos em um grupo interferem diretamente na produção do trabalho.

Para a execução e favorecimento do trabalho cooperativo é preciso considerar

a organização social para realização das atividades.

A organização dos alunos em grupos de trabalho influencia o processo de

ensino e aprendizagem, e pode ser otimizada quando o professor interfere na

organização dos grupos. Organizar por ordem alfabética ou por idade não é a mesma

coisa que organizar por gênero ou por capacidades específicas: por isso é importante que

o professor discuta e decida os critérios de agrupamento dos alunos. É necessário que o

professor decida a forma de organização social em cada tipo de atividade, em cada

momento do processo de ensino e aprendizagem, em função daqueles alunos

específicos. Agrupamentos adequados, que levem em conta a diversidade dos alunos,

tornam-se eficazes na individualização do ensino.

O convívio escolar pretendido depende do estabelecimento de regras e normas

de funcionamento e de comportamento que sejam coerentes com os objetivos definidos

na proposta pedagógica. A comunicação clara destas normas possibilita a compreensão

pelos alunos das atitudes de disciplina demonstradas pelos professores dentro e fora da

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classe.

A motivação e o interesse são aspectos fundamentais para qualquer tendência

pedagógica. Como fazer com que o aluno se disponha a realizar as aprendizagens

escolares?

Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer, é necessário

disponibilidade e envolvimento do aluno na aprendizagem, empenho em estabelecer

relações entre o que já sabe e o que está aprendendo, em usar os instrumentos

adequados que conhece e dispõe no sentido de alcançar a maior compreensão possível.

Este tipo de aprendizagem exige uma ousadia para problematizar e buscar soluções e

experimentar novos caminhos, de maneira totalmente diferente da aprendizagem

mecânica.

É necessário garantir que o aluno conheça o objetivo da atividade, situe-se em

relação à tarefa, reconheça os problemas que a situação coloca, e que seja capaz de

resolve-los. Para tal, é necessário que o professor proponha situações didáticas com

objetivos claros, para que os alunos possam tomar decisões pensadas sobre o

encaminhamento de seu trabalho, além de selecionar e tratar ajustadamente os

conteúdos. A complexidade da atividade também interfere no envolvimento do aluno. Um

nível de complexidade muito elevado, ou muito baixo, não contribui para a reflexão e o

debate, situação que indica a participação ativa e comprometida do aluno no processo de

aprendizagem.

Neste enfoque de abordagem profunda da aprendizagem, o tempo reservado

para a atuação dos alunos é determinante. Se a exigência é de rapidez, a saída mais

comum é estudar de forma superficial. O professor precisa buscar um equilíbrio entre as

necessidades da aprendizagem e o exíguo tempo escolar, coordenando o tempo para

cada proposta que encaminha.

Outro fator que afeta a disponibilidade do aluno para a aprendizagem é a não

fragmentação entre escola, sociedade e cultura, o que exige trabalho com objetos sócio –

culturais do cotidiano extra – escolar, como por exemplo : jornais, revistas, filmes,

instrumentos de medida etc, sem esvazia-los de significado, ou seja, sem que estes

percam sua função social real, contribuindo assim, para imprimir sentido às atividades

escolares.

Quando o sujeito está aprendendo se desenvolve inteiramente. O processo,

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assim como seu resultado, repercutem no sujeito de forma global. Assim, o aluno, ao

desenvolver as atividades escolares, aprende não só sobre o conteúdo em questão mas

também sobre o como aprende, construindo uma imagem de si enquanto estudante. Esta

auto – imagem é também influenciada pelas representações que o professor e seus

colegas fazem dele e que de uma forma ou outra, são explicadas nas relações

interpessoais do convívio escolar.

O aluno com um auto – conceito positivo considera vencedor na escola e se

convence que é capaz, acaba por desenvolver comportamentos confiante e

empreendedor.

Aprender é uma tarefa árdua, na qual se convive o tempo inteiro com o que

ainda não é conhecido. Para o sucesso da empreitada, é fundamental que exista uma

relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno, de maneira que a situação

escolar possa dar conta de todas as questões . Mas isto, não fica garantido apenas e

exclusivamente pelas ações do professor, embora estas sejam fundamentais dada a

autoridade que este representa, mas também deve ser conseguido nas relações entre os

alunos. O trabalho educacional inclui as intervenções para que os alunos aprendam a

respeitar as diferenças, a estabelecer vínculos de confiança e uma prática cooperativa e

solidária.

Em geral, os alunos buscam corresponder às expectativas de aprendizagem

significativa, desde que haja um clima favorável de trabalho, no qual a avaliação e a

observação do caminho por eles percorrido seja, de fato, instrumento de auto – regulação

do processo de ensino e aprendizagem.

A consideração do tempo como variável que interfere na construção da

autonomia, permite ao professor criar situações em que o aluno possa progressivamente

controlar a realização de suas atividades. Através de erros e acertos, o aluno toma

consciência de suas possibilidades e constrói mecanismos de auto – avaliação.

É necessário que o professor defina claramente as atividades, estabeleça a

organização em grupos, disponibilize recursos materiais adequados e defina o período de

execução previsto, dentro do qual os alunos serão livres para tomar suas decisões. Caso

contrário, a prática de sala de aula torna-se insustentável pela indisciplina que gera.

Outra questão relevante é o horário escolar, que deve obedecer ao tempo

mínimo estabelecido pela legislação vigente para cada uma das áreas de aprendizagem

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do currículo. A partir deste critério, e em função da opção colocada na Proposta

Pedagógica, é de 50 minutos, cada aula

O Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski preocupa-se com o

desenvolvimento do conhecimento sistematizado para formação do cidadão crítico,

participativo na sociedade onde está inserido.

5.3 ENSINO FUNDAMENTAL DOS 9 ANOS

5.3.1 Concepção de Infância e Adolescência

A educação no Brasil, num contexto histórico, sofreu muitas transformações, pois o

mundo contemporâneo exigia um sujeito bem informado para o crescente processo de

industrialização. A escola, como parte integrante dessa sociedade, não podia ficar de fora

dessas transformações e teve que se adequar.

Essas mudanças também atingiram profundamente a estrutura familiar, sendo que

a mulher foi inserida no mercado de trabalho e, a criança, de frequentar a escola mais

cedo. Portanto, houve a necessidade de ampliar a escola e torná-la gratuita incluindo as

crianças com menos idade no ensino fundamental.

No quadro abaixo podemos perceber as mudanças educacionais no Brasil:

Lei 4.024/1961: 4 anos de escolaridade obrigatória. Lei 5.692/1971: 8 anos de escolaridade obrigatória. Lei 9.394/1996: possibilidade de 9 anos de escolaridade obrigatória. Lei 11.274/2006: 9 anos de escolaridade obrigatória, com a inclusão das crianças de 6 anos. (FARIA, 2011)

Em alguns municípios brasileiros , há mais de dez anos, crianças de seis anos

frequentam o ensino fundamental, seja ampliando essa etapa da educação básica para

nove anos ou a obrigatoriedade de oito anos.

Inserir crianças de seis anos no ensino fundamental, significa dar à elas maiores

oportunidades socioculturais de aprender seu tempo de infância, de pré-adolescência e

de adolescência. Não significa ampliar a escolaridade para sair mais cedo da escola,

mas, sim, ampliar o tempo de estudo e, portanto, dos conhecimentos adquiridos.

Para incluir uma criança de seis anos na escola temos que ter claro a concepção

de infância, pois a expectativa em relação ao ingresso no ensino obrigatório é diferente da

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Educação Infantil.

A criança vive um momento único do desenvolvimento humano em que aprende a

falar, andar, brincar e interagir no meio que vive. A Infância por sua vez, é uma categoria

social, que varia de acordo com o meio em que vive, com sua cultura, classe social.

É preciso pensar na criança como integrante de uma cultura em desenvolvimento e

também físico e motor, construindo e conhecendo a parte corporal, formando sua

identidade, sua autonomia, e estabelecendo laços sociais e afetivos. Também está se

estruturando as múltiplas linguagens e o pensamento verbal.

O que diferencia a criança do adulto é sua essência enquanto ser, seu modo de

agir e pensar é o caracteriza o sentimento de infância.

Segundo Zabalza (1998) ao citar Fraboni, a criança deve ter todas as suas dimensões

respeitadas. A criança é um sujeito de direito que precisa ter suas necessidades físicas,

cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas.

O atendimento das crianças que ingressam com seis anos de idade exige do

educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as crianças.

Ter claro a concepção de infância com características bem diferentes das dos adultos é

que vai gerar a maiores mudanças no ensino de 9 anos.

5.3.2 Concepção de Alfabetização e Letramento

No Brasil, na década de 80, a alfabetização e o letramento tornou-se foco de

atenção na área da educação, porém eles se confundem. Não é possível não separar os

dois conceitos, pois o estudo do aluno no mundo da escrita se dá por meio deles.

A alfabetização deve ser desenvolvida em um contexto de letramento no início da

aprendizagem da escrita, desenvolvendo as habilidades das práticas sociais que

envolvem a língua escrita e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado.

Letramento é aquele indivíduo que interage na leitura, se emociona, se interessa,

se diverte, é entender o que as letras querem dizer. Essa inclusão começa muito antes da

alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente. Por isso muitas crianças

já vão para a escola com o conhecimento absorvido no cotidiano.

Uma pessoa alfabetizada não é, propriamente dita, letrada. Alfabetizado é aquele

que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever contextualizando com o

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mundo. Portanto, alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto social da

leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado.

Para formar cidadãos críticos a alfabetização e o letramento são essenciais, pois

dessa forma as crianças podem compreender os signos, os símbolos e o mundo em que

vivemos de uma maneira mais significativa.

5.4 LEI Nº 10.639/03 E DELIBERAÇÃO DO CEE/PR (HISTÓRIA E CULTURA AFRO-

BRASILEIRA E AFRICANA

(...) Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e

valorizar e diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e línguas (...). (MEC, 1998).

A multiplicidade de raízes da nossa formação cultural não pode ser

desconsiderada sob pena de se priorizar apenas a visão hegemônica e unilateral de

mundo. O Brasil multicultural, pluri ético, deve ser estudado. Os currículos escolares

precisam contemplar o conhecimento de todos os povos, sem exclusão. Assim, a grande

maioria que compõe a mestiçagem do país poderá reconhecer-se e ser reconhecida como

detentora de valores humanos próprios e partícipe do processo de desenvolvimento.

Não há dúvida nenhuma a importância do Estudo do Continente Africano nos

currículos da escola básica. Este continente na verdade é uma das bases da nossa

cultura nacional, da nossa língua, da nossa história. É inegável que precisamos ir além da

escravidão nas aulas de História do Brasil. Afinal, todos sabemos que a história do negro

que é contada nos livros didáticos começa e termina na escravidão.

A Lei nº 10.639/03 altera a Lei nº 9.394 de 20 de novembro de 1996, que

estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, obriga a incluir no currículo

oficial da Rede de Ensino a temática História e Cultura Afro-Brasileira.

5.5 LEI Nº 11645/08 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, INDÍGENA E

AFRICANA

A Lei nº 11645/08 altera a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, modificada

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pela Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática ―História e cultura Afro-brasileira e Indígena‖.

Art. 1º – O art. 26-A da Lei nº 9.394, da Lei nº 11.645, de 10/03/2008 e 20/12/1996, passa vigorar com a seguinte redação: Art. 26-A – Nos Estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1º – O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta de negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indigena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.

A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-brasileira e Africana

nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões

pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que,

além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar

devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, é preciso valorizar

devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem

há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas

decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população

negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se

enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluri étnica,

capazes de construir uma nação democrática.

Aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de

acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e

de seus descendentes para a construção dos africanos escravizados e de seus

descendentes para a construção da nação brasileira: de fiscalizar para que, no seu

interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo

que são vítimas.

Para conduzir suas ações, os sistemas de ensino, os estabelecimentos e os

professores terão como referência, entre outros pertinentes às bases filosóficas e

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pedagógicas que assumem, os princípios a seguir explicitados.

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia

aproximadamente cem milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse

número chegava a cinco milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros

estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-

guarani (região do litoral), macrojê ou tapuias (região do planalto central), aruaques

(Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas quatrocentos mil índios ocupam o território

brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo.

São cerca de duzentas etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem

mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com

que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

5.6 LEI Nº 9795/99 - POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atualmente as questões ambientais e a sua crise se impõe perante a sociedade. Um dos instrumentos apresentados como meio para minimizar, mitigar esta problemática é a Educação ambiental. No que concerne a esse assunto, é necessário estimular um processo de reflexão e tomada de consciência dos aspectos sociais que envolvem as questões ambientais emergentes. Para que se desenvolva uma maior compreensão crítica por parte de educadores e educandos. Assim, almeja-se incentivar a comunidade escolar a adotar uma posição mais consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais, contribuindo para a diminuição contínua das disparidades sociais e do consumismo desenfreado. (Caderno Temáticos da Diversidade, 2008, p. 08)

Como um avanço acerca das discussões sobre Educação Ambiental, foi

promulgada a Lei Federal 9795/99, quase 11 anos após a Constituição de 1988, para

instituir a Política Nacional de Educação Ambiental.

A regulamentação dessa Lei ocorreu somente em 2002, por meio do Decreto

4281/02. Esta legislação acolheu muitas ideias apontadas nas diversas conferências

internacionais, outorgando à Educação Ambiental um caráter social decorrente de

propostas de desenvolvimento sustentável. Assim tornar efetiva a Educação Ambiental em

todos os níveis e modalidades constitui um imperativo não só diante da atual legislação,

mas diante da necessidade de dar soluções adequadas aos graves problemas que afetam

o Planeta.

É consenso na comunidade internacional que a educação ambiental deve estar

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presente em todos os espaços que educam. A escola é um dos locais privilegiados para a

realização da educação ambiental, desde que dê oportunidade à criatividade.

Como perspectiva educativa, a educação ambiental pode estar presente em

todas as disciplinas, enfocando as relações sociais, sem deixar de lado suas

especificidades.

Na educação ambiental escolar deve-se enfatizar o estudo do meio ambiente

onde vive o aluno, procurando levantar os principais problemas da comunidade, as

contribuições da ciência, os conhecimentos necessários e as possibilidades concretas

para a solução deles.

5.7 LEI Nº 13381/01 - HISTÓRIA DO PARANÁ

A Lei nº 13381 de 19/12/2001 torna obrigatório, no Ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina de História do

Paraná.

Art. 1º. Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual de

Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e Médio,

objetivando a formação dos cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização

do nosso Estado.

§ 1º. A disciplina História do Paraná deverá permanecer, como parte

diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos em

outras matérias, baseada em bibliografia especializada.

§ 2º. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens

e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania

paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.

Art. 2º. A Bandeira, O Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos nos

conteúdos da disciplina História do Paraná.

Parágrafo único. O hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino do

Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas comemorações

festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.

Art. 3º. As instituições escolares e a comunidade poderão concorrer para a

eficácia da aprendizagem da História do Paraná, através de um processo de cooperação

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permanente.

5.8 LEI Nº 11343/06 - SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, no âmbito das escolas públicas estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações. (Cadernos Temáticos, p.7, 2008).

Historicamente, no Brasil, o tema do uso do álcool e de outras drogas vem

sendo associado à criminalidade e práticas antissociais e à oferta de tratamentos

inspirados em modelos de exclusão/separação do convívio social.

Estudos no Brasil, apontam que o álcool, o tabaco e alguns medicamentos

psicotrópicos são as drogas mais consumidas e responsáveis pelos maiores índices de

problemas nas áreas de saúde pública, educação e segurança, dentre outras.

Diante disso, se viu a necessidade de discutir, no âmbito escolar, a prevenção

das drogas para situar o papel das escolas públicas diante desta situação. A escola como

espaço privilegiado para a socialização dos conhecimentos pode e deve intensificar e

ampliar os estudos e discussões sobre a problemática das drogas, envolvendo, se

possível, todos os sujeitos da comunidade escolar.

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas faz parte da Coordenação dos

Desafios Educacionais Contemporâneos, do Departamento da Diversidade, da SEED

(Secretaria Estadual da Educação) e é um processo que requer tratamento adequado e

cuidadoso.

O encaminhamento proposto é o de tratar o assunto de maneira crítica,

histórica e pedagógica articulada com os conteúdos de todas as disciplinas da Educação

básica.

Sendo assim, trabalhar com a prevenção ao uso indevido de drogas no

âmbito da política educacional do Estado do Paraná implica em compreender que

o trabalho é com o conhecimento escolar, o qual é específico, advindo da produção

intelectual dos homens, mas que serve para possibilitar também o conhecimento

amplo, elaborado na ação humana coletiva, inserido em relações sociais as quais

geram novas necessidades de reflexões e elaborações teóricas. Assim, é

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necessário incitar os alunos a discutir os aspectos sociais, econômicos, políticos,

históricos, éticos e culturais envolvidos na problemática das drogas nas diferentes

abordagens sobre a prevenção ao uso indevido de drogas presentes na sociedade

e na escola.

5.9 LEI Nº 11733/97 E 11734/97 E– EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO À AIDS E

DST

A Lei 11733 de 28 de maio de 1997 autoriza o Poder Executivo a implantar

campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculadas nos estabelecimentos de ensino

estadual de Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná e a Lei 11734 de 28 de

maio de 1997 torna obrigatória a veiculação de programas de informação e prevenção da

AIDS para os alunos de Ensino Fundamental e Médio, no Estado do Paraná.

VI MARCO OPERACIONAL

6.1 AVALIAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Sendo o projeto um trabalho de grupo, uma conquista do coletivo da escola,

todos passam a defender seu fortalecimento.

Além da avaliação feita pelos educadores da escola – que é indispensável – as

críticas vindas de fora, trarão importantes contribuições para esse acompanhamento.

A avaliação do projeto será um processo constante de análise dos resultados

obtidos e registros sistemáticos e regulares de todo o processo realizado, pois seus

efeitos sobre os alunos, a equipe de educadores, o ambiente de trabalho e o

funcionamento da escola, a participação dos pais, merecem constantemente indagações

como:

- Melhorou a comunicação entre as pessoas do Estabelecimento de Ensino?

- Fortaleceu-se o trabalho coletivo?

- Conselhos de Classe e Reuniões Pedagógicas tornam-se mais produtivas?

- Os alunos estão permanecendo na escola da melhor forma possível?

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Este questionamento se fará a cada final de ano através de entrevistas e

questionários, envolvendo a comunidade, os funcionários e alunos e em seguida será

encaminhado ao NRE. Isto permitirá que normas e objetivos comuns passem a ser

claramente expressos e vivenciados por todos, permeando a vida e o funcionamento do

Estabelecimento de Ensino.

Cada educador terá uma contribuição importante na tarefa comum a todos,

qual seja, oferecer o atendimento escolar e condição de sucesso aos alunos.

6.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO

A presença das TECNOLOGIAS em cada uma das áreas é a opção para

integrar os campos ou atividades de aplicação, isto é, os processos tecnológicos próprios

de cada área de conhecimento resulta da importância que ela adquire na educação geral

– e não mais apenas na profissional – em especial no nível do ensino médio. Neste a

tecnologia é o tema por excelência que permite contextualizar os conhecimentos de todas

as áreas e disciplinas no mundo do trabalho.

A tecnologia na educação contemporânea do jovem deverá ser contemplada

também como processo. Em outras palavras, não se tratará apenas de apreciar ou dar

significado ao uso da tecnologia, mas de conectar os inúmeros conhecimentos com suas

aplicações tecnológicas, recurso que só pode ser bem explorado em cada nucleação de

conteúdos, e que transcende a área das ciências da natureza. A este respeito é

significativa a observação de Menezes: A familiarização com as modernas técnicas de

edição, de uso democratizado pelo computador, é só um exemplo das vivências reais que

é preciso garantir. Ultrapassando assim o “discurso sobre as tecnologias‖, de utilidade

duvidosa, é preciso identificar nas matemáticas, nas ciências naturais, nas ciências

humanas, na comunicação e nas artes, os elementos de tecnologia que lhes são

essenciais e desenvolvê-los como conteúdos vivos, como objetivos da educação e, ao

mesmo tempo, meio para tanto.

A proposta pedagógica deste Colégio será a aplicação de ambos, princípios

axiológicos e pedagógicos, no tratamento de conteúdos de ensino que facilitem a

constituição dos objetivos valorizados pela LDB. As áreas que se seguem resultam do

esforço de traduzir esses objetivos em termos mais próximos do fazer pedagógico, mas

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não tão específicos que eliminem o trabalho de identificação mais precisa e de escolha

dos conteúdos de cada área e das disciplinas às quais eles se referem em virtude de seu

objeto e método de conhecimento. Essa sintonia fina, que se espera resulte de consensos

estabelecidos em instâncias dos sistemas de ensino cada vez mais próximas da sala de

aula, será o espaço no qual a identidade deste Colégio se revelará como expressão de

sua autonomia e como resposta à diversidade.

6.3 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática

escolar, é imprescindível entendê-la como instrumento de análise permanente do

processo pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não se

aprimorando dos conteúdos.

Desse modo a avaliação tem função diagnóstica possibilitando ao professor

novas ações e ajustes no planejamento.

Para que a avaliação realizada expresse os princípios filosóficos que

sustentam o plano curricular, é necessário o estabelecimento de critérios claros e

decorrentes de conteúdos significativos. Estes critérios fazem parte do planejamento de

todos os professores, independente da área de conhecimento que atue. Assim, a

avaliação nas diferentes áreas do conhecimento tem a função de obter informações

relevantes do processo escolar, a fim de permitir que as ações educativas não se afastem

do projeto pedagógico a que o currículo se propõe.

A avaliação tem como pressuposto a capacidade dos alunos de desenvolver

conhecimentos ao longo das experiências oferecidas em uma ou outra área de

conhecimento. A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta perspectiva, poderá

sugerir estratégias de recuperação muito mais ricas do que a mera repetição de

conteúdos não dominados, uma vez que permita planejar atividades interdisciplinares,

considerando a interseção entre as áreas do conhecimento.

Dependendo das informações que a avaliação oferecer ao professor, este

poderá sentir-se seguro diante do encaminhamento adotado ou poderá ver-se diante da

necessidade de reformar no todo ou em parte o seu trabalho, adequando-o às

necessidades que o domínio de um conteúdo por uma determinada classe lhe exige.

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É preciso, então, que todo processo avaliativo seja conscientemente vinculado

à concepção de ensino, que permeia a prática pedagógica e, consequentemente, ao

conhecimento metodológico.

A avaliação deve ser considerada sobre dois aspectos: o nível de

desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial do aluno,

O professor ciente destas dimensões no processo de avaliação pode interagir

na apropriação do conhecimento, pelo aluno, não se restringindo somente em identificar

as dificuldades ou os critérios de aquisição de conhecimento.

Como instrumentos e técnicas de avaliação, são utilizados testes de

aproveitamento orais e escritos questionários com apoios em pesquisa, tarefas

específicas, trabalhos de criação, observações espontâneas ou dirigidas, autoavaliação,

relatórios, observação direta do professor e outros que se recomendem. A nota semestral

é resultante da somatória de valores em cada instrumento de avaliação sendo valores

cumulativos, em várias aferições, na sequencia e ordenação de conteúdos. Será expressa

numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), considerando-se os

décimos.

O rendimento mínimo exigido é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por área do

conhecimento.

A classificação é realizada por promoção, para alunos que cursaram com

aproveitamento a série anterior no próprio Colégio, por transferência para alunos

procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na

escola de origem e independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que define o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permite sua

inscrição na série adequada. Não é adotada a progressão parcial.

Na promoção, o aluno é considerado aprovado com frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e

média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e é considerado reprovado com

frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do

período letivo, com qualquer média anual ou com frequência igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) depois de submetido

ao Conselho de Classe.

Para maiores esclarecimentos sobre quaisquer aspectos destas questões,

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pode-se voltar a consultar o Regimento Escolar.

6.3.1 Critérios Gerais de Avaliação

O aluno apresenta lógica, clareza e coerência nas exposições de ideias?

O aluno sabe argumentar criticamente suas ideias?

O aluno sabe analisar um texto?

Apresenta fundamentação nas respostas dadas?

Em debates, o aluno, apresenta capacidade de expressão e argumentação?

Diferencia conceitos do senso comum e conceitos científicos?

Reflete e analisa criticamente o conhecimento científico?

Percebe o conhecimento além da atividade intelectual dentro e fora da

escola?

Consegue formar, analisar e concluir conceitos?

Comunica-se oralmente, por escrito ou gestualmente?

6.4 DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO

A Lei 9.394 está comprometida com os fins da educação, entre os quais

emerge como o principal a aprendizagem dos seus alunos, reconhece também que a

escola, para poder adequar-se às características regionais e de seus alunos e, dessa

forma poder alcançar um padrão de qualidade, necessita ter autonomia para a definição

de sua proposta pedagógica onde se inclui, indiscutivelmente, a possibilidade de distribuir

seus alunos não em função do número de dias, meses ou anos cursados, mas, sim, em

decorrência dos conhecimentos que adquiram, na própria escola ou em qualquer outro

lugar, até mesmo sozinho. Consequentemente, a escola poderá classificar ou reclassificar

seus alunos ou futuros alunos, nos períodos, ciclos, séries, fases, etapas ou módulos,

através dos quais ela tenha se organizado, em decorrência de sua proposta pedagógica e

de acordo com as normas definidas pelo ―respectivo sistema de ensino‖.

6.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

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A Recuperação Contínua de Estudos é planejada, constituindo-se num

conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos

alunos. Nela professor considera a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e,

para aferição do semestre, serão considerados os progressos dos alunos em todas as

atividades desenvolvidas.

A Recuperação Contínua de Estudos deverá ser realizada no período letivo

durante o processo de aprendizagem, destinado aos alunos de baixo rendimento escolar.

Ela ocorrerá imediatamente após a constatação da dificuldade, sendo que a seguir será

feita a reavaliação que permitirá saber se houve a recuperação de fato, tanto de

conteúdos como dos resultados.

A Recuperação Contínua de Estudos acontecerá das seguintes formas: re

explicação de conteúdos utilizando-se de diversas estratégias, re-elaboração dos

trabalhos conforme a orientação do professor, com utilização de pesquisas às quais

poderão ser apresentadas individualmente ou em grupo.

6.6 ESTÁGIO DE ESTUDANTES

Segundo o artigo 1º da Lei 11.788: ―Estágio é o ato educativo escolar

supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o

trabalho produtivo de educandos‖.

O estágio pode ser:

§ 1º Estágio Obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2º Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. (BRASIL, 2008, p. 1)

Na Lei fica clara que podem estagiar os estudantes regularmente matriculados

e frequentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação

profissional (técnico), de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos, a EJA. Não há

referência na Lei sobre a idade mínima para estagiar, mas segundo o Estatuto da Criança

e do Adolescente, a idade permitida para o início da atividade profissional é aos 16 anos.

Para a caracterização do estágio, é obrigatória a participação da instituição de

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ensino. No artigo 16º, temos a seguinte informação: o termo de compromisso deverá ser

firmado por três partes: o estagiário, seu representante ou assistente legal, pelos

representantes legais da parte concedente e pela instituição de ensino.

O procedimento mais importante do Colégio é a inclusão do estágio não

obrigatório no projeto pedagógico de cada curso. Caso contrário o estudante ficará

impedido de estagiar.

Um professor orientador ficará responsável pelo acompanhamento do estágio, solicitando

aos educandos que entreguem um relatório de atividades a cada 6 meses e comunicar à

parte concedente do estágio no início do período letivo, as datas de realização de

avaliações escolares ou acadêmicas.

Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I — 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos; II — 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

O tempo máximo de duração do estágio, conforme Art. 11., não poderá exceder

2 (dois) anos, por qualquer uma das partes, exceto quando se tratar de estagiário com

deficiência.

O estágio é importante, pois ajuda a educação no Brasil, mantendo mais

alunos nas escolas, pois só poderá estagiar quem estiver matriculado e frequentando o

curso.

6.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

O Conselho Escolar é um órgão colegiado que tem como objetivo promover a

participação da comunidade escolar nos processos de administração e gestão da escola,

visando assegurar a qualidade do trabalho escolar em termos administrativos, financeiros

e pedagógicos. È constituído por membro nato e por representantes de todos os

segmentos da comunidade escolar. O Conselho Escolar terá como membro nato o diretor

do estabelecimento e os representantes serão escolhidos entre seus pares, mediante

processo seletivo que ocorrerá de dois em dois anos.

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O Conselho Escolar do Colégio Padre Francisco Belinovski foi aprovado em

29 / 09 /2005.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da

escola, em que vários professores das diversas disciplinas, funcionários, juntamente com

a equipe pedagógica, reúnem – se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos

alunos das diversas séries, cujas características básicas são: a forma de participação

direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo pedagógico; sua

organização interdisciplinar ; a centralidade da avaliação escolar como foco de trabalho.

A Equipe Administrativa tem seu papel específico na escola, mas não pode

ser considerada excluída do contexto pedagógico da comunidade escolar.

A Equipe de Direção cujo objetivo é gestar a ação educativa no espaço

escolar envolvendo os aspectos pedagógicos – administrativos – sociais.

A Equipe Pedagógica compete organizar o coletivo dos educadores,

envolvendo as pessoas que trabalham na escola em sua globalidade, na interação

consigo e com os outros, a interação entre o planejado e emergente, a abertura da escola

à sociedade, questionamento e análise permanente das ações, articuladora do Projeto

Político Pedagógico, comprometido com o saber ser e com a atuação coletiva,

objetivando o saber conviver de modo que sua competência seja expressa em ações que

possibilitem: liberdade, participação, diálogo, responsabilidade, emancipação, crítica e

transformação numa articulação inseparável: âmbito escolar e contexto social.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão colaborador do

espaço educativo, não só na promoção de eventos, mas na participação ativa e efetiva do

colegiado de pais, mestres e funcionários envolvidos no processo educativo. Discute e

acompanha o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico. Participa de reuniões com

a equipe pedagógica e administrativa, discutindo e sugerindo ações que oportunizem a

integração da família – escola – comunidade. Integrando a comunidade no contexto da

escola, visando sempre a sua realidade na discussão política educacional para a

democratização do ensino e a conquista da gestão colegiada. As eleições para a diretoria

e o Conselho deliberativo e fiscal realizar-se-ão bianualmente, podendo ser re-eleitos por

mais dois mandatos, observando-se o que consta no estatuto da APMF.

O Grêmio Estudantil, cumpre um importante papel na formação e no

desenvolvimento educacional, cultural e esportivo dos jovens, organizando debates,

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apresentações teatrais, festivais de música, torneios e outras atividades, contribuindo

decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional dos alunos.

Nas eleições para o grêmio estudantil, a comissão eleitoral deve ser composta

por pelo menos um mês antes da gestão. A Comissão deve ser composta por alunos de

todos os turnos em funcionamento na escola. Os alunos da Comissão não poderão

concorrer às eleições. São considerados eleitores todos os alunos matriculados e

frequentes.

O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski foi criado

em 01/12/2004.

6.8 PLANO DE AÇÃO PARA GESTÃO 2009 a 2011

6.8.1 Justificativa

Considerando que o colégio é um ambiente onde o coletivo deve prevalecer,

que a qualidade é fundamental para a escola funcionar bem e acreditando que o real

compromisso de toda a comunidade é necessário para formarmos verdadeiros cidadãos,

entende-se que o GESTOR é o mediador do processo e deve estar comprometido com as

políticas públicas e com a formação plena do indivíduo.

A construção de uma escola em que a participação seja uma realidade

depende da ação de todos: dirigentes escolares, professores, funcionários estudantes,

pais e comunidade local. Essa união é fundamental para o exercício do aprendizado

democrático que possibilite a formação de indivíduos críticos, criativos e participativos.

O trabalho do diretor escolar é complexo. Abrange planejamento, liderança,

coordenação, mediação, motivação e monitoramento das ações internas da escola.

A direção deve priorizar que a escola ofereça a formação e o conhecimento do

aluno, para atender dificuldades de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e

especializado.

Como gestoras deste colégio estaremos comprometidas em propor estratégias

que irão nortear a ação desta gestão, envolvendo todos em trabalho de equipe,

congregando esforços, para que possamos atuar na transformação da nossa realidade

escolar, pautando-nos na transparência, moralidade e legalidade, conhecendo a

responsabilidade democrática.

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6.8.2 Objetivos Gerais

Melhorar a qualidade do ensino realizando ações a curto, médio e longo prazo,

de forma coletiva, atendendo necessidade da comunidade, com trabalhos em equipe,

envolvendo família, comunidade e escola, fazendo com que o aluno se sinta seguro e

acredite que é importante estudar.

Trabalhar com clareza e transparência nas decisões, valorizando profissionais

e alunos, ressaltando o que cada um tem de bom, e trabalhando em prol do conjunto,

respeitando a diversidade e permitindo que todos sejam o que são.

6.8.3 Ações

Melhoria das condições do patrimônio escolar (cadeiras, carteiras, portas,

banheiros, mesas do refeitório, etc.);

Participação da APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar nas t

tomadas de decisões, fazendo com que participem dos planos de aplicação

das verbas;

Tornar pública a prestação de contas sobre verbas e gastos efetuados;

Incentivar o esporte e a cultura, por meio de diversas atividades escolares;

Melhorar o acervo da biblioteca e providenciar mudanças nesse espaço;

Buscar parcerias junto à Fundepar e Órgãos Municipais para

fechamento da quadra de esportes;

Resgatar a comunidade para participar da escola, conquistando as

famílias;

Criar uma cantina com frutas e produtos naturais, em parceria com as 8ª

séries e 3º anos, revertendo parte do lucro em benefício do colégio;

Aquisição de materiais para enriquecimento das aulas, nas diversas

disciplinas, com sugestões dos professores;

Providenciar materiais para as aulas de Educação Física, como mesa de

pingue-pongue e xadrez para promover campeonatos;

Promover palestras diversificadas para os alunos (aberta para a

comunidade);

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Arrecadação e venda de latinhas, garrafas PET, papéis e óleo de cozinha,

cuja renda será revertida no desenvolvimento dos projetos que beneficiam

os alunos;

Criar uma horta com chás e temperos e posteriormente incluir também o

cultivo de verduras e legumes para o consumo dos próprios alunos;

Colocar mais lixeiras no colégio e também na quadra de esportes;

Organizar uma míni farmácia de ervas naturais (chás), ataduras,

esparadrapos, curativos, etc., criando um kit de primeiros socorros;

Divisão e reorganização das salas com melhor aproveitamento

(biblioteca, sala dos professores, da equipe pedagógica, depósito da

merenda escolar);

Melhoria na educação – conteúdo, disciplina, ética;

Instalar sistema de caixas de som nas salas de aula que servirão para dar

recados,

mensagens e ouvir os hinos.

Procurar colocar em prática os projetos que constam no PPP como

passeios culturais (Parque Iguaçu, Parque do Mate, Lapa, Ouro Fino,

etc.), assim como aqueles trabalhados dentro do próprio colégio (ecologia

e cidadania, sexualidade, valores, entre outros).

Incluir novos projetos no PPP: horta escolar; reciclagem de óleo de

cozinha, latinhas, garrafas PET; escola integrada junto á comunidade

com atividades desenvolvidas aos sábados.

Implantar o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), que visa melhorar

a qualidade de ensino com estratégias que envolvem toda a

comunidade escolar, a partir de um diagnóstico da situação da escola

onde se analisa seu desempenho, seus processos, suas relações internas e

externas, seus valores, sua missão, suas condições de funcionamento e

seus resultados. A partir dessa análise, projeta o seu futuro com decisões

tomadas no presente.

6.9 PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO ENTRE ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO

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FUNDAMENTAL E O ENSINO MÉDIO

Para que possa haver uma articulação entre os anos iniciais e finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio, é importante que haja discussões entre os educadores

da rede municipal e estadual, preparando-os para lidar com os alunos na transição do 5º

para o 6º ano e do 9º para o Ensino Médio.

Essa discussão poderá estar baseada na abordagem em sala de aula de

conteúdos fundamentais para essa transição. Os professores de ambas as redes devem

estabelecer um contato para aproximar os educadores havendo assim, uma

continuidade nos conteúdos ensinados.

Dessa forma, os professores das séries finais saberiam quais dificuldades os

alunos que vieram das séries iniciais têm e como saná-las. E os professores das séries

iniciais saberiam o que poderiam trabalhar com os alunos para que eles estivessem mais

bem preparados para as séries finais e Ensino Médio.

Esse encontro é a oportunidade de conhecer a visão de outros educadores e

buscar soluções em conjunto para questões encontradas em sala de aula.

As discussões podem se basear na Proposta curricular, nos PCN e nas Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná e as Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais do

Ensino Fundamental de Nove Anos, além das dificuldades que os alunos têm em escrita,

leitura e em cálculo.

Para que haja uma boa adaptação dos alunos oriundos do 5º ano para o 6º ano,

deverá haver uma mudança na organização do Plano de Trabalho Docente e também da

Proposta Curricular, pois não basta transferir para esses alunos os conteúdos e atividades

da organização estruturada em série, mas de conceber uma nova estrutura de conteúdos

considerando esse novo perfil de aluno.

6.10 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP

Avaliação do Projeto Político Pedagógico tem por objetivo diagnosticar o

processo de desenvolvimento, não só dos alunos , mas de todo o ambiente que envolve o

processo educacional da instituição escolar, tendo em vista, garantir a qualidade dos

resultados do trabalho que esta sendo desenvolvido. A avaliação não possui finalidade em

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si própria , portanto deve estar articulada a um plano de ação, com objetivos, seleções e

intenções metodológicas, que refletem tanto na prática pedagógica, quanto no processo

de ensino aprendizagem do aluno.

O processo de avaliação fundamenta-se como parte integrante do processo de

ensino aprendizagem, permitindo a constante revitalização dos procedimentos

pedagógicos, dos recursos utilizados e da coerência entre os princípios e métodos que

regem a educação.

É importante ressaltar que o processo de acompanhamento do Projeto Político

Pedagógico deverá acontecer anualmente, no coletivo com as instâncias colegiadas, para

que se possa fazer o diagnostico da realidade, mobilizando para as mudanças

necessárias na re elaboração do Projeto Político Pedagógico.

6.11 CALENDÁRIO ESCOLAR

6.12CONSIDER

AÇÕES FINAIS

As

ações propostas

neste plano de

ação serão

realizadas nos

três anos de

gestão. Inicialmente serão priorizadas as de maior necessidade seguindo-se pelas

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demais. Ao longo dos três anos de gestão poderão ser acrescentadas novas ações que

poderão surgir à medida que se faça o processo de implantação das apresentadas aqui.

Nosso principal objetivo será sempre o trabalho participativo, onde todos os

membros da comunidade escolar poderão contribuir para a melhoria do colégio.

VII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

7.1 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa deve girar em torno de uma unidade teórico-

metodológica que fundamenta e orienta a aprendizagem, criando-se condições para que o

aluno desenvolva e aperfeiçoe, de uma forma progressiva, contínua e integrada, o uso da

língua, ao longo do Ensino Fundamental.

Aprender ler e a escrever, isto é, tornar-se alfabetizado significa adquirir uma

tecnologia, a decodificar a língua escrita (ler), não basta, porém, adquirir esta tecnologia,

é preciso apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das práticas sociais de leitura e escrita,

articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral, conforme as situações.

Apropriação da linguagem depende da interação com o outro e com a própria

linguagem, por isso a necessidade de trabalhar uma diversidade de textos tanto para as

atividades de leitura, quanto para as propostas de atividades orais e escritas, objetivando

criar condições para que os alunos interajam com os diferentes discursos e aprimorem

sua competência linguística de tal modo que consigam adequar seus atos verbais às mais

diferentes situações sócio-ideológicas.

As atividades propostas devem girar em torno do eixo uso-reflexão-uso da

linguagem para permitir ao aluno o aprimoramento da competência linguística e,

consequentemente, desenvolver-se cognitiva, social, cultural e politicamente.

Assim, o ensino da Língua Portuguesa deve propiciar a possibilidade de um

fazer reflexivo, em que não apenas se opera concretamente com a linguagem, mas

também se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos

como as opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e escritos,

impondo as necessidades de percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos

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valores constituídos em torno de formas de expressão, permitindo, dessa forma, que o

sujeito supere sua condição imediata.

Com base na Lei n.° 11,645/2008, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá

sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-brasileira e das Africanidades

e indígenas na formação da cultura brasileira.

O ensino de Língua Portuguesa no decorrer das quatro séries finais do Ensino

Fundamental, contemplará os três eixos norteadores: oralidade, leitura e escrita, sendo

que a análise linguística perpassará os três eixos. O objeto de estudo da disciplina é a

língua em situação real de uso, portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio

interacionista elencando textos com função social, possibilitando a comunicação e a

participação cidadã do educando.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa se constitui no trabalho com o texto. Este

deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão de

mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O núcleo do trabalho do

professor será criar situações de contato com visões do real, via texto, para que o aluno

desenvolva um controle sobre os processos interacionais.

É importante, nesse sentido, trazer para a sala de aula todo o tipo de texto

literário, informativo, dissertativo, publicitário, colocando estas linguagens em confronto,

não apenas as suas formas particulares, mas o conteúdo veiculado por elas.

A ação pedagógica pauta-se numa postura inter locutiva, vivenciada oralmente

e por escrito, por meio de atividades planejadas para que o aluno expresse suas ideias,

experiências, conhecimento, sentimentos, etc., na fala e na escrita, tanto quanto reflita

sobre o uso da linguagem em diferentes contextos e situações.

O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, realiza-se a partir da prática

de oralidade, leitura, escrita, apresentados a seguir:

Apresentação de temas variados, histórias de família, da comunidade,

filmes, livros;

Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio

aluno;

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Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções

tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar

resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros;

Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as

similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

Relato de acontecimentos, mantendo a unidade temática;

Debates, seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento

da argumentação;

Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas, observando as pausas,

as hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, grau de

formalidade, entre outras comparações.

Nessas e em outras atividades que envolvem o discurso oral, devem ser

enfatizadas as similaridades e diferenças que precisam ser refletidas sobre a modalidade

oral e escrita. É fundamental saber ouvir, escutar com atenção e respeitar os mais

diferentes interlocutores.

A leitura é um modo de exercitar a atenção, a memória e o pensamento,

requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores competentes é formar

as bases para que as pessoas continuem a aprender durante toda a vida, é

instrumentalizá-las para o exercício da cidadania, é combater a alienação, a ignorância.

Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente do

leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor constroem os

sentidos de um texto o que significa que para o fenômeno da compreensão este traz sua

experiência sócio-cultural determinando, assim, leituras diferentes para cada leitor e,

também, para um mesmo leitor, conforme seus conhecimentos, interesses e objetivos

naquele momento.

Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que favorecem

a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é importante que a leitura

seja vista em função de uma concepção interacionista de linguagem, segundo a qual

busca-se formar leitores no âmbito escolar. Segundo Bakhtin (1986), o texto deve ser

entendido como um veículo de intervenção no mundo.

Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura:

cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente atrativo; ler

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trechos de obras; ilustrar textos lidos; leitura de obras prediletas; produzir textos sobre o

que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história; encontrar músicas relativas ao

texto; criar momentos em que os alunos exponham suas ideias, opiniões e experiências

de leitura, escolher e trabalhar a leitura de forma não repetitiva.

O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu

papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.

Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como

diferentes meios de comunicação como a televisão, cinema, teatro.

Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa:

noticias; editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (travas-língua,

quadrinhas, adivinhas, parlendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios, artigos e

textos didáticos precisam também ser trabalhados.

A prática da produção textual constitui um ato linguístico fundamental na

aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais diversos

textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao se perceber

como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este contato do aluno

com a produção escrita de diferentes tipos textuais, permite-lhe ampliar o próprio conceito

de gênero.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que

acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da reflexão que

precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da revisão, re-estruturação

e re-escrita do texto, que também acaba se constituindo num momento de reflexão.

Durante a revisão do texto, como situação didática, o professor seleciona em

quais aspectos pretende que os alunos se concentrem, uma vez que não é possível tratar

de todos ao mesmo tempo.

Assim, na interação com os mais variados textos, pela ação do professor e,

principalmente pela atividade de ler e escrever que o aluno vai se apropriar das

especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem

OBJETIVOS GERAIS

Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e sensibilidade dos alunos;

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Valorizar as variedades linguísticas, bem como as diferentes opiniões e

informações veiculadas nos textos;

Resgatar, por meio dos elementos fornecidos pelo texto, valores

humanos e aplica-los no dia-a-dia;

Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de saber ouvir, falar,

ler e a escrever, codificando e decodificando mensagens;

Valorizar a cultura afro-descendente e indígena;

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções

que estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante

dos mesmos;

Desenvolver as habilidades de uso da língua em situações discursivas

realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os

seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto

de produção/leitura.

Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre

os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, deforma

contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim como

os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto;

Dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem,

reconhecendo-o como um ser construído e em construção, auxiliando-o no

processo de aquisição e desenvolvimento do falar, escutar, ler e escrever.

Permitir ao aluno, pela mediação do professor, apropriar-se de

informação e desenvolver uma consciência crítica sobre os papéis que

desempenha, sobre suas relações sociais e sobre o seu lugar na sociedade.

A comunicação como expressão do mundo interior e exterior do aluno;

A valorização à cultura nacional através de textos representativos;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso como prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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6º ANO:

LEITURA:

Tema do texto

Interlocutor

finalidade

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero

Léxico

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema de texto:

Interlocutores

Finalidade do texto;

Informatividade

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

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Tema do texto;

Finalidade;

Argumentatividade;

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

7º ANO:

LEITURA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras

Léxico;

Ambiguidade

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema de texto:

Interlocutores

Finalidade do texto;

Informatividade

Argumentatividade;

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Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos

8º ANO:

LEITURA:

Conteúdo temático;

Interlocutor;

finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero

Relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

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texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no

texto

ESCRITA

Conteúdo temático

Interlocutores

Finalidade do texto;

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto.

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no

texto e significado das palavras.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

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Variações linguísticas lexicais, sem Conteúdo temático;

Interlocutor;

finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero

Relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no

texto ânticas, prosódicas, entre outras.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Elementos Semânticos

Adequação da fala ao texto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

9º ANO:

LEITURA:

Conteúdo temático;

Interlocutor;

finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;

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Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero

Relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no

texto

ESCRITA

Conteúdo temático

Interlocutores

Finalidade do texto;

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica: operadores argumentativos; ; modalizadores; polissemia

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

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Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Elementos Semânticos

Adequação da fala ao texto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

AVALIAÇÃO

Avaliar é mais do que dar nota, é perceber dificuldades e apontar caminhos

para o sucesso da aprendizagem, levando em consideração as diferentes inteligências e

habilidades dos educandos. Portanto, a avaliação será processual (cada atividade é

momento de avaliação), diagnóstica (para detectar problemas e mudar a rota,

possibilitando a intervenção pedagógica a todo momento), formativa e somativa.

No município os resultados são computados por bimestre, trimestre ou

semestre, de acordo com a realidade de cada escola.

Na oralidade avalia-se os diferentes discursos e nas diversas situações de uso

de acordo com os interlocutores, por meio de apresentações orais de textos, poemas,

notícias, mensagens, dramatizações e apresentações públicas.

Na escrita, o texto em todo o processo de produção é objeto principal de

avaliação (escrita, revisão e re-escrita do texto). Na escrita avalia-se aspectos textuais e

gramaticais. O aluno também deve se posicionar como avaliador de seu texto.

Na leitura prioriza-se avaliar a fluência, clareza, pontuação e a compreensão do

texto lido e a relação deste com o mundo e suas experiências.

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A análise linguística é a reflexão do uso da língua, aspectos gramaticais e

interpretação, percebendo o que há no texto e nas entrelinhas do texto.

Não esquecer que a avaliação também é momento de aprendizagem, portanto,

deve ser tempo de reflexão e de redirecionamento do fazer pedagógico.

encaminhamentos metodológicos.

REFERÊNCIAS

CASTRO, Da Conceição Maria. Ideias e Linguagens. São Paulo. Saraiva, s. d. BLIKSTEIN, I. Técnicas de Comunicação escrita. São Paulo: Ática, s. d. FERNANDES, Maria. Análise, linguagem e pensamento. São Paulo: FTD, s. d.

RODARI, Gianini. Gramática da Fantasia. São Paulo: [s. n], [s. d.] 7.2 MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A matemática é um bem cultural construído nas relações do homem com o

mundo em que vive e seu interior. Ela tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o

pensamento dedutivo, porém também, bem desempenha um papel instrumental, pois é

uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para suas tarefas especificas em quase

todas as atividades humanas.

A concepção de ensino da matemática tem como pressuposto o caráter social

do conhecimento matemático, a relação entre o conhecimento historicamente produzido e

a lógica de sua elaboração, enquanto fatores inteiramente ligados, portanto a Matemática

caracteriza-se como forma de compreender a atuar no mundo e o conhecimento gerado

nessa área do saber como fruto da construção humana na sua interação constante como

o contexto natural, social e cultural.

Com a presente proposta professores e alunos devem desenvolver uma

concepção de matemática que permita a todos o acesso aos conhecimentos e

instrumentos matemáticos, necessários para participarem e interferirem na sociedade em

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que vivem.

A matemática não possui apenas o caráter formativo ou instrumental, mas

também deve ser vista como ciência, com características estruturais especificas.

As definições, demonstrações e encadeamentos conceituais e lógicos têm a

função de construir novos conceitos estruturais que servem para validar intuições e dar

sentido às técnicas aplicadas.

Aprender matemática é muito mais do que manejar fórmulas, saber fazer

operações ou marcas na resposta correta: é interpretar, criar significados, construir seus

próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes

mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e

transcender o imediatamente sensível.

O ensino da matemática apresenta ao aluno o conhecimento de novas

informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele continuar

aprendendo.

A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e na

formação do individuo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. Assim a disciplina de

matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e contextualização com os

temas das relações étnico-raciais, história, cultura afro-brasileira e africana, conforme lei

nº 10639, de 09/01/2003 que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino

desta temática na rede de ensino.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A escola é a instituição incumbida da transmissão do conhecimento científico, e

deve portanto, contribuir para a formação do cidadão e para o seu desenvolvimento como

pessoa, em que as qualidades postuladas são a solidariedade, a participação e o

pensamento crítico.

É preciso formar indivíduos completos, dotados de conhecimentos mais amplos

e profundos, convencidos da necessidade de aperfeiçoar continuamente seus

conhecimentos. É necessário contribuir para a formação de indivíduos autônomos, com

capacidade de adaptar-se a mudanças constantes e de enfrentar permanentemente

novos desafios.

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O mundo está em grande mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento

da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet e outros são assuntos do dia

a dia, e todos eles têm ligações estreitas com a matemática.

Portanto, deve se levar em conta que se aprende matemática fazendo

matemática, e que essa aprendizagem está ligada a apreensão e atribuição de

significados. Para isso, alguns princípios devem orientar o trabalho:

A matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e utiliza cada vez

mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos. Portanto, deve ser mostrada

como um todo e não como uma sucessão de temas isolados, destacando-se as conexões

existentes entre situações da vida real, ou em outras disciplinas e suas representações

matemáticas e entre duas representações matemáticas equivalentes.

O ensino-aprendizagem de matemática tem como ponto de partida a

resolução de problemas. A capacidade de resolver problemas deve ser

considerada como um eixo organizador do ensino da matemática, pois

possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as

informações que estão ao seu alcance. É fundamental compreender que

os problemas não são um conteúdo e sim uma forma de trabalhar os

conteúdos, servindo como orientação para a aprendizagem, pois

proporcionam o contexto em que se podem apreender conceitos,

procedimentos e atitudes matemáticas.

A historia da matemática deve ser utilizada como um instrumento de

resgate da identidade cultural, e pode esclarecer idéias matemáticas que

estão sendo construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em

conexão com sua historia constituem veículos de grande valor formativo.

Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e

incentivadores do espírito de pesquisa. As calculadoras e computadores

permitem atividade de exploração, recuperação e desenvolvimento e sua

utilização traz significativas contribuições ao ensino da matemática.

Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e devem ser

utilizados sempre que possível, pois permitem que sejam apresentados de

forma atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.

Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas

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e imediatas e possibilitam a construção de uma atitude positiva perante

os erros, sem deixar marcas negativas.

A promoção das atividades em grupo deve acontecer sempre que possível,

pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando ao aluno a

respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.

As atividades que estimulam a comunicação oral e escrita, a

verbalização de raciocínios, analises, processos e resultados devem ser

valorizados, pois levam o aluno a utilizar o vocabulário e as formas de

representação matemáticas adequadas. A linguagem do professor

deve ser rigorosa, mas adequada ao nível de desenvolvimento do aluno.

A seleção e a organização de conteúdos deve levar em conta sua relevância

social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno.

A educação matemática deve valorizar a historia dos estudantes através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

O ensino e aprendizagem de matemática devem valorizar também o

aluno no seu contexto social, levantando problemas que surgiram

questionamento sobre situações da vida.

Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da matemática,

mais conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que o

professor construa sua pratica.

OBJETIVOS GERAIS

O ensino da matemática de 6º ao 9º ano do ensino fundamental deve levar o

aluno a:

Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja, diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Desenvolver sua capacidade de ―fazer matemática‖ construindo conceitos e

procedimentos, formulando e resolvendo problemas para si mesmo e, assim,

aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para um

problema;

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62

Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para

compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;

Pensar logicamente, relacionando ideias, descobrindo regularidades e padrões,

estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na

resolução de problemas;

Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia (quantidades,

números, formas geométricas, simétricas, grandezas e medidas, tabelas e gráficos,

―previsões‖, etc.);

Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser capaz de

elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo varias

formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou

regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.), executando esses planos e essas

estratégias com procedimentos adequados;

Integrar os vários eixos temáticos da matemática (números e operações,

geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e

probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;

Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando

de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as ideias

matemáticas;

Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe, auxiliando-os

e aprendendo com eles, apresentado suas idéias e respeitando as deles,

formando, assim, um ambiente propicio à aprendizagem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números e álgebra

Grandezas e medidas

Geometria

Funções

Tratamento da informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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6º ANO:

Sistema de numeração

Sistema egípcio de numeração

Sistema romano de numeração

Sistema de numeração indo-arábico

Operações básicas no N (quatro operações)

Potenciação e Radiciação

Resolução de problemas

Divisibilidade e múltiplos

Critérios de divisibilidade

Divisores, fatores e múltiplos de números

Números primos

Decomposição de fatores primos

Mínimo múltiplo comum

Conjunto dos números racionais e operações básicas

Forma fracionária de número Racionais (ideia de fração, comparação

de frações, frações equivalentes, 6 operações com números racionais)

Frações e porcentagem

Resolução de problemas

Forma decimal de números racionais (representação decimal,

propriedade geral, 6 operações com números decimais)

Ponto, reta e plano

◦ Reta: Posições de uma reta em relação ao chão; posições relativas de

uma reta em um plano

Semi-reta

Segmento de reta

Polígonos

Polígonos convexos (denominação dos polígonos)

Triângulos e quadriláteros

Medindo comprimentos

Transformação das unidades

Perímetro de um polígono

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Medidas de superfície

Transformação das unidades

Medidas agrárias

Áreas das figuras geométricas planas

Medidas de capacidade

Transformação das unidades

Volume do paralelepípedo retângulo

Medidas de massa

Transformação das unidades

Coleta , organização e descrição de dados

Leitura , interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,

listas, diagramas , quadros e gráficos.

7º ANO:

Conjunto de números inteiros

Conjunto dos números racionais (introdução)

Conjunto dos números racionais (6 operações)

Médias

Equações

Noções de Inequações

Razões

Proporções

Números diretamente e inversamente proporcionais

Regra de três simples e composta

Porcentagem e juros simples

Construções e representações no espaço e no plano

Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos

Planificação de sólidos geométricos

Desenho geométrico com o uso de régua e compasso

Ângulos, polígonos e circunferências.

Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na

resolução de problemas algébricos.

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Ângulos e arcos – unidades, fracionamento e calculo.

Coleta, organização e descrição de dados.

Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos.

Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e

histogramas.

Medidas, moda e mediana.

7ª SÉRIE

Números racionais e sua representação decimal.

Números irracionais números reais.

As quatro operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão

estudadas em Q e possíveis em R.

Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional.

Álgebra

Expressões Algébricas

Frações algébricas

Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de

equação fracionária e não pertencem ao conjunto solução da

equação.

◦ Monômios e polinômios.

Produtos Notáveis.

Fatoração

Resolução de uma equação fracionária de 1º grau com uma incógnita.

Equações literais do 1º grau na incógnita x. Equações fracionárias e literais.

Equações do 1º grau com duas incógnitas.

Verificação de um par ordenado (x, y) ou não – uma das soluções de equações do 1º grau com duas incógnitas. Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis

Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas

incógnitas.

Ângulos e triângulos

Polígonos

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Ângulos interno, externo

Diagonais e perímetro.

Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de

equações.

Representação geométrica dos produtos notáveis.

Representação cartesiana e confecção de gráficos.

Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma.

Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e

circuncentro.

Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.

Coleta, organização e descrição de dados.

Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos.

Noções de probabilidade.

8º ANO:

Números racionais e sua representação decimal.

Números irracionais números reais.

As quatro operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão estudadas em Q e

possíveis em R.

Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional.

Álgebra

Expressões Algébricas

Frações algébricas

Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de equação

fracionária e não pertencem ao conjunto solução da equação.

Monômios e polinômios.

Produtos Notáveis.

Fatoração

Resolução de uma equação fracionária de 1º grau com uma incógnita.

Equações literais do 1º grau na incógnita x. Equações fracionárias e literais.

Equações do 1º grau com duas incógnitas.

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Verificação de um par ordenado (x, y) ou não – uma das soluções de equações do 1º grau com duas incógnitas.

Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis

Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas incógnitas.

Ângulos e triângulos

Polígonos

Ângulos interno, externo

Diagonais e perímetro.

Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.

Representação geométrica dos produtos notáveis.

Representação cartesiana e confecção de gráficos.

Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma.

Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.

Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.

Coleta, organização e descrição de dados.

Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,

quadros e gráficos.

Noções de probabilidade.

9º ANO:

Radicais

Cálculo de radicais.

Raiz enésima de um número real.

Radicais e suas propriedades.

Simplificação de radicais.

Introdução de fatores no radicando.

Adição algébrica multiplicação e divisão de radicais.

Potenciação de expressões com radicais.

Racionalização de denominadores.

Simplificação de expressões com radicais.

Potência com expoente racional

Equações do 2º grau

Equações completas e incompletas

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Escrita da equação do 2º grau na sua forma normal.

Resolução de equações completas e incompletas

Resolução de problemas.

Estudo das raízes da equação do 2º grau.

Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax2 + bx + c = 0 Escrita da equação do 2º grau quando se conhece as duas raízes.

Equações Biquadradas

Equações Irracionais.

Resolução de equações irracionais.

Sistemas de Equações do 2º grau.

Resolução de sistemas de equações do 2º grau.

Resolução de problemas.

Segmentos proporcionais

Razão e proporção – propriedades

Razão de dois segmentos.

Segmentos proporcionais.

Feixes de paralelas

Propriedade do feixe de paralelas

Teorema de Tales

Teorema de Tales nos triângulos.

Teorema da Bissetriz interna de um triângulo.

Triângulos Semelhantes

Propriedades dos triângulos semelhantes.

Teorema Fundamental de Semelhança de Triângulos.

Teorema de Pitágoras

Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de Problemas.

Relações Métricas no triângulo retângulo

Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de

triângulos.

Resolução de problemas.

Relações trigonométricas no triângulo

Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas.

Áreas de algumas figuras geométricas planas.

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Cálculo da área do retângulo, quadrado, triângulo, paralelogramo,

losango, trapézio, do polígono regular e de regiões circulares.

Resoluções de problemas que envolvem áreas de figuras

geométricas.

Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Tales.

Triângulo Retângulo – Relações Métricas e Teorema de Pitágoras.

Triângulos Quaisquer.

Poliedros regulares e suas relações métricas.

Coleta, organização e descrição de dados.

Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,

listas, diagramas, quadros e gráficos.

Noções de probabilidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço da formação,

uma maneira de favorecer a aprendizagem. Tentaremos esclarecer os critérios de uma

avaliação desse tipo:

A avaliação deve orientar a ação do professor, isto é, as informações

contidas na avaliação podem oferecer elementos para modificar a forma de

conduzir as aulas, reajustar o planejamento, conhecer as dificuldades e as

preferências dos alunos.

A avaliação deve auxiliar e orientar o aluno, isto é, ela fornece ao

aluno elementos para que ele possa refletir sobre seu processo de

aprendizagem e ter clareza do que o professor espera dele.

A avaliação deve ser diversificada. Somente com a diversificação

poderiam ser consideradas as três dimensões dos conteúdos (conceitual,

procedimental e atitudinal) e as diferentes aptidões.

A avaliação deve acarretar interpretação e julgamento muito mais do

que medida. É preciso identificar progressos e obstáculos e planejar

caminhos para ampliar competências, o que implica juízos qualitativos.

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A avaliação deve ser contínua. Ela não deve ser uma interrupção do

processo ensino-aprendizagem, e parte dele e por isso deve ser contínua.

A avaliação deve ser comunicada e discutida. É preciso que o aluno

saiba quais são seus pontos fracos e fortes, tanto em relação aos conceitos

e procedimentos como em relação aos comportamentos desejados, como

persistência e organização, de modo a orienta-lo de maneira eficaz.

A avaliação tem por objetivo maximizar o processo de aprendizagem.

Deve se avaliar o processo de ensino-aprendizagem em torno dos

conteúdos considerados em suas três dimensões – que já foram

especificados.

Os instrumentos de avaliação estão relacionados a seguir:

Observações e registros, realizados pelo professor, das várias

interações com os alunos;

Trabalhos do aluno durante o ano letivo, incluindo suas anotações no

caderno;

Provas escritas ;

Exposições orais.

Tanto as exposições orais quanto os registros escritos , podem mostrar ao

professor como o aluno expressa seu conhecimento; o grau de entendimento alcançado,

tanto em profundidade quanto em organização mental e aplicação da linguagem

matemática.

Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno

na busca dos objetivos não atingidos por meio de intervenções, as quais destaca-se a

retomada de conteúdos, mudança de estratégia, monitoria, trabalho em grupo, etc.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES, Curriculares Estaduais para o Ensino Fundamental, 2006. SILVA, Jorge Daniel. Matemática. São Paulo: Ibep, s. d.

7.3 HISTÓRIA

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Educação é um processo de construção individual e coletivo que precisa estar

articulado ao seu contexto social e nesse tempo histórico. Participamos de uma sociedade

inserida em um país subdesenvolvido, com elevada dívida externa e enormes

desigualdades sociais, onde o ser humano é visto apenas como um número para as

estatísticas ou para levantamentos feitos pelos governantes, os quais visam apenas

atender aos pedidos dos organismos mundiais ou para os programas e plataformas

políticas.

A disciplina deve propor atividades coletivas, resgatando interesses,

conhecimentos e valores para a formação de um homem íntegro, justo, livre, responsável,

democrático, solidário, feliz, criativo, independente, crítico, portador de conhecimentos

gerais e específicos... Um ser humano competente para explorar a sua potencialidade,

mas acessível para resgatar os valores democráticos e brasileiros.

Essa ideia era levar o cidadão a ser sujeito ativo e participativo na sociedade.

Desta forma, ele estará apto a ser um agente transformador da História, pois assim

compreender-se-a dentro de uma sociedade múltipla e pluricultural, e agirá para lutar

permanentemente para a transformação de sua realidade.

A História como disciplina escolar obrigatória, passou a ser obrigatória, a partir

da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico

e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.(DCE,

p. 15)

O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889) e o

Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional

brasileira. A partir de 1901 o corpo docente alterou o currículo do Colégio, propondo que a

História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal.(DCE, p.15)

No período do Estado Novo (1937) por meio da Lei Orgânica do Ensino

Secundário de 1942, fez com que a História do Brasil retornasse ao currículo escolar. O

ensino de História foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos

Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-americanas na

organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos debates

educacionais por meio da Escola Nova. Enfim, por força da Lei nº5692 em 1971 foi

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implantado o ensino de Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau.

A partir da Lei nº5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o

Segundo Grau profissionalizante, com ensino voltado a qualificar mão-de-obra para o

mercado de trabalho. O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao

cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a

adaptação à realidade, continuando ser vista de maneira linear, cronológica e harmônica,

conduzida pelos heróis em busca de um ideal de processo de nação. (DCE, p.17)

O ensino de Estudos Sociais foi contestado no início da década de 1980, tanto

pela Academia quanto pela sociedade. Queriam a volta do ensino de História.

No ano de 1990, o Estado do Paraná fez uma proposta de renovação do

Ensino de História que tinha como pressuposto teórico a historiografia social, pautada no

materialismo histórico dialético.

O Ministério da Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os

Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio, os Parâmetros

organizaram o currículo em áreas de conhecimento. Incorporado pelo Estado do Paraná

no final dos anos 1990. Com o objetivo de preparar os cidadãos para as exigências

técnico-científicas da sociedade contemporânea.(DCE, p.19)

O ensino de História do Paraná, torna-se obrigatório com a aprovação da Lei

nº13.381/01, nos Ensinos Fundamental e Médio. Além da Lei nº10.639/03 sendo alterada

pela Lei nº9394/96 que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-brasileira.

Por meio de todas essas Leis, a Educação do Ensino de História passou a ser

ministrado de uma maneira mais abrangente e concreta dentro da realidade social

contemporânea. Formando um cidadão crítico e ativo dentro da sociedade em que está

inserido.

O mesmo nível de crítica que temos quanto ao presente, devemos tê-lo com

relação ao passado. A construção de uma relação crítica com o presente, com a realidade

do aluno, pressupõe e aponta para a necessidade de uma concepção de história que

permita o desvelamento dessa realidade e sua superação.

A contribuição mais significativa da História para o jovem é a compreensão da

sociedade contemporânea e sua inserção nela, desenvolvendo a capacidade de

apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências humanas. O tempo histórico

compreendido nessa complexidade utiliza a História Temática, enfocando três conteúdos

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estruturantes, são eles: Trabalho, Poder e Cultura.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tomando como premissa básica que o papel fundamental da educação escolar é o de

preparar educando para o exercício da cidadania, entendemos que a História contribui

para que o educando desenvolva visão crítica e espírito social e politicamente

participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em

que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer com que o educando.

(...) produza uma reflexão de natureza histórica; (...) pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outras reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente só na escola; pois a Historia produz um conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele nos parece fundamental para a vida do homem, individuo eminente histórico. (CABRINI, 1987. p. 23.)

É necessário que nas escolas, os educadores em geral, assumam esse

princípio meta primordial, tendo em vista o significado e a importância de seu papel na

formação da cidadania, que deve ser entendida também como um processo de

participação social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na comunidade.

A História Temática contribui para que os educandos ampliem suas fontes de

pesquisa e consequentemente, abram sua compreensão para os conteúdos estruturantes:

Trabalho, Poder e Cultura. Esses conteúdos farão uma busca em vários tempos e

espaços sobre cada um deles, para que o aluno aprenda a relacionar todos eles entre si e

cada um em seu determinado tempo/espaço.

O educando não aprende História apenas na escola, pois têm acesso a

inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos

de caráter local, regional, nacional e mundial, no qual estão inseridos.

Percebem as transformações sociais culturais econômicas e política

envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida urbana e a globalização, nesse

contexto os meios de comunicação de massa a convivência de gerações através de

fontes como: televisão, videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio, enciclopédias, cinema,

vídeos e computadores, provem essa releitura de mundo e a formação de sua identidade

cultural.

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OBJETIVOS GERAIS

O aluno deverá ampliar a compreensão de sua realidade, confrontando-a,

relacionando-a com outras realidades históricos e assim fazer escolhas e estabelecer

critérios para suas ações.

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em todas

as suas manifestações;

Dominar conceitos básicos;

Aprender a refletir historicamente, perceber os processos pelos quais

as sociedades evoluem, como enriquecedoras para o conhecimento;

Desenvolver senso crítico e criativo;

Notar que tudo precisa se adaptar ao seu tempo, que não se pode ser

retrógrado, nem radical, mas sim flexível e consciente das necessidades do

seu tempo;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,

aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e

registros escritos e iconográficos;

Valorizar a cultura como forma de se conhecer e entender os motivos

que levam um poço a ser e agir de uma maneira e não de outra;

Valorizar a diversidade cultural;

Analisar os fatos históricos em todos os seus aspectos, seus

verdadeiros motivos e concepções envolvidas;

Perceber a influência política na vida das pessoas, ninguém pode

ignorá-la, podemos sim, usá-la para modificar estruturas vigentes;

Analisar que uma ideologia pode ser a salvação ou a derrota de uma

nação, depende da interpretação;

Valorizar a cidadania, para o fortalecimento da democracia,

mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades

sociais.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO:

DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS,

DIFERENTES CULTURAS

Produção do conhecimento Histórico:

O historiador e a produção do conhecimento histórico;

Tempo e temporalidade;

Fontes, documentos;

Patrimônio material e imaterial;

Pesquisa.

Articulação da História como outras áreas do conhecimento:

Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia,

etnologia, entre outras.

Humanidade e História:

De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Arqueologia no Brasil:

Lagoa Santa: Luzia (MG);

Serra do Capivari (PI);

Sambaquis (PR).

Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:

Teorias do surgimento do homem na América;

Mitos e lendas da origem do homem;

Desconstrução do conceito de pré-história;

Povo ágrafos, memória e história oral.

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Povos indígenas no Brasil e no Paraná:

Ameríndios do território brasileiro;

Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.

As primeiras civilização da América:

Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;

Ameríndios da América do Norte.

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:

Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali;

Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.

Europa Medieval.

A Chegada dos europeus na América:

(des) encontros entre culturas;

Resistência e dominação;

Escravização;

Catequização.

Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:

Reconquista do território;

Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;

Comércio (África, Ásia, América e Europa).

Formação da sociedade brasileira e americana:

América portuguesa;

América espanhola;

América franco-inglesa;

Organização político administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias);

Manifestações culturais (sagrado e profano);

Organização social (família patriarcal e escravismo);

Escravização de indígenas e africanos;

Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).

Os reinos e sociedade africanas e os contatos com a Europa:

Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros;

Comércio;

Organização político-administrativa;

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Manifestações culturais;

Organização social;

Uso de tecnologias: engenho de açúcar, construção civil...

Diáspora africana.

7º ANO:

DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX

Expansão, consolidação e colonização do território:

Missões;

Bandeiras;

Invasões estrangeiras.

Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma Pombalina

Reforma e Contra-Reforma.

Colonização do território ―paranaense‖ – História do Paraná:

Economia;

Organização social;

Manifestações culturais;

Organização político-administrativa.

Movimentos de contestação:

Quilombos (Campo Largo, PR e BR);

Irmandades: manifestações religiosas – sincretismo;

Revoltas nativistas e Nacionalistas;

Inconfidência Mineira;

Conjuração Baiana;

Revolta da cachaça;

Revolta do maneta;

Guerra dos mascates.

Independência das treze colônias inglesas da América do Norte.

Diáspora Africana;

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Revolução Francesa:

Comuna de Paris e influência na Inconfidência Mineira e Baiana.

Chegada da família real ao Brasil:

De Colônia à Reino Unido;

Missões artístico-científicas;

Biblioteca Nacional;

Banco do Brasil;

Urbanização na capital;

Imprensa Régia.

Invasão Napoleônica na Península Ibérica.

O Processo de Independência do Brasil:

Governo de D. Pedro I;

Constituição outorgada de 1824;

Unidade territorial;

Manutenção da estrutura social;

Confederação do Equador;

Província Cisplatina;

Haitianismo;

Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, cabanagem ,Farroupilha.

O processo de independência das Américas:

Haiti;

Colônias espanholas.

8º ANO:

PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO

IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

A Construção da Nação:

Governo de D. Pedro II;

Criação da IHGB;

Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850;

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Início da imigração europeia;

Definição do território;

Movimento Abolicionista e Emancipacionista.

2ª Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX):

Ludismo;

Socialismos;

Anarquismo.

R

elacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.

Emancipação Política do Paraná – 1853:

Economia;

Organização social;

Manifestações culturais;

Organização político-administrativa;

Migrações internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e

externas (europeus);

Vinda dos escravos africanos;

Diversas manifestações culturais negras e indígenas;

Os povos indígenas e a política de terras.

A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança.

O Processo de Abolição da Escravidão:

Legislação;

Existência e negociação;

Discursos;

Abolição;

Imigração – Senador Vergueiro

Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,. Euclides

da Cunha, Sílvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina).

Colonização da África e da Ásia:

Neocolonialismo.

Guerra Civil e Imperialismo estadunidense.

Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé.

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Os Primeiros anos da República:

Ideias positivistas;

Imigração asiática;

Oligarquia, coronelismo e clientelismo;

Movimentos de contestação: campo e cidade;

Movimentos messiânicos;

Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro;

Movimento operário: anarquismo e comunismo;

Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo (movimento

regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim.

Questão Agrária na América Latina:

Revolução Mexicana.

Primeira Guerra Mundial.

Revolução Russa.

9º ANO:

REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE

A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade

Economia;

Organização social;

Organização político-administrativa;

Manifestações culturais;

Coluna Prestes.

Crise de 29.

A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45):

Leis trabalhistas;

Voto feminino;

Ordem e disciplina no trabalho;

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Mídia e divulgação do regime;

Criação do SPHAN, IBGE;

Futebol e carnaval;

Contestações à ordem;

Integralismo.

Ascensão do regime totalitário na Europa.

Movimentos populares na América Latina.

Segunda Guerra Mundial:

Participação do Brasil na II Guerra Mundial.

Populismo no Brasil e na América Latina:

Cárdenas – México;

Perón – Argentina

Vargas, JK, Jânio e João Goulart no Brasil.

Guerra Fria.

Independência das colônias afro-asiáticas.

Construção do Paraná Moderno:

Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha, Ney Braga;

Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa da COPEL,

Codepar, Banestado, Sanepar...

Movimentos culturais;

Movimentos sociais no campo e na cidade;

Ex. revolta dos colonos na década de 50 – sudoeste;

Os xetá.

O Regime Militar no Brasil e no Paraná:

Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;

Uso ideológico do futebol na década de 70;

O tricampeonato mundial;

A criação da liga nacional do campeonato brasileiro;

Cinema novo;

Teatro;

Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.

Os Regimes militares na América Latina:

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Política da boa vizinhança;

Revolução cubana;

11 de setembro no Chile e a disposição de Salvador Allende;

Censura aos meios de comunicação;

A copa da argentina – 1978.

Movimentos de Contestação no Brasil:

A resistência armada;

Tropicalismo;

Jovem Guarda;

Novo sindicalismo;

O movimento estudantil.

Movimentos de contestação no mundo:

Maio de 68 – França;

Movimento negro;

Movimento hippie;

Movimento homossexual;

Movimento feminista;

Movimento punk;

Movimento ambiental.

Paraná no contexto atual – década de 90 e início do século XXI;

Redemocratização;

Constituição de 1988;

Movimentos populares rurais e urbanos;

MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos

Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc..

Mercosul e ALCA.

Fim da bipolarização mundial.

Desintegração do bloco socialista;

Neoliberalismo;

Globalização;

11 de setembro – EUA.

África e América Latina no contexto atual.

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O Brasil no Contexto atual.

A comemoração dos ―500 anos do Brasil‖- análise e reflexão.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História, por meio de atividades específicas com as

diferentes temporalidades, pode favorecer a reavaliação dos valores do mundo de hoje, a

distinção de diferentes ritmos de transformações históricas, o redimensionamento do

presente em processos contínuos e a construção de identidades com as gerações

passadas.

Nesta perspectiva o ensino de História pode desempenhar um papel

importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre atuação do

indivíduo nas suas relações pessoais como grupo de convívio, suas afetividades, sua

participação no coletivo, suas atitudes e compromissos com classes, grupos sociais,

culturas, valores e gerações do passado e do futuro.

Portanto, o aluno deverá compreender e aprender as formas de produção

desse conhecimento através dos conteúdos críticos desta disciplina, tendo como ponto de

partida os acontecimentos que cercam a sua realidade.

A avaliação no ensino de História será feita de maneira a perceber o quanto o

aluno evoluiu ao longo dos bimestres, verificando se o educando compreende os

conceitos básicos da disciplina, a capacidade de elaboração textual e oral de assunto

estudado no ano.

REFERÊNCIAS

ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 1996.

CAMPOS, Flavio de; et al. O jogo da História. São Paulo: Moderna, 2002.

COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2004.

DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História: Cotidiano e mentalidade. São Paulo:

Atual, 2000.

FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.

MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do tempo. São Paulo: Moderna,

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84

2002.

MORAES, José Geraldo Vinci de. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo:

Atual, 2003.

ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do futuro. São Paulo: IBEP, 2003.

PETTA, Nicolina Luíza de; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma abordagem

integrada. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2003.

PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida. São Paulo: Ática, 2004.

RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e Texto. São Paulo: FTD,

2002.

SCHMIDT. Mario. Nova História Crítica. Ensino Médio. São Paulo: [s. n.], 2007.

7.4 GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo dos anos, a Geografia vem passando por reformulações, onde novas

teorias e formas de pensamento têm contribuído para avanços que ocorreram no interior

dessa disciplina. É muito antiga a preocupação do homem em conhecer o meio no qual

está inserido.

A história do pensamento geográfico se inicia com os gregos os quais foram a

primeira cultura conhecida a explorar ativamente a geografia como ciência e filosofia. A

cartografia feita pelos romanos, à medida que exploravam novas terras, incluía novas

técnicas.

Na Idade Média, o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de mundo

imposta pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecida, onde

contestava-se a esfericidade da Terra. A forma do planeta voltou a ser discutida a partir do

século XII, quando os mercadores precisavam representar o espaço com detalhes para

registrar as rotas marítimas, a localização e as distâncias entre os continentes. A questão

da distribuição das terras e das águas tornou-se, cada vez mais, pauta de discussões e

de pesquisas que alcançaram e ultrapassaram o contexto das Grandes Navegações.

Durante o século XVIII a Geografia foi sendo discretamente reconhecida como

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disciplina e tornou-se parte dos currículos universitários. Ao longo dos últimos dois

séculos a quantidade de conhecimento e o número de instrumentos aumentou

enormemente.

Após a Segunda Guerra Mundial, as mudanças na análise da realidade

provocaram uma reflexão sobre a natureza da Geografia, reformulando seus princípios

científicos e filosóficos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares a institucionalização da Geografia no

Brasil consolidou-se apenas a partir da década de 1930, quando as pesquisas

desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território brasileiro com o objetivo de

servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico.

Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração

mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas sociais, fazia-se

necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os

recursos naturais do país.

Com o passar dos anos a Geografia como ramo do conhecimento, sofreu

profundas transformações, tanto a nível teórico como metodológico, provocando

mudanças na análise da realidade

A geografia se ocupa da análise histórica da formação das diversas

configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento na medida em

que se preocupa com localizações, estruturas espaciais (a localização dos elementos uns

em relação aos outros) e dos processos espaciais. Trata, portanto, da produção e da

organização do espaço geográfico, a partir das relações sociais de produção,

historicamente determinado.

Nas diretrizes curriculares, o conceito adotado para o objeto de estudo da

Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela

sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e

técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas.

Assim, opta-se pelo ensino de uma geografia crítica, que desvele a realidade,

uma geografia que conceba o espaço geográfico como sendo um espaço social,

produzido e reproduzido pela sociedade humana, com vistas a nele se realizar e se

produzir.

E se no ensino ela se preocupa com o desenvolvimento do senso crítico do

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aluno, implica em desenvolver-lhe a compreensão do papel histórico daquilo que é

criticado. Neste sentido, não se trata apenas de repassarmos para os alunos fatos para

que eles memorizem, e sim levantarmos questões e instrumentá-los de modo a lhes

propiciar as condições de se compreenderem como sujeitos da História e agentes da

transformação social.

Dessa maneira, busca-se explicar e compreender o espaço geográfico não

somente como produto de fatores culturais, procurando assim, valorizar as posturas e a

consciência crítica que os alunos podem assimilar e desenvolver ao associarem a

Geografia com o seu dia-a-dia.

A Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das

capacidades dos alunos do ensino fundamental de observar, conhecer, explicar, comparar

e representar as características do lugar em que vivem e as diferentes paisagens e

espaço geográfico.

Torna-se importante que os alunos possam perceber-se como atores, na

construção de paisagens e lugares, e compreendam que as paisagens e lugares são

consequências das múltiplas interações envolvendo trabalho social e natureza.

A Geografia, atual, direciona-se para um ensino que busque, junto aos alunos,

uma postura crítica diante da realidade, comprometida com o homem e a sociedade, e

que contribua para a sua formação.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino da Geografia deve ser pautado na análise crítica dos processos de

produção do espaço, visando possibilitar ao aluno a construção de uma consciência

crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca do espaço

geográfico.

Deve preparar o aluno para localizar, compreender, e atuar no mundo

complexo, problematizar a realidade, formular proposições, reconhecer as dinâmicas

existentes no espaço geográfico, pensar e atuar criticamente em sua realidade tendo em

vista a sua transformação.

Para que os objetivos sejam alcançados, o ensino da Geografia deve

fundamentar-se em um corpo teórico-metodológico baseados nos conceitos de natureza,

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paisagem, espaço, território, região, lugar, incorporando também dimensões de análise

que contemplam tempo, cultura, sociedade, poder e relações econômicas e sociais.

A partir dessas premissas, o objetivo é proporcionar práticas e reflexões que

levem o aluno à compreensão da realidade.

Nessa perspectiva, pretende-se aproveitar o conhecimento vivido pelo aluno,

desenvolvendo capacidades para o entendimento da dinâmica e relações entre espaços

distantes da sua realidade local.

Dessa forma, a metodologia adotada segue os padrões críticos com enfoque

especial para a questão da organização e produção do espaço, abordando as razões das

disparidades regionais e a interdependência dos espaços produzidos e ainda, os

problemas ambientais que afetam o planeta Terra, estimulando, assim, a formação de

cidadãos dotados de consciência crítica, que possam atuar na luta por uma realidade

socioambiental comprometida com a qualidade de vida.

As estratégias para abordagem dos assuntos tratados constam da realização

de atividades individuais ou em grupos na confecção de mapas, gráficos e tabelas,

cartazes, pesquisa e discussão em sala sobre reportagens e artigos de jornais e revistas

que abordem temas atuais, leitura, exposição e discussão de textos de livros didáticos,

análise e discussão de imagens, utilização de recursos audiovisuais, como a TV pen

drive, bem como o laboratório de informática, entre outras.

OBJETIVOS GERAIS

Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão,

de como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem.

Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas

consequências em diferentes espaços e tempos, de modo que construa

referenciais que possibilitem uma participação prepositiva nas questões

sócio-ambientais locais;

Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de

modo que compreenda o papel da sociedade na construção do território, da

paisagem e do lugar;

Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos

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estudados em suas dinâmicas e interações;

Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos,

os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas

ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas

possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;

Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para

compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de

construção, identificando suas relações, problemas e contradições;

Orientá-los a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura

da paisagem, desde as imagens, música, literatura de dados e de

documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete,

analise e relacione informações sobre o espaço;

Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a

espacialidade dos fenômenos geográficos;

Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sociodiversidade,

reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de

fortalecimento da democracia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO:

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção

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A formação, localização e exploração dos recursos naturais

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a

(re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos

As diversas regionalizações do espaço geográfico

7º ANO:

Formação do território brasileiro

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos

Movimentos migratórios e suas motivações

O espaço rural e a modernização da agricultura

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

a urbanização

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações

8º ANO:

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90

As diversas regionalizações do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

O comércio em suas implicações socioespaciais

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

O espaço rural e a modernização da agricultura

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos

Os movimentos migratórios e suas motivações

A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade

cultural;

A formação, o localização, exploração dos recursos naturais

9º ANO:

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

A revolução tecnocientífico- informacional e os novos arranjos no espaço da

produção

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

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(re)organização do espaço geográfico

A formação, localização, exploração dos recursos naturais;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial

A realidade local e paranaense bem como as culturas afro-brasileira e

indígena serão consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, sempre

que possível.

AVALIAÇÃO

As Diretrizes Curriculares propõem que a avaliação deve tanto acompanhar a

aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Para isso, deve se

constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.

Os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem e, portanto, o professor deve

procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem das aulas.

Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a

definição de uma nota ou um conceito. As atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo

devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente

aos diferentes contextos sociais.

Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia

a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-

espaciais para compreensão e intervenção na realidade. Deve ser observado se os

alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações espaço-tempo e

sociedade-natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

Será necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação, de

maneira que possibilitem várias formas de expressão dos alunos.

Serão avaliados os avanços dos alunos por meio da observação da produção

de textos, construção de mapas, gráficos, cartazes, da expressão verbal, além de testes

ponderados, realização de exercícios em sala de aula, de caráter somatório,

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possibilitando uma ampliação das chances oferecidas aos alunos que não tiverem um

aproveitamento satisfatório no decorrer do semestre.

Serão realizados exames de recuperação paralela conforme o rendimento

individual do aluno verificado durante o processo de avaliação contínua.

REFERÊNCIAS

MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.

VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad - Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993. VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.

7.5 CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo das Ciências Naturais é decorrente da evolução desta área, a partir

do século XVII, quando, na primeira metade desse século, Francis Bacon e René

Descartes formulam as bases do pensamento científico. Também nessa época temos a

contribuição de Comenius que já destacava os seguintes princípios: todo ensino deve

fazer-se de acordo com a natureza, exercitando-se primeiro os sentidos; todo ensino deve

começar com a intuição das coisas reais, e não com a sua descrição verbal; em todas as

partes deve-se procurar sempre a relação causal; seguir do fácil para o difícil, do próximo

para o distante, do conhecido para o desconhecido; deve-se relacionar objetos afins entre

si para não estudá-los ao mesmo tempo, senão uns depois dos outros.

No século seguinte, no bojo das transformações que marcaram a chamada era

das revoluções, o filósofo iluminista francês Jean Jacques Rousseau proclama a

necessidade de atender-se ao interesse da criança para que a sua educação tenha como

objetivo o franco e natural desenvolvimento de suas tendências, que consistiria em:

fundar o saber na própria observação, e não em informação alheia; dirigir a atenção do

aluno para a natureza e, assim, despertar de pronto a curiosidade; na investigação da

natureza, começar pelos fenômenos mais correntes e mais facilmente abordáveis.

O naturalismo pedagógico de Rousseau criou as raízes que levaram a

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educação ao desenvolvimento de concepções psicológicas e sociológicas que marcariam

o século XIX que, por sua vez, ficaria conhecido como o século da democratização da

ciência, da sua vulgarização e difusão. Ainda no início desse século, o ensino elementar

das Ciências, nas escolas primárias e secundárias, começa a se difundir.

Hoje, o estudo de Ciências, no Ensino Fundamental, destaca os valores

humanos associados ao aprendizado científico, procurando conjugar o desenvolvimento

cognitivo dos estudantes a idade deles, suas experiências, identidade cultural e social, e

aos diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem ter para eles, isto

garante que a aprendizagem seja significativa.

Esse enfoque pressupõe que o ensino de Ciências seja sustentado por uma

proposta curricular que integre ciência-tecnologia-sociedade.

Crianças e jovens quando chegam à escola trazem consigo um significativo

repertório de representações e explicações da realidade, que deve ser levado em conta

na seleção e organização dos conteúdos para o ensino de Ciências, os quais são

fundamentais para a construção da identidade dos sujeitos e da cultura na qual se insere.

Desta forma, eles devem estar articulados para que não sejam tratados como assuntos

isolados ou estanques, pouco atraentes e nada significativos. Também devem fornecer

conhecimentos que estimulem um comportamento científico relacionado à saúde pública

e pessoal, e uma consequente ação de preservação ambiental, como elemento de

construção de uma vida saudável.

Nesse sentido, o estudo de Ciências contemplará discussões vinculadas ao

binômio saúde e sociedade, priorizando as doenças decorrentes do subdesenvolvimento

e aquelas, fruto dos novos tempos, como por exemplo, a AIDS, que exige a participação

efetiva da escola, no sentido de ir além da informação técnica sobre a doença, para criar

uma atitude responsável, refletida por um comportamento de sexo seguro.

Todas essas propostas exigem que, em sala de aula, sejam utilizados métodos

ativos, como observação, experimentação, jogo e diferentes formas textuais para obter e

comparar informações, despertando assim o interesse dos estudantes pelos conteúdos.

Com estas condições de aprendizagem oferecidas aos alunos, espera-se que eles

possam desenvolver uma compreensão de mundo que possibilite a aquisição e o

processamento da comunicação, a avaliação de situações e a tomada de decisões, bem

como uma atuação positiva e crítica em seu meio social.

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É imprescindível, portanto, o desenvolvimento de atividades específicas tais

como: atividades práticas para observação dos fenômenos da natureza, leitura e

discussão de textos/jornais e ou revistas, trabalhos de campo, pesquisas, produção de

textos coletivos, palestras e debates, confecção de murais, exibição de vídeos e CDs,

desenvolvimento de programas em computador, projetos interdisciplinares, exposições

dos trabalhos, interpretação e construção de gráficos. É importante ressaltar que o

desenvolvimento destas atividades deve estar atrelado à organização dos conteúdos. Os

conteúdos de Ciências no Ensino Fundamental devem ser organizados em blocos que os

contextualizem e os estruturem de forma significativa e coerente, possibilitando diferentes

modos de sequenciação interna ao ciclo e a incorporação de conteúdos de importância

local, além de favorecer a conexão entre os eixos temáticos:

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma prática

pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo

metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num único

método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente

à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos alunos.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o

professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político

Pedagógico da escola,os interesses da realidade local e regional onde a escola está

inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações

atualizadas sobre os avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de

Ciências reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos

recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e

das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos

em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de

conhecimento físico, químico e biológico; estabeleçam relações interdisciplinares e

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95

sejam abordados a partir dos contextos tecnológico, social, cultural, ético e político que

os envolvem.

O professor de Ciências responsável pela mediação entre o conhecimento

científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos

estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos

diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo

ensino aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa para os

estudantes.

Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da existência

de várias estratégias a serem utilizadas em aula, entende-se que a opção por uma delas,

tão somente, não contribui para um trabalho pedagógico de qualidade. É importante que o

professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes recursos e estratégias, de modo

que o processo ensino-aprendizagem em Ciências resulte de uma rede de interações

sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico escolar selecionado

para o trabalho em um ano letivo.

O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:

recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro

de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático(torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio,lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

OBJETIVOS GERAIS

Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive em seu

relacionamento com os demais seres vivos;

Compreender a ciência como um processo de conhecimento e uma

atividade humana de natureza social, inserida em um contexto econômico,

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político, cultural e histórico;

Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia

e condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica;

Compreender a tecnologia com meio para suprir necessidades humanas,

sendo capaz de elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas

tecnológicas;

Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos a serem promovidos por diferentes agentes;

Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das Ciências Naturais, pondo em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta,

organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir crítica e

cooperativamente para a construção coletiva do conhecimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Astronomia

Matéria

Sistemas biológicos

Biodiversidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO:

ASTRONOMIA

Universo, Sistema Solar, movimentos terrestres, movimentos Celestes

MATÉRIA

Água

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Importância;

Fórmula;

Estados Físicos da água e suas mudanças ;

Ciclo e sua importância;

Propriedades da água;

Saneamento básico;

Doenças Transmitidas pela água.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

AR

Importância para os seres vivos;

Camadas Atmosféricas;

Componentes do ar;

Propriedades do ar;

Poluição do ar;

Doenças transmissíveis pelo ar;

7º ANO:

Biodiversidade

Caracterítscas gerais dos invertebrados

Poríferos

Cnidários

Artópodes

Equinodermos

Nematelmintos

Anelídios

Platelmintos

SISTEMAS BIOLÒGICOS

Reino das Plantas

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Briófitas

Pteridófitas

Algas pluricelulares

Magnoliófitas: raiz, caule ,folhas, flor, fruto, semente.

8º ANO:

BIODIVERSIDADE

Sistema reprodutor masculino e feminino

Órgão e funções,

Métodos contraceptivos ,

Gravidez,

DSTS,

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Sistema Nervoso

Células nervosas,

Sistema nervoso central ,

Sistema nervoso periférico,

Sistema nervoso autônomo,

Ato reflexo,

Principais doenças,

Sistema sensorial,

Órgãos dos sentidos,

Principais doenças.

Sistema sensorial

Órgãos dos sentidos ,

Principais Doenças,

Sistema Endócrino ,

Glândula,

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99

Hormônio

9º ANO:

Grandezas Físicas

Cinemática: posição, deslocamento, intervalo de tempo, velocidade

média ,aceleração, trajetória, referencial, distância, força movimente e

repouso,

Dinâmica: 1°,2,°3°leis de Newton

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, sejam eles

profissionais, como, professores, médicos ou músicos, etc. Isso não significa, no entanto,

que um professor sempre saiba avaliar o desempenho do aluno; um médico, os sintomas

do paciente, um músico, a desempenho de um colega.

Precisamos então nos libertar da idéia de que o senso comum é suficiente para

julgarmos um desempenho. Desse modo, a avaliação deve ser um processo contínuo e

sistemático, portanto, deve ser constantemente planejada, fornecendo retorno ao

professor e permitindo a recuperação do aluno; funcional porque verifica se os objetivos

previstos estão sendo atingidos; orientados, permitindo assim o aluno conhecer erros e

corrigi-los;o quanto antes;integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja não os

aspectos cognitivos são analisados, mas igualmente os comportamentais e habilidades

psicomotora.

Cabe ao professor escolher a técnica que mais se adéqua a sua clientela de

alunos, lembrando sempre que não existe maneira correta de avaliação. Todas

apresentam vantagens e desvantagens.

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, Jenner Procópio de; et all. Ciências integradas. Belo Horizonte: Dimensão, 1999.

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100

BAINES, Jhon. Chuva Ácida. S. l.: s. n.,1985.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

______.______. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei: 9394/96. Brasília: Ministério da Educação, 1996.

______. ______. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica Do Estado Do Paraná. Brasília: SEED, s. d.

CRUZ, Daniel. Educação Ambiental. S. L: Ed. Ática, 2005.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1998.

DUARTE, Ruth Gouveia. Lições da Natureza. São Paulo: s. n., s. d.

FOUREZ, G. A construção das Ciências: introdução à filosofia e à ética das Ciências. 3.ed. Ujuí: Unijuí, 1995. FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.

MOURÃO, Ronaldo Rogério. ABC da Astronomia. Rio de Janeiro: s. n., s. d.

PESTANA, Maria Inês Gomes de Sá; et all. Matrizes curriculares de referências para o SAEB. 2. ed. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 1999.

VALLE, Cecília. Terra e Universo. São Paulo: Positivo, s. d.

7.6 ARTES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte é um processo de humanização o ser humano como criador, se

transforma e transforma a natureza através do trabalho, produzindo novas maneiras de

ver sentir e que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.

A arte é parte essencial da cultura e da identidade, a mais requintada forma de

expressão e comunicação. Na linguagem da arte, onde o verbal se substitui ou convivem

entre si, é o potencial criativo do ser humano que desabrocha. Se o ensino das artes

incentivar e reconhecer essa formas de expressão esta linguagem do aluno, a escola

estará dando um grande passo para formação dos jovens, e porque não dizer dos adultos

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que procuram na escola um novo rumo de suas vidas.

A escola constitui-se num espaço privilegiado para a educação que dialogue

entre o particular e o universal. A disciplina de Arte deve manter este diálogo,

estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem,

com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos

alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a

fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística.

A história social da arte aborda que as formas artísticas não são

exclusivamente formas da consciência individual, mas também exprimem uma visão do

mundo. Essas formas são dependentes do modo de produção social, isto é, em cada

cultura, em cada momento histórico, as transformações da sociedade determinam

condições para uma nova atitude estética.

Das línguas naturais e das estéticas de todas as artes que se valem não só do

código linguístico mas de outros, deslocando-se para o próprio suporte do corpo e suas

possibilidades de expressão ( da voz aos gestos, dos movimentos ritmados dos membros

à dança executada pela mão no traçado coreográfico da escrita) e atingindo-se em

contraposição à rudeza do corpo, a sofisticação dos aparatos tecnológicos da

informatização, de que o computador é seu produto mais típico, tem-se como pano de

fundo, ou elemento gerador, a linguagem que engendra os significados e os torna

comunicáveis.

Assim, uma proposta de ensino de Arte tem como função levar o aluno à

apropriação do conhecimento estético, contextualizando-o, dando um significado à Arte

dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver

sentir o mundo.

Portanto, o currículo do Ensino Médio na disciplina de arte visando atender o

aluno como um sujeito histórico e social, foi sistematizado três formas de interpretação da

Arte na sociedade, que são arte como ideologia, arte como conhecimento e arte como

trabalho criador.

Arte como ideologia:

Ideologia é o conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma

sociedade, de uma época ou de classe, e que são produto de uma situação histórica e

das aspirações dos grupos que as apresentam como imperativos da razão.

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A ideologia tem dupla função, ela pode ser elemento de coesão social, de

relação de pertencimento a um grupo, classe social, a uma sociedade ou elemento de

imposição de um grupo, classe social sobre outra, de forma a mascarar a realidade, para

manter e legitimar sua dominação.

Neste sentido é fundamental trabalhar com os alunos questões como:

Arte erudita ou elitista e Arte popular.

Industria cultural e cultura de massa.

Arte da cultura hegemônica e Arte engajada.

Arte como forma de conhecimento:

O conhecimento estético construído historicamente pela humanidade, se

expressa na Arte através da sua própria organização, como:

Os elementos estético que constituem a música, as artes plásticas /

visuais, a dança e o teatro.

Os conteúdos estruturantes da disciplina e suas articulações com as

quatro áreas que a constituem.

O trabalho com os alunos deve tratar da diversidade cultural e das

desigualdades sociais, em vários aspectos tais como:

As expressas nas obras de arte produzidas pela humanidade em tempos e

espaços diferentes.

A dos alunos que estão na escola, considerando sua origem cultural,

grupo social e as manifestações artísticas que produzem significado de

vida para eles tanto na produção como na fruição.

Arte como trabalho criador

Criar é fazer algo inédito, um objeto novo e singular que expressa esse sujeito

criador e, simultaneamente transcende, enquanto objeto portador de conteúdo de cunho

social e histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade social.

A concepção de arte como criação, como trabalho criador não exclui a arte

como forma ideológica ou a arte como forma de conhecimento, porém não a reduz a

nenhuma delas. Neste sentido a arte constitui-se em um processo de humanização.

Proporcionar que os alunos possam manifestar as formas de trabalho

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artístico que já executam, possibilitando que sistematizem em mais

conhecimentos suas próprias produções.

Possibilitar que os alunos produzam trabalhos artísticos na escola, nas

áreas em que forem possíveis pelas condições de formação do professor

e/ ou materiais da escola.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as

possibilidades de fruição e expressão artística.

Poderá explicitar através das manifestações / produções artísticas elementos

que identificam determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente a

estilização de seus pensamentos e ações.

Esta materialização do pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se

como um referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos alunos por meio do

conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas (artes visuais, música,

dança e teatro).

OBJETIVOS GERAIS

Aprender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte para

compreender como a sociedade estrutura-se e como se organiza as vária formas

de produzir arte.

Interpretar as obras de arte e a realidade transcendendo as aparências,

aprendendo através da arte parte da totalidade da realidade humano social.

Ampliar o conhecimento do aluno, no que se refere as linguagens artísticas, a partir

do aprofundamento das noções dos elementos formais, da composição, dos

movimentos e períodos, situadas nas dimensões estéticas, no tempo e espaço que

são elementos imprescindíveis para se pensar, sentir ou realizar um trabalho

artístico.

Capacitar o aluno para fazer a leitura das representações artísticas a partir do ver,

do saber em relação com os diferentes modos de produção e consumo da arte.

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Levar o aluno a perceber as formas visuais, sonoras e gestuais, através do uso da

percepção, da imaginação e da articulação dos elementos na estrutura formal.

Compreender as manifestações artísticas como prática social e como invenção a

partir de uma realidade concreta.

Compreender as diversidades culturais e as desigualdades sociais representadas

nas várias manifestações artísticas.

Desenvolver a sensibilidade nas artes em geral.

Apreciar as diversas formas de expressão artística com sensibilidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO:

ARTES VISUAIS:

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura,arquitetura ...

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105

Gêneros: Cenas da mitologia

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Ocidental

Arte Pré-Histórica

TEATRO

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços

Técnicas: Jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscara ...

Gênero: Tragédia, Comédia, Circo

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval Renascimento

DANÇA

Movimento corporal:

*Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre, interrompido)

Tempo:

Rápido e lento

Espaço:

Formação

Níveis ( alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

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Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

MÚSICA:

Altura:

*Ritmo, melodia

Duração:

Escalas: diatônica, pentatônica

Timbre:

Cromática

Improvisação

Intensidade

Densidade

Greco-Romana

Oriental

Africana

7º ANO:

ARTES VISUAIS:

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

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107

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura ...

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta ...

Arte indígena

Arte Popular, Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

TEATRO :

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia

Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas ...

Gêneros: Rua, arena, caracterização

Comédia dell' arte

Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

DANÇA:

Movimento corporal:

*Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve, pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Tempo:

*Lento, rápido e moderado

Espaço:

*Níveis ( alto, médio e baixo)

Formação

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Direção

Gênero: Folclórica, popular, étnica

MÚSICA:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental, mista

Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

8ºANO

ARTES VISUAIS:

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista ...

Indústria Cultural

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Arte no séc. XX

Arte Contemporânea

TEATRO:

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

DANÇA:

Movimento corporal:

*Giro

Rolamento

Saltos

Tempo:

Aceleração e desaceleração

Espaço:

Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

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Indústria Cultural

Dança Moderna

MÚSICA:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno ...

9º ANO:

ARTES VISUAIS:

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte,performance ...

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Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano ...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino -americana

Hip Hop

TEATRO:

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

DANÇA:

Movimento Corporal:

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Tempo :

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Coreografia

Deslocamento

Espaço:

Gênero: Performance, moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança contemporânea

MÚSICA:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental, mista

Gêneros: popular, folclórico,étnico

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

AVALIAÇÃO

A avaliação em Artes supera dessa forma, o papel de mero instrumento de

medição da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos

entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua

própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético,

levando em conta a sistematização dos conhecimentos para leitura da realidade.

A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos

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percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e

dificuldades percebidas em suas criações / produções.

O professor poderá escolher, entre as várias formas existentes, adequando-as

aos conteúdos e habilidades trabalhadas, que em Educação Artística podem ser:

apresentações teatrais, paródias, músicas, danças, painéis.

Nesses termos a avaliação é um meio e não um fim.

REFERÊNCIAS

HADDAD, Denise Akel. A Arte de Fazer Arte. São Paulo: Editora Saraiva, 2004. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1995. VASCONSELOS, Thelma; NOGUEIRA, Leonardo. Educação Artística – Rever Nossa Arte. Vol. 2. São Paulo: Editora Scipione, 1985. VENTRELLA, Roseli; ARRUDA, Jacqueline. Série Link da Arte: 5ª, 6ª,7ª,8ª séries. São Paulo: Editora Escala Educacional, 2007.

7.7 EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física deve ser entendida como Principio de Liberdade. Desta

forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores éticos a morais, tais como: a verdade,

a eficiência da sociedade, a justiça, a paz, e os direitos humanos; o equilíbrio ecológico, a

aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da pratica de uma forma equilibrada e

se completando, levam a conquista da liberdade e da cidadania.

A educação física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos

estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos da educação, ou seja, deve

preocupar-se com o desenvolvimento integral do ser humano, utilizando para isso, suas

atividades – meio que se concretizam pelo movimento.

Como disciplina integrante do currículo, deve estar fundamentada produção do

conhecimento, tendo consciência de seus condicionantes histórica – sociais e sendo um

instrumento de apropriação do saber. Deve ter como principio, a relação dialética de

compreensão da realidade social, calcada numa concepção histórico - critica de

educação, que pressupõe o entendimento do aluno nas diversas relações, respeitando

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seus interesses, sua maturação e as experiências anteriores adquiridas.

As transformações que se podem fazer no conhecimento de forma duradoura

para traduzir em qualidade de vida precisam ser medidas pela educação. A abordagem da

relação entre ―atividade física e qualidade de vida‖ deverá ir além das próprias aulas de

Educação Física, mediante informações que evidenciam a preocupação com a promoção

da saúde e que forneçam subsídios que possam levar os alunos a se conscientizarem da

importância da atividade física como uma pratica regular no seu dia-a-dia.

Nesta perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática para a percepção

da atividade e esportiva como um componente cultural responsável pela cultura corporal e

esportiva presente na sociedade atual em que o aluno está inserido. É por meio da

Educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a atividade física como uma

prática necessária e regular, proporcionando assim uma política de melhoria na qualidade

de vida durante e após sua vida escolar.

Pensando, na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino fundamental,

podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho com os esportes e, principalmente, a

mesma metodologia de ensino – a execução de fundamentos, seguida de vivências de

situações de jogo. Contudo, é possível constatar em algumas escolas um

aprofundamento tático das modalidades, o que nos dá a impressão de que o sentido da

Educação Física passa a ser o comportamento estratégico durante a prática desportiva.

Para a efetividade da presente proposta devemos buscar a excelência de

conhecimentos no ensino da Educação Física, dentro de uma concepção histórico-crítica

de educação. Para tanto o resgate do compromisso social na ação pedagógica da

Educação Física no sentido da transformação do ―como é‖, para o ―como poderá ser‖,

deve ser conquistado.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A estudarmos o corpo humano e seus movimentos a Educação Física objetiva

atingir a consciência, domínio e a plenitude do movimento, trabalhando através dos

pressupostos existentes e nas amplas diversidades da ginástica, dança e dos esportes.

Cabe ao educando proporcionar uma consciência e domínio do seu corpo e, a

partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem,

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deverão permitir ao aluno a exploração motora, vivenciada através das possibilidades

propostas, oportunidades que lhe deem condições de criar novos caminhos para a pratica

esportiva.

A proposta para a Educação Física aborda os conteúdos da disciplina

destacando:

Projetos de estimulo à pratica de atividade física e esportiva;

A ampliação do campo de intervenção da educação física, para alem das

abordagens centradas na motricidade;

O desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de maneira que

sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva e

sensitiva do aluno;

As praticas corporais tendo como principio básico o desenvolvimento do

sujeito;

A superação do caráter da Educação física Omo mera atividade;

A Educação Física votada a apitado física e saúde;

A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o

processo de forma humana do aluno;

Atividades esportivas;

Propiciar ao aluno uma visão critica do mundo e da sociedade na qual está

inserido;

A educação física votada a qualidade física;

Cultura corporal;

A interdisciplinaridade;

Trabalhos individuais e em grupos;

Atividades e complexidade progressiva;

Considerando estes apontamentos, a Educação Física propiciara a

potencialização das formas de expressão do corpo. A importância seria:

A importância do contato corporal e o necessário respeito mutuam que este

reclama;

Do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;

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116

Do respeito, por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o

que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir, com elementos que

levem o sujeito a questionar formas de preconceito, sobre a domesticação e

a violência em relação ao corpo.

A Educação Física consiste em vários métodos de aprendizagem, dependera

da analise do educador em escolher o qual se escolherá para que o ensino seja rápido e

consistente. Esta analise dependera do rendimento de cada aluno, seu grau de

dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer uma ressalva e

verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados, se estes foram eficientes,

pois cada aluno tem seu ritmo.

Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos aos alunos

técnicas de trabalho corporal, podendo ser como preparação para outras modalidades,

como relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma

recreativa, repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de matérias ou não. O

objetivo é ressaltar o ―conhecimento do corpo‖.

Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos alunos com

relação à consciência e domínio corporal, trabalhando através dos precursores do

movimento expressivo da ginástica dança e jogos. O esporte vem fortalecer também

habilidades motoras e a compreensão do desporto, transpondo para seu cotidiano e

facilitando nas atividades escolares e sociais.

O Professor não apenas terá preocupação em apresentar um melhor

rendimento, mas também observar o aluno em seu desenvolvimento nos pressupostos do

movimento humano, que são condutas motoras de base, condutas neuro-motoras,

esquema corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.

OBJETIVOS GERAIS

Fazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos científicos, com

relação à importância da atividade física e aos desportos, a socialização, a consciência do

respeito mútuo, a dignidade e solidariedade nas práticas da cultura do movimento, bem

como sua pluralidade. Ter noções dos cuidados com o corpo, desenvolvendo hábitos de

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117

higiene e alimentação, e noções de primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse

desses conhecimentos buscarem aplica-los no seu cotidiano, vivenciando sempre o

processo de investigação científica e tecnológica.

Organizar os conhecimentos necessários para a continuidade das discussões

da versão preliminar das Diretrizes Curriculares de Educação Física.

Propor ações pedagógicas para implementação das Diretrizes Curriculares de

Educação Física, em sua versão preliminar.

Retomar os conceitos específicos da área aprofundando a concepção proposta

nas Diretrizes Curriculares de Educação Física, em sua versão preliminar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e brincadeiras

Ginástica

Lutas

Dança

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS: origem dos diferentes esportes e sua

mudança na história, o esporte como fenômeno de massa, princípios

básicos dos esportes, táticas e regras, o sentido da competição esportiva,

possibilidades dos arremessos, deslocamentos, passes, fintas, práticas

esportivas: esportes com ou sem equipamentos.

MANIFESTAÇÕES DE GINÁSTICA: origem da ginástica e sua mudança no

tempo: diferentes tipos de ginástica, práticas de ginásticas, cultura da rua,

cultura do circo: malabares, acrobacias.

BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS: a construção coletiva de jogos

a brincadeiras: por que brincar? Oficinas de construção de brinquedos;

brinquedos e brincadeiras tradicionais; brinquedos cantados; rodas e

cirandas; diferentes manifestações e tipos de jogos; jogos e brincadeiras

com ou sem materiais; diferenças entre jogo e esporte.

MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO: a

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118

dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais, diferentes

tipos de dança, porque dançamos? Danças tradicionais e folclóricas,

desenvolvimento de formas corporais ritmo expressivas: mímica, imitação e

representação, expressão corporal com ou sem materiais.

Nos eixos que norteiam a proposta de conteúdos a serem trabalhados no

Ensino Fundamental temos:

Esporte: consideram-se esportes as práticas que adotam regras de caráter oficial e

competitivo, ou seja, envolvem disputa entre equipes e indivíduos, tendo como

critério de julgamento os pontos ou escores, dentro de uma prática social que

institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal. De uma maneira geral, na

Educação Física, o esporte subdivide-e em coletivo ou individual de acordo com a

atividade praticada.

Esportes Coletivos: são atividades essencialmente de ataque e defesa que se

estruturam na disputa entre duas equipes com enfoque no grupo dentro de uma

organização técnica e tática.

Esportes Individuais: são atividades que se estruturam na disputa entre jogadores

com um mesmo objetivo e simultaneamente competem contra uma variável externa

(tempo e distância). Tem enfoque no individuo dentro de uma organização técnica

e tática.

Dança: são atividades de manifestações da cultura corporal que tem com

características a intenção de expressão e comunicação por meio de gestos e a

presença de estímulos sonoros como referencia para o movimento corporal. Trata-

se principalmente de atividades ritmadas, como dança ou jogos musicais.

Ginástica: são atividades essencialmente acrobáticas com técnicas de trabalho

corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado que, com ou

sem uso de aparelhos, abre a possibilidade de atividades que provoquem valiosas

experiências corporais, com o objetivo de preparar o aluno para as atividades do

cotidiano e também para outras atividades, como as recreativas, esportivas e

competitivas.

Lutas: são atividades essencialmente de ataque e defesa com base nas artes

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marciais; são disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com técnicas

e estratégias de desequilíbrio, confusão, imobilização ou exclusão de um

determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-

se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de

deslealdade.

6º ANO:

Os movimentos;

Benefícios da educação física

História da educação física

Ginástica geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades motora, Higienista,

ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica.

Atletismo: histórico, caminhadas, corrida de resistência, corrida com barreiras,

corridas, corrida de revezamento, saltos em distancia, arremessos de peso,

marcha atlética.

Atividades pré-desportivas.

Futsal: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-

desportivas, o jogo.

Danças: introdução teórica, ritmo, movimento, coreografias expressão corporal;

Voleibol: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-

desportivas, o jogo.

Handebol: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-

desportiva, o jogo.

Atividades recreativas como, brincadeiras dirigidas ao ar livre, jogos dramáticos em

sala.

7º ANO:

Conhecimento do corpo (ossos) e coluna vertebral;

História da educação física no Brasil;

Higiene e saúde;

Efeitos do exercício no corpo humano

Capacidade física e suas definições;

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120

Exame biométrico

Ginástica Geral, evolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras, higienista,

ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica.

Atletismo: História no Brasil

Controle de frequência cardíaca;

Caminhadas;

Considerações sobre a corrida;

Corrida de resistência, velocidade, revezamento;

Atividades pré-desportivas;

Futsal; histórico no Brasil e no mundo;

Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos; jogo;

Dança: histórico e evolução das formas de dança;

Expressão corporal;

Ritmo;

Coreografia;

Dança folclórica;

Criatividade;

Voleibol: histórico no Brasil;

Fundamentos técnicos e regras;

Atividades pré-desportivas; jogo;

Basquetebol: histórico e considerações;

Fundamentos técnicos, regras;

Atividades pré-desportivas, jogo;

Xadrez e dama;

8º ANO

Importância da atividade física

Identificação das capacidades físicas básicas;

Cuidados com a alimentação;

Exame biométrico; Ginástica: rítmica desportiva e olímpica; Ginástica geral, envolvendo as

capacidades físicas, habilidades motoras, higienista, ginástica de solo,

alongamento, ginástica aeróbica;

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121

Dança: ritmo, técnica, tipos;

Jogos dramáticos e de disputa: criação, proposta e desafio;

Xadrez: formas de jogadas;

Voleibol;

Handebol;

Basquetebol;

9º ANO:

Atividade física e qualidade de vida;

Importância da regra nos jogos em nossa vida;

Respeitando os limites pessoais

Ginástica: aeróbia e localização; ginástica geral, envolvendo as

capacidades físicas, habilidades motoras, higienista, ginástica de solo,

alongamento.

Atletismo: caminhadas, corrida rústica resistência e velocidade;

Saltos considerações e técnicas;

Dança: coreografias, rítmicas e criatividade, expressão corporal;

Futsal;

Voleibol;

Handebol;

Basquetebol;

Esportes radicais;

AVALIAÇÃO

A proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e

diversificar a pratica pedagógica da área, buscando sempre ampliar as dimensões

afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos, procurando sempre subsidiar as

discussões, os planejamentos e as avaliações da pratica de Educação física.

Em todas as atividades propostas tem por objetivo o desenvolvimento

intelectual, social e moral do aluno. A avaliação neste sentido visa diagnosticar como a

disciplina esta contribuindo para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do ensino

de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas e intelectuais,

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tendo pensamento independente e criativo.

A avaliação será continua buscando o desenvolvimento individual e de grupos,

enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno tenha

apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.

Serão observados ainda, os seguintes aspectos:

Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em grupos.

Como complemento, poderá ser verificado a realização das atividades

propostas nessas atividades e também à verificação da pesquisa sugerida

no decorrer dos bimestres.

Habilidade: serão realizados testes práticos sobre os fundamentos. O

professor terá de elaborar teses sobre fundamentos, táticas e técnicas dos

esportes. Durante os testes, devera ser observada principalmente a

naturalidade, coordenação motora, domínio corporal e do movimento,

execução do movimento grau de dificuldade individual e outros. Cabe ao

professor criar meios para que o aluno em defasagem possa progredir e

superar suas dificuldades.

Atitude: devera ser observado nas aulas. O professor terá como base os

seguintes aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta, espírito

de liderança positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato as regras,

respeito mútuo, com o professor e com os colegas, espírito esportivo,

socialização, dinamismo, capacidade de síntese e compreensão e a

organização em grupos.

REFERÊNCIAS

BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, SP: Papirus, 2003. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

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123

7.8 ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Podemos definir a educação das mais diferentes formas e com parâmetros

diversos, mas, em se tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o

desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É aqui onde o Ensino Religioso

fundamenta a sua natureza: o homem para adquirir seu estado de realização integral

necessita da perfeição religiosa, também.

Dentre os inúmeros instrumentos de que dispõe a sociedade para alcançar tão elevado objetivo está a religião, pois somente quando se coloca a questão da transcendência, a que se denomina Deus, encontra a comunidade humana e cada uma das pessoas individualmente, respostas às perguntas fundamentais que todos se colocam diante da vida. (CATÃO, 1995).

O Estado, a quem, hoje, se confia a educação da maior parte da sociedade,

reconhece a necessidade de uma educação religiosa, sem no entanto dizer como realizá-

lo. Em todo caso, ele não pode prescindir dos questionamentos fundamentais de toda

pessoa humana, e que constitui o próprio fundamento da sociedade.

Ensino Religioso é a disciplina à qual se confia, do ponto de vista da escola

leiga e pluralista a indispensável educação da religiosidade. Aqui, já vale observar a

necessidade de se superar uma posição monopolista e proselitista, para que haja uma

autêntica educação da religiosidade inserida no sistema público de educação em

benefício do povo.

A função básica da escola é a construção e a socialização do conhecimento

historicamente produzido e acumulado pela humanidade.

A escola deve instrumentalizar o educando favorecendo-lhe o desenvolvimento integral, ou seja, contemplando todos os aspectos da pessoa físico, mental, emocional, intuitivo, espiritual, racional, e social, sendo assim, a escola deve possibilitar condições para aprendizagens múltiplas, pois é um espaço privilegiado de construção de conhecimento, expansão da criatividade, desenvolvimento da humanização, vivencia de valores universais, promoção do dialogo inter-religioso, valorização da vida e educação para a paz. Portanto, não se pode ignorar a importância da disciplina de Ensino Religioso como ―Parte integrante da formação básica do cidadão. (LDB-Art.33)

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Para a compreensão da razão de ser do Ensino Religioso é preciso partir de

uma concepção de educação que a entenda como um processo global, integral, enfim, de

uma visão de totalidade que reúne todos os níveis de conhecimento, dentre os quais está

o aspecto religioso.

Toda sociedade possui um ethos cultural que lhe confere um caráter todo

particular, e fundamenta toda a sua organização, seja ela política, social, religiosa, etc. E

não é senão a partir da compreensão desse ethos, que poderemos contribuir com as

novas gerações, no seu relacionamento com novas realidades que nos são propostas: o

individualismo, o descartável, a experiência religiosa sem instituição etc.

Segundo a DCE (p. 15):

No espaço escolar, o Ensino Religioso era tradicionalmente o ensino da Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme determinava a Constituição de 1824. Após a Proclamação da República o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando, portanto, a hegemonia católica que exercia até então o monopólio do ensino. A partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com matricula facultativa. Nas Constituições de 1937, 1946 e de 1967 o Ensino Religioso foi mantido como matéria do currículo, de frequência livre para o aluno, e de caráter confessional de acordo com o credo da família. Em meados da década de 60, surgiram grandes debates, retomando a questão da liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada que partiu de diferentes manifestações religiosas. Nesse contexto, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética, pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado. Porém na prática as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos e voluntários, o que resultava numa postura e encaminhamento pedagógico com forte influência das tradições religiosas e de caráter proselitista, ou seja, o seu objetivo era converter outros para sua própria religião. Na LDB 4024/61, no título Disposições Gerais e Transitórias‖ o Ensino Religioso foi citado no Art. 97, o que determina que essa disciplina deve ser da matricula facultativa, sem ônus para o poder público, ela deve ser ministrada de acordo com a confissão religiosa do aluno.

Somente a partir das discussões da LDBEM 9394/96, incentivadas pela

sociedade civil organizada, é que o Ensino Religioso passou a ser compreendido como

disciplina escolar. Em decorrência desse processo, sua implementação nas escolas

públicas do país foi regulamentada.

No período entre 1995 a 2002, houve um esvaziamento do Ensino Religioso na rede pública estadual do Paraná, acentuado a partir de 1998. Nesse período, não havia sido regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação, e a sua oferta ficou restrita apenas às escolas onde havia professor efetivo da disciplina. Na reorganização das matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizadas

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nesse período, o Ensino Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da

exigência legal da LDBEM 9394/96. Somente em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02 que regulamente o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná. Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a Instrução Conjunta nº. 001/02 do DEF/SEED, que estabeleceu as normas para esta disciplina na rede pública estadual. Por volta de 2003, retomando a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina, no que se refere à disposição do corpo docente, metodologia, avaliação e formação

continuada de professores.(DCE, p.19). Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de um

novo enfoque para o Ensino Religioso.

O primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garante por meio da Constituição, a liberdade religiosa. O segundo fator, diz respeito à própria maneira de aprender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da educação e da comunicação. O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu ápice na célebre expressão do filosofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) ―Deus está morto‖. Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capaz de crer numa ordenação cósmica Transcendente/Imanente, o que a conduz a uma repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores. Segundo Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência moral-religiosa vinculada a mantermos uma ―sombra‖, um lugar vazio, um local reservado ao principio Transcendente/Imanente e que fora destruído pela sociedade e que essa mesma não pode mais voltar a ocupar. Isto provocou uma reforma na sociedade europeia que vinha sustentada em bases decadentes e ultrapassada. A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX apresentava-se distante

de uma explicação religiosa de mundo. A partir de uma abordagem antropológico filosófica, que reconhece o fenômeno

religioso como decorrência de sua propriedade humana, de sua condição existencial, e

seguindo para uma abordagem mais específica e de nossos interesses que é a de ordem

pedagógica, podemos dizer que o específico do religioso para o Ensino Religioso é ajudar

o aluno a se posicionar e a se relacionar da melhor forma possível com as novas

realidades que o cercam. Primeiramente em relação aos seus limites e depois quanto às

linguagens simbólicas. O Ensino Religioso é , portanto, uma questão diretamente ligada à

vida, e que vai se refletir no comportamento, no sentido que orienta a sua ética.

―Toda religião comporta uma ética e toda ética desemboca numa religião, na

mesma medida em que a ética se orienta pelo sentido do transcendente da vida humana"

(CATÃO, p. 63). É necessário superar as errôneas e muitas vezes limitadas definições de

ética e propor uma ética da consciência e da liberdade em lugar da ética da lei e da

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obrigação. Na raiz da Ética, como contempla o Ensino Religioso, está a busca da

Transcendência que dá sentido à vida, que proporciona a plena realização do ser humano

pessoal e social.

Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações

religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o Sagrado. Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas aos estudos relativos à aprendizagem, têm ampliado as possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida em sociedade, marcada pelas exigências do capitalismo. Diante de uma análise breve do quadro apresentado, faz-se necessário a superação de modelos lineares e fragmentados de compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a escola e, mais especificamente, para o Ensino

Religioso. Assim, o processo de ensino e de aprendizagem visa à construção/produção do conhecimento e que, por consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e, também de exposição competente de conteúdos formalizados. As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, posta também no âmbito religioso entre os países e, de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta

e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade‖. (DCE, p.23). Assim sendo, o foco no Sagrado e em diferentes manifestações, possibilita a

reflexão sobre a realidade contida na pluralidade desse assunto, numa perspectiva de

compreensão sobre sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do

conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o Sagrado. Com isso, a

disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às

diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso pressupõe

um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. A metodologia deve ser

flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer a

interação, o diálogo, a reflexão, a participação ativa, o entusiasmo em aprender,

compromisso com a vida e a disponibilidade em construir um mundo de paz.

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As reflexões e análises são procedimentos que acompanham todo o processo

e o professor pode encaminhar problematizações que promovam a conscientização, o

entendimento e a decodificação do objeto de estudo. Essa decodificação progressiva

permitirá ao educando abrir sua visão, superar preconceitos à ausência ou à presença de

qualquer crença religiosa, bem como, perceber a unidade na diversidade das tradições

religiosas.

Enfim, a intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem devem

conduzir para a aquisição do conhecimento religioso e para a mudança qualitativa, que se

expressa no ―saber em si, no saber em relação ao saber de si‖ traduzidos em novas

posturas de diálogo e reverência.

Proposta de trabalho para o aluno:

explicações e anotações devidas;

leitura de artigos e textos religiosos e outros livros sobre religiões

disponíveis na biblioteca do Colégio;

análise de textos complementares do Jornal ―O Transcendente‖

pesquisas;

confecção de cartazes;

trabalhos em grupos e individuais, com apresentações orais;

história em quadrinhos (feita pelos alunos);

dramatizações;

dinâmicas de grupo;

uso de jornais e revistas (leitura e recortes);

uso de filmes através de vídeos e DVDs sobre religião e religiosidade;

estudo dirigido;

OBJETIVOS GERAIS

Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa do

cotidiano que contextualiza no universo cultural, bem como a presença do

Sagrado nas diferentes manifestações religiosas

Promover aos educandos a oportunidade de processo de escolarização

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fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos

religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de modo

a colaborar com a formação da pessoa.

Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o

fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no

contexto do educando.

Identificar as diferenças culturais e religiosas a partir da realidade sócio-

cultural dos educandos, desenvolvendo atitudes de respeito às diferenças e

superação de toda forma de preconceito.

Identificar os textos sagrados das diferentes tradições religiosas, entendendo

que são referenciais de fé e orientação para a vida.

Conhecer a importância dos rituais, símbolos e espiritualidade das diferentes

religiões na vida das pessoas.

Conhecer as diferentes idéias do Transcendente construídas ao longo do

tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes concepções

sobre o Transcendente.

Reconhecer os limites éticos propostos pelas diferentes Tradições

Religiosas.

Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores humanos e

práticas religiosas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem religiosa

Símbolo

Texto sagrado

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6ºANO:

RESPEITO DIVERSIDADE RELIGIOSA

Diferença entre Religião e Religiosidade

Declaração Universal dos direitos Humanos e Constituição Brasileira:

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respeito à liberdade religiosa.

Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.

Direito a liberdade de reunião e associações pacíficas.

Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

LUGARES SAGRADOS

L

ugares e templos sagrados: de peregrinação, de reverência, de culto.

L

ugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas.

L

ugares Construídos: Templos, Cidades Sagradas.

TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

E

nsinamentos Sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas (Hinduísmo, Islamismo, Cristianismo, Tradições Africanas e

Afro-brasileira, Budismo).

C

antos

N

arrativas

P

oemas

O

rações

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

F

undadores e/ou Lideres Religiosos (Budismo – Sidarta Gautama,

Cristianismo – Jesus Cristo, Islamismo- Maomé, Espiritismo- Allan

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130

Kardec)

E

struturas Hierárquicas.

7ºANO

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

S

ignificados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

N

os Ritos

N

os Mitos

N

o cotidiano

RITOS (Práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas como por exemplo:

Candomblé, Festejo indígena e outros).

R

itos de passagem

M

ortuários

P

ropiciatórios

FESTAS RELIGIOSAS (Budista, Afro-Brasileira, Judaica, Islâmica, Cristã).

P

eregrinações

F

estas familiares

F

estas nos templos

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131

D

atas comemorativas

VIDA E MORTE (Nas diversas tradições religiosas)

O

Sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

R

e-encarnação

R

essurreição

A

lém morte

A

ncestralidade – vida dos antepassados

E

spírito dos antepassados.

AVALIAÇÃO

Faz-se necessário destacar que os procedimentos avaliativos a serem

adotados, uma vez que este componente curricular conforme DCE (p.34):

(...) não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui com objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar (...)

Isso, se justifica pelo caráter facultativo da matricula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implantação de práticas avaliativas que permitam

acompanhar o processo de conhecimento do educando. (DCE, p.34).

Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser

observado pelo professor em diferentes situações de ensino aprendizagem. Pode-se

avaliar, por exemplo, em que medida o educando expressa uma relação respeitosa com

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132

os colegas de classe que têm tradições religiosas diferentes da sua, se aceita e respeita

as diferenças dos outros; se compreende que a idéia do Transcendente é construída de

maneira diversa; se reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da

identidade de cada grupo social; se emprega conceitos adequados ao referir-se às

diferentes manifestações religiosas, entre outras atividades em sala.

Com essa prática os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar

os conteúdos, com também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos lhes

possibilita compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte

integrante, bem como possibilitará a articulação dessa disciplina com demais

componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

A avaliação é processual, faz parte do processo de ensino e aprendizagem. É

um aspecto integrador entre a aprendizagem do educando e a atuação do educador na

construção do conhecimento, formação de valores e convívio social.

REFERENCIAS

BOFF, Íris. Novos Paradigmas para o Ensino Religioso. Curitiba: Corpo – Mente, 2000. BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. CATÃO, Francisco. O Fenômeno Religioso. São Paulo, Editora Letras & Letras, 1995.

COSTELLA, Domenico. O fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In:

JUNQUEIRA, Sérgio; WAGNER, Raul (Orgs.). O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004. DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989. ELIADE, Mirceia. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992. FÓRRUM. Nacional Permanente do ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais- Ensino Religioso. 2ª ed. São Paulo, 1997. GIO FILHO, Sylvio F. Espaço de representações e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Curitiba: Ra‘ e Ga O Espaço Geográfico em Análise,

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133

1999. HINNIELS, Jonh R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989. PIAZZA. W.O. Religião da Humanidade. São Paulo, Loyola, 1997. S.M.E. Currículo Básico da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Gestão, 1997/2000. 7.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA– INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Línguas estrangeiras sofreu mudanças ao longo da história. As

propostas curriculares e as metodologias de ensino são instigadas a atender às

expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.

A realidade do nosso país, das nossas escolas e dos nossos professores,

interfere no dia-a-dia da sala de aula, reduzindo a prática pedagógica a uma prática

fictícia. O discurso pedagógico ensinado coincide muito pouco com o conjunto daquelas

variedades que compõem a língua estrangeira. Em geral, com os livros didáticos, o

professor trabalha em sala de aula com um discurso criado pelo próprio sistema

educacional, válido, portanto, somente dentro dos seus limites.

Encarar a língua, não só a estrangeira, mas também e sobretudo a língua

materna, como um elemento básico da vida social, sem a qual nenhum tipo de

organização seria possível, sem a qual não haveria transmissão e acúmulo de

conhecimentos se faz necessário.

Acredita-se que a língua estrangeira tem uma importância crucial na

formação do aluno, sobretudo do aluno de ensino público, por ter menos noção de seu

lugar no mundo, por ter menos acesso à informação. Acredita-se que através do confronto

com o novo, com a língua do outro, e vale dizer, com a cultura do outro, esse aluno tem

mais facilidade em se posicionar, reconhecendo a situação geográfica, econômica e

cultural de seu próprio país ao enxergar e respeitar as diferenças entre duas culturas.

Ao contrário do que em geral, se faz na escola, o ensino de uma língua não

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134

pode descartar a pluralidade de discursos. A língua é o conjunto vivo de discursos se

fazendo e se cruzando no tecido social. Nenhum deles existe isoladamente e não se pode

querer dominar apenas um, esquecendo a existência dos outros.

É empobrecido apresentar ao aluno somente o discurso que tenta explicar o

funcionamento da língua, o discurso didático, as regras formais de gramática, as frases

criadas para exemplificar.

É preciso compreender não só que a língua constituída deste conjunto

heterogêneo de discursos, interliga todos os extratos sociais, mas também que ela é o

indicador mais sensível de todas as transformações sociais.

No ensino da língua estrangeira, os problemas existentes são maiores: a única

possibilidade de trabalho está no livro didático, já que os professores enfrentaram

dificuldades na sua própria formação. Além disso, a dificuldade dos alunos é imensa:

trata-se de enfrentar um sistema complexo, articulado, sem as armas necessárias. Em

geral, esses alunos jamais tiveram contato com outra língua e mal têm notícias das várias

culturas veiculadas pela língua ensinada.

A tendência atual contemplando o ensino de línguas estrangeiras através de

textos, efetivando-se a prática discursiva pode dar ótimos resultados quando se têm

reunidos alguns fatores: professor com boa formação e com bons programas de formação

continuada, material atualizado e variado disponível.

Propõe-se um trabalho mais demorado com o texto em língua estrangeira, para

que o aluno reflita, questione as atitudes, trabalhe valores a ele subjacentes. Nessa

abordagem discursiva deve-se trabalhar a oralidade, escrita e leitura segmentadas, pois

em uma situação do dia-a-dia do aluno não há uma separação dessas práticas.

Durante o trabalho prático, os alunos aprendem a analisar o material que têm

em mãos: é fundamental que eles percebam se o texto possui unidade temática e unidade

estrutural. Primeiramente serão propostas reflexões acerca dos temas diversos, debates

em sala, diálogos simulando situações concretas de comunicação. Em seguida serão

propostos exercícios de língua, sínteses e redação de novos textos.

A intenção, nessa proposta, primeiramente é a comunicação em diferentes

formas, usando textos para enfatizar a criticidade e ser um sujeito que entende melhor a

realidade. Depois o trabalho será realizado com a expressão escrita - a leitura e a

compreensão de textos, e numa terceira etapa, a produção de textos.

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135

Não se deve privilegiar esse ou aquele aspecto da língua, mas sim, tentar

trabalhá-la no seu todo: a fala, a leitura, e a escrita. Se insistir no aspecto do texto é

porque acredita-se num tipo de trabalho que pode ser realizado no caso de as escolas

não apresentarem boas condições de ensino para a prática da expressão oral.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano e o professor deve

verificar se a compreensão e leitura vão se tornando práticas comuns na vida do

estudante: para isso, o professor deve sempre estudar os textos profundamente com os

alunos, desde uma leitura global, compreendendo os diversos usos da linguagem até o

estudo de detalhes da estrutura da língua, reforçado com a proposta de exercícios e

debates.

Os textos escritos pelos alunos podem também ser lidos e comentados por todos

em sala, com a ajuda do professor, contemplando assim as Diretrizes Curriculares de

Língua Estrangeira Moderna, que valoriza o discurso como prática social.

Deve-se procurar evitar os exercícios gramaticais no sentido tradicional ou os

exercícios estruturais, completamente fora de contexto.

Onde há condições mínimas de se trabalhar a expressão oral, o professor poderá

verificar se o seu trabalho está fazendo o aluno progredir.

A avaliação não pode ser uma tarefa perdida, sem ligação com o que está

efetivamente trabalhando com os alunos. Além disso, ela deve ser contínua e cumulativa.

Atividades e exercícios em sala

Utilização de textos

Uso de textos de gêneros variados

Uso do dicionário

Trabalho individual e em grupo

Atividades orais e escritas

Atividades com figuras e desenhos

Interpretação oral e escrita de músicas e filmes

Debates e apresentações teatrais

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136

OBJETIVOS GERAIS

Identificar no universo que o cerca a língua inglesa que coopera nos

sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um

mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que essa língua

desempenha em determinado momento histórico;

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso da língua

inglesa, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o

mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as

visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um

mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;

Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do

mundo;

Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como

e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como

base os conhecimentos da língua materna;

Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se faz da

língua inglesa que está aprendendo;

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a

como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em

situações diversas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso enquanto prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6ºANO:

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137

LEITURA

I

dentificação do tema do argumento principal.

I

nterpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e

intertextualidade.

ORALIDADE

Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em

diferentes países.

ESCRITA

A

dequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas linguísticas.

C

lareza de ideias.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

C

oesão e coerência

F

unção dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,

verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.

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138

P

ontuação e seus efeitos de sentido no texto.

V

ocabulário

GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS

P

oemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,

música e carta.

TEMAS PROPOSTOS

A

importância dos meios de comunicação para a inserção do indivíduo

na

sociedade;

A

importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais e afro-

descendentes como comportamento ético e expressão de cidadania;

V

ida e respeito em família;

A

preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no

meio ambiente.

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

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139

Temas abordados em diferentes textos orais ou escritos: objetos escolares,

objetos de sala de aula, países e nacionalidades, profissões, família, numerais

cardinais(de 0 a 100), animais, alimentação, cores e meios de transportes;

G

reetings ( saudações/ cumprimentos)

I

ntroductions ( apresentações)

P

ersonal Pronouns ( pronomes pessoais)

T

he English Alphabet ( o alfabeto ingles)

V

erb TO BE - Present Tense – affirmative, interrogative and negative

forms.

A

rticles – A, AN – THE (artigos definidos)

D

emonstratives Pronousns – Singular and plural forms(pronomes

demonstrativos – singular e plural)

( cardinais)

N

umbers Questions ( what, where,...)

P

ossesssive Pronouns ( pronomes possessives)

V

ocabulary about family, countries and nationalitles, colors, candies,

school objectes, animais and means of transport( vocabulário sobre a

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140

família, países e nacionalidades, cores, doces, objetos escolares,

profissões, animais e meios de transporte.

7ºANO:

LEITURA

I

dentificação do tema do argumento principal.

I

nterpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e

intertextualidade.

ORALIDADE

V

ariedades linguísticas.

I

ntencionalidade do texto

E

xemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em

difere

ntes países.

ESCRITA

A

dequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas linguísticas.

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141

C

lareza de ideias.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

C

oesão e coerência

F

unção dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,

verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.

P

ontuação e seus efeitos de sentido no texto.

V

ocabulário

GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS

P

oemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,

m

úsica e carta.

TEMAS PROPOSTOS

A

pluralidade cultural representada pelos países que usam o inglês com a

língua oficial:

C

orrespondência em inglês com outros estudantes através da internet;

A

importância da prática de atividades físicas e destaques no esporte;

R

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142

espeito aos direitos e deveres de cada indivíduo;

A

s diferenças entre o sistema educacional brasileiro e americano.

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

Temas abordados em diferentes textos orais e escritos:disciplinas escolares,

dias da semana, meses do ano, numerais ordinais, datas horas, estrangeirismo na

sociedade brasileira;

P

enpals(correspondentes estrangeiros)

P

ersonal informations(informações pessoais)

M

onths of the year( meses do ano)

D

ays of the week(dias da semana)

O

rdinal numbers(números ordinais)

P

lural of Nouns(plural de nomes)

D

ates(datas)

V

erb CAN

S

chool Subjests(disciplinas escolares)

P

repositions(in-on-at)

T

ime(horas)

I

mperative(imperativo)

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143

R

eview – TO BE(revisão do TO BE))

I

nterrogative Pronouns(pronomes interrogativos)

V

er HAVE

G

enitive Case (caso genitivo)

P

ossessive Pronouns(pronomes possessivos)

S

imple present Xpresent continuous – affirmative, negative and

interrogative forms

V

ocabulary about sports, clothes, shoes, accessories, house and

furniture(vocabulário sobre esportes, roupas sapatos, acessórios e

mobília)

8ºANO

LEITURA

Identificação do tema do argumento principal.

Interpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e

intertextualidade.

ORALIDADE Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em

Page 145: PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO · secretaria, a sala da Direção, a sala da Equipe Pedagógica, o laboratório de informática, o banheiro das professoras e a sala de Apoio do Colégio

144

diferentes países.

ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas linguísticas.

Clareza de ideias.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência

Função dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,

verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Vocabulário

GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS

Poemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,

música e carta.

TEMAS PROPOSTOS

A valorização de outras culturas como no aspecto da formação da

cidadania;

A influência de outros povos na formação da cultura brasileira;

Os cuidados com a saúde e as consequências do uso de drogas;

As principais ações para a saúde e as consequências do uso de drogas;

As primeiras ações para preservar o equilíbrio ecológico.

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

Temas abordados em diferentes textos orais e escritos:descrição

física(partes do corpo), metereológica, convites, viagem/localização, descrição de

lugares visitados;

Imperative form(forma imperativa)

Verb THERE TO BE – present tense(Affirmative, negative and

interrogative forms)

Vocabulary about SERVICES(vocabulário sobre serviços)

Physical Description( descrição física)

Simple Present – Affirmative, negative and interrogative forms

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145

Ajectives(adjetivos)

Simple Past X PAST continuous – Affirmative, negative and interrogative

forms

Regular and irregular verbs( verbos regulares e irregulares)

Vocabulary about:HEALTHY PROBLEMS and PARTS OF THE

BODY(problemas de saúde e partes do corpo)

Future Tense – Future with WILL and BE GOING TO

Plans for the future – agenda

Prepositions:IN- ON AT

Adeverbs – frequency( advérbios de frequência)

9ºANO

LEITURA

Identificação do tema do argumento principal.

Interpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e

intertextualidade.

ORALIDADE Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em

diferentes países.

Temas propostos:

Pluralidade cultural para que se localize a questão representada pelos

países que usam o inglês como língua oficial;

A importância da alimentação para o desenvolvimento humano(físico e

intelectual)

Saúde – o desempenho das atividades cotidianas na promoção e na

recuperação do indivíduo;

Discutir a questão do meio ambiente pela análise de dados levantados nas

regiões mais industrializadas, observando a qualidade de vida e as

diferenças nas condições de vida.

ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

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146

marcas linguísticas.

Clareza de ideias.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência

Função dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,

verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Vocabulário

GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS

Poemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,

música e carta.

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

Temas abordados em diferentes textos orais e escritos: vocabulário referente

a alimentação(comida e bebida), histórias de suspense, viagens, turismo, lugares e

paisagens(aspectos geográficos); experiências pessoais e estados psicológicos das

pessoas;

Modal Verbs – CAN, COULD, WOULD and MAY (modais)

At the Restaurant( situação de um restaurante)

Vocabulary about FRUIT, VEGETABLES, DRINK and

FOOD(VOCABULÁRIO SOBRE FRUTAS, VEGETAIS, BEBIDAS E

COMIDAS)

Review: Regular and irregular verbs

Interrogative pronounWHO WHAT and HOW(pronomes interrogativos)

Plural of Nouns( plural dos substantives)

Comparative form superiority, inferiority and equality ( formas

comparativas)

THE SUPERLATIVES( o superlativo)

Vocabulary about adjectives ( vocabulário sobre adjetivos)

Adverbs- place, time, manner and frequancy( advérbios – lugar, tempo,

modo, freqüência)

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147

Relative pronouns( pronomes relativos)

Prepositions( preposições)

AVALIAÇÃO

Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua

condição de produção.

Localizar informações explícitas no texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a

informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

Produção de teatros.

Avaliação escrita e oral.

REFERÊNCIAS

BURKE, Kathy. Wavelength intermedite. S. l.: Editora Longman 2004. ______, Wavelength. Elementary. S. l.: Editora Logman, 2004. DIRETRIZES, Curriculares Estaduais para o Ensino Fundamental, 2006. KELLER, Victoria. Steps 5. S. l.: IBEP, s. d. VIII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

8.1 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa impõe desafios na elaboração de uma prática

pedagógica que se efetive através de um sistema simbólico que permita a organização do

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148

pensamento e a implementação da comunicação, pois é pela compreensão e uso dos

códigos e das linguagens que é possível a prática coletiva e a troca de informações tão

necessárias ao acúmulo de experiências vividas socialmente, sendo o fator fundamental

na elucidação da realidade.

Nesse contexto, é fundamental destacar a prioridade da Língua Portuguesa

como língua materna, pois a língua é significação, representação que se materializa

através de signos sonoros e gráficos. Assim a língua escrita é o seu produto mais

desenvolvido e transcendente linguagem de situações concretas, imediatas e amplia seu

grau de abstração, logo é possibilidade integradora das relações sociais científicos –

tecnológicos.

Toda linguagem carrega dentro de si uma visão de mundo, preenche de

significados e significações que vão além do seu aspecto formal. Na abordagem da norma

padrão deve considerar a sua representação como variante lingüística de determinado

grupo social e o valor atribuído a elas no contexto das legitimações sociais. Partilhar o

conhecimento socialmente instituído, aquilo que foi herdado do passado histórico, é

apenas o começo do reconhecimento da parte que cabe a cada um, no processo histórico

dado. Toda a experiência construída no passado deve ser analisada em busca das

relações que estabelece com o presente e o futuro.

Na área de Linguagens e Códigos estão destacadas as competências que

dizem respeito a constituição de significados que serão de grande valia para a aquisição e

formalização de todos os conteúdos curriculares, para a constituição da identidade e o

exercício da cidadania. As escolas certamente identificaram nesta área as disciplinas,

atividades e conteúdos relacionados as diferentes formas de expressão das quais a

Língua Portuguesa é imprescindível. Mas é importante destacar que o agrupamento das

linguagens busca estabelecer correspondência não apenas entre as formas de

comunicação – das quais as artes, as atividades físicas e a informática fazem parte

inseparável – como evidenciar a importância de todas as linguagens enquanto

constituintes dos conhecimentos e das identidades dos alunos, de modo a contemplar as

possibilidades artísticas, lúdicas e motoras de conhecer o mundo. A utilização dos códigos

que dão suporte às linguagens não visa apenas o domínio técnico mas principalmente a

competência de desempenho, o saber usar as linguagens em diferentes situações ou

contextos, considerando inclusive os interlocutores ou públicos.

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149

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O professor tem um papel fundamental dentro desta proposta. Ele que toma

iniciativa das escolhas, a partir da análise do que é necessário fazer, naquele momento

com os alunos que tem, para que haja desenvolvimento, aprofundamento e inter-relação

dos conhecimentos anteriormente obtidos. A análise dos saberes, das necessidades dos

alunos e do social fornece os dados para a intervenção pedagógica, a organização

curricular a escolha da metodologia, do material didático e das formas de avaliação. Cada

caso é único, por isto este documento aponta uma direção, sem ser prescritivo, e

considera que o fato de haver a diversidade não anula o objetivo de desejar o

desenvolvimento dos saberes dos alunos.

A proposta por área implica em aceitar a inter-relação das linguagens, sem

perder o caráter específico das disciplinas e procurar provocar a integração horizontal e

vertical dos conhecimentos trabalhados pela escola, à semelhanças daqueles presente no

social.

Portanto o professor trabalhará com os alunos as diferentes linguagens como

fonte de legitimações de acordos e condutas sociais e suas representações simbólicas de

expressão dos sentidos, das emoções e das experiências do ser humano na vida social

analisando os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos / contextos,

mediante a natureza, função, organização estruturadas manifestações de acordo com as

condições de produção / interação, época, local, interlocutores participantes da criação e

propagação de ideias e escolha.

O confronto de opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e

suas manifestações, faz parte da necessidade de entendimento e de superação do

achismo, discutindo as diferentes perspectivas em jogo, faz com que professores e alunos

conquistem a possibilidade de rearticular o presente de forma organizada, sem imposição

de uma única resposta, sempre parcial. Assim geram-se os discursos e os textos. O

debate e o diálogo, as perguntas que desmontam as frases feitas, a pesquisa, entre

outros, seriam formas de auxiliar o aluno a construir um ponto de vista articulado sobre

um estudo, nesta concepção o aluno deverá respeitar e perseverar as diferentes

manifestações de linguagem utilizadas por diferentes grupos sociais.

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150

Leitura expressiva dos diálogos e textos por parte do professor e dos alunos;

Exploração das ideias compreendidas através das leituras

efetuadas;

Uso do dicionário;

Encenação de pequenos diálogos ou textos;

Reprodução de textos;

Exercícios orais e escritos;

Leitura de livros literários, revistas e jornais;

Estudo dirigido;

Dinâmica de grupo;

Leitura silenciosa e expressiva;

Uso do caderno e quadro negro.

OBJETIVOS GERAIS

Ler, interpretar, criticar, argumentar, resumir, sintetiza e criar;

Ler e interpretar textos diversos. Escrita crítica, argumentativa e criativa

com coesão e coerência;

Ler por prazer;

Domínio da leitura no sentido de superar a visão ingênua diante dos

mais variados textos, obras de arte e outras manifestações culturais;

Envolver-se no mundo da leitura e adquirir autonomia para ler;

Elaborar resumos sínteses, roteiros, índices entrevistas, seminários e

resenhas;

Escrever para um possível leitor;

Domínio da escrita, adequando texto ao interlocutor real ou virtual de

forma coesa, coerente controlando a especificação de textos ficcionais;

Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,

relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,

organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições

de produção e recepção;

Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora

de significado e integradora da organização do mundo e da própria

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151

identidade;

Debater, argumentar, ouvir, analisar, produzir novos conhecimentos;

Domínio da fala em situações formais tendo em vista as circunstâncias

(aos interlocutores, ao assunto, às intenções), através da ação reflexiva

sobre as próprias linguagens;

Concepção de que todas as produções literárias, científicas artísticas

como produto das relações sociais;

Expressão do próprio pensamento através de diversas linguagens

(verbal ou não verbal)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

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152

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Partículas conectivas;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

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gestual, pausas.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias e repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

2ª SÉRIE:

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

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Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Partículas conectivas;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;

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Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias e repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

3ª SÉRIE:

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

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156

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Partículas conectivas;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo.

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do

texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias e repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

AVALIAÇÃO

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A avaliação é um conjunto de ações organizadas para obter informações sobre

o que e como o aluno aprende, para o professor poder elaborar um plano de ação, que

intervenha na aprendizagem proporcionando um ensino de qualidade.

Servirá também como análise de sua prática pedagógica como informar ao

aluno seus avanços, dificuldades e possibilidades, portanto deverá ocorrer no processo

pedagógico e não apenas no final de cada bimestre, possibilitará ao professor uma

intervenção adequada que leve a superação das dificuldades encontradas pelo educando.

A avaliação dá oportunidade para que o aluno reflita sobre os conhecimentos e

o como aprender e tomar ciência que existem outras formas de aprender, de conhecer e

de fazer, levando-o a uma avaliação reflexiva e autônoma.

Para poder acompanhar o processo de aprendizagem o professor definirá as

formas de registros e critérios de avaliação qualitativa, diferente de uma avaliação

quantidade.

Na avaliação deve-se abandonar o caráter unilateral, tendo em vista que,

educador e educandos estão sendo avaliados ao mesmo tempo, diagnosticando onde

houve falhas, possibilitando uma reconstrução do Processo, por meio desta que o

professor acompanha os avanços que o aluno fez em relação à apreensão do

conhecimento, devendo intervir com metodologia diferenciada quando não houver

aprendizagem.

Assim as observações, anotações e correções do professor deve oferecer

indicações claras sobre o que o educando precisa melhorar.

Outro instrumento que o professor deve utilizar-se é o da autoavaliação do

aluno, que permite uma reflexão a partir de uma autoanálise do seu desempenho, para

que tenha autonomia sobre o que sabe e ter clareza do que ainda não se apropriou.

A avaliação, portanto é dialógica, pois serve como parâmetro para o professor,

quanto ao seu trabalho, como para diagnosticar as dificuldades do aluno e tome assim

providências para superação destas, isto não se aplica apenas ao aluno, considerando

unicamente as expectativas de aprendizagem deles, mas também às condições

oferecidas para que a aprendizagem ocorra.

REFERÊNCIAS

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003.

8.2 ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte é um processo de humanização o ser humano como criador, se

transforma e transforma a natureza através do trabalho, produzindo novas maneiras de

ver sentir e que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.

A arte é parte essencial da cultura e da identidade, a mais requintada forma de

expressão e comunicação. Na linguagem da arte, onde o verbal se substitui ou convivem

entre si, é o potencial criativo do ser humano que desabrocha. Se o ensino das artes

incentivar e reconhecer essas formas de expressão esta linguagem do aluno, a escola

estará dando um grande passo para formação dos jovens, e porque não dizer dos adultos

que procuram na escola um novo rumo de suas vidas.

A escola constitui-se num espaço privilegiado para a educação que dialogue

entre o particular e o universal. A disciplina de Arte deve manter este diálogo,

estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem,

com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos

alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a

fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística.

A história social da arte aborda que as formas artísticas não são

exclusivamente formas da consciência individual, mas também exprimem uma visão do

mundo. Essas formas são dependentes do modo de produção social, isto é, em cada

cultura, em cada momento histórico, as transformações da sociedade determinam

condições para uma nova atitude estética.

Das línguas naturais e das estéticas de todas as artes que se valem não só do

código linguístico mas de outros, deslocando-se para o próprio suporte do corpo e suas

possibilidades de expressão ( da voz aos gestos, dos movimentos ritmados dos membros

à dança executada pela mão no traçado coreográfico da escrita) e atingindo-se em

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contraposição à rudeza do corpo, a sofisticação dos aparatos tecnológicos da

informatização, de que o computador é seu produto mais típico, tem-se como pano de

fundo, ou elemento gerador, a linguagem que engendra os significados e os torna

comunicáveis.

Assim, uma proposta de ensino de Arte tem como função levar o aluno à

apropriação do conhecimento estético, contextualizando-o, dando um significado à Arte

dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver

sentir o mundo.

OBJETIVOS GERAIS

Aprender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte para

compreender como a sociedade estrutura-se e como se organiza as vária

formas de produzir arte.

Interpretar as obras de arte e a realidade transcendendo as aparências,

aprendendo através da arte parte da totalidade da realidade humano social.

Ampliar o conhecimento do aluno, no que se refere às linguagens artísticas,

a partir do aprofundamento das noções dos elementos formais, da

composição, dos movimentos e períodos, situadas nas dimensões estéticas,

no tempo e espaço que são elementos imprescindíveis para se pensar,

sentir ou realizar um trabalho artístico.

Capacitar o aluno para fazer a leitura das representações artísticas a partir

do ver, do saber em relação com os diferentes modos de produção e

consumo da arte.

Levar o aluno a perceber as formas visuais, sonoras e gestuais, através do

uso da percepção, da imaginação e da articulação dos elementos na

estrutura formal.

Compreender as manifestações artísticas como prática social e como

invenção a partir de uma realidade concreta.

Compreender as diversidades culturais e as desigualdades sociais

representadas nas várias manifestações artísticas.

Desenvolver a sensibilidade nas artes em geral.

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Apreciar as diversas formas de expressão artística com sensibilidade.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O professor deve desenvolver o seu trabalho, seja na apreciação das obras de

arte, com base na análise dos modos de compor tendo como pressuposto as relações

sociais de produção. Neste sentido, educar esteticamente é ensinar a ver, a ouvir

criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de fruição e

expressão artística.

Ao se tratar da linguagem artística é fundamental o apelo à invenção, a

imaginação e aos sentidos humanos. Estes aliados ao domínio dos elementos formais,

possibilitam ao aluno, na atividade artística expressar a realidade humana social.

Assim o contato regular com as diferentes formas de expressão artística,

constitui-se em um meio, importante e indispensável, para levar ao aluno o conhecimento

dos processos de criação artística. Também possibilita o aprofundamento de sua relação

estética com os objetos humanos, sendo que o domínio dos conhecimentos técnico-

artísticos e o contato sistemático comas obras de arte faz parte do processo de educação

estética.

Deste modo uma das tarefas principais da Arte deve ser, por um lado, o

exercício sistemático com estes conhecimentos, no sentido de possibilitar o seu domínio e

por outro, a apropriação do conjunto da história social da arte, dos elementos formais nos

diversos modos de produção.

O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o se humano tem

com a arte: sua relação é produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e

perceber as obras artísticas. No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento,

desta forma devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, estas três

dimensões, ou seja, devemos estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer,

o sentir e perceber, que são as formas de leitura e o conhecimento estético, que

fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho mais sistematizado,

superando o senso comum do conhecimento empírico. Os três eixos constituem-se em

uma totalidade.

A Arte é uma composição estética e instrumento de simbolização que necessita

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do trabalho material, o que faz frequentemente intervir com a ciência (matemática, física,

química, anatomia dentre outras ciências), possibilitando, desta foram integrar-se em um

trabalho mais efetivo na formação e desenvolvimento do aluno.

Outra forma de articular as áreas ( artes visuais, música, dança e teatro) da

disciplina de arte entre si e também com outras disciplinas é através do conhecimento que

se constitui historicamente em conjunto com a arte e outras disciplinas como: a História

da Arte, Semiótica e Estética.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

ARTES VISUAIS:

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Coreografia

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

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Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia,

gravura e esculturas, arquitetura, História em Quadrinhos...

Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do cotidiano, Histórica,

Religiosa,da Mitologia...

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Contemporânea

Arte Latino-Americana

TEATRO:

Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio,Teatro-

Fórum

Roteiro

Encenação, leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia, sonoplastia,figurino, iluminação

Direção

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Produção

Teatro Greco-Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

DANÇA:

Movimento Corporal:

Kinesfera

Fluxo

Salto e Queda

Giro

Rolamento

Movimentos articulares

Tempo:

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Espaço:

Níveis

Deslocamento

Direções

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Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares, salão

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip -Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança Contemporânea

MÚSICA:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escalas: Modal, Tonal e fusão de ambos

Gêneros: erudito, clássico,popular,étnico, folclórico, pop...

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Improvisação

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165

Música Popular

Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguardas

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americana

AVALIAÇÃO

A avaliação deve rever a prática pedagógica de modo que leve ao aluno à

apropriação do conhecimento. Neste sentido, assume um caráter dinâmico, contínuo e

cooperativo da prática pedagógica e requer participação de todos os envolvidos no

processo.

Deve-se avaliar o domínio que o aluno vai adquirindo dos modos de

organização dos conteúdos ou elementos formais na composição artística para que ele

possa expressar-se no trabalho artístico.

A forma de acompanhar o aprendizado condiz com uma avaliação que precisa

ser reflexo da aula, devendo refletir o trabalho realizado em classe. Portanto, deve ser

qualitativa e não quantitativa, isto é, a avaliação deve preocupar-se continuamente com o

desenvolvimento global do aluno, privilegiando os conteúdos já dominados pelos alunos

ou então aqueles que foram ampliados com o decorrer do tempo. Para que não se torne

totalmente subjetiva, deve estar pautada em critérios preestabelecidos os quais constitui

níveis de idealidade a serem atingidos pelos alunos.

Quanto ao conteúdo a ser avaliado, este deve ser sempre contextualizado,

para que a avaliação não se torne constrangedora. Isto inclui, portanto, prever de

antemão as condições em que o processo avaliativo se realizará, para não superestimar

ou subestimar a capacidade dos educandos.

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A avaliação em arte deve ser contínua, ao longo de todo ano letivo, algumas

práticas cotidianas dos alunos podem ser tomadas como espaços e instâncias de

avaliação, não limitando-se às provas. O professor poderá escolher, entre as várias

formas existentes, adequando-as aos conteúdos trabalhados, que em Arte podem ser:

apresentações teatrais, paródias, músicas, danças, painéis. Além destas, poderá ser feita

pela observação contínua dos alunos, organização e participação ativa e crítica em sala

de aula.

A auto-avaliação como participação do aluno efetiva seu compromisso com sua

formação e possibilita a autonomia para que o aluno seja protagonista do processo

avaliativo como um todo.

Nesses termos a avaliação é um meio e não um fim. Nesse aspecto a

aprendizagem é manifestada no crescimento desenvolvido no processo educativo.

REFERÊNCIA

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1995.

8.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As práticas pedagógicas da educação física foram fortemente influenciadas

pela instituição militar e pela medicina. Os exercícios sistematizados pela instituição militar

foram re-elaborados pelo conhecimento médico numa perspectiva pedagógica. Nessa

época o objetivo da educação física era construir corpos saudáveis e dóceis.

Por não existir um plano nacional de educação física, a prática nas escolas se

dava pelo método francês de ginástica.

A educação física se consolidou especificamente no contexto escolar, a partir

da Constituição de 1937.

Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo – se

com a educação física. Houve um incentivo às práticas esportivas com intuito de

promover políticas nacionalistas pensada para o país.

A partir de 64, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil,

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167

devido aos acordos feitos com MEC e o Departamento Federal de Educação Americana.

O esporte consolidou sua hegemonia no interior da educação física. Os currículos

passaram a trata – lo com mais ênfase, através do método tecnicista centrado na

competição e desempenho.

Em meados de anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade cientifica

na educação física, mas também na delimitação de tendências ou correntes suscitando os

primeiros debates a sua criticidade. Nesta época surgiram duas tendências:

Desenvolvimentista – defende a idéia que o movimento é o principal meio e

fim da educação física.

Progressista – a psicomotricidade preocupada com a cultura infantil.

Já no início dos anos 90, um momento significativo com a criação do currículo

básico, essa proposta representou um marco para disciplina de educação física

destacando sua importância da dimensão social.

Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a educação

física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais racionarias até as mais

criticas, torna – se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem o nosso

trabalho dentro desta proposta.

A Educação Física deve ser entendida como princípio de Liberdade. Desta

forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores éticos e morais, tais como: a verdade,

a beleza, a eficiência da sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio

ecológico, a aventura, a qualidade de vida. .

Estes são elementos da prática cultural de uma sociedade livre e justa, que se

praticados de uma forma equilibrada e se completando, levam à conquista da liberdade e

da cidadania.

A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos

estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos e concepção histórica - crítica de

Educação. Para tanto o resgate do compromisso social na ação pedagógica da Educação

Física no sentido da transformação do "como é", para o "como poderá ser‖, deve ser

conquistado. Para tanto é necessário termos em vista alguns princípios básicos, tais

como:

E

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168

ncaminhar o processo de ensino numa dimensão de totalidade,

fu

ndamentando-se numa concepção de mundo, de sociedade, e de

h

omem, de trabalho e de corpo, que expressem perspectivas de mudança e

transformação.

C

ompreender a escola como o centro de sistematização do saber,

vi

nculada a um contexto cultural mais amplo, entendendo-a através da

di

alética existente nas inter-relações.

D

imensionar que o homem é concreto e precisa ser visto à luz da visão

hi

stórica e cultural, entendendo que ele não se situa ao nível de objeto,

m

as existe como sujeito participante, ativo e compromissado na dialética

so

cial.

T

orna-se explícito o ato pedagógico como o ato político, colocando em

di

scussão as contradições político - pedagógicas existentes na área da

e

ducação.

E

fetivar a possibilidade de se fazer da educação uma prática progressiva,

u

ma vez que a mudança dos conteúdos por si só, não garante a

tr

ansformação da prática.

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169

G

arantir a efetivação de uma prática sintonizada com os objetivos do

E

nsino Médio, através da seleção de conteúdos compatíveis com sua

re

alidade.

R

espeitar as diferenças individuais que afetam o crescimento e o

d

esenvolvimento de cada educando nos seus aspectos maturacionais, como

ta

mbém no seu relacionamento social.

R

espeitar a especificidade que caracterizam o aluno do curso noturno,

n

ão o tendo como aquele que só precisa de repouso e compensação, mas

co

mo um aluno com direito ao conhecimento veiculado pela disciplina, tanto

n

o que se refere a suas relações com seu próprio corpo, como para

fo

rmação de uma consciência corporal, em seu sentido mais amplo.

E

ntender a Educação Física como um direito e não como um dever,

e

nfatizando que atividade física não se esgota na prática escolar, mas

ex

trapola para a vida.

E

fetivar uma ação pedagógica permeada pela ludicidade.

C

ompreender que a consciência não existe prévia e independentemente do

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170

co

rpo, mas emerge do corpo, que é seu ponto de partida e expressão.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A proposta de trabalho que se apresenta, é uma proposta crítico superadora,

desenvolvida através de um processo dinâmico, no qual, o processo ensino-

aprendizagem conta com a ajuda construtiva do aluno, com a intenção de integração e

aproximação entre eles próprios e a realidade em que as aulas acontecem. Permitindo ao

educando a ampliação da sua visão de mundo por meio da cultura corporal, levando-se

em conta o momento político, histórico, econômico e social em que esta inserida.

Tal metodologia atende ao princípio da complexidade crescente, estabelecendo

diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos

articuladores. E ainda aponta as seguintes estratégias de ensino: prática social,

problematizarão, instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.

A prática social é entendida com uma preparação do aluno para a construção

do conhecimento escolar, o primeiro contato com o tema a ser estudado. Já a

problematizarão é a criação de uma necessidade para que o educasse, por meio de uma

ação, onde a prática social é analisada, interrogada, levando em consideração o que se

deve ser trabalhado. Na instrumentalização é o roteiro pelo qual o conteúdo deve ser

trabalhado, para que os alunos tenham a possibilidade de o assimilarem o recriarem,

transformando-o assim em instrumento de criação pessoal neste processo de construção.

A catarse é entendida como a manifestação do que o aluno assimilou durante o

processo de trabalho, onde ele demonstra de fato o que aprendeu. O retorno à prática

social caracteriza-se pela representação da transposição do teórico para o prático dos

objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e dos conceitos adquiridos.

O esporte: Propiciar aos alunos o direito e o acesso a pratica

esportiva, adaptando o esporte a realidade escolar, deve ser ação cotidiana

dos professores da rede publica. Os valores que privilegiem o coletivo em

detrimento do individual pressupõem o compromisso com a solidariedade e

o respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz a dois, e que é

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diferente de jogar com o companheiro e jogar contra o adversário.

Os jogos e lazer: Os jogos são importantes no desenvolvimento do

ser humano uma vez que, ainda na infância, possibilita a compreensão da

realidade através do imaginário e servem ao reconhecimento das relações

que o cercam. Para o ensino médio, o jogo, além de seu aspecto lúdico,

contribui na discussão a respeito das regras, reconhecendo as

possibilidades de ação e organização coletiva

A ginástica: a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer

as possibilidade de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente

competitiva, como movimento obrigatórios, presos a perspectiva técnica e

até mesmo da imposição feita pela mídia em relação aos padrões estéticos.

A ginástica compreende uma gama de possibilidades, desde a

ginástica imitativa de animais, ginástica geral, ate as esportivizadas:

ginástica olímpica e rítmica. Conhecimentos do Corpo Humano:

Abordando temas do cotidiano, como qualidade de vida, saúde, atividade

física e conhecimentos do corpo humano por meio de pesquisas, debates,

ilustrações, etc.;

As lutas: Trabalhar com as lutas no interior da escola deve ser

constituído no momento em que os alunos do ensino médio possam

explorar suas potencialidade a partir das mais variadas formas de

conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de

simbologias.

Dança: Na escola, devem-se ofertar as mais diversas modalidades de

dança privilegiando a experiência de maneira livre e espontânea. A técnica

deve servir como instrumental, para possibilitar a recriação coreográfica

coletiva a partir de tematizações, de acorde com as necessidades da

realidade.

OBJETIVOS GERAIS

Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo

humano de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais,

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172

valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade, freqüência,

elevando-se à condição de planejador de suas práticas corporais;

Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a

construir e adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões

físicas;

Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo

capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando

uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos

para a manutenção ou aquisição da saúde;

Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas,

consciente da importância das mesmas na vida do cidadão;

Aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes

manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as

diferenças de desempenho, linguagem e expressividade;

Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo

humano no que diz respeito às capacidades físicas, respostas do corpo

aos estímulos e diferentes formas de movimentação, valorizando-as como

recurso para expressão de suas aptidões físicas;

Participar de atividades em grandes e pequenos grupos

potencializando e canalizando as diferenças individuais para o benefício e

conquista dos objetivos por todos;

Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de

crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura

democrática sobre os diferentes pontos de vista postos em debate;

Respeitar as especificidades que caracterizam o aluno do curso

noturno, não o tendo como aquele que só precisa de repouso e

compensação, mas como um aluno com direito ao conhecimento

veiculado pela disciplina, tanto no que se refere a suas relações com

seu próprio , como para a formação de uma consciência corporal, em

seu sentido mais amplo.

Atentar para o surgimento das múltiplas variações da atividade física

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enquanto objeto de pesquisa, área de grande interesse social e

mercado de trabalho promissor;

Propiciar a potencialização das formas de expressão corporal

destacando: a importância do contato corporal e o necessário respeito

mútuo que este reclama; a importância do estabelecimento de

critérios que contemplem todos os participantes

para o trabalho em grupo; a importância do respeito por aqueles que

não conseguem realizar o que foi proposto para o grupo.

Superar o caráter da educação Física como mera atividade de ―prática

pela prática‖.

Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do

próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e

atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso

para melhoria de suas aptidões físicas;

Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim

como capacidade para discutir e modificar suas regras, reunindo

elementos componentes de várias manifestações de movimento,

podendo estabelecer uma melhor utilização dos conhecimentos

adquiridos sobre a cultura corporal para um reaproveitamento do seu

tempo disponível.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e brincadeiras

Ginástica

Lutas

Dança

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

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174

Esportes

História, tendência e concepção

Diferença entre jogo e esporte

Regras

Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez

Jogos e Lazer

Esportes Radicais: aquáticos, terrestres e aéreos

Jogos cooperativos

Jogos de salão

Manifestações Ginásticas

Ginástica corretiva

Ginástica geral

Ginástica aeróbica

Ginástica Laboral

Conhecimentos Elementares do Corpo Humano

Conhecimento do Corpo Humano voltado a Atividade Física

Primeiros Socorros:

cortes, escoriações, hematomas, fraturas, entorses e luxação.

Estiramento muscular, contratura muscular, câimbras, tendinites e lesões de

ligamentos.

Desmaios, epilepsia, afogamentos e sufoca mentos.

Fraturas – simples e composta, entorses, luxações, tendinites e lesões de

ligamentos.

Atividades Expressivas (Dança)

A dança como manifestação cultural

Dança Folclórica.

Dançam Afro-descendentes

As lutas

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Representações, simbolismo, significados, autocontrole e história

Capoeira

2ª SÉRIE:

Esportes.

Regras

Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez

Discussão crítica sobre a influência política e econômica no esporte e em

suas competições

Manifestações Ginásticas

Ginástica - flexibilidade e alongamento

Ginástica Geral com música

Conhecimentos Elementares do Corpo Humano

Nutrição: alimentação, calorias e regimes

Avaliação física

Corpo: saúde e doença

Atividades Expressivas (Dança)

A dança como manifestação cultural:

Dança de salão

Danças de rua

Cultura corporal

As lutas

Filosofia, Autoconhecimento, Autocontrole:

Jiu Jitsu

Taekendô

Judô

Karate

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3ª SÉRIE:

Esportes.

História, tendência e concepção

Regras

Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez

Pratica esportiva e torneios

Manifestações Ginásticas

G

inástica na água (Hidroterapia e Talassoterapia)

M

assoterapia e reflexologia

G

inástica na terceira idade

T

écnicas de relaxamento

Conhecimentos Elementares do Corpo Humano

Atividade Física e Fisiologia do Exercício

O significado das atividades físicas para uma prática permanente:

Musculação, Ginástica estética e localizada

Qualidade de Vida – Terapias alternativas

Nutrição: Processo de produção de energia corporal e gasto energético

por atividade física

Atividades Expressivas (Dança)

A dança como manifestação cultural

Danças de salão

Expressão corporal

Mímica

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As lutas

Filosofia, Auto-conhecimento, Auto-controle

Boxe

Sumô

Esgrima

Luta Olímpica

AVALIAÇÃO

Entendemos por avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,

descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,

podemos dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de diagnose, de

realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.

A avaliação no ensino de Educação Física objetiva-se favorecer a busca da

coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo

de ensino e aprendizagem. De acordo com as especificidades da disciplina de Educação

Física, a avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com

critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de

ensino e aprendizagem, sendo contínua, somativa, com vistas à diminuição das

desigualdades.

Outro fator que será levado em consideração é a auto-avaliação, onde

levaremos o educando a refletir sobre as contribuições de suas ações no seu crescimento

individual e coletivo, buscando com isso, uma alteração na conduta e posicionamento

sobre o processo de construção de conhecimentos.

Critérios de avaliação:

Participação em todas as aulas práticas

Apresentações teóricas e práticas dos trabalhos e pesquisas

fundamentados no planejamento.

Avaliação prática de conteúdos como esportes, dança e ginástica,

lutas e conhecimentos do corpo humano.

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REFERÊNCIAS

BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, SP: Papirus, 2003. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

8.4 GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Conhecer para transformar o espaço geográfico é o objetivo principal da Geografia.

Cada espaço geográfico apresenta uma dinâmica e particularidades próprias, não

dissociadas de uma dinâmica global. A localização, a caracterização sócio-cultural do

alunado, bem como suas origens são os elementos de base para se construir os saberes

fundamentais desta disciplina no ensino médio.

O homem desde sua forma primitiva de vida vem estabelecendo contato com a

natureza para sua sobrevivência, extraindo recursos naturais, migrando à procura de

alimento, desenvolvendo conhecimento sobre direção dos ventos, correntes marítimas,

regime fluvial, astronomia, técnicas de irrigação, comércio, descrição e mapeamento de

lugares.

Cada vez mais o homem explora o espaço organizando de forma à satisfazer suas

necessidades, aprimorando seus conhecimentos geográficos, transformando lugares

conforme o aumento da população que passa a ser apropriar do espaço, criando relações

de convivência social diferentes em cada período , bem como de domínio sobre os bens

da natureza.

Da sociedade primitiva, onde a terra era um bem comum à sociedade escravista,

quando a terra passa a ser um bem acessível a poucos, situações que perduram até

nossos dias, onde o homem delimita fronteiras políticas conforme seus interesses,

gerando conflitos étnicos e miséria em função de uma geopolítica capitalista que organiza

o espaço em nome do ―desenvolvimento‖, que leva a exploração da natureza,

transformação do meio ambiente e degradação de seus recursos, imposição de culturas,

transformando as sociedades locais e globais em função do desenvolvimento

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desenfreado do capitalismo, que vê o espaço apenas como fonte econômica, onde se

traçam teias de relações sociais, criando espaços desiguais em função de grupos e

nações dominantes.

Nesse contexto a geografia tem importante papel como ―ciência que estuda as

relações entre a sociedade e a natureza‖ (Andrade, 1.988 p. 55) na condução da

compreensão do espaço pelo homem, devendo seu ensino considerar a realidade no seu

conjunto, pois o espaço é dinâmico e sofre alterações em função da ação do homem .

Portanto o aluno ao longo do tempo deve ser orientado no sentido de perceber-se como

elemento de um processo histórico. Assim:

―... o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma geografia crítica,

não se localiza no professor ou na ciência a ser ensinada vulgarizada, e sim no real, no

meio onde o aluno e o professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos

sociais. Integrar o educando no meio significa deixa-lo descobrir que pode tornar-se

sujeito na História.‖ (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.37)

A contribuição da geografia para a formação do aluno está na compreensão que

ele terá da realidade. No estudo do espaço geográfico, o aluno deverá refletir sobre a

relação que existe entre os seres humanos bem como na relação seres humanos –

natureza.

―Observa Marx que a história dos homens é inseparável da história, pela mesma razão

que a história da natureza é inseparável da história dos homens‖. (CORREA, et Al, 1980,

p.25)

Nesse contexto a geografia tem como fim fazer com que o aluno compreenda as

diversas formas como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da Terra e da

sociedade atual, valorizando as formas de trabalho, a dinâmica dos lugares,

interpretando, representando e localizando elementos e fenômenos que ocorrem no

espaço geográfico.

―Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como espaço social,

construído, pleno de lutas e conflitos sociais‖. (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.36)

Dessa forma cabe à geografia proporcionar aos alunos a possibilidade de observar,

pensar, interpretar e discutir criticamente o espaço geográfico numa busca constante de

compreensão de suas transformações.

A geografia passou por constantes modificações em virtude das mudanças ocorridas no

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180

mundo ao longo do tempo , transformando a Geografia Tradicional em uma Geografia

Crítica , que busca explicações utilizando a razão e o empirismo para analisar os fatos. As

mudanças ocorridas no final do século XX , e a mobilidade das informações criaram a

necessidade de um olhar com relação a natureza , as práticas sociais e econômicas que

nos leve a uma compreensão e a construção do conhecimento.

As mudanças de tempo e espaço alteraram-se e as paisagens sofreram

transformações num ritmo mais intenso e o estudo da Geografia será fator fundamental

na formação de um aluno cidadão , na medida em que permite a ele apropriar-se desse

conhecimento e compreender e interpretar com um olhar crítico o mundo em que o cerca.

Tendo em vista , sua função enquanto agente transformador do ensino e da escola e , em

decorrência disso , da sua própria sociedade.

A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro no século XIX,

aparecendo de forma indireta no ensino primário. Apenas na década de 1930, com a

criação do IBGE, da AGB e do primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil.

Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional servindo os interesses políticos do Estado, na visão do

nacionalismo econômico – DCE, p.17,6º parágrafo (exploração dos recursos minerais,

indústria de base, dados demográficos).

A Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter decorativo/enciclopedista,

voltado para a descrição do espaço, perpetuou-se por boa parte do século XX.

Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas relacionadas aos

modos de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na

ordem mundial que interferiram no pensamento geográfico da época. Tais transformações

intensificaram-se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos enfoques

para a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da

Geografia – DCE, 2006, p.18.

A internacionalização da economia e as multinacionais trouxeram para as

discussões geográficas, assuntos ligados à degradação da natureza, equilíbrio ambiental

do planeta, desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.

No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os

setores, inclusive no educacional, com a valorização da formação profissional, afetando

principalmente disciplinas relacionadas às ciências humanas, surgindo a disciplina de

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181

Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os estudos das

disciplinas envolvidas, no 1º grau. No 2º grau foram impostas as disciplinas de OSPB e

EMC, consideradas importantes para a formação técnica.

Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o desmembramento da disciplina de

estudos sociais e o retorno da Geografia e da História. No nosso estado em 1983, o 1º

Encontro Paranaense de História e Geografia, originou um documento que posteriormente

permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de

Geografia e História separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas

autônomas ocorreu em 1986.

A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra, chegou com força ao

Brasil. A geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico,

deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,

trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais para a

compreensão do espaço geográfico.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o espaço

geográfico produzido, espaço este composto por objetos (naturais, culturais-técnicos) e

ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a construção de uma

consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca

do espaço geográfico, permitindo ao mesmo adquirir hábitos e construir valores

significativos da vida em sociedade.

OBJETIVOS GERAIS

Contribuir para o entendimento do mundo atual, da apropriação dos lugares pelos

homens, através de uma leitura crítica das contradições e conflitos de toda ordem,

implícitos e explícitos no espaço geográfico de forma que sejam cidadãos críticos e

agentes de suas realidades.

Reconhecer, nas aparências das formas visíveis e concretas do espaço geográfico

atual, a sua essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos,

e os processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que

resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.

Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o ajudem a

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compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar , espaço geográfico , território ,

região - , além de outros conceitos importantes para a análise espacial , como tecnologia ,

relações sociais , poder , política , Estado e trabalho. Isso o tornará capaz de ―pensar‖

esse espaço e o percebe como parte integrante e atuante dele.

Identificar particularidades de uma paisagem , lugar ou território no espaço

geográfico , reconhecendo os fenômenos aí encontrados , determinando o processo de

sua formação e o papel da tecnologia dos grupos que habitam ou já habitaram esse

determinado lugar , paisagem ou território . Além de comparar esses fenômenos

geográficos , reconhecendo as semelhanças e diferenças existentes entre elas e porque

elas existem.

Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser usufruído por toda a

humanidade. Esse é um assunto que deve ser tratado interdisciplinarmente , pois

ultrapassa o âmbito da geografia. Evidenciando temas que são de interesse global , como

a importância da água , o efeito estufa , as várias formas de poluição (do ar , da água , do

solo) , transferindo-os para sua realidade.

Aplicar os conhecimentos específicos das linguagens geográfica e cartográfica na

interpretação de gráficos , mapas e tabelas que permitam a compreensão e a relação

entre os sistemas econômicos , conflitos mundiais e a postura geopolítica posta em

prática pelas nações que desempenham um papel central na política mundial.

Formar um cidadão crítico e com uma visão de mundo que lhe permita participar

ativamente da sociedade em que vive. Podemos dizer que é o indivíduo capaz de

entender os fatos que acontecem no mundo , de interpreta-los e de estabelecer relações

não só entre esses fatos , mas deles com a realidade do local onde vive .

Compreender o homem como ser social, responsável pela produção histórica,

espacial e cultural da humanidade;

Reconhecer o homem como principal ―ator‖ e ―autor‖ geográfico na relação com a

natureza, na medida em que se objetiva e apropria-se desta, através do trabalho;

Reconhecer o espaço geográfico como uma produção humana, que se manifesta

através de paisagens com maiores ou menores graus de humanização, fruto de

determinações históricas e das ―necessidades‖ sociais;

Entender a importância da dinâmica da natureza para o espaço geográfico;

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183

Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos,

tabelas etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e

fenômenos espaciais e/ou espacializados.

Reconhecer os fenômenos espaciais comparando e interpretando diferentes

paisagens e como se constroem.

Compreender que as diferenças sociais, ainda que injustas, ocorrem a nível

mundial e que todos têm direitos políticos, melhorar a condição de vida e acesso

aos avanços tecnológicos.

Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa, compreendendo e

identificando o problema, suas relações com o meio e buscar meios para resolução

do mesmo.

Entender os meios de comunicação, como meios para obter informações e novos

saberes, recebendo-os criticamente.

Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o ajudem a

compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar , espaço geográfico , território ,

região - , além de outros conceitos importantes para a análise espacial , como tecnologia ,

relações sociais , poder , política , Estado e trabalho, percebendo que todos interagem

com os espaço geográfico.

Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa,

reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e

dos diferentes contextos envolvidos em sua produção;

Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir

das categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico;

Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização

do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas;

Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do

reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente

como sujeito e como produto dos mesmos;

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Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos

diversos ― lugares de memória ― socialmente instituídos;

Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a

religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos

históricos de sua constituição e significação.

Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de

sucessão e /ou de simultaneidade;

Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;

Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações

com o passado.

Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos,

compreendendo que as histórias individuais são partes integrantes de histórias

coletivas;

Compreender que a História é um instrumento capaz de construir o conhecimento

e de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo;

Compreender os acontecimentos (políticos, culturais, religiosos, etc.) enriquecendo

a sua vivência como cidadão na sociedade atual;

Perceber que os sujeitos históricos não são somente objetos de análise

historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do conhecimento

através da reflexão teórica;

Compreender que o conhecimento histórico é sistematizado a partir de um

processo de investigação que tem como objeto às ações humanas.

CONTEÚDOS

Dimensão econômica da produção do espaço

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Dinâmica cultural e demográfica do espaço geográfico

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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1ª SÉRIE:

Geografia: Objeto e objetivos

Localização e orientação

Formação da Terra

Geologia: estrutura , origem e formação da litosfera

Relevo: estrutura e processos de formação

Atmosfera *Clima: fatores de formação do clima e tipologia climática

Vegetação: as grandes paisagens vegetais

Ação antrópica nas paisagens

2ª SÉRIE:

Localização geográfica: formação e expansão do território brasileiro

População geral e do Brasil

Teorias Demográficas e do Brasil

Atividades Econômicas : extrativismo no Brasil , agropecuária, pecuária : conceito e

tipos ; pecuária no Brasil ; agricultura : conceito e sistemas agrícolas ; erosão ;

agricultura no Brasil ; relações de trabalho no campo ; reforma agrária

Indústria : conceito e tipos

Fatores de instalação das indústrias

Indústria no Brasil

Fontes de Energia

3ª SÉRIE:

Meios de transporte

Globalização : conseqüências da globalização

Cidade : evolução urbana , problemas urbanos

Poluição : conceito e tipos

Problemas ambientais globais : El nino e La nina ; Efeito Estufa , Destruição da

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186

Camada de Ozônio

Chuva Ácida

METODOLOGIA

O ensino da Geografia deve possibilitar ao aluno a análise e a crítica das relações

sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas (do local ao global ao local). Neste nível

de ensino, deve a Geografia, contemplar uma abordagem metodológica que oriente para:

concepção de totalidade, articulação entre os conceitos e correntes filosóficas, o homem

(social) entendido como agente produtor do espaço.

Considerando-se que o aprendizado é um processo e que ele envolve a reflexão e

o desenvolvimento do raciocínio lógico , não pode-se perder de vista a necessidade de

estímulos permanentes.

Mas para se atingir tais metas ou aprimorar as habilidades dos estudantes , entre

outros recursos , destaca-se a importância de que os conceitos sejam aplicados em suas

vidas práticas para que percebam sua real utilidade e posteriormente para que se

conscientizem de sua validade a fim de auxilia-los na interpretação dos processos e

acontecimentos naturais ou ocasionados pela intervenção da sociedade no meio

ambiente , pois caso tais conceitos deixarão de ter sentido.

Através de variados métodos tais como aulas expositivas , leitura de reportagens ,

apresentações de vídeos , realização de entrevistas , visitas , debates , seminários ,

pesquisa , interpretação de mapas , figuras , gráficos , tabelas , produção de maquetes e

mapas temáticos, poemas, charges paródias, histórias em quadrinhos.

Assim, para melhor compreensão, o aluno precisa aprender a dialogar com o

grupo, partilhando saberes, entendendo como os diferentes elementos desse espaço se

relacionam. Nesse diálogo, formula questões e tenta dar respostas, discutindo com o

professor e colegas suas ideias, compartilhadas e debatidas nas aulas de Geografia.

O Espaço Geográfico precisa ser entendido pelo aluno como uma construção

humana que se desenvolveu sobre a superfície terrestre que é um meio biofísico, o qual

constitui o habitat das comunidades animais e vegetais que povoam a Terra e que é desta

relação da sociedade com a natureza que o espaço geográfico é formado.

Dentro dos conteúdos estruturantes dimensão econômica do espaço geográfico,

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dimensão política do espaço geográfico, dimensão cultural e demográfica do espaço

geográfico, dimensão socioambiental do espaço geográficos, serão trabalhados os temas

relacionados ao estado do Paraná, cultura afro-brasileira, indígena e educação ambiental

de acordo com os conteúdos específicos já delimitados para atender às leis: LEI

10.639/03 História e Cultura Afro-brasileira; LEI 13.381/01 História do Paraná e LEI

9.795/99 Educação Ambiental.

Cabe especificar que como processo metodológico as mesmas serão

contempladas ou como conteúdos específicos nas diversas séries do ensino médio ou,

quando não, serão abordadas no contexto de conteúdos que assim o permitam de forma

a não caracterizar uma situação estanque ou fragmentada destes temas.

Como o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, os principais

conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes e específicos devem ser trabalhados

de forma crítica e dinâmica, interligando teoria - prática – realidade, usando a cartografia

como ferramenta essencial, possibilitando trabalhar em diferentes escalas espaciais (local

– regional – global).

Os conteúdos estruturantes devem ser abordados de uma forma que se inter-

relacionem.

A cultura afrobrasileira e indígena, bem como a História do Paraná será abordadas

nas séries do Ensino Fundamental no desenvolvimento dos conteúdos .

Quando necessário e possível, serão realizadas aulas de campo, para que o aluno

tenha maior compreensão do conteúdo, sendo que esta aula deve ser planejada e

contextualizada , fortalecendo a relação entre a teoria e a prática.

O uso da cartografia (mapas) deve ser uma prática em todas as séries, desde a

forma rudimentar (o aluno representando seu espaço vivido) até a interpretação de mapas

que representem espaços e realidades que ele não conhece de forma mais complexa.

Vídeos, literatura, fotografias, maquetes, jornais e revistas devem ser materiais que

utilizados, aperfeiçoarão o processo de ensino-aprendizagem.

AVALIAÇÃO

Os instrumentos avaliativos que devem ser utilizados, de acordo com cada

conteúdo e objetivo são:

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Avaliações, com ênfase a questões que impliquem problematizações para serem

solucionadas, questões que envolvam conceitos inerentes à disciplina: observação,

comparação, descrição, interpretação de dados, mapas, tabelas, opinião, síntese,

análise, crítica, compreensão de textos.

Seminários, micro-aulas, maquetes, ilustrações, cartazes, relatos orais, debates,

seminários, apresentação de trabalhos escritos e orais.

Após todo esse processo de trabalho o aluno que atingir 60% (sessenta por cento),

de aproveitamento será atribuído a recuperação, sendo esta com valor 10.

A reavaliação assegurará as condições pedagógicas para acompanhar e

aperfeiçoar o conhecimento do aluno, (porém preservando a qualidade de ensino

proposto pelo estabelecimento.)

Após a análise dos resultados, prevalecera sempre a maior nota, sendo obrigatório

a recuperação de estudos (independente do tipo de avaliação), a todos os alunos.

A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem deve ser diagnóstica e

contínua, uma espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os

problemas dos alunos em seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e

processual. Ao invés de estar a serviço da nota, ela passa a contribuir com a função

básica da escola, que é promover o acesso ao conhecimento; e, para o professor

transforma-se num recurso precioso de diagnóstico.

Por considerar a avaliação um momento fundamental e privilegiado do processo

ensino-aprendizagem, propõe-se atividades que proporcionem uma integração dos alunos

com os novos conhecimentos, fazendo-os organizar e integrar os conteúdos de ensino ao

repertório que já possuem.

Para que se efetive é necessário que se perceba em que tempo e forma nossos

alunos aprendem em suas diferenças individuais, para que possamos organizar

intervenções necessárias ao longo do ano.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:

Relatos escritos onde se observem: capacidade de memorização, observação,

descrição, comparação, interpretação de dados, gráficos, tabelas, análises,

síntese, opinião, crítica...

Produção e leitura de mapas, gráficos, tabelas, análise e interpretação de imagens,

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189

compreensão de textos, construção de maquetes, aulas de campo (quando

possível), seminários, historias em quadrinhos, poemas, paródias...

As avaliações serão feitas no decorrer do trimestre, através do acompanhamento

do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem.

REFERÊNCIAS

CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo. Quinteto Editorial, 2002.

CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982.

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SEED – , 2009.

Almanaque Abril, 2.006;

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National Geografic;

Caminhos da Terra;

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.

Livros Didáticos:

LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora Saraiva;

MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;

PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;

SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico

e Globalização, Editora Scipione;

ANDRADE,M.C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CEAD. Centro de Educação à distância. Apostila Educação Africanidades Brasil. UNB –

Universidade de Brasília, 2006.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no

currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ―História e Cultura Afro-

Brasileira‖, e dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da

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190

Educação Nacional. Diário oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo. Quinteto Editorial, 2002.

CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar-

SEED – julho, 2006.

CIGOLINI, MELLO e LOPES, Adilar, Laércio e Nelci. Paraná – Quadro Natural,

transformações territoriais e economia. Paraná, Renascer.

VESENTINI, José W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto,1997

CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Ensino de Geografia: práticas e contextualizações no

cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.

CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Geografia em sala de aula, práticas e reflexões. Porto

Alegre: Ed. UFRS, 1999.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Gioania: Alternativa, 2002.

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à

universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.

MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo – não um acerto

de contas. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Almanaque Abril, 2.006; Revista Isto É;

National Geografic; Caminhos da Terra;

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006. Livros Didáticos:

LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora Saraiva;

MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;

PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;

SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico e Globalização,

Editora Scipione;

VESENTINI, José William, Sociedade e Espaço, Editora Ática.

8.5 HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Educação é um processo de construção individual e coletivo que precisa estar

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articulado ao seu contexto social e nesse tempo histórico. Participamos de uma sociedade

inserida em um país subdesenvolvido, com elevada dívida externa e enormes

desigualdades sociais, onde o ser humano é visto apenas como um número para as

estatísticas ou para levantamentos feitos pelos governantes, os quais visam apenas

atender aos pedidos dos organismos mundiais ou para os programas e plataformas

políticas.

A disciplina deve propor atividades coletivas, resgatando interesses,

conhecimentos e valores para a formação de um homem íntegro, justo, livre, responsável,

democrático, solidário, feliz, criativo, independente, crítico, portador de conhecimentos

gerais e específicos... Um ser humano competente para explorar a sua potencialidade,

mas acessível para resgatar os valores democráticos e brasileiros.

Essa ideia era levar o cidadão a ser sujeito ativo e participativo na sociedade.

Desta forma, ele estará apto a ser um agente transformador da História, pois assim

compreender-se-a dentro de uma sociedade múltipla e pluricultural, e agirá para lutar

permanentemente para a transformação de sua realidade.

A História como disciplina escolar obrigatória, passou a ser obrigatória, a partir

da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico

e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.(DCE,

p.15)

O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889) e o

Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional

brasileira. A partir de 1901 o corpo docente alterou o currículo do Colégio, propondo que a

História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal.(DCE, p.15)

No período do Estado Novo (1937) por meio da Lei Orgânica do Ensino

Secundário de 1942, fez com que a História do Brasil retornasse ao currículo escolar. O

ensino de História foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos

Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-americanas na

organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos debates

educacionais por meio da Escola Nova. Enfim, por força da Lei nº5692 em 1971 foi

implantado o ensino de Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau.

A partir da Lei nº5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o

Segundo Grau profissionalizante, com ensino voltado a qualificar mão-de-obra para o

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mercado de trabalho. O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao

cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a

adaptação à realidade, continuando ser vista de maneira linear, cronológica e harmônica,

conduzida pelos heróis em busca de um ideal de processo de nação. (DCE, p.17)

O ensino de Estudos Sociais foi contestado no início da década de 1980, tanto

pela Academia quanto pela sociedade. Queriam a volta do ensino de História.

No ano de 1990, o Estado do Paraná fez uma proposta de renovação do

Ensino de História que tinha como pressuposto teórico a historiografia social, pautada no

materialismo histórico dialético.

O Ministério da Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os

Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio, os Parâmetros

organizaram o currículo em áreas de conhecimento. Incorporado pelo Estado do Paraná

no final dos anos 1990. Com o objetivo de preparar os cidadãos para as exigências

tecnológico-científicas da sociedade contemporânea.(DCE, p.19)

O ensino de História do Paraná, torna-se obrigatório com a aprovação da Lei

nº13.381/01, nos Ensinos Fundamental e Médio. Além da Lei nº10.639/03 sendo alterada

pela Lei nº9394/96 que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira.

Por meio de todas essas Leis, a Educação do Ensino de História passou a ser

ministrado de uma maneira mais abrangente e concreta dentro da realidade social

contemporânea. Formando um cidadão crítico e ativo dentro da sociedade em que está

inserido.

O mesmo nível de crítica que temos quanto ao presente, devemos tê-lo com

relação ao passado. A construção de uma relação crítica com o presente, com a realidade

do aluno, pressupõe e aponta para a necessidade de uma concepção de história que

permita o desvelamento dessa realidade e sua superação.

A contribuição mais significativa da História para o jovem é a compreensão da

sociedade contemporânea e sua inserção nela, desenvolvendo a capacidade de

apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências humanas. O tempo histórico

compreendido nessa complexidade utiliza a História Temática, enfocando três conteúdos

estruturantes, são eles: Trabalho, Poder e Cultura.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

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Tomando como premissa básica que o papel fundamental da educação escolar

é o de preparar educando para o exercício da cidadania, entendemos que a História

contribui para que o educando desenvolva visão crítica e espírito social e politicamente

participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em

que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer com que o educando.

(...) produza uma reflexão de natureza histórica; (...) pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outras reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente só na escola; pois a Historia produz um conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele nos parece fundamental para a vida do homem, individuo eminente histórico. (CABRINI, et all., 1987. p. 23).

É necessário que nas escolas, os educadores em geral, assumam esse

princípio meta primordial, tendo em vista o significado e a importância de seu papel na

formação da cidadania, que deve ser entendida também como um processo de

participação social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na comunidade.

A História Temática contribui para que os educandos ampliem suas fontes de

pesquisa e consequentemente, abram sua compreensão para os conteúdos estruturantes:

Trabalho, Poder e Cultura. Esses conteúdos farão uma busca em vários tempos e

espaços sobre cada um deles, para que o aluno aprenda a relacionar todos eles entre si e

cada um em seu determinado tempo/espaço.

O educando não aprende História apenas na escola, pois têm acesso a

inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos

de caráter local, regional, nacional e mundial, no qual estão inseridos.

Percebem as transformações sociais culturais econômicas e política

envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida urbana e a globalização, nesse

contexto os meios de comunicação de massa a convivência de gerações através de

fontes como: televisão, videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio, enciclopédias, cinema,

vídeos e computadores, provem essa releitura de mundo e a formação de sua identidade

cultural.

OBJETIVOS GERAIS

O aluno deverá ampliar a compreensão de sua realidade, confrontando-a,

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194

relacionando-a com outras realidades históricos e assim fazer escolhas e estabelecer

critérios para suas ações.

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em todas as suas

manifestações;

Dominar conceitos básicos;

Aprender a refletir historicamente, perceber os processos pelos quais as

sociedades evoluem, como enriquecedoras para o conhecimento;

Desenvolver senso crítico e criativo;

Notar que tudo precisa se adaptar ao seu tempo, que não se pode ser

retrógrado, nem radical, mas sim flexível e consciente das necessidades do

seu tempo;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,

aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e

registros escritos e iconográficos;

Valorizar a cultura como forma de se conhecer e entender os motivos que

levam um poço a ser e agir de uma maneira e não de outra;

Valorizar a diversidade cultural;

Analisar os fatos históricos em todos os seus aspectos, seus verdadeiros

motivos e concepções envolvidas;

Perceber a influência política na vida das pessoas, ninguém pode ignorá-la,

podemos sim, usá-la para modificar estruturas vigentes;

Analisar que uma ideologia pode ser a salvação ou a derrota de uma nação,

depende da interpretação;

Valorizar a cidadania, para o fortalecimento da democracia, mantendo-se o

respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Trabalho

Poder

Cultura

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA

História como ciência

Tempo e espaço

PRÉ-HISTÓRIA (MUNDO – AMÉRICA – BRASIL – PARANÁ)

Teorias do surgimento do ser humano

Paleolítico

Neolítico

Surgimento da escrita

CONCEITO DE TRABALHO

Formação das sociedades

PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES AFRICANAS

África Antiga

Egito

O MUNDO DO TRABALHO EM DIFERENTES SOCIEDADES

Sociedades pré-colombianas

Grécia Antiga

Roma Antiga

Sociedade Feudal

ESTADO NOS MUNDOS ANTIGO E MEDIEVAL

Estado na antiguidade oriental (Mesopotâmia, Egito, Hebreus)

Estado na Grécia Antiga, Pérsia, Macedônia, Roma

Estado na Idade Média

Estado Islâmico

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RELAÇÕES CULTURAIS NAS SOCIEDADES GREGA E ROMANA

Mulheres na sociedade, filosofia e artes gregas

Mulheres na sociedade romana

Lutas plebeias e escravas em Roma

CIDADES NA HISTÓRIA

Neolítico

Cidades gregas e romanas

Islão – civilização urbana

Cidades na América pré-colombiana

Europa medieval

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO PARANÁ

Início da ocupação do Paraná (espanhola e portuguesa)

Ciclos econômicos (ouro, gado, madeira, erva-mate, café, agro

industrialização)

2ª SÉRIE:

RELAÇÕES CULTURAIS NA SOCIEDADE MEDIEVAL

Universo mental da Idade Média

Algumas manifestações de dominação e resistência entre os

camponeses

Algumas manifestações de dominação e resistência nas cidades

Reflexões sobre a mulher, os hereges, os doentes na Idade Média

MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, CULTURAIS NA SOCIEDADE MODERNA

(RENASCIMENTO)

Transformações do mundo moderno

Reformas Protestantes e o fim do monopólio religioso da Igreja Católica

França Antártica: uma experiência protestante ou indígena na América

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197

portuguesa?

Revolução Gloriosa e o triunfo da burguesia sob o absolutismo

Iluminismo: as luzes da razão na modernidade

Contestações dos trabalhadores

TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO PARA O LIVRE

De artesãos independentes a tarefeiros assalariados

A constituição do sistema de fábricas

A organização do tempo do trabalho

Trabalho infantil: um dos mais explorados

O trabalho feminino

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

Revolução Norte-Americana

Revolução Industrial

Revolução Francesa

O papel da mulher

Organização dos operários

Jovens e a política

CONCEITO DE TRABALHO (REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – TEORIAS

CONTESTATÓRIAS DO CAPITALISMO)

O trabalho e sua valorização

A divisão do trabalho

Marxismo

Anarquismo

CONSTRUÇÃO DE TRABALHO ASSALARIADO

Feudalismo

Corporações de ofício

Positivismo

Trabalho infantil e feminino

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198

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO SÉCULO XIX

A cidade industrial

A arquitetura do século da indústria

A revolução dos transportes

A utilização da eletricidade

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

Brasil colonial

Cidades no Brasil

3ª SÉRIE:

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

Vida urbana no Brasil

ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER

A formação do Estado moderno

Teóricos do Absolutismo

Do Estado absolutista ao Estado-Nação

Teóricos do Estado-Nação

Independência do Brasil e a formação do Estado Nacional

A construção da idéia da nação brasileira

ESTADO IMPERIALISTA

A formação de Impérios e colônias no século XIX

Justificativas e rivalidades nas disputas coloniais

A crise do Estado imperialista

A formação dos regimes totalitários: ameaça à liberdade

A indústria cultural e as nações imperialistas

Os Estados e a bipolarização do mundo contemporâneo

Crise do Socialismo na União Soviética

O ataque ao Império Estadunidense

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199

RELAÇÕES DE PODER E VIOLÊNCIA

O Estado e as relações de poder

As Guerras Revolucionárias e Nacionais

As Guerras Mundiais

Totalitarismo e violência

A Guerra Fria e a violência

As formas de violência

TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Taylorismo

Fordismo

Toyotismo

Pós-fordismo e acumulação flexível

O mundo do trabalho no Brasil: início do século XX

A Era Vargas

Re-estruturação produtiva no Brasil na década de 1990

MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CULTURAIS NA SOCIEDADE

CONTEMPORÂNEA

Um mundo em transformações aceleradas

Os camponeses e a luta pela terra

Os Zapatistas no México

Os Sem-Terra no Brasil

O movimento feminista

A Revolução Jovem

Movimento Hippie

O Rap e o movimento Hip Hop

O Movimento Negro e a luta por direitos civis

Revoltas de jovens em Paris: outubro de 2005

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200

TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO PARA LIVRE (ESCRAVIDÃO HOJE)

A escravidão no mundo contemporâneo

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

A mundialização

A explosão urbana

A tecnologia, a urbanização e a arte

A transformação dos problemas sociais e estruturas na explosão urbana

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História, por meio de atividades específicas com as

diferentes temporalidades, pode favorecer a reavaliação dos valores do mundo de hoje, a

distinção de diferentes ritmos de transformações históricas, o redimensionamento do

presente em processos contínuos e a construção de identidades com as gerações

passadas.

Nesta perspectiva o ensino de História pode desempenhar um papel

importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre atuação do

indivíduo nas suas relações pessoais como grupo de convívio, suas afetividades, sua

participação no coletivo, suas atitudes e compromissos com classes, grupos sociais,

culturas, valores e gerações do passado e do futuro.

Portanto, o aluno deverá compreender e aprender as formas de produção

desse conhecimento através dos conteúdos críticos desta disciplina, tendo como ponto de

partida os acontecimentos que cercam a sua realidade.

A avaliação no ensino de História será feita de maneira a perceber o quanto o

aluno evoluiu ao longo dos bimestres, verificando se o educando compreende os

conceitos básicos da disciplina, a capacidade de elaboração textual e oral de assunto

estudado no ano.

REFERÊNCIAS

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201

ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 1996. CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA, Renan Garcia. O jogo da História. São Paulo: Moderna, 2002. COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2004. CURRÍCULO Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: Seed, 1992. DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História: Cotidiano mentalidade. São Paulo: Atual, 2000. FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997. MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do tempo. São Paulo: Moderna, 2002. MORAES, José Geraldo Vinci de. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2003. ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do futuro. São Paulo: IBEP. 2003. PETTA, Nicolina Luíza de; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma abordagem integrada. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2003. PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida. São Paulo: Ática, 2004. RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2002. SCHMIDT. Mario. Nova História Crítica. Ensino Médio. São Paulo: 2007. 8.6 MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que

vieram compor a matemática conhecida hoje. Há menções na história da matemática de

que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros de que hoje podem ser

classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a

respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, das

comparações das formas, tamanhos e quantidades.

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Ressaltando que a história da matemática no contexto escolar é um dos objetivos

primordiais da disciplina, pois explica a natureza da matemática e a sua importância na

vida da humanidade.

Pela necessidade de se comunicar, tomar decisões, fazer argumentações,

compreende conceitos, é necessário cada vez mais, aperfeiçoar e adquirir novos

conhecimentos, valores e trabalhar coletivamente.

Utilizando o conhecimento matemático para que isto seja possível, tendo influência

na vida social, cultural e profissional de todo cidadão.

A matemática tem valor formativo, pois ajuda a estruturar o pensamento e o

raciocínio dedutivo, podendo formar no aluno a capacidade de resolver problemas hábitos

de investigação, confiança, análise, enfrentar novas situações, proporcionando a

formação de uma visão ampla e científica a realidade, a percepção da beleza e da

harmonia e, o desenvolvimento da criatividade, sendo, portanto uma ferramenta em todas

as atividades humanas.

A matemática deve ser vista pelo aluno como um conjunto de técnicas e estratégias

para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, permitindo modelar a realidade e

interpretá-la. É importante que o aluno do ensino médio, perceba que as definições,

demonstrações e os encadeamentos conceitos e lógicos, têm a função de construir

novos conceitos e estruturas a partir de outros e, que servem para validar intuições e dar

sentido as técnicas aplicadas no ensino fundamental.

Com o impacto da tecnologia na vida de cada indivíduo, a função da matemática no

ensino médio, deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência, e que a

aquisição do conhecimento matemático, deve estar vinculado com o domínio de um saber

pensar e fazer matemática, para que o indivíduo tenha a capacidade de argumentação,

leitura e interpretação da realidade de outras áreas do conhecimento.

Em matemática as atividades propostas devem partir de situações - problemas

desafiadoras e de situações que surgem em aula ou que são trazidas pelos alunos,

envolvendo aspectos quantitativos e qualitativos da realidade cotidiana, que dizem

respeito a números e álgebra, geometria, medidas e tratamento de informação, sendo

estes os objetos de estudo da disciplina para o ensino fundamental.

As finalidades do ensino de matemática no nível médio indicam como objetivos

levar o aluno a:

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203

compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que

permitam a ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação

científica geral;

aplicar seus conhecimentos matemáticos e situações diversas, utilizando-

o na interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades

cotidianas;

analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes,

utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que

lhe permita expressar-se criticamente sobre problemas da matemática, das

outras áreas do conhecimento e da atualidade;

desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de

comunicação bem como o espírito crítico e a criatividade;

utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas para

desenvolver a compreensão dos conceitos matemáticos;

expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e

valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em matemática;

estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre

esses temas e o conhecimento de outras áreas do currículo;

reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito,

relacionando procedimentos associados às diferentes representações;

promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em

relação às suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atividades

de autonomia e cooperação.

A preocupação com esses aspectos da formação dos indivíduos estabelece

uma característica distintiva desta proposta, pois valores habilidades e atitudes são

objetivos centrais da educação e são elas que permitem ou impossibilitam a

aprendizagem, quaisquer que sejam os conteúdos e das metodologias de trabalho.

Não basta revermos a forma ou metodologia de ensino se mantivermos o

conhecimento matemático restrito a informação, com as definições e os exemplos assim

como a exercitação, ou seja, exercícios de aplicação ou fixação. Pois, se os conceitos são

apresentados de forma fragmentada mesmo que de forma completa e aprofundada, nada

garante que o aluno estabeleça alguma significação para as ideias isoladas e

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204

desconectadas uma das outras.

O critério central é o da contextualização e da interdisciplinaridade, ou seja, é o

potencial de um tema permitir conexões entre diversos conceitos matemáticos e

entre diferentes formas de pensamento Matemático, ou ainda, a relevância cultural do

tema, tanto no que diz respeito às suas aplicações dentro ou fora da matemática, como

quanto à sua importância histórica no desenvolvimento própria ciência.

METODOLOGIA

Para entender a sociedade em que vivemos precisamos organizar o pensamento,

ler e interpretar dados quantitativos. Assim, os conteúdos serão trabalhados em forma de

problemas que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação, a justificativa de

resultados e a criatividade na busca de soluções, fazendo com que os alunos

compreendam conceitos, desenvolvam raciocínios e expliquem por escrito o seu

raciocínio e suas descobertas.

Para melhor compreensão dos conteúdos serão trabalhadas situações do

cotidiano, onde os alunos são levados a investigar e utilizar vários recursos como

televisão, quadro negro, giz, calculadoras, livros didáticos, revistas, internet, jornais entre

outros, para auxiliar no desenvolvimento de argumentos e soluções.

Ao organizar seu trabalho, é preciso que o professor:

esteja convencido de que o conhecimento matemático deve estar ao

alcance de todos e que garantia de que a garantia de que todos os

alunos aprendam deve ser uma de suas metas prioritárias;

considere que a aprendizagem da matemática está ligada à

compreensão, isto é, à apreensão e atribuição de significados e que,

apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe

identificar suas relações com outros objetos e acontecimentos e que

essas relações só se estabelecem se os alunos puderem estabelecer

conexões entre as ideias matemáticas e entre a matemática e as demais

áreas do conhecimento;

não trate os conteúdos da matemática de maneira estanque, como fim em

si mesmos;

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205

valorize a utilização de atividades de grupo que favoreçam a

discussão, a confrontação e a reflexão sobre as experiências

matemáticas;

dê aos alunos oportunidades para que construam conceitos e aprendam

procedimentos trabalhando amplamente sobre problemas que lhes

permitam dar significado à linguagem e às idéias matemáticas;

considere que os alunos têm ritmos, necessidades, tempos de

aprendizagens diferentes;

estimule processos de discussão e confrontação de idéias, de registros

diversos, de leitura e pesquisa;

tenha plena consciência de sua responsabilidade como mediador entre o

saber que o aluno tem e o saber que a escola de nível médio pretende

que ele desenvolva;

utilize recursos didáticos diversos tais como: livros, televisão, vídeos,

jornal, calculadoras e computadores em suas aulas;

deixe claro para o aluno qual são as suas responsabilidades na

construção do seu conhecimento matemático.

OBJETIVOS GERAIS

L

er e interpretar textos de matemática.

L

er, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas,

gráficos,

expressões,...).

T

ranscrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para

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206

linguagem simbólica (equações, gráficos, diagramas, fórmulas,

tabelas...)

e vice-versa.

E

xprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como na

linguagem matemática, usando a terminologia correta.

P

roduzir textos matemáticos adequados.

U

tilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos

de

produção e de comunicação.

I

dentificar o problema (compreender enunciados, formular

questões,...).

P

rocurar, selecionar e interpretar informações relativas ao problema.

F

ormular hipóteses e prever resultados.

S

elecionar estratégias de resolução de problemas.

I

nterpretar e criticar resultados dentro do contexto da situação.

D

istinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos.

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207

F

azer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a modelos,

esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades.

D

iscutir ideias e produzir argumentos convincentes.

D

esenvolver a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e

intervenção no real.

A

plicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em

especial em outras áreas do conhecimento.

R

elacionar etapas da história da matemática com a evolução da

humanidade.

U

tilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números e álgebra;

Grandezas e medidas,;

Geometrias;

Funções;

Tratamento da Informação.

1ª SÉRIE:

Números Reais;

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208

Função;

Conjuntos numéricos

Intervalos

Relações

Construção, análise e interpretação de gráficos, tabelas e fórmulas,

utilizando conteúdos da história ou cultura afro- brasileira;

Domínio, contradomínio e imagem;

Domínio de uma função;

Gráfico de uma função;

Análise de gráficos;

Função injetiva, sobrejetiva e bijetiva;

Função composta;

Função inversa ;

Função do 1º grau;

Função constante;

Função Quadrática;

Função Modular;

Equação e função exponencial;

Logarítmicos;

Função logarítmico;

2ª SÉRIE:

Progressões PA e PG;

Matrizes;

Determinantes;

Sistemas lineares;

Trigonometria;

Funções Trigonométricas;

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Polinômios;

Estudo das Probabilidades;

Estatística;

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209

Matemática Financeira;

3ª SÉRIE:

Geometria Plana;

Medidas de Área;

Medida de Grandezas Ve3º ANOtoriais;

Medidas de Informática;

Medidas de Energia;

Geometria Espacial;

Medidas de Volume;

Geometria Analítica;

Geometria Não-euclidianas;

Números Complexos;

Equações e Inequações, Exponenciais, Logarítmicas e Modulares;

AVALIAÇÃO

Ao longo do desenvolvimento do planejamento serão feitos múltiplos registros

com a função de diagnosticar as conquistas e os tempos de cada aluno, acompanhando a

caminhada da aprendizagem, orientando e intervindo nos rumos do ensino, possibilitando

aprendizagem, envolvimento e progresso de todos.

A avaliação deve ser contínua, não ser apenas de caráter de finalização de etapas,

e sim parte integrante do processo de ensino. Deve ocorrer em vários momentos, e

também utilizar diversos instrumentos com o objetivo de observar com maior clareza o

potencial dos alunos e auxiliá-los a serem autônomos e responsáveis por sua

aprendizagem.

A média bimestral será a somatória das avaliações, sendo que a recuperação será

paralela de conteúdos.

CRITÉRIOS

Observar se os alunos compreendem os conceitos dos conteúdos através de

atividades, situações problemas e tabelas;

Verificar como os alunos expressam oralmente os conceitos dos conteúdos

trabalhados;

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210

Observar se os alunos fazem a leitura e interpretação dos conteúdos

representados por meio de situações problemas, tabelas ou leis

matemáticas;

Verificar se os alunos expressam por escrito a sistematização e síntese dos

conhecimentos sobre os conteúdos;

Observar se os alunos explicam fenômenos de diferentes naturezas,

utilizando os conceitos estudados;

Diante de problemas da realidade, analisar as possíveis intervenções, com

base no conhecimento estudados.

Instrumentos Avaliativos:

Seminários, palestras e debates sobre a história da Matemática.

Atividade individual ou em grupo envolvendo a aplicação dos conhecimentos

matemáticos em outras áreas do conhecimento.

E ainda, a avaliação deve incluir testes escritos individuais e em duplas,

atividades em sala e para casa, provas, trabalhos escritos, pesquisas,

debates, apresentações e auto-avaliação.

REFERÊNCIAS

ANDRINI, A; Vasconcellos, M.I. Praticando Matemática. Editora do Brasil, 2002.

BARRETO, F.B; Silva, C.X. Matemática aula por aula. FTD,2000.

DIRETRIZES CURRICULARES de. Matemática para o Ensino Fundamental e Médio, 2006. SEED.

LONGEN, Adilson. Matemática Coleção Nova Didática. Positivo, 2004. MARCONDES, C.A ; Gentil,N; Greco, S.E. Matemática. Atica,2003.

YOUSSEF, ANTONIO NICOLAU. Matemática volume único para o ensino médio – São Paulo: Scipione, 2004

PCN + Ensino Médio. Ciências da Natureza e suas tecnologias. Secretaria e Educação Média e Tecnológica - Brasília; Mec; SEM TEC, 2002.

SMOLE, K.S; DINIZ, M.I– Matemática Ensino Médio. volume dois – São Paulo: Saraiva, 2005.

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211

DANTE, L. R. - Matemática volume único para o ensino médio – São Paulo; Àtica, 2008.

XAVIER & BARRETO, Matemática Aula por Aula. volume 2ª série - São Paulo: FTD, 2005.

GIOVANNI & BONJORNO, Matemática Completa. volume 2ª série - São Paulo: FTD,

2005.

8.7 QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento químico está inserido na vida humana, interligado com os demais

campos do conhecimento daí a importância da presença da química na escola formal e,

especialmente, no ensino médio que completa a educação básica.

Habilidades mais complexas que podem ser atingidas através do ensino das ciências. O

entendimento das implicações sociais, ambientais, políticas e econômicas do

conhecimento químico envolve também aspectos afetivos em relação a aprendizagem.

A consciência de que o conhecimento científico é assim dinâmico, mutável, ajudará

o educando e ao professor ter uma necessária visão crítica da ciência. Conhecer química

significa, compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico e assim

poder julgar mais fundamentadamente, as transformações advindas da mídia e da escola.

A ciência é uma atividade profundamente humana, portanto construída e

reconstruída constantemente. Como atividade humana, sofre interações com outros

campos de atividades humanas (religiosos, psicológicos, sociológicos, econômicos e

políticos). Nessa ação coletiva, o professor deve atuar como mediador.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propõe-se que os conteúdos de Química sejam tratados em dois momentos.

No primeiro momento, utilizando-se da vivência dos alunos e dos fatos do dia-a-dia. No

segundo momento, em busca de explicações para os fatos estudados, passa-se a

interpretá-los segundo as necessidades e capacidades de entendimentos dos alunos.

Os estudantes de nível médio devem ser capacitados a fazer uma leitura crítica

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212

dos acontecimentos ligados à ciência. Combatendo-se o mito de que a ciência é feita por

gênios abnegados, que buscam o conhecimentos desligados das preocupações materiais.

É preciso saber perceber e julgar os interesses econômicos e políticos envolvidos e o

impacto da ciência na sociedade.

A teoria deve sempre combinar com a prática (laboratório).

O aluno do ensino médio deve ter e desenvolver o conhecimento, seleção,

compreensão, tradução, descrição de códigos, textos, análises, problemas, linguagens,

símbolos, variáveis, fatos, fenômenos, conceitos próprios da Química moderna e atual,

sempre com uma visão crítica e analítica dos fatos envolvidos.

O aluno deve resolver situações com raciocínio, sem se preocupar com

fórmulas matemáticas que depois de memorizadas não tem valor significativo.

O aprender é muito mais do que o uso de métodos estabelecidos para

comprovação de ideias científicas, consiste em fazer com que o educando leia o mundo

em que vive, com seus próprios olhos e com os olhos da ciência.

OBJETIVOS GERAIS

Diferenciar matéria - elementos químicos – substâncias – mistura e

alotropia;

Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;

Identificar e controlar as variáveis;

Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a

química;

Aplicar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para

resolver problemas qualitativos e quantitativos;

Compreensão dos códigos e símbolos próprios da química;

Reconhecimento do papel da química no sistema produtivo;

Compreensão dos fatos químicos dentro de visão microscópica

(abstração reflexiva).

Selecionar procedimentos experimentais pertinentes a uma situação

problemática;

Desenvolver conexões hipotéticas – lógicas (previsões);

Conhecer e aplicar os conceitos químicos dentro de uma visão

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213

macroscópica (lógico – empírica);

Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas em

química: gráficas tabelas e relações matemáticas;

Compreensão de dados quantitativos: estimativa, medidas, compreensão de

relações proporcionais;

Representação simbólica das transformações químicas e suas

modificações ao longo do tempo.

Reconhecer as tendências e relações a partir de dados experimentais ou

a partir de outros dados (classificação, seriação e correspondência);

Identificar e controlar variáveis;

◦ Identificar fontes de informação e de formas de obter informações relevantes

à química (livro, computador, jornais, manuais);

Apresentar as principais funções destacando as características estruturais

e os fundamentos da nomenclatura oficial;

Apresentar as funções oxigenadas e nitrogenadas através de suas

propriedades;

Reconhecimento da interação do ser humano individual e coletivamente

com o ambiente;

Compreensão das relações entre desenvolvimento científico,

tecnológico e aspectos sócio – político – culturais;Reconhecimento de

limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento

da química e da tecnologia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

Histórico e importância

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214

Noções fundamentais: átomos, moléculas, substâncias e misturas;

Fenômenos físicos e químicos.

Introdução às Leis Ponderais.

Elementos Químicos;

Estudos do átomo;

Classificação periódica;

Propriedades dos elementos;

Ligações químicas;

Substâncias Químicas;

Funções Químicas Inorgânicas.

Conceitos ácido-base (Arrhenius, Bronsted – Lowry e Lewis).

Funções: óxidos, ácidos, bases, sais, nomenclatura e propriedades.

Preparação de óxidos ácidos e básicos

Uso de indicadores

2ª SÉRIE:

Reações e balanceamento

de equações por oxirredução.

Cálculos químicos e grandezas químicas.

Soluções;

Estequiometria: soluções, densidade, molaridade, concentração,

propriedades coligativas;

Termoquímica;

Cinética química;

Equilíbrio químico;

Equilíbrios iônicos e soluções aquosas;

Propriedades coligativas;

Eletroquímica: pilhas elétricas;

Eletroquímica: eletrólise;

Reações nucleares;

3ª SÉRIE:

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215

Eletroquímica

Reações de oxirredução

Potenciais

Eletrólise

Química Orgânica

Reações orgânicas

Reações inorgânicas

AVALIAÇÃO

A avaliação deve compor-se de atividades diversas como: trabalhos

diversificados, testes, aulas práticas de laboratório, visitas a indústrias.

Realização de observação do interesse e atividades dos alunos.

Poderá também ser realizada através de exercícios escritos, atividades

exportivas, pesquisas ou atividades experimental dentro das possibilidades de cada

conteúdo.

As habilidades e competências valores e atitudes que devem ser promovidos

no ensino da química, não se desvinculam dos conteúdos a serem desenvolvidos, ao

contrario são parte integrante desses conteúdos é devem ser concretizados a partir dos

diferentes temas propostos para o estudo da química, em níveis de aprofundamento com

assunto tratado.

Essas habilidades no ensino da química, deverão capacitar os alunos a tomar

suas próprias decisões em situações problemáticas, contribuindo assim para o

desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão.

REFERÊNCIAS

FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. São Paulo: Editora Moderna, 1990.

FONSECA, Martha Reis Marques da. Química integral, 2º grau. São Paulo: Editora FTD, 1993.

8.8 FÍSICA

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216

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objetivo do estudo da Física é o Universo, sua evolução, suas

transformações e as interações que nele ocorrem, por meio dos campos de estudo da

física pode-se abordar o objeto de estudo desta ciência. O primeiro campo cabe à

mecânica e a gravitação elaboradas por Newton nas suas duas grandes obras: Princípia e

Óptica. Os grandes personagens como: Mayer, Carnot, Joule, Clausius e Kelvin e

Helmholtz construíram o campo da termodinâmica e por sua vez o electromagnetismo

elaborado por Maxwell a partir dos trabalhos de Àmpere e Faraday. Estes são os

conceitos fundamentais para a sustentação da teoria. Assim a Física através destes três

campos: movimento, termodinâmica e electromagnetismo chegou ao final do século XIX

com um quadro conceitual de referência construída ao longo de séculos.

A Física está incorporada em nossa cultura no aspecto social e tecnológico de

nossos dias, tornando-se, ao mesmo tempo, instrumento necessário para compreensão

desse mundo em que vivemos e para a atuação naquele em que antevemos, sendo seu

conhecimento indispensável à constituição da cidadania contemporânea.

Espera-se que o ensino de Física contribua para a formação de uma cultura

científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e

processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza

como parte da própria natureza e transformação. Ao mesmo tempo essa cultura deve

incluir também a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicas

ou tecnológicas, que cercam o cotidiano doméstico, social e profissional de todos nós.

É essencial que se explicite o processo de construção do conhecimento físico

como processo histórico produzido em sociedade, objeto de contínua transformação em

sua relação com a vida social, e associado com as outras formas humanas.

De acordo com a proposta da LDB/96 a escola de ensino médio é entendida

como etapa final da educação básica e tem entre as suas finalidades a da preparação

para cidadania e o trabalho, o que também inclui a compreensão dos fenômenos naturais

e dos fundamentos científico – tecnológico dos processos produtivos. O conhecimento

físico deve, portanto, compor o conjunto de saberes da escola média na perspectiva de

potencializar a realização de tais finalidades.

Portanto ao lado de um caráter mais prático, a Física revela também uma

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217

dimensão filosófica, com uma beleza e importância que não devem ser subestimadas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Vivemos um mundo em contínua transformação rápida e profunda, tanto no campo

do saber científico como em todas as demais áreas, de tal forma que as soluções

encontradas hoje podem rapidamente perder atualidade ou coerência com seu tempo.

Assim, é fundamental que sejam propostas formas de atuação dinâmica que impeçam a

cristalização burocrática do conhecimento desenvolvido e partilhando no processo

educativo.

O Ensino da Física deve considerar o mundo distante, através dos objetos e

fenômenos com que efetivamente lidam, ou com problemas e indagações que movem sua

curiosidade. Esse deve ser o ponto de partida e de certa forma, também o ponto de

chegada, pois feitas as investigações, abstrações e generalizações potencializadas pelo

saber da física, em sua dimensão propriamente física, o conhecimento volta-se

novamente para os fenômenos significativos ou objetos tecnológicos de interesse, agora

como o exercício de utilização do novo saber adquirido. Essa é sua dimensão aplicada ou

tecnológica. Essas duas dimensões de certa forma constituem-se em ciclo, dinâmica, na

medida em que novos saberes levam a novas compreensões do mundo e a colocação de

novos problemas.

Não existe ensino-aprendizagem em abstrato mas sempre concretizado, em temas

específicos a serem abordados. O ensino-aprendizagem concretiza-se em ações, objetos,

assuntos, experiências, etc., parte integrante dos conteúdos, podendo ser desenvolvidas

em tópicos diferentes, assumindo formas diferentes em cada casa, tornando-se mais ou

menos adequadas dependendo do contexto em que estão sendo desenvolvidas.

As atividades experimentais, mesmo que simples, devem ser frequentes pois

estimulam a curiosidade e facilitam a compreensão.

A associação da teoria com a prática é de importância relevante, embora algumas

atividades possam exigir diferentes níveis de abstração.

É importante que o aluno conheça um pouco do desenvolvimento da física dentro

da história da humanidade, quais foram os motivos que levaram o homem a tais

descobertas, para que isto sirva-lhe de estímulo para outras descobertas e contribua com

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218

o desenvolvimento da sua formação, da ciência e do homem.

A utilização das tecnologias no ensino de física se faz necessário diante de

aparatos tecnológicos disponíveis na escola, tais como retroprojetores, televisores, dvd e

ainda o uso de apresentações de slides por meio da TV pendrive. Deve-se então planejar

o uso de recursos tecnológicos conforme a necessidade a serviço de uma formação

integral dos sujeitos de modo a permitir o acesso, a interação e também o controle das

tecnologias e seus efeitos para a incorporação à sua ação pedagógica.

OBJETIVOS GERAIS

C

ompreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos.

Utilizar representação simbólica. Comunicar-se com a linguagem

física

adequada;

U

tilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas. Ser

capaz de diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursiva

e

gráfica.

E

xpressar-se corretamente.

C

onhecer fontes de informações e formas de obter informações

relevantes.

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219

A

nalisar notícias científicas e interpretá-las.

C

ompreender manuais de utilização.

A

presentar de forma clara e objetiva o conhecimento apreendido.

E

laborar relatórios estruturados. Elaborar sínteses.

C

onhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas,

quantificar,

identificar parâmetros relevantes.

C

ompreender e utilizar leis e teorias físicas.

D

esenvolver a capacidade de investigação. Classificar, organizar,

sistematizar.

O

bservar, estimar ordem de grandeza, Compreender o conceito de

medir. Fazer hipóteses, testar. Identificar regularidades. Descobrir o

―como funciona‖ os aparelhos.

I

nvestigar situações problemas: Identificar a situação física, utilizar

modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar,

analisar previsões.

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220

C

ompreensão da física presente no mundo vivencial e nos

equipamentos e procedimentos tecnológicos.

A

rticulação do conhecimento físico com conhecimentos de outras

áreas do saber científico.

R

econhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua

história e relações com o contexto cultural, social, político e

econômico;

E

stabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de

expressão da cultura humana;

R

econhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo

a

evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a

evolução

do conhecimento científico;

D

imensionar a capacidade crescente do homem, propiciada pela

tecnologia, em termos de possibilidades de deslocamentos,

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221

velocidades, capacidades para armazenar informações , produzir

energia, etc., assim como o impacto da ação humana, fruto dos

avanços

tecnológicos, sobre o meio em transformação.

S

er capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais

que

envolvam aspectos físicos e ou tecnológicos relevantes ( uso

de

energia, impactos ambientais, uso de tecnologias específicas,

etc.)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Movimento

Termodinâmica

Electromagnetismo

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1ª SÉRIE:

Estudos dos movimentos.

Movimento retilíneo.

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Movimento curvilíneo.

Leis de Newton.

Equilíbrio.

Força e Aceleração.

Trabalho e Energia.

Impulso e quantidade de movimento.

Gravitação Universal.

Hidrostática.

2ª SÉRIE:

Temperatura e Dilatação Térmica.

Estudo dos gases.

Calor e 1ª lei da Termodinâmica.

Máquinas térmicas e a 2ª lei da Termodinâmica.

Óptica e ondas.

Reflexão da Luz

Refração da Luz

Movimento ondulatório.

Natureza da luz

3ª SÉRIE:

Eletrostática

Campo Elétrico

Trabalho e Potencial Elétrico

Capacidade de um condutor

Capacitadores

Corrente Elétrica

Estudo dos Resistores

Associação de Resistores

Medidores Elétricos

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223

Gravadores e Receptores

Circuitos Elétricos

Fenômenos Magnéticos

Fenômenos Eletromagnéticos

Física Moderna

AVALIAÇÃO

A avaliação terá em vista o ensino-aprendizagem, tendo como pressuposto a

capacidade dos alunos de desenvolvê-los ao longo das experiências ligados a situações

concretas da vida do aluno, em forma de exercícios em sala de aula, pesquisas em

jornais e revistas sobre artigos de divulgação científica ou outras formas de avaliações.

O estudo da física é indispensável nos dias de hoje, onde a pesquisa e

conhecimento sobre a Física são uma porta para qualquer área. O estudo parte de um

ponto aonde a informação chega as pessoas com muito mais quantidade (detalhes) e

facilidade a cada momento que passa. Essa facilidade deixa uma grande variedade de

material para se trabalhar, porque é com curiosidades e descobertas que o aluno se

interessa e dedica um pouco mais do seu tempo para entendê-la cada vez mais.

Em sala de aula a Física pode ser trabalhada em sua parte teórica, onde

podemos comparar assuntos e mostrar que uma informação parte de uma outra e isso se

torna um ciclo, e por isso dizemos que a Física é uma matéria dedutiva, mostrando ao

aluno que é mais uma questão de pensar do que decorar podendo ser avaliada também

de forma interdisciplinar.

Já a parte prática pode ser trabalhada e avaliadas tanto com experiências em

um laboratório quanto em exercícios que sejam ligados a realidade, mostrando que os

processos físicos em nosso cotidiano são bem mais frequentes do que imaginamos.

Essas informações obtidas pelo aluno podem contribuir para o desenvolvimento de seu

raciocínio.

A contextualização de conteúdos com problemas diário também deve ser

desenvolvida, fazendo o aluno exercitar sobre problemas relacionados a nossa realidade,

estes têm que possuir uma variedade em questões de nível de dificuldade quanto de

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224

informações, para ajudar a formação pessoal do aluno.

REFERÊNCIAS

BONJORNO, Regina F. S. A., et. al. Física. São Paulo: Editora FTD, 1985.

PARANÁ, Djalma Nunes. Física. São Paulo: Editora Ática, 1993.

8.9 BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Biologia estuda o fenômeno vida em sua diversidade de manifestações. Esse

fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no

nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismo no seu meio. Um sistema

vivo é sempre fruto da interação entre os seus elementos constituintes e da interação

entre esse mesmo sistema e demais comportamentos de seu meio. As diferentes formas

de vida estão sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo ao

mesmo tempo propiciadoras de transformações no ambiente.

O ensino de Biologia permite a compreensão da natureza e dos limites dos

diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a compreensão de

que a ciência não tem respostas definitivas para tudo sendo uma de suas características

a possibilidade de ser questionada e de se transformar.

A presença de elementos da história e da filosofia da Biologia torna possível

aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relação entre a produção

científica e o contexto social econômico e político.

O estudo da Biologia permite o acompanhamento do intenso progresso da

ciência e da tecnologia, torna-se mais presente no nosso cotidiano. Faz-se necessário

trata o ensino da Biologia de forma contextualizada, observando questões relativas a

valorização da vida, ética nas relação entre os seres vivos, seu meio e o planeta, sua

relação com a qualidade de vida que são fatores que marcam o nosso século. Outra

questão que deve ser levado em consideração e o desenvolvimento de posturas e valores

pertinentes as relações entre os seres humanos sabendo posicionar-se, intervir e

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225

ponderar o uso de cada produção humana, contribuindo na formação de cidadãos

capazes de pensar seu mundo e com ele interagir.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É fundamental que o professor desenvolva o Ensino de Biologia competências

que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las

quando for o caso, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso

dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da Tecnologia. É de fundamental importância

termos claro que o desenvolvimento de tais competências se inicia na escola

fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um desses níveis de escolaridade têm

características próprias configura momentos particulares de vida, de desenvolvimento dos

estudantes, mas guarda em comum o fato de terem pessoas desenvolvendo capacidades,

potencialidades que lhes permitam o exercício pleno da cidadania nesses mesmos

momentos.

O professor de Biologia deve promover a compreensão da ciência como

processo de produção de conhecimento, como atividade humana, histórica, associada a

aspectos de ordem social, econômica, política e cultural. Identificando relações entre

conhecimentos científico, produção de tecnologia e condições de vida, compreendendo a

tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, mas sabendo elaborar juízos

sobre riscos e benefícios das práticas tecnológicas.

Levando também a compreensão que a degradação ambiental acarreta

agravos à saúde humana. Estudando ainda os significados dos conceitos científicos tais

como: energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico,

hereditariedade e vida.

OBJETIVOS GERAIS

Explicitação adequada dos conhecimentos prévios ou sistematizados;

Descrição de processos, características do ambiente, de seres vivos em

microscópio ou a olho nu;

Representação dos modelos teóricos através de esquemas gráficos

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226

tabelas e maquetes;

Leitura e entendimento de textos de várias modalidades e de escrita

( jornalístico, científico etc);

Utilização adequada das fontes de informação;

Percepção dos códigos intrínsecos do ensino de biologia;

Utilização de metodologias científicas na resolução de problemas -

dados, hipóteses, previsões, experimentação;

Identificação das necessidades de experimento controle;

Compreensão da importância do tratamento estatístico no levantamento e

análise de dados coletados;

Relação entre as diversas disciplinas no entendimento de fatos ou

processos biológicos (lógica – externa);

Compreensão das relações existentes entre os diversos conteúdos

conceituais de biologia (lógica interna);

Compreensão da parte e do todo de um fato ou processo biológico;

Aplicação de conhecimentos anteriores em novas situações de

aprendizado (existencial ou escolar);

Identificação de semelhanças e diferenças entre temas conceituais;

Comparação entre fatos ou processos biológicos;

Identificação da biologia como um fazer humano, e portanto, histórico e

fruto da conjugação de fatores sociais, políticos , econômicos, culturais,

religiosos e tecnológicos;

Compreensão da biologia como ciência em processo de construção;

Identificação da interferência de aspectos místicos e míticos na

construção dos conhecimentos prévios;

Compreensão da relação do indivíduo como agente e paciente do meio em

que vive;

Julgamento das atitudes mais adequadas no sentido de preservar e

implementar a saúde individual, coletiva e do ambiente;

Identificação da dualidade existente entre desenvolvimento tecnológico e

preservação, à luz das concepções a respeito do desenvolvimento

sustentado.

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227

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

Manipulação genética

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

Introdução à Biologia

Conceito de Biologia ;

Características gerais dos seres vivos: composição química,

reprodução,respiração, etc.

Método científico

Origem dos seres vivos:.

Hipóteses sobre a Origem da Vida;

Ecologia:

Introdução à Ecologia: conceitos básicos;

Fluxo de energia num ecossistema;

Relações ecológicas.

Ciclos biogeoquímicos;

Desequilíbrios ambientais.

Citologia:

Histórico da Citologia e Microscopia;

Diferenças entre células procariótica e eucariótica;

Envoltórios celulares: composição química, transporte de nutrientes.

Organelas celulares: constituição e funções que desempenham na

célula.

Núcleo celular:

Estruturas do núcleo e suas respectivas funções;

Divisões celulares.

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228

Reprodução humana;

Orientação sexual: métodos contraceptivos, DST/HIV.

Embriologia.

Histologia animal

2ª SÉRIE:

Sistemática;

Nomenclatura.

Classificação dos seres vivos:

Vírus

Reino monera

Reino Protoctista:

Algas:

Protozoários:

Reino Fungi:

Reino Plantae

Reino Animmalia: Invertebrados

Poríferos.

Cnidários:

Platelmintos:

Nematelmintos:

Moluscos :

Anelídeos:

Artrópodes:

Equinodermos:

Reino Animmalia: Invertebrados Poríferos.

Cnidários:

Platelmintos:

Nematelmintos:

Moluscos :

Anelídeos:

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229

Artrópodes:

Equinodermos:

Reino Animmalia: Invertebrados

Poríferos.

Cnidários:

Platelmintos:

Nematelmintos:

Moluscos :

Anelídeos:

Artrópodes:

Equinodermos:

Reino Animmalia: Os Vertebrados

Peixes:

Anfíbios:

Répteis:

Aves:

Mamíferos

3ª SÉRIE:

Citogenética:

Núcleo celular:DNA, RNA, cromossomos :conceitos básicos;

Divisão celular.

Genética:

Introdução: termos usados em Genética;

Histórico da Genética;

Genética no cotidiano.

Leis de Mendel:

1º Lei de Mendel;

2ª Lei de Mendel;

Herança ligada ao sexo;

Herança de grupos sanguíneos na espécie humana;

Biotecnologia;

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230

Evolução e especiação.

Anatomia e Fisiologia humana:

Sistemas de coordenação: nervoso e endócrino.

Sistemas de nutrição: cardiovascular, respiratório e digestório.

Sistema excretor.

Sistemas de relacionamento: esquelético, muscular e órgãos dos sentidos.

Sistema reprodutivo.

AVALIAÇÃO

Na avaliação de Biologia os conteúdos são concebidos não apenas como

conceitos, leis, teorias relacionadas à Biologia e Tecnologia, mas também como

procedimentos, atitudes e valores. O conhecimento conceitual não se separa do modo

como ele é obtido e as informações não são elementos autônomos das atitudes e dos

valores no processo de aprendizagem. Assim como conceitos, procedimentos são

construídos pelos alunos em interação com o professor, através do processo de ensino-

aprendizagem. A dimensão das atitudes relaciona-se ao desenvolvimento de posturas e

valores na relação entre o ser humano, o conhecimento, o ambiente, envolvendo muitos

aspectos da vida social, como a cultura e o sistema produtivo. No planejamento e no

desenvolvimento da Biologia na sala de aula, cada uma das dimensões dos conteúdos

deve ser explicitamente tratada.

O Ensino de Biologia no nível médio de escolaridades deve promover e

desenvolver hábitos, técnicas, algoritmos, habilidades, estratégias, métodos e rotinas.

Deve trabalhar procedimentos, ou seja, explicitar a capacidade de saber atuar de maneira

eficaz.

Muitos procedimentos importantes para a vida são construídos fora da escola,

na vida cotidiana, de forma espontânea. Na escola precisamos fazer uma seleção

daqueles que consideramos mais significativos para facilitar o aprendizado dos alunos. A

aprendizagem de procedimentos valoriza o saber fazer e articula a teoria com a prática, o

conhecimento e sua aplicação, não os colocando em oposição, mas explicitando a sua

importância para que as aprendizagens sejam completas. Cada procedimento deve se

vincular com outros procedimentos já conhecidos, de forma que sua aprendizagem

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231

suponha uma revisão e ampliação dos anteriores, e deve ser construído

progressivamente, se aperfeiçoando à cada vez que é executado.

REFERÊNCIAS

FONSECA, Albino . Biologia. São Paulo: Editora Ática, 1991.

MARCONDES, Ayrton César; LAMMOGLIA, Domingos Ângelo. Biologia: Ciências da Vida. São Paulo: Editora Atual, 1994.

SOARES, José Luiz. Biologia. São Paulo: Editora Scipione, S. d.

8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

São muitas as transformações sociais que, muito rapidamente vão interferindo

no panorama mundial: o homem se mobiliza com facilidade, o ir e o vir tomam dimensões

cada vez mais amplas e as fronteiras tendem a desaparecer, intensificam-se as

necessidades de comunicações com outros povos e outras culturas. Neste contexto a

Língua Estrangeira Moderna facilitará ao aluno sua participação nas novas relações

comunicativas que se estabelecem. Daí a importância de um trabalho norteado pela

abordagem comunicativa, que focaliza as relações entre locutor e interlocutores, onde o

aluno é sujeito do processo de aprendizagem, possibilitando avançar as práticas

discursivas.

Sendo a língua um veículo que permeia todas as atividades do ser humano,

tanto as relações sociais como as pessoais, o ensino da Língua Estrangeira Moderna não

tem por objetivo principal a interação das várias disciplinas, mas adquire relevância a

partir do momento em que ela funciona como um dos elementos de interação. Além disso,

a Língua Estrangeira Moderna possibilita ao aluno tomar consciência, contrastivamente,

do funcionamento de sua língua materna.

A Língua Estrangeira Moderna contribuirá para formar um cidadão consciente,

crítico e agente transformador de sua realidade. Propõe-se um ensino que concentre seus

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232

objetivos, atenção e atividades na dimensão sócio-cultural da comunicação; um ensino

que organize as experiências de aprender, em termos de atividades de interação e real

interesse do aluno, para que ele se capacite a utilizar a língua-alvo para realizar ações

autênticas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Entende-se por postura metodológica, a maneira pela qual o professor conduz

seu trabalho em sala de aula.

Essa postura decorre, necessariamente, de uma determinada visão de mundo

mais ampla. A metodologia adotada se define dentro desses limites, podendo superar-se

constantemente.

Esta proposta pedagógica não prioriza o ensino da gramática, nem treinamento

das habilidades linguísticas, ou conteúdos estanques, mas por uma abordagem

comunicativa e discursiva, mais crítica e mais integradora do ensino de línguas

estrangeiras.

Pretende-se que o aluno não apenas manipule estruturas e tenha domínio

formal da língua (competência linguística), mas que faça uso apropriado e significativo da

linguagem em seus vários contextos, interagindo com outros alunos.

OBJETIVOS GERAIS

Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas, como instrumento de

acesso a informações e a outras culturas ou grupos sociais;

Comunicar-se, utilizando-se das funções básicas da linguagem moderna

(uso formal e informal);

Ler, escrever e compreender os diversos tipos de textos;

Dar opiniões sobre diferentes situações no presente, passado e futuro;

Descrever experiências diversas e expressar opiniões e expectativas;

Comparar e perguntar em diferentes situações, dando informações,

localizando-se no tempo e no espaço;

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233

Dominar as línguas estrangeiras modernas favorecendo a interação e a

compreensão de outra cultura possibilitando o despertar da criticidade

do aluno, não apenas a adaptação aos conceitos e ideias colocadas por

outras culturas, mas sim contrapor-se a alguns desses discursos,

desenvolvendo postura crítica.

Concepção da linguagem como uma multidão de vozes que revelam

histórias, grupos sociais, práticas coletivas, visões de mundo,

experiências pessoais diferentes.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso enquanto prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

Noções Gramaticais contextualizadas

Presente do verbo ser, ter e estar;

Pronomes possessivos, demonstrativos e pessoais;

Numerais;

Gênero do substantivo;

Artigos;

Presente simples dos verbos;

Advérbios ;

Pronomes interrogativos;

Preposições;

Graus do adjetivo;

Formas do presente e condicional.

2ª SÉRIE:

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234

Noções Gramaticais contextualizadas

Pronomes interrogativos;

Advérbios;

Adjetivos;

Noções de tempo presente e passado;

Verbos no presente com sentido de futuro;

Imperativo;

Formas do presente, do condicional, do futuro;

Formas do passado dos verbos ;

Formas do gerúndio;

Formas do presente e passado;

Condicional como forma de polidez;

Formas do presente condicional;

Tempos do subjuntivo.

3ª SÉRIE:

Noções Gramaticais Contextualizadas

Períodos compostos;

Frases afirmativas, negativas e interrogativas;

Graus de comparação;

Advérbios;

Verbos no presente;

Orações interrogativas, afirmativas e negativas;

Graus do adjetivo;

Imperativo;

Discurso direto e indireto;

Voz passiva;

Orações subordinadas;

Condicional ;

Futuro;

Pronomes relativos.

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235

AVALIAÇÃO

De acordo com a concepção histórico crítica a avaliação torna-se parte

imprescindível da própria construção do saber, enquanto instrumento que possibilita

diagnosticá-lo em sua dimensão teórico-prática. A avaliação é parte do processo

pedagógico, portanto, deve ser contínua, permanente e cumulativa, pelo fato de tal

processo ser uma relação da qual professor e aluno participam. Ambos precisam ser

avaliados e se auto avaliarem, uma vez que a elaboração do conhecimento é mediada

pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas em sala de aula, ou fora dela,

individualmente ou em grupo.

Portanto, se considerarmos que são essas as competências a serem

alcançadas ao longo dos três anos de curso, não mais poderemos pensar, apenas, no

desenvolvimento da competência gramatical: torna-se imprescindível entender esse

componente como um entre os vários a serem dominados pelos estudantes. Afinal, para

poder comunicar-se numa língua qualquer não basta, unicamente, ser capaz de

compreender e de produzir enunciados gramaticalmente corretos. É preciso, também,

conhecer e empregar as formas de combinar esses enunciados num contexto específico

de maneira a que se produza a comunicação.

É preciso pensar-se o ensino e a avaliação da aprendizagem das línguas

estrangeiras modernas no ensino médio em termos de competências abrangentes e não

estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por

excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura,

suas tradições, seus conhecimentos. A visão de mundo de cada povo altera-se em função

de vários fatores e, consequentemente, a língua também sofre alterações para poder

expressar as novas formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância

conceber-se o ensino de um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real pois,

dessa forma, os diferentes elementos que a compõem estarão presentes, dando

amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo tempo em que os esteriótipos e os

preconceitos deixarão de ter lugar e, portanto, de figurar nas aulas.

Entender-se a comunicação como uma ferramenta imprescindível no mundo

moderno, com vistas à formação profissional, acadêmica ou pessoal, deve ser a grande

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236

meta do ensino de línguas estrangeiras modernas no ensino médio.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED/DEM, 2006.

8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A posição que a língua Espanhola ocupa no mundo de hoje é de tal

importância que quem decidir ignorá-la não poderá fazê-lo sem correr o risco

de perder muitas oportunidades de cunho comercial, econômico, cultural,

acadêmico ou pessoal.

No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas

Estrangeiras Modernas (doravante LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica (doravante DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam que “as

propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às

expectativas e demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas

gerações” (DCE, 2008 p. 38).

Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo modificações

significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos estudos

linguísticos no que diz respeito à aquisição de língua estrangeira (LE)”

(WOGINSKI, 2005, s/p).

A Resolução n 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,a importância

que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser

humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras

culturas (SUED/SEED, 2008).

O espanhol é de suma relevância para a comunidade mundial da

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237

atualidade, não somente pelo fato de ser a língua mãe de mais de 332 milhões

de pessoas, pois é considerada a segunda língua mais usada no comércio

internacional, e a terceira língua internacional de política, diplomacia,

economia e cultura, depois do inglês e do francês. Realmente este é um idioma

muito popular com aproximadamente 100 milhões de pessoas falando

espanhol como segunda língua, sendo que nos Estados Unidos e Canadá, esta

é a língua estrangeira mais popular e, portanto, a mais ensinadas nas

universidades e nas escolas primárias e secundárias. Assim, devemos estar

atentos, visto que o EUA é o maior mercado econômico do mundo, com

aproximadamente 13% da população falando espanhol como primeira língua.

Esse grande número de falantes, representa um gigantesco mercado de

consumidores, com um poder aquisitivo de mais 220 bilhões de dólares, de

forma que para (BARROS, 1999), não há como mudarmos essa realidade, mas

sim buscarmos nos inteirar a estes contextos para que também possamos

fazer parte desse mundo globalizado, visto que, este é um pré-requisito crucial

no desenvolvimento humano. O ensino de LEM, se justifica com prioridade,

pelo objetivo de desenvolver a competência comunicativa (linguística, textual,

discursiva e sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser entendido

como a progressiva capacidade de realizar a adequação do ato verbal às

situações de comunicação. Nessa perspectiva, a Proposta Curricular de Língua

Espanhola, dessa instituição, busca obedecer às necessidades político-culturais

que favorecem o ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira Moderna,

como forma ampliadora do universo cultural dos educandos. É também, um

meio de aprender a respeitar as diferenças individuais e coletivas mediante o

conhecimento de outras culturas e crenças.

A partir deste ponto de vista, o ensino de uma Língua

Estrangeira Moderna é bem mais que o oferecimento de um simples

instrumento de interação social, mas uma das portas que permitirá ao aluno

modificar seu ambiente perante a sociedade e desempenhar-se efetivamente

como cidadão, reafirmando, assim, sua identidade sócio-cultural.

Em suma, essa proposta de ensino, almeja com as aulas de

espanhol não só um mero exercício intelectual com memorização de um

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238

repertório de vocábulos ou de um conjunto de estruturas linguísticas e, sim,

uma experiência de vida que amplie as possibilidades de interação discursiva

no mundo e com o mundo..

O objetivo principal no ensino da Língua Espanhola é que os

alunos alcancem a competência comunicativa: linguística, textual, discursiva e

sócio-cultural, propiciando assim, seu avanço como ser social.

Se a comunicação sempre ocorre por meio de textos, pode-se dizer que o

objetivo do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de

produzir e compreender textos nas mais diversas situações de comunicação.

Contudo,um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que

os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão

aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem

ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.

Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa

e complexa através do comprometimento mútuo (DCE, 2008,p. 57)

Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e expressão

oral tem no ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a

possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da

gramática e dos elementos culturais.

Também explorar-se-á a habilidade de compreensão leitora visando a

interpretação, a compreensão, a leitura e a produção (oral, escrita e visual) de

diferentes gêneros textuais.

O ensino das línguas estrangeiras modernas só começou ser valorizado

após a chegada da família real portuguesa ao Brasil. As primeiras línguas

implantadas foram o francês, como principal língua, o inglês e,

gradativamente, foram adotados o alemão e o italiano. Com o decorrer do

tempo e devido a uma série de fatores que marcaram a história da Europa o

Brasil recebeu um grande número de imigrantes europeus que vieram em

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239

busca de uma vida melhor. Foram formadas várias colônias de imigrantes por

toda a extensão brasileira para tentar cultivar e preservar sua cultura;

organizavam-se para construir e manter escolas para seus filhos e tratavam a

língua portuguesa como língua estrangeira e a língua do país de origem com

língua mãe.

A língua espanhola só foi introduzida nas escolas na década de 1940 com

o objetivo de oportunizar ao educando o conhecimento desta civilização

estrangeira que era tida, pelo governo, como um modelo de patriotismo a ser

seguido, pois os espanhóis respeitavam e valorizavam suas culturas e histórias.

Assim o espanhol começou a substituir o alemão, o japonês e o italiano, mas

sem ocupar o espaço já conquistado pela língua inglesa devido a sua

importância em transações comerciais e pelo francês pela sua tradição

curricular no ensino médio.

Após a segunda guerra mundial a língua inglesa ganhou mais espaço no

currículo devido à necessidade que todos tinham de aprendê- la.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 4.024,

em 1961, o ensino de línguas estrangeiras passa a ser facultativo, voltando a

ser obrigatório somente em 1976, mas apenas no 2° grau sendo recomendado

ao 1° grau desde que favorável às condições da escola.

Outro ponto importante no ensino das línguas foi à implantação de uma única

língua no currículo das escolas, fator pelo qual foi criado no estado do Paraná o

Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM em 15 de agosto de 1986,

que consiste em aulas ministradas no contra- turno, de forma a garantir o

aprendizado de línguas.

A língua espanhola só conseguiu garantir espaço dentro do currículo com a Lei

11.161, de 5 de agosto de 2005, a qual decreta obrigatoriedade de sua oferta

nos estabelecimentos de Ensino Médio.

A criação desta lei ocorreu devido ao MERCOSUL e interesses comerciais

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brasileiros com países de língua espanhola. Devido às exigências cada vez

maiores no mercado de trabalho já não basta ter um conhecimento básico e

falar portunhol para ser compreendido, mas exige-se um conhecimento mais

formal para que não sejam cometidos erros desagradáveis em determinadas

situações.

O fato do espanhol e o português serem línguas muito próximas torna-se fácil

compreendê-la, mas também fácil de cometer erros tanto de fala, escrita, ou

sentido. O estudo da língua espanhola não constitui apenas no ensino da

gramática, mas também no desenvolvimento das habilidades básicas:

oralidade, leitura, escrita.

CONTEÚDOS

1º ANO

Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

Oralidade:

aspectos relevantes do texto oral;

intencionalidade dos textos;

adequação da linguagem oral em situações de comunicação conforme as

instâncias de uso da linguagem;

diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e informal;

variedades linguísticas.

A oralidade será trabalhada especificamente através de leitura, assunto do

texto, estética, Vozes, Polissemia, pronuncia, coesão, Ideologia Textual, Escrita,

Variantes linguísticas, Produção textual, Por quem foi feito, Para que, Publico

Alvo, Intencionalidade, Contexto Sócio e Cultural, Elementos Linguísticos,

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241

morfologia, sintaxe, estrutura fonética, dramatização de diálogos.

Leitura:

compreensão do texto de maneira global e não fragmentado contato com

diversos gêneros textuais;

entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos

linguísticos/gramaticais do texto;

importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;

provocar leitura;

a abordagem histórica em relação aos textos literários.

A Leitura será trabalhada na forma de textos informativos, publicitários,

literários; diálogo, anúncios, reportagem, histórias em quadrinhos, música,

cinema, instrução de Jogos, manual de instruções, charges, bilhetes, Cartas,

Receitas, e-mail, Cartão Postal, torpedos, folders e outdoor. Contextualização,

identificação do tema, interpretação, utilização de gráficos.

Escrita:

trabalhar com o texto visando provocar reflexão, transformação;

adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

exposição de ideias e utilizar recursos coesivos;

discussão e reestruturação do tema e reescrita textual.

produção textual (diálogo, reportagem, anúncio, história em quadrinhos,

bilhetes, cartas, receitas, gênero etc), coesão, estética, escrita, assunto

do texto, sintaxe, intencionalidade, morfologia e estrutura fonética.

adequação ao gênero clareza das ideias.

Análise Linguística:

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242

coesão e coerência;

- Apresentações, cumprimentos e despedidas.

- O alfabeto.

- Verbos SER e ESTAR no presente do indicativo.

-Os dias da semana.

-O uso da letra B.

- Os artigos.

-Contrações.

-Verbo TER no presente do indicativo.

-Os meses do ano.

-Os dias do Mês.

-As quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

-O uso da letra C.

-Verbos regulares terminados em AR no presente do indicativo.

-Verbos irregulares terminados em AR no presente do indicativo.

-O uso da letra D no final da palavra.

-Os adjetivos possessivos.

-Os adjetivos qualificativos.

-Verbos regulares terminados em ER no presente do indicativo.

-Verbos irregulares terminados em ER no presente do indicativo.

-As cores.

-O uso da letra H.

-Os números cardinais.

-O uso de “muito”

- O uso de advérbio.

-As letra G,Y e J

-Verbos regulares terminados em IR no presente do indicativo.

-Verbos irregulares terminados em IR no presente do indicativo.

-Os verbos reflexivos.

função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras

interrogativas, substantivos, preposições;

verbos, concordância verbal, nominal e outras categorias do texto;

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243

pontuação e seus efeitos;

vocabulário.

Será trabalhada em estudos dos conhecimentos a partir do gênero selecionado

para a leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades

apresentadas pela turma, e leitura de textos diversos que permita ampliar o

domínio da língua.

2º ANO

Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

Oralidade

aspectos relevantes do texto oral

intencionalidade do texto

adequação da linguagem oral em situações de comunicação conforme as

instâncias de uso da linguagem

diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e informal, variedades linguísticas

exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

A oralidade será trabalhada através de leitura do assunto do texto, estética,

Vozes, Polissemia, pronuncia, Coesão, Ideologia Textual, Escrita, Variantes

linguísticas, Produção textual, Por quem foi feito, Para que, Publico Alvo,

Intencionalidade, Contexto Sócio e Cultural, Elementos Linguísticos, morfologia,

sintaxe, estrutura Fonética, dramatização de diálogos, análise dos recursos

próprios da oralidade, seleção de discursos, entrevistas, cenas de desenhos e

reportagem.

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244

Leitura:

compreensão do texto de maneira global e não fragmentada

contato com diversos gêneros textuais

entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos linguísticos

/gramaticais do texto

importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso

provocar leitura

abordagem histórica em relação aos textos literários

identificação do tema e do argumento principal

interpretação observando conteúdo veiculado à fonte, intencionalidade e

intertextualidade.

A Leitura será trabalhada na forma de textos informativos, publicitários,

literários; diálogo, anúncios, reportagem, histórias em quadrinhos, música,

cinema, instrução de Jogos, manual de instruções, charges, bilhetes, Cartas,

Receitas, e-mail, Cartão Postal, torpedos, folders e outdoor. Contextualização,

identificação do tema, interpretação, utilização de gráficos, análise de textos o

grau e complexidade dos mesmos, leitura de outros para comparação.

Escrita:

produção textual (diálogo, reportagem, anúncio, história em quadrinhos,

bilhetes, cartas, receitas, gênero etc)

coesão, estética, escrita

assunto do texto, sintaxe, intencionalidade, morfologia e estrutura

fonética

adequação ao gênero, elementos formais e marcadores linguísticos,

clareza das ideias.

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245

A escrita será trabalhada com o texto visando provocar reflexão, discussão

sobre o tema a ser produzido, adequar o conhecimento adquirido à norma

padrão, exposição de ideias e utilizar recursos coesivos, discussão e

reestruturação do tema, reescrita, revisão textual.

Análise Linguística

coesão e coerência

função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras

interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, preposições

verbos, concordância verbal, nominal e outras categorias do texto

pontuação e seus efeitos

vocabulário

acentuação.

Será trabalhada em estudos dos conhecimentos a partir do gênero selecionado

para a leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades

apresentadas pela turma, e leitura de textos diversos que permita ampliar o

domínio da língua.

METODOLOGIA

A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol,

está pautada na seguinte afirmação de que, o trabalho com a Língua

Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas

sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as

línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar

modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63).

Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão atender as

necessidades do aluno enfatizando em demasia os aspectos e as experiências

cotidianas.

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246

Logo, “o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto,

verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p. 63),

bem como afirma Marcuschi (2003, p. 22), de que “é impossível se comunicar

verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se

comunicar verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal

ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade de língua de estudo na

qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais) de fala e

escrita e a desempenhar funções lingüísticas a partir do uso de textos.

Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela apropriação dos,

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência

e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p. 61).

O ensino de LEM deverá abordar também as questões relacionadas às

Literaturas de Línguas Estrangeiras, pois os textos literários são materiais

muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da língua, bem como estes

textos literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.

Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio literário,

observa que a literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a

apreciação do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já que

aquela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros e

dialetos variados, dentro de um marco social (MCKAY, 1982 apud WOGINSKI

(2004,s/ p.).

As DCE (2008, p. 67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos

alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os

textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado

contexto sociocultural.”

É fundamental que a aprendizagem de LEM – Espanhol - a partir dos gêneros

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247

textuais se desenvolva em três etapas:

a) etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os conhecimentos prévios

do aluno, bem como discutir questões referentes à temática, construir

hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir do

texto, antes mesmo da leitura;

b) etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou desconsiderar as

hipóteses anteriormente apresentadas;

c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão de

leitura e expressão escrita, bem como “novas leituras” e atividades que

explorem a compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades

variadas, não necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.

Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o aspecto

cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de aquisição

de uma LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004, s/p),

“uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento

estéril e carente de significados.” Portanto, ensinar os elementos culturais que

regem uma língua e esses articulados aos próprios elementos linguísticos

dessa língua favorecem além da aquisição, também a aquisição do modo de

viver daqueles que a falam.

A metodologia adotada para cada Conteúdo Específico varia de acordo com a

série seguindo graus variados de compreensão, mais aprofundada na medida

em que as séries vão avançando, porém em todas as séries serão abordados

textos que remetam os alunos as três práticas discursivas em questão: leitura,

oralidade e escrita, nos quais serão introduzidos os temas dos desafios

educacionais contemporâneos; história e cultura afro, educação do campo,

violência e sexualidade.

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248

AVALIAÇÃO

A avaliação do rendimento escolar será ampla e contínua no sentido de revelar

o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como,

de proceder à apuração para fins de aprovação:

a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências

educacionais vivenciadas;

b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das

dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.

Na apuração do rendimento escolar levar-se-á em conta as diversas formas de

avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das

dificuldades e de assessoramento da superação das mesmas e deverá

abranger:

Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referência aos conteúdos

básicos da disciplina de LEM - Espanhol;

Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma estândard

da língua de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das

variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua)

a partir dos conteúdos básicos da disciplina de LEM - Espanhol;

Atividades Avaliativas – trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos

individualmente e/ou em grupos como recurso para fixação dos

conteúdos básicos da disciplina de LEM - Espanhol;

Atividades Extraclasse – trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter

prático, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos

conteúdos básicos da disciplina der LEM - Espanhol, objetivando a

complementação dos estudos da língua-alvo e de acordo como o Plano

de Trabalho Docente.

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249

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das

atividades e das atividades extraclasse de cada trimestre, será atribuída uma

média trimestral e posteriormente, uma média anual a cada aluno.

Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008,6.11 A

avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) 6.16 Os alunos

do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas

letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vígula zero) serão

considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008, p. 5)

Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,a seleção de

conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de

avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de

instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas

oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p. 33)

Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação

devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-

metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

Na recuperação paralela, o professor vai rever e modificar as metodologias

utilizadas no desenvolvimento dos conteúdos, propondo atividades de

pesquisa, trabalhos individuais e em grupo, bem como debates, possibilitando

a apropriação desses conhecimentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Resolução nº3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. p. 22.

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_________. Conto Literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua

espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Científica e IV Mostra de Pós-Graduação.

Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio

magnético (CD-ROOM), 2004 p. 05.

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253

8.12 FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde que a filosofia foi encarada como disciplina curricular nos colégios (de

ensino fundamental e médio), o sentido da palavra filosofia tomou um outro caminho no

âmbito do conhecimento. O que antes eram visto como ferramenta auxiliar para o

aprendizado do aluno, hoje é obtida como princípio lógico da não contradição

(conhecimento).

O artigo 36 da LDB 9394/96 determina que ao final do ensino médio o

estudante deverá ―dominar os conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao

exercício da cidadania‖. Se considerarmos os últimos trinta anos, poderíamos pensar que

é um avanço importante porque a filosofia passou de disciplina obrigatória na década de

sessenta para figurar como coadjuvante em alguns poucos currículos posteriormente.

O caráter transversal dos conteúdos filosóficos aparece com bastante clareza

nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio

dos conhecimentos filosóficos sem a necessidade da implementação efetiva da disciplina

na grade curricular das escolas de nível médio.

Partindo deste princípio no século XVII, Kant afirma que não se deve a ensinar

filosofia, mais sim a filosofa. O que ele refere é que a disciplina tem que ter um senso

investigativo tanto pelo aluno quanto pelo professor. Por outro lado, o professor passa a

ser orientador do discurso: o que conduz a argumentação e não o senhor da

argumentação. Embora, este princípio já era usado pelas escolas Socráticas, tendo em

base a forma maiêutica de pensar.

(...) aprender a filosofar só pode ser feito estabelecendo um diálogo crítico com a filosofia. Do que resulta que se aprende a filosofar aprendendo filosofia de um modo crítico, quer dizer, que o desenvolvimento dos talentos filosóficos de cada um se realiza pondo-os à prova na atividade de compreender e criticar com a maior seriedade a filosofia do passado ou do presente (...). (OBIOLS, 2002, p. 77)

Kant não é um formalista que preconiza que se deve aprender um método no

vazio ou uma forma sem conteúdo; tampouco se segue que Kant tivesse avalizado a ideia

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254

de que é necessário lançar-se a filosofar sem mais nem muito menos a ideia de que os

estudantes deveriam ser impulsionados a ‗pensar por si mesmos‘, sem necessidade de se

esforçar na compreensão crítica da filosofia, de seus conceitos, de seus problemas, de

suas teorias etc.

Entendemos, então, que não é possível desunir filosofia de filosofar, pois os

dois são uma mesma coisa. O filosofar é uma disciplina no pensamento que ao ser

operada vai produzindo filosofia e a filosofia é a própria matéria que gera o filosofar. São

indissociáveis. A matéria filosofia separada do ato de filosofar é matéria morta,

Na filosofia antiga o modo pelo qual Sócrates conduz a argumentação é o

mesmo pelo qual a filosofia deve ser encarada hoje. A forma dialética de pensar tanto

desenvolve a tese quanto conduz a síntese à outra tese.

A filosofia no ensino médio tem como objetivo levar ao aluno(a) uma auto

reflexão, para que ele extrair de sim mesmo os conceitos éticos, morais, políticos,

sociais... De um mundo real que esta além do mundo imaginário.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A filosofia tem como base o questionamento sobre o Ser e o Ente. O

conhecimento entre as partes é a reflexão filosófica extraído do aprendizado de cada

indivíduo.

Partindo deste princípio o aluno deverá ter em mente a noção de totalidade.

Portanto, a filosofia servirá de caminho para conduzir o conhecimento dentro da

diversidade social e cultural de cada indivíduo.

Logo a filosofia deverá ter como base conceitos e fundamentos teóricos e

práticos para dar embasamento a esse conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS

A filosofia no Ensino Médio vê como princípio a motivação do aluno pelo

conhecimento dentro de uma estrutura democrática. A necessidade do aluno de abrir

novos horizontes no âmbito do conhecimento faz com que aconteça de maneira

independente, ou seja, em cada indivíduo um novo questionamento.

A visão filosófica que começa com o senso comum e se estende ao campo do

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255

conhecimento científico, procura deixar ao leitor uma ponte que permite ser questionada.

Não importa que princípio da filosofia vá começar, seja da contradição ou dos

contraditórios, antiga ou contemporânea. O importante, que se faça no Ensino Médio o

questionamento dos ―porquês‖ das questões. Assim, a conclusão (síntese) de uma tese

levantada por um indivíduo, poderá se tornar e argumentação (tese) filosófica por outro

individuo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Mito e filosofia

Teoria do conhecimento

Ética

Filosofia política

Filosofia da ciência

Estética

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE:

Do mito a filosofia

O

nascimento da filosofia

F

ilosofia no senso comum

O

s Sofistas

A

arte da argumentação (os sofistas)

O

s pré-socráticos

M

ito e Filosofia

F

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256

ilosofia antiga

A

vida cotidiana na Grécia

M

ito e a origem de todas as coisas

M

ito e razão filosófica

O

mito hoje

D

efinição sobre mito (hoje)

M

ito da caverna

D

as sombras ao logos

A

racionalização do mito

Do senso comum ao senso critico filosófico

A questão do conhecimento

Razão filosófica e razão cientifica

A ciência e o senso comum

O que é filosofia

A filosofia como exercício da ironia

A ironia na história da filosofia

A ironia moderna

Alienação e ironia

A ironia na musica

O problema do conhecimento

U

m problema chamado conhecimento

T

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257

eoria e pratica

O

conhecimento como justificativa teórica

A

s fontes do conhecimento

P

latão e Protágoras: relativismo e racionalismo

F

ilosofia e a história

F

ilosofia e a matemática

A

s críticas de Aristóteles a Platão

A

lógica aristotélica

As Patrísticas

S

anto Agostinho

V

isão de Homem

O

conhecimento na Idade Média

D

uns scot

As Escolásticas

Santo Thomas de Aquino

O embate entre Fé X Razão

O Problema do Conhecimento

A Visão de Guilherme de Ockham sobre a liberdade

A Problematização da Razão na Idade Média

2ª SÉRIE:

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258

Teoria do conhecimento (epistemologia)

P

latão e Aristóteles

A

lógica Aristotélica

D

escartes e a regra para bem conduzir a razão

D

escartes e o discurso do método

P

enso logo existo

H

ume e experiência no processo do conhecimento

K

ant e a critica da razão pura

A

critica da razão pura

K

ant e o iluminismo

Ética

Introdução à ética

Ética a Nicômaco

Ética e a felicidade

A polis e a felicidade

Como atingir a felicidade

Felicidade e virtude

Sênica e a felicidade

Amizade como questão para a ética

Amizade e justiça

Amizade é algo humano

O determinante da amizade

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259

Amizade e sociedade

O homem: animal e racional

Discurso em torno da liberdade

Filosofia Política

Introdução à filosofia política

Platão

Aristóteles

Hobbes

Locke

Maquiavel

Voltaire

Rousseau

Marx

O progresso da ciência

F

ilosofia e a ciência

S

enso comum e a ciência

A

contribuição de Galileu

F

ilosofia da ciência

D

iferença entre ciência comum e ciência revolucionaria

O

pensamento empirista

O

pensamento iluminista

AVALIAÇÃO

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260

As avaliações de filosofia terão como base a reflexão crítica. As práticas de

ensino e aprendizagem da disciplina trará ao aluno um novo leque de conhecimentos.

Essas práticas de avaliações devem ser realizadas através de filmes, escritas e

discursos. Partindo deste princípio, o aluno poderá obter um grau maior de conhecimento,

visando o melhor aprendizado dentro da disciplina de filosofia.

REFERÊNCIAS

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DIDATICO, L. Filosofia - Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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DIÁLOGOS/Platão. Coleção Os Pensadores. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991.

8.13 SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Sociologia no Brasil tem uma caminhada histórica centenária com

muitas lutas, com idas e vindas na matriz curricular do Ensino Médio, o que demonstra a

dificuldade em firmar-se como área do conhecimento fundamental para a formação

humana, como forma de interpretação da realidade e, em outros momentos, sua ligação a

interesses e vontades políticas.

A primeira iniciativa da implantação da disciplina nas escolas deu-se com o advento

da República sob a influência de Augusto Comte, considerado o fundador da ciência, o

qual usou o termo Sociologia para relacionar com a ciência da sociedade. Inicialmente a

disciplina estava vinculada a valores morais.

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais

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261

que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta

encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a

clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da

modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das

questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade

científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. Nos

anos 30, com a criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola Livre e

Universidade de São Paulo houve o desenvolvimento da pesquisa sociológica dando um

caráter científico, abandonando a tradição ensaísta, o que possibilitou a formação de

quadros intelectuais para pensar o país e técnicos para dar suporte às políticas públicas.

Possibilitou, também, a formação de professores para o Ensino Médio, consolidando

dessa forma a Sociologia como disciplina.

No entanto, ela não se manteve no cenário educacional, porque esteve sujeita aos

interesses políticos, pois tratam de questões polêmicas como os processos econômico,

político e sócio-cultural.

Portanto, essa disciplina desde a sua sistematização tem contribuído para a

ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e

fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um

saber especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos

problemas da vida social.

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão

das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se

estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, e as conseqüências dessas

relações para indivíduos e coletividades.

A Sociologia como saber científico firmou-se no contexto do desenvolvimento e

consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a especificidade de fazer parte e procurar

explicar a sociedade capitalista como forma de organização social. Essa explicação

sociológica da realidade não é linear, porque depende de posicionamentos políticos

diferentes, confirmando o princípio de que não existe neutralidade científica referente às

análises sociais.

Temos três grandes paradigmas fundantes no campo de conhecimento sociológico

representados por Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim, que apresentaram estudos

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sobre a sociedade capitalista e o papel da educação inserida nesse contexto, sendo que

este último teve um papel importantíssimo, pois formulou as primeiras orientações para a

Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os

distinguem dos que são estudados pelas outras ciências.

Outros pensadores contemporâneos deram sua contribuição no que se refere à

fundamentação e concepção sociológicas – Antonio Gramsci, Pierre Bordieu, Florestan

Fernandes – cada uma com sua linha teórica concernentes ao contexto teórico.

Portanto, a Sociologia como disciplina escolar tem que destacar esses teóricos ao

tratar dos conteúdos pertinentes à disciplina fundamentando-se e sustentando-se em

teorias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com sua explicação, ressaltando

que a reflexão sobre a realidade vai além do senso comum, porque as questões

sociológicas são construídas em termos de explicação, pela mediação teórico-

metodológica de natureza própria, por ser um tipo de conhecimento sistematizado da

realidade social. Procurar analisar essas particularidades e ao mesmo tempo recusar

qualquer espécie de síntese teórica e encaminhamentos pedagógicos sem método ou

rigor.

A proposta das Diretrizes Curriculares é de uma Sociologia Crítica, caracterizada

pelo questionamento do real e do pensado e da relação entre ambos, questionamento

que vai além do que está dado como estabelecido e explicado, questionamento que

descortine as desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no movimento

histórico nos quais alunos e professores estão inseridos.

O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de

experiências e conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados,

a experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando

dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as

desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do

trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural,

de gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir dialeticamente o

conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, uma vez que está imerso numa

prática social, num outro nível de compreensão: da consciência das determinações

históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, da capacidade de intervenção e

transformação dessa prática social. É o desenvolvimento, através da apreensão e

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compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais da classe,

gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.São

entendidas como campos do conhecimento e se identificam pelos respectivos conteúdos

e por seus quadros teóricos conceituais. Considerando esse constructo teórico, as

disciplinas são o pressuposto para a interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as

relações interdisciplinares se estabelecem quando:

conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e

auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;

ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros

conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma

A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui

disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a

questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de

contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória de uma estratégia

de afirmação quando o quadro social e político do país era adverso, apontam Vianna,

Carvalho e Melo (1995). A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de

democracia para uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso

não foram decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos

anos trinta e a dos anos sessenta. abordagem mais abrangente desse objeto.

Sociologia moderna coube debruçar-se sobre todos os agentes sociais que

provocam profundas modificações na sociedade. Assim foi consolidando o seu papel, a

medida que definiu sua forma de pesquisa, análise e interpretação dos fenômenos

sociais.

OBJETIVOS GERAIS

Operacionalizar meios que levem o aluno a desenvolver um espírito crítico face aos

fenômenos sociais, proporcionando-lhe uma cosmovisão capacitadora para

questionar mudanças na sociedade.

Fornecer ao aluno elementos necessários para a formação de um cidadão

consciente de sua realidade social, econômica, política, de suas potencialidades,

capaz de agir e reagir à essas mesma realidade.

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Despertar o interesse e a curiosidade do aluno pela análise objetiva da sociedade

que o cerca e despertar o sentimento de cidadania.

Proporcionar reflexão sobre as relações de poder e ampliar a noção política,

enquanto processo de tomada de decisões que afetam a coletividade.

CONTEÚDOS

• O processo de socialização e as instituições sociais;

• Cultura e indústria cultural;

• Trabalho, produção e classes sociais;

• Poder, política e ideologia;

• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

METODOLOGIA

Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que se tenha a clareza

da necessidade do redimensionamento de aspectos da realidade para uma análise

didática e crítica das problemáticas sociais.

Serão utilizados vários instrumentos metodológicos para desenvolver esses

conteúdos como a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos

textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo, todos

em busca da formação do ser crítico com conteúdos sempre problematizados com a

realidade do aluno, enfatizando assuntos do seu conhecimento.

Inicialmente será feita a introdução contextualizada com a construção da Sociologia

e das teorias sociológicas fundamentais fazendo a relação do passado com a atualidade

numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias

possibilidades de explicação sociológica feita nos recortes dos conteúdos específicos.

Na medida do possível levar-se-á em consideração as peculiaridades da região em

que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que os conteúdos e a

metodologia utilizada possa responder a necessidades desse grupo social, colocando-o

como sujeito de seu aprendizado e que a todo momento é instigado a fazer relações da

teoria com o vivido, rever conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes.

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Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de conceitos sobre a

construção do conhecimento sociológico vários instrumentos metodológicos estão

disponíveis para auxiliar a prática pedagógica como a leitura e interpretação de gráficos,

confecção de tabelas, filmes adequados a faixa etária e o repertório cultural do aluno,

relacionado ao conteúdo; discussão e articulação das temáticas contempladas com a

teoria sociológica; produção de texto; análise e discussão de textos literários e letra de

músicas e debates. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão

das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para

que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,

da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos

estão inseridos. Nesse procedimento metodológico estão embutidas como premissas: a

realidade social é composta por uma regularidade de acontecimentos que podem ser

observados, explicados e classificados pelo cientista; a ciência constitui uma

representação teórica dessa realidade; o sujeito cognoscente deve manter- se neutro no

processo de conhecimento; a meta do conhecimento é atingir a objetividade científica, ou

seja, uma ciência livre de pressuposições, de ideologias; a Sociologia dispõe de caráter

normativo, capaz de ordenar a realidade social, seja estabelecendo uma taxonomia

científica dos fatos, seja pela possibilidade de prevê-los.

AVALIAÇÃO

Os estudos dos conteúdos de Sociologia passam obrigatoriamente por avaliações

a fim de acompanhar os avanços dos alunos em relação ao que foi trabalhado, portanto o

professor poderá fazer avaliações através de produções de texto ou filmes onde poderá

perceber a capacidade de articulação entre teoria e prática, síntese de temas referentes

ao conteúdo para ver o que o aluno interpretou como importante, debates para avaliar a

reflexão crítica, análise de coletânea de dados, trabalhos individuais e em grupo, testes

escritos, trabalhos em confecção de cartazes. Para concretizar esse objetivo, a avaliação

escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do

passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica,

em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da

escola. O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como

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instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na prática

de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação

formativa,conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios básicos: a) a

apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a

capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na

exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os

problemas sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os

textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha

como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no

sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,

expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.

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IX PROGRAMA VIVA ESCOLA/ MAIS EDUCAÇÃO

9.1 ATIVIDADE: dança moderna

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9.2 NÚCLEO DE CONHECIMENTO: expressivo-corporal

9.3 JUSTIFICATIVA:

Da pré-história aos nossos dias,a dança sempre foi uma das manifestações

que melhor expressou a vitalidade do ser humano.

A Dança Moderna tem por princípio básico proporcionar aos bailarinos a

possibilidade da descoberta de novas formas,de estimular sua criatividade e

liberdade,propiciando uma expressão dentro do estilo de cada um. A Dança Moderna não

surgiu por acidente,mas sim da necessidade de certos bailarinos,de criar frases de

movimento que traduzissem o interior do executante. É o estudo de uma técnica de dança

executada com os pés descalços. Sem dúvida a dança,entre as atividades físicas,é das

que mais acentuadamente concorrem para o aperfeiçoamento integral do ser

humano,uma vez que influi em múltiplos aspectos das formas e do ajustamento humano.

Além da educação do movimento,atua na educação musical,educação rítmica, educação

estética,educação moral,contribuindo para o equilíbrio psicossocial do praticante. Tais

como: valor físico;mental;moral;social;cultural;recreativo;terapêutico.

9.4 OBJETIVOS DAS ATIVIDADES

Adquirir conhecimentos teóricos da dança moderna(história da

dança,teoria da dança);

Trabalhar a improvisação coreográfica dentro da dança moderna;

Conhecer e vivenciar as diferentes passos, ritmos, posturas, formas,

deslocamentos e outros elementos que identificam as diferentes danças;

Criar composições coreográficas para apresentações e festivais;

Obter melhoras nos aspectos físicos,mental,social,cultural,recreativo e

terapêutico do aluno;

9.5 CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Dar prioridade aos alunos que enfrentam desafios biopsicossociais; aqueles

cujos o tempo ocioso de contra turno pode ser preenchido com as atividades de

dança;alunos com problemas de violência doméstica; aqueles que foram encaminhados

para o conselho tutelar por falta de acompanhamento dos pais e alunos com

comportamento agressivo.

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