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COLÉGIO ESTADUAL PADRE FRANCISCO BELINOVSKI –
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO
CAMPO LARGO 2011
I APRESENTAÇÃO...........................................................................................................04
II IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ...............................04
2.1 HISTÓRICO.......................................................................................................04
2.2 DO COLÉGIO.....................................................................................................05
2.3 CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO...............................................06
2.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS DO ESTABELECIMENTO....................07
2.4.1 Organização do Espaço..................................................................................09
2.4.2 Seleção do Material Didático...........................................................................10
2.5 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO TÉCNICO
DE APOIO, ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO......................................................11
III OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................................12
IV MARCO SITUACIONAL................................................................................................12
4.1 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE (CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
E CULTURAL DA CLIENTELA E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO). ….........12
4.2 DADOS ESTATÍSTICOS DA APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO E APROVADOS
POR CONSELHO DE CLASSE NO ANO DE 2009/2010.......................................13
4.3 HORA ATIVIDADE …........................................................................................14
4.4 FORMAÇÃO CONTINUADA ….........................................................................14
V MARCO CONCEITUAL..................................................................................................15
5.1 PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA ESCOLA................................20
5.2 REDIMENSIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO.........................................................................................................21
5.3 ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS.............................................................26
5.3.1 Concepção de Infância e Adolescência Articulado a Concepção de
Ensino-aprendizagem..............................................................................................26
5.3.2 Concepção de Alfabetização e Letramento....................................................27
5.4 LEI Nº 10.639/03 E DELIBERAÇÃO DO CEE/PR (HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA..................................................................................28
5.5 LEI Nº 11645/08 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, INDÍGENA E
AFRICANA.............................................................................................................. 28
5.6 LEI Nº 9795/99 - POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL..........30
5.7 LEI Nº 13381/01 -HISTÓRIA DO PARANÁ........................................................31
5.8 LEI Nº 11343/06 - SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE
DROGAS..................................................................................................................32
5.9LEI Nº 11733/97 E 11734/97 E– EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO À AIDS
E DST.......................................................................................................................33
VI MARCO OPERACIONAL..............................................................................................33
6.1 AVALIAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO........................................33
6.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO............................34
6.3 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.................35
6.3.1 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO...........................................................37
6.4 DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO.......................................................37
6.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.......................................................................38
6.6 ESTÁGIO DE ESTUDANTES............................................................................38
6.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS.............................................................................39
6.8 PLANO DE AÇÃO PARA GESTÃO 2009/2010/2011........................................41
6.8.1 Justificativa......................................................................................................41
6.8.2 Objetivos Gerais.............................................................................................42
6.8.3 Ações..............................................................................................................42
6.9 PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO ENTRE ANOS INICIAIS E FINAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL E O ENSINO MÉDIO.....................................................44
6.10 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP.........................................................44
6.11 CALENDÁRIO
ESCOLAR........................................................................................45
6.12 CONSIDERAÇÕES
FINAIS......................................................................................45
VII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL..............45
7.1 LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................45
7.2 MATEMÁTICA....................................................................................................58
7.3 HISTÓRIA..........................................................................................................70
7.4 GEOGRAFIA....................................................................................................84
7.5 CIÊNCIAS..........................................................................................................92
7.6 ARTES.............................................................................................................100
7.7 EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................................113
7.8 ENSINO RELIGIOSO......................................................................................122
7.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA– INGLÊS …........................................132
VIII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIO................................144
8.1 LÍNGUA PORTUGUESA......................................................................................144
8.2 ARTE....................................................................................................................154
8.3 EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................162
8.4 GEOGRAFIA.........................................................................................................173
8.5 HISTÓRIA.............................................................................................................186
8.6 MATEMÁTICA.......................................................................................................197
8.7 QUÍMICA...............................................................................................................205
8.8 FÍSICA...................................................................................................................210
8.9 BIOLOGIA.............................................................................................................216
8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS................................................223
8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL................…..................228
8.12 FILOSOFIA..........................................................................................................245
8.13 SOCIOLOGIA......................................................................................................251
IX PROGRAMA VIVA ESCOLA / MAIS EDUCAÇÃO.....................................................259
9.1 ATIVIDADE............................................................................................................259
9.2 NÚCLEO DE CONHECIMENTO..........................................................................259
9.3 JUSTIFICATIVA....................................................................................................259
9.4 OBJETIVOS DAS ATIVIDADES............................................................................259
9.5 CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO.........................................................................259
X REFERÊNCIAS............................................................................................................260
4
I APRESENTAÇÃO
O Mundo atual passa por rápidas transformações tecnológicas, social,
comercial e monetária. A escola, com sua função histórica e social não pode desvencilhar-
se dessas transformações e mais, deve fazer parte delas. Buscando viver em
consonância com as novas tecnologias e vivências, levando em consideração as reais
necessidades da sociedade e comunidade visamos a melhoria da qualidade de ensino no
que diz respeito à formação do cidadão. Este estabelecimento de ensino se propõe a
vivência de novas práticas pedagógicas que venham de encontro aos anseios da vida
moderna e do exercício pleno da cidadania.
O presente projeto está voltado para uma educação democrática e para a
construção e o exercício da cidadania. Para sua aplicação, é necessário que haja
coerência entre o que é estabelecido e a ação educativa. Se alunos participativos, éticos,
críticos, solidários, autônomos, responsáveis e afetivos, são o que se quer, deve-se agir
da mesma forma.
No momento em que se propõe a elaboração de um projeto como este, deve-
se ter como ponto de partida o envolvimento dos diversos setores que compõe a unidade
escolar a que, em conjunto, se possa estabelecer os rumos a serem seguidos.
Este Projeto Político Pedagógico foi elaborado de forma coletiva, com a
participação da direção, equipe pedagógica, funcionários, professores, educandos e
comunidade escolar, com o objetivo e com a missão de que seja um instrumento de
ação dos elementos que realmente se preocupam em fazer da Escola Pública um espaço
de construção e socialização do conhecimento e dos valores democráticos, éticos e
básicos para o exercício da cidadania que acreditamos, oportunizando os alunos
desenvolver valores e atitudes como condição imprescindível para o exercício da
cidadania, esteira para o prosseguimento de estudos.
II IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 2.1 HISTÓRICO
A Escola foi criada no dia 26 de julho de 1982, com o nome de Escola Rural
Municipal ―Pe. Augusto Selemka‖, e funcionava onde hoje é a creche Gente Miúda.
5
Mais tarde com a implantação de 5ª a 8ª série gradativamente, a comunidade
resolveu mudar o nome da Escola para Escola Municipal Integração Comunitária Ensino
pré-escolar e 1º grau, através da resolução nº 286 de 31/01/90. Nesta data o antigo local
onde funcionava foi desativado e passou a funcionar onde hoje estamos. A princípio foram
construídas 03 salas de aula, biblioteca, laboratório, refeitório, pátio coberto, nova
cozinha, totalizando assim 12 salas de aula e demais dependências.
Em janeiro de 1998 a Escola que até então era mantida totalmente pela
prefeitura Municipal de Campo Largo, foi de 5ª a 8ª série, estadualizada pela resolução nº
258/98 de 29/01/98 e passou a chamar-se Escola Estadual Pe. Francisco Belinovski –
Ensino Fundamental.
Em 2005 houve a implantação do Ensino Médio com 4 turmas sendo duas de
1º, 1 de 2º e uma de 3º. A partir de então a escola passou a chamar Colégio Estadual Pe
Francisco Belinovski – Ensino Fundamental e Médio
O Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski – Ensino Fundamental e Médio,
está situado na Rua Tarumã, s/n, Rodovia do Café Km 9, Jardim Guarany, CEP 83608-
440, Campo Largo, Paraná. Foi criada a partir da Resolução 258/98, DOE 29/01/98 e é
mantida pelo Governo do Estado do Paraná e pertence ao Núcleo Regional de Educação
da Área Metropolitana Sul.
2.2 DO COLÉGIO
Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski – Ensino Fundamental e Médio. Endereço: Rua Tarumã s/n Bairro: Jardim Guarani Campo Largo - Paraná CEP: 83607-240 Fone: 3649-4395 E – mail: [email protected] Código: 01325 Localização: Urbana Distância do Núcleo Regional de Educação: 20 Km
MODALIDADE: Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano e Ensino Médio.
ENTIDADE MANTENEDORA : Governo do Estado do Paraná
SEED - Avenida Água Verde – Curitiba - Paraná Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana Sul
6
ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO: Ensino Fundamental Resolução nº 258/1998 Ensino Médio Resolução nº 3689/2006 ATO DE RECONHECIMENTO Ensino Fundamental Resolução nº 1877/2004
ATO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR Ato Administrativo nº023/2011 2.3 CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO
O Colégio atende 415 alunos regularmente matriculados de 6º ao 9º ano do
Ensino Fundamental e 1º ao 3º ano do Ensino Médio com idade entre 10 a 50 anos nos
períodos da manhã, tarde e noite. Dispõem de 10 professores QPM (quadro próprio do
magistério), 1 secretário, 2 auxiliares administrativos, 2 auxiliares de serviços gerais, 2
diretoras pedagógica-administrativa e 1 Pedagoga. O Colégio também conta com um
Grêmio estudantil e com o Conselho Escolar, além da APMF.
O horário das turmas da manhã é das 7 h e 30 min às 11 h e 50 min, das
turmas da tarde é das 12h e 45 min às 17h 05 min e das turmas da noite das 18 h e 30
min às 22 h e 40 min. No período da manhã há cinco turmas (6a A, 7a A, 8a A e 1º e 2º
ano A do Ensino Médio). No período da tarde, cinco turmas (5ª A, 5a B, 6a B, 7a B e 8ª B) e
no período da noite funcionam quatro turmas (1º B, 2º B, 3º A e 3º B do Ensino Médio). No
período da noite o Colégio oferta Espanhol Básico pelo CELEM, com 2 turmas (a turma A
com 25 alunos e a turma B com 17 alunos).
O prédio onde funciona 2 salas de aula, a biblioteca, a área coberta, a
secretaria, a sala da Direção, a sala da Equipe Pedagógica, o laboratório de informática, o
banheiro das professoras e a sala de Apoio do Colégio é de propriedade da Prefeitura
Municipal de Campo Largo. As demais 3 salas de aula, banheiros femininos, masculinos e
deficientes, a lavanderia e laboratório de ciências são da nova construção do Governo do
Estado.
As turmas estão assim distribuídas:
7
MANHÃ
Turmas Número de turmas Número de alunos
7º ano A 1 30
8º ano A 1 28
9º ano A 1 24
1ª série A 1 34
2ª série A 1 27
TOTAL 5 143
TARDE
Turmas Número de turmas Número de alunos
6º ano A e B 2 52
7º ano B 1 32
8º ano B 1 29
9º ano B 1 28
TOTAL 5 141
NOITE - ENSINO MÉDIO
Turmas Número de turmas Número de alunos
1ª série B 1 15
2ª série B 1 28
3ª série A e B 2 46
TOTAL 4 89
2.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS DO ESTABELECIMENTO
Este Estabelecimento de ensino não possui sede própria utilizando o prédio da
Prefeitura, fazendo uso de quatro salas de aula, um banheiro masculino, um banheiro
feminino, a cozinha, a biblioteca, a área coberta, a secretaria em conjunto, uma sala para
equipe pedagógica e direção juntamente com o laboratório de informática.
A cancha desportiva pertence aos Estabelecimentos de Ensino Estadual e
Municipal (Integração Comunitária), sendo que a comunidade pode utilizá-la.
O Colégio dispõe:
01 AMPLIFICADOR DE SOM
01 AP. TELEFÔNICO
01 ARMÁRIO DE AÇO 12 PORTAS - SALA DOS PROFESSORES
05 ARMÁRIOS DE AÇO 02 PORTAS
8
03 ARQUIVOS EM AÇO
01 BATEDEIRA INDUSTRIAL
14 CADEIRAS DE POLIPROPILENO
04 CADEIRAS GIRATÓRIA PARA ESCRITÓRIO
01 CORTADOR DE LEGUMES COM SUPORTE
01 DUPLICADOR A ÁLCOOL
01 DVD PLAYER - RJ 300MD
01 DVD GRADIENTE
06 ESTANTES ABERTAS
07 ESTANTES LATERAIS FECHADA
01 FAX – SHARP
01 FOGÃO A GÁS C/ 06 BOCAS
01 FOGÃO INDUSTRIAL C/ 04 BOCAS
01 FURADEIRA BLACK&DECKER
03 GLOBOS
0I IMPRESSORA LASER LEXMARK E230
01 IMPRESSORA MATRICIAL EPSON FX1170
01 IMPRESSORA MULTIFUNCIONAL HP 1315
01 LABORATÓRIO PARANÁ DIGITAL TIPO 01
01 MÁQUINA DE ESCREVER MANUAL – FACIT
01 MÁQUINA FOTOGRÁFICA
01 MESA DE POLIPROPILENO
01 MESA DE REUNIÃO
01 MESA PARA IMPRESSORA
03 MESAS DE ESCRITÓRIO C/ TRÊS GAVETAS
02 MESAS ESCRIVANINHA P/ MÁQUINA
05 MESAS PARA BIBLIOTECA
02 MESAS PARA COMPUTADOR
03 MICROCOMPUTADORES
02 RADIOS GRAVADOR COM CD NEPTUNE
01 RADIO GRAVADOR COM CD PHILIPS
9
01 RETROPROJETOR TES2015
01 SCANNER HP2400
01 SINAL AUTOMATIZADO
RELÓGIO PONTO BIOMÉTRICO ORION SF5
01 TV EM CORES 20 POL. PHILIPS
01 TV EM CORES 21 POL. PANASÔNIC
01 VENTILADOR BRITÂNIA 30CM
04 VENTILADORES DE TETO
01 VENTILADOR FAIET 30CM
02 VENTILADORES DE PAREDE 02
01 VÍDEO CASSETE CINERAL quatro CAB
01 VÍDEO CASSETE PANASONIC cinco CAB
2.4.1 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Uma sala de aula com carteiras fixas dificulta o trabalho em grupo, o diálogo e
a cooperação; armários trancados não ajudam a desenvolver a autonomia do aluno, como
também não favorecem o aprendizado da preservação do bem coletivo. A organização do
espaço reflete a concepção metodológica adotada pelo professor e pela escola .
É importante salientar que o espaço de aprendizagem não se restringe à
escola, sendo necessário propor atividades que ocorram fora dela. A programação deve
contar com passeios, excursões, teatro, cinema, visitas a fábricas, museus, enfim, com
as possibilidades existentes em cada local e as necessidades de realização do trabalho
escolar.
Porém, o ambiente físico do colégio também é de suma importância para
realizar atividades com os alunos, para tanto, este espaço deve ser adequado ao número
de alunos que o colégio suporta.
No dia a dia, deve-se aproveitar o espaço escolar para realizar atividades
diversificadas como ler, contar histórias, fazer desenho de observação, entre outros, mas,
dada a poça infra – estrutura da escola, é preciso contar com a improvisação de espaços
para o desenvolvimento de atividades específicas de laboratório de ciências, laboratório
10
de informática, teatro, artes plásticas, música, esportes, etc.
A utilização e a organização do espaço e do tempo devem ser refletidas e
praticadas diariamente, pois refletem na concepção pedagógica e interferem diretamente
na construção da autonomia auxiliando no crescimento intelectual e social do aluno.
2.4.2 SELEÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
Todo material é fonte de informação mas, nenhum deve ser utilizado com
exclusividade. É importante haver diversidade de materiais para que os conteúdos
possam ser tratados da maneira mais ampla possível.
O livro didático é um material de forte influência na prática de ensino
brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a
eventuais restrições que apresentem relação aos objetivos educacionais propostos. Além
disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser
utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma
visão ampla do conhecimento.
Materiais de uso frequente são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos
aprendem sobre algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o que
acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é aprendido na
escola e o conhecimento extra – escolar. A utilização de materiais diversificados como
jornais, revistas, folhetos, propagandas, computadores, calculadores, filmes, faz o aluno
sentir-se inserido no mundo à sua volta.
É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos
alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados
em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as
demandas sociais presentes e futuras.
Com a Instalação do Laboratório de Informática na Escola, os professores
poderão:
Planejar suas aulas;
Realizar grupos de estudos, capacitações de Informática Pedagógica;
Consultar e Publicar ―Objetos de Aprendizagem Colaborativa OAC‖;
Viabilizar a participação em cursos a distância, possibilitando mais uma forma de realização na sua formação continuada;
11
Realizar comunicações instantâneas;
Acessar o Portal Dia-a-dia Educação.
2.5 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO, TÉCNICO DE APOIO ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO:
NOME CARGO/FUNÇÃO HABILITAÇÃO NÍVEL ESCOLAR
Gelssi Natalina Mezzomo Scapini
Diretora Letras Port./ Inglês
Superior c/ Pós- Graduação
Simone Dalavale
Diretora auxiliar Geografia Ensino Superior
Cleonira Ap. F. Frizzas
Pedagoga
Pedagogia
Superior com pós-graduação
Fábio de Amorim Teodoro
Secretário
Administração
Superior
Evandro Luiz Nalepa
Auxiliar Administrativo
Educação Física Ensino Superior
Angela Pedroso da Silva
Auxiliar administrativo
-----
Ensino Médio
Elenita T. Marcondes
Auxiliar de Serviços Gerais
-----
Ensino Médio
Marlice S. S. De Oliveira
Auxiliar de Serviços Gerais
-----
Ensino Médio
CORPO DOCENTE :
NOME CARGO/DISCIPLINA HABILITAÇÃO NÍVEL ESCOLAR
Katleen Bahr A. Pereira
Profª de Matemática Matemática Ensino Superior
Edilene das Graças
Profª de Artes
Artes
Ensino Superior
Elaine Cruz Andrade
Profº de História/ Sociologia
História Superior c/ Pós Graduação
Elida Pondeli Profª Ed. Física Ed. Física Ensino Superior
Márcia Lima C. dos Santos
Profª de Hist/ Ens. Religioso
História Ensino Superior
Odete Rosa de Oliveira
Profª Português/ Inglês Letras Port./Inglês Ensino Superior
12
Patrícia de Bona Mattos
Profº Inglês
Letras Port./Inglês
Superior c/ Pós Graduação
Silvia Maria de Oliveira
Profª. de Ciências/Biologia
Ciências Biológicas Ensino Superior
III OBJETIVOS GERAIS
Formar cidadão consciente e que tenha uma visão ampla do mundo;
Garantir a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos que são necessários
para a vida em sociedade;
Contribuir no processo de inserção social oferecendo instrumentos de
compreensão da realidade local;
Formar e educar a partir da concepção histórico-crítica, o homem cidadão: íntegro,
crítico, político, que saiba pensar e discernir, que conheça a si mesmo e aos outros;
que saiba relacionar com os outros na verdade; que tenha e que partilhe valores éticos,
morais e religiosos;
Ter o colégio como centro propulsor do saber, preparado para educar e para
orientar para a cidadania; onde o conhecimento seja sistematizado, gradativo e
integrado;
Promover a identidade cultural do aluno, inserindo-o no mundo que vive , para que
ele possa ver e pensar a realidade como um todo, com um certo distanciamento, de
forma autônoma, única possibilidade de transformá-la.
IV MARCO SITUACIONAL
4.1 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE (CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E
CULTURAL DA CLIENTELA E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO)
A população-alvo deste Estabelecimento advém dos Bairros: Jardim Guarany,
Passaúna, Caratuva, Cercadinho, D. Pedro II, Colônia Riviera, entre outros. Apresenta
dados estatísticos do rendimento familiar, a maioria (38%) ganha acima de R$ 600,00;
56,6% possuem Ensino Fundamental incompleto: 59,7% possuem casas de alvenaria;
66% dos alunos moram em casa própria; 75% moram com os pais, 15% só com a mãe,
13
3,3% só com o pai e 1,1% com os avós e 2,9% com outros parentes. 3,3% são casados;
66% são católicos, 26,4% evangélicos, 1,1% Testemunhas de Jeová, 0,3% espiritas e
9,7% não possuem religião.
Grande parte das mães não trabalham, outras trabalham como domésticas,
cozinheiras, costureiras, diaristas, auxiliar de serviços gerais entre outros e os pais como
motoristas, operários, pedreiros, metalúrgicos, etc.
A participação dos pais não é efetiva, o Colégio realiza reuniões bimestrais com
os pais, mas a participação não é satisfatória.
O lazer da comunidade escolar se restringe a Jogar futebol, visitar parentes e
amigos e assistir televisão.
Em consideração a estes aspectos, a maioria dos alunos tem carência de
ordem, emocional e afetiva, o que exige de todas as pessoas envolvidas com o Colégio
muito empenho e dedicação na tentativa de torná-los competentes para compreenderem
e agirem inteligentemente em qualquer situação, favorecendo-lhes oportunidades de
construir suas próprias ferramentas de ação.
No Bairro Jardim Guarany, onde o Colégio está localizado, há uma escola
municipal que atende alunos de Educação Infantil, 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental e
alunos portadores de necessidades especiais, uma creche que atende crianças de 0 a 5
anos, um mini-posto de saúde, pontos comerciais, igrejas e indústrias. Nele há
associação de moradores e associação entre amigos.
O município de Campo Largo, sede da Escola, localiza-se na Região
Metropolitana de Curitiba (1º Planalto). Tem uma população aproximada de 120.000
habitantes.
Dentro do município, destacam-se alguns distritos e colônias (área rural) que
se formaram em torno de atividades agropecuárias e o turismo rural, onde seus
descendentes permanecem e cultivam diversos produtos até então.
Campo Largo se desenvolveu num perfil industrial ligado à cerâmica devido a
este fato é conhecido como ―Capital Nacional da Louça‖.
4.2 DADOS ESTATÍSTICOS DA APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO/APROVADOS POR
CONSELHO DE CLASSE NO ANO DE 2009/2010
14
4.3 HORA ATIVIDADE
A hora atividade passou a integrar o contexto da Educação Básica em nosso
Estado recentemente. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (SEED) (2004) ―a
hora atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de docência, para estudos,
avaliação e planejamento.‖
Nesse espaço, o professor poderá trocar experiências com seus colegas e até
mesmo fazer uma ligação interdisciplinar com assuntos pertinentes possibilitando uma
riqueza maior ao processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a hora atividade deverá
ser distribuída, na medida do possível, de forma a favorecer o trabalho coletivo dos
professores que atuam nas mesmas disciplinas/ turmas ou por área do conhecimento,
para que seja favorecido o trabalho interdisciplinar.
Cabe à equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as
atividades. À direção, cabe sistematizar o quadro da distribuição da hora atividade,
acompanhando e informando à comunidade escolar a disponibilidade de horário que o
professor terá para atender alunos e pais de alunos. (SEED, 2004)
A hora atividade é uma conquista importante para a educação, pois pode contribuir
para um trabalho educacional mais reflexivo, eficiente e prazeroso tanto para os alunos,
quanto para os professores.
4.4 FORMAÇÃO CONTINUADA
Aprender e continuar aprendendo durante toda a vida profissional é uma
competência exigida não só para os alunos da educação fundamental e média, mas para
APROVADOS REPROVADOS APROV. CONS. CLASSE
2009 2010 2009 2010 2009 20105ª série 41 35 8 2 25 136ª série 33 42 7 5 17 207ª série 44 38 2 0 9 118ª série 36 38 1 1 17 91º ano 15 36 1 5 21 102º ano 25 38 3 2 17 33ª Ano 14 30 0 0 13 8T O T A L 208 257 22 15 119 74
15
todos os profissionais, todas aquelas pessoas que estão inseridas no mundo do trabalho.
Outras competências e outros conhecimentos são necessários.
Formação continuada de professores e funcionários é organizada pelo diretor e
pela equipe pedagógica proporcionando a todos, oportunidade de adquirir novas
competências.
Pela formação continuada, os profissionais da educação buscam a atualização
necessária para desenvolver o seu papel na sociedade. A posição do ―pensar‖ de um
profissional deve estar em eterna transformação e em constante reorganização; é uma
espiral com pontos convergentes e divergentes, que podem ser comparados com o
percurso das sociedades, admitindo novos valores, novas visões e novas estruturas
sociais e políticas.
A proposta de formação continuada pela Lei 9394/96, em ―instituições
especializadas ou no ambiente de trabalho‖ (art. 40); ―mediante a capacitação em serviço‖
(inciso I, art. 61), vem sendo analisada como valorização profissional, colocando novos
desafios ao profissional da educação.
A formação continuada será realizada através de encontros pedagógicos
bimestrais, grupos de estudo, palestras com técnicos da educação, capacitações
descentralizadas, capacitações oferecidas pela SEED – CETEPAR, participação no
Projeto Folhas e no O.A.C. Objeto de aprendizagem colaborativo sob orientação da
equipe do CRTE/NREamsul.
Com o ensino de 9 anos faz-se necessário a busca de um trabalho interligado com
os anos iniciais e finais, portanto, essas capacitações devem ser oferecidas para que
professores da rede estadual e municipal trabalhem juntos.
Os momentos de transformação e exigência pelos quais a educação vem passando
têm apontado a necessidade de uma renovação no exercício da docência, tanto em
relação à atualização dos conhecimentos específicos da disciplina quanto ao seu fazer
pedagógico.
V MARCO CONCEITUAL
O Colégio Padre Francisco Belinovski admite como base teórica a concepção
histórico-crítica buscando proporcionar aos educandos e educadores uma relação
16
dialética, na qual a prática é orientada pela teoria num constante processo de
aperfeiçoamento.
A educação é considerada como processo para o desenvolvimento humano
integral, instrumento gerador das transformações sociais. É sempre um ato político com a
intenção de formar sujeitos conscientes, centrada na apropriação do saber elaborado
como instrumento de luta social. Segundo Libâneo (2000, p. 31):
A educação consiste, pois, de uma prática social que envolve o desenvolvimento dos indivíduos no processo de sua relação ativa com o meio natural e social, mediante a atividade cognoscitiva necessária para tornar mais produtiva, efetiva, criadora, a atividade humana prática.
Nesta concepção de educação, a finalidade é formar cidadãos capazes de
analisar, compreender e intervir na realidade, visando ao bem – estar do homem, no plano
pessoal e coletivo. Para tanto, este processo deve desenvolver a criatividade, o espírito
crítico, a capacidade para análise e síntese, o autoconhecimento, a socialização, a
autonomia e a responsabilidade.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a
necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos.
É na sociedade que o ser humano se manifesta e se comunica, identificando os
valores que são construídos e é dessa forma que se constrói os fatores predominantes
como os hábitos culturais.
A educação tem um papel fundamental na sociedade, alicerçando nos
educandos um pensamento crítico, reflexivo e transformador por meio das atividades
escolares.
É nesta perspectiva que a educação encontra um dos seus desafios: instrumentalizar o educando para sua emancipação social com equilíbrio e sobriedade, estabelecendo subsídios para a construção de uma sociedade fundada nos princípios da coletividade, justiça e liberdade sem restrições de qualquer natureza, permitindo a convivência na e pela diversidade (…) (PASSOS, 2011)
A escola deve ser inclusiva e constituindo a prática mais recente de que se tem
notícia num processo de educação para todos. Esta tem validade em princípios que visam
a aceitação das diferenças individuais, a valorização da contribuição de cada pessoa, a
17
aprendizagem através da cooperação e a convivência dentro da diversidade humana.
Dentro deste sentido amplo e complexo, o homem deve ser atendido em toda a
sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam a sua necessidade, para que
analise, compreenda e intervenha na realidade.
A escola como instituição social, deve possibilitar o crescimento humano nas
relações interpessoais, bem como propiciar a apropriação do conhecimento elaborado,
tendo como referência a realidade do aluno, portanto:
(…) uma abordagem crítica social dos conteúdos é uma metodologia de ensino que possibilita aos alunos apreender o objeto de conhecimento nas suas propriedades, características, nas suas relações, nas suas contradições e nexos sociais. Por esse procedimento metodológico os conteúdos são ―situados‖ no mundo de hoje, ampliam a experiência cotidiana, levam a formar valores e convicções diante dos desafios da realidade. Em síntese, é pelo estudo ativo das matérias, pelos métodos de assimilação ativa providos pelo professor, pela observação, análise e síntese em relação aos objetos de conhecimento que os alunos podem desenvolver sua capacidade crítica e formar convicções. (LIBÂNEO, 2000, p. 140).
Neste contexto, deve possibilitar ao aluno a aquisição de uma consciência
crítica que lhe amplie a visão de mundo. Esta visão de mundo deve dar-lhe condições de
uma leitura interpretativa dos fatos sociais, das relações intra e interpessoais e dos
homens com a natureza.
O professor, como mediador entre o aluno e o conhecimento, deve ser um
profissional formador, reflexivo, consciente da importância do seu papel, comprometido
com o processo educativo, interfere e cria condições necessárias a apropriação do
conhecimento.
A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de situações
contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.
A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem informações e
subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do aluno. Ao se dispor dessas
informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,
planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da Instituição.
Dentro deste contexto, a cultura é um processo de auto-liberação progressiva
do homem, o que o caracteriza como um ser de mutação, um ser de projeto, que se faz à
medida que transcende, quer ultrapassa a própria experiência. Não há modelos de
conduta, mas um processo contínuo de estabelecimento de valores, produzindo a sua
18
própria história.
As relações de trabalho estão calcadas nas atitudes de solidariedade, de
reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos
princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. Por isso,
todo esforço é feito para se gestar uma nova organização, levando em conta as condições
concretas presentes na escola. São propiciados espaços abertos à reflexão coletiva
favorecendo o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos
envolvidos com o processo educativo.
Sabe-se que no atual cenário educativo, a Gestão Democrática se configura
como sendo um desafio para a consolidação de um ensino verdadeiramente de
qualidade.
Nesse processo de democratização, entende-se que o gestor deve fazer uma
releitura de suas atribuições, a fim de rever algumas atitudes equivocadas no trato
educativo e, assim, traçar metas compatíveis com um ensino que esteja voltado ao
desenvolvimento pleno das competências dos educandos.
A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz
ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e
família, é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que
caracteriza como uma categoria eminentemente democrática.
Nessa perspectiva, a autonomia apresenta-se como um norte a ser perseguido,
no sentido de construir uma escola que esteja centrada numa postura democrática. Assim
sendo, a figura de gestores que descentralizam as ações no âmbito escolar, constitui o
elemento que fará a diferença na construção de um ensino competente e inovador. É
importante salientar que atuar em conjunto exige de todos o compromisso de estar
condicionado a um permanente desejo de renovação, sendo assim, é crucial que todos os
segmentos do Colégio revejam suas atribuições e que não as percam de vista, pois
O coletivo é um organismo social vivo e, por isso mesmo, possui órgãos, atribuições, responsabilidades, correlações e interdependência entre as partes. Se tudo isso não existe, não há coletivo, há uma simples multidão, uma concentração de indivíduos. (MAKARENKO, 2008)
Considerando esse novo perfil a ser construído, acredita-se que liderar não se
restringe, tão somente, às ações meramente administrativas e burocráticas, ao contrário,
19
a concepção que se tem a esse respeito é que a gestão que o novo milênio exige é
aquela que atua em parceria com todos os segmentos que compreende a escola. Assim
sendo, entende-se que a escola que tem como parâmetro melhorar a qualidade do ensino
e fará dessa parceria e corresponsabilidade o seu diferencial.
Os objetivos gerais da gestão democrática são:
Democratizar o processo de planejamento
Melhorar a qualidade do ensino.
Resgatar a intencionalidade da ação educativa.
Superar o caráter fragmentado das práticas educativas.
Racionalizar os esforços e recursos para atingir os fins do processo
educacional.
Superar as imposições ou disputas de vontades individuais, construído a
participação de todos na gestão democrática.
Gerar esperança, a solidariedade e o exercício do trabalho coletivo.
Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições.
O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica,
voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já se pode falar
agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas,
epistemológicas.
A aprendizagem escolar está diretamente ligada ao currículo, organizado para
orientar os diversos níveis de ensino e a prática docente.
O conceito de currículo está associado à própria identidade da instituição escolar, à
sua organização e funcionamento e ao papel que exerce, ou deveria exercer, a partir das
aspirações e expectativas da sociedade e da cultura em que se insere.
O currículo há muito tempo deixou de ser apenas uma área meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas, métodos. Já se pode falar agora em uma tradição crítica do currículo, guiada por questões sociológicas, políticas, epistemológicas. (MOREIRA; SILVA (orgs.), 2005, p. 07)
O currículo é construído a partir do Projeto-político pedagógico da escola
orientando as atividades educativas e as formas de executá-las definindo assim suas
finalidades. Pode ser visto como um guia de como e quando ensinar e avaliar.
20
No âmbito da escola os sistemas educacionais devem ser modificados, não apenas
as suas atitudes e expectativas em relação aos alunos, mas, também, que se organizem
para constituir uma real escola para todos, que dê conta das particularidades de cada um.
5.1 PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA ESCOLA
A escola precisa considerar as expectativas dos alunos, pais, professores e da
comunidade onde está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo
educativo e os conteúdos devem ser extraídos da problematização da prática de vida dos
educandos. Tais conteúdos culturais e universais devem ser incorporados pela
humanidade sendo permanentemente reavaliados face as realidades sociais, conteúdos
indispensáveis a compreensão da prática social, pois
(...) a finalidade da nossa educação reside não somente em educar um homem de espírito criador, um homem- cidadão capacitado para participar com a máxima eficiência na edificação do Estado. Nós devemos educar, também, uma pessoa que seja obrigatoriamente feliz. (MAKARENKO)
É através da educação que ocorre o processo de transformação do indivíduo e
da sociedade e sua função é garantir condições para que o aluno construa instrumentos
que o capacitem para um processo de educação permanente. Onde este desenvolverá
potencialidades, irá qualificar-se para o trabalho e preparar-se para o exercício da
cidadania.
A partir do momento que o Colégio cumpre com seus objetivos reais e que a
educação estabeleça o processo ensino-aprendizagem se evidencia um trabalho
educacional voltado para uma formação capaz de atender as reais necessidades dos
alunos – ensino de qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.
A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto mediador do saber
deve direcionar e oportunizar toda a forma de conhecimento sempre visando obter um
saber mais elaborado, num contexto sócio-interacionista. Porém, o mais importante ainda,
é levar em consideração que o aluno não é um ser pronto, acabado e sim um ser que está
em constantes mudanças nos aspectos físicos, social, emocional e cognitivo. Uma pessoa
que aprende a realidade produz e consome conhecimentos e é na escola cumpridora de
seu papel, na educação consciente e através do educador comprometido que ele tem a
oportunidade de organizar-se melhor.
21
5.2 REDIMENSIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
A dimensão pedagógica, reside na possibilidade de efetivação da finalidade da
educação e da escola na formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo.
A conquista dos objetivos propostos para o Ensino Fundamental e Médio
depende de uma prática educativa que tenha como eixo a formação de um cidadão
autônomo e participativo e o Colégio Padre Francisco Belinovski está disposto a pôr em
prática estes objetivos, para que o discurso não se torne distante da prática e realmente
se efetive a finalidade da educação que se propõe.
No entanto, há determinadas considerações a fazer a respeito do trabalho em
sala de aula, que extravasam as fronteiras de um tema ou área de conhecimento. Estas
considerações evidenciam que o ensino não pode estar limitado ao estabelecimento de
um padrão de intervenção homogêneo e idêntico para todos os alunos. A prática
educativa é bastante complexa, pois o contexto de sala de aula traz questões de ordem
afetiva, emocional, cognitiva, física e de relação pessoal. A dinâmica dos acontecimentos
em uma sala de aula é tal que mesmo uma aula planejada, detalhada e consistente
dificilmente ocorre conforme o imaginado: olhares, tom de voz, manifestações de afeto ou
desafeto e diversas outras variáveis interferem diretamente na dinâmica anteriormente
prevista. Desta forma, a intenção é apontar, no texto que se segue, alguns tópicos sobre
didática considerados essenciais pela maioria dos profissionais em educação: autonomia,
diversidade, interação e cooperação, disponibilidade para a aprendizagem, organização
do tempo e do espaço, seleção de material.
As Diretrizes Curriculares do Paraná propõem, nos objetivos gerais do ensino
fundamental e médio, a formação acadêmica do aluno que reflete, participa e assume
responsabilidades, sendo esta conquista da autonomia condição imprescindível para
alcançar o pleno exercício da cidadania e de uma integração e colaboração social no
meio onde está inserido.
A aprendizagem de determinados conceitos e valores é essencial na
construção da autonomia intelectual e moral do aluno: planejar a realização de uma
tarefa, identificar formas de resolver um problema, saber formular boas perguntas e boas
respostas, levantar hipóteses e buscar meios de verifica-las, validar raciocínios, saber
22
resolver conflitos, cuidar da própria segurança e da de outros, colocar-se no lugar do
outro para melhor refletir sobre uma determinada situação, observar o cumprimento.
O desenvolvimento da autonomia depende de suportes materiais, intelectuais e
emocionais. Dessa forma, podendo ser um cidadão atuante e importante para sua
sociedade.
É importante ressaltar que a construção da autonomia não se confunde com
atitudes de independência. O aluno pode ser independente para realizar uma série de
atividades, enquanto seus recursos internos para se auto – governar são ainda
incipientes. A independência é uma manifestação importante para o desenvolvimento,
mas não deve ser confundida com autonomia.
As adaptações curriculares apontam para a necessidade de adequar
conteúdos, objetivos de avaliação, de forma a atender a diversidade dos indivíduos em
uma sala de aula. Para corresponder aos propósitos explicitados nas Diretrizes
Curriculares do Paraná, a educação escolar deve considerar a diversidade dos alunos
como elemento essencial a ser tratado para a melhoria da qualidade de ensino e
aprendizagem.
Atender necessidades singulares de determinados alunos é estar atento à
diversidade: é atribuição do professor considerar a especificidade do indivíduo, analisar
suas possibilidades de aprendizagem e avaliar a eficácia das medidas adotadas.
A atenção à diversidade deve se concretizar em medidas que levem em conta
não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos de que dispõe o aluno, mas
também a necessidade e importância do conhecimento sistematizado.
Desta forma, a atuação do professor em sala de aula deve levar em conta
fatores sociais, culturais e a história educativa de cada aluno, como também
características pessoais de déficit sensorial, motor ou psíquico, ou de super dotação
intelectual. Trata-se de garantir condições de aprendizagem a todos os alunos, seja
através de melhoramento na intervenção pedagógica ou de medidas extras que atendam
às necessidades individuais.
A escola, ao considerar a diversidade, tem como valor máximo o respeito às
diferença. As diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa;
podem e devem, portanto, ser fator de enriquecimento.
Por isso, somos convidados a fazer de cada hora de trabalho uma obra – prima
23
de precisão, de ordem, de ética e de harmonia, seja qual for a função dentro da escola.
Um dos objetivos da educação escolar é que os alunos aprendam a assumir a
palavra enunciada e a conviver em grupo de maneira produtiva e cooperativa. Desta
forma, são fundamentais as situações em que possam aprender a ouvir, a dialogar, a
pedir ajuda, aceitar críticas e aproveitá-las, explicar um ponto de vista, coordenar ações
para obter sucesso em uma tarefa conjunta. É essencial aprender procedimentos dessa
natureza e valoriza-los como forma de convívio escolar e social.
A criação de um clima favorável a este aprendizado depende do compromisso
do professor em aceitar contribuições dos alunos (respeitando-as, mesmo quando
apresentadas de forma confusa ou incorreta) e em favorecer o respeito, por parte do
grupo, assegurando a participação de todos os alunos.
O estabelecimento de condições adequadas para a interação dos alunos não
pode estar pautado somente em questões cognitivas. Os aspectos emocionais e afetivos
são tão relevantes quanto os cognitivos, principalmente para os alunos prejudicados por
fracassos escolares ou que não estejam interessados no que a escola pode oferecer. A
afetividade, o grau de aceitação ou rejeição, a competitividade e o ritmo de produção
estabelecidos em um grupo interferem diretamente na produção do trabalho.
Para a execução e favorecimento do trabalho cooperativo é preciso considerar
a organização social para realização das atividades.
A organização dos alunos em grupos de trabalho influencia o processo de
ensino e aprendizagem, e pode ser otimizada quando o professor interfere na
organização dos grupos. Organizar por ordem alfabética ou por idade não é a mesma
coisa que organizar por gênero ou por capacidades específicas: por isso é importante que
o professor discuta e decida os critérios de agrupamento dos alunos. É necessário que o
professor decida a forma de organização social em cada tipo de atividade, em cada
momento do processo de ensino e aprendizagem, em função daqueles alunos
específicos. Agrupamentos adequados, que levem em conta a diversidade dos alunos,
tornam-se eficazes na individualização do ensino.
O convívio escolar pretendido depende do estabelecimento de regras e normas
de funcionamento e de comportamento que sejam coerentes com os objetivos definidos
na proposta pedagógica. A comunicação clara destas normas possibilita a compreensão
pelos alunos das atitudes de disciplina demonstradas pelos professores dentro e fora da
24
classe.
A motivação e o interesse são aspectos fundamentais para qualquer tendência
pedagógica. Como fazer com que o aluno se disponha a realizar as aprendizagens
escolares?
Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer, é necessário
disponibilidade e envolvimento do aluno na aprendizagem, empenho em estabelecer
relações entre o que já sabe e o que está aprendendo, em usar os instrumentos
adequados que conhece e dispõe no sentido de alcançar a maior compreensão possível.
Este tipo de aprendizagem exige uma ousadia para problematizar e buscar soluções e
experimentar novos caminhos, de maneira totalmente diferente da aprendizagem
mecânica.
É necessário garantir que o aluno conheça o objetivo da atividade, situe-se em
relação à tarefa, reconheça os problemas que a situação coloca, e que seja capaz de
resolve-los. Para tal, é necessário que o professor proponha situações didáticas com
objetivos claros, para que os alunos possam tomar decisões pensadas sobre o
encaminhamento de seu trabalho, além de selecionar e tratar ajustadamente os
conteúdos. A complexidade da atividade também interfere no envolvimento do aluno. Um
nível de complexidade muito elevado, ou muito baixo, não contribui para a reflexão e o
debate, situação que indica a participação ativa e comprometida do aluno no processo de
aprendizagem.
Neste enfoque de abordagem profunda da aprendizagem, o tempo reservado
para a atuação dos alunos é determinante. Se a exigência é de rapidez, a saída mais
comum é estudar de forma superficial. O professor precisa buscar um equilíbrio entre as
necessidades da aprendizagem e o exíguo tempo escolar, coordenando o tempo para
cada proposta que encaminha.
Outro fator que afeta a disponibilidade do aluno para a aprendizagem é a não
fragmentação entre escola, sociedade e cultura, o que exige trabalho com objetos sócio –
culturais do cotidiano extra – escolar, como por exemplo : jornais, revistas, filmes,
instrumentos de medida etc, sem esvazia-los de significado, ou seja, sem que estes
percam sua função social real, contribuindo assim, para imprimir sentido às atividades
escolares.
Quando o sujeito está aprendendo se desenvolve inteiramente. O processo,
25
assim como seu resultado, repercutem no sujeito de forma global. Assim, o aluno, ao
desenvolver as atividades escolares, aprende não só sobre o conteúdo em questão mas
também sobre o como aprende, construindo uma imagem de si enquanto estudante. Esta
auto – imagem é também influenciada pelas representações que o professor e seus
colegas fazem dele e que de uma forma ou outra, são explicadas nas relações
interpessoais do convívio escolar.
O aluno com um auto – conceito positivo considera vencedor na escola e se
convence que é capaz, acaba por desenvolver comportamentos confiante e
empreendedor.
Aprender é uma tarefa árdua, na qual se convive o tempo inteiro com o que
ainda não é conhecido. Para o sucesso da empreitada, é fundamental que exista uma
relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno, de maneira que a situação
escolar possa dar conta de todas as questões . Mas isto, não fica garantido apenas e
exclusivamente pelas ações do professor, embora estas sejam fundamentais dada a
autoridade que este representa, mas também deve ser conseguido nas relações entre os
alunos. O trabalho educacional inclui as intervenções para que os alunos aprendam a
respeitar as diferenças, a estabelecer vínculos de confiança e uma prática cooperativa e
solidária.
Em geral, os alunos buscam corresponder às expectativas de aprendizagem
significativa, desde que haja um clima favorável de trabalho, no qual a avaliação e a
observação do caminho por eles percorrido seja, de fato, instrumento de auto – regulação
do processo de ensino e aprendizagem.
A consideração do tempo como variável que interfere na construção da
autonomia, permite ao professor criar situações em que o aluno possa progressivamente
controlar a realização de suas atividades. Através de erros e acertos, o aluno toma
consciência de suas possibilidades e constrói mecanismos de auto – avaliação.
É necessário que o professor defina claramente as atividades, estabeleça a
organização em grupos, disponibilize recursos materiais adequados e defina o período de
execução previsto, dentro do qual os alunos serão livres para tomar suas decisões. Caso
contrário, a prática de sala de aula torna-se insustentável pela indisciplina que gera.
Outra questão relevante é o horário escolar, que deve obedecer ao tempo
mínimo estabelecido pela legislação vigente para cada uma das áreas de aprendizagem
26
do currículo. A partir deste critério, e em função da opção colocada na Proposta
Pedagógica, é de 50 minutos, cada aula
O Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski preocupa-se com o
desenvolvimento do conhecimento sistematizado para formação do cidadão crítico,
participativo na sociedade onde está inserido.
5.3 ENSINO FUNDAMENTAL DOS 9 ANOS
5.3.1 Concepção de Infância e Adolescência
A educação no Brasil, num contexto histórico, sofreu muitas transformações, pois o
mundo contemporâneo exigia um sujeito bem informado para o crescente processo de
industrialização. A escola, como parte integrante dessa sociedade, não podia ficar de fora
dessas transformações e teve que se adequar.
Essas mudanças também atingiram profundamente a estrutura familiar, sendo que
a mulher foi inserida no mercado de trabalho e, a criança, de frequentar a escola mais
cedo. Portanto, houve a necessidade de ampliar a escola e torná-la gratuita incluindo as
crianças com menos idade no ensino fundamental.
No quadro abaixo podemos perceber as mudanças educacionais no Brasil:
Lei 4.024/1961: 4 anos de escolaridade obrigatória. Lei 5.692/1971: 8 anos de escolaridade obrigatória. Lei 9.394/1996: possibilidade de 9 anos de escolaridade obrigatória. Lei 11.274/2006: 9 anos de escolaridade obrigatória, com a inclusão das crianças de 6 anos. (FARIA, 2011)
Em alguns municípios brasileiros , há mais de dez anos, crianças de seis anos
frequentam o ensino fundamental, seja ampliando essa etapa da educação básica para
nove anos ou a obrigatoriedade de oito anos.
Inserir crianças de seis anos no ensino fundamental, significa dar à elas maiores
oportunidades socioculturais de aprender seu tempo de infância, de pré-adolescência e
de adolescência. Não significa ampliar a escolaridade para sair mais cedo da escola,
mas, sim, ampliar o tempo de estudo e, portanto, dos conhecimentos adquiridos.
Para incluir uma criança de seis anos na escola temos que ter claro a concepção
de infância, pois a expectativa em relação ao ingresso no ensino obrigatório é diferente da
27
Educação Infantil.
A criança vive um momento único do desenvolvimento humano em que aprende a
falar, andar, brincar e interagir no meio que vive. A Infância por sua vez, é uma categoria
social, que varia de acordo com o meio em que vive, com sua cultura, classe social.
É preciso pensar na criança como integrante de uma cultura em desenvolvimento e
também físico e motor, construindo e conhecendo a parte corporal, formando sua
identidade, sua autonomia, e estabelecendo laços sociais e afetivos. Também está se
estruturando as múltiplas linguagens e o pensamento verbal.
O que diferencia a criança do adulto é sua essência enquanto ser, seu modo de
agir e pensar é o caracteriza o sentimento de infância.
Segundo Zabalza (1998) ao citar Fraboni, a criança deve ter todas as suas dimensões
respeitadas. A criança é um sujeito de direito que precisa ter suas necessidades físicas,
cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas.
O atendimento das crianças que ingressam com seis anos de idade exige do
educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as crianças.
Ter claro a concepção de infância com características bem diferentes das dos adultos é
que vai gerar a maiores mudanças no ensino de 9 anos.
5.3.2 Concepção de Alfabetização e Letramento
No Brasil, na década de 80, a alfabetização e o letramento tornou-se foco de
atenção na área da educação, porém eles se confundem. Não é possível não separar os
dois conceitos, pois o estudo do aluno no mundo da escrita se dá por meio deles.
A alfabetização deve ser desenvolvida em um contexto de letramento no início da
aprendizagem da escrita, desenvolvendo as habilidades das práticas sociais que
envolvem a língua escrita e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado.
Letramento é aquele indivíduo que interage na leitura, se emociona, se interessa,
se diverte, é entender o que as letras querem dizer. Essa inclusão começa muito antes da
alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente. Por isso muitas crianças
já vão para a escola com o conhecimento absorvido no cotidiano.
Uma pessoa alfabetizada não é, propriamente dita, letrada. Alfabetizado é aquele
que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever contextualizando com o
28
mundo. Portanto, alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto social da
leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado.
Para formar cidadãos críticos a alfabetização e o letramento são essenciais, pois
dessa forma as crianças podem compreender os signos, os símbolos e o mundo em que
vivemos de uma maneira mais significativa.
5.4 LEI Nº 10.639/03 E DELIBERAÇÃO DO CEE/PR (HISTÓRIA E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA E AFRICANA
(...) Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e
valorizar e diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e línguas (...). (MEC, 1998).
A multiplicidade de raízes da nossa formação cultural não pode ser
desconsiderada sob pena de se priorizar apenas a visão hegemônica e unilateral de
mundo. O Brasil multicultural, pluri ético, deve ser estudado. Os currículos escolares
precisam contemplar o conhecimento de todos os povos, sem exclusão. Assim, a grande
maioria que compõe a mestiçagem do país poderá reconhecer-se e ser reconhecida como
detentora de valores humanos próprios e partícipe do processo de desenvolvimento.
Não há dúvida nenhuma a importância do Estudo do Continente Africano nos
currículos da escola básica. Este continente na verdade é uma das bases da nossa
cultura nacional, da nossa língua, da nossa história. É inegável que precisamos ir além da
escravidão nas aulas de História do Brasil. Afinal, todos sabemos que a história do negro
que é contada nos livros didáticos começa e termina na escravidão.
A Lei nº 10.639/03 altera a Lei nº 9.394 de 20 de novembro de 1996, que
estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, obriga a incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a temática História e Cultura Afro-Brasileira.
5.5 LEI Nº 11645/08 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, INDÍGENA E
AFRICANA
A Lei nº 11645/08 altera a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, modificada
29
pela Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática ―História e cultura Afro-brasileira e Indígena‖.
Art. 1º – O art. 26-A da Lei nº 9.394, da Lei nº 11.645, de 10/03/2008 e 20/12/1996, passa vigorar com a seguinte redação: Art. 26-A – Nos Estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1º – O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta de negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indigena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-brasileira e Africana
nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões
pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que,
além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar
devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, é preciso valorizar
devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem
há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas
decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população
negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se
enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluri étnica,
capazes de construir uma nação democrática.
Aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de
acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e
de seus descendentes para a construção dos africanos escravizados e de seus
descendentes para a construção da nação brasileira: de fiscalizar para que, no seu
interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo
que são vítimas.
Para conduzir suas ações, os sistemas de ensino, os estabelecimentos e os
professores terão como referência, entre outros pertinentes às bases filosóficas e
30
pedagógicas que assumem, os princípios a seguir explicitados.
Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia
aproximadamente cem milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse
número chegava a cinco milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros
estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-
guarani (região do litoral), macrojê ou tapuias (região do planalto central), aruaques
(Amazônia) e caraíbas (Amazônia).
Atualmente, calcula-se que apenas quatrocentos mil índios ocupam o território
brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo.
São cerca de duzentas etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem
mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com
que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
5.6 LEI Nº 9795/99 - POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Atualmente as questões ambientais e a sua crise se impõe perante a sociedade. Um dos instrumentos apresentados como meio para minimizar, mitigar esta problemática é a Educação ambiental. No que concerne a esse assunto, é necessário estimular um processo de reflexão e tomada de consciência dos aspectos sociais que envolvem as questões ambientais emergentes. Para que se desenvolva uma maior compreensão crítica por parte de educadores e educandos. Assim, almeja-se incentivar a comunidade escolar a adotar uma posição mais consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais, contribuindo para a diminuição contínua das disparidades sociais e do consumismo desenfreado. (Caderno Temáticos da Diversidade, 2008, p. 08)
Como um avanço acerca das discussões sobre Educação Ambiental, foi
promulgada a Lei Federal 9795/99, quase 11 anos após a Constituição de 1988, para
instituir a Política Nacional de Educação Ambiental.
A regulamentação dessa Lei ocorreu somente em 2002, por meio do Decreto
4281/02. Esta legislação acolheu muitas ideias apontadas nas diversas conferências
internacionais, outorgando à Educação Ambiental um caráter social decorrente de
propostas de desenvolvimento sustentável. Assim tornar efetiva a Educação Ambiental em
todos os níveis e modalidades constitui um imperativo não só diante da atual legislação,
mas diante da necessidade de dar soluções adequadas aos graves problemas que afetam
o Planeta.
É consenso na comunidade internacional que a educação ambiental deve estar
31
presente em todos os espaços que educam. A escola é um dos locais privilegiados para a
realização da educação ambiental, desde que dê oportunidade à criatividade.
Como perspectiva educativa, a educação ambiental pode estar presente em
todas as disciplinas, enfocando as relações sociais, sem deixar de lado suas
especificidades.
Na educação ambiental escolar deve-se enfatizar o estudo do meio ambiente
onde vive o aluno, procurando levantar os principais problemas da comunidade, as
contribuições da ciência, os conhecimentos necessários e as possibilidades concretas
para a solução deles.
5.7 LEI Nº 13381/01 - HISTÓRIA DO PARANÁ
A Lei nº 13381 de 19/12/2001 torna obrigatório, no Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina de História do
Paraná.
Art. 1º. Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual de
Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e Médio,
objetivando a formação dos cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização
do nosso Estado.
§ 1º. A disciplina História do Paraná deverá permanecer, como parte
diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos em
outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
§ 2º. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens
e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania
paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.
Art. 2º. A Bandeira, O Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos nos
conteúdos da disciplina História do Paraná.
Parágrafo único. O hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino do
Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas comemorações
festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
Art. 3º. As instituições escolares e a comunidade poderão concorrer para a
eficácia da aprendizagem da História do Paraná, através de um processo de cooperação
32
permanente.
5.8 LEI Nº 11343/06 - SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, no âmbito das escolas públicas estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos científicos desprovidos de preconceitos e discriminações. (Cadernos Temáticos, p.7, 2008).
Historicamente, no Brasil, o tema do uso do álcool e de outras drogas vem
sendo associado à criminalidade e práticas antissociais e à oferta de tratamentos
inspirados em modelos de exclusão/separação do convívio social.
Estudos no Brasil, apontam que o álcool, o tabaco e alguns medicamentos
psicotrópicos são as drogas mais consumidas e responsáveis pelos maiores índices de
problemas nas áreas de saúde pública, educação e segurança, dentre outras.
Diante disso, se viu a necessidade de discutir, no âmbito escolar, a prevenção
das drogas para situar o papel das escolas públicas diante desta situação. A escola como
espaço privilegiado para a socialização dos conhecimentos pode e deve intensificar e
ampliar os estudos e discussões sobre a problemática das drogas, envolvendo, se
possível, todos os sujeitos da comunidade escolar.
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas faz parte da Coordenação dos
Desafios Educacionais Contemporâneos, do Departamento da Diversidade, da SEED
(Secretaria Estadual da Educação) e é um processo que requer tratamento adequado e
cuidadoso.
O encaminhamento proposto é o de tratar o assunto de maneira crítica,
histórica e pedagógica articulada com os conteúdos de todas as disciplinas da Educação
básica.
Sendo assim, trabalhar com a prevenção ao uso indevido de drogas no
âmbito da política educacional do Estado do Paraná implica em compreender que
o trabalho é com o conhecimento escolar, o qual é específico, advindo da produção
intelectual dos homens, mas que serve para possibilitar também o conhecimento
amplo, elaborado na ação humana coletiva, inserido em relações sociais as quais
geram novas necessidades de reflexões e elaborações teóricas. Assim, é
33
necessário incitar os alunos a discutir os aspectos sociais, econômicos, políticos,
históricos, éticos e culturais envolvidos na problemática das drogas nas diferentes
abordagens sobre a prevenção ao uso indevido de drogas presentes na sociedade
e na escola.
5.9 LEI Nº 11733/97 E 11734/97 E– EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO À AIDS E
DST
A Lei 11733 de 28 de maio de 1997 autoriza o Poder Executivo a implantar
campanhas sobre Educação Sexual, a serem veiculadas nos estabelecimentos de ensino
estadual de Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná e a Lei 11734 de 28 de
maio de 1997 torna obrigatória a veiculação de programas de informação e prevenção da
AIDS para os alunos de Ensino Fundamental e Médio, no Estado do Paraná.
VI MARCO OPERACIONAL
6.1 AVALIAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Sendo o projeto um trabalho de grupo, uma conquista do coletivo da escola,
todos passam a defender seu fortalecimento.
Além da avaliação feita pelos educadores da escola – que é indispensável – as
críticas vindas de fora, trarão importantes contribuições para esse acompanhamento.
A avaliação do projeto será um processo constante de análise dos resultados
obtidos e registros sistemáticos e regulares de todo o processo realizado, pois seus
efeitos sobre os alunos, a equipe de educadores, o ambiente de trabalho e o
funcionamento da escola, a participação dos pais, merecem constantemente indagações
como:
- Melhorou a comunicação entre as pessoas do Estabelecimento de Ensino?
- Fortaleceu-se o trabalho coletivo?
- Conselhos de Classe e Reuniões Pedagógicas tornam-se mais produtivas?
- Os alunos estão permanecendo na escola da melhor forma possível?
34
Este questionamento se fará a cada final de ano através de entrevistas e
questionários, envolvendo a comunidade, os funcionários e alunos e em seguida será
encaminhado ao NRE. Isto permitirá que normas e objetivos comuns passem a ser
claramente expressos e vivenciados por todos, permeando a vida e o funcionamento do
Estabelecimento de Ensino.
Cada educador terá uma contribuição importante na tarefa comum a todos,
qual seja, oferecer o atendimento escolar e condição de sucesso aos alunos.
6.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO
A presença das TECNOLOGIAS em cada uma das áreas é a opção para
integrar os campos ou atividades de aplicação, isto é, os processos tecnológicos próprios
de cada área de conhecimento resulta da importância que ela adquire na educação geral
– e não mais apenas na profissional – em especial no nível do ensino médio. Neste a
tecnologia é o tema por excelência que permite contextualizar os conhecimentos de todas
as áreas e disciplinas no mundo do trabalho.
A tecnologia na educação contemporânea do jovem deverá ser contemplada
também como processo. Em outras palavras, não se tratará apenas de apreciar ou dar
significado ao uso da tecnologia, mas de conectar os inúmeros conhecimentos com suas
aplicações tecnológicas, recurso que só pode ser bem explorado em cada nucleação de
conteúdos, e que transcende a área das ciências da natureza. A este respeito é
significativa a observação de Menezes: A familiarização com as modernas técnicas de
edição, de uso democratizado pelo computador, é só um exemplo das vivências reais que
é preciso garantir. Ultrapassando assim o “discurso sobre as tecnologias‖, de utilidade
duvidosa, é preciso identificar nas matemáticas, nas ciências naturais, nas ciências
humanas, na comunicação e nas artes, os elementos de tecnologia que lhes são
essenciais e desenvolvê-los como conteúdos vivos, como objetivos da educação e, ao
mesmo tempo, meio para tanto.
A proposta pedagógica deste Colégio será a aplicação de ambos, princípios
axiológicos e pedagógicos, no tratamento de conteúdos de ensino que facilitem a
constituição dos objetivos valorizados pela LDB. As áreas que se seguem resultam do
esforço de traduzir esses objetivos em termos mais próximos do fazer pedagógico, mas
35
não tão específicos que eliminem o trabalho de identificação mais precisa e de escolha
dos conteúdos de cada área e das disciplinas às quais eles se referem em virtude de seu
objeto e método de conhecimento. Essa sintonia fina, que se espera resulte de consensos
estabelecidos em instâncias dos sistemas de ensino cada vez mais próximas da sala de
aula, será o espaço no qual a identidade deste Colégio se revelará como expressão de
sua autonomia e como resposta à diversidade.
6.3 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática
escolar, é imprescindível entendê-la como instrumento de análise permanente do
processo pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não se
aprimorando dos conteúdos.
Desse modo a avaliação tem função diagnóstica possibilitando ao professor
novas ações e ajustes no planejamento.
Para que a avaliação realizada expresse os princípios filosóficos que
sustentam o plano curricular, é necessário o estabelecimento de critérios claros e
decorrentes de conteúdos significativos. Estes critérios fazem parte do planejamento de
todos os professores, independente da área de conhecimento que atue. Assim, a
avaliação nas diferentes áreas do conhecimento tem a função de obter informações
relevantes do processo escolar, a fim de permitir que as ações educativas não se afastem
do projeto pedagógico a que o currículo se propõe.
A avaliação tem como pressuposto a capacidade dos alunos de desenvolver
conhecimentos ao longo das experiências oferecidas em uma ou outra área de
conhecimento. A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta perspectiva, poderá
sugerir estratégias de recuperação muito mais ricas do que a mera repetição de
conteúdos não dominados, uma vez que permita planejar atividades interdisciplinares,
considerando a interseção entre as áreas do conhecimento.
Dependendo das informações que a avaliação oferecer ao professor, este
poderá sentir-se seguro diante do encaminhamento adotado ou poderá ver-se diante da
necessidade de reformar no todo ou em parte o seu trabalho, adequando-o às
necessidades que o domínio de um conteúdo por uma determinada classe lhe exige.
36
É preciso, então, que todo processo avaliativo seja conscientemente vinculado
à concepção de ensino, que permeia a prática pedagógica e, consequentemente, ao
conhecimento metodológico.
A avaliação deve ser considerada sobre dois aspectos: o nível de
desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial do aluno,
O professor ciente destas dimensões no processo de avaliação pode interagir
na apropriação do conhecimento, pelo aluno, não se restringindo somente em identificar
as dificuldades ou os critérios de aquisição de conhecimento.
Como instrumentos e técnicas de avaliação, são utilizados testes de
aproveitamento orais e escritos questionários com apoios em pesquisa, tarefas
específicas, trabalhos de criação, observações espontâneas ou dirigidas, autoavaliação,
relatórios, observação direta do professor e outros que se recomendem. A nota semestral
é resultante da somatória de valores em cada instrumento de avaliação sendo valores
cumulativos, em várias aferições, na sequencia e ordenação de conteúdos. Será expressa
numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), considerando-se os
décimos.
O rendimento mínimo exigido é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por área do
conhecimento.
A classificação é realizada por promoção, para alunos que cursaram com
aproveitamento a série anterior no próprio Colégio, por transferência para alunos
procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na
escola de origem e independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que define o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permite sua
inscrição na série adequada. Não é adotada a progressão parcial.
Na promoção, o aluno é considerado aprovado com frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e
média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e é considerado reprovado com
frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do
período letivo, com qualquer média anual ou com frequência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) depois de submetido
ao Conselho de Classe.
Para maiores esclarecimentos sobre quaisquer aspectos destas questões,
37
pode-se voltar a consultar o Regimento Escolar.
6.3.1 Critérios Gerais de Avaliação
O aluno apresenta lógica, clareza e coerência nas exposições de ideias?
O aluno sabe argumentar criticamente suas ideias?
O aluno sabe analisar um texto?
Apresenta fundamentação nas respostas dadas?
Em debates, o aluno, apresenta capacidade de expressão e argumentação?
Diferencia conceitos do senso comum e conceitos científicos?
Reflete e analisa criticamente o conhecimento científico?
Percebe o conhecimento além da atividade intelectual dentro e fora da
escola?
Consegue formar, analisar e concluir conceitos?
Comunica-se oralmente, por escrito ou gestualmente?
6.4 DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO
A Lei 9.394 está comprometida com os fins da educação, entre os quais
emerge como o principal a aprendizagem dos seus alunos, reconhece também que a
escola, para poder adequar-se às características regionais e de seus alunos e, dessa
forma poder alcançar um padrão de qualidade, necessita ter autonomia para a definição
de sua proposta pedagógica onde se inclui, indiscutivelmente, a possibilidade de distribuir
seus alunos não em função do número de dias, meses ou anos cursados, mas, sim, em
decorrência dos conhecimentos que adquiram, na própria escola ou em qualquer outro
lugar, até mesmo sozinho. Consequentemente, a escola poderá classificar ou reclassificar
seus alunos ou futuros alunos, nos períodos, ciclos, séries, fases, etapas ou módulos,
através dos quais ela tenha se organizado, em decorrência de sua proposta pedagógica e
de acordo com as normas definidas pelo ―respectivo sistema de ensino‖.
6.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
38
A Recuperação Contínua de Estudos é planejada, constituindo-se num
conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos
alunos. Nela professor considera a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e,
para aferição do semestre, serão considerados os progressos dos alunos em todas as
atividades desenvolvidas.
A Recuperação Contínua de Estudos deverá ser realizada no período letivo
durante o processo de aprendizagem, destinado aos alunos de baixo rendimento escolar.
Ela ocorrerá imediatamente após a constatação da dificuldade, sendo que a seguir será
feita a reavaliação que permitirá saber se houve a recuperação de fato, tanto de
conteúdos como dos resultados.
A Recuperação Contínua de Estudos acontecerá das seguintes formas: re
explicação de conteúdos utilizando-se de diversas estratégias, re-elaboração dos
trabalhos conforme a orientação do professor, com utilização de pesquisas às quais
poderão ser apresentadas individualmente ou em grupo.
6.6 ESTÁGIO DE ESTUDANTES
Segundo o artigo 1º da Lei 11.788: ―Estágio é o ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos‖.
O estágio pode ser:
§ 1º Estágio Obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2º Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. (BRASIL, 2008, p. 1)
Na Lei fica clara que podem estagiar os estudantes regularmente matriculados
e frequentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação
profissional (técnico), de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos, a EJA. Não há
referência na Lei sobre a idade mínima para estagiar, mas segundo o Estatuto da Criança
e do Adolescente, a idade permitida para o início da atividade profissional é aos 16 anos.
Para a caracterização do estágio, é obrigatória a participação da instituição de
39
ensino. No artigo 16º, temos a seguinte informação: o termo de compromisso deverá ser
firmado por três partes: o estagiário, seu representante ou assistente legal, pelos
representantes legais da parte concedente e pela instituição de ensino.
O procedimento mais importante do Colégio é a inclusão do estágio não
obrigatório no projeto pedagógico de cada curso. Caso contrário o estudante ficará
impedido de estagiar.
Um professor orientador ficará responsável pelo acompanhamento do estágio, solicitando
aos educandos que entreguem um relatório de atividades a cada 6 meses e comunicar à
parte concedente do estágio no início do período letivo, as datas de realização de
avaliações escolares ou acadêmicas.
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I — 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos; II — 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
O tempo máximo de duração do estágio, conforme Art. 11., não poderá exceder
2 (dois) anos, por qualquer uma das partes, exceto quando se tratar de estagiário com
deficiência.
O estágio é importante, pois ajuda a educação no Brasil, mantendo mais
alunos nas escolas, pois só poderá estagiar quem estiver matriculado e frequentando o
curso.
6.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
O Conselho Escolar é um órgão colegiado que tem como objetivo promover a
participação da comunidade escolar nos processos de administração e gestão da escola,
visando assegurar a qualidade do trabalho escolar em termos administrativos, financeiros
e pedagógicos. È constituído por membro nato e por representantes de todos os
segmentos da comunidade escolar. O Conselho Escolar terá como membro nato o diretor
do estabelecimento e os representantes serão escolhidos entre seus pares, mediante
processo seletivo que ocorrerá de dois em dois anos.
40
O Conselho Escolar do Colégio Padre Francisco Belinovski foi aprovado em
29 / 09 /2005.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da
escola, em que vários professores das diversas disciplinas, funcionários, juntamente com
a equipe pedagógica, reúnem – se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos
alunos das diversas séries, cujas características básicas são: a forma de participação
direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo pedagógico; sua
organização interdisciplinar ; a centralidade da avaliação escolar como foco de trabalho.
A Equipe Administrativa tem seu papel específico na escola, mas não pode
ser considerada excluída do contexto pedagógico da comunidade escolar.
A Equipe de Direção cujo objetivo é gestar a ação educativa no espaço
escolar envolvendo os aspectos pedagógicos – administrativos – sociais.
A Equipe Pedagógica compete organizar o coletivo dos educadores,
envolvendo as pessoas que trabalham na escola em sua globalidade, na interação
consigo e com os outros, a interação entre o planejado e emergente, a abertura da escola
à sociedade, questionamento e análise permanente das ações, articuladora do Projeto
Político Pedagógico, comprometido com o saber ser e com a atuação coletiva,
objetivando o saber conviver de modo que sua competência seja expressa em ações que
possibilitem: liberdade, participação, diálogo, responsabilidade, emancipação, crítica e
transformação numa articulação inseparável: âmbito escolar e contexto social.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão colaborador do
espaço educativo, não só na promoção de eventos, mas na participação ativa e efetiva do
colegiado de pais, mestres e funcionários envolvidos no processo educativo. Discute e
acompanha o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico. Participa de reuniões com
a equipe pedagógica e administrativa, discutindo e sugerindo ações que oportunizem a
integração da família – escola – comunidade. Integrando a comunidade no contexto da
escola, visando sempre a sua realidade na discussão política educacional para a
democratização do ensino e a conquista da gestão colegiada. As eleições para a diretoria
e o Conselho deliberativo e fiscal realizar-se-ão bianualmente, podendo ser re-eleitos por
mais dois mandatos, observando-se o que consta no estatuto da APMF.
O Grêmio Estudantil, cumpre um importante papel na formação e no
desenvolvimento educacional, cultural e esportivo dos jovens, organizando debates,
41
apresentações teatrais, festivais de música, torneios e outras atividades, contribuindo
decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional dos alunos.
Nas eleições para o grêmio estudantil, a comissão eleitoral deve ser composta
por pelo menos um mês antes da gestão. A Comissão deve ser composta por alunos de
todos os turnos em funcionamento na escola. Os alunos da Comissão não poderão
concorrer às eleições. São considerados eleitores todos os alunos matriculados e
frequentes.
O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Padre Francisco Belinovski foi criado
em 01/12/2004.
6.8 PLANO DE AÇÃO PARA GESTÃO 2009 a 2011
6.8.1 Justificativa
Considerando que o colégio é um ambiente onde o coletivo deve prevalecer,
que a qualidade é fundamental para a escola funcionar bem e acreditando que o real
compromisso de toda a comunidade é necessário para formarmos verdadeiros cidadãos,
entende-se que o GESTOR é o mediador do processo e deve estar comprometido com as
políticas públicas e com a formação plena do indivíduo.
A construção de uma escola em que a participação seja uma realidade
depende da ação de todos: dirigentes escolares, professores, funcionários estudantes,
pais e comunidade local. Essa união é fundamental para o exercício do aprendizado
democrático que possibilite a formação de indivíduos críticos, criativos e participativos.
O trabalho do diretor escolar é complexo. Abrange planejamento, liderança,
coordenação, mediação, motivação e monitoramento das ações internas da escola.
A direção deve priorizar que a escola ofereça a formação e o conhecimento do
aluno, para atender dificuldades de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e
especializado.
Como gestoras deste colégio estaremos comprometidas em propor estratégias
que irão nortear a ação desta gestão, envolvendo todos em trabalho de equipe,
congregando esforços, para que possamos atuar na transformação da nossa realidade
escolar, pautando-nos na transparência, moralidade e legalidade, conhecendo a
responsabilidade democrática.
42
6.8.2 Objetivos Gerais
Melhorar a qualidade do ensino realizando ações a curto, médio e longo prazo,
de forma coletiva, atendendo necessidade da comunidade, com trabalhos em equipe,
envolvendo família, comunidade e escola, fazendo com que o aluno se sinta seguro e
acredite que é importante estudar.
Trabalhar com clareza e transparência nas decisões, valorizando profissionais
e alunos, ressaltando o que cada um tem de bom, e trabalhando em prol do conjunto,
respeitando a diversidade e permitindo que todos sejam o que são.
6.8.3 Ações
Melhoria das condições do patrimônio escolar (cadeiras, carteiras, portas,
banheiros, mesas do refeitório, etc.);
Participação da APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar nas t
tomadas de decisões, fazendo com que participem dos planos de aplicação
das verbas;
Tornar pública a prestação de contas sobre verbas e gastos efetuados;
Incentivar o esporte e a cultura, por meio de diversas atividades escolares;
Melhorar o acervo da biblioteca e providenciar mudanças nesse espaço;
Buscar parcerias junto à Fundepar e Órgãos Municipais para
fechamento da quadra de esportes;
Resgatar a comunidade para participar da escola, conquistando as
famílias;
Criar uma cantina com frutas e produtos naturais, em parceria com as 8ª
séries e 3º anos, revertendo parte do lucro em benefício do colégio;
Aquisição de materiais para enriquecimento das aulas, nas diversas
disciplinas, com sugestões dos professores;
Providenciar materiais para as aulas de Educação Física, como mesa de
pingue-pongue e xadrez para promover campeonatos;
Promover palestras diversificadas para os alunos (aberta para a
comunidade);
43
Arrecadação e venda de latinhas, garrafas PET, papéis e óleo de cozinha,
cuja renda será revertida no desenvolvimento dos projetos que beneficiam
os alunos;
Criar uma horta com chás e temperos e posteriormente incluir também o
cultivo de verduras e legumes para o consumo dos próprios alunos;
Colocar mais lixeiras no colégio e também na quadra de esportes;
Organizar uma míni farmácia de ervas naturais (chás), ataduras,
esparadrapos, curativos, etc., criando um kit de primeiros socorros;
Divisão e reorganização das salas com melhor aproveitamento
(biblioteca, sala dos professores, da equipe pedagógica, depósito da
merenda escolar);
Melhoria na educação – conteúdo, disciplina, ética;
Instalar sistema de caixas de som nas salas de aula que servirão para dar
recados,
mensagens e ouvir os hinos.
Procurar colocar em prática os projetos que constam no PPP como
passeios culturais (Parque Iguaçu, Parque do Mate, Lapa, Ouro Fino,
etc.), assim como aqueles trabalhados dentro do próprio colégio (ecologia
e cidadania, sexualidade, valores, entre outros).
Incluir novos projetos no PPP: horta escolar; reciclagem de óleo de
cozinha, latinhas, garrafas PET; escola integrada junto á comunidade
com atividades desenvolvidas aos sábados.
Implantar o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), que visa melhorar
a qualidade de ensino com estratégias que envolvem toda a
comunidade escolar, a partir de um diagnóstico da situação da escola
onde se analisa seu desempenho, seus processos, suas relações internas e
externas, seus valores, sua missão, suas condições de funcionamento e
seus resultados. A partir dessa análise, projeta o seu futuro com decisões
tomadas no presente.
6.9 PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO ENTRE ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO
44
FUNDAMENTAL E O ENSINO MÉDIO
Para que possa haver uma articulação entre os anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, é importante que haja discussões entre os educadores
da rede municipal e estadual, preparando-os para lidar com os alunos na transição do 5º
para o 6º ano e do 9º para o Ensino Médio.
Essa discussão poderá estar baseada na abordagem em sala de aula de
conteúdos fundamentais para essa transição. Os professores de ambas as redes devem
estabelecer um contato para aproximar os educadores havendo assim, uma
continuidade nos conteúdos ensinados.
Dessa forma, os professores das séries finais saberiam quais dificuldades os
alunos que vieram das séries iniciais têm e como saná-las. E os professores das séries
iniciais saberiam o que poderiam trabalhar com os alunos para que eles estivessem mais
bem preparados para as séries finais e Ensino Médio.
Esse encontro é a oportunidade de conhecer a visão de outros educadores e
buscar soluções em conjunto para questões encontradas em sala de aula.
As discussões podem se basear na Proposta curricular, nos PCN e nas Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná e as Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais do
Ensino Fundamental de Nove Anos, além das dificuldades que os alunos têm em escrita,
leitura e em cálculo.
Para que haja uma boa adaptação dos alunos oriundos do 5º ano para o 6º ano,
deverá haver uma mudança na organização do Plano de Trabalho Docente e também da
Proposta Curricular, pois não basta transferir para esses alunos os conteúdos e atividades
da organização estruturada em série, mas de conceber uma nova estrutura de conteúdos
considerando esse novo perfil de aluno.
6.10 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP
Avaliação do Projeto Político Pedagógico tem por objetivo diagnosticar o
processo de desenvolvimento, não só dos alunos , mas de todo o ambiente que envolve o
processo educacional da instituição escolar, tendo em vista, garantir a qualidade dos
resultados do trabalho que esta sendo desenvolvido. A avaliação não possui finalidade em
45
si própria , portanto deve estar articulada a um plano de ação, com objetivos, seleções e
intenções metodológicas, que refletem tanto na prática pedagógica, quanto no processo
de ensino aprendizagem do aluno.
O processo de avaliação fundamenta-se como parte integrante do processo de
ensino aprendizagem, permitindo a constante revitalização dos procedimentos
pedagógicos, dos recursos utilizados e da coerência entre os princípios e métodos que
regem a educação.
É importante ressaltar que o processo de acompanhamento do Projeto Político
Pedagógico deverá acontecer anualmente, no coletivo com as instâncias colegiadas, para
que se possa fazer o diagnostico da realidade, mobilizando para as mudanças
necessárias na re elaboração do Projeto Político Pedagógico.
6.11 CALENDÁRIO ESCOLAR
6.12CONSIDER
AÇÕES FINAIS
As
ações propostas
neste plano de
ação serão
realizadas nos
três anos de
gestão. Inicialmente serão priorizadas as de maior necessidade seguindo-se pelas
46
demais. Ao longo dos três anos de gestão poderão ser acrescentadas novas ações que
poderão surgir à medida que se faça o processo de implantação das apresentadas aqui.
Nosso principal objetivo será sempre o trabalho participativo, onde todos os
membros da comunidade escolar poderão contribuir para a melhoria do colégio.
VII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
7.1 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa deve girar em torno de uma unidade teórico-
metodológica que fundamenta e orienta a aprendizagem, criando-se condições para que o
aluno desenvolva e aperfeiçoe, de uma forma progressiva, contínua e integrada, o uso da
língua, ao longo do Ensino Fundamental.
Aprender ler e a escrever, isto é, tornar-se alfabetizado significa adquirir uma
tecnologia, a decodificar a língua escrita (ler), não basta, porém, adquirir esta tecnologia,
é preciso apropriar-se da escrita, isto é, fazer uso das práticas sociais de leitura e escrita,
articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral, conforme as situações.
Apropriação da linguagem depende da interação com o outro e com a própria
linguagem, por isso a necessidade de trabalhar uma diversidade de textos tanto para as
atividades de leitura, quanto para as propostas de atividades orais e escritas, objetivando
criar condições para que os alunos interajam com os diferentes discursos e aprimorem
sua competência linguística de tal modo que consigam adequar seus atos verbais às mais
diferentes situações sócio-ideológicas.
As atividades propostas devem girar em torno do eixo uso-reflexão-uso da
linguagem para permitir ao aluno o aprimoramento da competência linguística e,
consequentemente, desenvolver-se cognitiva, social, cultural e politicamente.
Assim, o ensino da Língua Portuguesa deve propiciar a possibilidade de um
fazer reflexivo, em que não apenas se opera concretamente com a linguagem, mas
também se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos
como as opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e escritos,
impondo as necessidades de percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos
47
valores constituídos em torno de formas de expressão, permitindo, dessa forma, que o
sujeito supere sua condição imediata.
Com base na Lei n.° 11,645/2008, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá
sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-brasileira e das Africanidades
e indígenas na formação da cultura brasileira.
O ensino de Língua Portuguesa no decorrer das quatro séries finais do Ensino
Fundamental, contemplará os três eixos norteadores: oralidade, leitura e escrita, sendo
que a análise linguística perpassará os três eixos. O objeto de estudo da disciplina é a
língua em situação real de uso, portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio
interacionista elencando textos com função social, possibilitando a comunicação e a
participação cidadã do educando.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa se constitui no trabalho com o texto. Este
deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão de
mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O núcleo do trabalho do
professor será criar situações de contato com visões do real, via texto, para que o aluno
desenvolva um controle sobre os processos interacionais.
É importante, nesse sentido, trazer para a sala de aula todo o tipo de texto
literário, informativo, dissertativo, publicitário, colocando estas linguagens em confronto,
não apenas as suas formas particulares, mas o conteúdo veiculado por elas.
A ação pedagógica pauta-se numa postura inter locutiva, vivenciada oralmente
e por escrito, por meio de atividades planejadas para que o aluno expresse suas ideias,
experiências, conhecimento, sentimentos, etc., na fala e na escrita, tanto quanto reflita
sobre o uso da linguagem em diferentes contextos e situações.
O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, realiza-se a partir da prática
de oralidade, leitura, escrita, apresentados a seguir:
Apresentação de temas variados, histórias de família, da comunidade,
filmes, livros;
Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio
aluno;
48
Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar
resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros;
Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;
Relato de acontecimentos, mantendo a unidade temática;
Debates, seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento
da argumentação;
Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas, observando as pausas,
as hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, grau de
formalidade, entre outras comparações.
Nessas e em outras atividades que envolvem o discurso oral, devem ser
enfatizadas as similaridades e diferenças que precisam ser refletidas sobre a modalidade
oral e escrita. É fundamental saber ouvir, escutar com atenção e respeitar os mais
diferentes interlocutores.
A leitura é um modo de exercitar a atenção, a memória e o pensamento,
requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores competentes é formar
as bases para que as pessoas continuem a aprender durante toda a vida, é
instrumentalizá-las para o exercício da cidadania, é combater a alienação, a ignorância.
Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente do
leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor constroem os
sentidos de um texto o que significa que para o fenômeno da compreensão este traz sua
experiência sócio-cultural determinando, assim, leituras diferentes para cada leitor e,
também, para um mesmo leitor, conforme seus conhecimentos, interesses e objetivos
naquele momento.
Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que favorecem
a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é importante que a leitura
seja vista em função de uma concepção interacionista de linguagem, segundo a qual
busca-se formar leitores no âmbito escolar. Segundo Bakhtin (1986), o texto deve ser
entendido como um veículo de intervenção no mundo.
Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura:
cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente atrativo; ler
49
trechos de obras; ilustrar textos lidos; leitura de obras prediletas; produzir textos sobre o
que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história; encontrar músicas relativas ao
texto; criar momentos em que os alunos exponham suas ideias, opiniões e experiências
de leitura, escolher e trabalhar a leitura de forma não repetitiva.
O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu
papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.
Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como
diferentes meios de comunicação como a televisão, cinema, teatro.
Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa:
noticias; editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (travas-língua,
quadrinhas, adivinhas, parlendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios, artigos e
textos didáticos precisam também ser trabalhados.
A prática da produção textual constitui um ato linguístico fundamental na
aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais diversos
textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao se perceber
como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este contato do aluno
com a produção escrita de diferentes tipos textuais, permite-lhe ampliar o próprio conceito
de gênero.
O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que
acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da reflexão que
precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da revisão, re-estruturação
e re-escrita do texto, que também acaba se constituindo num momento de reflexão.
Durante a revisão do texto, como situação didática, o professor seleciona em
quais aspectos pretende que os alunos se concentrem, uma vez que não é possível tratar
de todos ao mesmo tempo.
Assim, na interação com os mais variados textos, pela ação do professor e,
principalmente pela atividade de ler e escrever que o aluno vai se apropriar das
especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem
OBJETIVOS GERAIS
Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e sensibilidade dos alunos;
50
Valorizar as variedades linguísticas, bem como as diferentes opiniões e
informações veiculadas nos textos;
Resgatar, por meio dos elementos fornecidos pelo texto, valores
humanos e aplica-los no dia-a-dia;
Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de saber ouvir, falar,
ler e a escrever, codificando e decodificando mensagens;
Valorizar a cultura afro-descendente e indígena;
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções
que estão subentendidas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante
dos mesmos;
Desenvolver as habilidades de uso da língua em situações discursivas
realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os
seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto
de produção/leitura.
Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre
os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, deforma
contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim como
os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto;
Dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem,
reconhecendo-o como um ser construído e em construção, auxiliando-o no
processo de aquisição e desenvolvimento do falar, escutar, ler e escrever.
Permitir ao aluno, pela mediação do professor, apropriar-se de
informação e desenvolver uma consciência crítica sobre os papéis que
desempenha, sobre suas relações sociais e sobre o seu lugar na sociedade.
A comunicação como expressão do mundo interior e exterior do aluno;
A valorização à cultura nacional através de textos representativos;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
51
6º ANO:
LEITURA:
Tema do texto
Interlocutor
finalidade
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Léxico
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema de texto:
Interlocutores
Finalidade do texto;
Informatividade
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
52
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
7º ANO:
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras
Léxico;
Ambiguidade
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema de texto:
Interlocutores
Finalidade do texto;
Informatividade
Argumentatividade;
53
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
8º ANO:
LEITURA:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero
Relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
54
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto
ESCRITA
Conteúdo temático
Interlocutores
Finalidade do texto;
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto.
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto e significado das palavras.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
55
Variações linguísticas lexicais, sem Conteúdo temático;
Interlocutor;
finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero
Relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto ânticas, prosódicas, entre outras.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
Elementos Semânticos
Adequação da fala ao texto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
9º ANO:
LEITURA:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;
56
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero
Relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto
ESCRITA
Conteúdo temático
Interlocutores
Finalidade do texto;
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica: operadores argumentativos; ; modalizadores; polissemia
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
57
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
Elementos Semânticos
Adequação da fala ao texto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
AVALIAÇÃO
Avaliar é mais do que dar nota, é perceber dificuldades e apontar caminhos
para o sucesso da aprendizagem, levando em consideração as diferentes inteligências e
habilidades dos educandos. Portanto, a avaliação será processual (cada atividade é
momento de avaliação), diagnóstica (para detectar problemas e mudar a rota,
possibilitando a intervenção pedagógica a todo momento), formativa e somativa.
No município os resultados são computados por bimestre, trimestre ou
semestre, de acordo com a realidade de cada escola.
Na oralidade avalia-se os diferentes discursos e nas diversas situações de uso
de acordo com os interlocutores, por meio de apresentações orais de textos, poemas,
notícias, mensagens, dramatizações e apresentações públicas.
Na escrita, o texto em todo o processo de produção é objeto principal de
avaliação (escrita, revisão e re-escrita do texto). Na escrita avalia-se aspectos textuais e
gramaticais. O aluno também deve se posicionar como avaliador de seu texto.
Na leitura prioriza-se avaliar a fluência, clareza, pontuação e a compreensão do
texto lido e a relação deste com o mundo e suas experiências.
58
A análise linguística é a reflexão do uso da língua, aspectos gramaticais e
interpretação, percebendo o que há no texto e nas entrelinhas do texto.
Não esquecer que a avaliação também é momento de aprendizagem, portanto,
deve ser tempo de reflexão e de redirecionamento do fazer pedagógico.
encaminhamentos metodológicos.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Da Conceição Maria. Ideias e Linguagens. São Paulo. Saraiva, s. d. BLIKSTEIN, I. Técnicas de Comunicação escrita. São Paulo: Ática, s. d. FERNANDES, Maria. Análise, linguagem e pensamento. São Paulo: FTD, s. d.
RODARI, Gianini. Gramática da Fantasia. São Paulo: [s. n], [s. d.] 7.2 MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A matemática é um bem cultural construído nas relações do homem com o
mundo em que vive e seu interior. Ela tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o
pensamento dedutivo, porém também, bem desempenha um papel instrumental, pois é
uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para suas tarefas especificas em quase
todas as atividades humanas.
A concepção de ensino da matemática tem como pressuposto o caráter social
do conhecimento matemático, a relação entre o conhecimento historicamente produzido e
a lógica de sua elaboração, enquanto fatores inteiramente ligados, portanto a Matemática
caracteriza-se como forma de compreender a atuar no mundo e o conhecimento gerado
nessa área do saber como fruto da construção humana na sua interação constante como
o contexto natural, social e cultural.
Com a presente proposta professores e alunos devem desenvolver uma
concepção de matemática que permita a todos o acesso aos conhecimentos e
instrumentos matemáticos, necessários para participarem e interferirem na sociedade em
59
que vivem.
A matemática não possui apenas o caráter formativo ou instrumental, mas
também deve ser vista como ciência, com características estruturais especificas.
As definições, demonstrações e encadeamentos conceituais e lógicos têm a
função de construir novos conceitos estruturais que servem para validar intuições e dar
sentido às técnicas aplicadas.
Aprender matemática é muito mais do que manejar fórmulas, saber fazer
operações ou marcas na resposta correta: é interpretar, criar significados, construir seus
próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes
mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e
transcender o imediatamente sensível.
O ensino da matemática apresenta ao aluno o conhecimento de novas
informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele continuar
aprendendo.
A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e na
formação do individuo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. Assim a disciplina de
matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e contextualização com os
temas das relações étnico-raciais, história, cultura afro-brasileira e africana, conforme lei
nº 10639, de 09/01/2003 que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino
desta temática na rede de ensino.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A escola é a instituição incumbida da transmissão do conhecimento científico, e
deve portanto, contribuir para a formação do cidadão e para o seu desenvolvimento como
pessoa, em que as qualidades postuladas são a solidariedade, a participação e o
pensamento crítico.
É preciso formar indivíduos completos, dotados de conhecimentos mais amplos
e profundos, convencidos da necessidade de aperfeiçoar continuamente seus
conhecimentos. É necessário contribuir para a formação de indivíduos autônomos, com
capacidade de adaptar-se a mudanças constantes e de enfrentar permanentemente
novos desafios.
60
O mundo está em grande mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento
da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet e outros são assuntos do dia
a dia, e todos eles têm ligações estreitas com a matemática.
Portanto, deve se levar em conta que se aprende matemática fazendo
matemática, e que essa aprendizagem está ligada a apreensão e atribuição de
significados. Para isso, alguns princípios devem orientar o trabalho:
A matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e utiliza cada vez
mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos. Portanto, deve ser mostrada
como um todo e não como uma sucessão de temas isolados, destacando-se as conexões
existentes entre situações da vida real, ou em outras disciplinas e suas representações
matemáticas e entre duas representações matemáticas equivalentes.
O ensino-aprendizagem de matemática tem como ponto de partida a
resolução de problemas. A capacidade de resolver problemas deve ser
considerada como um eixo organizador do ensino da matemática, pois
possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as
informações que estão ao seu alcance. É fundamental compreender que
os problemas não são um conteúdo e sim uma forma de trabalhar os
conteúdos, servindo como orientação para a aprendizagem, pois
proporcionam o contexto em que se podem apreender conceitos,
procedimentos e atitudes matemáticas.
A historia da matemática deve ser utilizada como um instrumento de
resgate da identidade cultural, e pode esclarecer idéias matemáticas que
estão sendo construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em
conexão com sua historia constituem veículos de grande valor formativo.
Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e
incentivadores do espírito de pesquisa. As calculadoras e computadores
permitem atividade de exploração, recuperação e desenvolvimento e sua
utilização traz significativas contribuições ao ensino da matemática.
Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e devem ser
utilizados sempre que possível, pois permitem que sejam apresentados de
forma atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.
Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas
61
e imediatas e possibilitam a construção de uma atitude positiva perante
os erros, sem deixar marcas negativas.
A promoção das atividades em grupo deve acontecer sempre que possível,
pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando ao aluno a
respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.
As atividades que estimulam a comunicação oral e escrita, a
verbalização de raciocínios, analises, processos e resultados devem ser
valorizados, pois levam o aluno a utilizar o vocabulário e as formas de
representação matemáticas adequadas. A linguagem do professor
deve ser rigorosa, mas adequada ao nível de desenvolvimento do aluno.
A seleção e a organização de conteúdos deve levar em conta sua relevância
social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno.
A educação matemática deve valorizar a historia dos estudantes através do
reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
O ensino e aprendizagem de matemática devem valorizar também o
aluno no seu contexto social, levantando problemas que surgiram
questionamento sobre situações da vida.
Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da matemática,
mais conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que o
professor construa sua pratica.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino da matemática de 6º ao 9º ano do ensino fundamental deve levar o
aluno a:
Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja, diferenças e
semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Desenvolver sua capacidade de ―fazer matemática‖ construindo conceitos e
procedimentos, formulando e resolvendo problemas para si mesmo e, assim,
aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para um
problema;
62
Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;
Pensar logicamente, relacionando ideias, descobrindo regularidades e padrões,
estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
resolução de problemas;
Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia (quantidades,
números, formas geométricas, simétricas, grandezas e medidas, tabelas e gráficos,
―previsões‖, etc.);
Formular e resolver situações-problema. Para isso, o aluno deverá ser capaz de
elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo varias
formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou
regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.), executando esses planos e essas
estratégias com procedimentos adequados;
Integrar os vários eixos temáticos da matemática (números e operações,
geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório, estatística e
probabilidade) entre si e com outras áreas do conhecimento;
Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando
de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as ideias
matemáticas;
Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em equipe, auxiliando-os
e aprendendo com eles, apresentado suas idéias e respeitando as deles,
formando, assim, um ambiente propicio à aprendizagem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Números e álgebra
Grandezas e medidas
Geometria
Funções
Tratamento da informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
63
6º ANO:
Sistema de numeração
Sistema egípcio de numeração
Sistema romano de numeração
Sistema de numeração indo-arábico
Operações básicas no N (quatro operações)
Potenciação e Radiciação
Resolução de problemas
Divisibilidade e múltiplos
Critérios de divisibilidade
Divisores, fatores e múltiplos de números
Números primos
Decomposição de fatores primos
Mínimo múltiplo comum
Conjunto dos números racionais e operações básicas
Forma fracionária de número Racionais (ideia de fração, comparação
de frações, frações equivalentes, 6 operações com números racionais)
Frações e porcentagem
Resolução de problemas
Forma decimal de números racionais (representação decimal,
propriedade geral, 6 operações com números decimais)
Ponto, reta e plano
◦ Reta: Posições de uma reta em relação ao chão; posições relativas de
uma reta em um plano
Semi-reta
Segmento de reta
Polígonos
Polígonos convexos (denominação dos polígonos)
Triângulos e quadriláteros
Medindo comprimentos
Transformação das unidades
Perímetro de um polígono
64
Medidas de superfície
Transformação das unidades
Medidas agrárias
Áreas das figuras geométricas planas
Medidas de capacidade
Transformação das unidades
Volume do paralelepípedo retângulo
Medidas de massa
Transformação das unidades
Coleta , organização e descrição de dados
Leitura , interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas , quadros e gráficos.
7º ANO:
Conjunto de números inteiros
Conjunto dos números racionais (introdução)
Conjunto dos números racionais (6 operações)
Médias
Equações
Noções de Inequações
Razões
Proporções
Números diretamente e inversamente proporcionais
Regra de três simples e composta
Porcentagem e juros simples
Construções e representações no espaço e no plano
Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos
Planificação de sólidos geométricos
Desenho geométrico com o uso de régua e compasso
Ângulos, polígonos e circunferências.
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
resolução de problemas algébricos.
65
Ângulos e arcos – unidades, fracionamento e calculo.
Coleta, organização e descrição de dados.
Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e
histogramas.
Medidas, moda e mediana.
7ª SÉRIE
Números racionais e sua representação decimal.
Números irracionais números reais.
As quatro operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão
estudadas em Q e possíveis em R.
Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional.
Álgebra
Expressões Algébricas
Frações algébricas
Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de
equação fracionária e não pertencem ao conjunto solução da
equação.
◦ Monômios e polinômios.
Produtos Notáveis.
Fatoração
Resolução de uma equação fracionária de 1º grau com uma incógnita.
Equações literais do 1º grau na incógnita x. Equações fracionárias e literais.
Equações do 1º grau com duas incógnitas.
Verificação de um par ordenado (x, y) ou não – uma das soluções de equações do 1º grau com duas incógnitas. Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis
Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas
incógnitas.
Ângulos e triângulos
Polígonos
66
Ângulos interno, externo
Diagonais e perímetro.
Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de
equações.
Representação geométrica dos produtos notáveis.
Representação cartesiana e confecção de gráficos.
Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma.
Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e
circuncentro.
Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.
Coleta, organização e descrição de dados.
Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
Noções de probabilidade.
8º ANO:
Números racionais e sua representação decimal.
Números irracionais números reais.
As quatro operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão estudadas em Q e
possíveis em R.
Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional.
Álgebra
Expressões Algébricas
Frações algébricas
Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de equação
fracionária e não pertencem ao conjunto solução da equação.
Monômios e polinômios.
Produtos Notáveis.
Fatoração
Resolução de uma equação fracionária de 1º grau com uma incógnita.
Equações literais do 1º grau na incógnita x. Equações fracionárias e literais.
Equações do 1º grau com duas incógnitas.
67
Verificação de um par ordenado (x, y) ou não – uma das soluções de equações do 1º grau com duas incógnitas.
Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis
Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas incógnitas.
Ângulos e triângulos
Polígonos
Ângulos interno, externo
Diagonais e perímetro.
Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.
Representação geométrica dos produtos notáveis.
Representação cartesiana e confecção de gráficos.
Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma.
Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.
Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.
Coleta, organização e descrição de dados.
Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
Noções de probabilidade.
9º ANO:
Radicais
Cálculo de radicais.
Raiz enésima de um número real.
Radicais e suas propriedades.
Simplificação de radicais.
Introdução de fatores no radicando.
Adição algébrica multiplicação e divisão de radicais.
Potenciação de expressões com radicais.
Racionalização de denominadores.
Simplificação de expressões com radicais.
Potência com expoente racional
Equações do 2º grau
Equações completas e incompletas
68
Escrita da equação do 2º grau na sua forma normal.
Resolução de equações completas e incompletas
Resolução de problemas.
Estudo das raízes da equação do 2º grau.
Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax2 + bx + c = 0 Escrita da equação do 2º grau quando se conhece as duas raízes.
Equações Biquadradas
Equações Irracionais.
Resolução de equações irracionais.
Sistemas de Equações do 2º grau.
Resolução de sistemas de equações do 2º grau.
Resolução de problemas.
Segmentos proporcionais
Razão e proporção – propriedades
Razão de dois segmentos.
Segmentos proporcionais.
Feixes de paralelas
Propriedade do feixe de paralelas
Teorema de Tales
Teorema de Tales nos triângulos.
Teorema da Bissetriz interna de um triângulo.
Triângulos Semelhantes
Propriedades dos triângulos semelhantes.
Teorema Fundamental de Semelhança de Triângulos.
Teorema de Pitágoras
Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de Problemas.
Relações Métricas no triângulo retângulo
Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de
triângulos.
Resolução de problemas.
Relações trigonométricas no triângulo
Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas.
Áreas de algumas figuras geométricas planas.
69
Cálculo da área do retângulo, quadrado, triângulo, paralelogramo,
losango, trapézio, do polígono regular e de regiões circulares.
Resoluções de problemas que envolvem áreas de figuras
geométricas.
Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Tales.
Triângulo Retângulo – Relações Métricas e Teorema de Pitágoras.
Triângulos Quaisquer.
Poliedros regulares e suas relações métricas.
Coleta, organização e descrição de dados.
Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
Noções de probabilidade.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço da formação,
uma maneira de favorecer a aprendizagem. Tentaremos esclarecer os critérios de uma
avaliação desse tipo:
A avaliação deve orientar a ação do professor, isto é, as informações
contidas na avaliação podem oferecer elementos para modificar a forma de
conduzir as aulas, reajustar o planejamento, conhecer as dificuldades e as
preferências dos alunos.
A avaliação deve auxiliar e orientar o aluno, isto é, ela fornece ao
aluno elementos para que ele possa refletir sobre seu processo de
aprendizagem e ter clareza do que o professor espera dele.
A avaliação deve ser diversificada. Somente com a diversificação
poderiam ser consideradas as três dimensões dos conteúdos (conceitual,
procedimental e atitudinal) e as diferentes aptidões.
A avaliação deve acarretar interpretação e julgamento muito mais do
que medida. É preciso identificar progressos e obstáculos e planejar
caminhos para ampliar competências, o que implica juízos qualitativos.
70
A avaliação deve ser contínua. Ela não deve ser uma interrupção do
processo ensino-aprendizagem, e parte dele e por isso deve ser contínua.
A avaliação deve ser comunicada e discutida. É preciso que o aluno
saiba quais são seus pontos fracos e fortes, tanto em relação aos conceitos
e procedimentos como em relação aos comportamentos desejados, como
persistência e organização, de modo a orienta-lo de maneira eficaz.
A avaliação tem por objetivo maximizar o processo de aprendizagem.
Deve se avaliar o processo de ensino-aprendizagem em torno dos
conteúdos considerados em suas três dimensões – que já foram
especificados.
Os instrumentos de avaliação estão relacionados a seguir:
Observações e registros, realizados pelo professor, das várias
interações com os alunos;
Trabalhos do aluno durante o ano letivo, incluindo suas anotações no
caderno;
Provas escritas ;
Exposições orais.
Tanto as exposições orais quanto os registros escritos , podem mostrar ao
professor como o aluno expressa seu conhecimento; o grau de entendimento alcançado,
tanto em profundidade quanto em organização mental e aplicação da linguagem
matemática.
Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno
na busca dos objetivos não atingidos por meio de intervenções, as quais destaca-se a
retomada de conteúdos, mudança de estratégia, monitoria, trabalho em grupo, etc.
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES, Curriculares Estaduais para o Ensino Fundamental, 2006. SILVA, Jorge Daniel. Matemática. São Paulo: Ibep, s. d.
7.3 HISTÓRIA
71
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Educação é um processo de construção individual e coletivo que precisa estar
articulado ao seu contexto social e nesse tempo histórico. Participamos de uma sociedade
inserida em um país subdesenvolvido, com elevada dívida externa e enormes
desigualdades sociais, onde o ser humano é visto apenas como um número para as
estatísticas ou para levantamentos feitos pelos governantes, os quais visam apenas
atender aos pedidos dos organismos mundiais ou para os programas e plataformas
políticas.
A disciplina deve propor atividades coletivas, resgatando interesses,
conhecimentos e valores para a formação de um homem íntegro, justo, livre, responsável,
democrático, solidário, feliz, criativo, independente, crítico, portador de conhecimentos
gerais e específicos... Um ser humano competente para explorar a sua potencialidade,
mas acessível para resgatar os valores democráticos e brasileiros.
Essa ideia era levar o cidadão a ser sujeito ativo e participativo na sociedade.
Desta forma, ele estará apto a ser um agente transformador da História, pois assim
compreender-se-a dentro de uma sociedade múltipla e pluricultural, e agirá para lutar
permanentemente para a transformação de sua realidade.
A História como disciplina escolar obrigatória, passou a ser obrigatória, a partir
da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.(DCE,
p. 15)
O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889) e o
Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional
brasileira. A partir de 1901 o corpo docente alterou o currículo do Colégio, propondo que a
História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal.(DCE, p.15)
No período do Estado Novo (1937) por meio da Lei Orgânica do Ensino
Secundário de 1942, fez com que a História do Brasil retornasse ao currículo escolar. O
ensino de História foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos
Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-americanas na
organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos debates
educacionais por meio da Escola Nova. Enfim, por força da Lei nº5692 em 1971 foi
72
implantado o ensino de Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau.
A partir da Lei nº5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o
Segundo Grau profissionalizante, com ensino voltado a qualificar mão-de-obra para o
mercado de trabalho. O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao
cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a
adaptação à realidade, continuando ser vista de maneira linear, cronológica e harmônica,
conduzida pelos heróis em busca de um ideal de processo de nação. (DCE, p.17)
O ensino de Estudos Sociais foi contestado no início da década de 1980, tanto
pela Academia quanto pela sociedade. Queriam a volta do ensino de História.
No ano de 1990, o Estado do Paraná fez uma proposta de renovação do
Ensino de História que tinha como pressuposto teórico a historiografia social, pautada no
materialismo histórico dialético.
O Ministério da Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio, os Parâmetros
organizaram o currículo em áreas de conhecimento. Incorporado pelo Estado do Paraná
no final dos anos 1990. Com o objetivo de preparar os cidadãos para as exigências
técnico-científicas da sociedade contemporânea.(DCE, p.19)
O ensino de História do Paraná, torna-se obrigatório com a aprovação da Lei
nº13.381/01, nos Ensinos Fundamental e Médio. Além da Lei nº10.639/03 sendo alterada
pela Lei nº9394/96 que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-brasileira.
Por meio de todas essas Leis, a Educação do Ensino de História passou a ser
ministrado de uma maneira mais abrangente e concreta dentro da realidade social
contemporânea. Formando um cidadão crítico e ativo dentro da sociedade em que está
inserido.
O mesmo nível de crítica que temos quanto ao presente, devemos tê-lo com
relação ao passado. A construção de uma relação crítica com o presente, com a realidade
do aluno, pressupõe e aponta para a necessidade de uma concepção de história que
permita o desvelamento dessa realidade e sua superação.
A contribuição mais significativa da História para o jovem é a compreensão da
sociedade contemporânea e sua inserção nela, desenvolvendo a capacidade de
apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências humanas. O tempo histórico
compreendido nessa complexidade utiliza a História Temática, enfocando três conteúdos
73
estruturantes, são eles: Trabalho, Poder e Cultura.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tomando como premissa básica que o papel fundamental da educação escolar é o de
preparar educando para o exercício da cidadania, entendemos que a História contribui
para que o educando desenvolva visão crítica e espírito social e politicamente
participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em
que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer com que o educando.
(...) produza uma reflexão de natureza histórica; (...) pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outras reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente só na escola; pois a Historia produz um conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele nos parece fundamental para a vida do homem, individuo eminente histórico. (CABRINI, 1987. p. 23.)
É necessário que nas escolas, os educadores em geral, assumam esse
princípio meta primordial, tendo em vista o significado e a importância de seu papel na
formação da cidadania, que deve ser entendida também como um processo de
participação social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na comunidade.
A História Temática contribui para que os educandos ampliem suas fontes de
pesquisa e consequentemente, abram sua compreensão para os conteúdos estruturantes:
Trabalho, Poder e Cultura. Esses conteúdos farão uma busca em vários tempos e
espaços sobre cada um deles, para que o aluno aprenda a relacionar todos eles entre si e
cada um em seu determinado tempo/espaço.
O educando não aprende História apenas na escola, pois têm acesso a
inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos
de caráter local, regional, nacional e mundial, no qual estão inseridos.
Percebem as transformações sociais culturais econômicas e política
envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida urbana e a globalização, nesse
contexto os meios de comunicação de massa a convivência de gerações através de
fontes como: televisão, videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio, enciclopédias, cinema,
vídeos e computadores, provem essa releitura de mundo e a formação de sua identidade
cultural.
74
OBJETIVOS GERAIS
O aluno deverá ampliar a compreensão de sua realidade, confrontando-a,
relacionando-a com outras realidades históricos e assim fazer escolhas e estabelecer
critérios para suas ações.
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em todas
as suas manifestações;
Dominar conceitos básicos;
Aprender a refletir historicamente, perceber os processos pelos quais
as sociedades evoluem, como enriquecedoras para o conhecimento;
Desenvolver senso crítico e criativo;
Notar que tudo precisa se adaptar ao seu tempo, que não se pode ser
retrógrado, nem radical, mas sim flexível e consciente das necessidades do
seu tempo;
Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,
aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e
registros escritos e iconográficos;
Valorizar a cultura como forma de se conhecer e entender os motivos
que levam um poço a ser e agir de uma maneira e não de outra;
Valorizar a diversidade cultural;
Analisar os fatos históricos em todos os seus aspectos, seus
verdadeiros motivos e concepções envolvidas;
Perceber a influência política na vida das pessoas, ninguém pode
ignorá-la, podemos sim, usá-la para modificar estruturas vigentes;
Analisar que uma ideologia pode ser a salvação ou a derrota de uma
nação, depende da interpretação;
Valorizar a cidadania, para o fortalecimento da democracia,
mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades
sociais.
75
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO:
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS,
DIFERENTES CULTURAS
Produção do conhecimento Histórico:
O historiador e a produção do conhecimento histórico;
Tempo e temporalidade;
Fontes, documentos;
Patrimônio material e imaterial;
Pesquisa.
Articulação da História como outras áreas do conhecimento:
Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia,
etnologia, entre outras.
Humanidade e História:
De onde viemos, quem somos, como sabemos?
Arqueologia no Brasil:
Lagoa Santa: Luzia (MG);
Serra do Capivari (PI);
Sambaquis (PR).
Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:
Teorias do surgimento do homem na América;
Mitos e lendas da origem do homem;
Desconstrução do conceito de pré-história;
Povo ágrafos, memória e história oral.
76
Povos indígenas no Brasil e no Paraná:
Ameríndios do território brasileiro;
Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.
As primeiras civilização da América:
Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;
Ameríndios da América do Norte.
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:
Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali;
Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.
Europa Medieval.
A Chegada dos europeus na América:
(des) encontros entre culturas;
Resistência e dominação;
Escravização;
Catequização.
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:
Reconquista do território;
Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;
Comércio (África, Ásia, América e Europa).
Formação da sociedade brasileira e americana:
América portuguesa;
América espanhola;
América franco-inglesa;
Organização político administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias);
Manifestações culturais (sagrado e profano);
Organização social (família patriarcal e escravismo);
Escravização de indígenas e africanos;
Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
Os reinos e sociedade africanas e os contatos com a Europa:
Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros;
Comércio;
Organização político-administrativa;
77
Manifestações culturais;
Organização social;
Uso de tecnologias: engenho de açúcar, construção civil...
Diáspora africana.
7º ANO:
DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX
Expansão, consolidação e colonização do território:
Missões;
Bandeiras;
Invasões estrangeiras.
Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma Pombalina
Reforma e Contra-Reforma.
Colonização do território ―paranaense‖ – História do Paraná:
Economia;
Organização social;
Manifestações culturais;
Organização político-administrativa.
Movimentos de contestação:
Quilombos (Campo Largo, PR e BR);
Irmandades: manifestações religiosas – sincretismo;
Revoltas nativistas e Nacionalistas;
Inconfidência Mineira;
Conjuração Baiana;
Revolta da cachaça;
Revolta do maneta;
Guerra dos mascates.
Independência das treze colônias inglesas da América do Norte.
Diáspora Africana;
78
Revolução Francesa:
Comuna de Paris e influência na Inconfidência Mineira e Baiana.
Chegada da família real ao Brasil:
De Colônia à Reino Unido;
Missões artístico-científicas;
Biblioteca Nacional;
Banco do Brasil;
Urbanização na capital;
Imprensa Régia.
Invasão Napoleônica na Península Ibérica.
O Processo de Independência do Brasil:
Governo de D. Pedro I;
Constituição outorgada de 1824;
Unidade territorial;
Manutenção da estrutura social;
Confederação do Equador;
Província Cisplatina;
Haitianismo;
Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, cabanagem ,Farroupilha.
O processo de independência das Américas:
Haiti;
Colônias espanholas.
8º ANO:
PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO
IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL
A Construção da Nação:
Governo de D. Pedro II;
Criação da IHGB;
Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850;
79
Início da imigração europeia;
Definição do território;
Movimento Abolicionista e Emancipacionista.
2ª Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX):
Ludismo;
Socialismos;
Anarquismo.
R
elacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.
Emancipação Política do Paraná – 1853:
Economia;
Organização social;
Manifestações culturais;
Organização político-administrativa;
Migrações internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e
externas (europeus);
Vinda dos escravos africanos;
Diversas manifestações culturais negras e indígenas;
Os povos indígenas e a política de terras.
A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança.
O Processo de Abolição da Escravidão:
Legislação;
Existência e negociação;
Discursos;
Abolição;
Imigração – Senador Vergueiro
Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,. Euclides
da Cunha, Sílvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina).
Colonização da África e da Ásia:
Neocolonialismo.
Guerra Civil e Imperialismo estadunidense.
Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé.
80
Os Primeiros anos da República:
Ideias positivistas;
Imigração asiática;
Oligarquia, coronelismo e clientelismo;
Movimentos de contestação: campo e cidade;
Movimentos messiânicos;
Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro;
Movimento operário: anarquismo e comunismo;
Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo (movimento
regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim.
Questão Agrária na América Latina:
Revolução Mexicana.
Primeira Guerra Mundial.
Revolução Russa.
9º ANO:
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE
A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
Economia;
Organização social;
Organização político-administrativa;
Manifestações culturais;
Coluna Prestes.
Crise de 29.
A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45):
Leis trabalhistas;
Voto feminino;
Ordem e disciplina no trabalho;
81
Mídia e divulgação do regime;
Criação do SPHAN, IBGE;
Futebol e carnaval;
Contestações à ordem;
Integralismo.
Ascensão do regime totalitário na Europa.
Movimentos populares na América Latina.
Segunda Guerra Mundial:
Participação do Brasil na II Guerra Mundial.
Populismo no Brasil e na América Latina:
Cárdenas – México;
Perón – Argentina
Vargas, JK, Jânio e João Goulart no Brasil.
Guerra Fria.
Independência das colônias afro-asiáticas.
Construção do Paraná Moderno:
Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha, Ney Braga;
Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa da COPEL,
Codepar, Banestado, Sanepar...
Movimentos culturais;
Movimentos sociais no campo e na cidade;
Ex. revolta dos colonos na década de 50 – sudoeste;
Os xetá.
O Regime Militar no Brasil e no Paraná:
Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;
Uso ideológico do futebol na década de 70;
O tricampeonato mundial;
A criação da liga nacional do campeonato brasileiro;
Cinema novo;
Teatro;
Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
Os Regimes militares na América Latina:
82
Política da boa vizinhança;
Revolução cubana;
11 de setembro no Chile e a disposição de Salvador Allende;
Censura aos meios de comunicação;
A copa da argentina – 1978.
Movimentos de Contestação no Brasil:
A resistência armada;
Tropicalismo;
Jovem Guarda;
Novo sindicalismo;
O movimento estudantil.
Movimentos de contestação no mundo:
Maio de 68 – França;
Movimento negro;
Movimento hippie;
Movimento homossexual;
Movimento feminista;
Movimento punk;
Movimento ambiental.
Paraná no contexto atual – década de 90 e início do século XXI;
Redemocratização;
Constituição de 1988;
Movimentos populares rurais e urbanos;
MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc..
Mercosul e ALCA.
Fim da bipolarização mundial.
Desintegração do bloco socialista;
Neoliberalismo;
Globalização;
11 de setembro – EUA.
África e América Latina no contexto atual.
83
O Brasil no Contexto atual.
A comemoração dos ―500 anos do Brasil‖- análise e reflexão.
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de História, por meio de atividades específicas com as
diferentes temporalidades, pode favorecer a reavaliação dos valores do mundo de hoje, a
distinção de diferentes ritmos de transformações históricas, o redimensionamento do
presente em processos contínuos e a construção de identidades com as gerações
passadas.
Nesta perspectiva o ensino de História pode desempenhar um papel
importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre atuação do
indivíduo nas suas relações pessoais como grupo de convívio, suas afetividades, sua
participação no coletivo, suas atitudes e compromissos com classes, grupos sociais,
culturas, valores e gerações do passado e do futuro.
Portanto, o aluno deverá compreender e aprender as formas de produção
desse conhecimento através dos conteúdos críticos desta disciplina, tendo como ponto de
partida os acontecimentos que cercam a sua realidade.
A avaliação no ensino de História será feita de maneira a perceber o quanto o
aluno evoluiu ao longo dos bimestres, verificando se o educando compreende os
conceitos básicos da disciplina, a capacidade de elaboração textual e oral de assunto
estudado no ano.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 1996.
CAMPOS, Flavio de; et al. O jogo da História. São Paulo: Moderna, 2002.
COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2004.
DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História: Cotidiano e mentalidade. São Paulo:
Atual, 2000.
FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.
MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do tempo. São Paulo: Moderna,
84
2002.
MORAES, José Geraldo Vinci de. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo:
Atual, 2003.
ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do futuro. São Paulo: IBEP, 2003.
PETTA, Nicolina Luíza de; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma abordagem
integrada. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2003.
PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida. São Paulo: Ática, 2004.
RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e Texto. São Paulo: FTD,
2002.
SCHMIDT. Mario. Nova História Crítica. Ensino Médio. São Paulo: [s. n.], 2007.
7.4 GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo dos anos, a Geografia vem passando por reformulações, onde novas
teorias e formas de pensamento têm contribuído para avanços que ocorreram no interior
dessa disciplina. É muito antiga a preocupação do homem em conhecer o meio no qual
está inserido.
A história do pensamento geográfico se inicia com os gregos os quais foram a
primeira cultura conhecida a explorar ativamente a geografia como ciência e filosofia. A
cartografia feita pelos romanos, à medida que exploravam novas terras, incluía novas
técnicas.
Na Idade Média, o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de mundo
imposta pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecida, onde
contestava-se a esfericidade da Terra. A forma do planeta voltou a ser discutida a partir do
século XII, quando os mercadores precisavam representar o espaço com detalhes para
registrar as rotas marítimas, a localização e as distâncias entre os continentes. A questão
da distribuição das terras e das águas tornou-se, cada vez mais, pauta de discussões e
de pesquisas que alcançaram e ultrapassaram o contexto das Grandes Navegações.
Durante o século XVIII a Geografia foi sendo discretamente reconhecida como
85
disciplina e tornou-se parte dos currículos universitários. Ao longo dos últimos dois
séculos a quantidade de conhecimento e o número de instrumentos aumentou
enormemente.
Após a Segunda Guerra Mundial, as mudanças na análise da realidade
provocaram uma reflexão sobre a natureza da Geografia, reformulando seus princípios
científicos e filosóficos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares a institucionalização da Geografia no
Brasil consolidou-se apenas a partir da década de 1930, quando as pesquisas
desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território brasileiro com o objetivo de
servir aos interesses políticos do Estado, na perspectiva do nacionalismo econômico.
Para efetivar as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração
mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas sociais, fazia-se
necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os
recursos naturais do país.
Com o passar dos anos a Geografia como ramo do conhecimento, sofreu
profundas transformações, tanto a nível teórico como metodológico, provocando
mudanças na análise da realidade
A geografia se ocupa da análise histórica da formação das diversas
configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento na medida em
que se preocupa com localizações, estruturas espaciais (a localização dos elementos uns
em relação aos outros) e dos processos espaciais. Trata, portanto, da produção e da
organização do espaço geográfico, a partir das relações sociais de produção,
historicamente determinado.
Nas diretrizes curriculares, o conceito adotado para o objeto de estudo da
Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela
sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e
técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas.
Assim, opta-se pelo ensino de uma geografia crítica, que desvele a realidade,
uma geografia que conceba o espaço geográfico como sendo um espaço social,
produzido e reproduzido pela sociedade humana, com vistas a nele se realizar e se
produzir.
E se no ensino ela se preocupa com o desenvolvimento do senso crítico do
86
aluno, implica em desenvolver-lhe a compreensão do papel histórico daquilo que é
criticado. Neste sentido, não se trata apenas de repassarmos para os alunos fatos para
que eles memorizem, e sim levantarmos questões e instrumentá-los de modo a lhes
propiciar as condições de se compreenderem como sujeitos da História e agentes da
transformação social.
Dessa maneira, busca-se explicar e compreender o espaço geográfico não
somente como produto de fatores culturais, procurando assim, valorizar as posturas e a
consciência crítica que os alunos podem assimilar e desenvolver ao associarem a
Geografia com o seu dia-a-dia.
A Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das
capacidades dos alunos do ensino fundamental de observar, conhecer, explicar, comparar
e representar as características do lugar em que vivem e as diferentes paisagens e
espaço geográfico.
Torna-se importante que os alunos possam perceber-se como atores, na
construção de paisagens e lugares, e compreendam que as paisagens e lugares são
consequências das múltiplas interações envolvendo trabalho social e natureza.
A Geografia, atual, direciona-se para um ensino que busque, junto aos alunos,
uma postura crítica diante da realidade, comprometida com o homem e a sociedade, e
que contribua para a sua formação.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Geografia deve ser pautado na análise crítica dos processos de
produção do espaço, visando possibilitar ao aluno a construção de uma consciência
crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca do espaço
geográfico.
Deve preparar o aluno para localizar, compreender, e atuar no mundo
complexo, problematizar a realidade, formular proposições, reconhecer as dinâmicas
existentes no espaço geográfico, pensar e atuar criticamente em sua realidade tendo em
vista a sua transformação.
Para que os objetivos sejam alcançados, o ensino da Geografia deve
fundamentar-se em um corpo teórico-metodológico baseados nos conceitos de natureza,
87
paisagem, espaço, território, região, lugar, incorporando também dimensões de análise
que contemplam tempo, cultura, sociedade, poder e relações econômicas e sociais.
A partir dessas premissas, o objetivo é proporcionar práticas e reflexões que
levem o aluno à compreensão da realidade.
Nessa perspectiva, pretende-se aproveitar o conhecimento vivido pelo aluno,
desenvolvendo capacidades para o entendimento da dinâmica e relações entre espaços
distantes da sua realidade local.
Dessa forma, a metodologia adotada segue os padrões críticos com enfoque
especial para a questão da organização e produção do espaço, abordando as razões das
disparidades regionais e a interdependência dos espaços produzidos e ainda, os
problemas ambientais que afetam o planeta Terra, estimulando, assim, a formação de
cidadãos dotados de consciência crítica, que possam atuar na luta por uma realidade
socioambiental comprometida com a qualidade de vida.
As estratégias para abordagem dos assuntos tratados constam da realização
de atividades individuais ou em grupos na confecção de mapas, gráficos e tabelas,
cartazes, pesquisa e discussão em sala sobre reportagens e artigos de jornais e revistas
que abordem temas atuais, leitura, exposição e discussão de textos de livros didáticos,
análise e discussão de imagens, utilização de recursos audiovisuais, como a TV pen
drive, bem como o laboratório de informática, entre outras.
OBJETIVOS GERAIS
Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão,
de como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem.
Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas
consequências em diferentes espaços e tempos, de modo que construa
referenciais que possibilitem uma participação prepositiva nas questões
sócio-ambientais locais;
Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de
modo que compreenda o papel da sociedade na construção do território, da
paisagem e do lugar;
Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos
88
estudados em suas dinâmicas e interações;
Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos,
os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas
ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas
possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de
construção, identificando suas relações, problemas e contradições;
Orientá-los a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura
da paisagem, desde as imagens, música, literatura de dados e de
documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete,
analise e relacione informações sobre o espaço;
Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a
espacialidade dos fenômenos geográficos;
Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sociodiversidade,
reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de
fortalecimento da democracia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO:
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção
89
A formação, localização e exploração dos recursos naturais
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos
As diversas regionalizações do espaço geográfico
7º ANO:
Formação do território brasileiro
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e
indicadores estatísticos
Movimentos migratórios e suas motivações
O espaço rural e a modernização da agricultura
Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações
8º ANO:
90
As diversas regionalizações do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
O comércio em suas implicações socioespaciais
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
O espaço rural e a modernização da agricultura
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos
Os movimentos migratórios e suas motivações
A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade
cultural;
A formação, o localização, exploração dos recursos naturais
9º ANO:
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
A revolução tecnocientífico- informacional e os novos arranjos no espaço da
produção
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
91
(re)organização do espaço geográfico
A formação, localização, exploração dos recursos naturais;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial
A realidade local e paranaense bem como as culturas afro-brasileira e
indígena serão consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, sempre
que possível.
AVALIAÇÃO
As Diretrizes Curriculares propõem que a avaliação deve tanto acompanhar a
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Para isso, deve se
constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.
Os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem e, portanto, o professor deve
procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem das aulas.
Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a
definição de uma nota ou um conceito. As atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo
devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente
aos diferentes contextos sociais.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia
a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-
espaciais para compreensão e intervenção na realidade. Deve ser observado se os
alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações espaço-tempo e
sociedade-natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Será necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação, de
maneira que possibilitem várias formas de expressão dos alunos.
Serão avaliados os avanços dos alunos por meio da observação da produção
de textos, construção de mapas, gráficos, cartazes, da expressão verbal, além de testes
ponderados, realização de exercícios em sala de aula, de caráter somatório,
92
possibilitando uma ampliação das chances oferecidas aos alunos que não tiverem um
aproveitamento satisfatório no decorrer do semestre.
Serão realizados exames de recuperação paralela conforme o rendimento
individual do aluno verificado durante o processo de avaliação contínua.
REFERÊNCIAS
MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.
VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad - Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993. VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.
7.5 CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo das Ciências Naturais é decorrente da evolução desta área, a partir
do século XVII, quando, na primeira metade desse século, Francis Bacon e René
Descartes formulam as bases do pensamento científico. Também nessa época temos a
contribuição de Comenius que já destacava os seguintes princípios: todo ensino deve
fazer-se de acordo com a natureza, exercitando-se primeiro os sentidos; todo ensino deve
começar com a intuição das coisas reais, e não com a sua descrição verbal; em todas as
partes deve-se procurar sempre a relação causal; seguir do fácil para o difícil, do próximo
para o distante, do conhecido para o desconhecido; deve-se relacionar objetos afins entre
si para não estudá-los ao mesmo tempo, senão uns depois dos outros.
No século seguinte, no bojo das transformações que marcaram a chamada era
das revoluções, o filósofo iluminista francês Jean Jacques Rousseau proclama a
necessidade de atender-se ao interesse da criança para que a sua educação tenha como
objetivo o franco e natural desenvolvimento de suas tendências, que consistiria em:
fundar o saber na própria observação, e não em informação alheia; dirigir a atenção do
aluno para a natureza e, assim, despertar de pronto a curiosidade; na investigação da
natureza, começar pelos fenômenos mais correntes e mais facilmente abordáveis.
O naturalismo pedagógico de Rousseau criou as raízes que levaram a
93
educação ao desenvolvimento de concepções psicológicas e sociológicas que marcariam
o século XIX que, por sua vez, ficaria conhecido como o século da democratização da
ciência, da sua vulgarização e difusão. Ainda no início desse século, o ensino elementar
das Ciências, nas escolas primárias e secundárias, começa a se difundir.
Hoje, o estudo de Ciências, no Ensino Fundamental, destaca os valores
humanos associados ao aprendizado científico, procurando conjugar o desenvolvimento
cognitivo dos estudantes a idade deles, suas experiências, identidade cultural e social, e
aos diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem ter para eles, isto
garante que a aprendizagem seja significativa.
Esse enfoque pressupõe que o ensino de Ciências seja sustentado por uma
proposta curricular que integre ciência-tecnologia-sociedade.
Crianças e jovens quando chegam à escola trazem consigo um significativo
repertório de representações e explicações da realidade, que deve ser levado em conta
na seleção e organização dos conteúdos para o ensino de Ciências, os quais são
fundamentais para a construção da identidade dos sujeitos e da cultura na qual se insere.
Desta forma, eles devem estar articulados para que não sejam tratados como assuntos
isolados ou estanques, pouco atraentes e nada significativos. Também devem fornecer
conhecimentos que estimulem um comportamento científico relacionado à saúde pública
e pessoal, e uma consequente ação de preservação ambiental, como elemento de
construção de uma vida saudável.
Nesse sentido, o estudo de Ciências contemplará discussões vinculadas ao
binômio saúde e sociedade, priorizando as doenças decorrentes do subdesenvolvimento
e aquelas, fruto dos novos tempos, como por exemplo, a AIDS, que exige a participação
efetiva da escola, no sentido de ir além da informação técnica sobre a doença, para criar
uma atitude responsável, refletida por um comportamento de sexo seguro.
Todas essas propostas exigem que, em sala de aula, sejam utilizados métodos
ativos, como observação, experimentação, jogo e diferentes formas textuais para obter e
comparar informações, despertando assim o interesse dos estudantes pelos conteúdos.
Com estas condições de aprendizagem oferecidas aos alunos, espera-se que eles
possam desenvolver uma compreensão de mundo que possibilite a aquisição e o
processamento da comunicação, a avaliação de situações e a tomada de decisões, bem
como uma atuação positiva e crítica em seu meio social.
94
É imprescindível, portanto, o desenvolvimento de atividades específicas tais
como: atividades práticas para observação dos fenômenos da natureza, leitura e
discussão de textos/jornais e ou revistas, trabalhos de campo, pesquisas, produção de
textos coletivos, palestras e debates, confecção de murais, exibição de vídeos e CDs,
desenvolvimento de programas em computador, projetos interdisciplinares, exposições
dos trabalhos, interpretação e construção de gráficos. É importante ressaltar que o
desenvolvimento destas atividades deve estar atrelado à organização dos conteúdos. Os
conteúdos de Ciências no Ensino Fundamental devem ser organizados em blocos que os
contextualizem e os estruturem de forma significativa e coerente, possibilitando diferentes
modos de sequenciação interna ao ciclo e a incorporação de conteúdos de importância
local, além de favorecer a conexão entre os eixos temáticos:
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num único
método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente
à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos alunos.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo
disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
Pedagógico da escola,os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações
atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de
Ciências reflita a respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos
recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e
das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos
em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de
conhecimento físico, químico e biológico; estabeleçam relações interdisciplinares e
95
sejam abordados a partir dos contextos tecnológico, social, cultural, ético e político que
os envolvem.
O professor de Ciências responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos
estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos
diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo
ensino aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa para os
estudantes.
Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da existência
de várias estratégias a serem utilizadas em aula, entende-se que a opção por uma delas,
tão somente, não contribui para um trabalho pedagógico de qualidade. É importante que o
professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes recursos e estratégias, de modo
que o processo ensino-aprendizagem em Ciências resulte de uma rede de interações
sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico escolar selecionado
para o trabalho em um ano letivo.
O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:
recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro
didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro
de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo
didático(torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),
microscópio,lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,
exposições de ciência, seminários e debates.
OBJETIVOS GERAIS
Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive em seu
relacionamento com os demais seres vivos;
Compreender a ciência como um processo de conhecimento e uma
atividade humana de natureza social, inserida em um contexto econômico,
96
político, cultural e histórico;
Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia
e condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica;
Compreender a tecnologia com meio para suprir necessidades humanas,
sendo capaz de elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas
tecnológicas;
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos a serem promovidos por diferentes agentes;
Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, pondo em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta,
organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir crítica e
cooperativamente para a construção coletiva do conhecimento.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia
Matéria
Sistemas biológicos
Biodiversidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO:
ASTRONOMIA
Universo, Sistema Solar, movimentos terrestres, movimentos Celestes
MATÉRIA
Água
97
Importância;
Fórmula;
Estados Físicos da água e suas mudanças ;
Ciclo e sua importância;
Propriedades da água;
Saneamento básico;
Doenças Transmitidas pela água.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
AR
Importância para os seres vivos;
Camadas Atmosféricas;
Componentes do ar;
Propriedades do ar;
Poluição do ar;
Doenças transmissíveis pelo ar;
7º ANO:
Biodiversidade
Caracterítscas gerais dos invertebrados
Poríferos
Cnidários
Artópodes
Equinodermos
Nematelmintos
Anelídios
Platelmintos
SISTEMAS BIOLÒGICOS
Reino das Plantas
98
Briófitas
Pteridófitas
Algas pluricelulares
Magnoliófitas: raiz, caule ,folhas, flor, fruto, semente.
8º ANO:
BIODIVERSIDADE
Sistema reprodutor masculino e feminino
Órgão e funções,
Métodos contraceptivos ,
Gravidez,
DSTS,
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Sistema Nervoso
Células nervosas,
Sistema nervoso central ,
Sistema nervoso periférico,
Sistema nervoso autônomo,
Ato reflexo,
Principais doenças,
Sistema sensorial,
Órgãos dos sentidos,
Principais doenças.
Sistema sensorial
Órgãos dos sentidos ,
Principais Doenças,
Sistema Endócrino ,
Glândula,
99
Hormônio
9º ANO:
Grandezas Físicas
Cinemática: posição, deslocamento, intervalo de tempo, velocidade
média ,aceleração, trajetória, referencial, distância, força movimente e
repouso,
Dinâmica: 1°,2,°3°leis de Newton
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, sejam eles
profissionais, como, professores, médicos ou músicos, etc. Isso não significa, no entanto,
que um professor sempre saiba avaliar o desempenho do aluno; um médico, os sintomas
do paciente, um músico, a desempenho de um colega.
Precisamos então nos libertar da idéia de que o senso comum é suficiente para
julgarmos um desempenho. Desse modo, a avaliação deve ser um processo contínuo e
sistemático, portanto, deve ser constantemente planejada, fornecendo retorno ao
professor e permitindo a recuperação do aluno; funcional porque verifica se os objetivos
previstos estão sendo atingidos; orientados, permitindo assim o aluno conhecer erros e
corrigi-los;o quanto antes;integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja não os
aspectos cognitivos são analisados, mas igualmente os comportamentais e habilidades
psicomotora.
Cabe ao professor escolher a técnica que mais se adéqua a sua clientela de
alunos, lembrando sempre que não existe maneira correta de avaliação. Todas
apresentam vantagens e desvantagens.
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Jenner Procópio de; et all. Ciências integradas. Belo Horizonte: Dimensão, 1999.
100
BAINES, Jhon. Chuva Ácida. S. l.: s. n.,1985.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______.______. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei: 9394/96. Brasília: Ministério da Educação, 1996.
______. ______. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica Do Estado Do Paraná. Brasília: SEED, s. d.
CRUZ, Daniel. Educação Ambiental. S. L: Ed. Ática, 2005.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1998.
DUARTE, Ruth Gouveia. Lições da Natureza. São Paulo: s. n., s. d.
FOUREZ, G. A construção das Ciências: introdução à filosofia e à ética das Ciências. 3.ed. Ujuí: Unijuí, 1995. FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.
MOURÃO, Ronaldo Rogério. ABC da Astronomia. Rio de Janeiro: s. n., s. d.
PESTANA, Maria Inês Gomes de Sá; et all. Matrizes curriculares de referências para o SAEB. 2. ed. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 1999.
VALLE, Cecília. Terra e Universo. São Paulo: Positivo, s. d.
7.6 ARTES
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte é um processo de humanização o ser humano como criador, se
transforma e transforma a natureza através do trabalho, produzindo novas maneiras de
ver sentir e que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.
A arte é parte essencial da cultura e da identidade, a mais requintada forma de
expressão e comunicação. Na linguagem da arte, onde o verbal se substitui ou convivem
entre si, é o potencial criativo do ser humano que desabrocha. Se o ensino das artes
incentivar e reconhecer essa formas de expressão esta linguagem do aluno, a escola
estará dando um grande passo para formação dos jovens, e porque não dizer dos adultos
101
que procuram na escola um novo rumo de suas vidas.
A escola constitui-se num espaço privilegiado para a educação que dialogue
entre o particular e o universal. A disciplina de Arte deve manter este diálogo,
estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem,
com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos
alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a
fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística.
A história social da arte aborda que as formas artísticas não são
exclusivamente formas da consciência individual, mas também exprimem uma visão do
mundo. Essas formas são dependentes do modo de produção social, isto é, em cada
cultura, em cada momento histórico, as transformações da sociedade determinam
condições para uma nova atitude estética.
Das línguas naturais e das estéticas de todas as artes que se valem não só do
código linguístico mas de outros, deslocando-se para o próprio suporte do corpo e suas
possibilidades de expressão ( da voz aos gestos, dos movimentos ritmados dos membros
à dança executada pela mão no traçado coreográfico da escrita) e atingindo-se em
contraposição à rudeza do corpo, a sofisticação dos aparatos tecnológicos da
informatização, de que o computador é seu produto mais típico, tem-se como pano de
fundo, ou elemento gerador, a linguagem que engendra os significados e os torna
comunicáveis.
Assim, uma proposta de ensino de Arte tem como função levar o aluno à
apropriação do conhecimento estético, contextualizando-o, dando um significado à Arte
dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver
sentir o mundo.
Portanto, o currículo do Ensino Médio na disciplina de arte visando atender o
aluno como um sujeito histórico e social, foi sistematizado três formas de interpretação da
Arte na sociedade, que são arte como ideologia, arte como conhecimento e arte como
trabalho criador.
Arte como ideologia:
Ideologia é o conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma
sociedade, de uma época ou de classe, e que são produto de uma situação histórica e
das aspirações dos grupos que as apresentam como imperativos da razão.
102
A ideologia tem dupla função, ela pode ser elemento de coesão social, de
relação de pertencimento a um grupo, classe social, a uma sociedade ou elemento de
imposição de um grupo, classe social sobre outra, de forma a mascarar a realidade, para
manter e legitimar sua dominação.
Neste sentido é fundamental trabalhar com os alunos questões como:
Arte erudita ou elitista e Arte popular.
Industria cultural e cultura de massa.
Arte da cultura hegemônica e Arte engajada.
Arte como forma de conhecimento:
O conhecimento estético construído historicamente pela humanidade, se
expressa na Arte através da sua própria organização, como:
Os elementos estético que constituem a música, as artes plásticas /
visuais, a dança e o teatro.
Os conteúdos estruturantes da disciplina e suas articulações com as
quatro áreas que a constituem.
O trabalho com os alunos deve tratar da diversidade cultural e das
desigualdades sociais, em vários aspectos tais como:
As expressas nas obras de arte produzidas pela humanidade em tempos e
espaços diferentes.
A dos alunos que estão na escola, considerando sua origem cultural,
grupo social e as manifestações artísticas que produzem significado de
vida para eles tanto na produção como na fruição.
Arte como trabalho criador
Criar é fazer algo inédito, um objeto novo e singular que expressa esse sujeito
criador e, simultaneamente transcende, enquanto objeto portador de conteúdo de cunho
social e histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade social.
A concepção de arte como criação, como trabalho criador não exclui a arte
como forma ideológica ou a arte como forma de conhecimento, porém não a reduz a
nenhuma delas. Neste sentido a arte constitui-se em um processo de humanização.
Proporcionar que os alunos possam manifestar as formas de trabalho
103
artístico que já executam, possibilitando que sistematizem em mais
conhecimentos suas próprias produções.
Possibilitar que os alunos produzam trabalhos artísticos na escola, nas
áreas em que forem possíveis pelas condições de formação do professor
e/ ou materiais da escola.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as
possibilidades de fruição e expressão artística.
Poderá explicitar através das manifestações / produções artísticas elementos
que identificam determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente a
estilização de seus pensamentos e ações.
Esta materialização do pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se
como um referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos alunos por meio do
conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas (artes visuais, música,
dança e teatro).
OBJETIVOS GERAIS
Aprender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte para
compreender como a sociedade estrutura-se e como se organiza as vária formas
de produzir arte.
Interpretar as obras de arte e a realidade transcendendo as aparências,
aprendendo através da arte parte da totalidade da realidade humano social.
Ampliar o conhecimento do aluno, no que se refere as linguagens artísticas, a partir
do aprofundamento das noções dos elementos formais, da composição, dos
movimentos e períodos, situadas nas dimensões estéticas, no tempo e espaço que
são elementos imprescindíveis para se pensar, sentir ou realizar um trabalho
artístico.
Capacitar o aluno para fazer a leitura das representações artísticas a partir do ver,
do saber em relação com os diferentes modos de produção e consumo da arte.
104
Levar o aluno a perceber as formas visuais, sonoras e gestuais, através do uso da
percepção, da imaginação e da articulação dos elementos na estrutura formal.
Compreender as manifestações artísticas como prática social e como invenção a
partir de uma realidade concreta.
Compreender as diversidades culturais e as desigualdades sociais representadas
nas várias manifestações artísticas.
Desenvolver a sensibilidade nas artes em geral.
Apreciar as diversas formas de expressão artística com sensibilidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO:
ARTES VISUAIS:
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura, escultura,arquitetura ...
105
Gêneros: Cenas da mitologia
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Ocidental
Arte Pré-Histórica
TEATRO
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços
Técnicas: Jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,
máscara ...
Gênero: Tragédia, Comédia, Circo
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval Renascimento
DANÇA
Movimento corporal:
*Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre, interrompido)
Tempo:
Rápido e lento
Espaço:
Formação
Níveis ( alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
106
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
MÚSICA:
Altura:
*Ritmo, melodia
Duração:
Escalas: diatônica, pentatônica
Timbre:
Cromática
Improvisação
Intensidade
Densidade
Greco-Romana
Oriental
Africana
7º ANO:
ARTES VISUAIS:
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
107
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura ...
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta ...
Arte indígena
Arte Popular, Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
TEATRO :
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia
Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas ...
Gêneros: Rua, arena, caracterização
Comédia dell' arte
Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
DANÇA:
Movimento corporal:
*Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve, pesado)
Fluxo (livre, interrompido e conduzido)
Tempo:
*Lento, rápido e moderado
Espaço:
*Níveis ( alto, médio e baixo)
Formação
108
Direção
Gênero: Folclórica, popular, étnica
MÚSICA:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental, mista
Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
8ºANO
ARTES VISUAIS:
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista ...
Indústria Cultural
109
Arte no séc. XX
Arte Contemporânea
TEATRO:
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
DANÇA:
Movimento corporal:
*Giro
Rolamento
Saltos
Tempo:
Aceleração e desaceleração
Espaço:
Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
110
Indústria Cultural
Dança Moderna
MÚSICA:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno ...
9º ANO:
ARTES VISUAIS:
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte,performance ...
111
Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano ...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino -americana
Hip Hop
TEATRO:
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
DANÇA:
Movimento Corporal:
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Tempo :
112
Coreografia
Deslocamento
Espaço:
Gênero: Performance, moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança contemporânea
MÚSICA:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental, mista
Gêneros: popular, folclórico,étnico
Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música Contemporânea
AVALIAÇÃO
A avaliação em Artes supera dessa forma, o papel de mero instrumento de
medição da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos
entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua
própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético,
levando em conta a sistematização dos conhecimentos para leitura da realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos
113
percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e
dificuldades percebidas em suas criações / produções.
O professor poderá escolher, entre as várias formas existentes, adequando-as
aos conteúdos e habilidades trabalhadas, que em Educação Artística podem ser:
apresentações teatrais, paródias, músicas, danças, painéis.
Nesses termos a avaliação é um meio e não um fim.
REFERÊNCIAS
HADDAD, Denise Akel. A Arte de Fazer Arte. São Paulo: Editora Saraiva, 2004. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1995. VASCONSELOS, Thelma; NOGUEIRA, Leonardo. Educação Artística – Rever Nossa Arte. Vol. 2. São Paulo: Editora Scipione, 1985. VENTRELLA, Roseli; ARRUDA, Jacqueline. Série Link da Arte: 5ª, 6ª,7ª,8ª séries. São Paulo: Editora Escala Educacional, 2007.
7.7 EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física deve ser entendida como Principio de Liberdade. Desta
forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores éticos a morais, tais como: a verdade,
a eficiência da sociedade, a justiça, a paz, e os direitos humanos; o equilíbrio ecológico, a
aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da pratica de uma forma equilibrada e
se completando, levam a conquista da liberdade e da cidadania.
A educação física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos
estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos da educação, ou seja, deve
preocupar-se com o desenvolvimento integral do ser humano, utilizando para isso, suas
atividades – meio que se concretizam pelo movimento.
Como disciplina integrante do currículo, deve estar fundamentada produção do
conhecimento, tendo consciência de seus condicionantes histórica – sociais e sendo um
instrumento de apropriação do saber. Deve ter como principio, a relação dialética de
compreensão da realidade social, calcada numa concepção histórico - critica de
educação, que pressupõe o entendimento do aluno nas diversas relações, respeitando
114
seus interesses, sua maturação e as experiências anteriores adquiridas.
As transformações que se podem fazer no conhecimento de forma duradoura
para traduzir em qualidade de vida precisam ser medidas pela educação. A abordagem da
relação entre ―atividade física e qualidade de vida‖ deverá ir além das próprias aulas de
Educação Física, mediante informações que evidenciam a preocupação com a promoção
da saúde e que forneçam subsídios que possam levar os alunos a se conscientizarem da
importância da atividade física como uma pratica regular no seu dia-a-dia.
Nesta perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática para a percepção
da atividade e esportiva como um componente cultural responsável pela cultura corporal e
esportiva presente na sociedade atual em que o aluno está inserido. É por meio da
Educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a atividade física como uma
prática necessária e regular, proporcionando assim uma política de melhoria na qualidade
de vida durante e após sua vida escolar.
Pensando, na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino fundamental,
podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho com os esportes e, principalmente, a
mesma metodologia de ensino – a execução de fundamentos, seguida de vivências de
situações de jogo. Contudo, é possível constatar em algumas escolas um
aprofundamento tático das modalidades, o que nos dá a impressão de que o sentido da
Educação Física passa a ser o comportamento estratégico durante a prática desportiva.
Para a efetividade da presente proposta devemos buscar a excelência de
conhecimentos no ensino da Educação Física, dentro de uma concepção histórico-crítica
de educação. Para tanto o resgate do compromisso social na ação pedagógica da
Educação Física no sentido da transformação do ―como é‖, para o ―como poderá ser‖,
deve ser conquistado.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A estudarmos o corpo humano e seus movimentos a Educação Física objetiva
atingir a consciência, domínio e a plenitude do movimento, trabalhando através dos
pressupostos existentes e nas amplas diversidades da ginástica, dança e dos esportes.
Cabe ao educando proporcionar uma consciência e domínio do seu corpo e, a
partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem,
115
deverão permitir ao aluno a exploração motora, vivenciada através das possibilidades
propostas, oportunidades que lhe deem condições de criar novos caminhos para a pratica
esportiva.
A proposta para a Educação Física aborda os conteúdos da disciplina
destacando:
Projetos de estimulo à pratica de atividade física e esportiva;
A ampliação do campo de intervenção da educação física, para alem das
abordagens centradas na motricidade;
O desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de maneira que
sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva e
sensitiva do aluno;
As praticas corporais tendo como principio básico o desenvolvimento do
sujeito;
A superação do caráter da Educação física Omo mera atividade;
A Educação Física votada a apitado física e saúde;
A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o
processo de forma humana do aluno;
Atividades esportivas;
Propiciar ao aluno uma visão critica do mundo e da sociedade na qual está
inserido;
A educação física votada a qualidade física;
Cultura corporal;
A interdisciplinaridade;
Trabalhos individuais e em grupos;
Atividades e complexidade progressiva;
Considerando estes apontamentos, a Educação Física propiciara a
potencialização das formas de expressão do corpo. A importância seria:
A importância do contato corporal e o necessário respeito mutuam que este
reclama;
Do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;
116
Do respeito, por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o
que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir, com elementos que
levem o sujeito a questionar formas de preconceito, sobre a domesticação e
a violência em relação ao corpo.
A Educação Física consiste em vários métodos de aprendizagem, dependera
da analise do educador em escolher o qual se escolherá para que o ensino seja rápido e
consistente. Esta analise dependera do rendimento de cada aluno, seu grau de
dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer uma ressalva e
verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados, se estes foram eficientes,
pois cada aluno tem seu ritmo.
Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos aos alunos
técnicas de trabalho corporal, podendo ser como preparação para outras modalidades,
como relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma
recreativa, repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de matérias ou não. O
objetivo é ressaltar o ―conhecimento do corpo‖.
Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos alunos com
relação à consciência e domínio corporal, trabalhando através dos precursores do
movimento expressivo da ginástica dança e jogos. O esporte vem fortalecer também
habilidades motoras e a compreensão do desporto, transpondo para seu cotidiano e
facilitando nas atividades escolares e sociais.
O Professor não apenas terá preocupação em apresentar um melhor
rendimento, mas também observar o aluno em seu desenvolvimento nos pressupostos do
movimento humano, que são condutas motoras de base, condutas neuro-motoras,
esquema corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.
OBJETIVOS GERAIS
Fazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos científicos, com
relação à importância da atividade física e aos desportos, a socialização, a consciência do
respeito mútuo, a dignidade e solidariedade nas práticas da cultura do movimento, bem
como sua pluralidade. Ter noções dos cuidados com o corpo, desenvolvendo hábitos de
117
higiene e alimentação, e noções de primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse
desses conhecimentos buscarem aplica-los no seu cotidiano, vivenciando sempre o
processo de investigação científica e tecnológica.
Organizar os conhecimentos necessários para a continuidade das discussões
da versão preliminar das Diretrizes Curriculares de Educação Física.
Propor ações pedagógicas para implementação das Diretrizes Curriculares de
Educação Física, em sua versão preliminar.
Retomar os conceitos específicos da área aprofundando a concepção proposta
nas Diretrizes Curriculares de Educação Física, em sua versão preliminar.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e brincadeiras
Ginástica
Lutas
Dança
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS: origem dos diferentes esportes e sua
mudança na história, o esporte como fenômeno de massa, princípios
básicos dos esportes, táticas e regras, o sentido da competição esportiva,
possibilidades dos arremessos, deslocamentos, passes, fintas, práticas
esportivas: esportes com ou sem equipamentos.
MANIFESTAÇÕES DE GINÁSTICA: origem da ginástica e sua mudança no
tempo: diferentes tipos de ginástica, práticas de ginásticas, cultura da rua,
cultura do circo: malabares, acrobacias.
BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS: a construção coletiva de jogos
a brincadeiras: por que brincar? Oficinas de construção de brinquedos;
brinquedos e brincadeiras tradicionais; brinquedos cantados; rodas e
cirandas; diferentes manifestações e tipos de jogos; jogos e brincadeiras
com ou sem materiais; diferenças entre jogo e esporte.
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO: a
118
dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais, diferentes
tipos de dança, porque dançamos? Danças tradicionais e folclóricas,
desenvolvimento de formas corporais ritmo expressivas: mímica, imitação e
representação, expressão corporal com ou sem materiais.
Nos eixos que norteiam a proposta de conteúdos a serem trabalhados no
Ensino Fundamental temos:
Esporte: consideram-se esportes as práticas que adotam regras de caráter oficial e
competitivo, ou seja, envolvem disputa entre equipes e indivíduos, tendo como
critério de julgamento os pontos ou escores, dentro de uma prática social que
institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal. De uma maneira geral, na
Educação Física, o esporte subdivide-e em coletivo ou individual de acordo com a
atividade praticada.
Esportes Coletivos: são atividades essencialmente de ataque e defesa que se
estruturam na disputa entre duas equipes com enfoque no grupo dentro de uma
organização técnica e tática.
Esportes Individuais: são atividades que se estruturam na disputa entre jogadores
com um mesmo objetivo e simultaneamente competem contra uma variável externa
(tempo e distância). Tem enfoque no individuo dentro de uma organização técnica
e tática.
Dança: são atividades de manifestações da cultura corporal que tem com
características a intenção de expressão e comunicação por meio de gestos e a
presença de estímulos sonoros como referencia para o movimento corporal. Trata-
se principalmente de atividades ritmadas, como dança ou jogos musicais.
Ginástica: são atividades essencialmente acrobáticas com técnicas de trabalho
corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado que, com ou
sem uso de aparelhos, abre a possibilidade de atividades que provoquem valiosas
experiências corporais, com o objetivo de preparar o aluno para as atividades do
cotidiano e também para outras atividades, como as recreativas, esportivas e
competitivas.
Lutas: são atividades essencialmente de ataque e defesa com base nas artes
119
marciais; são disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com técnicas
e estratégias de desequilíbrio, confusão, imobilização ou exclusão de um
determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-
se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de
deslealdade.
6º ANO:
Os movimentos;
Benefícios da educação física
História da educação física
Ginástica geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades motora, Higienista,
ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica.
Atletismo: histórico, caminhadas, corrida de resistência, corrida com barreiras,
corridas, corrida de revezamento, saltos em distancia, arremessos de peso,
marcha atlética.
Atividades pré-desportivas.
Futsal: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-
desportivas, o jogo.
Danças: introdução teórica, ritmo, movimento, coreografias expressão corporal;
Voleibol: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-
desportivas, o jogo.
Handebol: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades pré-
desportiva, o jogo.
Atividades recreativas como, brincadeiras dirigidas ao ar livre, jogos dramáticos em
sala.
7º ANO:
Conhecimento do corpo (ossos) e coluna vertebral;
História da educação física no Brasil;
Higiene e saúde;
Efeitos do exercício no corpo humano
Capacidade física e suas definições;
120
Exame biométrico
Ginástica Geral, evolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras, higienista,
ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica.
Atletismo: História no Brasil
Controle de frequência cardíaca;
Caminhadas;
Considerações sobre a corrida;
Corrida de resistência, velocidade, revezamento;
Atividades pré-desportivas;
Futsal; histórico no Brasil e no mundo;
Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos; jogo;
Dança: histórico e evolução das formas de dança;
Expressão corporal;
Ritmo;
Coreografia;
Dança folclórica;
Criatividade;
Voleibol: histórico no Brasil;
Fundamentos técnicos e regras;
Atividades pré-desportivas; jogo;
Basquetebol: histórico e considerações;
Fundamentos técnicos, regras;
Atividades pré-desportivas, jogo;
Xadrez e dama;
8º ANO
Importância da atividade física
Identificação das capacidades físicas básicas;
Cuidados com a alimentação;
Exame biométrico; Ginástica: rítmica desportiva e olímpica; Ginástica geral, envolvendo as
capacidades físicas, habilidades motoras, higienista, ginástica de solo,
alongamento, ginástica aeróbica;
121
Dança: ritmo, técnica, tipos;
Jogos dramáticos e de disputa: criação, proposta e desafio;
Xadrez: formas de jogadas;
Voleibol;
Handebol;
Basquetebol;
9º ANO:
Atividade física e qualidade de vida;
Importância da regra nos jogos em nossa vida;
Respeitando os limites pessoais
Ginástica: aeróbia e localização; ginástica geral, envolvendo as
capacidades físicas, habilidades motoras, higienista, ginástica de solo,
alongamento.
Atletismo: caminhadas, corrida rústica resistência e velocidade;
Saltos considerações e técnicas;
Dança: coreografias, rítmicas e criatividade, expressão corporal;
Futsal;
Voleibol;
Handebol;
Basquetebol;
Esportes radicais;
AVALIAÇÃO
A proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e
diversificar a pratica pedagógica da área, buscando sempre ampliar as dimensões
afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos, procurando sempre subsidiar as
discussões, os planejamentos e as avaliações da pratica de Educação física.
Em todas as atividades propostas tem por objetivo o desenvolvimento
intelectual, social e moral do aluno. A avaliação neste sentido visa diagnosticar como a
disciplina esta contribuindo para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do ensino
de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas e intelectuais,
122
tendo pensamento independente e criativo.
A avaliação será continua buscando o desenvolvimento individual e de grupos,
enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno tenha
apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.
Serão observados ainda, os seguintes aspectos:
Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em grupos.
Como complemento, poderá ser verificado a realização das atividades
propostas nessas atividades e também à verificação da pesquisa sugerida
no decorrer dos bimestres.
Habilidade: serão realizados testes práticos sobre os fundamentos. O
professor terá de elaborar teses sobre fundamentos, táticas e técnicas dos
esportes. Durante os testes, devera ser observada principalmente a
naturalidade, coordenação motora, domínio corporal e do movimento,
execução do movimento grau de dificuldade individual e outros. Cabe ao
professor criar meios para que o aluno em defasagem possa progredir e
superar suas dificuldades.
Atitude: devera ser observado nas aulas. O professor terá como base os
seguintes aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta, espírito
de liderança positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato as regras,
respeito mútuo, com o professor e com os colegas, espírito esportivo,
socialização, dinamismo, capacidade de síntese e compreensão e a
organização em grupos.
REFERÊNCIAS
BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, SP: Papirus, 2003. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
123
7.8 ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Podemos definir a educação das mais diferentes formas e com parâmetros
diversos, mas, em se tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o
desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É aqui onde o Ensino Religioso
fundamenta a sua natureza: o homem para adquirir seu estado de realização integral
necessita da perfeição religiosa, também.
Dentre os inúmeros instrumentos de que dispõe a sociedade para alcançar tão elevado objetivo está a religião, pois somente quando se coloca a questão da transcendência, a que se denomina Deus, encontra a comunidade humana e cada uma das pessoas individualmente, respostas às perguntas fundamentais que todos se colocam diante da vida. (CATÃO, 1995).
O Estado, a quem, hoje, se confia a educação da maior parte da sociedade,
reconhece a necessidade de uma educação religiosa, sem no entanto dizer como realizá-
lo. Em todo caso, ele não pode prescindir dos questionamentos fundamentais de toda
pessoa humana, e que constitui o próprio fundamento da sociedade.
Ensino Religioso é a disciplina à qual se confia, do ponto de vista da escola
leiga e pluralista a indispensável educação da religiosidade. Aqui, já vale observar a
necessidade de se superar uma posição monopolista e proselitista, para que haja uma
autêntica educação da religiosidade inserida no sistema público de educação em
benefício do povo.
A função básica da escola é a construção e a socialização do conhecimento
historicamente produzido e acumulado pela humanidade.
A escola deve instrumentalizar o educando favorecendo-lhe o desenvolvimento integral, ou seja, contemplando todos os aspectos da pessoa físico, mental, emocional, intuitivo, espiritual, racional, e social, sendo assim, a escola deve possibilitar condições para aprendizagens múltiplas, pois é um espaço privilegiado de construção de conhecimento, expansão da criatividade, desenvolvimento da humanização, vivencia de valores universais, promoção do dialogo inter-religioso, valorização da vida e educação para a paz. Portanto, não se pode ignorar a importância da disciplina de Ensino Religioso como ―Parte integrante da formação básica do cidadão. (LDB-Art.33)
124
Para a compreensão da razão de ser do Ensino Religioso é preciso partir de
uma concepção de educação que a entenda como um processo global, integral, enfim, de
uma visão de totalidade que reúne todos os níveis de conhecimento, dentre os quais está
o aspecto religioso.
Toda sociedade possui um ethos cultural que lhe confere um caráter todo
particular, e fundamenta toda a sua organização, seja ela política, social, religiosa, etc. E
não é senão a partir da compreensão desse ethos, que poderemos contribuir com as
novas gerações, no seu relacionamento com novas realidades que nos são propostas: o
individualismo, o descartável, a experiência religiosa sem instituição etc.
Segundo a DCE (p. 15):
No espaço escolar, o Ensino Religioso era tradicionalmente o ensino da Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme determinava a Constituição de 1824. Após a Proclamação da República o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando, portanto, a hegemonia católica que exercia até então o monopólio do ensino. A partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com matricula facultativa. Nas Constituições de 1937, 1946 e de 1967 o Ensino Religioso foi mantido como matéria do currículo, de frequência livre para o aluno, e de caráter confessional de acordo com o credo da família. Em meados da década de 60, surgiram grandes debates, retomando a questão da liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada que partiu de diferentes manifestações religiosas. Nesse contexto, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética, pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado. Porém na prática as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos e voluntários, o que resultava numa postura e encaminhamento pedagógico com forte influência das tradições religiosas e de caráter proselitista, ou seja, o seu objetivo era converter outros para sua própria religião. Na LDB 4024/61, no título Disposições Gerais e Transitórias‖ o Ensino Religioso foi citado no Art. 97, o que determina que essa disciplina deve ser da matricula facultativa, sem ônus para o poder público, ela deve ser ministrada de acordo com a confissão religiosa do aluno.
Somente a partir das discussões da LDBEM 9394/96, incentivadas pela
sociedade civil organizada, é que o Ensino Religioso passou a ser compreendido como
disciplina escolar. Em decorrência desse processo, sua implementação nas escolas
públicas do país foi regulamentada.
No período entre 1995 a 2002, houve um esvaziamento do Ensino Religioso na rede pública estadual do Paraná, acentuado a partir de 1998. Nesse período, não havia sido regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação, e a sua oferta ficou restrita apenas às escolas onde havia professor efetivo da disciplina. Na reorganização das matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizadas
125
nesse período, o Ensino Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da
exigência legal da LDBEM 9394/96. Somente em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02 que regulamente o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná. Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a Instrução Conjunta nº. 001/02 do DEF/SEED, que estabeleceu as normas para esta disciplina na rede pública estadual. Por volta de 2003, retomando a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina, no que se refere à disposição do corpo docente, metodologia, avaliação e formação
continuada de professores.(DCE, p.19). Segundo Costella (2004), três fatores ajudam a entender a necessidade de um
novo enfoque para o Ensino Religioso.
O primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e que garante por meio da Constituição, a liberdade religiosa. O segundo fator, diz respeito à própria maneira de aprender o conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da educação e da comunicação. O terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX, que atinge seu ápice na célebre expressão do filosofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) ―Deus está morto‖. Ou seja, Nietzsche metaforiza o fato da sociedade não ser capaz de crer numa ordenação cósmica Transcendente/Imanente, o que a conduz a uma repulsa dos valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado por uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores. Segundo Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência moral-religiosa vinculada a mantermos uma ―sombra‖, um lugar vazio, um local reservado ao principio Transcendente/Imanente e que fora destruído pela sociedade e que essa mesma não pode mais voltar a ocupar. Isto provocou uma reforma na sociedade europeia que vinha sustentada em bases decadentes e ultrapassada. A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX apresentava-se distante
de uma explicação religiosa de mundo. A partir de uma abordagem antropológico filosófica, que reconhece o fenômeno
religioso como decorrência de sua propriedade humana, de sua condição existencial, e
seguindo para uma abordagem mais específica e de nossos interesses que é a de ordem
pedagógica, podemos dizer que o específico do religioso para o Ensino Religioso é ajudar
o aluno a se posicionar e a se relacionar da melhor forma possível com as novas
realidades que o cercam. Primeiramente em relação aos seus limites e depois quanto às
linguagens simbólicas. O Ensino Religioso é , portanto, uma questão diretamente ligada à
vida, e que vai se refletir no comportamento, no sentido que orienta a sua ética.
―Toda religião comporta uma ética e toda ética desemboca numa religião, na
mesma medida em que a ética se orienta pelo sentido do transcendente da vida humana"
(CATÃO, p. 63). É necessário superar as errôneas e muitas vezes limitadas definições de
ética e propor uma ética da consciência e da liberdade em lugar da ética da lei e da
126
obrigação. Na raiz da Ética, como contempla o Ensino Religioso, está a busca da
Transcendência que dá sentido à vida, que proporciona a plena realização do ser humano
pessoal e social.
Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações
religiosas, nas crenças e na própria forma de interpretar o Sagrado. Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas aos estudos relativos à aprendizagem, têm ampliado as possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida em sociedade, marcada pelas exigências do capitalismo. Diante de uma análise breve do quadro apresentado, faz-se necessário a superação de modelos lineares e fragmentados de compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a escola e, mais especificamente, para o Ensino
Religioso. Assim, o processo de ensino e de aprendizagem visa à construção/produção do conhecimento e que, por consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e, também de exposição competente de conteúdos formalizados. As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, posta também no âmbito religioso entre os países e, de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a sociedade esteve consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta
e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade‖. (DCE, p.23). Assim sendo, o foco no Sagrado e em diferentes manifestações, possibilita a
reflexão sobre a realidade contida na pluralidade desse assunto, numa perspectiva de
compreensão sobre sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do
conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o Sagrado. Com isso, a
disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às
diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso pressupõe
um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. A metodologia deve ser
flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer a
interação, o diálogo, a reflexão, a participação ativa, o entusiasmo em aprender,
compromisso com a vida e a disponibilidade em construir um mundo de paz.
127
As reflexões e análises são procedimentos que acompanham todo o processo
e o professor pode encaminhar problematizações que promovam a conscientização, o
entendimento e a decodificação do objeto de estudo. Essa decodificação progressiva
permitirá ao educando abrir sua visão, superar preconceitos à ausência ou à presença de
qualquer crença religiosa, bem como, perceber a unidade na diversidade das tradições
religiosas.
Enfim, a intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem devem
conduzir para a aquisição do conhecimento religioso e para a mudança qualitativa, que se
expressa no ―saber em si, no saber em relação ao saber de si‖ traduzidos em novas
posturas de diálogo e reverência.
Proposta de trabalho para o aluno:
explicações e anotações devidas;
leitura de artigos e textos religiosos e outros livros sobre religiões
disponíveis na biblioteca do Colégio;
análise de textos complementares do Jornal ―O Transcendente‖
pesquisas;
confecção de cartazes;
trabalhos em grupos e individuais, com apresentações orais;
história em quadrinhos (feita pelos alunos);
dramatizações;
dinâmicas de grupo;
uso de jornais e revistas (leitura e recortes);
uso de filmes através de vídeos e DVDs sobre religião e religiosidade;
estudo dirigido;
OBJETIVOS GERAIS
Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa do
cotidiano que contextualiza no universo cultural, bem como a presença do
Sagrado nas diferentes manifestações religiosas
Promover aos educandos a oportunidade de processo de escolarização
128
fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos
religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de modo
a colaborar com a formação da pessoa.
Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o
fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no
contexto do educando.
Identificar as diferenças culturais e religiosas a partir da realidade sócio-
cultural dos educandos, desenvolvendo atitudes de respeito às diferenças e
superação de toda forma de preconceito.
Identificar os textos sagrados das diferentes tradições religiosas, entendendo
que são referenciais de fé e orientação para a vida.
Conhecer a importância dos rituais, símbolos e espiritualidade das diferentes
religiões na vida das pessoas.
Conhecer as diferentes idéias do Transcendente construídas ao longo do
tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes concepções
sobre o Transcendente.
Reconhecer os limites éticos propostos pelas diferentes Tradições
Religiosas.
Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores humanos e
práticas religiosas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem religiosa
Símbolo
Texto sagrado
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6ºANO:
RESPEITO DIVERSIDADE RELIGIOSA
Diferença entre Religião e Religiosidade
Declaração Universal dos direitos Humanos e Constituição Brasileira:
129
respeito à liberdade religiosa.
Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.
Direito a liberdade de reunião e associações pacíficas.
Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
LUGARES SAGRADOS
L
ugares e templos sagrados: de peregrinação, de reverência, de culto.
L
ugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas.
L
ugares Construídos: Templos, Cidades Sagradas.
TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
E
nsinamentos Sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas (Hinduísmo, Islamismo, Cristianismo, Tradições Africanas e
Afro-brasileira, Budismo).
C
antos
N
arrativas
P
oemas
O
rações
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
F
undadores e/ou Lideres Religiosos (Budismo – Sidarta Gautama,
Cristianismo – Jesus Cristo, Islamismo- Maomé, Espiritismo- Allan
130
Kardec)
E
struturas Hierárquicas.
7ºANO
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
S
ignificados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
N
os Ritos
N
os Mitos
N
o cotidiano
RITOS (Práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas como por exemplo:
Candomblé, Festejo indígena e outros).
R
itos de passagem
M
ortuários
P
ropiciatórios
FESTAS RELIGIOSAS (Budista, Afro-Brasileira, Judaica, Islâmica, Cristã).
P
eregrinações
F
estas familiares
F
estas nos templos
131
D
atas comemorativas
VIDA E MORTE (Nas diversas tradições religiosas)
O
Sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
R
e-encarnação
R
essurreição
A
lém morte
A
ncestralidade – vida dos antepassados
E
spírito dos antepassados.
AVALIAÇÃO
Faz-se necessário destacar que os procedimentos avaliativos a serem
adotados, uma vez que este componente curricular conforme DCE (p.34):
(...) não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui com objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar (...)
Isso, se justifica pelo caráter facultativo da matricula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implantação de práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de conhecimento do educando. (DCE, p.34).
Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser
observado pelo professor em diferentes situações de ensino aprendizagem. Pode-se
avaliar, por exemplo, em que medida o educando expressa uma relação respeitosa com
132
os colegas de classe que têm tradições religiosas diferentes da sua, se aceita e respeita
as diferenças dos outros; se compreende que a idéia do Transcendente é construída de
maneira diversa; se reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da
identidade de cada grupo social; se emprega conceitos adequados ao referir-se às
diferentes manifestações religiosas, entre outras atividades em sala.
Com essa prática os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar
os conteúdos, com também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos lhes
possibilita compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte
integrante, bem como possibilitará a articulação dessa disciplina com demais
componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.
A avaliação é processual, faz parte do processo de ensino e aprendizagem. É
um aspecto integrador entre a aprendizagem do educando e a atuação do educador na
construção do conhecimento, formação de valores e convívio social.
REFERENCIAS
BOFF, Íris. Novos Paradigmas para o Ensino Religioso. Curitiba: Corpo – Mente, 2000. BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. CATÃO, Francisco. O Fenômeno Religioso. São Paulo, Editora Letras & Letras, 1995.
COSTELLA, Domenico. O fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In:
JUNQUEIRA, Sérgio; WAGNER, Raul (Orgs.). O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004. DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989. ELIADE, Mirceia. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992. FÓRRUM. Nacional Permanente do ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais- Ensino Religioso. 2ª ed. São Paulo, 1997. GIO FILHO, Sylvio F. Espaço de representações e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Curitiba: Ra‘ e Ga O Espaço Geográfico em Análise,
133
1999. HINNIELS, Jonh R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989. PIAZZA. W.O. Religião da Humanidade. São Paulo, Loyola, 1997. S.M.E. Currículo Básico da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Gestão, 1997/2000. 7.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA– INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Línguas estrangeiras sofreu mudanças ao longo da história. As
propostas curriculares e as metodologias de ensino são instigadas a atender às
expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.
A realidade do nosso país, das nossas escolas e dos nossos professores,
interfere no dia-a-dia da sala de aula, reduzindo a prática pedagógica a uma prática
fictícia. O discurso pedagógico ensinado coincide muito pouco com o conjunto daquelas
variedades que compõem a língua estrangeira. Em geral, com os livros didáticos, o
professor trabalha em sala de aula com um discurso criado pelo próprio sistema
educacional, válido, portanto, somente dentro dos seus limites.
Encarar a língua, não só a estrangeira, mas também e sobretudo a língua
materna, como um elemento básico da vida social, sem a qual nenhum tipo de
organização seria possível, sem a qual não haveria transmissão e acúmulo de
conhecimentos se faz necessário.
Acredita-se que a língua estrangeira tem uma importância crucial na
formação do aluno, sobretudo do aluno de ensino público, por ter menos noção de seu
lugar no mundo, por ter menos acesso à informação. Acredita-se que através do confronto
com o novo, com a língua do outro, e vale dizer, com a cultura do outro, esse aluno tem
mais facilidade em se posicionar, reconhecendo a situação geográfica, econômica e
cultural de seu próprio país ao enxergar e respeitar as diferenças entre duas culturas.
Ao contrário do que em geral, se faz na escola, o ensino de uma língua não
134
pode descartar a pluralidade de discursos. A língua é o conjunto vivo de discursos se
fazendo e se cruzando no tecido social. Nenhum deles existe isoladamente e não se pode
querer dominar apenas um, esquecendo a existência dos outros.
É empobrecido apresentar ao aluno somente o discurso que tenta explicar o
funcionamento da língua, o discurso didático, as regras formais de gramática, as frases
criadas para exemplificar.
É preciso compreender não só que a língua constituída deste conjunto
heterogêneo de discursos, interliga todos os extratos sociais, mas também que ela é o
indicador mais sensível de todas as transformações sociais.
No ensino da língua estrangeira, os problemas existentes são maiores: a única
possibilidade de trabalho está no livro didático, já que os professores enfrentaram
dificuldades na sua própria formação. Além disso, a dificuldade dos alunos é imensa:
trata-se de enfrentar um sistema complexo, articulado, sem as armas necessárias. Em
geral, esses alunos jamais tiveram contato com outra língua e mal têm notícias das várias
culturas veiculadas pela língua ensinada.
A tendência atual contemplando o ensino de línguas estrangeiras através de
textos, efetivando-se a prática discursiva pode dar ótimos resultados quando se têm
reunidos alguns fatores: professor com boa formação e com bons programas de formação
continuada, material atualizado e variado disponível.
Propõe-se um trabalho mais demorado com o texto em língua estrangeira, para
que o aluno reflita, questione as atitudes, trabalhe valores a ele subjacentes. Nessa
abordagem discursiva deve-se trabalhar a oralidade, escrita e leitura segmentadas, pois
em uma situação do dia-a-dia do aluno não há uma separação dessas práticas.
Durante o trabalho prático, os alunos aprendem a analisar o material que têm
em mãos: é fundamental que eles percebam se o texto possui unidade temática e unidade
estrutural. Primeiramente serão propostas reflexões acerca dos temas diversos, debates
em sala, diálogos simulando situações concretas de comunicação. Em seguida serão
propostos exercícios de língua, sínteses e redação de novos textos.
A intenção, nessa proposta, primeiramente é a comunicação em diferentes
formas, usando textos para enfatizar a criticidade e ser um sujeito que entende melhor a
realidade. Depois o trabalho será realizado com a expressão escrita - a leitura e a
compreensão de textos, e numa terceira etapa, a produção de textos.
135
Não se deve privilegiar esse ou aquele aspecto da língua, mas sim, tentar
trabalhá-la no seu todo: a fala, a leitura, e a escrita. Se insistir no aspecto do texto é
porque acredita-se num tipo de trabalho que pode ser realizado no caso de as escolas
não apresentarem boas condições de ensino para a prática da expressão oral.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano e o professor deve
verificar se a compreensão e leitura vão se tornando práticas comuns na vida do
estudante: para isso, o professor deve sempre estudar os textos profundamente com os
alunos, desde uma leitura global, compreendendo os diversos usos da linguagem até o
estudo de detalhes da estrutura da língua, reforçado com a proposta de exercícios e
debates.
Os textos escritos pelos alunos podem também ser lidos e comentados por todos
em sala, com a ajuda do professor, contemplando assim as Diretrizes Curriculares de
Língua Estrangeira Moderna, que valoriza o discurso como prática social.
Deve-se procurar evitar os exercícios gramaticais no sentido tradicional ou os
exercícios estruturais, completamente fora de contexto.
Onde há condições mínimas de se trabalhar a expressão oral, o professor poderá
verificar se o seu trabalho está fazendo o aluno progredir.
A avaliação não pode ser uma tarefa perdida, sem ligação com o que está
efetivamente trabalhando com os alunos. Além disso, ela deve ser contínua e cumulativa.
Atividades e exercícios em sala
Utilização de textos
Uso de textos de gêneros variados
Uso do dicionário
Trabalho individual e em grupo
Atividades orais e escritas
Atividades com figuras e desenhos
Interpretação oral e escrita de músicas e filmes
Debates e apresentações teatrais
136
OBJETIVOS GERAIS
Identificar no universo que o cerca a língua inglesa que coopera nos
sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um
mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que essa língua
desempenha em determinado momento histórico;
Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso da língua
inglesa, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o
mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as
visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um
mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;
Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o
acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do
mundo;
Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como
e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como
base os conhecimentos da língua materna;
Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se faz da
língua inglesa que está aprendendo;
Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a
como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;
Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em
situações diversas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso enquanto prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6ºANO:
137
LEITURA
I
dentificação do tema do argumento principal.
I
nterpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e
intertextualidade.
ORALIDADE
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em
diferentes países.
ESCRITA
A
dequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
C
lareza de ideias.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
C
oesão e coerência
F
unção dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,
verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.
138
P
ontuação e seus efeitos de sentido no texto.
V
ocabulário
GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS
P
oemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,
música e carta.
TEMAS PROPOSTOS
A
importância dos meios de comunicação para a inserção do indivíduo
na
sociedade;
A
importância do respeito às diferenças culturais, étnico-raciais e afro-
descendentes como comportamento ético e expressão de cidadania;
V
ida e respeito em família;
A
preservação da natureza e as consequências do desequilíbrio no
meio ambiente.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA
139
Temas abordados em diferentes textos orais ou escritos: objetos escolares,
objetos de sala de aula, países e nacionalidades, profissões, família, numerais
cardinais(de 0 a 100), animais, alimentação, cores e meios de transportes;
G
reetings ( saudações/ cumprimentos)
I
ntroductions ( apresentações)
P
ersonal Pronouns ( pronomes pessoais)
T
he English Alphabet ( o alfabeto ingles)
V
erb TO BE - Present Tense – affirmative, interrogative and negative
forms.
A
rticles – A, AN – THE (artigos definidos)
D
emonstratives Pronousns – Singular and plural forms(pronomes
demonstrativos – singular e plural)
( cardinais)
N
umbers Questions ( what, where,...)
P
ossesssive Pronouns ( pronomes possessives)
V
ocabulary about family, countries and nationalitles, colors, candies,
school objectes, animais and means of transport( vocabulário sobre a
140
família, países e nacionalidades, cores, doces, objetos escolares,
profissões, animais e meios de transporte.
7ºANO:
LEITURA
I
dentificação do tema do argumento principal.
I
nterpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e
intertextualidade.
ORALIDADE
V
ariedades linguísticas.
I
ntencionalidade do texto
E
xemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em
difere
ntes países.
ESCRITA
A
dequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
141
C
lareza de ideias.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
C
oesão e coerência
F
unção dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,
verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.
P
ontuação e seus efeitos de sentido no texto.
V
ocabulário
GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS
P
oemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,
m
úsica e carta.
TEMAS PROPOSTOS
A
pluralidade cultural representada pelos países que usam o inglês com a
língua oficial:
C
orrespondência em inglês com outros estudantes através da internet;
A
importância da prática de atividades físicas e destaques no esporte;
R
142
espeito aos direitos e deveres de cada indivíduo;
A
s diferenças entre o sistema educacional brasileiro e americano.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA
Temas abordados em diferentes textos orais e escritos:disciplinas escolares,
dias da semana, meses do ano, numerais ordinais, datas horas, estrangeirismo na
sociedade brasileira;
P
enpals(correspondentes estrangeiros)
P
ersonal informations(informações pessoais)
M
onths of the year( meses do ano)
D
ays of the week(dias da semana)
O
rdinal numbers(números ordinais)
P
lural of Nouns(plural de nomes)
D
ates(datas)
V
erb CAN
S
chool Subjests(disciplinas escolares)
P
repositions(in-on-at)
T
ime(horas)
I
mperative(imperativo)
143
R
eview – TO BE(revisão do TO BE))
I
nterrogative Pronouns(pronomes interrogativos)
V
er HAVE
G
enitive Case (caso genitivo)
P
ossessive Pronouns(pronomes possessivos)
S
imple present Xpresent continuous – affirmative, negative and
interrogative forms
V
ocabulary about sports, clothes, shoes, accessories, house and
furniture(vocabulário sobre esportes, roupas sapatos, acessórios e
mobília)
8ºANO
LEITURA
Identificação do tema do argumento principal.
Interpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e
intertextualidade.
ORALIDADE Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em
144
diferentes países.
ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,
verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário
GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS
Poemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,
música e carta.
TEMAS PROPOSTOS
A valorização de outras culturas como no aspecto da formação da
cidadania;
A influência de outros povos na formação da cultura brasileira;
Os cuidados com a saúde e as consequências do uso de drogas;
As principais ações para a saúde e as consequências do uso de drogas;
As primeiras ações para preservar o equilíbrio ecológico.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA
Temas abordados em diferentes textos orais e escritos:descrição
física(partes do corpo), metereológica, convites, viagem/localização, descrição de
lugares visitados;
Imperative form(forma imperativa)
Verb THERE TO BE – present tense(Affirmative, negative and
interrogative forms)
Vocabulary about SERVICES(vocabulário sobre serviços)
Physical Description( descrição física)
Simple Present – Affirmative, negative and interrogative forms
145
Ajectives(adjetivos)
Simple Past X PAST continuous – Affirmative, negative and interrogative
forms
Regular and irregular verbs( verbos regulares e irregulares)
Vocabulary about:HEALTHY PROBLEMS and PARTS OF THE
BODY(problemas de saúde e partes do corpo)
Future Tense – Future with WILL and BE GOING TO
Plans for the future – agenda
Prepositions:IN- ON AT
Adeverbs – frequency( advérbios de frequência)
9ºANO
LEITURA
Identificação do tema do argumento principal.
Interpretação observando conteúdo veiculado, intencionalidade e
intertextualidade.
ORALIDADE Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua inglesa em
diferentes países.
Temas propostos:
Pluralidade cultural para que se localize a questão representada pelos
países que usam o inglês como língua oficial;
A importância da alimentação para o desenvolvimento humano(físico e
intelectual)
Saúde – o desempenho das atividades cotidianas na promoção e na
recuperação do indivíduo;
Discutir a questão do meio ambiente pela análise de dados levantados nas
regiões mais industrializadas, observando a qualidade de vida e as
diferenças nas condições de vida.
ESCRITA Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
146
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, substantivos, preposições,
verbos, concordância nominal e verbal e elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário
GÊNEROS DISCURSIVOS UTILIZADOS
Poemas, exposição oral ( diálogos), diários, bilhetes, fotos, cartaz,
música e carta.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA
Temas abordados em diferentes textos orais e escritos: vocabulário referente
a alimentação(comida e bebida), histórias de suspense, viagens, turismo, lugares e
paisagens(aspectos geográficos); experiências pessoais e estados psicológicos das
pessoas;
Modal Verbs – CAN, COULD, WOULD and MAY (modais)
At the Restaurant( situação de um restaurante)
Vocabulary about FRUIT, VEGETABLES, DRINK and
FOOD(VOCABULÁRIO SOBRE FRUTAS, VEGETAIS, BEBIDAS E
COMIDAS)
Review: Regular and irregular verbs
Interrogative pronounWHO WHAT and HOW(pronomes interrogativos)
Plural of Nouns( plural dos substantives)
Comparative form superiority, inferiority and equality ( formas
comparativas)
THE SUPERLATIVES( o superlativo)
Vocabulary about adjectives ( vocabulário sobre adjetivos)
Adverbs- place, time, manner and frequancy( advérbios – lugar, tempo,
modo, freqüência)
147
Relative pronouns( pronomes relativos)
Prepositions( preposições)
AVALIAÇÃO
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua
condição de produção.
Localizar informações explícitas no texto.
Emitir opiniões a respeito do que leu.
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais.
Produção de teatros.
Avaliação escrita e oral.
REFERÊNCIAS
BURKE, Kathy. Wavelength intermedite. S. l.: Editora Longman 2004. ______, Wavelength. Elementary. S. l.: Editora Logman, 2004. DIRETRIZES, Curriculares Estaduais para o Ensino Fundamental, 2006. KELLER, Victoria. Steps 5. S. l.: IBEP, s. d. VIII PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
8.1 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa impõe desafios na elaboração de uma prática
pedagógica que se efetive através de um sistema simbólico que permita a organização do
148
pensamento e a implementação da comunicação, pois é pela compreensão e uso dos
códigos e das linguagens que é possível a prática coletiva e a troca de informações tão
necessárias ao acúmulo de experiências vividas socialmente, sendo o fator fundamental
na elucidação da realidade.
Nesse contexto, é fundamental destacar a prioridade da Língua Portuguesa
como língua materna, pois a língua é significação, representação que se materializa
através de signos sonoros e gráficos. Assim a língua escrita é o seu produto mais
desenvolvido e transcendente linguagem de situações concretas, imediatas e amplia seu
grau de abstração, logo é possibilidade integradora das relações sociais científicos –
tecnológicos.
Toda linguagem carrega dentro de si uma visão de mundo, preenche de
significados e significações que vão além do seu aspecto formal. Na abordagem da norma
padrão deve considerar a sua representação como variante lingüística de determinado
grupo social e o valor atribuído a elas no contexto das legitimações sociais. Partilhar o
conhecimento socialmente instituído, aquilo que foi herdado do passado histórico, é
apenas o começo do reconhecimento da parte que cabe a cada um, no processo histórico
dado. Toda a experiência construída no passado deve ser analisada em busca das
relações que estabelece com o presente e o futuro.
Na área de Linguagens e Códigos estão destacadas as competências que
dizem respeito a constituição de significados que serão de grande valia para a aquisição e
formalização de todos os conteúdos curriculares, para a constituição da identidade e o
exercício da cidadania. As escolas certamente identificaram nesta área as disciplinas,
atividades e conteúdos relacionados as diferentes formas de expressão das quais a
Língua Portuguesa é imprescindível. Mas é importante destacar que o agrupamento das
linguagens busca estabelecer correspondência não apenas entre as formas de
comunicação – das quais as artes, as atividades físicas e a informática fazem parte
inseparável – como evidenciar a importância de todas as linguagens enquanto
constituintes dos conhecimentos e das identidades dos alunos, de modo a contemplar as
possibilidades artísticas, lúdicas e motoras de conhecer o mundo. A utilização dos códigos
que dão suporte às linguagens não visa apenas o domínio técnico mas principalmente a
competência de desempenho, o saber usar as linguagens em diferentes situações ou
contextos, considerando inclusive os interlocutores ou públicos.
149
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O professor tem um papel fundamental dentro desta proposta. Ele que toma
iniciativa das escolhas, a partir da análise do que é necessário fazer, naquele momento
com os alunos que tem, para que haja desenvolvimento, aprofundamento e inter-relação
dos conhecimentos anteriormente obtidos. A análise dos saberes, das necessidades dos
alunos e do social fornece os dados para a intervenção pedagógica, a organização
curricular a escolha da metodologia, do material didático e das formas de avaliação. Cada
caso é único, por isto este documento aponta uma direção, sem ser prescritivo, e
considera que o fato de haver a diversidade não anula o objetivo de desejar o
desenvolvimento dos saberes dos alunos.
A proposta por área implica em aceitar a inter-relação das linguagens, sem
perder o caráter específico das disciplinas e procurar provocar a integração horizontal e
vertical dos conhecimentos trabalhados pela escola, à semelhanças daqueles presente no
social.
Portanto o professor trabalhará com os alunos as diferentes linguagens como
fonte de legitimações de acordos e condutas sociais e suas representações simbólicas de
expressão dos sentidos, das emoções e das experiências do ser humano na vida social
analisando os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos / contextos,
mediante a natureza, função, organização estruturadas manifestações de acordo com as
condições de produção / interação, época, local, interlocutores participantes da criação e
propagação de ideias e escolha.
O confronto de opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e
suas manifestações, faz parte da necessidade de entendimento e de superação do
achismo, discutindo as diferentes perspectivas em jogo, faz com que professores e alunos
conquistem a possibilidade de rearticular o presente de forma organizada, sem imposição
de uma única resposta, sempre parcial. Assim geram-se os discursos e os textos. O
debate e o diálogo, as perguntas que desmontam as frases feitas, a pesquisa, entre
outros, seriam formas de auxiliar o aluno a construir um ponto de vista articulado sobre
um estudo, nesta concepção o aluno deverá respeitar e perseverar as diferentes
manifestações de linguagem utilizadas por diferentes grupos sociais.
150
Leitura expressiva dos diálogos e textos por parte do professor e dos alunos;
Exploração das ideias compreendidas através das leituras
efetuadas;
Uso do dicionário;
Encenação de pequenos diálogos ou textos;
Reprodução de textos;
Exercícios orais e escritos;
Leitura de livros literários, revistas e jornais;
Estudo dirigido;
Dinâmica de grupo;
Leitura silenciosa e expressiva;
Uso do caderno e quadro negro.
OBJETIVOS GERAIS
Ler, interpretar, criticar, argumentar, resumir, sintetiza e criar;
Ler e interpretar textos diversos. Escrita crítica, argumentativa e criativa
com coesão e coerência;
Ler por prazer;
Domínio da leitura no sentido de superar a visão ingênua diante dos
mais variados textos, obras de arte e outras manifestações culturais;
Envolver-se no mundo da leitura e adquirir autonomia para ler;
Elaborar resumos sínteses, roteiros, índices entrevistas, seminários e
resenhas;
Escrever para um possível leitor;
Domínio da escrita, adequando texto ao interlocutor real ou virtual de
forma coesa, coerente controlando a especificação de textos ficcionais;
Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,
organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições
de produção e recepção;
Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora
de significado e integradora da organização do mundo e da própria
151
identidade;
Debater, argumentar, ouvir, analisar, produzir novos conhecimentos;
Domínio da fala em situações formais tendo em vista as circunstâncias
(aos interlocutores, ao assunto, às intenções), através da ação reflexiva
sobre as próprias linguagens;
Concepção de que todas as produções literárias, científicas artísticas
como produto das relações sociais;
Expressão do próprio pensamento através de diversas linguagens
(verbal ou não verbal)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
152
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
153
gestual, pausas.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias e repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
2ª SÉRIE:
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
154
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;
155
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias e repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
3ª SÉRIE:
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
156
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
Semântica:operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão e negrito);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas.
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias e repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
AVALIAÇÃO
157
A avaliação é um conjunto de ações organizadas para obter informações sobre
o que e como o aluno aprende, para o professor poder elaborar um plano de ação, que
intervenha na aprendizagem proporcionando um ensino de qualidade.
Servirá também como análise de sua prática pedagógica como informar ao
aluno seus avanços, dificuldades e possibilidades, portanto deverá ocorrer no processo
pedagógico e não apenas no final de cada bimestre, possibilitará ao professor uma
intervenção adequada que leve a superação das dificuldades encontradas pelo educando.
A avaliação dá oportunidade para que o aluno reflita sobre os conhecimentos e
o como aprender e tomar ciência que existem outras formas de aprender, de conhecer e
de fazer, levando-o a uma avaliação reflexiva e autônoma.
Para poder acompanhar o processo de aprendizagem o professor definirá as
formas de registros e critérios de avaliação qualitativa, diferente de uma avaliação
quantidade.
Na avaliação deve-se abandonar o caráter unilateral, tendo em vista que,
educador e educandos estão sendo avaliados ao mesmo tempo, diagnosticando onde
houve falhas, possibilitando uma reconstrução do Processo, por meio desta que o
professor acompanha os avanços que o aluno fez em relação à apreensão do
conhecimento, devendo intervir com metodologia diferenciada quando não houver
aprendizagem.
Assim as observações, anotações e correções do professor deve oferecer
indicações claras sobre o que o educando precisa melhorar.
Outro instrumento que o professor deve utilizar-se é o da autoavaliação do
aluno, que permite uma reflexão a partir de uma autoanálise do seu desempenho, para
que tenha autonomia sobre o que sabe e ter clareza do que ainda não se apropriou.
A avaliação, portanto é dialógica, pois serve como parâmetro para o professor,
quanto ao seu trabalho, como para diagnosticar as dificuldades do aluno e tome assim
providências para superação destas, isto não se aplica apenas ao aluno, considerando
unicamente as expectativas de aprendizagem deles, mas também às condições
oferecidas para que a aprendizagem ocorra.
REFERÊNCIAS
158
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003.
8.2 ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte é um processo de humanização o ser humano como criador, se
transforma e transforma a natureza através do trabalho, produzindo novas maneiras de
ver sentir e que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.
A arte é parte essencial da cultura e da identidade, a mais requintada forma de
expressão e comunicação. Na linguagem da arte, onde o verbal se substitui ou convivem
entre si, é o potencial criativo do ser humano que desabrocha. Se o ensino das artes
incentivar e reconhecer essas formas de expressão esta linguagem do aluno, a escola
estará dando um grande passo para formação dos jovens, e porque não dizer dos adultos
que procuram na escola um novo rumo de suas vidas.
A escola constitui-se num espaço privilegiado para a educação que dialogue
entre o particular e o universal. A disciplina de Arte deve manter este diálogo,
estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem,
com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva, educar os nossos
alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a
fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística.
A história social da arte aborda que as formas artísticas não são
exclusivamente formas da consciência individual, mas também exprimem uma visão do
mundo. Essas formas são dependentes do modo de produção social, isto é, em cada
cultura, em cada momento histórico, as transformações da sociedade determinam
condições para uma nova atitude estética.
Das línguas naturais e das estéticas de todas as artes que se valem não só do
código linguístico mas de outros, deslocando-se para o próprio suporte do corpo e suas
possibilidades de expressão ( da voz aos gestos, dos movimentos ritmados dos membros
à dança executada pela mão no traçado coreográfico da escrita) e atingindo-se em
159
contraposição à rudeza do corpo, a sofisticação dos aparatos tecnológicos da
informatização, de que o computador é seu produto mais típico, tem-se como pano de
fundo, ou elemento gerador, a linguagem que engendra os significados e os torna
comunicáveis.
Assim, uma proposta de ensino de Arte tem como função levar o aluno à
apropriação do conhecimento estético, contextualizando-o, dando um significado à Arte
dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver
sentir o mundo.
OBJETIVOS GERAIS
Aprender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte para
compreender como a sociedade estrutura-se e como se organiza as vária
formas de produzir arte.
Interpretar as obras de arte e a realidade transcendendo as aparências,
aprendendo através da arte parte da totalidade da realidade humano social.
Ampliar o conhecimento do aluno, no que se refere às linguagens artísticas,
a partir do aprofundamento das noções dos elementos formais, da
composição, dos movimentos e períodos, situadas nas dimensões estéticas,
no tempo e espaço que são elementos imprescindíveis para se pensar,
sentir ou realizar um trabalho artístico.
Capacitar o aluno para fazer a leitura das representações artísticas a partir
do ver, do saber em relação com os diferentes modos de produção e
consumo da arte.
Levar o aluno a perceber as formas visuais, sonoras e gestuais, através do
uso da percepção, da imaginação e da articulação dos elementos na
estrutura formal.
Compreender as manifestações artísticas como prática social e como
invenção a partir de uma realidade concreta.
Compreender as diversidades culturais e as desigualdades sociais
representadas nas várias manifestações artísticas.
Desenvolver a sensibilidade nas artes em geral.
160
Apreciar as diversas formas de expressão artística com sensibilidade.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O professor deve desenvolver o seu trabalho, seja na apreciação das obras de
arte, com base na análise dos modos de compor tendo como pressuposto as relações
sociais de produção. Neste sentido, educar esteticamente é ensinar a ver, a ouvir
criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de fruição e
expressão artística.
Ao se tratar da linguagem artística é fundamental o apelo à invenção, a
imaginação e aos sentidos humanos. Estes aliados ao domínio dos elementos formais,
possibilitam ao aluno, na atividade artística expressar a realidade humana social.
Assim o contato regular com as diferentes formas de expressão artística,
constitui-se em um meio, importante e indispensável, para levar ao aluno o conhecimento
dos processos de criação artística. Também possibilita o aprofundamento de sua relação
estética com os objetos humanos, sendo que o domínio dos conhecimentos técnico-
artísticos e o contato sistemático comas obras de arte faz parte do processo de educação
estética.
Deste modo uma das tarefas principais da Arte deve ser, por um lado, o
exercício sistemático com estes conhecimentos, no sentido de possibilitar o seu domínio e
por outro, a apropriação do conjunto da história social da arte, dos elementos formais nos
diversos modos de produção.
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o se humano tem
com a arte: sua relação é produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e
perceber as obras artísticas. No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento,
desta forma devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, estas três
dimensões, ou seja, devemos estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer,
o sentir e perceber, que são as formas de leitura e o conhecimento estético, que
fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho mais sistematizado,
superando o senso comum do conhecimento empírico. Os três eixos constituem-se em
uma totalidade.
A Arte é uma composição estética e instrumento de simbolização que necessita
161
do trabalho material, o que faz frequentemente intervir com a ciência (matemática, física,
química, anatomia dentre outras ciências), possibilitando, desta foram integrar-se em um
trabalho mais efetivo na formação e desenvolvimento do aluno.
Outra forma de articular as áreas ( artes visuais, música, dança e teatro) da
disciplina de arte entre si e também com outras disciplinas é através do conhecimento que
se constitui historicamente em conjunto com a arte e outras disciplinas como: a História
da Arte, Semiótica e Estética.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
ARTES VISUAIS:
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Coreografia
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
162
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia,
gravura e esculturas, arquitetura, História em Quadrinhos...
Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do cotidiano, Histórica,
Religiosa,da Mitologia...
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Arte Latino-Americana
TEATRO:
Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio,Teatro-
Fórum
Roteiro
Encenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia,figurino, iluminação
Direção
163
Produção
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
DANÇA:
Movimento Corporal:
Kinesfera
Fluxo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Tempo:
Lento, rápido e moderado
Aceleração e desaceleração
Espaço:
Níveis
Deslocamento
Direções
164
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares, salão
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip -Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança Contemporânea
MÚSICA:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas: Modal, Tonal e fusão de ambos
Gêneros: erudito, clássico,popular,étnico, folclórico, pop...
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
Improvisação
165
Música Popular
Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguardas
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americana
AVALIAÇÃO
A avaliação deve rever a prática pedagógica de modo que leve ao aluno à
apropriação do conhecimento. Neste sentido, assume um caráter dinâmico, contínuo e
cooperativo da prática pedagógica e requer participação de todos os envolvidos no
processo.
Deve-se avaliar o domínio que o aluno vai adquirindo dos modos de
organização dos conteúdos ou elementos formais na composição artística para que ele
possa expressar-se no trabalho artístico.
A forma de acompanhar o aprendizado condiz com uma avaliação que precisa
ser reflexo da aula, devendo refletir o trabalho realizado em classe. Portanto, deve ser
qualitativa e não quantitativa, isto é, a avaliação deve preocupar-se continuamente com o
desenvolvimento global do aluno, privilegiando os conteúdos já dominados pelos alunos
ou então aqueles que foram ampliados com o decorrer do tempo. Para que não se torne
totalmente subjetiva, deve estar pautada em critérios preestabelecidos os quais constitui
níveis de idealidade a serem atingidos pelos alunos.
Quanto ao conteúdo a ser avaliado, este deve ser sempre contextualizado,
para que a avaliação não se torne constrangedora. Isto inclui, portanto, prever de
antemão as condições em que o processo avaliativo se realizará, para não superestimar
ou subestimar a capacidade dos educandos.
166
A avaliação em arte deve ser contínua, ao longo de todo ano letivo, algumas
práticas cotidianas dos alunos podem ser tomadas como espaços e instâncias de
avaliação, não limitando-se às provas. O professor poderá escolher, entre as várias
formas existentes, adequando-as aos conteúdos trabalhados, que em Arte podem ser:
apresentações teatrais, paródias, músicas, danças, painéis. Além destas, poderá ser feita
pela observação contínua dos alunos, organização e participação ativa e crítica em sala
de aula.
A auto-avaliação como participação do aluno efetiva seu compromisso com sua
formação e possibilita a autonomia para que o aluno seja protagonista do processo
avaliativo como um todo.
Nesses termos a avaliação é um meio e não um fim. Nesse aspecto a
aprendizagem é manifestada no crescimento desenvolvido no processo educativo.
REFERÊNCIA
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1995.
8.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As práticas pedagógicas da educação física foram fortemente influenciadas
pela instituição militar e pela medicina. Os exercícios sistematizados pela instituição militar
foram re-elaborados pelo conhecimento médico numa perspectiva pedagógica. Nessa
época o objetivo da educação física era construir corpos saudáveis e dóceis.
Por não existir um plano nacional de educação física, a prática nas escolas se
dava pelo método francês de ginástica.
A educação física se consolidou especificamente no contexto escolar, a partir
da Constituição de 1937.
Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo – se
com a educação física. Houve um incentivo às práticas esportivas com intuito de
promover políticas nacionalistas pensada para o país.
A partir de 64, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil,
167
devido aos acordos feitos com MEC e o Departamento Federal de Educação Americana.
O esporte consolidou sua hegemonia no interior da educação física. Os currículos
passaram a trata – lo com mais ênfase, através do método tecnicista centrado na
competição e desempenho.
Em meados de anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade cientifica
na educação física, mas também na delimitação de tendências ou correntes suscitando os
primeiros debates a sua criticidade. Nesta época surgiram duas tendências:
Desenvolvimentista – defende a idéia que o movimento é o principal meio e
fim da educação física.
Progressista – a psicomotricidade preocupada com a cultura infantil.
Já no início dos anos 90, um momento significativo com a criação do currículo
básico, essa proposta representou um marco para disciplina de educação física
destacando sua importância da dimensão social.
Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a educação
física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais racionarias até as mais
criticas, torna – se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem o nosso
trabalho dentro desta proposta.
A Educação Física deve ser entendida como princípio de Liberdade. Desta
forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores éticos e morais, tais como: a verdade,
a beleza, a eficiência da sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio
ecológico, a aventura, a qualidade de vida. .
Estes são elementos da prática cultural de uma sociedade livre e justa, que se
praticados de uma forma equilibrada e se completando, levam à conquista da liberdade e
da cidadania.
A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos
estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos e concepção histórica - crítica de
Educação. Para tanto o resgate do compromisso social na ação pedagógica da Educação
Física no sentido da transformação do "como é", para o "como poderá ser‖, deve ser
conquistado. Para tanto é necessário termos em vista alguns princípios básicos, tais
como:
E
168
ncaminhar o processo de ensino numa dimensão de totalidade,
fu
ndamentando-se numa concepção de mundo, de sociedade, e de
h
omem, de trabalho e de corpo, que expressem perspectivas de mudança e
transformação.
C
ompreender a escola como o centro de sistematização do saber,
vi
nculada a um contexto cultural mais amplo, entendendo-a através da
di
alética existente nas inter-relações.
D
imensionar que o homem é concreto e precisa ser visto à luz da visão
hi
stórica e cultural, entendendo que ele não se situa ao nível de objeto,
m
as existe como sujeito participante, ativo e compromissado na dialética
so
cial.
T
orna-se explícito o ato pedagógico como o ato político, colocando em
di
scussão as contradições político - pedagógicas existentes na área da
e
ducação.
E
fetivar a possibilidade de se fazer da educação uma prática progressiva,
u
ma vez que a mudança dos conteúdos por si só, não garante a
tr
ansformação da prática.
169
G
arantir a efetivação de uma prática sintonizada com os objetivos do
E
nsino Médio, através da seleção de conteúdos compatíveis com sua
re
alidade.
R
espeitar as diferenças individuais que afetam o crescimento e o
d
esenvolvimento de cada educando nos seus aspectos maturacionais, como
ta
mbém no seu relacionamento social.
R
espeitar a especificidade que caracterizam o aluno do curso noturno,
n
ão o tendo como aquele que só precisa de repouso e compensação, mas
co
mo um aluno com direito ao conhecimento veiculado pela disciplina, tanto
n
o que se refere a suas relações com seu próprio corpo, como para
fo
rmação de uma consciência corporal, em seu sentido mais amplo.
E
ntender a Educação Física como um direito e não como um dever,
e
nfatizando que atividade física não se esgota na prática escolar, mas
ex
trapola para a vida.
E
fetivar uma ação pedagógica permeada pela ludicidade.
C
ompreender que a consciência não existe prévia e independentemente do
170
co
rpo, mas emerge do corpo, que é seu ponto de partida e expressão.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A proposta de trabalho que se apresenta, é uma proposta crítico superadora,
desenvolvida através de um processo dinâmico, no qual, o processo ensino-
aprendizagem conta com a ajuda construtiva do aluno, com a intenção de integração e
aproximação entre eles próprios e a realidade em que as aulas acontecem. Permitindo ao
educando a ampliação da sua visão de mundo por meio da cultura corporal, levando-se
em conta o momento político, histórico, econômico e social em que esta inserida.
Tal metodologia atende ao princípio da complexidade crescente, estabelecendo
diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos
articuladores. E ainda aponta as seguintes estratégias de ensino: prática social,
problematizarão, instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.
A prática social é entendida com uma preparação do aluno para a construção
do conhecimento escolar, o primeiro contato com o tema a ser estudado. Já a
problematizarão é a criação de uma necessidade para que o educasse, por meio de uma
ação, onde a prática social é analisada, interrogada, levando em consideração o que se
deve ser trabalhado. Na instrumentalização é o roteiro pelo qual o conteúdo deve ser
trabalhado, para que os alunos tenham a possibilidade de o assimilarem o recriarem,
transformando-o assim em instrumento de criação pessoal neste processo de construção.
A catarse é entendida como a manifestação do que o aluno assimilou durante o
processo de trabalho, onde ele demonstra de fato o que aprendeu. O retorno à prática
social caracteriza-se pela representação da transposição do teórico para o prático dos
objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e dos conceitos adquiridos.
O esporte: Propiciar aos alunos o direito e o acesso a pratica
esportiva, adaptando o esporte a realidade escolar, deve ser ação cotidiana
dos professores da rede publica. Os valores que privilegiem o coletivo em
detrimento do individual pressupõem o compromisso com a solidariedade e
o respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz a dois, e que é
171
diferente de jogar com o companheiro e jogar contra o adversário.
Os jogos e lazer: Os jogos são importantes no desenvolvimento do
ser humano uma vez que, ainda na infância, possibilita a compreensão da
realidade através do imaginário e servem ao reconhecimento das relações
que o cercam. Para o ensino médio, o jogo, além de seu aspecto lúdico,
contribui na discussão a respeito das regras, reconhecendo as
possibilidades de ação e organização coletiva
A ginástica: a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer
as possibilidade de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente
competitiva, como movimento obrigatórios, presos a perspectiva técnica e
até mesmo da imposição feita pela mídia em relação aos padrões estéticos.
A ginástica compreende uma gama de possibilidades, desde a
ginástica imitativa de animais, ginástica geral, ate as esportivizadas:
ginástica olímpica e rítmica. Conhecimentos do Corpo Humano:
Abordando temas do cotidiano, como qualidade de vida, saúde, atividade
física e conhecimentos do corpo humano por meio de pesquisas, debates,
ilustrações, etc.;
As lutas: Trabalhar com as lutas no interior da escola deve ser
constituído no momento em que os alunos do ensino médio possam
explorar suas potencialidade a partir das mais variadas formas de
conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de
simbologias.
Dança: Na escola, devem-se ofertar as mais diversas modalidades de
dança privilegiando a experiência de maneira livre e espontânea. A técnica
deve servir como instrumental, para possibilitar a recriação coreográfica
coletiva a partir de tematizações, de acorde com as necessidades da
realidade.
OBJETIVOS GERAIS
Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo
humano de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais,
172
valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;
Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade, freqüência,
elevando-se à condição de planejador de suas práticas corporais;
Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a
construir e adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões
físicas;
Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo
capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando
uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos
para a manutenção ou aquisição da saúde;
Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas,
consciente da importância das mesmas na vida do cidadão;
Aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes
manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as
diferenças de desempenho, linguagem e expressividade;
Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo
humano no que diz respeito às capacidades físicas, respostas do corpo
aos estímulos e diferentes formas de movimentação, valorizando-as como
recurso para expressão de suas aptidões físicas;
Participar de atividades em grandes e pequenos grupos
potencializando e canalizando as diferenças individuais para o benefício e
conquista dos objetivos por todos;
Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de
crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura
democrática sobre os diferentes pontos de vista postos em debate;
Respeitar as especificidades que caracterizam o aluno do curso
noturno, não o tendo como aquele que só precisa de repouso e
compensação, mas como um aluno com direito ao conhecimento
veiculado pela disciplina, tanto no que se refere a suas relações com
seu próprio , como para a formação de uma consciência corporal, em
seu sentido mais amplo.
Atentar para o surgimento das múltiplas variações da atividade física
173
enquanto objeto de pesquisa, área de grande interesse social e
mercado de trabalho promissor;
Propiciar a potencialização das formas de expressão corporal
destacando: a importância do contato corporal e o necessário respeito
mútuo que este reclama; a importância do estabelecimento de
critérios que contemplem todos os participantes
para o trabalho em grupo; a importância do respeito por aqueles que
não conseguem realizar o que foi proposto para o grupo.
Superar o caráter da educação Física como mera atividade de ―prática
pela prática‖.
Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do
próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e
atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso
para melhoria de suas aptidões físicas;
Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim
como capacidade para discutir e modificar suas regras, reunindo
elementos componentes de várias manifestações de movimento,
podendo estabelecer uma melhor utilização dos conhecimentos
adquiridos sobre a cultura corporal para um reaproveitamento do seu
tempo disponível.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e brincadeiras
Ginástica
Lutas
Dança
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
174
Esportes
História, tendência e concepção
Diferença entre jogo e esporte
Regras
Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez
Jogos e Lazer
Esportes Radicais: aquáticos, terrestres e aéreos
Jogos cooperativos
Jogos de salão
Manifestações Ginásticas
Ginástica corretiva
Ginástica geral
Ginástica aeróbica
Ginástica Laboral
Conhecimentos Elementares do Corpo Humano
Conhecimento do Corpo Humano voltado a Atividade Física
Primeiros Socorros:
cortes, escoriações, hematomas, fraturas, entorses e luxação.
Estiramento muscular, contratura muscular, câimbras, tendinites e lesões de
ligamentos.
Desmaios, epilepsia, afogamentos e sufoca mentos.
Fraturas – simples e composta, entorses, luxações, tendinites e lesões de
ligamentos.
Atividades Expressivas (Dança)
A dança como manifestação cultural
Dança Folclórica.
Dançam Afro-descendentes
As lutas
175
Representações, simbolismo, significados, autocontrole e história
Capoeira
2ª SÉRIE:
Esportes.
Regras
Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez
Discussão crítica sobre a influência política e econômica no esporte e em
suas competições
Manifestações Ginásticas
Ginástica - flexibilidade e alongamento
Ginástica Geral com música
Conhecimentos Elementares do Corpo Humano
Nutrição: alimentação, calorias e regimes
Avaliação física
Corpo: saúde e doença
Atividades Expressivas (Dança)
A dança como manifestação cultural:
Dança de salão
Danças de rua
Cultura corporal
As lutas
Filosofia, Autoconhecimento, Autocontrole:
Jiu Jitsu
Taekendô
Judô
Karate
176
3ª SÉRIE:
Esportes.
História, tendência e concepção
Regras
Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez
Pratica esportiva e torneios
Manifestações Ginásticas
G
inástica na água (Hidroterapia e Talassoterapia)
M
assoterapia e reflexologia
G
inástica na terceira idade
T
écnicas de relaxamento
Conhecimentos Elementares do Corpo Humano
Atividade Física e Fisiologia do Exercício
O significado das atividades físicas para uma prática permanente:
Musculação, Ginástica estética e localizada
Qualidade de Vida – Terapias alternativas
Nutrição: Processo de produção de energia corporal e gasto energético
por atividade física
Atividades Expressivas (Dança)
A dança como manifestação cultural
Danças de salão
Expressão corporal
Mímica
177
As lutas
Filosofia, Auto-conhecimento, Auto-controle
Boxe
Sumô
Esgrima
Luta Olímpica
AVALIAÇÃO
Entendemos por avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,
descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,
podemos dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de diagnose, de
realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.
A avaliação no ensino de Educação Física objetiva-se favorecer a busca da
coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo
de ensino e aprendizagem. De acordo com as especificidades da disciplina de Educação
Física, a avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com
critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de
ensino e aprendizagem, sendo contínua, somativa, com vistas à diminuição das
desigualdades.
Outro fator que será levado em consideração é a auto-avaliação, onde
levaremos o educando a refletir sobre as contribuições de suas ações no seu crescimento
individual e coletivo, buscando com isso, uma alteração na conduta e posicionamento
sobre o processo de construção de conhecimentos.
Critérios de avaliação:
Participação em todas as aulas práticas
Apresentações teóricas e práticas dos trabalhos e pesquisas
fundamentados no planejamento.
Avaliação prática de conteúdos como esportes, dança e ginástica,
lutas e conhecimentos do corpo humano.
178
REFERÊNCIAS
BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, SP: Papirus, 2003. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
8.4 GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Conhecer para transformar o espaço geográfico é o objetivo principal da Geografia.
Cada espaço geográfico apresenta uma dinâmica e particularidades próprias, não
dissociadas de uma dinâmica global. A localização, a caracterização sócio-cultural do
alunado, bem como suas origens são os elementos de base para se construir os saberes
fundamentais desta disciplina no ensino médio.
O homem desde sua forma primitiva de vida vem estabelecendo contato com a
natureza para sua sobrevivência, extraindo recursos naturais, migrando à procura de
alimento, desenvolvendo conhecimento sobre direção dos ventos, correntes marítimas,
regime fluvial, astronomia, técnicas de irrigação, comércio, descrição e mapeamento de
lugares.
Cada vez mais o homem explora o espaço organizando de forma à satisfazer suas
necessidades, aprimorando seus conhecimentos geográficos, transformando lugares
conforme o aumento da população que passa a ser apropriar do espaço, criando relações
de convivência social diferentes em cada período , bem como de domínio sobre os bens
da natureza.
Da sociedade primitiva, onde a terra era um bem comum à sociedade escravista,
quando a terra passa a ser um bem acessível a poucos, situações que perduram até
nossos dias, onde o homem delimita fronteiras políticas conforme seus interesses,
gerando conflitos étnicos e miséria em função de uma geopolítica capitalista que organiza
o espaço em nome do ―desenvolvimento‖, que leva a exploração da natureza,
transformação do meio ambiente e degradação de seus recursos, imposição de culturas,
transformando as sociedades locais e globais em função do desenvolvimento
179
desenfreado do capitalismo, que vê o espaço apenas como fonte econômica, onde se
traçam teias de relações sociais, criando espaços desiguais em função de grupos e
nações dominantes.
Nesse contexto a geografia tem importante papel como ―ciência que estuda as
relações entre a sociedade e a natureza‖ (Andrade, 1.988 p. 55) na condução da
compreensão do espaço pelo homem, devendo seu ensino considerar a realidade no seu
conjunto, pois o espaço é dinâmico e sofre alterações em função da ação do homem .
Portanto o aluno ao longo do tempo deve ser orientado no sentido de perceber-se como
elemento de um processo histórico. Assim:
―... o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma geografia crítica,
não se localiza no professor ou na ciência a ser ensinada vulgarizada, e sim no real, no
meio onde o aluno e o professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos
sociais. Integrar o educando no meio significa deixa-lo descobrir que pode tornar-se
sujeito na História.‖ (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.37)
A contribuição da geografia para a formação do aluno está na compreensão que
ele terá da realidade. No estudo do espaço geográfico, o aluno deverá refletir sobre a
relação que existe entre os seres humanos bem como na relação seres humanos –
natureza.
―Observa Marx que a história dos homens é inseparável da história, pela mesma razão
que a história da natureza é inseparável da história dos homens‖. (CORREA, et Al, 1980,
p.25)
Nesse contexto a geografia tem como fim fazer com que o aluno compreenda as
diversas formas como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da Terra e da
sociedade atual, valorizando as formas de trabalho, a dinâmica dos lugares,
interpretando, representando e localizando elementos e fenômenos que ocorrem no
espaço geográfico.
―Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como espaço social,
construído, pleno de lutas e conflitos sociais‖. (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.36)
Dessa forma cabe à geografia proporcionar aos alunos a possibilidade de observar,
pensar, interpretar e discutir criticamente o espaço geográfico numa busca constante de
compreensão de suas transformações.
A geografia passou por constantes modificações em virtude das mudanças ocorridas no
180
mundo ao longo do tempo , transformando a Geografia Tradicional em uma Geografia
Crítica , que busca explicações utilizando a razão e o empirismo para analisar os fatos. As
mudanças ocorridas no final do século XX , e a mobilidade das informações criaram a
necessidade de um olhar com relação a natureza , as práticas sociais e econômicas que
nos leve a uma compreensão e a construção do conhecimento.
As mudanças de tempo e espaço alteraram-se e as paisagens sofreram
transformações num ritmo mais intenso e o estudo da Geografia será fator fundamental
na formação de um aluno cidadão , na medida em que permite a ele apropriar-se desse
conhecimento e compreender e interpretar com um olhar crítico o mundo em que o cerca.
Tendo em vista , sua função enquanto agente transformador do ensino e da escola e , em
decorrência disso , da sua própria sociedade.
A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro no século XIX,
aparecendo de forma indireta no ensino primário. Apenas na década de 1930, com a
criação do IBGE, da AGB e do primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil.
Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o
ambiente físico nacional servindo os interesses políticos do Estado, na visão do
nacionalismo econômico – DCE, p.17,6º parágrafo (exploração dos recursos minerais,
indústria de base, dados demográficos).
A Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter decorativo/enciclopedista,
voltado para a descrição do espaço, perpetuou-se por boa parte do século XX.
Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas relacionadas aos
modos de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na
ordem mundial que interferiram no pensamento geográfico da época. Tais transformações
intensificaram-se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos enfoques
para a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da
Geografia – DCE, 2006, p.18.
A internacionalização da economia e as multinacionais trouxeram para as
discussões geográficas, assuntos ligados à degradação da natureza, equilíbrio ambiental
do planeta, desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.
No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os
setores, inclusive no educacional, com a valorização da formação profissional, afetando
principalmente disciplinas relacionadas às ciências humanas, surgindo a disciplina de
181
Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os estudos das
disciplinas envolvidas, no 1º grau. No 2º grau foram impostas as disciplinas de OSPB e
EMC, consideradas importantes para a formação técnica.
Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o desmembramento da disciplina de
estudos sociais e o retorno da Geografia e da História. No nosso estado em 1983, o 1º
Encontro Paranaense de História e Geografia, originou um documento que posteriormente
permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de
Geografia e História separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas
autônomas ocorreu em 1986.
A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra, chegou com força ao
Brasil. A geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico,
deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,
trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais para a
compreensão do espaço geográfico.
Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o espaço
geográfico produzido, espaço este composto por objetos (naturais, culturais-técnicos) e
ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.
O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a construção de uma
consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca
do espaço geográfico, permitindo ao mesmo adquirir hábitos e construir valores
significativos da vida em sociedade.
OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para o entendimento do mundo atual, da apropriação dos lugares pelos
homens, através de uma leitura crítica das contradições e conflitos de toda ordem,
implícitos e explícitos no espaço geográfico de forma que sejam cidadãos críticos e
agentes de suas realidades.
Reconhecer, nas aparências das formas visíveis e concretas do espaço geográfico
atual, a sua essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos,
e os processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que
resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.
Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o ajudem a
182
compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar , espaço geográfico , território ,
região - , além de outros conceitos importantes para a análise espacial , como tecnologia ,
relações sociais , poder , política , Estado e trabalho. Isso o tornará capaz de ―pensar‖
esse espaço e o percebe como parte integrante e atuante dele.
Identificar particularidades de uma paisagem , lugar ou território no espaço
geográfico , reconhecendo os fenômenos aí encontrados , determinando o processo de
sua formação e o papel da tecnologia dos grupos que habitam ou já habitaram esse
determinado lugar , paisagem ou território . Além de comparar esses fenômenos
geográficos , reconhecendo as semelhanças e diferenças existentes entre elas e porque
elas existem.
Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser usufruído por toda a
humanidade. Esse é um assunto que deve ser tratado interdisciplinarmente , pois
ultrapassa o âmbito da geografia. Evidenciando temas que são de interesse global , como
a importância da água , o efeito estufa , as várias formas de poluição (do ar , da água , do
solo) , transferindo-os para sua realidade.
Aplicar os conhecimentos específicos das linguagens geográfica e cartográfica na
interpretação de gráficos , mapas e tabelas que permitam a compreensão e a relação
entre os sistemas econômicos , conflitos mundiais e a postura geopolítica posta em
prática pelas nações que desempenham um papel central na política mundial.
Formar um cidadão crítico e com uma visão de mundo que lhe permita participar
ativamente da sociedade em que vive. Podemos dizer que é o indivíduo capaz de
entender os fatos que acontecem no mundo , de interpreta-los e de estabelecer relações
não só entre esses fatos , mas deles com a realidade do local onde vive .
Compreender o homem como ser social, responsável pela produção histórica,
espacial e cultural da humanidade;
Reconhecer o homem como principal ―ator‖ e ―autor‖ geográfico na relação com a
natureza, na medida em que se objetiva e apropria-se desta, através do trabalho;
Reconhecer o espaço geográfico como uma produção humana, que se manifesta
através de paisagens com maiores ou menores graus de humanização, fruto de
determinações históricas e das ―necessidades‖ sociais;
Entender a importância da dinâmica da natureza para o espaço geográfico;
183
Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos,
tabelas etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e
fenômenos espaciais e/ou espacializados.
Reconhecer os fenômenos espaciais comparando e interpretando diferentes
paisagens e como se constroem.
Compreender que as diferenças sociais, ainda que injustas, ocorrem a nível
mundial e que todos têm direitos políticos, melhorar a condição de vida e acesso
aos avanços tecnológicos.
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa, compreendendo e
identificando o problema, suas relações com o meio e buscar meios para resolução
do mesmo.
Entender os meios de comunicação, como meios para obter informações e novos
saberes, recebendo-os criticamente.
Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o ajudem a
compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar , espaço geográfico , território ,
região - , além de outros conceitos importantes para a análise espacial , como tecnologia ,
relações sociais , poder , política , Estado e trabalho, percebendo que todos interagem
com os espaço geográfico.
Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa,
reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e
dos diferentes contextos envolvidos em sua produção;
Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir
das categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico;
Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização
do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas;
Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do
reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente
como sujeito e como produto dos mesmos;
184
Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos
diversos ― lugares de memória ― socialmente instituídos;
Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a
religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos
históricos de sua constituição e significação.
Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de
sucessão e /ou de simultaneidade;
Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;
Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações
com o passado.
Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos,
compreendendo que as histórias individuais são partes integrantes de histórias
coletivas;
Compreender que a História é um instrumento capaz de construir o conhecimento
e de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo;
Compreender os acontecimentos (políticos, culturais, religiosos, etc.) enriquecendo
a sua vivência como cidadão na sociedade atual;
Perceber que os sujeitos históricos não são somente objetos de análise
historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do conhecimento
através da reflexão teórica;
Compreender que o conhecimento histórico é sistematizado a partir de um
processo de investigação que tem como objeto às ações humanas.
CONTEÚDOS
Dimensão econômica da produção do espaço
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Dinâmica cultural e demográfica do espaço geográfico
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
185
1ª SÉRIE:
Geografia: Objeto e objetivos
Localização e orientação
Formação da Terra
Geologia: estrutura , origem e formação da litosfera
Relevo: estrutura e processos de formação
Atmosfera *Clima: fatores de formação do clima e tipologia climática
Vegetação: as grandes paisagens vegetais
Ação antrópica nas paisagens
2ª SÉRIE:
Localização geográfica: formação e expansão do território brasileiro
População geral e do Brasil
Teorias Demográficas e do Brasil
Atividades Econômicas : extrativismo no Brasil , agropecuária, pecuária : conceito e
tipos ; pecuária no Brasil ; agricultura : conceito e sistemas agrícolas ; erosão ;
agricultura no Brasil ; relações de trabalho no campo ; reforma agrária
Indústria : conceito e tipos
Fatores de instalação das indústrias
Indústria no Brasil
Fontes de Energia
3ª SÉRIE:
Meios de transporte
Globalização : conseqüências da globalização
Cidade : evolução urbana , problemas urbanos
Poluição : conceito e tipos
Problemas ambientais globais : El nino e La nina ; Efeito Estufa , Destruição da
186
Camada de Ozônio
Chuva Ácida
METODOLOGIA
O ensino da Geografia deve possibilitar ao aluno a análise e a crítica das relações
sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas (do local ao global ao local). Neste nível
de ensino, deve a Geografia, contemplar uma abordagem metodológica que oriente para:
concepção de totalidade, articulação entre os conceitos e correntes filosóficas, o homem
(social) entendido como agente produtor do espaço.
Considerando-se que o aprendizado é um processo e que ele envolve a reflexão e
o desenvolvimento do raciocínio lógico , não pode-se perder de vista a necessidade de
estímulos permanentes.
Mas para se atingir tais metas ou aprimorar as habilidades dos estudantes , entre
outros recursos , destaca-se a importância de que os conceitos sejam aplicados em suas
vidas práticas para que percebam sua real utilidade e posteriormente para que se
conscientizem de sua validade a fim de auxilia-los na interpretação dos processos e
acontecimentos naturais ou ocasionados pela intervenção da sociedade no meio
ambiente , pois caso tais conceitos deixarão de ter sentido.
Através de variados métodos tais como aulas expositivas , leitura de reportagens ,
apresentações de vídeos , realização de entrevistas , visitas , debates , seminários ,
pesquisa , interpretação de mapas , figuras , gráficos , tabelas , produção de maquetes e
mapas temáticos, poemas, charges paródias, histórias em quadrinhos.
Assim, para melhor compreensão, o aluno precisa aprender a dialogar com o
grupo, partilhando saberes, entendendo como os diferentes elementos desse espaço se
relacionam. Nesse diálogo, formula questões e tenta dar respostas, discutindo com o
professor e colegas suas ideias, compartilhadas e debatidas nas aulas de Geografia.
O Espaço Geográfico precisa ser entendido pelo aluno como uma construção
humana que se desenvolveu sobre a superfície terrestre que é um meio biofísico, o qual
constitui o habitat das comunidades animais e vegetais que povoam a Terra e que é desta
relação da sociedade com a natureza que o espaço geográfico é formado.
Dentro dos conteúdos estruturantes dimensão econômica do espaço geográfico,
187
dimensão política do espaço geográfico, dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico, dimensão socioambiental do espaço geográficos, serão trabalhados os temas
relacionados ao estado do Paraná, cultura afro-brasileira, indígena e educação ambiental
de acordo com os conteúdos específicos já delimitados para atender às leis: LEI
10.639/03 História e Cultura Afro-brasileira; LEI 13.381/01 História do Paraná e LEI
9.795/99 Educação Ambiental.
Cabe especificar que como processo metodológico as mesmas serão
contempladas ou como conteúdos específicos nas diversas séries do ensino médio ou,
quando não, serão abordadas no contexto de conteúdos que assim o permitam de forma
a não caracterizar uma situação estanque ou fragmentada destes temas.
Como o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, os principais
conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes e específicos devem ser trabalhados
de forma crítica e dinâmica, interligando teoria - prática – realidade, usando a cartografia
como ferramenta essencial, possibilitando trabalhar em diferentes escalas espaciais (local
– regional – global).
Os conteúdos estruturantes devem ser abordados de uma forma que se inter-
relacionem.
A cultura afrobrasileira e indígena, bem como a História do Paraná será abordadas
nas séries do Ensino Fundamental no desenvolvimento dos conteúdos .
Quando necessário e possível, serão realizadas aulas de campo, para que o aluno
tenha maior compreensão do conteúdo, sendo que esta aula deve ser planejada e
contextualizada , fortalecendo a relação entre a teoria e a prática.
O uso da cartografia (mapas) deve ser uma prática em todas as séries, desde a
forma rudimentar (o aluno representando seu espaço vivido) até a interpretação de mapas
que representem espaços e realidades que ele não conhece de forma mais complexa.
Vídeos, literatura, fotografias, maquetes, jornais e revistas devem ser materiais que
utilizados, aperfeiçoarão o processo de ensino-aprendizagem.
AVALIAÇÃO
Os instrumentos avaliativos que devem ser utilizados, de acordo com cada
conteúdo e objetivo são:
188
Avaliações, com ênfase a questões que impliquem problematizações para serem
solucionadas, questões que envolvam conceitos inerentes à disciplina: observação,
comparação, descrição, interpretação de dados, mapas, tabelas, opinião, síntese,
análise, crítica, compreensão de textos.
Seminários, micro-aulas, maquetes, ilustrações, cartazes, relatos orais, debates,
seminários, apresentação de trabalhos escritos e orais.
Após todo esse processo de trabalho o aluno que atingir 60% (sessenta por cento),
de aproveitamento será atribuído a recuperação, sendo esta com valor 10.
A reavaliação assegurará as condições pedagógicas para acompanhar e
aperfeiçoar o conhecimento do aluno, (porém preservando a qualidade de ensino
proposto pelo estabelecimento.)
Após a análise dos resultados, prevalecera sempre a maior nota, sendo obrigatório
a recuperação de estudos (independente do tipo de avaliação), a todos os alunos.
A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem deve ser diagnóstica e
contínua, uma espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os
problemas dos alunos em seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e
processual. Ao invés de estar a serviço da nota, ela passa a contribuir com a função
básica da escola, que é promover o acesso ao conhecimento; e, para o professor
transforma-se num recurso precioso de diagnóstico.
Por considerar a avaliação um momento fundamental e privilegiado do processo
ensino-aprendizagem, propõe-se atividades que proporcionem uma integração dos alunos
com os novos conhecimentos, fazendo-os organizar e integrar os conteúdos de ensino ao
repertório que já possuem.
Para que se efetive é necessário que se perceba em que tempo e forma nossos
alunos aprendem em suas diferenças individuais, para que possamos organizar
intervenções necessárias ao longo do ano.
Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:
Relatos escritos onde se observem: capacidade de memorização, observação,
descrição, comparação, interpretação de dados, gráficos, tabelas, análises,
síntese, opinião, crítica...
Produção e leitura de mapas, gráficos, tabelas, análise e interpretação de imagens,
189
compreensão de textos, construção de maquetes, aulas de campo (quando
possível), seminários, historias em quadrinhos, poemas, paródias...
As avaliações serão feitas no decorrer do trimestre, através do acompanhamento
do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem.
REFERÊNCIAS
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CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar-
SEED – , 2009.
Almanaque Abril, 2.006;
Revista Isto É;
National Geografic;
Caminhos da Terra;
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
Livros Didáticos:
LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora Saraiva;
MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;
PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;
SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico
e Globalização, Editora Scipione;
ANDRADE,M.C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CEAD. Centro de Educação à distância. Apostila Educação Africanidades Brasil. UNB –
Universidade de Brasília, 2006.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ―História e Cultura Afro-
Brasileira‖, e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da
190
Educação Nacional. Diário oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo. Quinteto Editorial, 2002.
CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar-
SEED – julho, 2006.
CIGOLINI, MELLO e LOPES, Adilar, Laércio e Nelci. Paraná – Quadro Natural,
transformações territoriais e economia. Paraná, Renascer.
VESENTINI, José W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto,1997
CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Ensino de Geografia: práticas e contextualizações no
cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.
CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Geografia em sala de aula, práticas e reflexões. Porto
Alegre: Ed. UFRS, 1999.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Gioania: Alternativa, 2002.
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à
universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.
MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo – não um acerto
de contas. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Almanaque Abril, 2.006; Revista Isto É;
National Geografic; Caminhos da Terra;
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006. Livros Didáticos:
LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora Saraiva;
MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;
PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;
SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico e Globalização,
Editora Scipione;
VESENTINI, José William, Sociedade e Espaço, Editora Ática.
8.5 HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Educação é um processo de construção individual e coletivo que precisa estar
191
articulado ao seu contexto social e nesse tempo histórico. Participamos de uma sociedade
inserida em um país subdesenvolvido, com elevada dívida externa e enormes
desigualdades sociais, onde o ser humano é visto apenas como um número para as
estatísticas ou para levantamentos feitos pelos governantes, os quais visam apenas
atender aos pedidos dos organismos mundiais ou para os programas e plataformas
políticas.
A disciplina deve propor atividades coletivas, resgatando interesses,
conhecimentos e valores para a formação de um homem íntegro, justo, livre, responsável,
democrático, solidário, feliz, criativo, independente, crítico, portador de conhecimentos
gerais e específicos... Um ser humano competente para explorar a sua potencialidade,
mas acessível para resgatar os valores democráticos e brasileiros.
Essa ideia era levar o cidadão a ser sujeito ativo e participativo na sociedade.
Desta forma, ele estará apto a ser um agente transformador da História, pois assim
compreender-se-a dentro de uma sociedade múltipla e pluricultural, e agirá para lutar
permanentemente para a transformação de sua realidade.
A História como disciplina escolar obrigatória, passou a ser obrigatória, a partir
da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.(DCE,
p.15)
O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889) e o
Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional
brasileira. A partir de 1901 o corpo docente alterou o currículo do Colégio, propondo que a
História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal.(DCE, p.15)
No período do Estado Novo (1937) por meio da Lei Orgânica do Ensino
Secundário de 1942, fez com que a História do Brasil retornasse ao currículo escolar. O
ensino de História foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos
Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-americanas na
organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos debates
educacionais por meio da Escola Nova. Enfim, por força da Lei nº5692 em 1971 foi
implantado o ensino de Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau.
A partir da Lei nº5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o
Segundo Grau profissionalizante, com ensino voltado a qualificar mão-de-obra para o
192
mercado de trabalho. O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao
cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a
adaptação à realidade, continuando ser vista de maneira linear, cronológica e harmônica,
conduzida pelos heróis em busca de um ideal de processo de nação. (DCE, p.17)
O ensino de Estudos Sociais foi contestado no início da década de 1980, tanto
pela Academia quanto pela sociedade. Queriam a volta do ensino de História.
No ano de 1990, o Estado do Paraná fez uma proposta de renovação do
Ensino de História que tinha como pressuposto teórico a historiografia social, pautada no
materialismo histórico dialético.
O Ministério da Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio, os Parâmetros
organizaram o currículo em áreas de conhecimento. Incorporado pelo Estado do Paraná
no final dos anos 1990. Com o objetivo de preparar os cidadãos para as exigências
tecnológico-científicas da sociedade contemporânea.(DCE, p.19)
O ensino de História do Paraná, torna-se obrigatório com a aprovação da Lei
nº13.381/01, nos Ensinos Fundamental e Médio. Além da Lei nº10.639/03 sendo alterada
pela Lei nº9394/96 que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira.
Por meio de todas essas Leis, a Educação do Ensino de História passou a ser
ministrado de uma maneira mais abrangente e concreta dentro da realidade social
contemporânea. Formando um cidadão crítico e ativo dentro da sociedade em que está
inserido.
O mesmo nível de crítica que temos quanto ao presente, devemos tê-lo com
relação ao passado. A construção de uma relação crítica com o presente, com a realidade
do aluno, pressupõe e aponta para a necessidade de uma concepção de história que
permita o desvelamento dessa realidade e sua superação.
A contribuição mais significativa da História para o jovem é a compreensão da
sociedade contemporânea e sua inserção nela, desenvolvendo a capacidade de
apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências humanas. O tempo histórico
compreendido nessa complexidade utiliza a História Temática, enfocando três conteúdos
estruturantes, são eles: Trabalho, Poder e Cultura.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
193
Tomando como premissa básica que o papel fundamental da educação escolar
é o de preparar educando para o exercício da cidadania, entendemos que a História
contribui para que o educando desenvolva visão crítica e espírito social e politicamente
participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em
que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer com que o educando.
(...) produza uma reflexão de natureza histórica; (...) pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outras reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente só na escola; pois a Historia produz um conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele nos parece fundamental para a vida do homem, individuo eminente histórico. (CABRINI, et all., 1987. p. 23).
É necessário que nas escolas, os educadores em geral, assumam esse
princípio meta primordial, tendo em vista o significado e a importância de seu papel na
formação da cidadania, que deve ser entendida também como um processo de
participação social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na comunidade.
A História Temática contribui para que os educandos ampliem suas fontes de
pesquisa e consequentemente, abram sua compreensão para os conteúdos estruturantes:
Trabalho, Poder e Cultura. Esses conteúdos farão uma busca em vários tempos e
espaços sobre cada um deles, para que o aluno aprenda a relacionar todos eles entre si e
cada um em seu determinado tempo/espaço.
O educando não aprende História apenas na escola, pois têm acesso a
inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos
de caráter local, regional, nacional e mundial, no qual estão inseridos.
Percebem as transformações sociais culturais econômicas e política
envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida urbana e a globalização, nesse
contexto os meios de comunicação de massa a convivência de gerações através de
fontes como: televisão, videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio, enciclopédias, cinema,
vídeos e computadores, provem essa releitura de mundo e a formação de sua identidade
cultural.
OBJETIVOS GERAIS
O aluno deverá ampliar a compreensão de sua realidade, confrontando-a,
194
relacionando-a com outras realidades históricos e assim fazer escolhas e estabelecer
critérios para suas ações.
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em todas as suas
manifestações;
Dominar conceitos básicos;
Aprender a refletir historicamente, perceber os processos pelos quais as
sociedades evoluem, como enriquecedoras para o conhecimento;
Desenvolver senso crítico e criativo;
Notar que tudo precisa se adaptar ao seu tempo, que não se pode ser
retrógrado, nem radical, mas sim flexível e consciente das necessidades do
seu tempo;
Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,
aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e
registros escritos e iconográficos;
Valorizar a cultura como forma de se conhecer e entender os motivos que
levam um poço a ser e agir de uma maneira e não de outra;
Valorizar a diversidade cultural;
Analisar os fatos históricos em todos os seus aspectos, seus verdadeiros
motivos e concepções envolvidas;
Perceber a influência política na vida das pessoas, ninguém pode ignorá-la,
podemos sim, usá-la para modificar estruturas vigentes;
Analisar que uma ideologia pode ser a salvação ou a derrota de uma nação,
depende da interpretação;
Valorizar a cidadania, para o fortalecimento da democracia, mantendo-se o
respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Trabalho
Poder
Cultura
195
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA
História como ciência
Tempo e espaço
PRÉ-HISTÓRIA (MUNDO – AMÉRICA – BRASIL – PARANÁ)
Teorias do surgimento do ser humano
Paleolítico
Neolítico
Surgimento da escrita
CONCEITO DE TRABALHO
Formação das sociedades
PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES AFRICANAS
África Antiga
Egito
O MUNDO DO TRABALHO EM DIFERENTES SOCIEDADES
Sociedades pré-colombianas
Grécia Antiga
Roma Antiga
Sociedade Feudal
ESTADO NOS MUNDOS ANTIGO E MEDIEVAL
Estado na antiguidade oriental (Mesopotâmia, Egito, Hebreus)
Estado na Grécia Antiga, Pérsia, Macedônia, Roma
Estado na Idade Média
Estado Islâmico
196
RELAÇÕES CULTURAIS NAS SOCIEDADES GREGA E ROMANA
Mulheres na sociedade, filosofia e artes gregas
Mulheres na sociedade romana
Lutas plebeias e escravas em Roma
CIDADES NA HISTÓRIA
Neolítico
Cidades gregas e romanas
Islão – civilização urbana
Cidades na América pré-colombiana
Europa medieval
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO PARANÁ
Início da ocupação do Paraná (espanhola e portuguesa)
Ciclos econômicos (ouro, gado, madeira, erva-mate, café, agro
industrialização)
2ª SÉRIE:
RELAÇÕES CULTURAIS NA SOCIEDADE MEDIEVAL
Universo mental da Idade Média
Algumas manifestações de dominação e resistência entre os
camponeses
Algumas manifestações de dominação e resistência nas cidades
Reflexões sobre a mulher, os hereges, os doentes na Idade Média
MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, CULTURAIS NA SOCIEDADE MODERNA
(RENASCIMENTO)
Transformações do mundo moderno
Reformas Protestantes e o fim do monopólio religioso da Igreja Católica
França Antártica: uma experiência protestante ou indígena na América
197
portuguesa?
Revolução Gloriosa e o triunfo da burguesia sob o absolutismo
Iluminismo: as luzes da razão na modernidade
Contestações dos trabalhadores
TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO PARA O LIVRE
De artesãos independentes a tarefeiros assalariados
A constituição do sistema de fábricas
A organização do tempo do trabalho
Trabalho infantil: um dos mais explorados
O trabalho feminino
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO
Revolução Norte-Americana
Revolução Industrial
Revolução Francesa
O papel da mulher
Organização dos operários
Jovens e a política
CONCEITO DE TRABALHO (REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – TEORIAS
CONTESTATÓRIAS DO CAPITALISMO)
O trabalho e sua valorização
A divisão do trabalho
Marxismo
Anarquismo
CONSTRUÇÃO DE TRABALHO ASSALARIADO
Feudalismo
Corporações de ofício
Positivismo
Trabalho infantil e feminino
198
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO SÉCULO XIX
A cidade industrial
A arquitetura do século da indústria
A revolução dos transportes
A utilização da eletricidade
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
Brasil colonial
Cidades no Brasil
3ª SÉRIE:
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
Vida urbana no Brasil
ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER
A formação do Estado moderno
Teóricos do Absolutismo
Do Estado absolutista ao Estado-Nação
Teóricos do Estado-Nação
Independência do Brasil e a formação do Estado Nacional
A construção da idéia da nação brasileira
ESTADO IMPERIALISTA
A formação de Impérios e colônias no século XIX
Justificativas e rivalidades nas disputas coloniais
A crise do Estado imperialista
A formação dos regimes totalitários: ameaça à liberdade
A indústria cultural e as nações imperialistas
Os Estados e a bipolarização do mundo contemporâneo
Crise do Socialismo na União Soviética
O ataque ao Império Estadunidense
199
RELAÇÕES DE PODER E VIOLÊNCIA
O Estado e as relações de poder
As Guerras Revolucionárias e Nacionais
As Guerras Mundiais
Totalitarismo e violência
A Guerra Fria e a violência
As formas de violência
TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Taylorismo
Fordismo
Toyotismo
Pós-fordismo e acumulação flexível
O mundo do trabalho no Brasil: início do século XX
A Era Vargas
Re-estruturação produtiva no Brasil na década de 1990
MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CULTURAIS NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
Um mundo em transformações aceleradas
Os camponeses e a luta pela terra
Os Zapatistas no México
Os Sem-Terra no Brasil
O movimento feminista
A Revolução Jovem
Movimento Hippie
O Rap e o movimento Hip Hop
O Movimento Negro e a luta por direitos civis
Revoltas de jovens em Paris: outubro de 2005
200
TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO PARA LIVRE (ESCRAVIDÃO HOJE)
A escravidão no mundo contemporâneo
URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
A mundialização
A explosão urbana
A tecnologia, a urbanização e a arte
A transformação dos problemas sociais e estruturas na explosão urbana
AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de História, por meio de atividades específicas com as
diferentes temporalidades, pode favorecer a reavaliação dos valores do mundo de hoje, a
distinção de diferentes ritmos de transformações históricas, o redimensionamento do
presente em processos contínuos e a construção de identidades com as gerações
passadas.
Nesta perspectiva o ensino de História pode desempenhar um papel
importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre atuação do
indivíduo nas suas relações pessoais como grupo de convívio, suas afetividades, sua
participação no coletivo, suas atitudes e compromissos com classes, grupos sociais,
culturas, valores e gerações do passado e do futuro.
Portanto, o aluno deverá compreender e aprender as formas de produção
desse conhecimento através dos conteúdos críticos desta disciplina, tendo como ponto de
partida os acontecimentos que cercam a sua realidade.
A avaliação no ensino de História será feita de maneira a perceber o quanto o
aluno evoluiu ao longo dos bimestres, verificando se o educando compreende os
conceitos básicos da disciplina, a capacidade de elaboração textual e oral de assunto
estudado no ano.
REFERÊNCIAS
201
ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 1996. CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA, Renan Garcia. O jogo da História. São Paulo: Moderna, 2002. COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2004. CURRÍCULO Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: Seed, 1992. DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História: Cotidiano mentalidade. São Paulo: Atual, 2000. FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997. MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do tempo. São Paulo: Moderna, 2002. MORAES, José Geraldo Vinci de. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2003. ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do futuro. São Paulo: IBEP. 2003. PETTA, Nicolina Luíza de; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma abordagem integrada. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2003. PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida. São Paulo: Ática, 2004. RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2002. SCHMIDT. Mario. Nova História Crítica. Ensino Médio. São Paulo: 2007. 8.6 MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que
vieram compor a matemática conhecida hoje. Há menções na história da matemática de
que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros de que hoje podem ser
classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a
respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, das
comparações das formas, tamanhos e quantidades.
202
Ressaltando que a história da matemática no contexto escolar é um dos objetivos
primordiais da disciplina, pois explica a natureza da matemática e a sua importância na
vida da humanidade.
Pela necessidade de se comunicar, tomar decisões, fazer argumentações,
compreende conceitos, é necessário cada vez mais, aperfeiçoar e adquirir novos
conhecimentos, valores e trabalhar coletivamente.
Utilizando o conhecimento matemático para que isto seja possível, tendo influência
na vida social, cultural e profissional de todo cidadão.
A matemática tem valor formativo, pois ajuda a estruturar o pensamento e o
raciocínio dedutivo, podendo formar no aluno a capacidade de resolver problemas hábitos
de investigação, confiança, análise, enfrentar novas situações, proporcionando a
formação de uma visão ampla e científica a realidade, a percepção da beleza e da
harmonia e, o desenvolvimento da criatividade, sendo, portanto uma ferramenta em todas
as atividades humanas.
A matemática deve ser vista pelo aluno como um conjunto de técnicas e estratégias
para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, permitindo modelar a realidade e
interpretá-la. É importante que o aluno do ensino médio, perceba que as definições,
demonstrações e os encadeamentos conceitos e lógicos, têm a função de construir
novos conceitos e estruturas a partir de outros e, que servem para validar intuições e dar
sentido as técnicas aplicadas no ensino fundamental.
Com o impacto da tecnologia na vida de cada indivíduo, a função da matemática no
ensino médio, deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência, e que a
aquisição do conhecimento matemático, deve estar vinculado com o domínio de um saber
pensar e fazer matemática, para que o indivíduo tenha a capacidade de argumentação,
leitura e interpretação da realidade de outras áreas do conhecimento.
Em matemática as atividades propostas devem partir de situações - problemas
desafiadoras e de situações que surgem em aula ou que são trazidas pelos alunos,
envolvendo aspectos quantitativos e qualitativos da realidade cotidiana, que dizem
respeito a números e álgebra, geometria, medidas e tratamento de informação, sendo
estes os objetos de estudo da disciplina para o ensino fundamental.
As finalidades do ensino de matemática no nível médio indicam como objetivos
levar o aluno a:
203
compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que
permitam a ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação
científica geral;
aplicar seus conhecimentos matemáticos e situações diversas, utilizando-
o na interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades
cotidianas;
analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes,
utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que
lhe permita expressar-se criticamente sobre problemas da matemática, das
outras áreas do conhecimento e da atualidade;
desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de
comunicação bem como o espírito crítico e a criatividade;
utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas para
desenvolver a compreensão dos conceitos matemáticos;
expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e
valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em matemática;
estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre
esses temas e o conhecimento de outras áreas do currículo;
reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito,
relacionando procedimentos associados às diferentes representações;
promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em
relação às suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atividades
de autonomia e cooperação.
A preocupação com esses aspectos da formação dos indivíduos estabelece
uma característica distintiva desta proposta, pois valores habilidades e atitudes são
objetivos centrais da educação e são elas que permitem ou impossibilitam a
aprendizagem, quaisquer que sejam os conteúdos e das metodologias de trabalho.
Não basta revermos a forma ou metodologia de ensino se mantivermos o
conhecimento matemático restrito a informação, com as definições e os exemplos assim
como a exercitação, ou seja, exercícios de aplicação ou fixação. Pois, se os conceitos são
apresentados de forma fragmentada mesmo que de forma completa e aprofundada, nada
garante que o aluno estabeleça alguma significação para as ideias isoladas e
204
desconectadas uma das outras.
O critério central é o da contextualização e da interdisciplinaridade, ou seja, é o
potencial de um tema permitir conexões entre diversos conceitos matemáticos e
entre diferentes formas de pensamento Matemático, ou ainda, a relevância cultural do
tema, tanto no que diz respeito às suas aplicações dentro ou fora da matemática, como
quanto à sua importância histórica no desenvolvimento própria ciência.
METODOLOGIA
Para entender a sociedade em que vivemos precisamos organizar o pensamento,
ler e interpretar dados quantitativos. Assim, os conteúdos serão trabalhados em forma de
problemas que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação, a justificativa de
resultados e a criatividade na busca de soluções, fazendo com que os alunos
compreendam conceitos, desenvolvam raciocínios e expliquem por escrito o seu
raciocínio e suas descobertas.
Para melhor compreensão dos conteúdos serão trabalhadas situações do
cotidiano, onde os alunos são levados a investigar e utilizar vários recursos como
televisão, quadro negro, giz, calculadoras, livros didáticos, revistas, internet, jornais entre
outros, para auxiliar no desenvolvimento de argumentos e soluções.
Ao organizar seu trabalho, é preciso que o professor:
esteja convencido de que o conhecimento matemático deve estar ao
alcance de todos e que garantia de que a garantia de que todos os
alunos aprendam deve ser uma de suas metas prioritárias;
considere que a aprendizagem da matemática está ligada à
compreensão, isto é, à apreensão e atribuição de significados e que,
apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe
identificar suas relações com outros objetos e acontecimentos e que
essas relações só se estabelecem se os alunos puderem estabelecer
conexões entre as ideias matemáticas e entre a matemática e as demais
áreas do conhecimento;
não trate os conteúdos da matemática de maneira estanque, como fim em
si mesmos;
205
valorize a utilização de atividades de grupo que favoreçam a
discussão, a confrontação e a reflexão sobre as experiências
matemáticas;
dê aos alunos oportunidades para que construam conceitos e aprendam
procedimentos trabalhando amplamente sobre problemas que lhes
permitam dar significado à linguagem e às idéias matemáticas;
considere que os alunos têm ritmos, necessidades, tempos de
aprendizagens diferentes;
estimule processos de discussão e confrontação de idéias, de registros
diversos, de leitura e pesquisa;
tenha plena consciência de sua responsabilidade como mediador entre o
saber que o aluno tem e o saber que a escola de nível médio pretende
que ele desenvolva;
utilize recursos didáticos diversos tais como: livros, televisão, vídeos,
jornal, calculadoras e computadores em suas aulas;
deixe claro para o aluno qual são as suas responsabilidades na
construção do seu conhecimento matemático.
OBJETIVOS GERAIS
L
er e interpretar textos de matemática.
L
er, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas,
gráficos,
expressões,...).
T
ranscrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para
206
linguagem simbólica (equações, gráficos, diagramas, fórmulas,
tabelas...)
e vice-versa.
E
xprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como na
linguagem matemática, usando a terminologia correta.
P
roduzir textos matemáticos adequados.
U
tilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos
de
produção e de comunicação.
I
dentificar o problema (compreender enunciados, formular
questões,...).
P
rocurar, selecionar e interpretar informações relativas ao problema.
F
ormular hipóteses e prever resultados.
S
elecionar estratégias de resolução de problemas.
I
nterpretar e criticar resultados dentro do contexto da situação.
D
istinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos.
207
F
azer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a modelos,
esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades.
D
iscutir ideias e produzir argumentos convincentes.
D
esenvolver a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e
intervenção no real.
A
plicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em
especial em outras áreas do conhecimento.
R
elacionar etapas da história da matemática com a evolução da
humanidade.
U
tilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Números e álgebra;
Grandezas e medidas,;
Geometrias;
Funções;
Tratamento da Informação.
1ª SÉRIE:
Números Reais;
208
Função;
Conjuntos numéricos
Intervalos
Relações
Construção, análise e interpretação de gráficos, tabelas e fórmulas,
utilizando conteúdos da história ou cultura afro- brasileira;
Domínio, contradomínio e imagem;
Domínio de uma função;
Gráfico de uma função;
Análise de gráficos;
Função injetiva, sobrejetiva e bijetiva;
Função composta;
Função inversa ;
Função do 1º grau;
Função constante;
Função Quadrática;
Função Modular;
Equação e função exponencial;
Logarítmicos;
Função logarítmico;
2ª SÉRIE:
Progressões PA e PG;
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas lineares;
Trigonometria;
Funções Trigonométricas;
Análise combinatória;
Binômio de Newton;
Polinômios;
Estudo das Probabilidades;
Estatística;
209
Matemática Financeira;
3ª SÉRIE:
Geometria Plana;
Medidas de Área;
Medida de Grandezas Ve3º ANOtoriais;
Medidas de Informática;
Medidas de Energia;
Geometria Espacial;
Medidas de Volume;
Geometria Analítica;
Geometria Não-euclidianas;
Números Complexos;
Equações e Inequações, Exponenciais, Logarítmicas e Modulares;
AVALIAÇÃO
Ao longo do desenvolvimento do planejamento serão feitos múltiplos registros
com a função de diagnosticar as conquistas e os tempos de cada aluno, acompanhando a
caminhada da aprendizagem, orientando e intervindo nos rumos do ensino, possibilitando
aprendizagem, envolvimento e progresso de todos.
A avaliação deve ser contínua, não ser apenas de caráter de finalização de etapas,
e sim parte integrante do processo de ensino. Deve ocorrer em vários momentos, e
também utilizar diversos instrumentos com o objetivo de observar com maior clareza o
potencial dos alunos e auxiliá-los a serem autônomos e responsáveis por sua
aprendizagem.
A média bimestral será a somatória das avaliações, sendo que a recuperação será
paralela de conteúdos.
CRITÉRIOS
Observar se os alunos compreendem os conceitos dos conteúdos através de
atividades, situações problemas e tabelas;
Verificar como os alunos expressam oralmente os conceitos dos conteúdos
trabalhados;
210
Observar se os alunos fazem a leitura e interpretação dos conteúdos
representados por meio de situações problemas, tabelas ou leis
matemáticas;
Verificar se os alunos expressam por escrito a sistematização e síntese dos
conhecimentos sobre os conteúdos;
Observar se os alunos explicam fenômenos de diferentes naturezas,
utilizando os conceitos estudados;
Diante de problemas da realidade, analisar as possíveis intervenções, com
base no conhecimento estudados.
Instrumentos Avaliativos:
Seminários, palestras e debates sobre a história da Matemática.
Atividade individual ou em grupo envolvendo a aplicação dos conhecimentos
matemáticos em outras áreas do conhecimento.
E ainda, a avaliação deve incluir testes escritos individuais e em duplas,
atividades em sala e para casa, provas, trabalhos escritos, pesquisas,
debates, apresentações e auto-avaliação.
REFERÊNCIAS
ANDRINI, A; Vasconcellos, M.I. Praticando Matemática. Editora do Brasil, 2002.
BARRETO, F.B; Silva, C.X. Matemática aula por aula. FTD,2000.
DIRETRIZES CURRICULARES de. Matemática para o Ensino Fundamental e Médio, 2006. SEED.
LONGEN, Adilson. Matemática Coleção Nova Didática. Positivo, 2004. MARCONDES, C.A ; Gentil,N; Greco, S.E. Matemática. Atica,2003.
YOUSSEF, ANTONIO NICOLAU. Matemática volume único para o ensino médio – São Paulo: Scipione, 2004
PCN + Ensino Médio. Ciências da Natureza e suas tecnologias. Secretaria e Educação Média e Tecnológica - Brasília; Mec; SEM TEC, 2002.
SMOLE, K.S; DINIZ, M.I– Matemática Ensino Médio. volume dois – São Paulo: Saraiva, 2005.
211
DANTE, L. R. - Matemática volume único para o ensino médio – São Paulo; Àtica, 2008.
XAVIER & BARRETO, Matemática Aula por Aula. volume 2ª série - São Paulo: FTD, 2005.
GIOVANNI & BONJORNO, Matemática Completa. volume 2ª série - São Paulo: FTD,
2005.
8.7 QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O conhecimento químico está inserido na vida humana, interligado com os demais
campos do conhecimento daí a importância da presença da química na escola formal e,
especialmente, no ensino médio que completa a educação básica.
Habilidades mais complexas que podem ser atingidas através do ensino das ciências. O
entendimento das implicações sociais, ambientais, políticas e econômicas do
conhecimento químico envolve também aspectos afetivos em relação a aprendizagem.
A consciência de que o conhecimento científico é assim dinâmico, mutável, ajudará
o educando e ao professor ter uma necessária visão crítica da ciência. Conhecer química
significa, compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico e assim
poder julgar mais fundamentadamente, as transformações advindas da mídia e da escola.
A ciência é uma atividade profundamente humana, portanto construída e
reconstruída constantemente. Como atividade humana, sofre interações com outros
campos de atividades humanas (religiosos, psicológicos, sociológicos, econômicos e
políticos). Nessa ação coletiva, o professor deve atuar como mediador.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propõe-se que os conteúdos de Química sejam tratados em dois momentos.
No primeiro momento, utilizando-se da vivência dos alunos e dos fatos do dia-a-dia. No
segundo momento, em busca de explicações para os fatos estudados, passa-se a
interpretá-los segundo as necessidades e capacidades de entendimentos dos alunos.
Os estudantes de nível médio devem ser capacitados a fazer uma leitura crítica
212
dos acontecimentos ligados à ciência. Combatendo-se o mito de que a ciência é feita por
gênios abnegados, que buscam o conhecimentos desligados das preocupações materiais.
É preciso saber perceber e julgar os interesses econômicos e políticos envolvidos e o
impacto da ciência na sociedade.
A teoria deve sempre combinar com a prática (laboratório).
O aluno do ensino médio deve ter e desenvolver o conhecimento, seleção,
compreensão, tradução, descrição de códigos, textos, análises, problemas, linguagens,
símbolos, variáveis, fatos, fenômenos, conceitos próprios da Química moderna e atual,
sempre com uma visão crítica e analítica dos fatos envolvidos.
O aluno deve resolver situações com raciocínio, sem se preocupar com
fórmulas matemáticas que depois de memorizadas não tem valor significativo.
O aprender é muito mais do que o uso de métodos estabelecidos para
comprovação de ideias científicas, consiste em fazer com que o educando leia o mundo
em que vive, com seus próprios olhos e com os olhos da ciência.
OBJETIVOS GERAIS
Diferenciar matéria - elementos químicos – substâncias – mistura e
alotropia;
Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;
Identificar e controlar as variáveis;
Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a
química;
Aplicar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para
resolver problemas qualitativos e quantitativos;
Compreensão dos códigos e símbolos próprios da química;
Reconhecimento do papel da química no sistema produtivo;
Compreensão dos fatos químicos dentro de visão microscópica
(abstração reflexiva).
Selecionar procedimentos experimentais pertinentes a uma situação
problemática;
Desenvolver conexões hipotéticas – lógicas (previsões);
Conhecer e aplicar os conceitos químicos dentro de uma visão
213
macroscópica (lógico – empírica);
Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas em
química: gráficas tabelas e relações matemáticas;
Compreensão de dados quantitativos: estimativa, medidas, compreensão de
relações proporcionais;
Representação simbólica das transformações químicas e suas
modificações ao longo do tempo.
Reconhecer as tendências e relações a partir de dados experimentais ou
a partir de outros dados (classificação, seriação e correspondência);
Identificar e controlar variáveis;
◦ Identificar fontes de informação e de formas de obter informações relevantes
à química (livro, computador, jornais, manuais);
Apresentar as principais funções destacando as características estruturais
e os fundamentos da nomenclatura oficial;
Apresentar as funções oxigenadas e nitrogenadas através de suas
propriedades;
Reconhecimento da interação do ser humano individual e coletivamente
com o ambiente;
Compreensão das relações entre desenvolvimento científico,
tecnológico e aspectos sócio – político – culturais;Reconhecimento de
limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento
da química e da tecnologia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
Histórico e importância
214
Noções fundamentais: átomos, moléculas, substâncias e misturas;
Fenômenos físicos e químicos.
Introdução às Leis Ponderais.
Elementos Químicos;
Estudos do átomo;
Classificação periódica;
Propriedades dos elementos;
Ligações químicas;
Substâncias Químicas;
Funções Químicas Inorgânicas.
Conceitos ácido-base (Arrhenius, Bronsted – Lowry e Lewis).
Funções: óxidos, ácidos, bases, sais, nomenclatura e propriedades.
Preparação de óxidos ácidos e básicos
Uso de indicadores
2ª SÉRIE:
Reações e balanceamento
de equações por oxirredução.
Cálculos químicos e grandezas químicas.
Soluções;
Estequiometria: soluções, densidade, molaridade, concentração,
propriedades coligativas;
Termoquímica;
Cinética química;
Equilíbrio químico;
Equilíbrios iônicos e soluções aquosas;
Propriedades coligativas;
Eletroquímica: pilhas elétricas;
Eletroquímica: eletrólise;
Reações nucleares;
3ª SÉRIE:
215
Eletroquímica
Reações de oxirredução
Potenciais
Eletrólise
Química Orgânica
Reações orgânicas
Reações inorgânicas
AVALIAÇÃO
A avaliação deve compor-se de atividades diversas como: trabalhos
diversificados, testes, aulas práticas de laboratório, visitas a indústrias.
Realização de observação do interesse e atividades dos alunos.
Poderá também ser realizada através de exercícios escritos, atividades
exportivas, pesquisas ou atividades experimental dentro das possibilidades de cada
conteúdo.
As habilidades e competências valores e atitudes que devem ser promovidos
no ensino da química, não se desvinculam dos conteúdos a serem desenvolvidos, ao
contrario são parte integrante desses conteúdos é devem ser concretizados a partir dos
diferentes temas propostos para o estudo da química, em níveis de aprofundamento com
assunto tratado.
Essas habilidades no ensino da química, deverão capacitar os alunos a tomar
suas próprias decisões em situações problemáticas, contribuindo assim para o
desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão.
REFERÊNCIAS
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. São Paulo: Editora Moderna, 1990.
FONSECA, Martha Reis Marques da. Química integral, 2º grau. São Paulo: Editora FTD, 1993.
8.8 FÍSICA
216
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objetivo do estudo da Física é o Universo, sua evolução, suas
transformações e as interações que nele ocorrem, por meio dos campos de estudo da
física pode-se abordar o objeto de estudo desta ciência. O primeiro campo cabe à
mecânica e a gravitação elaboradas por Newton nas suas duas grandes obras: Princípia e
Óptica. Os grandes personagens como: Mayer, Carnot, Joule, Clausius e Kelvin e
Helmholtz construíram o campo da termodinâmica e por sua vez o electromagnetismo
elaborado por Maxwell a partir dos trabalhos de Àmpere e Faraday. Estes são os
conceitos fundamentais para a sustentação da teoria. Assim a Física através destes três
campos: movimento, termodinâmica e electromagnetismo chegou ao final do século XIX
com um quadro conceitual de referência construída ao longo de séculos.
A Física está incorporada em nossa cultura no aspecto social e tecnológico de
nossos dias, tornando-se, ao mesmo tempo, instrumento necessário para compreensão
desse mundo em que vivemos e para a atuação naquele em que antevemos, sendo seu
conhecimento indispensável à constituição da cidadania contemporânea.
Espera-se que o ensino de Física contribua para a formação de uma cultura
científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e
processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza
como parte da própria natureza e transformação. Ao mesmo tempo essa cultura deve
incluir também a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicas
ou tecnológicas, que cercam o cotidiano doméstico, social e profissional de todos nós.
É essencial que se explicite o processo de construção do conhecimento físico
como processo histórico produzido em sociedade, objeto de contínua transformação em
sua relação com a vida social, e associado com as outras formas humanas.
De acordo com a proposta da LDB/96 a escola de ensino médio é entendida
como etapa final da educação básica e tem entre as suas finalidades a da preparação
para cidadania e o trabalho, o que também inclui a compreensão dos fenômenos naturais
e dos fundamentos científico – tecnológico dos processos produtivos. O conhecimento
físico deve, portanto, compor o conjunto de saberes da escola média na perspectiva de
potencializar a realização de tais finalidades.
Portanto ao lado de um caráter mais prático, a Física revela também uma
217
dimensão filosófica, com uma beleza e importância que não devem ser subestimadas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Vivemos um mundo em contínua transformação rápida e profunda, tanto no campo
do saber científico como em todas as demais áreas, de tal forma que as soluções
encontradas hoje podem rapidamente perder atualidade ou coerência com seu tempo.
Assim, é fundamental que sejam propostas formas de atuação dinâmica que impeçam a
cristalização burocrática do conhecimento desenvolvido e partilhando no processo
educativo.
O Ensino da Física deve considerar o mundo distante, através dos objetos e
fenômenos com que efetivamente lidam, ou com problemas e indagações que movem sua
curiosidade. Esse deve ser o ponto de partida e de certa forma, também o ponto de
chegada, pois feitas as investigações, abstrações e generalizações potencializadas pelo
saber da física, em sua dimensão propriamente física, o conhecimento volta-se
novamente para os fenômenos significativos ou objetos tecnológicos de interesse, agora
como o exercício de utilização do novo saber adquirido. Essa é sua dimensão aplicada ou
tecnológica. Essas duas dimensões de certa forma constituem-se em ciclo, dinâmica, na
medida em que novos saberes levam a novas compreensões do mundo e a colocação de
novos problemas.
Não existe ensino-aprendizagem em abstrato mas sempre concretizado, em temas
específicos a serem abordados. O ensino-aprendizagem concretiza-se em ações, objetos,
assuntos, experiências, etc., parte integrante dos conteúdos, podendo ser desenvolvidas
em tópicos diferentes, assumindo formas diferentes em cada casa, tornando-se mais ou
menos adequadas dependendo do contexto em que estão sendo desenvolvidas.
As atividades experimentais, mesmo que simples, devem ser frequentes pois
estimulam a curiosidade e facilitam a compreensão.
A associação da teoria com a prática é de importância relevante, embora algumas
atividades possam exigir diferentes níveis de abstração.
É importante que o aluno conheça um pouco do desenvolvimento da física dentro
da história da humanidade, quais foram os motivos que levaram o homem a tais
descobertas, para que isto sirva-lhe de estímulo para outras descobertas e contribua com
218
o desenvolvimento da sua formação, da ciência e do homem.
A utilização das tecnologias no ensino de física se faz necessário diante de
aparatos tecnológicos disponíveis na escola, tais como retroprojetores, televisores, dvd e
ainda o uso de apresentações de slides por meio da TV pendrive. Deve-se então planejar
o uso de recursos tecnológicos conforme a necessidade a serviço de uma formação
integral dos sujeitos de modo a permitir o acesso, a interação e também o controle das
tecnologias e seus efeitos para a incorporação à sua ação pedagógica.
OBJETIVOS GERAIS
C
ompreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos.
Utilizar representação simbólica. Comunicar-se com a linguagem
física
adequada;
U
tilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas. Ser
capaz de diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursiva
e
gráfica.
E
xpressar-se corretamente.
C
onhecer fontes de informações e formas de obter informações
relevantes.
219
A
nalisar notícias científicas e interpretá-las.
C
ompreender manuais de utilização.
A
presentar de forma clara e objetiva o conhecimento apreendido.
E
laborar relatórios estruturados. Elaborar sínteses.
C
onhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas,
quantificar,
identificar parâmetros relevantes.
C
ompreender e utilizar leis e teorias físicas.
D
esenvolver a capacidade de investigação. Classificar, organizar,
sistematizar.
O
bservar, estimar ordem de grandeza, Compreender o conceito de
medir. Fazer hipóteses, testar. Identificar regularidades. Descobrir o
―como funciona‖ os aparelhos.
I
nvestigar situações problemas: Identificar a situação física, utilizar
modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar,
analisar previsões.
220
C
ompreensão da física presente no mundo vivencial e nos
equipamentos e procedimentos tecnológicos.
A
rticulação do conhecimento físico com conhecimentos de outras
áreas do saber científico.
R
econhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua
história e relações com o contexto cultural, social, político e
econômico;
E
stabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de
expressão da cultura humana;
R
econhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo
a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a
evolução
do conhecimento científico;
D
imensionar a capacidade crescente do homem, propiciada pela
tecnologia, em termos de possibilidades de deslocamentos,
221
velocidades, capacidades para armazenar informações , produzir
energia, etc., assim como o impacto da ação humana, fruto dos
avanços
tecnológicos, sobre o meio em transformação.
S
er capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais
que
envolvam aspectos físicos e ou tecnológicos relevantes ( uso
de
energia, impactos ambientais, uso de tecnologias específicas,
etc.)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimento
Termodinâmica
Electromagnetismo
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª SÉRIE:
Estudos dos movimentos.
Movimento retilíneo.
222
Movimento curvilíneo.
Leis de Newton.
Equilíbrio.
Força e Aceleração.
Trabalho e Energia.
Impulso e quantidade de movimento.
Gravitação Universal.
Hidrostática.
2ª SÉRIE:
Temperatura e Dilatação Térmica.
Estudo dos gases.
Calor e 1ª lei da Termodinâmica.
Máquinas térmicas e a 2ª lei da Termodinâmica.
Óptica e ondas.
Reflexão da Luz
Refração da Luz
Movimento ondulatório.
Natureza da luz
3ª SÉRIE:
Eletrostática
Campo Elétrico
Trabalho e Potencial Elétrico
Capacidade de um condutor
Capacitadores
Corrente Elétrica
Estudo dos Resistores
Associação de Resistores
Medidores Elétricos
223
Gravadores e Receptores
Circuitos Elétricos
Fenômenos Magnéticos
Fenômenos Eletromagnéticos
Física Moderna
AVALIAÇÃO
A avaliação terá em vista o ensino-aprendizagem, tendo como pressuposto a
capacidade dos alunos de desenvolvê-los ao longo das experiências ligados a situações
concretas da vida do aluno, em forma de exercícios em sala de aula, pesquisas em
jornais e revistas sobre artigos de divulgação científica ou outras formas de avaliações.
O estudo da física é indispensável nos dias de hoje, onde a pesquisa e
conhecimento sobre a Física são uma porta para qualquer área. O estudo parte de um
ponto aonde a informação chega as pessoas com muito mais quantidade (detalhes) e
facilidade a cada momento que passa. Essa facilidade deixa uma grande variedade de
material para se trabalhar, porque é com curiosidades e descobertas que o aluno se
interessa e dedica um pouco mais do seu tempo para entendê-la cada vez mais.
Em sala de aula a Física pode ser trabalhada em sua parte teórica, onde
podemos comparar assuntos e mostrar que uma informação parte de uma outra e isso se
torna um ciclo, e por isso dizemos que a Física é uma matéria dedutiva, mostrando ao
aluno que é mais uma questão de pensar do que decorar podendo ser avaliada também
de forma interdisciplinar.
Já a parte prática pode ser trabalhada e avaliadas tanto com experiências em
um laboratório quanto em exercícios que sejam ligados a realidade, mostrando que os
processos físicos em nosso cotidiano são bem mais frequentes do que imaginamos.
Essas informações obtidas pelo aluno podem contribuir para o desenvolvimento de seu
raciocínio.
A contextualização de conteúdos com problemas diário também deve ser
desenvolvida, fazendo o aluno exercitar sobre problemas relacionados a nossa realidade,
estes têm que possuir uma variedade em questões de nível de dificuldade quanto de
224
informações, para ajudar a formação pessoal do aluno.
REFERÊNCIAS
BONJORNO, Regina F. S. A., et. al. Física. São Paulo: Editora FTD, 1985.
PARANÁ, Djalma Nunes. Física. São Paulo: Editora Ática, 1993.
8.9 BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Biologia estuda o fenômeno vida em sua diversidade de manifestações. Esse
fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no
nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismo no seu meio. Um sistema
vivo é sempre fruto da interação entre os seus elementos constituintes e da interação
entre esse mesmo sistema e demais comportamentos de seu meio. As diferentes formas
de vida estão sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo ao
mesmo tempo propiciadoras de transformações no ambiente.
O ensino de Biologia permite a compreensão da natureza e dos limites dos
diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a compreensão de
que a ciência não tem respostas definitivas para tudo sendo uma de suas características
a possibilidade de ser questionada e de se transformar.
A presença de elementos da história e da filosofia da Biologia torna possível
aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relação entre a produção
científica e o contexto social econômico e político.
O estudo da Biologia permite o acompanhamento do intenso progresso da
ciência e da tecnologia, torna-se mais presente no nosso cotidiano. Faz-se necessário
trata o ensino da Biologia de forma contextualizada, observando questões relativas a
valorização da vida, ética nas relação entre os seres vivos, seu meio e o planeta, sua
relação com a qualidade de vida que são fatores que marcam o nosso século. Outra
questão que deve ser levado em consideração e o desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes as relações entre os seres humanos sabendo posicionar-se, intervir e
225
ponderar o uso de cada produção humana, contribuindo na formação de cidadãos
capazes de pensar seu mundo e com ele interagir.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É fundamental que o professor desenvolva o Ensino de Biologia competências
que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las
quando for o caso, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso
dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da Tecnologia. É de fundamental importância
termos claro que o desenvolvimento de tais competências se inicia na escola
fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um desses níveis de escolaridade têm
características próprias configura momentos particulares de vida, de desenvolvimento dos
estudantes, mas guarda em comum o fato de terem pessoas desenvolvendo capacidades,
potencialidades que lhes permitam o exercício pleno da cidadania nesses mesmos
momentos.
O professor de Biologia deve promover a compreensão da ciência como
processo de produção de conhecimento, como atividade humana, histórica, associada a
aspectos de ordem social, econômica, política e cultural. Identificando relações entre
conhecimentos científico, produção de tecnologia e condições de vida, compreendendo a
tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, mas sabendo elaborar juízos
sobre riscos e benefícios das práticas tecnológicas.
Levando também a compreensão que a degradação ambiental acarreta
agravos à saúde humana. Estudando ainda os significados dos conceitos científicos tais
como: energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico,
hereditariedade e vida.
OBJETIVOS GERAIS
Explicitação adequada dos conhecimentos prévios ou sistematizados;
Descrição de processos, características do ambiente, de seres vivos em
microscópio ou a olho nu;
Representação dos modelos teóricos através de esquemas gráficos
226
tabelas e maquetes;
Leitura e entendimento de textos de várias modalidades e de escrita
( jornalístico, científico etc);
Utilização adequada das fontes de informação;
Percepção dos códigos intrínsecos do ensino de biologia;
Utilização de metodologias científicas na resolução de problemas -
dados, hipóteses, previsões, experimentação;
Identificação das necessidades de experimento controle;
Compreensão da importância do tratamento estatístico no levantamento e
análise de dados coletados;
Relação entre as diversas disciplinas no entendimento de fatos ou
processos biológicos (lógica – externa);
Compreensão das relações existentes entre os diversos conteúdos
conceituais de biologia (lógica interna);
Compreensão da parte e do todo de um fato ou processo biológico;
Aplicação de conhecimentos anteriores em novas situações de
aprendizado (existencial ou escolar);
Identificação de semelhanças e diferenças entre temas conceituais;
Comparação entre fatos ou processos biológicos;
Identificação da biologia como um fazer humano, e portanto, histórico e
fruto da conjugação de fatores sociais, políticos , econômicos, culturais,
religiosos e tecnológicos;
Compreensão da biologia como ciência em processo de construção;
Identificação da interferência de aspectos místicos e míticos na
construção dos conhecimentos prévios;
Compreensão da relação do indivíduo como agente e paciente do meio em
que vive;
Julgamento das atitudes mais adequadas no sentido de preservar e
implementar a saúde individual, coletiva e do ambiente;
Identificação da dualidade existente entre desenvolvimento tecnológico e
preservação, à luz das concepções a respeito do desenvolvimento
sustentado.
227
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos
Mecanismos biológicos
Biodiversidade
Manipulação genética
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
Introdução à Biologia
Conceito de Biologia ;
Características gerais dos seres vivos: composição química,
reprodução,respiração, etc.
Método científico
Origem dos seres vivos:.
Hipóteses sobre a Origem da Vida;
Ecologia:
Introdução à Ecologia: conceitos básicos;
Fluxo de energia num ecossistema;
Relações ecológicas.
Ciclos biogeoquímicos;
Desequilíbrios ambientais.
Citologia:
Histórico da Citologia e Microscopia;
Diferenças entre células procariótica e eucariótica;
Envoltórios celulares: composição química, transporte de nutrientes.
Organelas celulares: constituição e funções que desempenham na
célula.
Núcleo celular:
Estruturas do núcleo e suas respectivas funções;
Divisões celulares.
228
Reprodução humana;
Orientação sexual: métodos contraceptivos, DST/HIV.
Embriologia.
Histologia animal
2ª SÉRIE:
Sistemática;
Nomenclatura.
Classificação dos seres vivos:
Vírus
Reino monera
Reino Protoctista:
Algas:
Protozoários:
Reino Fungi:
Reino Plantae
Reino Animmalia: Invertebrados
Poríferos.
Cnidários:
Platelmintos:
Nematelmintos:
Moluscos :
Anelídeos:
Artrópodes:
Equinodermos:
Reino Animmalia: Invertebrados Poríferos.
Cnidários:
Platelmintos:
Nematelmintos:
Moluscos :
Anelídeos:
229
Artrópodes:
Equinodermos:
Reino Animmalia: Invertebrados
Poríferos.
Cnidários:
Platelmintos:
Nematelmintos:
Moluscos :
Anelídeos:
Artrópodes:
Equinodermos:
Reino Animmalia: Os Vertebrados
Peixes:
Anfíbios:
Répteis:
Aves:
Mamíferos
3ª SÉRIE:
Citogenética:
Núcleo celular:DNA, RNA, cromossomos :conceitos básicos;
Divisão celular.
Genética:
Introdução: termos usados em Genética;
Histórico da Genética;
Genética no cotidiano.
Leis de Mendel:
1º Lei de Mendel;
2ª Lei de Mendel;
Herança ligada ao sexo;
Herança de grupos sanguíneos na espécie humana;
Biotecnologia;
230
Evolução e especiação.
Anatomia e Fisiologia humana:
Sistemas de coordenação: nervoso e endócrino.
Sistemas de nutrição: cardiovascular, respiratório e digestório.
Sistema excretor.
Sistemas de relacionamento: esquelético, muscular e órgãos dos sentidos.
Sistema reprodutivo.
AVALIAÇÃO
Na avaliação de Biologia os conteúdos são concebidos não apenas como
conceitos, leis, teorias relacionadas à Biologia e Tecnologia, mas também como
procedimentos, atitudes e valores. O conhecimento conceitual não se separa do modo
como ele é obtido e as informações não são elementos autônomos das atitudes e dos
valores no processo de aprendizagem. Assim como conceitos, procedimentos são
construídos pelos alunos em interação com o professor, através do processo de ensino-
aprendizagem. A dimensão das atitudes relaciona-se ao desenvolvimento de posturas e
valores na relação entre o ser humano, o conhecimento, o ambiente, envolvendo muitos
aspectos da vida social, como a cultura e o sistema produtivo. No planejamento e no
desenvolvimento da Biologia na sala de aula, cada uma das dimensões dos conteúdos
deve ser explicitamente tratada.
O Ensino de Biologia no nível médio de escolaridades deve promover e
desenvolver hábitos, técnicas, algoritmos, habilidades, estratégias, métodos e rotinas.
Deve trabalhar procedimentos, ou seja, explicitar a capacidade de saber atuar de maneira
eficaz.
Muitos procedimentos importantes para a vida são construídos fora da escola,
na vida cotidiana, de forma espontânea. Na escola precisamos fazer uma seleção
daqueles que consideramos mais significativos para facilitar o aprendizado dos alunos. A
aprendizagem de procedimentos valoriza o saber fazer e articula a teoria com a prática, o
conhecimento e sua aplicação, não os colocando em oposição, mas explicitando a sua
importância para que as aprendizagens sejam completas. Cada procedimento deve se
vincular com outros procedimentos já conhecidos, de forma que sua aprendizagem
231
suponha uma revisão e ampliação dos anteriores, e deve ser construído
progressivamente, se aperfeiçoando à cada vez que é executado.
REFERÊNCIAS
FONSECA, Albino . Biologia. São Paulo: Editora Ática, 1991.
MARCONDES, Ayrton César; LAMMOGLIA, Domingos Ângelo. Biologia: Ciências da Vida. São Paulo: Editora Atual, 1994.
SOARES, José Luiz. Biologia. São Paulo: Editora Scipione, S. d.
8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
São muitas as transformações sociais que, muito rapidamente vão interferindo
no panorama mundial: o homem se mobiliza com facilidade, o ir e o vir tomam dimensões
cada vez mais amplas e as fronteiras tendem a desaparecer, intensificam-se as
necessidades de comunicações com outros povos e outras culturas. Neste contexto a
Língua Estrangeira Moderna facilitará ao aluno sua participação nas novas relações
comunicativas que se estabelecem. Daí a importância de um trabalho norteado pela
abordagem comunicativa, que focaliza as relações entre locutor e interlocutores, onde o
aluno é sujeito do processo de aprendizagem, possibilitando avançar as práticas
discursivas.
Sendo a língua um veículo que permeia todas as atividades do ser humano,
tanto as relações sociais como as pessoais, o ensino da Língua Estrangeira Moderna não
tem por objetivo principal a interação das várias disciplinas, mas adquire relevância a
partir do momento em que ela funciona como um dos elementos de interação. Além disso,
a Língua Estrangeira Moderna possibilita ao aluno tomar consciência, contrastivamente,
do funcionamento de sua língua materna.
A Língua Estrangeira Moderna contribuirá para formar um cidadão consciente,
crítico e agente transformador de sua realidade. Propõe-se um ensino que concentre seus
232
objetivos, atenção e atividades na dimensão sócio-cultural da comunicação; um ensino
que organize as experiências de aprender, em termos de atividades de interação e real
interesse do aluno, para que ele se capacite a utilizar a língua-alvo para realizar ações
autênticas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Entende-se por postura metodológica, a maneira pela qual o professor conduz
seu trabalho em sala de aula.
Essa postura decorre, necessariamente, de uma determinada visão de mundo
mais ampla. A metodologia adotada se define dentro desses limites, podendo superar-se
constantemente.
Esta proposta pedagógica não prioriza o ensino da gramática, nem treinamento
das habilidades linguísticas, ou conteúdos estanques, mas por uma abordagem
comunicativa e discursiva, mais crítica e mais integradora do ensino de línguas
estrangeiras.
Pretende-se que o aluno não apenas manipule estruturas e tenha domínio
formal da língua (competência linguística), mas que faça uso apropriado e significativo da
linguagem em seus vários contextos, interagindo com outros alunos.
OBJETIVOS GERAIS
Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas, como instrumento de
acesso a informações e a outras culturas ou grupos sociais;
Comunicar-se, utilizando-se das funções básicas da linguagem moderna
(uso formal e informal);
Ler, escrever e compreender os diversos tipos de textos;
Dar opiniões sobre diferentes situações no presente, passado e futuro;
Descrever experiências diversas e expressar opiniões e expectativas;
Comparar e perguntar em diferentes situações, dando informações,
localizando-se no tempo e no espaço;
233
Dominar as línguas estrangeiras modernas favorecendo a interação e a
compreensão de outra cultura possibilitando o despertar da criticidade
do aluno, não apenas a adaptação aos conceitos e ideias colocadas por
outras culturas, mas sim contrapor-se a alguns desses discursos,
desenvolvendo postura crítica.
Concepção da linguagem como uma multidão de vozes que revelam
histórias, grupos sociais, práticas coletivas, visões de mundo,
experiências pessoais diferentes.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso enquanto prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
Noções Gramaticais contextualizadas
Presente do verbo ser, ter e estar;
Pronomes possessivos, demonstrativos e pessoais;
Numerais;
Gênero do substantivo;
Artigos;
Presente simples dos verbos;
Advérbios ;
Pronomes interrogativos;
Preposições;
Graus do adjetivo;
Formas do presente e condicional.
2ª SÉRIE:
234
Noções Gramaticais contextualizadas
Pronomes interrogativos;
Advérbios;
Adjetivos;
Noções de tempo presente e passado;
Verbos no presente com sentido de futuro;
Imperativo;
Formas do presente, do condicional, do futuro;
Formas do passado dos verbos ;
Formas do gerúndio;
Formas do presente e passado;
Condicional como forma de polidez;
Formas do presente condicional;
Tempos do subjuntivo.
3ª SÉRIE:
Noções Gramaticais Contextualizadas
Períodos compostos;
Frases afirmativas, negativas e interrogativas;
Graus de comparação;
Advérbios;
Verbos no presente;
Orações interrogativas, afirmativas e negativas;
Graus do adjetivo;
Imperativo;
Discurso direto e indireto;
Voz passiva;
Orações subordinadas;
Condicional ;
Futuro;
Pronomes relativos.
235
AVALIAÇÃO
De acordo com a concepção histórico crítica a avaliação torna-se parte
imprescindível da própria construção do saber, enquanto instrumento que possibilita
diagnosticá-lo em sua dimensão teórico-prática. A avaliação é parte do processo
pedagógico, portanto, deve ser contínua, permanente e cumulativa, pelo fato de tal
processo ser uma relação da qual professor e aluno participam. Ambos precisam ser
avaliados e se auto avaliarem, uma vez que a elaboração do conhecimento é mediada
pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas em sala de aula, ou fora dela,
individualmente ou em grupo.
Portanto, se considerarmos que são essas as competências a serem
alcançadas ao longo dos três anos de curso, não mais poderemos pensar, apenas, no
desenvolvimento da competência gramatical: torna-se imprescindível entender esse
componente como um entre os vários a serem dominados pelos estudantes. Afinal, para
poder comunicar-se numa língua qualquer não basta, unicamente, ser capaz de
compreender e de produzir enunciados gramaticalmente corretos. É preciso, também,
conhecer e empregar as formas de combinar esses enunciados num contexto específico
de maneira a que se produza a comunicação.
É preciso pensar-se o ensino e a avaliação da aprendizagem das línguas
estrangeiras modernas no ensino médio em termos de competências abrangentes e não
estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por
excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura,
suas tradições, seus conhecimentos. A visão de mundo de cada povo altera-se em função
de vários fatores e, consequentemente, a língua também sofre alterações para poder
expressar as novas formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância
conceber-se o ensino de um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real pois,
dessa forma, os diferentes elementos que a compõem estarão presentes, dando
amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo tempo em que os esteriótipos e os
preconceitos deixarão de ter lugar e, portanto, de figurar nas aulas.
Entender-se a comunicação como uma ferramenta imprescindível no mundo
moderno, com vistas à formação profissional, acadêmica ou pessoal, deve ser a grande
236
meta do ensino de línguas estrangeiras modernas no ensino médio.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED/DEM, 2006.
8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A posição que a língua Espanhola ocupa no mundo de hoje é de tal
importância que quem decidir ignorá-la não poderá fazê-lo sem correr o risco
de perder muitas oportunidades de cunho comercial, econômico, cultural,
acadêmico ou pessoal.
No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas
Estrangeiras Modernas (doravante LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica (doravante DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam que “as
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às
expectativas e demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas
gerações” (DCE, 2008 p. 38).
Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo modificações
significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos estudos
linguísticos no que diz respeito à aquisição de língua estrangeira (LE)”
(WOGINSKI, 2005, s/p).
A Resolução n 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,a importância
que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser
humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras
culturas (SUED/SEED, 2008).
O espanhol é de suma relevância para a comunidade mundial da
237
atualidade, não somente pelo fato de ser a língua mãe de mais de 332 milhões
de pessoas, pois é considerada a segunda língua mais usada no comércio
internacional, e a terceira língua internacional de política, diplomacia,
economia e cultura, depois do inglês e do francês. Realmente este é um idioma
muito popular com aproximadamente 100 milhões de pessoas falando
espanhol como segunda língua, sendo que nos Estados Unidos e Canadá, esta
é a língua estrangeira mais popular e, portanto, a mais ensinadas nas
universidades e nas escolas primárias e secundárias. Assim, devemos estar
atentos, visto que o EUA é o maior mercado econômico do mundo, com
aproximadamente 13% da população falando espanhol como primeira língua.
Esse grande número de falantes, representa um gigantesco mercado de
consumidores, com um poder aquisitivo de mais 220 bilhões de dólares, de
forma que para (BARROS, 1999), não há como mudarmos essa realidade, mas
sim buscarmos nos inteirar a estes contextos para que também possamos
fazer parte desse mundo globalizado, visto que, este é um pré-requisito crucial
no desenvolvimento humano. O ensino de LEM, se justifica com prioridade,
pelo objetivo de desenvolver a competência comunicativa (linguística, textual,
discursiva e sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser entendido
como a progressiva capacidade de realizar a adequação do ato verbal às
situações de comunicação. Nessa perspectiva, a Proposta Curricular de Língua
Espanhola, dessa instituição, busca obedecer às necessidades político-culturais
que favorecem o ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira Moderna,
como forma ampliadora do universo cultural dos educandos. É também, um
meio de aprender a respeitar as diferenças individuais e coletivas mediante o
conhecimento de outras culturas e crenças.
A partir deste ponto de vista, o ensino de uma Língua
Estrangeira Moderna é bem mais que o oferecimento de um simples
instrumento de interação social, mas uma das portas que permitirá ao aluno
modificar seu ambiente perante a sociedade e desempenhar-se efetivamente
como cidadão, reafirmando, assim, sua identidade sócio-cultural.
Em suma, essa proposta de ensino, almeja com as aulas de
espanhol não só um mero exercício intelectual com memorização de um
238
repertório de vocábulos ou de um conjunto de estruturas linguísticas e, sim,
uma experiência de vida que amplie as possibilidades de interação discursiva
no mundo e com o mundo..
O objetivo principal no ensino da Língua Espanhola é que os
alunos alcancem a competência comunicativa: linguística, textual, discursiva e
sócio-cultural, propiciando assim, seu avanço como ser social.
Se a comunicação sempre ocorre por meio de textos, pode-se dizer que o
objetivo do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de
produzir e compreender textos nas mais diversas situações de comunicação.
Contudo,um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que
os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão
aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem
ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.
Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa
e complexa através do comprometimento mútuo (DCE, 2008,p. 57)
Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e expressão
oral tem no ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a
possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da
gramática e dos elementos culturais.
Também explorar-se-á a habilidade de compreensão leitora visando a
interpretação, a compreensão, a leitura e a produção (oral, escrita e visual) de
diferentes gêneros textuais.
O ensino das línguas estrangeiras modernas só começou ser valorizado
após a chegada da família real portuguesa ao Brasil. As primeiras línguas
implantadas foram o francês, como principal língua, o inglês e,
gradativamente, foram adotados o alemão e o italiano. Com o decorrer do
tempo e devido a uma série de fatores que marcaram a história da Europa o
Brasil recebeu um grande número de imigrantes europeus que vieram em
239
busca de uma vida melhor. Foram formadas várias colônias de imigrantes por
toda a extensão brasileira para tentar cultivar e preservar sua cultura;
organizavam-se para construir e manter escolas para seus filhos e tratavam a
língua portuguesa como língua estrangeira e a língua do país de origem com
língua mãe.
A língua espanhola só foi introduzida nas escolas na década de 1940 com
o objetivo de oportunizar ao educando o conhecimento desta civilização
estrangeira que era tida, pelo governo, como um modelo de patriotismo a ser
seguido, pois os espanhóis respeitavam e valorizavam suas culturas e histórias.
Assim o espanhol começou a substituir o alemão, o japonês e o italiano, mas
sem ocupar o espaço já conquistado pela língua inglesa devido a sua
importância em transações comerciais e pelo francês pela sua tradição
curricular no ensino médio.
Após a segunda guerra mundial a língua inglesa ganhou mais espaço no
currículo devido à necessidade que todos tinham de aprendê- la.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 4.024,
em 1961, o ensino de línguas estrangeiras passa a ser facultativo, voltando a
ser obrigatório somente em 1976, mas apenas no 2° grau sendo recomendado
ao 1° grau desde que favorável às condições da escola.
Outro ponto importante no ensino das línguas foi à implantação de uma única
língua no currículo das escolas, fator pelo qual foi criado no estado do Paraná o
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM em 15 de agosto de 1986,
que consiste em aulas ministradas no contra- turno, de forma a garantir o
aprendizado de línguas.
A língua espanhola só conseguiu garantir espaço dentro do currículo com a Lei
11.161, de 5 de agosto de 2005, a qual decreta obrigatoriedade de sua oferta
nos estabelecimentos de Ensino Médio.
A criação desta lei ocorreu devido ao MERCOSUL e interesses comerciais
240
brasileiros com países de língua espanhola. Devido às exigências cada vez
maiores no mercado de trabalho já não basta ter um conhecimento básico e
falar portunhol para ser compreendido, mas exige-se um conhecimento mais
formal para que não sejam cometidos erros desagradáveis em determinadas
situações.
O fato do espanhol e o português serem línguas muito próximas torna-se fácil
compreendê-la, mas também fácil de cometer erros tanto de fala, escrita, ou
sentido. O estudo da língua espanhola não constitui apenas no ensino da
gramática, mas também no desenvolvimento das habilidades básicas:
oralidade, leitura, escrita.
CONTEÚDOS
1º ANO
Discurso como Prática Social
Conteúdos Básicos
Oralidade:
aspectos relevantes do texto oral;
intencionalidade dos textos;
adequação da linguagem oral em situações de comunicação conforme as
instâncias de uso da linguagem;
diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal
e informal;
variedades linguísticas.
A oralidade será trabalhada especificamente através de leitura, assunto do
texto, estética, Vozes, Polissemia, pronuncia, coesão, Ideologia Textual, Escrita,
Variantes linguísticas, Produção textual, Por quem foi feito, Para que, Publico
Alvo, Intencionalidade, Contexto Sócio e Cultural, Elementos Linguísticos,
241
morfologia, sintaxe, estrutura fonética, dramatização de diálogos.
Leitura:
compreensão do texto de maneira global e não fragmentado contato com
diversos gêneros textuais;
entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos
linguísticos/gramaticais do texto;
importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;
provocar leitura;
a abordagem histórica em relação aos textos literários.
A Leitura será trabalhada na forma de textos informativos, publicitários,
literários; diálogo, anúncios, reportagem, histórias em quadrinhos, música,
cinema, instrução de Jogos, manual de instruções, charges, bilhetes, Cartas,
Receitas, e-mail, Cartão Postal, torpedos, folders e outdoor. Contextualização,
identificação do tema, interpretação, utilização de gráficos.
Escrita:
trabalhar com o texto visando provocar reflexão, transformação;
adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;
exposição de ideias e utilizar recursos coesivos;
discussão e reestruturação do tema e reescrita textual.
produção textual (diálogo, reportagem, anúncio, história em quadrinhos,
bilhetes, cartas, receitas, gênero etc), coesão, estética, escrita, assunto
do texto, sintaxe, intencionalidade, morfologia e estrutura fonética.
adequação ao gênero clareza das ideias.
Análise Linguística:
242
coesão e coerência;
- Apresentações, cumprimentos e despedidas.
- O alfabeto.
- Verbos SER e ESTAR no presente do indicativo.
-Os dias da semana.
-O uso da letra B.
- Os artigos.
-Contrações.
-Verbo TER no presente do indicativo.
-Os meses do ano.
-Os dias do Mês.
-As quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.
-O uso da letra C.
-Verbos regulares terminados em AR no presente do indicativo.
-Verbos irregulares terminados em AR no presente do indicativo.
-O uso da letra D no final da palavra.
-Os adjetivos possessivos.
-Os adjetivos qualificativos.
-Verbos regulares terminados em ER no presente do indicativo.
-Verbos irregulares terminados em ER no presente do indicativo.
-As cores.
-O uso da letra H.
-Os números cardinais.
-O uso de “muito”
- O uso de advérbio.
-As letra G,Y e J
-Verbos regulares terminados em IR no presente do indicativo.
-Verbos irregulares terminados em IR no presente do indicativo.
-Os verbos reflexivos.
função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras
interrogativas, substantivos, preposições;
verbos, concordância verbal, nominal e outras categorias do texto;
243
pontuação e seus efeitos;
vocabulário.
Será trabalhada em estudos dos conhecimentos a partir do gênero selecionado
para a leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades
apresentadas pela turma, e leitura de textos diversos que permita ampliar o
domínio da língua.
2º ANO
Discurso como Prática Social
Conteúdos Básicos
Oralidade
aspectos relevantes do texto oral
intencionalidade do texto
adequação da linguagem oral em situações de comunicação conforme as
instâncias de uso da linguagem
diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal
e informal, variedades linguísticas
exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
A oralidade será trabalhada através de leitura do assunto do texto, estética,
Vozes, Polissemia, pronuncia, Coesão, Ideologia Textual, Escrita, Variantes
linguísticas, Produção textual, Por quem foi feito, Para que, Publico Alvo,
Intencionalidade, Contexto Sócio e Cultural, Elementos Linguísticos, morfologia,
sintaxe, estrutura Fonética, dramatização de diálogos, análise dos recursos
próprios da oralidade, seleção de discursos, entrevistas, cenas de desenhos e
reportagem.
244
Leitura:
compreensão do texto de maneira global e não fragmentada
contato com diversos gêneros textuais
entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos linguísticos
/gramaticais do texto
importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso
provocar leitura
abordagem histórica em relação aos textos literários
identificação do tema e do argumento principal
interpretação observando conteúdo veiculado à fonte, intencionalidade e
intertextualidade.
A Leitura será trabalhada na forma de textos informativos, publicitários,
literários; diálogo, anúncios, reportagem, histórias em quadrinhos, música,
cinema, instrução de Jogos, manual de instruções, charges, bilhetes, Cartas,
Receitas, e-mail, Cartão Postal, torpedos, folders e outdoor. Contextualização,
identificação do tema, interpretação, utilização de gráficos, análise de textos o
grau e complexidade dos mesmos, leitura de outros para comparação.
Escrita:
produção textual (diálogo, reportagem, anúncio, história em quadrinhos,
bilhetes, cartas, receitas, gênero etc)
coesão, estética, escrita
assunto do texto, sintaxe, intencionalidade, morfologia e estrutura
fonética
adequação ao gênero, elementos formais e marcadores linguísticos,
clareza das ideias.
245
A escrita será trabalhada com o texto visando provocar reflexão, discussão
sobre o tema a ser produzido, adequar o conhecimento adquirido à norma
padrão, exposição de ideias e utilizar recursos coesivos, discussão e
reestruturação do tema, reescrita, revisão textual.
Análise Linguística
coesão e coerência
função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras
interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, preposições
verbos, concordância verbal, nominal e outras categorias do texto
pontuação e seus efeitos
vocabulário
acentuação.
Será trabalhada em estudos dos conhecimentos a partir do gênero selecionado
para a leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades
apresentadas pela turma, e leitura de textos diversos que permita ampliar o
domínio da língua.
METODOLOGIA
A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol,
está pautada na seguinte afirmação de que, o trabalho com a Língua
Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas
sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as
línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar
modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63).
Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão atender as
necessidades do aluno enfatizando em demasia os aspectos e as experiências
cotidianas.
246
Logo, “o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto,
verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p. 63),
bem como afirma Marcuschi (2003, p. 22), de que “é impossível se comunicar
verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se
comunicar verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal
ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade de língua de estudo na
qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais) de fala e
escrita e a desempenhar funções lingüísticas a partir do uso de textos.
Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela apropriação dos,
vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do
gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência
e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p. 61).
O ensino de LEM deverá abordar também as questões relacionadas às
Literaturas de Línguas Estrangeiras, pois os textos literários são materiais
muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da língua, bem como estes
textos literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.
Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio literário,
observa que a literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a
apreciação do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já que
aquela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros e
dialetos variados, dentro de um marco social (MCKAY, 1982 apud WOGINSKI
(2004,s/ p.).
As DCE (2008, p. 67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos
alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os
textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado
contexto sociocultural.”
É fundamental que a aprendizagem de LEM – Espanhol - a partir dos gêneros
247
textuais se desenvolva em três etapas:
a) etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os conhecimentos prévios
do aluno, bem como discutir questões referentes à temática, construir
hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir do
texto, antes mesmo da leitura;
b) etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou desconsiderar as
hipóteses anteriormente apresentadas;
c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão de
leitura e expressão escrita, bem como “novas leituras” e atividades que
explorem a compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades
variadas, não necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.
Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o aspecto
cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de aquisição
de uma LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004, s/p),
“uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento
estéril e carente de significados.” Portanto, ensinar os elementos culturais que
regem uma língua e esses articulados aos próprios elementos linguísticos
dessa língua favorecem além da aquisição, também a aquisição do modo de
viver daqueles que a falam.
A metodologia adotada para cada Conteúdo Específico varia de acordo com a
série seguindo graus variados de compreensão, mais aprofundada na medida
em que as séries vão avançando, porém em todas as séries serão abordados
textos que remetam os alunos as três práticas discursivas em questão: leitura,
oralidade e escrita, nos quais serão introduzidos os temas dos desafios
educacionais contemporâneos; história e cultura afro, educação do campo,
violência e sexualidade.
248
AVALIAÇÃO
A avaliação do rendimento escolar será ampla e contínua no sentido de revelar
o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como,
de proceder à apuração para fins de aprovação:
a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências
educacionais vivenciadas;
b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das
dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.
Na apuração do rendimento escolar levar-se-á em conta as diversas formas de
avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das
dificuldades e de assessoramento da superação das mesmas e deverá
abranger:
Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referência aos conteúdos
básicos da disciplina de LEM - Espanhol;
Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma estândard
da língua de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das
variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua)
a partir dos conteúdos básicos da disciplina de LEM - Espanhol;
Atividades Avaliativas – trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos
individualmente e/ou em grupos como recurso para fixação dos
conteúdos básicos da disciplina de LEM - Espanhol;
Atividades Extraclasse – trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter
prático, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos
conteúdos básicos da disciplina der LEM - Espanhol, objetivando a
complementação dos estudos da língua-alvo e de acordo como o Plano
de Trabalho Docente.
249
Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das
atividades e das atividades extraclasse de cada trimestre, será atribuída uma
média trimestral e posteriormente, uma média anual a cada aluno.
Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008,6.11 A
avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) 6.16 Os alunos
do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas
letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vígula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008, p. 5)
Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,a seleção de
conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de
avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas
oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p. 33)
Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação
devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-
metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.
Na recuperação paralela, o professor vai rever e modificar as metodologias
utilizadas no desenvolvimento dos conteúdos, propondo atividades de
pesquisa, trabalhos individuais e em grupo, bem como debates, possibilitando
a apropriação desses conhecimentos.
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_________. Lingüística aplicada ao ensino de espanhol como língua estrangeira – a interlíngua – interface espanhol e inglês: um estudo de caso com falantes de língua portuguesa. In: Anais. V Encontro de Iniciação Científica e V Mostra de Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2005 p. 07.
_________. Conto Literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua
espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Científica e IV Mostra de Pós-Graduação.
Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória (PR): Meio
magnético (CD-ROOM), 2004 p. 05.
253
8.12 FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde que a filosofia foi encarada como disciplina curricular nos colégios (de
ensino fundamental e médio), o sentido da palavra filosofia tomou um outro caminho no
âmbito do conhecimento. O que antes eram visto como ferramenta auxiliar para o
aprendizado do aluno, hoje é obtida como princípio lógico da não contradição
(conhecimento).
O artigo 36 da LDB 9394/96 determina que ao final do ensino médio o
estudante deverá ―dominar os conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao
exercício da cidadania‖. Se considerarmos os últimos trinta anos, poderíamos pensar que
é um avanço importante porque a filosofia passou de disciplina obrigatória na década de
sessenta para figurar como coadjuvante em alguns poucos currículos posteriormente.
O caráter transversal dos conteúdos filosóficos aparece com bastante clareza
nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio
dos conhecimentos filosóficos sem a necessidade da implementação efetiva da disciplina
na grade curricular das escolas de nível médio.
Partindo deste princípio no século XVII, Kant afirma que não se deve a ensinar
filosofia, mais sim a filosofa. O que ele refere é que a disciplina tem que ter um senso
investigativo tanto pelo aluno quanto pelo professor. Por outro lado, o professor passa a
ser orientador do discurso: o que conduz a argumentação e não o senhor da
argumentação. Embora, este princípio já era usado pelas escolas Socráticas, tendo em
base a forma maiêutica de pensar.
(...) aprender a filosofar só pode ser feito estabelecendo um diálogo crítico com a filosofia. Do que resulta que se aprende a filosofar aprendendo filosofia de um modo crítico, quer dizer, que o desenvolvimento dos talentos filosóficos de cada um se realiza pondo-os à prova na atividade de compreender e criticar com a maior seriedade a filosofia do passado ou do presente (...). (OBIOLS, 2002, p. 77)
Kant não é um formalista que preconiza que se deve aprender um método no
vazio ou uma forma sem conteúdo; tampouco se segue que Kant tivesse avalizado a ideia
254
de que é necessário lançar-se a filosofar sem mais nem muito menos a ideia de que os
estudantes deveriam ser impulsionados a ‗pensar por si mesmos‘, sem necessidade de se
esforçar na compreensão crítica da filosofia, de seus conceitos, de seus problemas, de
suas teorias etc.
Entendemos, então, que não é possível desunir filosofia de filosofar, pois os
dois são uma mesma coisa. O filosofar é uma disciplina no pensamento que ao ser
operada vai produzindo filosofia e a filosofia é a própria matéria que gera o filosofar. São
indissociáveis. A matéria filosofia separada do ato de filosofar é matéria morta,
Na filosofia antiga o modo pelo qual Sócrates conduz a argumentação é o
mesmo pelo qual a filosofia deve ser encarada hoje. A forma dialética de pensar tanto
desenvolve a tese quanto conduz a síntese à outra tese.
A filosofia no ensino médio tem como objetivo levar ao aluno(a) uma auto
reflexão, para que ele extrair de sim mesmo os conceitos éticos, morais, políticos,
sociais... De um mundo real que esta além do mundo imaginário.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A filosofia tem como base o questionamento sobre o Ser e o Ente. O
conhecimento entre as partes é a reflexão filosófica extraído do aprendizado de cada
indivíduo.
Partindo deste princípio o aluno deverá ter em mente a noção de totalidade.
Portanto, a filosofia servirá de caminho para conduzir o conhecimento dentro da
diversidade social e cultural de cada indivíduo.
Logo a filosofia deverá ter como base conceitos e fundamentos teóricos e
práticos para dar embasamento a esse conhecimento.
OBJETIVOS GERAIS
A filosofia no Ensino Médio vê como princípio a motivação do aluno pelo
conhecimento dentro de uma estrutura democrática. A necessidade do aluno de abrir
novos horizontes no âmbito do conhecimento faz com que aconteça de maneira
independente, ou seja, em cada indivíduo um novo questionamento.
A visão filosófica que começa com o senso comum e se estende ao campo do
255
conhecimento científico, procura deixar ao leitor uma ponte que permite ser questionada.
Não importa que princípio da filosofia vá começar, seja da contradição ou dos
contraditórios, antiga ou contemporânea. O importante, que se faça no Ensino Médio o
questionamento dos ―porquês‖ das questões. Assim, a conclusão (síntese) de uma tese
levantada por um indivíduo, poderá se tornar e argumentação (tese) filosófica por outro
individuo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Mito e filosofia
Teoria do conhecimento
Ética
Filosofia política
Filosofia da ciência
Estética
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE:
Do mito a filosofia
O
nascimento da filosofia
F
ilosofia no senso comum
O
s Sofistas
A
arte da argumentação (os sofistas)
O
s pré-socráticos
M
ito e Filosofia
F
256
ilosofia antiga
A
vida cotidiana na Grécia
M
ito e a origem de todas as coisas
M
ito e razão filosófica
O
mito hoje
D
efinição sobre mito (hoje)
M
ito da caverna
D
as sombras ao logos
A
racionalização do mito
Do senso comum ao senso critico filosófico
A questão do conhecimento
Razão filosófica e razão cientifica
A ciência e o senso comum
O que é filosofia
A filosofia como exercício da ironia
A ironia na história da filosofia
A ironia moderna
Alienação e ironia
A ironia na musica
O problema do conhecimento
U
m problema chamado conhecimento
T
257
eoria e pratica
O
conhecimento como justificativa teórica
A
s fontes do conhecimento
P
latão e Protágoras: relativismo e racionalismo
F
ilosofia e a história
F
ilosofia e a matemática
A
s críticas de Aristóteles a Platão
A
lógica aristotélica
As Patrísticas
S
anto Agostinho
V
isão de Homem
O
conhecimento na Idade Média
D
uns scot
As Escolásticas
Santo Thomas de Aquino
O embate entre Fé X Razão
O Problema do Conhecimento
A Visão de Guilherme de Ockham sobre a liberdade
A Problematização da Razão na Idade Média
2ª SÉRIE:
258
Teoria do conhecimento (epistemologia)
P
latão e Aristóteles
A
lógica Aristotélica
D
escartes e a regra para bem conduzir a razão
D
escartes e o discurso do método
P
enso logo existo
H
ume e experiência no processo do conhecimento
K
ant e a critica da razão pura
A
critica da razão pura
K
ant e o iluminismo
Ética
Introdução à ética
Ética a Nicômaco
Ética e a felicidade
A polis e a felicidade
Como atingir a felicidade
Felicidade e virtude
Sênica e a felicidade
Amizade como questão para a ética
Amizade e justiça
Amizade é algo humano
O determinante da amizade
259
Amizade e sociedade
O homem: animal e racional
Discurso em torno da liberdade
Filosofia Política
Introdução à filosofia política
Platão
Aristóteles
Hobbes
Locke
Maquiavel
Voltaire
Rousseau
Marx
O progresso da ciência
F
ilosofia e a ciência
S
enso comum e a ciência
A
contribuição de Galileu
F
ilosofia da ciência
D
iferença entre ciência comum e ciência revolucionaria
O
pensamento empirista
O
pensamento iluminista
AVALIAÇÃO
260
As avaliações de filosofia terão como base a reflexão crítica. As práticas de
ensino e aprendizagem da disciplina trará ao aluno um novo leque de conhecimentos.
Essas práticas de avaliações devem ser realizadas através de filmes, escritas e
discursos. Partindo deste princípio, o aluno poderá obter um grau maior de conhecimento,
visando o melhor aprendizado dentro da disciplina de filosofia.
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1982.
MARIAS, J. História da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
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OS PRÉ-SOCRÁTICOS. Coleção Os Pensadores. vol. I. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
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DEFESA de Sócrates/Platão. Coleção Os Pensadores. vol. II. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
DIÁLOGOS/Platão. Coleção Os Pensadores. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
8.13 SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Sociologia no Brasil tem uma caminhada histórica centenária com
muitas lutas, com idas e vindas na matriz curricular do Ensino Médio, o que demonstra a
dificuldade em firmar-se como área do conhecimento fundamental para a formação
humana, como forma de interpretação da realidade e, em outros momentos, sua ligação a
interesses e vontades políticas.
A primeira iniciativa da implantação da disciplina nas escolas deu-se com o advento
da República sob a influência de Augusto Comte, considerado o fundador da ciência, o
qual usou o termo Sociologia para relacionar com a ciência da sociedade. Inicialmente a
disciplina estava vinculada a valores morais.
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais
261
que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta
encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a
clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da
modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das
questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade
científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. Nos
anos 30, com a criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola Livre e
Universidade de São Paulo houve o desenvolvimento da pesquisa sociológica dando um
caráter científico, abandonando a tradição ensaísta, o que possibilitou a formação de
quadros intelectuais para pensar o país e técnicos para dar suporte às políticas públicas.
Possibilitou, também, a formação de professores para o Ensino Médio, consolidando
dessa forma a Sociologia como disciplina.
No entanto, ela não se manteve no cenário educacional, porque esteve sujeita aos
interesses políticos, pois tratam de questões polêmicas como os processos econômico,
político e sócio-cultural.
Portanto, essa disciplina desde a sua sistematização tem contribuído para a
ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e
fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um
saber especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos
problemas da vida social.
Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão
das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se
estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, e as conseqüências dessas
relações para indivíduos e coletividades.
A Sociologia como saber científico firmou-se no contexto do desenvolvimento e
consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a especificidade de fazer parte e procurar
explicar a sociedade capitalista como forma de organização social. Essa explicação
sociológica da realidade não é linear, porque depende de posicionamentos políticos
diferentes, confirmando o princípio de que não existe neutralidade científica referente às
análises sociais.
Temos três grandes paradigmas fundantes no campo de conhecimento sociológico
representados por Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim, que apresentaram estudos
262
sobre a sociedade capitalista e o papel da educação inserida nesse contexto, sendo que
este último teve um papel importantíssimo, pois formulou as primeiras orientações para a
Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os
distinguem dos que são estudados pelas outras ciências.
Outros pensadores contemporâneos deram sua contribuição no que se refere à
fundamentação e concepção sociológicas – Antonio Gramsci, Pierre Bordieu, Florestan
Fernandes – cada uma com sua linha teórica concernentes ao contexto teórico.
Portanto, a Sociologia como disciplina escolar tem que destacar esses teóricos ao
tratar dos conteúdos pertinentes à disciplina fundamentando-se e sustentando-se em
teorias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com sua explicação, ressaltando
que a reflexão sobre a realidade vai além do senso comum, porque as questões
sociológicas são construídas em termos de explicação, pela mediação teórico-
metodológica de natureza própria, por ser um tipo de conhecimento sistematizado da
realidade social. Procurar analisar essas particularidades e ao mesmo tempo recusar
qualquer espécie de síntese teórica e encaminhamentos pedagógicos sem método ou
rigor.
A proposta das Diretrizes Curriculares é de uma Sociologia Crítica, caracterizada
pelo questionamento do real e do pensado e da relação entre ambos, questionamento
que vai além do que está dado como estabelecido e explicado, questionamento que
descortine as desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no movimento
histórico nos quais alunos e professores estão inseridos.
O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de
experiências e conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados,
a experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando
dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as
desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do
trabalho, as conflituosas relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural,
de gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir dialeticamente o
conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, uma vez que está imerso numa
prática social, num outro nível de compreensão: da consciência das determinações
históricas nas quais ele existe e, mais do que isso, da capacidade de intervenção e
transformação dessa prática social. É o desenvolvimento, através da apreensão e
263
compreensão crítica do saber sistematizado, da trama das relações sociais da classe,
gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.São
entendidas como campos do conhecimento e se identificam pelos respectivos conteúdos
e por seus quadros teóricos conceituais. Considerando esse constructo teórico, as
disciplinas são o pressuposto para a interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as
relações interdisciplinares se estabelecem quando:
conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e
auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;
ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros
conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui
disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a
questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de
contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória de uma estratégia
de afirmação quando o quadro social e político do país era adverso, apontam Vianna,
Carvalho e Melo (1995). A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de
democracia para uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso
não foram decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos
anos trinta e a dos anos sessenta. abordagem mais abrangente desse objeto.
Sociologia moderna coube debruçar-se sobre todos os agentes sociais que
provocam profundas modificações na sociedade. Assim foi consolidando o seu papel, a
medida que definiu sua forma de pesquisa, análise e interpretação dos fenômenos
sociais.
OBJETIVOS GERAIS
Operacionalizar meios que levem o aluno a desenvolver um espírito crítico face aos
fenômenos sociais, proporcionando-lhe uma cosmovisão capacitadora para
questionar mudanças na sociedade.
Fornecer ao aluno elementos necessários para a formação de um cidadão
consciente de sua realidade social, econômica, política, de suas potencialidades,
capaz de agir e reagir à essas mesma realidade.
264
Despertar o interesse e a curiosidade do aluno pela análise objetiva da sociedade
que o cerca e despertar o sentimento de cidadania.
Proporcionar reflexão sobre as relações de poder e ampliar a noção política,
enquanto processo de tomada de decisões que afetam a coletividade.
CONTEÚDOS
• O processo de socialização e as instituições sociais;
• Cultura e indústria cultural;
• Trabalho, produção e classes sociais;
• Poder, política e ideologia;
• Direitos, cidadania e movimentos sociais.
METODOLOGIA
Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que se tenha a clareza
da necessidade do redimensionamento de aspectos da realidade para uma análise
didática e crítica das problemáticas sociais.
Serão utilizados vários instrumentos metodológicos para desenvolver esses
conteúdos como a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos
textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo, todos
em busca da formação do ser crítico com conteúdos sempre problematizados com a
realidade do aluno, enfatizando assuntos do seu conhecimento.
Inicialmente será feita a introdução contextualizada com a construção da Sociologia
e das teorias sociológicas fundamentais fazendo a relação do passado com a atualidade
numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias
possibilidades de explicação sociológica feita nos recortes dos conteúdos específicos.
Na medida do possível levar-se-á em consideração as peculiaridades da região em
que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que os conteúdos e a
metodologia utilizada possa responder a necessidades desse grupo social, colocando-o
como sujeito de seu aprendizado e que a todo momento é instigado a fazer relações da
teoria com o vivido, rever conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes.
265
Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de conceitos sobre a
construção do conhecimento sociológico vários instrumentos metodológicos estão
disponíveis para auxiliar a prática pedagógica como a leitura e interpretação de gráficos,
confecção de tabelas, filmes adequados a faixa etária e o repertório cultural do aluno,
relacionado ao conteúdo; discussão e articulação das temáticas contempladas com a
teoria sociológica; produção de texto; análise e discussão de textos literários e letra de
músicas e debates. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão
das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para
que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,
da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
estão inseridos. Nesse procedimento metodológico estão embutidas como premissas: a
realidade social é composta por uma regularidade de acontecimentos que podem ser
observados, explicados e classificados pelo cientista; a ciência constitui uma
representação teórica dessa realidade; o sujeito cognoscente deve manter- se neutro no
processo de conhecimento; a meta do conhecimento é atingir a objetividade científica, ou
seja, uma ciência livre de pressuposições, de ideologias; a Sociologia dispõe de caráter
normativo, capaz de ordenar a realidade social, seja estabelecendo uma taxonomia
científica dos fatos, seja pela possibilidade de prevê-los.
AVALIAÇÃO
Os estudos dos conteúdos de Sociologia passam obrigatoriamente por avaliações
a fim de acompanhar os avanços dos alunos em relação ao que foi trabalhado, portanto o
professor poderá fazer avaliações através de produções de texto ou filmes onde poderá
perceber a capacidade de articulação entre teoria e prática, síntese de temas referentes
ao conteúdo para ver o que o aluno interpretou como importante, debates para avaliar a
reflexão crítica, análise de coletânea de dados, trabalhos individuais e em grupo, testes
escritos, trabalhos em confecção de cartazes. Para concretizar esse objetivo, a avaliação
escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do
passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica,
em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da
escola. O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como
266
instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na prática
de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação
formativa,conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios básicos: a) a
apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a
capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na
exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os
problemas sociais.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os
textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha
como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no
sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,
expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.
REFERÊNCIAS
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discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
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fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Sociologia do
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IX PROGRAMA VIVA ESCOLA/ MAIS EDUCAÇÃO
9.1 ATIVIDADE: dança moderna
268
9.2 NÚCLEO DE CONHECIMENTO: expressivo-corporal
9.3 JUSTIFICATIVA:
Da pré-história aos nossos dias,a dança sempre foi uma das manifestações
que melhor expressou a vitalidade do ser humano.
A Dança Moderna tem por princípio básico proporcionar aos bailarinos a
possibilidade da descoberta de novas formas,de estimular sua criatividade e
liberdade,propiciando uma expressão dentro do estilo de cada um. A Dança Moderna não
surgiu por acidente,mas sim da necessidade de certos bailarinos,de criar frases de
movimento que traduzissem o interior do executante. É o estudo de uma técnica de dança
executada com os pés descalços. Sem dúvida a dança,entre as atividades físicas,é das
que mais acentuadamente concorrem para o aperfeiçoamento integral do ser
humano,uma vez que influi em múltiplos aspectos das formas e do ajustamento humano.
Além da educação do movimento,atua na educação musical,educação rítmica, educação
estética,educação moral,contribuindo para o equilíbrio psicossocial do praticante. Tais
como: valor físico;mental;moral;social;cultural;recreativo;terapêutico.
9.4 OBJETIVOS DAS ATIVIDADES
Adquirir conhecimentos teóricos da dança moderna(história da
dança,teoria da dança);
Trabalhar a improvisação coreográfica dentro da dança moderna;
Conhecer e vivenciar as diferentes passos, ritmos, posturas, formas,
deslocamentos e outros elementos que identificam as diferentes danças;
Criar composições coreográficas para apresentações e festivais;
Obter melhoras nos aspectos físicos,mental,social,cultural,recreativo e
terapêutico do aluno;
9.5 CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Dar prioridade aos alunos que enfrentam desafios biopsicossociais; aqueles
cujos o tempo ocioso de contra turno pode ser preenchido com as atividades de
dança;alunos com problemas de violência doméstica; aqueles que foram encaminhados
para o conselho tutelar por falta de acompanhamento dos pais e alunos com
comportamento agressivo.
269
X REFERÊNCIAS
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