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COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS- PARANÁ
________________________________________________________________________
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não
tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se
pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se
advinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida. (Paulo Freire)
julho de 2012
2
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO 007
2. IDENTIFICAÇÃO 008
2.1 Localização e Diagnóstico da Comunidade 008
2.2 Histórico 008
2.3. Filosofia da Escola 010
2.4. Funcionamento 011
2.4.1. Horário de Funcionamento 011
2.5. Quadro Geral 012
2.6. Ensino Fundamental Manhã/Tarde 012
2.7. Ensino Médio Noite 012
2.8. Recursos 013
2.8.1. Recursos Humanos 013
2.8.1.1. Quadro Demonstrativo 014
2.8.2. Condições Físicas e Materiais 016
3. OBJETIVOS GERAIS 017
4. MARCO SITUACIONAL 018
4.1. Alunado 020
5. MARCO CONCEITUAL 021
5.1. Sociedade 021
5.2. Homem 021
5.3. Educação 022
5.4. Cidadania 022
5.5. Tecnologia 023
5.6. Ciências 023
5.7. Cultura e trabalho 024
5.8. Currículo 025
5.9. Conhecimento 026
5.10. Escola 027
5.11. Avaliação 029
3
5.12. Alfabetização e Letramento 028
5.13. Concepções de Infância e Adolescência 030
5.14. Ensino e Aprendizagem 031
5.15. Gestão Democrática e Ação Colegiada 033
5.16. Educação Inclusiva 034
5.17. Educação do Campo 035
5.18. História e Cultura Afro Brasileira 036
6. MARCO OPERACIONAL 036
6.1. Resultado Final de 2010 037
6.2. Relação de trabalho na escola 038
6.3. Segurança 038
6.4. Projetos e Metas 039
6.5. Organização do espaço e tempo escolar 041
6.6. Plano de Ação – Direção 042
6.6.1. Fundamentação 042
6.6.2. Objetivos Gerais 042
6.6.3. Plano de Ação e Metas 043
6.6.4. Projetos, Atividades Culturais, Sociais e Cívicas 043
6.6.5. Metas na parte física 043
6.6.6. Cronograma 044
6.6.7. Avaliação do Plano de Ação 044
6.7. Plano de Ação - Equipe Pedagógica 2011 045
6.8. Plano de Ação – Funcionários 2011 047
6.9. Formação continuada dos profissionais da Educação 048
6.10. Associação de Pais, Mestres e Funcionários – A.P.M.F. 049
6.10.1. Diretoria Fiscal 050
6.10.1.1. Presidente 050
6.10.1.2. Vice Presidente 050
6.10.1.3. 1º Tesoureiro 050
6.10.1.4. 2º Tesoureiro 050
6.10.1.5. 1º Secretário 050
6.10.1.6. 2º Secretário 050
4
6.10.2. Conselho Deliberativo Fiscal 050
6.10.2.1. Representante dos Professores 050
6.10.2.2. Representante dos Funcionários 050
6.10.2.3. Representante dos Pais 050
6.11. Conselho Escolar 051
6.11.1. Composição 051
6.11.1.1. Presidente 051
6.11.1.2. Vice Presidente 051
6.11.1.3. Representante da Equipe Pedagógica 051
6.11.1.4. Repres. do Agente Educacional I 051
6.11.1.5. Repres. do Agente Educacional II 052
6.11.1.7. Rep. Docente 052
6.11.1.6. Repres. dos Pais 052
6.11.1.8. Repres. da APMF 052
6.11.1.8. Repres. dos Alunos 052
6.11.1.9. Repres. do Seguimento da Sociedade 052
6.12. Conselho de Classe 052
6.13. Grêmio Estudantil 052
6.14. Avaliação 053
6.15. Avaliação Institucional 055
6.16. Referências 056
7. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
E ENSINO MÉDIO 057
7.1. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL 058
7.1.1. Artes 059
7.1.2. Ciências 071
7.1.3. Educação Física 079
7.1.4. Ensino Religioso 089
7.1.5. Geografia 096
7.1.5.1. Ensino Fundamental
7.1.5.2. Ensino Médio
5
7.1.6. História 111
7.1.7. L.E.M. Inglês 123
7.1.8. Língua Portuguesa 153
7.1.8.1. Ensino Fundamental
7.1.8.2. Ensino Médio
7.1.9. Matemática 171
7.1.9.1. Ensino Fundamental
7.1.9.2. Ensino Médio
8. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE ATIVIDADE
COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO 182
8.1. PROPOSTA CURRICULAR DO PROGRAMA DE ATIVIDADE
COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO 183
8.1.1.2. Voleibol, Tênis de Mesa, Xadrez
8.1.1.3. Futsal
9. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ENSINO MÉDIO 189
10. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 190
10.1. Arte 191
10.2. Biologia 200
10.3. Educação Física 210
10.4. Filosofia 219
10.5. Física 228
10.6. História 236
10.7. L.E.M. – Espanhol 246
10.8. L.E.M. Inglês 261
10.9. Sociologia 275
10.10. Química 285
11. ANEXO I 289
14.1. MATRIZ CURRICULAR
12.1.2. Ensino Fundamental e Médio
12. ANEXO II 294
12.1. ADENDO REGIMENTAL
6
12.1.2. L.E.M – Celem
13. ANEXO III 300
13.1. ADENDO REGIMENTAL
13.1.2. Oferta do Ensino Fundamental de 9 anos
14. ANEXO IV 14.1. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 304
7
1. APRESENTAÇÃO
Educação é a base e exerce um papel fundamental na formação dos sujeitos e
conseqüentemente na transformação da sociedade. Trata-se de pensar no aluno como
sujeito historicamente construído capaz de transformar a realidade em seu entorno, nesse
sentido a Educação sistematizada tem como objetivo principal dar condições a esse
sujeito ter ciência de seu papel social, desenvolva senso crítico e seja capaz de realmente
exercer seu direito à cidadania e a transformar sua realidade.
Para tanto, se faz necessário pensar a Educação como prática democrática e
formadora de senso crítico, pensando no aluno como ser inserido na sociedade,
construído historicamente permeado pela ideologia dominante e transformador de sua
realidade. Faz-se necessário um levantamento da realidade do alunado atendida pela
escola, a maneira como a comunidade vê a mesma e a utiliza, não somente como
instituição que educa seus filhos, mas como uma instituição de referência à família, ao
mundo do trabalho e até mesmo atendendo a programas assistenciais.
A partir dessas questões, tem–se o cuidado de elaborar planejamentos, conteúdos
e prática educativa, levando em conta a historicidade, cultura, sociedade da realidade da
escola e do aluno, sempre buscando conteúdos contemporâneos que sejam inerentes e
significativos para o aluno.
O Projeto Político Pedagógico, aqui apresentado é portanto um documento
construído coletivamente, que buscou ouvir todos os sujeitos envolvidos direta e
indiretamente com a escola e a comunidade de seu entorno. Não é um documento
acabado, visto que a prática educacional, política e filosofias que o permeiam levam em
conta o constante movimento de fatos e prática modificadora e formadora de opinião, se
faz necessário para tanto um documento que possa atender a mudanças e especificidades
do aluno, atendendo inclusive demandas de alunos com necessidades especiais
cumprindo práticas inclusivas das políticas atuais.
A escola, com sua função precípua que é ensinar, dar acesso ao conhecimento,
assegurando uma formação básica ao cidadão, se utiliza das Diretrizes Curriculares
Estaduais, que fundamentam o trabalho pedagógico.
Sendo o aluno, o centro de todo o processo educativo, este PPP foi construído
coletivamente observando as especificidades da comunidade atendida.
8
2. IDENTIFICAÇÃO
2.1. LOCALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE
O Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha-Ensino Fundamental e Médio
situada à Rua Macuru nº 470, localiza-se no Conjunto Habitacional Flamingos, na zona
industrial do município de Arapongas, paralela a BR 369, com distância aproximada de
(05) quilômetros em relação `a zona urbana central, conta atualmente com o Curso de
Ensino Fundamental –Regular 5ª a 8ª séries, com 14 (quatorze) turmas e Ensino Médio
Regular com 07 turmas.
A partir do ano de 2012 o Ensino Fundamental Regular que ofertará do 6º ao 9º
ano, 14 turmas nos períodos da manhã e tarde, conforme a instrução nº. 008/2011-
SUED/SEED, que implanta a oferta do Ensino Fundamental de 9 anos.
O Colégio funciona nos períodos: manhã, tarde e noite. Foi criado pela
Resolução nº 208/97, D.O.E. de 20/02/97, pertencente a Administração Estadual e
funciona em prédio próprio, construído pela Fundepar, numa área de 3.600 m2
.
Resolução nº 1414/2000-D.O.E. de 22/05/2000 o Reconhecimento do
Estabelecimento e do Ensino Fundamental de 5ª a 8ªséries, da Escola Estadual Profª
Nadir Mendes Montanha- Ensino Fundamental.
Resolução nº 1441/2000- D.O.E. de 19/05/2000 a Autorização de
Funcionamento do Ensino Médio e mudança de nomenclatura para Colégio Estadual
Profª Nadir Mendes Montanha-Ensino Fundamental e Médio.
Resolução nº 3721/02 – D.O.E de 11/11/2002 – Reconhecimento do Ensino
Médio.
Resolução nº 1513/05 - D.O.E. de 07/07/2005 – Reconhecimento do Ensino
Fundamental.
A comunidade escolar do Ensino Fundamental e Médio, na faixa de 10 a 20
anos, oriunda dos núcleos habitacionais: Conjunto Habitacional Flamingos, Del Condor,
Flamingos III, Nossa Senhora das Graças, Ilha Bela, Andorinhas, Águias, Jardim San
Raphael, Jardim San Raphael II, Jardim San Raphael III, Jardim Novo Flamingos,
Jardim Monte Carlo, Jardim São Carlos, Jardim São Carlos II da zona rural, é
constituída por famílias em média de 02 a 04 filhos. O nível sócio- econômico de 03 a 06
salários, sendo a fonte de renda proveniente do trabalho assalariado das
indústrias ( industriário) com as seguintes profissões: operário, motorista, marceneiro,
vendedor, operador de máquinas, mecânico, costureira industrial, domésticas, de
pequenos comerciantes e outros. Possuímos também alunos com problemas de saúde,
temporário e definitivo, gestantes, alunos prestando serviço militar e com necessidades
especiais que recebem atendimento diferenciado conforme legislativo vigente.
2.2. HISTÓRICO
O Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha-Ensino Fundamental e
Médio teve sua origem como Escola Estadual do Conjunto Habitacional Flamingos-
Ensino de 1º Grau, sito `a Rua Macuru nº 470 – Conjunto Habitacional Flamingos,
Arapongas- Paraná, localizado na periferia da cidade, na zona industrial de Arapongas-
foi criada pela Resolução nº 3.803/82 de 30/12/82, pertencente a Administração
Estadual e funciona em prédio próprio construído pela FUNDEPAR numa área de 3.000
9
m2, terreno doado pela Prefeitura Municipal com o objetivo de atender inicialmente a
comunidade local num total aproximado de 400 casas do Conjunto Habitacional
Flamingos.
Em 1983, iniciou suas atividades com duas dependências administrativas,
cozinha, dois sanitários, e quatro salas de aula funcionando em dois turnos com 250
alunos de 1ª a 4ª séries, tendo como diretora a Professora, Maria Creuza Vicentino,
funcionando em convênio com a Prefeitura Municipal de Arapongas durante o período de
dois anos, estando sob administração municipal.
Com a Resolução nº 1057 de 17/03/86, sob nova administração estadual
assumiu a Direção a Professora Margarida Saeko Miyake Misse com seu corpo docente e
funcionários, continuando o atendimento com o Ensino de 1º Grau de 1ª a 4ª séries de
1º Grau.
Pela Resolução nº 817/89, a diretora foi reeleita ao cargo e com as Portarias nº
466/91 – 3805/93- 4566/95 e as Resoluções nº 4271/97- 001/01- 1415/01 e 3069/01
continuou na Direção até novembro de 2005.
Através da Resolução nº 5.726/93 de 21/10/93, a Escola Estadual do Conjunto
Habitacional Flamingos- Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Escola Estadual
Professora Nadir Mendes Montanha. A Professora Nadir Mendes Montanha, foi uma das
pioneiras no ensino municipal e, grande parte de sua vida foi dedicada a ensinar crianças
no início de suas vidas escolares, contribuindo significativamente em benefício e prol da
Educação.
Em decorrência da expansão demográfica repentina e em função do
crescimento dos núcleos habitacionais e não havendo oferta deste nível de Ensino,
necessário se fez a implantação do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries em função da
demanda.
Com a Resolução nº 208/97 de 20 de fevereiro de 1997, foi criada e autorizada o
funcionamento da Escola Estadual Professora Nadir Mendes Montanha –Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries, mantida pelo Governo do Estado do Paraná , em 2000,
com a Resolução nº 1441/2000 de 19 de maio de 2000, é autorizado o funcionamento do
Ensino Médio no Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha e posteriormente
o Reconhecimento do Curso pela Resolução nº 3721/02 de 11/11/02.
Portanto, com a Implantação do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e o Ensino
Médio, a administração, em parceria com a A.P.M. tem executado melhorias na estrutura
física e materiais como: ampliação de 03 salas de aula, laboratório de Ciências,
iluminação do pátio externo, acervo bibliográfico, construção da cozinha e construção da
Quadra Poli esportiva no terreno de 600 m² anexo a escola no terreno doado pela
Prefeitura Municipal e o Reconhecimento de Curso e do Estabelecimento através da
Resolução nº 1414/2000 de 22/05/2000 com o objetivo de proporcionar condições
necessárias para atender a atual demanda dos 15 núcleos habitacionais e população
estimada em 20.000 habitantes.
No ano de 2003, foram inauguradas mais 02 salas de aulas e a “quadra
poliesportiva”, sendo esta, construída com os recursos da APMF e parceria com a
prefeitura.
Em 2005 foi realizada a cobertura do pátio da cantina, com 41,89 m2.
Em 2006, com resolução nº.058/06 DOE 16/01/2006, assume a direção a
Profª.Luciene Ricoldi e como Diretora Auxiliar Profª. Tânia Cristina Cruz.
No ano de 2006, o Colégio recebeu o Paraná Digital, contendo 24 computares
para apoio pedagógico aos professores para melhor atender seu alunado.
10
Foram realizadas várias reforma tanto na parte física como pedagógica com o
intuito de atender a comunidade escolar.
Em 2009 através de nova eleição para diretores a comunidade, assume seu
segundo mandato a Diretora Luciene Ricoldi. Auxiliar Tânia Cristina da Cruz. Neste
segundo mandato além da manutenção do prédio escola, como grafiato, jardins,
construção de muros e passarelas , foram reformados o telhado da secretaria, forros
administrativos e salas de aulas, como forma de propiciar mais segurança aos alunos foi
instalado dez câmeras no pátio do colégio.
No ano de 2009 e 2010 atendemos entre outros programas o Viva Escola, que
por 2 anos foi um programa que deu um bom resultado no desempenho dos alunos, onde
a meta do IDEB estabelecida para 2009 era de 4,5 foi atingido 5,5, meta estabelecida para
2017, esta conquista fruto do comprometimento dos profissionais da educação que aqui
trabalham.
Em 2011 diante de várias conquistas pedagógicas foi proporcionado, atividades
em contra turno de Espanhol (CELEM), vôlei, tênis de mesa e xadrez (atividade
curricular complementar) e futsal (hora treinamento). Com relação a parte física foram
realizadas várias instalações tais como: porta de blindex na entrada do administrativo,
duas câmeras de monitoramento, lixeiras seletivas em salas de aula e pátio, nove
ventiladores distribuídos em salas de aula e laboratórios e placas indicativas.
O nosso trabalho é coletivo e em equipe, propiciando aos alunos o
conhecimento, formação crítica e uma visão de mundo.
2.3. FILOSOFIA DA ESCOLA
A escola está inserida em um contexto, onde o sujeito necessita ser participativo,
solidário, crítico e responsável por transformar a história ao seu entorno.
Nessa perspectiva entende-se a escola como o espaço de conquista da formação
do cidadão dotado de conhecimento, capaz de oferecer contribuição pessoal para a
sociedade em que vive. Esse cidadão deve compreender-se como ser pensante, reflexivo e
crítico, participativo de seus direitos e deveres políticos atuando ativamente na
construção de uma sociedade mais justa e humana.
O aluno deve perceber-se integrante desta sociedade interagindo como ser
transformador. Para tanto, a escola é o local onde o conhecimento formal possibilita
passagem do conhecimento empírico, para o conhecimento científico historicamente
construído, proporcionando domínio de diferentes fontes de informação e recursos
científicos tecnológicos.
A escola preocupa-se com o desenvolvimento da capacidade crítica de
compreensão da abrangência dos fatos e fenômenos e na medida do possível aborda os
conhecimentos de forma interdisciplinar em que se permite o desenvolvimento do
pensamento abstrato e da sistematização do conhecimento.
11
2.4. FUNCIONAMENTO
2.4.1. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Ano: 2011
Período Manhã 7h e 30min às 11h e 55min
Período Tarde 13h ás 17h e 25min
Período Noite 19h ás 23h
2011
2012
SÉRIE TURMA Nº ALUNOS
TURNO ANO TURMA Nº ALUNOS
TURNO
7ª “A” 34 MANHÃ 7º “A” - MANHÃ
7ª “B” 35 MANHÃ 8º “A” - MANHÃ
7ª “C” 33 MANHÃ 8º “B” - MANHÃ
8ª “A” 33 MANHÃ 9º “A” - MANHÃ
8ª “B” 35 MANHÃ 9º “B” - MANHÃ
8ª “C” 33 MANHÃ 9º “C” - MANHÃ
8ª “D” 36 MANHÃ 9º “D” - MANHÃ
5ª “A” 38 TARDE 6º “A” - TARDE
5ª “B” 37 TARDE 6º “B” - TARDE
5ª “C” 35 TARDE 6º “C” - TARDE
5ª “D” 37 TARDE 6º “D” - TARDE
6ª “A” 40 TARDE 7º “B” - TARDE
6ª “B” 40 TARDE 7º “C” - TARDE
7ª “D” 35 TARDE 7° “D” - TARDE
1º “A” 36 NOITE 1º “A” - NOITE
1º “B” 38 NOITE 1º “B” - NOITE
1º “C” 35 NOITE 1º “C” - NOITE
2º “A” 37 NOITE 2º “A” - NOITE
2º “B” 36 NOITE 2º “B” - NOITE
3º “A” 36 NOITE 3º “A” - NOITE
3º ”B” 34 NOITE 3º ”B” - NOITE
Espanhol Básico
(Celém)
“A” 24 TARDE - - - -
Atividade Compleme
ntar Curricular
“A”
20
TARDE - - - -
12
2.5. QUADRO GERAL
MANHÃ 239
TARDE
262
NOITE
253
TOTAL DE ALUNOS
754
TOTAL DE TURMAS
21
2.6. ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ E TARDE
O Ensino Fundamental Regular de 6º a 9º (nono ano), seriada, com duração de 4
(quatro) anos será ofertada:
carga horária total de 3200 horas, distribuídas em 800 horas anuais;
4 (quatro) horas diárias de efetiva atividade escolar;
módulos de 40 (quarenta) semanas anuais, totalizando 200 dias letivos;
Matriz Curricular composta da Base Nacional Comum e Parte Diversificada, de
acordo com a LDB Nº 9394/96.
2.7. ENSINO MÉDIO NOITE
O Ensino Médio Regular, por Série, com duração de 3 (três) anos será ofertado:
Carga horária total de 2400 horas, distribuídas em 800 horas anuais totalizando
200 dias letivos;
04 (quatro) horas diárias de efetiva atividade escolar;
Matriz Curricular composta da Base Nacional Comum e Parte Diversificada, de
acordo com a LDB Nº 9394/96.
13
2.8. RECURSOS
2.8.1. RECURSOS HUMANOS
A equipe escolar envolvida no processo administrativo- pedagógico que atende a
este Estabelecimento de Ensino é composto pelas funções:
Direção: 01
Direção Auxiliar: 01
Secretário: 01
Equipe Pedagógica: 04
Técnicos Administrativos: 06
Auxiliares de Serv. Gerais: 07
Docentes: 42
14
2.8.1.1. QUADRO DEMONSTRATIVO - RECURSOS HUMANOS
Nº. FUNCIONÁRIOS / PROFESSORES CARGO-FUNÇÃO
DISCIPLINA VÍNCULO
1 LAUDEMIR DE SOUZA Diretor QPM
2 TANIA CRISTINA DA CRUZ Diretora Auxiliar QPM
3 CARLOS CESAR TRISLCHTZ Secretário QFEB
4 CARLOS ALBERTO FERREIRA Agente Educacional II QFEB
5 CLEUZA APARECIDA PEREIRA DA SILVA Agente Educacional II QFEB
6 CLEIDE APARECIDA FERREIRA Agente Educacional II QFEB
7 ANIVA GRIZOSTE DE OLIVEIRA Agente Educacional I QFEB
8 EUNICE DOLORES DE OLIVEIRA Agente Educacional I QFEB
9 EUNICE DOS SANTOS Agente Educacional I QFEB
10 MARCIA LOBATO Agente Educacional I QFEB
11 MARLI GONÇALVES DE MATOS Agente Educacional I QFEB
12 PATRICIA MARA MAGALHÃES CARREIRA Agente Educacional II QFEB
13 ROSMARY APARECIDA LIMA DA SILVA Agente Educacional II QFEB
14 RUTE FONSECA DE LIMA Agente Educacional I QFEB
15 ZILDA PINETTI Agente Educacional I QFEB
16 CECILIA SANAE HIGACHI NISIOKA Pedagoga QPM
17 CLAUDILAINE TOMITÃO Pedagoga QPM
18 CLEIDE APARECIDA BASSO Pedagoga QPM
19 DENIZE PEREIRA Pedagoga REPR
20 MARIA ESTELA CARIGNATO Pedagoga PNI-54
21 SANDRA RIBEIRO ARRUDA Pedagoga QPM
22 AILA PRICILA RODRIGUES SALLA Língua Portuguesa REPR
23 ANGELA SANGUINO RAMÃO L.E.M. - Inglês QPM
24 ANGELICA CRISTINA A. DE OLIVEIRA Matemática QPM
25 CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ História REPR
26 CARLOS EDUARDO MARIANO DA SILVA Educação Física QPM
27 CLAUDETE SARGENTIN Matemática QPM
28 CLAUDIA BROETTI DOS SANTOS L.E.M. Inglês QPM
29 CLAUDIA REGINA CABRAL SPINATTO Arte QPM
30 DIEGO HENRIQUE ALEXANDRINO Ciências REPR
31 EDER JONAS PEREIRA DA SILVA L.E.M. Espanhol REPR
32 EDIMAR MONTEIRO COSTA História/Ens. Religioso REPR
33 FABIANA BOMBESSI Geografia QPM
34 IEDA SANTOS BORGES L.E.M. - Inglês SC02-75
35 IRENE GALUCH Física PN11-54
36 IRENE ROCHA Matemática PN12-66
37 IVANI MARIA DOS SANTOS Educação Física QPM
15
38 JANE JOSÉ DE SOUZA Língua Portuguesa QPM
39 JOCELISE MARTINS DA SILVA Ciências / Biologia QPM
40 KATIA ROSSETTI SUGIHARA Arte QPM
41 KEISA SILVA Química QPM
42 LEISE RUTH LIMA DE OLIVEIRA Arte QPM
43 LIDIA BENVINDO DOS SANTOS Língua Portuguesa QPM
44 LUCIA HELENA ALVES CASIMIRO Língua Portuguesa PNI1-54
45 LUCIANA TERESA QUINHONE Geografia QPM
46 LUCIENE RICOLDI História QPM
47 MANOEL SIMÕES NETO Filosofia SC02
48 MARCELO POCHWATKA Geografia REPR
49 MÁRCIO ROBERTO NOGUEIRA DINIZ Ensino Religioso REPR
50 MARIELE SANTOS DUARTE REPR
51 MARILDA GONÇALVES DE FREITAS Lin.Port./L.E.M-Inglês QPM
52 MARISA NOGAROTO Língua Portuguesa QPM
53 MARLENE DE MARQUIORI L.E.M. Inglês PNI1-54
54 PAULO GUILHERME DOS SANTOS Ciências / Matemática QPM
55 PAULO JOSÉ ZANETTI Sociologia SC02
56 RODRIGO DE ABREU Sociologia REPR
57 ROSELI APARECIDA VECCHIA Língua Portuguesa SC02
58 ROSIMAR LIMA Educação Física PN12-75
59 SANDRA REGINA LOURENÇO Matemática QPM
60 SEBASTIÃO PEREIRA DOS SANTOS Ciências QPM
61 SIMONE FORCATO Ciências REPR
62 SUZETE DA SILVA História REPR
63 VALÉRIA APARECIDA ORTIZ GIMENEZ História REPR
64 VÂNIA REGINA ZANETTI MANOSSO Língua Portuguesa SC02
16
2.8.2. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, oferta atualmente o
Ensino Fundamental Regular diurno de 5ª a 8ª séries, com 14 turmas e o Ensino Médio
Regular noturno com 07 turmas .
Na sua organização espacial, dispõe de 3.000 m2 dos quais 900 m
2 ocupada pelo
prédio escolar distribuída em 07 salas de aulas, administração, direção e secretaria, sala
da equipe pedagógica, biblioteca, laboratório, sala do professor, banheiros feminino e
masculino, cozinha, corredor interno e externo, pátio coberto e o restante da área
calçada e gramado com jardim. Atualmente, acrescida a área de 600 m2
com a doação
do terreno pela Prefeitura municipal, anexa ao estabelecimento, construída a quadra
poliesportiva.
A organização do espaço físico disponível compatibiliza-se com o número total
de alunos atendidos, proporcionando ambiente agradável e acolhedor. Porém, necessário
se faz um salão para fins de atendimento aos pais nas palestras, reuniões e demais
ocasiões em que a comunidade se faz presente uma vez que o espaço (sala de aula 48 m2)
é incompatível e inadequada para a ocasião. Necessário também se faz de área coberta
maior (atual com 36 m²) para atender os alunos no recreio prioritariamente em ter sua
merenda em local coberto, considerando os transtornos nos dias chuvosos.
Para o atendimento da demanda da comunidade local, o espaço físico é
insuficiente, porém o alunado presente atualmente com a capacidade de ocupação
estabelecida pela Secretaria Estadual da Educação, assim como as carteiras em cada sala
suficiente e distribuída adequadamente á sua capacidade. As salas de aula, arejadas, todas
com ventilação artificial no verão, devido ao número de alunos, com serviço de limpeza e
higiene constante e diário, mantendo-as num ambiente agradável, favorecendo ao
processo ensino/aprendizagem.
As demais dependências físicas, administrativas e outras, dispõem de materiais
básicos mínimos necessários e condizentes a cada espaço físico.
O espaço físico para recreação, pátio externo aberto, é gramado e calçado,
arborizado o suficiente como área de lazer e recreação aos alunos para o momento da
merenda e atividades extra-classe, disponibilizando também da Quadra Poliesportiva
descoberta para a recreação e, as aulas de Educação Física e demais atividades externas a
sala de aula.
A Biblioteca, não tem espaço próprio, é um espaço adaptado sem condições para
funcionamento pleno como sendo a Biblioteca local de extensão das atividades de sala de
aula, de alto índice de freqüência pelos alunos e comunidade, depara-se com a dificuldade
em oferecer melhor qualidade ao seu atendimento, devido à disponibilidade de espaço
físico.
O grande desafio do momento, para a gestão escolar, é a liberação da construção
de mais salas de aula e uma biblioteca conforme protocolo: 9.427.710-8 área coberta, e a
expectativa da cobertura da quadra esportiva. Atualmente a organização do espaço físico
distribui-se de forma a tornar o ambiente escolar agradável e acolhedor, porém com
pretensões futuras visando à educação de qualidade através do atendimento do espaço
físico condizente com a realidade do acréscimo da demanda atual.
17
3. OBJETIVOS GERAIS
Pautados na Lei Federal 9394/96, temos por finalidade o desenvolvimento do
educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores proporcionando a
formação básica do cidadão, que é objetivo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Amparados por essa Lei, traçamos coletivamente os objetivos a seguir:
Promover a interação escola/comunidade no processo educacional de eventos
diversificados, visando a participação dos pais e comunidade na gestão
democrática;
Estar, a equipe escolar, constantemente avaliando seu trabalho repensando e
refletindo no processo ensino/aprendizagem e no encaminhamento da escola
como um todo;
Repensar sobre o papel e a função da educação escolar e suas finalidades;
Respeitar a diversidade do alunado a ser atendido e buscar formas de acolhimento,
como vivem, o que pensam, sentem e fazem;
Exercer o convívio social no âmbito escolar, favorecendo a construção de uma
identidade pessoal;
Instrumentalizar os alunos através do conhecimento científico no mundo das
relações sociais e dos avanços tecnológicos (conhecimento científico)
Formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade;
Discutir e avaliar sobre a sistemática de planejamento, definindo metas a serem
atingidas, prevendo recursos necessários e disponíveis, definindo um
acompanhamento por meio de uma avaliação contínua e sistemática;
Discutir e implementar novos conteúdos, metodologias, organização no processo
de ensino e métodos de avaliação;
Utilizar metodologias capazes de priorizar as estratégias de verificação e
comprovação de hipóteses na construção do conhecimento;
Articular propostas com vistas a garantir a aprendizagem significativa pelos
alunos dos diferentes conteúdos selecionados, em função dos objetivos que se
pretende atingir;
Usar estratégias de atuação que garantam a participação dos alunos em diferentes
projetos a serem desenvolvidos, criando condições para que possam manifestar
suas preocupações, seus problemas e seus interesses;
Utilizar diferentes fontes de informação e recursos para adquirir e construir
conhecimento.
18
4. MARCO SITUACIONAL
A escola pública em nosso país responde pelo atendimento da grande maioria da
população em idade escolar.
Os estudos internacionais sobre qualidade de ensino apontam que, se deve dar
atenção ao composto da educação no Brasil. Embora o resultado do teste PISA/2010
(Programa Internacional de Avaliação de Alunos) demonstra evolução, continuamos a
ocupar as últimas posições no ranking mundial. A educação brasileira evoluiu 33 pontos
entre os exames do PISA/2000 e 2009 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos),
ocupando o 53º lugar no ranking geral num total de 65 países que fizeram o exame. A
UNESCO também aponta a necessidade de investimentos na educação brasileira, uma
vez que apresentam dados que destacam como a educação ajuda no combate à pobreza
capacitando as pessoas com conhecimento que precisam para construir um futuro melhor.
A taxa de analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, segundo pesquisa do
IBGE/PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), entre pessoas de 15 anos
ou mais, o índice ficou em 9,7% em 2009, e a meta é chegar a 6,7% em 2015. E o Estado
do Paraná se encontra na região com menor nível de analfabetismo (5,5%), mesmo assim,
é preciso assumir o compromisso com todo cidadão paranaense na busca da erradicação
do analfabetismo no estado.
Analisando os resultados do ENEN/2010 (Exame Nacional do Ensino Médio),
verificamos que ainda é preciso investir na melhoria da qualidade de ensino com
projetos, metodologias e capacitação dos profissionais da Educação, porém, há que se
considerar que a oferta do Ensino Médio em nossa escola é exclusivamente no período
noturno e que a grande maioria dos alunos estão inseridos no mercado de trabalho.
A partir das discussões, produzimos síntese coletiva analisando as principais
características e problemáticas da prática educativa atual e chegamos a algumas
conclusões quanto à escola que temos. Ao analisarmos novamente esses aspectos na
semana pedagógica em 2011, verificamos que não houve grandes alterações nas
conclusões, são elas:
Sociedade: A nossa sociedade caracterizada pelo capitalismo não é organizada de forma
justa, pois existe má distribuição de renda, portanto insuficiente para viver dignamente.
Escola: O espaço físico insuficiente, infra-estrutura inadequada, biblioteca com espaço
físico precário e sem acervo bibliográfico atualizado e insuficiente, materiais de
laboratório insuficiente, excesso de alunos por turma.
Alunos: Auxiliam na renda familiar de forma remunerada ou desempenhando uma
função doméstica, oriundos da classe operária. São unidos, vivem o hoje e alguns tem
pouco interesse em estudar
Professores: Com formação superior, sendo a maioria com pós-graduação, tem domínio
nas suas áreas de formação/ bom nível de formação, desenvolvem juntos projetos
especiais, conscientes que devem formar cidadãos críticos, alguns trabalham na linha
pedagógica tradicional com sobrecarga de trabalho para melhorar o salário.
Funcionários: A maioria dos nossos funcionários possui pós-graduação, outros são
acadêmicos, e todos participam da Formação continuada, curso pró-funcionário, grupos
de estudo com o coletivo da escola.
19
No ano de 2009 o Colégio ofertou Sala de Apoio à Aprendizagem de Matemática e
Língua Portuguesa com a finalidade de atender as defasagens de aprendizagem
apresentada pelos alunos de 5º série do ensino fundamental. As aulas aconteceram no
contra turno duas vezes por semana, com quatro aulas de Língua Portuguesa e quatro de
matemática por meio de atividades diferenciadas. Ao superar a defasagem e dominar
conteúdos nos quais o aluno tinha dificuldade, este recebeu dispensa da Sala de Apoio à
Aprendizagem e imediatamente foi substituído por outro aluno, havendo um maior
número de alunos sendo beneficiado pelo programa. Durante o ano, foram atendidos no
total, 26 alunos da disciplina de Língua Portuguesa e 22 alunos da disciplina de
Matemática, fazendo a rotatividade conforme a superação das dificuldades.
Nos anos de 2010 e 2011, foram pontuadas diversas situações a respeito da estrutura
física para funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem, e de forma consensual entre
direção, equipe pedagógica e professores, decidiram por não ofertar Sala de Apoio por
falta do espaço físico adequado para seu atendimento.
Ainda durante o ano de 2010, aconteceram vários projetos e atividades culturais
e cívicas. Em parceria com o Sesi e Senai na Indústria Itinerante foi proporcionado aos
alunos de 7º e 8º séries atividades de orientação profissional, valores, tecnologia,
empreendedorismo e bem estar, visando produzir ideias novas e conceitos que edifiquem
a formação dos adolescentes, que pelo processo de aprendizagem estabelece uma cultura
empreendedora e mais humanizada. Esse projeto tem sua continuidade em 2011
Em parceria com o Lions e Rotary, houve cerimonial para o Aluno Padrão do
Ensino Médio e Aluno Nota 10 do Ensino Fundamental, que foram destaque durante os
estudos nas respectivas modalidades de ensino. Salientamos que o destaque não se refere
a alunos com melhor nota, mas a alunos com maior dedicação nos estudos de forma geral,
não sendo privilegiado aluno com facilidade na aprendizagem, mas, aluno que se dedicou
cumprindo com suas responsabilidades nos estudos e frequência superando suas
dificuldades em razão de seu esforço.
A saída de campo, de confraternização entre alunos e professores ao Ody Park
aconteceu ao final do ano letivo de 2010 com alunos das 8º séries. Essa saída de campo
foi muito esperada, pois, é tradição do Colégio proporcionar esse momento agradável e
descontraído após um ano de estudos e dedicação.
A proposta Curricular Pedagógica: Atividade Complementar Curricular em
Contraturno está sendo oferecido aos alunos e membros da comunidade. O Programa
focando jogos de tabuleiro e tênis de mesa têm como objetivos, resgatar o aluno faltoso e
com baixo rendimento escolar, elevar a auto-estima, interação com a comunidade escolar,
desenvolver o raciocínio lógico, dentre outros. Este programa, em parceria com o Colégio
Universitário de Londrina, proporciona aos alunos um intercambio sobre o jogo de
xadrez.
Contemplando a Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, foram ministrados ao longo do
ano conteúdos referentes a cultura Afro e cultura Indígena incluindo aspectos da história
e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira no âmbito de todo
currículo escolar, sendo que nas disciplinas de História, Língua Portuguesa e Artes essa
temática assume caráter obrigatório, e terá sua continuidade nos anos seguintes.
Os conteúdos de História do Paraná, em atendimento ao Lei nº 13381/01, serão
trabalhados de forma interdisciplinar, objetivado a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
Em parceria com a UEM, o Colégio participou do PAS (Processo de Avaliação
Seriada). Nesse programa os alunos realizam provas com conteúdos específicos para cada
20
série do Ensino Médio, e participam do processo de seleção para ingresso na
universidade. Em 2009, o Colégio contou com a participação de vinte alunos, sendo que
dez foram classificados para a fase seguinte que aconteceu no ano de 2010, e estão
aguardando o resultado para a 3ª etapa que acontecerá em 2011.
O Colégio proporcionou a Saída de Campo com os alunos do Ensino Médio, que
fizeram uma excursão para Foz do Iguaçu. Este passeio tem seu ponto alto na visita as
Cataratas do Iguaçu, Parque das Aves e na Usina Hidroelétrica de Itaipu com a finalidade
levar o aluno a verificar concretamente as paisagens naturais que ainda existem em nosso
estado, e as paisagens modificadas pelo ser humano. O aluno é levado a refletir sobre as
causas, consequências e benefícios que tais modificações apresentam para a população, e
tirar sua própria conclusão sobre a validade dessas modificações. Nessa Saída de Campo,
os alunos perceberam a necessidade de estudar outras línguas, pois a comunicação na
fronteira se tornou difícil, visto que muitos alunos têm apenas uma base de Inglês e
Espanhol. No parque das aves, com o guia e com a professora de Biologia, foram sanadas
várias curiosidades entre as quais se observou a organização, a riqueza e a beleza da
fauna e da flora que possuímos no Brasil.
O Colégio desenvolve simulado com o material Eureka durante o ano letivo, em
todas as disciplinas, onde os professores procuram motivar os alunos colocando a
importância da participação no ENEM. O técnico administrativo, responsável pelo
Laboratório de Informática, em parceria com a direção e equipe pedagógica, auxilia os
alunos na inscrição do ENEM. No ano de 2009, não houve o resultado esperado,
entretanto, houve um esforço em conjunto entre professores, direção e equipe pedagógica
para superação das metas no ano de 2010. O resultado do ano de 2010 ainda não foi
disponibilizado, entretanto, o esforço em conjunto continua para que, as metas sejam
superadas independentemente de seu resultado.
4.1. ALUNADO
A comunidade escolar do Ensino Fundamental e Médio, na faixa de 10 a 20
anos, oriunda dos núcleos habitacionais: Conjunto Habitacional Flamingos, Del Condor,
Flamingos III, Nossa Senhora das Graças, Ilha Bela, Andorinhas, Águias, Jardim San
Raphael, Jardim San Raphael II, Jardim San Raphael III, Jardim Novo Flamingos,
Jardim Monte Carlo, Jardim São Carlos, Jardim São Carlos II da zona rural, é
constituída por famílias em média de 02 a 04 filhos. O nível sócio- econômico de 03 a 06
salários, sendo a fonte de renda proveniente do trabalho assalariado das indústrias (
industriário) com as seguintes profissões: operário, motorista, marceneiro, vendedor,
operador de máquinas, mecânico, costureira industrial, domésticas, de pequenos
comerciantes e outros. Possuímos também alunos com problemas de saúde, temporário e
definitivo, gestantes, alunos prestando serviço militar e com necessidades especiais que
recebem atendimento diferenciado conforme legislativo vigente.
21
5. MARCO CONCEITUAL
A educação é a base e exerce papel essencial no desenvolvimento das pessoas e
da sociedade. A escola busca um ensino de qualidade capaz de formar cidadãos que
interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas para que se integrem
ao mundo de trabalho. Trata-se de ter em vista a formação dos estudantes para o seu
desenvolvimento global, em função de novos saberes, que produzem e que demandam
um novo tipo de cidadão. Compreendemos a educação como um processo político-social,
que tem como objetivo formar homem como agente transformador da sociedade que seja
um elemento crítico e participativo para a construção de uma sociedade melhor,
consciente dos direitos e deveres adquiridos e através da prática social impulsionar o
exercício da cidadania.
Portanto, para analisar e propor novas atuações em educação é preciso
considerar aspectos sociais, políticos, antropológicos e psicológicos, considerando os
distintos aspectos que concorrem para a formação do aluno, e que, o processo de
escolarização pode passar de fato a colaborar para a atuação dos alunos, na construção de
uma sociedade democrática. É imprescindível conhecer melhor os alunos, elaborar novos
programas, redefinir objetivos, buscar conteúdos significativos e novas formas de avaliar
que resultem em propostas metodológicas inovadoras, adequadas e satisfatórias com
intuito de viabilizar a qualificação do ensino e aprendizagem dos alunos.
E para isso, cabe ao educador, enquanto sujeito da ação pedagógica, articular os
conteúdos e Temas Contemporâneos através da interdisciplinaridade, objetivando a
construção de um saber não fragmentado, possibilitando ao aluno uma relação com o
mundo e consigo mesmo, com personalidade própria e ao mesmo tempo coletivo,
solidário, tolerante e flexível frente à mudanças.
5.1. SOCIEDADE
Não é possível conceber uma ação educacional que queira se constituir como
alternativa do projeto hegemônico se ela não constitui em um projeto coordenado de
ação. E um projeto educacional tem que ter uma perspectiva política clara.
É preciso saber que impacto quer-se causar na sociedade com a ação educacional
que temos. Que tipo de pessoas, estamos formando? O que esperamos da nossa atuação
na sociedade? Alguns dirão que isto já é feito na maioria das escolas. Algumas escolas
têm, de fato, isso escrito em seus planos globais. O que importa, no entanto, é que
pouquíssimas escolas tratam de coordenar todas as suas ações educacionais na direção da
formação de um aluno com capacidade de analisar a sociedade em que vive e de
constituir novo conhecimento crítico.
5.2. HOMEM
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-se
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele
envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumular
experiência e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e
planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são
apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):
22
“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto,
em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é transformá-la
pelo trabalho”.
A base biológica do funcionamento psicológico é o cérebro, visto como órgão
principal da atividade mental. Este cérebro é um sistema aberto, de grande plasticidade,
que poderá ser moldado, ao longo do processo educativo. O desenvolvimento da
atividade mental se processará através da mediação dos seres humanos entre si e deles
com o mundo, com a utilização de instrumentos técnicos e sistemas de signos,
destacando-se entre eles a linguagem.
À escola, como instituição social de educação, compete propiciar meios para o
desenvolvimento intelectual do homem, na busca de sua autonomia e realização pessoal
em toda plenitude. Autonomia que conduz diretamente à cidadania. Autônomo não é o
indivíduo isolado. Autônomo é o sujeito ativo, sujeito de práxis. E uma sociedade
autônoma é uma sociedade auto controlada, auto dirigida, auto gestada, onde suas
instituições, como a escola, promovem e desenvolvem a autonomia individual.
Tendo em vista que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário
compreendê-lo em suas relações inerentes à natureza humana. O homem é, antes de tudo,
um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
5.3. EDUCAÇÃO
Ao longo do desenvolvimento da humanidade, o homem, diferente dos outros
animais necessita produzir continuadamente sua própria existência. Adapta a natureza,
fazendo transformações através de ações intencionais e planejadas. Destas, o homem
produz e transforma bens materiais e não materiais. Desenvolve e transforma conceitos,
valores e hábitos constituindo formas de desenvolvimento superiores que através da
prática criativa vão continuamente se integrando no presente.
A compreensão da natureza da educação permite situar a especificidade referida
aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores, hábitos, símbolos sob o aspecto de
elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo. O trabalho
educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente o conhecimento elaborado e
sistematizado produzido histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.
A escola é o espaço por excelência, entendido como via de acesso de
apropriação do saber sistematizado, o conhecimento que se firmou como fundamental e
essencial para que o cidadão compreenda o mundo e atue nele, sendo sujeito da história e
não, mero expectador.
A educação pensada desta forma assume uma dimensão formadora que oriente
as possibilidades do cidadão, proporcionando subsídios para que atue de forma crítica e
reflexiva no contexto histórico a qual está inserido.
5.4. CIDADANIA
“A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar
condições de consciência, de organização e elaboração de um projeto e de práticas no
sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador
de seu próprio destino” (Boff, 2000, p.51).
23
Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, ps3) diz”... a construção da
cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e
de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres”.
Podemos então dizer que o grande desafio histórico é dar condições ao povo
brasileiro de se tornar cidadãos conscientes, organizados e participativos do processo de
construção político-social e cultural.
A cidadania não se limita a uma palavra, idéia ou discurso, tão pouco está
distante da vida de cada pessoa. Ela está presente em todas as relações do homem, a
começar consigo mesmo, alcançando o outro e ampliando-se para o contexto social no
qual todos nós estamos inseridos.
Quando falamos em exercício da cidadania, apontamos para uma nova forma de
ver,ordenar e construir o mundo. Uma ação concreta e consciente tendo à frente os
princípios básicos dos direitos humanos, da responsabilidade pessoal e o compromisso
social na realização do destino coletivo.
A cidadania não se limita à reflexão intelectual. A ação cidadã se manifesta nas
pequenas tarefas cotidianas, abrangendo não apenas os direitos, mas também os deveres.
Na luta pela cidadania, a educação deve combater a dominação política e
cultural afirmando uma cultura popular que subverte o capitalismo, o machismo, o
racismo e outras formas autoritárias de poder no cotidiano, bem como avançar na luta
pela instituição de direitos legais de interesse popular ao mesmo tempo em que combate
as leis que defendem interesses das elites dominantes.
A educação é um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser
entendida coma concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na
sociedade.
5.5. TECNOLOGIA
Tecnologia é o conhecimento que permite alterar nossas relações com o
ambiente e com outros seres humanos.
As tecnologias da informação aceleram a produção do conhecimento científico
produzindo grandes transformações em diferentes campos da atividade humana. Nesse
contexto o conhecimento torna-se atividade chave na economia, acelerando o processo de
inovação técnica e de desenvolvimento econômico.
A utilização da tecnologia na sala de informática e TV Pendrive, TV Paulo
Freire atual momento deve estar direcionado, ao sistema educacional e a organização
escolar para realizar uma democratização plena da educação destinada à emancipação
humana dos cidadãos.
5.6. CIÊNCIAS
Escolher o seu candidato em uma urna eletrônica, enviar um fax de um
documento para algum órgão, telefonar de um celular e enviar mensagem na Internet,
esses são alguns exemplos de fatos que já fazem parte do cotidiano, e que muito têm
facilitado a vida do cidadão moderno.
Não só a era da comunicação, tem transformado a vida do cidadão, como muitas
outras revoluções tecnológicas que têm levado a uma crescente globalização como
também os meios de transporte diminuíram distâncias permitindo conferências para
24
decidir problemas mundiais. O desenvolvimento da medicina, da psicologia e da
educação tem proporcionado cada vez mais a participação na sociedade, de grupos antes
excluídos, como os deficientes físicos.
No entanto, vivemos em uma sociedade marcada pela supervalorização do
conhecimento científico e com a crescente intervenção da tecnologia no dia-a-dia, onde
recebemos informações controladas pela mídia por interesses econômicos e políticos que
têm nos limitado no que se refere à clareza dos direitos do cidadão e reduzindo a sua
participação em processos decisórios.
Nesse sentido, até que ponto a ciência tem servido, mais à escravidão do
cidadão, do que a garantia do seu exercício da cidadania? E até que ponto a educação tem
sido instrumento de dominação, ou instrumento de desenvolvimento das potencialidades
para o exercício consciente da cidadania? Qual a finalidade da ciência? A quem a ciência
tem servido atualmente? Para quem temos educado nossos alunos?
Discutir ciência e educação para a cidadania significa refletir sobre como elas
estão influenciando a vida do indivíduo e qual o papel social que lhes compete.
Dessa forma não é possível pensar na formação do cidadão à margem do saber
científico, há a necessidade de uma Proposta Pedagógica capaz de desvendar as
verdadeiras relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade.
Portanto, a escola tem a função social de garantir o acesso de todos os saberes
científicos, mostrando como o conhecimento colabora para a compreensão do mundo e
suas transformações e para reconhecer o ser humano como parte do Universo e como
indivíduo.
Nesta perspectiva a apropriação do conhecimento científico deve contribuir para
questionar o que vê e ouve, para ampliar as explicações sobre os fenômenos da natureza,
para refletir sobre aspectos sociais, econômicos e ambientais existentes na relações da
Ciência, Sociedade e Tecnologia. Também é importante considerar que a educação para a
cidadania pressupõe uma educação da consciência humana dos seus valores éticos e
morais, valores esses que devem ser fundamentados no princípio do respeito à vida e da
igualdade, para que sejam assim garantidos os direitos fundamentais do homem.
Para tanto, segundo Nereide Saviani, “a ciência merece lugar de destaque no
ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao elevar o
nível de pensamento dos educandos, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é
indispensável para interpretar o mundo para nele atuar e transformá-lo com
responsabilidade e compromisso com a sociedade.
5.7. CULTURA E TRABALHO
Na produção histórica de sua existência, os homens produzem conhecimentos,
instrumentos, técnicas, valores, crenças, comportamentos, tudo enfim que se configura na
cultura humana. A apropriação dessa cultura pelos indivíduos é que constitui a educação.
Esta é entendida, assim,como atualização histórico-cultural do homem,porque é pela
apropriação da cultura (produção histórica) que o indivíduo se faz homem (no sentido
histórico, não meramente biológico), diferenciando-se da natureza (que é o nível do qual
ele se encontra no momento do nascimento) e transcendendo-a, ou seja, a cultura se
transmite não por hereditariedade biológica, mas historicamente. Em qualquer época e em
qualquer sociedade, os indivíduos nascem igualmente desprovidos de qualquer atributo
cultural. É pela educação que cada indivíduo integra-se ao estágio de desenvolvimento
histórico do meio sócio-cultural onde nasce e cresce.
25
A educação se dá por meio da ação pedagógica que,como atividade adequada a
um fim,constitui trabalho especificamente humano, passível de avaliações como todo
trabalho humano. Mas o processo pedagógico, ou ensino, embora como trabalho que é,
possui todos os elementos característicos deste,tem também sua especificidade que
importa considerar antes de tudo: o objeto de trabalho do ensino, o educando, é ao mesmo
tempo objeto e sujeito. É objeto porque, como objeto de trabalho, é matéria sobre a qual
se aplica o trabalho e cuja transformação se busca, não certamente a transformação física,
mas a transformação em sua personalidade viva por meio da aquisição da cultura (novos
conhecimentos, valores, crenças, competências etc). Mas é também sujeito, pois o
objetivo central da educação é precisamente a atualização histórica do homem. Este,
como ser ético, provido de vontade, se firma como ser histórico, precisamente por sua
condição de sujeito, de autor, condição esta que não pode ser negada sem que se segue
sua própria condição humano-histórica.
É através do trabalho coerente que a nova geração de brasileiros deposita suas
esperanças de freqüentar uma escola mais viva, mais atualizada e mais significativa; uma
escola rica de conhecimentos sistematizados e preparada para prover a sua formação
cultural, isto é, para conduzir a nova geração ao domínio da cultura, letrada, aquela que
domina a sociedade em que vivemos.
5.8. CURRÍCULO
Segundo Saviani (1997, p.20), “currículo é o conjunto das atividades nucleares
desenvolvidas pela escola”. A expressão “nuclear” restringe as questões, que devem ser
tratadas ou abordadas como currículo, caso contrário, incorreremos no perigo de
tornarmos o mesmo como algo extremamente abrangente, vago e genérico, onde tudo que
se faz na escola tem o mesmo peso. Na medida em que as ações não ganham uma
importância diferenciada corremos o risco de secundarizar o essencial e priorizar o que é
acessório.
Portanto, nesse cenário de múltiplos desafios que se apresentam à escola atual,
destaca-se o da necessidade de um currículo que apresente resposta condizente a um
projeto educacional articulado a um projeto de sociedade. Isso não significa que o aluno
deva aceitar e adaptar-se à realidade onde está inserido; mas sim, que o processo
pedagógico leve em conta o aluno nessa sua realidade para que possa tentar compreendê-
la e modificá-la.
Pois o conhecimento é uma construção cultural, social e histórica, resultante de
um processo dialético complexo e é importante que a organização do currículo escolar
garanta esta construção e reconstrução permanente, a escola é o espaço cultural
privilegiado de produção- circulação de conhecimentos.
O currículo, portanto, deve ser dinâmico e flexível, é o movimento integrador da
política intelectual e da organização do pensamento e da prática política. São alguns
delineamentos dessa dinâmica:
O princípio da historicidade para o entendimento da origem dos saberes e das
práticas sociais e culturais historicamente determinadas;
A contemporaneidade do conhecimento em suas dimensões de
complementaridade e de transversalidade;
A relevância social do conhecimento referido à constatação/ compreensão/
explicação/ intervenção das e nas práticas sociais;
26
A superação da fragmentação das disciplinas postas sempre em relações de inter
complementaridade, exigindo-se umas às outras;
A referência dialética à diversidade das abordagens teórico/metodológicas e
ideológicas;
A ruptura do etapismo, através de conceitos que se ampliem recorrentes de
acordo com as possibilidades cognitivas e o grau de elaboração do pensamento
do aluno;
A simultaneidade entre as práticas sociais e educativas e a fundamentação
teórica, entre a organização do pensamento e as competências comunicativas;
A apresentação do conhecimento na perspectiva dialética do movimento da
totalidade, das contradições, dos saltos qualitativos;
A clara percepção das dimensões todas do trabalho educativo, de forma que a
dinâmica curricular incorpore as idéias- força da gestão democrática e do
compromisso social da escola;
Na medida em que o currículo contribui para a produção do nosso conhecimento
sobre o mundo e sobre nós mesmos, podemos dizer que ele é homogeneizador, negando
certas identidades culturais, étnicas, de classe.
As reflexões e discussões sobre os currículos em ação, constituem-se em
importantes referenciais para as análises sobre as relações de poder, sobre as vozes e
culturas silenciadas, os excluídos, sobre a abordagem epistemológica assumida, sobre as
teorias e metodologias educacionais indicadas e, enfim,para quem se orientam os
currículos.
O currículo escolar necessita de análise reflexiva, crítica e contextualizada. Ele
deve ser o elemento básico das reformas educacionais em que se concentram e se
desdobram as lutas entre o social, o cultural e o político.
Nesse sentido, é fundamental aos educadores, discutir e refletir sobre o que e
como estão ensinando, e sobre a importância ou relevância desses conteúdos e formas de
atuação para a compreensão do mundo dos seus alunos. Só assim os professores podem
planejar sua ação na sala de aula com maior clareza dos pontos de partida e de chegada.
5.9. CONHECIMENTO
O conhecimento é o centro da atividade em uma escola. Problematizá-lo, discutir
sua utilidade, sua constituição e a melhor forma de fazer com que os alunos construam
seu próprio conhecimento, deveria ser a principal ação das escolas.
Construir uma nova relação com o conhecimento é perceber que informação não é
conhecimento. Informação é matéria-prima; mas só se torna o conhecimento se for
transformada pelo sujeito cognoscente, se fizer sentido para este e se relacionar com
outros conhecimentos já construídos e incorporados.
No que se refere ao conhecimento e especificamente ao currículo escolar, há
algumas questões que deveriam ser sempre feitas pelos professores e pela escola como
um todo. O professor Henry Giroux resume assim estas questões:
O que conta como conhecimento escolar?
Como tal conhecimento é produzido?
Como tal conhecimento é transmitido em sala de aula?
Que tipos de relacionamentos sociais em sala de aula, servem para espelhar e
reproduzir os valores e normas incorporadas nas relações sociais aceita de
outros lugares sociais dominantes?
27
Quem tem acesso a formas legítimas de conhecimentos?
Dos interesses de quem este conhecimento está a serviço?
Como são mediadas as contradições e tensões políticas e sociais através de
formas aceitáveis de conhecimento escolar e relacionamentos sociais?
Como os métodos de avaliação predominante servem para legitimar as formas
de conhecimento existentes?
Estas perguntas nos ajudam a ver que o que chamamos de conteúdo na escola,
na verdade é um recorte de um universo muito maior de conhecimentos constituídos.
Entender isto ajuda a dar aos alunos a ideia de que o conhecimento é sempre uma
construção social, influenciada paras visões de mundo. Esta noção desnaturaliza o
conhecimento, o social e a ciência e mostra que aquilo que parece ser lógico, que se
apresenta como a melhor saída, na verdade é uma construção específica de uma visão de
mundo.
5.10. ESCOLA
A escola, como a conhecemos, é herança da sociedade industrial e como tal serve
às necessidades do sistema produtivo da vida urbana nas democracias modernas, como
letramento para todas e distintas qualificações para diferentes categorias sociais e
profissionais. Por isso, nunca pretendeu dar a todos uma formação humanista e científica,
mas sim selecionar para reproduzir a pirâmide produtiva.
A escola do passado recente já não é a de hoje, e esta, se transforma rapidamente.
E a atual escola não encontrou sua nova natureza diante de uma sociedade que convive
com o rápido desenvolvimento tecnológico e crescente exclusão econômica, ela, ainda
prepara uns pouco para a efetiva vida social e produtiva com alta qualificação.
Por isso, falar de escola hoje significa pensar para que serviu, para que serve e
para que servirá a escola?
Precisamos da escola como lugar para aquisição do conhecimento sistematizado.
Contudo, a novidade é que a escola hoje não é o único lugar onde essa função pode ser
realizada.
Necessitamos mudar a escola, pois seu modelo esgotado já não permite sujeitos
escreverem projeto de vida em um mundo com outras demandas, possibilidades e
recursos. Nessa linha de pensamento, de percepção pedagógica da aprendizagem em que
ela acontece na escola e não no mundo, e que não considera os progressos realizados
sobre entendimento de como se produz a aprendizagem, nem o saber nas diferentes
maneiras de ensinar. Assim, a escola deve ser centrada nos alunos, no conhecimento, na
avaliação e na comunidade, que é a escola que queremos.
Portanto, para construirmos essa escola, podemos buscar inspiração nas idéias dos
“educadores progressistas”, o que significa transpor e superar valores criados e
reforçados pela sociedade capitalista (submissão, competição, individualismo) e no
estímulo e esforço de valores universais que possam contribuir por uma educação que
torna as pessoas mais livres, responsáveis, criativas e com autonomia de pensamento.
5.11. AVALIAÇÃO
Um dos elementos mais destacados nas situações escolares é a avaliação. Muitas
vezes o professor considera “a prova’’ o principal estímulo através do qual consegue
28
chamar a atenção de seus alunos. Na verdade, o modo de trabalhar com a avaliação
demonstra concepções do professor acerca do ensino/aprendizagem. No caso de acreditar
que ensinar significa transmitir conhecimentos, as avaliações serão elaboradas visando
descobrir se os alunos assimilaram os conteúdos e se estão aptos para reproduzi-los como
foram apresentados. Por outro lado, concebendo a aprendizagem como construção do
conhecimento, na avaliação, o professor terá como objetivo, a análise do conhecimento
elaborado e propiciar mais um momento de aprendizagem.
Em termos motivacionais, esta etapa do processo ensino/aprendizagem pode
acenar para o que é valorizada e deverá ser assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista
tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de
aprendizagem. Se, é importante aprender aquilo que se ensina na escola, a função da
avaliação será possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o
aluno se encontra, tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia do estágio
defasado em que se encontra e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários.
Desse modo, a avaliação não pode ser vista como um instrumento para a aprovação ou
reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em
vista a definição de encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem. Para que a
avaliação assuma seu caráter de diagnóstico e possibilite a tomada de decisões que
favoreçam o processo ensino aprendizagem, serão estabelecidos o mínimo de 2 ou 3
instrumentos diversificados em regime trimestral.
5.12. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A necessidade de conceituar letramento surgiu no mesmo momento histórico e
em sociedades distantes geograficamente e diferentes culturalmente e
socioeconomicamente em meados dos anos 80.
Ao final dos anos 70, a UNESCO propôs ampliação do conceito literate para
functionally literate, desta, as avaliações internacionais fossem além do domínio da
leitura e da escrita.
As causas da necessidade de conceituar as práticas sociais da literatura e da
escrita são diferentes nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento como o
Brasil. Nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento como o Brasil. Nos
países desenvolvidos as práticas sociais da leitura e da escrita é relevante ao constatar que
a população, apesar de alfabetizada, não tinha domínio das habilidades necessárias nas
práticas sociais e profissionais que se utilizavam da escrita de forma competente.
Em pesquisas nestes países, a questão do não domínio da leitura e da escrita
necessária para as práticas sociais e profissionais, e o processo de aprendizagem do
sistema de escrita não apresentam relação, sendo tratados de forma distinta.
Segundo Magda Soares, no Brasil esse movimento ocorreu ao inverso: “o
despertar para a importância e necessidade de habilidades para o uso competente da
leitura e da escrita tem sua origem vinculada à aprendizagem inicial da escrita,
desenvolvendo-se basicamente a partir de um conceito de alfabetização”, p.7.
A alfabetização no Brasil se encontra nas discussões sobre o tema, em um
conceito de domínio de habilidades do uso da leitura e da escrita, se mesclando com
conceito de letramento que se superpõem e com freqüência se confundem.
O conceito de letramento no conceito de alfabetização tem suas raízes nos
censos demográficos. Até 1940 considerava-se alfabetizado o cidadão que tinha
29
capacidade de escrever o próprio nome. A partir de 1950, o conceito de alfabetizado
caracterizava-se por aquele capaz de ler e escrever bilhetes simples e com entendimento
básico. Atualmente, o censo apresenta resultados em função dos anos de escolarização
que se caracteriza em alfabetização funcional da população, que após alguns anos de
escolarização, além de aprender a ler o indivíduo deverá fazer uso da leitura e da escrita.
Desta forma, Magda Soares aponta que “verifica-se uma progressiva, embora cautelosa,
extensão do conceito de alfabetização em direção ao conceito de letramento: do saber ler
e escrever em direção ao ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita”. A mídia contribui
para a aproximação do conceito de alfabetização com e letramento, com matérias sobre
leitura e escrita e terminologias, como semi-analfabeto, iletrados, analfabetos funcionais,
além de críticas de analfabetismo baseando-se apenas nos critérios censitários do saber
ler e escrever um bilhete simples.
Magda Soares afirma que embora exista relação entre os termos alfabetização e
letramento, é preciso caracterizar a especialidade de cada um. A perda da especialidade
do conceito de alfabetização se deve em sua maior parte pelo fracasso na aprendizagem
do ensino da língua escrita de nossas escolas, que há muito vem acontecendo, porém, tem
sido evidenciado e divulgado depois que passou a ser avaliado em nível estadual nacional
e até internacional.
A área da alfabetização sofreu alterações profundas na concepção do processo de
representação da língua escrita. Nos métodos “tradicionais”, com seus pressupostos
teóricos, a criança deveria estar “pronta”, e se utilizavam de material produzido para
“aprender a ler”. Atualmente, com a introdução da perspectiva construtivista a criança
passa a ser sujeito ativo, interagindo na construção do sistema de representação da língua
escrita utilizando-a em práticas sociais, interagindo com material “para ler”.
Essa alteração na área de alfabetização teve suas contribuições, mas há que se
reconhecer que provocou equívocos que caracterizaram a alfabetização que foi
obscurecida pelo letramento.
Magda Soares defende a reinvenção da alfabetização, põem, alerta para o não
radicalismo, que é mais político do que conceitual, pois estudos e pesquisas em diversos
países, e que é preocupação também no Brasil, postulam a necessidade de recuperar o
pleno domínio da língua escrita sem antagonismos de concepções como que já se
mostram no movimento denominado a “volta ao fônico”. Magda explica que a diferença
entre as propostas está em que o tradicional “considera que as relações entre o sistema
fonológico e os sistemas alfabéticos e ortográficos devem ser objeto de instrução direta,
explícita e sistemática com certa autonomia em relação ao desenvolvimento das práticas
de leitura e escrita”. (p.14.). Na proposta construtivista “considera-se que essas relações
não constituem propriamente objeto de ensino, pois sua aprendizagem deve ser
incidental, implícita, assistemática, no pressuposto de que a criança é capaz é de
descobrir por si mesma as relações fonema-grafema”. (p.14). Nestes casos, percebe-se a
dissociação equivocada da alfabetização e letramento, que podem ser tratadas
isoladamente, pois no quadro das concepções psicológicas e psicolinguísticas atuais da
leitura e da escrita, a entrada da criança e do adulto analfabeto acontece simultaneamente
por esses dois processos, a alfabetização em que se adquire o sistema convencional da
escrita com suas facetas, que se constituem na consciência fonológica e fonêmica, relação
fonema-grafema habilidades de codificação e decodificação da língua escrita,
conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução da forma sonora da fala para a
forma gráfica da escrita e o letramento, desenvolvimento de habilidades de uso desse
sistema em atividades e experiências variadas que envolvam leitura e escrita,
conhecimento e interação com diferentes tipos e gêneros de material escrito.
30
Desta forma, entende-se que alfabetização e letramento, estão interligados,
porém, não se pode perder a especialidade de cada um.
5.13. CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
As concepções de que ser criança é ser feliz, ser alegre, despreocupada e que sua
ocupação se resume em brincar, devem ser superadas. Nem sempre é ou foi desse modo.
Na contemporaneidade, infância se quer pode ser vivida por todas as crianças.
Se olharmos atentamente ao redor, nos deparamos com crianças, meninos e
meninas de rua embarcados em uma vida de prostituição, drogas, esmolando, exercendo
trabalho infantil, quando não, sendo molestados por aqueles que deveriam ter a missão
precípua de defender e preservar suas vidas e sua integridade. Assim, é urgente que
repensemos o conceito de: ”o que é ser criança?” “O que é ser criança no Brasil?”
Talvez não consigamos definir o que é ser criança, mas temos a certeza de que
ser criança não é viver em um mundo de sonhos e fantasias, permeados por brinquedos,
brincadeiras e guloseimas.
O conceito padronizado de criança produzido pela humanidade, não levou em
consideração as características próprias de cada sociedade, bem como seu contexto
histórico.
Nem todas as crianças podem ter uma vida privilegiada, cercada por cuidados
maternais, com qualidade de vida no que tange a moradia, saúde, educação e alimentação,
embora sejam direitos constitucionais da criança desde o seu nascimento.
Observamos relatos frequentes da mídia com a dura realidade na periferia das
grandes cidades, ou nos sertões brasileiros, porém, se estivermos bem atentos, podemos
perceber que essa realidade está presente também em nossos municípios, onde crianças
dormem ao relento, ou em barracos, onde a indigência e miséria perpassam pela fome,
frio, doença, droga, falta de higiene e educação. É uma grotesca realidade em toda
sociedade brasileira.
No mundo contemporâneo, as crianças têm assegurado seu direito a moradia,
saúde, educação e boa alimentação, porém, embora se apresentem com famílias
constituídas, muitas vezes não tem a presença de seus familiares, que em muitos casos
substituem sua presença por bens materiais e permissividade, deixando a imposição de
limites que é tão importante na formação da criança.
O mesmo se passa com adolescentes, onde num senso comum, se configura
como um estágio da vida onde a sua missão é aborrecer. Há quem tem o conceito de que
são todos “aborrecentes”. Um ser que está sempre em crise, sempre mal humorado e com
hormônios aflorados. Porém nem sempre é assim. Muitos são tranquilos, e fogem de
longe ao conceito estabelecido ao longo da história.
Devemos ter um olhar para a adolescência, como sendo um período de
mudanças físicas, cognitivas e sociais mais acentuadas, não pode ser vista como uma fase
estanque em que podemos determinar seu início e seu fim. A puberdade, palavra derivada
do latim pubertas-atis refere-se ao conjunto de transformações fisiológicas que acontece
entre a infância e a adolescência. Adolescência vem do latim adolescência, adolescer, e
compreende uma parte da vida, entre a puberdade e a vida adulta. Nem sempre é
necessário que o sujeito, nesse espaço de tempo tenha distúrbios comportamentais, ou
explosões hormonais, é muito comum encontrarmos sujeitos, tranqüilos e doces mesmo
estando nesse período considerado crítico em suas vidas.
31
Desta forma, o importante é tentar uma compreensão a partir de sua
historicidade, sobrepondo à busca de compreensões e classificações de que estágio da
vida se encontra o sujeito.
A conquista e o reconhecimento de si é algo que se constrói ao longo da vida,
iniciando pelo nascimento, em uma caminhada que se encerra com a morte.
Na expectativa de assegurar os direitos fundamentais que contribuam para seu
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de liberdade e
dignidade, foi instituído o ECA “Estatuto da Criança e do Adolescente”, pela Lei 8.069
de 1990 regulamentando os direitos das crianças e dos adolescentes.
Esta Lei considera criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente pessoa entre doze e dezoito anos de idade. Com o advento da Constituição de
1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, a criança e o adolescente
passaram a serem sujeitos de direitos a quem deve assegurar mecanismos de proteção
integral.
Entendendo ser um dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder
público assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, a escola,
segmento que hoje se torna fundamental na vida do sujeito em desenvolvimento, deve
oferecer as condições necessárias para que este desenvolvimento seja pleno, fazendo
valer os direitos e deveres estabelecidos em lei.
A escola tem a difícil tarefa de cumprir e exigir o cumprimento da Lei, não
podendo de forma alguma compactuar com a difícil realidade a qual se depara nossa
sociedade em casos frequêntes de crianças e adolescentes abandonados, morando nas
ruas, deixados em casa sozinhos por longo período de tempo, sendo nestes casos expostos
as mais cruéis formas de violência.
Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos a partir do ano de
2012, a escola precisa refletir sobre suas práticas educativas permitindo ao educando
liberdade para criar, vivenciar e refazer a infância. Na família a criança adquire, ou
deveria adquirir conceitos, valores, bem como vivenciar a infância sendo criança de
verdade e de fato.
Deste modo, é imprescindível que haja integração entre família e escola, é como
Paulo Freire diz: “A escola tem que ser democrática e a união da família, corpo
acadêmico e comunidade é fundamental”. Nossa responsabilidade enquanto escola é a de
enfrentar os desafios para que a nossa função seja desempenhada vislumbrando mudanças
necessárias para acolher o aluno, respeitando a diversidade cultural que dá diferentes
significados à infância.
5.14. ENSINO E APRENDIZAGEM
A escola ocupa um espaço que contribui de forma significativa no processo de
desenvolvimento do ser humano. É na escola que a criança e o adolescente passa boa
parte de sua vida, desta forma, a escola assume papel importante na formação do ser
humano. É através do conhecimento que o sujeito poderá exercer os seus direitos e
deveres com propriedade, segundo Kant,o homem só pode se tornar homem através da
educação. Significa que pessoas estão condenadas a aprender, ou seja, em um processo de
interação com o contexto e por mediação social, a construir uma visão do mundo e
32
intervir nele. Dessa forma, a pessoa humana constitui-se como único ser existente no
universo que busca permanentemente conhecê-lo.
Na produção histórica de sua existência, os homens produzem conhecimentos,
instrumentos, técnicas, valores, crenças, comportamentos, tudo enfim que se configura na
cultura humana.
A apropriação dessa cultura pelos indivíduos é que constitui a educação. Esta é
entendida assim, como atualização histórico-cultural do homem, porque é pela
apropriação da cultura (produção histórica) que o indivíduo se faz homem (no sentido
histórico, não meramente biológico), diferenciando-se da natureza (que é o nível no qual
ele se encontra no momento do nascimento) e transcendendo-a. Ou seja, a cultura se
transmite não por hereditariedade biológica, mas historicamente. Em qualquer época e em
qualquer sociedade, os indivíduos nascem igualmente desprovidos de qualquer atributo
cultural. É pela educação que cada indivíduo integra-se ao estágio de desenvolvimento
histórico do meio sócio-cultural onde nasce e cresce. È pela aprendizagem que se
possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento.
Quando o educando entra na instituição educativa, o que lhe é ensinado torna-se
constitutivo de sua pessoa, modificando-se continuamente (e, por isto sendo ele próprio,
conteúdo, modificado). Isto significa que todo e qualquer processo de ensino-
aprendizagem se insere em um contexto mais amplo da constituição do indivíduo, porque
a aprendizagem na escola não se efetua como um processo paralelo, dissociado de outras
instâncias de apreensão e compreensão da realidade.
A vivência na escola e fora dela, são constituídas por ações e interações que
configuram, todas elas, o desenvolvimento.
O aprendizado se processa informalmente fora da escola, no entanto é na escola
que se introduzem elementos novos no desenvolvimento do ser humano de forma
sistematizada. As aprendizagens que os alunos realizam na escola, serão significativas na
medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os
conhecimentos previamente construídos, que atendam as expectativas, intenções e
propósitos de aprendizagens do aluno.
O pressuposto é de que a escola, entendida como um coletivo inteligente,
precisa aprender a partir de experiências educativas não-escolares. O objetivo seria que
cada constituição pudesse transformar-se em um centro de educação permanente,
profundamente enraizada no contexto local e capaz de interagir múltiplos tipos de
aprendentes para que todos possam aprender e se tornem habituais situações de
reversibilidade dos papéis de ensinar e aprender.
O ponto central da aprendizagem significativa é estabelecer o máximo de
relações entre os conhecimentos prévios dos educandos com os novos conteúdos. Os
conhecimentos prévios podem estar relacionados a conceitos, princípios, fatos,
procedimentos, normas, atitudes e valores bem ou mal elaborados, mais ou menos
coerentes, adequados ou inadequados em relação ao conteúdo em estudo. Entre os
educandos de um mesmo grupo podem existir diferenças na quantidade de conhecimento,
organização, coerência e validade, o que deve ser compreendido como veículos para a
aprendizagem e não como obstáculo. Para Freire a valorização do conhecimento que o
educando traz, deve ser ponto de partida e não ponto de chegada do processo educativo.
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção. Este saber necessário ao professor - que
ensinar não é transferir conhecimento, não apenas precisa ser aprendido por ele e pelos
educandos nas suas razões de ser: ontológica, política, ética, epistemológica, pedagógica,
mas também é necessário ser constantemente testemunhado, vivido”. PAULO FREIRE
33
Nesse sentido, ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo,
superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender
criticamente é possível.
Dessa forma, as verdadeiras condições de aprendizagem ocorre onde os
educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do
saber ensinado ao lado do educador, igualmente sujeito do processo, assim, podemos
dizer que o saber ensinado, em que o objeto ensinado é aprendido na sua razão de ser e,
portanto, aprendido.
Quanto mais penso sobre a prática educativa, reconhecendo a responsabilidade
que ela exige de nós, tanto mais me convenço do dever nosso de lutar no sentido de que
ela seja realmente respeitada. (Freire)
Concordamos com Paulo Freire que a percepção do homem e da mulher como
seres “programados, mas para aprender” e, portanto, para ensinar, para conhecer, para
intervir, que a prática educativa é tida como exercício constante em favor da produção e
do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos.
5.15. GESTÃO DEMOCRÁTICA E AÇÃO COLEGIADA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educacional Nacional nº 9394/96, estabelece
como princípio “gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e das
legislações dos sistemas de ensino” ( Inciso VIII, Art. 3º). E no art. 15, inciso II, define
um dos princípios da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios (...) II – participação das
comunidades escolar e local em Conselhos de Escola ou equivalentes”.
Nesse sentido, a gestão democrática da escola implica que a comunidade, os
usuários da escola, sejam seus dirigentes e gestores, não apenas seus fiscalizadores ou
meros receptores dos serviços educacionais. Assim, pais, alunos, professores e
funcionários assumem sua parte de responsabilidade na escola. A gestão democrática faz
parte da própria natureza do ato pedagógico, ela exige uma mudança de mentalidade de
todos os membros da comunidade escolar.
A escola deve formar para a cidadania, para isso, ela deve dar o exemplo, pois é
um passo importante no aprendizado da democracia.
A gestão democrática pode melhorar o que é específica da escola, isto é, o seu
ensino. A participação na gestão da escola, proporcionará um melhor conhecimento do
funcionamento da mesma, propiciando um contato permanente entre professores e
alunos, um conhecimento mútuo, aproximando também as necessidades dos alunos aos
conteúdos ensinados.
Reconhecemos na ação colegiada uma condição de possibilidade para sustentar
uma prática pedagógica progressista, na escola pública, na medida que, cabe a ela o
exercício das funções normativas e deliberativas, no que se refere à prática pedagógica a
ser efetivada pela escola.
A comunidade escolar está sendo chamada a participar na tomada de decisões
por várias razões. Uma delas é o próprio processo de democratização da sociedade,
ampliando os canais de participação. Outra razão é que a escola não está ilhada, mas
inserida numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas e necessidades
específicas que ela precisa levar em conta. Na busca de soluções, combinam-se as
contribuições e fortalece-se a interação do grupo.
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Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos tem mais
chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade, a respeito da
atuação da escola. Ampliando o número de pessoas que participam da vida escolar,
estabelecer relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e alunos.
5.16. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A inclusão de estudantes com deficiência nas classes regulares representam
avanços histórico em relação ao movimento de integração, que pressupunha algum tipo
de treinamento do deficiente para permitir sua participação no processo educativo
regular. A inclusão postula uma reestruturação do sistema de ensino, com objetivo de
fazer com que a escola se torne aberta às diferenças e competente para trabalhar com todo
os educandos sem distinção de raça, classe ou gênero.
Mais do que criar condições para os deficientes, a inclusão é um desafio que
implica mudar a escola como um todo, no projeto pedagógico, na postura diante dos
alunos, na filosofia... Também implica no reconhecimento e atendimento às diferenças de
qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou
permanentes,apresenta dificuldades de aprendizagem.
A inclusão é um processo sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento
constante, portanto, cabe ao corpo diretivo buscar orientação e suporte das associações de
assistência e das autoridades médicas e educacionais. A construção desse modelo implica
transformar a escola, no que se refere ao currículo, à avaliação e, principalmente, às
atitudes e construir nova filosofia educativa.
Na educação inclusiva não se espera que o aluno com necessidade educacional
especial se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção
daquela. Para tanto, algumas medidas que garantem o sucesso da proposta inclusiva são
imprescindíveis, tais como: estímulos para que as escolas elaborem sua proposta
pedagógica, diagnosticando a demanda por atendimento especial, criação de um currículo
que reflita o meio social e apoio à descentralização da gestão administrativa.
Em relação aos procedimentos a serem adotados, destacam-se: o trabalho em
grupo e atividades diversificadas que possam ter diversos níveis de compreensão e
desempenho; predomínio experimentação, da descoberta, debates e pesquisas.
Nesse sentido, busca-se que o processo de inclusão educacional seja efetivo,
assegurando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades.
Esse processo de inclusão educacional, exige planejamento e mudanças
sistêmicas político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação
de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula,
conforme é preceituado na Deliberação nº 02/03-CEE.
A garantida da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que a ela se
reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. Pois a
inclusão, é um processo cheio de imprevistos, sem fórmulas prontas e que exige
aperfeiçoamento constante.
Levando-se em consideração a política de inclusão orientada pela política de
inclusão adotada pelo estado do Paraná, pretendemos permear todas as etapas, pois tais
questões serão abordadas no sentido de promover ações práticas para que os professores,
equipe pedagógica e funcionários tenham subsídios para atender esta demanda, seja com
recursos físicos e humanos necessários, seja na capacitação continuada, para que
realmente seja possível a prática inclusiva em nossa escola.
35
Na escola contamos com 2 casos de alunos com deficiência auditiva leve. Os
mesmos foram colocados nas primeiras carteiras no centro da sala e os professores
procuram falar direcionando a eles.
A escola não possui sala de recurso. Há sala de apoio que dá atendimento aos
alunos com dificuldade em Português e Matemática. Esse atendimento e feito com os
alunos de 5ª séries.
Uma inclusão responsável, neste caso, busca resgatar valores humanos de
solidariedade, de colaboração e, sobretudo, de assegurar o direito à igualdade de direitos.
5.17. EDUCAÇÃO DO CAMPO
A educação do campo traz uma grande lição e um grande desafio para o
pensamento educacional: entender os processos educativos na diversidade de dimensões
que os constituem como processos sociais, políticos e culturais; formadores do ser
humano e da própria sociedade.
Não basta ter escolas “no” campo, é preciso ajudar a construir escolas “do”
campo, ou seja, escolas com um projeto político pedagógico vinculado às causas, aos
desafios, aos sonhos, a história e a cultura do povo trabalhador, articulando a um projeto
político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos
interesses dos povos que nele vive.
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a
natureza, o trabalho na terra, utilização de mão de obra dos membros da família, cultura,
valores, valorização de festas comunitárias, etc, sem a necessidade do vinculo com o
relógio mecânico.
Observa-se a importância do entendimento do campo como modo de vida social
que contribui para a auto-formação da identidade dos povos dos campos, no sentido da
valorização do trabalho, da sua história, do seu jeito de ser, suas crenças, sua resistência
no campo. é necessário que a educação do campo tenha a construção de um modelo de
desenvolvimento que valorize o seu Ser Humano como fundamental, vindo de um modo
de agricultura capitalista, produção de agro-negócio, utilização de insumos, agrotóxicos,
transgênicos, desmatamento, pesca predatória, etc..., tudo isso usado em debate que farão
emergir hábitos errados e introduzindo conteúdos específicos, que favorecerão o meio
ambiente. Deve-se ainda tirar a idéia errônea da marginalização do campo, como local de
pessoas “atrasadas” que apenas poluem o meio ambiente.
Nesse sentido, a escola deve ser local de ampliação dos conhecimentos,
portanto, terá como de partida a realidade do aluno para o processo pedagógico, mas não
como ponto de chegada.
Quanto aos conteúdos e metodologias, cabe aos professores investigar conteúdos
históricos já determinados pela cultura do aluno, para só após aplicar os conhecimentos
dos educandos.
Em relação à avaliação, deve ser um processo contínuo e realizado em função
dos objetivos propostos, pode ser realizada de diversas maneiras: trabalhos individuais,
atividades em grupo, elaboração de textos, atividades de campo, visitas.
É importante a “escuta”, ato essencial para construir a educação, escutar os
povos do campo, sua sabedoria, observações, crenças, como construção do conhecimento
e como “diagnóstico” para o desenvolvimento do processo pedagógico.
Pensar em uma proposta em uma escola de campo, hoje, não é pensar num ideal
pedagógico pronto e fechado, mas, ao contrário, é pensar num conjunto de
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transformações que a realidade vem exigindo para a escola (educação básica) neste
espaço social, e neste momento histórico.
5.18. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Conforme determina a Lei Federal nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003 e Lei
Federal nº. 11.645 de 10 de março de 2008, que estabelece nas Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira a inclusão ao Currículo Oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” para que o tema seja trabalhado nas
disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Arte, História sendo o conteúdo
programático a respeito da História da África, dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a
cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando
concomitantemente a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política,
incluindo no calendário escolar o dia 20 de novembro ”Dia Nacional da Consciência
Negra”.
Neste contexto fica a critério de cada disciplina e professor, na
interdisciplinaridade, planejar as atividades a serem desenvolvidas relacionadas ao tema
instituído.
6. MARCO OPERACIONAL
Mediante reflexão, análise e avaliação da prática pedagógica, a comunidade
escolar reelaborou o Projeto Político Pedagógico, com o objetivo de nortear, traçar metas
e registrar o Plano de Ação que será desenvolvido para atingir os objetivos coletivamente
propostos.
Considerando as experiências anteriores acumuladas da prática pedagógica,
respeitando os valores, expectativas, costumes, tradições, necessidades e anseios,
considerando o contexto social dos alunos, este foi proposto a fim de definir as ações
educativas necessárias e adequar à realidade. Interesse num espírito de interação,
cooperação e respeito à diversidade, disponibilidade para a aprendizagem, envolvendo os
fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos, para que os alunos possam exercer a
cada momento a sua verdadeira cidadania.
O Ensino Fundamental e Médio, contemporâneo, no mundo em transformação
acelerada imposta pela nova geração política do planeta, globalização econômica e
revolução tecnológica – precisa formar cidadãos com criatividade, autonomia e
capacidade para solucionar problemas.
Conscientes das leis que direcionam a política educacional brasileira e da
proposta curricular escolar, planejamos a proposta em ação, juntamente com os
professores que atuam nas séries do Ensino Fundamental e Médio, para uma atuação
integrada entre as diversas áreas e disciplinas.
A gestão, as normas e padrões que regulam a convivência escola, deverão ser
inspirados pela política da igualdade, favorecendo a formação de hábitos democráticos e
responsáveis da vida civil.
Essa gestão democrática faz parte da natureza do ato pedagógico, fazendo com
que cada segmento da comunidade escolar assuma sua responsabilidade na escola, na
busca de soluções e contribuições para fortalecer a interação dessa comunidade.
37
Além das atribuições que compete aos funcionários, colaboram na
responsabilidade social, desenvolvendo ações educativas, zelando pelo patrimônio
cultural e o compromisso de educar.
Para que essa participação se efetive realmente, é imprescindível capacitação que
promova leitura e reflexão de textos, bem como oportunidade de expressar opiniões.
Quanto a relação entre o pedagógico e o administrativo há um bom
entrosamento, pois todos trabalham no sentido de favorecer o bom andamento da escola e
a aprendizagem dos alunos.
6.1. RESULTADO FINAL DE 2010
Série
Total
AP
Rep.
Transf.
Desist.
5ª 71 53 18 02 02
6ª 141 111 30 02 -
7ª 137 126 11 03 -
8ª 135 117 18 05 01
1ª 58 43 15 18 01
2ª 73 60 13 14 -
3ª 82 76 06 11 02
Analisando o Relatório Final de 2010, verificamos que hánecessidade de
contunuar um esforço em conjunto entre direção, equipe pedagógica e professores, a fim
de reduzir o índice de reprovação nas quintas e sextas séries do Ensino Fundamental e
primeiro ano do Ensino Médio.
A distorção idade/série foi constatada em todas as séries do Ensino Fundamental
e do Ensino Médio. Realizou-se análises e reflexões acerca desse problemas e são
diversos os fatores em que interferiram nesa distorção.
Na tentativa de minimizar a situação à direção e corpo docente, decidiram pela
adesão ap P.P.A. (Plano Personalizado de Atendimento Para Distorção Idade/Série).
Inicialmente serão atendidos 21 alunos que estão nas 5ª e .6ª séries do ano letivo de 2011,
com pespectiva de oferecer continuidade no próximo ano.
O P.P.A. consiste de um planejamento de conteúdos básicos de cada série/ ano
com envolvimento dos pais, professores e equipe pedagógica em que os anos se
submeterão a avaliação por série e posteriormente ao Conselho de Classe Extraordinário
dos alunos que obtiveram resultados satisfatórios na série.
Em relação ao Ensino Médio, ante aos resultados obtidos, a direção, equipe
pedagógica e corpo docente sentem a necessidade de um trabalho pedagógico
diferenciado, pois o alunado do Ensino Médio são, na grande maioria, trabalhadores da
indústria e comércio local. Esse alunado trabalhador tem perspectiva de futuro e percebe
a necessidade de dar continuidade aos estudos, chegando ao Ensino Superior.
Desta forma, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino, os professores
estão fazendo aprofundamentos teórico-metodológicos na perspectiva progressista,
participando dos cursos de formação continuada, grupos de estudo, GTR, leituras de
aprofundamento e PDE com a perspectiva de obter resultados mais satisfatórios no que
tange a aprendizagem.
38
6.2. RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA
Entendemos que a escola para desempenhar sua real função precisa estar
integrada à comunidade. As dinâmicas entre escola e comunidade possibilitam a
aquisição de subsídios para resgatar e transformar o ensino público.
Somos todos agentes transformadores da realidade e entendemos que a gestão
participativa, centrada no trabalho coletivo e na dinâmica das relações entre a
comunidade escolar interna e externa ajuda a conquistar e manter uma educação de
qualidade.
Nesse sentido é preciso reconhecer que as práticas educacionais são realizadas
por diversos agentes. O aprendizado de idéias e condutas entre familiares pode tornar
mais, vigorosas e produtivas as atividades escolares, essas ações, devem ser
complementares à ação escolar.
Participar é estar presente para decidir os rumos da instituição escolar, é
possibilitar que todos se sintam construtores dos encaminhamentos pedagógicos de uma
escola e, assim, entender que a escola lhes pertence. Reconhecendo que a participação
dos pais nos diferentes momentos resultará em contribuição para efetivar o trabalho
educativo, é importante que a escola seja receptiva e convidativa a todas as famílias, pois
o envolvimento das mesmas requer uma parceria, os pais devem estar cientes das
políticas escolares e ajudar seus filhos a compreendê-las.
A questão da participação está centrada na busca da justiça, da liberdade, de
democracia e do coletivismo nas decisões. Dessa forma, a participação dos funcionários
no desenvolvimento das melhorias da Escola, acontece a partir da conscientização dos
mesmos, viabilizando sua capacidade e importância de cada indivíduo, como seres
pensantes, críticos e ativos.
A manutenção de um ambiente bem cuidado e agradável faz parte desse
processo. O envolvimento da comunidade, dos pais, alunos, professores, funcionários e
direção, proporcionam educação de qualidade, preocupação com todos os aspectos
didático-pedagógicos, cuidado com a segurança e com um ambiente escolar limpo e
acolhedor. Para estreitar tais relações, são desenvolvidos os seguintes projetos e metas.
6.3. SEGURANÇA
Estamos vivenciando momentos em que a violência e as catástrofes naturais se
encontram presentes em todos os locais, inclusive na escola e seu entorno. Para isso,
entendemos que escola deve estar alerta a todo tipo de situação que vá para além de seus
muros.
Na questão de segurança dos alunos em relação às pessoas estranhas, são
tomados cuidados básicos de manter portões trancados, não permitir acesso e
permanência de pessoas estranhas nos espaços comuns aos alunos (pátio, refeitório,
quadra), sendo que pais responsáveis e familiares só entram em contato com os alunos
após entrarem em contato com a direção ou equipe pedagógica, e sempre acompanhado
por esse profissional.
Na parte interna do Colégio, contamos com 12 câmeras de segurança, que
auxiliam na segurança dos alunos, sendo que 04 estão centradas na parte externa do
Colégio a fim de monitorar situações estranhas ao cotidiano. Todos os professores e
funcionários do Colégio estão orientados a comunicarem quaisquer tipo de movimento
39
incomum que perceberem dentro ou fora do estabelecimento para a direção do Colégio a
fim de tomar as medidas necessárias de acordo com a situação apresentada.
A PEC- Patrulha Escolar Comunitária tem um papel importante na segurança
interna e externa fazendo visitas periódicas e se apresentando toda vez que solicitada nas
mais diversas situações.
A poda das árvores é periódica para que haja iluminação adequada permitindo
maior visibilidade no período noturno coibindo a presença de pessoas alheias a
comunidade escolar.
A manutenção dos extintores de incêndio é constante, e palestras com
profissionais do corpo de Bombeiros com exercícios de alerta no combate a situações
emergenciais de qualquer ordem.
6.4. PROJETOS E METAS
Atendendo às necessidades da comunidade escolar e às demandas atuais da
sociedade, paralelamente aos conteúdos programáticos serão abordadas as questões
sociais em relação à prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação
ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência, direito da criança e do adolescente,
ética e saúde, na vivência do cotidiano escolar através de palestras, debates, encontros,
seminários, simpósios e outros eventos programados pela escola e entidades públicas ou
privadas, com a participação de toda a equipe, alunos, APMF, Conselho Escolar,
envolvimento e participação dos segmentos da sociedade civil e religiosa, favorecendo
todos os temas do desenvolvimento sócio educacional.
1. Semana Cultural (anualmente)
Coletar dados através de pesquisa de campo, habilidades manuais e artísticas dos
alunos/comunidade, valorizando sua cultura e aptidões artísticas;
Valorização das atividades curricular e extra curricular desenvolvidas durante o
ano letivo, cooperação e solidariedade no trabalho, respeito e responsabilidade nas
tomadas de decisões coletivas;
Integração família/escola conhecimento e aprendizagem do convívio social e
acompanhamento do trabalho desenvolvido.
2. Torneio Inter-Classe de Futsal e Handebol (semestral)
Com o objetivo de interação entre as classes, através da prática esportiva,
valorizando a importância e benefício do esporte em si, favorecendo um clima de
confraternização, espírito esportivo, lazer e cidadania.
3. Jogos Escolares (fase Municipal)
Proporcionar o intercâmbio entre escolas com a finalidade para seleção da fase
regional.
4. Encontro Periódico (no decorrer do ano letivo)
Direção, equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade escolar, visando
analisar o processo pedagógico, administrativo e coletando sugestões objetivando
a melhoria nos aspectos pedagógicos, extra- curricular, relação humana.
40
5. Palestras aos pais e verificação do Rendimento Escolar
As palestras são oportunizadas no início do ano letivo e após o fechamento de
cada bimestre, onde são informados aos pais/responsáveis, assuntos a respeito do
Regimento Escolar, sistema de avaliação, prestação de contas, rendimento escolar
e outros. Estes momentos são oportunos para reflexão de temas levantados
segundo as necessidades diagnosticadas com o objetivo de contribuir e esclarecer
a comunidade escolar.
5. Participação em Campanhas – Órgãos Governamentais, não governamentais e
Privadas (durante o ano)
Conscientização em nível de sala de aula;
Palestras com Agentes da Fundação da Saúde/Meio Ambiente;
Levantamento de dados com pesquisa de campo na comunidade local;
Distribuição de folders e visita “in loco”;
Elaboração de gráficos e divulgação dos resultados.
Participação dos alunos no Programa de Atividade Complementar Curricular em
Contraturno;
6. Participação em comemorações, eventos e concursos (no decorrer do ano letivo)
Promovidos pelos órgãos: MEC, SEED, ROTARY, CORREIOS, FIAT,
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA MUNICIPAL, entre outros,
objetivando o acesso e o vínculo de informações e oportunizando os alunos
aprimorar suas habilidades e conhecimentos.
7. Palestras aos alunos (no decorrer do ano)
Proporcionado por pessoas da comunidade objetivando complementar
conhecimento/informações dos conteúdos programáticos e esclarecimentos
promovendo interdisciplinaridade, integrando os Temas do Desenvolvimento
Sócio Educacional de acordo com as necessidades de cada momento.
8. Reuniões com Funcionários (Auxiliar Administrativos e Auxiliar de Serviços Gerais)
Objetivando a qualificação e melhoria no desempenho das atividades assim como
nas relações humanas, diante das dificuldades e falhas diagnosticadas, como
orientações preventivas e reivindicações dos funcionários, sendo uma reunião por
bimestre.
9. Serviço de Orientação – Equipe Pedagógica (decorrer do ano)
Aconselhamento e acompanhamento ao aluno/família no atendimento para
conscientização e prevenção sobre a importância da permanência, assiduidade,
qualidade e rendimento escolar - orientação educacional;
Orientação profissional para qualidade do processo ensino aprendizagem,
qualificação profissional, acompanhamento e parceria nas atividades pedagógicas
curricular e extra curricular – Supervisão Escolar.
41
6.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E TEMPO ESCOLAR
As décadas finais do século XX marcaram o surgimento de uma revolução no
pensamento administrativo. Atualmente, o nosso mundo é marcado pela emergência de
novas estruturas de organizações que são, significativamente, mais democráticas e
criativas. Níveis maiores de educação, o crescimento do espírito democrático e o
crescente reconhecimento da interdependência do local de trabalho, têm levado à
percepção de que a chave para um ambiente de trabalho está em se alcançar uma
cooperação mais eficaz de organização que concentre esforços em liberar energia das
escolas pela construção de equipes participativas e dessa forma superar o modelo
autocrático.
Para superação desta perspectiva, a estratégia consiste em organizar tempos e
espaços coletivos com todos os profissionais da educação por meio de trocas de
experiências, reuniões para estudos, elaboração de projetos, planejamento e avaliação. As
atividades coletivas de planejamento, e avaliação, compreendem as atividades definidas
no Projeto Político Pedagógico, bem como a utilização do tempo escolar para:
Elaboração do quadro da escola e distribuição de aulas;
Reuniões pedagógicas;
Conselho de Classe;
Hora atividade;
Reuniões de pais;
Reuniões de colegiado, assembléia.
A hora-atividade é inegável e intrínseca na vida profissional do professor que
precisa ir além dos conteúdos que desenvolve em sala de aula. De acordo com a LDB,
vários aspectos da Lei de Diretrizes e bases da Educação, mostram que o professor
necessita de espaço/tempo para se dedicar aquilo, que, a princípio, antecede o estar em
sala de aula, que é planejamento e o preparar a avaliação. Outras são as atividades
relacionadas à função docente como reuniões de professores e o atendimento a pais e
alunos.
Essa forma de organização tem garantido tempos/espaços nos desenvolvimentos
de atividades com alunos, pais e comunidade, dentro das intenções educativas criando
possibilidades de práticas que atendam as demandas de formação dos alunos.
A hora atividade é organizada de forma a favorecer o trabalho coletivo dos
professores, priorizando-se professores que atua na mesma área do conhecimento .
Entretanto, há que se salientar que nem sempre é possível organizar desta forma, uma vez
que os professores atuam em vários colégios, mas na medida do possível esta é a
organização priorizada na hora atividade.
Após vários momentos de discussão, reflexão e análise o coletivo de professores,
direção e equipe pedagógica optaram pela alteração do regime bimestral para o regime
trimestral. Chegou-se ao consenso de que o regime trimestral proporcionará maiores
condições de trabalho para o professor e de estudos para o aluno em função do tempo que
a organização trimestral oferece.
42
6.6. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
6.6.1. FUNDAMENTAÇÃO:
Eleger um conceito de educação que atenda às necessidades de formação dessa
sociedade não é coisa fácil. Justo que é a educação é uma atividade criadora que envolve
todos os seres humanos. Para tanto entendemos que o Gestor Escolar deve ser o elo mais
forte desta corrente. Sendo assim compreendemos que será pela integração de todas as
pessoas preocupadas com a importância do papel da Escola na vida do indivíduo é que
será o caminho a ser trilhado.
Uma educação nesses moldes é claro, ainda está longe do ideal, porém não nos
impede de sonharmos, e é através desse sonho que poderemos oferecer o melhor que
temos.
Assim, o nosso plano de trabalho na Escola, será pautado nos princípios de:
Gestão democrática;
Valorização dos profissionais da educação;
Qualidade de Ensino;
Parceria entre escola e comunidade;
Autonomia e democratização do acesso e permanência do aluno na escola.
Pretendemos desenvolver nosso trabalho embasado em valores como:
Comprometimento, pois acreditamos no potencial de nossa comunidade escolar,
por isso buscaremos o envolvimento de todos para o sucesso de nossos alunos; inovação,
incentivando formas diversificadas para o desenvolvimento de ações que favoreçam uma
aprendizagem significativa; integração escola-família-comunidade para alcançarmos
efetivamente uma gestão participativa centrada no desenvolvimento do aluno buscando
uma formação integral para o pleno exercício da cidadania.
6.6.2. OBJETIVOS GERAIS:
Possibilitar ao educando condições para o desenvolvimento de suas
potencialidades, nos diferentes aspectos de sua personalidade e na busca da auto-
realização;
Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observar, de refletir, de criar, de
julgar, de decidir e de agir;
Promover a eficiência pelo ajustamento do educando a seu meio e pelo
conhecimento do meio físico, econômico, político, histórico e social de seu país e
de outros povos;
Participação ativa dos alunos nas atividades em datas cívicas e festivas;
Propiciar estímulos para que o clima de trabalho da escola seja agradável,
proporcionando sempre um bom relacionamento entre todos através de
confraternizações;
Participação do colégio em eventos tais como: desfiles, reuniões, danças, aluno
padrão e aluno nota dez, promovido pelo Rotary outros;
43
Comprometimento com o bem estar dos alunos, mantendo a ordem, a disciplina
dentro do pátio do colégio, bem como procurando soluções para que esta ordem
seja mantida.
6.6.3. PLANO DE AÇÃO E METAS:
Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e
submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar e APMF
Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do
estabelecimento;
Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais promovendo o trabalho coletivo;
Gerenciar toda a equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia dos
resultados;
Coordenar a equipe pedagógica para a coleta e análise dos indicadores
educacionais, para a elaboração e implementação, do Plano de Trabalho;
Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a
participação desses serviços nos processos decisórios da escola.
6.6.4. PROJETOS, ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E CÍVICAS.
A programação das atividades culturais deverá constar no Calendário Escolar;
sendo propostas a serem desenvolvidas durante a gestão 2011 a 2014. Segue abaixo os
eventos propostos:
Gincana esportiva, social e cultural;
Saída de Campo com alunos do Ensino Fundamental e Médio;
Apresentação e divulgação do Programa de Atividade Complementar Curricular
em Contraturno;
PAS- UEM;
ENEN;
Desenvolver durante o ano letivo, atividades sobre Cultura Africana afro-
brasileira;
Parceria entre Sesi/Senai Setman (Escola Aberta);
Aluno Padrão (Ensino Médio) e aluno nota 10 do Rotary/ Lions;
Oldy Park (confaternização entre alunos e professores).
Parceria com o Sesumar (Maringá).
P.P.A
6.6.5. METAS NA PARTE FÍSICA
Cobertura da quadra conforme protocolo;
Construção de 02 salas de aulas;
Construção de mais banheiros para alunos;
Construção de um banheiro para os professores;
Painel com o nome do colégio no portão de entrada;
44
Instalação da rádio do colégio;
Construção de biblioteca informatizada;
Construção de central de gás;
Construção de muros ao redor do colégio;
Construção de Passarelas
Calçamento na área do “cantinho do xadrez”
Nona pintura no Colégio
Reforma na sala dos professores
6.6.6. CRONOGRAMA
As metas deverão ser cumpridas no período compreendido entre janeiro de 2011
a dezembro de 2014.
6.6.7. AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
O plano de metas aqui apresentado deverá ser avaliado semestralmente pela
equipe escolar – É um plano pensado para integrar o Projeto Político Pedagógico da
Escola, portanto está atualizado. A avaliação será realizada periodicamente, com análise e
reflexão das ações, seus limites e possibilidades, sendo flexível e de suma importância
para apontar a direção, avançar ou recuar, pensando sempre no bem estar do coletivo do
colégio e nos serviços que ela presta. Terá a periodicidade de trimestral, ou em caráter
extraordinário sempre que se fizer necessário com a possibilidade de prosseguir ou
retroceder dependendo do resultado da análise.
45
6.7. PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA - 2011
CRONOGRAMA 2011
OBJETIVOS AÇÃO /
ATIVIDADE
DESCRIÇÃO DA
AÇÃO
RESPONSABILIDADE
1) Implementar e re-
estruturar o PPP
2) Coordenar, orientar,
incentivar e
acompanhar as
ações pedagógicas e
atividades
administrativas,
visando a melhoria
da Educação
3) Assessorar
encontros de diretor,
equipe pedagógica,
pais e alunos,
objetivando a
melhoria da
aprendizagem
1) Organização da
Semana de
Capacitação
2) Redefinição dos
conceitos que
fundamentem ações
da escola:
Estudo das
concepções
teórico-
metodológicos.
3) Encontros através de
reuniões com pais e
alunos e professores.
1) Grupos de Estudo:
Discussão da
realidade
Educacional da
Escola.
Acompanham
ento da
implementação do
PPP e Proposta
Curricular por
Disciplina
2)Leitura e reflexão
de textos:
Reuniões e
Grupos de
Estudos.
Assessoramento da
práticas
pedagógicas e
avaliativas,
intervindo quando
necessário.
3)Reuniões para
apresentação e
discussão das
normas do
Regimento que
abordam;
aprendizagem,
freqüência,
disciplina,
aproveitamento e
outros.
1)Equipe Técnico
Pedagógico:
Professores
Comunidade
escolar
Direção
Funcionários
2)Pedagogos
3).Todos os profissionais
da Educação.
46
4) Acompanhar,
orientar e incentivar o
Processo Educativo
5) Re-educar para as
relações étnico-
raciais:
- Conscientizar
e politizar o
Processo
Eleitoral
- Contextualizar
os
acontecimento
s mundiais
4)Reunião e
convocação de pais
e alunos
5) Articulação entre os
processos:
educativos, políticos,
sociais e profissional
6) Encontros periódicos
7)Avaliação
Institucional.
4)Através de reuniões,
sessões de
aconselhamento
coletivo e individual:
Participação e
envolvimento
de pais, alunos
e professores.
5)Projetos a serem
desenvolvidos:
(afro-
descendentes,
profissionalizaç
ão, processo
eleitoral, Copa
do Mundo)
debates
encontros,
palestras.
7) Estudo e reflexão:
Teóricos,
metodológicos.
Reuniões com
acompanhamen
to técnico-
pedagógico
para análise e
reflexão do
trabalho
.desenvolvido
pela escola.
8).
4)Todos os
profissionais da
Educação
5) Comunidade Escolar
6) Pedagogas
7) Direção e equipe
pedagógica.
47
6.8. PLANO DE AÇÃO - FUNCIONÁRIOS - 2011
CRONOGRAMA 2011
OBJETIVOS AÇÃO/ATIVIDADE DESCRIÇÃO DA
AÇÃO
RESPONSABILIDA
DE
1. Viabilizar e apoiar
inovações que
tragam melhorias
às necessidades da
escola;
2. Colocar em prática
o conhecimento
adquirido no Curso
de Capacitação;
3. Colocar-se à frente
dos problemas
diários buscando
soluções com
coerência e
responsabilidade;
4. Atender dentro das
possibilidades os
pedidos feitos
pelos professores,
desde que seja para
melhor andamento
do estabelecimento
de ensino;
5. Agilizar os
trabalhos de
limpeza,otimizand
o o tempo de
trabalho,
respeitando
individualidades e
limitações de cada
um.
1. Seguir e
respeitar
normas, não se
limitando ao
individualismo;
2. Estar preparado
para troca de
mudanças e
experiências.
1.Todo funcionário
deverá estar apto em
opinar, aceitar ou não
as novas mudanças,
criticando com ética
e responsabilidade,
de forma que não
prejudique o
desempenho de cada
pessoa em sua área
profissional.
1. A responsabilidade
cabe a cada
profissional,
sabendo dos seus
direitos e deveres,
aplicando-os no seu
dia a dia:
*Secretário;
*Agente I;
* Agente II;
* Agente de Execução.
48
6.9. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Impossível falar em qualidade de ensino, sem falar da formação do professor,
questões que estão intimamente ligadas.
Há algumas décadas, acreditava-se que, quando terminada a graduação, o
profissional estaria apto para atuar na sua área o resto da vida. Hoje a realidade é
diferente, principalmente para o profissional docente. Este deve estar consciente de que
sua formação é permanente, integrada no seu dia a dia nas escolas.
O professor não deve se abster de estudar, o prazer pelo estudo e a leitura deve
ser evidente, caso contrário, não irá conseguirá passar esse gosto para seus alunos. “O
professor que não aprende com prazer, não ensinará com prazer”. (Snyders 1990)
Estudos apontam que existe a necessidade de que o professor seja capaz de
refletir sobre sua prática e direcioná-la segundo a realidade em que atua, voltada aos
interesses e as necessidades dos alunos.
Nesse sentido, Freire (1996) afirma que: “É pensando criticamente a prática de
hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática”.
Para maior mobilização do conceito de reflexão na formação do professor, é
necessário criar condições de trabalho entre os professores. Sendo assim, isso sugere que
a escola deve criar espaço para esse crescimento. Nessa perspectiva o desenvolvimento
de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto institucional. E os
responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais
reflexivos devem criar espaços de liberdade tranquila onde a reflexão seja possível.
Portanto, aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual, seja
possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis.
Uma nova maneira de perceber a educação passa necessariamente por
compreender o que ocorre diante das especificidades relativas às áreas do currículo, a
rápida implantação das novas tecnologias da informação, à integração escolar dos
educandos como necessidades educativas especiais, ou ao fenômeno intercultural.
As novas experiências para a escola diferente, devem buscar alternativas na
linha de ensino mais participativo, em que o conhecimento com outras instâncias
socializadoras situadas fora da escola. E, igualmente, novas alternativas à formação
permanente dos professores, de modo a torná-la mais dialógica, mais participativo, mais
ligada a projetos de inovação.
Inverter os papel dos docentes de uma posição passiva para um lugar
protagonista implica tratar ao menos três aspectos fundamentais: o primeiro refere-se à
necessidade de aprofundar a compreensão renovada acerca da função dos docentes e de
suas dimensões; o segundo remete à concepção sobre o desempenho profissional e os
fatores que o influenciam; o terceiro volta-se ao desenvolvimento profissional docente
como um conflito integrador da formação inicial e da formação em serviço em seus
diversos momentos.
Para tanto, a formação de professores não é parte da solução, e sim parte do
problema de qualidade da educação básica.
O desempenho docente, a partir de uma visão progressista, pode ser entendido
como o “processo de mobilização de suas capacidades profissionais, sua disposição
pessoal e sua responsabilidade social para articular relações significativas entre os
componentes que influenciam a formação dos alunos.
Assim, entende-se o desenvolvimento profissional como o processo de
aprendizagem dos docentes ao longo da vida profissional que se articula em quatro
momentos: a formação inicial, a formação em serviço (entendida como programas
formais), a superação permanente em nível local, entre pares nas equipes ou nos grupos
49
docentes, e a auto formação dos professores para o desenvolvimento de competências
sociais, éticas e técnicas no âmbito de uma profissão em permanente construção.
Essas considerações marcam a necessidade de abordar a formação inicial e
permanente a partir não só de uma reflexão mais ampla, mas também de um processo
integrado ao projeto educativo de país. Isso ajuda a pensar em algumas tarefas que
precisam ser abordadas. Assinalamos algumas:
Posicionamento do desenvolvimento profissional como um conceito
estratégico para a qualidade da educação e, portanto, como tema de política e
não como “competente” de algum projeto, no qual os docentes são
considerados “insumos” no mesmo nível que a infra-estrutura, os equipamentos
ou os textos escolares.
Fortalecimento de alianças pela educação permanente dos docentes, tarefas que
demandam um grande esforço de atuação nos países para construir mecanismos
e sistemas de desenvolvimento profissional que articulem e dêem sentido ao
trabalho dos responsáveis pela formação.
Compreensão do desenvolvimento profissional como fator fundamental, mas
não o único. Uma visão que permite, por um lado, destacar a importância da
formação permanente dos docentes e, por outro, colocá-la em diálogo com os
outros fatores de desempenho, tais como as condições de trabalho, a carreira
profissional, a avaliação de desempenho, etc.
Fortalecimento do protagonismo docente nos espaços de tomada de decisões.
Sem desconhecer que o foco central da profissão docente é a aprendizagem dos
estudantes, é obvio reconhecer os outros espaços nos quais deve atuar o
docente como ator fundamental. por exemplo, na construção coletiva do
projeto educativo escolar, na definição do modelo de gestão escolar, no
desenho de projetos pedagógicos, na definição de política, etc
Revalorização intelectual e social da profissão com o propósito de contribuir
para recuperar o espaço e o prestígio público dos docentes associada aos
melhores resultados, as maiores compromissos com a educação, aos mais altos
níveis de preparação. Em síntese, uma revalorização que passa por uma nova
imagem da profissão e de quem atua como docente.
Esforços como estes podem ajudar-nos a “(...) romper esse mais ou menos a
que estamos eternamente condenados. Hoje sabemos que é possível melhorar, é
possível fazer coisas de maneira distinta e melhor, independentemente do
ponto de partida e do contexto concreto”.
6.10. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS - A.P.M.F.
A Associação de Pais e Mestres e Funcionários (A.P.M.F) do Colégio possui
estatuto próprio registrado, diretoria constituída, controle de receitas e despesas com
conta bancária, dando atendimento às necessidades prioritárias. Administra os recursos
oriundos dos órgãos governamentais e não governamentais nas melhorias sobre aspectos
físico, material, humano e pedagógico, paralelamente, a associação envolvendo a
comunidade escolar investe em benefícios do processo ensino- aprendizagem dos
educandos. Participa e colabora em atividades diversificadas: sociais, cívicas, festivas,
religiosas ,esportivas, acompanhamento do desenvolvimento pedagógico, assessoria todas
as atividades e necessidades do Colégio compartilhando com a equipe escolar.
50
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (A.P.M.F) atua como um “elo”
entre o Estabelecimento de Ensino e a Comunidade Escolar, representando de forma
significativa os reais interesses de cada segmento. Deve demonstrar de forma
transparente, o que se espera da gestão. Para tanto, cada membro precisa ser participativo,
consciente e engajado em sua função.
Cabe à A.P.M.F: acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica,
buscar a integração da comunidade em que está inserida, assegurar melhores condições
da escola e gerir os recursos financeiros de acordo com as prioridades estabelecidas em
reunião conjunta com Conselho Escolar.
A formação da A.P.M.F. é realizada bienalmente, através de eleição onde são
escolhidos seus representantes legais: presidente, vice-presidente, 1º secretário, 2º
secretário, 1º tesoureiro, 2º tesoureiro, 1º diretor sócio-esportivo e 2º diretor sócio-
esportivo. Os mesmos reúnem-se mensalmente ou sempre que fizer necessário. A pauta
das reuniões volta-se para acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica do
Estabelecimento, promover ações direcionadas a alunos, pais e professores nos âmbitos,
sócio-cultural, familiar, esportivo e de formação humana. Através dessas ações, a
A.P.M.F. pretende atingir o seu objetivo maior: a integração entre família, educadores e
escola, oferecendo assim, um ensino de qualidade.
6.10.1. DIRETORIA FISCAL
6.10.1.1. PRESIDENTE:..........................Valdecir Roman
6.10.1.2. VICE PRESIDENTE:................Silvia Regina HernandesAlves
6.10.1.3. 1º TESOUREIRO:......................Simone Miranda Lopes
6.10.1.4. 2º TESOUREIRO:......................Jorge da Silva
6.10.1.5. 1º SECRETÁRIO:......................Carlos César Trislchtz
6.10.1.6. 2º SECRETÁRIO:......................Ilza de Lima Pereira
6.10.2. CONSELHO DELIBERATIVO FISCAL
6.10.2.1. REPRESENTANTE DOS PROFESSORES:
Fabiana Bombessi
Jocelise Martins da Silva
6.10.2.2. REPRESENTANTE DOS FUNCIONÁRIOS:
Carlos Alberto Ferreira
Zilda Pinetti
6.10.2.3. REPRESENTANTE DOS PAIS:
Valdelice Leite Pereira Covre
Aurea Celina Bello de Senna
51
Railda Teixeira Rocha
Elis Cristina Ostapechen
6.11. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar foi instituído no Paraná através da Deliberação 020/91, do
Conselho Estadual de Educação, estabelecendo no seu Artigo 6º que todas as escolas
devem ter um órgão máximo de decisões coletivas, o colegiado, que deve abranger
representações de toda a comunidade escolar, reforçando o princípio constitucional da
democracia.
A Resolução 4839/94, da Secretaria de Estado da Educação, legitima as normas
contidas na Deliberação 020/91 – CEE, aprovando os regimentos escolares da Rede
pública Estadual, que normalizam o funcionamento dos Conselhos Escolares no Estado
do Paraná. Posteriormente, revogadas e substituídas pela Deliberação 16/99 – CEE e
Resolução 2122/00 – SEED em vigor.
Com a proposta de reformulação do Estatuto do Conselho Escolar, foi aprovada
a nova Resolução 2124/05 – SEED, publicada em 15/08/05, que orienta a análise e
aprovação do novo Estatuto do Conselho Escolar para a Rede Pública Estadual.
Para que a gestão democrática se realize de fato, não basta a implementação do
Estatuto. É necessário que todos se expressem com liberdade sobre a atuação da escola,
propiciando relações mais dinâmicas, mais solidárias e menos autoritária no cotidiano
escolar.
O Conselho Escolar foi formado através de eleições realizadas com cada
segmento da escola, onde os representantes ficaram cientes de seus deveres. Os mesmos
se reúnem bimestralmente ou sempre que se fizer necessário, atendendo as atribuições
contidas no Art.43 do Capítulo III do estatuto do Conselho escolar, aprovado através da
Resolução nº 2124/05 – SEED.
O Conselho Escolar, um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e
fiscal, é constituído segundo as disposições contidas no Parecer nº 051/96, homologado
pelo Ato Administrativo nº 099/03 do Núcleo Regional da Educação, e tem por finalidade
efetivar a gestão escolar na forma de colegiado, com a tomada de decisão conjunta no
planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e
pedagógicas, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os
setores do Colégio, constituindo-se como órgão parceiro da Direção.
6.11.1. COMPOSIÇÃO
6.11.1.1. PRESIDENTE:.....................................Luciene Ricoldi
6.11.1.2. VICE PRESIDENTE:..........................Carlos Cesar Trislchtz
6.11.1.3. REPRES. EQUIPE PEDAGÓGICA:.Sandra Ribeiro Arruda
..............................................................Cecilia Sanae Higachi
6.11.1.4. REPRES. AGENTE EDUCACIONAL I:.
..............................................................Carlos Cesar Trislchtz
..............................................................Carlos Alberto Ferreira
52
6.11.1.5. REPRES. AGENTE EDUCACIONAL II:
...............................................................Eunice D.de Oliveira
6.11.1.6. REPRES. CORPO DOCENTE:
...............................................................Laudemir de Souza
................................................................Marilda G. Freitas
6.11.1.7. REPRES. DOS PAIS:.........................Aniva G. de Oliveira
Rosilene D.Benevenuto
6.11.1.8. REPRES. DA A.P.M.F.:................ ...Valdelice L. P. Covre
.............................................................Aurea Celina B.de Senna
6.11.1.9. REPRES. DOS ALUNOS:................Luana Marielli da Silva
6.11.1.10.REPRES.DOSEGMENTO DA SOCIEDADE:........................
..........................................................Satoe Yamamoto Peixoto
.............................................................. Silvia Regina H.Alves
6.12. CONSELHO DE CLASSE
Os conselhos de classe deverão possibilitar a inter-relação de profissionais e
alunos, propiciar o debate sobre o processo de ensino e de aprendizagem, favorecer a
integração e sequência dos conteúdos curriculares de cada série/classe e orientar o
processo de gestão de ensino, tornando-se uma importante instância de reflexão da
escola.
O conselho de classe é realizado com o corpo docente, direção e equipe
pedagógica, sem a participação de pais e alunos; entendemos que estes fazem parte do
processo democrático, no entanto, tal participação exige reflexão, conscientização e
preparação. É realizado trimestralmente, registrado em livro próprio. Tem caráter
decisivo e está diretamente ligado ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos,
quanto ao desempenho do aproveitamento escolar a decisão fica em torno do processo
educativo com prevalência nos aspectos qualitativos. Sua função é de propor mudanças,
revendo situações de baixo rendimento escolar, novas alternativas pedagógicas e formas
de avaliação, além de estratégias que possibilitem o avanço e o desenvolvimento do
educando, garantindo melhorias na qualidade de ensino.
6.13. GRÊMIO ESTUDANTIL
A Lei Federal nº 7.398, de 04/11/85, no seu Artigo 1º, assegura a organização do
Grêmio Estudantil como entidade autônoma representativa dos interesses dos estudantes
secundaristas, com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportistas e sociais.
O Grêmio Estudantil é um órgão composto somente de estudantes. Ele deve estar
sempre preocupado em tornar realidade as aspirações da maioria daqueles que estudam
num Estabelecimento de Ensino. É composto por uma diretoria eleita pelos estudantes
que deverá trabalhar com diversos departamentos através de uma gestão colegiada.
53
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio estão estabelecidos
no seu estatuto, aprovado em assembléia geral do corpo discente do estabelecimento de
ensino, convocado para esse fim.
O diretor da escola da rede estadual de ensino deverá colaborar com a
organização do Grêmio, propiciando aos alunos, condições de realização de reuniões as
quais devem ser realizadas mensalmente e/ou eventualmente sempre que se fizer
necessário. Respeitando-se as normas disciplinares da escola, será permitido o acesso dos
membros do Grêmio às salas de aulas e o uso das dependências para informes e
esclarecimentos das finalidades do Grêmio.
O Grêmio Estudantil denomina-se Grêmio Estudantil Albert Einsten. No
momento, embora a direção do Colégio tenha estipulado a composição, o Grêmio
Estudantil no Colégio, inclusive com a intervenção do Núcleo Regional de Apucarana -
NRE no sentido de incentivar a eleição de novos membros do Grêmio, não houve
interesse por parte dos alunos.
O Grêmio Estudantil Albert Einsten conta apenas com dois membros, Caroline
Gomes Rodrigues e Giovani Paganini de Oliveira, que estarão representando o Colégio
em Brasília no congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES,
ainda em 2011.
6.14. AVALIAÇÃO
A avaliação tem uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento do
processo pedagógico; avalia-se, portanto, o educando, a escola e o sistema escolar. O
resultado obtido deverá indicar o ponto em que o conteúdo deve ser retomado e em que
aspecto o processo pedagógico deve ser reformulado.
O clima de trabalho instalado, na presença de que avaliação é um instrumento
para ajudar o aluno a aprender, assegura espaço para os alunos arriscarem. E, ao arriscar-
se, podem errar. O erro nessas classes não configura, portanto, pecado ou ameaça, mas
uma pista valiosa; permite investigar quais problemas os alunos enfrentam e por quê. E, a
partir daí, orientá-los melhor e transformar eventuais erros de percurso em situações de
aprendizagem, resultando em avanços e eliminação de dificuldades.
Sempre que se observa a organização da sociedade, não deixa de vir à tona uma
questão crucial: como é possível tão poucos dominarem a tantos?
A classe dominante para manutenção do status, precisa contar com um certo
consenso junto às classes dominadas, para isto, lança mão da inculcação ideológica.
A avaliação escolar colabora neste processo de dominação, pois faz uso da
avaliação como instrumento de discriminação e seleção social, na medida que assume a
tarefa de separar os “aptos” dos “inaptos”, os “capazes” dos “incapazes”, além disso
cumpre a função de legitimar o sistema dominante.
Por uma avaliação crítica, transformadora, a serviço da educação que se pretende
indutora de avanços e melhoria no processo educacional, pressupõe sintonizar o processo
de avaliação com a finalidade do objeto avaliado. Assim, numa perspectiva
emancipadora, educar nossos alunos para que sejam autônomos em sua aprendizagem e
em seu desenvolvimento humano, produtores de conhecimento crítico e significativo,
conscientes e comprometidos com o coletivo. Se é nesta perspectiva que se educa, é com
esta mesma perspectiva que a avaliação deve ser praticada. Assim a avaliação deve ser
54
concebida para auxiliar o aluno a aprender e, é por meio dela que o professor deverá rever
os procedimentos utilizados na prática diária, permitindo ao aluno perceber seus avanços
e suas dificuldades. Dessa forma, a avaliação tem função permanente de diagnóstico e de
acompanhamento da prática pedagógica, constituindo-se assim, segundo Luckesi/2003
como um ato amoroso, no sentido de que o processo de avaliação tem por base acolher
uma situação para, então, ajuizar a sua qualidade com vistas às mudanças, com o objetivo
de diagnosticar e incluir o educando, pelos mais variados meios no curso da
aprendizagem satisfatória.
Para avaliar, é preciso que o professor utilize diversos instrumentos, também
deve considerar estreita relação existente entre o conteúdo e a metodologia aplicada.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394/96, em seu
artigo 24, inciso V, prevê que a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho
do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A Lei prevê
ainda a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, preferencialmente paralelos ao
período letivo, para o aluno com baixo rendimento escolar. No estado do Paraná, a
Resolução 3794/04, estabelece a nota 6,0 (seis vírgula zero) como média de aprovação
para os alunos da rede Pública Estadual de Educação Básica. Sendo assim, o aluno deverá
manter média mínima trimestral 6,0 (seis vírgula zero), a fim de ser aprovado. Para o
aluno que não atingir a média mínima para aprovação, deverá ser submetido a apreciação
do Conselho de Classe que fará uma análise do mesmo, para posteriormente emitir o
resultado final do aluno.
A sistemática da Avaliação da aprendizagem do aluno deverá incidir sobre o
desempenho do mesmo em diferentes situações de aprendizagem, com diversificação de
técnicas e instrumentos dando ênfase à atividade crítica e a capacidade de síntese,
respeitando a individualidade do aluno.
No decorrer do ano letivo, os pais dos alunos com baixo desempenho são
convocados individualmente para ciência e acompanhamento da vida escolar de seus
filhos.
Quanto a promoção do aluno ao término do ano letivo, deverá considerar os
resultados obtidos durante o período letivo, incluída a recuperação de estudos, considerar
como rendimento mínimo o aluno que obtiver a Média Anual igual a 6,0 (seis vírgula
zero) resultante da média aritmética dos 3 bimestres em cada disciplina, garantindo o
mínimo de 3 instrumentos por bimestres.
Por uma avaliação formativa emancipadora, avaliar a prática pedagógica,
também se faz necessário nesse processo. Para tanto, propõe-se algumas reflexões que
poderão auxiliar o professor a refletir sobre a sua prática pedagógica:
a) Toma-se como ponto de partida para o desenvolvimento do trabalho seguinte, os
elementos de ensino-aprendizagem originados e detectados no trabalho individual e
em grupos?
b) No trabalho em grupos, possibilita-se as discussões e os debates, conduzindo-os de
forma democrática e incentivando o exercício da cidadania com vistas à organização
necessária ao desenvolvimento do trabalho?
c) O trabalho está direcionado para que o processo ensino-aprendizagem aconteça com a
participação de todos os alunos nas atividades do grupo, de forma que eles se tornem
mais responsáveis e compreendam o papel que desempenham nesse processo?
d) Os alunos participam ativamente das atividades, expondo pontos de vista, dúvidas,
descobertas e propondo soluções?
55
e) Propicia-se os alunos a pesquisar, produção, formulação de conceitos e a utilização de
diferentes tipos de registros (oral, escrito e outros)?
f) Tem-se a preocupação de valorizar os acertos e progresso dos alunos no seu
desempenho escolar, buscando promover sua aprendizagem
Outras reflexões se fazem necessárias a partir do confronto teórico- prático que
ocorre durante o processo de ensino- aprendizagem, de acordo com cada realidade.
6.15. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A auto- avaliação é um processo de criação de cultura, de busca contínua de
atualização e de auto- superação dos educadores e da instituição, ao nível das estruturas
de poder e do sistema, assegurando assim, sintonia com as mudanças sociais, culturais,
econômicas, científicas e tecnológicas. Assim, pressupõe-se o envolvimento e a
disposição de cada ator educativo em busca da excelência no processo educativo.
Trata-se, portanto, de um processo de mudança e de melhoria gradual, com
avanços e retrocessos, de não acomodação, de compromisso com o futuro, que se traduz
na reorientação da prática pedagógica.
Dessa forma, avaliar a educação pública é também avaliar a função social da
educação e seu significado social. É preciso construir uma cultura de avaliação na qual a participação seja
efetivamente a palavra-chave no processo de reconstrução e de resgate do
papel da escola básica junto à sociedade local, regional e nacional. A avaliação
deve possibilitar ao sistema educacional a construção de um projeto de
desenvolvimento sustentado por princípios como a democracia, a autonomia, a
pertinência e a responsabilidade social. (ZAINKO, 2004)
O desafio de avaliar dentro de uma perspectiva emancipadora, democrática e
formativa busca, dentre outras, algumas finalidades comuns de ensino como: constituir
significado ao conhecimento científico e cultural; contribuir para a formação de cidadãos
críticos, autônomos e participativos; trabalhar na perspectiva da formação integral;
estimular a atitude investigativa e de pesquisa.
Neste sentido, a auto-avaliação, como instrumento para qualificar a gestão
democrática e o ensino, servirá como parâmetro para tomada de decisão diante da
realidade para reformulação do Projeto Político Pedagógico – P.P.P, como também para
superação das fragilidades, assim como para consolidar as potencialidades da instituição
para elevação da qualidade da aprendizagem, ampliando-se assim a apropriação do saber
de forma que o educando se constitua cidadão autônomo e sujeito crítico.
Dessa forma é imprescindível que a avaliação institucional e a avaliação do
P.P.P, seja realizada de forma sistemática e anual, investigando a instituição escolar,
principalmente nos processos de avaliação de aprendizagem, não apenas para tomada de
consciência, mas com o objetivo de corrigir os rumos e o compromisso com as ações
inovadoras que visem ao avanço da melhoria da Educação Básica.
56
6.16. REFERÊNCIAS
SOARES, Magda. Universidade Federal de Minas Gerais. Centro de Alfabetização,
Leitura e Escola.
INSTRUÇÃO Nº 008/201 – SUED/SEED. - Lei nº 9394/96 Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Resolução nº 7/2010-CNE/CEB Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Deliberação nº 03/2006-CEE/CEB.
Parecer nº 407/2011-CEE/CEB que responde a Consulta da SEED quanto à
implantação do 6º ao 9º anos e a obrigatoriedade da oferta do 6º ano do Ensino
Fundamental em 2012.
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 8.069, de 13 de julho de
1990.
FROTA, Ana Maria Monte Coelho. Diferentes Concepções da Infância e
Adolescência: A importância da historicidade para sua construção. Professora
Adjunta do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará –
UFC.
KRAMER, S, Infância, cidadania e educação.
PAIVA, A, Evangelista, A, Paulino, Ge Vesianin, 7 (Org) e KRAMER, S.Direitos da
Criança e Projetos Políticos Pedagógico de Educação infantil.
BASÍLIO, L e KRAMER, S, Infância Educação e Direitos Humanos. São Paulo, Ed.
Cortez, 2003. 2003.p.51-81.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
DO
ENSINO FUNDAMENTAL
E
ENSINO MÉDIO
É um direito público subjetivo obrigatório e gratuito. Devem levar em
consideração o perfil dos alunos atendidos, a faixa etária, as séries/anos em que
encontram maiores dificuldades de se adaptarem à escola e de se apropriarem dos
conteúdos, além de suas condições sócio-econômicas, culturais e sociais. Deve estar a
serviço do coletivo da escola, cujo desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os seus
alunos, independente das condições econômicas e culturas.
Oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes
linguagens, superando assim as práticas excludentes. Para tanto, é preciso que o coletivo
dos professores tenham consciência de que a escola pública é uma instituição que faz a
diferença significativa na vida da comunidade, tenha responsabilidade política de
contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais.
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PROPOSTA CURRICULAR
DO
ENSINO FUNDAMENTAL
E
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“As Propostas Curriculares do Ensino Médio: L.E.M Inglês, Língua Portuguesa
e Matemática, diante da similiaridade de contextualização com o Ensino
Fundamental. Foram contempladas juntamente com a Proposta Curricular do
Ensino Fundamental.”
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A R T E
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: ARTE
PROFESSORAS: CLÁUDIA REGINA C. SPINATTO BORDINHÃO
LEISE RUTH LIMA DE OLIVEIRA ASCENCIO
KÁTIA ROSSETTI SUGIHARA
1. APRESENTAÇÃO
A interação entre conhecimento estético, conhecimento artístico e conhecimento
contextualizado é de fundamental importância dentro do trabalho docente, servindo como
proposta para o desenvolvimento e articulação entre as quatro áreas de arte (artes visuais,
teatro, música e dança).
Dentro do conhecimento estético usamos o conhecimento teorizado sobre a arte,
produzido pela arte e as ciências humanas como a filosofia, sociologia, psicologia,
antropologia e literatura.
Através do conhecimento artístico usufruímos o fazer artístico e do processo
criativo servindo como forma de organização e estruturação do trabalho artístico.
No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e
artístico do aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado de
experiências sociais e suas relações com o conhecimento sistematizado em arte.
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação
católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem
portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros
revelam o uso pedagógico da arte. Esse contexto foi importante na constituição da matriz
cultural brasileira e manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na
música caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola); no folclore,
com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a
Congada da Lapa, entre outras que permanecem com algumas variações.
No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil – século XVI ao XVIII
– a Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o
Renascimento e culminaram com o Iluminismo. Nesse contexto, o governo português do
Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma
61
reforma na educação e em outras instituições da Colônia. A chamada Reforma Pombalina
fundamentava-se nos padrões da Universidade de Coimbra, que enfatizava o ensino das
ciências naturais e dos estudos literários.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de
obras e ações foram iniciadas para atender, em termos materiais e culturais, a corte
portuguesa. Entre essas ações, destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses
encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam
aprender as artes e ofícios artísticos.
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa, cuja concepção de arte
vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Em termos
metodológicos, propunham exercícios de cópia e reprodução de obras consagradas, o que
caracterizou o pensamento pedagógico tradicional de arte. No Paraná, foi fundado o
Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do
Colégio Pedro II, e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação, para a formação
em magistério.
Nas primeiras décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana de Arte
Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos
nacionalistas da época. O sentido antropofágico do movimento era de devorar a estética
europeia e transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do
artista, rompendo com os modos de representação realistas. Esses artistas direcionaram
seus trabalhos para a pesquisa e produção de obras a partir das raízes nacionais.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde
o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a
arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura
popular brasileira.
O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo
e criatividade.
Entretanto, somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos,
o ensino de Arte se generalizou e uma mesma metodologia foi adotada na maioria das
escolas brasileiras. Como Superintendente de Educação Musical e Artística do Governo
de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de música nas escolas por
meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de uma identidade nacional.
A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios e os professores trabalhavam
com o canto orfeônico, com o ensino dos hinos e com o canto coral, realizando
apresentações para grandes públicos.
Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados
da década de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo de leitura rítmica e
execução de hinos ou outras canções cívicas.
O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a
classe social à qual se destinavam, como por exemplo, a corporação de músicos e a
corporação de artesãos em Vila Rica, no século XVIII; as aulas particulares de piano das
senhoritas burguesas do século XIX; nos circos com atores, músicos e malabaristas e de
diversos outros grupos sociais.
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a elas; na
música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o Teatro de
Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo de Glauber Rocha. Esses
movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e,
62
gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar. Com o
Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e vários
artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram perseguidos
e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7° determinava
a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5a
série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1º e 2º Graus, respectivamente.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela
redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse
processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que
promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor
novos fundamentos políticos para a educação.
Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia
histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação,
com experiências de educação popular realizadas por Organizações e movimentos
sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham oferecer
aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social
transformadora.
A pedagogia histórico-crítica fundamentou o Currículo Básico para Ensino de 1o
grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da
Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Tais propostas curriculares pretendiam
fazer da escola um instrumento para a transformação social e nelas o ensino de Arte
propôs a formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo
trabalho artístico.
Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi
interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em
outras bases teóricas. O Currículo Básico ainda estava amparado por resolução o
Conselho Estadual, mas foi, em parte, abandonado como documento orientador a prática
pedagógica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de
1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências
dos professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino.
Questiona-se, também, a pouca participação dos professores na produção dos
PCN, que foram escritos e distribuídos antes da elaboração das Diretrizes curriculares
Nacionais (DCN) que, segundo a LDB n. 9394/96, deveriam ser a base legal para a
formulação dos PCN. Tanto as DCN quanto os PCN do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio, tomaram o conceito de estética sob os fundamentados da estética da sensibilidade,
da política da igualdade e da ética da identidade.
Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais profissionais
passaram a ver a arte e os conceitos de estética como meio e princípio nos seus cursos.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da
Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de
Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção
coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito
epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas
diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e
científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual
do Paraná.
Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto, que
estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a
necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte.
63
Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a
compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a um
meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e terapia.
Assim, o ensino de Arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para se
ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
2.1 Elementos Formais
São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são
matéria-prima para produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são
usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas.
2.2 Composição
Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de
composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais,
musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
2.3 Movimentos e períodos
Este conteúdo estruturante deve estar presente em vários momentos do ensino,
para facilitar a aprendizagem do aluno e para que ele tenha uma ampla compreensão do
conhecimento em arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos
presentes numa composição artística, e explicita as relações internas ou externas de um
movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.
2.4. CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
O ponto
A linha (tipos e posições)
Cores (primárias,
secundárias, monocromia
e policromia)
Composições
bidimensionais
Desenho (figurativo,
estilizado, abstrato,
geométrico)
Pintura (técnicas/artistas)
Colagem (técnicas/artistas,
Arte na pré-história
Arte brasileira
Cultura afro-brasileira
Impressionismo
Expressionismo
Arte indígena
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Textura
Formas e estilos
Composições
bidimensionais e
tridimensionais
Superfície
Volume
Luz
simetria)
Composições
tridimensionais
-Montagens
-Escultura
-Arquitetura
Gêneros: Cenas da
Mitologia
MÚSICA
Elementos sonoros:
timbre, intensidade,
altura, duração
Instrumentos musicais
(densidade)
Produção de ritmo
Experimentação de
instrumentos musicais
alternativos na composição
de melodia e improvisação
Arte na pré-história
Arte brasileira
Cultura afro-brasileira
Modernismo
DANÇA
Ritmo, coreografia,
movimento corporal
Tempo e espaço
Movimentos Articulares
Ponto de apoio
Dimensões (grandes e
pequenos)
Rápido e Lento
Técnica: improvisação
Gêneros: cirandas
Arte brasileira
Cultura afro-brasileira
Folclore brasileiro
Modernismo
TEATRO
Elementos da ação
dramática (personagem,
ação e espaço)
Jogos Teatrais e
Improvisação teatral
Enredo e Roteiro
Gêneros: Comédia
Arte brasileira
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
O ponto
A linha (tipos e posições)
Cores (quentes, frias,
neutras e
complementares)
Textura (própria ou
Composições
tridimensionais
Desenho
(figura/fundo/abstrato)
Pintura
Colagem
Arte na pré-história
Arte brasileira
Cultura afro-brasileira
65
VISUAIS orgânica, produzida ou
gráfica)
Formas e estruturas
Superfície e Volume
Luz
Gravura
Gêneros: paisagem, retrato,
natureza morta
MÚSICA
Altura
Duração
Timbre
Melodia
Experimentação de ritmos
Escalas
Gêneros: popular e étnico
Técnicas: improvisação
Arte na pré-história
Arte brasileira
Cultura afro-brasileira
DANÇA
Movimento Corporal
Tempo e espaço
Coreografia
Ponto de Apoio
Lento e rápido
Formação
Gênero: Folclórica e
popular
Arte brasileira
Cultura afro-brasileira
Folclore brasileiro
Modernismo
TEATRO
Elementos da ação
dramática (personagem,
ação e espaço)
Expressão corporal e
improvisação teatral, jogos
teatrais, mímica
Arte grega
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
Linhas
Formas
Texturas
Volume
Superfície
Cor
Luz
Desenho (estilização e
deformação)
Ritmo Visual
Arte na pré-história,
Egito e Grécia e
Renascimento
Arte brasileira
Arte bizantina
66
MÚSICA
Duração
Altura
Densidade
Timbre
Intensidade
Experimentação de ritmos
(células rítmicas)
Confecção de instrumentos
de percussão (técnica
instrumental e harmonia)
Composição sonora
(melodia)
Arte contemporânea
Cultura afro-brasileira
DANÇA
Movimento Corporal
Tempo e espaço
Improvisações
Composição coreográfica
Direção
Sonoplastia
Cultura afro-brasileira
Arte contemporânea
Modernismo
TEATRO
Personagem
Expressão corporal,
gestual, vocal e facial
Ação e espaço cênicos
Representação
Maquiagem
Adereços
Sonoplastia
Roteiro
Teatro de Sombras
Arte medieval
Renascimento
Barroco
Arte africana
Arte afro-brasileira
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
Linha
Superfície
Textura
Volume
Cor
Forma
Luz
Figurativo
Ritmo Visual
Bidimensional e
tridimensional
Figura e fundo
Gêneros e técnicas (grafite,
paisagens urbanas)
Arte neoclássica
Arte afro-brasileira
Arte africana
67
MÚSICA
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Melodia
Ritmo
Gêneros (popular)
Técnicas (vocal e
instrumental)
Arte afro-brasileira
Arte moderna
Arte brasileira
DANÇA
Movimento corporal
Tempo e espaço
Deslocamento
Coreografia
Quedas, saltos, giros
Gêneros e técnicas
Arte neoclássica
Arte brasileira
Arte afro-brasileira
TEATRO
Personagem
Expressão corporal,
gestual, vocal e facial
Ação e espaço
cênicos
Sonoplastia
Iluminação
Cenografia
Figurino
Jogos Teatrais
Arte moderna
Arte brasileira
Arte paranaense
3. METODOLOGIA
Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da
percepção, identificação do gerir da forma de organização e interpretação de signos
verbais e não verbais manifestos nos bens culturais, materiais e imateriais.
Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar ideias com o
grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e análises para que se
possa entrar em contato, não só com as formas de linguagens técnicas, mas também com
idéias e reflexões propostas pelas diferentes linguagens artísticas.
Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da
organização pedagógica, o sentir e perceber que são as formas de apreciação e
apropriação, o trabalho artístico que é a prática criativa, o conhecimento, que fundamenta
e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado,
direcionando o aluno a formação de conceitos artísticos.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção
artística, mas também compreender o que faz e o que os outros fazem pelo
desenvolvimento da percepção estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como
objeto de cultura na história, política e social e com o conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da
aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o
mundo. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais
ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele
estabelece relações.
68
Sempre que oportuno, conscientizar para a importância da educação ambiental,
sua conservação, valores sociais e qualidade de vida. A partir dessa conscientização,
trabalhar com material reciclado dentro dos conteúdos da disciplina.
Dentro dos conteúdos elencados, contemplar as Leis nº 10.639/03 e Lei nº
11.648/08 que valoriza a cultura afro-brasileira e indígena resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica, política e artística, tendo em vista que tais
culturas caracterizam a formação da população brasileira.
No processo de ensino-aprendizagem, o trabalho será direcionado para a
estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos, relacionando
o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Também
enfocará o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas,
abordando as mídias e os recursos tecnológicos na arte além de dar ênfase na arte como
ideologia e fator de transformação social, tanto nas artes visuais como na música, dança e
teatro.
Para tanto, utilizar-se-á de várias abordagens como: produção e execução de
instrumentos rítmicos, trabalhos de composição musical, prática coral e cânones;
produção de trabalhos de artes visuais; produção de trabalhos com teatro, composição
teatral; produção de trabalhos com dança.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica por ser referência do professor para planejar
as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A Avaliação é contínua e cumulativa do desempenho do aluno, visando os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos durante todo o ano letivo.
A Avaliação deverá ser criadora de estratégias que possibilitem o
entrelaçamento do conceito com a construção cultural, deverá ser feita através da
observação e registro, sem parâmetros comparativos entre alunos por meio de provas
escritas e orais, auto-avaliação dos alunos, seminários, atividades práticas, obedecendo a
proposta do projeto político da escola.
A escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do saber científico
historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a realidade social
daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem o mérito de elevar o nível de consciência
crítica dos alunos e de introduzi-los na atualidade histórico social de sua época,
possibilitando-lhes uma atuação consistente e competente na transformação da sociedade.
A avaliação é um ato social em que a sala de aula e a escola devem refletir o
funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e responsáveis, que
conhecem sua posição em relação a outras comunidades.
Na busca de valorizar o conhecimento trazido pelo aluno em suas experiências
anteriores, para a compreensão de novos conceitos e aprofundamento de outros, a
avaliação na disciplina de artes no ensino fundamental será diagnóstica e processual, sem
estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, considerando sempre a produção
individual com suas dificuldades e progressos pessoais, com peso sempre em parâmetros
qualitativos do que quantitativos.
O planejamento deve ser constantemente redirecionado, considerando a
avaliação do professor, dos alunos, do desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação dos
alunos.
69
O sistema de avaliação será composto da seguinte somatória: 4,0 (quatro vírgula
zero), referente às atividades diversificadas, e 6,0 (seis vírgula zero), referente às provas
escritas e/ou orais.
A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e concomitante,
contemplando os preceitos do Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar deste
estabelecimento. Para possibilitar essa avaliação individual, é necessário utilizar vários
instrumentos de avaliação, como diagnóstico inicial, durante o percurso e no final do ano
letivo por meio de trabalho em grupo, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas,
auto-avaliação, e exercícios realizados no caderno. A recuperação de estudos é paralela
aos conteúdos durante todo o trimestre e a recuperação de notas será ofertada no valor
10,0 (dez vírgula zero), possuindo valor substitutivo, valendo sempre a maior, sendo que
aos alunos que atingiram a média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) esta será
optativa.
Espera-se com a avaliação em arte que o aluno seja capaz de atingir os seguintes
objetivos:
Utilizar-se do conhecimento estético na compreensão das diferentes
manifestações culturais;
Produzir material artístico tanto individual ou coletivamente em todas as
linguagens artísticas;
Posicionar-se criticamente na tomada de atitudes, segundo sua compreensão e
percepção;
Compreender o homem como um todo e a realidade em que vive, sendo capaz de
transformá-la através de atos criativos.
Refletir e posicionar-se com relação à indústria cultural, arte erudita e popular;
Apreciar a arte de modo criativo, com consciência estético-crítica.
Instrumentos de Avaliação: Para efeitos de avaliação, poder-se-á utilizar instrumentos
como seminários, produção artística, elaboração de eventos, provas escritas e orais,
trabalhos teóricos e práticos, simulados, debates, palestras, sempre interligados à proposta
do projeto político da escola.
O sistema de avaliação ditado pelo Estabelecimento de Ensino é Trimestral,
composto pela somatória de 60% da nota em provas e 40% da nota em trabalhos, sendo
que o professor terá que fazer no mínimo dois trabalhos e uma prova através de diversos
instrumentos.
70
5. REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1987.
AZEVEDO, F. de. A. - Cultura Brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, Editora da USP, 1971.
BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A experiência de Brasília – I
Simpósio Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1ª Ed, SP. Editora
Mas Limonade, 1986.
BENJAMIM, T. Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Obras escolhidas. Volume I
São Paulo: Brasiliense, 1985.
BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte;
CADERNOS TEMÁTICOS> Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-
brasileira nos currículos escolares/Paraná. SEED. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Arte. Paraná, 2008.
DUARTE JÚNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. 4ª Ed. Campinas, SP:
Papirus, 1993.
DUARTE JÚNIOR, J. F. Por que arte educação? 8ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.
ENCICLOPÉDIA – A Arte nos Séculos – Abril Cultural.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. RJ: Nova
Fronteira, 1995.
HANSEDALG, Ricardo. Raça e Gênero no sistema de ensino: os limites das políticas
universalistas na educação. Brasília, 2002.
OSTROWER, Faiga. Universos da Arte, Campus, 1997.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e Grande Público: a distância a ser extinta.
Campinas: Autores Associados, 2003 (coleção polêmica do nosso tempo, 84).
PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed. Nacional, 1998.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ed. Ática. São Paulo, 1995.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. SP: brasiliense, 1987.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha
REGIMENTO ESCOLAR - Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha Col. Est. Profª Nadir
Mendes Montanha
71
OLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: CIÊNCIAS
PROFESSORES: DIEGO HENRIQUE ALEXANDRINO
PAULO GUILHERME DOS SANTOS
SEBASTIÃO PEREIRA DOS SANTOS
SIMONE FORCATO
1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da natureza. A natureza enquanto conjunto de elementos que
constituem o universo, em toda sua complexidade, apresenta uma dinâmica (causalidade)
que rege as relações entre esses elementos, possibilitando ao homem uma interpretação
racional sobre os fenômenos observados a partir dessas relações.
A ciência, entendida como construção humana e coletiva, representou
/interpretou/modelou historicamente elementos que passaram a ser conceituados e
apropriados culturalmente. No momento historicamente atual, apontar para este
documento, conceitos fundamentais e integradores, a saber: energia, tempo, espaço
campo, matéria, movimento, força, ser vivo, célula.
Essa natureza apresenta-se como uma das principais formas de legitimação do
objeto de estudo e ensino da disciplina de Ciências e, segundo Lopes (2007), a própria
adjetivação de uma dada ciência como natural é uma das maneiras de enunciar tal forma
de legitimação, além de ser capaz de constituir as ciências naturais como um saber
distinto das chamadas ciências sociais e do saber cotidiano.
As relações entre os seres humanos, com os demais seres vivos e com a natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Ao relacionar com a
natureza, o homem diferencia-se dos outros seres por se humanizar, característica que se
origina essencialmente na atividade do trabalho, buscando a satisfação de suas
necessidades.
Mas a ação do homem sobre a natureza não se restringe somente para a
necessidade de sobrevivência. Ele ultrapassa seu limite animal e incorpora experiências,
conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitendos culturalmente.
Sendo assim, as novas gerações não precisam votar ao ponto de partida, tão somente
biológico e instintivo, para garantir sua adaptação ao meio. A educação e a cultura
garante a circulação e a elaboração do conhecimento e o estabelecimento de novas formas
de pensar.
73
As novas formas de pensar deve estar ligada diretamente a História da Ciência
em que busca a possibilidade de interpretar as atividades humanas das quais influências e
sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas, pois a
mesma não revela a verdade, mas propõe modelos aplicativos, visando sempre os
modelos científicos que com o tempo são superados com explicações e superações de
idéias, nesse sentido a reflexão sempre se faz presente, pois implica em considerá-la
como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,
religioso, ético e político, pois é imprescindível determiná-la no tempo e no contexto de
realizações humanas, que também são historicamente determinadas, por isso faz-se
necessário investigar a história da construção do conhecimento científico.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º ANO
ASTRONOMIA: universo, sistema solar, movimentos celestes e terrestres, astros
MATÉRIA: constituição da matéria
ENERGIA: formas de energia, conversão de energia, transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE: organização dos seres vivos, ecossistemas, evolução dos seres
vivos.
SISTEMAS BIOLÓGICOS: níveis de organização
7º ANO
ASTRONOMIA: movimentos celestes e terrestres, astros
MATÉRIA: constituição da matéria
ENERGIA: formas de energia, transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE: organização dos seres vivos, sistemática, origem da vida
SISTEMAS BIOLÓGICOS: célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos
8º ANO
ASTRONOMIA: origem e evolução dos seres vivos
MATÉRIA: constituição da matéria
ENERGIA: formas de energia
BIODIVERSIDADE: evolução dos seres vivos
SISTEMAS BIOLÓGICOS: célula, morfologia e fisiologia dos seres vivos
74
9º ANO
ASTRONOMIA: astros e gravitação universal
MATÉRIA: propriedades da matéria
ENERGIA: formas de energia e conservação de energia.
BIODIVERSIDADE: interações ecológicas
SISTEMAS BIOLÓGICOS: morfologia e fisiologia dos seres vivos e mecanismos de
herança genética
3. METODOLOGIA
O ensino de Ciências deve ser um meio para que o professor e aluno,
compreendam criticamente a ciências dentro de cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a
disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, prevendo ainda a abordagem da cultura e
história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei
11.645/08) e educação ambiental (Lei 9.795/99). Os cinco conteúdos estruturantes são:
1. Astronomia
2. Matéria
3. Sistemas biológicos
4. Energia
5. Biodiversidade
É necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua
complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento em
áreas de conhecimento físico, químico e biológico; estabelecem relações
interdisciplinares e sejam abordados a partir dos contextos tecnológicos, social, cultural,
ético e político que os envolvam. Entende-se como extremamente relevante não
desvincular três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação e
atividade experimental.
É fundamental importância propiciar ao aluno, situações em que ele possa
explorar o mundo que o cerca, reelaborar os seus caminhos, ampliando-os e
aperfeiçoando-os, adotando uma postura de reflexão diante da realidade. É de vital
importância de que o aluno tenha condições de aumentar suas possibilidades da
abstração, partindo de experiências do seu cotidiano. No desenvolvimento do
planejamento o emprego de múltiplas modalidades didáticas e fundamentais para
dinamizar as aulas e sobre tudo motivar e facilitar a aprendizagem dos alunos:
Aulas expositivas
Aulas dialogadas;
Leitura e interpretação de textos;
Discussão dos exercícios realizados pelos alunos;
Trabalho em grupo, utilizando as diversas técnicas de dinâmica de grupo;
Entrevistas feitas pelos alunos com especialistas em diferentes áreas;
Realização de atividade de campo;
Realização de experimentos;
Dramatizações;
Jogos;
Utilização de materiais áudio visual;
75
Pesquisas bibliográficas;
Painéis;
Debates;
Mostra de trabalhos;
Livro didático.
4. AVALIAÇÃO:
A avaliação deve-se utilizar de instrumentos de avaliação que investiguem a
máxima transformação de conhecimento apropriado pelo estudante, que ele consiga
compreender o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo
de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa para sua vida.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos tornam-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.
O sistema de avaliação trimestral será composto pela somatória da nota 4,0
(quatro) referente a atividades diversificadas, mais a nota 6,0 (seis vírgula zero) resultante
de provas oral e escrita.
4.1. Critérios de Avaliação
6º ANO
O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas,
planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e
meteoritos.
O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas.
A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes
do sistema solar.
O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações,
como fenômenos da natureza.
A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere a atmosfera e
crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no
planeta Terra.
O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um
todo integrado.
O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.
A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo
explicativo da constituição dos organismos.
O conhecimento dos níveis de organização celular;
A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas
formas de manifestação.
O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.
A interpretação do conceito de transmissão de energia.
76
O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica,
luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de
irradiação, convecção e condução.
O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na
natureza.
O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação.
A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
O conhecimento a respeito da extinção de espécies.
O entendimento a respeito da formação dos fosseis e sua relação com a produção
contemporânea de energia não renovável.
A compreensão da ocorrência de fenômenos metereológicos e catástrofes naturais
e sua relação com os seres vivos.
7º ANO
A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e
da Lua, como base no referencial da Terra.
O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os
movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de
energia solar.
O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento
da vida.
O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.O conhecimento
dos mecanismos de constituições da célula e as diferenças entre os tipos celulares.
A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de
energia na célula;
As relações entre os órgãos e sistemas de animais e vegetais a partir do
entendimento dos mecanismos celulares.
O entendimento do conceito de energia luminosa.
O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para
os seres vivos.
A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e
infravermelha.
O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações como os
seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.
O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, as categorias
taxonômicas, filogenia.
O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da
vida, geração espontânea e biogênese.
77
8º ANO
- A reflexão sobre modelos científicos que abordam a origem e a evolução do
universo.
- A relação entre as teorias e a evolução histórica.
- A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias
que considerem cíclico.
- O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias,
aglomerados, nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do universo, escala
do universo).
- O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos
modelos atômicos.
- O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas,
reações químicas.
- O conhecimento das Leis da conservação da Massa.
- A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).
O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição
dos organismos vivos.
Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento
de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.
O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.
O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.
Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e
armazenamento.
O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e
armazenamento.
O entendimento das teorias evolutivas.
9º ANO
- O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
- O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.
- A interpretação de fenômenos terrestres relacionadas à gravidade, como as marés.
- A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade,
compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade,
impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade,
dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.
- A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem o sistema nervoso,
sensorial, reprodutor e endócrino.
- A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua
relação com a Lei da conservação da energia.
- As relações entre sistemas conservativos.
- O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade,
aceleração, trabalho e potência.
- O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o
magnetismo.O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos
biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
78
5. RECUPERAÇÃO
A recuperação é um processo que serve para recuperar notas e conceitos, levar o
aluno a um aprendizado significativo.
A recuperação paralela de conteúdos se faz a cada tema trabalhado, detectando
assim a dificuldade do aluno e deve ser entendida como uma consequência do processo
de avaliação continuada, de forma a permitir que o aluno, tenha oportunidade de se
aprimorar e sanar as dificuldades, pois a recuperação paralela objetiva a efetiva
aprendizagem do aluno.
A avaliação de recuperação será no valor de 10,0 (dez vírgula zero), possuindo
valor substitutivo, valendo sempre a maior, sendo que está será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos metodológicos
diversificados.
6. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Serão propostas diversas atividades: provas, oral e escrita, participação,
pesquisas, trabalhos, debates, seminários, palestras, relatórios de atividades, produção de
texto, atividades diversas e também experimentais.
7. REFERÊNCIAS
-SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares da -Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba, 2009.
-LIVRO DIDÁTICO: GEWANDSZNAJDER, 4 º. Edição – São Paulo : Ática, 2009.
-SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como trabalhar a Lei nº. 10.639/2003 e as
Diretrizes -Curriculares para a Educação das relações Étnicos-raciais e História e
Cultura Afro-brasileira e Africana na escola. Curitiba. 2006,
-PPP – Projeto Político Pedagógico.
-Regimento Escolar.
-Cadernos temáticos sobre os desafios educacionais contemporâneos.
79
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
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ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORES: IVANI MARIA DOS SANTOS
CARLOS EDUARDO MARIANO DA SILVA
1. APRESENTAÇÃO
A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi
constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina,
conforme seu momento histórico, foram, HIGIENICISTA - (formação de homens
saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj.
Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores
passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a
Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e
fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos
como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém,
significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história.
Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a
cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o
significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações
diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por
meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,
da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.
2. CONTEÚDOS
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e brincadeiras
Ginásticas
Lutas
Danças
81
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS
2.2.1. MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
Fundamentos técnicos;
Regras;
Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
Esporte como fenômeno de massa;
Jogo;
Análise crítica das regras;
O sentido da competição esportiva;
Modelo da sociedade que os produziram;
Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Táticas
Para que e quem serve
Incorporação pela sociedade brasileira
O esporte na sociedade capitalista
Profissionalização do esporte
2.2.2. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO
Esporte:
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução, seu
contexto atual. Propor a vivência de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
Jogos e brincadeiras:
Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Possibilitar
a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais
alternativos.
Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabulei
Dança:
Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças. Contextualizar a dança. Vivenciar
movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
Ginástica:
Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações. Aprender e
vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos, rolamento, parada de mão,
roda)
Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades
ginásticas.
82
Pesquisar a Cultura do Circo. Estimular a ampliação da Consciência Corporal.
Lutas:
Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem materiais
alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivência de jogos de oposição.
Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta. Vivenciar
movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.
7º ANO
Esporte:
Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no
decorrer da história. Aprender as regras e os elementos básicos do esporte. Vivência dos
fundamentos das diversas modalidades esportivas. Compreender, por meio de discussões
que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva
Jogos e brincadeiras:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras.
Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte. Construção
coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos. Estudar os Jogos, as brincadeiras e suas
diferenças regionais.
Dança:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Experimentação de
movimentos corporais rítmico/expressivos. Criação e adaptação de coreografias.
Construção de instrumentos musicais.
Ginástica:
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral. Aprender sobre as
posturas e elementos ginásticos. Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da
Cultura Circense.
Lutas:
Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como suas
mudanças no decorrer da história. Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender
alguns movimentos característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e
quedas.
8º ANO
Esporte:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte. Estudar as diversas
possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como: lazer, esporte de
rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os malefícios do mesmo
à saúde. Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.
83
Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Discutir e refletir
sobre noções de ética nas competições esportivas.
Jogos e brincadeiras:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos.
Organização de Festivais. Elaboração de estratégias de jogo.
Danças:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Análise dos elementos e
técnicas de dança.Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências
cômicas).
Ginástica:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica. Vivência prática das
posturas e elementos ginásticos. Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico
nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos. Manuseio dos
elementos da Ginástica Rítmica. Vivência de movimentos acrobáticos.
Lutas:
Organização de Roda de capoeira. Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender
movimentos direcionados à projeção e imobilização.
9º ANO
Esporte:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Organização de festivais esportivos.
Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Pesquisar e estudar as
regras oficiais e sistemas táticos. Vivência prática dos fundamentos das diversas
modalidades esportivas. Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas
Jogos e brincadeiras:
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de
Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os
alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.
Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
Dança:
Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança. Organização de festivais de
dança.
Elementos e técnicas constituintes da dança.
Ginástica:
Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.
Construção de coreografias. Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo,
malabares e acrobacias). Análise sobre o modismo relacionado a ginástica. Vivência das
técnicas específicas das ginásticas desportivas. Analisar a interferência de recursos
ergogênicos (doping).
84
Lutas:
Pesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas.
ELEMENTOS ARTICULADORES
O corpo que brinca e aprende (manifestações lúdicas); O desenvolvimento corporal e a
construção da saúde; O corpo no mundo do trabalho.
DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCACIONAL
Ética; Cultura da paz; Prevenção de entorpecentes; Cidadania; Mídia Saúde; Meio
ambiente; Estética corporal; O lazer e Adversidade (ético-racional, sexual, indígena,
alunos com necessidades especiais),
3. JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi
constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina,
conforme seu momento histórico foram HIGIENICISTA - (formação de homens
saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj.
Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores
passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a
Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e
fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos
como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém,
significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história.
Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a
cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o
significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações
diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por
meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,
da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.
Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um
pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores
inerentes ao ser humano. Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física
tratado nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos
Estruturantes propostos, segue descrito abaixo a contribuição de cada um dos conteúdos
para a formação do educando:
3.1. ESPORTE
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas,
além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de
ensino. Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao
fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,
destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
85
3.2. JOGOS E BRINCADEIRAS
No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se
mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de
seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as
possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva.
3.3. GINÁSTICA
Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a
busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos
que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica.
3.4. LUTAS
Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que permitam
identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são
praticadas.
3.5. DANÇA
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e
suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em
diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas,
danças de rua, danças clássicas entre outras.
4. METODOLOGIA
Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um
processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma
maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos
temas apresentados.
Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é
importante, provocando no aluno(a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e
explicação sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.
A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os
conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde
o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta
novamente para a prática social concreta.
A inclusão de temas sócio-culturais no currículo transcende o âmbito das
diversas disciplinas e corresponde aos Desafios Educacionais contemporâneos,
preconizados pelas DCEs e serão agregados, sempre que possível, a temática que
evidenciem os contextos da comunidade onde a Escola está inserida.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se
em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido,
seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartase e
retorno à prática social.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a
construção do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social
é colocada em questão, analisada e interrogada.
86
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transforme-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional
(Gasparim, 2002 pg53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou.
O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica.
5. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva,
será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o
desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento
teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e
alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para
melhor aproveitamento do educando.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá
para requisitar o processo desenvolvido, para identificar lacunas na aprendizagem, bem
como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades
constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e
brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro.
A avaliação será distribuída da seguinte maneira: 2,0 (dois vírgula zero) para
trabalhos individuais, 2,0 (dois vírgula zero) para trabalhos em grupo, 3,0 (três vírgula
zero) para prova teórica e 3,0 (três virgula zero) para prova prática, totalizando 10,0 (dez
virgula zero). Durante o trimestre será realizada recuperação paralela, com retomada de
conteúdos todas as vezes que se fizer necessário, a fim de que os alunos se apropriem
efetivamente dos conteúdos teóricos e práticos com direito a novas avaliações de
recuperação conforme artigo 112 do Regimento Escolar.
5.1. Critérios de Avaliação:
Espera-se que o aluno conheça dos esportes:
O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;
Sua relação com jogos populares.
Seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
Com difusão e diferença de cada esporte, relacionando-as com as
mudanças do contexto histórico brasileiro.
Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes
manifestações esportivas
Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no
tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para
melhorar aptidão física e saúde.
Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.
Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de
súmulas e confecção de diferentes tipos de tabelas.
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos
87
brinquedos e brincadeiras bem como diferentes formas de jogar em relações
existentes entre si.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir de
construção coletiva ou individual de jogos brinquedos com materiais
alternativos.
Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos conhecidos
adaptados ou criados seja cooperativos, competitivos ou de tabuleiros a partir
dos seguintes elementos:
- visão do jogo;
- objetivo;
- o outro;
- relação;
- resultado;
- consequência;
- motivação.
- Conhecimento sobre a origem e alguns significados das diferentes
danças.
- Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto das diferentes
sequências de movimentos, criação e adaptação de coreografia rítmica e
expressiva.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da
construção de instrumentos musicais.
- Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas
danças e seu contexto histórico; ritmos passos posturas, conduções,
deslocamentos.
- Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas, corporais
circenses
- Conhecer os aspectos históricos da ginástica ritmica, o aprendizados
dos movimentos, fundamentos básicos, e elementos da GR como: salto, pirueta,
equilíbrio, rolar, girar e trepar, balançar, embalar e malabares.
- Manusear diferentes elementos da GR como: corda, fita, bola e arco.
- Reconhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais
e relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo,
assim como a influência da ginástica na busca do corpo perfeito.
- Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes manifestações das lutas, assim alguns de seus movimentos
característicos.
- Conhecer a história do judô, karatê, taekawondo, capoeira e alguns de
seus movimentos básicos.
- Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização
de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
5.2 . Recursos Didáticos
Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas;
TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os esportes;
Biblioteca para pesquisa e Leitura;
Data-show para apresentação de trabalhos;
88
Rádio para apresentação de trabalhos com dança;
Livro de apoio;
Projeto Helena Kolody.
5.3. Instrumentos de Avaliação
Essas avaliações si dará através dos seguintes instrumentos:
- Atividades com recursos Audiovisuais;
Trabalho em grupo;
Trabalho individual;
Debate;
Seminário;
Relatório;
Pesquisa de campo;
Avaliações teóricas;
Avaliações práticas;
6. REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física.
Cadernos CEDES, vol.19 n. º 48. Campinas-1999.
Depart. De Ensino Médio julho. 2008
MARCOS CORDIOLLI, Diversidade e Pertinência na Construção Curricular.
SEED - Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná. Educação Física - Curitiba-2008
Orientações Curriculares
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
Regimento Escolar do Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
89
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
E N S I N O
R E L I G I O S O
90
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ ________________________________________________________________________
NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO
PROFESSORES: EDIMAR MONTEIRO COSTA
1. APRESENTAÇÃO
O Ensino Religioso é uma disciplina que tem como objeto de estudo o Sagrado
dentro das diversas crenças existentes, exige uma reflexão que compreenda a relação com
o sagrado, com finalidade de valorizar e propiciar o respeito a religiosidade da pessoa
humana dentro de seu contexto sócio cultural em harmonia consigo, com a natureza, com
a sociedade.
Visa analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do
cotidiano que nos contextualiza no universo cultural, vivenciar os conceitos fundamentais
da vida, através da materialidade fenomênica, lógica simbólica e reconhecimento dos
textos sagrados. Assim sendo, no espaço escolar justifica-se este estudo por ser uma
disciplina que trata do enfoque religioso como conhecimento, sem privilegiar nenhum
credo.
2. CONTEÚDOS
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa é a materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os
espaços Sagrados.
Universo Simbólico Religioso é apreensão conceitual através da razão, pela
qual concebe-se o Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica. É
entendido como sistema simbólico e projeção cultural.
Texto Sagrado é a tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste
sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e
dos Mitos.
Tais conteúdos não devem ser abordados isoladamente, pois são referências que
se relacionam intensamente, contribuem para a compreensão do objeto de estudo e
orientam a definição dos conteúdos básicos e específicos de cada série.
91
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
Organizações Religiosas: As organizações religiosas estão baseadas nos princípios
fundacionais legitimando a intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim
estabelecem fundamentos, normas e funções a fim de compor elementos mais ou menos
determinados que unem os adeptos religiosos e definem o sistema religioso.
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo
institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais
características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as
diferentes formas de compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser destacados:
os fundadores e/ou líderes religiosos;
as estruturas hierárquicas.
Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o professor enfatizará as
implicações da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quanto a sua visão de
mundo, atitudes, produções escritas, posições político-ideológica, etc.
Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus
respectivos líderes estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo),
confucionismo (Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tsé), etc.
Lugares Sagrados: Lugar é o espaço familiar para o sujeito, é o local onde se dão suas
relações diárias. Constrói-se o entendimento de lugar na relação de afetividade e de
identidade onde o particular e histórico acontecem.
O que torna um lugar Sagrado é a identificação e o valor atribuído a ele, ou seja,
onde ocorreram manifestações culturais religiosas. Assim, os Lugares Sagrados são
simbolicamente onde o Sagrado se manifesta. Destacam-se:
lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;
lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
No processo pedagógico, professor e aluno podem identificar Lugares Sagrados
para as diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais
como morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder
religioso. A peregrinação, a reverência, o culto e as principais práticas de expressão
religiosa também consagram porções do espaço e as tornam lugares Sagrados. Os
templos, as sinagogas, as igrejas, as mesquitas, os cemitérios, as catacumbas, as criptas e
os mausoléus, assim como elementos da natureza quando consagrados, constituem
igualmente Lugares Sagrados. Para as culturas indígenas e aborígines, por exemplo, os
rios, as montanhas, os campos, etc são extensões das divindades e, por essa razão, são
Sagrados.
Textos Sagrados orais ou escritos: São ensinamentos Sagrados, transmitidos de forma
oral ou escrita pelas diferentes culturas religiosas, como em cantos, narrativas, poemas,
orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem de cada povo contadas pelos
mais velhos, escritas cuneiformes, hierógrifos egípcios, etc. Entre eles, destacam-se os
textos grafados tal como o dos Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Torá, o Al Corão
e também os textos Sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.
Símbolos Religiosos: Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressam sentidos,
comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das
diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa
que veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um
92
sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros que podem ser
trabalhados conforme os seguintes aspectos:
dos ritos;
dos mitos;
do cotidiano.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras,
os paramentos, os objetos, etc.
7º ANO
Temporalidade Sagrada: O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta
de homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana, experimenta
a passagem do tempo em que, basicamente, um momento é igual ao outro, na vida
religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente diferentes. Os momentos das
atividades ordinárias como o trabalho, a alimentação e o estudo são – apesar da
possibilidade de serem sacralizados –, de maneira geral, semelhantes e podem
seguramente ser substituídos uns pelos outros. O tempo da revelação do Sagrado
constitui, por outro lado, o momento privilegiado em que o humano se liga ao divino.
Nos ritos, nas festas, nas orações, o homem experimenta um momento especial
que pode ser sempre recuperado em outra ocasião. Por essa razão, os ritos são,
predominantemente, periódicos. O tempo profano, por sua vez, não pode nunca ser
recuperado, pois é entendido segundo a ideia de uma sucessão de “agoras”. O passado
nunca pode ser, nesse sentido, revivido. Ele dá lugar constantemente ao presente em que
se está.
O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana. Inicia-se com
o nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do divino está, por outro
lado, além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza geralmente
pela ideia de eternidade. Ao homem religioso está sempre aberta a possibilidade de parar
a duração temporal profana e, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o
Sagrado. Essa ideia de tempo sagrado é justamente no que fundamenta a perspectiva de
vida após a morte que marca, essencialmente, as religiões.
Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de Ensino
Religioso o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus
tempos Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas de rituais, festas,
dias da semana, calendários religiosos). Entre os exemplos podemos citar o Natal
(cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.
Festas Religiosas: Festas Religiosas são os eventos organizados pelos diferentes grupos
religiosos, com objetivo da reatualização de um acontecimento primordial:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles,
destacam-se:
peregrinações;
festas familiares;
festas nos templos;
datas comemorativas.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista),
Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach
(judaica), Natal (cristã).
Ritos: Ritos são celebrações das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um
encontro interpessoal. Essas celebrações são formadas por um conjunto de rituais. Podem
93
ser compreendidas como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior; servem à
memória e à preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas,
e podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas.
Os ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços sagrados.
Dentre as celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:
os ritos de passagem;
os mortuários;
os propiciatórios, entre outros.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki
(kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita, etc.
Vida e morte: As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além
da morte, as respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua
relação com o Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações: o sentido
da vida nas tradições e manifestações religiosas; a reencarnação: além da morte,
ancestralidade, espíritos dos antepassados que se tornam presentes, e outras; ressurreição;
apresentação da forma como cada cultura/organização religiosa encara a questão da morte
e a maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.
Dentro dos conteúdos serão contemplados os desafios contemporâneos com
destaque para a cultura afro-brasileira e indígena, valorizando assim sua religiosidade,
sua cultura e concepção de mundo.
3. METODOLOGIA
O contato com esta diversidade cultural e religiosa possibilita ao aluno perceber
as diferentes temporalidades e realidades existentes simultaneamente e/ou ao longo da
história, reconhecendo também sua realidade como múltipla, conflituosa e complexa.
Desta forma, o aluno passa a ter uma dimensão mais ampla e significativa dos
conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu conhecimento e passando a ter
subsídios para construir o seu próprio saber e rompendo assim com o preconceito e
qualquer tipo de intolerância religiosa.
A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do
presente quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes
métodos de abordagem favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente
do seu papel enquanto cidadão.
As atividades que deverão ser realizadas pelos alunos e que constituem a
estrutura do curso são: leitura e análise de textos; resumos, pesquisas, desenhos,
dinâmicas, brincadeiras, discussões em painéis, vídeos e seminários.
4. AVALIAÇÃO
Por trabalhar o Sagrado e a disciplina não ser objeto de reprovação, solicita
formas particulares de avaliação e não assume caráter classificatório, mas deve ter uma
função diagnóstica. Isto significa que a avaliação em Ensino Religioso contempla sempre
a auto avaliação do educando. O processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado
pelos educandos, torna-se concreta quando verificamos atitudes de respeito e
94
compreensão, permitindo que cada indivíduo possa expressar seu credo, no entanto não
deve impor aos demais.
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir
instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de
apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do
ensino explicitada no Plano de Trabalho Docente. O que se busca, em última instância,
com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser
referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos
para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para
retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos
indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em conteúdos que
desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho com o
objeto de estudo e os conteúdos estruturantes.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se
levar em conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nesta disciplina que
todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de
implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação
como componente curricular.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou
reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por
meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a
identificação dos progressos obtidos na disciplina.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da
realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de
estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e
profundidade.
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário
estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se
apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras
disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica,
fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para
a transformação social.
5. REFERÊNCIAS
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BRASIL, Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.
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dezembro de 1996.
BRASIL, Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
95
BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997.
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A. C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre:
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2002.
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Tradução. Rio de Janeiro: Agir, 1952.
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GIL FILHO, S. F. ; ALVES, Luis Alberto Sousa . O Sagrado como foco do
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(Org.). Ensino Religioso: Memórias e perspectivas. 1 ed. Curitiba: Editora
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2005, v. 01.
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Paulo: Martins Fontes, 2005.
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_______ Crítica da razão pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur
Moosburger. 3 ed. São Paulo Nova Cultural, 1987-88.
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Editor, 1999.
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In:_____. Manuscritos Econômico-filosóficos. Tradução de Artur Morão. Lisboa:
Edições 70, 1993.
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Companhia das Letras, 1996.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991.
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Mariani de Macedo. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.
Consulta on line: DECLARAÇÃO universal dos direitos humanos.
(http://www.mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh_bib_inter_universal.htm).
96
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
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ARAPONGAS – PARANÁ
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G E O G R A F I A
97
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
PROFESSORES: FABIANA BOMBESSI
LUCIANA TERESA QUINHONE
MARCELO POCHWATKA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
PROFESSORES: LUCIANA TERESA QUINHONE
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Cada vez mais se fala, do mundo em transformação, do crescente impacto da
sociedade sobre o meio ambiente, da influência de uma cultura sobre as outras culturas,
da interdependência cada vez maior dos povos e das nações. Sabe-se que hoje, mais do
que nunca, os eventos de uma parte do mundo têm impactos diretos e imediatos sobre
outras; mas pouca gente conhece esses impactos.
É importante ressaltar que assim como as relações da sociedade
com a natureza foram se modificando ao longo dos anos, os conhecimentos geográficos
também passaram por transformações adquirindo amplitudes e complexidades maiores.
A relação homem-natureza acontecia inicialmente como uma das
estratégias de sobrevivência, pois os povos caçadores e coletores, através de observação
da dinâmica natural, obtinham conhecimentos que os auxiliam na exploração dos
recursos naturais.
98
Na Antiguidade ocorreram muitos avanços na elaboração dos
saberes geográficos, resultantes do processo de exploração de novos territórios, a partir
do desenvolvimento das navegações pelos mares Mediterrâneo e Vermelho e do
desenvolvimento do comércio. Nesse sentido foram elaborados estudos descritivos das
áreas conquistadas, tais como localização, características e acesso; bem como a
elaboração de mapas, discussões sobre a forma e o tamanho da Terra, distribuição das
águas e de terras, entre outros.
Na Idade Média os conhecimentos geográficos foram influenciados
pela visão de mundo imposta pelo poder dominante – a Igreja – e pelo interesse
comercial. Assim sendo, vários assuntos passaram a ser discutidos, tais como a forma da
Terra e distribuição das águas e das terras, pois era fundamental representar o espaço
com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e a distância entre os
continentes e assim facilitar a atividade comercial.
É importante ressaltar que foi somente a partir do século XVII que
os temas observados e registrados pelos viajantes colonialistas passaram a ter um caráter
científico, embora os estudos ainda estavam dispersos em obras diversas, pois a
Geografia ainda não existia enquanto ciência.
Foi a partir do século XIX que a Geografia se constitui enquanto
ciência, através do surgimento das escolas de pensamento geográfico, principalmente a
alemã e a francesa. A escola alemã teve como precursores Humboldt, Ritter e Ratzel que
é considerado o fundador na Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada
científica. Já a escola francesa teve como principal representante Vidal de La Blache.
De acordo com MORAES, 1987, tanto a escola alemã como a
francesa, embora utilizassem argumentos diferentes, desenvolveram ideias e teorias que
justificavam a colonização dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito simples,
fortalecendo a ideia de missão civilizadora europeia. Além disso os métodos
desenvolvidos nesse período enfatizavam somente a observação e a descrição minuciosa
do espaço em estudo vinculando-a com o positivismo.
No contexto brasileiro a institucionalização da Geografia
consolidou-se apenas a partir da década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas
buscavam compreender e descrever o território brasileiro como o objetivo de servir aos
interesses políticos do Estado. No entanto anteriormente as ideias geográficas já haviam
sido inseridas no currículo escolar brasileiro e apareciam de forma indireta nas escolas de
99
primeiras letras. Essa inserção tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua
dimensão e suas belezas naturais.
Essa forma de abordagem da Geografia, que ficou conhecida como
Geografia Tradicional, seguiu as bases do positivismo e se caracteriza pela memorização
dos fatos e informações sem ocorrer necessariamente a compreensão do espaço.
Foram desenvolvidas novas abordagens teórico-conceituais, no
âmbito da produção do conhecimento geográfico, tendo destaque no Brasil a Geografia
Teorética ou Quantitativa e a Geografia da Percepção, correntes que se desenvolveram
nos meados do século XX, após a Segunda Guerra Mundial, e que em virtude das
mudanças que estavam ocorrendo, foram mais significativas para a pesquisa e o
planejamento espacial ( urbano e rural ) do que para o ensino de Geografia na escola
básica.
Entretanto dentro deste contexto de mudanças conceituais, a que
chegou ao ensino de mais significativa, contrapondo-se radicalmente ao método da
Geografia Tradicional e propondo uma análise mais crítica do espaço geográfico foi a
chamada Geografia Crítica.
No Brasil essa nova abordagem ocorreu mais tardiamente em
função das mudanças provocadas pelo golpe militar de 1964, que através de novas leis
atrelavam à Educação à formação de mão-de-obra para suprir a demanda que o surto
industrial geraria tanto no campo como na cidade; além disso instituíram área de Estudos
Sociais no 1º grau envolvendo os conteúdos de História e Geografia, contribuindo para o
empobrecimento dessas disciplinas.
É importante relatar que a partir dos anos 80 ocorreram
movimentos visando o desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno na
Geografia e da História , sendo que após o encontro de História e Geografia ocorrido no
Paraná, resultou o Parecer 332/84 do Conselho Estadual de Educação, permitindo que as
escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e
História separadamente, desde que respeitado o princípio de integração que
fundamentava o currículo da época. Entretanto o desmembramento em disciplinas
autônomas só ocorreu após a resolução nº 06 de 1986 do Conselho Federal de Educação.
( PENTEADO, 1994; MARTINS, 2002 ).
Nesse período também estava emergindo no Brasil o Movimento da
Geografia Crítica, marcado por fatos e precursores, como o Encontro Nacional dos
100
Geógrafos Brasileiros em 1978 e a volta do professor Milton Santos ao Brasil que trouxe
como principal tema de discussão nesse encontro a Geografia Crítica.
A Geografia Crítica deu novas interpretações ao quadro conceitual
de referência e ao objeto de estudo, valorizou os aspectos históricos e a análise dos
processos econômicos, sociais e políticos constitutivos do espaço geográfico, utilizando
para isso o método dialético.
A partir desses princípios a Geografia têm a responsabilidade de
ensinar sobre os lugares, os espaços, as estruturas e conexões e todas as inter-relações do
mundo no qual vivemos, visando à ampliação das capacidades dos alunos de observar,
conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em que vivem, de
diferentes paisagens e espaços geográficos sempre levando em conta o conhecimento
para a intervenção na realidade social.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço
produzido e apropriado pela sociedade ( LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação
entre os objetos - naturais, culturais e sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos
– e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS,
1996).
O objeto aqui – espaço geográfico – é entendido como interdependente do
sujeito que o constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do
conhecimento nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles,
entendendo-os como dois polos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito torna-se
presente no discurso geográfico (SILVA, 1995).
Portanto, para a compreensão desse espaço a ciência geográfica deve levar em
consideração os conceitos de lugar, paisagem, território, redes, região, sociedade e
natureza possibilitando a análise desses espaços sob diversas abordagens: natural,
histórica, econômica, cultural e política em escala local, regional, nacional e mundial.
Ao longo do ensino fundamental os alunos devem construir um conjunto de
conhecimentos que lhes permitam formar conceitos, procedimentos e atitudes que os
possibilite a identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade; conhecer o
funcionamento da natureza em suas múltiplas relações; analisar e compreender a
paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações
problemas e contradições, de forma que ele (o aluno) possa pensar, agir e compreender
as inter-relações entre estes diversos elementos que compõe o espaço geográfico.
101
2. CONTEÚDOS
2.1. ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
Formação e transformação das paisagens
naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A evolução demográfica, a distribuição
espacial da população e os indicadores
estatísticos.
A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
102
7º ANO
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
A formação e a mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego da tecnologia de exploração e
produção.
As diversas regionalizações do espaço
brasileiro
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial da população e os indicadores
estatísticos
Movimentos migratórios e sua motivações.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias
e das informações.
103
8º ANO
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente
americano.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações
socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A evolução demográfica, a distribuição
espacial da população e os indicadores
estatísticos.
Os movimentos migratórios e sua motivações.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Formação, localização e utilização dos
recursos naturais.
104
9º ANO
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
A revolução técnico-científico-informacional e
os novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações
socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
A evolução demográfica,a distribuição espacial
da população e os indicadores estatísticos.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re)
organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territorial.
105
2.2. ENSINO MÉDIO
Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
Formação e transformação das paisagens
naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial da população e os indicadores
estatísticos.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A revolução técnico-científica-informacional
e os novos arranjos no espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
Formação e mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbano e a urbanização
recente.
Os movimentos migratórios e suas
106
motivações.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As implicações socioespaciais do processo de
mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
3. METODOLOGIA
A metodologia de ensino permitirá que os alunos se apropriem dos conceitos
fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do
espaço geográfico. Para isso os conteúdos da Geografia serão trabalhados de forma
crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos. Assim sendo, será feita, sempre que
possível uma abordagem dos conteúdos no contexto paranaense relacionando-os com
âmbito global.
No ensino de Geografia é importante considerar o conhecimento espacial que os
alunos possuem para relacioná-lo com o conhecimento científico. Cabe a escola ensinar
o conhecimento científico e que os alunos ultrapassem o senso comum e ampliem suas
condições de análise e interpretação da realidade socioespacial.
Antes da apresentação dos conteúdos serão criadas situações problematizadoras
que leve o aluno a se defrontar com o problema para resolver envolvendo o conteúdo em
estudo e seus conhecimentos.
A problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o
conhecimento. Por isso deve se constitui de questões que estimulem o raciocínio, a
reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de aprendizagem.
A contextualização do conteúdo será outro passo metodológico importante.
Contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é,
principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas e
107
culturais, em manifestações especiais concretas, nas diversas escalas geográficas.
Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos aprendam os
conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade social. O professor
ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o
questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a
aprendizagem crítica aconteçam.
Os conteúdos estruturantes, como dimensões geográficas da realidade,
fundamentam as abordagens dadas aos conteúdos específicos. Então, cada conteúdo
específico deve ser abordado nas dimensões econômica, cultural- demográfica, política e
socioambiental, todas constituidoras do espaço geográfico. Em algumas situações a
depender do enfoque que o professor considerar necessário, um dos conteúdos
estruturantes poderá ser mais enfatizado na abordagem do conteúdo específico em estudo.
É importante destacar que relacionado aos conteúdos específicos que serão
trabalhados em sala de aula, será abordado temas como: História e Cultura Afro-
Brasileira ( Lei nº 10.639/03 ), História e Cultura dos Povos Indígenas ( Lei nº 11.645/08
), Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 ) , cidadania e direitos humanos, enfrentamento à
Violência, prevenção ao uso indevido de drogas e diversidade em todos os seus âmbitos.
Tais abordagens são extremamente importantes pois, além de fazerem parte do aspecto
cultural e social do nosso país, contribuem para a formação integra dos nossos educandos,
uma vez que nosso objetivo não é somente acadêmico ou conteudista, mas sim contribuir
com a formação de cidadãos conhecedores e atuantes da sociedade, e acima de tudo que
compreendam e respeitem as diversidades.
Outras estratégias serão utilizadas na medida do possível de acordo com as
necessidades surgidas no decorrer das aulas.
A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para que o aluno
analise a área em estudo, partindo de uma realidade local, bem delimitada para uma
investigação de sua constituição histórica e das relações que estabelece com outros
lugares próximos e distantes.
Serão utilizados filmes, trechos de filmes, programas de reportagens e imagens
em geral ( fotografias, slides, charges, ilustrações ) para a contextualização dos conteúdos
da Geografia dando dessa forma ao recurso audiovisual o papel de problematizador,
estimulador para pesquisas mais aprofundadas sobre os assuntos que, podem desvelar
preconceitos e leituras rasas, ideológicas ou estereotipadas sobre os lugares e os povos.
108
O uso de imagens não animadas (fotografias, posteres, cartões -postais, outdoors)
auxiliarão o trabalho com a formação de conceitos geográficos, diferenciando paisagem
de espaço e, dependendo da abordagem dada ao conteúdo, desenvolverá os conceitos de
região, território e lugar.
A cartografia será utilizada como instrumento para que os alunos sejam capazes
de interpretações, problematizações e análises críticas dos mapas e seus conteúdos, indo
além das utilizações dos mesmos como mero instrumento de localização dos eventos e
acidentes geográficos.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação faz parte do do processo de ensino-aprendizagem, sendo assim deve
ser formativa, contínua, diagnóstica e processual. Ela deve tanto acompanhar
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
Deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico. Nessa
perspectiva, ela deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é
concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do
educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes ritmos
de aprendizagem, identificando dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica a
todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que todos os alunos
aprendam e participem das aulas.
Assim, a avaliação em Geografia é mais do que a definição de uma nota ou um
conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem
possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente aos
diferentes contextos sociais.
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do
aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/ aprendizagem,
quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos
alunos.
A avaliação será, através de trabalhos, pesquisas, relatórios, debates, participação
109
em aulas, leituras, resumos, produção de textos, seminários, provas e testes.
O sistema de avaliação do Estabelecimento de Ensino é trimestral e será composto
da seguinte somatória dos instrumentos específicos: 4,0 (quatro vírgula zero) referente a
atividades diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) referente a provas escritas e/ou orais.
É importante destacar que será proporcionado a recuperação de estudos a todos os
alunos de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A
recuperação de notas será com uma avaliação no valor 10,0 (dez vírgula zero), sendo
optativa aos alunos que atingiram média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)
possuindo valor substitutivo, prevalecendo sempre a maior nota.
Ressalta-se que a avaliação seguirá os seguintes critérios:
Reconhecer conceitos e categorias, tais como formação socioespacial,
território, região, paisagem e lugar, e operar com eles, identificando-os com a
área.
Saber utilizar procedimentos da pesquisa geográfica.
Saber fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de
diferentes fontes de informação.
Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e
representar a espacialidade dos fenômenos geográficos.
Saber desenvolver pesquisas sobre temáticas geográficas.
Construir, por meio da linguagem escrita e oral, um discurso
articulado sobre as diferenças entre o seu lugar e a pluralidade de lugares que
constituem o mundo.
Ler diferentes cartas em diferentes escalas, apropriando-se da
representação cartográfica em seu cotidiano.
Agir e reagir diante de questões sociais, culturais e ambientais de
modo propositivo e participativo.
Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a pluralidade cultural,
reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de
fortalecimentos da democracia.
110
5. REFERÊNCIAS
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LUCCI, Elian Albi. Geografia- O homem no espaço global- Saraiva- 1999
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SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. Técnica e tempo. Razão e Emoção,
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SENE, Eustáquio. Espaço Geográfico e Globalização- Scipione. 1999. S.P:
111
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
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H I S T Ó R I A
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSORES: CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ
MÁRCIO ROBERTO NOGUEIRA DINIZ
VALÉRIA APARECIDA HORTIZ GIMENEZ
1- Apresentação da disciplina
A História como disciplina escolar trabalhar, através de aula expositiva, os tópicos
principais do texto que possibilitará ao aluno maior interação e dinamismo no processo de
aprendizagem, ligando o conhecimento e o conteúdo com sua realidade, percebendo assim as relações
políticas, sociais e de poder abordadas no conflito ocorrido nesse período histórico.
Captar as diferentes formas como os homens concebem o espaço e transformam-no em
diversos momentos históricos, como se relacionam entre si e com a natureza são objetivos do ensino
da história, que permite ao aluno ter uma maior compreensão da sua realidade, pelo confronto com as
demais, percebendo as rupturas e permanências e reconhecendo-se como sujeito histórico, ativo no
processo de aprendizagem.
2- Conteúdos Estruturantes e Básicos da disciplina
2.1 Conteúdos Estruturantes
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais
para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos
Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento histórico. Deles
derivam os conteúdos básicos/temas históricos. Nestas Diretrizes, entende-se por conteúdos básicos os
conhecimentos fundamentais a serem trabalhados em cada ano da Educação Básica. Deles, o professor
113
selecionará conteúdos específicos que serão elencados em seu Plano de Trabalho Docente. Os
conteúdos básicos são considerados aqui como sinônimos dos temas históricos, os quais
problematizam as carências de orientação no tempo. Secretaria de Estado da Educação do Paraná e
específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/ aprendizagem no cotidiano da
escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.
Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
• Relações de trabalho;
• Relações de poder;
• Relações culturais.
Estes Conteúdos Estruturantes apontam para o estudo das ações e relações humanas que
constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Nestas Diretrizes, as relações culturais, de trabalho
e de poder são consideradas recortes deste processo histórico.
Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de
problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas, destacam-se, no
Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro- Brasileira, da História do Paraná e da
História da cultura indígena, constituintes da história desse país, mas, até bem pouco tempo, negadas
como conteúdos de ensino.
No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de Trabalho, Relações
de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto, articulam os conteúdos básicos e específicos a
partir das histórias locais e do Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem
acesso ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio do processo
pedagógico, busca-se construir uma consciência histórica que possibilite compreender a realidade
contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.
2.2 Conteúdos Básicos para o 6º ano
Conteúdos Básicos para o 6º ano
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum
Conteúdos Básicos para o 7º ano
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
A relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
114
Conteúdos Básicos para o 8º ano
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
O trabalhadores e as conquistas de direito
Conteúdos Básicos para o 9º ano
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções
Conteúdos Específicos para o 6º ano
História, Cultura e Tempo
História e fontes históricas
Cultura e Tempo
Pré-História Também é História
Sobre a origem do ser humano
Os primeiros povoadores da Terra
A Pré-História brasileira
Civilizações da África e do Oriente
Mesopotâmia
Egito
A Núbia e o Reino de Kush
Hebreus, fenícios e persas
China
Civilizações do Ocidente: Grécia Antigo
O mundo grego e a democracia
Mitologia Grega
Religião Grega
A cultura grega
Helenismo
Civilizações do Ocidente Roma Antiga
Roma antiga
O Império Romano
O Cristianismo
Povos Germânicos
115
A crise de Roma e o Império Bizantino
Conteúdos Específicos para o 7º ano
Os germânicos entram no mundo romano
Os germânicos e a Idade Média
Os francos e o Império Cristão
O feudalismo na Europa
A economia feudal
O ensino e a cultura na Europa feudal
A Arábia e os árabes
O nascimento e a expansão do Islã
Mudanças no campo e nas cidades
As cruzadas
A formação dos Estados europeus modernos
O saber e as artes
Os sinais da crise: a peste e a grande fome
As revoltas no campo e nas cidades
A cultura humanista do Renascimento
A arte do Renascimento
A Reforma Protestante
A Contra-reforma
A expansão marítima portuguesa
A expansão marítima espanhola
América: terra de grandes civilizações
A civilização asteca
A civilização inca
A conquista espanhola
A colonização espanhola na América
As atividades econômicas na colônia
O nascimento das monarquias nacionais
A colonização inglesa na América
Franceses e holandeses na América do Norte
As conquistas portuguesas
A colonização portuguesa na América
A administração da América portuguesa
116
A economia açucareira
A ocupação do Nordeste pelos holandeses
A vida nos engenhos
Escravidão e resistência
Conteúdos Específicos para o 8º ano
A crise portuguesa no século XVII
A conquista do sertão
As missões jesuítas
Crise e rebeliões na colônia
A descoberta do ouro
A exploração de ouro e diamante
O crescimento do mercado interno e da vida urbana
A vida cotidiana nas cidades mineiras
As Revoluções Inglesas do século XVII
O desenvolvimento econômico da Inglaterra
A Revolução Industrial
As cidades industriais e a vida operária
As lutas operárias e os sindicatos
A era da Ilustração
A independência dos Estados Unidos
A França antes da Revolução
O inicio da revolução
Do Terror á reação termidoriana
Napoleão Bonaparte no poder
O império Napoleônico
Os americanos lutam por liberdade
México livre
O Brasil sob as regras do pacto colonial
A crise do antigo sistema colonial
A independência do Brasil
O Primeiro Reinado
O fim do Primeiro Reinado
A Europa das revoluções
A unificação da Itália e da Alemanha
Estados Unidos: a conquista oeste
A Guerra civil americana
Socialismo, Marxismo e Anarquismo
117
O período regencial
A crise do governo regencial
O governo de D. Pedro II
A expansão cafeeira no Brasil
A abolição do tráfico negreiro
Os imigrantes no Brasil
Conteúdos Específicos para o 9º ano
Segunda Revolução industrial
As novas tecnologias
A era dos Impérios
O surgimento da sociedade de massas
Arte Moderna: entre a cultura popular e a cultura erudita
A questão escravista no Brasil imperial
A proclamação da república no Brasil
A guerra de Canudos
A industrialização e o crescimento das cidades
O movimento operário na Primeira República
Reformas e revoltas na capital
Antes de guerra
A guerra e seus resultados
A Rússia dos czares
A revolução socialista na Rússia
A arte e a cultura na Europa dos anos 1920
A grande Depressão, crise de 1929
Regimes totalitários
A ascensão do nazismo e do fascismo
Segunda Guerra Mundial
A era Vargas
A guerra fria
Revolução Chinesa
O Estado de bem-estar social ( Welfare State)
A descolonização da África
Guerra do Vietnã
A questão judaico-palestina
Revolução e ditadura na América latina
O Brasil depois de 1945
118
Os “anos dourados”
Golpe de 1964
Anos de Chumbo, ditadura militar no Brasil
Repressão e abertura
A redemocratização e o governo Sarney
O fim da União Soviética
O fim do socialismo no Leste Europeu
Globalização e seus efeitos
Reflexões sobre o Brasil contemporâneo
As potências emergentes
O mundo virtual e o novo capitalismo
Novos movimentos sociais e ambientais
3- Metodologia da disciplina
Entendendo por sujeitos históricos indivíduos, grupos, classes sociais, participantes de
acontecimentos de repercussão coletiva ou situações cotidianas na busca pela transformação ou
continuidade de suas realidades, valoriza-se o indivíduo ou os grupos anônimos, enquanto
protagonistas da construção de seu espaço.
Por isso, a disciplina de História não pode e não irá reduzir-se unicamente a
informações sobre datas ou fatos, mas:
Passar aos alunos a concepção de mundo, a visão de realidade que imperava nas
diversos espaços geográficos;
Fazer os alunos entenderem que as relações sociais de produção, as relações de trabalho
e as relações com o mundo, são responsáveis por impulsionar uma determinada época na busca de
alternativas;
Fazer com que percebam que foram as condições da época que permitiram determinadas
ações;
Captar as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento do
conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas ações construiu o contexto
histórico atual.
Tendo em vista tal proposta, o intercâmbio com conceitos trabalhados por outras
disciplinas torna-se imprescindível para que o aluno, em confronto com novos procedimentos de
reflexão e análise, desenvolva a capacidade de interpretar características da sua realidade e relacione-
as com o conhecimento geográfico.
Desta forma, o aluno passa a ter uma dimensão mais ampla e significativa dos
conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu conhecimento e passando a ter subsídios para
construir o seu próprio saber.
119
A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do presente
quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes métodos de abordagem
favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente do seu papel enquanto cidadão.
A metodologia empregada procura dar condições para que a formação de nossos alunos
saibam exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos no que se refere à proteção
individual, educação, saúde e bem estar. Assim, em todas as oportunidades serão debatidos assuntos
ligados ao Desenvolvimento Socioeducacional da comunidade escolar, oferecendo subsídios teórico-
metodológicos e propondo ações interdisciplinares para conscientizar e garantir os direitos de nossos
alunos.
Cidadania e Direitos Humanos – procura fazer que nossos alunos sejam inseridos
em programas que os fazem com permanecer na escola evitando a evasão escolar, repetência e,
assim, elevar a autoestima dos alunos. Para tanto, a Educação Fiscal ; Programa Bolsa Família,
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Saúde na Escola contribuem para
resgatar a dignidade humana de nossos alunos.
a) Programa Bolsa Família – Programa de transferência direta de renda que beneficia
famílias em situação de vulnerabilidade social mediante certos condicionantes legais, realizando o
acompanhamento da frequência dos alunos beneficiados.
b) Educação Fiscal, estimula o cidadão a refletir sobre a função socioeconômica dos
tributos, dando condições para que haja uma relação harmoniosa entre Estado e Cidadão.
c) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI cuja as ações visam a
retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos de idade das práticas de trabalho infantil por meio de
atividades culturais, esportivas e de lazer em período complementar.
d) Programa Saúde na Escola, no que se refere à saúde, tem a função de promover
a intersetorialidade entre os Ministérios da Educação e Saúde sendo a sua finalidade contribuir para a
formação integral dos estudantes da rede pública da Educação Básica por meio de ações de prevenção
e atenção à saúde.
Atendendo à Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, serão desenvolvidas atividades que propiciem o
contato com a cultura africana dentro da disciplina de História, documentários, filmes com temáticas
sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos africanos e afrodescendentes, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros para a História.
Em nossa proposta, a Educação Ambiental, Lei Federal nº9795/99- Dec. nº4201/02,
procura estimular a reflexão e tomada de consciência quanto aos aspectos que envolvem as questões
ambientais emergentes, locais e mundiais, para que sejam desenvolvidos uma compreensão crítica por
parte dos educandos, numa perspectiva social, histórica, cultural e econômica. Desta forma, a
participação nas atividades propostas da Agenda 21 é de fundamental importância para que os alunos
tenham essa compreensão.
120
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,
juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes aos textos, abordando
criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, contemplando a diversidade regional e cultural
do seu país, do seu Estado e da sua comunidade.
Será atendida igualmente a Lei 11645/08, com textos e discussões sobre os problemas
que afligem os indígenas no Estado do Paraná e no Brasil, de modo geral.
Em todas as oportunidades serão debatidos assuntos ligados à Política Nacional de
Educação Ambiental.
No que se refere a Sexualidade – NGDS, serão organizados momentos de estudos e
reflexões sobre as questões de gênero e sexualidade, violência, aborto, doenças sexualmente
transmissíveis, discriminação e preconceito aos LGTB ( gays, lésbicas, bissexuais, travestis e
transexuais)
Quanto ao Enfrentamento à Violência, ao trabalhar esse desafio, busca-se a ampliação
da compreensão dos problemas gerados pela violência, formando uma consciência crítica que
transforme a escola em espaço onde o conhecimento tome o lugar da violência e suas manifestações.
Em nossa escola a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, é realizado ações
preventivas e investigativas, considerando as informações trazidas pelos alunos a fim de confrontá-las
com o saber sistematizado, permitindo, assim, maior reflexão e críticas sobres as questões que
envolvem as drogas. Para que a prevenção aconteça, os alunos são estimulados a discutir os aspectos
sociais, econômicos, políticos, históricos, éticos e culturais envolvidos na problemática das drogas são
propiciados encontros com os pais, professores, alunos, psicólogos, médicos, Patrulha Escolar, que
ministram palestras com intuito de prevenir e promover a autoestima dos alunos e das famílias.
4- Avaliação
Avaliar se as escolhas e propostas didáticas alcançaram o resultado objetivo desejado de
promover uma compreensão do contexto e construção do espaço geográfico em que se deflagra o
processo histórico, suas causas, desdobramentos e consequências para o mundo atual.
As atividades que deverão ser realizadas pelos alunos e que constituem a estrutura do
curso são: leitura e análise de textos; resumos, pesquisas e redações; discussões em painéis;
transposições de linguagem; testes de revisão e avaliações.
Mantendo a perspectiva curricular de integração sistemática com disciplinas afins, o
curso de História tem como objetivo levar o aluno a desenvolver as seguintes habilidades:
Analisar a época em que vive, situando-se diante dos problemas atuais, com base numa
visão de transformação econômica, política, social e cultural da humanidade;
Identificar o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;
Aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade brasileira, a fim de melhor interpretá-
la, e nela atuando.
121
Expor ideias de forma clara e compreensível nas atividades e avaliações propostas.
Utilizaremos como instrumentos de avaliação: provas escritas, e orais, produção de textos, trabalhos,
trabalho em grupo, pesquisas, pesquisas de campo, seminários, debates e simulados. Estes deverão ser
oportunizados no mínimo de 03 (três) instrumentos durante o trimestre. O sistema de avaliação seguirá
os critérios estabelecidos no Regimento Escolar, tendo como resultado as somatórias 4,0 (quatro
vírgula zero) referente a atividades diversas e 6,0 (seis vírgula zero) referentes as provas escritas e/ou
orais. A escola proporcionará a recuperação de estudos a todos os alunos de forma contínua e
simultânea ao processo ensino aprendizagem com os seguintes critérios: terá peso 10,0 (dez vírgula
zero), possuindo valor substantivo, valendo sempre a nota maior, conforme Art. 112 do Regimento
Escolar.
5- Referências
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da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.
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2004.
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quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília:
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______. A era dos impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005b.
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KUENZER, A. (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 5.
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______. Enseñar a escribir sobre la Historia. Enseñanza de las Ciências Sociales, Barcelona, n. 3,
p. 39-48, 2004.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha – E.F.M.
REGIMENTO ESCOLAR - Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha – E.F.M.
SEED. Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental de Nove Anos.
SEED. Curitiba. Paraná.
SEED. História do Paraná. (Lei nº 13.381/01).
SEED. Cultura Afro (Lei nº 11645/08).
SEED. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do estado do
Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
RÜSEN, J. Studies in metahistory. Pretoria: HRSC Publishers, 1993a.
______. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
______. Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso
alemão. Práxis educativa, v. 1, n.2. Ponta Grossa: UEPG, 2006.
SCHMIDT, M. A.; CAINELLI, M. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004. (Pensamento ação
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SCHMIDT, M. A. Moreira dos S.; GARCIA, T. M. F. B. A formação da consciência histórica de
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WILLIAMS, R. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003.
123
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
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ARAPONGAS – PARANÁ
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L. E. M.
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124
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: L.E.M. INGLÊS
PROFESSORES: ANGELA SANGUINO RAMÃO
CLAUDIA BROIETTI DOS SANTOS
IEDA SANTOS BORGES
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA.
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em
1916, com a publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand Saussure,
inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de
estudo para a Lingüística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido
no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de
aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado
nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do
Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,
determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma Língua
125
Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao Ensino Médio, a
Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina
obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da
instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de
Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a
língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas
múltiplas culturas inseridas em cada sociedade. E levar em conta o objeto de estudo da
Língua estrangeira que, segundo as DCEs se apresenta:
O Objeto de estudo da Língua estrangeira contempla as relações com a cultura,
o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores
compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na
Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e
aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar
subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes
propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido
(DCE: 2008, p.55).
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é
também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se
o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de idéias, de dominação ou
emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem
consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim
sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como forma
de ação para transformar o mundo.
Nessa perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-
se e exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se
está ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do
conhecimento para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do aluno,
tornando-o um agente transformador e democrático do seu ambiente de convívio.
2. JUSTIFICATIVA
A disciplina de Língua Inglesa se justifica ao possibilitar que o aluno realize
leitura compreensiva dos textos, identificando as ideias principais, as informações
explícitas e implícitas, identificando as características de cada gênero. Sendo capaz, a
partir desses estudos, de produzir textos escritos e orais articulando as informações acerca
126
dos conhecimentos linguísticos presentes em cada texto, a fim de interagir com o mundo
que o cerca, sendo capaz de entendê-lo e modificá-lo quando necessário.
As diretrizes curriculares da disciplina de tradição curricular apresentam o
fundamento teórico-metodológico, a partir dos quais definem os rumos da disciplina, seja
no que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos
metodológicos e avaliativos.
O ensino da Língua Estrangeira está embasado nos conteúdos estruturantes
que são fundamentais para a compreensão do objeto do estudo da Língua, que estão
divididos em Leitura, Oralidade, Escrita e Análise Linguística. Levando-se em conta a
unidade teórico-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira.
Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a
avaliação precisam ser contínuas e integradas. Assim como a diversidade de gêneros
discursivos precisa estar presente ao longo de todas as séries do Ensino Fundamental, não
se limitando apenas aos gêneros indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa
entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem, tendo em
vista a realidade do aluno e o seu processo de aprendizagem.
3. OBJETIVOS GERAIS.
O Ensino Fundamental de Língua Inglesa deve ser voltado para a formação
básica de cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos
posteriores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua Estrangeira” com
uma compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais conscientes, críticos.
Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do
grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de
ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de
construir sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão
social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o
127
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades
transformadoras.
O contato com os diversos gêneros textuais, manifestados em forma de
diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de
várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de
significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como
um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e
crescimento do cidadão.
Assim, ao final do Ensino Fundamental e, espera-se que o aluno seja capaz de:
- Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;
- Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre
ações individuais e coletivas;
- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e
passíveis de transformação na prática social;
- Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o acesso
à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;
- Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de
significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a
transformação da sociedade.
- Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento do país.
4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.
A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada
por relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante: o
“discurso” como “prática social”, realizada por meio das práticas discursivas: prática de
leitura, prática de escrita, prática de oralidade que envolve a compreensão auditiva, a
leitura de mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo
comunicativo.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a
gama de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que
128
permeiam as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de
organização lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita,
oral, verbal e não verbal.
Considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a
especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, os critérios
norteadores para o ensino de Língua Estrangeira estão pautados no “discurso”, pois estes
serão consequentes e inerentes aos textos trabalhados. Seguem os conteúdos básicos de
acordo com cada ano.
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Quadro de informações on-line
Apresentações
História em quadrinhos
Charada
Cartaz de sala de aula
Sequência de fatos
Cartaz
Informações em murais
Horário Escolar
Organizações de arquivos em Tela de computador
Painel de exposição
Álbum de retrato
Entrevista
Conversa Informal
Caça palavras
Informações nutricionais em alimentos
Pôster
Informações sobre pessoas em revistas
Reportagem de revistas de celebridades
Panfleto de promoção turística
Texto informativo
129
Texto promocional
Imagem
Cartão Postal
Letra de música
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
130
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos e diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, do gênero, da
finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
131
• Encaminhe e acompanhe e a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõem o gênero;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, etc..
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Páginas principais de Website
História em quadrinhos
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132
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Descrição de rotina
Recomendações de segurança
Conversa informal
Lista de estratégias de escritas
Comentários de fotos
Tabela
Pôster informativo
Questionários
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade lingüística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
133
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade lingüística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre tema e intenções;
• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos,
imagens, mapas e outros;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
134
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõe o gênero;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, etc
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
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135
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Linha do tempo
Resenha
Propaganda
Cartas descrevendo problemas
Entrevista de radio
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
136
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
137
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam
ironia e humor.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura,
138
observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a
uma aventura, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.
Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.
Entrevista online
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Linha do tempo
139
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Entrevista
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Texto contendo diferentes pontos de vista.
História em quadrinhos
Diálogo
Placa informativa
Faixa – Banner
Carta (e respostas) sobre problemas pessoais
Cartão
Roteiro de Teatro
Peça de Teatro
Resenha
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
140
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
141
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
5. ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA
5.1. LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam
ironia e humor;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência
entre as partes e elementos do texto.
142
5.2. ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõem o gênero;
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor.
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
5.3. ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
6. METODOLOGIA DA DISCIPLINA .
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como
um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e
democrática para a transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de
prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto
143
resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua
transformação. Conforme DCEs:
Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que
sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de
uma abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático,
responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como
instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da
realidade. Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a
escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para
que não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo
de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem
o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que
sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.
Inspirando-se nas palavras de Simon (apud JORDÃO, 2004a, p. 164), (DCE:
2008, p.52).
O estudo da Língua Estrangeira será realizado através da Abordagem
Comunicativa “que favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e
evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua e concebida como um
sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.” (DCE 2008).
A proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão
sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se
revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais
no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea
utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e compreensão
auditiva. É nesta abordagem que leitura, escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura
são indissociáveis. Referem-se às estratégias de compreensão, discussão, organização e
produção de textos, bem como ao contexto social, aos papéis que leitores e escritores
exercem em seus grupos sociais e seus propósitos.
A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação entre os
múltiplos gêneros e ocorrem na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores. A
leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de mundo
do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam para
uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado
na bagagem cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a
prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
144
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir
das necessidades de cada gênero textual.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e
socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação
à escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade
sóciointeracional, ou seja, significativa.
Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem
as formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. "Se não
existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no
processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível". (Bakhtin, 1998).
Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais,
mas sem categorizá-los.
O objetivo da língua será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos,
literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e
funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo,
aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é
imprescindível.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sócio-cultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com
que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar
relacionados entre si.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a
“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto
político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos
alunos” (DCE: 2008, p. 62).
145
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise linguístico-discursivos dos
elementos não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos,
visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os
interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de
texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que
um dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção
de relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que
os alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos
promovendo a participação de todos os alunos.
Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica
e estereotipada de cultura” (DCE: 2008, p. 51). Assim, os conteúdos poderão dar ao
aluno indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem
baseados no planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir
das escolhas textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é
fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da oralidade.
Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de
conteúdos diagnosticados no início do ano, bem como suas peculiaridades, sendo assim, a
Língua Estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a compõem, ou seja, aqueles
manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas discursivas
(BAKHTIN, 1988).
A língua será trabalhada como um todo sem privilegiar as práticas discursivas
de leitura, oralidade e escrita já que elas não são segmentadas, e na interação com o texto
pode haver uma mistura complexa da linguagem escrita, visual e oral. Além disto, as
práticas discursivas não se separam em situações concretas de comunicação, e a análise
linguística será trabalhada a partir dos textos, de forma articulada e contextualizada,
interagindo com os gêneros do discurso.
Os recursos didáticos apoiam-se no uso do livro didático de Língua Inglesa
Links, e outros livros de apoio tais como: Let's Speak English, Steps, Read, Read
Practical English, Take your time, Insights Into English e outros. Além desse material,
serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais)
146
vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet, TV multimídia e outros materiais
pedagógicos.
Serão promovidas reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os
valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo,
levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.
A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que
propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da Língua Inglesa,
culminando em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes
com temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.
A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não formal.” Sendo assim serão trabalhas nas
diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma prática
integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Sendo
assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à consciência
de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais
refletem com a consciência que atinge a todos nós.
A Lei nº 11645/0o8, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por
fazer parte da nossa história e da cultura de outros países. Além
desses temas serão trabalhados o Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e
direitos Humanos; Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas;
Gênero e Diversidade Sexual; Educação do campo e outros temas contemporâneos de
acordo com a necessidade dos alunos, escola e comunidade.
7. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos
alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.
147
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do
educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de
conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à
aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às
características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os
conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos
com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem
e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da
aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em
conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento,
caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento com o saber
científico, cultural e social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação levando em conta que:
- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a
avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;
- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;
- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem
quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo
professor de forma contínua e reflexiva;
- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor
e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;
- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros
para realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social
e discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser
148
privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções
pedagógicas.
A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera
o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de
aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um
passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso
lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao
mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de
crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o
professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas –
leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que
precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno
com os discursos em língua estrangeira.
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma
deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como “recurso de autoridade e
assuma papel de auxiliadora”.
O sistema de avaliação do colégio Estadual Professora Nadir Mendes
Montanha está em consonância com o Art. 24 da LDB – Art. 116. Diz que: A avaliação é
continua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e
considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares,
com preponderância dos componentes qualitativos sobre os quantitativos.
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991;
p196) “a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de
ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”.
Para isto vamos utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão
garantir maior confiança nos resultados. O uso de instrumentos variados auxiliará o
professor a analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecerá
orientações para a tomada de decisão.
Provas orais e escritas;
Pesquisa bibliográfica;
149
Pesquisa em grupo;
Pesquisa em dupla;
Produção de textos;
Análise de textos, mapas e documentos;
Seminários;
Leitura e interpretação de texto;
Dinâmicas em grupo;
Leitura, escrita, desenho;
Elaboração de painéis;
Elaboração de murais;
Debates;
Discussão em grupo;
Resolução de exercícios propostos;
Produção de resenhas, relatórios, resumos;
Teatro e outros.
O sistema de avaliação contido no Regimento Escolar do Estabelecimento de
Ensino é Trimestral, composto pela somatória de 60% da nota em provas e 40% da nota
em trabalhos, sendo que deverá ser oportunizado ao aluno, no mínimo dois trabalhos e
uma prova, através de diversos instrumentos.
A recuperação de conteúdos será paralela ao processo ensino e aprendizagem, com
a retomada dos conteúdos não apropriados pelos alunos, e de 100% da nota, sendo
aplicado um instrumento para todos os alunos com menos de 60 pontos e optativa para os
demais alunos, prevalecendo a nota maior.
7.1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
7.1.1. LEITURA
Espera-se do aluno:
• Identifique o tema;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
150
• Identifique a ideia principal do texto.
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Analise as intenções do autor;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido
conotativo e denotativo.
7.1.2. ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse as ideias com clareza;
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo, etc.
• Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
• Use de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,
etc.;
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.
• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• Respeite os turnos de fala.
7.1.3. ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
151
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
• Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
• Exponha seus argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua
materna;
• Exposição objetiva de argumentos;
• Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
filmes, etc.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACKERT, Patrícia; LEE, Linda; BUSHBY, Bárbara. Thoughts and Notions. Boston:
Heinle & Heinle, 2000.
ACKERT, Patrícia; NAVARRO, Nicki Giroux de; BERNARD, Jean. Facts & figures. 3.
ed. Boston: Heinle & Heinle, 1999.
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de (Org.). O Professor de Língua Estrangeira em
Formação. 2ª Edição. Campinas: Pontes, 2005.
COLÉGIO ESTADUAL NADIR MENDES MONTANHA. Regimento Escolar.
Arapongas, 2012.
Língua Estrangeira em Formação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitiba: SEED –
Paraná, 2006.
152
BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.
Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
DONATO, Hernani. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 1998.
LEFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Universidade
Católica de Pelotas – 2004.
______. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Pelotas: Educat, 2006.
______. Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat,
2006.
MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira:
estudos e reflexões. Porto Alegre: Editora Apirs, 2004.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e
experiências. 3ª ed. Campinas: Pontes, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
SANTOS, Denise MARQUES, Amadeu. Links – English for teens. 1 ed. São Paulo:
Ática, 2009.
SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua Estrangeira:
Estudos Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
153
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
L Í N G U A
P O R T U G U E S A
154
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
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ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORES: AILA PRICILA RODRIGUES SALLA
JANE JOSÉ DE SOUZA
LÚCIA HELENA ALVES CASIMIRO
VÂNIA REGINA ZANETTI MANOSSO
NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORES: MARIZA NOGAROTO
ROSELI APARECIDA VECCHIA
1. APRESENTAÇÃO
Com a democratização da escola pública, nos fins da década de 60, o ensino da
língua portuguesa passou por uma nova dimensão pedagógica. Se antes apenas a língua
padrão era admitida na escola, agora com o advento dos alunos das classes sociais
populares outros falares são introduzidos no meio escolar.
Nesse contexto, faz-se necessário um novo olhar sobre o ensino da língua. As
variedades linguísticas precisam ser consideradas tendo em vista as novas relações sociais
que acontecem no interior da escola.
A busca da superação do modelo normativo busca nos estudos linguísticos a
fundamentação para uma nova postura no ensino da língua. Bakhtin traz novas luzes com
a teoria da análise do discurso. Concebe o ensino da língua baseado na elocução, ou seja,
que o ser humano é produtor de discurso mediado pela prática social. Esse novo enfoque
tem como base de ensino da
língua o texto em seus múltiplos sentidos. O texto, como preconiza as DCES, é o
cerne do ensino da língua, pois é nele que se percebem as várias vozes dos sujeitos
sociais, o que lhe concerne um caráter polifônico. Nessa perspectiva, o aluno precisa ter
acessos aos mais diversos gêneros textual, compreendendo a sua especificidade e seu uso
de acordo com o entorno social em que ele é veiculado. Tendo em vista a concepção de
155
linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de
ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano
e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
contexto de produção;
- Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
- Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura
e da escrita;
- Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando
ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
As diretrizes Curriculares do estado do Paraná assumem a concepção de
linguagem como prática que se efetiva nas diferentes esferas sociais, o objeto de estudo
da disciplina é a Língua, portanto o conteúdo estruturante é o DISCURSO COMO
PRÁTICA SOCIAL.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos contemplam três práticas discursivas: ORALIDADE,
LEITURA E ESCRITA.
O ensino da língua visa propiciar ao educando o uso adequado da língua nos
mais variados contextos de uso. O processo ensino-aprendizagem deve ter como premissa
a ampliação e o aperfeiçoamento da competência comunicativa, levando o educando a
comunicação tanto escrita quanto oral, adequando a comunicação ao seu contexto de uso.
Sendo assim, o objetivo principal é que o aluno possa compreender e usar os
diferentes discursos em suas múltiplas manifestações. Ler e compreender textos verbais e
não – verbais em situações reais de uso da língua. Aprimorar a competência comunicativa
na leitura, na oralidade e na escrita. Entender os diferentes falares considerando grupos
sociais e sua situação de produção. Perceber o caráter polissêmico dos textos e as
ideologias a eles subjacentes, levando o aluno a uma reflexão crítica sobre sua própria
realidade. Trabalhar com os mais variados gêneros textuais, analisando sua especificidade
e seu contexto de uso e produção. Utilizar os mais variados códigos e sub-códigos
atualizando o seu uso de acordo com a situação comunicativa.
156
4. CONTEÚDOS
4.1. ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS:
Adivinhas
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de roda
Cartão
Convites
Aviso
Biografias
Autobiografia
Contos de Fadas
Tirinhas
Lendas
Cartazes
Músicas
Piadas
Quadrinhas
Receitas
Trava Línguas
Poemas
Cartum
Tiras
Classificados
Regras do jogo
Rótulos/embalagens
Fábulas
História em quadrinhos
Narrativas de enigmas
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE
ANÁLISE LINGUÍSTICA:
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
157
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto ;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
158
7º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS:
Narrativa de aventura/fantástica/míticas
Narrativas de humor
Crônica de ficção
Fábulas
Músicas/ Letras de música
Paródias
Lendas
Diário
Exposição Oral
Debate
Causos
Comunicado
Provérbios
Notícia
Reportagem
Horóscopo
Manchete
Classificados
Fotos
Placas
Pinturas
Propagandas/slogans
Histórias em quadrinhos
Bulas
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE,
ANÁLISE LINGUÍSTICA:
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
159
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambigüidade;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
160
8º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS:
- Contos populares
- Contos
- Memórias
- Resumo
- Debate
- Palestras
- Pesquisa
- Relatório
- Exposição oral
- Mesa redonda
- Abaixo-assinado
- Entrevista
- Seminário
- Carta ao leitor
- Carta do leitor
- Depoimento
- Artigo de opinião
- Cartum
- Charge
- Classificados
- Anúncios
- Crônicas
- Diálogos/discussão argumentativa
- Cartazes
- Comercial de TV
- Filmes
- Resenha crítica
- Sinopses
- Vídeo Clip
- Blog
- Chat
- Fotoblog
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE,
ANÁLISE LINGUÍSTICA
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
161
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).
Semântica:
operadores argumentativos;
ambiguidade;
sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
Semântica:
- Operadores argumentativos
- ambiguidade
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
162
9º ANO
GENEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Crônica de ficção
Literatura de cordel
Memórias
Pinturas
Romances
Poesias
Músicas
Resumo
Paródias
Relatório
Cartazes
Resenha
Seminário
Texto de opinião
Diálogo/discussão argumentativa
Carta ao leitor
Editorial
Entrevista
Notícia/reportagem
Carta de reclamação
Carta de solicitação
Depoimentos
Ofício
Procuração
Leis
Requerimento
Telejornal
Telenovela
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADE
ANÁLISE LINGUÍSTICA:
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
163
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Semântica:
1 operadores argumentativos;
2 polissemia;
3 sentido conotativo e denotativo;
4 expressões que denotam ironia e humor no texto;
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
operadores argumentativos;
modalizadores;
polissemia.
164
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas ...
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica:
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
4.2. ENSINO MÉDIO
5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Conteúdo temático
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor
Participação e cooperação
Turnos de fala
Particularidades de pronúncia de algumas palavras
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,repetições,
pausas...)
Finalidade do texto oral
Materialidade fônica dos textos poéticos.
Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso, a prática da
análise linguística na leitura.
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
165
Intencionalidade
Ideologia
Informatividade
Situacional idade
Marcas linguísticas
Identificação de argumento principal e dos argumentos secundários.
Inferências
As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro
formal e informal.
As vozes sociais presentes no texto
Relações dialógicas entre textos
Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc
Estética do texto literário
Contexto de produção da obra literária
Diálogo da literatura com outras áreas
Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do uso: a
prática da análise linguística na escrita.
Adequação ao gênero:
Conteúdo ao gênero
Elementos composicionais
Marcas linguísticas
Argumentação
Coesão e coerência textual
Finalidade do texto
Paragrafação
Paráfrase de textos
Resumos
Diálogos textuais
Refacção textual
Análise linguística perpassando as práticas da leitura, escrita e oralidade.
1º ANO
Conotação e denotação
Figuras de pensamento e linguagem
Vícios de linguagem
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
Expressões modalizadoras ( que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como:felizmente.
Semântica
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto;
Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto.
166
2º ANO:
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto.
Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto.
3º ANO:
Coordenação e subordinação nas orações do texto:
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.
Acentuação gráfica, gírias, neologismos, estrangeirismos.
Procedimentos de concordância verbal e nominal.
Particularidades de grafia de algumas palavras.
6. DOMÍNIO DA ESCRITA
A produção de texto se dará a partir da delimitação do tema, do interlocutor e da
finalidade, ampliando a leitura sobre o tema e o gênero propostos. O aluno terá
oportunidade de analisar seu texto observando se está de acordo com o gênero quanto à
escolha lexical, adequando-a de acordo a situação comunicativa. Propiciar a reescrita
textual fazendo a revisão dos fatos que melhor direcionem a produção textual. Na
refacção do texto será atualizado o emprego dos recursos linguísticos. As questões
linguísticas serão trabalhadas dentro do próprio texto. Levando em consideração que a
língua escrita e a língua oral são realidades diferentes, deverá ser adequada a situação de
uso. A partir do falar informal, cotidiano, o aluno será levado a se apropriar da norma
padrão.
7. AVALIAÇÃO
A avaliação é considerada um instrumento auxiliar indispensável no processo
ensino-aprendizagem. Dever ser entendida como um instrumento de compreensão do
nível de apropriação do conhecimento do aluno. A partir disso, o professor poderá
interferir caso a apropriação não tenha ocorrida. Será, portanto, diagnóstica como
subsídio para revisão do processo ensino-aprendizagem.
O aluno deverá compreender e usar os diferentes discursos em suas múltiplas
manifestações. Ler e compreender textos verbais e não – verbais em situações reais de
uso da língua. Aprimorar a competência comunicativa na leitura, na oralidade e na
escrita. Entender os diferentes falares considerando grupos sociais e sua situação de
produção. Perceber o caráter polissêmico dos textos e as ideologias a eles subjacentes,
levando o aluno a uma reflexão crítica sobre sua própria realidade.
Compreender os mais variados gêneros textuais, analisando sua especificidade e
seu contexto de uso e produção. Utilizar os mais variados códigos e sub-códigos
atualizando o seu uso de acordo com a situação comunicativa.
O instrumento maior não será a nota, mas o domínio gradativo das atividades
verbais por parte do aluno que será proporcionado, o mínimo de 03 (três) instrumentos,
167
durante o processo de ensino. O valor dos instrumentos serão de 6,0 (seis vírgula zero)
para provas orais e escritas e 4,0 (quatro vírgula zero) para trabalhos.
A recuperação de conteúdos será simultânea e oferecida para que todos os
alunos tenham a oportunidade de se apropriar dos conteúdos selecionados para aquele
nível de ensino. A recuperação de notas será ofertada a todos os alunos, com um
instrumento no valor 10,0 (dez vírgula zero) prevalecendo a nota maior, sendo optativa
para o aluno que tiver média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) segundo os
critérios estabelecidos no Regimento Escolar.
Instrumentos de Avaliação
Provas objetivas e subjetivas
Prova oral
Pesquisas individuais e em grupo
Escutas orais
Seminários
Cartazes
Produção de textos nos diferentes gêneros
Entre outros
Recursos didáticos
Dramatizações
Livros, revistas, jornais, enciclopédias, dicionários.
Contos de histórias
Fantoches
Jornal-mural
TVE
TV Paulo Freire
Laboratório de informática
DVD
Documetários
Pendrive
Músicas
Filmes
Histórias em quadrinhos
Fotografias
8. TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE COMUNICAÇÃO
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
168
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências Vividas
Trava-Línguas
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
169
Entrevista (oral e escrita)
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
Slogan
Músicas
Outdoor
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
Abaixo-Assinado
Assembléia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
Bulas
Manual Técnico
Placas
Regras de Jogo
Rótulos/Embalagens
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
170
9. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.
_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho.
São Paulo: Parábola, 2007.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma
perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em
Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo, 2001.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel
Lahud e
Ernani & Floriana .Projeto Radix.São Paulo :Scipione,2010.
Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CASTRO Maria da Conceição e DELMANTO Dileta.
s. São Paulo: Saraiva 2007.
DCES. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. 2008.
FARACO, Carlos Alberto e TEZA, Cristóvão. Oficina de Texto. Petrópolis RJ, Vozes,
KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os Segredos do Texto. São Paulo, Cortez,
2002.
MESERANI, Samir. Redação Escolar: Criatividade. São Paulo, Ática, 1998.
SARGENTIM, Hermínio. Língua Portuguesa. São Paulo. IBEP, 1999.
SILVA, RENÉ Marc da Costa. Cultura Popular e Educação - Salto para o Futuro.
Brasília, MEC, 2008.
TERRA, Ernani. Gramática e Literatura. São Paulo: Scipione, 1993.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
REGIMENTO ESCOLAR - Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
171
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
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ARAPONGAS – PARANÁ
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MATEMÁTICA
172
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
PROFESSORES: ANGÉLICA CRISTINA DA CRUZ
IRENE ROCHA
CLAUDETE SARGENTIN
PAULO GUILHERME DOS SANTOS
SANDRA REGINA LOURENÇO
NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
PROFESSORES: CLAUDETE SARGENTIN
PAULO GUILHERME DOS SANTOS
SANDRA REGINA LOURENÇO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Para se iniciar uma explanação sobre a importância da disciplina
Matemática na vida do estudante, deve-se levar em conta que os conteúdos devem levá-
lo a se apropriar desse conhecimento de forma que “ compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça
suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança”(LORENZATO e VILA,
1993, p.41).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção,
porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINO & LORENZATO, 2001), e
envolve o estudo de processos que investigam como estudante compreende e se apropria
da própria Matemática” concebida como conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos etc.”(MIGUEL & MIORIM,2004,p.70).
A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos
em consonância com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as
necessidades de cada época. Assim também a própria disciplina sofreu transformações
para atender às exigências sociais.
173
É fato inquestionável que a matemática está presente em nossas vidas, é
reconhecida como uma disciplina útil que ajuda a organizar, compreender e explicar
problemas da realidade. Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da
sociedade moderna, portanto é um direito do educando, apropriar-se dos conceitos e
procedimentos matemáticos básicos que contribuirão para a sua formação como futuro
cidadão.
Para exercer plenamente a cidadania, e se engajar no mundo do
trabalho, das relações sociais, culturais e políticas é preciso saber contar, comparar,
medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar
resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e
interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc. Perceber isso é
compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele.
Podemos observar pelos motivos expostos acima que a Matemática
contribui para a formação global do aluno, auxiliando-o na conquista de sua cidadania.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
2.1. Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos (conteúdos básico)
para o ensino fundamental
2.1.1. Números e Álgebra
Para compreender nossa realidade e interpretar informações, precisamos conhecer
os números, suas relações, operações e também compreender seus diferentes significados,
inclusive no campo da Álgebra, onde as letras cumprem muitas funções: podem
representar um número qualquer, um número desconhecido, uma variável, uma relação
entre conjuntos de números ou símbolos arbitrários de uma estrutura estabelecida por
certas propriedades.
2.1.2. Grandezas e Medidas
Em Grandezas e Medidas propõe-se estabelecer relações com a
proporcionalidade, os conceitos geométricos, os trabalhos numéricos e as representações
gráficas, vinculando, assim, grandezas e medidas com números, com Geometrias e
Tratamento da informação, de modo que o trabalho com esses quatro temas se dê
simultaneamente.
2.1.3. Geometrias
Os conteúdos propostos em Geometrias foram estruturados de modo
a articular percepção e concepção, construção e representação, considerando a
importância de uma inter-relação entre esses aspectos.
A integração e a aplicação das Geometrias em outros campos do
conhecimento permitem instigar ideias e propor aplicações práticas para que possamos
enfrentar problemas reais, que são, em geral, de natureza interdisciplinar.
174
2.1.4. Funções
As funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica,
capaz de provocar mobilidade às suas explorações matemáticas, por conta da
variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação
em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a
noção analítica de leitura do objeto matemático.
2.1.5. Tratamento da Informação
Os conteúdos abordados em Tratamento da Informação são
reconhecidos hoje nos mais diversos campos, das pesquisas científicas e sociais ao
mundo dos negócios, constituindo, assim, ferramenta para outras disciplinas.
Esse tema permite que se traga para a sala de aula o cotidiano
presente nos diferentes meios de comunicação, na vida dos alunos e da escola. Propõe-
se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar dados,
que permitem ler e compreender uma realidade, trabalhando temas atuais como
Cultura Afro e Meio Ambiente.
3. CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano
Números e Álgebra.
Sistemas de numeração;
Números naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais.
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
Medidas de ângulos;
Ssitema monetário.
Geometrias
Geometria plana;
Geometria espacial.
Tratamento da Informação
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
175
7ºano
Números e Álgebra.
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples.
Grandezas e Medidas
Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
Geometrias
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometrias não- euclidianas.
Tratamento da Informação
Pesquisa estatística;
Média aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
8ºano
Número e Álgebra.
Números inteiros;
Números Racionais;
Equações e inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples.
Grandezas e Medidas Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
Geometrias Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometrias não- euclidianas.
Tratamento da Informação Pesquisa estatística;
Média aritmética
Moda e mediana
176
9ºano
Números e Álgebra
Números reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações irracionais;
Equações biquadradas;
Regra de três composta.
Grandezas e Medidas Relações métricas no triângulo retângulo;
Trigonometria no triângulo retângulo.
Funções
Noção intuitiva de função afim;
Noção intuitiva de função quadrática.
Geometrias Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Geometrias não- euclidianas.
Tratamento da Informação
Noções de Análise Combinatória;
noções de probabilidade;
Estatística;
Juros compostos.
ENSINO MÉDIO
4. Conteúdos estruturantes /Básicos
4.1. Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos (conteúdos básico)
para o ensino fundamental
4.1.1. Números e Álgebra
Para compreender nossa realidade e interpretar informações, precisamos conhecer
os números, suas relações, operações e também compreender seus diferentes significados,
inclusive no campo da Álgebra, onde as letras cumprem muitas funções: podem
representar um número qualquer, um número desconhecido, uma variável, uma relação
177
entre conjuntos de números ou símbolos arbitrários de uma estrutura estabelecida por
certas propriedades.
4.1.2. Grandezas e Medidas
Em Grandezas e Medidas propõe-se estabelecer relações com a
proporcionalidade, os conceitos geométricos, os trabalhos numéricos e as representações
gráficas, vinculando, assim, grandezas e medidas com números, com Geometrias e
Tratamento da informação, de modo que o trabalho com esses quatro temas se dê
simultaneamente..
4.1.3. Geometrias
Os conteúdos propostos em Geometrias foram estruturados de modo
a articular percepção e concepção, construção e representação, considerando a
importância de uma inter-relação entre esses aspectos.
A integração e a aplicação das Geometrias em outros campos do
conhecimento permitem instigar ideias e propor aplicações práticas para que possamos
enfrentar problemas reais, que são, em geral, de natureza interdisciplinar.
4.1.4. Funções
As funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica,
capaz de provocar mobilidade às suas explorações matemáticas, por conta da
variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação
em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a
noção analítica de leitura do objeto matemático.
4.1.5. Tratamento da Informação
Os conteúdos abordados em Tratamento da Informação são
reconhecidos hoje nos mais diversos campos, das pesquisas científicas e sociais ao
mundo dos negócios, constituindo, assim, ferramenta para outras disciplinas.
Esse tema permite que se traga para a sala de aula o cotidiano
presente nos diferentes meios de comunicação, na vida dos alunos e da escola. Propõe-
se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar dados,
que permitem ler e compreender uma realidade, trabalhando temas atuais como
Cultura Afro e Meio Ambiente.
NÚMEROS E ÁLGEBRAS
Números reais;
Números Complexo;
Sistemas lineares;
Matrizes e determinantes;
Polinômios;
Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas e Área;
178
Medidas de volume;
Medidas de Grandezas vetoriais
Medidas de Informática;
Medidas de Energia
Trigonometria
FUNÇÕES
Função Afim;
Função Quadrática
Função Exponencial
Função Logarítmica
Função Trigonométrica
Função Modular
Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
GEOMETRIAS
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Geometria não-euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise Combinatória
Binômio de Newton
Estudo das Probabilidades
Estatística
Matemática Financeira
5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O homem faz uso da matemática independente do conhecimento
escolar, nas mais diversas atividades humanas, isto é, utiliza-se da matemática não
sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e conhecer todos os
problemas, sendo em muitas situações, necessários conhecimentos sistematizados.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada valorizando
os conhecimentos sincréticos do educando e a partir deste promover a aquisição do
conhecimento científico adquirindo assim o conhecimento sintético. É preciso que o
conhecimento matemático seja selecionado, organizado e transformado em saber escolar,
o qual deverá ser expresso pelos conteúdos.
A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental para que o
conhecimento matemático, anterior/fragmentado seja agora visto em sua totalidade. Daí,
a necessidade do desenvolvimento conjunto e articulado das questões relativas aos
179
números, operações, geometria, tratamento de informações e o papel que as medidas
desempenham ao permitir uma maior aproximação entre matemática e a realidade.
As atividades diárias deverão ser planejadas de forma a valorizar o
trabalho em grupo, para que os alunos desenvolvam o hábito de discutir e validar
resultados. O professor deve ter consciência de seu papel como mediador.
Os conceitos básicos poderão ser desenvolvidos a partir das Tendências
em Educação Matemática: resolução de problemas, etnomatemática, modelagem
matemática, mídias tecnológicas , história da matemática e investigação matemática.
Como forma de abordar os conteúdos, de modo a torná-los mais
significativos e de importância sócio-cultural, poderão ser feitas contextualizações das
atividades com os seguintes temas: Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação
Fiscal, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Sexualidade, Enfrentamento da Violência
na Escola, História e Cultura afro-brasileira, Africana e Indígena.
Para que os alunos alcancem os objetivos, os recursos didáticos e as
estratégias de ensino visam multiplicar as oportunidades para os alunos construírem o
conhecimento matemático e refletirem sobre o conhecimento adquirido. Os principais
recursos que poderão ser utilizados para isso são:
- diálogo e troca de idéias entre alunos e entre estes e o professor;
- atividade de pesquisa;
- jogos em sala de aula;
- livro didático e paradidáticos;
- vídeos, jornais e revistas;
- quadro e giz;
- trabalhos em grupo;
- computador e calculadora;
- TV multimídia.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica , contínua, diversificada, processual,
formativa, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e ocorrer ao
longo da aprendizagem, proporcionando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar
e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado, não perdendo de vista o
conhecimento apropriado pelo aluno e sendo coerente com a proposta pedagógica da
escola e com a metodologia utilizada pelo professor. É um instrumento fundamental para
repensar e reformular os métodos e fornecer informações sobre como está sendo
realizado o processo de ensino como um todo, tanto para o professor e a equipe
pedagógica conhecer e analisar os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar
seu desempenho. A avaliação também servirá para nortear novos encaminhamentos
metodológicos do processo de recuperação dos conteúdos.
O professor deve explorar questões que envolvam conceitos e algoritmos de
forma a permitir o questionamento e alargamento das ideias, oportunizando a fixação e
automação de elementos já dominados. Para isto o professor deve utilizar-se de diversos
instrumentos de avaliação, tais como: trabalhos, exercícios, provas individuais, prova
com consulta entre outros instrumentos.
180
Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e
compreensão dos limites e das dificuldades dos alunos para assimilarem os conteúdos
propostos. Se os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as causas e
determinar os fatores do insucesso, visando o sucesso escolar.
A função da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para
aprender, melhorar a refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre
dificuldades de cada aluno.
Portanto, a avaliação deve ser ancorada em encaminhamentos metodológicos que
abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o
conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Para isso serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: observação,
intervenção, revisão de noções e subjetividades, procurando explorar diversos métodos
(formas escritas, orais, demonstração) além das provas.
As exposições orais e registros escritos (testes, lições de casa, pesquisas)
mostrarão como o aluno expressa seu conhecimento, o grau de entendimento alcançado,
tanto em profundidade quanto em organização mental e aplicação da linguagem
matemática.
As provas deverão ser instrumentos que contenham elementos de análise e
reflexão que possibilite ao professor a análise dos erros para que haja uma retomada do
trabalho com alguns conteúdos.
Quanto à atribuição de valores dados a cada avaliação, deve ser o proposto no
Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino , sendo 6,0 (seis vírgula zero) para
prova oral e escrita e 4,0 (quatro vírgula zero) para trabalhos diversificados.
É necessário que o professor leve em consideração se o aluno:
* Sabe se comunicar matematicamente, oral ou por escrito.
* Participa nos trabalhos realizados em grupo.
* Compreende, por meio de leitura, o problema matemático.
* Elabora um plano que possibilite a solução do problema.
* Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático.
* Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, certas atitudes devem ser cultivadas pelo aluno sob a orientação do
professor e se caracterizam por:
*partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
*pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
*elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
*perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
*sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando,
abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
*Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
*argumentar a favor ou contra os resultados.
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é
preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda.
Essa recuperação dar- se- á durante o processo de ensino, com retomada dos conteúdos
181
sempre que se fizer necessário.
Os trabalhos terão a sua recuperação na medida em que forem sendo
desenvolvidos, sendo atribuída a nota ao final da última intervenção do professor..
Quanto à recuperação das notas, será ofertado um instrumento de avaliação no valor 10,0
(dez vírgula zero) a todos os alunos, sendo optativa aos alunos com média igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero), prevalecendo a maior, conforme os critérios
estabelecidos no Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento
de ensino .
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. 1ª edição. São Paulo: Ática, 2004.
GIOVANNI, José Ruy. Matemática fundamental, 2º grau: volume único / José Ruy
Giovanni, José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Jr. São Paulo: FTD, 1994.
NETTO, Scipione Di Pierrô. Matemática em atividades. 1ª edição. São Paulo: Scipione,
2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação .
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica-
matemática. Curitiba,2008.
__________. Matemática – ensino médio. Curitiba, 2008.
YOUSSEF, Antônio Nicolau. Matemática: ensino médio,volume único/ Antônio
Nicolau Youssef, Elizabeth Soares, Vicente Paz Fernandez. São Paulo: Scipione, 2005.
PPP do Colégio Est.. Profª Nadir Mendes Montanha
Regimento Escola do Col. Est. Profª Nadir Mendes Montanha.
182
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
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ARAPONGAS – PARANÁ
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
PROGRAMA
DE
ATIVIDADECOMPLEMATAR
CURRICULAR EM CONTRATURNO
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno na
Educação Básica na Rede Estadual de Ensino é constituído de atividades com quatro
horas semanais para serem realizadas em contraturno e pautadas na necessidade da
comunidade escolar.
São atividades vinculadas ao currículo da escola, respeitando a realidade da
comunidade. Pertence ao macrocampo Esporte e Lazer com atividades esportivas de
Tênis de mesa, Xadrez, Voleibol e Futsal atendendo alunos dos turnos da manhã e da
tarde.
O programa visa despertar no educando a importância do esporte para seu
desenvolvimento físico e intelectual buscando mudança de hábitos. O programa ainda
tem por objetivos resgatar a baixa auto-estima, busca a melhoria da assiduidade e
proporciona socialização dos alunos levando-os a maior integração, respeitando suas
diferenças intelectuais, raça e idade, dentre outras.
183
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PROPOSTA CURRICULAR
DO
PROGRAMA DE ATIVIDADE
COMPLEMENTAR CURRICULAR
EM
CONTRATURNO
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NRE: APUCARANA
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM
CONTRATURNO
MODALIDADE: XADREZ. TÊNIS DE MESA, VOLEIBOL
PROFESSOR: MARIELE SANTOS DUARTE
1. Apresentação do Programa
A Atividade Complementar Curricular atenderá os alunos em contra turno, criando
condições de participação em atividades do seu interesse, viabilizando o acesso e
permanência dos alunos na escola, criando maior integração entre a escola e a
comunidade. Desta forma essa Atividade Complementar Curricular possibilitará o
desenvolvimento integral do aluno, uma vez que os jogos: tênis de mesa, xadrez e em
especial o Voleibol, desenvolve a atenção, concentração, socialização, disciplina e
principalmente o cumprimento de regras. O tênis de mesa o xadrez e o voleibol são
modalidades esportivas que exigem dos atletas um nível de condicionamento físico,
tático, técnico e emocional aprimoradíssimo de um treinamento integral e uma
preparação metódica, contínua, sempre planejada, vem ganhando destaque em nível
nacional e internacional, isto graças ao empenho dos jogadores e treinadores em tornar o
esporte mais dinâmico e competitivo.
2. Fundamentação Teórica
A Atividade Complementar Curricular desenvolverá o aprendizado através de
atividades lúdicas, considerando a vivência, experimentação, criatividade e o jogo, sejam
eles cooperativos ou competitivos, priorizando o cumprimento de regras, a
contextualização dos conceitos presentes nos jogos de voleibol, tênis de mesa e xadrez, a
criação e a adaptação de novas formas de se jogar.
O processo é em longo prazo, denominado treinamento esportivo, é de grande
complexidade quanto aos seus componentes e durante todo ele o aluno passa por etapas,
cada qual tendo sua importância no contexto global da preparação desportiva; tanto assim
que, se uma delas falta é pouco enfatizada, o desportista provavelmente não alcançará o
grau ótimo de rendimento que deveria.
185
3. Objetivos
- Possibilitar o reconhecimento, por avaliação de habilidades, conhecimentos e
competências do aluno, inclusive adquiridas fora;
- Proporcionar aos educandos a capacidade de utilizar os seus conhecimentos no dia
a dia, interagindo com os demais em grupo;
- Mostrar a origem dos jogos, principalmente o voleibol, bem como, a finalidade
com que foi criado;
- Descrever a trajetória desde as suas origens até os dias de hoje (voleibol);
- Identificar as questões sociais e políticas presentes no jogo de voleibol, tênis de
mesa e xadrez;
- Resgatar alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, bem
como as necessidades socioeducativas, considerando o contexto sócio descrito no PPP da
Escola;
- Proporcionar intercâmbio entre os colégios;
- Melhorar o rendimento escolar dos participantes nessa Atividade Complementar
Curricular, através do trabalho interdisciplinar;
- Envolver a comunidade escolar nos jogos de voleibol, através de torneios e
competições.
4. Conteúdos Específicos
- Desenvolvimento das qualidades físicas requeridas;
- Desenvolvimento das qualidades físicas de base;
- Resistência aeróbica;
- Força explosiva;
- Resistência muscular;
- Resistência física;
- Velocidade de deslocamento;
- Flexibilidade;
- Deslocamento;
- Força dinâmica estética;
- Teoria do treinamento;
- Aprendizagem motora;
- Fundamentos específicos das modalidades;
- Jogos treino.
5. Resultados Esperados
5.1. Para o Aluno:
- Melhorar o rendimento escolar;
- Prepará-los para novos desafios;
- Fazer com que aprendam a diferença entre normas e regras;
- Fazer com que os educandos possam saber respeitar regras;
- Superação de desafios contemporâneos;
- Resgatar os alunos com problemas em sala de aula, principalmente, com baixo
autoestima e problemas de socialização.
186
5.2. Para a Escola:
- Proporcionar novos conhecimentos para nossos educandos;
- Proporcionar aulas diferentes e atrativas;
- Melhorar o rendimento escolar;
- Tornar a Escola, espaço prazeroso, para a comunidade escolar;
- Cumprir a função social através de ações que garantam o acesso e permanência,
possibilitando a construção de cidadania.
5.3. Para a Comunidade:
- Maior integração e participação da família na vida dos educandos;
- Atuação permanente e organizada de todos os segmentos envolvidos neste
processo.
6. Critérios de Participação
Alunos do Ensino Fundamental (6º a 9º ano), matriculados nos períodos matutino e
vespertino, respeitando a faixa etária de 10 a 17 anos de idade, que apresentam problemas
de socialização e baixa autoestima, bem como aqueles que despertam interesse em
aprender a modalidade ofertada.
7. Critérios e Instrumentos de Avaliação
Os educandos serão avaliados de acordo com a participação e comprometimento
com as atividades apresentadas, não somente pelo professor responsável, mas por todos
os professores do Estabelecimento de Ensino, uma vez que o objetivo principal é a
interdisciplinaridade, fazendo com que o aluno apresente um melhor rendimento escolar.
Referência Bibliográfica
Diretrizes Curriculares Nacionais
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
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ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM
CONTRATURNO
PROFESSOR: IVANI MARIA DOS SANTOS
MACROCAMPO: Esporte e Lazer
MODALIDADE ESPORTIVA: Futsal
TURNO: Intermediário da tarde das 17:15hs às 18:55hs
1. CONTEÚDO:
- Fundamentos
- Sistemas de jogo
- Regras
- Táticas
- Relação entre o futsal e questões tais como: violência, drogas,doping, esporte e a sua
relação com a mídia, a profissionalização esportiva, e o bem estar físico, mental,
emocional e social.
2. OBJETIVO:
- Oportunizar as alunas uma atividade física como alternativa de lazer
e fuga do ócio.
- Aprender as regras e os elementos básicos do futsal, vivenciando seus
fundamentos técnicos e táticos.
- Compreender o sentido da competição esportiva através de discussões
que provoquem reflexão acerca dos temas propostos.
- Promover a sociabilidade, o amadurecimento emocional e psicomotor
do indivíduo, favorecendo o aprendizado do saber ganhar e saber perder, do repartir, do
organizar, do liderar, do persistir e do ser responsável.
- Desenvolver através da prática esportiva, uma consciência
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participativa, cooperativa e solidária, portanto cidadã.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Iniciação: Jogos lúdicos e divertidos, que levarão as alunas a um primeiro contato
prazeroso com o esporte.
Preparação Física: Treinamento físico, visando melhorar a qualidade física das
alunas: Circuito.
Preparação Técnica: Elementos técnicos básicos para aprender o jogo como: como
conduzir a bola, passar e receber, o drible, a finta, o chute etc.
Preparação Tática: Quais esquemas táticos elas utilizarão durante as partidas.
4. AVALIAÇÃO:
A avaliação será usada como instrumento diagnóstico da aprendizagem das regras,
fundamentos e táticas. Deverá acontecer pela observação do professor e dos resultados
obtidos mediante a participação em jogos.
5. RESULTADOS ESPERADOS:
5.1. Para o aluno:
Que ele esteja preparado para agir e concretizar planos que objetivam o bem
estar social e pessoal.
5.2. Para a escola:
Participação nos Jogos Escolares em suas respectivas fases. Valorização do
âmbito escolar, pelas alunas, como ambiente prazeroso.
5.3 Para a comunidade:
Promoverá uma maior interação entre pais, filhas e escola visto que os pais
sempre acompanham as filhas quando estas vão participar de jogos para incentiva-las.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares Nacionais
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
189
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PRINCIPAIS CARACTERÍSCTICAS
DO
ENSINO MÉDIO
Considerando as principais características do Ensino Médio no processo de
escolarização, concordamos com Ramos:
(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como ultima etapa da
educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em seus princípios e
objetivos, desenvolva possibilidades/ formativas que contemplem as múltiplas
necessidades sócio-culturais e econômicas dos sujeitos que o constituem – adolescentes,
jovens e adultos -, reconhecendo-os não como cidadãos e trabalhadores de um futuro
indefinido, mas como sujeitos de direitos no momento em que cursam o ensino médio
( RAMOS apud \ CIAVATA,2004, p. 41)
Assim, o Ensino Médio não pode ter, na dicotomia da preparação para o
vestibular ou mercado de trabalho, uma única possibilidade de escolha, é preciso que o
currículo dê um significado mais amplo. Diante disso, o conhecimento deve ter a
especificidade de tratar as dimensões dos saberes em sua totalidade, o que implica
trabalhar numa abordagem teórica – metodológica que considere a interdependência das
dimensões cientifica, artística e filosófica do conhecimento, nos conteúdos de cada uma
das doze disciplinas do Ensino Médio, contextualizando-as a partir da realidade onde a
escola está inserida chegando à universalização do conhecimento.
Para tanto, há que se repensar na questão do currículo inserida no aspecto dos
“Conteúdos Estruturantes”, cuja necessidade é evidente, haja visto, serem os saberes
constituídos historicamente.
Pensar em Currículo que contribua para a formação crítica dos sujeitos,
enfocando a construção da história do conhecimento cientifico, explicitando os interesses
sociais e políticos, estimulando a reflexão filosófica e a criação e interpretação artística.
Dessa forma, a dimensão interdisciplinar e a contextualização, devem ser
tomadas a partir de uma visão em que o currículo é um constructo, isto é, passa por
transformações sociais, culturais, econômicas e políticas emergentes.
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PROPOSTA CURRICULAR
DO
ENSINO MÉDIO
“As Propostas Curriculares do Ensino Médio: L.E.M Inglês, Língua Portuguesa
e Matemática, diante da similiaridade de contextualização com o Ensino
Fundamental. Foram desagrupadas do Ensino Médio, passando a contemplar
portanto, juntamente com a Proposta Curricular do Ensino Fundamental.”
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A R T E
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NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: ARTE
PROFESSORES: KÁTIA ROSSETTI SUGIHARA PEREIRA
1. APRESENTAÇÃO
Durante o período colonial, a Companhia de Jesus desenvolveu o uso
pedagógico da arte por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura,
escultura e artes manuais, ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista,
valorizando também as manifestações artísticas locais. Esse contexto foi importante na
constituição da matriz cultural brasileira e manifesta-se na cultura popular paranaense,
por exemplo, nas Cavalhadas, na Folia de Reis e na Congada. Entre o século XVI e XVIII
a Europa passou por transformações, o ensino passa a dar enfatize as ciências naturais e
dos estudos literários, incluíam em seus currículos estudos do desenho associado à
matemática e da harmonia na música como forma de priorizar a razão na educação e na
arte.
Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, ocorre a vinda de um grupo
de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os
alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos, a chamada missão francesa, cuja
concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza
clássica. Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas
características, como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e pintura. Em
1846 foi fundado no Paraná o Liceu de Curitiba e em 1886 a Escola de Belas Artes e
Indústrias que desenvolve as artes plásticas e a música na cidade, já em 1917 a Escola
Profissional Feminina oferecia desenho e pintura, cursos de corte costura, arranjos de
flores e bordados. Em 1890, ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil
republicano, e foi marcada pelos conflitos de idéias positivistas e liberais. Os positivistas
defendiam a valorização do desenho geométrico, enquanto os liberais defendiam um
ensino voltado para o trabalho, com a vitória dos positivistas, o ensino da arte passou a
abordar somente as técnicas e artes manuais. No entanto, as políticas educacionais
voltadas ao mercado de trabalho têm sido uma constante, como, por exemplo, no período
do Governo de Getúlio Vargas, na ditadura militar.
Em 1922 ocorre a Semana de Arte Moderna, um importante marco para a arte
brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época. Esses artistas direcionaram
seus trabalhos para a pesquisa e produção de obras a partir das raízes nacionais. O
193
movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo
de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana,
cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. O
ensino de Arte passou a ter enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade.
Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada
para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova,
fundamentada na livre expressão de formas, individualidade, inspiração e sensibilidade, o
que rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. A
Escola Nova centrava sua ação no aluno e na sua cultura, em contraposição às formas
anteriores de ensino impostas por modelos que não correspondiam ao universo cultural
dos alunos. No Governo de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de
música nas escolas por meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de
uma identidade nacional, expressavam a música erudita e popular de forma integrada. No
Paraná, com a chegada dos imigrantes e, entre eles, artistas, que vieram com novas idéias
e experiências culturais diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o
estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As
características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade
local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar. Entre as
inovações, abriu espaço para o ensino artístico e profissional, associando a técnica com a
estética, num contexto histórico em que o trabalho artesanal era substituído pela técnica
industrial. Em 1937, é criada a Escolinha de Arte do Ginásio Belmiro César, cuja
proposta era a de oferecer atividades livres em período alternativo às aulas dos alunos,
adotava correntes teóricas e pedagógicas fundamentadas na liberdade de expressão. A
partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: com as
Bienais e os movimentos contrários a elas; a Bossa Nova e os festivais; o Teatro Oficina
e o Teatro de Arena; e o Cinema Novo. Esses movimentos tiveram forte caráter
ideológico, propunham uma nova realidade social. Com o AI-5, em 1968, esses
movimentos foram reprimidos, e foi nesse momento que a disciplina de Educação
Artística tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o
desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho
criativo e o sentido estético da arte. Cabia trabalhar somente o domínio dos materiais que
seriam utilizados na sua expressão.
A partir de 1980, inicia-se uma mobilização social pela redemocratização e
discussão dos problemas educacionais, e as novas teorias propunham oferecer ao
educando acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora.
Em 1990 foi publicado o Currículo Básico para Ensino de 1o grau e em seguida. o
Documento de Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná. De
1997 a 1999 foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), tornando-se
os novos orientadores do ensino. Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de
discussão pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de
diretrizes curriculares estaduais. As novas diretrizes curriculares concebem o
conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e científica e articula-se com
políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná. Um exemplo
dessas políticas resultou no aumento do número de aulas de Arte e a retomada dos
concursos públicos para professores. A distribuição de material didático e do Livro
Didático Público de Arte; o acesso a equipamentos e recursos tecnológicos e a
oportunidade de formação continuada, buscam estimular os estudos do professor
pesquisador. Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, a lei que
estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”,
194
busca romper com uma hegemonia da cultura européia, ainda presente em muitas escolas.
Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei que estabelece a obrigatoriedade do ensino da
música na educação básica. Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma
transformação no ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que
permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja
reduzida a um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de
entretenimento e terapia. Assim, o ensino de Arte deixará de ser coadjuvante no sistema
educacional para se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação.
Importância da disciplina
O estudo da arte favorece aos estudantes a análise, reflexão e troca de idéias
sobre as práticas artísticas e a contextualização das mesmas, no mundo regional, nacional,
e internacional tomando um posicionamento. Enfim, a Arte é desde o início, a
comunicação visual de toda nossa história. Conhecer arte no Ensino Médio significa
apropriarem-se de saberes culturais e estéticos inseridos na sociedade, nas práticas de
produção e nas apreciações artísticas, que são fundamentais para a formação e
desempenho social do cidadão. Por ser um conhecimento humano articulado no âmbito
sensível-cognitivo, através da arte se manifestam significados, modos de criação e
comunicação sobre o mundo da natureza e da cultura, essa dimensão social das
manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir e articular significados e valores
que orientam os diferentes tipos de relações entre os indivíduos da sociedade.
A inovação e a inventividade são necessidades humanas, assim, o ensino de artes
tem também a função de fazer a ponte para a aplicação do conhecimento das línguas
artísticas, aliado a percepção de contexto e conhecimentos práticos próprios de cada
individuo, para a criação artística e desenvolvimento da identidade do individuo. Busca
analisar o espaço da arte a partir de uma perspectiva histórica, procurando desenvolver no
estudante uma percepção ativa em relação à realidade.
2. OBJETIVOS:
2.1. Análise e compreensão
Observar, analisar, pensar e compreender critérios culturalmente construídos na
sociedade, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, científico e
tecnológico, entre outros.
Analisar, discorrer e compreender os diferentes processos da Arte, seus
diferentes instrumentos materiais e ideais, suas manifestações socioculturais e históricas.
2.2. Observar e interagir
Apreciar a arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto prazer, quanto a
crítica estética a produtos das várias linguagens da arte.
Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas nas várias linguagens da
arte.
2.3. Preservação e contextualização sócio-cultural
Analisar, refletir, preservar e respeitar as diversas manifestações de Arte - em
suas múltiplas funções - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo
195
com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua
dimensão sócio-histórica.
Para a formação social do cidadão, faz-se necessário os conhecimentos
artísticos, que leva ao exercício e à prática da sensibilidade expressiva, estética,
comunicativa, que é presença urgente na história da aprendizagem cultural dos jovens de
nosso País, humanizando-os e assim ajudando a humanizar mundo contemporâneo.
3. CONTEÚDOS
3.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que
se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Os
conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor entendimento
dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e
indissociada um do outro. Os conteúdos estruturantes da disciplina de artes são:
Elementos formais;
Composição;
Movimentos e períodos.
Embora tempo e espaço tenha sido, inicialmente, considerado também conteúdo
estruturante da disciplina, sua relação com os demais e com os conteúdos específicos de
cada área de Arte revelou que ele é, antes, uma categoria que articula os conteúdos
estruturantes das quatro áreas de Arte, além de ter um caráter social.
3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
ARTES VISUAIS: Elementos Formais
Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.
COMPOSIÇÃO
Proporção, tridimensional, figura e fundo e perspectiva.
Figurativo e abstrato, simetria-assimetria, deformação e estilização.
Gênero: Paisagem, natureza morta, histórica, religiosa e da mitologia,
cenas do cotidiano, meio ambiente e ecologia.
Técnica: Pintura, desenho, escultura e gravura.
MOVIMENTOS / PERÍODOS
Arte Ocidental.
Arte Oriental.
Muralismo e Arte Latino-Americana.
Modernismo no Brasil.
Arte indígena.
Arte africana.
Arte Popular.
Arte urbana.
Arte contemporânea.
196
Indústria Cultural.
Arte Brasileira e Paranaense.
Preservação do meio ambiente.
TEATRO: Elementos Formais
Personagens, expressões corporais.
COMPOSIÇÃO
Gênero: Cenografia, figurino, direção, produção.
Técnica: Roteiro, leitura dramática, mímica.
MOVIMENTOS / PERÍODOS
Teatro Greco-Romano.
Teatro Popular.
Indústria Cultural.
Teatro Paranaense.
Violência na escola.
MÚSICA: Elementos Formais
Altura, duração, timbre, intensidade, densidade.
COMPOSIÇÃO
- Gênero: erudito, popular, pop.
- Técnica: vocal, instrumental, eletrônica.
MOVIMENTOS / PERÍODOS
Latino-Americana.
Arte Ocidental.
Arte Oriental.
Africana.
Popular.
Indústria Cultural.
Brasileira e Paranaense.
Violência na escola.
DANÇA: Elementos Formais
Movimentos corporais, tempo e espaço.
COMPOSIÇÃO
Técnica: Lento, rápido, moderado, direções, movimentos.
MOVIMENTOS / PERÍODOS
Pré-história.
Dança clássica.
Dança popular.
Africana.
Indígena.
197
Indústria Cultural.
Brasileira e Paranaense.
Latino-Americana.
Hip-Hop.
4. METODOLOGIA
A metodologia do ensino da Arte priorizará a interação da leitura da produção de
arte com a familiarização cultural e com o exercício artístico. Buscar-se-á formas
originais e interdisciplinares de expressar idéias com o grupo, promovendo observações,
experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não só com
as área social, histórica e artística para a formação cultural brasileira, rompendo com
uma
hegemonia cultural européia vigente. Também inserir no transcorrer do curso debates
sobre temas contemporâneos, como à preservação do meio ambiente e violência escolar,
expressos através de pinturas, músicas e teatro. Entende-se que aprender arte envolve não
apenas uma atividade de produção artística pelos alunos, mas também compreender o que
fazer e o que os outros fazem; pelo desenvolvimento da percepção estética, por contato
com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história humana e como
conjunto das relações. Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos
de aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o
mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades que podem contribuir para a
consciência de seu lugar no mundo, e para compreensão de conteúdos das outras áreas do
conhecimento.
Dentro dos conteúdos elencados, contemplar as Leis nº 10.639/03 e Lei nº
11.645/08 que valoriza a cultura afro-brasileira e indígena resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica, política e artística, tendo em vista que tais
culturas caracterizam a formação da população brasileira.
Também procura-se trabalhar a Lei 9795/99 da Educação Ambiental buscando
metodologias que conscientizem os alunos enquanto integrantes do meio ambiente e sua
responsabilidade para com o mesmo.
A partir dos conteúdos básicos da disciplina, sempre que houver a possibilidade,
serão trabalhados os conteúdos referentes ao Desenvolvimento Sócio-Educacional:
Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas; Educação Ambiental; Diversidade (Relações Étnico-Raciais e Afro-
descendência; Educação Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual e Educação do
Campo).
A criação de um clima de parceria e construção coletiva, o respeito e a
valorização das idéias do aluno, facilitam a construção de uma relação interpessoal e
comunicação construtiva, sendo um elemento de grande motivação para a aprendizagem.
Também a utilização de toda forma de tecnologia presente na escola para auxiliar na
absorção de conhecimento pelo aluno, através do uso de imagens, vídeos e filmes,
buscando a memorização e construção de uma aprendizagem significativa. Hoje, a
existência da rede de internet favorece infinitamente a pesquisa de qualquer tema, assim,
é importante que os alunos tenham acesso a esta tecnologia, mas também se faz
necessário o auxilio aos alunos para que façam a pesquisa da maneira mais correta e ágil.
Na apresentação dos conteúdos serão utilizados vários elementos para alcançar todos os
meios de comunicação do aluno: como a escrita, mesmo que resumida, explicação verbal
198
e debate sobre os temas, apresentação de imagens e vídeos, leitura de material, seja de
imagens, textos, revistas ou jornais, maquetes ou modelos, também a produção de
trabalhos práticos ou de pesquisa, tudo buscando contextualizar através da associação
com temas contemporâneos ou do cotidiano dos alunos.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e processual, se dará através de um processo
contínuo e cumulativo do desempenho do aluno, deverá levar em conta as relações
estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados
tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva, desenvolvidas a partir desse
saberes, permitindo ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e
produzidos. Quanto aos instrumentos de avaliação deverão ser oportunizados, no mínimo
de 03 (três) avaliações, composto por seminários, debates, trabalhos teóricos e práticos,
individuais ou em grupos, discussões e pesquisas, provas com questões objetivas e
dissertativas. O sistema da avaliação consistirá também na observação e registro dos
caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os
avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções. O sistema de avaliação
será composto da seguinte somatória: 4,0 (quatro vírgula zero), referente às atividades
diversificadas, e 6,0 (seis vírgula zero), referente às provas escritas e/ou orais.
A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e concomitante,
contemplando os preceitos do Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar deste
estabelecimento. Para possibilitar essa avaliação individual, é necessário utilizar vários
instrumentos de avaliação, como diagnóstico inicial, durante o percurso e no final do ano
letivo por meio de trabalho em grupo, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas,
auto-avaliação, e exercícios realizados no caderno. A recuperação de estudos e de notas
será ofertada a todos os alunos no valor 10,0 (dez vírgula zero), possuindo valor
substitutivo, valendo sempre a maior, sendo que a de notas será optativa ao aluno com
média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero). Espera-se que com a avaliação em arte,
o aluno seja capaz de:
Utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações
culturais.
Observar as relações entre a arte e a realidade, investigando, indagando,
exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de
modo criativo.
Ler o mundo de maneira mais crítica e eficiente nos seus posicionamentos e em
suas tomadas de atitudes.
Entender o homem como um todo: razão e emoção, pensamento e percepção,
imaginação e reflexão, possibilitando a compreensão da realidade e um modo de
transformá-la.
Conhecer tanto o erudito como o popular, através dos movimentos artísticos,
patrimoniais e seus precursores.
199
6. REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1987.
AZEVEDO, F. de. A. - Cultura Brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, Editora da USP, 1971.
BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A experiência de Brasília – I
Simpósio Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1ª Ed, SP. Editora
Mas Limonade, 1986.
BENJAMIM, T. Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Obras escolhidas. Volume I
São Paulo: Brasiliense, 1985.
BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte;
CADERNOS TEMÁTICOS> Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-
brasileira nos currículos escolares/Paraná. SEED. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Arte. Paraná, 2008.
DUARTE JÚNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. 4ª Ed. Campinas, SP:
Papirus, 1993.
DUARTE JÚNIOR, J. F. Por que arte educação? 8ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.
ENCICLOPÉDIA – A Arte nos Séculos – Abril Cultural.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. RJ: Nova
Fronteira, 1995.
HANSEDALG, Ricardo. Raça e Gênero no sistema de ensino: os limites das políticas
universalistas na educação. Brasília, 2002.
NONELL, J. Bassegoda. Atlas de Historia da Arte, 3ª Edição, Barcelona: Ediciones
Jover, 1980.
MONTANER, Josep Maria As Formas do Século XX, 2ª Edição, Barcelona: Gustavo
Gili, 2002.
OSTROWER, Faiga. Universos da Arte, Campus, 1997.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Livro Didático Público de Arte, 2ª
Edição, Curitiba: SEED-PR, 2006.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e Grande Público: a distância a ser extinta.
Campinas: Autores Associados, 2003 (coleção polêmica do nosso tempo, 84).
PENTEADO, José de Arruda. Comunicação Visual e Expressão. Ed. Nacional, 1998.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ed. Ática. São Paulo, 1995.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. SP: brasiliense, 1987.
PROJETO POLÉTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
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NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: BIOLOGIA
PROFESSORA: JOCELISE MARTINS DA SILVA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
A Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida em toda a sua
diversidade de manifestação.
Ao longo da história a interpretação do fenômeno vida sofreu muitas mudanças sempre
acompanhando a evolução e as necessidades da sociedade no momento histórico vivido.
Na idade média, a igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no aspecto
religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o universo
vinculado em um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o transformou em
dogma.
Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e
considerava que “para tudo que não podia se explicado, visto ou reproduzido, havia uma
razão divina; Deus era o responsável.” (RAW, SANT’ANNA, 2002.p 13).
A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento produzido
pelo ser humano fez surgir as primeira universidade medievais, nos séculos IX e X ,
como as de Bolonha e Paris. Nessas universidades, mesmo sob a influência da Igreja, as
divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de
pensamentos em relação ás concepções, até estão hegemônicas, sobre aqueles fenômenos.
Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teologica
medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano, iniciando
uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais.
Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos avanços
tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de conservação
dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos.
Neste período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo, a
classificação dos seres vivos numa escala hierárquica.
Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza de
forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método cientifico
a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições desse período
histórico, o pensamento do filosofo Francis Bacon (1561-1626) contribui para uma nova
visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser humano sobre a natureza.
Os debates teóricos tornaram-se mais evidente com o questionamento sobre a
origem da Vida. As ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas até o
século XIX, começaram a ser contrariadas no século XVII, quando o físico italiano
Francesco Redi (1626-1698), entre outros, apresentou estudos sobre a biogênese.
202
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e aperfeiçoamento de
instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para entender o
funcionamento da Vida, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez
mais especializadas e menores, com o propósito de compreender as relações de causa e
efeito no funcionamento de cada uma delas.
Entretanto as modificações nas estruturas sociais, políticas e econômicas,
concretizadas no Estado moderno europeu, favoreceram mudanças filosóficas e
cientificas.
Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento cientifico
europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em confronto
com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução
biológica, cada vez mais foi confrontada.
No inicio do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)
apresentou sua ideias sobre a evolução das espécies. As espécimes coletadas Por ele nas
Ilhas Galápagos começaram a lhe oferecer evidencias de um mundo mutável. Com
Darwin a concepção teológica criacionista, que compreendia as espécies como imutáveis
desde sua criação, deu lugar á reorganização temporal dessas espécies, inclusive a
humana.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características
entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de
transmissão de caracteres hereditários. No entanto Mendel, baseado em conhecimentos
desenvolvidos por outros pesquisadores, acrescidos de sua formação matemática e com
cuidados especiais no planejamento e na execução das experiências realizou diversos
cruzamentos utilizando diferentes organismos. Destaque para as ervilhas (Pisum
sativum).
No século XX, a nova geração de geneticista confirmou os trabalhos de Mendel e
provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribui para a construção de um
modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, sob
influencia do pensamento biológico evolutivo.
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da historia da
humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em
que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação
da Lei n.5.692/71 que reformulou o ensino (básico) estruturando o primeiro e o segundo
graus. Essa lei trazia, dentre outras alterações, o estabelecimento de um ensino tecnicista
e a formação técnica compulsória para o segundo grau, visando atender o regime vigente,
voltado para o ideologia do nacionalismo desenvolvimentista.
Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem em
ciências foram “prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de mudança
conceitual. [...] visando a construção de metodologias que (permitiam) a apropriação de
conceitos científicos por parte dos alunos, a partir de diferentes enfoques construtivistas”
(LOPES, 1999, p.201).
Ao final da década de 1980 e inicio da seguinte, no Estado do Paraná, a Secretaria
de estado da Educação propôs o Programa de Reestruturação do Ensino de Segundo Grau
sob o referencial teórico da pedagogia histórico-critica, na qual o conteúdo é visto como
produção histórica e social, a educação escolar tem a obrigação de oferecer e o aluno tem
o direito de conhecer. A abordagem desses conteúdos deve se dar na interação com a
realidade concreta do aluno. Esse novo programa analisava as relações entre escola,
trabalho e cidadania.
203
Em 1998, foram promulgadas as diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB n.03/98), para normatizar a LDB n.9.394/96. O
ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na
área de ciências da Natureza , Matemática e suas Tecnologias.
De modo geral, os PCN promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais
nas disciplinas, o que também ocorreu no ensino de Biologia, com a presença de temas
geradores e criação de subsistemas, em que valores , conhecimentos e capacidades, e até
mesmo a ciência, estariam continuamente em transformação, mas orientados por uma
sociedade aberta e controlados pela competência individual.
O mundo moderno é palco de uma grande revolução científica e tecnológica que
está levando o ser humano a repensar sua postura perante o planeta e sua relação com ele,
implicando diretamente mudanças no ser, agir, pensar e conviver, cujos reflexos
começam a atingir, também, a educação.
Os conhecimentos de Biologia devem servir para que se entenda o mundo vivo,
pois só o compreendendo podemos respeitá-lo. Assim, o ensino de Biologia deve ter,
antes de qualquer objetivo, a finalidade de tornar o aluno um ser que respeita a vida. Toda
forma de vida.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA , buscou-se, na história da ciência, os
contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e sociais
impulsionaram essa construção., ora um pensamento biológico descritivo, ora
mecanicista ou evolutivo e mais recentemente o pensamento embasado nas
manipulações genéticas.
A disciplina de Biologia para o Ensino Médio está dividida em quatro eixos ou
conteúdos estruturantes que não resultam da apreensão contemplativa da natureza em
si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano, que evidenciam o esforço
de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Estes conteúdos devem
ser trabalhados de forma interligada para garantir uma aprendizagem eficaz do
fenômeno vida.
Assim como as demais ciências a Biologia não é um saber neutro, mas sim, um
conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade historicamente
determinada. Com crescente valorização do conhecimento e a capacidade de inovar
exige pessoas capazes de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve
permitir a compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a
diversidade cultural, ética-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens
coletivos priorizando a conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.
2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DE BIOLOGIA
Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que
identificam e organizam os campos de estudo,são fundamentais para as abordagens
pedagógicas dos conteúdos específicos e consequente compreensão de seu objeto de
estudo e ensino.Os conteúdos estruturantes foram assim definidos
204
2.1. A organização dos seres vivos: Deve-se ampliar a discussão para além da
comparação das características anatômicas e comportamentais dos seres, abordando a
classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a
diversidade biológica propiciando a compreensão sobre como o pensamento humano,
partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo em
constante mudança.
2.2. Os mecanismos biológicos não deve basear-se na análise dos
conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, pois este conhecimento
isoladamente, é insuficiente para permitir ao aluno compreender as relações que se
estabelecem entre os diversos mecanismos para manutenção da vida que constituem
os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a
respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.
É importante que o professor considere o aprofundamento, a especialização, o
conhecimento objetivo como ponto de partida para que se possa compreender os
sistemas vivos como fruto da interação entre seus elementos constituintes e da
interação deste sistema com os demais componentes do seu meio.
2.3. Biodiversidade: Pretende-se caracterizar a diversidade da vida como um
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um
indivíduo, ou, ainda , de organismos no seu meio. Fundamenta-se na superação das
concepções alternativas do aluno com a aproximação das concepções científicas,
procurando compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como
forma de explicar a diversidade dos seres vivos.
2.4.Manipulação Genética: o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante,
deve abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os
aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação
genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade
biológica.
Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno para
ele busque compreender e atuar na sociedade de forma crítica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
205
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
MECANISMOS BIOLÓGICOS
BIODIVERSIDADE
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
- Classificação dos seres vivos; critérios
taxônomicos e filogenéticos;
- Sistemas biológicos: anatomia, fisiologia e
morfologia
- Mecanismos do desenvolvimento
embriológico;
- Mecanismos celulares biofísicos e
bioquímicos;
- Teorias evolutivas;
- Transmissão das características hereditárias;
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os
seres vivos e interdependência com o ambiente.
- Organismos geneticamente modificados.
3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
No ensino de Biologia, valoriza-se a construção histórica dos
conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada a
formação do sujeito crítico,reflexivo e analítico, em que o professor compartilha com os
alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do
fenômeno VIDA.
Para as teorias críticas, nas quais as diretrizes curriculares se fundamentam,
o conceito de contextualização propicia a formação de sujeitos históricos – alunos e
professores –que, ao se apropriarem do conhecimento, compreendem que as estruturas
sociais são históricas, contraditórias e abertas. É na abordagem dos conteúdos e na
escolha dos métodos de ensino que as inconsistências e as contradições presentes nas
estruturas sociais são compreendidas. Essa compreensão se dá num processo de luta
política em que estes sujeitos constroem sentidos múltiplos em relação a um objeto, a
um acontecimento, a um significado ou a um fenômeno. Assim, podem fazer
escolhas e agir em favor de mudanças nas estruturas sociais.
206
Críticos como Michael Apple (2006) e Henry Giroux (1983) propõem como
alternativa o fortalecimento de lutas contra-hegemônicas e de currículos que partam
das desigualdades e da diversidade, que valorizem e incorporem as culturas vividas
pelos alunos, respeitando seus saberes e suas experiências, e que possam desconstruir
as tradicionais fronteiras entre a cultura popular, a cultura erudita e a cultura de
massa.
A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção, envolve o conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de
organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais,
políticas, econômicas e culturais.
Segundo GASPARIN (2002); e SAVIANI (1997); o ensino dos conteúdos
específicos de Biologia apontam para os seguintes processos pedagógicos:
Prática social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde se observa o
senso comum dos alunos a respeito do conteúdo a ser trabalhado.
Problematização: fase de detecção e apontamento das questões que
precisam ser resolvidas.
Instrumentalização: e a apresentação sistematizada dos conteúdos.
Catarse: é a fase em que o aluno confronta o conhecimento adquirido
com o problema em questão.
Retorno à prática social: É o retorno ao ponto de partida, mas agora com
um saber concreto e pensado de maior clareza e compreensão voltado
para o âmbito social.
Compreendendo a proposta dos Conteúdos Estruturantes o professor em suas
aulas pode contemplar os mais variados recursos como:
Exposição oral feita pelo professor, acompanhado de discussões onde o aluno
emita opiniões, levante hipóteses e construa novos conhecimentos.
Pesquisas, entrevistas, relatórios, resolução de atividades que explorem a
interpretação de gráficos, mapas e charges.
Debates em grupos e seminários
Aulas práticas
Visitas de estudo para buscar informações em outros ambientes
Jogos didáticos
Uso da TV multimídia
Todos esses recursos devem propiciar o encontro e o confronto das diferentes
idéias propagadas pela sala de aula.
As aulas de Biologia devem, segundo LIBÂNEO,(1983) propiciar ao educando a
compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e
explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação
desta realidade.
Dessa forma visa-se a formação de um cidadão crítico, reflexivo e atuante em
seu meio.
Ainda com relação a abordagem metodológica, é importante que o professor de
biologia ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei
n.10.639/03 que torna obrigatório a presença de conteúdos relacionados a história e
cultura afro-brasileira e africana.igualmente deve ser resguardado o espaço para
abordagem da história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei
n.11.645/08.
207
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei
n.9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá ser
uma pratica educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos
conteúdos específicos. Portanto é necessário que o professor contextualiza esta
abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos
sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente na disciplina de
Biologia.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática inerente ao processo ensino-aprendizagem tanto
como meio de diagnóstico do processo quanto como instrumento de investigação da
prática pedagógica. Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico
do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e
alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os
obstáculos existentes.
A avaliação deve ser pensada de forma democrática e emancipadora que garanto
acesso ao conhecimento por parte do aluno e não visar a promoção ou a
exclusão do educando (KUENSER,2005). O termo avaliação está diretamente
ligado a intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, bem como
com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. De
acordo com Depresbiteris (2007), “ os critérios são os princípios que servirão
de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos
aqui, não apenas como execução de uma tarefa, mas como mobilização de
uma série de atributos que para ela convergem.”
Considera-se a avaliação em Biologia um instrumento de aprendizagem que
forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos, e não apenas uma
classificação de quanto cada um sabe.
No processo educativo, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma
vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também
permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa
dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Logo assumir
fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem crítica para o ensino
de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo
contínuo, inacabado, portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino aprendizagem,
abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade
do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem
importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor
entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e
exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as
208
práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir
novas práticas educativas (LIMA, 2002).
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e
alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os
obstáculos existentes.
No ensino de Biologia para os alunos do Ensino médio espera-se que o aluno:
• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
• Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos
organismos vegetais e animais, e dos vírus;
• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),
tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos;
• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
• Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
frequentes nos sistemas biológicos (histologia);
• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres
vivos;
• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio
em que vivem;
• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-
ambientais;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolve a manipulação genética.
209
O sistema de avaliação é trimestral e será composto pela somatória do valor
4,0(quatro) referente a atividades diversificadas, mais o valor 6,0(seis) resultante de
provas oral e escrita escrita, somando-se assim 10.0 pontos.
Caso o aluno não tenha se apropriado dos conteúdos propostos pelo professor,
será ofertado a recuperação do conteúdo, paralelamente aos estudos e a oportunidade de
realizar a recuperação de notas através de um instrumento com valor 10,0 (dez vírgula
zero), a todos os alunos, sendo optativa aos alunos que apresentam média igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero).
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED. Diretrizes curriculares de educação básica Biologia. 2008. Paraná
GASPARIN,J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas/ SP:
Autores Associados , 1997.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA NADIR MENDES MONTANHA. Regimento
escolar. Arapongas, 2011.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA NADIR MENDES MONTANHA. Projeto
Político Pedagógico. Arapongas, 2011.
210
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
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E D U C A Ç Ã O
F Í S I C A
211
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORES: ROSIMAR LIMA
1. APRESENTAÇÃO
A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi
constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina,
conforme seu momento histórico foram HIGIENICISTA - (formação de homens
saudáveis), MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj.
Educativo), COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores
passaram a influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a
Educação Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e
fisiológica, onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos
como capazes de promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém,
significado as ações culturalmente produzidas ao longo da história.
Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a
cultura corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o
significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações
diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por
meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,
da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.
Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um
pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores
inerentes ao ser humano. Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física
tratado nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos
Estruturantes propostos, segue descrito abaixo a contribuição de cada um dos conteúdos
para, a formação do educando.
1.1. OBJETIVO GERAL
Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito às ações e movimentos,
consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece,
socializa-se;
Termos corporais, onde possa respeitar as diferenças Intensificar a compreensão
do aluno (a), sobre a diversidade, cultural em;
Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e experiências
orientados pelo professor
Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”;
212
Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade;
Conhecer e discutir o papel da “mídia”, na sua vida: saúde, beleza, consumismo,
preconceitos etc.
Organizar e interferir no espaço, bem como reivindicar locais adequados para
atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de vida;
Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo;
Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar continuidade a
esta aprendizagem no seu dia a dia;
Domínio de corpo de conhecimentos acadêmicos; adquirir habilidades para a
vida de trabalho;
Adquirir capacidade de tomar decisões e posições, a partir de análises;
Adquirir habilidades de síntese e aplicação de conhecimentos;
Compreensão e uso de tecnologias;
Formação de juízos de valor a partir da vivência no ambiente social;
Adquirir leitura e escrita e uso competente de tais habilidades;
Cooperação individual e coletiva em situações particulares, locais e globais;
Compreensão de deveres e direitos de cidadania.
2. CONTEÚDOS
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ESPORTE
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas,
além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de
ensino.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se
ao fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,
destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
JOGOS E BRINCADEIRAS
No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se
mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de
seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as
possibilidade de flexibilização das regras e da organização
coletiva.
GINÁSTICA
Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a
busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos
que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica.
213
LUTAS
Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que permitam
identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas
foram ou são praticadas.
DANÇA
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e
suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em
diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas,
danças de rua, danças clássicas entre outras.
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
Fundamentos técnicos;
Regras;
Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
Esporte como fenômeno de massa;
Jogo;
Análise crítica das regras;
O sentido da competição esportiva;
Modelo da sociedade que os produziram;
Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Táticas
Para que e quem serve
Incorporação pela sociedade brasileira
O esporte na sociedade capitalista
Profissionalização do esporte
MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS
Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
Diferentes tipos de ginásticas;
Princípios básicos de diferentes ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia, etc.
Práticas ginásticas.
JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS.
A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Por que brincamos?
Oficina de construção de brinquedos;
Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
Diferentes manifestações e tipos de jogos;
Jogos e brincadeiras com ou sem materiais;
Diferenças entre jogos e esportes.
214
DANÇA
A dança como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de dança;
Por que dançamos;
Danças tradicionais e folclóricas;
Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
Expressão corporal com e sem matérias.
4- ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
ESPORTE
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Esporte de rendimento X qualidade de vida.
Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Regras oficiais e sistemas táticos.
Súmulas, noções e preenchimento.
Conhecimento popular X conhecimento científico.
Relação Esporte e Lazer.
Função social.
Esporte e mídia.
Esporte e ciência.
Doping e recursos ergogênicos.
Nutrição, saúde e prática esportiva.
Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.
Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Dinâmica de grupo.
Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de
lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
DANÇA
Dança e expressão corporal e diversidade de culturas.
Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.
Interpretação e criação coreográfica.
Alongamento, relaxamento e consciência Corporal.
Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
Diferentes tipos de dança.
Organização de Festival de Dança.
215
GINÁSTICA
Função social da ginástica.
Fundamento da ginástica.
Ginástica no mundo do trabalho (ex. (Laboral).
Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
Correções posturais.
Grupos musculares, resistência muscular ,
Diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas.
Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento
de treinos.
Festival de ginástica.
Frequência cardíaca.
Fonte metabólica e gasto energético.
Composição corporal.
Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço
Repetitivo (LER).
Construção cultural do corpo.
Desvios posturais.
Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.
LUTAS
Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais.
Lutas X Artes Marciais.
Histórico, estilos de jogo/luta/dança,
Musicalização e ritmo gingam, confecção de instrumentos, movimentação, roda
etc.
Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias.
Apropriação da Luta pela Indústria Cultural.
5. ELEMENTOS ARTICULADORES.
O corpo que brinca e aprende - manifestações lúdicas;
O desenvolvimento corporal e a construção da saúde;
O corpo no mundo do trabalho.
6. DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCACIONAL
Ética
Cultura da paz
Sexualidade
Prevenção de entorpecentes
Cidadania
Mídia
Saúde
Meio ambiente
216
Estética corporal
O lazer
A diversidade (étnico-racial, sexual, indígena, alunos portadores de necessidades
especiais).
6. METODOLOGIA
Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um
processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma
maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos
temas apresentados.
Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é
importante, provocando no aluno (a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e
explicação sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.
A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os
conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde
o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta
novamente para a prática social concreta.
A inclusão de temas sócio-culturais no currículo transcende o âmbito das
diversas disciplinas e corresponde aos Desafios Educacionais contemporâneos,
preconizados pelas DCEs e serão agregados, sempre que possível, a temática que
evidenciem os contextos da comunidade onde a Escola está inserida.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se
em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido,
seguindo as estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartase e
retorno à prática social.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a
construção do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social
é colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformá-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional
(Gasparim, 2002 pg53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou.
O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica.
Recursos Didáticos
Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas;
TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os esportes
Biblioteca para pesquisa e Leitura;
Data-show para apresentação de trabalhos;
Rádio para apresentação de trabalhos com dança
Livro de apoio
217
7. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva,
será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o
desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento
teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e
alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para
melhor aproveitamento do educando.
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá
para requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem
como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades
constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e
brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro.
7.1. Critérios de avaliação:
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
Espera-se que o aluno conheça a origem dos diferentes esportes;
Vivenciar e conhecer o contexto, históricos dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Criação e adaptação de diferentes sequências de movimentos;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico através dos aspectos
históricos dos conteúdos estruturantes;
A recuperação de conteúdos é um direito de todos os educandos, e será paralela ao
processo ensino e aprendizagem. A recuperação de notas será oferecida a todos os alunos,
através de um instrumento no valor 10,0 (dez virgula zero) sendo optativa aos alunos que
atingiram a média trimestral mínima 6,0 (seis vírgula zero), será oferecida outra avaliação
no valor 10,0 (dez vírgula zero),lembrando que possui valor substitutivo, prevalecendo
sempre a maior nota
.
7.2. Instrumentos de Avaliação:
Essas avaliações se darão através dos seguintes instrumentos:
Observação direta nas atividades
Atividades com recursos Audiovisuais
Trabalho em grupo
Trabalho individual
Debate
Seminário
Relatório
Pesquisa de campo
Avaliações teóricas
Avaliações práticas
Projeto
218
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física.
Cadernos CEDES, vol.19 n. º 48. Campinas-1999.
Depart. de Ensino Médio julho. 2008
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Diretrizes Curriculares - Julho 2008
MARCOS, Cordiolli Diversidade e Pertinência na Construção Curricular.
SEED. Educação Física - Secretaria de Estado da Educação. Curitiba-2006.
Orientações Curriculares.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
Regime Escolar- Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
219
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
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F I L O S O F I A
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NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: FILOSOFIA
PROFESSORES: MANOEL SIMÕES NETO
1. APRESENTAÇÃO:
Compreender importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é entendê-la
como um conhecimento cuja especificidade contribui para a formação do aluno. Cabe a
ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens,
em cada época.
A Filosofia torna possível ao homem compreender a significação do mundo, da
cultura, da história: o sentido das criações humanas nas artes, na ciência, e na política.
Possibilita uma compreensão do homem e do mundo que incita o indivíduo à não se
deixar levar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos. Permite
engendrar o abandono da ingenuidade e dos preconceitos do senso comum.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa,
sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para
alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Isso é uma resposta à
necessidade – apontada pelas Diretriz Curricular da Educação Básica para a
disciplina de Filosofia – de preparar os alunos para ler filosoficamente textos de
outras naturezas, levando-os a perceber que as discussões filosóficas não têm
interesse restrito e se encontram disseminadas em outras áreas do saber.
Tendo a tarefa de reflexão e de crítica da estrutura social, a partir da tomada de
consciência de nossos problemas e das principais questões elaboradas pela história do
pensamento filosófico – mediante a linha condutora dos conteúdos estruturantes
propostos na Diretriz Curricular de Filosofia do Estado do Paraná – é possível que a
Filosofia cumpra seu papel de reflexão teórico-crítica de problemas que são colocados
pelas próprias relações humanas com a natureza e com o momento histórico em que nos
encontramos.
Assim, é necessário deixar claro que a Filosofia enquanto disciplina curricular
do Ensino Médio, deve se desenvolver sobre as bases de um conteúdo cuja especificidade
não pode ser relegado a segundo plano, a saber, os conceitos e problemas historicamente
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desenvolvidos no corpo da própria Filosofia, bem como a problematização, a
investigação e a criação de conceitos.
Contribuir para a aquisição de conhecimento da própria atividade pensante, que
permite contribuir-lhe na forma de valor de julgamento ético-moral.
Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a
formação de juízos de valor autônomos que subsidiem a conduta do sujeito
dentro da escola e fora dela.
Desenvolver o senso de liberdade e responsabilidade na sociedade em que vive,
considerando a escola como parte da vida do aluno.
Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, apreensão de
conceitos, argumentação e problematização.
Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos,
tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as vivências pessoais.
Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem a
interação no contexto social;
Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos de
vista e articulações possíveis entre os mesmos; estimular a atitude de respeito
mútuo e cidadania participativa;
Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;
Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE
de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a partir de
conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja, conteúdos que se constituíram
historicamente e são basilares para o ensino de filosofia.
2. CONTEÚDOS
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MITO E FILOSOFIA
A compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional/conceitual entre
os gregos foi decisiva no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental. Entender a
conquista da autonomia da racionalidade diante do mito marca o advento de uma etapa
fundamental do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas
produzidas ao longo da História.
TEORIA DO CONHECIMENTO
A teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático com a origem, a
essência e a certeza do conhecimento humano. Em contato com as questões acima e ao
deparar-se com a realidade que o cerca, o estudante do Ensino Médio pode exercer a
atividade filosófica ao tentar encontrar caminhos e respostas diferentes para elas. Além de
evidenciar para o educando os limites do conhecimento
ÉTICA
No Ensino Médio, importa chamar a atenção para os novos desafios da ética na
vida contemporânea, quando enfrentamos, por exemplo, a contradição entre projeto de
construção de sociedades livres e democráticas e o crescimento dos fundamentalismos
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religiosos e do pragmatismo político que busca reordenar os espaços privados e públicos.
FILOSOFIA POLÍTICA
No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem por
objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,
igualdade e liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante para uma ação
política consciente e efetiva.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
A Filosofia da Ciência se oferece como um conteúdo capaz de questionar o
momento que vivemos de ufanismo à ciência. No Ensino Médio, portanto, importa
estudar a Filosofia da Ciência na perspectiva da produção e do produto do conhecimento
científico, problematizar o método e possibilitar o contato com o modo como os cientistas
trabalham e pensam. A partir dos conteúdos estruturantes, adaptamos os conteúdos
específicos e complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano
letivo.
ESTÉTICA
Aos estudantes do Ensino Médio, a Estética possibilita compreender a apreensão
da realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da
atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que
contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.
2.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MITO E FILOSOFIA
1. O que é mito; O nascimento da Filosofia ou Surgimento da Filosofia
2. Os deuses da Mitologia grega;
3. As funções do Mito / A consciência mítica
4. Filosofia, mito e senso comum;
5. O que é Filosofia
6. Do mito para o logos;
7. Mitos contemporâneos;
8. Do senso comum ao pensamento filosófico: Ironia e maiêutica;
9. A filosofia e o conhecimento em si
10. Cosmogonia e Cosmologia (Filósofos pré-socráticos);
11. Diferentes modos de conhecer;
12. A filosofia e o conhecimento de si
TEORIA DO CONHECIMENTO
1. O problema do conhecimento
2. Filosofia e método
3. Perspectiva do conhecimento
4. Da possibilidade do conhecimento;
5. O valor do conhecimento
6. A verdade;
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7. A extensão do conhecimento;
8. Entre a teoria e a prática;
9. O relativismo antropológico dos sofistas;
10. Os socráticos e a busca de um saber universalmente válido;
11. A filosofia medieval e a questão dos universais;
12. Racionalismo cartesiano;
13. Empirismo inglês;
14. O criticismo kantiano;
15. O positivismo de comte;
16. O idealismo hegeliano e o materialismo marxista.
ÉTICA
1 Concepções éticas;
2. Os problemas da ação ética;
3. A existência da ética
4. O objeto da ética;
5. Doutrinas éticas
a) Concepção grega;
b) Ética Cristã (patrística e medieval);
c) O problema ético na modernidade;
d) Ética contemporânea;
6. A responsabilidade moral, determinismo e liberdade.
FILOSOFIA POLÍTICA
1. Invenção da Política/ Introdução à Política
2. Antiguidade grega e Política normativa;
3. A ágora e a assembleia: igualdade nas leis e no direito à palavra
4. Platão e a República;
5. O pensamento político de Aristóteles e as formas de governo;
6. Idade Média: a vinculação da Política à Religião;
7. Estado e Igreja : A cidade de Deus (Santo Agostinho).
8. Hobbes e o poder absoluto;
9. A teoria política de Locke
10. Rousseau e a democracia direta;
11. A política em Maquiavel
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
1. Concepções de ciência;
2. Do Senso comum e ciência
3. Pensar a ciência;
4. Progresso da ciência;
5. A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os riscos da tecnocracia;
6. O mito da neutralidade científica;
7. Características do método cientifico;
8. A ciência antiga e Medieval;
9. A revolução científica do século XVII
10. O método da ciência e da natureza;
11. Bioética;
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12. Atitude científica.
13. Cientificismo;
14. Caráter provisório da ciência.
15. Clonagem.
ESTÉTICA
1. Concepções de Estética
2. Pensar a Beleza;
3. A poética é mais verdadeira que a história;
4. A beleza da cultura afro e indígena;
5. A Universidade do gosto;
6. O universo da arte;
7. Necessidade ou fim da arte;
8. Os diversos tipos de valores e funções da arte: Cinema e uma nova percepção;
9. A arte como forma de conhecer o mundo;
10. Arte e sociedade;
11. Arte e Filosofia
12. Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação
13. A indústria cultural e a cultura de massa;
14. Os problemas da ação estética;
15. Necessidade ou fim da arte.
16. A questão da arte e da indústria cultural (Benjamim e Adorno).
3. METODOLOGIA
Tendo em vista os objetivos propostos para o Ensino Médio, a saber, a
contribuição para a formação do caráter, do raciocínio crítico e criativo, cujo resultado é
em última instância a cidadania participativa, as práticas pretendidas na disciplina de
Filosofia serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar,
decidir, planejar e expor idéias, bem como ouvir e respeitar as de outrem. O trabalho com
os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos dar-se-á em quatro
momentos:
A mobilização para o conhecimento;
A problematização;
A investigação;
A criação de conceitos.
As atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema tratado exigir: aulas
expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico –
ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico – redação e apresentação de
trabalhos, bem como atividades de pesquisa, por exemplo, a consulta ao acervo da
Biblioteca do Professor e à Antologia de Textos Filosóficos, disponíveis em todas as
escolas de Ensino Médio do Estado do Paraná, além de outras fontes. Ou, ainda,
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pesquisas e exploração dos recursos de estudo e pesquisa disponíveis no Portal Dia-a-dia
Educação.
Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao desenvolvimento de
valores importantes para a formação do estudante do ensino médio: espírito crítico e
criativo, solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.
Recursos didáticos:
Como recursos didáticos para efetivação do trabalho serão utilizados:
Laboratório de informática;
Softwares para elaboração de aulas, trabalhos etc;
Portal Dia a Dia Educação;
Domínio Público;
Biblioteca do Professor e do Aluno;
TV e DVD;
TV/Pen Drive;
Datashow;
Retroprojetor;
Mecanismos de Armazenamento (pen drive, cd-r, cd-rw, dvd-r, dvd-rw);
4. AVALIAÇÃO
A avaliação será trimestral e ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o
professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do
aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a
coletividade, mediante a criação de conceitos.
Será, portanto, de caráter diagnóstico e somativo, conforme o desempenho
individual e/ou coletivo. Quanto aos instrumentos avaliativos, serão adotados no mínimo
de 03 (três) instrumentos, conforme o descrito no Regimento Escolar sendo 4,0 (quatro
vírgula zero) para atividades diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas oral ou
escrita.
Textos produzidos pelos alunos;
Participação em sala de aula;
Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasse, de pesquisa;
Testes escritos;
Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;
Registro das aulas, conforme a necessidade;
Debates
Seminários
Prova oral e escrita
Auto avaliação
A recuperação de estudos será paralela ao processo ensino e aprendizagem
assegurando a apropriação dos conteúdos pelos alunos. A recuperação de notas será
ofertada a todos os alunos, com novos instrumentos de avaliação no valor de 10,0 (dez
vírgula zero) possuindo valor substitutivo valendo sempre a maior nota, sendo optativa
aos alunos que atingiram média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) conforme Art.
112 do Regimento Escolar.
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1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
_________. História da Filosofia. Lisboa: Editorial Presença, 1970.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6ª
ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas – o século XX. Rio de
Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
CORDI, Cassiano et all. Para Filosofar. São Paulo: Scipione,2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2005.
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Diretriz Curricular de Filosofia. Curitiba:
junho, 2006.
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica.
São Paulo: Martins Fontes, 1999.
NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
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ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: FÍSICA
PROFESSORES: IRENE GALUCH
1. APRESENTAÇÃO
A Física representa uma produção cultural, construída pelas relações
sociais e que está em constante evolução. É a parte da ciência que estuda os fenômenos
da natureza, despertando o interesse do educando, levando-o a questionar, refletir e
estudar o mundo que o rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania.
É uma ciência voltada ao desenvolvimento tecnológico e social, portanto
torna-se indispensável a compreensão de suas leis e da sua história, para uma melhor
compreensão do meio em que vivemos.
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir
das idéias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o
senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida. Também é
preciso que o mesmo entenda a relação existente entre o desenvolvimento dessa ciência
com o conseqüente progresso tecnológico.
A Física deve estar voltada para a formação do educando, proporcionando-
lhe conhecimento para a vida, independente da sua escolaridade futura. Deve possibilitar
aos jovens adquirir instrumentos para a vida, para o raciocínio, para a compreensão das
causas e razões das coisas, para exercer seus direitos, para cuidar da sua saúde, para
participar das discussões em que estão envolvidos, para atuar, para transformar; enfim,
para realizar-se, para viver. Sendo assim, uma educação para a cidadania.
Esta disciplina, portanto, atua como um campo estruturado de
conhecimentos que permite a compreensão dos fenômenos físicos que cercam o mundo
macroscópico e microscópico. O Universo em toda a sua complexidade é o objeto de
estudo da Física, considerando sua evolução, suas transformações e as interações que se
apresentam, devendo ser estudada como construção humana, nos aspectos de sua história
e relações nos contextos cultural, social, ambiental, político e econômico.
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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O estudo da Física se baseia nas três teorias unificadoras, que estabelecem
os conteúdos estruturantes: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo. Desses
estruturantes derivam os conteúdos básicos a serem desenvolvidos de forma a garantir
uma cultura científica o mais abrangente possível, do ponto de vista da Física.
Movimento:
O estudo dos movimentos constitui uma base para a compreensão de
conceitos a respeito de energia e momentum; colisões; impulso; força e gravitação
universal de Newton, pois em todos esses assuntos existe a idéia de mudança de posição.
Termodinâmica:
As Leis da Termodinâmica contribuem para a elaboração de conceitos,
como: temperatura; calor; trabalho; conservação de energia, levando o educando a
compreender a evolução dos sistemas físicos.
Eletromagnetismo:
O trabalho sobre o eletromagnetismo contempla conteúdos relacionados a
circuitos elétricos e eletrônicos, hoje presentes na vida de quase todos. Também, o
trabalho com o efeito fotoelétrico e a compreensão que a descoberta dos quanta de luz
deu início à mecânica quântica e à imutabilidade da velocidade da luz, como um dos
princípios da relatividade.
2.1. Movimento
Momentum (quantidade de movimento) e inércia;
Conservação da quantidade de movimento;
Variação da quantidade de movimento: impulso;
2ª Lei de Newton;
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
Energia e o Princípio da conservação de energia;
Gravitação.
Termodinâmica
Lei zero da termodinâmica;
1ª lei da termodinâmica;
2ª lei da termodinâmica.
2.3. Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica e campo;
Força eletromagnética;
Equações de Maxwell: Lei de Coulomb, Lei de Ampère e Lei de Faraday;
Ondas eletromagnéticas;
A natureza da luz e suas propriedades.
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Por fim, contemplando: a) a inclusão da cultura afro-brasileira e africana;
b) Políticas de Educação Ambiental, os conteúdos ministrados na disciplina de Física
possibilitarão desenvolver temas como:
Radiação solar na pele negra;
Efeito estufa;
Destruição da camada de ozônio;
Produção de energias alternativas (hidrelétrica, solar, eólica, das marés e
biocombustível).
3. METODOLOGIA
O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção do
processo de ensino-aprendizagem. Pois assim, tem-se a possibilidade de saber exatamente
o ponto de partida e o de chegada para cada tema abordado em seu curso.
Sendo o ensino-aprendizagem um processo ativo e coletivo, deve-se levar
em consideração as interações aluno-aluno, aluno-professor e professor-aluno, objetivo
do conhecimento. É necessário considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade
próxima ou distante, os objetivos e fenômenos com que movem sua curiosidade.
As Diretrizes buscam construir um ensino de física centrado em conteúdos
e metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das
ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É
preciso ver o ensino da física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos
debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos”(MENEZES, 2005).
O processo pedagógico, no ensino de física, parte do conhecimento prévio
dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções
espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos
físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e
as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem. Cabe, então, ao
professor levar o conhecimento científico socialmente construído e sistematizado ao
aluno, para que este supere os limites do conhecimento vulgar; destacando que não há
conhecimento definitivo.
Como forma de abordar os conteúdos, de modo a torná-los mais
interessantes e de importância sócio-cultural, poderão ser feitas contextualizações das
atividades com os seguintes temas: Direitos Humanos; Educação Ambiental (conforme
Lei 9795/99), Educação Fiscal; Prevenção ao uso de Drogas; Sexualidade; Enfrentamento
da Violência na Escola; História e Cultura afro-brasileira (conforme Lei 10.639/03;
Africana e Indígena (conforme Lei 11.645/08) e este ano, excepcionalmente, será
implementado o projeto “2012 – Centenário da Poetisa Paranaense Helena Kolody”.
Sendo assim, a disciplina de Física também auxiliará com pesquisa de haikais e outras
atividades para que o projeto seja concretizado.
Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre temas
centrais; aulas práticas e no laboratório; uso de vídeos; sites da internet; leituras de
jornais com temas abordando notícias científicas e, também com caráter histórico,
econômico, político e social; textos de divulgação científica ou literários que abordem
questões científicas; interpretação de textos; resolução de situações problema.
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4. AVALIAÇÃO
O resultado, a observância e a concepção do conhecimento devem ser
diagnosticados na avaliação. A avaliação deve ser um processo contínuo e cumulativo,
levando-se em conta os pressupostos teóricos da disciplina. Deve estar presente tanto
como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora,
uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também
permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e
as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
O critério a ser utilizado no estabelecimento será: o sistema de avaliação
que será composto pela somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades
diversificadas, mais a nota 6,0 (seis vírgula zero) para provas oral e escrita sendo no
mínimo de 03 (três) instrumentos totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
São instrumentos de avaliação que poderão ser utilizados: relatórios de
aulas em laboratórios, apresentação de trabalhos em grupo, leitura e interpretação de
textos, pesquisas bibliográficas, produção de textos, resolução de exercícios, prova escrita
individual e outros.
A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, no sentido do
aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média. O estabelecimento
proporcionará a recuperação com um instrumento no valor 10,0 (dez vírgula zero) a
todos os alunos sendo optativa aos alunos que atingiram média igual ou superior a
6,0 (seis vírgula zero). Quanto ao registro quantitativo, caso o aluno tenha obtido um
valor acima daquele anteriormente atribuído, no processo de recuperação, a nota deverá
ser substitutiva, uma vez que a legislação é clara quanto ao caráter cumulativo, ou seja, a
melhor nota expressa o melhor momento do aluno em relação à aprendizagem.
4.1. Critérios de Avaliação: Movimentos
Compreenda as grandezas físicas que determinam a quantidade de movimento de um
corpo (massa e velocidade), bem como suas unidades de medida e desenvolva a
capacidade em realizar cálculos da quantidade de movimento de um corpo.
Identifique as grandezas físicas que envolvem o conceito de força, suas unidades e a
capacidade de efetuar cálculos.
Associe a variação da quantidade de movimento (Impulso) de um corpo à força externa
que age sobre ele e ao intervalo de tempo gasto nessa variação, identificando as
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grandezas físicas envolvidas, bem como suas unidades de medidas e a capacidade de
efetuar cálculos envolvendo essas grandezas (Força, Impulso e intervalo de tempo).
Identifique as diferentes forças (atrito, normal, peso, centrípeta, ação e reação, etc)
atuando sobre um ou mais objetos em condições dinâmicas ou estáticas.
Interprete textos básicos ou originais da física, considerando as ideais, conceitos e leis
fundamentais da física, estabelecendo seus limites de validade, por exemplo, a
impossibilidade de explicar o movimento de partículas em movimento com velocidades
próximas à velocidade da luz pelo newtoniano.
Compreenda o movimento dos planetas em torno do sol, interpretando-os através de
leis empíricas, as Leis de Kepler.
Compreenda o peso de um corpo como uma força de atração gravitacional que depende
da localização desse corpo, mas, não é uma propriedade do corpo, bem como a Lei da
Gravitação Universal, entendendo-a como uma síntese clássica que unifica os fenômenos
celestes e terrestres, e, associando-a com as Leis de Kepler.
Compreenda a energia mecânica como uma soma de dois tipos de energia: a energia
cinética, que depende da velocidade do objeto e a energia potencial, que depende da
posição que este objeto ocupa e utilize corretamente a formulação matemática para os
cálculos de energia cinética e potencial.
4.2. Critérios de Avaliação: Termodinâmica
- Compreender a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para
o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental
para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;
- Formular o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
- Entender o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de
um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;
- Diferenciar e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas
de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;
- Compreender a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de
Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância
para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;
- Associar a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.
- Compreender os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da
mesma forma, o conceito de calor latente;
- Identificar dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm
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acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio
físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e
sugere um estudo da entropia;
- Compreender a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e
artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade.
4.3. Critérios de Avaliação: Eletromagnetismo
Compreender a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a
fundamentam.
Compreender a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois
todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.
Compreender que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a ideia de campo
deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante
entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois
ele é básico para a teoria e mediador da interação entre cargas;
Compreender as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para
a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
Apreender o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a
corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
Associar a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
Conhecer as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e
a condutividade;
Conhecer as propriedades magnéticas dos materiais;
Entender corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
campo;
Reconhecer as interações elétricas como, as responsáveis pela coesão dos sólidos,
pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e
propriedades dos gases;
Compreender a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre
a corrente elétrica;
Entender o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
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Conceber a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação
de energia, como a nuclear e a eólica.
Compreender a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico;
Perceber o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/
variação de energia elétrica.
Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do
conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste
conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando
cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico.
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REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares
de Física. 2009.
GREF, Física 1, 2 e 3. Edusp: 1991.
MÁXIMO Antonio. Curso de Física. São Paulo: Scipione, 1997.
TOSCANO Carlos, FILHO Aurelio Gonçalves. Física. São Paulo: Scipione, 2008.
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XAVIER Cláudio & BENIGNO Barreto, FÍSICA - aula por aula – São Paulo – 2010 –
FTD
TORRES Carlos Magno A., FERRARO Nicolau Gilberto, SOARES Paulo Antonio de
Toledo, FÍSICA – CIÊNCIA E TECNOLOGIA - São Paulo – 2010 - Moderna
Revista Eletrônica de Ensino de Ciências.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
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236
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
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H I S T Ó R I A
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NRE: APUCARANA
ENSINO MEDIO
DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSORA: CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ
EDIMAR MONTEIRO COSTA
LUCIENE RICOLDI
SUZETE DA SILVA FERREIRA
1. APRESENTAÇÃO
A História permanece um campo de batalha, o lugar de confrontos primordiais
onde se joga não tanto o passado enquanto tal, mas as grandes escolhas do presente. È
muito importante que o aluno e o professor estejam conscientes de que toda narrativa é na
verdade uma leitura do mundo. Não existem verdades absolutas, puritanismos,
neutralidades, imparcialidades. Todo observador honesto e científico é também um
intérprete e um avaliador da realidade sob um determinado ponto de vista, essa visão
objetiva da história, não pode nos levar a uma via totalmente subjetivista da história, isso
poderia levar a falsa idéia de que todas as versões se equivalem, portanto, pensar assim
seria facilitar manipulações.
Dessa forma, a História aqui apresentada utilizasse das contribuições mais
recentes do pensamento histórico, a saber: Nova História, Nova História Cultural, Nova
Esquerda Inglesa, sem esquecer as importantes contribuições do pensamento marxista. A
História apresenta como seu objeto de estudo a ação transformadora do homem - sujeito
ativo, todos os seres humanos, não apenas os grandes nomes – no tempo, na sua relação
passado/presente. Entender o processo histórico ajuda-nos a pensar como poderemos
transformar a nossa realidade.
A apropriação desses conteúdos e conceitos produzidos historicamente pelo
conjunto da humanidade é fundamental para a formação dos estudantes, como sujeitos
ativos e críticos da realidade. É importante ressaltar que os conteúdos selecionados abrem
a possibilidade de abordagem de temas antes colocados como secundários e que na
atualidade estão sendo revisados e revisitados com um olhar mais crítico, procurando
corrigir erros do passado, trazendo nova luz para os mesmo, e merecendo um trabalho
todo especial de acordo com as DCE de História: os temas que serão abordados tratam da
história dos povos nativos das Américas e em especial do Brasil, sua contribuição em
todos os aspectos, a história afro-brasileira e temas atuais de caráter social e relevante
para a sociedade brasileira, que sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes
consideram a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam
contemplar demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e
destacam os seguintes aspectos:
238
O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
O cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
O cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
2.1 – ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
2.2 – BÁSICOS
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Urbanização e Industrialização
O Estado e as relações de poder
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Cultura e Religiosidade
2.3. Conteúdos Específicos
1ª ano do Ensino Médio
A Revolução Agrícola e as primeiras civilizações do Oriente Próximo
Antiguidade Clássica
As primeiras civilizações da América
História medieval
Feudalismo para o capitalismo
O Renascimento
A Reforma protestante
O Absolutismo
A conquista da América pelos europeus
Colonização da América
O empreendimento canavieiro no Brasil
A formação da sociedade colonial brasileira
239
2°ano do Ensino Médio
A Europa no século XVII
A expansão territorial e o ciclo minerador no Brasil
O século da razão:iluminismo e liberalismo
A independência dos Estados Unidos
A revolução francesa
A revolução industrial
A independência do Brasil
O primeiro reinado
A regência e o segundo reinado
A abolição da escravidão no Brasil
A proclamação da república
Socialismo, anarquismo e marxismo
Movimento operário
A comuna de Paris
Revoltas no Brasil republicano
3° ano do Ensino Médio
A primeira Guerra Mundial
A Revolução Russa
Conflitos no Brasil república
Revolução de 1930
A crise de 1929
A ascensão do nazismo e do fascismo na Europa
O período Vargas
A Segunda Guerra Mundial
A Guerra Fria
O fim do Estado Novo
O governo Dutra
A morte de Vargas
Anos dourados no Brasil
A revolução Cubana
O golpe de 1964
A guerra do Vietnã
A Contra-cultura no Brasil e no mundo
A ditadura no Brasil e na América Latina
A redemocratização do Brasil
O fim da Guerra Fria e do bloco soviético
Conflitos e questões do mundo atual
3. METODOLOGIA
Serão relacionados os conteúdos da história nacional com a história geral,
levando em consideração a abordagem da história das culturas nativas na América e em
especial do Brasil, assim como, a história das sociedades africanas e a cultura afro-
240
brasileira, respeitando as necessárias sequências espaço-temporais. A proposta utilizará
para o ensino os temas históricos, com a finalidade de incentivar o debate democrático e a
busca de soluções para os problemas apresentados pela História. Todo esse trabalho tem
como objetivo pedagógico a formação do pensamento histórico dos educandos, que será
realidade no momento em que o professor e os estudantes possam utilizar no trabalho em
sala os métodos de investigação histórica, dessa forma, os alunos perceberão que a
narrativa histórica utiliza-se de várias fontes, desde as tradicionais às mais modernas
fontes disponibilizadas pela tecnologia atual.
Com essa perspectiva de ensino-aprendizagem, os alunos perceberão que no
encaminhamento das aulas, utilizaremos autores diversos, interpretações múltiplas,
manuais didáticos, documentos, mapas, com a certeza de que os alunos entendam que a
história não pode ser um conhecimento dogmático, uma verdade definitiva, que ela é
construída por interpretações produzidas a partir de evidências, contextualizadas social,
política e culturalmente, respeitando cada momento histórico particular. Esse tipo de
processo, principalmente na História, jamais poderá alcançar os resultados aqui
propostos, sem a prática e o ensino expositivo, explicativo, teórico em sala, que faz parte
dos métodos de ensino da História, fundamentais para a formação de uma capacidade
intelectual reflexiva, racional e crítica, que buscamos propiciar para os nossos estudantes.
Além das aulas expositivas, teóricas, serão utilizados instrumentos de
multimídia, TV, Pen Drive, internet, músicas, filmes, documentários, textos
especializados de história, livro didático da disciplina, com o objetivo de ampliar as
possibilidade de ensino e aprendizagem dos conteúdos e uma melhor interação e
participação dos alunos e do professor.
A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do
presente quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes
métodos de abordagem favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente
do seu papel enquanto cidadão.
A metodologia empregada procura dar condições para que a formação de nossos
alunos saibam exercer cidadania e sejam assegurados seus direitos humanos no que se
refere à proteção individual, educação, saúde e bem estar. Assim, em todas as
oportunidades serão debatidos assuntos ligados ao Desenvolvimento Socioeducacional
da comunidade escolar, oferecendo subsídios teórico-metodológicos e propondo ações
interdisciplinares para conscientizar e garantir os direitos de nossos alunos.
Cidadania e Direitos Humanos – procura fazer que nossos alunos sejam
inseridos em programas que os fazem com permanecer na escola evitando a evasão
escolar, repetência e, assim, elevar a autoestima dos alunos. Para tanto, a Educação
Fiscal ; Programa Bolsa Família, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI,
Programa Saúde na Escola contribuem para resgatar a dignidade humana de nossos
alunos.
a) Programa Bolsa Família – Programa de transferência direta de renda que
beneficia famílias em situação de vulnerabilidade social mediante certos condicionantes
legais, realizando o acompanhamento da frequência dos alunos beneficiados.
b) Educação Fiscal, estimula o cidadão a refletir sobre a função
socioeconômica dos tributos, dando condições para que haja uma relação harmoniosa
entre Estado e Cidadão.
c) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI cuja as ações
visam a retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos de idade das práticas de
trabalho infantil por meio de atividades culturais, esportivas e de lazer em período
complementar.
241
d) Programa Saúde na Escola, no que se refere à saúde, tem a função de
promover a intersetorialidade entre os Ministérios da Educação e Saúde sendo a sua
finalidade contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública da Educação
Básica por meio de ações de prevenção e atenção à saúde.
Atendendo à Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola, serão desenvolvidas atividades que
propiciem o contato com a cultura africana dentro da disciplina de História,
documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos
africanos e afrodescendentes, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos
negros para a História.
Em nossa proposta, a Educação Ambiental, Lei Federal nº9795/99- Dec.
nº4201/02, procura estimular a reflexão e tomada de consciência quanto aos aspectos que
envolvem as questões ambientais emergentes, locais e mundiais, para que sejam
desenvolvidos uma compreensão crítica por parte dos educandos, numa perspectiva
social, histórica, cultural e econômica. Desta forma, a participação nas atividades
propostas da Agenda 21 é de fundamental importância para que os alunos tenham essa
compreensão.
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,
juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes aos textos,
abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, contemplando a
diversidade regional e cultural do seu país, do seu Estado e da sua comunidade.
Será atendida igualmente a Lei 11645/08, com textos e discussões sobre os
problemas que afligem os indígenas no Estado do Paraná e no Brasil, de modo geral.
Em todas as oportunidades serão debatidos assuntos ligados à Política Nacional
de Educação Ambiental.
No que se refere a Sexualidade – NGDS, serão organizados momentos de
estudos e reflexões sobre as questões de gênero e sexualidade, violência, aborto, doenças
sexualmente transmissíveis, discriminação e preconceito aos LGTB ( gays, lésbicas,
bissexuais, travestis e transexuais)
Quanto ao Enfrentamento à Violência, ao trabalhar esse desafio, busca-se a
ampliação da compreensão dos problemas gerados pela violência, formando uma
consciência crítica que transforme a escola em espaço onde o conhecimento tome o lugar
da violência e suas manifestações.
Em nossa escola a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, é realizado ações
preventivas e investigativas, considerando as informações trazidas pelos alunos a fim de
confrontá-las com o saber sistematizado, permitindo, assim, maior reflexão e críticas
sobres as questões que envolvem as drogas. Para que a prevenção aconteça, os alunos
são estimulados a discutir os aspectos sociais, econômicos, políticos, históricos, éticos e
culturais envolvidos na problemática das drogas são propiciados encontros com os pais,
professores, alunos, psicólogos, médicos, Patrulha Escolar, que ministram palestras com
intuito de prevenir e promover a autoestima dos alunos e das famílias.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação em História não deve apenas buscar a classificação dos alunos,
embora, ainda esse seja o critério para a passagem de uma etapa para outra, a nota. O que
deveremos buscar nessa proposta de avaliação, é a possibilidade de realizar diagnósticos
242
do ensino-aprendizagem, que deveriam permitir o reordenamento constante das práticas e
dos resultados em sala de aula.
A avaliação deverá ser permanente, contínua, no processo, paralela, buscando a
participação efetiva dos alunos, criando neles a responsabilidade na construção desse
processo de ensinar e aprender, portanto, a avaliação deverá ser: diagnóstica, formativa e
somativa. Deve-se avaliar aquilo que foi trabalhado em sala, valorizando as idéias
apreendidas pelos alunos, sua capacidade de pensar historicamente, sua capacidade de
sintetizar, produzir textos coerentes, avaliar o que ele sabia e o que ela sabe depois da
apresentação e estudo dos temas, sua capacidade de leitura e interpretação dos temas
históricos e a utilização das diversas formas de comunicação e linguagens
contemporâneas.
Nesse sentido e de acordo com os temas estruturantes e básicos para o Ensino
Médio, ao avaliar esperamos que os alunos:
- A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos
estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos
alunos a compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos
sujeitos históricos;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: o conceito de trabalho; o
trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades,
indígenas, africanas, nômades, seminômades); o trabalho escravo e servil; a
transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial,
Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as
experiências do trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no
mundo do trabalho (…);
- Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos
estudantes.
- No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de
documentos de diferentes naturezas;
- Pretende perceber como os estudantes compreendem as cidades na História
(neolíticas, antigüidade greco-romana, da Europa Medieval, pré-colombianas,
africanas e asiáticas); ocupação do território brasileiro e formação de vilas e
cidades; urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização
nas sociedades ocidentais, africanas e orientais; urbanização e industrialização
no Paraná no contexto da expansão do capitalismo; modernização do espaço
urbano (…);
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos;
os Estados na antigüidade clássica; o poder descentralizado e a igreja católica na
sociedade medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles
européias, as relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo; o
Iluminismo e os processos de independência da América Colonial; o Paraná no
contexto da sua emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo,
socialismo, positivismo); o nacionalismo nos Estados ocidentais; o populismo e
243
as ditaduras na América Latina; o Estado e as relações de poder na segunda
metade do século XX; o Estado na América Latina no contexto da Guerra Fria; o
Estado ideologia e cultura; a independência das colônias africanas e asiáticas;
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de
dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade:
(mulheres, crianças, estrangeiros e escravos); as guerras e revoltas na
Antiguidade Clássica: Grécia e Roma; relações de dominação e resistência na
sociedade medieval: (camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes); as
relações de resistência na sociedade ocidental moderna; as revoltas indígenas,
africanas na América portuguesa; os quilombos e comunidades quilombolas no
território brasileiro; as revoltas sociais na América portuguesa; as revoltas e
revoluções no Brasil no século XVII e XIX; […];
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções
democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras
mundiais no século XX; As revoluções socialistas na Ásia, África e América
Latina; os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América
Latina; os Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a organização
de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e
suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas;
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e
imaginários dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a
arte greco-romanos e a formação das grandes religiões (hinduísmo, budismo,
confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e
culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo; o modernismo
brasileiro; representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio
da arte brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas,
culturais e religiosas; as festas populares no Brasil: congadas, cavalhadas,
fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo e outras;
- Serão utilizados como instrumentos de avaliação: provas escritas, e orais,
produção de textos, trabalhos, trabalho em grupo, pesquisas, pesquisas de
campo, seminários, debates e simulados. Estes deverão ser oportunizados no
mínimo de 03 (três) instrumentos durante o trimestre. O sistema de avaliação
seguirá os critérios estabelecidos no Regimento Escolar, tendo como resultado as
somatórias 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades diversas e 6,0 (seis
vírgula zero) referentes as provas escritas e/ou orais. Será proporcionado a
recuperação de estudos a todos os alunos de forma contínua e simultânea ao
processo ensino aprendizagem. A recuperação de nota terá peso 10,0 (dez
vírgula zero) e será oferecida a todos os alunos, sendo optativa aos alunos com
média igual ou superior a 10,0 (dez vírgula zero), possuindo valor substitutivo,
valendo sempre a nota maior, conforme Art. 112 do Regimento Escolar.
244
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
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246
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ESPANHOL
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NRE: APUCARANA
CURSO BÁSICO
DISCIPLINA: L.E.M. ESPANHOL
PROFESSORES: EDER JONAS PEREIRA DA SILVA
1. APRESENTAÇÃO
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em
1916, com a publicação de Cours de Linguístic Génerele por Ferdinand Saussure,
inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de
estudo para a Linguística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido
no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil,
em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender
inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado
nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do
Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino
Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como
disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das
disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de
Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a
língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas
múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é
também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se
o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de ideias, de dominação ou
emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem
consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos.
248
Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter
político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a
responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão ampla
do educador sobre o modo como se ensina e para que se está ensinando. Somente assim
haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para uma maior compreensão
da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático
do seu ambiente de convívio.
2. OBJETIVOS
Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do
grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de
ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de
construir sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social,
o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento
da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de
diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de
várias culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de
significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como
um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e
crescimento do cidadão. Assim, ao final do curso Básico De Espanhol, espera-se que o
aluno seja capaz de:
Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações
entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos
e passiveis de transformação na prática social;
Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o
acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;
Compreender a diversidade lingüística cultural;
Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de
significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a
transformação da sociedade.
3. CONTEÚDO
3.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada por
relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante: o
“discurso” como “prática social”, realizada por meio das práticas discursivas de onde
advém os conteúdos básicos: a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas
249
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
3.2. CONTEÚDOS BÁSICOS
1º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com
as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
Esfera Cotidiana:
Exposição oral;
Músicas/ cantigas;
Cantigas:
Álbum de família;
Exposição oral;
Fotos;
Cartão pessoal;
Trava línguas;
Receitas;
Esfera Literária/artística:
Autobiografia;
Biografias;
Histórias em quadrinhos;
Lendas;
Letras de músicas;
Narrativas básicas;
Poemas.
Esfera escolar:
Exposição oral;
Cartazes;
Diálogo/discussão;
Mapas;
Resumo.
Esfera da imprensa:
Artigo de opinião:
Charge;
Entrevista (oral e escrita);
Fotos;
250
Horóscopo;
Manchete;
Notícia;
Reportagens;
Sinopses de filmes;
Tiras.
Esfera publicitária:
Anúncios;
Cartazes
Comercial para TV;
E-mail;
Folder;
Fotos;
Slogan;
Músicas;
Paródia;
Placas;
Publicidade comercial.
Esfera de produção e consumo:
Bulas;
Regras de jogos;
Placas;
Rótulos/embalagens;
Esfera midiática:
Chat;
Desenho animado;
E-mail;
Entrevista;
Filmes;
Telejornal;
Telenovelas;
Torpedos;
Video Clip;
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
251
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
nformatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
252
2º ANO
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Segue uma possível relação de gêneros a serem trabalhados:
Esfera Cotidiana:
Exposição oral;
Artigo de opinião;
Carta do leitor;
Cartão social;
Sinopses de filme;
Adivinhas, anedotas;
Embalagens;
Mapas;
Currículo Vitae;
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
253
Textos Dramáticos
CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
TirasSF
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
254
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
4. METODOLOGIA
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um
espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
255
instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a
transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos
meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas
apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão
sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se
revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com
o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no
trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização
de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade. É nesta abordagem que leitura,
escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às
estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos, bem como ao
contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus
propósitos.
A proposta do ensino de L.E.M no Celem considera a leitura como interação
entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores.
A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de
mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam
para uma maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido,
apoiado na bagagem cultural e com acesso permanente a língua espanhola, são
fundamentais para a prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua
comunidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir
dos erros das necessidades surgidas com cada gênero textual trabalhado.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a
sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente
constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita,
não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e
significativa.
Os gêneros publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc
serão abordados pelo professor, visando não só a compreensão linguística, mas a prática
discursiva. Aprendemos a moldar nossa fala às formas textuais. Os textos literários serão
apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam
como uma prática social de um determinado contexto sócio-cultural particular.
Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos, tendo que
criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase
impossível (Bakhtin, 1998).
O objetivo da Língua Espanhola será o de proporcionar ao aluno a possibilidade
de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O
ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo,
objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente,
desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno
perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados
entre si.
256
Leitura:
Serão propiciadas práticas de leitura de textos de diferentes gêneros,
considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
O trabalho com os textos escolhidos serão encaminhados a partir de discussões e
reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia.
Escrita:
A produção textual será planejada a partir da delimitação do tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade e ideologia, estimulando a ampliação de leituras sobre o tema e o
gênero propostos;
A produção do texto terá as orientações do professor de modo a auxiliar o aluno,
não só na escrita como na reescrita textual, fazendo a revisão dos argumentos das
idéias, dos elementos que compõem o gênero; além de conduzir o educando a uma
reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
Será estimulada a produção escrita em diferentes gêneros;
Oralidade:
Serão organizadas formas de apresentar os textos produzidos pelos alunos,
observando-se o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Serão preparadas apresentações orais de modo a explorar as marcas linguísticas
típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
Será estimulada a cotação de histórias de diferentes gêneros.
Análise Linguística:
A análise linguística não se dará de forma isolada, nem tão pouco será o ponto de partida
das aulas de Língua Espanhola do CELEM. Ela acontecerá tendo em vista a necessidade de cada
texto apresentado ao aluno, acompanhando todo o trabalho pautado pelos gêneros textuais.
Diante de tudo isso, podemos entender que à medida que o aluno se aproxima de outra
língua e de outra cultura, ele compreenderá a língua como algo que se constrói e é construído por
uma determinada comunidade. Dessa forma, o conhecimento de outra cultura colabora para
elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno consegue perceber-se também
como sujeito histórico e socialmente constituído.
A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.” Sendo assim serão
trabalhas nas diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma
prática integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos.
Sendo assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à
consciência de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas
ambientais refletem com a consciência que atinge a todos nós.
A Lei nº 11645/08, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por fazer parte
da nossa história e da cultura de outros países. Além desses temas serão trabalhados o
Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e direitos Humanos; Enfrentamento à Violência;
Prevenção ao uso indevido de Drogas; Gênero e Diversidade Sexual; Educação do campo e
outros temas contemporâneos de acordo com a necessidade dos alunos, escola e comunidade.
257
5. RECURSOS DIDÁTICOS:
Essa proposta metodológica apoia-se no uso de livros didáticos e paradidático.
Além desse material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais,
visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais
pedagógicos.
Leitura de diversos textos, explorando a época histórica e o estilo do autor;
Dramatizações;
Debates;
Pesquisas em jornais, revistas e enciclopédias;
Discussão de assuntos contemporâneos e polêmicos;
Painéis abertos;
Projetos interdisciplinares;
Pendrive
TVE;
TV pendrive;
Laboratório de Informática;
Fitas de Vídeo.
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,
juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes, abordando
criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-lo a contemplar a
diversidade regional e cultural.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos
alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades e deve contemplar o Projeto Político
Pedagógico e o Regimento Escolar.
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do
educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de
conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à
aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos estão atreladas, ainda, às
características psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os
conteúdos, às necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos
com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem
e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da
aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em
conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-
se como um processo contínuo de comprometimento com o saber cientifico cultural e
social.
258
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação levando em conta que:
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a
avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;
O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;
Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem
quanto e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo
professor de forma contínua e reflexiva;
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor
e aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;
As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros
para realimentação dos encaminhamentos adotados.
Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e
discursiva. A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser
privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções
pedagógicas.
A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira
considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo
de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um
passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso
lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao
mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de
crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com
que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos ou culturais – e as práticas –
leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que
precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno
com os discursos em língua estrangeira.
6.1. Instrumento de Avaliação:
Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e discursivas;
leitura de textos de diversos gêneros textuais; debates, seminários e interpretações de
textos; seminários; diálogos orais e escritos; elaboração de narrações, dissertações,
resumos, poesias; trabalhos individuais e em grupos; músicas; teatros; filmes, jogos e
outras atividades. A nota será distribuida em 4,0 (quatro vírgula zero) para atividades
diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas orais e escrita totalizando 10,0 (dez
vírgula zero)
Recuperação de conteúdos será ofertada a todos os alunos, com retomada
dos mesmos na medida em que for necessário.
Quanto à recuperação de notas será ofertada a todos os alunos na forma
de caráter optativo para o aluno que atingir média igual ou superior a 6,0 conforme os
259
critérios estabelecidos no Art. 112 ( Parágrafo 1º, inciso II) do Regimento Escolar deste
estabelecimento de Ensino.
De acordo com a abordagem teórico-metodológica, a avaliação se dará em cada uma das
práticas discursivas, procurando observar os itens abaixo, levando-se em consideração o grau de
profundidade a ser exigido em cada um deles, de acordo com a realidade da turma.
Leitura
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto
Identifique o tema
Identifique a idéia principal do texto
Localize informações implícitas e explícitas no texto
Deduza o sentido das palavras e/ou expressões a partir do contexto
Perceba o ambiente e o argumento no qual circula o gênero
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto
Compreenda as diferenças ocorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo
Analise as intenções do autor
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto
Posicione-se argumentativamente
Amplie seu léxico
Escrita
Espera-se que o aluno:
Expresse as idéias com clareza
Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal
Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade etc.
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo etc.
Use apropriadamente os elementos discursivos textuais, estruturais e normativos
Oralidade
Espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal)
Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.
Organize a sequência de sua fala
Exponha argumentos
Compreenda os argumentos no discurso do outro
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário na
língua materna.
Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
260
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Projeto Político Pedagógico
Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Regimento Escolar.
BRASIL. Lei- n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana.
Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitba: SEED –
Paraná, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a
Educação Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da Educação,
Curitiba-Pr., 2009.
Instrução Normativa nº 019/2008.Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).
Curitiba, 2008.22p.: Disponível em:
<http://diaadia.Pr.Gov.Br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.Pdf>
Acesso em 23 de março de 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Resolução nº
3904/2008.Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p.
261
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
___________________________________________________________________________________
L. E. M.
INGLÊS
262
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: L.E.M. INGLÊS
PROFESSORES: MARLENE DE MARQUIORI
1. APRESENTAÇÃO
O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil,
apresentava em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em
1916, com a publicação de Cours de Linguístic Génerele por Ferdinand Saussure,
inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de
estudo para a Linguística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter
patriótico e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido
no lugar do alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil,
em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender
inglês tornou-se cada vez maior.
Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado
nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do
Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Com relação ao Ensino
Médio, a Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como
disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das
disponibilidades da instituição.
Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de
Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a
língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas
múltiplas culturas inseridas em cada sociedade.
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é
também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se
o ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de ideias, de dominação ou
263
emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem
consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos.
Assim sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter
político como forma de ação para transformar o mundo. Nessa perspectiva, a
responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e exige uma reflexão ampla
do educador sobre o modo como se ensina e para que, se está ensinando. Somente assim
haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para uma maior compreensão
da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente transformador e democrático
do seu ambiente de convívio.
2. OBJETIVOS:
Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do
grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de
ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de
construir sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social,
o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento
da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de diferentes
linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de várias
culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de
significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como
um instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e
crescimento do cidadão. Assim, ao final do Ensino Fundamental e Médio, espera-se que o
aluno seja capaz de:
Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre
ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e
passiveis de transformação na prática social;
Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o acesso à
informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;
Compreender a diversidade lingüística cultural;
Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de significados
e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a
transformação da sociedade.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÀSICOS
A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada por
relações pragmáticas e contextuais de poder, terá como conteúdo estruturante: o
“discurso” como “prática social”, realizada por meio das práticas discursivas de onde
264
advém os conteúdos básicos: a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama
de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam
as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de organização
lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e
não verbal.
Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental e Médio, por
série, serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando seus
elementos lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),
manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva).
Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos
estruturantes, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
Diante da dificuldade de estabelecer os conteúdos por série, considerando a
diversidade de textos em circulação na sociedade e a especificidade do tratamento da
língua estrangeira na prática pedagógica, cumpre estabelecer alguns critérios norteadores
para o ensino de Língua Estrangeira, já que os conteúdos estruturantes estão pautados no
discurso, pois estes serão consequentes e inerentes aos textos trabalhados.
A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que propiciem o
contato com a cultura africana e afrodescendente, dentro da Língua Inglesa, culminando
em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com
temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.
A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a
“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto
político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos
alunos” (DCE: 2006, p. 37).
Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos dos
elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins educativos,
visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os
interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de
texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.
Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que um
dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção de
relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que os
alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos
promovendo a participação de todos. alunos.
Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica e
estereotipada de cultura” (p. 38). Assim, os conteúdos poderão dar ao aluno indicativos
para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no
planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.
È importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das
escolhas temáticas e textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é
fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e
da compreensão auditiva. Além disso, o texto será enriquecido por músicas, filmes,
debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outros.
265
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
LEITURA (vide relação dos gêneros ao final deste documento)
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
266
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
formatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
EXEMPLOS DE GÊNEROS
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
267
Relatos de Experiências Vividas
Trava-Línguas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
ESCOLAR
Ata
Cartazes
268
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
ÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
269
Comercial para TV
Folder
Fotos
Slogan
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
270
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
4. METODOLOGIA:
O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um
espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a
transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos
meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas
apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão
sobre os fenômenos Linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se
revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com
o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no
trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização
de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade. É nesta abordagem que leitura,
escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis. Referem-se às
estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos,bem como ao
271
contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus grupos sociais e seus
propósitos.
A proposta da Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica considera a
leitura como interação entre os múltiplos textos e ocorre na relação entre o leitor, texto,
autor e outros leitores. A leitura ancorada numa perspectiva crítica promove a
construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar
significados e sentidos que contribuam para uma maior compreensão diante do texto.
Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem cultural e com acesso
permanente a língua inglesa, são fundamentais para a prática social do cidadão e
interpretação dos discursos de sua comunidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir
dos erros das necessidades surgidas com cada gênero textual trabalhado.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a
sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente
constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita,
não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e
significativa.
Os gêneros publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc
serão abordados pelo professor, visando não só a compreensão linguística, mas a prática
discursiva. Aprendemos a moldar nossa fala às formas textuais. Os textos literários serão
apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam
como uma prática social de um determinado contexto sócio-cultural particular.
Se não existissem as múltiplas linguagens e se não as dominássemos, tendo que
criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase
impossível (Bakhtin, 1998).
O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O
ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo,
objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente,
desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno
perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados
entre si.
4.1 Recursos Didáticos:
Essa proposta metodológica apóia-se no uso de livros didáticos e paradidático.
Além desse material, serão utilizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais,
visuais e não visuais) vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet e outros materiais
pedagógicos.
Leitura de diversos textos, explorando a época histórica e o estilo do autor;
Dramatizações;
Debates;
Pesquisas em jornais, revistas e enciclopédias;
Discussão de assuntos contemporâneos e polêmicos;
Painéis abertos;
Projetos interdisciplinares abordando os temas transversais;
272
Pendrive;
TVE;
TV pendrive;
Laboratório de Informática;
Fitas de Vídeo.
O professor engajado nessa proposta metodológica pode promover uma reflexão,
juntamente com o aluno, de forma a desvendar os valores subjacentes, abordando
criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-lo a contemplar a
diversidade regional e cultural.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos
alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades e deve contemplar o Projeto Político
Pedagógico e o Regimento Escolar.
A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do
educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de
conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à
aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.
A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às características
psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os conteúdos, às
necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.
Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos
com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem
e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.
As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da
aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em
conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.
O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-
se como um processo contínuo de comprometimento com o saber científico, cultural e
social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação levando em conta que:
- Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a
avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;
- O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o
acompanhamento metodológico e avaliativo;
- Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem quanto e
como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;
- O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo
professor de forma contínua e reflexiva;
- A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e
aluno, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;
- As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para
273
realimentação dos encaminhamentos adotados.
- Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e discursiva.
A avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser
privilegiada, a fim de promover a análise e reflexão no encaminhamento das
intervenções pedagógicas.
- A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera o
erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de
aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto
como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no
processo. É preciso lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não
acontece da mesma forma e, ao mesmo tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao
professor, avaliar, priorizar o processo de crescimento do aluno e não apenas
mensurar o conhecimento por ele alcançado.
- A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o
professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os
conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as
práticas – leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente
trabalhadas e que precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a
efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.
5.1. Instrumento da Avaliação
Assim, para a avaliação serão utilizadas as provas objetivas e discursivas; leitura
de textos de diversos gêneros textuais; debates, seminários e interpretações de textos;
seminários; diálogos orais e escritos; elaboração de narrações, dissertações, resumos,
poesias; trabalhos individuais e em grupos; músicas; teatros; filmes, jogos e outras
atividades. Estes deverão ser propostos, no mínimo de 03 (três) intrumentos de
avaliações, durante o trimestre sendo 4,0 (quatro vírgula zero) para atividades
diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas orais e escritas totalizando 10,0 (dez
vírgula zero).
A recuperação de conteúdos será paralela ao processo ensino e aprendizagem
ofertada a todos os alunos, com retomada dos mesmos na medida em que for necessário
alterando a metodologia utilizada.
Quanto à recuperação de notas, será ofertado um instrumento no valor de 10,0
(dez vírgula zero), sendo optativo ao aluno que atingiu média igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero)com valor substitutivo prevalecendo a nota maior, conforme descrito no Art
112 do Regimento Escolar.
274
6. REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Projeto Político Pedagógico
Colégio Estadual Professora Nadir Mendes Montanha, Regimento Escolar.
BRASIL. Lei- n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de
Educação.
Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da
Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitba: SEED –
Paraná, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação
Básica, Secretaria do Estado do Paraná – Superintendência da Educação, Curitiba-Pr.,
2009.
275
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
___________________________________________________________________________________
SOCIOLOGIA
276
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
NRE: APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
PROFESSOR: CARLOS ALBERTO NOGUEIRA DINIZ
PAULO JOSÉ ZANETTI
RODRIGO DE ABREU
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O estudo objetivo e sistemático da sociedade e do comportamento humano pode
ser considerado relativamente como recente, em fins do século XVIII. Passa-se a utilizar
a ciência na compreensão do mundo, ocasionando uma mudança na forma de
entendimento das questões naturais e humanas através da abordagem científica. As
explicações que antes eram tradicionais e pautadas pelo pensamento religioso foram
suplantadas por tentativas de conhecimento racionais e críticas.
A necessidade de se pensar intrinsecamente tanto a sociedade quanto a ciência
resulta do processo histórico e social, no qual as grandes transformações sociais
ocorreram. Assim sendo, a Sociologia nasce com o papel de focalizar os problemas
existentes na sociedade, questionando e buscando respostas que apontem para a
construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva. Ou seja, é o saber voltado
para a compreensão da vida social humana, das regras existentes entre os grupos e dos
fundamentos da sociedade.
Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista,
vinculada a ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado
no século XVI estava ligado à lógica das ciências ditas “experimentais”. Quer seja para
ascender, o estatuto das ciências deveria atender pré-requisitos e seguir métodos
“científicos” que pretendiam também a neutralidade e estabelecimento de regras.
São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1857), o primeiro a
usar o termo Sociologia, relacionando-o como Ciência da Sociedade e Émile Durkheim
(1858-1917), que adotou conceitos elaborados por Comte, especialmente o de ordem
social para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico.
Ambos os pensadores procuram buscar soluções para os graves problemas sociais
gerados pelo modo de produção capitalista, isto é: miséria, desemprego e as consequentes
greves e rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por
pensadores como desvio ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidas ou
mesmo solucionadas por resgate de valores morais - como a sociedade - os quais
restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas, independente da classe social a que
pertencem.
277
Tais pensadores analisaram a Sociologia sob um determinado ponto de vista e
preconizaram a manutenção do status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, pelo
elogio à sociedade capitalista.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a
Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre as sociedades. O
pensador alemão Karl Marx (1818-1883), trouxe a baila importante contribuição ao
pensamento sociológico porque desnudara as relações de exploração que se
estabeleceram a partir do momento em que uma determinada classe social apropriou-se
dos meios de produção e passou a deter sozinho o mecanismo das ações da sociedade.
De acordo com o pensamento de Karl Marx não há soluções conciliadoras numa
sociedade cujas relações se baseiem na exploração do trabalho e na crescente espoliação
da maioria. Para Marx, a única possibilidade de superar a desigualdade e a opressão está
na construção de uma nova sociedade, que pressuponha a inexistência de classes sociais,
que, portanto, de dominação de uma minoria sobre uma maioria. No pensamento marxista
teoria apenas tem sentido se transformada em práxis, ou seja, em ação fundamentada
politicamente para transformar estruturas de poder vigente e construir novas relações
sociais, fundadas na igualdade de condições a todos os indivíduos.
Outra importante contribuição ao pensamento sociológico, crítico e revolucionário
pode ser encontrada nos escritos do pensador italiano Antonio Gramsci (1891-1937),
cujas análises foram incorporadas principalmente às pesquisas sociológicas e
educacionais. Criados por Gramsci os conceitos de hegemonia, intelectual orgânico, e
escola única auxiliam no processo de repensar as estruturas educacionais.
A Sociologia como disciplina pertencente ao conjunto dos demais ramos da
ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do
trabalho pedagógico. São intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas
acadêmicas e atividades curriculares presentes no magistério.
Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na pesquisa científica, e
esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de um mesmo problema.
Pensando em ambas que se realiza a dimensão histórica da ciência, e assim, situamos a
Sociologia no Brasil. Tanto as idéias conformistas quanto as revolucionárias exerceram
forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro.
Após a instalação da República, autores como Sílvio Romero (1851-1914),
Euclides da Cunha (1866-1909) e Oliveira Viana (1883-1951), considerados
conservadores, configuravam uma tradição ensaísta, sem uma preocupação
especificadamente científica – ou seja, sem estar preocupada em pensar o que seria a
identidade cultural nacional.
Inicialmente no Brasil, a Sociologia reproduz os primeiros apontamentos da
análise positivista, paralelamente à divulgação da obra de Comte no cenário europeu.
Florestan Fernandes (1920-1995), ao traçar três períodos de desenvolvimento da reflexão
sociológica na sociedade brasileira, considera aquele momento como a primeira época,
uma conexão histórica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A
segunda época, as primeiras décadas do século XX, é caracterizada pelo pensamento
racional como forma de consciência social das condições da sociedade. E a terceira
época, em meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos
sociais aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências
metodológicas dos países europeus e principalmente dos Estados Unidos.
Os anos de 1930 foram de fundamental importância para a história do ensino da
Sociologia no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no campo
da pesquisa e editoração. A criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola
278
Livre de Sociologia e Política de São Paulo e da própria Universidade de São Paulo
possibilitou não apenas o desenvolvimento da pesquisa sociológica, como também a
conseqüente formação de quadros intelectuais e técnicos pensantes do país e para dar
suporte às políticas públicas em execução. Isto ocorreu justamente durante o Ensino
Secundário, o que veio a colaborar para a consolidação da Sociologia como disciplina
escolar.
O clima de democracia política que o país respirava na década de 50 e no início da
década de 60, favoreceu a disseminação das faculdades de filosofia, ciências e letras pelo
Brasil e a sociologia passa a fazer parte não só dos currículos dos cursos de ciências
sociais como também de outros cursos superiores, especialmente o das áreas das ciências
humanas. No período da ditadura militar, anos 70, especialmente a sociologia permanece
excluída das grades curriculares dos cursos secundários, inclusive dos cursos de formação
para magistério, constantemente sendo substituída pela disciplina de fundamentos da
educação.
A trajetória do ensino da Sociologia foi marcada por freqüentes interrupções
trazendo lhe marcas que não podem ser ignoradas relativamente a sua inserção no cenário
educacional. Algumas conseqüências originadas dessas interrupções dificultaram a
Sociologia se firmar como disciplina em muitas escolas o que acarretou, entre outras
coisas, na falta de tradição da disciplina dificulta seu espaço nas grades curriculares; na
carência de materiais didáticos adequados limita o ensino aos alunos de Ensino Médio,
além da carência de pesquisa e metodologia para esse nível de ensino implica, de algum
modo, a reprodução de métodos do ensino superior.
A promulgação da Lei de diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu
novas perspectivas para a inclusão da sociologia nas grades curriculares, uma vez que
dita no Art. 36 e inciso 3, a importância do domínio de Filosofia e Sociologia são
necessários ao exercício da cidadania. No estado do Paraná, especificamente a partir de
2004, uma série de políticas públicas foram estruturadas e ações implementadas pela
Secretaria de Educação, no sentido de promover a conscientização da comunidade escolar
a respeito da importância do conhecimento sociológico para o aluno de Ensino Médio.
A sociologia, disciplina curricular do Ensino Médio, de acordo com a instrução
01/2004, sendo esta pautada nos documentos oficiais: LDB, DCN e PCNs. A importância
de trabalhar a disciplina com os educandos tem como finalidade, segundo a LDB:
“Desenvolver no educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício
da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores.” Quando a lei trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço
da disciplina perante o Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania que
deve estar implícita em todos os professores e alunos. Ainda de acordo com o que
preconiza a LDB 9394/96, art. 36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos
conhecimentos filosóficos e sociológicos necessários ao exercício da cidadania.
Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do
Ensino Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano,
busque superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim uma
concepção científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo, crítico e
transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da sociedade
contemporânea.
Os conteúdos devem ser abordados de modo claro, dialógico, diferenciados do
senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação de uma linguagem sociológica
permitindo perceber a realidade e através de conceitos explicar tal realidade. Permitindo
ao educando agir como indivíduo ativo, participante das dinâmicas sociais, fornecendo,
279
para isto, elementos necessários para a formação de um cidadão consciente de um mundo
social, econômico, político, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir diante desse
mundo.
Espera-se da disciplina de Sociologia que ela contribua para que os sujeitos -
nesse contexto, os envolvidos no processo pedagógico tenham recursos para desconstruir
e desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis, de maneira que
melhorem seu senso crítico e também possam transformar a realidade e conquistar mais
participação ativa na sociedade.
Nesse papel investigativo e questionador a Sociologia tem contribuído para
ampliar os conhecimentos dos homens sobre a própria condição de vida e,
fundamentalmente, para análise das sociedades ao compor, consolidar e alargar um saber
especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida
social.
Dessa forma os grandes problemas nos dias de hoje provenientes do acirramento
de forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre
outras causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição social e
planetária. É tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores, de
uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas
relações sociais.
Pretende-se que ao final do Curso os alunos de Ensino Médio possam:
Desenvolver uma análise da Sociologia vislumbrando o contexto histórico de seu
surgimento.
Entender o objeto de estudo da Sociologia.
Buscar o entendimento da Sociologia enquanto ciência e desenvolver a
imaginação sociológica.
Entender dentro de uma análise sociológica o desenvolvimento e a consolidação
do modo de produção capitalista.
Conhecer as principais correntes teóricas da Sociologia, bem como seus
precursores.
Compreender a sociedade enquanto expressão dos fenômenos sociais e sua
complexidade.
Perceber as diferentes manifestações culturais presentes nas sociedades.
Compreender a indústria cultural e sua relação com o complexo econômico.
Compreender conceitos como: trabalho, sociedade, ideologia, classe social
considerando o contexto econômico e político.
Desenvolver uma visão crítica a respeito da relação política e sociedade, com
considerando as formas do Estado.
Entender os que são os movimentos sociais.
280
Relacionar os conhecimentos teóricos com as práticas sociais.
Identificar nas suas práticas sociais os conhecimentos dos direitos e deveres no
exercício da cidadania.
Reflexão e sensibilidade para as questões sociais do mundo em que este inserido
observando os temas que fazem parte da sua vivência, como: desigualdades
sociais, exclusão social, violência, família e política.
2. CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Processo de Socialização
e as Instituições Sociais
· O Surgimento da Sociologia e as Teorias
Sociológicas;
· Processo de Socialização;
· Instituições sociais: Familiares, Escolares,
Religiosas;
· Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,
educandários, asilos, etc).
2ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Cultura e Indústria
Cultural
- Desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das diferentes
sociedades;
- Diversidade Cultural;
- Identidade;
- Indústria Cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de Consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de Gênero;
- Cultura afro brasileira e africana;
- Culturas Indígenas;
281
Trabalho, Produção e
Classes Sociais
- O conceito de trabalho nas diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes
sociais;
- Organização do trabalho nas sociedades
capitalistas e suas contradições.
- Globalização e neoliberalismo;
- Relações de trabalho;
- Trabalho no Brasil
3ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Poder, Política e
Ideologia;
- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
- Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo;
- Estado no Brasil;
- Conceitos de Poder;
- Conceitos de Ideologia;
- Conceitos de Dominação e Legitimidade;
Direito, Cidadania e
Movimentos Sociais
- Direitos civis, políticos e sociais;
- Direitos Humanos;
- Conceitos de Cidadania;
- Movimentos Sociais;
- Movimentos Sociais no Brasil;
- A questão ambiental e os movimentos
ambientalistas;
- A questão das ONG's.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No ensino da Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia entre
outros.
Assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles
derivados, os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-
aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da
Sociologia crítica, caracterizada, portanto, por posições teóricas e práticas favorecedoras
do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante (DCE- pg. 35).
282
Dessa forma, as aulas serão expositivas e desenvolvidas numa sequência de
discussões onde serão utilizados, entre outros, fóruns, debates, seminários, trabalhos em
grupo, oficinas e pesquisas na escola (biblioteca) e em casa, trabalhos e avaliações
escritas.
Procurar-se-á desenvolver capacidades, possibilitando ao educando criar
condições para resolver exercícios, interpretar e analisar textos, registrar sínteses,
produzir textos, ilustrar, formular perguntas orais e escritas, ler imagens e gráficos,
realizar entrevistas, apresentar trabalhos oralmente, confeccionar cartazes, montar painéis
e murais, participar de exposições, analisar filmes e músicas, com o auxílio e a utilização
da TV Multimídia e do Laboratório de Informática do Paraná Digital.
A correção de textos propiciando reforço ao aluno na escrita da Língua
Portuguesa e suas expressões, estará presente, bem como a forma de interagir o ensino da
Sociologia com as demais disciplinas inseridas na Grade Curricular do Ensino Médio.
4. AVALIAÇÃO
A prática avaliativa que se pautará na “desnaturalização” dos conceitos tomados
historicamente como irrefutáveis, propiciando o melhoramento do senso crítico e a
conquista de uma maior participação na sociedade. Através dos diálogos realizados em
sala de aula, sempre com a base teórica fundamentada no pensamento sociológico, a
avaliação da disciplina será em um processo contínuo de crescimento da percepção da
realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram
dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Assim, a avaliação será
contínua, processual e presente em todas as etapas da prática pedagógica, possibilitando
uma constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentam para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os
textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática.
Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-
las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita
da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como
instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos
adequados para uma efetiva aprendizagem.
Os critérios de avaliação serão debatidos no início do período letivo, podendo ser
debatidos, conforme o processo de aprendizagem se altere. Serão avaliadas as apreensões
de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de
argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição das idéias,
sejam no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no
decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim
como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam
com a acomodação e o senso comum.
A compreensão do aluno sobre o processo histórico de constituição da Sociologia
como ciência; como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
283
como o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da
sociedade e dos indivíduos; a forma com que os conceitos sociólogos contribuem para a
capacidade de análise da realidade social que os cerca; as múltiplas formas de ser analisar
a mesma questão ou fato social que refletem as diversidades interesses existentes na
sociedade.
A avaliação é trimestral num processo contínuo levando sempre em conta o
conhecimento assistemático do aluno, transformando-o em conhecimento sistematizado e
deste para a realidade. Será uma avaliação de caráter diagnóstico, isto é, verifica não só o
aproveitamento do aluno como a eficácia pedagógica desenvolvida. O aluno será avaliado
com diferentes instrumentos: participação e interesse, produção de textos, paródias,
pesquisa, debates, confecção de mapas, livros, gibis, cartazes e painéis, exposição de
trabalhos orais e seminários, testes e provas, respeitando o contigo no Art. 112 do
Regimento Escolar que estabelece 4,0 (quatro vírgula zero) para as atividades
diversificadas e 6,0 (seis vírgula zero) para provas ora e escrita.
Será considerada na avaliação a participação discente nas atividades programadas
e desenvolvidas em sala de aula, bem como o desenvolvimento de trabalhos pedagógicos,
orais e escritas, entre eles provas dissertativas e objetivas, visando sempre identificar se o
aluno alcançou os objetivos específicos e gerais.
A avaliação contínua cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais.
Obrigatoriamente a recuperação de estudos acontece a todos os alunos de forma
paralela aos conteúdos propostos, e a recuperação de notas será conforme o disposto no
Regimento Escolar sendo apresentado um instrumento no valor 10,0 (dez vírgula zero),
ofertado a todos os alunos, porém optativo aos alunos com média igual ou superior a 6,0
(seis vírgula zero) prevalecendo a nota maior.
5. RECURSOS DIDÁTICOS
Para o desenvolvimento destas propostas serão utilizados recursos como:
O espaço da sala de aula e o quadro.
Livro de Sociologia
Diretrizes Curriculares da Rede Pública (DCE´s) SEED-PR.
O espaço físico externo à sala de aula.
Pesquisa de campo (quando possível).
Visita a prédios públicos e privados: Câmara Municipal, Prefeitura, Indústrias etc.
(quando possível)
A Bibliografia pertinente ao curso, e o uso da biblioteca.
Laboratório de Informática.
Audiovisuais, Computação Gráfica etc.
CDs, Vídeos (DVD), TV Multimídia, Retro-projetor etc.
Revistas, Jornais e Cartazes.
Textos avulsos tirados de outros livros, revistas, internet e de apostilas.
Letras de músicas, poesias, filmes utilizando –se do recurso da TV Pendrive.
284
6. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Prova escrita
Prova oral
Trabalho em grupo e individuai
Análise de textos com discussão, questões e relatórios.
Seminário
Pesquisa
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
DURKHEIM, E. SOCIOLOGIA. São Paulo: Ática,1902.
COSTA, C. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna,
1997.
CUNHA, E. Os Sertões. São Paulo. Á, 1902.
GIDDENS, A. Sociologia. 6ª Ed. Porto Alegre: Armed, 2005.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martins Fonte, 1990.
MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. URSS: Edições Progresso, 1987.
MUNDO JOVEM - Um Jornal de Idéias.
(SEED), Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Sociologia Para a Educação
Básica. 2009.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
WEFFORT, F. (Org). Os Clássicos da Política: 13 ª Ed. São Paulo: Ática, 2003. V.2.
JHONSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Zahar Editora. Rio de Janeiro, 1995.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
285
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 TELEFAX: (43) 3276-2104
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
Q U Í M I C A
286
COLÉGIO ESTADUAL PROFª. NADIR MENDES MONTANHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Macuru, 470 – Conjunto Habitacional Flamingos
CEP 86703-440 FAX: (43) 3276-2104 – FONE: (43) 3276-1930
e-mail: [email protected]
ARAPONGAS – PARANÁ
______________________________________________________________________________________
NRE- APUCARANA
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: QUÍMICA
PROFESSORA: KEISA SILVA
1. APRESENTAÇÃO:
A Química participa das diferentes áreas das ciências e colabora no
estabelecimento de uma cultura cientifica cada vez mais enraizada no capitalismo e
presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.
A Química no ensino médio deve possibilitar ao aluno que se aproprie dos
conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que esta
inserido. Para isso um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina
de Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento na ciência Química.
Aprender significa relacionar (Maldamer, 2000, p. 199).
A Química, trabalhada como disciplina deve apresentar-se como propiciadora da
compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a partir da Química como ciência.
É fundamental aproveitar no primeiro momento, a vivência dos alunos, os fatos
do dia-a-dia, a tradição cultural e a mídia, buscando com isso reconstruir os
conhecimentos químicos para que o aluno possa refazer a leitura do seu mundo
(Bernsdelli, 2004 p. 2). Considerando seu objeto de estudo: Substâncias e Materiais,
serão apontados os Conteúdos Estruturantes da Química para o Ensino Médio.
2. CONTEÚDOS
Todos os conteúdos estruturantes devem permear as três séries.
Matéria e sua natureza – estuda aspectos macro e microscópicos da matéria, bem como
sua essência.
Estrutura da matéria
Substância, mistura, métodos de separação
Fenômenos físicos e químicos
Estrutura atômica, distribuição eletrônica
287
Tabela periódica
Ligações químicas
Funções químicas
Radioatividade
Biogeoquímica – caracterizado pelas interações entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera.
Soluções
Termoquímica
Cinética química
Equilíbrio químico
Ciclos globais
Química sintética – caracterizada pela síntese de novos produtos (farmacêuticos,
alimentícios, fertilizantes, agrotóxicos, etc.), avanços tecnológicos, materiais artificiais.
Química de carbono;
Funções orgânicas;
Funções oxigenadas;
Funções nitrogenadas;
Polímeros;
Isomeria.
3. METODOLOGIA
Para que o aluno possa dar sentido ao que apreende, o professor precisa
contemplar as formas de pensar do aluno possibilitando que ele compare sua visão de
mundo com as do professor, colegas, livros etc.
Uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos
e ideias, isso dificulta a adoção de um único encaminhamento metodológico para todos os
alunos.
A experimentação deve ser uma forma de problematizar a construção dos
conceitos químicos, sendo ponto de partida para que os alunos construam sua própria
explicação das situações observadas por meio da prática experimental.
Os números, os resultados quantitativos não devem ser menosprezados, contudo
podem ser melhor compreendidos por outros vias não somente a dos cálculos
matemáticos.
Em todas as séries serão abordados os conteúdos referentes ao Desenvolvimento
sócio-educacional, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo contextualizado:
educação ambiental com base na Lei 9795/99, enfrentamento à violência,prevenção ao
uso indevido de drogas, sexualidade, cultura e história Afro-Brasileira e Africana (Lei n.
10.639/03 ) e história e cultura dos povos indígena respaldado pela Lei n. 11.645/08.
288
4. AVALIAÇÃO
Todas as atividades realizadas sobre determinado conteúdo ensinado devem ser
avaliadas, de forma processual e formativa, sendo parte integrante do dia-a-dia em sala de
aula, sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos
conceitos científicos” (Maldaner, 2003, p. 144), permitindo ao professor indicar falhas
durante o processo e retomar um determinado conteúdo.
O sistema de avaliação do Estabelecimento de Ensino é trimestral, como
critérios de avaliação, podemos citar: o sistema de avaliação será composto pela
somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades diversificadas, mais a
nota 6,0 (seis vírgula zero) resultante de provas oral ou escrita sendo no mínimo, 03 (três)
instrumentos, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
A recuperação de estudos é direito de todos os alunos, no sentido do
aperfeiçoamento da aprendizagem e não apenas no alcance da média, desta forma será
paralela aos conteúdos propostos durante todo o trimestre. Será proporcionada a
recuperação de notas no valor 10,0 (dez vírgula zero) a todos os alunos que não atingirem
nota mínima 6,0 (seis) exigida e optativa para o aluno que atingir média igual ou superior
a 6,0 (seis). O cálculo da média anual será aplicada a seguinte fórmula matemática para o
resultado final: 1ºT + 2ºT + 3º T / 3. Quanto ao registro quantitativo, caso o aluno tenha
obtido um valor acima daquele anteriormente atribuído, no processo de recuperação a
nota deverá ser substitutiva, uma vez que a legislação é clara quanto ao caráter
cumulativo, ou seja, a melhor nota expressa o melhor momento do aluno em relação à
aprendizagem.
São instrumentos que poderão ser utilizados: relatórios de aulas em laboratórios,
apresentação de trabalhos em grupo, leitura e interpretação de textos, pesquisas
bibliográficas, produção de textos, resolução de exercícios , prova escrita individual e
outros.
4. REFERÊNCIAS
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química . 1 . ed. São Paulo:
Scipione, 2007.
PARANÁ, Diretrizes curriculares de química para o ensino médio. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba:2008
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes
Montanha
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha
289
ANEXO I
290
MATRIZ CURRICULAR
ENSINO
FUNDAMENTAL
E
MÉDIO
291
292
293
294
ANEXO II
295
ADENDO REGIMENTAL
L.E.M - CELEM
296
297
298
299
300
ANEXO III
301
ADENDO REGIMENTAL
OFERTA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE
9 ANOS
E ALTERAÇÃO DO SISTEMA DE
AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
302
303
304
ANEXO IV
305
PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
PARA
ENSINO FUNDAMENTAL
E
MÉDIO
306
PLANO DE ESTÁGIO
APRESENTAÇÃO
Estágio é ato educativo escolar desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas
atividades devem ser adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento
cognitivo, pessoal e social do educando , de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.
Segundo a lei nº 11.788, de 25/10/08, estágio é ato educativo escolar
supervisionado e desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa preparar para o trabalho
produtivo do estudante. É uma atividade realizada pelos alunos como parte de sua
formação escolar enriquecendo o currículo e traz experiência profissional.
Assim sendo, o estágio é um instrumento de integração entre a teoria e prática e
que permite aos educandos contato direto com situações que possibilitem aperfeiçoar a
aprendizagem social, cultural e profissional.
Dessa forma o estágio não obrigatório tem por objetivo propiciar experiência e
amadurecimento profissional que facilite o desempenho de futuras atividades e
consequentemente, inserir os jovens no mercado de trabalho.
Identificação: Colégio Estadual Profª Nadir Mendes Montanha – Ensino Fundamental e
Médio
Identificação do Curso: Ensino Médio
Professor Orientador: Cecília Sanae Higachi Nisioka
1. JUSTIFICATIVA
O Plano de Estágio é um instrumento didático- pedagógico que norteia e
normatiza os estágios não-obrigatórios com objetivos voltados à formação profissional
dos alunos do Ensino Médio de nosso estabelecimento de ensino.
Este Plano visa atender Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio não-
obrigatório dos estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para
organização dos Estágios, e definem as atribuições das Instituições de Ensino e da parte
concedente.
Assim, justifica-se a elaboração do Plano de Estágio não-obrigatório visando
oportunizar experiências no desenvolvimento do alunado, com o mundo do trabalho.
2. OBJETIVOS
Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas
ao mundo do trabalho.
Assegurar a relação teoria-prática nos estágios práticos não-obrigatório, a fim de
aperfeiçoar a aprendizagem social, cultural e profissional.
Compreender as relações do mundo do trabalho para que o educando se envolva
nas rotinas afins e, a sua integração social.
3. ATRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Incluir no P.P.P. e na Proposta Curricular do Ensino Médio, o Estágio Profissional
para alunos do Ensino Médio, de natureza não-obrigatório e opcional, considerada
307
curricular, assim sendo deve ser planejado e avaliado em conformidade com os objetivos
propostos para a formação dos educandos.
O professor orientador deverá zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio,
realizar o acompanhamento e avaliação das atividades de estágio e celebrar Termo de
Compromisso com alunos e a parte concedente após ter firmado o termo de convênio
com a mesma.
Elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;
Manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na
parte concedente;
Explicitar a proposta pedagógica da instituição de ensino e do plano de estágio
não-obrigatório à parte concedente;
Realizar avaliações que indiquem se as condições para realização do estágio estão
de acordo
Com o Plano de Estágio e o termo de Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;
Orientar previamente o estagiário quanto às normas de estágio; aos relatórios que
fará durante o estágio; aos direitos e deveres do estagiário.
4. ATRIBUIÇÕES DA PARTE CONCEDENTE
São considerados partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade
jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente
registrados em seus conselhos de fiscalização profissional.
A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:
I celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;
II celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante
oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades
de aprendizagem social, profissional e cultural;
III indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência
profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para
orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
IV contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice
seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Estágio nos
casos de estágio não-obrigatório;
V entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do
desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas,
dos períodos e da avaliação de desempenho;
VI relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário
responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista
do estagiário e com periodicidade mínima de 6 (seis) meses;
VII a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.
informar imediatamente a instituição de ensino quando do encerramento do
contrato.
5. ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO
NA PARTE CONCEDENTE
308
Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a
instituição de instituição de ensino:
Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;
Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de
Estágio;
Preencher relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;
Manter contato com o Professor orientador da escola;
Propiciar instalações e ambientes favoráveis à aprendizagem social, profissional e
cultural dos alunos;
Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à
instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.
6. ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
Considerando a Concepção de Estágio:
Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte
concedente como na instituição de ensino;
Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de
ensino;
Respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino
Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;
Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não
previstas no de estágio;
Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;
Dessa forma o Estágio não-obrigatório, permitirá que o aluno desenvolva
durante os estágios satisfatoriamente atividades que possibilitem:
O uso das novas tecnologias;
Produção de textos;
Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;
Aperfeiçoamento da oralidade;
Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,
organização e Realização de atividades que envolvam rotina administrativa,
documentação comercial e rotinas afins.
7. FORMA DE ACOMPANHAMENTO
Caso o professor orientador constatando descumprimento do Plano de Estágio e
da legislação, deverá comunicar a irregularidade à parte concedente para
adequação. No caso da parte concedente não cumprir a legislação e o Termo de
Compromisso, a instituição de ensino deverá registrar em relatório, comunicando
ao aluno e seu responsável e aconselhar o estagiário para procurar outro local de
estágio;
O professor orientador solicitará à parte concedente o relatório, que integrará o
Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a
serem desenvolvidas pelo estagiário levando em conta: local de estágio; agentes
físicos, biológicos e químicos, equipamento de trabalho e sua utilização; os
309
processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a
instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não-obrigatório
compromete o rendimento escolar do estudante e neste caso, propor uma revisão
do Termo de Compromisso;
8. AVALIÇÃO DO ESTÁGIO
O professor orientador do estágio deve acompanhar e avaliar se o Plano de
Estágio está sendo cumprido mediante:
a) No que se refere ao aluno: avaliar em que medida o estágio não-obrigatório está
contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno, através de documentos do
aluno:
Rendimento e aproveitamento escolar;
Relatório elaborado pelo aluno. (Anexo II)
Relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente
(Anexo III).
b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às
instituições e análises dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de
funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem
observados: cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei
8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.