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Secretaria de Estado da EducaçãoNúcleo Regional de Educação de Paranavaí
Colégio Estadual Leonel Franca – Ensino Fundamental e Médio
Rua Sylvio Vidal C. L. Ribeiro, nº 1680 –
Jardim São Cristovão – Paranavaí/PR
Cep: 87.702-280 – Fone/Fax: (44) 3423-3517
e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
1
S U M Á R I O
I - APRESENTAÇÃO .............................................................................................................03
II - INTRODUÇÃO .................................................................................................................04
2 – OBJETIVOS E PRINCÍPIOS …........................................................................................05
3 - FINALIDADES .................................................................................................................05
4 – ASPECTOS HISTORICOS ...............................................................................................05
5 – CARACTERIZAÇÃO GERAL .........................................................................................08
5.1 – Caracterização do Atendimento ......................................................................................08
5.1.1 – Turno de funcionamento – Horário ..............................................................................08
5.1.2 – Horário de entrada e saída nos diferentes períodos. .....................................................08
5.1.3 – Horário das atividades em contra turno …...................................................................08
5.1.4 - Distribuição de séries/anos e de turmas ........................................................................09
5.1.5 – Oferta de cursos/modalidades.......................................................................................09
5.1.6 – Matriz Curricular .........................................................................................................11
5.1.7 – Celem – Centro de Línguas Estrangeiras modernas.....................................................13
5.2 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, MATERIAL E DE RECURSOS HUMANOS............14
5.2.1 – Caracterização Física....................................................................................................14
5.2.2 – Caracterização Material ...............................................................................................15
5.2.3 – Caracterização de Recursos Humanos .........................................................................16
6 – CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR .................................................17
III - DIAGNÓSTICO...............................................................................................................21
IV – FUNDAMENTAÇÃO .....................................................................................................34
V – PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES ...........................................................................................62
1 – Gestão Democrática ...........................................................................................................63
2 – Proposta Pedagógica ..........................................................................................................64
2.1 –Articulação com os anos iniciais – Ensino Fundamental de 9 anos..................................64
2.2 – Organização do trabalho na escola ..................................................................................65
3 – Formação Continuada.........................................................................................................78
4 – Otimização do tempo e do espaço escolar .........................................................................78
- Regulamento da Sala de Informática...................................................................................79
- Regulamento da Biblioteca..................................................................................................81
- Regulamento – Rádio na Escola ........................................................................................82
-Eventos ................................................................................................................................84
VI – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...........................................85
VII –REFERÊNCIAS ..............................................................................................................86
2
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
I - Apresentação
A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional – Lei nº 9.394/96, no art. 12, inciso
I, estabelece que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”,
devendo a escola, assumir como uma de suas principais metas, o trabalho de refletir sobre sua
intencionalidade educativa.
A elaboração do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Leonel Franca –
Ensino Fundamental e Médio está em consonância com o princípio da gestão democrática,
construído de forma coletiva, com a participação de toda comunidade escolar: professores,
agentes educacionais I e II, alunos, pais ou responsáveis com a mediação e coordenação da
equipe pedagógica e direção, de acordo com o firmado no artigo 2° da Deliberação N.14/99 -
CEE e no artigo 4° da Deliberação N.16/99 – CEE.
O projeto construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar foi expresso a
partir do mapeamento de todas as condições concretas do estabelecimento de ensino.
Este imprescindível esforço coletivo implicou na seleção de valores a serem
consolidados, na busca de pressupostos teóricos e metodológicos postulados por todos os
envolvidos nesta elaboração identificação das aspirações maiores das famílias em relação ao
papel da escola na educação de seus filhos e na contribuição específica que oferece para “o
pleno desenvolvimento de educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho” (art. 2º da Lei n.º 9394/96).
A principal finalidade da construção do Projeto Político Pedagógico é promover a
capacidade desta escola em delinear sua própria identidade, resgatando a escola como espaço
público, lugar de debate e diálogo, fundados na reflexão coletiva, reconhecimento de sua
história a relevância de sua contribuição para a sociedade por seu trabalho educativo.
“Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, analisar e agir coletivamente, diante das necessidades
3
apontadas pelas relações educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades e necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto, nesse trajeto, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a construção das ações cotidianas, encontrando uma forma original de trabalho. Essa travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade”. (DALBEN A.I.L de Freitas, Gestão escolar democrática, p.56).
Há consciência, por parte da comunidade escolar deste Colégio que este projeto não
pode ser dado como pronto e acabado, mas produto de reflexão contínua, baseada
principalmente na prática pedagógica cotidiana compromissada com uma escola pública que
acompanha os movimentos da história e com a qualidade de ensino.
II - INTRODUÇÃO
2.1 – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Leonel Franca – Ensino Fundamental e Médio
Código 00080
Rua: Silvio Vidal, 1680 fone/fax: (44) 3423-3517
Email: [email protected]
CEP: 87702-280
Município: Paranavaí
Código: 1860
Dependência Administrativa: Estadual
Código: 41002296
NRE: Paranavaí – Pr
Código: 22
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização de Funcionamento da Escola/Colégio:
Decreto – nº 2997/77 de 03/03/1977
Ato de Reconhecimento da Escola/Colégio:
Resolução nº. 28333/81
DOE 30/12/1981
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar n° 164/2003
4
Localização: Urbana – Centro
2- OBJETIVOS E PRINCIPÍOS
O Colégio Estadual Leonel Franca, tem como princípios a gestão democrática, a ação
educativa fundamentada na universalização de igualdade, de acesso, permanência e promoção
do aluno, na obrigatoriedade da Educação Básica e da gratuidade escolar, como espaço de
qualidade cultural, de socialização e desenvolvimento do/a educando/a visando também
prepará-lo para o exercício da cidadania consciente, através do cumprimento de direitos e
deveres.
Para nortear estes princípios o Projeto Político Pedagógico tem os seguintes objetivos:
• Construir coletivamente a identidade da escola estabelecendo as diretrizes básicas, de
atuação dos profissionais da educação e da comunidade escolar deste estabelecimento
de ensino;
• Ampliar o desenvolvimento de ações para a qualidade do ensino-aprendizagem e a
formação continuada dos profissionais da educação.
• Refletir a realidade da escola classificando sua intencionalidade educativa e caminhos
de ação com um compromisso proposto pela coletividade escolar;
• Articular o processo de trabalho no interior da escola vinculando a sua função social,
suas especificidades, sua valorização e a gestão democrática;
3- FINALIDADES
O Colégio Estadual Leonel Franca, tem por finalidade, atender o dispositivo nas
Constituições Federal e Estadual, na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no
Estatuto da Criança e do Adolescente, ministrar o Ensino Fundamental e Médio, de acordo
com a legislação, normas e diretrizes do Conselho Estadual de Educação do Paraná.
4 – ASPECTOS HISTÓRICOS
Através do decreto nº 14.740 de 14-02-1958, foi criado o atual COLÉGIO
ESTADUAL LEONEL FRANCA – Ensino Fundamental e Médio. Naquela época a sua
5
denominação era “UNIDADE ESCOLAR DE 1º GRAU”.
Em 19/08/1963, onde funcionava simultaneamente o Colégio Estadual e a Escola
Normal Colegial, foi inaugurada a “ESCOLA DE APLICAÇÃO” obtendo, portanto, nova
denominação.
A escola contava apenas com quatro salas de aula e duas outras menores, destinadas
à Direção e armazenamento de material escolar, localizava-se na Rua Rio Grande do Norte,
onde atualmente funciona o SENAC. A partir de 20/08/1971 a Escola passou a funcionar em
seu prédio atual, com 12 salas de aula, área administrativa, quadra de esportes e demais
instalações. Localizado na Rua Sylvio Vidal, n º 1680 – Jardim São Cristóvão.
Através do Decreto 2.997 de 03.03.1977 a Escola recebeu a denominação ESCOLA
LEONEL FRANCA – ENSINO DE 1º GRAU. A Escola recebeu este nome em homenagem
ao sacerdote Jesuíta, LEONEL EDGAR DA SILVEIRA FRANCA (1893-1948) que nasceu
em São Gabriel, Rio Grande do Sul. Entrou na Companhia de Jesus em 1908, doutorando-se
em filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, em 1924. Ordenado em 1923,
exerceu vários cargos de importância, como o de vice-reitor do Colégio Santo Inácio no Rio
de Janeiro, em 1933. Teólogo consultor dos bispos brasileiros durante o Concílio Plenário de
1940, fundou em 1940 a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, de que foi o
primeiro reitor.
Obras principais:
Noções de História da Filosofia
A Igreja
A Reforma e a Civilização
O Divórcio
Catolicismo e Protestantismo
A Psicologia da Fé
A crise do Mundo Moderno
Traduziu o Livro dos Salmos.
Através da Resolução nº 1.647/83 de 19.05.1983 passa a ser denominada ESCOLA
ESTADUAL LEONEL FRANCA ENSINO DE 1º GRAU.
A partir de 1998, foi implantado o 2º Grau – através da Resolução 4202/97 de
11.12.1997 passando a denominação de COLÉGIO ESTADUAL LEONEL FRANCA –
6
ENSINO DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU. Através da Resolução 3120/98 em
31.08.1998 obteve a sua atual denominação de COLÉGIO ESTADUAL LEONEL FRANCA
– ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Portanto o Colégio já recebeu as seguintes denominações:
1958 - Unidade Escolar de 1º Grau
1974 - Escola de Aplicação
1975 - Escola de Aplicação de Paranavaí
1977 - Escola Leonel Franca - Ensino de 1º Grau
1983 - Escola Estadual Leonel Franca - Ensino de 1º Grau
1998 - Colégio Estadual Leonel Franca - Ensino Fundamental e Médio
Passaram pela Direção deste Estabelecimento de Ensino no decorrer de sua
existência, os seguintes Professores:
1963 - Professora Geni Aparecida Tempesti
1965 - Professora Maria Neide Soares
1969 - Professora Maria Therezinha Barbieri Canhetti
1971 - Professora Cléia Lúcia G. Eckert
1972 - Professora Luzia Bana
1977 - Professora Jandira Antun
1980 - Professora Salete Teixeira de Lima
1981 - Professora Jandira Antun
1983 - Professora Zeli do Carmo de Souza
1988 - Professora Aparecida Souza Guasti
1989 - Professora Zeli do Carmo de Souza
1994 - Professora Sumika Yamakawa Toyokawa
1998 - Professor João Batista da Fonseca Junior
2010 - Professor Robson Pacheco
2011 - Pedagoga Daniele Trivisan
2011 - Professor João Batista da Fonseca Junior
O professor Robson Pacheco, designado pela Resolução n° 3.887/10 e DOE
17.09.2010 e a pedagoga Daniele Trivisan, designada pela Resolução n° 1759/2011 e DOE
16/05/2011, exerceram a direção do colégio durante a licença do professor João Batista da
7
Fonseca Junior para participar do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE).
5 – CARACTERIZAÇÃO GERAL
5.1 – Caracterização do Atendimento
Atualmente o Colégio Leonel Franca – EFM funciona em três turnos, conta com 12
salas de aulas, com 17 turmas do ensino regular, totalizando 663 alunos matriculados.
Acrescenta-se a este atendimento 1 turma de CELEM/Espanhol, 2 turmas de sala de recursos
multifuncional tipo I, 3 turmas de sala de apoio e uma turma de atividades complementares
curriculares.
5.1.1 - Turno de Funcionamento – Horário
TURNOSHORÁRIOS
MANHÃ TARDE NOITE
1ª aula 7:30h / 8:20h 13:20h / 14:100h 19:00h / 19:50h2ª aula 8:20h / 9:10h 14:10h / 15:00h 19:50h / 20:35h3ª aula 9:10h / 10:00h 15:00h / 15:50h 20:35h / 21:20h4ª aula 10:10h / 11:00h 16:00h / 16:50h 21:30h / 22:20h5ª aula 11:00h / 11:50h 16:50h / 17:40h 22:20h/23:10h
5.1.2 - Horários de entrada e saída nos diferentes períodos
MANHÃ TARDE NOITEHorário de entrada 7:30 horas 13:20 horas 19:00 horasHorário de saída 11:50 horas 17:40 horas 23:10 horas
5.1.3– Horário das atividades em contra turno
Sala ApoioManhã
Sala ApoioTarde
Celem Basquetebol
Horário entrada 07:30 horas 13:20 horas 13:20 horas 13:20 horas
Horário Saída 11:00 horas 16:50 horas 16:50 horas 15:00 horas
8
5.1.4 - Distribuição de séries\anos e de turmas
TurmasPeríodos
6ºano
7 ºano
8 ºano
9ºano
1º E.M
2ºE.M.
3ºE.M.
Celem Sala Recursos
Mult.
Sala Apoio
*Programa A.C.C.C.
Matutino
2turmas
2 turmas
2 turmas
2 turmas
2 turmas
1 turmas
1 turmas
--- 1turma
1turma
---
Vespertino
1turma
1 turma
1 turma
1 turma
1 turma
--- --- 1 turma
1turma
2turmas
01turma
Noturno --- --- --- --- --- 1 turma
1 turma
--- --- --- ---
Total 3turmas
3turmas
3 turmas
3 turmas
3 turmas
2 turmas
2turmas
1 turma
2turma
3turmas
01turma
* Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
5.1.5 – Oferta de cursos/modalidades
O Colégio Estadual Leonel Franca, oferta o Ensino Fundamental (6° a 9° ano) e
Ensino Médio. De acordo com a LDB nº 9394/96 o Ensino Fundamental no Brasil tem por
objetivo a formação básica do cidadão mediante:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio
da leitura, da escrita e do cálculo;
II- A compreensão do ambiente natural e social do sistema político da tecnologia das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III-O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - "O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social".
O aluno do Ensino Médio deve aprender a inter-relacionar os conhecimentos obtidos
no Ensino Fundamental e os ampliar na medida de sua necessidade pessoal e social
possibilitando o prosseguimento de estudos, sabendo que a compreensão dos fundamentos
científicos e tecnológicos dos processos produtivos deverão estar relacionados com a prática
no ensino de cada disciplina.
O Colégio oferta Sala de Apoio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática
para alunos de 6° ano com defasagens de aprendizagem em conteúdos referentes aos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental e para alunos de 9° ano nas disciplinas de Língua Portuguesa
9
e Matemática com o intuito de melhorar o desempenho dos mesmos na Prova Brasil. A
instituição, dentro da perspectiva de uma educação inclusiva, dispõe de duas SRM tipo 1 que
oferecem atendimentos especializados a alunos que apresentam: DI – Deficiência Intelectual;
DFN – Deficiência Física Neuromotora, TGD -Transtornos Globais do Desenvolvimento e
TFE – Transtornos Funcionais Específicos, com a finalidade de proporcionar suporte da
educação especial ao ensino comum, contribuindo assim, para a efetivação da educação
inclusiva. A Educação Especial tem como finalidade assegurar educação de qualidade a todos
os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da Educação Básica,
oferecendo apoio e complementação, suplementação e/ou substituição dos serviços
educacionais regulares.
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno atende os
alunos na área de esporte na modalidade de basquetebol.
Há necessidade de que o aluno se preocupe com as transformações à sua volta, o seu
aprimoramento como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico, sendo responsável em encarar os desafios do
seu grupo familiar e social.
O estabelecimento de ensino oferece a Educação Básica com base nos seguintes
princípios das Constituições Federal e Estadual:
I. Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada qualquer forma de
discriminação e segregação;
II. Gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza
vinculadas à matrícula, no entanto pode receber como contribuição social voluntária, através
da APMF, o valor máximo de 10% do salário mínimo vigente por família;
III. Garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante:
I. O desenvolvimento da cognição, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo;
II. A compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das relações
socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios em que se
fundamentam as sociedades;
III. O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que se assenta
10
a vida social;
IV. A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os contextos
nacionais /global;
V. O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de ideologia e
de condição socioeconômica.
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos,
tem como finalidade:
I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,
possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em que vive
em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua transformação;
III. O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética, autonomia
intelectual e pensamento crítico;
IV. A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões
filosóficas, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes disciplinas.
Ao final do Ensino Médio, o aluno deve demonstrar:
I. Domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico da
sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da mesma;
II. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III. Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos processos
de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos processos de
mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das formas de exclusão;
IV. Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência,
reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem e mundo.
5.1.6 – Matriz Curricular
NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00080 – COLÉGIO ESTADUAL LEONEL FRANCA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENDEREÇO: RUA DR. SYLVIO VIDAL COELHO LEITE RIBEIRO, 1680.
TELEFONE:44-3423-3517
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano
11
TURNO: Manhã e Tarde MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 4 4
Educação Física 3 3 2 2
Ensino Religioso * 1 1 - -
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFICA
DA
L.E.M. – INGLÊS2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2 Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.** o idioma será definido pelo estabelecimento de ensino
NRE: 22 – PARANAVAI MUNICIPIO: 1860 – PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00080 – LEONEL FRANCA, C. E. - E FUND MÉDIOENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIES 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTE 2 - -
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FISÍCA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 2 4 4
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 23 23 23
P D L.E.M.-INGLÊS 2 2 2
* L.E.M - ESPANHOL
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
Observações:Matriz Curricular de Acordo com a LDB nº 9394/96
• Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM
12
NRE: 22 – PARANAVAI MUNICIPIO: 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00080 – LEONEL FRANCA, C. E. - E FUND MÉDIOENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIES 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTE - - -
BIOLOGIA - 2 2
EDUCAÇÃO FISÍCA - 2 2
FILOSOFIA - 2 2
FÍSICA - 2 2
GEOGRAFIA - 2 2
HISTÓRIA - 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA - 4 4
MATEMÁTICA - 3 3
QUIMICA - 2 2
SOCIOLOGIA - 2 2
SUB-TOTAL - 23 23
P D L.E.M.-INGLÊS - 2 2
SUB-TOTAL - 2 2
TOTAL GERAL - 25 25
Nota: matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
* o idioma será definido pelo estabelecimento de ensino
obs.: serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas, de 45 minutos.
5.1.7 – CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
Foi introduzido na Escola Pública a partir de 1979 (Um mil novecentos e setenta e
nove) para que o aluno tivesse uma complementação e uma oportunidade de aprender além do
Português e Inglês já adotado no currículo, a Língua Espanhola, Francesa, Italiana, Alemã,
Ucraniana e o Japonês.
No município de Paranavaí, o CELEM funcionava somente no Colégio Estadual de
Paranavaí, devido ao espaço físico e a contingência de alunos, a partir de 1994 (Um mil
novecentos e noventa e quatro), foi abrangida também ao Colégio Sílvio Vidal, Colégio Enira
M. Ribeiro e se estendendo ao Colégio Estadual, e ao Colégio Leonel Franca, que passou a
oferecer a partir de 1996 (Um mil novecentos e noventa e seis) no período noturno turmas do
2º ano de Espanhol e 2 º ano de Francês e o 2º ano Japonês, dando oportunidade de vagas
13
neste período a comunidade. Por onde funcionou normalmente durante 4 (quatro anos)
anos.
No ano de 2.000 ( dois Mil), através do ofício circular N.º 20/00 – CELEM- da
Secretaria de Estado da Educação, deixamos de ofertar 30% das vagas do CELEM à
comunidade, restando apenas vagas para os alunos concluintes do Ensino Médio e professores
da Rede Estadual de Ensino.
A partir de 2004, por nova determinação da Secretaria da Educação Estadual, sala com
30 alunos. 80% das vagas são para estudantes da rede pública de ensino e 20% para pessoas
da comunidade. Atualmente o Colégio oferece o Curso de Espanhol funcionando com duas
turmas.
5.2 – CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, MATERIAL E DE RECURSOS HUMANOS.
5.2.1 – Caracterização Física –
a) – Ambientes Pedagógicos:
- 12 salas de aula;
- 01 sala de laboratório de Ciências
- 01 sala de laboratório de informática
- 01 biblioteca
- 01 sala para professores
- 01 sala destinada à hora-atividade
- 01 sala de Recursos e Multifuncional Tipo 1
- 01 sala de Apoio pedagógico e atendimento pela equipe pedagógica
- 02 quadras de esporte, sendo uma coberta;
- 01 espaço para rádio escolar
b) – Ambientes Administrativos:
- 02 salas de secretarias
- 01 sala de direção
- 01 sala de direção auxiliar
14
- 03 pequenos almoxarifados
c) Complexo higiênico sanitário:
- 01 banheiro masculino para docentes e funcionários;
- 01 banheiro feminino para docentes e funcionarias;
- 02 banheiros masculinos para discentes;
- 02 banheiros femininos para discentes;
d) Outros:
- refeitório e cozinha;
- pátio coberto;
- estacionamento;
- bebedouro com várias torneiras;
- infra-estrutura de acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais: parcial.
5.2.2 - Caracterização Material -
- Acervo da biblioteca
Obras em Geral – 4.914
Coleções- Enciclopédias – 05
Livros 6º à 9º = 1.935 unidades
Livros Ensino Médio – 1.472 unidades
Geral
- 26 Computadores;
- Carteiras e cadeiras para discentes;
- Armários;
- 12 TV pendrive;
- 01 data Show;
- 01 rádio;
- 01 balança.
Os materiais didáticos e pedagógicos disponíveis neste estabelecimento de ensino têm
15
listagem específica por área, e permanece à disposição da comunidade escolar para consulta
da mesma, facilitando o conhecimento da existência destes materiais.
A importância de todo esse material é o cunho pedagógico, pois ele ajuda o professor
no desenvolvimento da atividade preparada, que deve ter o objetivo de contribuir para o
ensino e a aprendizagem. Visto que, toda aprendizagem decorre de um processo de
internalização de sinais e que devem ser processados pelos indivíduos, no entanto,
percebemos que a utilização de materiais didáticos facilita de forma agradável o
desenvolvimento educacional, possuindo a função de mediação, de forma que facilite a
construção dos conhecimentos escolares.
5.2.3 - Caracterização de Recursos Humanos
O Colégio Estadual Leonel Franca, tem em seu quadro de pessoal:
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
1 Diretor QPM
1 Diretor auxiliar QPM
3 Pedagogos QPM
2 Professores readaptados QPM
5 Agente Educacional II QFEB
1 Agente Educacional II QPPE
8 Agente Educacional I QFEB
28 Professores QPM
7 Professores PSS
7 Professores SCO2
FORMAÇÃO ACADÊMICA
1 Diretor Pós-graduação - PDE
1 Diretor auxiliar Pós-graduação - PDE
2 pedagogos Pós-graduação
1 Pedagogo Mestrado - PDE
1 Professor readaptado Pós-graduação - PDE
1 Professor readaptado Pós-graduação
6 Agente Educacional II Pós-graduação
16
7 Agente Educacional I Ensino Médio
1 Agente Educacional I Superior completo
37 Professores Pós-graduação
4 Professores Pós-graduação - PDE
1 Professor Superior completo
6 – CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual Leonel Franca – Ensino Fundamental e Médio situa-se na região
Noroeste em relação ao mapa da cidade e a estimativa populacional da comunidade de
aproximadamente 16.965 habitantes abrangendo um pequeno setor do centro da cidade e os
seguintes jardins que são predominantemente residenciais e situam-se na periferia da cidade:
Jardim São Cristóvão
Jardim Maringá I
Jardim Maringá II
Jardim Maringá III
Jardim Araripe
Jardim Campo Grande
Jardim Iara
Jardim Ingá
Jardim Nossa Senhora de Fátima
Jardim Novo Horizonte
Jardim Ouro Verde
Jardim Prudêncio
Jardim Prudente
Jardim Santa Cecília
Jardim São Felício
Jardim São João
Jardim Vera Cruz
Jardim Santa Lúcia
Jardim São Luiz
Vila City
17
Residencial Delta Ville
Houve um grande crescimento populacional nesta área nos últimos anos, devido
principalmente ao êxodo rural. Mas a área apresenta uma razoável infra-estrutura de
saneamento básico, ruas asfaltadas e luz elétrica.
A questão do meio ambiente também está sendo considerada importante porque muito
se tem feito para acabar com a erosão existente devido principalmente às características do
Arenito do Caiuá.
Nas proximidades do Colégio existe o rio Pavãozinho onde os alunos já
desenvolveram projetos na área de geografia para reflorestamento das matas ciliares.
Uma importante via de acesso à comunidade é a avenida perimetral, chamada Avenida
Tancredo Neves, que contorna a cidade.
A clientela escolar é diversificada, frequentando alunos da zona rural, de vários bairros
da periferia e do centro da cidade, propiciando uma significativa diversificação na questão
econômica e educacional, refletindo no processo de aprendizagem.
As crianças e os jovens cada vez mais, apresentam problemas na formação básica,
desinteresse pela aprendizagem, como também, falta de valores e princípios necessários para
uma convivência social.
Apresentam atitudes de desrespeito aos professores e colegas, agressividade e falta de
limites que interferem e prejudicam o processo e comprometem o nível de aprendizagem dos
alunos.
Em relação ao aluno que temos e o aluno que queremos assim se expressavam os
profissionais da educação nos estudos sobre a construção do Projeto Político Pedagógico:
Temos alunos egressos de uma sociedade onde as famílias estão desestruturadas,
desvalorizadas. Esse fato é resultado da necessidade dos pais se ausentarem para o trabalho
que nem sempre supre com seus vencimentos às necessidades básicas de sobrevivência.
Assim, na busca pelos meios econômicos de sustentação, são deixados em segundo
plano os aspectos: educativo familiar; os cuidados básicos com a saúde e a alimentação.
Esse quadro resulta num aluno desmotivado, arredio, desinteressado, sem objetivo de
vida e sem perspectiva de futuro, ou seja, ele é fruto de uma gama de situações emaranhadas
que não permitem que ele se veja como cidadão integrante do seu tempo e espaço.
Queremos uma pessoa valorizada, com autoestima elevada, seguro e identificado com
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seu tempo e espaço. Ele precisa receber apoio das políticas sociais, educacionais e
econômicas para crescer e construir sua cidadania ativa e transformadora. Assim, teremos
alunos participativos, conscientes, interessados, com disciplina individual e coletiva. Com
atitudes de respeito e conservação pessoal e ambiental.
Apoio Comunitário é importante para auxiliar a tarefa da escola e está representado
pelas entidades:
-Associação de Pais e Mestres e Funcionários;
- Conselho Escolar;
- UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí
- SANEPAR
- Posto de Saúde (Jardim Maringá)
- Fundação Cultural;
- UNIPAR - Universidade Paranaense
- SESC– Serviço Social do Comércio
- SENAC – Serviço Nacional do Comércio;
- SESI – Serviço Social da Indústria;
- CAPS - Centro de Assistência e Promoção Social;
- CAPS INFANTIL – Centro de Atendimento Psicosocial Infanto juvenil;
- AGEPAZ - Programa Municipal de Apoio, Orientação e Promoção da Família;
- Comunidade Católica Emanuel
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF é um órgão de representação
de pais, professores e funcionários da escola cujo objetivo é discutir e analisar problemas
relativos ao funcionamento da escola e propor soluções em consonância com a proposta
pedagógica.
O Conselho Escolar é constituído pelo diretor, representantes da equipe pedagógica,
da equipe administrativa, dos professores dos pais de alunos e dos alunos, funcionários de
serviços gerais e de movimentos organizados da comunidade. Este órgão colegiado apoia a
comunidade escolar na elaboração, deliberação, acompanhamento, avaliação do
planejamento do funcionamento da unidade escolar, acompanhando a efetivação do Projeto
Político Pedagógico.
A UNESPAR e UNIPAR instituições de ensino superior que desenvolvem neste
colégio projetos em diversas áreas de ensino, através de estágios e palestras.
19
A Fundação Cultural de Paranavaí dá oportunidade aos alunos de apreciar peças
teatrais e apresentações musicais.
A SANEPAR desenvolve projeto de conservação da água e meio ambiente.
Posto de saúde trabalha na prevenção ao uso de drogas, fumo, álcool e outros
problemas de saúde da comunidade.
O Serviço Social do Comércio (SESC), e o SENAC – Serviço Nacional do Comércio,
através de Programas de Comprometimento e Gratuidade em Educação, desenvolvem em
contra-turno e direcionado ao ensino fundamental e médio, projetos como: “A Matemática e
o Desenvolvimento Socioeconômico”, com os objetivos de revisar conteúdos de matemática
básica, determinar a aplicabilidade dos conteúdos de matemática, trabalhar a memória dos
alunos, motivar os educandos para a prática da pesquisa e orientá-los a estarem atentos às
novas tecnologias. Em relação as atividades sistemáticas desenvolvidas estão incluídos o
letramento e raciocínio lógico, complementados pelas atividades não sistemáticas através de
atendimento aos demais alunos da escola com oferta de oficinas e ateliês, atendimento a
comunidade escolar com cursos de valorização social e formação continuada.
O SENAC desenvolve temática de oratória, comunicação escrita e informação
profissional de forma complementar ao atendimento das mesmas turmas do SESC.
O Serviço Social da Indústria (SESI) desenvolve o projeto “Junior Achievement”
direcionado ao ensino fundamental e médio trabalhando questões como: empreendedorismo,
economia doméstica, ética e as vantagens de permanecer na escola.
CAPS (Centro de Assistência e Promoção Social), através das suas unidades de
atendimento oferece aos usuários cuidados sociais e atendimento psicológico acompanhados
por uma equipe multidisciplinar.
O Centro de Atendimento Psicossocial Infanto-juvenil (CAPS infantil), é um serviço
destinado ao atendimento diário para a infância comprometida com algum grau psíquico, ou
seja, recebe crianças portadoras de distúrbios.
AGEPAZ (Programa Municipal de Apoio, Orientação e Promoção da Família) cuja
finalidade é apoiar e orientar gestantes, crianças, adolescentes e famílias com atendimento
psicológico, terapia comunitária, terapias alternativas, assessoria técnica a órgãos públicos e
privados e desenvolvimento de projetos que tenham como principal foco de ação o
crescimento humano.
Comunidade Católica Emanuel, através da pastoral familiar proporciona o
20
envolvimento da comunidade através da evangelização, trabalhando com as famílias e os
jovens promovendo palestras e encontros relacionados a prevenção e a reabilitação de
dependentes químicos envolvendo a troca de experiências que enriquece a todos e
favorecendo as futuras famílias.
A vinculação da escola com a comunidade é condição para que a atuação da mesma
possa ter o sentido da realidade social.
Os órgãos públicos, municipais e estaduais que atendem a comunidade e se localizam
nas proximidades do Colégio são:
Conselho Tutelar;
Patrulha Escolar;
Pastoral da Criança (mantida por entidade religiosa)
Posto de Saúde Maringá I
Creche Nossa senhora do Carmo
Centro Comunitário Santa Cecília
Estádio Municipal Waldomiro Wagner
Escola Municipal Jayme Canet - Ensino Infantil e Fundamental
Escola Municipal Ilda Campano Santini
Escola Municipal Cecília Meireles
O Colégio Leonel Franca beneficia a comunidade, atendendo os propósitos educativos
a disponibilização do prédio para o funcionamento da extensão do CELEM e também para o
desenvolvimento de projetos e estágios dos alunos da Faculdade Estadual de Educação
Ciências e Letras de Paranavaí. Na área da saúde, promove palestras, com o intuito de
prevenção a doenças, inclusive as sexualmente transmissíveis e prevenção da gravidez na
adolescência.
III – DIAGNÓSTICO
Partindo do pressuposto de que a educação só pode ser compreendida em
determinado contexto histórico, se torna evidente a atenção aos novos rumos a serem
perseguidos daqui em diante, considerada a especificidade das mudanças ocorridas.
A ênfase na ciência e na tecnologia, tem transformado rapidamente os usos e costumes
21
dos habitantes de todo globo terrestre. Os transportes ultrarrápidos, a automação, a
comunicação eletrônica se expande, aproximando os povos e alternando a maneira de pensar
e agir.
No atual contexto, a realidade brasileira não é diferente. Mais do que nunca, são
exigidas uma participação intensa e efetiva, transparência de posicionamento e explicitações
dos objetivos dos rumos a serem seguidos. No campo educacional. é grande a valorização
dos estudos pedagógicos.
Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza bio - física. Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tomem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo. (SAVIANI, 2005, p.21).
Nas últimas décadas, em vários estados brasileiros educadores tentam implantar
projetos inovadores. Acrescentem aos núcleos de estudos e pesquisas, fecundando uma
geração de educadores capazes inclusive de elaborar teorias adequadas à realidade brasileira.
[...] o objetivo central da educação é precisamente a atualização histórica do homem. Este, como ser ético, provido de vontades, se firma como ser histórico precisamente por sua condição de sujeito, de autor, condição esta que não pode ser negada sem que se negue sua própria condição humano-histórica.( Paro. V. H. Reprovação Escolar: Renúncia à Educação, 2001, pág. 36. )
É necessário que a sociedade se conscientize da importância de sua participação nos
destinos do país e na busca de soluções. Só membro de uma sociedade organizada, crítica e
participativa, podem cobrar interesses comunitários e de si próprio. É preciso vontade
política de mudança, a iniciativa. o interesse, o incentivo, a união, a mobilização e,
principalmente, a consciência de que a omissão é o pior caminho.
No Brasil, para termos uma sociedade mais justa, devemos solucionar problemas
sociais graves como os da saúde pública, a má distribuição de renda, a miséria, o
22
analfabetismo e o analfabetismo funcional.
Instrumentos de mudanças para esta situação são imprescindíveis: o acesso e a
permanência na educação, a valorização do povo e principalmente, o interesse dos políticos e
dos administradores públicos para a solução dessas questões básicas da sociedade, com ética
e empenho coletivo como representantes da sociedade.
Diante dessa realidade, nosso jovem manifesta grande inquietação com seu futuro,
frente às perspectivas e desafios que se apresentam, fazendo com que busquem cada vez mais
cedo, conhecimentos e informações necessários à formação para o exercício de sua cidadania.
Constatamos, também, o despertar de uma consciência cidadã com relação ao meio
ambiente como forma de preconizar condições saudáveis a todos os seres, assim como a
conservação dos recursos naturais essenciais para a sobrevivência dos seres.
Atualmente, no Estado do Paraná, a área educacional tem tido significativo avanço e
implemento na rede de ensino, disponibilizando tecnologia através do portal dia-a-dia
Educação que oferece aos professores, alunos e comunidade, conteúdos diferenciados e
várias ferramentas de pesquisa, a TV Multimídia, TV Paulo Freire, plataforma de trabalho
para os professores.
A formação continuada, é outro item que tem merecido atenção especial para todos os
segmentos do sistema educacional, possibilitando, um suporte pedagógico para que os
profissionais da educação encontrem soluções significativas para avanços tecnológicas, para
a inclusão do cidadão, se comprometendo com a luta pela transformação social, buscando
continuamente estratégias que ressaltem o cotidiano dos alunos e a partir da realidade
constatada, construir os saberes escolares que são necessários para a formação do homem, do
cidadão.
O aparelhamento da escola para este fim e a extensão da tecnologia, que hoje conta
com vinte computadores do Paraná digital e com a projeção da chegada de mais dezoito
computadores do Proinfo (MEC) para uso dos docentes e discentes supre as necessidades dos
mesmos de acesso a estas inovações através da utilização dos equipamentos do laboratório
de informática e laboratório de ciências durante as aulas e também em contraturno para
realizar as pesquisas escolares necessárias, incluindo a oportunidade que alguns alunos têm
de uma formação específica na informática através do projeto “Aluno integrado”
desenvolvido pelo CRTE do Núcleo Regional de Educação.
As instalações dos laboratórios de informática e laboratório de ciências foram
23
adaptadas para tal fim, necessitando de melhores condições para o seu uso com maior
qualidade. O laboratório de ciências, principalmente, não acomoda todos os educandos de
uma sala (turma) por ser um espaço pequeno, os materiais disponíveis acabam ficando sem
acomodações próprias.
O acesso ao Ensino Fundamental e Médio não é mais desafio para o Estado do Paraná,
já que foi praticamente universalizado. A prioridade agora deve ser a qualidade de ensino,
como também garantir a permanência e a progressão na escola.
Para garantir a permanência e a progressão do educando no sistema de ensino, a
SEED oferta um dos principais dispositivos para este fim que é a política de atendimento aos
educandos com necessidades educacionais especiais.
De acordo com os dados do Departamento de Educação Especial da SEED a rede de
apoio à inclusão e a oferta de serviços de apoio especializado na rede regular de ensino é
significativo visto que o atendimento chega quase à totalidade dos municípios paranaenses.
Como resultado desse processo baseado nos fundamentos de igualdade, oportunidade,
inclusão responsável e respeito às diferenças individuais, o Colégio Estadual Leonel Franca,
oferece atendimentos especializados de natureza pedagógica que apoia e complementa o
atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino Fundamental Séries
Finais, em sala equipada, em espaço físico adequado, Recursos humanos, pedagógicos e
tecnológicos adequados através da Sala de Recursos Multifuncional tipo 1, resgatando o
direito à educação, levando em conta o ritmo de aprendizagem decorrente de Deficiência
Intelectual/ Transtornos Funcionais Específicos e/ou Transtornos Globais do
Desenvolvimento, bem como atrasos acadêmicos significativos, garantindo condições
indispensáveis para que além da permanência na escola e aprendizagem possam se
socializar, melhorar seu autoconceito e autoestima,l sentindo-se naturalmente incluído no
ambiente escolar na busca de seu desempenho acadêmico como direito de todos.
Há necessidade, porém, de profissionais (neuropediatra, pediatra, neurologista,
psicólogos e psicopedagoga, fonoaudióloga) que possam regularizar o ingresso dos alunos
que necessitam de Apoio Especializado.
No momento, o Colégio segue as orientações do DEEM realizando anamnese,
relatórios pedagógicos, psicológicos, psicopedagógicos e neurológicos com parcerias das
redes de apoio – AGEPAZ, CAPS e principalmente particular, trazendo ônus para as
famílias que não conseguem atendimento específico pelo SUS.
24
É necessário que o Estado se responsabilize financeiramente pelos diagnósticos
necessários, pois não existe uma política pública específica para que identifique: (DI)
Deficiência Intelectual, (TDAH) Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, (TOCS)
Transtorno Obsessivo Compulsivo, Psicoses intelectuais (PI), Transtornos Globais do
desenvolvimento (TGD), e altas habilidades (AH).
No ato da matrícula é realizada uma triagem para que o aluno já avaliado nos anos
iniciais do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino seja encaminhado para o
atendimento específico a sua necessidade.
Os professores da Sala de Recursos Multifuncional, elaboram planejamento individual
dos seus alunos, relatórios semestrais, mantém contato com os professores do Ensino
Regular, observam seus alunos em todo contexto escolar, realizam as avaliações que
regulamentam ao ingresso dos alunos nas Salas de Recursos e participam do Conselho de
classe orientando e subsidiando os professores das diferentes disciplinas sobre
encaminhamentos metodológicos e avaliações diferenciadas como também a construção das
adaptações curriculares necessárias que norteiam todo trabalho educacional especializado.
No entanto, a escola encontra dificuldade no que se refere ao atendimento psicológico,
neurológico e psiquiátrico. É necessário que a entidade mantenedora providencie
profissionais competentes que não façam apenas avaliações, mas também, acompanhem os
alunos em casos de violência, conflitos familiares, drogadição, bullying e outros aspectos
que interferem na aprendizagem, como também, acompanhamento aos educadores.
As salas de apoio para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, direcionadas
a alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e 9° ano com defasagens de aprendizagem de
conteúdos referentes aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental contribui para o processo
ensino e aprendizagem com metodologias adequadas e materiais didático-pedagógico
visando as necessidades de aprendizagem , em contra-turno, possibilita a superação das
dificuldades apresentadas pelos mesmos nas diversas disciplinas. No entanto, tal
atendimento deveria ser estendido para todos os anos da educação básica.
Os alunos impedidos de frequentar as aulas, por motivo de saúde, de acordo com
normatização do SAREH recebem atendimento domiciliar, hospitalar por um profissional
especializado e/ou através de tarefas domiciliares de forma a dar continuidade aos seus
estudos, contando sempre com a participação e colaboração dos responsáveis.
Ainda em relação à inclusão há no Colégio barreiras arquitetônicas que dificultam a
25
acessibilidade em suas dependências que impossibilitem a circulação dos alunos que
necessitam de ambiente adaptado.
Acreditar no processo de inclusão é viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas
de permanência do educando na escola, respeitando seu ritmo de aprendizagem e elevando
sua autoestima, reconhecer que somos diferentes, mas que devemos ter as mesmas
oportunidades de acesso a uma vida melhor.
A prática pedagógica teve um grande avanço através da construção das Diretrizes
Curriculares Orientadoras da Educação Básica de todas as disciplinas com o envolvimento
de todos os professores em eventos propostos pela Secretaria do Estado da Educação
contribuindo com argumentações fundamentadas na prática de ensino com leituras teóricas e
criticas, focando os aspectos fundamentais do trabalho educativo.
Hoje os professores têm acesso às diretrizes de suas disciplinas no portal do diaadia
educação, mesmo que a formação específica do professor seja limitada ele tem como partida
para organização da Proposta Pedagógica e do Plano de Ação Docente a fundamentação
necessária em relação aos fundamentos teóricos e dimensões do conhecimento, dimensões
históricas da disciplina, fundamentos teórico-metodológicos, conteúdos estruturantes e
básicos, encaminhamentos metodológicos e avaliativos que propiciam ao professor um
suporte inegável de contribuição para o desenvolvimento de seu trabalho e fortalecer a
função da escola pública que é ensinar e dar acesso ao conhecimento para todos.
O atendimento à formação continuada representa um grande avanço nos últimos
tempos através das semanas pedagógicas no início de cada semestre. A formação em ação,
relacionado às diversas disciplinas, cursos específicos presenciais e on-line, grupos de estudo
em rede relacionados ao PDE (Programa de Desenvolvimento da Educação), proposto pela
SEED, Jornada Pedagógica, os cursos on-line, enfim, amplas oportunidades são oferecidas
aos profissionais da educação para a reflexão sistematizada sobre a especificidade do
trabalho educativo.
Outro avanço significativo para a formação continuada é o envolvimento dos agentes
educacionais I e II nas capacitações, agora especificamente profissionais da educação, parte
integrante do processo educativo, cujo papel está explícito na Lei complementar n° 123/2008
fazendo com que o trabalho escolar tenha uma unidade de ação, reconhecendo os
funcionários como educadores.
Quanto à qualificação dos mesmos é necessária a oferta de cursos específicos para a
26
área ou setor de atividade como também garantia às definições específicas de cada
denominação de cargos, num processo de valorização permanente.
Em relação aos índices de aproveitamento escolar o Colégio Estadual Leonel Franca
apresentou no último IDEB o índice de 4,8 superando a meta estabelecida para o ano de
2011, que, seria de 4,6. No Município de Paranavaí, o Colégio obteve o segundo maior
índice de aproveitamento comparando com o primeiro lugar que apresentou a média 5,0
O resultado positivo também pode ser comparado com o índice médio do Município
(4,3), do estado (4,1) e nacionalmente (3,8) como mostram a tabela e os gráficos a seguir:
Escola: C.E. Leonel Franca Município: Paranavaí
Resultados da Rede Estadual – Anos Finais do Ensino Fundamental
Taxa de Aprovação
Prova Brasil/SAEBIDEB Meta do IDEB
Nível Matemática Língua Portuguesa
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2007 2009 2011
Brasil 76,3 78,7 80,5 232,87 241,63 242,86 226,60 229,96 239,73 3,3 3,6 3,8 3,3 3,5 3,8
Paraná 75,7 82,3 82,6 238,13 252,13 250,74 223,11 235,72 246,23 3,3 4,0 4,1 3,3 3,5 3,8
Município
78,2 83,7 86,3 247,50 244,97 247,95 227,30 229,44 249,16 3,6 3,8 4,3 3,6 3,8 4,0
Escola 91,1 90,1 93,9 244,08 246,14 252,57 227,26 233,16 254,43 4,1 4,2 4,8 4,1 4,3 4,6
Disponível em: http://portalideb.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6&Itemid=6
Disponível em: http://portalideb.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6&Itemid=6
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Na composição do IDEB da escola são utilizados os indicadores taxa de aprovação e as médias de desempenho na Prova Brasil em Língua Portuguesa e em Matemática.
A partir da análise dos resultados:− como a escola se situa ao comparar seus resultados com os do Município, do Estado e do País?− a escola atingiu a sua meta do IDEB para 2009?− o que pode ser observado quanto ao crescimento/ estabilidade/ queda do IDEB, da taxa de aprovação
e das médias de desempenho na Prova Brasil?− é possível identificar quais indicadores foram responsáveis pelo aumento/queda do IDEB?− Considerando as ações da escola para a melhoria do processo ensino-aprendizagem ao longo desses
anos, esses resultados foram coerentes com o proposto?− Que intervenções pedagógicas podem ser impulsionadas, tendo em vista o PPP da escola?− Quais as ações previstas e seu cronograma de execução?
Disponível em: http://portalideb.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6&Itemid=6
Assim, como índice do IDEB, o colégio apresentou na Prova Brasil uma variável
maior que os índices das médias municipais, estadual e nacional em ambas disciplinas
avaliadas, língua portuguesa e matemática.
Mesmo com tal satisfação de um progresso substancial em relação aos anos anteriores,
os profissionais da educação do colégio têm a preocupação em se equiparar aos índices dos
países em grande desenvolvimento, proporcionando cada vez mais a qualidade no processo
de ensino-aprendizagem, desafio para os próximos anos, e também um compromisso que
aumenta a responsabilidade da comunidade escolar para o aproveitamento de todos os
recursos didáticos disponíveis, melhorando a metodologia utilizada para o ensino como
também o relacionamento professor/aluno.
Fatores como o comprometimento de professores, equipe pedagógica, direção, agentes
educacionais, pais e comunidade escolar em um trabalho coletivo, são responsáveis por este
processo. O envolvimento em reuniões pedagógicas, capacitações, a utilização de materiais
tecnológicos e pedagógicos ofertados pelo governo do Estado, projetos em contra turno
28
escolar, Salas de Apoio à Aprendizagem, de Recursos Multifuncional, foram indispensáveis
para o desenvolvimento favorável do IDEB neste estabelecimento de ensino e também
contribuiu para que o índice de evasão escolar tenha diminuído significativamente nestes
últimos anos, como demonstra o gráfico a abaixo:
Alunos concluintes
Aprovação%
Reprovação %
Evasão %
2008 554 93,3 3,9 2,7
2009 559 92,6 7,1 0,3
2010 570 96,8 2,9 0,1
2011 553 90,7 10,1 0
Outras ações que vêm sendo realizadas que são suportes para a melhoria do processo
ensino aprendizagem e são indicadores responsáveis por este progresso: o Programa FICA
que monitora e acompanha os alunos faltosos para evitar a evasão e a repetência, o Programa
de Atividades complementares em contraturno, Programa Agrinho, a Olimpíada de
Matemática e Língua Portuguesa, a valorização da hora-atividade como momento propício
de integração com os professores, envolvimento das redes de apoio como CAPS, AGEPAZ,
FAFIPA, Patrulha escolar, também agentes neste processo como um todo.
Também constituem intervenções imprescindíveis para o bom desempenho, o
desenvolvimento do senso crítico e a prática da cidadania, as ações como: a melhoria na
qualidade da merenda escolar; da biblioteca que fortalece o hábito da leitura através do
empréstimo de livros aos alunos; o laboratório de ciências e de informática; a abordagem
didático/metodológica e avaliativa visando recuperar o aluno na aprendizagem sempre com o
intuito de sanar as dificuldades; incentivo aos alunos para desenvolver suas habilidades
específicas, em determinadas áreas do conhecimento; a prática esportiva; a observação de
alunos com dificuldades de aprendizagem para encaminhamento específico e o processo de
comunicação com os responsáveis pelos mesmos e com os professores, trabalho realizado
constantemente pela equipe pedagógica.
A realização e o acompanhamento da hora atividade do professor, acontece através do
planejamento de ações da equipe pedagógica, constituindo um espaço destinado a planejar
ações conjuntas relacionadas aos aspectos da produção de materiais didáticos pedagógicos;
atendimento dos responsáveis pelo aluno quando necessário devido a questões disciplinares,
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esclarecimentos sobre o aproveitamento escolar, faltas constantes do aluno, pré-conselho e
outros direcionamentos necessários do dia a dia escolar. O colégio prioriza a hora atividade
por área, visando facilitar a interação entre os professores das várias séries, qualificando o
atendimento pedagógico.
A participação dos pais é positiva, exemplificando pelas reuniões trimestrais nas quais
há um comparecimento médio de 90% sendo uma representatividade satisfatória se
consideramos a indisponibilidade de tempo justificada pelos responsáveis, devido às
exigências do trabalho e das ocupações familiares, a maioria dos presentes são participativos
e demonstram ter clareza sobre a importância da educação, pois seus filhos geralmente
apresentam um bom desempenho escolar.
Em contrapartida, os responsáveis pelos alunos com maiores dificuldades em termos
disciplinares ou de aprendizagem, acabam não comparecendo a não ser que sejam
convocados pela equipe pedagógica ou direção individualmente, para tratar dos problemas
percebidos e muitas vezes transferindo para a escola o papel educativo e os deveres que cabe
à família, não se sensibilizando sobre a importância do apoio deles junto à instituição escolar
que visa promover uma sociedade voltada para a paz e para o gosto de aquisição do
conhecimento científico pois a escola realiza melhor a função quando pode ampliar e
aprofundar a educação já iniciada ela família.
Quando são programados encontros, palestras ou outras atividades de caráter
educativo, há uma média de no máximo 20% de comparecimento dos responsáveis,
caracterizando valorização da presença no colégio que prioriza o interesse sobre o
aproveitamento escolar do filho isoladamente em detrimento a ações compartilhadas de
formação, de momentos de reflexão, de discussão sobre as divergências, encaminhamentos
de soluções, enfim, de referenciais para a participação efetiva no sentido de se compreender
a verdadeira “função social” da escola, ou seja, a inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
Segundo Montandon e Perrenoud (1987), “de uma maneira ou de outra, onipresente
ou indireta, agradável ou ameaçadora, a escola faz parte da vida cotidiana de cada família”.
A relação família-escola é muito conflitante, porque apesar de ambas terem como objetivo central a educação de uma criança, os papeis e cada uma deve ser diferenciada durante este processo.A família, de maneira generalizada, delega algumas
30
obrigações da educação do filho à escola e ao professor, eximindo-se do seu papel fundamental de parceria da instituição de ensino na educação da criança. Os professores, frente a essa nova obrigação, se vêm forçados a responder pelo comportamento positivo ou negativo do aluno, além de se preocupar com o programa curricular, provas, exercícios, etc. (CECON,2001)
Em relação à gestão democrática, a ação prática desenvolvida pelas instâncias
colegiadas, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e APMF, viabilizam a construção, a
implementação, o desenvolvimento e o acompanhamento de projetos coletivos que
transformam qualitativamente o ambiente escolar e o processo ensino-aprendizagem.
No colégio, falta instituir o grêmio estudantil devido a dificuldades de ideias
consonantes da comunidade escolar sobre esta instância colegiada. Constantemente são
realizadas reuniões com os integrantes do conselho Escolar e a APMF para esclarecer
dúvidas, tomar decisões relacionadas ao ambiente físico, aplicação de recursos, prática
pedagógica, participação e aprovação do Calendário Escolar, Projeto Político-Pedagógico,
Proposta Pedagógica Curricular, Regimento Escolar e outros.
A gestão democrática é exercida propiciando a divisão de responsabilidades pela
participação dos integrantes da escola, bem como pelos da comunidade representados
também pelas instâncias colegiadas.
A atuação de representantes de turmas e do professor conselheiro, colabora para que a
direção, equipe pedagógica e professores possam conhecer melhor os problemas e anseios
dos estudantes. Destacamos ainda, o regime de colaboração entre a escola, associações,
faculdades e estagiários que valorizam o trabalho de gestão democrática objetivando
conquistar a igualdade e a liberdade como condição para atingir a verdadeira autonomia do
trabalho educativo.
Dar a público o trabalho da escola:
Há intenção de tomar visível o trabalho escolar não só no âmbito da escola, mas,
também fora dela, tomando público o produto do seu trabalho a escola realimenta a sua
própria forma de produção.
Ao invés da artificialidade das tarefas escolares. o que se passa a ter é uma atividade
dirigida a alguém, dirigida ao outro para que seja vista, apreciada e lida.
Quando se tem um interlocutor garantido para um trabalho escolar, este passa a ter
finalidade, pois está concretamente dirigido a um público real e não apenas a um professor
31
para que o avalie a seu modo. As atividades escolares dirigidas ao público, à comunidade é o
resultado de uma escola produtiva e democrática.
Há a preocupação de se trabalhar com valores: saúde, lazer, alegria, convivência
fraterna, respeito mútuo, solidariedade e a busca de identidade junto à comunidade que a
escola se situa, falar dos alunos a seus pais, às outras instituições, à sociedade e, ao mesmo
tempo, que eles nos falem. E assim que a gestão escolar contribuirá para uma sociedade
cidadã.
O programa de Atividades Curriculares de Contraturno atende a modalidade de esporte
através da atividade de basquetebol. O campo do esporte é o preferido pelos estudantes
porque, além do lazer, promove a integração entre os mesmos constituindo uma atividade
dinâmica realizada fora da sala de aula que resgata a autoestima, desenvolve a confiança e a
valorização pessoal.
A organização de tempo e do espaço escolar é a realizado de acordo com os projetos
desenvolvidos no colégio, número de turmas e turnos. A equipe pedagógica, analisa os
planejamentos e encaminhamentos feitos por cada professor e assim organiza os horários e
os espaços adequados para:
Troca de livros e pesquisa na biblioteca;
Uso das quadras de esporte;
Aulas do CELEM;
Aulas da Sala de Recursos;
Aulas da Sala de Apoio;
Horário de reposição de aulas por parte dos professores;
Horário para o uso dos laboratórios de informática e ciências;
Treinos de atividades esportivas;
Hora atividade do professor;
Desenvolvimento das atividades complementares em contraturno entre outros;
O critério de organização das turmas do Colégio acontece prioritariamente no ato da
matrícula, procurando garantir a escolha da família pelo turno que lhe seja mais apropriado de
acordo com o trabalho dos mesmos, da organização doméstica e do acompanhamento da
aprendizagem do(a) filho (as). No mesmo turno se organiza as turmas, considerando em qual
o aluno possa ter melhor desempenho de acordo com a sua aprendizagem egressa e
comportamento adequado de disciplina, procurando matricular em turmas diferentes os alunos
32
que juntos tiveram problemas disciplinares ou relacionamentos problemáticos no ano anterior.
A relação entre os profissionais da escola e os discentes, é norteada através de
compromissos assumidos por normas de convivência, em documento próprio de direitos e
deveres, de professores e alunos, com a preocupação de referenciar valores como:
cumprimento de regras, trabalho unificado e coletivo, fortalecimento dos vínculos de família,
dos laços da solidariedade humana, do respeito, da disciplina, da coletividade, e da tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.
O problema que gera atitudes conflitantes muitas vezes está relacionado à constante
rotatividade dos profissionais da educação, de ano para outro e também durante um mesmo
ano letivo. Há dificuldade de o profissional fixar o seu trabalho na mesma escola, situação que
beneficiaria muito todas as questões pedagógicas e resultaria em um conhecimento e
compromisso bem maior no âmbito escolar. Muitas vezes, uma mesma disciplina é lecionada
por quatro ou mais professores na mesma escola, dificultando o conhecimento real dos acertos
e dificuldades dos alunos como também a continuidade dos conteúdos de um ano para o
outro, que a escola procura amenizar através da Proposta Pedagógica Curricular, Plano de
Trabalho Docente e atendimento dos professores por área durante a hora-atividade.
Temos o profissional da educação que optou por uma determinada formação,
conquistando o seu espaço através dos conhecimentos obtidos e que foram elencados como
pré-requisitos para tal função, superando aos poucos o trabalho individualizado e isolado.
Este profissional da educação tem por necessidade acreditar e defender, livre ou
forçosamente a sua formação continuada em consequência dos desafios enfrentados no
processo ensino-aprendizagem, que é a matéria prima do seu dia a dia.
Por ser o universo do conhecimento muito vasto, este profissional, dominará com mais
facilidade à sua habilitação específica, não queremos dizer com isto, que sua visão de
conhecimento e de mundo seja tão restrita e limitada, muitos são possuidores de grandes
ideais e ousados projetos alavancando assim, as mudanças que estão sempre acontecendo no
espaço educacional. Estes projetos procuram sempre questionar a qualidade do ensino, do
profissional e da clientela atendida, enfim, procura saídas para os problemas e situações que
se renovam continuamente.
Há que se valorizar a escola pública, guardá-la no coração e defende-la de quaisquer ataques que possa vir a sofrer. Ela é uma instituição que temos procurado, com muito esforço, construir, e que precisamos preservar, atualizar e
33
aperfeiçoar. Ainda que não mude o mundo, a escola pode ajudar o estudante a melhor entender como o mundo opera, o que é condição indispensável para se operar nesse mundo. (MOREIRA, 1999, p.18).
Queremos um profissional eficiente e eficaz da educação, com condições físicas,
psicológicas, financeiras e humanas, para que possa constantemente se atualizar na sua
formação e qualificação profissional, atendendo assim as reais necessidades da clientela
escolar.
Em relação ao trabalho na escola, a comunidade tem como expectativa um processo de
ensino aprendizagem de qualidade, professores bem preparados que tenham clareza de seus
objetivos, que relacione os conteúdos planejados com as necessidades dos alunos e que
utilizem metodologias de ensino que o motive a superar as dificuldades através de um
trabalho coletivo e de qualidade propiciando o conhecimento que favoreça a autonomia
intelectual, a formação de valores e a superação do senso comum.
As famílias também almejam um relacionamento harmonioso com os profissionais da
educação atuantes na escola e que seus filhos se formem como seres participantes da
comunidade de forma ativa e responsável, sem preconceito e violência, tanto na escola como
na sociedade, valorizando as atitudes de cooperação em respeito ao outro e principalmente
desenvolvendo a consciência e a responsabilidade para exercer a cidadania.
IV – FUNDAMENTAÇÃO
Ajudar a transformar a interdependência real em solidariedade desejada, corresponde a
uma das tarefas essenciais da educação. Deve, para isso, preparar cada indivíduo para se
compreender a si mesmo e ao outro, através de um melhor conhecimento do mundo. A
primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de
agir e refletir (FREIRE, 1985, p.16).
Para podermos compreender a crescente complexidade dos fenômenos mundiais, e
dominar o sentimento de incerteza que suscita, é preciso, antes, adquirir um conjunto de
conhecimentos e, em seguida, aprender a relativizar os fatos e a revelar sentido crítico perante
o fluxo de informações. A educação manifesta aqui, mais do que nunca, o seu caráter
insubstituível na formação da capacidade de julgar.
34
A compreensão deste mundo passa, evidentemente, pela compreensão das relações
que ligam o ser humano ao meio ambiente. Não se trata de acrescentar novas disciplinas aos
programas escolares já sobrecarregados, mas de reorganizar os ensinamentos de acordo com
uma visão de conjunto dos laços que unem as pessoas ao seu meio ambiente.
Segundo Paulo Freire, o mundo da cultura que se alonga no mundo da história é um
mundo de liberdade, de opção, de decisão e um mundo de possibilidades. Daí a importância
de preparar os alunos para o papel social, para a participação em compromissos comuns, na
atividade cultural e profissional. Tomando cada pessoa um membro da coletividade
favorecendo seu comprometimento com relação a si mesmo e com a coletividade. “Por isso a
capacitação de mulheres e homens em torno de saberes instrumentais jamais pode prescindir
de sua formação ética (FREIRE, 1996, p.56).
O ato de atribuir à escola a função precípua de veicular e transformar o conhecimento
historicamente produzido nas relações sociais implica em considerar a variedade de práticas
culturais presentes no contexto escolar e a necessidade dessa instituição buscar,
continuamente, o aperfeiçoamento de mecanismos que visem democratizar o saber.
Nessa perspectiva, a escola pública, se torna como local de manifestações das
contradições sociais precisa, para realmente legitimar sua adjetivação de pública, refletir
acerca de sua organização e se abrir integralmente para todos aqueles que a procura.
Quanto à tarefa propriamente pedagógica da escola e do educador, Saviani (1980)
nos diz que se configura em dois momentos simultâneos e organicamente articulados entre
si: um momento negativo que consiste na crítica da concepção dominante (a ideologia
burguesa) e um momento positivo que significa: trabalhar o senso comum de modo a extrair
o seu núcleo válido ( o bom senso), e dar-lhe expressão elaborada de mundo adequado aos
interesses populares.
Ao elaborar seu projeto educativo, a escola discute e explicita de forma clara os
valores coletivos assumidos. Delimita suas prioridades, define os resultados desejados e
incorpora a autoavaliação ao trabalho do professor. Assim se organiza o planejamento, se
reúne a equipe de trabalho e se provoca o estudo e a reflexão contínua dando sentido às
ações cotidianas.
A contínua realização do projeto educativo possibilita o conhecimento das ações
desenvolvidas pelos diferentes professores, sendo base de diálogo e reflexão para toda a
equipe escolar. Aprender e ensinar, construir e interagir, são componentes básicos para o
35
planejamento e à condução da ação educativa na escola.
As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas à medida que
conseguirem estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos
previamente construídos por eles, num processo de articulação de novos significados “[...] Há
uma relação entre a alegria necessária a atividade educativa e a esperança. A esperança de que
professores e alunos, juntos, possam aprender, ensinar, produzir e juntos superar obstáculos a
nossa alegria (FREIRE, 1996, p.81).”
O educador no desenvolvimento de sua ação educativa precisa, nas palavras de Freire
(1996), “[...] ir lendo cada vez melhor a leitura do mundo que os grupos com quem trabalha
fazem do seu contexto imediato e maior do que o seu é parte (p.81).”
O educador não pode se converter ao saber ingênuo, mas numa ação progressista, ele
também não pode impor o seu saber como pronto, acabado e o único verdadeiro.
O diálogo se apresenta como um caminho qualitativo, que vai desafiando o grupo a
pensar sua história social como a experiência igualmente social de seus membros, vai
revelando a necessidade de superar o saber já adquirido e desenvolver uma prática de
formação e aprendizagem continuada.
O bom clima pedagógico e democrático é aquele em que o educando e o educador,
vão interagindo e aprendendo, à custa de suas práticas com limites na liberdade de ambas as
partes, mas em permanente exercício da ação - reflexão - ação.
O sistema educativo dentro da perspectiva progressista apresenta a descentralização e
a autonomia como elementos básicos para que as escolas adquiram a mobilidade e
flexibilidade necessária para o desenvolvimento da autonomia pedagógica, curricular e
profissional.
Funcionando numa dinâmica entre a liberdade e a responsabilidade, a autonomia é
tomada ao mesmo tempo como capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio
didático geral orientador das práticas pedagógicas.
Ensinar e aprender requer um posicionamento claro e consciente sobre o que e como
se ensina na escola. O acompanhamento desse processo consiste numa avaliação contínua de
todas as ações desenvolvidas.
O caráter da prática pedagógica revela, ao mesmo tempo, uma identidade social, ética
e política tanto da própria escola quanto dos sujeitos que a constroem. Por essa ótica, as
práticas escolares podem traduzir na forma de gestão da escola, visto que a maneira como
36
esse processo ocorre interfere na construção da identidade de todas as pessoas envolvidas no
processo educativo. (VEIGA. 2001).
O atendimento educacional especializado – Sala de Recursos Multifuncional oferece o
suporte necessário as necessidades educacionais especias dos alunos favorecendo seu acesso
ao conhecimento. Assim, a educação inclusiva busca perceber e atender as necessidades
educativas especiais dos alunos, em salas de aula comuns de forma a promover a
aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos e, consequentemente caminha na busca
de uma força transformadora apontando para uma sociedade também inclusiva A SRM tipo
1 tem o caráter complementar e suplementar de acessibilidade dos seus alunos ao
conhecimento contribuindo para eliminação de barreiras do espaço físico e a oferta de
materiais e métodos necessários de acesso ao conhecimento. A educação inclusiva necessita
ter como pratica uma politica que contemple o atendimento à diversidade. Implica em uma
abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades tendo
como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A legislação vigente, em relação às SRM, está contida nos seguintes documentos:
Parecer Federal n° 17/01 – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN – para a
educação especial;
Deliberação Estadual n° 02/03 – CEE – Normas para a Educação Especial;
Deliberação Estadual n° 08/05 – CEE – Normas para a Educação Especial
Portaria Normativa nº 13/07 – Trata da divulgação e da justificativa de criação do
Programa de Implantação da Salas de Recursos Multifuncionais no Sistema Público de
Ensino;
Decreto n° 6.571/08 - que reafirma a proposição da Educação Especial como
Educação Inclusiva;
Instrução n° 16/11 – SEED/SUED
Resolução n 4459/11, que alterou a partir de 2012, a denominação de serviços de
Apoio Pedagógico Especializado da Educação Especial.
O Atendimento educacional especializado constitui estratégia pedagógica da escola
para oferecer respostas às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo o
acesso ao currículo e contribuindo para o fortalecimento do processo de inclusão
educacional nas praticas comuns de ensino.
O caráter pedagógico da escola é reforçado pela Atividade Complementar Curricular
37
de Contra turno no campo de esporte , especificamente o basquetebol, tendo a finalidade de
melhorar a qualidade de vida dos estudantes, as relações de grupo, proporcionando aos
mesmos um melhor convívio social e consequentemente maior interesse em participar do
ambiente escolar.
O Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem tem a finalidade de proporcionar a
superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos que frequentam as series finais do
ensino fundamental, referente aos conteúdos básicos das disciplinas de matemática e língua
portuguesa, em contraturno.
O CELEM é uma oferta extracurricular e gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras
nas escolas da Rede Pública do Estado do Paraná, destinado a alunos, professores,
funcionários e à comunidade.
Dentre as várias línguas faladas no mundo o espanhol se destaca como a segunda
língua nativa mais falada e a primeira mais falada nas Américas, pela quase totalidade dos
nossos vizinhos latino-americanos, está cruzando fronteiras. O MERCOSUL – Mercado
Comum dos Países da América do Sul e o NAFTA - Mercado comum da América do
Norte tem divulgado esse idioma. Necessário, se faz que o espanhol seja usado sem risco de
enganos ou mau- entendidos como temos presenciado ao longo dos anos, a comunicação de
forma correta é uma necessidade primordial, tendo em vista que saber a língua do outro é ir
muito além, é entender sua realidade e reinterpretar a nossa.
Cabe à escola o papel de preparar o aluno para exercer sua cidadania plenamente, isto
quer dizer, fazê-lo perceber qual seu papel na sociedade a qual pertence, sendo a mesma
globalizada, na qual as fronteiras são cada vez mais tênues. A integração promovida pelo
MERCOSUL tem avançado muito alem da esfera econômica, envolvendo de forma
crescente empresários, educadores, trabalhadores, jornalistas, estudantes, pesquisadores,
políticos, etc.
As perspectivas são imensas , por tal motivo, faz-se necessário o envolvimento ativo
da escola na incorporação crescente dessa dimensão – idioma espanhol - de integração, cujo
desfecho será o ressurgimento da identidade latino-americano e a elaboração da consciência
da própria identidade (sujeito histórico e socialmente constituído).
Os princípios filosóficos que norteiam a construção da identidade do Colégio Estadual
Leonel Franca são sustentados pelas concepções que refletem a intencionalidade da escola:
38
E D U C A Ç Ã O
O processo de desenvolvimento do ser humano caracteriza-se por ser contínuo,
enquanto membro do grupo através da construção de sua identidade cultural. A educação,
enquanto ação sistematizada e organizada possibilita a incorporação dos elementos herdados,
como uma mediação no seio da prática social, gerando o desenvolvimento e a transformação
das relações sociais, estabelecendo uma articulação dialética entre o indivíduo e a sociedade.
A contribuição do professor Demerval Saviani tem sido determinante para a
compreensão da educação firmada na prática pedagógica da concepção histórico-crítica,
considerando que:
[...] a Educação é, enfim determinada pela sociedade, mas que essa determinação é relativa e na forma de ação recíproca – o que significa que o determinado também reage sobre o determinante. Conseqüentemente, a Educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para sua própria transformação. (SAVIANI, 1989, p.26)
O papel da educação é a instrução através da transmissão dos conhecimentos
acumulados pela humanidade e logicamente sistematizados. A educação reproduz, mas o
professor pode transformar através da dialética, pelas ideias, transformando o conhecimento
do aluno através da argumentação do registro, trazendo o conhecimento para nossa
realidade, realizando a discussão de suas dimensões sociais ( político, cultural, religião e
econômico).
A educação permite ao sujeito se apropriar dos conhecimentos clássicos culturais e
históricos desenvolvidos pela humanidade com objetivo de transformar a prática social. De
acordo com Paro (2005, p.7) educação é “entendida como apropriação da cultura humana
produzida historicamente e a escola como instituição que provê a educação sistematizada”
remete a uma reflexão para a tomada de consciência das contradições sociais através do
conhecimento histórico, filosófico, artístico e científico sustentada pela educação.
S E R H U M A N O
O homem é produto das relações sociais e dialéticas que mantém com o meio:
39
transforma a realidade através do trabalho e é transformado pelo mesmo.
O homem faz a história, não é produto de uma natureza pré-definida, ele constitui
enquanto membro do grupo através de sua identidade cultural, constituindo sua
personalidade através de um processo integrado que abrange os aspectos físicos, cognitivo,
emocional e social, desenvolvendo várias formas de comportamento para ele inserir no meio
e agir sobre ele.
Sendo uma espécie social, o ser humano se caracteriza pela construção de sua
individualidade através da relação com o outro; seu processo de desenvolvimento
psicológico e cognitivo é concomitante e está intrinsecamente ligado à aprendizagem, sendo
por ela modificado.
Os indivíduos universalmente desenvolvidos, cujas relações sociais enquanto
relações próprias e coletivas estão submetidas a seu próprio controle coletivo, não são um
produto da natureza, mas sim da história. (MARX, 1986, p.89).
O caráter revolucionário da educação é a apropriação dos conhecimentos clássicos
culturais e históricos desenvolvidos pela humanidade, integrando com sua prática social.
Neste sentido Marx coloca que para a construção da liberdade humana, os homens devem
controlar as relações sociais ao invés de serem dominados por ela.
I N F Â N C I A
A concepção de infância e as maneiras de se pensar o que é ser criança, teve
modificações ao longo da história, variando de época para época com características
diferentes de compreensões e principalmente no final do século passado quando as teorias
sobre o desenvolvimento tiveram um grande avanço pela contribuição dos estudos de
educadores e psicólogos. Ressaltando esta afirmação, Felipe (2001, p.27), escreve que “o
avanço de determinadas áreas do conhecimento como a medicina, a biologia, a psicologia,
bem como a vasta produção das ciências sociais nas últimas décadas [...] produziram
importantes modificações na forma de pensar e agir em relação à criança pequena”.
No mesmo artigo a autora destaca a influência da política, da economia e da cultura
sobre a produção das teorias científicas, que podem sofrer alterações com o passar do tempo
e que é importante “não entendê-las como verdades definitivas, pois teorias que se
pretendem científicas devem ser passíveis de questionamentos, sujeitas, portanto, a
40
transformações (p.28)”.
O “pensar” sobre a criança é uma invenção dos tempos modernos, pois pouco se sabe
a respeito do trato com as mesmas nas sociedades antigas e parca bibliografia se encontra a
este respeito.
No Brasil, a preocupação em relação ao atendimento à criança, teve maior atenção a
partir da década de 80 através dos Planos Nacionais de Desenvolvimento. Porém, é a partir
da Lei Nº 9394/96 e do Plano Nacional de Educação, reconhecendo-as como sujeitos de
direitos com absoluta prioridade e contando com o respaldo da Constituição Federal do
Brasil, em seu artigo 208, inciso IV, artigo 214 e 277, que o progresso em relação às
políticas públicas de atendimento em relação à criança teve maior significado.
Na contemporaneidade há preocupação em aumentar a consciência social em relação
a esta fase de vida. Muitos estudiosos têm colaborado através de suas teorias e obras no
entendimento da criança como ser social nas dimensões do desenvolvimento, aprendizagem
e ensino.
Conceber a criança como ser social que ela é, significa: considerar que ela tem uma história, pertence a uma classe social determinada, que estabelece relações definidas segundo seu contexto de origem, que apresenta uma linguagem decorrente dessas relações sociais e culturais estabelecidas, que ocupa um espaço que não é só geográfico, mas que também é de valor, ou seja, ela é valorizada de acordo com os padrões de seu contexto familiar e de acordo com sua própria inserção nesse contexto (KRAMER, 1986, p.79).
A atuação do educador junto à criança depende de sua concepção a respeito desta fase
de vida. A Secretaria do Estado do Paraná (2010), no documento Ensino Fundamental de
nove anos, orientações pedagógicas para os anos iniciais, defende que entre as singularidades
desta fase de vida, as crianças se desenvolvem na interação social, aprendendo a relacionar-se
com o mundo e nessa interação necessita de proteção e cuidado do adulto.
Pode-se afirmar que tem ocorrido avanços nos estudos sobre a infância à medida que se destaca esta etapa da vida humana como uma construção social, o que supera as compreensões de carater inatista, pois se compreende que a aprendizagem se dá na interação social, não estando condicionada pela maturação biológica (GUSSO, 2010, p.11).
41
No documento, fica explícito que a criança incorpora as formas de comportamento já
consolidada pela experiência humana a partir desta interação com outros seres humanos, no
contexto cultural ao qual está inserida. Portanto, sendo a criança um sujeito de direito, tendo
seu desenvolvimento pautado no histórico, no social e inserida num contexto cultural e
virtual, necessita da atenção do adulto para viver, conhecer, desenvolver-se e satisfazer suas
necessidades, ressaltando a colocação de Gusso (2010, p.11) “Nesse sentido, cabe à escola,
reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados
pela humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da
infância”.
Os conflitos da sociedade contemporânea e os avanços tecnológicos, nos reporta a
refletir que não nos cabe apenas a pensar e conceituar a infância, mas construí-la e defendê-la
através de políticas públicas adequadas, propósitos educacionais consistentes para uma
educação de qualidade e proteção à família, reconhecendo a importância desta primeira fase
de vida para a formação do ser humano.
L E T R A M E N T O
Antes de chegar à escola a criança já convive com a tecnologia da escrita porque no
seu dia a dia, a escrita está presente continuamente, de diversas formas, mesmo que não tenha
o incentivo da família para a atividade da escrita. Incentivo que pode variar de acordo com
sua condição econômica e o entendimento e a valorização do ambiente em que vive em
relação ao processo de alfabetização, pois é impossível não participar , de alguma forma da
prática do letramento nas sociedades urbanas modernas, entendendo-se que letramento é o
produto da participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e
tecnologia.
Pesquisas na área de linguagem tendem a reconhecer que o processo de letramento
está associado tanto à construção do discurso oral como do discurso escrito. Principalmente
nos meios urbanos, a grande parte das crianças, desde pequenas, estão em contato com a
linguagem escrita por meio de seus diferentes portadores de texto, como livros, jornais,
embalagens, cartazes, placas de ônibus etc., iniciando-se no conhecimento desses materiais
gráficos antes mesmo de ingressarem na instituição educativa, não esperando a permissão dos
adultos para começarem a pensar sobre a escrita e seus usos (BRASIL, 1998, p.121-122).
42
No mesmo texto está explícito que as situações de escrita pelas quais as crianças po-
dem ter contato antes da experiência sistemática escolar são inúmeras, sendo que “começam a
aprender a partir de informações provenientes de diversos tipos de intercâmbios sociais e a
partir das próprias ações, por exemplo, quando presenciam diferentes atos de leitura e escrita
por parte de seus familiares, como ler jornais [...] (p.122)” e que essas experiências dependem
muito da importância que a escrita tem no ambiente e nas interações da criança.
O conceito de letramento tem tido diferentes entendimentos ao longo do tempo. Soa-
res (2010, p.24), escreve que ”Até meados de 1980, a aprendizagem inicial da leitura e da es-
crita limitava-se à alfabetização, [...] o objetivo era levar a criança à aprendizagem do sistema
convencional da escrita – primeiro apropriar-se do sistema de escrita, para só depois fazer uso
dele”. Neste sentido, a abordagem que se discutia entre alfabetizadores era questão da esco-
lha do método que seria utilizado para a alfabetização.
Métodos de alfabetização se alternaram, ao longo do tempo, em um movimento pendular: ora a opção pelo princípio da síntese, isto é, alfabetizar a partir das unidades menores da língua – dos fonemas, das sílabas – em direção às unidades maiores – à palavra, à frase, ao texto (método fônico, méto-do silábico); ora a opção pelo princípio da análise – alfabeti-zar, ao contrário, a partir das unidades maiores e portadoras de sentido – a palavra, a frase, o texto – em direção às unida-des menores (método da palavração, método da sentencia-ção, método global). Em ambas opções, porém, a meta era sempre a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita (SOARES, 2010, p.24-25).
O letramento, desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da escrita,
deve ser orientado principalmente pela familiarização na leitura e escrita por objetivos especí-
ficos, como ressalta Soares (2010, p. 26): “com diferentes gêneros de texto e suas característi-
cas específicas, manipulação adequada de diferentes portadores de textos, particularmente li-
vros, utilização de livros de referência (dicionários, enciclopédias), conhecimento e uso de bi-
blioteca”, entre outros objetivos orientados para a competência do letramento, afirmando ain-
da que “essas atividades podem e devem aproveitar-se de todas as oportunidades que levem a
criança a identificar e a compreender a tecnologia que possibilita a produção do material es-
crito com que convive (p.26).
A autora do texto após várias explicitações acerca do conceito de alfabetização e letra-
mento registra em conclusão:
43
[...] sendo muitas e diferentes as facetas da alfabetização e do letramento, e considerando que esses dois processos, como foi afirmado, devem ser desenvolvidos simultanea-mente e indissociavelmente, já não se pode pretender a UM único método para a orientação da aprendizagem inicial da língua escrita, é preciso lançar mão de MÉTODOS, no plu-ral: uma articulação de procedimentos que alfabetizem e le-trem, propiciando à criança uma entrada plena no mundo da escrita, que é a finalidade última da aprendizagem inicial da língua escrita (SOARES, 2010, p.27)
Entendemos que este conceito implica em que a escola e todos que estão envolvidos
na compreensão da infância tenham ciência da importância da reflexão em relação ao
letramento, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educativos que sejam
discutidos, compreendidos e sistematizados para a orientação do trabalho a ser desenvolvido
pelos professores, tendo sempre em mente que aprendizagem é um processo contínuo para o
ser humano.
A D O L E S C Ê N C I A
A adolescência é uma fase de vida caracterizada por inquietações, por
questionamentos em relação à vida, às regras, aos valores e aos projetos futuros. Estas
questões emergem justamente no processo de desenvolvimento quando se apresentam
transformações nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Esta fase está diretamente
ligada aos aspectos da identidade, que é construída no contexto social com o qual a pessoa se
identifica.
De acordo com Lane (1996, p.31), “Quando se procura resgatar a subjetividade, esta
implica necessariamente em identidade, categoria que leva ao conhecimento da singularidade
do indivíduo que se exprime em termos afetivos, motivacionais, através das relações com os
outros – ou seja, na vida grupal”.
Na atualidade, é difícil para o jovem construir uma identidade positiva em vista às
condições de violência, marginalidade social, exclusão do trabalho e conflitos familiares a que
convivem. Esta situação tem provocado, também nos pais, dificuldade de ser um suporte para
seus filhos porque se sentem fragilizados diante desta realidade social precária e contraditória,
efeito também de composições familiares diversas. Devido a estes fatores, o adolescente
procura afirmar sua identidade no grupo de iguais que norteará a sua conduta.
44
Quanto mais o mundo adulto preconiza o isolamento, a otimização, a banalização dos vínculos e a falta de solidariedade, que são problemas do nosso tempo, mais o adolescente se refugia com certo êxito em seu grupo em função de possuir disponibilidade afetiva suficiente para manter o respeito, a tolerância e a fidelidade que caracterizam suas relações de iguais. Adolescente e grupo são indissociáveis, eles se pertencem: são por excelência, seres sociais, gregários, atípicos, que precisam do grupo para sobreviver, para se autopreservar e buscar prazer (LIMA, 2002, p.35).
No mesmo artigo, o autor ressalta que a tentativa em superar este distanciamento do
adolescente para com o mundo adulto implica a necessidade de que o mundo adulto volte a
agrupar-se, preconizando que o adulto ao invés de se julgar como o dono da verdade e de
discutir a onipotência do adolescente como algo indolente, precisa recuperar a convivência
afetiva com os adolescentes e entender que “patrimônio do adolescente é o grupo, pois é nesse
espaço que ele desenvolve sua espontaneidade (p.35)”, sendo importante rever conceitos a
respeito da adolescência e definir sua “própria identidade e responsabilidade social para
relacionar e compreender o adolescente. Só depois poderá trabalhar com ele em seu mundo
(p.36)”.
Portanto, um comportamento parental de orientação democrática contribui para
atenuar os conflitos mais graves evitando que a etapa adolescente não se caracterize por
atitudes de hostilidade em relação ao adulto e á família e que possa estar ligado à
interiorização dos valores, do desenvolvimento da consciência e do raciocínio moral.
A verdadeira adaptação à sociedade vai-se fazer automàticamente, quando o adolescente de reformador se transformar em realizador. Da mesma maneira que a experiência reconcilia o pensamento formal com a realidade das coisas, o trabalho efetivo e constante, desde que empreendido em situação concreta e bem definida, cura todos os devaneios. Não é preciso inquietar-se com as extravagâncias e com os desequilíbrios dos melhores entre os adolescentes. Se os estudos especializados não são sempre suficientes, o trabalho profissional, uma vez superadas as últimas crises de adaptação, restabelece seguramente o equilíbrio e marca, assim, o acesso à idade adulta em definitivo (PIAGET, 1984, p.69).
O adolescente, graças à sua personalidade em formação reconstrói o mundo através de
45
construções sucessivas e como a tendência de toda atividade humana é a marcha para o
equilíbrio, o comportamento dos adolescentes sacrifica seus antigos sonhos utópicos a novos
interesses adultos na vida afetiva e no desenvolvimento mental. Uma profunda reflexão sobre
o compromisso de políticas públicas de inclusão social e profissional e compromisso político-
pedagógico se faz necessária no interior da escola em relação à formação desses sujeitos
críticos para que através da aquisição do conhecimento sistematizado e como pessoas
conscientes de seu papel, contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.
M U N D O
O mundo está em movimento constante, promovendo transformações através da
dialética. Tudo no mundo está ligado em permanente mudança e desenvolvimento, nada é
linear, mas está em harmonia.
Há um acelerado processo de integração e restruturação capitalista mundial, de
avanços científicos e tecnológicos, na globalização da sociedade. Os elementos de
constituição dessa nova ordem mundial e desse novo tempo podem ser encontrados no
âmbito da economia, da política e da educação e consequentemente repercutem nos sistemas
de ensino e nas escolas.
Diante do exposto, verifica-se que a atual configuração estrutural e educacional, no plano mundial, impõe novos desafios e um novo discurso ao setor educacional. A lógica do capitalismo concorrencial global e do paradigma da liberdade econômica, da eficiência e da qualidade encaminha de forma avassaladora, o novo modelo societário e as novas reformulações necessárias no setor educacional. A compreensão histórica dos germes constitutivos da lógica capitalista-liberal revela, por sua vez, seu caráter conservador elitista. Daí a necessidade de considerar a nova onda de forma histórico-crítica, a fim de aprender a direção política e as reais possibilidades de democratização da sociedade e da educação. (LIBÂNEO, 2003, p.106)
As transformações em curso no mundo colocam a maioria da população à margem da
economia além de provocar a exclusão cultural.
46
[...] ressalta-se a diminuição da crença na ação pública na solução dos problemas, descrença nas formas convencionais de representação política, aumento do individualismo, da insensibilidade social. [...] No campo da ética, o mundo contemporâneo convive com uma crise de valores, predominando um relativismo moral baseado no interesse pessoal, na vantagem, na eficácia, sem referência a valores humanos como a dignidade, a solidariedade, a justiça, a democracia, o respeito à vida (LIBÂNEO, 2004, p.49-50).
Há, portanto que valorizar o papel insubstituível das escolas de modo a ampliar a
capacidade reflexiva e crítica em relação ao aumento do individualismo e ao enfrentamento
desta nova realidade de mundo para transformar através do desenvolvimento de saberes e
flexibilidade mental para que o homem possa lidar com situações inesperadas.
Isto será possível quando a escola for um espaço que contribua para a efetiva mudança
social através de uma reestruturação educativa capaz de corresponder aos desafios impostos
pelo mundo globalizado permitindo ao homem participar das decisões primordiais das várias
esferas de sua atuação na sociedade alicerçados pelo conhecimento histórico-social.
S O C I E D A D E
A sociedade é historicamente determinada, sendo produto das relações de trabalho em
que o homem transforma o meio natural para atender às distintas necessidades sociais. O
homem a construiu, ele a supera e transforma através da revolução.
As grandes revoluções científicas alteram as formas de como a sociedade concebe o
mundo, a natureza, o conhecimento, o homem e as relações sociais, forçando a busca de
alternativas para a sustentação da organização social.
[...] mudanças estruturais da sociedade contemporânea, reciprocamente determinadas e determinantes do desenvolvimento científico e tecnológico (atingindo universalmente as relações econômicas, políticas e culturais), impõem verdadeiras revoluções nas relações de trabalho, nas concepções de conhecimento e, em conseqüências, nas instituições educativas (VEIGA, 2005, p.159).
De acordo com Demo (1994, p.11), a educação e o conhecimento, são eixos tanto do
47
desafio econômico, quanto do desafio da equidade.
O impacto das mudanças na sociedade requer uma educação voltada para a construção
do conhecimento, isso significa colocar o discurso sobre o papel da escola. Segundo Veiga,
“[...] o modelo conceitual que sustenta a organização e a dinâmica da escola brasileira se
esgota hoje, pelo seu distanciamento da realidade socioeconômica e cultural, tornando o
processo de ensino inadequado até mesmo para a reprodução da ordem social” (2005,
p.161).
Vivemos numa sociedade capitalista, organizada a partir da valorização do capital. O
funcionamento desta sociedade não é harmônico, seu desenvolvimento é baseado em
contradições que geram crises que precisam de soluções, mas que estão difíceis de serem
encontradas.
Em contrapartida existem aqueles que se organizam em movimentos sociais e estão
contrários aos interesses dominantes, denunciando as situações de exploração da sociedade.
Se expressam das mais variadas formas e se organizam politicamente pelas lutas
democráticas através de movimentos sociais, como por exemplo os movimentos estudantis,
feministas, étnicos, ecológicos, etc., possibilitando que outras formas de pensar e agir no
cotidiano possam se desenvolver, possibilitando que ocorram questionamentos sobre a
organização da sociedade.
De acordo com Chauí, (2004, p.408) “Os obstáculos à democracia não inviabilizam a
sociedade democrática. Pelo contrário, somente nela somos capazes de perceber tais
obstáculos e lutar contra eles”.
As formas de educação que tornam as pessoas mais livres, responsáveis, criativas e
com autonomia de pensamento, cujas propostas educacionais apontem no sentido de uma
ruptura com os valores criados e reforçados pela sociedade capitalista (submissão,
competição, individualismo) podem contribuir para uma nova ordem social, a luta pela
transformação da sociedade verdadeiramente histórica e democrática.
C U L T U R A
Cultura é toda produção humana constituída pelas inter-relações do ser humano com a
natureza, com o outro e consigo mesmo.
Existe uma tradição viva e dinâmica que leva uma determinada coletividade a ser
48
diferente de outras; a cultura permite que cada sociedade ou grupo social tenha
características singulares nos costumes, valores, hábitos e ideias. Cada cultura inventa seu
modo de produzir, organizar o trabalho, as relações sociais, a relação com o tempo,
elaborando seus mitos e suas crenças.
No século XIX, a Filosofia descobre a cultura como o modo próprio e específico da existência dos seres humanos. Os animais são seres naturais; os humanos, seres culturais. A natureza é governada por leis necessárias, de causa e efeito; a cultura é o exercício da liberdade. A cultura é a criação coletiva de idéias, símbolos e valores pelos quais uma sociedade define para si mesma o bom e o mau, o belo e o feio, o justo e o injusto, o verdadeiro e o falso, o puro e o impuro, o possível e o impossível, o inevitável e o casual, o sagrado e o profano, o espaço e o tempo. A cultura se realiza porque os humanos são capazes de linguagem, trabalho e relação com o tempo. A cultura se manifesta como vida social, como criação das obras de pensamentos e de arte, como vida religiosa e vida política (CHAUÍ, 2004, p.52, grifo do autor).
Não existe uma totalidade humana, o homem vem criando e recriando estilos de vida,
processos de transformação social, porém a variedade das culturas existentes acompanha a
variedade da história humana sendo que cada aspecto ou característica de uma cultura
refere-se a seu ambiente, a seu grupo.
Cada cultura deve ser analisada a partir de si mesma, de sua história e não em
comparação com outros grupos, pois cada comportamento é adequado e aceito ou não, em
relação à cultura em que está inserida.
Os homens vêm ao mundo inacabado, precisando trabalhar para suprir suas necessidades. Ao se organizarem para o trabalho, os homens criam uma série de hábitos, de comportamentos, de maneiras de agir e de pensar, constituindo aquilo que chamamos de cultura – o modo de ser diferenciado que os homens adquirem ao se organizarem para a realização do trabalho necessário à sua existência. A educação, no sentido amplo definido acima, é um elemento importante para todos os homens na criação e na transmissão da cultura (KRUPPA, 1994, p.21).
Nossa sociedade é caracterizada por uma cultura historicamente sexista, hierárquica
excludente e hegemônica. Sobressai, então, a importância da instituição escolar como
49
alicerce para o acesso ao saber que possa descortinar o processo de dominação dessa cultura
caracterizada como mecanismo social de controle, com atitudes etnocêntricas – situações de
discriminação e preconceitos étnicos – muitas vezes presenciadas em nossa realidade social.
A educação deve ter objetivos voltados para a construção da humanidade do educando e a
recriação de outras formas de comportamento social. Kruppa (1994) escreve que “o
aprendizado de qualquer lógica é uma atividade altamente situada que não pode ser tratada
como se estivesse livre do contexto, sob pena de não se tornar parte do modo de vida do
aluno”.
A sociologia ressalta que as ações são sempre dependentes de seu contexto
situacional, que a escola deve, para ser bem sucedida, estar aberta à cultura de seus alunos,
sendo que a cognição está relacionada com o contexto cultural. A escola deve se preocupar
com uma concepção de currículo, com ações realizadas pela escola como um todo e com sua
interação com a realidade local e com aquela, mais ampla, do país em que está inserida.
G E S T Ã O D E M O C R Á T I C A
A educação entendida como apropriação da cultura humana produzida historicamente
leva à tomada de consciência da relevância social da escola, considerando a síntese do
pensamento que foi relatado por Paro (2005, p.104) “[...] considero imperioso que se comece
por determinar claramente objetivos para esta escola que atendam aos interesses das camadas
trabalhadoras, seus usuários atuais, a quem ela realmente precisa servir”.
Outra iniciativa mencionada pelo educador foi a de se pensar numa transformação
radical na organização das atividades da escola, favorecendo a participação em sua gestão
dos diferentes grupos e pessoas envolvidas nas atividades escolares, propiciando a realização
“dos fins sociais da educação”.
Para caracterizar uma gestão democrática é imprescindível a participação da
população ou comunidade escolar em todas suas instâncias colegiadas, em regime de
cooperação entre seus membros.
Na estrutura formal de nossa escola publica esta quase totalmente ausente a previsão de relações humanas horizontais, de solidariedade e cooperação entre as pessoas, observando-se, vez disso, a ocorrência de uma ordenação em que prevalecem relações hierárquicas de mando e submissão (PARO, 2005, p.100).
50
A partir desta perspectiva, visando facilitar a participação dos usuários na escola
pública, diretor, professores, alunos, agentes educacionais, equipe pedagógica e pais ou
responsáveis pelos alunos devem estar atentos em providenciar uma presença efetiva da
comunidade nos Conselhos de Classe, Conselho Escolar, na Associação de Pais, Professores
e funcionários (APMF) e no Grêmio Estudantil.
As condições de vida da população enquanto fator determinante da baixa participação dos usuários na escola pública mostram-se tanto mais sérias e de difícil solução quando se atenta para o fato de que este é um problema social cuja solução definitiva escapa às medidas que se podem tomar no âmbito da unidade escolar. Entretanto, parece que isto não deve ser motivo para se proceder de forma a ignorar completamente providências que a escola pode tomar no sentido não de superar os problemas, obviamente, mas de contribuir para a diminuição de seus efeitos sobre a participação na escola (PARO, 2005, p.55).
Entendemos que a participação e incentivo a esses segmentos de gestão precisam ser
construídos a cada dia, fortalecendo o trabalho coletivo a fim de organizar uma escola
voltada ao processo ensino-aprendizagem, combatendo a visão fragmentada de escola e
sociedade, viabilizando a educação como um direito de todos. Encontrar seu foco na tarefa
educativa tendo como norte a função social da escola conforme determinam a Constituição
Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Medidas importantes como priorizar formas eficazes de procedimentos de avaliação
do processo escolar como um todo, romper com a ineficiência no que se refere à avaliação
do rendimento dos alunos, o acesso e a permanência com sucesso dos mesmos na instituição
escolar e a preocupação com um ensino de qualidade, viabilizam uma gestão comprometida
com os interesses das camadas trabalhadoras e de uma prática democrática da atuação dentro
da sociedade.
A escola deve construir o seu próprio projeto pedagógico partindo de sua
singularidade e assegurando a participação de todos os atores sociais do seu cotidiano.
O paradigma da gestão democrática pressupõe a viabilização de propostas
compartilhadas de ações que estimulem a inovação e autocrítica das organizações escolares,
esta ação precisa ser fundamentada no diálogo que traduza a articulação do pensar e do agir
dentro da comunidade educativa.
A construção de uma gestão democrática implica em discutir a qualidade de ensino
51
tendo como foco as relações que os indivíduos estabelecem entre si no cotidiano escolar e
suas percepções acerca da organização do trabalho pedagógico do qual participam.
É preciso conceber a qualidade de ensino em uma escola voltada para os contextos do
trabalho e da cidadania, percebendo o aluno em sua singularidade, como sujeito social, para
sua melhor instrumentalização e inserção crítica no contexto das relações sociais, em um
universo social mais amplo.
Porém, não basta, na busca da qualidade de ensino, a participação isolada dos agentes
educacionais, é preciso a participação efetiva e responsável de grupos que tenham objetivos
comuns, visando a busca de uma nova organização de cultura escolar de um trabalho
pedagógico.
Martins (p.18) destaca que devem ser observados os seguintes pontos básicos na busca
da construção da escola cidadã:
Os paradoxos do mundo contemporâneo; o jogo político e as concepções do
neoliberalismo;
A ruptura dos padrões de gerenciamento de políticas públicas; a descentralização a
desconcentração;
A autonomia no processo de construção da cidadania ativa;
A inovação e o alto nível de complexidade das relações inter e intra escolares;
A escola como instituição primordial para despertar a cidadania e participação social.
Os pontos acima precisam estar em consonância com o respeito à autonomia, à
dignidade e a identidade de cada educando, cada educador e todos os membros da
comunidade escolar. Na prática, é necessário procurar a coerência entre o saber individual
com o saber coletivo, objetivando à criação de algumas virtudes ou qualidades que sem as
mesmas, falar em democracia e liberdade se torna apenas um discurso vazio. [...] É a
exigência de apropriação do conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que
torna necessária a existência da escola (SAVIANI, 1992).
A escola envolvida com o processo ensino - aprendizagem é uma instituição de
construção coletiva e permanente, orientada por um projeto educativo.
Esse projeto deve ser entendido como um processo que inclui a formulação de metas e
meios, segundo a particularidade de cada escola, por meio da criação e da valorização de
rotinas de trabalho pedagógico em grupo e da corresponsabilidade de todos os membros da
comunidade escolar, para além do planejamento de início de ano ou dos períodos de
52
capacitação.
Esse pressuposto deveria estimular decisões sobre a escola como um lugar de vida na qual se reflitam as tensões sociais do entorno as ideologias, o peso da tradição cultural, a personalidade, capacidades e carências de todos: crianças e adultos. A escola faz parte da vida das pessoas onde se localiza. É natural que se apresentem dúvidas sobre o papel que como instituição educativa, exerce na sociedade que cerca e que deveria desempenhar... a escola é uma instituição que deve ajudar a melhorar seu entorno (VALLEJO, 2002).
C U R R Í C U L O
Entendemos o currículo como as experiências escolares que acontecem em torno do
conhecimento, em meio a relações sociais que contribuem para a construção da identidade do
educando, reunindo ao conjunto de práticas e intenções pedagógicas que se desenvolvem
com intenções educativas, distribuídas no espaço e tempo escolar.
Quando currículo expressa a centralidade das políticas educacionais, ele está também expressando as intenções sociais, políticas, ideológico e até econômicas que se manifestam sobre a escola e sobre as aspirações que se tem sobre ela. Assim, currículo acaba se manifestando nas tensões e contradições entre o caminho que se almeja percorrer, a intenção deste caminho e o ponto de chegada dele [...] Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. É, como conseqüência disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população, uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.(PARANÁ.SEED, 2008. p.6 , 2008a, p.6).
A busca por uma educação de qualidade e garantia de apropriação de conhecimento,
perpassa pela forma sobre a qual é feita a sistematização dos saberes até a sala de aula. O
currículo deve expressar o projeto de educação e sociedade que se almeja e a
intencionalidade do trabalho com o conhecimento na disciplina.
53
Deste modo, tratar os conteúdos em sua totalidade significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes (PARANÁ, SEE, 2008.a p.11).
Numa perspectiva histórica, o currículo deve ser organizado com base nos
conhecimentos universais.
Os desafios do cotidiano devem ser tratados e discutidos como expressões históricas,
políticas e econômicas da realidade. De acordo com a SEED (2008a p.13), isso sugere que a
percepção sobre o currículo se amplie para além das propostas curriculares.
Equivale a dizer que, embora seja insuficiente tratar tais desafios a partir da
organização do conteúdo tal como sendo posto, não se pode negligenciar na escola o
enfrentamento dos mesmos.
A educação deve procurar tomar o indivíduo mais consciente, a fim de dispor de
referências que lhe permitam se situar no mundo e compreender o outro, a fim de cada um se
compreenda melhor a si mesmo.
(...) um projeto curricular destinado aos membros de uma sociedade democrática e progressista, além de especificar os princípios de procedimentos que permitem compreender a natureza construtiva do conhecimento e sugerir processos de ensino e aprendizagem em consonância com os mesmos, também deve necessariamente propor metas educacionais e blocos de conteúdos culturais que possam contribuir da melhor maneira possível com uma socialização crítica dos indivíduos.Portanto, a ação educacional pretende, além de desenvolver capacidades para a tomada de decisão, oferecer aos estudantes e ao próprio corpo docente uma reconstrução reflexiva e crítica da realidade, tomando como ponto de partida as teorias, conceitos, procedimentos, costumes, etc. que existem nessa comunidade e aos quais se deve facilitar o acesso (SANTOME, 1998 p.130).
O papel do educador no processo curricular é relevante, permite que discussões e
reflexões sejam realizadas acerca dos conhecimentos escolares, dos procedimentos, dos
objetivos, das relações sociais, dos modos de organização do espaço e do tempo na escola,
54
incluindo os valores e as atitudes transmitidos pelas rotinas do cotidiano escolar,
caracterizando o currículo oculto.
Fazem parte do currículo oculto, assim rituais e práticas, relações hierárquicas, regras e procedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo na escola, modos de distribuir os alunos por grupamentos e turmas, mensagens implícitas nas falas dos (as) professores (as) e nos livros didáticos (BRASIL, 2008, p.18).
No currículo, os esforços pedagógicos são sistematizados, o espaço central em que
atuamos na escola, constituindo significativamente a perspectiva de uma educação e de
qualidade para todos, trabalhando com a totalidade dos conhecimentos produzidos
historicamente “[...] automaticamente há renuncia ao enfoque individualista e, portanto,
fragmentado e superficial de tratamento ao conhecimento. Essa opção é feita tanto na seleção
dos conteúdos, quanto no recorte e enfoque dado aos mesmos na prática escolar” (PARANÁ,
2008a, p.11).
C O N H E C I M E N T O
Considerando os fundamentos filosóficos da teoria educacional histórico-crítica, o
conhecimento precisa ser ensinado de uma geração a outra e por ser historicamente
determinado, não é absoluto. É o conhecimento da realidade da perspectiva das necessidades
e objetivos de cada momento, sendo fundamental conhecer o real em suas múltiplas relações
para transformar a prática social.
A busca por uma educação de qualidade que privilegia a apropriação dos saberes
sistematizados requer a seleção de conhecimentos relevantes, que possibilitem mudanças
sociais, e individuais em relação às questões sociais, culturais, ambientais e históricas.
De acordo com o filósofo Antonio Gramsci, a escola deveria transmitir aos que a ela
tivesse acesso sem discriminação, o saber sistematizado e historicamente acumulado,
necessário ao processo de tomada de consciência, à emancipação e à formação do cidadão.
O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao conhecimento. Ao professor, enquanto detentor dos
55
fundamentos do conhecimento científico cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos (PARANÁ/SEED, 2010, p.13).
O conhecimento do ser humano é continuamente transformado pelas diferentes
informações que recebe, principalmente na atualidade pelos meios de comunicação, sendo
modificado pelas experiências, pelas quais passam, porém somente as situações que
problematizam o conhecimento levam à aprendizagem.
Nos seres humanos, a capacidade de conhecimento é idêntica, dotada de
universalidade, com a mesma validade em todos os tempos e lugares.
Do ponto de vista da teoria do conhecimento, a consciência é uma atividade sensível e intelectual dotada do poder da análise e síntese, de representação dos objetivos por meio de idéias e de avaliação, compreensão e interpretação desses objetos por meio de juízos. É o sujeito do conhecimento. Este se reconhece como diferente dos objetos cria e/ou descobre significações, institui sentidos, elabora conceitos, idéias, juízos e teorias. Por ser dotado de reflexão, isto é, da capacidade de conhecer-se a si mesmo no ato do conhecimento, o sujeito é um saber de si e um saber sobre o mundo, manifestando-se como sujeito percebedor, imaginante, memorioso, falante e pensante. É o entendimento propriamente dito, uma estrutura racional e uma capacidade de conhecimento que é a mesma em todos os seres humanos. Por sua universalidade, o sujeito do conhecimento distingue-se da consciência psicológica, pois esta é sempre individual (CHAUI, 2004, p.130 grifo do autor).
Os conhecimentos originados nos diferentes âmbitos da sociedade são selecionados e
organizados para constituir o conhecimento escolar, portanto os saberes tal como funcionam
em seus contextos de origem passam por um processo de recontextualização para serem
inseridos na sala de aula. A escola deve levar seus alunos para além do senso comum, chegar
ao conhecimento mais elaborado sob a realidade, garantindo assim, o acesso ao
conhecimento, para que o aluno não permaneça no mesmo nível de compreensão de quando
iniciou o processo de aprendizagem.
E N S I N O A P R E N D I Z A G E M
A escola realiza suas funções na mediação da docência em sala de aula onde alunos e
56
professores se tornam sujeitos e atores do ensinar e do aprender.
A aprendizagem escolar dá-se, por isso, no quadro de uma inter-subjetividade específica, que supõe sujeitos diferenciados à busca de se entenderem sobre si mesmo e sobre seus mundos e que, desde suas situações desiguais, progridem na direção da igualdade da relação política, em que se constituam em cidadãos – sujeitos singularizados capazes de conduzirem-se com a autonomia exigida por suas co-responsabilidades (VEIGA, 2005, p.149).
Vigotsky (1995) coloca que “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma
ação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. Neste sentido, a
aprendizagem decorre das condições sociais em que o ser humano está inserido sendo que
as interações sociais são fundamentais para esse processo.
Aprender e ensinar são processos concomitantes porque o ato de ensinar segundo
Saviani (1995, p.17) “ é o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens”.
Sendo a escola um espaço de difusão do saber, todo seu esforço deve convergir para a
aprendizagem daqueles para quem foi criada, bem ensinar e bem aprender é a essência da
tarefa educativa, voltada para a aprendizagem de todos os alunos.
A escola democrática tem o compromisso de que ocorra a aprendizagem para que o
educando se aproprie dos elementos culturais indispensáveis para sua formação e
humanização, considerando que a forma e o tempo pelo qual se aprende são diferentes.
Aprender e ensinar, construir e interagir são componentes básicos para o planejamento
e a condução da ação educativa na escola. As aprendizagens que os alunos realizam na escola
serão significativas à medida que conseguirem estabelecer relações entre os conteúdos
escolares e os conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação
de novos significados. (...) Há uma relação entre a alegria necessária a atividade educativa e a
esperança. A esperança de que professores e aluno, juntos, possa aprender, ensinar, produzir
e juntos superar obstáculos a nossa alegria (FREIRE,1996 p.81).
O educador no desenvolvimento de sua ação educativa precisa, nas palavras de Freire
(1996), ir lendo cada vez melhor a leitura do mundo que os grupos com quem trabalha fazem
do seu contexto imediato e maior do que o seu é parte (pág. 81).
57
O educador não pode se converter ao saber ingênuo, mas numa ação progressista, ele
também não pode impor o seu saber como pronto, acabado e o único verdadeiro.
O diálogo se apresenta como um caminho qualitativo, que vai desafiando o grupo a
pensar sua história social como a experiência igualmente social de seus membros, vai
revelando a necessidade de superar o saber já adquirido e desenvolver uma prática de
formação e aprendizagem continuada.
O bom clima pedagógico democrático é aquele em que o educando e o educador
interagem e aprendem à custa de suas práticas com limites na liberdade de ambas as partes,
mas em permanente exercício da ação - reflexão - ação.
O sistema educativo dentro da perspectiva progressista apresenta a descentralização e
a autonomia como elementos básicos para que as escolas adquiram a mobilidade e
flexibilidade necessária para o desenvolvimento da autonomia pedagógica, curricular e
profissional.
Funcionando numa dinâmica entre a liberdade e a responsabilidade. A autonomia é
tomada ao mesmo tempo como capacidade a ser desenvolvido pelos alunos e como princípio
didático geral orientador das práticas pedagógicas.
Ensinar e aprender requer um posicionamento claro e consciente sobre o que e como
se ensina na escola. O acompanhamento desse processo consiste numa avaliação contínua de
todas as ações desenvolvidas.
A avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que tem função de
sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Ela acontece contínua e sistematicamente, da
interpretação qualitativa do conhecimento construído no processo ensino-aprendizagem.
De acordo com VEIGA (2001) O caráter da prática pedagógica revela, ao mesmo
tempo, uma identidade social, ética e política tanto da própria escola quanto dos sujeitos que
a constroem. Por essa ótica, as práticas escolares podem traduzir-se na forma de gestão da
escola, visto que a maneira como esse processo ocorre interfere na construção da identidade
de todas as pessoas envolvidas no processo educativo.
Petraglia (2001) destaca que é a partir desse processo organizador de
autoconhecimento e que o indivíduo – sujeito transforma-se, constrói sua identidade e
aprende sempre, colocando seu aprendizado em função de seu meio ambiente.
T E C N O L O G I A
58
Do ponto de vista tecnológico houve uma explosão de oportunidades, estamos
rodeados por uma revolução informacional emergente, com recursos ilimitados que ampliam
as capacidades de pensamento através da informação e comunicação.
Chauí (2004, p.302) ressalta que “como a palavra informática indica, os novos objetos
tecnológicos produzem e transmitem informações. É nesse sentido que dizemos que seu
modelo não é a força física nem a mecânica e sim mental ou cerebral”. Coloca ainda que, na
sociedade contemporânea, os computadores são utilizados como centros de acumular
informações, por isso são centros de poder; “a informação de que os computadores
democratizam as informações não é uma tese verdadeira: a informática, tal como vem sendo
praticada, está voltada para a concentração e centralização das informações e para o controle
da vida e das ações dos indivíduos e não para a difusão democrática da informação” (p.304).
É necessário um constante processo de reflexão crítica sobre a influência das
tecnologias de informação e de comunicação, como também de luta pela democratização das
mesmas para que esteja a serviço da sociedade e da cultura, fortalecendo a interação social,
as experiências culturais e os movimentos sociais.
A tecnologia de caráter democrático gera oportunidades para o cidadão contrapondo
ao seu papel vigente de atender aos interesses do capital.
Se bem empregada, a tecnologia amplia as transformações sociais, promove mudanças
na forma como se constrói o conhecimento, resultando em práticas que promovam o
currículo nos diversos campos da educação. Permite uma prática libertadora, contribuindo
para a inclusão digital desde que os agentes envolvidos se posicionem com clareza, de
maneira crítica e criativa nas escolhas que veiculam suas práticas.
Não se trata de tomar “as tecnologias” como sujeito das práticas, como se “as tecnologias” pudessem estabelecer a mediação entre o aluno e o conhecimento, mas sim considerar “as tecnologias” como impulsionadoras e potencializadoras destas práticas. Os artefatos tecnológicos ao aproximarem, os sujeitos do currículo numa relação dialógica, quer em torno do conhecimento, quer em torno da reflexão acerca de uma obra de arte, por exemplo, criam as condições para a própria prática dialógica em que se constitui o sujeito. Vale dizer, recursos tecnológicos não são os sujeitos das relações dentro do currículo, mas permitem que os sujeitos se façam ao possibilitar estas relações (PARANÀ, 2010, p.7).
59
Assim, diante do desenvolvimento tecnológico, das mudanças sociais que esse
desenvolvimento provoca, os docentes devem utilizar criticamente os recursos tecnológicos
existentes na instituição de ensino, descobrindo e acrescentando novas experiencias no
ensino das disciplinas com praticas pedagógicas que contribuam para a inclusão digital e a
criação de novos saberes.
A V A L I A Ç Ã O
O conceito de avaliação explícita nas Diretrizes curriculares da Educação Básica do
Paraná (2008 b) aponta que “no processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto
como meio de diagnóstico de processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora (p.31).
Esta concepção permite que a avaliação contribua para a reflexão da prática
pedagógica já que a finalidade desse processo é a aprendizagem.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias pra que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas (PARANÁ, 2008b, p.31).
A avaliação diagnóstica tem por finalidade sustentar decisões a serem tomadas a
respeito do processo educativo, superando os problemas constatados num esforço coletivo a
serviço da ação pedagógica, possibilitando intervenções ou apontando novos caminhos para
práticas insuficientes que envolvem professor e aluno no acesso ao conhecimento.
A avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem como ressalta Vasconcelos
(2006, p.57) “avaliar para que os alunos aprendam mais e melhor”.
Enquanto instituição, o papel que se espera da escola é que possa colaborar na formação do cidadão (objetivo de que participam outras instâncias sociais) pela mediação do conhecimento científico, estético, filosófico
60
(especificidade). O conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, e a nele intervir. Assim sendo, entendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos. (VASCONCELOS, 2006, p.57 – grifo do autor).
Para que a avaliação possa cumprir sua função de auxílio ao processo de ensino
aprendizagem, deve ser contínua, realizada no cotidiano do trabalho de sala de aula para que
o professor possa acompanhar a construção dos saberes do aluno utilizando diversidade de
instrumentos de avaliação e clareza de critérios adequados à seleção de conteúdos
significativos e essenciais, pensados no momento da elaboração do plano de trabalho
docente.
F O R M A Ç Ã O C O N T I N U A D A D O P R O F E S S O R
A formação continuada dos profissionais em educação reflete o mundo em que
vivemos, marcado por contínuo processo de mudança, por avanços científicos e
tecnológicos, pela valorização do conhecimento, das competências, da autonomia, da
iniciativa e da criatividade.
Nesse cenário, crescem as pressões por maior qualidade no processo ensino-
aprendizagem e por uma educação que aconteça ao longo da vida. A escola deve ser o local
de aprender, de criação de ambientes que favoreçam o conhecimento, local de trabalho
cooperativo, solidário, crítico, criativo e aberto.
Se a escola deve mudar a formação do professor também passa por uma mudança. É
necessário que, no processo de formação, haja vivências e reflexões, tudo isso implica que o
professor tenha autonomia para vivenciar a dialética da própria aprendizagem e da
aprendizagem de seus alunos, reconstruindo continuamente sua prática pedagógica.
Não devemos permitir que a formação seja apenas na dimensão pedagógica. nem no
acúmulo de teorias e técnicas. Mas devemos investir para que o professor tenha uma
formação articulada com a prática. a reflexão, a investigação e os conhecimentos teóricos
requeridos para promover uma ação de transformação na prática pedagógica.
61
E S T Á G I O N Ã O O B R I G A T Ó R I O
Segundo e Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, Art.1º, “Estágio é ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições
de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos”.
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das
diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta pedagógica do
curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para aprovação e obtenção
de diploma. O estágio não obrigatório é atividade opcional, acrescida à carga horária regular
e obrigatória.
Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a compreensão dos
princípios científicos-tecnológicos e históricos da produção moderna, de modo a orientar os
estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho relacionando aos
conhecimentos universais necessários para compreendê-los a partir das relações de trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos
historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se
apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional.
Isto implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o
conhecimento, necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade.
V – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
A partir das concepções citadas na fundamentação e diante da realidade situacional e
educacional propomos como relevantes as seguintes linhas de ações:
- Gestão democrática;
- Proposta Pedagógica;
- Formação Continuada;
- Otimização do tempo e espaço da escola – Eventos
62
1. GESTÃO DEMOCRÁTICA
A ação prática desenvolvida pelas instâncias colegiadas viabiliza a construção, a
implantação, desenvolvimento e acompanhamento de projetos coletivos que podem
transformar qualitativamente o ambiente escolar e o processo ensino-aprendizagem, através
de:
- Ações coletivas, nas quais a comunidade escolar esteja envolvida, participando das
decisões.
-Transformação social, considerando as condições da comunidade atendida;
- Relação de colaboração, respeito, ética e consideração mútua, facilitando o
entendimento da ação educativa como fazer próprio de todos os segmentos do colégio;
- Acompanhamento da vida escolar dos educandos pelos seus responsáveis,
viabilizando momentos propícios para que compareçam no colégio e possam ser motivados e
sensibilizados a participar das decisões;
- A escola entendida como local de manifestações das contradições sociais e reflexão
acerca da organização do trabalho pedagógico, aberta integralmente para todos aqueles que a
procuram;
- Construção do projeto pedagógico tendo como pressuposto básico o modelo de
gestão democrática, a melhoria da qualidade de ensino a democratização do acesso e da
permanência com sucesso do aluno na escola;
- Organização do trabalho pedagógico que viabilize ações compartilhadas, com
participação efetiva e responsável dos diversos segmentos da comunidade escolar na
elaboração, deliberação, acompanhamento e avaliação do funcionamento escolar,
acompanhando a efetivação do Projeto Político Pedagógico;
- Ação prática desenvolvida pelas instâncias colegiadas que promovam a construção,
implantação, desenvolvimento e acompanhamento das ações propostas transformando
qualitativamente o ambiente escolar e o processo ensino-aprendizagem.
- Conselho Escolar como instância máxima de decisão da escola e na escola,
fortalecido para o desafio de democratizar as decisões da escola e a realização plena da
democracia;
- APMF, órgão de representação de pais, professores e funcionários, discutindo e
analisando as questões relativas ao funcionamento da escola, propondo sugestões para o
63
trabalho pedagógico;
- Conselho de Classe com o objetivo de traçar o perfil da turma e do professor quanto
ao ensino-aprendizagem, disciplina e o levantamento dos problemas e devidas soluções dos
mesmos pelos professores de todas as áreas;
- Efetivação do Grêmio Estudantil como incentivo à participação dos alunos no debate
político, social, financeiro e pedagógico da escola;
1.1 – Apoio Comunitário
- A Universidade Estadual de Paranavaí desenvolve neste colégio projetos em todas as
áreas de ensino;
- A Fundação Cultural de Paranavaí oportuniza aos alunos a apresentação de peças
teatrais e apresentações musicais através de um programa cultural – processo de teatro para a
escola;
- A SANEPAR desenvolve projetos de conservação da água e do meio ambiente;
- O posto de saúde e o CREA, trabalham com projetos na prevenção ao uso de drogas,
fumo e álcool e também com palestras sobre sexualidade e doenças sexualmente
transmissíveis;
- A Fundação de Esportes de Paranavaí - FESPAR, através da ABASP, Associação de
Basquetebol de Paranavaí realiza escolinhas esportivas em contra turno escolar desde 2003.
2. PROPOSTA PEDAGÓGICA
A construção da proposta pedagógica está diretamente relacionada à qualidade do
ensino que propicia avaliar constantemente de perto os resultados. Assim é possível construir
uma escola cidadã com o envolvimento concreto de educadores, pais, funcionários e
comunidade.
O trabalho pedagógico deve ser realizado ao mesmo tempo com uma identidade
social, ética e política tanto da própria escola quanto dos sujeitos que a constroem, colocando
o aprendizado em função do seu meio ambiente.
A seguir citaremos algumas estratégias que serão implantadas quanto à realização
desta proposta.
2.1 – Articulação com os Anos Iniciais – Ensino Fundamental de 9 anos
64
Para que a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos se apresente como uma
oportunidade de superação da ruptura entre os anos iniciais e os anos finais é imprescindível
rever a concepção de infância que com o passar do tempo sofreu transformações.
De acordo com o documento, Ensino Fundamental de Nove Anos orientações
pedagógicas para os anos iniciais (2010, p.10) a concepção de infância “ orientará os
conceitos de ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a
metodologia, a avaliação, a organização de espaço e tempos com atividades desafiadora.”
Este trabalho, que deve ser desenvolvido com qualidade, não é apenas responsabilidade do
professor mas requer o envolvimento de todos os profissionais da educação atuantes na
escola.
Assim, é necessário, refletir e realizar mudanças no processo de formação dos
educandos, na organização curricular e nas diferentes formas de saberes para que a articulação
dos anos iniciais com os anos finais promovam a aprendizagem significativa e a permanência
dos alunos na escola através de ações inclusivas.
O aprimoramento do trabalho pedagógico realizado em sala de aula, o planejamento
dos conteúdos e metodologias, o diagnostico da aprendizagem dos alunos possibilitam a
complementação e a continuidade do conhecimento sistematizado de acordo com as
especificidades de cada disciplina, porem, estabelecendo interações entre as mesmas,
constituem ações importantes no processo de articulação.
É necessário também analisar as necessidades pedagógicas de acordo com as faixas
etárias dos alunos, estabelecer a ligação entre o que propõe o currículo e o que os professores
fazem em sua pratica pedagógica cotidiana, explorando a ludicidade também no ensino
fundamental, aperfeiçoando as propostas de mudanças desta pratica, superando atividades
isoladas e fragmentadas e que os conhecimentos e interesses presentes na sala de aula formem
um todo significativo e não perca o seu caráter social.
2.2 - Organização do trabalho na escola.
- Quanto à escola: Discussão do calendário escolar, coletivamente, buscando dar
condições para desenvolver a proposta pedagógica através de cursos, reuniões e grupo de
estudo. Os cursos, têm como conteúdo principal a nova proposta curricular.
O calendário escolar deve ser elaborado anualmente, atendendo a disposição vigente
65
bem como as normas baixadas em instruções específicas da SEED.
A organização do trabalho pedagógico na escola envolve a elaboração do Projeto
Político Pedagógico do qual decorre a Proposta Pedagógica Curricular, o Plano de Trabalho
Docente e o Plano de ação da Escola, todos regulamentados pelo Regimento Escolar; com o
entendimento de que o trabalho docente deve ser recompensado constantemente para atender
às necessidades de aprendizagem dos alunos, expostas pelo processo de ensino, aprendizagem
e avaliação.
A hora-atividade é priorizada por área, visando facilitar a interação entre os
professores das várias séries e qualificar o atendimento pedagógico.
− Quanto ao Conselho de Classe : O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto
Político-Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as
ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo
ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados
apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares
estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados
coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa estão sendo
cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos
os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações
educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo
ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo (a) diretor (a) e/ou diretor (a) auxiliar, pela
equipe pedagógica, por todos os docentes, podendo ser convidados alunos representantes que
atuam numa mesma turma ano ou série, conforme a seguinte proposta da Escola:
66
- Pré-Conselho de classe sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s);
- Pré-Conselho de classe Integrado, com a participação da equipe pedagógica, da equipe
docente, da representação de alunos e facultativa a pais de alunos por turma e/ou série.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de
Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em calendário
escolar ou extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata, pelo (a) secretário (a) da
escola, como forma de registro das decisões tomadas.
São atribuições do Conselho de Classe:
I.Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e
práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem;
II. Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do
processo ensino e aprendizagem;
III. Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de
aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta
Pedagógica Curricular da escola;
IV. Acompanhar o processo de avaliação de cada turma devendo debater e analisar os dados
qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
V. Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para
série subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em
consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VI. Analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do
estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua divulgação em edital,
observando o Calendário Escolar;
Com o objetivo de respaldar as discussões e as tomadas de decisões ante o
acompanhamento da aprendizagem e o resultado final. Sua legitimidade está vinculada às
decisões tomadas em reunião própria com a direção, com a equipe pedagógica e os
professores, que avaliam o desempenho processual do aluno, num espaço asseguradamente
coletivo.
Constituiu o momento de articulação de ações e encaminhamentos com o objetivo de
67
reavaliar a aprendizagem do aluno e também a organização do trabalho pedagógico da escola.
Há a preocupação em melhorar a dinâmica das reuniões com o apoio dos professores
conselheiros, disponibilizando aos participantes o máximo de informações possíveis sobre
cada turma, visando facilitar o entendimento do processo de aprendizagem diferenciado entre
as turmas.
Deve também analisar e interpretar os dados educacionais com os resultados do IDEB
O pré-conselho é realizado com os professores e equipe pedagógica na hora-atividade dos
professores.
- Quanto aos professores Conselheiros:
* Fazer o mapa de sala (quando solicitado) após diálogo com os demais professores da
turma;
* Proceder a troca de lugares quando solicitado por outros professores, pela orientação
educacional ou se julgar necessário;
* Conversar com os alunos sobre o desenvolvimento de suas relações com todos os
professores, tarefas, trabalhos, disciplinas e organização da sala (lixo, respeito, fila, etc.);
* No conselho de classe, anotar as colocações que forem solicitadas para informar para
a turma, assim como trazer para o conselho informações procedentes dos alunos;
Apoiar, estimular e participar no desenvolvimento de projetos coletivos;
- Quanto aos Pais: Reuniões periódicas dando destaque ao início do ano letivo
informando sobre estruturas e funcionamentos da escola, fornecer informativos constantes
priorizando as informações gerais, programação do trimestre, análise dos resultados ensino-
aprendizagem, oportunizando a família fazer colocações e dar sugestões para melhoria do
ensino.
O livre acesso dos pais à escola do serviço da equipe pedagógica permitindo sua
aproximação com os professores quando necessário.
- Quanto ao educando: Estão amparados pela Lei Federal n° 8069/90 – Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA, da Lei 9394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
LDBEN, Decreto lei 1.044/69 e 6.202/75.
O aluno tem o direito de um ensino de qualidade e condições de acesso e permanência
68
na escola, ser respeitado sem nenhuma espécie de discriminação.
O ensino deve ser ministrado por profissionais habilitados e atualizados
constantemente para atender com qualidade as necessidades do processo ensino-aprendizagem
que promova o conhecimento para o aluno.
Quanto a formação profissional a escola deve incentivar e acompanhar estágios não
obrigatórios, efetivados pelos alunos e desenvolvidos em ambientes de trabalho, que vise à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando regularmente a
escola, de acordo com a legislação em vigência que consta no Regimento Escolar
O educando deve ter assegurado o direito de recuperação de estudos durante o ano
letivo com a utilização de metodologias diferenciadas que possibilitem o acesso ao
conhecimento e a sua promoção.
No caso de enfermidades, o aluno receberá reposição de conteúdos através de tarefas
domiciliares, com o acompanhamento dos professores, da equipe pedagógica e a colaboração
dos responsáveis.
O aluno deve cumprir as normas deliberadas pelo Conselho Escolar que lhes são
representadas por escrito, no início do ano letivo e durante o ano quando houver necessidade,
constando no documento os direitos e deveres do aluno.
Com o intuito de assegurar a permanência do aluno na escola há a colaboração do
Conselho Tutelar, através da ficha FICA, mecanismo que auxilia no combate à evasão escolar
e à faltas recorrentes dos alunos. O combate à evasão escolar deve ser uma política pública e a
FICA é a normatização do Art. 56, inciso II do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Quando a escola não obtém êxito do retorno do aluno através do contato com a
família e outros movimentos necessários para esse fim, encaminha a ficha FICA para o
Conselho Tutelar.
- Quanto aos docentes: Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos dos
conhecimentos científicos, cabe o papel de mediador, isto é, de desenvolver procedimentos
adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento científico.
O professor deve dominar com consistência os fundamentos da sua prática pedagógica
e apoiada neste domínio, garantir o método e as estratégias necessárias ao processo ensino-
aprendizagem, garantindo a participação dos alunos.
O professor deve cumprir o regulamento próprio fornecido de forma escrita pelo
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Conselho Escolar no início do ano letivo. Este regulamento estabelece atribuições específicas
em relação às suas atribuições e à organização do trabalho pedagógico.
- Quanto à avaliação: A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo
aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados.
A avaliação deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino e da aprendizagem,
bem como à orientação das Diretrizes Curriculares e a Proposta Pedagógica Curricular. Na
avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos da aprendizagem. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese
e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno
em diferentes experiências de aprendizagem, dos componentes curriculares, independente do
respectivo tratamento metodológico. É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a
uma só oportunidade de aferição.
A avaliação será trimestral, sendo composta pela somatória das notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ ou bloco de conteúdos afins, previstas para o trimestre
no Plano de Trabalho Docente atendendo as especificidades de cada disciplina.
Cada disciplina, obrigatoriamente deverá ter no decorrer do trimestre, no mínimo 02
(duas) avaliações para cada conteúdo específico ou bloco de conteúdos afins e suas
respectivas recuperações de estudos organizadas com atividades significativas, por meio de
procedimentos didáticos, metodológicos diversificados.
Ao final de cada trimestre será registrada a média que representará o aproveitamento
escolar do aluno, obtida pela somatória dos melhores resultados das diferentes avaliações
realizadas para cada conteúdo específico e/ou blocos de conteúdos afins, em cada disciplina.
A avaliação deve utilizar procedimentos que leve em conta os avanços que o aluno
obtenha em relação a si mesmo e não em relação aos demais alunos da sala.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
70
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo
aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o
estabelecimento de novas ações pedagógicas onde caberá ao professor:
Definir, no Plano de Trabalho Docente, os conteúdos a serem trabalhados a cada
trimestre, atribuindo-lhes valor para o processo de avaliação, que somados chegar-se-á ao
total máximo de 10,0.
Estabelecer a metodologia, os procedimentos e critérios de avaliação utilizando
instrumentos diferenciados (prova escrita, seminários, pesquisas, trabalho em grupo, prova
oral, relatórios, etc.), para cada conteúdo previsto no trimestre.
Cada intervenção realizada pelo professor, a fim de promover à aprendizagem do
aluno, deverá ser registrada fidedignamente no Livro de Registro de Classe.
Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação das séries,
a cada trimestre, devendo analisar e deliberar sobre os dados intervenientes na aprendizagem;
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino-aprendizagem.
A recuperação de estudos adequada às dificuldades dos alunos deverá constituir um
conjunto integrado ao processo de ensino-aprendizagem, ocorrendo ao longo de cada
trimestre simultaneamente às atividades previstas para o período, a fim de que sejam
asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
A promoção do aluno deverá ser o resultado do aproveitamento escolar, expresso na
forma de notas adotadas pelo estabelecimento, e da apuração da assiduidade, incluída a
recuperação de estudos, conforme critério e forma determinada pelo Regimento Escolar.
Serão considerados aprovados no final do ano letivo os alunos que apresentarem
frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que apresentarem:
Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar.
Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula
zero) em cada disciplina.
71
Para fins de promoção as médias serão obtidas através do seguinte cálculo:
− MA= 1º trim. + 2º trim. + 3º trim.
− 3
− SISTEMA DE AVALIAÇÃO
FREQUÊNCIA RENDIMENTO RESULTADO
− 75% OU MAIS − 6,0 OU MAIS APROVADO
− MENOS DE 75% − QUALQUER REPROVADO
− 75% OU MAIS − MENOS DE 6,0 REPROVADO
A disciplina de Ensino religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não
tendo registro de notas na documentação escolar, sendo optativo para o aluno.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente
inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação
escolar, expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
A avaliação deve expressar através de instruções e critérios bem definidos, guiada pela
coerência entre a concepção de avaliação expressa no Projeto Político-Pedagógico, na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96 no Regimento Escolar sendo
necessária a definição de sua forma no Plano de Trabalho docente.
A avaliação entendida como um processo intencional e planejado é um conjunto de
atuações que tem a função de sustentar e orientar a intervenção pedagógica, sendo contínua,
cumulativa e sistemática da interpretação qualitativa do conhecimento construído no processo
ensino aprendizagem.
O desenvolvimento global do aluno é refletido, considerando as características
individuais com preponderância dos aspectos qualitativos, realizando ajustes necessários para
que o aluno obtenha êxito, evitando a comparação dos alunos entre si.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, com relevância à atividade crítica, a capacidade de síntese e elaboração
pessoal sobre a memorização.
72
São propostas reuniões periódicas para analisar os resultados das avaliações e quais
instrumentos avaliativos que melhor qualificam os resultados obtidos pelos alunos,
mensalmente organizadas de acordo com a hora-atividade.
A implantação do sistema de avaliação trimestral tem o objetivo de flexibilizar o
processo avaliativo, disponibilizando ao aluno a recuperação de conteúdos automática,
qualificando seus resultados.
Analisando o domínio dos conhecimentos pelos alunos, quando necessário há o
encaminhamento e acompanhamento dos mesmos para a sala de apoio e sala de recursos.
A recuperação de estudos é oportunizada ao aluno independente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos, organizada com atividades significativas e
procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o ano letivo pelo aluno
e professor, observando os avanços e necessidades detectadas para estabelecer novas ações
pedagógicas e adaptações curriculares para alunos de Sala de Recursos.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatíveis com
a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais, podendo
ser realizada:
I. Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na
própria escola;
II. Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior,
considerando a classificação da escola de origem;
III. Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno
na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência,
adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes
ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
I. Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efetivar o
processo;
II. Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica;
III. Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter o
respectivo consentimento;
73
IV. Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.
A reclassificação é um processo pedagógico pelo qual o estabelecimento de ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos
compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o
seu Histórico Escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da possibilidade
de avanço em qualquer ano/carga horária da (as) disciplina (s) do nível da Educação Básica ,
quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a reclassificação para conclusão
do Ensino Médio.
O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de
aprendizagem , apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência no
ano/disciplina (s), deverá notificar o NRE para que este proceda à orientação e
acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar reclassificação,
facultando à escola aprová-lo.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando os
documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam
arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois
anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a Pasta
Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de
ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado a SEED.
O estabelecimento de ensino não oferta aos alunos matrícula com Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão
aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
- Quanto à Equipe Pedagógica: O pedagogo responde pela mediação, organização,
74
integração e articulação do trabalho pedagógico, dando suporte teórico-metodológico ao
trabalho docente e aos aspectos da prática pedagógica que ocorre na escola.
Cabe também à equipe pedagógica verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos, relações estabelecidas na ação pedagógica educativa e adaptações
curriculares para os alunos com dificuldade de aprendizagem, estão sendo cumpridas, de
forma coerente, ao Projeto Político Pedagógico.
Em relação ao estágio não-obrigatório o professor pedagogo tem como função
acompanhar orientar e avaliar as atividades do estágio em consonância com o Plano de
Estágio, organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno
solicitando relatórios da parte concedente e do aluno, explicitar a proposta pedagógica da
instituição de ensino e do plano de estágio não obrigatório à parte concedente, orientar parte
concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio, sobre a legislação educacional e sobre as
normas de realização do estagio.
Deve também garantir a efetivação dos projetos da escola que cumpram com sua
função política, pedagógica e social. A equipe pedagógica tem suas funções explicitadas no
Regimento Escolar.
- Quanto dar à público o trabalho da escola: Há intenção de tomar visível o trabalho
escolar não só no âmbito da escola, mas, também fora dela. Tornando público o produto do
seu trabalho a escola realimenta a sua própria forma de produção.
Ao invés da artificialidade das tarefas escolares o que se passa a ter é uma atividade
dirigida a alguém, dirigida ao outro para que seja vista, apreciada e lida.
Quando se tem um interlocutor garantindo para um trabalho escolar, este passa a ter
finalidade, pois está concretamente dirigido a um público real e não apenas a um professor
para que o avalie a seu modo.
As atividades escolares dirigidas ao público, à comunidade é o resultado de uma escola
produtiva. Há a preocupação de se trabalhar com valores: ética, saúde, lazer, alegria,
convivência fraterna, busca de identidade junto à comunidade que a escola se situa, falar dos
alunos a seus pais, às outras instituições, à sociedade e, ao mesmo tempo, que eles nos falem.
- Quanto a atividade Complementar Curricular de Contraturno: O desenvolvimento da
atividade de basquetebol tem como propósito o planejamento técnico, conteúdos e
75
metodologias específicos de trabalho para esta modalidade de esporte que estão explicitados
no Plano de Trabalho Docente. Os alunos são convidados para participar da atividade em
contraturno e a seleção é feita através de inscrição onde os 50 primeiros inscritos poderão
participar da atividade complementar.
-Quanto a Educação Especial: O ingresso para a Sala de Recursos Multifuncional tipo 1
se efetiva a partir da avaliação psicoeducacional no contexto escolar de forma a reconhecer
as necessidades especiais do educando com indicativos de:
Deficiência Intelectual – a avaliação deverá ser realizada pelo professor de SRM1 e / ou
pedagogo e acrescida de parecer psicológico com diagnóstico de deficiência.
Deficiência física neuromotora – a avaliação inicial deverá ser realizada pelo professor
SRM1 e/ ou pedagogo da escola acrescida de parecer de fisioterapeuta e fonoaudiólogo e em
casos de deficiência intelectual associado, complementar com parecer psicológico.
Transtornos Globais do desenvolvimento - Inicialmente deverá ser realizada a avaliação
pelo professor de SRM1 e/ou pedagogo da escola, acrescida necessariamente por psiquiatra
ou neurologista e complementada, quando necessário, por psicologo.
Transtornos funcionais específicos – Inicialmente a avaliação deverá ser realizada pelo
professor de SRM1 e/ou pedagogo da escola sendo que: para distúrbios de aprendizagem
deve ser acrescido de parecer de especialista em psicopedagogia e / ou fonoaudiólogo e
quando necessário, complementada por psicologo.
Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH – acrescido de parecer
neurológico e /ou psiquiátrico e complementada quando necessário por psicologo.
A elaboração das atividades são realizadas de acordo com as avaliações especificas de
cada aluno e trabalhadas individualmente afim de assegurar condições para continuidade de
estudos e eliminar as barreiras no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
O acompanhamento das ações é realizado através de planejamento individual de cada
aluno, do livro de registro de classe e das atividades realizadas na sala de aula regular e
também nas salas de SRM1. Os professores das salas de aula regular propiciam adaptações
curriculares para os alunos que frequentam as Salas de Recursos em relação ao tempo de
aprendizagem, metodologias diferenciadas e avaliações específicas com a auxilio dos
professores da educação especial.
76
-Quanto a Sala de Apoio a Aprendizagem: A seleção dos alunos é feita pelo
diagnóstico dos professores regentes das disciplinas de língua portuguesa e matemática, de
acordo com os conteúdos considerados básicos para as séries contempladas, assinalando na
ficha de indicação as situações em que o aluno se encontra em relação a cada conteúdo,
considerando o nível de conhecimento esperado para o aluno de acordo como o ano da
educação básica em que esta cursando.
As atividades são elaboradas de acordo com o plano de trabalho docente das Salas de
Apoio e as metodologias são adequadas às necessidades dos alunos, diferenciando-se das
atividades da classe comum.
Quando há superação das dificuldades apresentadas pelos alunos a equipe pedagógica
em concordância com o professor regente, providenciam a substituição, oportunizando o
atendimento de novos alunos no programa.
A equipe pedagógica acompanha as ações realizadas tais como: diagnóstico das
dificuldades; orientação das famílias, ficha de encaminhamento, plano de trabalho docente,
ações pedagógicas, livro de registro de classe e parecer final dos alunos.
- Quanto ao CELEM: A seleção dos alunos é feita através de convite nas diversas
turnas do Colégio, aos professores e à comunidade. A elaboração das atividades e realizada
através de estudo de textos que permitam explorar as práticas de leitura, da escrita e da
oralidade, incentivando a pesquisa e a reflexão, proporcionando maior interação humana,
estabelecendo como elementos indispensáveis que estarão presentes em qualquer situação de
interação do aluno cm a língua estrangeira, seja em que prática for, os conhecimentos
linguísticos, discursivos, culturais e sócio pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras
gramaticais. Os discursivos aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada
gama de praticas sociais. Os culturais, a tudo aquilo que um grupo social vive e à forma como
concebem a vida. E, finalmente, os conhecimentos sócio pragmáticos, que tratam dos valores
ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico
particular.
O acompanhamento das ações é feito através do plano de trabalho docente, pelo livro
registro de classe e pela observação das atividades realizadas em sala de aula pelo professor e
alunos. Neste Colégio, o CELEM oferta o idioma espanhol, curso básico de 2 anos, 320 horas
77
de duração e quatro horas-aula semanais.
3 - FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada dos profissionais da educação tem sido valorizada de forma
permanente nos últimos anos pelo governo do Estado do Paraná. São oportunidades de
formação que transformam a prática pedagógica e a atuação de todos os envolvidos com a
educação.
Para isso, contamos com os cursos de capacitação ofertados pela SEED; os cursos
ofertados pelo MEC (TV Escola); os grupos de Estudo nas escolas; capacitação na semana
pedagógica; jornada pedagógica ofertadas pela SEED; elaboração do projeto político
pedagógico; Profuncionário; PDE; Implementação dos projetos de intervenção do programa
PDE; Encontros aos sábados (disciplinas); Participação no FOLHAS; Grupos de trabalhos em
rede – GTR; TV Paulo Freire e outros.
As oficinas pedagógicas específicas para funcionários, Agentes Educacional I e II
com a intenção de melhorar o ambiente escolar não só em sala de aula, mas também em seu
todo.
4. OTIMIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO ESCOLAR:
De acordo com os projetos desenvolvidos no Colégio, número de turmas e turnos, a
equipe pedagógica, analisará os planejamentos e encaminhamentos feitos por cada professor
e assim montará os horários de:
Horário para troca de livros e pesquisa na biblioteca;
Horário para o uso das quadras de esporte;
Horário para as aulas do CELEM;
Horário para as aulas da Sala de Recursos Multifuncional;
Horário para as aulas da Sala de Apoio;
Horário para a reposição de aulas por parte dos professores;
Horário para o uso dos laboratórios de informática e ciências;
Horário para atividade complementar curricular de basquetebol;
Horário para os professores desenvolverem suas práticas pedagógicas.
78
REGULAMENTO DA SALA DE INFORMÁTICA – (INTERNO)
O Laboratório de Informática constitui uma importante infra-estrutura e funciona
como instrumento de apoio para as atividades acadêmicas a serem desenvolvidas.
O ambiente oferece espaço e equipamentos de informática e multimídia para
atividades de ensino, pesquisa e extensão, que visem:
Estimular e promover o conhecimento das tecnologias informatizadas aplicadas à
comunicação e ao aprendizado em geral dos alunos;
Desenvolver projetos de pesquisa e extensão individual ou coletivos;
Promover a interação das atividades desenvolvidas;
Dar o suporte às disciplinas dos cursos regulares;
NORMAS:
Todos os usuários são responsáveis pelo uso correto dos equipamentos (desta forma
atitudes indevidas podem ocorrer a suspensão da turma ou do aluno/responsável pela
infração);
O usuário deve estar ciente que suas ações podem ser monitoradas caso haja suspeitas
de mal-uso dos equipamentos e recursos.
O docente tem o direito de não permitir a presença de alunos estranhos à aula, visando
o bom andamento dos trabalhos ou se a sala estiver completamente ocupada por
alunos pertencentes à turma.
O Laboratório de Informática deverá ser reservado com antecedência obedecendo às
seguintes regras: professor antecedência de 03 dias – alunos antecedência de 01 dia;
É expressamente proibido o consumo de bebidas e alimentos, mp3, celular e outros
objetos estranhos no interior do Laboratório de Informática.
Os usuários são responsáveis por utilizar o mínimo de recursos possíveis, limitando-se
a atividades acadêmicas e tendo em mente que os recursos são compartilhados entre
vários usuários. Isto inclui que o usuário não deve tentar causar prejuízo a qualquer
79
estação de trabalho ou utilizar programas de terceiros, principalmente aqueles de fácil
obtenção (clientes de ICQ, ORKUT, YOUTUBE, FACEBOOK, entre outros).
Todo e qualquer problema deve ser comunicado, de imediato, ao funcionário do
laboratório ou professor (a) para verificação; (se o defeito for ocasionado por quebra
das normas o aluno que estiver no equipamento será responsabilizado);
- Para um melhor funcionamento do Laboratório de Informática, fica proibido aos
usuários:
• Modificar as instalações físicas do laboratório;
• Instalação de qualquer tipo de aplicativos/softwares de qualquer natureza;
• Mudanças nas configurações das estações de trabalho;
• Troca de periféricos (mouse, teclado, monitor de vídeo, etc.) ou equipamentos de
lugar;
• Acesso à sites de conteúdo pornográfico ou qualquer outro que possa vir a
denegrir a imagem da instituição;
• Uso de jogos;
É expressamente proibida a impressão;
Os alunos poderão utilizar os Laboratórios de Informática desde que:
- Estejam acompanhados com o professor da disciplina;
- E somente em contraturno, uniformizados e conforme agendamento antecipado;
- E dever do (a) professor (a) e dos alunos manter a organização do Laboratório , não
jogar lixo no chão ou nas mesas, colocar as cadeiras no lugar e zelar pelos equipamentos;
É dever dos alunos e professores cumprirem todas as normas de utilizando o
Laboratório de Informática;
O Laboratório de Informática não poderá funcionar sem a presença de uma pessoa
responsável, ou um professor;
O não cumprimento destas normas pode levar à proibição da utilização do laboratório.
Os casos de omissão serão resolvidos pela Direção do Colégio – (Qualquer
indisciplina, insubordinação ou desrespeito às normas vigentes, serão aplicadas
80
penalidades estabelecidas no Regimento Interno desta instituição de ensino)
REGULAMENTO DA BIBLIOTECA – (INTERNO)
A biblioteca escolar é uma estrutura fundamental da organização pedagógica
constituindo um recurso de orientação educativa essencial e de enriquecimento curricular,
para a promoção da leitura e para a ocupação de tempos livres e de lazer.
Seu acervo é composto por livros, obras de referência, periódicos, mapas,
instrumentos de coleta, fitas de vídeo, cd-rom, dvd e por outros materiais.
Possui instalações adequadas, espaços e equipamentos disponibilizados a comunidade
e a sua intervenção no contexto educativo, tem objetivos de natureza informativa, educativa,
cultural e recreativa.
A Biblioteca permanece aberta para atendimento aos alunos e comunidade, nos dias
úteis, exceto nos feriados e pontos facultativos, no período da manhã (7:30 às 11:30) e tarde
(13:30 às 17:30), podendo esse horário ser alterado, de acordo com as demandas a serem
atendidas.
Para organizar e desenvolver suas atividades, a Biblioteca tem por objetivos gerais:
a) atender às necessidades do público interno – alunos e professores;
b) atender ao público externo (comunidade) interessado em consultar seus acervos;
c) preservar, organizar e disponibilizar os acervos para os usuários.
Podem utilizar a Biblioteca Escolar:
a) Alunos e Educadores do Colégio Estadual Leonel Franca;
b) Outros utilizadores, nomeadamente encarregados de educação e outras pessoas da
comunidade, desde que devidamente identificados.
A Biblioteca Escolar deve ser utilizada para os seguintes fins:
a) Apoio ao desenvolvimento curricular;
b) Atividades relacionadas com a promoção da leitura, trabalho individual ou em
grupo; orientação para o estudo; atividades de dinamização e animação cultural e de ocupação
81
dos tempos livres;
c) Para a retirada de materiais, por empréstimo, o usuário deverá estar previamente
credenciado, ou seja, matriculado no estabelecimento.
Todos os utilizadores têm o dever de:
* Respeitar prazos de devoluções ou re-locação do livro;
* Manter em bom estado de conservação os materiais que lhes são facultados.
* O aluno que perder ou danificar qualquer material (livro), terá de repor;
* Empréstimos só poderão ser feitos nos dias estipulados (agendamento por turma);
* Contribuir para a manutenção de um bom ambiente nas várias zonas funcionais: entrar
ordeiramente; manter o silêncio, trabalhar com o mínimo ruído possível; não consumir
alimentos nem bebidas; não alterar o posicionamento do equipamento e do fundo documental;
* Acatar as indicações que forem transmitidas pela assistente operacional, professor,
bibliotecário ou outro professor presente, sob pena de poder ser convidado a abandonar o
espaço.
* Quando da perca da carteirinha de identificação, o aluno deverá solicitar a emissão de uma
segunda via junto à biblioteca;
* Cumprir as normas estabelecidas do Regimento Escolar.
REGULAMENTO - RÁDIO NA ESCOLA (INTERNO)
Considerando o fato de que o rádio é um veículo de grande abrangência social que
integra diferentes classes culturais e sociais, este veículo de comunicação no ambiente escolar
tem a finalidade de ampliar e estimular a produção e transmissão de conhecimentos.
Objetivando favorecer a interação entre os alunos durante o horário de intervalo
(recreio) e oportunizado aos mesmos momentos de incentivo à cultura e à diversidade
promovendo assim a paz e a igualdade.
Com a comunicação cada vez mais envolvente e uma participação cada vez mais
parceira e ativa entre educadores e educandos, o ensino torna-se mais dinâmico, atrativo e
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conseguiremos alcançar nossos principais objetivos: O de formar cidadãos mais conscientes,
críticos e participativos na sociedade em que estão inseridos.
NORMAS PARA PARTICIPAÇÃO NO FUNCIONAMENTO DA RÁDIO
1. Só poderá ser radialista escolar alunos regularmente matriculados na escola nas séries
no Ensino Médio ( matutino/noturno e 9º ano vespertino);
2. A participação da turma na gestão da rádio será mensal;
3. A turma poderá indicar 2 alunos para ser os DJ's a cada semana ou trocar a dupla
semanalmente;
4. Compromisso disciplinar da turma:
− conduta ética de todos os alunos;
− baixo número de registros no caderno de sala do professor;
− evitar atraso para entrar na sala após o recreio;
− não sair da sala na troca de professor;
− uniforme/ sala limpa sem papéis pelo chão e carteiras no lugar;
5. Requisitos individuais para ser DJ;
− não ter anotações em seu nome no caderno de sala do professor;
− não ter ocorrências;
− não ter solicitação de comparecimento do responsável;
− notas acima de 6,0 ( média);
6. A ordem de gestão da rádio será feita por sorteio entre turmas interessadas;
7. Os representantes que compareceram na reunião deverão assumir o compromisso de
coordenadores da turma para assuntos da rádio e seus deveres são:
− fazer o sorteio das duplas semanais;
− apresentar a lista de nomes das duplas para a direção;
− orientar as duplas sobre a escolha das músicas e volume do som;
− cuidar para que dentro da sala da rádio só permaneçam os responsáveis da semana;
− responsabilizar pelos equipamentos;
− garantir que a dupla da semana zele pelos equipamentos;
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− zelar para que a saída da dupla da sala de aula seja apenas 5 minutos antes de bater o
sinal para o recreio;
− zelar para que o rádio seja desligado e a porta fechada assim que bater o sinal que
encerra o recreio;
8. A rádio no 1º semestre/2011 terá início no dia 02/05 (dois de maio), de acordo com o
sorteio a ser feito após os coordenadores assinarem o termo de compromisso em nome
da turma;
9. As duplas deverão ser apresentadas para a direção e cada uma delas deverá assinar o
termo de compromisso para operar a rádio por tempo determinado;
10. Caso ocorra o descumprimento das normas acima descritas, a turma perderá condição
de participar da gestão da rádio no ano letivo de 2011.
EVENTOS
Como forma de proporcionar oportunidades de aprendizagem e interação, o Colégio
oferece:
Durante o mês de junho como forma de estimular as tradições folclóricas e promover a
socialização entre alunos, professores e funcionários, o espaço físico e decorado com enfeites
alusivos e finaliza com uma festa junina interna;
No mês de agosto como forma de estimular a prática esportiva e a socialização entre as
diferentes turmas, torneio intercalasses de futsal; vôlei; basquetebol; handebol e atletismo.
Como forma de desenvolver ações de cidadania e consciência de recuperação e
preservação do patrimônio público e do meio ambiente, semestralmente promove um mutirão
de limpeza interna do Colégio, contando com o envolvimento de professores, alunos e
funcionários;
Ao final de cada mês, para finalizar o projeto SER-AGENDA 21, os professores
organizam ações culturais, beneficentes, esportivas ou visitas envolvendo os alunos. A cada
mês é trabalhado um tema diferente;
Durante todo o ano letivo é desenvolvido um trabalho de educação sexual, no sentido de
prevenir a gravidez na adolescência, as DSTs, e o uso de drogas. As atividades são orientadas
por professores, profissionais da saúde e pedagogas.
Há também a participação da escola em todos os projetos delineados pela Secretaria
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Estadual de Educação e NRE de Paranavaí, envolvendo a comunidade escolar em atividades
como: prevenção da dengue, consciência Negra, dia do desafio, maratona de matemática e
língua portuguesa, semana da pátria, dia internacional da mulher entre outros.
Buscando uma escola de qualidade, a formação continuada, valoriza os saberes práticos,
pedagógicos e a prática reflexiva dos educadores (Agentes I e Agentes II), e através da
profissionalização (Profuncionario) e cursos que estão sendo desenvolvidos oportunizando a
produção de projetos como:
- Reciclagem ( realizada pelos alunos dentro do refeitório);
- Segurança no trabalho (realizada pelas agentes educacionais I) ;
- Projeto “Eu li e Comentei” ( Biblioteca)
− Comunicação e Imagem ( Agentes Educacionais II)
O Colégio oferece a todos alunos a oportunidade de participar da Olimpíada Brasileira
de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) promovida pelo Ministério da Educação e pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), e realizada pelo /instituto Nacional de
Matemática Pura e Aplicada (IMPA) com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática
(SBM), com objetivo de estimular e promover o estudo da matemática entre os alunos.
VI – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político Pedagógico será contínua e com a participação de
todos os envolvidos com o processo educacional do Colégio. Os mecanismos de avaliação
deste Projeto Político Pedagógico se constitui em instrumento de avaliação dos próprios
objetivos, metas e estratégias propostas.
Para fazer a avaliação do que foi executado é muito importante partir das metas
estabelecidas e das formas de verificação utilizadas para o funcionamento, faz-se
periodicamente a análise dos resultados alcançados permitindo o planejamento e
replanejamento das ações.
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VII - REFERÊNCIAS
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88