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Autorização de Funcionamento - Decreto nº 3749/77 - Diário Oficial do Estado 25/08/77
Reconhecimento do Estabelecimento - Resolução nº 3059/81 - Diário Oficial do Estado 14/01/82
Reconhecimento do Curso - Resolução nº 1926/03 - Diário Oficial do Estado 24/07/2003
Rua Rocha Pombo, 556 - Telefone (43) 3523-6935 - Cornélio Procópio - Paraná.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Cornélio Procópio 2017
O formador de homens é aquele que possibilita acesso à cultura, organizando o processo de
formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos
quais se chega ao domínio de patrimônio cultural acumulado pela humanidade.
Dermeval Saviani
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 05 2 APRESENTAÇÃO DO C. E. CRISTO REI – E. NORMAL ............... 07 2.1 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................... 07 2.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO ...................................................................... 07 2.3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ................................................................... 11 2.4 JUSTIFICATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO...................................... 14 2.5 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL ........................................................... 15 2.6 ASPECTOS HUMANOS E PEDAGÓGICOS................................................. 18 2.6.1 PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO C. E. CRISTO REI – E. NORMAL................ 18 2.6.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ............................................................................ 18 2.6.3 CORPO DISCENTE ....................................................................................... 19 3 MARCO SITUACIONAL – DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO........ 21 3.1 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................... 21 3.2 PERCEPÇÕES E PERSPECTIVAS DA COMUNIDADE ESCOLAR ..................... 22 3.3 ORGANICIDADE E INTENCIONALIDADE DO COLÉGIO ................................ 24 3.4 RESULTADOS DO APROVEITAMENTO ESCOLAR – ASPECTOS
QUANTITATIVOS ....................................................................................
24 4 MARCO CONCEITUAL – FUNDAMENTOS .................................... 26 4.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS ................................. 26 4.2 CONCEPÇÕES .................................................................................... 29 4.2.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ......................................................................... 29 4.2.2 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................................ 29 4.2.3 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ................................................................. 30 4.2.4 CONCEPÇÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO ..................................................... 31 4.2.5 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ...................................................................... 32
4.3 A SOCIEDADE QUE TEMOS E A QUE QUEREMOS .................................... 33 4.4 PERFIL DO PROFISSIONAL DO CURSO ................................................... 34 4.5 OBJETIVOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES ........................... 37 4.6 OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUA RELAÇÃO COM O CURSO
DE FORMAÇÃO DE DOCENTES...............................................................
38 5 MARCO OPERACIONAL ................................................................ 42 5.1 MATRIZ CURRICULAR ......................................................................... 42 5.2 CALENDÁRIO ESCOLAR ....................................................................... 43 5.3 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ......................................................... 44 5.4 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO ........................ 48 5.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ..................................... 49 5.6 ESTÁGIO ........................................................................................... 50 6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ............................................................ 53 6.1 CONSELHO DE CLASSE ...................................................................... 57 6.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................. 58 7 PLANO DE AÇÃO ........................................................................... 63
8 REFERÊNCIAS .................................................................................. 70 9 ANEXOS ............................................................................................ 72 ANEXO 1 - APMF – GESTÃO 2017 – 2018 ............................................ 73 ANEXO 2 - CONSELHO ESCOLAR – GESTÃO 2016 – 2017 ...................... 74 ANEXO 3 - GRÊMIO ESTUDANTIL “OLAVO BILAC” – GESTÃO 2017 – 2018 75 ANEXO 4 - QUADRO DE PROFESSORES – 2017........................................ 76 ANEXO 5 - QUADRO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO – 2017 ................ 79 ANEXO 6 - PLANO DE ESTÁGIO .............................................................. 80 ANEXO 7 - PLANO DE COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA ................ 94
5
1. INTRODUÇÃO
Reconhecer a educação como um ato político, que possui uma
intencionalidade, remete a conceber o papel político e pedagógico que a escola
cumpre e a constitui como um espaço de emancipação e construção histórica
da humanidade. Entende-se a escola como uma das instâncias educativas da
sociedade e o trabalho pedagógico nela desenvolvido como uma prática social
de educação.
É, portanto, o Projeto Político Pedagógico (PPP), o elemento norteador
das ações educativas escolares e traz em si uma forma específica da escola
compreender seu papel na sociedade.
Todo projeto pedagógico é necessariamente político. É ele que indica os
rumos da escola e retrata sua identidade (OLIVEIRA, 1990). Entretanto é
sempre um processo inconcluso, poie é uma previsão de futuro que orienta as
ações do presente.
O PPP não é um produto ou um plano elaborado para ser arquivado ou
para cumprir uma tarefa burocrática. Ele é um processo de trabalho coletivo
dos profissionais da escola e deve ser construído, reconstruído e vivenciado
por todos do ambiente escolar.
De acordo com SOUZA, et.al (2005), o PPP pode ser entendido como
um processo que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para
organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola e
sua dimensão pressupõe uma construção participativa envolvendo os diversos
segmentos escolares.
Considerando o pressuposto da construção coletiva e participativa, a
reconstrução do PPP do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal teve
como princípios: rever os fundamentos conceituais dos documentos
orientadores, tais como: LDBEN/96, Instrução 03/2015 – SEED/SUDE,
Instrução 01/2017 – SUED/SEED, Deliberação 007/99; refletir sobre a função
social da escola pública, bem como a deste Colégio; e, sobretudo reanalisar o
PPP desta Instituição de Ensino, que foi revisado pela ultima vez em 2014.
Nesta perspectiva foi oportunizada a toda comunidade escolar,
momentos de discussão e reflexão sobre a prática pedagógica do Colégio e
6
ainda propostas e planos para se atingir os objetivos determinados pela própria
comunidade escolar.
Este documento apresenta-se em unidades que contemplam a
apresentação do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, sua
identificação, história e características da comunidade escolar; o marco
situacional, isto é, o diagnóstico da escola, as percepções e as perspectivas
em relação à gestão, à aprendizagem, etc.; o marco conceitual, que refere-se a
filosofia e concepções dos princípios didático-pedagógicos; e o marco
operacional que abrange as ações didático-pedagógicas, o sistema de
avaliação, bem como o Plano de Ação da escola, que vem sendo construído e
executado nos últimos quatro anos.
Antes de ser apenas um documento, este projeto é o retrato do Colégio
e reflete sua realidade e intencionalidade.
7
2. APRESENTAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL CRISTO REI – ENSINO NORMAL
2.1 IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal – Cod.:00020
Endereço: Rua Rocha Pombo, 556
Bairro: Centro
CEP: 86300-000
Telefone/Fax: (43) 3523-6935
Site: www.cppcristorei.seed.pr.gov.br
E-mail: [email protected]
Município: Cornélio Procópio – PR – Cod.: 0640
NRE: Cornélio Procópio
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado
da Educação – SEED/PR
Regimento Escolar: Ato Administrativo nº
2.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO
Em 22 de abril de 1955 o Governador em exercício, Antônio Anibelli,
assinou o Decreto nº 16.824 criando a Escola Normal Secundária de Cornélio
Procópio, a primeira escola estadual de nível secundário de nossa cidade. A
instalação ocorreu no dia 27 de abril do mesmo ano, assumindo a Direção, em
caráter provisório, o Prof. Ângelo Mazzarotto. As atividades letivas tiveram
início em 08 de maio de 1955, após exame de seleção. As aulas da 1ª turma
aconteceram nas salas do Ginásio Castro Alves e o ano letivo foi prorrogado
até o início de 1956.
Após a implantação do Curso, o colégio passou por inúmeras mudanças
de espaço físico (nove), funcionando em diferentes locais: Salão Dom Bosco;
Edifício Marivone; 3º Grupo, juntamente com a Escola Estadual Coronel
8
Francisco Moreira da Costa; prédio do Banco do Estado do Paraná; Grupo
Escolar Zulmira Marchesi da Silva; Lar São Vicente de Paula; Prefeitura
Municipal (Rua Paraíba, 163); prédio no Jardim Progresso; FAFI – Cornélio
Procópio; adquirindo prédio próprio em 1992, o mesmo ocupado anteriormente,
com a Escola Coronel Francisco Moreira da Costa, extinta naquele ano.
Em abril de 1956 assumiu a Direção, em caráter definitivo, a Prof.ª
Orlyza Almeida Pitelli. Fato importante ocorreu em dezembro de 1958, quando,
em consulta à, foi escolhido “Cristo Rei” para patrono. A partir de então o nome
passou a ser Escola Normal Cristo Rei.
A Prof.ª Orlyza foi substituída pela Professora Stela Azzolini Bassit.
Durante todo o período, inúmeras campanhas de arrecadação foram
realizadas, tanto de livros como de mobiliário. A Prof.ª Iderle Borges Monteiro
assumiu a direção em abril de 1962, permanecendo até fevereiro de 1965.
Neste ano a bandeira do Colégio, em uso até a presente data, foi criada e
confeccionada.
A professora Nelly Magalhães assumiu a direção em 1966 e, em 1969 a
professora Ivone Terezinha Russo Chaves. A Prof.ª Nelly reassumiu a Direção
e implantou a Habilitação Técnico em Decoração. O Decreto 3749, de agosto
de 1977, autorizou o funcionamento da escola como parte do Complexo
Escolar Jatir Gonçalves Correia, com a denominação de Colégio Cristo Rei. No
ano seguinte foi implantado a Habilitação Básico em Saúde.
A Prof.ª Ivone assumiu, novamente, a Direção em 1978. Em 1980 a
escola recebeu a denominação de Centro de Excelência do Magistério,
classificação determinada pelo Departamento de 2º Grau da SEED, com o
objetivo de melhoria crescente de qualidade.
A Prof.ª Clarice Gomes Gebara tomou posse, como Diretora, em julho
de 1982, indicada pelo corpo docente. Implantou a habilitação Pré-Escolar –
Estudos Adicionais. No término de 1984, em virtude da aposentadoria da Prof.ª
Clarice, assumiu a direção a Secretária do colégio, Mara Peixoto Pessôa. Em
1985 a Prof.ª Rosa Maria Campos tomou posse como Diretora, tendo sido
indicada pelo corpo docente. Sua escolha foi ratificada pela eleição
democrática.
A Prof.ª Mara Peixoto Pessôa assumiu a Direção em 1988. E no ano
seguinte também, eleita democraticamente para a gestão 89/91.
9
O Conselho Escolar foi implantado em 1991. A Prof.ª Mara foi
reconduzida ao cargo de Diretora, para a gestão 93/95, após eleição
democrática.
Em comemoração aos 40 anos de fundação, em 1995, o hino do Colégio
foi composto, com letra e música de Damasco Sotille.
Em 1996 assumiu a Direção, após eleição, a Prof.ª Maria Salete Closs
Fonseca, permanecendo até o final de 1997. Neste período o governo do
Estado - administração Jaime Lerner – propôs a adesão ao PROEM, que não
foi aceito pela comunidade do colégio, embora a Direção e alguns professores
tenham se apresentado favoráveis à adesão.
A Prof.ª Mara reassumiu a Direção, por eleição democrática, no início de
1998, tendo a Prof.ª Indá Ribeiro de Almeida como Diretora Auxiliar. Em julho
do mesmo ano esta se aposentou e a Prof.ª Célia Miyuki Yamasaki assumiu a
referida função. Estudos da Equipe Pedagógica e do Corpo Docente foram
iniciados para a elaboração da Proposta Curricular, adequando-se às Diretrizes
do Ensino Médio – Modalidade Normal.
Em todo este período a caminhada foi solitária, pois, pela não adesão ao
PROEM - garantindo a oferta do Curso ‘Magistério’ – o colégio não teve
assessoramento pedagógico, nem tampouco, benfeitoria no espaço físico.
A Profª Mara, após processo seletivo de Diretores, manteve-se na
função até dezembro de 2003. Com a ação do tempo e o ataque de cupins,
sem intervenção do mantenedor, o prédio foi interditado em julho de 2003. Vale
registrar que tal fato foi uma solicitação da Diretora, haja vista que todas as
solicitações de tomada de providências foram inúmeras vezes solicitadas e não
atendidas. No final deste mesmo ano aconteceu nova eleição. Foi eleita, via
processo democrático, a Professora Roberta Negrão de Araújo.
Apesar da dificuldade do espaço físico o ano de 2003 foi profícuo
pedagogicamente: o DEP/SEED desenvolve, por meio de comissão, estudos
para a implantação do Curso de Formação de Docentes para a Educação
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Em janeiro de 2004 as obras de reforma (aprovadas em 2003) iniciaram,
quando também foi implantada nova Matriz Curricular – Curso Médio-Integrado,
além do Curso de oferta subsequente no noturno (aproveitamento de estudos).
10
Em 17 de setembro deste ano, o prédio da Rua Rocha Pombo, após reforma,
foi reinaugurado.
No dia 25 de novembro de 2005 aconteceu a consulta à comunidade
escolar para escolha da Direção do colégio. Foi inscrita uma única chapa,
tendo a professora Roberta Negrão de Araújo como diretora e a professora
Célia Miyuki Yamasaki como diretora auxiliar. O mandato seria para o biênio
2006- 2007, porém de acordo com legislação vigente houve prorrogação do
mandato até 2008. Com 100% dos votos dos professores e funcionários (53
inscritos) e 97,7% dos votos dos alunos, a chapa foi escolhida para representar
a comunidade do Colégio Cristo Rei.
Concorreu novamente à Direção, no dia 21 de novembro de 2008, uma
única chapa com inversão de cargos, composta agora pela professora Célia
Miyuki Yamasaki como diretora e pela professora Roberta Negrão de Araújo
como diretora auxiliar para cumprir o mandato para o triênio 2009-2011. A
eleição para esta gestão obteve 97,34% de votos favorecidos entre
professores, funcionários e alunos participantes.
Em 23 de novembro de 2011 ocorreu novo processo eletivo. A única
chapa inscrita foi composta por Regina Paula de Conti (Diretora) e Roberta
Negrão de Araújo (Diretora Auxiliar), que obtiveram 91,6% dos votos da
comunidade escolar. A gestão seria para o triênio 2012- 2014, mas houve
prorrogação do mandato até 2015.
Novo processo eletivo ocorreu em 03 de dezembro de 2015 quando a
professora Regina Paula de Conti concorreu novamente à Direção com chapa
única, desta vez, tendo a professora Claudia Alves Schmidt dos Santos como
Diretora Auxiliar. A chapa obteve 98% dos votos e a gestão é para o quadriênio
2016-2019.
11
2.3 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
Denominação do Curso
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental – Nível Médio, Modalidade Normal – 4800
horas/aula (4 anos)
Curso Técnico em Nível Médio do Eixo Tecnológico Desenvolvimento
Educacional e Social – ProFuncionário.
Centro de Língua Estrangeira Moderna – CELEM
Modalidade de oferta: Normal.
Regime de funcionamento: presencial.
Carga Horária Total do Curso:
- 4800 horas/aula (4 anos)
- 4000 horas/relógio
- Localização: urbana
- Distância do NRE: 1 Km
Autorização para funcionamento e reconhecimento
Cursos Resolução de autorização
de funcionamento
Resolução de
Reconhecimento
Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos
Anos Iniciais do Ensino
Fundamental – Modalidade
Normal, Nível Médio
Resolução nº 2996/05 de
28/11/2005
Resolução nº 1171/2014 –
DOE de 07/04/2014
Curso Técnico em Nível
Médio do Eixo Tecnológico
Desenvolvimento
Educacional e Social –
Profuncionário
Credenciamento sob
Resolução nº 4111/06 –
DOE de 29/09/06
Resolução nº 3561/2010 –
DOE de 23/12/2010
Centro de Língua
Estrangeira Moderna –
CELEM
Resolução nº 3904/08 Instrução Normativa
19/2008 – SUED/SEED
12
Atos Oficiais
Habilitação/Curso Ato nº
Escola Normal Secundária de Cornélio Procópio
Escola Normal Colegial Estadual Cristo Rei Habilitações: Técnico em Decoração
Magistério
Colégio Cristo Rei – Ensino de 2º Grau Habilitação Básica em Saúde
Habilitação Plena de Magistério
Colégio Cristo Rei – Ensino de 1º e 2º Graus Implantação de 1ª a 4ª séries do Ensino
de 1º Grau
Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino de 2º Grau
Estudos Adicionais – Pré-Escolar (reconhecimento)
Centro Estadual de Educação Profissional Cristo Rei
Formação de Docentes/anos iniciais do Ensino Fundamental – Modalidade Normal
Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal
Decreto 16824/55 – 22/04/55
Parecer 112/75 – 05/06/75
Decreto 3749/77 – 25/08/77 Parecer 091/78 Resolução 3059/81 –
16/12/81
Resolução 907/82 – 30/03/82
Resolução 3764/83 – 03/11/83
Resolução 2608/87 – 25/06/87
Resolução 3120/98 Parecer 551/88 –
Deliberação 010/99 (CEE)
Resolução 3156/01
13
Horário Letivo:
PERÍODO MATUTINO – 05 aulas de 50min.
1ª AULA 07:45h – 08:35h
2ª AULA 08:35h – 09:25h
3ª AULA 09:25h – 10:15h
INTERVALO 10:15h – 10:25h
4ª AULA 10:25h – 11:15h
5ª AULA 11:15h – 12:05h
O.B.S.: O turno Matutino cumpre 05 aulas no turno Vespertino, na disciplina de Prática de Formação Docente. PERÍODO VESPERTINO – 05 aulas de 50min.
1ª AULA 13:00h – 13:50h
2ª AULA 13:50h – 14:40h
3ª AULA 14:40h – 15:30h
INTERVALO 15:30h – 15:40h
4ª AULA 15:40h – 16:30h
5ª AULA 16:30h – 17:20h
O.B.S.: O turno Vespertino cumpre 05 aulas no turno Matutino, na disciplina de Prática de Formação Docente. PERÍODO NOTURNO – 03 aulas de 50min. e 02 aulas de 45min.
1ª AULA 18:50h – 19:40h
2ª AULA 19:40h – 20:30h
INTERVALO 20:30h – 20:40h
3ª AULA 20:40h – 21:30h
4ª AULA 21:30h – 22:15h
5ª AULA 22:15h – 23h
O.B.S.: O turno Noturno cumpre 05 aulas de 50min no turno Vespertino e/ou Matutino, na disciplina de Prática de Formação Docente.
Complementação de Carga Horária:
- 40 horas (Matutino e Vespertino)
- 72 horas (Noturno)
Plano de Complementação - anexo
14
2.4 JUSTIFICATIVA DA IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO
A partir de 2003 a política do Departamento de Educação Profissional
da SEED/PR direcionou a retomada de uma proposta de formação humana
diferente daquela que orientou as reformas dos últimos anos a partir da década
de 1990. Tanto no âmbito federal como no estadual houve um esforço para
recuperar a ciência, a tecnologia, a cultura e o trabalho como princípio
educativo, este último no sentido gramsciano. Isso implica em pensar a
educação realizada nas instituições públicas como o centro responsável pela
formação humana e profissional dos sujeitos sociais.
Nesse sentido, a formação dos professores é uma demanda que a
SEED-PR decidiu enfrentar como uma forma de continuar a história do
compromisso do setor público paranaense com esses profissionais que
precisam ter acesso a essa formação profissional.
O curso de Magistério no estado do Paraná passou por reformas
educacionais, mas teve suas especificidades, sobretudo a partir de 1991,
primeiro ano da implantação do currículo, elaborado nos últimos anos da
década de 1980. Esse currículo tinha como princípio não dissociar a formação
da educação geral e da formação específica, mesmo porque essa dissociação
curricular interna nunca esteve presente em nenhuma das propostas
anteriores.
A discussão sobre a reformulação do curso de Magistério no Paraná
iniciou-se em 19831, onde já apareceram críticas e sugestões de superação
para o curso concebido e concretizado durante os anos da Ditadura Militar. A
crítica indicava o excesso de tecnicismo e de superficialidade na formação de
professores, realizada em 3 anos, com disciplinas e metodologias de ensino
calcadas numa visão extremamente positivista da escola e da sociedade.
Dessa forma, vários eventos e equipes foram elaborando outras propostas para
o curso de Magistério, que resultou no Currículo com duração de 4 anos e que
pretendia superar o dominado tecnicismo, psicologismo e positivismo que se
faziam presentes na década de 1980, considerados como referência nacional.
1 PARANÁ.FUNDEPAR. Magistério para as séries Iniciais do ensino de 1º Grau.Anais do
Seminário. Curitiba: SEED-PR, 1983 / (Organizadora: Diretora da FUNDEPAR, Profª.Lílian Anna Wachowicz)
15
De 1992 a 1996, período de implantação da proposta, várias
experiências educativas bem-sucedidas foram desenvolvidas nos cursos de
Magistério das escolas estaduais, tais como: contato dos(as) alunos(as) desde
as primeiras séries do curso de magistério com a realidade educativa,
aprofundamento dos conteúdos de fundamentos, esforço para mudar as
metodologias e concepções de ensino através dos estágios, entre outras. É
bem verdade que também constataram dificuldades.
Em 1995 ocorreu uma mudança radical nos rumos da educação do
Paraná, que acompanhou as tendências já mencionadas anteriormente, em
nível internacional e nacional, no sentido de adequação da educação ao
capitalismo de acumulação flexível.
Assim, em outubro de 1996, por meio do PROEM, a SEED-PR
determinou a seção das matrículas nos cursos profissionalizantes, inclusive do
Magistério, impondo o Ensino Médio, que previa a estruturação do ensino
profissionalizante como Pós-Médio.
Apenas em 2003, em outro governo, é que foi resgatada, por meio da
criação do Departamento de Educação Profissional (mais tarde Departamento
de Educação e Trabalho) a oferta destes cursos.
Desta forma o Departamento de Educação Profissional, a partir da
definição das políticas de gestão, empenhou-se em retomar a responsabilidade
do setor público na oferta da modalidade de ensino-Formação de Professores
em Nível Médio, enfrentando, portanto, o grave problema da falta de
professores para a Educação Infantil no Estado, o que implicou na elaboração
de uma nova proposta, a deste novo Curso.
2.5 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL
2.5.1 Instalações Físicas
06 salas de aula (área: 48 m²), sendo uma utilizada para o Laboratório
de Informática.
01 sala de aula (área: 26,8 m²) – utilizada como sala de aula no período
matutino e Prática de Formação no período vespertino.
01 sala de Direção e Coordenação (área: 14,35 m²)
01 sala de Pedagogos (área: 12 m²)
16
01 sala de Professores (área: 15,60 m²²)
01 sala de Secretaria (área: 32,33 m²)
01 sanitário de Professores (área: 1,95 m²)
01 sanitário feminino (área: 20,8 m²)
01 sanitário masculino (área: 20,8 m²)
01 refeitório (área: 37,80 m²)
01 cozinha (área: 14,44 m²)93
01 almoxarifado (área: 4,8 m²)
01 depósito para a guarda de alimentos (área: 10,14 m²)
01 biblioteca, compartilhada com máquina fotocopiadora (área: 41,48
m²)
01 quadra de esportes para treinamento (área: 264 m²)
01 pátio descoberto (área: 485,3 m²)
2.5.2 Espaço Físico e Mobiliário
O espaço físico não é adequado para atender satisfatoriamente nossa
comunidade escolar, bem como a especificidade do curso de Formação de
Professores que demanda uma dedicação maior de tempo-espaço.
A quadra não atende aos padrões necessários para a prática de
qualquer modalidade esportiva e é descoberta.
No ano 2012, em atendimento ao Decreto-lei n. 5296, de 2 de
dezembro de 2004, que regulamentou as leis n. 10048/2000 e 10098/2000 (que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade), a escola passou por adequações no espaço físico, com
construção de rampas nas salas de aulas, refeitório e acesso ao pátio, além de
adequação no espaço do banheiro feminino, bem como instalação de corrimão
acompanhando as rampas de aceso ao refeitório. Tal adequação deu-se pela
matrícula de estudante cadeirante.
Em 2013 foi instalada uma cobertura em alvenaria na porta de entrada
e saída dos alunos e uma cobertura em toldo na entrada e saída dos
professores e funcionários.
A sala dos professores é restrita e não há espaço suficiente para a
permanência dos mesmos nos horários de Hora-Atividade.
17
Já o mobiliário, equipamentos e outros materiais (como os didáticos,
por exemplo) são patrimoniados e têm seus registros em arquivo próprio.
Biblioteca
A Biblioteca não só concentra acervo e empréstimo de livros literários e
de pesquisa, como também é sala de estudos. O espaço físico é pequeno e,
portanto, distante do esperado para se congregar as duas funções.
A biblioteca necessária e ideal para atender nossa comunidade, obviamente
deveria contar com maior espaço físico, maior acervo, com renovação
constante dos exemplares e ampliação dos títulos disponíveis.
As Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná indicam, principalmente
para as disciplinas da área de humanas, que a biblioteca seja privilegiada no
trabalho docente e discente. É na Biblioteca escolar que o professor constrói-se
como leitor de mundo e produtor de sentidos deste mesmo mundo a ser
mediado aos estudantes. Lendo se faz o conhecimento e lendo nos
descobrimos parte deste conhecimento. Pois não há outro lugar da escola que
possa conter maior número de pontos de vista, cores, imagens, palavras.
A Biblioteca pressupõe trabalho concreto com o conhecimento
historicamente acumulado pelo homem e, mesmo os títulos do acervo de nossa
instituição sendo em número insuficiente e o espaço físico mínimo, nos
desafiamos cotidianamente a formar leitores/pesquisadores.
Laboratório de Informática
O Laboratório de Informática oportuniza o desenvolvimento de projetos
com o uso da informática educativa. Alguns professores utilizam-se de sites de
pesquisa bem como do Portal Dia a Dia educação para prepararem suas aulas.
É também neste espaço que o corpo docente realiza seus registros no
Registro de Classe Online – RCO. Como é um espaço de uso comum ao corpo
discente, ocasionalmente estas atividades são inadequadas a acontecerem
simultaneamente.
Importante destacar que o número de computadores é insuficiente e que
a manutenção é ineficaz, pois comumente, poucos estão funcionando a
contento. A Internet também é precária e de pequeno alcance, limitando a
eficiência do trabalho docente e discente, impedindo atividades online.
18
2.6 ASPECTOS HUMANOS E PEDAGÓGICOS
2.6.1 Profissionais da educação
A Equipe Gestora é constituída por uma Diretora e uma Diretora Auxiliar.
A Equipe Pedagógica é constituída por: uma pedagoga por turno
(matutino, vespertino e noturno), com 20 horas cada; Coordenação de Curso e
Coordenação de Estágio. O número de horas das coordenações varia de
acordo com o número de turmas.
O Corpo Docente é formado por cerca de 50 professores: 16 professores
QPM lotados no estabelecimento; 24 professores QPM não lotados no
estabelecimento; 09 professores REPR; 01 professor Intérprete de Libras-
QPM e 01 professor Intérprete de Libras - REPR.
O quadro de Funcionários é constituído por um Secretário - QFEB; 05
Agentes Educacionais II – QFEB e 05 Agentes Educacionais I – QFEB.
2.6.2 Instâncias Colegiadas
APMF: órgão de representação dos pais, professores e funcionários do
Colégio, sem caráter político-partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos,
com o propósito de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. A APMF
do Colégio Estadual Cristo Rei – E. Normal é atuante e participativa.
A gestão da Diretoria da APMF tem valência de dois anos. A atual foi
eleita em março de 2017.
CONSELHO ESCOLAR: órgão colegiado representativo da comunidade
escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora em uma
perspectiva democrática, constitui-se órgão máximo de direção nesta
instituição de ensino. A atual gestão dos conselheiros escolares corresponde
ao biênio 2016/2017.
GRÊMIO ESTUDANTIL: órgão de representação do corpo discente, que
defende os interesses individuais e coletivos dos alunos. O grêmio estudantil
do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, denominado “Grêmio
Estudantil Olavo Bilac”, promove, como instância colegiada, a integração entre
a equipe gestora, pedagógica, professores, funcionários e alunos, no intuito de
19
efetivar a democratização da escola. É atuante, participando das reuniões do
Conselho Escolar e reuniões de Conselho de Classe; organizando campanhas
solidárias (Hospital do Câncer, Campanha do Agasalho) e de saúde (Dengue,
Outubro rosa, etc.); organizando festividades comemorativas (Aniversário do
colégio, Dia da mulher, Dia do estudante, Festa junina, etc.) e
elaborando/produzindo o Jornal do Magistério.
2.6.3 Corpo Discente
A comunidade discente é essencialmente feminina, apenas 4% são do
sexo masculino. No que tange a faixa etária, por se tratar de Curso de
Formação de Docentes com duração de quatro anos, 90% dos estudantes
estão inseridos na linha adequada da idade escolar – 14 a 18 anos, e os outros
10% variam entre 19 e 30 anos.
Número de alunos por turma
ANO LETIVO 2015
Período Matutino
1ª série – 02 turmas 57
2ª série – 02 turmas 53
3ª série – 01 turma 40
4ª série – 01 turma 33
Período Vespertino
1ª série – 02 turmas 43
2ª série – 01 turma 24
3ª série – 01 turma 24
4ª série – 01 turma 12
Período Noturno
1ª série – 01 turma 17
2ª série – 01 turma 19
3ª série – 01 turma 30
4ª série – 01 turma 12
Aproveitamento de estudos – 01 turma
15
CELEM - 03 turmas 31
Atividade Complementar 22
PRÓFUNCIONÁRIO – 04 TURMAS 142
20
ANO LETIVO 2016
Período Matutino
1ª série – 01 turma 33
2ª série – 02 turmas 52
3ª série – 02 turmas 45
4ª série – 01 turma 37
Período Vespertino
1ª série – 02 turmas 37
2ª série – 01 turma 23
3ª série – 01 turma 19
4ª série – 01 turma 23
Período Noturno
1ª série – 01 turma 23
2ª série – 01 turma 14
3ª série – 01 turma 18
4ª série – 01 turma 25
CELEM - 03 turmas 61
Atividade Complementar 32
O.B.S.: No ano letivo de 2016 não houve turmas para o Curso Prófuncionário; e o índice de evasão no Curso CELEM foi bastante elevado;
ANO LETIVO 2017
Período Matutino
1ª série – 01 turma 38
2ª série – 01 turma 29
3ª série – 02 turmas 52
4ª série – 02 turmas 43
Período Vespertino
1ª série – 02 turmas 63
2ª série – 01 turma 27
3ª série – 01 turma 22
4ª série – 01 turma 16
Período Noturno
1ª série – 01 turma 37
2ª série – 01 turma 26
3ª série – 01 turma 22
4ª série – 01 turma 22
O.B.S.: No ano letivo de 2017 não houve formação de turmas para o Curso Prófuncionário e para o CELEM ;
21
3. MARCO SITUACIONAL – DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO
3.1 PERFIL SOCIO-ECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A comunidade discente do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal
reside predominantemente em casa própria (aproximadamente 70%), 25%
residem em casa alugada e 5% em casa cedida, das quais 93% estão
localizadas na zona urbana. Em relação à renda familiar: 56% possuem renda
entre 01 a 03 salários mínimos, 22% recebem até 01 salário mínimo e 18% têm
renda de mais que 03 salários mínimos. Cerca de 80% dos alunos tem acesso
à Internet em sua residência; 63% possuem computador em casa e 98% têm
telefone celular. A maioria (88%) cursou o Ensino Fundamental I e II em
escolas da rede pública.
Ao analisar a estrutura familiar, 65% de nossos estudantes moram com
os pais, 18% residem apenas com a mãe e 17% moram com outros familiares
(avós, tios, padrasto, etc.). Em relação à escolaridade da família, a maioria dos
pais estudou até o Ensino Fundamental II e Ensino Médio, quanto às mães,
prevalece o Ensino Médio e Superior.
Quanto à comunidade docente, além da formação inicial exigida, todos
os professores que atuam nesta instituição de ensino, possuem Pós-
graduação. Alguns são mestres e há no quadro um docente com Doutorado em
Educação. De forma geral há interesse em atualização constante e a maioria
possui bastante domínio dos eixos básicos de suas disciplinas.
Em relação aos funcionários, todos fazem parte do Quadro de
Funcionários da Educação Básica – QFEB. Dos quais 05 são Agentes
Educacionais I, do sexo feminino, entre as quais 04 possuem escolaridade até
o Ensino Médio e uma possui Ensino Superior. Entre os 06 Agentes
Educacionais II, apenas 01 possui Ensino Médio e todos os outros têm curso
de Pós-graduação.
22
3.2 PERCEPÇÕES E PERSPECTIVAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
Na percepção dos estudantes, 61% consideram o ensino no colégio
como ótimo, 33% como bom, 5% como regular e apenas 1% classificam como
fraco. Cerca de 70% dos estudantes gostam muito de estudar nesse colégio e
sentem-se motivados a estarem frequentando o curso. Percebem ainda que na
maioria das vezes a Direção e Equipe Pedagógica atendem as solicitações e
resolvem os problemas pedagógicos dos estudantes, afirmam também que os
professores são frequentes, dominam o conteúdo e que na maior parte do
tempo tem bom relacionamento com a turma.
No que tange as perspectivas dos alunos, o espaço físico do Colégio é
restrito, o que impede a realização de atividades diferenciadas, tais como:
dança, teatro e modalidades esportivas. Apontam como aspectos negativos, a
quadra descoberta e pequena e o laboratório de informática ter uso limitado,
visto que é dividido com os professores. Gostariam que a escola
proporcionasse mais oportunidades de passeios, viagens e visitas técnicas.
Na percepção do corpo docente, 38% consideram ótimo o ensino em
nosso colégio e 61% o classifica como bom. A maioria se sente motivada a
trabalhar nesta instituição de ensino. Ao tratar das relações interpessoais, 80%
dos professores classificam entre “ótima e boa” a relação entre os pares e a
relação com seus alunos. Percebem que a relação da Equipe Pedagógica e a
Direção com os professores e alunos é muito boa. Entretanto acreditam que o
relacionamento dos pais com a instituição de ensino ainda é mínimo e anseiam
por maior participação das famílias na escola.
O corpo docente aponta que o espaço físico é deficiente, que o acesso à
internet é truncado e de baixo alcance, que a prática de atividades esportivas é
restrita em função do próprio espaço, que as ferramentas educacionais para o
uso das tecnologias é limitada e as salas de aula são numerosas. Como
principal aspecto positivo, os professores destacam que a Direção, a Equipe
Pedagógica e os Professores são comprometidos com a escola e com a
educação.
De modo geral, os professores defendem que a função social deste
colégio é a formação integral do indivíduo priorizando não apenas os aspectos
cognitivos, mas também oportunizar a continuidade dos estudos e o
23
comprometimento profissional. Desta forma o Colégio Estadual Cristo Rei –
Ensino Normal busca formar alunos críticos, responsáveis, solidários, éticos e
que estejam subsidiados e preparados para atuar como profissionais da
educação.
A maioria dos funcionários sente-se motivada a trabalhar no colégio e
percebe uma ótima relação entre a Direção, os alunos e eles próprios.
Apontam que não há discriminação no tratamento entre os professores e os
agentes educacionais, entretanto consideram que falta comunicação entre os
diferentes setores. Solicitam que aconteçam reuniões periódicas durante o ano
para as divisões das tarefas.
Para a Direção e Equipe Pedagógica, o ambiente escolar é agradável e
de bom relacionamento interpessoal. Percebe que o corpo discente apresenta
defasagem em sua formação básica, quanto à leitura, a escrita, expressão oral
e cálculos básicos. Nosso colégio apresenta altos índices de estudantes que
ingressam no Ensino Superior, seja por aprovação em vestibulares de
Universidades públicas e/ou privadas ou ainda por rendimento no ENEM.
A equipe gestora considera ainda que o corpo docente, de modo geral, é
assíduo e comprometido com o conteúdo e as ações pedagógicas do colégio.
Porém, alguns poucos profissionais são desmotivados, não participam das
atividades e propostas do colégio e não cumprem com suas funções nos
prazos estabelecidos.
Em relação à comunidade de pais e/ou responsáveis, entende-se que
participa da vida escolar de seus filhos, apenas quando solicitada, mesmo
assim esporadicamente. Para compor a APMF e o Conselho Escolar, é
necessário convites específicos com diálogos intensos e insistentes, nos
períodos que antecedem as eleições. Aparentemente os pais procuram não
criar vínculos com a escola e se sentem mais confortáveis ao preterir à escola
a tomada de decisões.
Quanto aos investimentos públicos, nos últimos três anos, houve
drástica redução nas verbas enviadas pelo mantenedor (Cotas do Programa
Fundo Rotativo), considerando a inflação e o decréscimo do poder de compra,
prejudicando a manutenção, especialmente, de material de higiene e limpeza.
O Colégio necessita também de materiais tecnológicos e para tanto se
desdobra a fim de gerar recursos junto à comunidade.
24
3.3 ORGANICIDADE E INTENCIONALIDADE DO C.E. CRISTO REI – E.
NORMAL
De forma geral, o Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal tem
como intencionalidade garantir a especificidade da ação educativa
fundamentada na perspectiva progressista evitando a fragmentação das
práticas educativas e a secundarização do conteúdo. Neste sentido pretende-
se racionalizar os esforços e recursos para se atingir os fins do processo
educativo.
Para tanto, a escola procura orientar-se por uma concepção ética que
ancora a moralidade do processo educativo escolar, o estímulo ao
conhecimento e a busca de soluções de problemas pessoais e comunitários.
O colégio tenta ir ao encontro das atuais demandas sociais, integrando
escola e comunidade na discussão das temáticas contemporâneas,
destacando a importância de se conceber o conhecimento disciplinar
(conteúdo), a partir da epistemologia de sua ciência de referência, tanto
disciplinarmente, quanto interdisciplinarmente.
Diante disto almeja-se a construção de uma escola como espaço de
valorização da cultura produzida pela humanidade, partindo do pressuposto
que a Educação escolar significa o acesso e produção de conhecimento de
forma problematizadora, humanizadora e emancipadora, possibilitando ao
indivíduo compreender e analisar a realidade social de maneira crítica.
3.4 RESULTADOS DO APROVEITAMENTO ESCOLAR – Aspectos
Quantitativos
Resultado Final – Ano Letivo 2015
Matrículas
Aprovados
Aprovados
por
Conselho de
Classe
Reprovados
Transferidos
ou
Remanejados
Desistentes
419
100%
324
84%
105
33%
40
10%
33
8%
22
6%
25
Resultado Final – Ano Letivo 2016
Matrículas
Aprovados
Aprovados
por
Conselho
de Classe
Reprovados
Transferidos
ou
Remanejados
Desistentes
405
100%
318
83%
101
32%
31
8%
20
5%
36
9%
26
4. MARCO CONCEITUAL – FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-
PEDAGÓGICOS
4.1 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
Toda escola deve ter definido – para si mesma e para sua comunidade
escolar – sua identidade, bem como um conjunto orientador de princípios e de
normas que iluminem a ação pedagógica cotidiana. A reflexão sobre a prática
despontará em ação coletiva consciente, intencional e consistente, ação a favor
de uma escola pública de boa qualidade para a maioria da população. O
Projeto Político Pedagógico reflete, indiscutivelmente, tal identidade.
Na perspectiva do Projeto Político Pedagógico surge uma
responsabilidade coletiva, que dá espaço para ações direcionadas a fins
comuns, explicitados a partir do assumir uma concepção de educação
progressista, em que a função da escola é a transmissão do conhecimento
científico-filosófico.
Diversos elementos constituem o Projeto Político Pedagógico da
escola, refletindo sua identidade. Os princípios filosóficos embasam todos os
demais elementos, portanto, sua definição é essencial. A escola que se
fundamenta na pedagogia progressista condiciona-se pelos aspectos sociais,
políticos e culturais, efetivando-se como espaço que aponta possibilidades de
transformação social. A educação possibilita a compreensão da realidade
histórico-social, o que torna o aluno sujeito transformador dessa realidade.
A pedagogia progressista propõe interação entre conteúdo e realidade
concreta, visando a transformação da sociedade. O conteúdo, então, tem
enfoque importante, considerando que este é produção histórico-social de
todos os homens. Os conteúdos são indispensáveis para a compreensão da
prática social: revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as
possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação desta
realidade. Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos
conhecimentos e saberes universais.
Para Saviani
Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do
27
saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante. (2000, p.91)
O pensamento do educador Saviani aponta a dialética como
pressuposto, posicionando a filosofia que fundamenta a referida tendência: o
materialismo histórico-dialético.
Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão “Pedagogia Histórico-Crítica” é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (idem, 2000, p.102).
A necessidade de se definir os princípios filosóficos da escola é
determinada na construção do Projeto Político Pedagógico, que exige profunda
reflexão acerca das finalidades da escola, bem como a explicitação de seu
papel social e a definição das ações a serem implementadas por todos os
envolvidos no processo educacional. Veiga afirma que o PPP “é, portanto, fruto
de reflexão e investigação” (1998, p.9).
Já Vasconcellos define projeto pedagógico como “a sistematização
nunca definitiva de um processo de planejamento participativo, que se
aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação
educativa que se quer realizar”. (1995, p. 46)
Podemos concluir que a construção do PPP, independente da
nomenclatura utilizada, é feita pelos sujeitos envolvidos com o processo
educativo da escola em ato deliberativo, sendo resultado de um processo
complexo de discussões e debates, cuja concepção requer tempo, estudo,
reflexão e aprendizagem de trabalho coletivo.
De acordo com Veiga
O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e
28
Orientação Educacional). A esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).
Logo, para que a escola torne-se espaço de inovação e investigação,
sendo autônoma, é imprescindível a escolha de um referencial metodológico
que permita a construção/determinação de sua identidade. Para isso é
necessário refletir e questionar o trabalho pedagógico realizado até os dias de
hoje.
A legitimidade de um PPP está devidamente ligada ao grau e ao tipo
de participação de todos os envolvidos com o processo educativo da escola.
Para construir um PPP é preciso enfrentar o desafio da mudança e da
transformação, o que implica em:
uma organização escolar que busca e deseja práticas coletivas e
individuais baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo
escolar;
equipe gestora, mais especificamente dos serviços pedagógicos, com
liderança e vontade firme de coordenar, dirigir e comandar o processo
decisório como tal;
autonomia. Para ser autônoma a escola não pode depender somente
dos órgãos centrais e intermediários que definem a política da qual ela
não passa de executora. Ela concebe sua proposta pedagógica e tem
autonomia para executá-la e avaliá-la ao assumir uma nova atitude de
liderança no sentido de refletir sobre as finalidades sociopolíticas e
culturais da escola;
domínio de conhecimentos específicos, por parte dos professores,
utilização de metodologia eficaz, consciência crítica e o propósito firme
de ir ao encontro das necessidades concretas de sua sociedade e de
seu tempo.
29
No PPP é preciso considerar a teoria pedagógica. A progressista parte
da prática social e está comprometida em solucionar os problemas da
educação, do currículo e do processo de ensino e aprendizagem.
4.2 CONCEPÇÕES
4.2.1 Concepção de educação
A escola surgiu para divulgar o conhecimento científico a todo cidadão.
Porém, as classes dominantes a utilizaram para manter o poder, ficando este
acesso restrito à minoria. Atualmente, as políticas públicas estão voltadas ao
acesso, permanência e sucesso para todos os cidadãos. Entretanto, os papéis
que a escola tem assumido e os saberes que estão sendo repassados não dão
conta da real função da escola. Para atender as questões emergentes, a
escola tem que resgatar sua real função, sendo aberta, democrática e
emancipatória, onde os alunos tenham consciência da importância desta
instituição para seu crescimento pessoal e acadêmico.
A educação é uma necessidade humana nascida da prática social
específica dos homens; portanto, um fenômeno próprio dos seres humanos. O
ensino é o processo de disseminação e apreensão do conhecimento
historicamente produzido pela sociedade. Porém, o ensino não se resume na
socialização dos conhecimentos já produzidos, ele deve viabilizar as condições
para a produção de novos conhecimentos, dentro dos limites de compreensão
possíveis para cada momento da vida acadêmica.
4.2.2 Concepção de currículo
Saber o que é a escola a partir do currículo e do ensino não é tarefa
que se faça com muita facilidade. A escola pode ser uma instituição social
conservadora ou progressista. Quando progressista, entende a educação como
parte da sociedade, portanto sofre e apresenta influências da estrutura social.
Isso se dá na escola através do currículo e do ensino controlado pela estrutura
hierárquica.
Desconsidera-se que ensino e currículo acontecem numa sociedade
capitalista, e, portanto, separados da realidade e não levando em importância
as especificidades da escola enquanto organização, alunos e educadores. O
30
currículo, portanto, deve ser entendido como uma construção e realização
coletiva. Desta forma, define uma opção política. No caso do colégio, a escolha
é pela emancipação, como consequência da aprendizagem do conhecimento
produzido pela sociedade, sem menosprezar o conhecimento da prática social
do estudante, que será considerado como ponto de partida.
Isso depende da pedagogia assumida: crítica (progressista) ou liberal
(conservadora). Assim, depende da opção pela construção de uma nova ordem
social ou manutenção da ordem social existente. É preciso dar vazão à
reconstrução do conhecimento pelas camadas populares a partir da
apropriação das ferramentas necessárias a uma melhor compreensão do
contexto social em que se vive. É preciso também evitar metodologias que
privilegiam a transmissão de conhecimentos distanciados da realidade e da sua
confrontação crítica: é necessário ocupar-se dos problemas da prática social
relacionados com os conteúdos curriculares. Deve estar voltada para a
totalidade do processo. Deve estar comprometida com a superação do senso
comum e o estabelecimento da sistematização (organização) dos conteúdos
produzidos pela sociedade humana.
Entendemos currículo como algo polissêmico e multifacetado, visto
como uma construção cultural, historicamente situado, socialmente construído,
vinculado, indissociavelmente, ao conhecimento e constituindo o elemento
central do projeto educativo da escola. O currículo, hoje, reflete as contradições
da realidade sócio-educacional, espelhando lutas e conflitos e sendo o lugar no
qual se cruzam as reflexões sobre a prática e a teoria da educação.
4.2.3 Concepção de conhecimento
A visão de conhecimento está vinculada à visão de homem e de
mundo. O conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta da
escola. Sendo assim, ele não é um produto pronto e acabado.
A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto
do professor” ou “da imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida
pregressa dos alunos”. A escolha dos conteúdos deve estar intimamente ligada
aos grandes problemas enfrentados na prática social.
31
4.2.4 Concepção de trabalho pedagógico
Na perspectiva da nova organização do trabalho pedagógico, o ensino
é entendido como uma atividade profissional complexa que exige preparo,
compromisso e responsabilidade do educador para instrumentalizar política e
tecnicamente o aluno, ajudando-o a constituir-se como sujeito social.
Aprendizagem é concebida como um processo de assimilação / apreensão de
determinados conhecimentos, habilidades intelectuais e psicomotoras, atitudes
e valores, organizados e orientados no processo de ensino. A aprendizagem é
a atividade do aluno de assimilação / compreensão / produção de
conhecimento.
Tendo em vista as dimensões e os princípios que devem ser garantidos
no PPP do Colégio Estadual Cristo Rei, a proposta de currículo do curso
normal em nível médio está calcada numa visão educacional que tem como
referência três princípios pedagógicos: o trabalho como princípio educativo,
a práxis como princípio curricular e o direito do educando ao atendimento
escolar, os quais devem perpassar a formação inicial dos professores na
contemporaneidade.
Para que o projeto deste colégio saia do preceito formal à
implementação no contexto escolar é necessário:
Identificar as dificuldades em relação à aplicação correta dos
conceitos de interdisciplinaridade e contextualização;
clareza e coerência dos objetivos formulados, do parâmetro de
qualidade social de ensino e aprendizagem definidos nos
planejamentos das disciplinas, tanto da Base Nacional Comum como
da Parte Específica, como também do plano de ação executado;
definição de procedimentos que favoreçam a inclusão de alunos
portadores de necessidades educacionais especiais e de alunos com
dificuldade de aprendizagem;
diagnóstico da aprendizagem escolar. O diagnóstico é o primeiro
passo do planejamento. Um diagnóstico bem feito, baseado em
informações seguras, significa a identificação correta dos problemas.
É muito importante estabelecer um paralelo entre a situação
observada (como ela se manifesta hoje) e a situação adequada
(como deveria ser).
32
Considerando o atual contexto, há necessidade de se refletir sobre a
prática que se vem desenvolvendo, a forma como a escola está organizada e
como se dá a convivência em seu interior, além do resultado da aprendizagem
dos alunos. Conhecer o contexto da prática pedagógica da escola significa
conhecer a comunidade a que se destina, somente desta forma poderemos
buscar alternativas para articular, efetivamente, a formação para o mundo do
trabalho, para o prosseguimento dos estudos e, sobretudo, para a cidadania.
4.2.5 Concepção de tecnologia
Pensar a tecnologia na educação exige pensar sobre o significado do
termo. Os entendidos no assunto dizem que tecnologia é o conhecimento
existente que permite a existência de determinado instrumento/produto
tecnológico. Porém, no cotidiano, o bom senso comum resolveu nominar
tecnologia aos instrumentos e objetos resultantes deste conhecimento. A
tecnologia é tão antiga quanto o homem e cada modo de produção construiu
estruturas tecnológicas segundo a necessidade e desafios de cada época. Ela
identifica-se com soluções dadas pelo homem no enfrentamento dos desafios
da natureza e da sociedade. Estas estão ligadas à produção de sobrevivência
e cultura, repercutindo-se como indústria cultural nos tempos contemporâneos
(ADORNO, 1971).
O constante surgimento de novas propostas de trabalho de orientação
mercadológica tem ideologizado a função pedagógica das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC), o que normalmente traduz-se numa relação
superficial, fruto de um pensamento hegemônico que é imposto, de opção pela
secundarização do conteúdo. O problema passa pela postura do
educador/professor no desafio de superar a naturalização do potencial
pedagógico das TIC e no direcionamento destas para o usufruto didático
intencional. O que vale também para o uso de outras tecnologias mais
tradicionais como o giz e o quadro.
Assim, a presença e uso das tecnologias na educação escolar
envolvem definição política, pedagógica e social do educador anterior ao seu
uso. Desse posicionamento consciente dependerá o uso que se faz de
qualquer tecnologia, seja ela o livro, o DVD, o projetor multimídia, o
retroprojetor, o quadro, o giz, a TV multimídia ou o computador. Neste sentido,
33
impõe-se à escola a discussão da tecnologia midiática no processo
educacional escolar e a análise das tecnologias contemporâneas e entre elas
as TIC como resultado do processo concentrador, explorador e excludente de
produção, constituindo ferramenta a serviço de uma proposta de educação
fundamentada na ilusão do poder dinamizador das TIC (GENTILI, 2002).
O uso de TIC na prática pedagógica deve funcionar como ferramenta
pedagógica programada e planejada com compromisso assumido com o
conteúdo e não com a sua negação ou superficialização. Lembrando que não
devemos considerar como substituto da relação direta entre quem ensina e
quem aprende, e sim como uma condição definidora do próprio homem, da
qual uma educação com potencial de contribuição no processo social de
transformação não pode abrir mão.
4.3 A SOCIEDADE QUE TEMOS E A QUE QUEREMOS
Um desafio apresenta-se para quem pretende mudar a maneira de
entender e de ser das pessoas, e maior ainda, o de transformar os paradigmas
sobre os quais pautam sua forma de ser e agir. Viver é interpretar a
circunstância. Portanto, todo mundo que está a nossa volta constantemente
nos ensina, nos marca e modela.
Atualmente nossa sociedade sofre uma forte influência tecnológica
onde os valores do ter mais ficam acima do ser mais e, além disso, a escola
também sofre condicionamentos sociopolíticos e desenvolvem a necessidade
de se preservarem e de se permanecerem. Mas felizmente, sempre há quem
aceite o desafio de mudanças, abraça a ideia de enfrentar essas dificuldades e,
como pioneiro e desbravador, vai a luta, pondo em prática sua decisão.
Os profissionais da educação são impulsionados pelo desejo de
romper barreiras e pela vontade de pôr em ação o “fazer diferente”. Desta
forma, seguimos o ideal de trabalhar com a escola que “temos” para implantar
novos projetos com o objetivo de alcançarmos a escola que “queremos”.
Em nossa sociedade atual, a escola requer muita habilidade de
pensamento e ação para não se cair nos laços que podem aprisionar-nos no
restrito interior de interesses de classe. Pois embora tenhamos o
enfrentamento da falta de recursos, devemos assumir nosso papel,
34
proporcionando uma educação de qualidade social para todos e possibilitando
a estes a melhoria de vida fora da escola.
Os professores que assumem postura de compromisso e
responsabilidade, mesmo sobrecarregados pela jornada excessiva, propõe um
trabalho que vem ao encontro das necessidades de nossos alunos. Estes,
muitas vezes, por circunstâncias da precária situação econômica, são
desvalorizados, haja vista o não conhecimento de seus direitos e deveres. Com
isso pode ocorrer inversões de valores e o não privilégio da aprendizagem,
fazendo com que não assumam o verdadeiro papel social de educando.
Atualmente, a escola que temos não é, ainda, a escola que queremos.
Todavia, a que queremos é muito presente em nossas metas, objetivos e
ideais, que muitas vezes são utópicos, mas caracterizam nossa aspiração em
relação à educação.
Nossa luta é difícil, porém contínua e persistente, desenvolvemos
projetos e parcerias com a comunidade externa e as famílias, tendo como
objetivo concretizar a escola que queremos: uma escola que possibilite
oportunidade para todos, que tenha qualidade social, que prime pela igualdade
e, assim, constitua a cidadania plena.
Queremos uma escola que forme cidadãos críticos, conscientes de
seus direitos e deveres, comprometidos com a coletividade, bons profissionais
na atividade que optarem, éticos e responsáveis pela vida do outro e do
planeta. A escola que queremos é a que forme bons leitores de mundo, que
saibam utilizar o conhecimento escolar na vida cotidiana, efetivando assim, sua
inserção na vida social e comunitária. Enfim, continuaremos sempre em busca
de uma educação emancipadora, auxiliando que nasça no interior do educando
um diálogo constante entre o inegável direito a liberdade de expressão e o
dever da responsabilidade social.
4.4 PERFIL DO PROFISSIONAL DO CURSO
Atualmente a humanidade está voltada para o desenvolvimento
científico-tecnológico, e os valores humanos muitas vezes, são
secundarizados. Diante de tal dado identificou-se que as pessoas tornaram-se
35
apáticas aos problemas existentes na sociedade e, como consequência, não
assumem seu papel de cidadão.
Contudo, a escola – enquanto instituição – preocupa-se em resgatar
sua verdadeira função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e valores
que ampliem sua possibilidade presente e viabilizem sua capacidade plena de
participação social.
Nesse sentido, frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer
propostas e objetivos comuns, fruto do trabalho coletivo, que visem colaborar
para a construção de uma sociedade humanizada.
Baseando-se em princípios progressistas, a escola estabelece suas
atividades embasadas nas Orientações Curriculares Estaduais e nas
Orientações Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio, na
Modalidade Normal.
Busca, assim, propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural
que o habilite a exercer, com êxito, a função docente.
As atividades escolares, desta forma, consolidam-se por meio do
resgate de valores: integridade, liberdade, ética, responsabilidade, respeito,
compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos; sempre aliados
à aquisição do conhecimento historicamente acumulado.
O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais
objetivos:
tornar a escola um espaço de formação e informação;
desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a
compreensão e transformação da realidade, por meio da participação
nas relações culturais, políticas e sociais;
possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,
propiciando seu êxito no exercício do magistério.
Diante do propósito de que a escola seja realmente comprometida com
a formação de gente que forma gente, temos como principal essência a
valorização da pessoa. Neste sentido, o processo de escolarização adquire um
novo significado social e cultural, claramente expresso nos princípios e fins da
36
educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional n. 9394/96, manifestando a vontade da nação.
Nesse cenário, o exercício do magistério pressupõe uma arrojada
tarefa, que não pode prescindir de estratégias interpretativas, na análise da
pertinência social e dos desdobramentos das escolhas que são processadas.
Assim, passa a ser configurada, no mínimo, uma dupla exigência, a partir da
competência que tem o profissional da educação inspirada nos ideais da
educação nacional.
Em primeiro lugar, contribuir, no exercício da atividade docente, para a
produção de conhecimentos que favoreçam as leituras e as mudanças da
realidade e, também, influenciar no processo de seleção do que representa a
experiência coletiva e a cultura viva de uma comunidade. Em função disso, o
educador compartilha das decisões a respeito de quais saberes e materiais
culturais deverão ser socializados, tendo em vista o exercício pleno da
cidadania. Dessa forma, o professor assume sua condição de intelectual face à
possibilidade de integrar-se no fecundo debate a respeito dos valores, das
concepções e dos modos de convivência que deverão ser priorizados, através
do currículo.
Em segundo lugar, e como desdobramento, entende-se que o direito
de aprender, assegurado inclusive pela garantia das condições do direito de
ensinar, pressupõe por parte do docente a re-elaboração da ciência do sábio,
da obra do escritor ou do artista e, ainda, do pensamento teórico e da paixão
geradora do sonho que se queira socializar, em situações específicas e nem
sempre previsíveis. Direito de aprender, de futuros professores, que não
respondem apenas a estímulos de seus formadores, mas exercitam a liberdade
de crescer no conhecimento, aprofundar as críticas, resolver os problemas,
cultivar os desafios da prática; mas, também, o dever de se preparar para a
interlocução e para responder às mais avançadas e desafiantes perguntas que
seus alunos vão lhes propor. Alunos não idealizados, mas reais, antecipados
na trama dos ambientes de aprendizagem que se constituem durante seu
processo de formação.
Neste processo, o educador compreende que os conhecimentos não
podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a aprender é sempre um ato
37
único e criativo. Exige um esforço de construção por meio de uma atividade
que é simultaneamente teórica e prática, individual e coletiva.
4.5 OBJETIVOS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
O Colégio Estadual Cristo Rei - Ensino Normal, destina-se a ministrar
o Curso deFormação de Docentes da Educação Infantil dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental – Modalidade Normal – Ensino Médio, com base nos
princípios emanados da Constituição Estadual e Federal e da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional.
A Modalidade Normal objetiva formar professores capacitados para
atuar na Educação Infantil e anos iniciais de Ensino Fundamental, que
possuam conhecimentos, atitudes e habilidades a fim de:
I – dominar linguagens;
II – compreender fenômenos;
III – enfrentar situações – problema;
IV – construir argumentações;
V – elaborar propostas;
VI – utilizar o conhecimento adquirido para agir sobre a realidade concreta;
VII – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
VIII – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com a flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento anteriores;
IX – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
X – a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos
produtivos,
XI - relacionar a teoria à prática, no ensino de cada disciplina.
Consideramos, ainda, como objetivos do Curso, as diretrizes que o
Plano Nacional da Educação (PNE) da Sociedade Brasileira estabeleceu para
a formação de docentes. “Os cursos de formação de profissionais da
38
educação, para quaisquer de seus níveis e modalidades, deverão obedecer as
seguintes diretrizes curriculares:
a docência como base da formação profissional de todos aqueles que se
dedicam ao estudo do trabalho pedagógico;
trabalho pedagógico como foco formativo;
a sólida formação teórica em todas as atividades curriculares, nos
conteúdos específicos a serem ensinados na Educação Básica, em todos
os seus níveis e modalidades, e nos conteúdos especificamente
pedagógicos;
a ampla formação cultural;
a criação de experiências curriculares que permitam contato dos futuros
profissionais com a realidade da escola, desde o início do curso;
a incorporação da pesquisa como princípio formativo;
a possibilidade de vivência, pelos futuros profissionais, de formas de gestão
democrática;
desenvolvimento do compromisso social e político da docência;
a reflexão sobre a formação para o magistério.”
4.6 OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUA RELAÇÃO COM O
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
A globalização e as atuais mudanças sociais, políticas e econômicas do
mundo moderno demandaram à sociedade e consequentemente à educação, o
atendimento a uma concepção social e pedagógica absolutamente inclusiva.
Esta demanda subsidia-se em uma perspectiva multiculturalista em que se
inserem todas as formas de expressão e de crenças respeitando as condições
de gênero, raça, culturas e necessidades.
O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais é
uma questão de cidadania. São educandos que apresentam defasagem na
idade cronológica, mental, emocional, apresentando dificuldades de
aprendizagem em algumas áreas do conhecimento. Boa parte destas
necessidades especiais se apresenta a partir de diferenças, sociais, culturais e
39
pessoais. Pessoas com necessidades educacionais especiais não são somente
aquelas que possuem alguma deficiência (auditiva, visual, mental, física), mas
todos os que possuem dificuldades, sejam elas de aprendizagem, limitações,
déficits intelectuais entre outros.
O Projeto Político Pedagógico da escola expressa as ações para
enfrentar, com responsabilidade, o desafio da inclusão educacional por meio da
construção coletiva, ouvindo todos os membros da comunidade escolar,
traçamos estratégias embasadas em textos norteadores para que esses alunos
sejam atendidos em todas as suas necessidades, dentro do possível, no
interior da escola e por meio de parcerias com grupos de apoio de nossa
comunidade.
Ao longo da história da humanidade foram construídos modelos a
serem seguidos como padrão, com a marca da homogeneidade, prevalecendo
a negação à diferença, onde o não diferente é o aceito socialmente. Na escola
igual para todos existe espaço para as diferenças? Como a diferença é
abordada na escola? Algo só é diferente se comparado com outro. A Cultura é
a resposta apresentada pelos grupos humanos ao desafio da existência,
determinando o comportamento do homem e justificando suas realizações.
Este processo não trata apenas de permitir o acesso destas pessoas na
sociedade, mas sim, aceitar, possibilitar e dar condições para que estes
sujeitos possam efetivamente se educar e se preparar para a realidade do
mundo do trabalho.
É também a partir do ambiente escolar que a criança e o jovem
estabelecem seu convívio social. O isolamento ao qual muitos alunos com
deficiência passam na sala de aula da rede regular de ensino é atribuído a
diversos fatores. A dificuldade expressa pelos professores em lidar com as
questões da diferença, da deficiência e seus limites é um deles.
A escola deve se organizar para a escolarização do aluno com
necessidades educacionais especiais por meio de ações paralelas e contínuas
de apoio à aprendizagem, a saber: acolhimento do diferente, flexibilização de
planejamentos e conteúdos, elaboração de projetos de recuperação paralela e
de avaliação, específicos e adequados às necessidades dos alunos;
encaminhamento à sala de recursos; encaminhamento a classes especiais;
encaminhamento a centros de atendimento especializado.
40
O atendimento à inclusão exige um redimensionamento do Projeto
Político-Pedagógico; a implantação/implementação dos serviços e apoios
especializados; o envolvimento da comunidade escolar; o respeito a todas as
diferenças (cultura, gênero, deficiências, origens, etnias, religião); atendimento
específico; acompanhamento da presença do aluno; a interação do aluno e
comunidade em todo processo educativo; recuperação de conteúdo; projetos
de parcerias. O aspecto fundamental será o conhecimento/esclarecimento para
os professores sobre as atividades a serem desenvolvidas com alunos com
necessidades educacionais especiais ou não, colocando em equilíbrio o que é
comum e individual para cada aluno. A escola de todos passa a não ser escola
para todos. Tratar a exclusão/inclusão não apenas relacionado à deficiência,
mas também as diferenças de classe social e étnicos é o caminho para o
enfrentamento promissor da questão.
O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Cristo Rei,
construído coletivamente pela comunidade escolar no ano de 2001, em
consonância com a legislação vigente, já contemplava a educação inclusiva,
prevendo o reconhecimento, a aceitação e a valorização das diversidades
étnicas, religiosas, culturais, socioeconômicas, linguísticas e de capacidades,
no campo das deficiências.
Nos momentos de revitalização do referido projeto (2008, 2012, 2014 e
2017), a comunidade escolar propôs ações para enfrentar com
responsabilidade o desafio da inclusão educacional:
Realizar grupos de estudos para análise e perspectivas reais da nossa
escola para atendimento dos alunos com apoio do mantenedor;
Estabelecer parcerias governamentais e institucionais, em busca de
suporte teórico e metodológico para o enfrentamento e soluções de
problemas;
Buscar junto aos órgãos competentes a alocação de recursos (humanos,
materiais, técnicos e tecnológicos) governamentais, conforme prevê a
Deliberação nº 02/03 - CEE, necessários ao desenvolvimento do
processo de aprendizagem, bem como a adequação do espaço físico
para alunos com deficiência física (mobilidade reduzida e/ou cadeirante);
Assegurar aos alunos com necessidade de Atendimento Educacional
Especializado (AEE) a continuidade de atendimento nos Centros de
41
Apoio Pedagógico, mantidos pelo poder público;
Garantir a flexibilização curricular no atendimento pedagógico
especializado, adequando-o as necessidades individuais;
Ressaltar a responsabilidade e comprometimento de cada sujeito no
processo de inclusão.
Para a escolarização do aluno com necessidade educacional
especializada é necessário o envolvimento da comunidade escolar num
trabalho conjunto, por meio da criação de ambiente integrador para que
aconteça a permanência do aluno, oportunizando a formação crítica, autônoma
e criativa.
Importante registrar que nos anos de 2012 a 2015 atendemos uma aluna
cadeirante e neste ano uma aluna surda.
Quanto ao preconceito, felizmente é mínimo em nosso colégio, isto
porque a sensibilização é realizada há anos. A esse respeito há uma
concordância hegemônica entre nossos profissionais da educação, que é o
tratamento igualitário, sem distinção de etnia, credo, gênero, raça e cultura.
A diversidade está inserida no currículo do curso de Formação de
Docentes e é abordada em sua totalidade, assim as questões sociais,
ambientais, econômicas, políticas e culturais não se apresentam como uma
relação artificial com as disciplinas, mas são tratadas em seu contexto.
42
5. MARCO OPERACIONAL
5.1 MATRIZ CURRICULAR
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal
MUNICÍPIO: Cornélio Procópio
CURSO: Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. NORMAL, em Nível Médio
FORMA: INTEGRADA
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 - TURNOS: Matutino, Vespertino e Noturno
MÓDULO: 40 – CARGA HORÁRIA: 4.800Hh/a e 4.000h IMPLANTAÇÃO: Simultânea
DISCIPLINAS HORA AULA
HORA RELÓGIO
1ª 2ª 3ª 4ª
Arte 2 80 67
Biologia 3 120 100
Educação Física 2 2 2 2 320 267
Filosofia 2 2 2 2 320 267
Física 3 120 100
Geografia 3 120 100
História 2 2 160 133
Língua Portuguesa 2 2 2 3 360 300
Matemática 2 2 2 2 320 267
Química 2 2 160 133
Sociologia 2 2 2 2 320 267
Sub-total 17 17 15 11 2400 2000
Língua estrangeira moderna 2 80 67
Sub-total
Concep. Norteadora da Ed. Especial 2 80 67
Fund. Filos e Socio da Educação 2 80 67
Fund. Históricos da Educação 2 80 67
Fund. Hist. e Polit. da Ed. Infantil 2 80 67
Fund. Psicológicos da Educação 2 80 67
Libras 2 80 67
Literatura Infantil 2 80 67
Metodologia de Alfabetização 2 80 67
Metodologia do Ensino da Arte 2 80 67
Metodologia do Ensino da Ciência 2 80 67
Metodologia do Ensino da Ed. Física 2 80 67
Metodologia do Ensino de Geografia 2 80 67
Metodologia do Ensino de História 2 80 67
Metodologia do Ensino de Matemática 2 80 67
Metodologia do Ensino de Ling. Port 2 80 67
Organização do Trabalho Pedagógico 2 2 160 133
Prática de Formação 5 5 5 5 800 666
Trabalho Pedagógico na Ed. Infantil 2 2 160 133
Sub-total 13 13 15 19 2400 2000
TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000
Obs.: Em cumprimento a Lei Federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução nº 004/10 – SUED/SEED, o ensino da língua espanhola é ofertado pelo Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM no próprio estabelecimento de ensino, sendo a matrícula facultativa ao aluno.
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5.2 CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar está fundamentado na legislação educacional
partindo dos princípios da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
Art.24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
A lei determina uma carga horária mínima a anual de 800 (oitocentas)
horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho
escolar, a serem cumpridos por todas as instituições de ensino que ofertam a
Educação Básica.
O início do ano letivo, bem como seu término, férias, período de
capacitação e o destinado ao planejamento, feriados nacionais e recessos são
determinados pelo mantenedor, que prevê a indicação de feriado municipal.
Em nosso calendário previmos as Reuniões Pedagógicas e os
Conselhos de Classe, que acontecem aos sábados ou, com exceções, em dias
letivos, desde que os alunos estejam envolvidos em atividades organizadas
que buscam seu desenvolvimento como pessoa, cidadão e trabalhador. Desta
forma, tais dias são considerados de efetivo trabalho escolar. As atividades são
apresentadas em Projetos e se relacionam a atendimento pedagógico às
instituições parceiras que ofertam Educação Infantil e séries iniciais do Ensino
Fundamental, além de atividades recreativas e de práticas esportivas.
Com a implantação da nova Matriz Curricular, há necessidade de
Complementação de Carga Horária de 40 horas/relógio, uma vez que, nosso
Calendário contempla 960 horas/relógio/anual e a Matriz prevê 1000
horas/relógio/anual. Para tanto é elaborado um Plano de Complementação de
Carga Horária, em que as atividades acontecem aos sábados (Mostra de
Talentos; Mostra da Cultura Afro; Campeonatos interclasses; Mostra
Pedagógica, etc.) ou em contraturnos, contando com as parcerias das IES e
SESC.
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O cumprimento do calendário é um compromisso de todo colegiado,
sendo imprescindível na conquista de uma escola pública de qualidade social,
que prioriza a formação integral dos alunos.
5.3 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
5.3.1 Projetos desenvolvidos e institucionalizados no Colégio
• Fanfarra
Objetivo: Mobilizar o gosto pela música e desenvolver o espírito de criatividade
artístico – musical, proporcionando a capacidade de coordenar a música ao
movimento, integrando alunos, escola e comunidade em prol do resgate cívico
nacional.
Responsável: Direção; Equipe Pedagógica; Grêmio Estudantil Olavo Bilac.
• Atividade Festiva de Integração da Educação Especial
Objetivos: Perceber que a inclusão social é um modo de vida, um modo de
viver junto. Promover relacionamento eficaz e recíproco entre o colégio e a
Escola Municipal Procopense – Educação Infantil e Ensino Fundamental na
Modalidade Educação Especial/APAE.
Responsável: Professores de Prática da Formação (2ª série) e da disciplina
Concepções Norteadoras da Educação Especial.
Disciplinas contempladas: Prática de Formação/ Concepções Norteadoras da
Educação Especial.
Envolvidos: Toda a comunidade escolar.
• Torneio Esportivo Interclasses
Objetivo: Promover a integração das turmas, conhecendo os seus limites e
possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas
posturas e atividades corporais, valorizando suas aptidões físicas.
Responsável: Professores de Educação Física; Grêmio Estudantil Olavo Bilac.
Disciplina contemplada: Educação Física
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• Jornal do Magistério
Objetivo: Socializar informações relevantes desenvolvidas pela comunidade,
incentivando a leitura e o trabalho coletivo.
Responsável: Grêmio Estudantil Olavo Bilac.
• Grupo de Estudos na disciplina de Matemática
Objetivo: Incentivar os estudantes a buscar alternativas de estudos para o
aprofundamento dos conteúdos de sala de aula e para a recuperação de
possíveis defasagens.
Responsável: Professores de Matemática.
• A Educação não tem cor
Objetivo: Analisar aspectos históricos, políticos, legislativos e étnicos da cultura
africana no Brasil e a sua inserção no Currículo Educacional (cumprimento à
Lei 10.639/03).
Disciplinas contempladas: Todas.
Responsável: Equipe Multidisciplinar
Obs.: Este Projeto teve início em 2006 e constitui-se em uma efetiva ação do
colégio desde então.
• Mostra de Talentos
Objetivo: Interagir com a comunidade escolar interna (corpo discente e
docente) e pais ou responsáveis, apresentando os talentos artísticos e
culturais, demonstrando a criatividade e partilhando o compromisso com a
educação (projeto previsto para desenvolvimento em comemoração ao Dia do
Estudante).
Responsável: Equipe Pedagógica e Grêmio Estudantil Olavo Bilac.
• Projeto Criança que brinca, criança feliz
Objetivo: Elaborar projeto de Prática de Formação (elementos constituintes de
um projeto de – IMC) e colocá-lo em prática. Resgatar jogos e brincadeiras
infantis, além das cantigas de roda, valorizando-as. Observar o espaço das
instalações que ofertam Educação Infantil, realizando diagnóstico da
organização pedagógica.
46
Responsável: Coordenação de Estágio e Professores de Prática de Formação
das 1ª séries.
Disciplina contemplada: Prática de Formação (1ª série)
Obs: Iniciou a implementação em 2004.
5.3.2 Projetos/Programas da SEED implementados no Colégio
Atividade Complementar em contraturno
Objetivo: Melhorar o resultado do rendimento escolar; oportunizando aumento
no índice do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), além do de aprovação
no exame vestibular, por meio da utilização do material EUREKA.
Envolvidos: Alunos de 3ª e 4ª Séries interessados
Disciplinas Contempladas: todas da Base Nacional Comum
Agenda 21 Escolar
Objetivo: propor ações para o século XXI, buscando o desenvolvimento
sustentável em países, estados, municípios e escolas. O objetivo específico da
“Agenda 21 escolar” constitui-se em traçar metas da escola e da sua
comunidade buscando o desenvolvimento sustentável.
Assim, a elaboração do referido documento estruturou-se por meio de
construção coletiva (envolvimento de toda comunidade escolar) e de caráter
interdisciplinar, focando ações que envolvem problemas socioambientais do
cotidiano escolar. Isto posto, as metas d projeto são: organizar as atividades
para efetivação da construção da Agenda 21 Escolar; incentivar a comunidade
escolar a adotar uma posição mais consciente e participativa nas alternativas
para resolução de problemas socioambientais, além de organizar e utilizar a
técnica da compostagem, na qual as folhas são transformados em fertilizante,
como a primeira ação em nossa escola.
Envolvidos: Toda a comunidade escolar;
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Programa Defesa Civil na Escola – Brigada Escolar
Objetivo: Implementar a Brigada Escolar como medida preventiva, visando a
segurança da comunidade escolar
Envolvidos: Toda a comunidade escolar, na responsabilidade dos “brigadistas”
(sob a coordenação da Direção).
Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) – instituído pelo Ministério
da Educação (Portaria n. 971 de 29/10/2009) – tem por objetivo provocar um
debate nacional sobre o Ensino Médio, além de induzir a alteração no currículo
por meio do Projeto de Redesenho Curricular (PRC), buscando garantir a
formação integral dos educandos.
O PRC deve apresentar ações que comporão o currículo, enriquecendo-
o. Estas ações podem ser estruturadas em diferentes formatos: oficinas;
seminários; grupos de pesquisa; trabalho de campo, entre outras ações
interdisciplinares. Para sua concretização é possível definir a aquisição de
materiais e tecnologias educativas, incluindo a formação específica para os
profissionais da educação envolvidos.
Equipe Multidisciplinar
Tem como temática a beleza, a riqueza e a resistência dos povos africanos,
afro-brasileiros e indígenas.
Objetivo: subsidiar e fortalecer condições teórico-metodológicas para a
execução de um trabalho pedagógico efetivo, que contribua para a
transformação da sociedade e das escolas, de modo que possibilite a
superação da exclusão, bem como promova a igualdade racial e social das
populações negras e indígenas.
Envolvidos: Toda a comunidade escolar, sob responsabilidade dos
componentes da Equipe Multidisciplinar;
48
5.4 AÇÕES REFERENTES A FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO
De acordo com LOPES (2008), entende-se a flexibilização do currículo
como a resposta educativa que é dada pela escola para satisfazer as
necessidades educativas de um aluno ou de um grupo de alunos, dentro da
sala de aula comum.
Adaptar e flexibilizar o currículo, exige que o professor receba formação,
busque capacitação e tenha disposição e vontade para incluir o aluno.
Como ações efetivas referentes à flexibilização curricular, temos:
Professor Intérprete de LIBRAS: com demanda de 30 horas semanais – 25
horas no turno matutino e 05 horas no turno vespertino para as aulas de
Prática de Formação (Estágio), para atendimento de uma aluna surda. Este
profissional é o canal comunicativo entre a aluna surda, os professores,
colegas e equipe escolar. Participa das Reuniões Pedagógicas e das reuniões
de Conselho de Classe, orientando acerca das metodologias de elaboração
das avaliações e rendimento da aluna.
Licença Gestação: Por ser nossa comunidade predominantemente feminina,
comumente atendemos alunas em estado de gestação, que de acordo com a
Lei nº 6202/75, a elas são atribuídas, o regime de exercícios domiciliares, bem
como, plano de reposição de carga horária da disciplina de Prática de
Formação, com acompanhamento da Equipe Pedagógica.
SAREH: tem como objetivo o atendimento educacional para aqueles
estudantes que encontram-se impossibilitados de frequentar a escola em
virtude de situações de internamento hospitalar ou tratamento de saúde,
permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização. Os estudantes
podem receber diferentes tipos de atendimento, conforme sua necessidade
e/ou laudo médico: (a) tarefa domiciliar: tempo de afastamento menor que 90
dias; (b) atendimento pedagógico domiciliar: tempo de afastamento maior que
90 dias; (c) atendimento hospitalar: em caso de internamento em hospitais
conveniados a SEED.
Outras ações de flexibilização curricular poderão eventualmente ser
aplicadas, se necessário for.
49
5.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
A evolução e transformação social, econômica e política do mundo atual
e ainda a aceleração na transmissão das informações, instauraram a escola
novas demandas. Assim as questões sociais, econômicas, raciais, étnicas,
éticas, de gênero, entre outras, embora não sejam genuínas da escola, nela se
apresentam como desafios.
De acordo com Duarte, Fank e Carvalho (2008), os Desafios
Educacionais Contemporâneos, além de pressupor um outro olhar sobre as
questões sociais, culturais, ambientais e históricas, devem ser trabalhados na
disciplina com os quais se contextualizam como condição de compreensão do
conhecimento em suas múltiplas manifestações.
O Colégio Estadual Cristo Rei - Ensino Normal concebe o currículo como
uma construção cultural, historicamente situado e socialmente construído,
assim sendo, afirma sua intencionalidade por trabalhar a universalidade dos
conhecimentos. Nesta perspectiva de currículo, os desafios educacionais
contemporâneos são componentes regulares da proposta Curricular e do Plano
de Trabalho Docente e tratados em sua totalidade no contexto das disciplinas.
Isto significa que ao se abordar o conteúdo da disciplina, este é analisado em
suas diferentes determinações.
Desta forma, a comunidade escolar busca embasamento teórico,
especialmente nos cadernos temáticos, para assim definir as atividades e
abordagens. Nos dias, previstos em Calendário, de Planejamento e
Replanejamento, a Equipe Pedagógica orienta a inserção dos desafios
educacionais no Plano de Trabalho do professor. Grupos de estudos também
são realizados, sem contar com a ação permanente da Equipe Multidisciplinar.
Os conteúdos obrigatórios firmados como desafios educacionais
contemporâneos, são:
História do Paraná – Lei nº 13.381/01;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei nº 10.639/03
e Lei nº 11.645/08;
Prevenção ao uso de drogas;
Sexualidade Humana;
50
Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente;
Direito da criança e do adolescente – Lei nº 11.525/07;
Educação Fiscal;
Educação Tributária – Port. nº 413/02;
Educação Ambiental – Lei nº 9795/99
Alguns dos desafios educacionais postos à escola hoje, tem uma
historicidade ligada ao papel e a cobrança da sociedade civil organizada. Essa
historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força
de lei e outras não. No cotidiano escolar, entretanto, novos desafios podem
surgir e exigem que o coletivo escolar esteja preparado para o enfrentamento
de tais situações.
Importante reiterar que os desafios educacionais contemporâneos estão
inseridos no currículo do curso de Formação de Docentes e são abordados em
sua totalidade, não relacionados superficialmente com as disciplinas, mas sim
contextualizados com as mesmas.
No Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, o expressivo avanço
no processo de inserção dos temas relacionados aos desafios educacionais
contemporâneos, deu-se a partir do efetivo trabalho da Equipe Multidisciplinar,
cujo objetivo principal é subsidiar a execução de um trabalho pedagógico que
contribua para a transformação da sociedade e da escola.
5.6 ESTÁGIO – PRÁTICA DE FORMAÇÃO
Os estágios, obrigatório – disciplina: Prática de Formação e não
obrigatório estão em conformidade com a Lei n. 11.788/2008.
5.5.1 Curricular Supervisionado
O estágio curricular/ disciplina Prática de Formação, ofertado no Curso
de Formação de Docentes – Ensino Normal, propicia ao estudante uma
aproximação com as instituições de Educação Infantil, as que ofertam os anos
iniciais do Ensino Fundamental, as escolas de Educação de Jovens e Adultos e
escolas de Educação Especial, tomando como parâmetro a realidade concreta
da escola pública.
51
Consideramos o estágio curricular supervisionado toda atividade da
Prática de Formação desenvolvida pelos estudantes estagiários sob o
acompanhamento/assessoramento tanto prévio como posterior do professor e
da equipe coordenadora deste curso (Plano de Estágio, anexo).
5.5.2 Não obrigatório
O estágio não obrigatório obedecerá, ainda, o que estabelece a
Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação do Paraná e ao
que especifica a Instrução 006/2009 da SUED/SEED do Estado do Paraná.
O estágio não obrigatório é constituído por todo e qualquer tipo ou
modalidade de estágio que não faça parte do Currículo do Curso de Formação
Docente, entre eles o estágio remunerado, não interferindo na
aprovação/reprovação do aluno pois não é computado como componente
curricular.
Os contratos ficam sujeitos à garantia de frequência no Estágio
Curricular Obrigatório – Prática de Formação, bem como nas aulas das
disciplinas que compõem a matriz curricular, e só terá direito ao Estágio
remunerado, os alunos regularmente matriculados nas terceiras e quartas
séries do Curso de Formação Docente e com assiduidade e bom desempenho
comprovados. Afinal a carga horária do estágio não obrigatório não poderá
comprometer a frequência às aulas e demais compromissos escolares do
aluno.
Os Agentes de Integração e os demais envolvidos no Termo de
Compromisso e Contrato de Estágio serão responsabilizados pela atuação dos
estagiários em atividades não compatíveis com a programação curricular do
curso de Formação Docente. Sendo assim, será estabelecido Termo de
Compromisso entre a instituição formadora Colégio Cristo Rei e instituição
concedente de estágio não obrigatório nos termos da lei, e com adequação à
proposta pedagógica da instituição formadora. Além disso, só será efetivada a
contratação mediante seguro contra acidentes em favor do estagiário,
celebrada em Convênio com Governo do Estado do Paraná, mantenedor do
Colégio Estadual Cristo Rei, e celebração de Termo de Compromisso com o
Colégio Cristo Rei e o estudante.
52
Ficam então definidas como ações e atividades do estudante em
estágio não obrigatório: auxiliar regência de classe na Educação Infantil e nos
anos iniciais do Ensino Fundamental; auxiliar em classe com alunos com
necessidade especial; auxiliar atividades pedagógicas extraclasse; auxiliar
laboratório de informática, ciências e outros; auxiliar em biblioteca e
brinquedoteca; auxiliar na confecção de material didático; auxiliar na pesquisa
de definição dos conteúdos conforme as diretrizes curriculares das disciplinas;
auxiliar na elaboração e revisão de textos.
A mediação deste tipo de estágio será desenvolvida por professor
orientador designado pelo Colégio Estadual Cristo Rei e por um supervisor
determinado pela instituição concedente do estágio não obrigatório. Caberá ao
orientador promover a avaliação das atividades do estagiário na dimensão ética
e profissional. Deverá o aluno estagiário apresentar Relatório de Estágio
contendo todas as atividades desenvolvidas no período.
É vedada toda e qualquer atividade incompatível com o
desenvolvimento do adolescente; atividades noturnas situadas entre vinte e
duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte; atividades realizadas em
lugares que atentem contra a formação física, psíquica e moral; atividades
perigosas, insalubres ou penosas. É vedado, ainda, ao Agente Integrador
(Agenciadores de Estágio) a cobrança de qualquer valor junto ao estudante.
53
6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Avaliar é preciso, faz parte de toda atividade humana organizada,
sistematizada ou não. Na escola, avaliar deve estar a serviço do ensinar e do
aprender. Ao longo da história humana foram muitas as posturas equivocadas
quanto à avaliação, com fortes e profundos resultados negativos na estima do
aluno. Hoje a avaliação deve ter uma função de entendimento dos avanços e
falhas do processo de ensinar e do aprender que supere a função punitiva,
selecionadora, segregadora. Por isso, deve estar presente durante todo o
processo e não em momentos estanques. No início, deve estar presente para
se conhecer o estágio em que se encontra o educando e para definir como
deve trabalhar o professor a partir desta constatação. Durante o processo para
que se possa analisar a validade dos procedimentos e resultados. Ao final,
para que se analise os resultados obtidos e se repense os procedimentos.
Posterior ao processo para que se pense o grau de socialização que a
aprendizagem oportunizou.
Partindo do princípio de que a avaliação é contínua e processual,
considera-se que ela começa a partir do relacionamento professor-aluno e está
presente em todo o processo ensino-aprendizagem. Para que se faça o
acompanhamento do desempenho e do progresso do aluno é necessário que o
professor registre de alguma forma os resultados de todas as atividades
realizadas, seus avanços e dificuldades, o que norteará a prática docente.
A relevância da avaliação deve estar centrada em aspectos
substanciais do processo educativo, ou seja, na aquisição e assimilação de
conhecimentos significativos, bem como na habilidade de transformar e aplicar
tais conhecimentos no contexto de uma prática social. No caso do Curso
Normal a relevância é sempre referenciada na atuação do futuro professor.
A avaliação não deve ser compreendida como um indicador para a
comparação entre alunos, rotulação ou classificação e sim como um
acompanhamento dos progressos que o aluno realiza sob a influência da
escola. É um recurso para diagnosticar as dificuldades que ocorrem no
processo ensino-aprendizagem, tanto referente aos alunos quanto ao
54
professor, ao currículo e à escola, entendendo-se a avaliação como um meio e
não como um fim.
Desse modo, a avaliação, longe de se tornar um processo aleatório,
inconsciente, livre de quaisquer parâmetros e compromissos, está
consubstanciada em critérios e expectativas que o professor, o aluno e a
escola têm em relação à aprendizagem e ao desenvolvimento do currículo.
Para isso é preciso que a avaliação da aprendizagem escolar considere o
aluno como corresponsável pelo seu processo de aprendizagem, valorizando a
sua capacidade de (re)elaboração do conhecimento e aplicação na prática
social partindo do princípio de que não existe um ponto de chegada
determinado, já que o conhecimento é inacabado e está sempre em processo
de construção histórica. Assim, o próprio aluno pode ser sujeito desta
construção, desde que seja proporcionado a ele as condições para a
apropriação dos conhecimentos acumulados pela humanidade, como ponto de
partida para o avanço.
Dentre os critérios de valor devem ser considerados: o esforço que o
aluno despendeu para a realização da atividade, o seu desempenho em todas
as disciplinas, bem como o crescimento que ele apresentou no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, concretizadas em sua prática social.
De acordo com a Instrução 15/2017 – SUED/SEED, como
pressupostos do processo de avaliação, é considerada a sua finalidade
contínua, permanente e cumulativa, obedecendo à ordenação e à sequência do
ensino e da aprendizagem, bem como a orientação do currículo; as formas de
avaliação diagnóstica, formativa e somativa, no decorrer de todo período letivo,
aferindo valores no final do período (1º e 2º semestres) por meio de notas na
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); sua incidência sobre o
desempenho do aluno em diferentes experiências de aprendizagem, utilizando
técnicas e instrumentos diversificados; os aspectos qualitativos da
aprendizagem, dando importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e
a elaboração pessoal, sobre a memorização.
A Recuperação de Estudos deve ser entendida como um dos
aspectos do processo ensino-aprendizagem pelo qual o professor reorganizará
sua metodologia em função dos estudantes, de forma a oportunizar a todos a
apropriação efetiva dos conteúdos.
55
A recuperação de estudos, bem como a sua oferta, é direito de todos
os estudantes, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo de
ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período (semestre), assegurando
ao estudante, novas oportunidades de aprendizagem dos conteúdos não-
apreendidos.
Caso o estudante obtenha, no processo de recuperação, um valor
acima daquele anteriormente atribuído, a nota deverá ser substitutiva, uma vez
que o maior valor expressa o seu melhor momento em relação à aprendizagem
dos conteúdos.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente na
totalidade do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no
sistema Registro de Classe Online – RCO.
Para a composição da média do período avaliativo (semestre) será,
obrigatoriamente, proporcionado ao aluno no mínimo 04 (quatro) instrumentos
de avaliação e 04 (quatro) instrumentos de recuperação de estudos.
Para a aprovação exige-se média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) no
cômputo geral de horas letivas.
A promoção deverá resultar da combinação do resultado da avaliação
escolar do aluno, expressa pela média ponderada dos dois semestres letivos,
extraindo a média anual mínima para aprovação
Síntese
1º semestre x 4 + 2º semestre x 6 = Média Anual
10
O processo de avaliação, bem como o as estratégias de recuperação de
estudos, devem estar previstas no Plano de Trabalho Docente de acordo com
os conteúdos de cada disciplina.
56
Encerrado o processo de avaliação a secretaria do colégio registrará os
resultados no Sistema Estadual de Registro Escolar – SERE.
Em relação à evasão escolar, a ocorrência se dá principalmente às
questões econômicas, tendo em vista que o Curso de Formação de Docentes
requer o compromisso do aluno em turno e contraturno e muitas vezes, o
mesmo necessita de trabalho para seu sustento, e, a não identificação com o
curso. Por outro lado um pequeno índice de evasão também ocorre devido às
defasagens que o aluno apresenta no seu processo acadêmico.
O colégio, comprometido com o princípio "educação: um direito de
todos" e com a dimensão de acesso, sucesso e permanência na escola,
organiza-se de forma que o aluno seja atendido nos horários de sua
disponibilidade, bem como é possibilitado a reposição da carga horária perdida
devido a justificativa de estágio remunerado.
No que tange a evasão devido às defasagens, o colégio desenvolve,
além da recuperação de estudos, ações com o objetivo de superar tais
defasagens e/ou lacunas: monitoramento, grupo de estudos e reforço escolar.
Vale registrar também, o acompanhamento da Equipe Pedagógica, com o
objetivo de fazer com que o aluno não abandone o Curso.
É fundamental substituir a pedagogia da repetência pela pedagogia do
sucesso e da promoção. Para que haja esta inovação, são necessárias
algumas condições fundamentais como: suporte institucional, clima aberto na
instituição e a presença de agentes de inovação.
As dificuldades detectadas deverão ser enfrentadas pela recuperação
contínua, com estratégias diversificadas, instrumentos de avaliação adequados
que ofereçam estímulos continuamente. Para atender a esta nova sistemática
avaliativa é preciso pensar no papel do professor, não isoladamente, mas no
coletivo. É necessário o empenho de profissionais comprometidos com o
objetivo de promover o aluno e garantir seu progresso e avanços constantes,
numa dimensão fundamentalmente ética, que luta pelo acesso e permanência
do aluno em um sistema de ensino de qualidade.
Há que se diversificar as maneiras de manifestação de construção do
conhecimento e da aprendizagem: oralidade, escrita, desenhos, resumos,
gráficos, mapas, diagramas, teatro, música, etc. Em qualquer caso, não se
deve perder o norte de que a avaliação deve servir para fornecer informações
57
orientadoras ao aluno e informar ao professor sobre o estágio de
desenvolvimento de seu aluno, permitindo decidir os passos que devem ser
tomados a partir daquele momento.
Optamos por uma avaliação formativa que analisa em que lugar o
aluno se encontra em seu processo de aprendizagem, em termos de conteúdos
e habilidades. Ou seja, a análise de seu progresso considera aspectos como: o
esforço despendido, o contexto particular do seu trabalho e o progresso
alcançado ao longo do tempo.
6.1 CONSELHO DE CLASSE
Inicialmente, é preciso redefinir seu verdadeiro significado, rever os
critérios de avaliação e superar a divisão de trabalho dentro do cotidiano
escolar. Isto significa a definição clara de objetivos comuns, de acordo com um
Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente, com metas traçadas por
professores e pedagogos com o mesmo propósito. O fato de haver pluralidade
de percepções e posturas diferentes diante do processo pedagógico deve ser
visto como fator enriquecedor, já que a diversidade favorece e enriquece as
relações.
O Conselho torna-se um momento de reflexão quando discute as
dificuldades de ensino, de aprendizagem, adequação dos conteúdos
curriculares, metodologia empregada, enfim, a própria proposta pedagógica da
escola e a adequação desta às reais necessidades dos educandos.
O Conselho de Classe é constituído por professores da turma;
representante de alunos; representantes da equipe pedagógica e da direção da
escola. É um momento para análise dos avanços dos alunos, do desempenho
dos professores e da equipe escolar, no qual o diretor deve ser o mediador,
tendo a missão de conduzir a reunião de forma democrática, usando sempre o
bom senso para resolver situações de conflito que possam surgir e não
perdendo de vista o resgate da autoestima dos alunos.
O Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal, desde 1993 tem a
participação do aluno no Conselho de Classe. O representante de turma é o
primeiro que tem voz, registrando os aspectos positivos e críticos da Direção,
das Equipes Pedagógica, Administrativa e de Apoio, e do Corpo Docente (o
58
instrumento é preenchido previamente pelo representante, juntamente com a
sua turma). É evidente que este processo não foi fácil, no entanto, hoje, os
problemas quanto às críticas apresentadas são mínimos, sendo consideradas
para reavaliação das práticas e superação das dificuldades do processo.
Os resultados apresentados possibilitam o desencadeamento de ações
diversas, tais como: levantamento de grupos de alunos para encaminhamento
aos estudos de recuperação, bem como para atendimento especial do
professor; levantamento de alunos sem frequência constante e com rendimento
escolar insatisfatório, que necessitam de atendimento diferenciado da escola;
atendimento individual do educando por parte da Equipe Pedagógica; conversa
reflexiva com o coletivo da turma por parte da Direção e Equipe Pedagógica.
Mesmo com lançamento de nota semestral, os encontros de Conselho
de Classe são realizados bimestralmente. Assim, os de abril e outubro são
considerados “Pré-Conselho”. Após a realização destes, as pedagogas entram
em contato com os pais ou responsáveis, para que tomem ciência do
rendimento escolar de seus filhos, bem como das dificuldades apresentadas.
Os pais são atendidos individualmente, com horário marcado. No entanto, a
disponibilidade destes é respeitada. O objetivo maior deste contato é
compartilhar responsabilidades, haja vista que as pedagogas sugerem
encaminhamentos possíveis para a superação das dificuldades apresentadas.
6.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Avaliar é uma atividade comum na vida cotidiana de todo ser humano,
existindo na instituição escolar desde sua criação e, embora haja variedade
nas formas, manteve ao longo dos anos um certo caráter punitivo. Assim, o
aluno que não tem aprendizagem é punido. A reprovação, com a
obrigatoriedade de refazer o ano letivo, é um exemplo dessa concepção
punitiva, em que o castigo máximo é a exclusão total do sistema educativo, que
pode ocorrer por sucessivas reprovações ou evasão.
Desta forma, avaliação da aprendizagem do aluno foi, e continua
sendo, um dos mais frequentes objetos de análise por parte dos educadores.
Mas discutir avaliação não é tarefa fácil, pois as propostas de mudança em
avaliação confrontam-se com o redimensionamento da prática do professor.
59
O termo avaliar tem sua origem no latim a-valere, que significa ‘dar
valor a’. O conceito de avaliação, portanto, compreende a atribuição de um
valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação. Por meio da
avaliação constata-se um resultado e toma-se a decisão do que fazer com o
resultado constatado.
Assim, a avaliação deve se constituir como processo que permita ao
educando perceber-se como potencialmente capaz de superar os limites
impostos pelo desconhecido, ao situar o erro como momento de um percurso
mais amplo em direção à apropriação do saber historicamente produzido. No
entanto, somente o educando deve ser avaliado? E a instituição onde este está
inserido?
No século XXI, houve um repensar em relação ao papel da
Universidade e sobre qual a dimensão social do conhecimento e dos valores
por ela produzidos e difundidos. É neste contexto que surgiu a avaliação
institucional.
O adjetivo institucional torna claro que é um tipo de avaliação
determinado. No Brasil, a partir da década de 1990, começou a ser discutida na
universidade, onde a comunidade acadêmica tenta explicar os princípios e
metodologias dessa avaliação, bem como as razões para sua emergência e os
motivos de sua expansão nacional nos tempos atuais. O fato de primeiro ser
implantada na universidade e não em outro nível de ensino explica-se por ser
uma preocupação em nível mundial, uma vez que os avanços tecnológicos
exigem cada vez mais conhecimentos, a fim de que os alunos formados nestas
instituições possam desempenhar o papel que a sociedade espera deles.
Segundo Libâneo “[...] a universalização e melhoria da qualidade de
ensino, a elevação da escolaridade, a preparação tecnológica e a formação
geral, abstrata, abrangente e polivalente dos trabalhadores, são fundamentais
para toda a sociedade, especialmente quando se tem em vista, no mínimo, a
garantia de igualdade de oportunidades” (2001, p.21).
A avaliação institucional deve ser construída de forma coletiva, sendo
capaz de identificar as qualidades e fragilidades das instituições e do sistema,
subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação
social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada
pela Rede Estadual.
60
Um dos pontos centrais é a preocupação com o caráter educacional da
avaliação, na medida em que incorpora, além da tomada de consciência dos
indivíduos sobre o seu papel e o da instituição, um constante processo de
negociação, desde a decisão de iniciá-lo até sua implementação e utilização
dos resultados, o que se efetiva mediante a participação coletiva e organizada
de todos os interessados.
A prática da avaliação institucional deve proporcionar condições de
auto-regulação, na qualidade de ensino ofertada à sociedade, uma vez que se
trata de serviço público financiado pelo Estado, assim a avaliação é uma ajuda
que, de acordo com Libâneo (2001), acabará por gerar uma “cultura de
responsabilização” por parte da comunidade educacional.
Considerando tais reflexões a Equipe Gestora do Colégio Estadual
Cristo Rei – Ensino Normal, elaborou, em dezembro de 2004, um projeto para
implementar a Avaliação Institucional. Umas das estratégias foi a aplicação de
instrumentos de auto-avaliação. Tais instrumentos (três tipos diferenciados)
foram entregues para os integrantes da Equipe Pedagógica, Professores e
Funcionários. Contudo, por conter um número excessivo de questões e estar
extremamente complexo, o retorno foi mínimo. O fato desestimulou a Equipe e
o projeto foi interrompido.
Em 2005, por solicitação da SEED/ NRE, o projeto foi retomado,
reiniciamos com estudos em relação ao tema. Recebemos um caderno
temático e, no dia 14 de dezembro do citado ano, a SEED enviou um
instrumento que foi aplicado em grupos formados por representantes da Equipe
Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos e Pais. O instrumento continha
afirmações em seis dimensões:
Órgãos Colegiados de Gestão
Profissionais da Educação
Condições Físicas e Materiais
Prática Pedagógica
Ambiente Educativo
Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento Educacional
O resultado, tabulado e entregue em planilha ao NRE, foi muito
satisfatório. Entretanto, não refletiu a realidade. No ano de 2006, o NRE enviou
questionários para os professores e equipe pedagógica responderem, mas as
61
respostas esperadas pelo sistema eram tão óbvias que, novamente,
acreditamos que não refletiu a realidade. Haja vista que os resultados obtidos
pelos professores eram contrários aos resultados da equipe pedagógica. Não
se tratou mais do tema.
Em 2016, a Direção elaborou um questionário que foi entregue aos
professores e Equipe Pedagógica, que tratava de avaliar a gestão do Colégio,
entretanto o retorno também foi mínimo, impossibilitando a análise dos
resultados.
O Curso Normal, em nível médio, deve garantir o domínio dos
conteúdos curriculares necessários à formação do professor que atuará na
educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, tendo como
perspectiva o atendimento a crianças, jovens e adultos, acrescendo-se às
especificidades de cada um desses grupos, as exigências que são próprias das
comunidades indígenas e dos alunos com necessidades especiais.
O Curso também é avaliado pelo resultado obtido no Exame Nacional
do Ensino Médio (ENEM), bem como pelo Sistema de Avaliação de Escolas
Públicas do Paraná (SAEP). Assim, os conteúdos em defasagem são
priorizados, com o intuito de melhoria do rendimento no próximo exame.
Na última semana de aula de cada semestre, os alunos fazem uma
avaliação da escola. Esta consta de um texto reflexivo, que deve ser
discutido/debatido pelos alunos. Após a discussão os pontos positivos e críticos
do colégio são listados, todos os aspectos são abordados, tanto o pedagógico
como o administrativo, desde o atendimento até a organização, limpeza e
qualidade da merenda. A avaliação é entregue para a Direção, que organiza os
resultados e os apresenta, tendo sempre o cuidado em preservar a identidade
dos profissionais citados, para toda comunidade escolar no início do próximo
ano letivo (os resultados são apresentados separadamente para professores,
funcionários e alunos). As fragilidades e qualidades apontadas pelos alunos
são discutidas pela comunidade escolar e as decisões por mudanças e/ou
permanências de ações são tomadas coletivamente, o que torna todos os
integrantes responsáveis pelo aperfeiçoamento da instituição.
Anualmente a Equipe Pedagógica sistematiza as informações em
relação ao índice de aprovação/ reprovação em gráfico de setores,
apresentando-as, inicialmente, aos professores e, posteriormente, aos alunos.
62
As informações subsidiam discussões e reflexão do resultado, bem como o
levantamento de estratégias para a melhoria do mesmo.
Há algumas dificuldades específicas de realização, haja vista que a
avaliação institucional é complexa. O processo envolve a elaboração de um
instrumento eficiente que aponte as qualidades e fragilidades da escola e, ao
mesmo tempo, permita a organização dos dados e isto tem se constituído num
desafio.
Acreditamos que, na medida em que os resultados positivos
alcançados são percebidos pela comunidade escolar, o comportamento
apresentará mudanças significativas, pois segundo Dias Sobrinho (2003) a
avaliação institucional
[...] começa muito antes de que esteja pronto o seu desenho, estejam abordados os seus instrumentos e se levantem os primeiros dados da realidade a ser avaliada. Ela principia pela decisão da instituição, não importa que no começo seja somente através de um grupo pequeno, em geral da administração superior [...] o mais importante é que aos poucos uma parcela considerável da comunidade [...] assuma esse empreendimento como essencial à melhoria da instituição.
Assim, a reflexão é imprescindível, bem como o comprometimento com
a qualidade social do ensino ofertado pela escola.
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7. PLANO DE AÇÃO
O Plano de Ação do Colégio Estadual Cristo Rei – Ensino Normal vem
sendo elaborado, discutido e revisado desde o ano de 2014, de maneira
coletiva, envolvendo toda a comunidade escolar (professores, agentes
educacionais, alunos, pais), por meio de estudos nos momentos da Formação
Continuada.
Este Plano de Ação foi construído considerando as dimensões: Gestão
Democrática; Prática Pedagógica; Avaliação; Acesso, Permanência e Sucesso
na Escola; Ambiente Educativo e Formação dos Profissionais da Escola. Para
cada dimensão, foram refletidos, debatidos e elencados os desafios que nosso
colégio enfrenta, bem como ações necessárias para enfrentamento e
superação dos problemas diagnosticados coletivamente.
Apresentamos o Plano de Ação, expondo os principais
desafios/problemas e as ações a serem desenvolvidas. Importante destacar
que este plano é flexível, isto é, os desafios de hoje podem ser superados e
novos poderão surgir.
7.1 DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA
Desafios:
Buscar meios mais eficientes para disponibilização das informações;
Manter o “site” do colégio atualizado;
Melhorar a disseminação das informações;
Constituir um Conselho Escolar participativo;
Divulgar e destacar as ações do Conselho Escolar;
Manter a APMF presente e ativa;
Manter o Grêmio Estudantil, presente e atuante;
Melhorar o índice de participação dos pais ou responsáveis em reuniões
e outras atividades do colégio;
Recursos financeiros que não atendem as necessidades e prioridades
da escola;
Número insuficiente de Agentes Educacionais I;
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Ações a serem desenvolvidas:
Atualizar o “site” do colégio mensalmente;
Inserir no “site” as ações e projetos desenvolvidos no colégio;
Divulgar em lugar viável e acessível os editais, atas e outras
informações;
Incentivar a comunidade escolar a participar das eleições para
composição do Conselho Escolar e APMF;
Estimular a participação dos conselheiros escolares em capacitação;
Divulgar as ações, deliberações e atas do Conselho Escolar;
Apoiar, estimular e divulgar as ações do Grêmio estudantil;
Explicitar as funções do Conselho Escolar à seus membros e à
comunidade;
Convidar os pais ou responsáveis para que estejam presentes em
momentos individuais e coletivos;
Convidar as famílias para participação nos eventos culturais da escola;
Tornar as reuniões e eventos mais atrativos;
Solicitar à mantenedora, recursos que atendam às necessidades da
escola;
Inscrever o colégio em programas viáveis ofertados pela SEED e/ou
MEC;
Solicitar à SEED a ampliação da demanda de A. E. I;
7.2 DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA
Desafios:
Facilitar a acessibilidade e o conhecimento da PPC;
Falta de aprofundamento teórico para a elaboração do PTD;
Não cumprimento do prazo de entrega do PTD;
Aprimorar a contextualização dos conteúdos, englobando maior número
de disciplinas;
PTD e metodologias de ensino sem inovação, por parte de alguns
professores;
Inserção de novas tecnologias;
65
Espaço físico inadequado para o uso das TIC;
Padrão da rede elétrica incompatível e insuficiente para a utilização das
tecnologias;
Dificuldades no trabalho com aluna surda, especialmente no que tange
ao processo de avaliação;
Ações a serem desenvolvidas:
Despertar o interesse dos professores a conhecer, analisar e consultar,
periodicamente a PPC;
Promover Grupos de Estudos com os professores da escola em parceria
com IES, para aprimorar conhecimentos;
Orientar na elaboração e cumprimento do PTD;
Incentivar o uso da Hora-Atividade para aprimoramento e atualização do
planejamento;
Firmar parcerias com as IES;
Oportunizar espaços para discussões e reflexões coletivas;
Incentivar a participação dos professores em todas as ações do colégio;
Solicitar à mantenedora melhoria no padrão de energia;
Estimular a participação de professores e funcionários em cursos e
palestras;
7.3 DIMENSÃO: AVALIAÇÃO
Desafios:
Processo de recuperação de estudos ineficiente em algumas
disciplinas;
Não há a utilização de diferentes instrumentos de avaliação em
algumas disciplinas;
Resistência à mudanças na prática da avaliação;
Manter a qualidade na formação dos alunos;
Reduzir o índice de aprovação por Conselho de Classe;
Sistematizar com mais clareza o instrumento de avaliação institucional;
Ações a serem desenvolvidas:
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Melhoria na prática pedagógica do professor por meio da realização de
reuniões pedagógicas, palestras, etc, com discussões e estudos sobre a
temática;
Propor projetos de reforço escolar, seja por meio de parcerias com IES
ou grupos de estudos/monitoria;
Promover reuniões pedagógicas, palestras ou grupos de estudos para
discussões e estudos acerca da temática;
Estudar a Instrução 01/2017 – SEED/SUDE
Solicitar a participação de representantes da Equipe Disciplinar do NRE
em reuniões;
Acompanhar pedagogicamente os professores;
Conscientizar alunos e professores da importância do curso de
Formação de Docentes;
Promover um Conselho de classe diagnóstico, sem ares hierárquicos,
excludentes ou autoritários, buscando apontar soluções tanto em nível
discente quanto docente;
Aprimorar o processo de avaliação a fim de reduzir o índice de
aprovação por Conselho de Classe e aumentar o índice de aprovação.
Reorganizar o instrumento de avaliação institucional interna,
proporcionando maior clareza nos resultados;
7.4 DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
Desafios:
Reduzir o índice de abandono/evasão no período noturno;
Minimizar as dificuldades de aprendizagem;
Manter a parceria com a Secretaria Municipal de Educação para
realização do estágio;
Conscientizar os estudantes da importância e seriedade do estágio
obrigatório;
Ações a serem desenvolvidas:
Acompanhar os casos de evasão, buscando identificar as causas e
possíveis soluções;
Diagnosticar a média de evasão e acompanhar a frequência dos alunos;
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Estimular a presença das famílias na escola demonstrando a
importância dos estudos e do curso de Formação de Docentes;
Efetivar as orientações do Programa de Combate ao Abandono Escolar;
Atender o aluno que retorna de maneira intensiva e justa;
Avaliar e analisar o desempenho dos alunos e professores;
Incentivar o hábito da leitura, dos estudos e da participação em
atividades de reforço;
Diagnosticar dificuldades pontuais e promover ações imediatas;
Firmar parcerias com instituições da comunidade externa (IES, SESC);
Manter bom relacionamento com a Secretaria Municipal de Educação,
com o propósito de atualização das informações e avaliação dos
estagiários;
Acompanhar (Coordenação de Estágio/Curso) a participação dos alunos
nas aulas de Prática de Formação e tomar atitudes necessárias;
7.5 DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO
Desafios:
Reconhecer as diferenças e necessidades econômicas, sociais e
culturais dos alunos, professores e funcionários;
Despertar o compromisso dos pais no acompanhamento da vida escolar
de seu filho;
Nem todos os professores e funcionários tem comprometimento
profissional;
Motivar os alunos aos estudos;
Manter o bom relacionamento entre as pessoas;
Manter o respeito à diversidade cultural, religiosa, de gênero, racial, etc.
Criar novas estratégias para manter a disciplina na escola;
Ações a serem desenvolvidas:
Articular ações conjuntas com a Equipe Multidisciplinar;
Primar por uma educação em Direitos Humanos;
Fomentar projetos educativos que contribuam para a saúde física e
mental dos educandos;
Estimular a frequência dos pais na escola;
68
Incentivar e motivar a participação de toda a comunidade escolar nos
eventos promovidos pela escola e pelo mantenedor;
Sensibilizar os professores e funcionários acerca da importância de seu
papel na vida escolar do aluno;
Promover grupos de estudos com professores em parceria com as IES;
Proporcionar espaços de diálogo e troca de experiências, valorizando o
trabalho coletivo e participativo;
Valorizar as ações positivas de professores, funcionários e alunos;
Desenvolver atividades interdisciplinares voltadas aos direitos humanos;
Intervir em situações pontuais;
Proporcionar atividades/eventos à toda comunidade escolar, abordando
a diversidade e os riscos sociais;
Conscientizar sobre a importância do respeito ao direito do outro;
Oportunizar o conhecimento de diversos ambientes com diferentes
normas de convivência;
Demonstrar e comprovar que um ambiente disciplinado e tranquilo,
favorece o ensino e a aprendizagem;
7.6 DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
Desafios:
Não participação do número total dos profissionais na Formação
Continuada;
Dificuldades dos Agentes Educacionais em compreender temáticas
específicas aos professores;
Impossibilidade de realizar a Hora-Atividade concentrada;
Dificuldades de articulação entre os profissionais de vários segmentos
na participação da Equipe Multidisciplinar;
Abertura para maior número de participantes na Equipe Multidisciplinar;
Diagnosticar com rapidez os alunos que necessitam de Atendimento
Educacional Especializado;
Ações a serem desenvolvidas:
Sensibilizar acerca da importância da participação na formação
continuada e reuniões pedagógicas;
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Elaborar um planejamento adequado que proporcione condições de
incentivo e estimule a participação de todos nos cursos de formação
continuada;
Explicitar ao órgão responsável a incompatibilidade de horários,
inviabilizando a realização da Hora-Atividade concentrada, visto que um
mesmo professor atua em diversas instituições de ensino;
Sensibilizar os professores e funcionários à participação na Equipe
Multidisciplinar, entretanto dar preferência aos realmente interessados;
Solicitar à SEED/NRE, alterações nas exigências, possibilitando maior
número de participantes na Equipe Multidisciplinar;
70
8. REFERÊNCIAS
ADORNO, T.W., Televisão, consciência e indústria cultural. In: COHN, G. (org). Comunicação e indústria cultural. São Paulo:Companhia Editora Nacional e Editora da USP, 1971. BRASIL. Lei n. 6.202 de 17 de abril de 1975. Atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-lei nº 1.044 de 1969, e dá outras providências. Diário Oficial da União (DOU). Brasília, DF: 17 abr. 1975. Seção 1, p. 4.473. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970_1979/L6202.htm> Acesso em 30 jul. 2017. _______. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União (DOU). Brasília, DF., 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27.839. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 21 jun. 2017. _______. Decreto – lei n. 5.296 de 2 de novembro de 2004. Regulamenta as leis nº 10.048 de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica e nº10.098 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União (DOU). Brasília: 3 dez. 2004. Seção 1. p.5. Disponível em: <wwww.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004_2006/2004/decret/d5296.htm> Acesso em: 11 jul. 2017. DIAS SOBRINHO, J. Avaliação: políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003. DUARTE, A. C. S.; FANK, E.; CARVALHO, P. H. S. de. Os desafios educacionais contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da proposta pedagógica curricular e especificidade da escola pública. Curitiba: SEED/CGE, 2008. (Texto elaborado para a Semana Pedagógica Descentralizada nas escolas). GENTILI, P. Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. In: LOMBARDI, J.C. (org). Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados, 2002. LIBANEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. São Paulo: Editora Alternativa, 2001. LOPES, E. Flexibilização curricular: um caminho para o atendimento de alunos com deficiência, nas classes comuns da educação básica. Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE. SEED/UEL. Londrina: 2008. Disponível em:<www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_esther_lopes.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2017.
71
OLIVEIRA, V. F. Escola: a busca da identidade enquanto projeto político-pedagógico. In: Revista Contexto e Educação. Universidade de Ijuí, ano 5, n.10, abr/jun, 1990. PARANÁ, Instrução n. 01/2017. Emite instruções sobre a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção dos estudantes das instituições de ensino da rede pública estadual de ensino do estado do Paraná. Secretaria do Estado do Paraná – SEED / Superintendência da Educação – SUED. Curitiba: 20 jan. 2017. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 7 ed. Campinas: Autores Associados, 2000. SOUZA, A.R. et al. Gestão da escola pública: projeto político-pedagógico. In: Cadernos CINFOP - Centro interdisciplinar de formação continuada de professores. Universidade Federal do Paraná. v.3. Curitiba: Editora UFPR, 2005. (Coleção Gestão e avaliação da escola pública). VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertat, 1995. VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: VEIGA, I.P.A.; RESENDE, L.M.G. (orgs). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 13 ed. São Paulo: Papirus, 1998.
72
ANEXOS
73
ANEXO 1
APMF – GESTÃO 2017/2018
Presidente Reverson Peliçaro
Vice-presidente Kátia Regina Brizola Saito
1º Secretário Ronaldo da Luz Silva
2º Secretário Marco Antônio Rocha Fernandes
1º Tesoureiro Márcia Mayumi Aimoto Marena
2º Tesoureiro Angélica Silva Baptista dos Santos
1º Diretor sócio-cultural Lara Montanini Mendes Breve
2º Diretor sócio-cultural Darúsia Aparecida de Almeida Schiavinato
Conselho Deliberativo e Fiscal
Professor Marcílio Donizete Vieira
Professora Olga Perez Stefaniu
Funcionário Edegar Lino de Oliveira
Funcionária Nilzete Ramos da Silva
Aluna Marina Silva Fernandes
Aluna Veronica Baptista dos Santos
Aluna Yasmin Andre Peliçaro
Aluna Camila Barão
74
ANEXO 2
CONSELHO ESCOLAR – GESTÃO 2016/2017
Presidente Regina Paula de Conti
Representante da Equipe
Pedagógica
Olga Perez Stefaniu - Titular
Anadéli Rotter Zácari - Suplente
Representante do Corpo
Docente
Juliana da Silva Ferreira Leite - Titular
Luiz Adriano Morganti - Suplente
Representante de Agente
Educacional II
Juliana Silvéria da Silva - Titular
Itaracy de Alvarenga Filho - Suplente
Representante de Agente
Educacional I
Márcia Aparecida Anibal – Titular
Nilzete Ramos da Cunha – Suplente
Representante do Corpo
Discente
João Antonio Comine da Silva – Titular
Karina Nogueira de Oliveira – Suplente
Representante de Pais
Maria Inês Pereira da Silva – Titular
Maritza da Rocha Martins
Representante do Grêmio
Estudantil
Heloisa Magri Marquito – Titular
Luciano Balarin da Silveira – Suplente
Representante dos
Movimentos Organizados da Comunidade
João Luiz Gomes Canônico – Titular
Claudinei Nori - Suplente
75
ANEXO 3
GRÊMIO ESTUDANTIL “OLAVO BILAC” – GESTÃO 2017/2018
Presidente Juliana Duzi da Silva
Vice – Presidente Apoliana Paulino Moraes
1º Secretário Nataly Vitória dos Santos Cardoso
2º Secretário Heloisa Pordo Cucci
1º Tesoureiro Lívia Gabriela dos Santos Tonezera
2º Tesoureiro Stefani Leite Fernandes
Diretor Social e Cultural Nauany Sayuri Marcolino Ikawa
Diretor de Imprensa Bianca Stevan
Diretor de Esportes Anna Júlia Soares Rufino
Diretor de Saúde e Meio Ambiente
Michele Maria Roseno Michelato
Conselho Deliberativo e Fiscal
1 Juliana Carolina Rodrigues
2 Rogério Matheus
3 Ketlin da Silva Gonçalves
4 Gabriela Santos de Paula Barros
5 Heloisa Mendes
76
ANEXO 4
QUADRO DE PROFESSORES - 2017
QPM - Lotados
Disciplina Professores
Língua Portuguesa Izabel Cristina Marson
Rosa Maria Campos (a serviço do NRE)
Língua Inglesa Juliana da Silva Ferreira Leite
Matemática Célia Miyuki Yamasaki (aposentadoria Março)
Norberto Victor Valente (aposentadoria Junho)
Cláudia A. Schmidt dos Santos (Direção Auxiliar)
História Marcílio Donizete Vieira
Geografia Ana Lúcia Capobiango Pedrosa
Biologia Regina Paula de Conti (Direção)
Arte Taísa Aparecida Soares
Educação Física Leandra AP.ª C. de Rosis (Aposentadoria Junho)
Química Ronaldo da Luz Silva
Física Washington Sargin Mussi
Filosofia Antonio Campos de Lima
Sociologia Ceci Mara Spagolla Bergamasco
Disciplinas da Parte
Específica de Formação
de Docentes
Darúsia Aparecida de Almeida Schiavinato
Luiz Antônio de Oliveira
Márcia Apª de Mello Gaspari
Maria Apª. Gatti Peres Bondarik
Anadéli Rotter Zácari (Coord. Estágio)
Ariani Elvira de O. Andretta
Sandra Iara de Lima Mattos Vargas
Olga Perez Stefaniu (Coord. Curso)
Professor Interprete de
Libras
Sueli Gaspareto Barretta
77
QUADRO DE PROFESSORES - 2017
QPM – Ordem de Serviço / Complemento de padrão/ Extraordinária
Disciplina Professores
Língua Portuguesa Eliana Maria Fraiha de Carvalho
Regina de Fátima Garcia de Souza
Thaís de Carvalho Guimarães Endo
Matemática Cláudia A. Schmidt dos Santos
Rinaldo Aparecido da Costa
Rubia Mara Rios
Rosimeire da Silva de Moraes
Tereza Batista
Geografia Kelsiane Nancy Turola modos Galvão
Biologia Simeia Soares da Silva
Maria de Fátima de Lima Conceição
Gilberto Chudzik
Educação Física Maristela Inês Gavino de Andrade
Luiz Gustavo Ribeiro
Anamélia Liaschi
Sueli Alves Pinheiro Correa
Claudemir Molin
Filosofia Juliana Campos
Disciplinas da Parte
Específica de Formação
de Docentes
Luciane Cadina Saturnino
Sílvia Helena Cesar
Sandra Rodrigues Leite
Paula Fernanda Perri Oliveira
Miryan Santa Barbara
Cirlene Fachine
Izabel Cristina de Macedo Rivaroli
Lara Montanini
Nercy Amabili Gasparotto Spinasse
Solange Garcia
78
QUADRO DE PROFESSORES - 2017
REPR
Disciplina Professores
Matemática Nilson Carlos Sanches Alcala
Educação Física Andreia Cristina Silva de Carvalho
Sociologia Pollyana Maria Delgado Balla
Tiago Marinho da Silva
Disciplinas da Parte
Específica de Formação
de Docentes
Ricardo Rocha
Rosimeire Rodrigues da Cruz
79
ANEXO 5
QUADRO ADMINISTRATIVO - 2017
FUNÇÃO
NOME
Diretora
Regina Paula de Conti
Diretora Auxiliar
Cláudia Alves Schmidt dos Santos
Professoras Pedagogas
Cristina Carlomagno
Olga Perez Stefaniu
Coordenação de Curso
Olga Perez Stefaniu
Lara Montanini Mendes Breve
Coordenação de Estágio
Anadéli Rotter Zácari
Secretário
Marco Antônio da Silva
Agentes Educacionais I
Anézia Maria da Silva de Paula
Márcia Aparecida Aníbal
Márcia Regina Mendonça de Oliveira
Nilzete Ramos da Cunha
Yolanda Bernardes Nori
Agentes Educacionais II
Edegar Lino de Oliveira
Itaracy de Alvarenga Filho
Juliana Silveria da Silva
Leandro Zambeli
Maria Inês Pereira da Silva
80
ANEXO 6
PLANO DE ESTÁGIO
O trabalho docente é parte integrante do processo educativo. Este, por
sua vez, é considerado uma atividade humana necessária à existência da
sociedade. Desta forma, tem como objetivo formar indivíduos, preparando-os
para a participação ativa e transformadora nas diferentes instâncias da vida
social.
Nesse contexto, o exercício docente pressupõe a tarefa de contribuir
para o processo de formação dos futuros professores. Cultivando, assim, os
desafios da prática diante de estudantes não idealizados, mas sujeitos
históricos, síntese das múltiplas relações.
1 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Justificativa
O estágio curricular supervisionado, ofertado no Curso de Formação de
Docentes – Ensino Normal, denominado Prática de Formação, propicia ao
estudante uma aproximação com as instituições de Educação Infantil, as que
ofertam os anos iniciais do Ensino Fundamental, as escolas de Educação de
Jovens e Adultos e escolas de Educação Especial, tomando como parâmetro a
realidade concreta da escola pública.
Consideramos o Estágio Curricular Supervisionado toda atividade da
Prática de Formação desenvolvida pelos estudantes estagiários sob o
acompanhamento/assessoramento, tanto prévio como posterior, do professor e
da equipe coordenadora do referido curso.
Temáticas
As práticas pedagógicas constituem-se no eixo articulador dos
saberes entre as disciplinas. Assim, garantem espaço e tempo para a
realização e contextualização entre saberes, no qual o planejar, o executar e
o avaliar situações de ensino-aprendizagem das disciplinas pedagógicas
culmina com as atividades em sala de aula nas instituições educacionais
(educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental), de acordo com as
temáticas:
81
1º - Sentidos e significados do trabalho do professor/educador;
2º - A pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades na Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental;
3º - Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da
educação;
4º - A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da didática na
Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
As práticas pedagógicas na 1ª série concentram-se na temática
“Sentidos e significados do trabalho do professor/educador”, em
diferentes modalidades e dimensões. O eixo articulador possibilitará a
observação do trabalho docente pelos alunos estagiários na Educação Infantil
e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Para tanto, faz-se necessário uma preparação teórico-metodológica de
pesquisa ao promover o contato com os centros de educação infantil e escolas
para que o estudante aproprie-se das práticas educativas.
O conceito de trabalho e de práxis tem significado quando o estudante é
encaminhado à instituição lócus com olhar fundamentado nas diferentes
ciências. Desta forma, busca-se o desenvolvimento de uma postura
profissional ética e responsável.
Assim, é preciso trabalhar com tais conceitos, aproximando-se da
realidade existente, ao refletir: o que um professor/educador precisa saber
para ensinar? O que precisa aprender para ensinar/ educar?
Neste sentido, são trabalhados conteúdos reflexivos acerca da função
social do professor, a formação da sua identidade, o reconhecimento de sua
sala de aula e ética pessoal e profissional. Concomitantemente aos conteúdos
reflexivos são trabalhados conteúdos metodológicos que visam preparar o
aluno para a realização das atividades que serão desenvolvidas no decorrer
do curso. Esses conteúdos incluem técnicas de estudo, noções preliminares
de pesquisa e aspectos gráficos e normativos de apresentação de trabalhos
(projeto, relatório, resenha, memorial).
No segundo semestre os alunos são encaminhados para observações e
participações em centros de Educação Infantil e escolas da rede pública que
82
ofertam os anos iniciais do Ensino Fundamental. Ainda desenvolve-se o
Projeto “Criança que brinca, criança feliz”.
Na 2ª série os professores organizam e encaminham as atividades em
torno da temática: “A Pluralidade Cultural, as diversidades, as
desigualdades na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental”. É preciso aprender como operam essas desigualdades sociais
na esfera da educação.
A temática abordada, inicialmente, a diversidade e a educação inclusiva.
A partir daí foca as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das
relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africana e a cultura indígena (contemplando as leis n.10639/03 e n. 11645/08).
Aborda-se, ainda, a educação do campo e a educação de jovens e adultos,
além da educação especial como modalidade que permeia todas as etapas da
educação.
As observações em instituições ocorrerão em escolas regulares que
tenham alunos com necessidades educacionais especiais e em instituições
especializadas tais como: escola especial, instituto de deficientes visuais,
auditivos, projetos alternativos de educação voltados para crianças,
adolescentes, jovens e adultos, educação indígena e educação do campo.
As disciplinas de Fundamentos Sociológicos, Concepções Norteadoras
da Educação Especial possibilitam suportes teóricos para a elaboração de
roteiros de observação e investigação.
Na 3ª série o problema central fundamenta-se na temática
"Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da
educação", cabendo aos professores desenvolver atividades como produção
de pesquisas, observações em instituições, estudo das concepções de
infância, de família, de educação na sociedade.
A reflexão deve construir objetos de estudos relacionados a essa
problemática, passando pela história da criança e da família em relação à
escola. É necessário analisar e recuperar a história das brincadeiras, das artes,
das músicas infantis, das danças, e do teatro, bem como pensar sobre suas
funções para o desenvolvimento infantil. Foco: Educação Infantil, Pré-Escola e
1ª ano do Ensino Fundamental.
83
Finalmente, na 4ª série, é oportuno enfatizar experiências concretas por
meio da temática “A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação
da didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental”, garantindo a possibilidade de o estudante vivenciar e
desenvolver a práxis profissional, articulando teoria e prática. Dessa forma, o
estágio supervisionado deverá possibilitar ao aluno a elaboração de materiais
didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o desenvolvimento de técnicas
de ensino adequadas. Os aprendizes deverão nessa fase ter mais autonomia
intelectual e didática na condução das tarefas educativas, bem como dominar
os conhecimentos gerais e específicos nas atividades com as crianças de 7
aos 10 anos de idade nos espaços institucionais.
É importante ainda a seleção e a elaboração de materiais didáticos, bem
como a análise dos livros didáticos e das propostas pedagógicas das escolas.
Foco: 2º, 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.
Objetivos Educacionais
O papel da escola necessita ser discutido, buscando resgatar sua função
social bem como os sentidos que os sujeitos incorporam na formação dos
indivíduos, dentro e fora da instituição social. A escola é comprometida quando
busca mudanças efetivas na sala de aula e na sociedade.
Neste contexto, a Prática de Formação tem como principal finalidade
buscar oportunidades de estágio para os estudantes, proporcionando dessa
maneira sua capacitação e qualificação social para o mundo do trabalho.
Em todas as séries o Estágio Curricular Supervisionado tem o intuito de:
desenvolver no aluno a capacidade de adquirir os conhecimentos já
elaborados pela cultura e pela ciência (ter condições para acessar,
selecionar e organizar conhecimentos);
estimular a capacidade de produzir aprendizagens a partir de
aproximações de diferentes áreas do conhecimento;
desenvolver autonomia em relação à compreensão e produção de
conhecimentos.
Por serem os objetivos educacionais que estabelecem a unidade de
ação, deverão orientar a organização dos conteúdos e das atividades
planejadas em relação:
84
às práticas educativas que contemplem o modo singular de inserção dos
aprendizes futuros professores e dos estudantes nas escolas, cujo
campo de estudos no mundo social deve considerar abordagens
condizentes com as suas identidades e o exercício da cidadania plena,
ou seja, as especificidades do processo de pensamento, da realidade
socioeconômica, da diversidade cultural, étnicas, de regiões e de
gênero, nas situações de aprendizagem;
às capacidades que serão desenvolvidas nos estudantes ao longo de
sua escolaridade;
às necessidades específicas de cada campo de conhecimento.
É fundamental que os objetivos sejam conhecidos e compreendidos por
todos os sujeitos envolvidos no processo educativo.
Contribuição do estágio para os estudantes
O estágio, como parte integrante do processo formativo, contribui para a
formação do futuro profissional porque permite:
aplicar de maneira prática seus conhecimentos teóricos, enriquecendo seus
estudos e possibilitando, com isso, maior apreensão dos conteúdos
curriculares;
amenizar o impacto da passagem da vida estudantil para o mundo do
trabalho, proporcionando contato com o futuro meio profissional;
adquirir uma atitude de trabalho sistematizado, desenvolvendo a
consciência da produtividade, a observação, a comunicação concisa de
ideias e experiências adquiridas, incentivando e estimulando o senso crítico
e a criatividade;
definir-se em face de sua futura profissão, perceber eventuais deficiências e
buscar seu aprimoramento;
conhecer a filosofia, diretrizes, organização e funcionamento de escolas e
instituições em geral, além de proporcionar melhor relacionamento humano;
sentir a importância de uma atitude positiva e responsável frente ao trabalho
organizado e sistematizado, enfatizando o valor da responsabilidade, da
qualidade das ações humanas.
85
Procedimentos Metodológicos
Por meio do conteúdo das diferentes áreas de ensino é que se procura
oferecer condições para que os estudantes desenvolvam suas capacidades, o
pensamento autônomo, a construção da própria identidade e a consciência
crítica para que possam compreender e participar ativamente da vida social.
O coletivo dos professores assume uma ação pedagógica que possibilita
ao estudante entrar em contato com suas ideias e hipóteses acerca dos
fenômenos estudados para que estabeleça relações entre os saberes que já
possuía e os novos conhecimentos, criando assim uma rede de significados
consistentes, já que prioriza a curiosidade, o questionamento e a reflexão.
Para tanto, realiza-se atividades diferenciadas, tais como: estudo sobre
a prática educativa; observação; relato de experiências; levantamento de
questões; debates e discussões em grupo; elaboração de relatórios, resenhas
e fichamentos; entrevistas; palestras; miniaulas e registro das atividades
realizadas, para sistematização da atividade avaliativa final.
A carga horária do Estágio Curricular Supervisionado é de 200
horas/ano, que deverá ser cumprida em sua totalidade. Das referidas horas,
50% são trabalhadas de forma presencial e 50% em atividades de “campo”:
pesquisas, seminários, relatórios, entrevistas, preparação de oficinas, entre
outras. O estudante só terá presença no dia da atividade de campo, quando
apresentar (na aula presencial imediatamente seguinte) o trabalho/tarefa
solicitado pelo professor de estágio. Caso isso não ocorra ou se houver faltas
no estágio presencial, além de realizar a atividade do dia, o professor poderá
exigir a reposição da carga horária em instituições da rede municipal de ensino.
A “ficha cumulativa” será utilizada para controle da realização de
estágio pelos alunos em outra instituição, bem como para computar a
reposição da falta no encontro presencial.
O estágio voluntário deverá ser registrado em “ficha cumulativa”
separada, já que, a partir de quarenta (40) horas, este será certificado.
86
Atribuições
da Coordenação Pedagógica
Coordenar todas as atividades das respectivas séries, garantindo o
desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico da Escola, criando
espaços para a reflexão sobre a prática pedagógica e a participação dos
membros da comunidade;
acompanhar a realização dos processos educacionais desenvolvidos no
setor de sua competência por meio do conhecimento das ações praticadas
pelos orientadores e professores;
estabelecer diretrizes, propondo meios e avaliando as ações;
diagnosticar e gerenciar as variáveis que interferem na implementação da
proposta pedagógica da escola;
garantir a coerência horizontal e vertical das diferentes áreas do currículo
praticado no curso que coordena;
favorecer a vivência de valores que assegurem a harmonia entre os
agentes educacionais sob sua coordenação;
assessorar os professores no desempenho do papel de mediador do
conhecimento planejando em conjunto intervenções que favoreçam o
sucesso de suas ações;
atuar de maneira integrada junto à equipe pedagógica da escola para a
melhoria do processo de ensino-aprendizagem e integração vertical/
horizontal das diferentes áreas do currículo;
orientar a organização, elaboração dos planejamentos, assim como sua
implementação;
avaliar as práticas planejadas;
estabelecer metas a serem atingidas em função das demandas explicitadas
no trabalho dos professores;
observar os professores em ação para organizar programas de formação
que visem auxiliá-lo a fundamentar os saberes práticos e aprimorar os
saberes teóricos;
auxiliar o professor no exercício da docência;
analisar os instrumentos de avaliação utilizados;
participar e intervir, junto com o professor, na organização do estágio
87
supervisionado;
intervir na elaboração de cronogramas, na formação e divisão de turmas
junto ao professor se necessário orientando e subsidiando o trabalho;
apresentar propostas, alternativas, sugestões que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do estágio;
orientar o processo de elaboração do PTD/cronograma junto aos
professores;
assessorar os professores, articulando a prática pedagógica ao Projeto
Político Pedagógico da escola;
promover reuniões regulares com os professores de estágio supervisionado
para discussões relativas ao planejamento, execução avaliação das
atividades, bem como análise dos métodos, critérios e instrumentos
necessários ao bom desenvolvimento do mesmo.
É necessário ainda:
- articular-se com os outros coordenadores para melhor execução das
tarefas;
- analisar as atribuições e responsabilidades pertinentes ao estágio
supervisionado;
- planejar atividades, orientações e encaminhar aos professores;
- avaliar continuamente a programação estabelecida;
- informar a Direção sobre as atividades desenvolvidas no estágio, bem como
seu andamento.
- fornecer aos professores os formulários necessários para a implementação
do estágio.
- contatar as instituições para análise das condições oferecidas à realização
do estágio;
- intermediar, planejar e coordenar a execução e a avaliação das atividades
propostas.
Do Professor
O compromisso do professor é com a aprendizagem do estudante, bem
como com sua formação integral. Desta forma, é um formador quando:
88
tem discernimento sobre concepções pedagógicas, métodos e conteúdos
que são adequados à condução dos aprendizados planejados;
entende a educação como um processo dinâmico;
procura estimular a elevação da autoestima dos alunos;
assume a condição de mediador na construção de conhecimentos junto aos
alunos e não de transmissor de informações;
pratica a solidariedade, busca a justiça e compreensão pelo diálogo;
busca coerência, no exercício do seu trabalho, entre suas atitudes e os
valores que ensina a seus alunos.
Assim, é da responsabilidade do professor:
planejar as ações registrando-as no Plano de Trabalho Docente (PTD) e
cronograma;
selecionar conteúdos relevantes para a realidade dos alunos e coerentes
com o projeto pedagógico;
organizar as situações de ensino-aprendizagem;
adotar metodologias coerentes com a concepção de ensino-aprendizagem
adotada pela escola;
avaliar permanentemente o processo educacional, fazendo as retificações
que se mostrarem necessárias;
estabelecer as bases da participação e colaboração do estudante;
contribuir para diminuir conflitos, intervir em dinâmicas grupais consideradas
inadequadas para a aprendizagem;
acompanhar a realização das docências nas escolas lócus;
estreitar a relação com a escola concedente.
Da escola concedente
Entendemos por escola concedente as instituições oficiais de ensino que
ofertam a educação infantil, os anos iniciais do ensino fundamental, a
Educação de Jovens e Adultos correspondente aos anos iniciais e a Educação
Especial do município sede e dos municípios de origem dos estagiários.
Consideramos os municípios de origem haja vista a necessidade de que
nossos estagiários conheçam a realidade educacional das instituições destes.
89
As atribuições são:
Conceder oportunidades de estágios.
Auxiliar as estagiárias na solução de possíveis, dificuldades técnicas ou
de atitudes que possam surgir no decorrer do estágio.
Garantir o cumprimento do programa de estágio.
Oferecer informações pertinentes sobre a instituição subsidiando a
prática educativa.
Encaminhar os (as) estagiários (as) para as atividades planejadas.
Acompanhar e avaliar a execução das atividades do estágio.
Supervisionar o (a) estagiário (a) no desenvolvimento das atividades.
Divulgar aos interessados, os cronogramas de estágio enviados para a
direção da escola.
Comunicar à Coordenação de Estágio os problemas que vierem a
ocorrer nos estágios.
Adotar uma postura ética diante de situações que envolvam os alunos
estagiários.
Do (a) estudante
O (a) estudante deve ser SUJEITO:
ativo, participante e integrado no processo ensino-aprendizagem;
crítico, sabedor de sua importância de agente num processo de
transformação do mundo, capaz de analisar a realidade com tranquilidade,
objetividade e firmeza;
consciente, conhecedor do meio onde vive, apto a promover as mudanças
na sociedade;
curioso, buscando respostas para todas as suas inquietações e saiba
justificar as suas posições;
criativo e não reprodutor de conhecimentos;
receptivo aos sentimentos, valores e ideias dos outros;
responsável pelas suas atitudes, socialmente equilibrada, que encare o
estudo como meio de participação na cultura, na história;
consciente de suas capacidades, direitos e deveres;
90
que tenha organização pessoal, condição indispensável para formação
intelectual e para o enfrentamento das dificuldades que irá encontrar no
ambiente em que vive.
Normas do (a) estagiário (a)
Anotar o nome da instituição concedente, endereço e equipe
pedagógica.
Chegar, sempre, com 10 minutos de antecedência.
Realizar reconhecimento do local (instalações físicas).
Apresentar-se de uniforme, guarda-pó e crachá.
Apresentar-se de cabelos presos e unhas cortadas e limpas.
Não se apresentar mascando chicletes, usando piercing e brincos
extravagantes.
Jamais utilizar o aparelho celular em sala ou local de realização de
atividades.
Cumprir o horário de entrada e saída da instituição concedente.
Respeitar as normas e critérios de funcionamento da instituição
concedente.
Procurar exercer o voluntariado, quando solicitado, para aquisição de
experiências relativas à formação profissional.
Procurar atender às solicitações da instituição concedente e justificar-se,
com antecedência, quando o atendimento não for possível.
Apresentar relatório de visita próximo encontra.
Em relação à Regência:
Realizar o agendamento com a Supervisão Escolar da instituição
concedente (de acordo com o cronograma pelo Professor de Estágio).
Contatar, antecipadamente, o professor regente. Apropriar-se dos
conteúdos a serem trabalhados.
Receber orientação do Professor de Estágio no que tange ao
planejamento.
Jamais realizar regência sem que o Professor de Estágio viste o
planejamento.
Procurar, no caso de eventuais dúvidas, o Professor de Estágio.
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Adotar, sempre, postura ética, de profissional comprometido com a
qualidade social da educação.
Avaliação no Estágio Curricular Supervisionado
O Estágio Curricular Supervisionado é considerado uma disciplina
integradora, fazendo a articulação entre as disciplinas específicas da Parte
Diversificada entre si e com as disciplinas da Base Nacional Comum.
Considerando suas características especiais, o Estágio Supervisionado
irá efetivar a inserção de alunos e professores na realidade educacional de
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, dando preferência a
Escola Pública e fazendo com que as experiências retomem o núcleo de
reflexão teórica das outras disciplinas, abrangendo a observação e análise de
diferentes tipos e formas de educação escolar, até o assumir de projetos
específicos, encargos docentes e outras formas de atuação pedagógica na
instituição escolar.
O Estágio Supervisionado caracteriza-se como ponto de contato entre o
colégio – que oferta o curso de Formação de Docentes, em nível médio, na
modalidade Normal – e as Instituições de Educação Infantil e de Ensino
Fundamental, de modo a permitir que a observação e análise do trabalho
pedagógico dessas instituições possam reverter em aprimoramento dessa
prática e aprofundamento das questões ligadas aos conteúdos do referido
curso. A reflexão sobre o trabalho pedagógico, sua análise e interpretação
constroem a teoria, que retorna à prática para esclarecê-la e aperfeiçoá-la.
Portanto, a avaliação do Estágio Supervisionado é concebida como um
processo contínuo e como parte integrante do trabalho educativo. Nesse
sentido a avaliação está presente em todas as fases do planejamento e da
execução do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho
tanto do aluno quanto da escola.
A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em que o
grupo envolvido não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis,
como também busca criticamente, alternativas para a modificação de sua
prática, na tentativa de superar os problemas encontrados.
92
A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se
considera que as decisões serão tomadas pelos participantes envolvidos em
todos os níveis, ou seja, desde o nível da aprendizagem do aluno, em relação
às diversas disciplinas, até a avaliação do currículo como um todo.
As decisões tomadas pelos participantes quanto ao processo de
acompanhamento e avaliação estarão registradas nos projetos específicos de
cada série conforme temáticas propostas, anulando a caracterização de
atividade terminal do curso para constituir-se num projeto coletivo onde a
participação dos professores do curso torna-se imprescindível, já que a prática
pedagógica deve ser entendida numa visão de totalidade.
O Estágio Curricular Supervisionado será avaliado de forma descritiva,
acumulando-se dados sobre a aprendizagem do aluno ao longo do processo
educativo, com nota que expresse o processo de crescimento do aluno em
direção a sua profissionalização, recebendo atenção especial e contínua por
parte do professor que deverá remeter-se sempre aos objetivos eleitos no
planejamento, tendo uma função diagnóstica do processo de ensino e de
aprendizagem.
Desta forma, a avaliação deve:
desenvolver-se como um processo, pois cada instrumento utilizado está
referenciado à totalidade do sistema avaliativo;
possibilitar tomada de decisão, que não deve ser estática e classificatória;
julgar quanto o aluno assimilou do conteúdo trabalhado e quanto incorporou
das habilidades previstas para serem desenvolvidas e/ou vivenciadas;
refletir não apenas um lado do processo, mas suas limitações, o progresso,
verificando a aprendizagem a partir dos mínimos necessários que devem
ser apreendidos pelo aluno (mínimo necessário de aprendizagem em todas
as condutas que são indispensáveis para se viver e se exercer a cidadania),
bem como a capacidade de deter informações, estudar, pensar, refletir e
dirigir as ações com adequação e saber;
avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência, à luz do
processo constitutivo da identidade cidadã de todos os integrantes da
comunidade escolar, das diretrizes curriculares nacionais de educação
básica e das regras da convivência democrática;
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programar o estágio como processo coletivo;
organizar os relatórios em grupo e individual;
refletir sobre o trabalho realizado e o desempenho do estagiário;
Também serão avaliados: assiduidade; pontualidade; responsabilidade;
iniciativa; participação e envolvimento; postura ética; relacionamento;
organização e adequação teórico-prática.
A avaliação final será por meio de instrumentos diversificados,
dependendo de cada série:
1ª: Memorial Descritivo
2ª: Relatório Conclusivo
3ª: Relatório Científico
4ª: Relatório Científico
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ANEXO 7
PLANO DE COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA
(MATRIZ CURRICULAR)
- 40 HORAS – turno Matutino
- 40 HORAS – turno Vespertino
- 72 HORAS – turno Noturno
DIRETORA: Regina Paula de Conti
PEDAGOGAS RESPONSÁVEIS:
Cristina Carlomagno
Lara Montanini Mendes Breve
Olga Perez Stefaniu
DATA (previsão)
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE HORAS/TURNO
M V N
1
Abril/Maio
Projeto “Autores e Ideias”: participação em palestras; Parceria: SESC-CP
0
0
3h
2
Maio/Junho
“Oficinas de Matemática”: reforço para a disciplina de matemática em contraturno; Parceria: Curso de Licenciatura em Matemática – UTFPR-CP
12h
12h
12h
3
Maio
“Visita a Brinquedoteca” da Universidade Estadual Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio; Parceria: Curso de Pedagogia – UENP-CP
0
0
4h
4
Maio
“Oficina de Literatura Infantil”. Profª Zenaide Negrão. Parceria com a UTFPR.
12h
12h
12h
95
5 Setembro (sábado)
“Mostra de Talentos”: comemoração do dia do estudante. Organização: Grêmio Estudantil
4h
4h
4h
6 07 de setembro (feriado)
“Desfile Cívico”: participação no desfile do dia da Independência;
4h
4h
4h
7
Setembro
“Semana Literária do SESC”: monitoria das atividades; Parceria: SESC-CP
8h
8h
8h
8
Outubro
Visita “Mata São Francisco” e/ou “Bosque Municipal”: Atividade da Agenda 21 – Caminhada Ecológica
0
0
4h
9
Outubro
Atividade recreativa de integração com alunos da Educação Especial; Parceria: Escola Municipal Procopense – Modalidade Educação Especial
0
0
4h
10
Outubro
SEPED – Semana da Pedagogia: participação nas apresentações de Comunicação Oral Parceria: Curso de Pedagogia – UENP/CP
0
0
9h
11
25 de novembro (sábado)
“Mostra da Cultura Afro”: atividades culturais referentes a Semana da Consciência Negra; Organização: Equipe Multidisciplinar
4h
4h
4h
12 02 de
dezembro (sábado)
Campeonato Interclasses de Voleibol; Organização: Grêmio Estudantil
4h
4h
4h
TOTAL
48h
48h
72h