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Colégio Estadual do Campo São Roque Ensino Fundamental e Médio PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Santa Helena 2018

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná · 2018-05-22 · O PPP possui nas entrelinhas uma intencionalidade política, que reflete a concepção de escola, de aluno, de sociedade

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Colégio Estadual do Campo São Roque

Ensino Fundamental e Médio

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Santa Helena

2018

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Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem

aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e

retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.

(Paulo Freire)

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SUMÁRIO

1 – Introdução ............................................................................................................................. 6 2 - Dados de identificação da Instituição de Ensino ................................................................. 10 3 - Histórico da instituição....................................................................................................... 11

4 - Oferta de Cursos .................................................................................................................. 14 4.1- Organização do tempo e uso do espaço escolar ............................................................ 15

5 – Organograma ...................................................................................................................... 15 6 - Realidade Educacional ........................................................................................................ 16

6.1 - Descrição da realidade social, econômica, cultural e educacional brasileira e do

município. ............................................................................................................................. 16 6.2 - Caracterização da comunidade escolar ........................................................................ 19 6.3 - Contradições e Conflitos Presentes na Realidade Escolar ........................................... 23

6.4 - Quadro de pessoal ........................................................................................................ 26 6.4.1 - Corpo Docente ...................................................................................................... 26 6.4.2 - Equipe Auxiliar Operacional – Agente Educacional I .......................................... 27 6.4.3 - Equipe Técnico-Administrativa: Agente Educacional II ...................................... 28

6.4.4 - Da Equipe de Direção ........................................................................................... 29 6.4.5 - Da Equipe Pedagógica .......................................................................................... 29 6.4.6 - Quadro de Pessoal da instituição ........................................................................... 30

7 - Resultados Educacionais ..................................................................................................... 31

7.1 - Dados referentes as avaliações externas....................................................................... 32 7.1.1 – ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio ........................................................ 32

7.1.2 – Prova Brasil .......................................................................................................... 34 7.1.3 – SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná) ............................ 36

7.2 - Distorção Idade-série.................................................................................................... 38 8 - Organização do aspecto físico do colégio ........................................................................... 39

8.1 - Relação de livros da biblioteca..................................................................................... 40 8.2 - Laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química................................................... 42

9 - Objetivos, Fundamentos, Princípios e Concepções Orientadoras das Ações Educacionais42

9.1 - Objetivos Gerais ........................................................................................................... 42 9.2 - Objetivos Específicos ................................................................................................... 44 9.3 - Filosofia da escola ........................................................................................................ 45

9.4 - Concepções .................................................................................................................. 48 9.4.1 - Concepção de Sociedade ....................................................................................... 48

9.4.2 - Concepção de Homem .......................................................................................... 48 9.4.3 - Concepção de Infância e de Adolescência ............................................................ 49 9.4.4 - Concepção de Escola ............................................................................................ 50

9.4.5 - Concepção de Educação ........................................................................................ 51 9.4.6 - Concepção de Conhecimento ................................................................................ 52

9.4.7 - Concepção de Ensino ............................................................................................ 52 9.4.8 - Concepção de Aprendizagem ................................................................................ 53

9.4.9 - Concepção de Alfabetização e Letramento ........................................................... 53 9.4.10 - Concepção de Avaliação ..................................................................................... 55 9.4.11 - Concepção de Recuperação de Estudos .............................................................. 56

9.4.12 - Concepção de Gestão Democrática e Mecanismos de Gestão ............................ 57 9.4.12 .1 - Princípios Norteadores da Escola Democrática ....................................................... 57

9.4.12.1.1 - Igualdade ............................................................................................................ 57

9.4.12.1.2 - Qualidade ........................................................................................................... 57

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9.4.12.1.3 - Liberdade / Autonomia ...................................................................................... 58

9.4.12.1.4 - Mecanismos de gestão democrática: Instâncias colegiadas .............................. 60

10- Currículo ............................................................................................................................ 67 10.1- Ensino Fundamental de 9 anos .................................................................................... 69 10.2- Currículo para Ensino Médio ...................................................................................... 71 10.3 - Currículo da Escola do Campo................................................................................... 73 10.4 - Flexibilização curricular ............................................................................................. 74

10.5 - Metodologia ............................................................................................................... 75 10.6 - Matriz Curricular ........................................................................................................ 76

11- Desafios Socioeducacionais .............................................................................................. 79 11.1- História do Paraná (lei nº 13381/01) .......................................................................... 79

11.2 - Música (lei nº 11.769/08) ........................................................................................... 79 11.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas ........................................................................ 80 11.4 - Sexualidade Humana .................................................................................................. 80 11.5 - Educação Ambiental (L.F. nº 9795/99, Dec. 4201/02) .............................................. 81

11.6 - Educação Fiscal e Tributária (Dec. nº 1143/99 e Portaria nº 413/02) ........................ 81 11.7- Enfrentamento a violência contra criança e o adolescente .......................................... 82 11.8 - Direito das Crianças e Adolescente (L.F. N 11525/07) ............................................. 82 11.9 - Estatuto do Idoso (LF 10.741/2003) e Política de Proteção ao Idoso (LE

17.858/201311 ...................................................................................................................... 83 11.10 – Programa de Combate ao Bullyng (LE 17.335/2012) ............................................. 84

11.11 - Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (LE 18.447/2015) ............................ 85 11.12 - Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto 7037/2009) ............................................... 85 11.13 - Educação Alimentar e Nutricional (LF 11.947/2009). ............................................. 86

11.14 - Código do Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito (LF 9.503/97) .............. 87

11.15 - História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08) .............. 87 12 - Avaliação – Sistema de Avaliação adotado ..................................................................... 91

12.1 – Promoção ................................................................................................................... 93

12.2 – Classificação .............................................................................................................. 94 12.3 – Reclassificação .......................................................................................................... 95

12.4 - Aproveitamento de Estudos ....................................................................................... 95 12.5 - Adaptação de Estudos de Disciplinas......................................................................... 95

12.6 – Regime de Progressão Parcial ................................................................................... 96 13 – Proposta Pedagógica de Inclusão Educacional ................................................................. 96

13.1 – Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE .......................................... 98 13.2 – Auxiliar-Operacional ............................................................................................... 100 13.3 - Sala de Recursos Multifuncional ............................................................................. 100

14 - Proposta Pedagógica de articulação entre os níveis de ensino ........................................ 102 14.1- Articulação entre os Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental .............. 102

14.2- Articulação entre os Anos Finais do Ensino Fundamental com o Ensino Médio ..... 104 15 - Proposta Pedagógica de formação continuada e valorização profissional ...................... 104 16 - Proposta de articulação da família e a comunidade ........................................................ 105

16.1- Programa de combate a evasão escolar ..................................................................... 105 16.2 - Equipe Multidisciplinar ............................................................................................ 106

17 - Estágio não obrigatório ................................................................................................... 106 18 - Proposta de Avaliação Institucional ................................................................................ 108 19 - Proposta de Avaliação do Projeto Político Pedagógico .................................................. 108

20 - Proposta de Complementação de Carga Horária ............................................................. 109 21 - Programas adotados pela instituição ............................................................................... 109

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21.1 - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo ..................................................... 109

21.2 - Programa Ensino Médio Inovador ........................................................................... 110 21.3 – JAA (Jovem Agricultor Aprendiz) .......................................................................... 112 21.4 - CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) .................................................. 114 21.5 – Programa Brigada Escolar: defesa civil na escola ................................................... 114 21.6 – Viagens e Visitas Técnicas ...................................................................................... 115

22 - Plano de Ação da Instituição ........................................................................................... 116 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 132 ANEXO 1 ............................................................................................................................... 134

Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar ......................................................................... 134 ANEXO 2 ............................................................................................................................... 144

Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo: Voleibol ............................................... 144

ANEXO 3 ............................................................................................................................... 146 Viagens e Visitas Técnicas ..................................................................................................... 146

Pontos históricos e turísticos da Capital e do litoral paranaense ........................................ 146 Pontos turísticos de Foz do Iguaçu (Paraná) ...................................................................... 148 Universidades e Faculdades da região ................................................................................ 150 UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) .................................................... 152

ANEXO 4 ............................................................................................................................... 153 Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil Na Escola .................................................... 153

ANEXO 5 ............................................................................................................................... 157 Plano de Ação da Instituição .............................................................................................. 157

ANEXO 6 ............................................................................................................................... 169

Plano de Ação da Instituição .............................................................................................. 169 ANEXO 7 ............................................................................................................................... 172

Calendário Escolar – 2018 .................................................................................................. 172 ANEXO 8 ............................................................................................................................... 173

Ata de aprovação do PPP ................................................................................................... 173

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1 – Introdução

É consenso entre os estudiosos e profissionais da educação o valor inestimável

do Projeto Político Pedagógico no cotidiano de uma instituição escolar, pois dele

emanam as concepções e finalidades que norteiam os mais variados programas de

aprendizagem. Congrega o passado o presente e o futuro. Confere o mais importante,

a identidade institucional.

Portanto o que se pretende realizar com este trabalho de reelaboração do PPP

é uma análise da real situação educacional dos alunos do Colégio Estadual do Campo

São Roque – Ensino Fundamental e Médio confrontando-a com a necessidade de

eliminar as falhas existentes em nosso contexto educacional possibilitando desta

forma disponibilizar uma educação de qualidade para toda a comunidade escolar.

A edição da Lei n.º 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

elaborada em consonância com os princípios da Constituição Federal, trouxe

profundas mudanças para o Sistema Educacional Brasileiro, tanto em relação à

gestão e à organização, quanto à ação educativa, ao consagrar como princípios: a

liberdade, a autonomia, a flexibilidade e a democracia.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo São Roque -

Ensino Fundamental e Médio, do município de Santa Helena, Núcleo Regional de

Educação de Toledo, Paraná, foi elaborado pela comunidade escolar local (direção,

equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e alunos), tendo como finalidade

a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo e o direcionamento da

ação pedagógica da escola, com o objetivo de fazer dela um local privilegiado para

aprender a viver e a conviver com êxito.

Assim, buscamos reelaborar o Projeto Político-Pedagógico, que é a própria

organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades,

níveis e modalidades. É um documento que não se reduz à dimensão pedagógica,

nem ao conjunto de documentos e planos isolados de cada professor em sala de aula.

É um documento específico que reflete a realidade da escola, situada num contexto

mais amplo que a influência e que pode ser por ela influenciado.

O PPP possui nas entrelinhas uma intencionalidade política, que reflete a

concepção de escola, de aluno, de sociedade que se almeja construir, que pode tanto

influenciar na sociedade ou receber influências dela. Assim, pode-se dizer que o PPP

é inconcluso, está sempre se construindo, isso se realmente o quisermos como um

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projeto histórico e não como uma simples exigência burocrática da Secretaria de

Educação. Para este momento ele pode até estar concluído, mas para amanhã ou

depois, vão surgindo outros desafios, novas mudanças e concepções de escola, de

sociedade e de sujeito.

No sentido etimológico, o termo projeto vem do latim, projectu, particípio

passado do verbo projicere, que significa lançar para adiante, utopia, construção

coletiva na perspectiva da construção e realização de um sonho.

O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um

sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto

pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado

ao compromisso sociopolítico, com os interesses reais e coletivos da população

majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para

um tipo de sociedade. Porém, a dimensão política só irá se cumprir na medida em que

ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica. Na dimensão

pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é

a formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo. Pedagógico, no

sentido de definir as ações e a identificação dos elementos naturais e culturais

necessários à constituição da humanidade em cada ser humano e à descoberta das

formas adequadas ao atendimento desse objetivo; forma de organização dos

elementos necessários à assimilação do saber, fazendo a distinção entre o essencial

e o acidental, o principal e o secundário, o fundamental e o acessório.

Político e pedagógico tem assim uma significação indissociável, porque

propicia a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da

comunidade escolar e ao exercício da cidadania. Neste sentido, é que se deve

considerar o Projeto Político-Pedagógico, como um processo permanente de reflexão

e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação

de sua intencionalidade, que “não é descritiva ou constatativa, mas é constitutiva”.

O Projeto Político-Pedagógico, ao se constituir em um processo democrático

de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho

pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas,

corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e

racionalizado da burocracia, que permeia as relações no interior da escola, diminuindo

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os efeitos fragmentários da divisão do trabalho, que reforça as diferenças e

hierarquiza os poderes de decisão.

Desse modo, o Projeto Político-Pedagógico tem a ver com a organização do

trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola em um todo e como

a organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato,

procurando preservar a visão de totalidade. Assim, o Projeto Político-Pedagógico não

visa simplesmente a um rearranjo formal da escola, mas a uma qualidade em todo o

processo vivido.

Sabemos, no entanto, que ele nunca ficará pronto, pois a educação é um

processo em contínua evolução e, portanto, a metodologia adotada, bem como a

maneira de desenvolver as atividades, devem atender as necessidades e expectativas

do momento.

Vários encontros foram feitos, para a reelaboração deste projeto, que

acreditamos, venha atender a nossa comunidade escolar. Procuramos fazer da escola

um lugar agradável, onde os experimentos antigos, juntamente com os novos, farão

surgir novas ideias, que serão úteis para o desenvolvimento integral do educando,

preparando-o para ser um agente transformador da sociedade da qual faz parte,

tornando-o assim, um cidadão consciente, ativo e crítico.

Este projeto não tem a pretensão de ser uma proposta acabada e sim,

proporcionar contribuições para uma caminhada rumo as transformações e evoluções

que vem ocorrendo no cenário mundial.

É preciso melhorar a qualidade de ensino, dando oportunidade aos educandos

para que possam expor suas ideias, criações e inventos em todas as áreas do

currículo, juntamente com seus educadores e toda a comunidade escolar.

Em seu art. 12, inciso I, a LDB prevê que os estabelecimentos de ensino,

respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência

de elaborar e executar sua proposta pedagógica. Portanto, fica clara a necessidade

de que a ação educativa:

1)Constitua-se em um ato intencional e diversificado;

2)Atenda às políticas de apoio, à implementação de inovações e especificidades de

cada modalidade de ensino;

3)Considere as diferenças culturais regionais e locais que assegurem a formação do

cidadão.

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A reestruturação do PPP é fruto de uma reflexão da realidade da escola e está

sendo reelaborado segundo as suas necessidades, por todas as pessoas que fazem

parte da vida escolar. Ou seja, partindo do pressuposto de que a educação não é algo

estanque e acabado, mas sim um processo em constante mudança e evolução, no

início de cada ano letivo, em Reuniões Pedagógicas e em momentos de Formações

Continuadas, conforme previsto em Calendário Escolar, discutimos e reelaborarmos

o Projeto Político Pedagógico em conjunto com direção, equipe pedagógica,

professores, funcionários, pais, alunos, APMF (Associação de Pais, Mestres e

Funcionários), Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. Após, o mesmo passa por

aprovação pelo Conselho Escolar.

O PPP exige reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação

de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a

serem desenvolvidas por todos os envolvidos no processo educativo. Seu processo

de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade

escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso político-

pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças existentes

entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico-administrativa, pais,

alunos e representantes da comunidade local. É, portanto, fruto de reflexão e

investigação.

É consenso entre a comunidade escolar do Colégio Estadual do Campo São

Roque – Ensino Fundamental e Médio que o principal objetivo do PPP é a importância

do comprometimento de gestores e professores na construção de uma proposta

educativa que torne a aprendizagem mais significativa e crítica, com base em, uma

identidade política e pedagógica para a educação escolar norteada pelos novos

paradigmas. O desafio de reelaborar o PPP passa por criar e permitir uma nova ação

docente na qual professores, alunos e comunidade escolar participem de um processo

para construção e reconstrução de forma criativa, dinâmica, encorajadora que tenha

como base o diálogo.

Este processo deve resultar no aprender coletivo para a produção do

conhecimento, colocando como foco o aprendiz, em um sistema aberto, que permita

a percepção e integração de um currículo vivo, no qual o ensino – aprendizagem se

dê nas relações interdisciplinares. Onde o conhecimento seja tomado como um bem

renovável em que educadores estejam comprometidos com a produção do mesmo

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dentro de um contexto que vá além da escola. Contemplando as demandas

mercadológicas, a sociedade de comunicação e a importância dos saberes docentes

na configuração do que vem a ser um plano de ações conjuntas e coletivas, que possa

determinar a construção da noção política de escola, currículo e conhecimento

juntamente a noção pedagógica, frente à percepção dos saberes dos

professores/profissionais e suas representações do currículo e da práxis educativa

dentro de um ambiente escolar gerido pelo diálogo, em uma visão democrática e

colaborativa.

2 - Dados de identificação da Instituição de Ensino

Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio

Código: 417 CEP: 85892 – 000

Rua: Érico Veríssimo S/N Distrito: São Roque

Município: Santa Helena Código: 2371

NRE: Toledo Código: 27

Distância do Colégio ao NRE: 110 km

Localização do colégio: Urbana

FONE – FAX: (0xx45) 3276 - 1195

Modalidade: Ensino Fundamental e Ensino Médio

Turnos de funcionamento: manhã e tarde

Resolução de autorização: - Ensino Fundamental: Resolução nº 1.976/85

- Ensino Médio: Resolução nº 577/92, publicada no Diário

Oficial nº 3.720 de 12/03/1992.

Renovação de Funcionamento: - Ensino Fundamental: Resolução 383/14, de

22/01/2014.

- Ensino Médio: Resolução nº 6.055/2017 – SEED,

de 22/11/2017 e Pareceres 849/2017 – CEF/SEED e 469/2017 – CEE/CEMEP

Credenciamento da Educação Básica: Resolução nº 4908/17 - SEED e Parecer nº

2998/2017 – CEF/SEED, ambos de 26 de setembro de 2017.

Email: [email protected] e [email protected]

Site: www.shasantahelena.seed.pr.gov.br

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Entidade mantenedora: SEED

Dependência Administrativa: Estadual

3 - Histórico da instituição

A comunidade de São Roque começou a ser formada a partir de novembro de

1965, por imigrantes vindos de outros Estados, principalmente do Rio Grande do Sul

e de Santa Catarina.

Com o passar dos anos a comunidade foi crescendo cada vez mais e hoje é

um dos maiores e principais distritos de Santa Helena, tendo a sua economia bastante

diversificada, baseada na agricultura, pecuária, avicultura, suinocultura e no comércio.

Atualmente, o distrito de São Roque tem aproximadamente 4 mil habitantes e situa-

se a 25 km de distância da cidade de Santa Helena.

Logo que os primeiros moradores para cá vieram, a primeira preocupação foi

com os estudos e com a formação dos seus filhos. Para atender então a esta

necessidade fundaram uma pequena escola para ensinar as primeiras letras as

crianças. Só na década 70, mais especificamente no ano de 1978, é que surgiu uma

escola para atender os alunos a partir a 5ª série. Esta era particular, funcionava sob o

regime CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade) e se chamava Escola

Érico Veríssimo.

A criação do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e

Médio, deu-se aos 15 dias de dezembro de 1983 sob a Resolução Nº 4.192/83 da

Secretaria de Estado da Educação, e na época, passou-se a chamar Escola Estadual

Santa Helena – Ensino de 1º grau. E através da resolução nº 1.976/85 deu-se o

reconhecimento do curso de 1º grau, deste estabelecimento de ensino.

O funcionamento ficou autorizado a partir do início do ano letivo de 1984, com

uma implantação gradativa das séries, isto é, começando em 1984 com a 5ª série; em

1985, 5ª e 6ª séries; em 1986, 5ª, 6ª e 7ª séries e em 1987 com as quatro últimas

séries de 1º grau.

A Resolução nº 577/92, publicada no Diário Oficial nº 3.720 de 12/03/1992,

autorizou o funcionamento do 2º grau regular da Escola Estadual Santa Helena e

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mudou a nomenclatura, fazendo com que o estabelecimento passasse a ser

denominado Colégio Estadual Santa Helena – Ensino de 1º e 2º graus.

Através da resolução nº 1.449/99 publicada no Diário Oficial nº 5482, página nº

15, de 27/04/99, ocorreu o reconhecimento do Ensino Médio do Colégio Estadual

Santa Helena, que passou-se a se chamar: Colégio Estadual Santa Helena – Ensino

Fundamental e Médio.

No ano de 2010, através de consulta a comunidade escolar, o Colégio Estadual

Santa Helena – Ensino Fundamental e Médio, passou a ofertar o Ensino Médio

organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais. Este é organizado em dois blocos

de disciplinas, iguais para as três séries do Ensino Médio e divido em dois semestres.

No Bloco 1, constam as disciplinas de Biologia, Educação Física, Filosofia, História,

LEM – Espanhol e Língua Portuguesa. E no Bloco 2, as disciplinas de Arte, Física,

Geografia, Matemática, Sociologia e Química. Neste tipo de organização, o aluno

cursa num semestre letivo um bloco de disciplinas e no outro semestre o outro bloco

de disciplinas, sendo que só poderá ser promovido a série seguinte, quando tiver

concluído com êxito os dois blocos de disciplinas.

No ano de 2011, com a nova proposta do governo estadual de tornar as escolas

localizadas na zona rural, em escolas do campo, valorizando a comunidade e

permanência do jovem neste meio, a comunidade escolar (direção, equipe

pedagógica, professores, funcionários, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e APMF

– Associação de Pais, Mestres e Funcionários) se reuniu e decidiu acatar a mudança.

O colégio passaria a se chamar Colégio Estadual do Campo Santa Helena – Ensino

Fundamental e Médio. Porém, como o objetivo da proposta era valorizar as

comunidades rurais e identificar as escolas da zona rural, como sendo escolas do

campo, decidiu-se mudar também a nomenclatura do colégio, de Santa Helena, para

São Roque, visando identificar o distrito no qual o colégio está inserido. Através da

Resolução 5103 de 17/11/2011 – D.O.U. 06/01/2012, o Colégio Estadual Santa

Helena passa a se chamar Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino

Fundamental e Médio.

No final do ano de 2013, após consultar a comunidade escolar, alunos,

professores e Conselho Escolar, decidiu-se que para o ano letivo de 2014, o colégio

não ofertaria o Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais e

retornaria para o Ensino Médio Regular anual.

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Através da Resolução nº 4908/17 - SEED e do Parecer nº 2998/2017 –

CEF/SEED, ambos de 26 de setembro de 2017, deu-se a renovação do

credenciamento da Educação Básica deste estabelecimento de ensino.

Através da Resolução nº 383/14, de 22/01/2014, deu-se a renovação do

Reconhecimento do Ensino Fundamental e através da Resolução nº 6.055/2017 –

SEED, de 22 de novembro de 2017 e dos Pareceres 849/2017 – CEF/SEED e 469-

2017 – CEE/CEMEP, ocorreu a renovação do reconhecimento do Ensino Médio.

E o Regimento do Colégio Estadual Santa Helena foi aprovado através do Ato

Administrativo nº 023/2014 e do Parecer 038/2014, ambos de 31 de janeiro de 2014.

O Colégio Estadual do Campo São Roque funciona em dualidade administrativa

com a Escola Municipal Pedro Álvares Cabral, desde o período CNEC.

Como apresentado anteriormente este colégio foi estadualizado no ano de 1985.

A partir deste ano, os diretores foram os seguintes:

DIRETOR GESTÃO DIRETOR GESTÃO

Darcísio A. Pauli 1984 e 1985 Ricardo J. Finger 2004 e 2005

Domingos Pavan 1986 a 1988 Ricardo J. Finger 2006 a 2008

Zilá Pavan 1989 e 1990 Ricardo J. Finger 2009 a 2011

Irineu F. da Rosa 1991 e 1992 Ricardo J. Finger 2012

Darcísio A. Pauli 1993 a 1995 Loreni F. Toigo 2013 e 2014

Irineu F. da Rosa 1996 a 1998 Loreni F. Toigo 2015

Domingos Pavan 1999 a 2002 Ricardo J. Finger 2016 a 2019

Irineu F. da Rosa 2003

E os seguintes diretores-auxiliares:

DIRETOR-AUXILIAR ANO

Ademar Britzke 2006 e 2007

Loreni Foleto Toigo 2008 a fevereiro de 2010

Nadir Teresinha Gatelli Fevereiro a agosto de 2010

Loreni F. Toigo Agosto de 2010 a 2011

Loreni F. Toigo 2012

Ricardo J. Finger 2013 e 2014

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4 - Oferta de Cursos

O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio de

São Roque, Santa Helena, Paraná, atua em regime regular, presencial, sendo um

colégio de porte médio. Os níveis de ensino que o colégio oferta são: Ensino

Fundamental anos finais – 6º ao 9º ano e Ensino Médio regular anual.

A estrutura funcional é de dois turnos: matutino e vespertino.

O turno matutino funciona das 7:15 hs às 11:40 hs e possui 04 turmas sendo o

9º ano do Ensino Fundamental e 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio.

O turno vespertino funciona das 13:15 hs às 17:40 hs e possui 04 turmas, sendo

uma turma de cada ano do Ensino Fundamental, ou seja, 6º, 7º, 8º e 9º ano.

O critério de formação das turmas ocorre de acordo com o número de alunos

matriculados, cabendo à secretaria fazer a distribuição em turmas por período e série,

no Ensino Fundamental e Ensino Médio.

A direção e equipe pedagógica, analisa como a turma apresentou-se quanto à

aprendizagem, aproveitamento, interação, disciplina, faixa etária e números de

alunos. Havendo a necessidade, faz-se alguns remanejamentos entre as turmas.

A seguir tabela com os dados completos do total de turnos, turmas e alunos

regularmente matriculados no Colégio Estadual do Campo São Roque, no ano letivo

de 2018.

Nº T* - número de turmas Nº A** - número de alunos

Além dessas turmas do ensino regular, o Colégio Estadual do Campo São

Roque, oferta no período matutino uma turma de Sala de Recursos Multifuncional –

Tipo I, na Educação Básica e no turno intermediário 4, oferta uma Atividade Periódica

de Complementação Curricular de contra turno, AETE (Aula Especializada de

Treinamento Esportivo) na modalidade de voleibol.

TURNOS 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 1ª série 2ª série 3ª série TOTAL DE

ALUNOS Nº

T* Nº A**

Nº T*

Nº A**

Nº T*

Nº A**

Nº T*

Nº A**

Nº T*

Nº A**

Nº T*

Nº A**

Nº T*

Nº A**

MATUTINO 00 00 00 00 00 00 01 25 01 29 01 20 01 28 102

VESPERTINO 01 33 01 23 01 27 01 13 00 00 00 00 00 00 96

TOTAL 01 33 01 23 01 27 02 38 01 29 01 20 01 28 198

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4.1- Organização do tempo e uso do espaço escolar

A carga horária do Ensino Fundamental e do Ensino Médio é de 800 horas,

distribuídos em 192 dias letivos, com efetivo trabalho com os discentes, sendo cinco

aulas por dia, com 50 minutos cada uma.

As aulas de Educação Física são ministradas na quadra poliesportiva coberta,

na Sala de Jogos, nas próprias dependências do colégio ou salas de aulas.

As aulas de Física, Química e Biologia têm o auxílio do laboratório para as aulas

práticas.

As aulas de Arte são ministradas na própria sala de aula do aluno e em algumas

ocasiões, conforme o conteúdo trabalhado, no auditório da escola e na Sala de Arte.

5 – Organograma

COMUNIDADE

ESCOLAR

DIREÇÃO , EQUIPE

PEDAGÓGICA

CORPO

DISCENTE

AGENTES EDUCACIONAIS I e II GRÊMIO

ESTUDANTIL

CONSELHO ESCOLAR e

APMF

CORPO

DOCENTE

SEED, NRE CONSELHO DE

CLASSE

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6 - Realidade Educacional

6.1 - Descrição da realidade social, econômica, cultural e

educacional brasileira e do município.

Somos negros, brancos, índios e mulatos também somos ricos e pobres, sábios

e ingênuos. A rica e bela diversidade cultural contrasta com a forte e massacrante

diferença sócio-cultural. Somos uma nação sofrida na sua maioria, angustiada por

uma condição de “neo-colônia”. Se outrora sofreu com o colonialismo direto e oficial

português, hoje se muda apenas a oficialidade e a nação metrópole. Somos ainda

forçados a ouvir a célebre frase que “brasileiro é um povo sem história”, quando o

correto talvez fosse “desconhecedor desta”, por várias razões alheias à sua própria

vontade. Ninguém é capaz de reconhecer algo sem ter condições para isto.

É desta brava gente que se constitui o Brasil. Um povo que luta para se manter

alegre (ao menos) na sua condição de vivente. Uma nação rica em recursos naturais

e humanos, mas pobre de condições de vida. Que não esquece ou desconhece a sua

história, mas, do contrário, se não a conhece é por consequência desta. Para piorar a

situação de pobreza do povo brasileiro, o país seguindo os interesses internacionais

na década de 90 (EUA e Inglaterra), adotou o modelo Neoliberal, privatizando as

empresas estatais, realizando uma liberalização radical das importações, cortando os

tributos que controlavam a importação do Brasil, de produtos do exterior. O resultado

foi a falência de parte das nossas indústrias, que geraram cortes nos empregos,

gerando um déficit comercial, fazendo com que fosse obrigado a recorrer a

empréstimos de dinheiro estrangeiro, elevando ainda mais nossa dívida externa,

sacrificando mais o povo brasileiro, pois foi necessário cortar gastos nos investimentos

sociais.

No início deste século o povo brasileiro elegeu um presidente, mais do partido

da esquerda, com a esperança de mudanças radicais no modelo neoliberal e

implantação de um modelo que atendesse os seus anseios, o que devagar está

ocorrendo, com o aumento de empregos, melhoria da condição social e econômica,

porém, ainda se vê muitas denúncias de corrupção, vindas de pessoas de alto escalão

tanto do Governo Federal quanto do Governo Estadual, tirando milhões/bilhões de

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reais dos cofres públicos que serviriam para melhorar a infra-estrutura e ao

atendimento social do povo mais necessitados.

Já, o Estado do Paraná, está situado na Região Sul do Brasil e faz divisa com

os estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul e fronteira com

Argentina e Paraguai, tendo como limite a leste o oceano Atlântico. Ocupa uma área

de 199.307.922 km². A população é formada por descendentes de povos europeus,

africanos, ameríndios e indígenas e por imigrantes procedentes, principalmente, dos

estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

Em decorrência dessas múltiplas relações, a cultura paranaense é muito rica e

engloba costumes e tradições dos diversos grupos étnicos que a compõe, com relação

a língua, a culinária, o artesanato, a música, a dança, as festas, a religião, a

arquitetura, as vestimentas, as formas de trabalho e as relações comerciais, entre

outras expressões da cultura e costumes.

Em 2014, segundo dados do IBGE, o Paraná apresentava uma população de

mais de 11 milhões de habitantes, distribuídos nos seus 399 (trezentos e noventa e

nove) municípios.

Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e

Social (Ipardes, 2012), a economia paranaense é a quinta maior do país. Destaca-se

a nível de Brasil, principalmente na agricultura (produção de soja, milho e trigo) e na

pecuária, com o segmento de bovinos, suínos e avicultura (27% do total de abates do

país).

No litoral, o Porto de Paranaguá destaca-se por ser o maior porto exportador

de produtos agrícolas do Brasil, o maior graneleiro da América Latina e o terceiro

maior em movimentação de contêineres do país.

Com relação ao município de Santa Helena, este localiza-se na região Oeste

do Paraná, às margens do Lago de Itaipu. Tem uma área total de 754,7 km² e conta

com uma população estimada em 25 mil habitantes.

O Município de Santa Helena originou-se a partir de um projeto da Colonizadora

Madalosso de Erechim-RS, que em 1959 iniciou a venda de lotes, principalmente,

para famílias oriundas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Sua origem histórica, no entanto, decorre de meados de 1920, quando as

primeiras famílias de pioneiros chegaram à região do antigo Porto de Santa Helena,

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nas margens do Rio Paraná, onde realizavam a exploração da madeira e da erva

mate.

Atualmente tem a sua economia baseada principalmente nas atividades ligadas

a agricultura, comércio e turismo.

Para falar do município, temos também que nos reportar quando da formação

do Lago de Itaipu em 1982, Santa Helena perdeu uma extensa área agricultável (33%)

e grande parte de sua gente acabou sendo obrigada a deslocar-se para outros

municípios, estados e até para o exterior. Essa situação fez com que a geração de

recursos financeiros no município decaísse. A partir de 1.988 com a aprovação da

nova Constituição Brasileira, foi aprovado que o município que perdesse terras em

razão da formação de hidrelétrica seria ressarcido em indenização, os chamados

Royaltes.

Após o início do recebimento deste dinheiro, Santa Helena desenvolveu-se,

destacando-se na infra-estrutura e bem estar social do povo. O dinheiro facilitou a

implantação de estradas rurais com pedras irregulares, abastecedores de água

comunitários, reformas, ampliações e construções de escolas municipais, etc.

No campo educacional, a educação vem passando por diversas

transformações que procuram fazer frente às demandas que se representa na atual

conjuntura mundial, no entanto, não recebe ainda os recursos necessários. Apesar de

um momento de grandes mudanças e transformações políticas e sociais no país, a

educação não tem recebido a devida importância, uma vez que os investimentos feitos

bem como as verbas destinadas representam um pequeno montante.

O Colégio Estadual do Campo São Roque - Ensino Fundamental e Médio,

conta com o espírito de luta dos seus professores, equipe pedagógica, funcionários e

comunidade (pais, APMF, Conselho Escolar) para que a Escola continue se

“mantendo em pé”, ofertando um ensino de qualidade e auxiliando na formação dos

jovens, ou seja, uma escola de qualidade não se faz sozinha, necessita da integração

com a comunidade escolar e que o governo cumpra o seu papel, custeando e

mantendo pedagógica, financeira e estruturalmente, com pessoal qualificado e

capacitado para assumirem as suas funções.

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6.2 - Caracterização da comunidade escolar

O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, de

São Roque/ Santa Helena, está composto pôr: direção, equipe pedagógica,

professores das diversas áreas, funcionários, Conselho Escolar, APMF, Grêmio

Estudantil, pais e alunos, sendo a preocupação de todos a socialização de

conhecimentos, preparando os alunos para serem cidadãos críticos, conscientes e

atuantes, com capacidade de intervir no seu meio social.

Até bem pouco tempo atrás, os professores, na sua maioria possuíam uma

concepção de ensino tradicional humanística, ou seja, acreditavam que para atingir

os objetivos educacionais era preciso ter uma tendência pedagógica rígida, onde o

aluno era educado para atingir, pelo próprio esforço, sua plena realização como

pessoa e os conteúdos não tinham nenhuma relação com o seu cotidiano, nem com

a sua realidade social. Porém, atualmente esta visão dos educadores tem se

modificado bastante, graças às capacitações e formações continuadas, praticamente

todos os professores estão mais cientes do seu novo papel na sociedade e

principalmente na educação e vêem esta com outros olhos.

Em pesquisa realizada com os funcionários do colégio, 90% dos mesmos

responderam que pretendem continuar estudando e se aperfeiçoando, e isto acaba

refletindo na boa qualidade de ensino ofertada pela escola.

Com relação ao uso das novas tecnologias, 95% dos professores utilizam as

tvs multimídias e/ou lousa digital e 75% utilizam o laboratório de informática como

apoio pedagógico as suas aulas. Através destes dados podemos perceber que ainda

existe um certo número de professores que não estão utilizando estas novas

tecnologias, mas através de capacitações e trocas de experiências com seus colegas,

vão se conscientizando e procurando aprender, para posteriormente poderem

também eles utilizarem nas suas aulas.

Em relação aos secretários, vigia, merendeiras e zeladoras, verifica-se que

apresentam um grau de instrução satisfatória, sendo que todos possuem o Ensino

Médio concluído, prestando desta forma, serviços de qualidade para a comunidade

escolar.

Todos estão muito preocupados em continuamente se aperfeiçoar participando

de todas as capacitações e seminários que lhes são propostos, pois estão conscientes

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que também desenvolvem um papel importante na educação e na formação integral

dos alunos.

O Conselho Escolar e a APMF do Colégio, são entidades atuantes e

diretamente envolvidas nas decisões que visam melhorar o andamento do trabalho

escolar, desenvolvendo um trabalho democrático, através do diálogo e da participação

de todos.

Em pesquisa realizada com os alunos e com os pais, podemos perceber que

41% dos alunos utilizam transporte escolar, ou seja, um pouco menos da metade do

alunado do Colégio Estadual do Campo São Roque, residem na zona rural do distrito

de São Roque.

Com relação a escolaridade dos pais, a grande maioria, 42%, possuem apenas

as séries iniciais do Ensino Fundamental; 33% dos pais concluíram o Ensino

Fundamental; 17% possuem o Ensino Médio; 2% possuem faculdade e 2% possuem

pós-graduação.

Com relação a renda familiar mensal, observa-se que mais da metade das

famílias, 52%, sobrevivem com apenas 1 salário mínimo; 33% ganham de 1 a 3

salários mensais; 10% de 3 a 5 salários e 5% sobrevivem com mais de 5 salários.

anal fabet os 1ª a 4ª sér ie 5ª a 8ª sér ie ensino m édio fac uldade pós-graduaç ao

4%

42%

33%

17%

2% 2%

ESCOLARIDADE DOS PAIS

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Observando o número de pessoas que residem compõe a família, ou que

residem na mesma casa, temos as seguintes porcentagens: 3% dos alunos residem

com 2 pessoas; 25%, com 3 pessoas; 40% com 4 pessoas; 26% com 5 pessoas e 6%

com mais de 6 pessoas.

Porém, por outro lado, podemos perceber que a grande maioria, 81% dos

educandos do Colégio Estadual do Campo São Roque, residem com os seus pais;

7% residem só com a mãe; 1% só com o pai; 5% com os avós e 6% outras pessoas,

como padrasto, irmãos, tios e até mesmo sozinhos.

MORA COM:

5% 1%6%7%

81%

pai/mae só com a

mae

outros avós só com o

pai

até 1 sa lário mín imode 1 à 3 sa lários

de 3 à 5 sa láriosmais de 5 sa lários

52%

33%

10%5%

RENDA FAMILIAR MENSAL

2 pessoas3 pessoas

4 pessoas5 pessoas

m ais de 6 pessoas

3%

25%

40%

26%

6%

QUANTAS PESSOAS RESIDEM NA SUA CASA?

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22

Esta boa estruturação familiar acaba refletindo de forma positiva no

aprendizado dos alunos e na participação dos pais sempre que convocados para

alguma atividade ou evento na escola.

Quando questionados se costumam fazer as tarefas escolares ou estudar em

casa todos os dias, 56% dos alunos responderam as vezes; 40% que sim e 4% não

fazem e nem estudam.

Com relação aos eventos e projetos desenvolvidos pelo colégio (Projeto Terra Limpa,

Fescultil, Festa Junina, Festa do Peão de Boiadeiro – Rodeio, Desfile Cívico,...), tanto

os pais, 98%, quanto os alunos, 97%, foram quase que unânimes em afirmar que são

atividades ótimas e que devem continuar, pois incentivam os alunos a uma vida mais

saudável, traz a comunidade para dentro da escola, melhorando o relacionamento,

além de obter recursos financeiros que são investidos em benefício aos próprios

alunos e comunidade escolar.

Quando questionados quais eram os seus planos para o futuro, a grande

maioria dos alunos, já tinham em mente as suas metas, sonhos e projetos para o

futuro. A maioria pensa em continuar os seus estudos, fazer uma faculdade, ter uma

profissão e um trabalho digno. As profissões ou áreas que pensam em se formar são

as mais variadas possíveis, não tendo uma que se destaca, estas vão desde médico,

veterinário, professor, advogado, motorista, agrônomo, agricultor, enfermeiro, músico,

cantor, biólogo, policial, jogador de futebol...

Apesar da condição econômica das famílias de nossos alunos serem baixa e

dos pais apresentarem um nível de escolaridade inferior, com grande parte

trabalhando no meio rural, verifica-se que há um grande incentivo por parte deles para

que seus filhos concluam os estudos. Observa-se que a maioria dos pais de nossa

as vezes s im nao

56%

40%

4%

COSTUM A FAZ ER AS ATIVIDADES ESCOLARES E ESTUDAR EM CASA TODOS OS DIAS?

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comunidade, são participativos e atuantes, comparecendo nas atividades e eventos

escolares, sempre que solicitados.

A comunidade escolar atendida, ou seja, os alunos, são essencialmente filhos

de agricultores, que buscam melhorar sua condição cultural e econômica através da

educação oferecida pelo colégio. Há também uma minoria de filhos de profissionais

liberais que da mesma forma, veem na escola o meio de melhorar o futuro de seus

filhos.

6.3 - Contradições e Conflitos Presentes na Realidade Escolar

O questionamento que todo o professor do Colégio Estadual do Campo São

Roque faz diante de seu planejamento é “Que pessoa quero formar? E a resposta

mais frequente é “um aluno que esteja preparado para a vida, ou seja, uma pessoa

em contínuo exercício de aprendizagem, autonomia, colaboração, cuidado,

sensibilidade, crítica, cidadã, que lute pelos seus direitos...”

Porém formar este aluno para a vida, não tem se mostrado nada fácil. Atentos

a realidade da nossa sociedade, os profissionais da educação precisam estar

constantemente se atualizando e se capacitando para dar conta das necessidades

que lhes são postas pela sociedade.

Sociedade:

O que temos?

- Uma sociedade injusta, cada vez mais individualista e capitalista;

O que queremos?

- Uma sociedade justa, igualitária, onde os recursos nela existente gerem emprego e

oportunidades para todos;

- Uma educação de qualidade, capaz de preparar o cidadão para ser um agente

transformador da sociedade.

Como fazer para conseguir?

- Começando com simples ações e trocas de ideias em sala de aula com os próprios

alunos, retomando conceitos básicos de comportamento, hábitos, atitudes e valores,

em seguida, envolvendo as famílias nos projetos escolares e posteriormente a

comunidade escolar como um todo.

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Escola:

O que temos? - Escola com uma boa estrutura física, graças ao empenho e dedicação da APMF,

professores e funcionários;

- Falta de salas de aula;

- Falta de um local adequado para as aulas de Educação Física;

- Preocupada e atenta para atender com qualidade a todos que nela frequentarem.

O que queremos?

- A construção de mais salas de aula;

- Uma infraestrutura tecnológica ideal na realidade dos dias de hoje;

- Quadra poliesportiva;

- Escola cidadã, para formar o indivíduo crítico e atuante na sociedade.

Como fazer para conseguir?

- Começando com simples ações e trocas de ideias em sala de aula, com nossos

alunos, retomando conceitos básicos de comportamento, hábitos e atitudes em

seguida, envolvendo as famílias nos projetos escolares e posteriormente a

comunidade escolar como um todo. Além de buscar parcerias com entidades e

empresas da região, e cobrar do governo estadual a melhoria da infraestrutura escolar

e a construção de novos espaços para atender a demanda existente.

Alunos:

O que temos?

- Alunos na grande maioria preocupados com uma boa formação e atentos aos

estudos;

- Alunos com dificuldades na aprendizagem, que necessitam de atenção / atendimento

especial;

- Alguns alunos advindos de famílias desestruturadas no setor econômico e social.

O que queremos?

- Alunos investigadores, críticos, responsáveis, participativos;

- Alunos comprometidos com as atividades e tarefas escolares;

- Alunos compromissados, éticos, capazes de conviver em uma sociedade conturbada

como esta de hoje.

Como fazer para conseguir?

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- Equipe escolar motivada e compromissada para que consiga motivar nos alunos a

autoestima, garra e determinação de vencer enquanto alunos, enquanto pessoas e

futuramente como profissionais.

Professores:

O que temos?

- Professores na grande maioria compromissados e motivados com a educação;

- Participativos;

- Muitos professores deixam o conteúdo de lado para ser pai e mãe, psicólogo, devido

a desestruturação das famílias.

O que queremos?

- Que continuam motivados e realmente assumam os seus compromissos;

- Participativos e solidários;

- Atuantes e sempre em busca de conhecimentos e de formação continuada.

Como fazer para conseguir?

- Envolver estes professores sempre que possível em ações, projetos e capacitações

motivacionais para que eles percebam que suas atitudes podem ser melhoradas

sempre mais;

- Elevar a auto-estima, através do reconhecimento e da valorização do trabalho

realizado por cada professor;

- Continuar com o trabalho coletivo, melhorando cada vez mais o relacionamento

escola/comunidade.

Funcionários:

O que temos?

- Funcionários na grande maioria comprometidos e responsáveis;

- Participativos.

O que queremos?

- Funcionários (vigias, zeladoras, merendeiras, secretários...), que também estejam

compromissados com a educação das crianças e adolescentes;

- Funcionários que buscam mais conhecimento e formação continuada, para que

possam melhor atender o sistema educacional;

- Salários mais dignos para a categoria.

Como fazer para conseguir?

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- Envolver estes profissionais em projetos, capacitações, formações continuadas e

acima de tudo valorizando o seu trabalho no cotidiano escolar, para que eles se sintam

cada vez integrantes do sistema educacional.

6.4 - Quadro de pessoal

A equipe do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e

Médio, é composta por 36 profissionais da educação.

O corpo docente é formado por 27 professores, habilitados nas diferentes

licenciaturas, com especialização na área da educação. Destacamos ainda que

destes, 19 são efetivos e 08 são contratados por teste seletivo.

A equipe dos agentes educacionais é composta por 05 Agentes Educacionais

I e por 02 Agentes Educacionais II.

Atualmente possui 01 diretor com 40 horas semanais e 01 pedagoga, também

com 40 horas/aulas semanais.

Toda a equipe escolar é muito participativa e empenhada, buscando sempre o

melhor para os educandos e para a escola.

6.4.1 - Corpo Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes de turma, devidamente

capacitados e habilitados em suas respectivas áreas de formação.

Compete aos docentes: participar da elaboração, implementação e avaliação

do Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino, construído de forma coletiva

e aprovado pelo Conselho Escolar; elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta

Pedagógica Curricular da instituição de ensino, e o seu Plano de Trabalho Docente,

em consonância com o Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais; desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista

a apreensão crítica do conhecimento, pelo aluno; participar de reuniões, Conselhos

de Classe e outras atividades e/ou projetos promovidos pela escola, sempre que

convocado pela direção; cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-

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aula e horas-atividade; manter atualizados os Registros de Classe, dentre outras

funções que estão regimentadas no Regimento Escolar deste estabelecimento de

ensino.

6.4.2 - Equipe Auxiliar Operacional – Agente Educacional I

O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, no âmbito escolar,

sendo coordenado e supervisionado pela direção deste estabelecimento de ensino.

Dentre as diversas atribuições dos agentes educacionais I, que atuam na

limpeza, cozinha e vigilância dos alunos, podemos destacar as seguintes: zelar pelo

ambiente escolar; executar atividades de manutenção e limpeza dos espaços

utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação,

conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos

em roupas e materiais; limpeza e conservação do mobiliário escolar; efetuar a limpeza

periódica dos equipamentos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os

espaços da escola; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto;

executar serviços internos e externos; comunicar com antecedência à direção da

escola sobre a falta de material de limpeza; abrir, fechar portas e janelas nos horários

estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e

o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola; zelar pela

segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da

instituição, atentando para eventuais anormalidades; controlar o movimento de

pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a

organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou

acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade;

acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado; agir como

educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico,

do meio-ambiente e do patrimônio escolar; preparar a alimentação escolar sólida e

líquida observando os princípios de higiene; responsabilizar-se pelo

acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da

alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados; atuar como

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educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de

higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a

contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais.

Além de todas estas atribuições citadas, o Agente Educacional I, poderá estar

verificando outras atribuições e cargos relativos a sua função no Regimento Escolar e

no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da

Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná, conforme Lei Complementar

nº 123/2008.

6.4.3 - Equipe Técnico-Administrativa: Agente Educacional II

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas

áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática, sendo que a formação

mínima exigida para o seu ingresso é Ensino Médio completo.

O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é

indicado pela direção deste estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,

conforme normas da SEED.

Dentre as várias atribuições dos Agentes Educacionais II, podemos destacar as

seguintes: realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar

onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como

educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em

dia a escrituração escolar; redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar

atas; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone;

lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; manter

atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do

estabelecimento de ensino; comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da

escola; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou

extracurriculares; manter organizado o material de expediente da escola; comunicar

antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os

procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; catalogar e registrar

livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na

biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da

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biblioteca, laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros

materiais de leitura; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais

existentes nos laboratórios de informática; reproduzir material didático através de

cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos; zelar pelas boas

condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; agir

como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo

uso dos recursos disponíveis na escola, dentre outras.

Além de todas estas atribuições citadas, o Agente Educacional II, poderá estar

verificando outras atribuições e cargos relativos a sua função no Regimento Escolar e

no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da

Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná, conforme Lei Complementar

nº 123/2008.

6.4.4 - Da Equipe de Direção

A direção escolar é composta pelo diretor, escolhidos democraticamente entre

os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em vigor. No final de

2015, ocorreu a eleição para a escolha de novos diretores, para o período de 2016 a

2019. Para este ano letivo de 2017, o colégio conta somente com 40 horas de direção,

já que a demanda para a direção-auxiliar foi cancelada.

A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no

Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino, conciliando o trabalho

pedagógico com o administrativo.

6.4.5 - Da Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia, e

é responsável pela coordenação, implantação e implementação, na instituição de

ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no

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Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

O professor pedagogo é o articulador do processo pedagógico no interior da

escola. Deve ter como princípio do seu trabalho a gestão democrática, o trabalho

coletivo, ética profissional e comprometimento político pedagógico.

6.4.6 - Quadro de Pessoal da instituição

NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO VÍNCULO

Ademar Britzke Geografia Professor QPM

Ademir Sloboda Toigo Educação Física Agente I PSS

Anelise M. Borges Macedo Sociologia Professora PSS

Camila Angonese Filosofia Professora PSS

Cinthia Nayara de Lima Rafagnin Língua Portuguesa Professora QPM

Claudete Scheurmann LEM – Espanhol /

Sociologia

Professora QPM

Claudete Terezinha Kuffel Ensino Médio Agente I QUP

Dioli Maria Pilotto Ensino

Fundamental

Agente I QFEB

Ederson Luis Machado Física Professor PSS

Eliane Terezinha Bedin Tech Geografia Professora QPM

Elisangela Mendonça Ciências Professora QPM

Elton José Schaeffer Matemática Professor QPM

Eroni Simonelli História Professora PSS

Gislayne de Mello Toledo Ciências Professor PSS

Graciele Graef Bazanella Arte Professora QPM

Ivete Maria Holdefer Foletto Ciências/Biologia Professora QPM

Jaci Germano Pedroso Pedagogia Agente II QFEB

Lindomar Assi Biologia Professor PSS

Loreni Foletto Toigo Matemática Professora QPM

Magno Marcelo Britzke Geografia Professor QPM

Manuella C. Ferreira Campos Historia Agente II QFEB

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Marcelo Bazanella Matemática Professor QPM

Marcia A. Martins Lucas L.E.M - Inglês Professora QPM

Marinês Maria Penso Foletto Pedagogia Professora Sala

de Recursos /

PAEE

QPM

Marinice Benck Sotoriva Educação Física Professora QPM

Mauri Jorge Mai Química Professor QPM

Mirtes Kipper Educação Física Professora QPM

Nadir T. Gatelli Gasparotto Pedagogia Professora

Pedagoga

QPM

Onilde Primmaz Ensino Médio Agente I QFEB

Pedrolino Martins de Oliveira História Professor QPM

Ricardo João Finger Química Diretor QPM

Rita Regina Schnorr Biologia Professora PSS

Rosilei Ferreira Bottega Língua Portuguesa Professora PSS

Sergio Machado De Souza L.E.M - Inglês Professor QPM

Sônia Regina Radaelli História Professora QPM

Veronica M. H. de Souza Ensino Médio Agente I QFEB

7 - Resultados Educacionais

RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2013

ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO

TAXA DE REPROVAÇÃO

TAXA DE ABANDONO

FUNDAMENTAL 96,1 % 2,3 % 1,6 %

MÉDIO 87,1 % 3,2 % 9,7 %

RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2014

ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO

TAXA DE REPROVAÇÃO

TAXA DE ABANDONO

FUNDAMENTAL 87,59% 11,68% 0,73%

MÉDIO 87,50% 3,13% 9,37%

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RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2015

ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO

TAXA DE REPROVAÇÃO

TAXA DE ABANDONO

FUNDAMENTAL 96,48% 0,70% 2,82%

MÉDIO 86,75% 7,23% 6,02%

RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2016

ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO

TAXA DE REPROVAÇÃO

TAXA DE ABANDONO

FUNDAMENTAL 86,36 % 12,88 % 0,76 %

MÉDIO 89,36 % 5,32 % 5,32 %

RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2017

ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO

TAXA DE REPROVAÇÃO

TAXA DE ABANDONO

FUNDAMENTAL 90,76 % 9,24 % 0,0 %

MÉDIO 84,21 % 5,26 % 10,53%

7.1 - Dados referentes as avaliações externas

7.1.1 – ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio

O Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, é hoje o principal método de

ingresso nas instituições públicas de nível superior. Tendo, em muitos casos,

substituído o vestibular.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) é o órgão

responsável por organizar as provas do ENEM. As questões que irão compor a prova,

são elaboras por professores de universidades públicas e privadas de todo o país.

Após serem elaboradas, essas questões passam por uma revisão do INEP.

A prova do ENEM possui 180 questões, divididas nas quatro áreas do

conhecimento: Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas

Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Linguagem, Códigos e suas

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Tecnologias. São 45 questões referentes a cada área. A prova do ENEM, é composta

também por uma produção escrita, do tipo do gênero dissertativo argumentativo.

Confira a seguir a tabela com as notas e médias obtidas no Enem de 2014,

pelos nossos alunos.

Escola

MÉDIAS Média: provas

objetivas

Linguagens, Códigos

Matemática Ciências

da Natureza

Ciências Humanas

Redação

Santo Antonio 524,67 515,80 502,60 523,93 556,34 515,00 CE Humberto de AC Branco

503,30 510,06 468,31 481,82 553,02 466,34

CE São Roque 497,04 496,30 473,17 471,88 546,80 477,39 CE Santos Dumont

490,36 468,75 454,09 490,48 548,11 507,14

CE Verônica Zimmermann

-- -- -- -- --

E no ano de 2015, os resultados foram os seguintes:

Escola

MÉDIAS

Média:

provas

objetivas

Linguagens,

Códigos Matemática

Ciências

da

Natureza

Ciências

Humanas Redação

C.E. São

Roque

496,60 490,48 464,95 482,04 548,96 528,00

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7.1.2 – Prova Brasil

Outra avaliação externa que os alunos do colégio são submetidos é a Prova

Brasil. Esta é uma avaliação aplicada a cada dois anos em todas as turmas de quinto

e nonos anos do Ensino Fundamental e na terceira série do Ensino Médio com mais

de 20 alunos nas turmas avaliadas. Esta tem por objetivo avaliar a qualidade do ensino

oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e

questionários socioeconômicos.

Nos testes aplicados, os estudantes respondem a questões de Língua

Portuguesa, com foco em leitura, e Matemática, com foco na resolução de problemas.

No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores

de contexto que podem estar associados ao desempenho.

Professores das turmas e diretores das escolas avaliadas também respondem

a um questionário que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições

de trabalho.

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Implantado em 2005, o exame é organizado pelo Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep, em parceria com as redes estaduais

e municipais de educação. As médias de desempenho nessas avaliações subsidiam

o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas

de aprovação, reprovação e desistência, ou seja, o Ideb é um indicador geral da

educação nas redes privada e pública, que leva em conta dois fatores: o rendimento

escolar (taxas de aprovação) e a média do desempenho nos exames padronizados

no Saeb/Prova Brasil.

O Colégio Estadual do Campo São Roque, participou pela primeira vez na

Prova Brasil no ano de 2009 e conseguimos obter um resultado consideravelmente

bom, sendo a melhor nota do município de Santa Helena (5,0).

Já no ano de 2011, o resultado obtido acabou sendo abaixo da meta,

conseguindo atingir apenas 4,6. Apesar de termos melhorado a média da Prova Brasil

no ano de 2011, obtivemos um maior número de reprovações, o que acabou

diminuindo o IDEB do colégio.

Taxa de Aprovação - 2009 Taxa de Aprovação - 2011

5ª a 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª 5ª a 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª

92,0 88,4 93,5 87,9 100 81,0 77,4 75,7 80,6 90,9

Nota Prova Brasil - 2009 Nota Prova Brasil - 2011

Matemática Língua Portuguesa

Matemática Língua Portuguesa

264,68 258,43 273,52 269,33

Para o IDEB de 2013, a meta projetada para o nosso colégio era 5,4, sendo

que neste ano conseguimos passar a meta estabelecida pelo MEC, e atingimos a

média 5,7, elevando em 1,1 se comparado a última nota obtida no ano de 2011.

E no IDEB de 2015, o colégio manteve a média 5,7.

Taxa de Aprovação - 2013 Taxa de Aprovação - 2015

6º a 9º 6º 7º 8º 9º 6º a 9º 6º 7º 8º 9º

96,1 97,0 95,5 92,0 100 96,48 97,3 93,75 96,77 97,62

Nota Prova Brasil - 2013 Nota Prova Brasil - 2015

Matemática Língua Portuguesa

Matemática Língua Portuguesa

286,27 269,15 284,12 270,89

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Confira a seguir a tabela com as metas projetadas e notas obtidas pelos

estabelecimentos da rede estadual de ensino do município de Santa Helena, no IDEB.

* Número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados sejam divulgados.

** Sem média na Prova Brasil 2015: Não participou ou não atendeu os requisitos necessários para ter o

desempenho calculado.

7.1.3 – SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná)

O SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná), é um sistema

próprio de avaliação do Estado do Paraná e tem como objetivo disponibilizar

informações relevantes quanto ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes, bem

como analisar a evolução do desempenho de cada aluno avaliado, possibilitando a

definição de ações prioritárias de intervenções voltadas para o processo de melhoria

da educação.

Esta avaliação externa fornece informações para que gestores da escola e

professores possam realizar um diagnóstico nas áreas em que atuam e planejar ações

educativas mais eficientes. Os alunos realizam provas nas áreas de Língua

Portuguesa e de Matemática Em Língua Portuguesa é avaliada a leitura, prática que

perpassa todas as disciplinas da escola. Na disciplina de Matemática, os conceitos

são avaliados por meio da metodologia de resolução de problemas.

Em 2012, a SEED (Secretaria de Estado e Educação) realizou a primeira

edição do Saep, onde os alunos regularmente matriculados nos 9° anos e 3ª séries

do Ensino Médio das escolas públicas paranaenses foram avaliados. Tal avaliação se

repetiu novamente nos anos de 2013 e 2017.

Confira a seguir a média final obtida pelos alunos do 9º ano e 3ª série do Ensino

Médio, deste estabelecimento de ensino, nas edições de 2012, 2013 e 2017.

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MÉDIA DOS 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

2012 2013 2017 2012 2013 2017

PARANÁ 241,4 242,9 250,4 PARANÁ 248,9 249,0 257,6

NRE DE TOLEDO 253,9 255,0 260,8 NRE DE TOLEDO 262,5 262,5 271,7

MUNICÍPIO 244,8 255,4 264,7 MUNICÍPIO 254,8 261,8 278,0

ESCOLA 258,6 266,1 287,2 ESCOLA 295,1 291,3 304,5

MÉDIA DAS 3ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

2012 2013 2017 2012 2013 2017

PARANÁ 261,7 264,5 262,1 PARANÁ 271,3 270,6 260,9

NRE DE TOLEDO 280,9 277,6 274,4 NRE DE TOLEDO 291,8 288,1 275,3

MUNICÍPIO 277,3 277,6 291,4 MUNICÍPIO 283,3 282,1 283,8

ESCOLA 269,5 283,8 293,3 ESCOLA 275,3 283,7 290,2

E no início do ano letivo de 2013, os alunos matriculados nos 6º anos e nas 1ª

séries do Ensino Médio, realizaram a avaliação do SAEP. A seguir resultado / média

geral obtida pelas turmas.

MÉDIAS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

PARANÁ 197,1 PARANÁ 212,2

NRE DE TOLEDO 210,7 NRE DE TOLEDO 228,2

MUNICÍPIO 209,3 MUNICÍPIO 229,6

ESCOLA 203,8 ESCOLA 232,2

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MÉDIAS DAS 1ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

PARANÁ 234,2 PARANÁ 243,6

NRE DE TOLEDO 247,2 NRE DE TOLEDO 259,1

MUNICÍPIO 237,1 MUNICÍPIO 248,9

ESCOLA 253,3 ESCOLA 276,5

7.2 - Distorção Idade-série

Pela legislação brasileira, que organiza a oferta de ensino no país, a criança

deve ingressar aos 6 anos no 1º ano do Ensino Fundamental e concluir a etapa aos

14. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no Ensino

Médio.

O valor da distorção é calculado em anos e representa a defasagem entre a

idade do aluno e a idade recomendada para a série que ele está cursando. O aluno

é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série quando a

diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois anos ou

mais.

Segue abaixo a tabela com a taxa de distorção idade/série do Colégio Estadual

do Campo São Roque, no ano de 2016.

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8 - Organização do aspecto físico do colégio

O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio,

trabalha em dualidade administrativa com a Escola Municipal Pedro Álvares Cabral –

Educação Infantil e Ensino Fundamental, sendo que ao todo o prédio possui:

12 (doze) salas de aula;

02 (duas) Salas de Secretarias – uma estadual e uma municipal;

02 (duas) Salas de Direção - uma estadual e uma municipal;

02 (duas) Salas de Equipe Pedagógica – uma estadual e uma municipal;

01 (uma) Sala de Professores;

01 (uma) Sala de Hora-Atividade;

01 (um) Saguão;

01 (uma) Cozinha;

01 (um) Refeitório;

01 (um) Laboratório de Ciências;

01 (um) Laboratório de Informática – Proinfo;

02 (dois) Banheiros de Funcionários (masculino e feminino);

01 (um) Banheiro Masculino - alunos;

01 (um) Banheiro Feminino - alunas;

01 (uma) Torre do Conhecimento;

01 (uma) Biblioteca;

01 (um) Almoxarifado;

01 (uma) Sala de Materiais e de Xérox;

01 (uma) Sala de materiais de Educação Física;

01 (uma) Sala de Recuperação de Estudos - município;

02 (duas) Salas de Recursos – uma municipal e uma estadual;

01 (uma) Quadra poliesportiva coberta;

01 (um) Auditório Comunitário, com lugar para 350 pessoas sentadas.

01 (um) Bloco com 03 (três) salas: Salas de jogos, Sala de Balé e Sala de

Arte.

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8.1 - Relação de livros da biblioteca

O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio,

possui uma biblioteca própria, com aproximadamente 9000 títulos de obras,

envolvendo livros de literatura infanto-juvenil, infantil, literatura brasileira, educação,

enciclopédias, periódicos, revistas, gibis, paradidáticos, dicionários. Possui também

um acervo da Biblioteca do Professor implementada pela SEED no ano de 2007, com

livros direcionados para uso dos professores a fim de auxiliar na formação continuada

dos mesmos, e consequentemente na melhoria da qualidade de ensino.

A biblioteca é um espaço frequentado pelos estudantes, professores e

comunidade escolar, que buscam no seu acervo bibliográfico novas formas e meios

de conhecimento.

A mesma possui um regulamento próprio, o qual objetiva disciplinar as

atividades que nela são desenvolvidas, assegurando ao seu usuário, as condições

para que possa realizar a sua pesquisa, leitura e estudo.

O técnico administrativo (bibliotecário) que atua na biblioteca escolar, é indicado

pela direção do estabelecimento de ensino e possui como função: cumprir e fazer

cumprir o Regulamento de uso da biblioteca; atender a comunidade escolar,

disponibilizando e controlando o empréstimo de livros; zelar pela preservação,

conservação e restauro do acervo; registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre

que necessário; responsabilizar-se pelo registro de materiais emprestados; organizar

e manter atualizados os fichários, dentre outras. Estas são algumas das funções do

Bibliotecário as quais se complementam com as atribuições presentes no Regimento

Escolar.

A biblioteca do Colégio Estadual do Campo São Roque é compartilhada com a

escola municipal e é composta por diferentes gêneros literários, tais como:

DESCRIÇÃO UNIDADES

Livros de Química 72

Livros de Física 58

Livros de Biologia 146

Livros de História Geral 230

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Livros de História do Paraná 197

Livros de História de Santa Helena 08

Livros de História das Cooperativas 28

Livros de Geografia 159

Livros de Educação Física 64

Livros de Arte 63

Livros de Matemática 89

Livros de Ciências 230

Livros de Ensino Religioso 20

Livros de Português 100

Livros de Psicologia 61

Livros de Sociologia 17

Livros de Filosofia 26

Livros de Espanhol 60

Livros de Inglês 32

Livros de Literatura Geral 160

Livros de Literatura Juvenil 1.800

Livro de Literatura de Infanto juvenil 1.000

Livro de Literatura Infantil 2.000

Livro de Enciclopédias 246

Gibis 150

Biblioteca do Professor 240

Dicionário de Português 144

Dicionário de Inglês 55

Dicionário de Espanhol 52

Revistas 989

Drogas e Gravidez 16

Outros ou paradidáticos 440

As escolas acima citadas possuem também uma videoteca, que é composta

pelos seguintes materiais:

Cds de música 63 CD-ROM 180 DVDs 365 DVDs da TV Escola 400 Fitas de vídeo cassete 410

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8.2 - Laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química

O Colégio Estadual do Campo São Roque dispõe de um laboratório de

Ciências, Biologia, Física e Química aparelhado com diversos materiais para o

desenvolvimento de aulas práticas e experimentais.

Estas disciplinas compõem a Base Nacional Comum da matriz curricular dos

estabelecimentos que ofertam o Ensino Fundamental e Ensino Médio, nível de ensino

da Educação Básica, no Brasil. Tal laboratório é utilizado pelos professores para o

ensino dos conceitos presentes em diferentes campos do conhecimento científico,

sendo considerados espaços importantes no processo de ensino e aprendizagem.

As aulas práticas são uma maneira eficiente de ensinar e melhorar o

entendimento dos conteúdos, facilitando desta forma a aprendizagem. Os

experimentos facilitam a compreensão da natureza da ciência e dos seus conceitos,

auxiliam no desenvolvimento de atitudes científicas e no diagnóstico de concepções

não-científicas, além de contribuir para despertar o interesse pela ciência.

9 - Objetivos, Fundamentos, Princípios e Concepções Orientadoras

das Ações Educacionais

9.1 - Objetivos Gerais

Conforme diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB Nº. 9394/96, a

educação não é uma mera transmissão de conhecimentos e informações. A educação

abrange vários modos de formação do ser humano: o trabalho, as manifestações

culturais, o aprendizado na escola e na faculdade, entre outros. A educação escolar

deve estar relacionada ao mundo do trabalho e à vida em sociedade, é um dever da

família e do estado (SEED/PR).

Segundo a LDB, a pessoa é educada para o exercício da cidadania e para o

trabalho. Os significados dessas palavras precisam ser compreendidos na maior

amplitude possível. A palavra trabalho, por exemplo, não pode ser limitado à ideia de

emprego, serviço, uma atividade que as pessoas desenvolvem somente para garantir

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a sobrevivência. Acima de tudo, o trabalho deve ser destinado ao desenvolvimento

das potencialidades do ser humano, para proporcionar-lhe prazer, melhorar sua vida

e a vida de toda sociedade.

As ações da escola estão diretamente relacionadas/ligadas as diretrizes e

decretos estabelecidos pela União e às normas do sistema de ensino (Federal,

Estadual e Municipal): Nesse contexto a escola deve:

Elaborar e executar sua proposta pedagógica;

Administrar seus recursos humanos, materiais e financeiros;

Assegurar o cumprimento do ano letivo e das horas-aula;

Supervisionar o trabalho docente;

Estabelecer meios de recuperação dos alunos com menor rendimento;

Promover a integração da sociedade com a escola e informar os pais e responsáveis

sobre o desempenho do aluno e as propostas pedagógicas da escola.

O ensino proposto pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei

9.394/96) está em função do objetivo maior do ensino fundamental, que é o de

propiciar a todos, formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de

condições de aprendizagem para:

I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, através do domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, econômico da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (LDB, art. 32)

Verifica-se, pois, como os atuais dispositivos relativos à organização curricular

da educação escolar caminham no sentido de conferir ao aluno, dentro da estrutura

federativa, a efetivação dos objetivos da educação democrática. Vê-se isso, também,

no artigo 3º do Regimento Escolar desta escola, onde o objetivo maior é proporcionar

um ensino mais objetivo e condizente com as necessidades do nosso meio,

respeitando o princípio democrático:

Este estabelecimento de ensino garante o princípio democrático de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes

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níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação.

Desta forma, o Colégio Estadual do Campo São Roque, tem como objetivo criar

e sustentar um ambiente propício à participação plena no processo social e escolar

dos seus profissionais, dos alunos e dos pais, obtendo a sua integração e

comprometimento para o desenvolvimento da consciência social, crítica e sentimento

de cidadania. Engajando todos os atores educacionais num processo de

transformação da realidade que os cerca, com compromisso, comprometimento,

motivação, paixão pelo trabalho, visando incrementar ações de qualidade e a

concretização do Projeto Político Pedagógico da escola.

Assim, buscamos efetivar o processo de apropriação do conhecimento,

respeitando os dispositivos constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do

Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90 e a Legislação do Sistema Estadual de Ensino.

9.2 - Objetivos Específicos

Os docentes, membros da APMF e Conselho Escolar do Colégio Estadual do

Campo São Roque, verificam a necessidade de contemplar os seguintes objetivos

diante dos problemas existentes em nossa realidade global:

Ministrar com qualidade o Ensino Fundamental e o Ensino Médio;

Instrumentalizar os discentes para o exercício pleno da cidadania, relacionando a

teoria com as práticas sociais;

Preparar o educando para tornar – se agente de sua história, capaz de relacionar –

se consigo mesmo, com os outros e com o mundo;

Contribuir na formação da pessoa, desenvolvendo valores, respeito, cooperação,

participação, responsabilidade, justiça e espiritualidade;

Oportunizar reflexões sobre a realidade social, econômica e cultural existente,

projetando a desejada utopia da sociedade.

Desta forma não deixam de ser menos importantes os objetivos encontrados

frente as necessidades de nossa realidade escolar:

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Oportunizar aos alunos e professores computadores para que possam digitar seus

trabalhos e atividades escolares;

Ofertar projetos curriculares de contra turno;

Desenvolver projetos de brincadeiras e jogos na hora do intervalo com auxílio dos

alunos do Grêmio Estudantil;

Programar e desenvolver atividades esportivas e culturais que envolvam a

comunidade escolar (gincana terra limpa, FESCULTIL, Inter sala, intercâmbio cultural,

etc..);

Incentivar e facilitar a presença dos professores nos cursos de capacitação e

projetos desenvolvidos pelo colégio;

Incentivar o trabalho em equipe e a formação continuada;

Valorizar os professores frente à comunidade e alunos;

Acompanhar o rendimento escolar dos alunos e fazer intervenções quando

necessário;

Oferecer condições adequadas das salas de aula;

Apoiar e incentivar as ações do Grêmio Estudantil;

Fortalecer as Instâncias Colegiadas;

Oportunizar visitas e viagens de conhecimento.

Para cumprirmos os objetivos e metas estabelecidas neste projeto e termos a

compreensão sobre a prática educativa, precisamos ter clareza das concepções de

ensino, avaliação, aprendizagem, conhecimento, educação, homem, sociedade e

escola, para a construção de uma educação de qualidade para a nossa comunidade.

A partir do momento que temos conhecimento do que queremos - uma

educação pública de qualidade, será possível intervirmos conscientemente nas

práticas sociais a fim de torná-la justa, democrática e igualitária.

9.3 - Filosofia da escola

Compreende-se a estrutura da escola a partir de relações sociais, portanto,

como um centro dinâmico onde ocorre o processo de construção de conhecimento e

produção de saber.

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Hoje a unidade entre ensinar e aprender tem novo significado, pois só se tem

sentido ensinar a partir do momento em que há aprendizagem. Essa técnica é oposta

à pedagogia no decorrer dos anos passados.

A perspectiva construtivista na educação é configurada por uma série de

princípios explicativos do desenvolvimento e da aprendizagem humana que se

complementam, integrando um conjunto orientado a analisar, compreender e explicar

os processos escolares de ensino e aprendizagem.

Tem assim como pressuposto fundamental possibilitar ao cidadão as condições de compreensão e interpretação de mundo em seu momento histórico vivido, bem como sua participação na sociedade atuando na cultura, na política e nos meios de produção, através do desenvolvimento de competências adquiridas pela assimilação e aquisição do saber científico sistematizado. (Neidson Rodrigues)

Nesse processo de interação com o objeto a ser conhecido, o sujeito constrói

representações, que funcionam como verdadeiras explicações e se orientam por uma

lógica interna que, por mais que possa parecer incoerente aos olhos de um outro, faz

sentido para o sujeito. As ideias “equivocadas”, ou seja, construídas e transformadas

ao longo do desenvolvimento, fruto de aproximações sucessivas, são a expressão de

uma construção inteligente por parte do sujeito e, portanto, interpretadas como erros

construtivos.

A educação não está isolada, veicula uma visão de estrutura de sociedade,

de mundo e de homem em sua totalidade, logo, faz parte de um processo dinâmico,

ou seja, a visão de homem como a de mundo também é dinâmica e sofre alterações

no curso da história. É neste contexto que a educação está inserida e, como tal, é

criativa, determinada pelas circunstâncias e, ao mesmo tempo, transformadora da

realidade, tem capacidade de ação, avaliação e julgamento.

O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram - homens que sejam criadores, inventivos e descobridores. É formar mentes que tenham capacidade de crítica e de verificação, e que não aceitem tudo que lhes é oferecido como coisa pronta, verdadeira e única. Devemos ser capazes de resistir individualmente, de criticar, de distinguir entre o que é provocado e o que não é. (PIAGET apud RODRIGUES 2006).

O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é, portanto,

individual; porém, é também cultural na medida em que os significados construídos

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remetem a formas e saberes socialmente estruturados. O que buscamos com estas

propostas de educação, é proporcionar ao aluno a capacidade de conhecer os

elementos de sua situação para intervir nela, transformando-a, no sentido de uma

ampliação de liberdade, da comunicação e colaboração entre os homens.

Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a

realização de aprendizagens com o maior grau de significado possível, uma vez que

esta nunca é absoluta - sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se

pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o

sujeito já possui.

Para que esta forma de educação seja possível, leva-se em conta que o bom

educador deve ser um profundo conhecedor do homem nesta dimensão do agir sobre

a realidade com sua capacidade consciente, reflexiva e crítica, ultrapassando o que

está posto e construindo o novo, sempre num contexto coletivo visando uma educação

integral.

Existem ainda, dentro do contexto escolar, outros mecanismos de influência

educativa, cuja natureza e funcionamento em grande medida são desconhecidos, mas

que têm incidência considerável sobre a aprendizagem dos alunos. Dentre eles

destacam-se a organização e o funcionamento da instituição escolar e os valores

implícitos e explícitos que permeiam as relações entre os membros da escola; são

fatores determinantes da qualidade de ensino e podem chegar a influir de maneira

significativa sobre o que e como os alunos aprendem.

As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar, indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo. Se as liberdades não se constituem entregues a si mesmas, mas na sua assunção ética de necessários limites, não se faz sem riscos a serem corridos por elas e pela autoridade ou autoridades com que dialeticamente se relacionam. (FREIRE, 2000a, p. 58-59).

Pretende-se, dessa forma, proporcionar ao aluno condições indispensáveis

para o exercício da cidadania, que deve ser compreendida não apenas como um

direito legal, mas como participação efetiva na sociedade.

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9.4 - Concepções

9.4.1 - Concepção de Sociedade

Entende-se por sociedade um conjunto relativamente complexo de indivíduos,

num determinado período histórico, associados e com padrões culturais comuns,

próprios para garantir a continuidade do todo e a realização de seus ideais, avanços

científicos e tecnológicos, bem como o desenvolvimento integral do ser humano e dos

valores da cidadania consciente.

Atualmente a sociedade encontra-se, heterogênea e fragmentada, marcada por

profundas desigualdades de todo o tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc. – que

foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma sociedade dos

“dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma ser

denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e

fatalmente condenado a marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos

laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas

conservadoras foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e

científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

Entretanto, apesar de vivermos nessa sociedade desigual, queremos pensá-la

e reconstruí-la de forma diferente, por meio de ações que contribuam para o pleno

desenvolvimento dos cidadãos.

Como educadores, nossa concepção de sociedade ideal é aquela em que o

homem, seja responsável, valorizado, humano e comprometido com a vida plena, com

direitos e deveres iguais. Aquela onde o cidadão tenha acesso as condições básicas

que promovam a sua qualidade de vida e o exercício da cidadania, onde todos tenham

acesso a cultura e tenham condições de ações ideais. Porém sabe-se que, na

realidade a sociedade atual está um pouco distante da sonhada e idealizada por todos.

9.4.2 - Concepção de Homem

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De acordo com a comunidade escolar do Colégio Estadual do Campo São

Roque - Ensino Fundamental e Médio, a concepção de homem ideal é aquela capaz

de interagir e crescer democraticamente dentro da sociedade, aquele que age de

modo a construir a sociedade idealizada por todos, aquele que seja consciente e

responsável pela humanidade e pelo lugar onde habita, aquele ser humano

competente, compreensivo e compromissado com os valores humanos, aquele que

se prepare e esteja preparado para conviver integralmente na sociedade.

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é

aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais

transcende-as e reorganiza-as superando a condição de objeto caminhando na

direção de sua emancipação participante da história coletiva.”

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem

é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

9.4.3 - Concepção de Infância e de Adolescência

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada

a pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade

da maioridade civil, encontra-se a adolescência.

Philippe Ariès (1978), famoso historiador francês, afirmou que a infância foi uma

invenção da modernidade, constituindo-se numa categoria social construída

recentemente na história da humanidade. A infância que conhecemos hoje foi uma

criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas. A partir

disso, podemos considerar que a infância muda com o tempo e com os diferentes

contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo com as peculiaridades

individuais. Portanto, as crianças de hoje não são exatamente iguais às do século

passado, nem serão idênticas às que virão nos próximos séculos. A infância é uma

construção social.

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Numa perspectiva sócio histórica, a criança é fruto das interações sociais e a

escola é um espaço de mediação e apropriação do conhecimento historicamente

acumulado e que representa um importante papel no seu desenvolvimento. A criança

é um sujeito de direito em pleno desenvolvimento desde o seu nascimento. O tempo

da infância é um tempo de aprender e de brincar. Sendo que a brincadeira é

fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem.

Assim como a infância, a adolescência também é compreendida como uma

categoria histórica. Esta é uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte

entre a infância e a idade adulta.

Compreendemos a adolescência como um período de transformações físicas

e emocionais que são próprios da condição transitória deste período, onde a escola

como instituição formadora, representa um papel importante, cabendo a ela ser um

lugar democrático onde o aluno aprenda, exercite sua autonomia, amadureça suas

escolhas, compreenda os limites sociais e desenvolva o respeito das regras. Com esta

visão entendemos que os adolescentes devem ser percebidos como seres históricos,

cidadãos plenos de seus direitos e deveres e capazes de intervir de maneira

significativa no meio em que vivem.

9.4.4 - Concepção de Escola

A escola é uma das instâncias, que tem por função a elevação cultural dos seus

educandos. Tem uma função importante e significativa dentro da sociedade, pois é

um lugar privilegiado onde ocorre a troca de experiências entre seus componentes:

alunos, professores, funcionários, direção e comunidade escolar. É um ambiente

pedagógico que tem um de seus objetivos favorecer o processo de ensino e

aprendizagem, através da ação pedagógica intencional e planejada por todos os

integrantes que dele fazem parte.

"A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo e suas contradições, fornecendo-lhe instrumentos; por meio da apropriação dos conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e efetiva na democracia da sociedade " (Luckesi, 1999, pg 70)

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Partindo desses pressupostos vemos a escola, como uma instância de ação,

surgida das necessidades históricas da humanidade, uma instância social que tem

como finalidade educativa garantir ao educando à apropriação dos conhecimentos

científicos, artísticos, políticos e filosóficos, o acesso a permanência e sucesso dos

alunos, a formação continuada dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, o

trabalho coletivo e a gestão educacional democrática.

9.4.5 - Concepção de Educação

A concepção de educação, que norteia o trabalho da comunidade escolar do

Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, é aquela que

proporcione igualdade para todo o cidadão e possibilite crescimento e aquisição de

conhecimentos, é aquela que proporcione qualidade (recursos, incentivo) para todos,

é aquela que atenda os anseios da maioria, é aquela que construa o homem e

consequentemente a sociedade ideal, educação ideal é aquela que forme o cidadão

para a vida em sociedade.

Todos sabem que a educação é uma prática social, uma atividade específica

dos homens situando – os dentro da história, ela não muda o mundo mas o mundo

pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano

para gestar a democracia:

- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados

para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da

realidade que o possa orientar em sua vida.

- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a

satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

- A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica, do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas...

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Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que necessita para

constituir-se e transformar a realidade.

9.4.6 - Concepção de Conhecimento

Em relação à concepção de conhecimento, a comunidade escolar do Colégio

Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, o define em linhas

gerais, como sendo noções adquiridas através de experiências que o homem tem

sobre si, sobre o mundo e sobre o próprio conhecimento.

O conhecimento, portanto, pressupõe as concepções de homem, de mundo e

das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente numa nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa

interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização

do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é

sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. A educação é

uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os na história, ela

não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado também pela sua ação na

sociedade e nas relações de trabalho.

9.4.7 - Concepção de Ensino

Quanto ao item ensino, os docentes do estabelecimento assim definiram o

processo de transmissão de conteúdos com o objetivo de desenvolver as inteligências

múltiplas do aluno: “através do trabalho dinâmico, explorando os vários aspectos,

corporal, atitudinal, procedimental e conceitual ou ainda troca de conhecimentos e

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experiências que contribui na formação de um cidadão crítico e responsável com

vistas ao aprimoramento de seus conhecimentos.”

9.4.8 - Concepção de Aprendizagem

A aprendizagem é entendida como uma construção constante, que se dá a

partir de interações que os sujeitos estabelecem entre si e com o meio em que vivem.

O conhecimento que se constrói a partir dessas relações mobiliza, no indivíduo, a

criação, a significação e a ressignificação de conceitos anteriormente construídos,

levando-o a novas investigações.

A aprendizagem é a aquisição de capacidade de explicar, de aprender e

compreender, de enfrentar criticamente situações novas. Não sendo o mero domínio

de técnicas, habilidades e muito menos a memorização de algumas explicações e

teorias.

A partir do momento que se entende melhor o processo de aprendizagem

humana, aprende-se e aplica-se este conhecimento nos objetivos, acredita-se que a

educação poderá ser quantitativa e qualitativamente melhor do que tem sido.

Crianças e adolescentes são protagonistas dessa aprendizagem, sujeitos

históricos e sociais que exercem papel ativo, com características próprias da sua

idade e do contexto onde se inserem, portanto pessoas singulares e em

desenvolvimento, agentes e produtores da vida social.

9.4.9 - Concepção de Alfabetização e Letramento

A alfabetização está envolvida em várias discussões na área da educação nos

últimos anos, é uma tarefa delegada restritamente a escola, e ao longo do tempo, as

dificuldades vem mostrando-se cada vez mais evidentes.

As discussões acerca da alfabetização e do letramento devem ser

continuamente levantadas, principalmente pelos professores dos anos iniciais,

período em que desenvolve-se na criança a aquisição da linguagem escrita e a

decodificação dos símbolos gráficos. Esta deve ser continuamente trabalhada por

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todos os professores, durante toda a vida escolar do aluno, promovendo-o na

socialização da gramática, suas variações, codificação e decodificação.

Não basta apropriar-se da tecnologia - saber ler e escrever apenas como um

processo de codificação e decodificação (...), é necessário também saber usar a

tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitem ler e escrever de forma

adequada e eficiente, sabendo aplicá-las nas diversas situações do dia-a-dia, em que

precisamos ou queremos ler e escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de

textos, em diferentes suportes, para diferentes objetivos. Saber utilizar a leitura e a

escrita na interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: “para

informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para

ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para

o apoio à memória, para a catarse...” (SEED, 2010, p.22).

O processo de alfabetização não deve resumir-se apenas em ensinar o aluno

a ler e a escrever.

A Alfabetização é a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita

e das técnicas para seu uso. É a aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de

um processo de representação: codificação de sons em letras ou grafemas e

decodificação de letras ou grafemas em sons.

É o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades

de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio de técnicas para exercer a arte e

ciência da escrita.

A Alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado do

alfabeto e a sua utilização como código de comunicação, tornando-o capaz de ler e

escrever.

O Letramento, por sua vez, é uma palavra recente, introduzida na linguagem

da educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas. Seu

surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e

nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que

ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, atendendo desta forma as

novas demandas da sociedade. Esses comportamentos e práticas sociais de leitura e

de escrita foram adquirindo visibilidade e importância à medida que a vida social e as

atividades profissionais foram-se tornando cada vez mais centradas e dependentes

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da língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar– no sentido

tradicional – a criança ou o adulto.

Letramento é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um

indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. Compreender o que se

lê. E é neste ponto que encontra-se o desafio dos educadores em face do ensino da

língua escrita: o alfabetizar letrado. Desenvolvendo a necessidade de associar a teoria

e prática.

9.4.10 - Concepção de Avaliação

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o docente

estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as

finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

estudantes, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor/conceito.

Desta forma, é consenso entre os docentes deste estabelecimento de ensino

que a forma de avaliação mais coerente é a avaliação contínua, permanente,

cumulativa e diagnóstica, pois possibilita ao professor a observar, mediar e interagir

mais metodicamente com os alunos e compreender melhor suas necessidades de

modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada, suas intervenções

pedagógicas.

Os professores através desse método de avaliação sentem-se mais

comprometidos com os alunos ao longo do processo, num movimento de ajuda, a fim

de dimensionar os avanços e as dificuldades, onde ambos estão em constante

interação. Sendo assim, o professor não irá descobrir somente no final do bimestre ou

semestre que o aluno não aprendeu, podendo dessa forma, estar sanando as

dificuldades e deficiências no decorrer do processo de aprendizagem, possibilitando

desta forma, ao professor, reformular seu planejando sempre que necessário,

comprometendo-se com a busca de soluções dos problemas e dificuldades do

processo ensino-aprendizagem.

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9.4.11 - Concepção de Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos é entendida como um dos aspectos do processo

ensino-aprendizagem pelo qual o docente reorganizará sua metodologia em função

dos resultados de aprendizagem apresentados pelos estudantes.

A recuperação de estudos ocorrerá de forma permanente e

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, e será realizada ao longo

do período avaliativo (bimestre), assegurando a todos os estudantes a

oportunidade de aprendizagem. A sua oferta é obrigatória e visa garantir a efetiva

apropriação dos conteúdos básicos, portanto deve ser oportunizada a todos os

estudantes, independente de estarem ou não com o rendimento acima da média.

O parecer nº 12/97 do CNE-CEB, e a Deliberação 007/99 do CEE – PR, afirma

que:

Art. 11- A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. Art. 12 - [...] Art. 13 – A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

É preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que o aluno

aprenda. Para isso a recuperação somará o esforço de retomar, de voltar o conteúdo,

de reorganizar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade

de aprendizagem.

A recuperação de estudos deverá contemplar os conteúdos da

disciplina/componente curricular a serem retomados, utilizando-se de procedimentos

didáticos-metodológicos diversificados e de novos instrumentos avaliativos, com a

finalidade de atender aos critérios de aprendizagem de cada conteúdo.

Para tanto é proposto pesquisas, provas, estudos complementares, seminários,

vídeo-aulas específicas do conteúdo a ser recuperado, forma essa, a ser combinada

entre educandos e educadores, sendo obrigatória a sua inserção no Registro de

Classe Online (RCO) ou Livro Registro de Classe (LRC).

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9.4.12 - Concepção de Gestão Democrática e Mecanismos de Gestão

9.4.12 .1 - Princípios Norteadores da Escola Democrática

A abordagem do projeto político-pedagógico do Colégio Estadual do Campo

São Roque, está fundada nos princípios que deverão nortear a escola democrática,

pública e gratuita:

9.4.12.1.1 - Igualdade

De condições para acesso e permanência na escola. Saviani alerta-nos para o

fato de que há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de

chegada deve ser garantida pela mediação da escola. O autor destaca: “só é possível

considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a

democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no

ponto de chegada. “(1982, p.63).

Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa

de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de

qualidade.

Desta forma, a meta da comunidade escolar do Colégio Estadual do Campo

São Roque - Ensino Fundamental e Médio é garantir a todos os alunos as mesmas

oportunidades de acesso, frequência e permanência nas aulas, proporcionar

condições a todos de se sentirem valorizados em sua individualidade, respeitar e

valorizar as diferentes culturas e credos, criar oportunidades para os alunos com

necessidades especiais, respeitar e valorizar as etnias.

9.4.12.1.2 - Qualidade

Que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. O desafio que

se coloca ao projeto político-pedagógico da escola é o de propiciar uma qualidade

para todos.

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A qualidade proposta pela comunidade escolar é a de evitar de todas as

maneiras possíveis repetências e a evasão, garantindo a permanência dos que nela

ingressam, assegurando-os o direito ao domínio dos conhecimentos formais.

9.4.12.1.3 - Liberdade / Autonomia

O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia. Heller

afirma que:

A liberdade é sempre liberdade para algo e não apenas liberdade de algo. Se interpretarmos a liberdade apenas como o fato de sermos livres de alguma coisa, encontramo-nos no estado de arbítrio, definimo-nos de modo negativo. A liberdade é uma relação e, como tal, deve ser continuamente ampliada. O próprio conceito de liberdade contém o conceito de regra, de reconhecimento, de intervenção recíproca. Com efeito, ninguém pode ser livre se, em volta dele, há outros que não são! (1982, p. 155)

Por isso, a liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para

aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma

intencionalidade definida coletivamente.

Com relação a autonomia, esta não é um valor absoluto, fechado em si mesmo,

mas um valor que se determina numa relação de interação social. Nesse sentido, a

escola deve alicerçar o conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade de

todos, sem deixar de lado os outros níveis da esfera administrativa educacional. A

autonomia não é, afinal, uma política, mas a substância de uma nova organização do

trabalho pedagógico na escola.

Para ser autônoma, a escola não pode depender somente dos órgãos centrais

e intermediários que definem a política da qual ela não passa de mera executora. Ela

concebe seu PPP e tem autonomia para executá-lo e avaliá-lo ao assumir uma nova

atitude de liderança, no sentido de refletir sobre as finalidades sócio-políticos e

culturais da escola.

A autonomia é, pois, questão fundamental numa instituição educativa

envolvendo quatro dimensões básica, relacionadas e articuladas entre si:

administrativa, jurídica, financeira e pedagógica. Essas dimensões implicam direitos e

deveres e, principalmente, um auto grau de compromisso e responsabilidade de todos

os segmentos da comunidade escolar.

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A autonomia administrativa consiste na possibilidade de elaborar e gerir seus

planos, programas e projetos. Envolve, inclusive, a possibilidade de adequar sua

estrutura organizacional à realidade e ao momento histórico vivido. Refere-se à

organização da escola e nela destaca-se o estilo de gestão, a direção como

coordenadora de um processo que envolve relações internas e externas, ou seja, com

o sistema educativo e com a comunidade na qual a escola está inserida.

A autonomia administrativa traduz a possibilidade de a escola garantir a

indicação dos dirigentes por meio de processo eleitoral que realmente verifique a

competência profissional e a liderança dos candidatos; a constituição dos conselhos

escolares com funções deliberativa, consultiva e fiscalizadora; a formulação, a

aprovação e a implementação do plano de gestão da escola.

A autonomia administrativa representa um espaço de negociação permanente

por parte dos atores mais diretamente envolvidos. É pela participação, pela

intervenção e pelo diálogo que a autonomia se constrói e internaliza.

A autonomia jurídica diz respeito à possibilidade de elaborar suas próprias

normas e orientações escolares, como, por exemplo, matrícula, transferência dos

alunos, admissão de professores, concessão de graus, etc. mesmo estando vinculada

à legislação dos órgãos centrais, a instituição escolar deve policiar-se, também, no

sentido de não se transformar numa instância burocrática, por meio de estatutos,

regimentos, portarias, resoluções, avisos, memorandos, os quais acabam por

descaracterizar seu papel de proporcionar aos educandos, mediante um ensino

efetivo, os instrumentos que lhe permitam conquistar melhores condições de

participação cultural, profissional e sociopolítica.

A autonomia financeira refere-se à existência de recursos financeiros capazes

de dar à instituição educativa condições de funcionamento efetivo. A LDB (Lei nº

9.394/96), além de explicitar a incumbência da escola de “elaborar e executar sua

proposta pedagógica” (art. 12, I), define também sua responsabilidade em “administrar

seu pessoal e seus recursos financeiros” (art. 12, II).

A autonomia financeira compreende as competências para elaborar e executar

seu orçamento, com fluxo regular do Poder Público, permitindo a escola planejar e

executar as suas atividades, independentemente de outras fontes de receita com fins

específicos, bem como aplicar e remanejar diferentes rubricas de elementos ou

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categorias de despesas, sem prejuízo de fiscalização dos órgãos externos

competentes.

A autonomia pedagógica consiste na liberdade de ensino e pesquisa. Está

estreitamente ligada a identidade, a função social, a comunidade escolar, a

organização curricular, a avaliação, bem como aos resultados e, portanto, à essência

do projeto político-pedagógico da escola, ou seja, a autonomia pedagógica diz

respeito às medidas essencialmente pedagógicas, necessárias ao trabalho de

elaboração, desenvolvimento e avaliação do PPP, em consonância com as políticas

públicas vigentes e as orientações dos sistemas de ensino.

9.4.12.1.4 - Mecanismos de gestão democrática: Instâncias

colegiadas

A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder

da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática

da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a

exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a

dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais

a escola é mera executora.

A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a participação dos

representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações

administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas. Nas palavras de Marques:

A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação. (1990, p. 21).

Neste sentido, fica claro entender que a gestão democrática, no interior da

escola, não é um princípio fácil de ser consolidado, pois trata-se da participação crítica

na construção do projeto político-pedagógico e na sua gestão.

Dentro do princípio de gestão democrática encontra-se as instâncias

colegiadas da escola, que são: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio

Estudantil e APMF.

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Conselho Escolar: órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e

realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar. Local de

debate e tomada de decisões. Como espaço de debates e discussões, permite que

professores, funcionários, pais e alunos explicitem seus interesses e suas

reivindicações.

É a instância de caráter mais deliberativo, de tomada de decisões sobre os

assuntos substanciais da escola, proporciona momentos em que os interesses

contraditórios vêm à tona. Favorece a aproximação do centro de decisões dos

autores, rompendo com as relações burocráticas e formais, permitindo a comunicação

tanto vertical quanto horizontal.

O Conselho Escolar terá como membro nato o diretor do estabelecimento de

ensino, e é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de

participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola

pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de

Ensino. Ele abrange toda a comunidade escolar e tem como principal atribuição,

aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico da escola, eixo

de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.

O Conselho Escolar é um fórum permanente de debates, de articulação entre

os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades

educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões

pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento

da mesma.

O que é? Envolvidos Como são escolhidos Função

Órgão colegiado

de natureza

deliberativa,

consultiva,

avaliativa e

fiscalizadora sobre

a organização e a

realização do

Representantes da comunidade escolar e de movimentos sociais organizados, comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido

Em assembleia de pais,

através de eleição por

aclamação.

Tem como principal

atribuição, aprovar e

acompanhar a

efetivação do Projeto

Político-Pedagógico

do estabelecimento

de ensino.

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trabalho

pedagógico e

administrativo da

escola.

por seu membro nato, o diretor escolar.

Conselho de Classe: quando instituído na escola, tem o sentido de acompanhar

todo o processo da avaliação, analisando e debatendo sobre todos os componentes

da aprendizagem dos alunos. Como instrumento democrático na instituição escolar, o

Conselho de Classe garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em

seus resultados sociais como pedagógicos.

É um dos poucos organismos na escola, talvez o único, que permite a

discussão do trabalho pedagógico em sua especificidade, de forma espontânea e

natural, já que discute o próprio resultado do aluno, a própria relação que tem sido

estabelecida entre aluno, professor e conteúdo, num momento de análise e decisão

para a tomada de novos rumos desse mesmo processo. É uma relação imediata,

direta, que orienta novas relações próximas e futuras, ou seja, é uma instância de

cunho favorável a redefinição das práticas pedagógicas na escola. É um órgão

colegiado que pode propiciar o debate permanente e a geração de ideias numa

produção social, levando assim ao estabelecimento de uma relação social

transformadora.

O Conselho de Classe guarda em si a possibilidade de articular os diversos

segmentos da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino e suas relações

com a avaliação da aprendizagem, que é o eixo central em torno do qual desenvolve-

se o processo de trabalho escolar.

Essas afirmações enfatizam dois pontos básicos: o primeiro relaciona-se ao

seu caráter articulador dos diversos segmentos da escola – nessa perceptiva,

preocupa-se com a redução do individualismo e da fragmentação –, e o segundo é

direcionado para o processo de ensino em sua relação com a aprendizagem.

Cabe assim, ao Conselho de Classe, dar conta de importantes questões

didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial de gerador de ideias, como um

espaço educativo e transformador.

Assim sendo, o objetivo fundamental desta instância, é o de propiciar a

articulação coletiva dos profissionais num processo de análise compartilhada,

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considerando a globalidade de óticas dos professores. Só assim, o Conselho de

Classe conseguirá desempenhar o seu papel, de mobilizar a avaliação escolar, no

intuito de desenvolver um maior conhecimento sobre o aluno, a aprendizagem, o

ensino e a escola, e, especialmente, de congregar esforços no sentido de alterar o

rumo dos acontecimentos, por meio do projeto político pedagógico que visa o sucesso

de todos.

O que é? Envolvidos Como é realizado Função

Reunião para

análise individual

dos alunos

buscando sanar

os problemas

existentes.

É constituído pelo

diretor, diretora

auxiliar, equipe

pedagógica e por

todos os docentes;

poderá contar

também com a

presença

facultativa dos

alunos

representantes da

turma. Em

algumas ocasiões

poderá ser

realizado

juntamente com os

pais e todos os

alunos da turma.

I. Pré-Conselho de

Classe com toda a turma

em sala de aula, sob a

coordenação do

professor representante

de turma e/ou pelo(s)

pedagogo(s);

II. Conselho de Classe

Integrado, com a

participação da equipe

de direção, da equipe

pedagógica, da equipe

docente, da

representação facultativa

de alunos e pais de

alunos por turma.

Verificar e sanar

problemas ou

dificuldades de

aprendizagem ou

conduta.

Quando os pais ou alunos não participam do Conselho de Classe, o(a)

pedagogo(a) ou o professor regente da turma se responsabilizam em repassar em

sala, para os alunos o que foi discutido e quais decisões foram tomadas.

O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, vem

já há algum tempo, realizando o Conselho de Classe participativo com a presença da

direção, equipe pedagógica, professores, pais/responsáveis e alunos. Buscamos

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através desta iniciativa, buscar a parceria dos pais na vida escolar dos alunos, além

de trazê-los para o dia-a-dia da escola. Através desta interação, a escola passou a

conhecer melhor os seus alunos e a trabalhar as dificuldades individuais de cada um.

O conselho é realizado no período de aula do aluno. Os professores passam

atividades, exercícios para as turmas e os Agentes Educacionais I e II, ficam em sala,

cuidando dos alunos, e auxiliando no que for possível.

E, em data determinada pelo Calendário Escolar, a equipe da escola, se reúne

e realiza o Conselho de Classe geral, refletindo, trocando experiências, ressaltando

os avanços obtidos e o que precisa estar melhorando.

Apesar do curto espaço de tempo que estamos realizando este “conselho

participativo”, pudemos observar uma melhora no rendimento em sala de aula e na

disciplina dos alunos, já que os pais ficam sabendo como o seu filho está e se precisa

estar melhorando em alguns quesitos. Desta forma, quando o rendimento do aluno

não está muito bom, os pais já ficam sabendo, são informados e orientados sobre a

situação e o que deve ser feito para melhorar o quadro.

Grêmio Estudantil: é a organização e representação do corpo discente da escola.

Deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes, sendo que

é de fundamental importância essa representação escolar no debate da escola para

a sua democratização e evolução.

A organização estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o

interesse do aluno para além da sala de aula. A consciência dos direitos individuais

vem acoplada a ideia de que estes se conquistam numa participação social e solidária.

Numa escola onde a auto-organização dos alunos não seja uma prática, as

oportunidades de êxito ficam minimizadas.

O trabalho do Grêmio é definido e executado pelo conjunto dos estudantes. O

que assegura esta organização são as leis:

Lei Federal nº 7.398, de 4 de novembro de 1985

Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995.

Em 1985, foi sancionada a lei 7.398/85, explicitando que a organização do

Grêmio Estudantil é um direito dos alunos. Essa legislação que instituiu o Grêmio

Estudantil, de caráter facultativo, elimina a obrigatoriedade do centro cívico, instância

de caráter tutelar. A lei federal conferiu autonomia aos estudantes ao do então ensino

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de 1º e de 2º grau, hoje educação básica, para organizarem os seus grêmios como

entidades representativas de seus interesses, com finalidades educacionais, culturais,

cívicas e sociais.

O Grêmio é caracterizado pelo documento legal como órgão independente da

organização da escola ou de qualquer outra instância de controle e de tutela que

possa ser reivindicada pela instituição. O seu estatuto define que compete aos

educandos organizar o grêmio estudantil, estabelecendo o seu estatuto que será

aprovado ou rejeitado por uma Assembleia geral convocada para esse fim específico.

Estabelece também, que os representantes do Grêmio Estudantil serão

escolhidos pelo voto direto e secreto. O processo de eleição deve ser precedido de

discursos, debates, confronto de ideias e explanação de programas, gerando um

saudável hábito de reflexão e participação política, visando o amadurecimento dos

estudantes frente a sua própria problemática.

O Grêmio não é um instrumento de luta contra a direção da escola, mas uma

organização onde se cultiva o interesse dos estudantes, onde eles têm possibilidades

de democratizar decisões e formar o sentimento de responsabilidade.

O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse

dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.

Segundo o Estatuto do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Campo São Roque,

em seu artigo 2º, os objetivos deste são:

I-Congregar o corpo discente da referida escola; II-Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos; III-Incentivar a Cultura Literária, Artística, Desportiva e de Lazer, bem como bailes e excursões de seus membros; IV-Promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos no trabalho escolar, buscando o seu aprimoramento; V-Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, político, desportivo e social com entidades congêneres; VI-Pugnar pela adequação do ensino às reais necessidades da juventude e do povo, bem como pelo ensino público e gratuito; VII-Pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa; VIII-Lutar pela Democracia permanente dentro e fora da escola, através do direito de participação em fóruns deliberativos adequados.

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O que é? Envolvidos Como são escolhidos Função

Agremiação

estudantil

Corpo discente Eleição/votação Assessorar o

Colégio,

desenvolver

lideranças.

APMF: (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) - Instituição auxiliar que tem

como finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família-

escola-comunidade. Ela deverá exercer a função de sustentadora jurídica das verbas

públicas recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu

cotidiano em cumplicidade com a administração.

Os objetivos da APMF são:

1. Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando

sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do

Conselho Escolar e equipe pedagógica–administrativa;

2. Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes

melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino;

3. Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,

discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade;

4. Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo escolar,

estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o

Conselho Escolar;

5. Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa forma,

para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e

universal;

6. Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a

comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvido o

Conselho Escolar;

7. Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;

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8. Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações,

conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.

A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio da APMF

dá autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões,

no que concerne às atividades curriculares, culturais e sociais, a definição da política

global da escola, ou seja, na construção do seu projeto político-pedagógico.

A APMF do Colégio Estadual do Campo São Roque é uma instância colegiada

que realmente assume a sua função, pois é formada por uma equipe muito unida,

atuante e realmente envolvida com os projetos e atividades da escola.

O que é? Envolvidos Como são escolhidos Função

Associação de

pais, mestres e

funcionários.

Pais, docentes e

funcionários.

Assembleia/eleição Participar de todas as

atividades inerentes da

escola, representando toda

a comunidade escolar.

10- Currículo

Esta instituição tem como proposta um currículo que retome a totalidade e a

práxis como elementos constitutivos da formação humana. A compreensão de

currículo para uma escola transformadora deve ser de que este não é neutro nem

deve se encontrar para além das discussões dos profissionais da educação e da

sociedade. O currículo é uma prática social e marca de forma definitiva o percurso

formativo dos educandos na nossa sociedade, sendo também um terreno de disputas

pela hegemonia, pois é desta discussão que se encaminham os projetos educativos

de uma sociedade.

Segundo documento da SEED (2008), o currículo é “[…] um produto histórico,

resultado de um conjunto de forças políticas e pedagógicas que expressam e

organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos

sujeitos que por sua vez, são também históricos e sociais.” Sendo assim, ao optarmos

por um currículo para a formação humana compreendemos que este precisa ser

situado historicamente onde se possa introduzir sempre novos conhecimentos não se

limitando apenas aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, mas que

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entende que o conhecimento formal traz outras dimensões ao desenvolvimento

humano que vão além do uso prático; um currículo orientado para a inclusão de todos

ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento e que está, assim a serviço da

diversidade.

Segundo Sacristan, apud SEED (2000) o currículo pode ser definido como

“conjunto de conhecimentos ou matérias a serem, superadas pelo aluno dentro de um

ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e

desenvolvida”.

A rede estadual de ensino do Paraná após ampla discussão entre os sujeitos

da educação, elaborou suas Diretrizes Curriculares buscando manter o vínculo com o

campo das teorias críticas da educação e com as metodologias que priorizem

diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar; além de adotar uma concepção

de conhecimento que considera suas dimensões científica, filosófica e artística,

enfatizando-se a importância de todas as disciplinas. Para a seleção do

conhecimento, que é tratado, na escola, por meio dos conteúdos das disciplinas

concorrem tanto os fatores ditos externos, com aqueles determinados pelo regime

sócio-político, religião, família, trabalho quanto as características sociais e culturais do

público escolar, além dos fatores específicos do sistema como os níveis de ensino,

entre outros. Além desses fatores, estão saberes acadêmicos, trazidos para os

currículos escolares e neles tomando diferentes formas e abordagens em função de

suas permanências e transformações.

Ainda com referência nas DCEs (2008), é importante destacar que embora se

compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de

socialização e sistematização dos conhecimentos não se pode conceber esses

conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento

dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição

para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias

para a compreensão da totalidade. Assim, o fato de se identificarem condicionamentos

históricos e culturais, presentes no formato disciplinar de nosso sistema educativo,

não impede a perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui, também, como

concepção crítica de educação e, portanto, está necessariamente condicionada ao

formato disciplinar, ou seja, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado,

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difundido e apropriado em áreas que dialogam, mas que se constituem em suas

especificidades.

As diretrizes objetivam apontar direções para o desenvolvimento do currículo

que se efetivara na escola. As diretrizes têm o propósito de explicitar uma concepção

de educação, de currículo e de cada um de seus componentes curriculares, mas não

objetivam impedir escolhas e decisões do coletivo dos professores e equipes

pedagógicas de cada escola quanto à sua proposta curricular, ou seja, legitimam-se

como documento orientador para o conjunto de escolas que compõe a rede pública

estadual, apontando indicativos teórico-metodológicos para que cada escola organize

a proposta curricular a ser construída em seu Projeto Político Pedagógico.

As Diretrizes de cada uma das disciplinas de tradição curricular apresentam os

fundamentos teórico-metodológicos, a partir dos quais definem-se os rumos da

disciplina, seja no que se refere ao tratamento dado aos conteúdos por meio dos

procedimentos metodológicos e avaliativos, seja na orientação para a seleção dos

conteúdos e de referencial teórico.

Assim, o conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os

fundamentos teórico-metodológico, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento

metodológico, a avaliação e a bibliografia constituem o que chamamos de Diretrizes

Curriculares para a Educação Básica.

Com essas Diretrizes e uma formação continuada focada nos aspectos

fundamentais do trabalho educativo pretendemos recuperar a função da escola

pública paranaense que é ensinar, dar acesso ao conhecimento, para que todos,

especialmente os alunos das classes menos favorecidas, possam ter um projeto de

futuro que vislumbre trabalho, cidadania e uma vida digna.

10.1- Ensino Fundamental de 9 anos

A Educação Brasileira passa por transformações no desenho estrutural da

organização da Educação Básica. Desde 2005, o país vem administrando a ampliação

do ensino fundamental, com 09 anos de duração, para crianças a partir de 06 anos de

idade. Esse movimento, mais do que a adição de um ano, inserido no início do 1º

segmento do Ensino Fundamental, implica em rever o processo de formação dos

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educandos com uma nova organização curricular que permita a permanência

qualificada dos alunos num sistema que se propõe inclusivo.

Nesse processo, se faz prioridade, a efetivação de um Regime de Colaboração

que traga como fruto, a superação da ruptura entre as séries iniciais e finais do Ensino

Fundamental, nas suas diferentes formas de organização das pessoas, dos saberes,

das práticas, dos tempos e dos espaços que necessitam de articulação e integração.

Mais que uma determinação legal, o Ensino Fundamental de nove anos

configura-se como a efetivação de um direito, especialmente às crianças que não

tiveram acesso anterior às instituições educacionais. Considerando que o

cumprimento da determinação legal, isoladamente, não garante a aprendizagem das

crianças, é fundamental um trabalho de qualidade no interior da escola, que propicie

a aquisição do conhecimento, respeitando a especificidade da infância nos aspectos

físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo. Este trabalho exige compartilhamento

de ações por parte dos órgãos que subsidiam a escola na sua manutenção de

estrutura física, pedagógica e financeira. É necessário que os professores que

trabalham nas séries finais, tenham um contato maior com os professores das séries

iniciais, buscando articular e compreender esta nova forma de organização posta e

este novo perfil de alunos.

Segundo documento elaborado pelo MEC (2007)

o ingresso dessas crianças no ensino fundamental não pode constituir-se numa medida meramente administrativa. É preciso atenção ao processo de desenvolvimento e aprendizagem delas, o que implica conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas.

Ao cumprir a especificidade própria desta faixa etária com a educação,

reafirma-se o compromisso político-pedagógico necessário ao desenvolvimento de

um trabalho qualitativo na escola, com todos os alunos. É papel do professor o

domínio acerca dos conteúdos a serem ensinados e da metodologia mais adequada

à sua assimilação pelos alunos, o conhecimento sobre as características de

desenvolvimento das crianças, a construção de vínculo afetivo fundamentado em

teorias do desenvolvimento infantil e na relação de autoridade do professor, a

adequada utilização do tempo no planejamento das atividades (visando a assimilação

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do conhecimento por parte das crianças), o incentivo à expressão dos alunos em sala

de aula e em outras instâncias de participação da escola.

Com esta nova forma de organização e ampliação do ensino fundamental para

nove anos, busca-se contribuir para reflexões acerca do real papel da escola na

construção de uma educação igualitária. Uma educação que, embora situada num

contexto de desigualdades, busca formar sujeitos conscientes de seu papel para a

construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. A formação destes

sujeitos críticos requer, a superação do conhecimento cotidiano ou de senso comum,

pela assimilação do conhecimento sistematizado e cientifico.

As instituições do Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná, com oferta

do Ensino Fundamental anos finais, deverão a partir do ano letivo de 2012, implantar

de forma simultânea o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental em todas as séries/anos.

Nos anos finais, que compreendem do 6º ao 9º ano, a Base Nacional Comum

das Matrizes Curriculares deverá ser composta, obrigatoriamente, pelas disciplinas de

Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e

Matemática. Na Parte Diversificada das Matrizes Curriculares deverá estar

especificada uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, definida

pela comunidade escolar.

A elaboração das diretrizes curriculares, para as disciplinas que compõe a Base

Nacional Comum no Ensino Fundamental, buscou discutir as especificidades desta

etapa da escolarização básica na escola pública, tendo como referência central o

compromisso da escola com o conhecimento, com a aprendizagem de todos os alunos

e a valorização da experiência profissional dos professores da rede pública estadual.

10.2- Currículo para Ensino Médio

O trabalho pedagógico é orientado pela Proposta Curricular organizada pela

SEED, conforme Kramer esta pode ser implementada nas práticas:

[...] uma proposta não se implanta de fora no outro (nos professores!), mas se planta com, junto, na prática cotidiana e em meio a seus embates, confrontos e divergências. O conhecimento disponível, o estudo teórico e o reconhecimento das histórias anteriormente vividas por professores e alunos, adultos e crianças e do saber consolidado na e para a prática são, assim, fundamentais (KRAMER, 2001).

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Há de se destacar que a SEED estabeleceu como linha de ação prioritária a

retomada da discussão coletiva do currículo, como produção social do que está sendo

vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas, constituindo–se na sistematização

das propostas curriculares por disciplina, níveis e modalidades de ensino.

As DCEs do Ensino Médio foram organizadas no período de 2003 a 2005, pelos

professores da rede estadual de ensino. Cumpre destacar que, ao optar pelo

envolvimento do coletivo dos professores das diferentes áreas do conhecimento e da

organização deste trabalho de forma disciplinar, os textos de cada um dos

componentes curriculares têm características próprias. Porém todos apresentam uma

concepção da área, explicitam o valor educativo da disciplina, apresentam princípios,

pressupostos e/ou eixos norteadores/conteúdos estruturante a serem observados no

tratamento dos conteúdos escolares.

A proposta curricular do Estado do Paraná terá, a partir desta discussão, a base

disciplinar, ou seja, a ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes escolares das

disciplinas que compõem a matriz curricular. Destacamos que currículo é um campo

de produção e de criação de significado no qual se produz sentido e significado sobre

os vários campos e atividades sociais, no currículo se trabalha sobre sentidos e

significados recebidos, sobre materiais culturais existentes considerando-se a cultura

e o currículo como relações sociais (SILVA, T.T., 1999).

Uma proposta educativa coerente fundamenta-se na compreensão da escola,

de cultura, dos códigos e modos de organização, sem perder de vista a articulação de

trabalho ao contexto sócio cultural mais amplo, particularmente no que se refere à

diversidade cultural. Assim a reorganização da escola deve redimensionar seus

tempos e espaços, tornando-a capaz de acolher as diversidades no sentido de

construir uma sociedade em que os indivíduos tenham acesso aos frutos do progresso

material e aos bens simbólicos da cultura, constituidores da subjetividade.

Sendo assim, é importante destacar que as diretrizes curriculares discutidas e

elaboradas, no coletivo dos professores do estado do Paraná, representam um

documento base que é passível de mudanças sempre que necessário.

Educar alguém é introduzi-lo e iniciá-lo numa certa categoria de atividades que

se considera como dotadas de valor, não no sentido de um valor instrumental, de um

valor enquanto meio de alcançar uma outra coisa, tal como o êxito social, mas de um

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valor intrínseco, de um valor que se liga ao próprio fato de praticá-las; ou ainda é

favorecer o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que se consideram como

desejáveis por si mesmas (FORQUIM, 1993).

10.3 - Currículo da Escola do Campo

A construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo é um passo

importante na afirmação da educação como um direito universal, pois vem auxiliar o

professor a reorganizar a sua prática educativa, tornando-a cada vez mais próxima da

realidade dos sujeitos do campo, criando assim um sentimento de pertencimento das

crianças e adolescentes, que vão ter na escola um trabalho educativo com sentido em

suas vidas. A intenção é motivar os professores na observação e apropriação da

riqueza que o campo brasileiro oferece à ampliação dos conhecimentos escolares.

De acordo com o Caderno Temático da Educação do Campo (2005, pag. 61),

“a educação do campo é uma concepção política e pedagógica voltada para dinamizar

a ligação dos seres humanos com a produção das condições de existência social, na

relação com a terra e o meio ambiente...”

Segundo o artigo 26 da LDB 9394/96,

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

Os temas a serem trabalhados na escola devem ser ligados ao mundo do

trabalho, ao desenvolvimento do campo. Assim, teremos conteúdos gerais

(Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências etc.), que preparam

estudantes em habilidades humanas comuns a todas as escolas e conteúdos

específicos, de acordo com as características regionais, locais, econômicas e culturais

da comunidade onde a escola esteja inserida.

Os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e

com a sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e

sociais. Sendo assim, as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo denotam um

importante instrumento para a construção de uma educação pública e gratuita de

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qualidade, presente e que respeite e valorize a diversidade humana, contribuindo

assim com a construção de uma sociedade cada vez mais justa e solidária.

10.4 - Flexibilização curricular

Para falar sobre as flexibilizações/ adaptações/ adequações necessárias e

possíveis, lanço mão dos escritos de Beyer:

“O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum e válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender os alunos cujas situações pessoais e características de aprendizagem requeiram uma pedagogia diferenciada. Tudo isto sem demarcações, preconceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados estigmas. (2006, p. 76).

Para se desenvolver as referidas adaptações o professor precisa ter clareza e

domínio do que está posto nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, para

que as ações estabelecidas no processo de flexibilização favoreçam a aprendizagem

do aluno sem, no entanto, configurar desvio na caminhada da escola.

Com relação à legalidade das flexibilizações/ adequações no currículo,

encontramos respaldo no Art. 5º, Inciso III, da Resolução CNE/CEB Nº 2, onde

podemos ler:

“Flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola respeitado a frequência obrigatória. (MEC, 2001)”.

Ainda, podemos recorrer à LDBEN nº 9394/96, destacando o que reza o caput

do Artigo 59 e seu Inciso I: “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com

necessidades especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e

organização específica, para atender às suas necessidades”.

A flexibilização curricular também é realizada para os estudantes público-alvo da

educação especial, os estudantes atendidos pelo Serviço de Apoio à Rede

Escolarização Hospitalar/SAREH, estudantes afastados pelo Decreto-Lei nº 1044/69

e pela Lei nº 6202/75, atendimento aos estudantes em cumprimento de medida

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socioeducativa, estudantes do Programa de Aceleração de Estudos (PAE) e outras

situações que requeiram a flexibilização curricular.

A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as normas e

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da flexibilização

e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às necessidades

educacionais especiais de seus alunos.

A instituição oferta a flexibilização/adequação curricular aos alunos que os

professores detectam algum tipo de dificuldade de aprendizagem e aos alunos com

laudos médicos, os quais na maioria frequentam a Sala de Recursos Multifuncional e

atividades de contra turnos. Para detectar tais dificuldades o professor deve buscar

conhecer cada aluno e suas peculiaridades e consequentemente as suas

necessidades especiais.

Para obter êxito o professor precisa adequar sua intervenção à maneira

peculiar de aprender de cada um de seus alunos, em respeito às diferenças individuais

(...), como afirma Carvalho (s.d., p.3).

As flexibilizações possíveis no nível de sala de aula estão basicamente

relacionados à: Adaptação/flexibilização de objetivos de aprendizagem, priorizando os

que são considerados fundamentais para a aquisição de aprendizagens posteriores;

introdução de objetivos ou conteúdos que não estão no currículo, mas que podem

complementá-lo; seleção e eliminação de conteúdos, cuidando para que não sejam

aqueles considerados básicos; adaptação de conteúdos; adaptação/flexibilização de

metodologia, de materiais pedagógicos que propicia a interação, a convivência, a

autonomia e independência nas ações; adaptação no processo de avaliações; no

espaço físico e organização do tempo.

É valido ressaltar que numa mesma escola e, até mesmo, sala de aula pode

haver alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de deficiência de

diferentes áreas e que os professores ao realizar flexibilizações devem considerar tais

especificidades.

10.5 - Metodologia

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A simples relação criteriosa dos conteúdos a serem ensinados não representa

uma garantia por si mesma para a formação plena do aluno. Cada pessoa representa

um mundo de experiências vividas diferente. Isso significa dizer que, na leitura e

compreensão desse conteúdo cada um interagirá de forma diferente. Assim, os

professores do Colégio Estadual do Campo São Roque - Ensino Fundamental e Médio

têm consciência que muitos deverão ser os critérios utilizados no processo de

aprendizagem para contemplar essa diversidade que caracteriza o espaço da sala de

aula.

Quando os professores entram em sala de aula, muitos são os desafios que se

apresentam a ele. É com este espírito que deverá assumir o seu cotidiano profissional.

Cada aula é sempre um novo desafio, pois a dinâmica desse cotidiano é

enriquecedora.

Portanto, uma sala de aula cada dia será diferente do dia anterior.

Desta forma, há a necessidade de mudança constante na metodologia do

ensino, envolvendo professor e aluno. O professor está consciente, com maturidade

suficiente para desapropriar-se dos conteúdos ultrapassados e adotar outros

métodos, que facilite a aprendizagem vinculada à realidade do aluno.

Para que estes novos métodos tenham um bom resultado é necessário um

trabalho coletivo, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola. Onde todos

os professores num trabalho coletivo, tentem mudar ou reorganizar seus métodos,

atualizando os conteúdos e adaptando-os a realidade do aluno.

Diante destas mudanças, o aluno, deverá ser conscientizado do seu verdadeiro

papel, e que sua participação ativa e compreensão irão facilitar no processo educativo

10.6 - Matriz Curricular

A matriz curricular adotada pelo Colégio Estadual do Campo São Roque em

nível Fundamental e Médio é a seguinte:

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NRE: 27 – TOLEDO MUNICÍPIO:2371–SANTA HELENA

ESTABELECIMENTO: 00417 – SÃO ROQUE, C E C – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ.

CURSO: 4039 – ENS. FUND. 6/9 A-S TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 – SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS 6º ANO 8º ANO 9º ANO

BASE NACIONAL COMUM

Arte 2 2 2

Ciências 3 3 3

Educação Física

2 2 2

Ensino Religioso*

1 0 0

Geografia 3 3 3

História 2 3 3

Língua Portuguesa

5 5 5

Matemática 5 5 5

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E. – Inglês** 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 Nota: matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** o idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

NRE: 27 – TOLEDO MUNICÍPIO:2371–SANTA HELENA

ESTABELECIMENTO: 00417 – SÃO ROQUE, C E C – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ.

CURSO: 4039 – ENS. FUND. 6/9 A-S TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 – SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS 7º ANO 8º ANO 9º ANO

BASE NACIONAL COMUM

Arte 2 2 2

Ciências 3 3 3

Educação Física 2 2 2

Ensino Religioso* 1 0 0

Geografia 3 3 3

História 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5

Matemática 5 5 5

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E. – Inglês** 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 Nota: matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** o idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.

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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: (27) – TOLEDO MUNICÍPIO: (2371) Santa Helena

ESTABELECIMENTO: (00417) Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio

ENDEREÇO: Rua Érico Veríssimo s/n – São Roque – Santa Helena – Paraná

FONE: (45) 3276 1195

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO

TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2014

FORMA: SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 - -

BIOLOGIA 2 3 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 3

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 3 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 25 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

LEM - Espanhol - 2 2

LEM – CELEM - Inglês 4* 4* 4*

SUB-TOTAL 4 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9.394/96 * Disciplinas de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM

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11- Desafios Socioeducacionais

Os desafios socioeducacionais são Legislações obrigatórias, demandas que

possuem uma historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista,

outra vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na

sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois estão

presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de educadores e

de educandos.

O Colégio Estadual do Campo São Roque desenvolve as seguintes atividades

buscando atender ao exposto acima:

11.1- História do Paraná (lei nº 13381/01)

A Lei Nº 13.381 (19/12/2001) orienta a obrigatoriedade dos conteúdos da

disciplina de História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública

Estadual de Ensino, conforme prevê o Art. 1º.

Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e Médio, objetivando a formação dos cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso Estado. § 1º. A disciplina História do Paraná deverá permanecer, como parte diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada. § 2º. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.

Desta forma o trabalho pedagógico ampliará os horizontes dos alunos tendo

em vista o estudo e o conhecimento sobre a História do Paraná.

11.2 - Música (lei nº 11.769/08)

A Lei de Nº. 11.769/08 trata da obrigatoriedade do ensino de música na

Educação Básica cujo objetivo é despertar nos alunos a disciplina, a atenção e

concentração. É através da socialização e o desenvolvimento do educando via teatro,

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dança e musicalização que também preparamos os alunos para o exercício dos

direitos e o cumprimento dos deveres, os quais são sinônimo de cidadania.

Atualmente este eixo é abordado de forma sutil, em algumas ações nas

disciplinas de Arte e Educação Física e também de forma mais aprofundada no

Programa Mais Educação.

11.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador e urgente,

o qual requer tratamento adequado e cuidadoso, com base em pesquisa, desprovido

de valores e crenças pessoais. Educadores e educandos são estimulados a conhecer

a legislação que aborda esse desafio educacional contemporâneo, bem como a

debater assuntos presentes no cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade,

preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência

da mídia, entre outros.

Ações pedagógicas que esclareçam os efeitos dos entorpecentes no

desenvolvimento humano contribuem para o enfrentamento e combate às drogas no

espaço escolar. São ações como palestras, vídeos, orientações coletivas e

individuais, leituras, debates que são propostas ao longo do ano letivo. Tal assunto é

abordado com mais avinco nas disciplinas de Ciências e Biologia.

11.4 - Sexualidade Humana

A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural,

deve ser debatida no espaço escolar com alunos, responsáveis e comunidade no

geral. O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados

nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e

raça/etnia.

Assim, cabe à escola discutir tais temas na perspectiva do respeito às

diferenças, à diversidade, à promoção de ações voltadas para o exercício da

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cidadania plena, ao fortalecimento da solidariedade e a uma cultura de paz.

Este tema é trabalhado de modo geral por todos os professores no decorrer

das suas aulas, porém com um enfoque maior nas disciplinas de Arte, Língua

Portuguesa, Ciências e Biologia.

11.5 - Educação Ambiental (L.F. nº 9795/99, Dec. 4201/02)

A Educação Ambiental é tratada como um processo que propicia a

compreensão crítica das questões socioambientais. Os estudantes são orientados a

adotar uma posição consciente e participativa frente as questões relacionadas à

conservação e utilização adequada dos recursos naturais, para a diminuição contínua

das disparidades social e do consumo desenfreado.

Tal assunto é trabalhado pelo coletivo da escola, através do Projeto Terra

Limpa, que busca enfatizar a construção de uma sociedade que garanta a

preservação da vida. Este projeto tem início todo ano, no dia do solo (dia 15 de abril)

e conta com a participação de todas as turmas da escola. No decorrer do ano são

desenvolvidas várias atividades, como: concurso de desenho, frases, produção de

texto, poesia, paródia (todos estes referentes a temas relacionados ao meio

ambiente), limpeza de rios, plantio de mudas de árvores, pedágio ecológico, recolha

de material reciclável, óleo, pilha e bateria de celular, campanha do agasalho e do

uniforme escolar, recolha de notas fiscais, e no encerramento no Projeto (lá pelo mês

de novembro) é realizado um passeio ciclístico e uma gincana esportiva.

11.6 - Educação Fiscal e Tributária (Dec. nº 1143/99 e Portaria nº

413/02)

O Colégio Estadual do Campo São Roque, buscando despertar a consciência

dos estudantes sobre os direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e

do controle social do estado democrático trabalha de forma interdisciplinar em todas

as disciplinas da matriz curricular, a dinâmica de arrecadação de recursos pelo estado

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e o papel dos cidadãos no acompanhamento da arrecadação e da sua aplicação em

benefício da sociedade são debatidos.

Tal assunto é trabalhado também como uma das atividades do Projeto Terra

Limpa, onde todas as turmas fazem a recolha de notas fiscais, que são revertidas em

pontuação e contará na Gincana final do projeto.

11.7- Enfrentamento a violência contra criança e o adolescente

Ao trabalhar esse desafio objetivamos formar uma consciência crítica sobre a

violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar

da força. O enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos

profissionais da educação sobre as causas da violência e suas manifestações, bem

como a produção de material de apoio didático-pedagógico. Além disso, um trabalho

de discussão, esclarecimento e informação acerca desta temática é importante para

que, os alunos possam modificar sua concepção bem como suas atitudes diárias

tendo em vista o respeito ao ser humano.

Entender mais amplamente a violência, compreender as diversas faces com

que ela pode se apresentar, somar a vivencia escolar alicerces teóricos, que

sustentam uma ação pedagógica baseada no conhecimento.

Estes temas são trabalhados de modo geral por todos os professores no

decorrer das suas aulas, porém com um enfoque maior nas disciplinas de Ensino

Religioso, Sociologia e Filosofia e na atividade de Direitos Humanos, contemplada no

Programa Mais Educação.

11.8 - Direito das Crianças e Adolescente (L.F. N 11525/07)

Esta lei acrescenta na LDB 9.394/96, conteúdo que trata dos direitos das

crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.

O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que

trata dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei

nº 8.069/90, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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Questões econômicas e sociais num país de proporções continentais fazem

com que as crianças e os adolescentes, vítimas indefesas da desigualdade social, da

miséria e exploração conquistassem mais um amparo aos direitos já assegurados pela

Constituição Brasileira, o ECA trata do direito à Educação, a Cultura, ao Esporte e ao

Lazer. Conforme o art. nº 53:

A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. direito de ser respeitado por seus educadores; III. direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV. direito a organização e participação em entidades estudantis; V. acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único - É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

Tendo em vista que atendemos a adolescentes e jovens, desenvolvemos um

trabalho no sentido de esclarecer sobre os direitos, deveres, compromissos,

responsabilidades de alunos, pais e de todos os envolvidos no processo educativo,

cujo objetivo é a formação de cidadãos conscientes e responsáveis pelos próprios

atos.

Este assunto é abordado de modo geral por todos os professores no decorrer

das suas aulas, porém com um enfoque maior nas disciplinas de Ensino Religioso,

Sociologia e Filosofia e na atividade de Direitos Humanos, contemplada no Programa

Mais Educação.

11.9 - Estatuto do Idoso (LF 10.741/2003) e Política de Proteção ao

Idoso (LE 17.858/201311

Segundo a Lei n. 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso), em seu Artigo 22 "Nos

currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos

voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de

forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."

Esta lei assegura os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60

(sessenta) anos, e atribuí à família, à comunidade, à sociedade e ao Poder Público, o

dever de efetivar, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à

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educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à

dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (art. 3º).

11.10 – Programa de Combate ao Bullyng (LE 17.335/2012)

Segundo a Lei nº 17.335 de 10 de outubro de 2012, que Institui o Programa de

Combate ao Bullying, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas

Escolas Públicas e Privadas do Estado do Paraná, entende-se por bullying, as

[...] atitudes de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, praticadas por um indivíduo (bully) ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Esta violência física ou psicológica pode ser evidenciada através de atos de

intimidação, humilhação e discriminação.

Desta forma, o estabelecimento de ensino, deverá envolver todos os

profissionais da educação, pais, alunos e comunidade escolar em atividades didáticas,

informativas, de orientação e prevenção, visando prevenir e combater a prática de

bullying no interior da escola.

E a nível de país, temos a Lei nº 13.185 de 06 de novembro de 2015, que

institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o

território nacional.

Esta lei determina que será considerada intimidação sistemática (bullying) todo

ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem

motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas,

com o objetivo de intimidá-lo ou agredi-la, causando dor, angustia à vítima, em uma

relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

A classificação sistemática ou bullying, classifica-se em:

* verbal: apelar, xingar insultar, zoar;

* moral: difamar, disseminar rumores, caluniar;

* física: empurrar, socar, chutar, beliscar, bater;

* sexual: assediar, induzir e/ou abusar;

* material: estragar, furtar, roubar;

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* psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, chantagear,

manipular, ameaçar, discriminar, ridicularizar;

* virtual: divulgar imagens, criar comunidades, enviar mensagens, invadir a

privacidade (cyberbullying – bullying praticado por meio da internet e de celulares,

geralmente de forma anônima).

11.11 - Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (LE

18.447/2015)

Desde o ano de 2015 está em vigor no Paraná a Lei nº 18.447/15, que

estabelece a Semana Maria da Penha nas Escolas. O objetivo é estimular nos jovens

e adolescentes, estudantes dos colégios estaduais, reflexões sobre o combate à

violência contra a mulher e com isso, contribuir para a redução os índices deste crime.

Esta lei determina que no mês de março de cada ano sejam realizadas ações

para a instrução dos alunos sobre o conteúdo da Lei nº 11.340/2006, conhecida como

Lei Maria da Penha, que pune atos de violência contra a mulher. Desta forma, busca-

se conscientizar a comunidade escolar sobre a importância e o respeito aos direitos

humanos e, quando houver o conhecimento de algum ato de violência contra a mulher,

a necessidade de denunciar os casos aos órgãos competentes.

11.12 - Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto 7037/2009)

O Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído pelo Decreto nº 7.037,

de 21 de dezembro de 2009, e atualizado pelo Decreto nº 7.177, de 12 de maio de

2010, concebe a efetivação dos direitos humanos como uma política de Estado,

centrada na dignidade da pessoa humana e na criação de oportunidades para que

todos e todas possam desenvolver seu potencial de forma livre, autônoma e plena.

O PNEDH-3 estrutura-se em torno dos seguintes eixos orientadores:

I. Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil;

II. Desenvolvimento e Direitos Humanos;

III. Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades;

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IV. Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência;

V. Educação e Cultura em Direitos Humanos;

VI. Direito à Memória e à Verdade.

Os direitos humanos se originam de muitos embates históricos, sendo assim

estão sempre sendo modificados de acordo com tempo, o espaço e a cultura. É

necessário que esses direitos sejam discutidos, divulgados e vivenciados a cada dia,

para que eles se efetivem na sociedade.

A Educação em Direitos Humanos no âmbito da Secretaria de Estado da

Educação nasce com o desafio de implementar as Diretrizes Nacionais de Educação

em Direitos Humanos e o Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos nas

escolas da rede.

Os princípios que norteiam Educação em Direitos Humanos anunciados nas

Diretrizes Nacionais no 3º Art. da referida resolução são:

I - Dignidade da Pessoa Humana;

II - Igualdade de direitos;

III - Reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades;

IV - Laicidade do Estado;

V - Democracia na Educação;

VI - Transversalidade, Vivência e Globalidade;

VII - Sustentabilidade socioambiental.

11.13 - Educação Alimentar e Nutricional (LF 11.947/2009).

A Lei n° 11.947/2009, institui o Programa Nacional de Alimentação Escolar

(PNAE) e dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da

educação básica pública brasileira.

Este programa tem por objetivo contribuir para o crescimento e o

desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação

de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação

alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades

nutricionais durante o período letivo.

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O emprego de uma alimentação saudável e adequada, compreende o uso de

alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos

alimentares saudáveis, contribuindo desta forma, para o crescimento e o

desenvolvimento dos alunos e consequentemente, para a melhoria do rendimento

escolar.

11.14 - Código do Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito (LF

9.503/97)

A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, institui o Código de Transito

Brasileiro e em seu Capítulo VI, do Artigo 74 ao 79, temos a regulamentação da

Educação para o Trânsito.

A Semana Nacional de Trânsito será comemorada anualmente no período

compreendido entre 18 e 25 de setembro, com campanhas de âmbito nacional,

envolvendo alunos da pré-escola ao Ensino Superior, com a finalidade de termos um

trânsito seguro e responsável, com o objetivo maior de que é a preservação da vida e

o respeito pelo próximo.

11.15 - História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº

11.645/08)

Atualmente, a visão que norteia os debates dos inúmeros segmentos sociais, é

que são as diferenças que constituem os seres humanos. Os sujeitos têm suas

identidades determinadas pelo contexto social e histórico em que sua existência é

produzida. A vida em sociedade pressupõe o reconhecimento das multiculturas,

advindas da acelerada tecnologização e das complexas transformações nos modos

de produção social que fazem surgir novas formas de acúmulo do capital e distribuição

de renda na contemporaneidade.

As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto

ao gênero e a sua orientação sexual, com referência as origens familiares e regionais,

nos hábitos e costumes, no tocante ao estilo. Em resumo os seres humanos são

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diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas

distintas.

As políticas da SEED do Paraná, têm como alvo, todos os grupos que sofreram

exclusão física ou simbólica, ao longo da história, reconhecendo seus direitos sociais

como é o caso dos moradores do campo, das populações indígenas, dos grupos

afrodescendentes, dos jovens e adultos impedidos de frequentar a escola, das

crianças que se evadem da escola, das pessoas que apresentam necessidades

especiais, oriundas ou não de deficiências.

É a preocupação da escola com o atendimento a diversidade cultural, social e econômica existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos. O grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas as culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos. (SEED, 2005)

Cabe assim, ao estado democrático, por meio da implementação de políticas

públicas, enfrentar as desigualdades sociais e promover o reconhecimento público e

a valorização dos traços e especificidades culturais que caracterizam a diferença das

minorias sem visibilidade social, historicamente silenciadas.

Nos últimos anos se evidencia uma preocupação crescente por um conjunto de

elementos relativos à diversidade cultural, preocupação que se estende desde a

própria conceitualização - e dos efeitos que a globalização produz sobre ela - até os

fatores vinculados a sua gestão. Nos cenários de concerto internacional, a questão da

diversidade cultural influi de maneira determinante nas agendas políticas, sociais e

econômicas. No marco deste processo de mundialização acelerado é indispensável

promover espaços para o diálogo das culturas, recuperando as características

singulares de sua diversidade, assentando, assim, as bases de uma ética global, ou

seja, a verdadeira contribuição das culturas não consiste numa lista das suas

invenções particulares, mas na maneira diferenciada com que elas se apresentam.

Não há e nem pode haver uma civilização mundial no seu sentido absoluto,

porque civilização implica na coexistência de culturas que oferecem o máximo de

diversidades entre si. A civilização mundial é uma coalizão de culturas em escala

mundial, preservando cada uma delas a sua originalidade.

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O folclore e a cultura popular sempre estiveram presentes nos programas e

conteúdos escolares. De um jeito formal ou de forma transversal, sempre houve um

espaço na educação para se tratar desse assunto.

Cultura, diz respeito ao modo de ser e de viver dos grupos sociais: a língua, as

regras de convívio, o gosto, o que comem, o que bebem, o que vestem, tudo, vai

formando aquilo que é próprio de um povo.

Em um país como o Brasil, tão diverso, tão grande, com tantas expressões

diferentes, com tantos jeitos de ser, de brincar, de conviver e rezar, que vão se

modificando de lugar para lugar, e a toda hora, não podemos falar de uma única

cultura, mas das muitas culturas que o formam.

Na verdade, foram muitos os povos europeus e africanos, cada um com suas

tradições, línguas, expressões, jeito de ser e crer, que vieram para cá e, misturados

aos diferentes povos indígenas, ajudaram a formar o Brasil, um país plural e de muitas

culturas.

A cultura popular é tudo isso bem misturado e refletido nos muitos jeitos de ser

do brasileiro.

A cultura é o fermento que alimenta, dá forma e conteúdo à educação. Em sala

de aula, experiências, vivências e singularidades estão reunidas. Alunos e professores

trazem suas bagagens e histórias. Confrontos, trocas, negações e reafirmações de

culturas pulsam o tempo todo nesse convívio.

O atendimento à diversidade cultural é realidade nas escolas públicas da Rede

Estadual de Educação do estado do Paraná, onde povos do campo, indígenas e

afrodescendentes, possuem os seus saberes reconhecidos e as suas especificidades

respeitadas no cotidiano da cultura escolar.

A SEED busca articular-se com os movimentos organizados da sociedade civil,

desenvolvendo ações que atendem as necessidades educacionais das diversas

populações do campo, respeitando as suas especificidades políticas, econômicas,

culturais e socioambientais.

O Colégio Estadual do Campo São Roque, por se localizar na zona rural do

município de Santa Helena e por possuir a grande maioria dos seus alunos residindo

ou dependendo da economia agrícola para sobreviver, é considerada uma escola do

campo. Desta forma, a equipe escolar, busca respeitar esta especificidade e elabora

a sua Proposta Pedagógica buscando atender a esta realidade.

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A SEED, em cooperação com o MEC, busca também, implementar a Lei

10.639/03 e 11.645/08, que torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-

brasileira e indígena nos currículos da rede de ensino, promovendo o reconhecimento

e a valorização da identidade, da história e da cultura da população negra e indígena,

assegurando dessa forma a igualdade de condições, ao lado das europeias e

asiáticas.

Com relação a educação escolar indígena, esta é ofertada pelo estado, em

colaboração com alguns municípios paranaenses. Ao todo, o estado do Paraná,

possui 34 escolas indígenas e oferece uma educação laica, intercultural e bilíngue a

2.792 estudantes indígenas (Censo/07). Todas estas escolas foram estadualizadas

em 2008, com a oferta de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Buscando atender ao dispostos na lei maior, o colégio aborda com o seu corpo

discente, o estudo da história da África, dos africanos, a luta dos negros e dos povos

indígenas no Brasil e em especial, a contribuição destes povos na área cultural,

artística e literária da sociedade brasileira. Tais assuntos são trabalhados de forma

interdisciplinar por todas as disciplinas da Matriz Curricular, ao longo de todo ano

letivo, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma

sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.

O Colégio Estadual do Campo São Roque, possui uma equipe formada por

representantes da equipe pedagógica, agentes educacionais, instâncias colegiadas,

e professores da área das exatas, humanas e biológicas. Tal equipe é denominada

de Equipe Multidisciplinar, e tem por objetivo desenvolver ações e tratar da Educação

das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana

e Indígena no interior da escola.

Ao tratar da História da África e da presença do negro (pretos e pardos) no

Brasil, os professores devem fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de

contribuir para que o aluno negro-descendente mire-se positivamente, quer pela

valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para

o país e para a humanidade.

É importante que o aluno adquira além dos conhecimentos científicos voltados

para a formação humana, esta formação mais cidadã, tendo em vista a construção de

uma sociedade mais justa, igualitária e solidaria.

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12 - Avaliação – Sistema de Avaliação adotado

A avaliação para os docentes do Colégio Estadual do Campo São Roque –

Ensino Fundamental e Médio é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual

o professor estuda e interpreta dados da aprendizagem do aluno e de seu próprio

trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação utilizada pelos professores deste estabelecimento de ensino é a

contínua, permanente, cumulativa e diagnóstica, refletindo assim o desenvolvimento

global do aluno e levando em consideração as suas características individuais, no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação do aproveitamento escolar incide sobre o desempenho do aluno

em diferentes situações de aprendizagem.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, sendo vetado

submeter o(a) estudante a uma única oportunidade e a um único instrumento de

avaliação. Entende-se por instrumento de avaliação a ferramenta (produção escrita,

gráfica, cênica ou oral, prova objetiva ou descritiva, relatório, mapa conceitual,

seminário, trabalhos em grupo, portfólio, exposição, atividades experimentais, entre

outras produções variadas) pela qual se obtém dados e informações,

intencionalmente selecionadas, relativas ao processo de ensino-aprendizagem.

Com relação a avaliação dos estudantes da Educação Especial ou que

possuem laudos médicos, esta deve ser flexibilizada, adotando diferentes critérios,

instrumentos, procedimentos e temporalidade, de forma a atender as suas

especificidades. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar deverão ser

explicitados no Plano de Trabalho Docente – PTD e elaborados em consonância com

a organização curricular descrita na Proposta Pedagógica Curricular – PPC.

Entende-se por critério de avaliação cada um dos princípios que servem de

base para análise e julgamento do nível de aprendizagem dos(as) estudantes e do

ensino do(a) docente. Os critérios de avaliação deverão estar diretamente ligados à

intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, ou seja, consistem naquilo

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que é imprescindível para a compreensão do conhecimento na sua totalidade. Os

critérios delimitam o que dentro de cada conteúdo, se pretende efetivamente que o(a)

estudante aprenda.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de aprovação e

reprovação dos(as) estudantes, uma vez que não terão aferição de notas, no entanto,

suas frequências deverão ser consideradas no cômputo geral mínimo de 75% para a

aprovação.

O sistema de avaliação adotado por este estabelecimento de ensino, é

bimestral, sendo utilizada a Média Somatória e cada docente aplicará no mínimo 02

(zero dois) instrumentos diferentes de avaliação em cada bimestre, distribuídos entre

avaliações e instrumentos diversificados. Sendo no mínimo duas avaliações (prova

escrita, oral e prática), que terá valor 7,0 (sete vírgula zero) pontos.

a) Fica a critério de cada docente distribuir os 7,0 (sete vírgula zero) pontos em duas

ou mais avaliações por bimestre.

No mínimo um instrumento de avaliação diversificado (pesquisas, seminários,

apresentações etc), o qual terá valor de 3,0 (três vírgula zero) pontos.

a) Fica a critério de cada docente distribuir os 3,0 (três vírgula zero) pontos em mais

de um instrumento avaliativo.

Ou seja, o sistema de avaliação será composto pela somatória da nota 3,0 (três

vírgula zero) referente as atividades diversificadas; mais a nota 7,0 (sete vírgula zero)

resultante de no mínimo 02 (duas) avaliações, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula

zero), não sendo permitido submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

Ao final de cada bimestre, o aluno realizará um simulado de múltipla escolha

(avaliação escrita), envolvendo todas as disciplinas da matriz curricular e uma

produção textual de variados gêneros.

A prova do Ensino Fundamental - Anos Finais é composto por 40 (quarenta)

questões e para o Ensino Médio é composta por 55 (cinquenta e cinco) questões,

sendo essas, elaboradas pelo(a) próprio(a) professor(a) de cada disciplina, que

posteriormente repassa para o(a) pedagogo(a) que monta o simulado.

O simulado terá peso total de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos, sendo a prova

com valor 2,5 (dois vírgula cinco) e a produção textual com valor 1,5 (um vírgula cinco).

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A nota que o aluno obtiver no simulado será utilizada por todos os professores,

como uma das avaliações para fechar a média bimestral do mesmo.

Os resultados obtidos pelo estudante no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de

documentação escolar.

Com relação a recuperação de estudos, esta é um direito do aluno,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, que o

mesmo adquiriu no decorrer do bimestre, sendo a sua oferta obrigatória. Como a

recuperação visa garantir a efetiva apropriação dos conteúdos básicos, deve ser

oportunizada a todos(as) os(as) estudantes, independente de estarem ou não com o

rendimento acima da média.

Compreende-se que a recuperação de estudos é composta de dois momentos

obrigatórios: a retomada de conteúdos e a reavaliação, ficando vetada a aplicação de

novo instrumento de reavaliação sem a retomada dos conteúdos.

Considerando que o processo de ensino-aprendizagem aponta para o pleno

desenvolvimento do estudante e que o processo de recuperação de estudos visa

recuperar 100% (cem por cento) dos conteúdos trabalhados, é vetado oportunizar um

único momento de recuperação de estudos ao longo do bimestre, bem como realizar

apenas a recuperação das provas escritas.

A recuperação de estudos deverá contemplar os conteúdos da

disciplina/componente curricular a serem retomados, utilizando-se de procedimentos

didáticos - metodológicos diversificados e de novos instrumentos avaliativos, com a

finalidade de atender aos critérios de aprendizagem de cada conteúdo.

Ela acontecerá de forma permanente e concomitante ao processo de ensino-

aprendizagem, ao longo de cada bimestre letivo.

A recuperação de estudos adotada por este estabelecimento de ensino é

substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois) instrumentos de recuperação

por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo obrigatória sua

anotação/inserção no Livro Registro de Classe e/ou Registro de Classe Online.

12.1 – Promoção

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O aluno é considerado aprovado quando tiver frequência igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) no cômputo geral do total de horas letivas, e a média

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, caso contrário o aluno

será considerado reprovado. Conforme previsto no Regimento Escolar

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, e Ensino Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

1ºB + 2ºB + 3ºB +4ºB = 6,0 ou mais, aliada à apuração da frequência.

4

Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os(as) estudantes que

demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que apresentarem

condições de dar continuidade aos estudos nos anos/séries seguintes, desde que

tenham frequência superior à 75% (setenta e cinco por cento) do cômputo geral do

total de horas letivas.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de aprovação e

reprovação dos(as) estudantes, no entanto, suas frequências deverão ser

consideradas no computo geral mínimo de 75% para a aprovação.

Após cada bimestre acontece Assembleia geral e nesta é entregue o boletim,

com as notas bimestrais dos alunos, para os seus pais ou responsáveis

12.2 – Classificação

É um procedimento que a instituição de ensino adota, mediante avaliação, para

posicionar o aluno, independente da escolarização anterior, na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais

ou informais. Este processo tem caráter pedagógico e é centrado na aprendizagem

do aluno. Todos os trabalhos, provas, atas de reuniões bem como outros instrumentos

utilizados são arquivados na pasta individual do aluno, e os resultados obtidos são

registrados no Histórico Escolar do aluno.

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12.3 – Reclassificação

Destina-se ao aluno com matrícula e frequência no estabelecimento de

ensino, onde será avaliado o seu grau de desenvolvimento e experiência, levando em

conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos

compatíveis com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre

o seu histórico escolar.

O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da

possibilidade de avanço em qualquer série/ano/bloco/carga horária da(s) disciplina(s)

do nível da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo

vedada a reclassificação para conclusão do Ensino Médio ou para etapas inferiores à

anteriormente cursada.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e juntamente

com as provas, deverão integrar a Pasta Individual do aluno. O resultado final do

processo de reclassificação realizado pela instituição de ensino será registrado no

Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Educação.

12.4 - Aproveitamento de Estudos

É um processo realizado com os alunos que concluíram com êxito os seus

estudos. A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, na instituição de ensino

de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária

total do curso.

12.5 - Adaptação de Estudos de Disciplinas

É uma atividade didático-pedagógica desenvolvida sem prejuízo das atividades

previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno possa seguir o novo

currículo.

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Para efetivação do processo de adaptação, o setor Responsável (secretaria

e equipe pedagógica) do estabelecimento de ensino deverá comparar o currículo,

especificar as adaptações a que o aluno estará sujeito, e elaborar junto ao docente

responsável pela disciplina, um plano próprio, flexível e adequado a cada caso. A

adaptação de estudos poderá ser realizada durante todo o período letivo e baseia-se

na Base Nacional Comum, levando em consideração que até a conclusão do curso, o

aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna.

Ao final do processo, a equipe escolar deverá elaborar a ata com os

resultados finais e registrá-los no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final

encaminhado à SEED.

12.6 – Regime de Progressão Parcial

A partir do ano letivo de 2008, este estabelecimento de ensino passou a não

mais contar com a Progressão Parcial, ou seja, o aluno que até então era reprovado

em até três disciplinas da série da qual estava cursando, poderia cursar nos períodos

subsequentes, as disciplinas nas quais havia reprovado. A partir daquele ano (2008),

o Colégio passou a ofertar a dependência somente aos alunos oriundos de

transferências de outras escolas que ofertam a progressão parcial, sendo cumpridas

mediante plano especial de estudos.

Quando houver impossibilidade da disciplina ser cursada em horário compatível

com o da série que o aluno estiver cursando, o professor deve estabelecer plano

especial de estudos, o qual constará na pasta individual do aluno.

13 – Proposta Pedagógica de Inclusão Educacional

Nas últimas décadas, uma questão desafiadora tem ocupado o centro dos

debates no processo educacional: a inclusão de alunos com necessidades

educacionais especiais.

O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e

pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem

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juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação

inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos

humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que

avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias

históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

Na atualidade, a escola regular é apontada como o local preferencial para a

escolarização formal de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais.

Em contrapartida, serão oferecidos, sob a forma de complementação curricular, os

apoios e serviços especializados necessários a sua aprendizagem e desenvolvimento.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, de

2001, em seu artigo 2º, reafirmam o direito de todos à educação, inclusive das

crianças e dos jovens que não se encontram no sistema de ensino em função de suas

necessidades educacionais especiais, o que os diferencia da maioria dos alunos.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).

A Declaração de Salamanca, de 1994, também estabelece que todas as

crianças devem aprender juntas, independente de quaisquer dificuldades ou

diferenças que possam ter.

Porém, a política de inclusão não deve ser realizada apenas pela

permanência física de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais

na rede regular de ensino, compartilhando a mesma sala de aula com os demais

alunos.

O importante é que os alunos permaneçam na escola, disponham de tempo e de espaço para que possam desfrutar o que ela possa lhes oferecer, inclusive a oportunidade de adquirir conhecimentos, mas não apenas isso ou não fundamentalmente isso: que eles possam viver ali e agora uma experiência de cidadania, de convivência, de formação de valores sociais (MIRANDA, 2005, p. 642, citado por Sueli Fernandes).

A partir das contribuições da teoria sócio histórica temos como pressuposto

que todo e qualquer sujeito pode aprender, independente de sua condição, de sua

classe social ou de sua deficiência, e que esse aprendizado se dará nas diferentes

relações do sujeito com seu grupo social, mediadas pela ação de colegas e adultos

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mais experientes. Caberá à escola, neste sentido, ser o espaço privilegiado para a

ampliação das experiências culturais da criança, abrindo-lhes novas possibilidades de

aprendizagem que não lhe são oferecidas, cotidianamente, em seu grupo social mais

imediato.

Visando a universalização do acesso às escolas, a inclusão, diz respeito à

melhoria da qualidade das nossas instituições de ensino aprendizagem, buscando um

novo olhar sobre a Educação Especial. O compromisso com a formação de nossos

alunos, a crença em seu potencial, a certeza de pertencer à comunidade escolar, onde

o respeito à diferença se constrói na experiência de relacionamentos e enriquece a

todos.

A inclusão educacional, porém, é mais que a presença física, é muito mais que

a acessibilidade arquitetônica, é muito mais que matricular alunos com deficiência nas

salas de aula do ensino regular, é bem mais que um movimento da educação especial,

pois se impõe como movimento responsável que não pode abrir mão de uma rede de

ajuda e apoio aos educadores, aluno e familiares. O fenômeno da inclusão não sendo

esclarecido pode ser uma inclusão precária, instável e marginal.

A inclusão educacional é um processo gradativo, dinâmico e em transformação,

que exige do Poder Público o absoluto respeito e reconhecimento das diferenças

individuais dos alunos e a responsabilidade quanto a oferta e manutenção dos

serviços mais apropriados ao seu atendimento, tais como, espaço físico adequado,

salas de apoio, interpretes, professores capacitados, etc.

13.1 – Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE

O Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE, é um profissional

com habilitação comprovada, para atuar junto as instituições de ensino da Educação

Básica e na Educação de Jovens e Adultos, da Rede Pública de Ensino do Estado do

Paraná, para atender os estudantes com diagnóstico médico de Transtorno do

Espectro Autista, com comprovada necessidade relacionada à sua condição de

funcionalidade para a escolarização e não relacionada à condição de deficiência.

A necessidade do PAEE se efetivará após comprovação, por estudo de caso,

conforme a situação escolar do estudante. Este profissional atuará como um agente

de mediação do aprendizado e escolarização, em caráter (intra) itinerante, ou seja,

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dentro da própria escola, podendo atender a mais de um estudante, ou em diferentes

escolas, possibilidade esta analisada e avaliada pelo Departamento de Educação

Especial – DEE na Secretaria de Estadual da Educação – SEED.

A nível nacional, temos a seguinte legislação que ampara e regulamenta a vida

escolar dos alunos com Transtorno do Espectro Autista.

* Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção

dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. A referida lei no

Parágrafo único destaca:

“Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art.2º, terá direito a acompanhamento especializado”.

E no inciso IV do art.2º foi vetado e nas manifestações do veto orienta que

IV – a inclusão dos estudantes com transtorno do espectro autista nas classes comuns do ensino regular e a garantia de atendimento educacional especializado gratuito a esses educandos, quando apresentarem necessidades especiais e sempre que, em função das condições específicas, não for possível a sua inserção nas classes comuns de ensino regular, observado o disposto no Capítulo V (Da Educação especial) do Título V da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

* Decreto Federal nº 8.368, de 02 de dezembro de 2014, que regulamenta a Lei nº

12.764, de 27 de dezembro de 2012, artigo 4º, § 2º:

Caso seja comprovada a necessidade de apoio às atividades de comunicação, interação social, locomoção, alimentação e cuidados pessoais, a instituição de ensino em que a pessoa com transtorno do espectro autista ou com outra deficiência estiver matriculada disponibilizará acompanhante especializado no contexto escolar, nos termos do parágrafo único do art. 3º da Lei nº 12.764, de 2012.

E a nível de estado do Paraná, temos a Instrução Normativa nº 001/2016 –

SEED/SUED, que estabelece os critérios para a solicitação de Professor de Apoio

Educacional Especializado aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista.

O PAEE, atuará de forma colaborativa com os professores das diferentes

disciplinas, para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do

estudante ao currículo e sua interação com os colegas, desde a promoção de

condições de acessibilidade no contexto escolar até as modificações mais

significativas na organização da sala de aula, dos materiais e recursos pedagógicos

utilizados pelo estudante e pelo professor.

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É vedado ao Professor de Apoio Educacional Especializado “construir” currículo

paralelo em sala de aula, ou seja, trabalhar conteúdos não previstos para o ano ao

qual o estudante está matriculado.

A frequência do estudante com Transtorno do Espectro Autista na instituição

escolar de ensino não está vinculada à presença do PAEE, sendo que, esse

atendimento não é substitutivo à escolarização ou ainda a frequências na Sala de

Recursos Multifuncionais. Ou seja, ressalta-se desta forma, a impossibilidade do

atendimento/PAEE acontecer em outros espaços da instituição escolar que não seja

a sala de aula de sua matrícula e da obrigatoriedade destes alunos participarem em

período de contra turno escolar da Sala de Recursos Multifuncional.

13.2 – Auxiliar-Operacional

A função de Auxiliar-operacional, é exercida por um profissional Agente

Educacional I, que realiza o acompanhamento dentro e fora da sala de aula de um

aluno que necessita de apoio e supervisão constante, devido aos seus problemas de

saúde e de comportamento, conforme encaminhamentos médicos e neurológicos.

São algumas das atribuições deste Auxiliar Operacional: zelar pela segurança

e bem-estar do estudante, atentando para eventuais sinais de alerta, tais como:

agressões físicas, acessos de raiva, desobediência em relação as figuras de

autoridade, não seguimento das normas e regras do estabelecimento, condutas

desafiantes; organizar uma agenda escolar com a rotina diária; acompanhar o

estudante em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; preencher

relatórios referentes a sua rotina de trabalho; participar de cursos, eventos, reuniões,

capacitações; agir como educador na construção de hábitos de preservação e

manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar; efetuar

outras tarefas necessárias ao estabelecimento de ensino, conforme função do Agente

Educacional I.

13.3 - Sala de Recursos Multifuncional

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Através da Resolução nº 4952/06, o Colégio Estadual do Campo São Roque,

passou a contar a partir de 2006 com uma Sala de Recursos. Esta é uma sala de aula

destinada para o atendimento especializado, individualizado e de natureza

pedagógica aos alunos das Séries Finais, na área de Deficiência Intelectual e

Transtornos Funcionais Específicos.

A mesma, funcionava no período matutino, com 20 horas semanais, possuía

uma professora formada e especializada na área. Os alunos recebiam atendimento

individual de duas a quatro vezes por semana, com uma hora diária, em período de

contra turno.

O aluno deve frequentar a Sala de Recursos até que consiga superar as

dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem da Classe Comum.

A partir do ano de 2012, a Sala de Recursos passou a funcionar sob a nova

normativa da Secretaria de Estado da Educação / Superintendência da Educação,

através da Instrução nº 016/2011, que passou a estabelecer novos critérios para o

atendimento educacional especializado na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na

Educação Básica – que passou agora a abranger as áreas da deficiência intelectual,

deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos.

A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um

atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a

escolarização de alunos matriculados na Rede Pública de Ensino (Ensino

Fundamental e Médio), que apresentam dificuldades ou deficiências nas áreas

anteriormente citadas. Este atendimento especializado objetiva acompanhar o

desenvolvimento do aluno e traçar novas possibilidades de intervenção pedagógica.

A ação pedagógica da SRM deve respeitar todas as particularidades do aluno,

pois cada um é único em suas características, que dependem de uma série de fatores

dos aspectos de desenvolvimento físico e socioemocional. Apesar de suas

necessidades de aprendizagem acadêmica, os alunos nas diferentes áreas de

abrangência da Educação Especial trazem conhecimentos de vida bastante valiosos,

que precisam ser respeitados e valorizados. Assim, os professores, tanto da SRM,

quanto da classe comum, devem acreditar na potencialidade deste aluno, estimulando

a busca pelo conhecimento acadêmico, e intervindo positivamente no

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desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e adaptativas, propondo um plano de

intervenção pedagógica individualizado.

14 - Proposta Pedagógica de articulação entre os níveis de ensino

O Colégio Estadual do Campo São Roque, vem desenvolvendo junto aos

alunos um trabalho para facilitar a adaptação destes, para quando ingressarem nas

Séries Finais do Ensino Fundamental, bem como na primeira série do Ensino Médio.

14.1- Articulação entre os Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino

Fundamental

Sabemos que os alunos passam nesta etapa de suas vidas por mudanças na

sua fase de desenvolvimento, portanto devemos estar levando em consideração este

início da adolescência, já que os mesmos estão passando por várias mudanças, tanto

biológicas quanto psicológicas.

Devemos desta forma, estar observando o perfil do professor que estará

trabalhando com estes alunos. O professor deverá estar se adaptando a esta faixa

etária, já que ainda são bastante dependentes e necessitam da presença e orientação

do educador para realizarem as atividades propostas.

Esta também é uma fase de adaptação e transição, onde os alunos estão

entrando em uma nova fase de suas vidas, e necessitam do apoio de toda a equipe

escolar para que possam ter sucesso nesta nova etapa que se inicia.

A grande maioria dos alunos que chegam no 6º ano do Colégio Estadual do

Campo São Roque, são alunos egressos da Escola Municipal Pedro Álvares Cabral.

Como estas duas escolas trabalham em dualidade administrativa, os alunos já

conhecem o espaço físico, a realidade da escola, os projetos, atividades extraclasse,

alguns colegas e professores, não estranhando tanto esta transição.

Este trabalho é desenvolvido seguindo as seguintes etapas/estágios:

* Ajuste de expectativas: Reunião com a direção, equipe pedagógica e professores

das duas redes de ensino para trabalhar a temática da passagem e fazer ajustes de

expectativas de aprendizagem. Os professores do 5º Ensino Fundamental comentam

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sobre como os alunos deixarão o segmento, e os do 6º ano Ensino Fundamental,

sobre como esperam receber os estudantes. Apresentados os resultados, a equipe

escolar discute os ajustes e ações que serão necessários.

* Troca de informações: Nas horas atividades e nos dias de planejamento previstos

no Calendário Escolar, os professores do 5º e do 6º ano Ensino Fundamental

socializam experiências sobre as turmas, trocando informações dos alunos referentes

as suas dificuldades.

* Esclarecimento de dúvidas: No fim do ano, é promovido rodas de conversa entre os

alunos do 5º ano Ensino Fundamental e a equipe gestora da segunda etapa do Ensino

Fundamental para que eles tirem dúvidas.

* Acesso a relatórios e encaminhamentos: A equipe do colégio estadual tem acesso

as informações, encaminhamentos e relatórios individuais dos alunos do 5º ano do

Ensino Fundamental, para desta forma estarem conhecendo melhor os seus

educandos, e darem segmento aos trabalhados realizados em anos anteriores.

* Orientação aos pais: Na primeira semana de aula, os pais dos alunos do 6º ano, são

convidados para uma reunião a fim de que conheçam os professores e recebam

orientações sobre a nova rotina que os filhos terão. Desta forma estaremos

aproximando e envolvendo a família na educação e na vida escolar dos seus filhos.

* Recepção dos alunos: Nos primeiros dias de aula, toda a equipe deve ajudar na

adaptação. Já os professores auxiliam a classe a se organizar quanto às lições

previstas e aos materiais necessários.

* Formação Continuada: Realizar as Semanas Pedagógicas, Reuniões Pedagógicas,

e demais cursos de capacitação, juntamente com os professores do Estado e do

Município.

* Estímulo a leitura: as duas redes de ensino incentivarão durante todo o ano letivo, o

gosto pela leitura e trabalharão em todas as disciplinas, questões referentes a

interpretação, de forma lúdica.

* Horários de aulas: a rede municipal está determinando o horário das aulas, a partir

do 3º ano, para os alunos irem se habituando. Já a rede estadual, está priorizando

aulas germinadas, para evitar a fragmentação dos conteúdos.

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14.2- Articulação entre os Anos Finais do Ensino Fundamental com

o Ensino Médio

Trabalho similar, também é realizado junto aos alunos do 9º ano. Como o

colégio oferta o Ensino Médio, a grande maioria dos alunos ingressos na 1ª série do

Ensino Médio, já são alunos do Colégio Estadual do Campo São Roque.

A direção e equipe pedagógica, juntamente com os professores, realizam um

acompanhamento e orientações a estes alunos, buscando prepará-los para esta nova

etapa de suas vidas.

15 - Proposta Pedagógica de formação continuada e valorização

profissional

É um princípio central na discussão do projeto político-pedagógico.

A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar

cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país

relaciona-se estreitamente à formação (inicial e continuada), condições de trabalho

(recursos didáticos, recursos físicos materiais, dedicação integral à escola, redução

do número de alunos na sala de aula, etc), remuneração, elementos esses

indispensáveis à profissionalização do magistério.

Com relação a qualidade do ensino ministrado no Colégio Estadual do Campo

São Roque - Ensino Fundamental e Médio, é consenso entre todos da comunidade

escolar que, é de qualidade pois, todos são muito comprometidos com a escola e

principalmente com o ensino.

Podemos perceber isto, em um questionário recente realizado com os pais dos

nossos educandos, onde 98% dos mesmos, responderam que a escola está

cumprindo o seu papel de formar cidadãos críticos, conscientes, responsáveis e

atuantes na sociedade da qual vivem. E mostram-se satisfeitos com o nível e com a

qualidade do ensino ofertado aos seus filhos. Isto, deve-se principalmente ao

empenho e dedicação de toda a equipe escolar, que sempre tem se esforçado ao

máximo para atender a todas as necessidades que lhes são postas no dia a dia.

Para isto, buscam estar constantemente se aperfeiçoando, participando de

cursos, oficinas, grupos de estudos disponibilizados pela Seed, Nre e escola. Na

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própria escola, trocam informações e experiências com os colegas de trabalhos,

buscando manter-se atualizados e em consonância com as mudanças e

transformações da sociedade. Daí a importância de os professores terem uma boa

formação inicial e continuada, para o sucesso escolar e a melhoria cada vez mais do

processo de ensino aprendizagem e da qualidade do ensino ministrada para os

nossos alunos.

16 - Proposta de articulação da família e a comunidade

16.1- Programa de combate a evasão escolar

O programa visa, por meio de ações integradas entre a escola e a rede de

proteção à criança e ao adolescente local, promover um trabalho conjunto em

combate ao abandono escolar.

Todo aluno que se ausentar da escola sem justificativa, num período de 5 dias

consecutivos ou, no período de dois meses/60 dias, 7 (sete) dias alternados, a escola

deverá entrar em contato com o aluno ou seus responsáveis para saber o motivo das

faltas.

A escola realizará a busca ativa deste aluno e esgotadas todas as formas e

tentativas de fazer com que o aluno faltoso retorne a escola, sem obtenção de êxito,

o responsável pelo Programa de Combate a Evasão Escolar no Núcleo Regional de

Educação – NRE - de Toledo deverá ser comunicado. Tal comunicado deverá ser

acompanhado da documentação e relatório de todas as ações realizadas pela

instituição de ensino na tentativa de garantir a permanência do aluno na escola. Com

estas informações a situação será verificada “in loco” pelo NRE, tomando

providências, junto ao Conselho Tutelar e demais órgãos de proteção do município,

em relação aos pais e/ou alunos, orientando-os, inserindo-os em programas sociais,

ou atendendo-os em outras situações que favoreçam o retorno do aluno às aulas.

Constata qualquer situação, este programa ficará encarregado de atender e

fazer os encaminhamentos necessários, com máxima urgência.

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Será efetuado um Termo de Cooperação Técnica, envolvendo escola, NRE,

Conselho Tutelar e Ministério Público, na tentativa de garantir a permanência do aluno

na escola.

16.2 - Equipe Multidisciplinar

As Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho

escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por

Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº

04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações

relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Na perspectiva de contribuir para que o aluno

negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da

cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

A Equipe Multidisciplinar será composta a cada dois anos, até um mês após o

início do ano letivo. O trabalho da mesma tem como objetivo discutir a Educação das

Relações Étnico Raciais através dos grupos de estudos, debates, desenvolvendo

atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para uma vida em sociedade,

frente às barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e

discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre

outro, de um povo sobre outro.

A tarefa é proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma

sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. Assim, durante o período letivo, a

equipe multidisciplinar promove cursos, seminários, oficinas, exposições,

apresentações artísticas e culturais, garantindo a participação da comunidade escolar.

Em anexo segue Plano da Equipe Multidisciplinar deste colégio.

17 - Estágio não obrigatório

Segundo o Item 1 da Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED “o Estágio, é um

ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas

atividades devem ser adequadas às exigências pedagógicas relativas ao

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desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre

o aspecto produtivo”.

O estágio não-obrigatório tem como objetivo contribuir para a formação do

aluno no desenvolvimento das atividades relacionadas ao mundo do trabalho,

oportunizando uma experiência profissional diversificada no que diz respeito a sua

formação integral, garantindo-lhes a contextualização entre os saberes e os

fenômenos comuns, objeto de estudo de cada ciência ou área de conhecimento

específico.

O Estágio se distingue das demais atividades educativas por ser o momento

de inserção do aluno no mundo do trabalho, tem como objetivo contribuir para a

formação do aluno na articulação entre a teoria e a prática.

Podem ser estagiários os estudantes devidamente matriculados e que estejam

frequentando o ensino nas instituições de ensino que ofertem Cursos da Educação

Profissional, do Ensino Médio, inclusive a modalidade de Educação de Jovens e

Adultos, da educação Especial e dos anos finais do ensino Fundamental

exclusivamente na modalidade Profissional da Educação de Jovens e Adultos.

Para a prática do estágio não-obrigatório é exigida a idade mínima de 16

(dezesseis) anos.

O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter não-obrigatório, previsto na

legislação vigente, deve ser planejado, executado e avaliado de acordo com as

atividades educativas previstas, considerando os dispositivos da legislação

específica:

- Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

- Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

- Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em

especial os artigos, 63, 67 e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção

ao educando;

- O Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT,

que estabelece que as partes envolvidas devem tomar os cuidados necessários para

a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando

principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições

e formas de organização do trabalho;

- Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação e

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- Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.

18 - Proposta de Avaliação Institucional

Avaliação Institucional abrange toda a Educação Básica do Paraná e tem como

objetivo identificar fatores que facilitam e que dificultam a qualificação das instituições

estaduais de educação e da rede estadual de ensino. Passam por essa avaliação a

Secretaria de Estado da Educação, os Núcleos Regionais de Educação e as

instituições de ensino.

Avaliação Institucional tem como objetivo sinalizar os fatores que facilitam e/ou

dificultam o processo democrático.

Este sistema potencializou no interior da escola e da comunidade escolar, a

necessidade de se construir mecanismos próprios de avaliações institucionais, mas,

além disto, de se construir um consenso sobre a importância de sua manutenção e da

sua continuidade como premissa de qualidade de uma escola que busque garantir a

todos não apenas o acesso e permanência, mas também a aprendizagem com

qualidade.

A Avaliação Institucional busca envolver todos os profissionais da educação da

rede pública do estado do Paraná, num movimento de autoavaliação institucional da

escola. Sendo possível avaliar a escola na sua totalidade em razão da participação

de todos os segmentos no processo: direção, equipe pedagógica, professores,

agentes educacionais I e I, alunos e comunidade.

19 - Proposta de Avaliação do Projeto Político Pedagógico

A avaliação do Projeto Político Pedagógico deve ser contínua para ajustar as

ações propostas pela comunidade escolar e sua adequação aos dispositivos legais.

O PPP do referido colégio será avaliado anualmente pelo grupo de professores, pais,

alunos, funcionários, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Direção e Equipe

Pedagógica revendo os resultados obtidos pela escola em sua função de propiciar a

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formação integral dos alunos e assegurar o acesso, a permanência e o sucesso

escolar na aprendizagem.

Cabe a escola adotar mecanismo de acompanhamento via discussões e

reflexões das práticas pedagógicas educacionais, na gestão participativa de pessoas

e na gestão de apoio, recursos físicos e financeiros, propondo planos de melhoria,

visando reorganizar e articular as ações de trabalho escolar.

Através do princípio da gestão participativa, é importante fazer com que a

escola, seus educadores, funcionários, alunos, pais, comunidade e instâncias

colegiadas, repensem as práticas cotidianas, revendo ideias, concepções e atuando

de forma consciente, revendo ações e rompendo paradigmas que interferem na

escola.

20 - Proposta de Complementação de Carga Horária

Conforme a legislação Estadual vigente sobre a complementação de carga

horária a Instrução nº 05/2014 SEED/SUED esclarece sobre as atividades de cunho

pedagógico incluídas no PPP da instituição de ensino. Estas exigem frequência dos

alunos, sob a efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de

aula ou outros locais pedagogicamente adequados ao processo de ensino

aprendizagem.

Já a Deliberação nº 02/2000 CEE/PR e o Parecer nº 631/97 CEE/PR tratam

sobre o trabalho escolar dos docentes que não pode ser contado como horas letivas

pela exigência da presença física dos alunos. Portanto para garantir a carga horaria

mínima exigida que é de 800 horas, segue em anexo o calendário próprio previsto

com devidas atividades e datas a serem cumpridas por esta instituição de ensino.

21 - Programas adotados pela instituição

21.1 - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo

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As Aulas de Especializadas de Treinamento Esportivo (AETEs), visam

possibilitar aos alunos da rede pública do estado do Paraná, o acesso à prática

esportiva nas diversas modalidades, visando o pleno desenvolvimento de suas

habilidades específicas. Além de, promover a descoberta e desenvolvimento de

talentos esportivos, possibilitando desta forma a formação de equipes competitivas

para a participação nos Jogos Escolares do Paraná e outros eventos similares.

Estas aulas possuem uma carga horária semanal de 4 horas/aulas, distribuídas

em, no mínimo, 2 dias por semana e são ofertadas exclusivamente para os alunos

regularmente matriculados neste estabelecimento de ensino e que queiram e mostram

interesse em participar. Somente poderão participar alunos que estudam em período

de contraturno a realização do projeto.

Neste ano, o Colégio Estadual do Campo São Roque, está ofertando uma

turma de AETE, na modalidade do voleibol.

21.2 - Programa Ensino Médio Inovador

O Ministério da Educação com o objetivo de garantir o acesso à educação de

qualidade aos jovens do ensino médio vem ampliando suas ações, por meio de

políticas/programas que atendam de maneira efetiva este público. Para isto, tem

desenvolvido ações conjuntas com Estados e Distrito Federal, de forma a criar as

condições necessárias para a melhoria da qualidade dessa etapa da Educação

Básica.

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,

de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio junto aos

Sistemas de Ensino Estaduais e do Distrito Federal, fomentando propostas

curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico

e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível

e compatível com as exigências da sociedade contemporânea.

O ProEMI, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),

como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do

Ensino Médio, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo

incorporadas ao currículo das escolas, ampliando o tempo na escola e a diversidade

de práticas pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes

do ensino médio.

O ProEMI possui oito macrocampos, a saber:

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- Acompanhamento Pedagógico (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e

Ciências da Natureza)*;

- Iniciação Científica e Pesquisa*;

- Leitura e Letramento*;

- Línguas Estrangeiras;

- Cultura Corporal;

- Produção e Fruição das Artes;

- Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias;

- Participação Estudantil**.

* macrocampo obrigatório pelo Documento Orientador do Programa Ensino Médio Inovador pelo MEC. ** macrocampo obrigatório pela proposta da Secretaria de Estado da Educação.

É importante ressaltar, que os macrocampos não se configuram como

conteúdos ou disciplinas. Eles são apenas componentes de organização de ações

conforme interesse e precisam estar articulados às disciplinas e aos conteúdos

disciplinares.

A proposta do ProEMI, não deve desvalorizar os conhecimentos específicos de

cada disciplina, mas sim, pela via da integração devem superar a fragmentação

excessiva dos “saberes escolares” de forma que estes colaborem para a formação

multidimensional dos estudantes.

O movimento de integração curricular parte necessariamente do conhecimento

específico (disciplinar) para, então, dialogar com outros conhecimentos, expandindo

as possibilidades de conexões com outras áreas, de acordo com as Diretrizes

Curriculares Estaduais de cada disciplina. Em suma, o ProEMI não se sustenta sobre

saberes e projetos vagos mas, ao contrário, presume planos bem elaborados e com

ações planejadas a partir de um ou mais conteúdos relacionados a uma ou mais

disciplinas escolares.

Nos anos letivos de 2014 e 2015, o colégio desenvolveu as seguintes

atividades dentro do ProEMI:

* Acompanhamento Pedagógico – disciplina principal: sociologia; Formação

educacional e mercado de trabalho: aprofundando o conhecimento dos estudantes de

ensino médio para a transição Ensino Médio/Ensino Superior/Mercado de Trabalho.

* Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias – disciplina principal: Arte; Cinema,

cenário, enquadramento, fotografia, Stop Motion e Pixilation.

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* Iniciação científica e pesquisa – disciplina principal: Química; trabalhar a teoria

através de aulas práticas, com experimentos, para que o aluno consiga compreender

a Química com mais facilidade.

* Leitura e Letramento – disciplina principal: História e Língua Portuguesa; Contexto

histórico da mineração no Brasil; Arcadismo brasileiro: principais autores e obras do

período; Projeto literário do período.

* Participação Estudantil – disciplina principal: Educação Física; Trabalhar conceitos

elementares sobre a dança (Dança Folclórica, Dança de Salão, Dança Criativa),

possibilitando ao aluno o estudo sobre a mesma relacionando à expressão corporal e

a diversidade de culturas, além de compreender a dança como mais uma

possibilidade de dramatização e expressão corporal.

21.3 – JAA (Jovem Agricultor Aprendiz)

O Programa Jovem Agricultor Aprendiz - JAA foi elaborado pelo Senar-PR

diante da necessidade de proporcionar aos jovens do meio rural conhecimento e

qualificação de aprendizagem profissional rural.

O JAA oferece a adolescentes e jovens com idade de 14 a 18 anos,

filhos/família de produtores ou trabalhadores rurais, formação necessária para que

desenvolvam criatividade, habilidades práticas a serem aplicadas em seus lares,

propriedades e no seu desenvolvimento pessoal.

O programa tem por objetivo informar aos jovens rurais sobre suas

oportunidades no campo, qualificando-os profissionalmente, despertando uma visão

empresarial e capacidade empreendedora.

O Programa compreende primeiramente um módulo geral “Mundo do trabalho

e geração de rendas: Gestão Rural”, com carga horária de 144 horas dividido em

conteúdos básicos (gestão pessoal) e conteúdos específicos (agrossilvipastoril). As

aulas são em período de contraturno, distribuídas em encontros de 04 horas semanais

e o número de participantes pode variar entre 15 a 25 alunos por turma. Os

participantes que atingem o total de 80% de frequência, recebem, ao término,

certificado de aprendizagem.

Após concluírem esta primeira fase, os alunos interessados poderão inscrever-

se para a próxima etapa e estar cursando módulos específicos, que são:

- Pecuária Leiteira - 80 horas

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- Agroecologia Agricultura Orgânica - 80 horas

- Olericultura Geral - 80 horas

- Mecanização - 96 horas

- Fruticultura - 80 horas

- Cana-de-açúcar - 80 horas

Estas aulas também são distribuídas em encontros de 04 horas semanais,

sendo que o número de participantes agora varia entre 10 a 15 alunos por turma. E

para receber o certificado de aprendizagem, ao término do curso, o aluno deverá ter

no mínimo 80% de frequência.

O Programa está estruturado em módulos, e além dos conteúdos teóricos

ministrados, são criadas situações concretas ou simuladas para o desenvolvimento

das competências requeridas e para a formação do educando.

As técnicas de ensino utilizadas são pensadas para atender a heterogeneidade

da turma, visto que cada um tem uma necessidade e uma forma própria de aprender.

A reflexão, a análise e os estudos na família, na comunidade e na escola, sobre

questões de cada propriedade, são estimulados. O aluno é convidado a experimentar

em casa o apreendido em sala de aula. Desta forma realiza constantemente um

movimento de articulação entre teoria e prática, refletindo sobre a ação e na ação.

As aulas são ministradas por um instrutor, geralmente agrônomo, contrato pelo Senar.

O JAA, nasceu para tentar suprir alguns problemas identificados nas

propriedades rurais, tais como:

- Ausência de conhecimento das famílias rurais para corrigir ineficiências na execução

das atividades agropecuárias;

- Necessidade de melhorar o desempenho no trabalho e incrementar a sua

produtividade;

- Ausência de oportunidades para jovens no meio rural, levando ao êxodo rural;

- Ausência de qualificação profissional no meio rural;

- Necessidade de valorização do agropecuário junto ao público jovem.

O colégio, por localizar-se numa região essencialmente agrícola e por ter a

grande maioria dos seus alunos advindos de famílias que encontram no campo o seu

meio de sobrevivência, buscou uma parceria com o Senar e deu a oportunidade aos

alunos a participarem deste programa

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21.4 - CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna)

O CELEM, possui duração de dois anos, com carga horária anual de 160 (cento

e sessenta) horas/aulas, perfazendo um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula ao

final do curso.

No CELEM, como no ensino regular, para o aluno ser considerado aprovado e

receber a certificação de conclusão, deverá apresentar uma frequência mínima de

75% do total de horas letivas e ter uma média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero).

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno. É realizada em função dos conteúdos, utilizando

métodos e instrumentos diversificados.

A recuperação de estudos também é um direito dos alunos matriculados

no CELEM, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos e

dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e

aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados e registrados no Livro

Registro de Classe da turma.

O Colégio Estadual do Campo São Roque, oferta o CELEM de Língua

Espanhola e de Língua Inglesa, para os alunos regularmente matriculados tanto no

Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

A comunidade também poderá usufruir dos cursos, num total de até 30%

das vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde que

comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

21.5 – Programa Brigada Escolar: defesa civil na escola

A SEED, juntamente com a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros

Militar, implementam a Brigada Escolar, como medida preventiva, visando a

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segurança da comunidade escolar, em conformidade com a instrução 24/2012 –

Seed/Sued.

Este programa está sendo implantado ano nas escolas da rede, com o objetivo

de capacitar os servidores públicos para situações de emergência, tais como:

incêndio, desastres naturais, artefatos explosivos, sequestros, primeiros socorros,

bem como para a sua prevenção.

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após

terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, daí

a importância de o Programa optar em iniciar este trabalho de conscientização e

prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra

espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros, dentro do ambiente

escolar. É aí, na escola, onde se espera atenuar os impactos, promovendo mudanças

de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos

resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar

pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas.

Se toda a comunidade estiver preparada saberá enfrentar as adversidades e riscos

tanto naturais quanto humanos, com mais tranquilidade e de forma mais organizada,

além de prevenir possíveis situações danosas do dia a dia.

A brigada escolar é formada por um grupo de 5 pessoas que atuam neste

estabelecimento de ensino e atuará em situações emergenciais. Os componentes

desta brigada passaram por cursos de formação e de noções de primeiros socorros e

estarão repassando aos demais profissionais da educação que atuam no colégio.

Segue em anexo, documento e plano de ação da Brigada Escolar.

21.6 – Viagens e Visitas Técnicas

Ao longo do ano letivo os professores e equipe escolar, realizam vários

passeios e visitas técnicas com a finalidade de aprofundar os conhecimentos e

conteúdos trabalhados em sala de aula. A realização destas viagens, são de extrema

relevância, pois os alunos possuem a oportunidade de observar e de conhecer na

prática/realidade a teoria estudada em sala.

A seguir algumas viagens e visitas técnicas realizadas ao longo do ano:

* pontos turísticos capital e do litoral paranaense;

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* pontos turísticos de Foz do Iguaçu (Paraná);

* Universidades e Faculdades da região;

* UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná);

A Proposta Pedagógica destas visitas, encontra-se em anexo a este PPP.

22 - Plano de Ação da Instituição

O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico

com o intuito de propiciar ações, ressaltando seus principais problemas e os objetivos

dentro de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e avaliação

pelo trabalho desenvolvido. A elaboração do Plano de Ação da escola também é o

momento de planejar para rever a prática educativa por todo o coletivo escolar. Nesse

sentido, o planejamento dos objetivos, metas, ações e resultados esperados devem

ser seguidos pela equipe de gestão, no início do ano letivo, prevendo os desafios a

serem enfrentados no decorrer do ano, em conformidade com o diagnóstico dos

indicadores da qualidade da educação.

As grandes transformações pelas quais vem passando a sociedade neste início

de século têm se refletido com intensidade na vida das pessoas, desafiando as

organizações e as instituições para a necessidade de mudanças radicais em seus

propósitos, em suas políticas, em suas estruturas e em seus procedimentos.

Na verdade, estamos vivendo a pós-modernidade, marcada pela incerteza e

pela provisoriedade, na qual a mudança na concepção do conhecimento traz como

conseqüência novos significados na economia, na produção e nas inúmeras outras

áreas que compõem o social. Todos esses fatos concorrem para a mudança dos

quadros de referência em que as pessoas e a sociedade em geral estavam apoiadas.

A própria ciência, que sempre trabalhou com certezas e definições, tem de enfrentar

agora uma difícil realidade: a relatividade do conhecimento e o seu caráter provisório

e contestável.

Certamente, respostas prontas não existem para desencadear um processo de

mudança nos termos em que ela deve ser concebida. Mesmo porque a mudança

somente ocorre como produto das consciências que foram despertadas e da vontade

das pessoas em encontrar melhores caminhos para o que estão realizando, sabendo

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ainda que esse envolvimento será conflituoso e repleto de tensões. Além

disso, não se efetivam mudanças sem que haja rupturas e elas terão de ser

produzidas no contexto real em que se dá o processo. São produtos de uma realidade

concreta, portanto, não existem manuais que mostrem como proceder.

Em todas as áreas, mas sobretudo na educação, o caminho se faz ao andar. A

grande descoberta é que não há exemplos prontos e fechados para seguir, mas um

horizonte social que inclui um conjunto de princípios que servem de rumo em dada

realidade e uma proposta metodológica que torne possível a aproximação desse

horizonte.

Abaixo segue o Plano de Ação desta instituição.

Linha de ação da Gestão Democrática

1 - Conselho Escolar

AÇÃO

- Apresentação do P.P.P. e do Plano de Ação da escola aos membros do Conselho

Escolar, bem como esclarecer sobre a finalidade e especificidade do Conselho.

OBJETIVOS

- Instrumentalizar o Conselho Escolar afim de que exerça sua função pedagógica e

possa deliberar de acordo com a realidade da comunidade escolar.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Participação na Semana Pedagógica;

- Reuniões ordinárias;

- Reunião bimestral, com APMF e Grêmio Estudantil;

- Ajudar a gerenciar os recursos financeiros da escola;

- Ajudar nos encaminhamentos pedagógicos e disciplinares dos alunos;

- Participar na elaboração do planejamento anual da escola.

Sugestões:

- Estudo, análise e reflexão (capacitação) do papel do Conselho de Escolar;

- Reuniões ordinárias;

- Conhecer a concepção teórica que fundamentam as funções do Conselho Escolar;

- Dinamizar ações para que o Conselho de Escolar possa atuar como instrumento de

gestão democrática colegiada.

CONDIÇÕES/RECURSOS

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-Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P., Plano de Ação da Escola;

- Sala para reuniões;

- Cópias dos documentos.

RESPONSÁVEIS

- Direção; Eq. Pedagógica; Membros do Cons. escolar.

CRONOGRAMA

- Fevereiro e durante o ano letivo, datas em cada mês.

2 - Conselho de Classe

AÇÃO

- Processo do Conselho de Classe

OBJETIVOS

- Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do processo do Conselho

de Classe em vista da qualidade do ensino-aprendizagem de todos os alunos;

- Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de organização do

Conselho de Classe.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Organização do Conselho de Classe: estudos, agenda, instrumentos de registros;

- Pré-conselho, feito em sala de aula com os alunos, coordenado pelo professor

regente e/ou pedagogo;

- Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e respectivos

registros das informações;

- Realização dos Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de

direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de

alunos e pais de alunos por turma;

- Análise dos problemas e tomada de decisões;

- Planejar as ações a serem encaminhadas após o Conselho de Classe;

- Organizar a comunicação dos resultados aos alunos e famílias;

- Temos também a possibilidade de realizarmos o conselho juntamente com a direção,

equipe pedagógica, professores, alunos e pais ou responsáveis. Desta forma os

professores possuem a possibilidade de estar conversando diretamente com os

alunos e pais e vendo, junto com os mesmos, o que pode ser feito para melhor ainda

mais o processo de ensino-aprendizagem e formação de novos conhecimentos;

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- Seleção e estudo de textos que propõe experiências e formas de encaminhamentos

contemplando a busca de soluções coletivas de encaminhamentos com ênfase a

melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Disponibilidade do horário no calendário;

- Textos e relatos de experiências de pesquisas publicadas, regulamento interno,

papel, regimento, legislações.

RESPONSÁVEIS

- Diretor, equipe pedagógica e docentes.

CRONOGRAMA

- Nos bimestres do ano letivo;

- Datas do Conselho de Classe previstas no calendário escolar.

3 – APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

AÇÃO

- Mobilização dos membros da APMF a fim de estudar os estatutos da APMF;

- conhecer a Projeto Político Pedagógico da escola bem como ajudar na sua

reelaboração.

OBJETIVOS

- Fazer a integração comunidade/escola/pais, com o intuito de efetivar as ações

propostas no P.P.P. e no plano de ação da escola.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Reuniões (Assembléias) Debates; Leituras; Grupo de estudos; Explanações,

promoções e eventos;

- Realizar eventos, a fim de estar arrecadando fundos, para melhorar as condições

materiais e pedagógicas da escola, melhorando assim as condições de trabalho dos

docentes;

- Participar na elaboração do plano de ação da escola.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Estatuto da APMF; Palestrante; Salas; transparências; cópias de documentos.

RESPONSÁVEIS

- Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF.

CRONOGRAMA

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- No decorrer do ano letivo.

4 - Representante de Turma

AÇÃO

- Formação de liderança – perfil de um líder;

- Escolha dos representantes de turma;

- Preparo dos alunos para o exercício de liderança;

- Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os conceitos de

representação, democracia, cidadania, liderança e outros que contemplam gestão

democrática;

- Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio estudantil

OBJETIVO

- Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;

- Vivenciar a prática da democracia através de seu exercício através de representante

de turma, visando desenvolver a participação, iniciativa, representatividade,

mobilização, criatividade e outros componentes da prática da gestão democrática;

estabelecer metas e objetivos, juntamente com a turma

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Além do conselheiro e vice-líder sugere-se a contribuição de dois conselheiros que

discutirão com o(a) líder as ações a serem desenvolvidas pela turma.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Previsão de horário e dias para realização das atividades;

- Preparo do professor pedagogo;

- Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.

RESPONSÁVEIS

- Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores das

disciplinas.

CRONOGRAMA

Escolha do líder e vice-lider de cada turma no início do ano letivo;

Acompanhamento das atividades e ações ao longo de todo o ano.

5 - Grêmio Estudantil

AÇÃO

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- Mobilização do Grêmio estudantil para pequenas reformas na escola.

- Formação continuada sobre Liderança e processo da instituição;

- Elaboração da proposta de trabalho do Grêmio Estudantil Gestão 2016 - 2017;

- Mobilização para elaboração do Jornal da Escola com produções dos alunos;

- Organização e participação em eventos e atividades esportivas e culturais (Fescutil,

Projeto Terra Limpa, Jogos de integração, Gincana Cultural,...)

OBJETIVOS

- Melhorar a estrutura física da escola, visando um ambiente acolhedor e propício à

aprendizagem;

- Desenvolver o senso de responsabilidade nos alunos, fazendo com que percebem a

importância de suas ações para a escola.

- Mobilizar a comunidade escolar para a elaboração do Jornal da Escola visando

divulgar produções dos alunos;

- Orientar os alunos integrantes do Grêmio estudantil para que realizem um

diagnóstico sobre as necessidades de formação continuada dos estudantes, entre

outras;

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Divulgação da proposta pelos integrantes do grêmio juntamente com a comunidade

escolar;

- Arrecadação de recursos junto a comunidade e os diferentes segmentos da

sociedade;

- Envolvimento dos discentes da escola: divulgação nas salas de aula, trabalho de

conscientização, fiscalização e conservação;

- Envolvimento dos pais, APMF e CE para efetivação dos trabalhos.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Arrecadação de materiais junto a comunidade escolar e demais segmentos da

sociedade;

- Promoções.

RESPONSÁVEIS

- Integrantes do Grêmio estudantil (diretoria);

- Direção e equipe pedagógica

CRONOGRAMA

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- Durante todo o ano letivo, no horário de contra-turno e em alguns horário de aulas

pré-agendados.

6 - Participação dos Pais

AÇÃO

- Mobilização e participação dos pais no cotidiano escolar e no processo educativo;

OBJETIVOS

- Assegurar melhorias no processo ensino-aprendizagem, na conservação do prédio

e do espaço físico e na viabilização de eventos culturais complementares ao processo

educativo.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Fevereiro – Análise do regimento interno e comprometimento das partes, (pais,

alunos, professores e funcionários).

- Março – Definir com o grupo os encontros periódicos para debates, estudos,

atividades esportivas, confraternização, etc.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Pesquisar e propor horário para encontros e estabelecer parcerias;

- Espaço físico, espaços da comunidade.

RESPONSÁVEIS

- Direção e eq. pedagógica; Conselho Escolar; APMF;

- Representantes de pais e dos alunos.

CRONOGRAMA

- Ao longo de todo o ano letivo, conforme datas estabelecidas previamente.

Linha de ação da Proposta Pedagógica

7 - Organização e implantação da proposta das disciplinas – Ensino

Fundamental

AÇÃO

- Tomar conhecimento das DCEs do estado do Paraná, através de leitura, discussões,

proposição e reelaboração da proposta pedagógica, junto ao corpo docente;

- reelaboração e análise da proposta pedagógica das disciplinas do Ensino

Fundamental.

OBJETIVO

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- Ouvir o corpo docente sobre a proposição dos conteúdos curriculares contidos na

proposta;

- Selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o atendimento

das necessidades dos discentes;

- Elaborar a proposta pedagógica das disciplinas que compõem a matriz curricular do

Ensino Fundamental a partir das orientações curriculares do Estado do Paraná,

considerando os aspectos estruturantes: objeto de estudo, pressupostos teóricos,

critérios de seleção dos conteúdos e práticas avaliativas;

- Implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada disciplina,

série e turmas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Utilização da hora-atividade e espaços a serem disponibilizados diante das

necessidades de estudo, análise e reflexão para a proposição de uma ação voltada

para a realidade;

- Estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;

- Sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro organizador.

RECURSOS

- PTD – Plano de Trabalho Docente;

- PPC – Proposta Pedagógica Curricular;

- PPP – Projeto Político Pedagógico;

- DCE - Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

RESPONSÁVEIS

- Direção, equipe pedagógica e professores.

CRONOGRAMA

- Datas do calendário letivo onde estão previstas as Capacitações e Reuniões

Pedagógicas.

8 - Organização e implantação da proposta das disciplinas – Ensino

Médio

AÇÃO

- Organização e implantação da proposta das disciplinas do Ensino Médio.

OBJETIVOS

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- reelaborar a proposta pedagógica a partir das diretrizes curriculares da SEED,

adequado-as a realidade do estabelecimento de ensino.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Leitura e análise do P.P.P, diretrizes curriculares e planejamento do ano anterior;

- Adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos para a

realidade do estabelecimento de ensino e série.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- PTD – Plano de Trabalho Docente;

- PPC – Proposta Pedagógica Curricular;

- PPP – Projeto Político Pedagógico;

- DCE - Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

RESPONSÁVEIS

- Direção e equipe pedagógica e professores.

CRONOGRAMA

- Capacitações e Reuniões Pedagógicas previstas no calendário.

9 - Práticas avaliativas

AÇÃO

- Estudo, análise e reflexão do processo (sistema) de avaliação.

- Estudo de textos que fundamentam a proposta de avaliação previstas no PPP e

Regimento Escolar;

- Relato de experiências bem sucedidas entre os professores nas diferentes

disciplinas.

OBJETIVOS

- Repensar o processo avaliativo inserido na prática pedagógica;

- Estudar a proposta de avaliação do PPP e textos teóricos que auxiliam a

compreensão da concepção de avaliação e possíveis alternativas para a prática;

- Oportunizar momentos para relato de experiências de práticas avaliativas entre os

professores e as respectivas disciplinas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Leitura e reflexão do sistema de avaliação;

- Estudo do texto de avaliação presente no PPP

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- Intervenção se necessária para buscar soluções ao processo de ensino-

aprendizagem.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Textos do PPP e sobre avaliação;

- Dados expressos em gráficos a partir dos dados do SERE.

RESPONSÁVEIS

- Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

- Reunião Pedagógica inicial, a cada Conselho de Classe e prever outras datas no

decorrer do ano conforme necessidade.

10 - Recuperação de estudos: de forma permanente e concomitante

AÇÃO

- Leitura do PPP e do Regimento Escolar, no início do ano letivo, referente a

recuperação de estudos, após a leitura combinar coletivamente a sistematização.

OBJETIVOS

- Desenvolver o plano de recuperação;

- Proporcionar uma aprendizagem significativa aos alunos que apresentam

dificuldades de aprendizagem, em vista da melhoria de seu rendimento escolar.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Retomada de conteúdos utilizando metodologias diferenciadas, contando com ajuda

do Pedagogo se necessário.

CONDIÇÕES RECURSOS

- Sala de aula;

- notebook, projetor.

RESPONSÁVEIS

- Professores de cada disciplina conforme necessidade.

CRONOGRAMA

- Durante todo o ano letivo.

11 - Reuniões Pedagógicas

AÇÃO

- Socialização de conhecimentos e informações.

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OBJETIVOS

- Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação, promovendo aos professores

novas possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar experiências afim de

melhorar suas ações educativas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Leitura de texto, análise e discussão dos mesmos;

- Relatos e depoimentos;

- Registro das informações.

CONDIÇÕES / RECURSOS

- Textos, papel, caneta, retroprojetor, giz, quadro(lousa), projetor.

RESPONSÁVEIS

- Direção e equipe pedagógica;

CRONOGRAMA

- Conforme datas previstas no calendário.

12 - Horário Atividade

AÇÃO

- Socialização de conhecimentos e informações;

OBJETIVO

- Promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar experiências a

fim de melhorar as ações pedagógicas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Relatos e depoimentos;

- Registros das informações;

- Trocas de experiência;

- Paradas com professores de outras disciplinas para discutir sobre problemas

relacionados a turmas com problemas de disciplina e relacionamento.

CONDIÇÕES / RECURSOS

- Papel, caneta, textos, dados estatísticos;

RESPONSÁVEIS

- Direção, equipe pedagógica e professores das diversas disciplinas.

CRONOGRAMA

- nas horas atividades concentradas de cada disciplina.

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Formação Continuada

13 - Participação em cursos /eventos e grupos de estudos

AÇÃO

- Grupo de Estudos, eventos, simpósios, cursos, capacitações.

OBJETIVO

- Oportunizar aos docentes o aperfeiçoamento e atualização dos seus

conhecimentos, levando a uma reflexão da prática educativa, buscando mais

qualidade.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Levantamento de dados da escola quanto ao rendimento escolar e resultados finais;

- Selecionar material de estudos, relacionados ao processo de avaliação da

aprendizagem na escola;

- Formação de grupo de estudos;

- Organização do período estudo.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Salas do Colégio e reprodução do material.

RESPONSÁVEIS

- Direção e equipe pedagógica.

CRONOGRAMA

- conforme cronograma de cursos e capacitações;

- na própria escola nos dias das horas atividades concentradas e nos dias de

Formação Continuada.

14 - Formação de grupos de estudo: pais, alunos, funcionários

AÇÃO

- Viabilizar o processo ensino-aprendizagem de qualidade envolvendo cada

comunidade escolar;

- Escolha dos temas a serem discutidos/estudados segundo as necessidades da

realidade escolar e do grupo a se reunir.

OBJETIVOS

- Buscar soluções para problemas do cotidiano escolar;

- Proporcionar formação pessoal e profissional dos participantes;

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- Trocar experiências entre os segmentos reunidos (pais, alunos, funcionários).

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Formação de grupos para estudo por segmento;

- Escolha de temas segundo a necessidade da escola;

- Discussão, troca de experiências e busca de soluções para os mesmos;

- Motivação pessoal para melhor resultado, visando a auto-estima dos participantes.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Textos diversificados para leituras e estudos;

- Recursos audio-visuais;

- Profissionais especializados na área de interesse.

RESPONSÁVEIS

- Direção, Equipe Pedagógica e profissionais convidados.

CRONOGRAMA

- Durante o ano letivo ou em datas pré-determinadas pelo Calendário Escolar.

LINHA DE AÇÃO: QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E

ESPAÇOS

15 - Identificação dos recursos já existentes: qualificação

AÇÃO

- Levantamento dos equipamentos e espaços verificando suas condições de uso.

OBJETIVOS

- Verificar e analisar os equipamentos e espaços disponíveis no estabelecimento para

enriquecer as aulas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Levantamento dos equipamentos e espaços disponíveis, analisando suas reais

condições de uso;

- Viabilizar o uso ou adquirir equipamentos;

- Adequar os espaços;

- Incentivar o uso dos equipamentos disponíveis.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Verificar a planilha dos recursos e equipamentos existentes visitando os espaços e

avaliando os recursos, verificar as possibilidades de consertos e novas aquisições.

RESPONSÁVEIS

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- Direção, equipe pedagógica, professores das áreas afins, APMF e Conselho Escolar

CRONOGRAMA

- No mês de Março (levantamento);

- Durante o ano todo fazer o uso dos materiais.

16 - Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços

e ambientes...

AÇÃO

- Disponibilizar materiais de pesquisa para professores.

OBJETIVOS

- Estimular o professor a trabalhar de maneira diferenciada;

- Desenvolver o senso de leitura e pesquisa do corpo docente e discente da escola;

- Oferecer subsídios teóricos para a realização da prática pedagógica.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Pesquisa com o corpo docente para saber quais as áreas do conhecimento que

precisam de materiais didáticos pedagógicos;

- Análise e seleção do acervo bibliográfico;

- Melhoria do acervo bibliográfico da biblioteca e videoteca com busca de parcerias;

- Amostra dos materiais coletados para análise coletiva e escolha dos mesmos.

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Levantamento sobre os recursos reais disponibilizados pela escola;

- Análise desses recursos;

- Solicitação de novos recursos ao departamento financeiro da instituição e outros

departamentos como a Secretaria Estadual de Educação e aos órgãos competentes

a esta função.

RESPONSÁVEL

- Equipe Pedagógica e Direção.

CRONOGRAMA

- As atividades citadas serão realizadas durante o ano letivo, com enfoque maior nos

inícios dos semestres.

LINHA DE AÇÃO – OUTRAS ESPECIFICIDADES 17 - Participação em Feiras, Exposições AÇÃO

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- Exposição: Amostra de Trabalhos OBJETIVO

- Demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas do

conhecimento

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Envolvimento do professor e aluno desde a pesquisa, elaboração, apresentação e

na avaliação dos resultados

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Possibilita o uso dos materiais disponíveis como: espaço físico, biblioteca, materiais

didáticos, pedagógicos e de expediente, buscar parcerias na comunidade e entidades

RESPONSÁVEL

- Toda a comunidade escolar

CRONOGRAMA

- no final de cada bimestre, no dia da entrega de boletins, os professores de cada

disciplina, juntamente com os seus alunos, estarão realizando uma amostra das

atividades e trabalhos desenvolvidos em sala.

18 - Atividades esportivas/culturais, articulação da escola com

outros eventos estaduais e locais

AÇÃO

- Gincana Cultural Esportiva.

OBJETIVO

- Promover atividades esportivas, recreativas e culturais, para propiciar a integração

entre os discentes, docentes e comunidade escolar.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- envolver a comunidade escolar em atividades esportivas e culturais, gincana,...

- no final de cada bimestre promover um dia de jogos, privilegiando uma modalidade

esportiva de cada vez (1º bimestre: voleibol; 2º bimestre: basquetebol; 3º bimestre:

futsal e 4º bimestre: handebol)

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Espaço físico (quadra esportiva);

- Materiais didático-pedagógicos e esportivos;

- Materiais recicláveis.

RESPONSÁVEIS

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- Direção, Equipe pedagógica, grêmio, professores de Educação Física.

CRONOGRAMA

- no final de cada bimestre e/ou em outras datas previamente agendadas.

19 – Participação do colégio em eventos e projetos, tais como:

Agenda 2l, Jogos Escolares, Fórum do Meio Ambiente, Projeto Terra

Limpa, Plantas Medicinais, Cooperjovem, FESCULTIL, Agrinho,

viagens de conhecimento,

AÇÃO

- Reunir a comunidade escolar e alunos e apresentar as atividades e projetos que o

colégio estará participando durante o ano letivo.

OBJETIVOS

- Mobilizar a comunidade escolar para participar das atividades previstas.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

- Reunião por segmentos da escola: pais, professores, alunos, APMF, funcionários,

Conselho Escolar;

CONDIÇÕES/RECURSOS

- Papel, textos, vídeos, computador com multimídia...

RESPONSÁVEIS

- Equipe Pedagógica, Direção, Professores das várias disciplinas.

CRONOGRAMA:

- No decorrer do ano letivo.

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BIBLIOGRAFIA

ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. São Paulo, Brasiliense, 1981. BOECHT, IVONE. Pensando a educação na perspectiva de um mundo possível. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Básica – MEC/SEEP, 2001. ------, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9394/96. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. De Angicos e ausentes: 40 anos de educação popular.Porto Alegre: Mova-RS; Corag, 2001. CANDAU, Vera Maria. Rumo à uma nova didática. Editora Vozes. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná FERNANDES, Sueli. A educação especial nas Diretrizes Curriculares. 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação – Cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000a. HELLER, Agnes (1982). Para mudar a vida: felicidade, liberdade e democracia. São Paulo, Brasiliense. KRAMER, Sonia. O que é básico na escola básica? Contribuições para o debate sobre o papel da escola na vida social e na cultura. In: Infância e produção cultural. MAGALHÃES, Aloísio. E triunfo? A questão dos bens culturais no Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985 Paraná: Construindo a escola cidadã. 1.991, Secretaria da educação Superintendência de Educação. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba, 2010. LUCKESI, Verificação ou avaliação “ O que é prática na escola?” – 15 ed. –SP: Cortez, p. 85 – 101, 2003. MARQUES, Mário Osório (1990). "Projeto pedagógico: A marca da escola". Revista Educação e Contexto. Projeto pedagógico e identidade da escola, n2 18. Ijuí: Unijuí, abr./jun. PAN, Mirian. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba:Ibpex, 2008

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PIMENTA, SELMA GARRIDO. A organização do trabalho na escola. In: Revista da Ande, nº 11, p. 29-36, 1.986. Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio. RODRIGUES, Neidson. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. SAVIANI, Dermeval. Para além da curvatura da vara. Revista Ande, n. 3. São Paulo, 1992. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. Editora Libertad, 1.993. São Paulo. VEIGA, Ilma Passos. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. Papirus, 1.998, 2º Edição.

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ANEXO 1

Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar

1. IDENTIFICAÇÃO

Instituição de Ensino: Colégio

Estadual do Campo São Roque

Município:Santa Helena

NRE: Toledo

Coordenadora da Equipe Multidisciplinar: Jaci Germano Pedroso

Componentes da Equipe Multidisciplinar: Jaci Germano Pedroso, Nadir

Teresinha Gatelli Gasparotto, Onilde Primmaz, Mirtes Kipper, Rita Regina Schnorr,

Ivete Maria Holdefer Foletto, Cinthia Nayara de Lima, Graciele Graeff Bazanela,

Loreni Foletto Toigo, Marcelo Bazanela, Daniel Arend, Denice Kelm Alves,

Manuela Cristina Ferreira Campos, Giovani Jair Gasparotto.

2. JUSTIFICATIVA

Após vários debates e discussões no que diz respeito as organizações e

movimentos sociais pela igualdade de direitos algumas políticas públicas estão

sendo implementadas, dentre elas, aquelas que estão relacionadas à educação.

Uma das ações nesse intuito foi a alteração da Lei 9.394/96 que institui as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional incluindo no currículo escolar das redes

pública e privada, no âmbito de toda a Educação Básica, com a lei 10.639/2003, a

obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, modificada

posteriormente pela lei 11.645/08 que acrescenta à temática também a cultura dos

povos indígenas. Entretanto nesta pesquisa, o enfoque será dado somente ao

ensino de História e Cultura Afro-brasileira e africana.

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A diversidade cultural, ao contrário, apresenta-se como referência e

possibilidade de reconhecimento, respeito e encontro de diferentes sujeitos que

foram (e ainda são) social e historicamente, excluídos, oprimidos e desprovidos de

vários direitos, uma vez que pertencem a uma classe social que não detém os

meios de produção social e econômica. Esses sujeitos, dialética e teimosamente,

protagonizam cotidianamente sua história, por serem sujeitos políticos,

epistêmicos e de cultura, individuais e coletivos.

Tendo como referência toda a legislação que ampara a educação para as

relações étnico-raciais, a Equipe Multidisciplinar terá por objetivo a divulgação e

produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que

preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem

as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e

discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial

sobre outro, de um povo sobre outro, sabe-se que a identidade constrói-se

constantemente no interior das relações sociais.

A Lei 10.639, que estabelece o ensino da História da África e da Cultura afro-

brasileira nos sistemas de ensino, foi uma das primeiras leis assinadas pelo

Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Isto significa o reconhecimento da importância

da questão do combate ao preconceito, ao racismo e à discriminação na agenda

brasileira de redução das desigualdades.

Todas as ações a serem desenvolvidas pela Equipe Multidisciplinar estarão

regulamentadas no Projeto Político Pedagógico deste Estabelecimento de Ensino

onde, far-se-á abordagens positivas, sempre na perspectiva de contribuir para que

o aluno afrodescendente mire-se positivamente, quer pela valorização da história

de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a

humanidade, através de estudos, seminários, aulas, produções, painéis, vídeos,

oficinas prática, e reflexões neste sentido.

A Equipe Multidisciplinar procurará supervisionar e desenvolver de ações que

de conta da aplicação efetiva das diretrizes estabelecidas pela Deliberação

04/2006, o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, será um

momento de Mostra das atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo e um

momento em que a comunidade escolar, estará sendo convidada para prestigiar e

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136

participar de atividades. Todas as ações serão registradas e arquivadas no

Estabelecimento de Ensino.

A temática que será discutida nesse ano “Currículo, mídia e relações étnico-

raciais: desnaturalizar representações naturalizadas”, tem por objetivo

compreender as manifestações racistas, preconceituosas e discriminatórias,

dirigidas à população negra e indígena pelos vários recursos midiáticos, bem como

o uso destes recursos na busca pela positivação destes povos, sempre de maneira

articulada com o currículo escolar.

3. OBJETIVO GERAL

O objetivo principal será o reconhecimento e valorização da identidade, história

e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade

de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,

europeias, asiáticas na prática, no interior das salas de aula e nas ações fora dela.

Sendo assim, nossos objetivos específicos são:

- Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar acerca dos diferentes

povos;

- Desenvolver estratégias de conscientização da comunidade escolar para com a

temática, problematizando as relações entre as culturas africana, indígena e

ocidental;

- Socializar os conteúdos e dinâmicas trabalhadas nos Estabelecimentos de

Ensino;

- Divulgar da importância e dos objetivos da Equipe Multidisciplinar e do Ensino de

História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena;

- Constituir acervo bibliográfico;

- Promover ações de enfrentamento ao preconceito e discriminação;

- Mobilizar e sensibilizar os profissionais da educação para a reeducação do olhar

sobre as contribuições próprias da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e

indígena as quais contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade

democrática, multicultural e pluriétnica.

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4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

Ações Práticas didático-pedagógicas para efetivar o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas curriculares. (Plano

de Trabalho Docente)

- Reproduzir imagens em tamanho ampliado de figuras negras e indígenas,

descrevendo a sua biografia;

- Artesanato indígena no estilo arte marajoara;

- Esculturas de negros e indígenas;

- Tecelagem em papel: tramas e trançados baseados nos grafismos indígenas;

- Tapeçaria: tecelagem com linhas, baseados nos grafismos indígenas e

afrodescendente;

- Artesanato em vagonite: baseados nos grafismos indígenas e afrodescendente;

- Seminários sobre a temática;

- Culinárias.

Ação Mobilizadora de Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira,

Quilombola e Indígena. (Extra Classe)

- Divulgar as Diretrizes emanadas da SEED, bem como, implementá-las;

- Realizar pesquisas e atividades que permitam fazer um diagnóstico mais

detalhado sobre os conhecimentos dos temas propostos nas disciplinas.

Ação de incentivo à autodeclaração: Atividades que possibilitam dar voz e

escutar a voz de crianças e adolescentes sobre seu pertencimento étnico-

racial (negros e não negros)

Rodas de conversas e seminários com os alunos, visando a valorização da cultura

africana e indígena;

Pesquisar rituais e confeccionar acessórios da cultura indígena e afrodescendente

mostrando a importância desses povos para a formação histórica e cultural.

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Ações que garantam a participação e atuação multiplicadora dos Agentes

Educacionais e Estudantes integrantes da EM

Realizar debates, palestras, discussões, passeios, assistir filmes entre outros;

Proporcionar momentos de socialização das atividades realizadas entre as

turmas de Colégio (Ensino Fundamental e Médio).

Ações referente ao mês da Consciência Negra: Atividades Culturais e

Seminário

- Cada turma irá pesquisar sobre um prato típico da culinária africana e apresentar

para os demais colegas. Este prato pesquisado será também, compartilhado na

hora do intervalo com todos os alunos do colégio.

- Construção de murais, esculturas afro e indígena;

- Apresentar à comunidade escolar o resultado dos trabalhos realizados em sala

de aula por meio de murais, fotos, site, Watsapp.

Ações pedagógicas o assessoramento e monitoramento das EM das

instituições de ensino.

5. ESTRUTURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES

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139

Ações a

serem

desenvolvi

das

durante o

ano letivo

Encaminh

amentos

das ações

Respon

sáveis

Atores

Envolvi

dos

Estratégi

as

utilizada

s

Material

de apoio

Duração Resultados

esperados

Encaminha

mento das

orientações

sobre o

Grupo de

Estudos da

Equipe

Multidiscipli

nar.

Repasse

das

orientaçõe

s referente

a

organizaçã

o da

equipe

disciplinar

para o

desenvolvi

mento das

ações

Coorden

ador da

equipe

multidisc

iplinar

Integran

tes da

equipe

multidisc

iplinar

Grupo de

estudos,

roda de

conversa

e debate

Textos e

orientaçõ

es da

organizaç

ão da

equipe

multidisci

plinar

Maio

2018

Participação

e

envolviment

o de todos

os

integrantes

da Equipe

Multidiscipli

nar

Palestra/

conversa

Os

professore

s estarão

encaminha

ndo está

ação com

suas

respectivas

turma

conforme o

seu PTD

Profess

ores e

equipe

Multidisc

iplinar

Equipe

multidisc

iplinar e

professo

res e

alunos.

Grupo de

estudos,

roda de

conversa

e debate

Textos,

livros e

computad

ores com

acesso a

internet.

Durante o

mês de

junho/

julho

Conhecer e

valorizar a

importância

desses

povos para

a formação

do povo

brasileiro.

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140

Artesanatos

e Folclore

indígena e

africano

Arte,

história,

português

e

educação

física

professo

res

Equipe

disciplin

ar

professo

res e

alunos

Apresent

ação ao

pais e

alunos

Textos ,li

vros e

computad

ores com

acesso a

internet e

matérias

pedagógi

co, argila,

linhas,

tecidos e

madeira

Durante o

mês de

agosto

Conhecer a

arte, cultura,

costumes e

folclores dos

povos

indígenas e

africanos

Apresentaçã

o e

exposição

dos

artesanatos

confecciona

dos por os

alunos do

colégio

Apresentaç

ão e

exposição

dos

trabalhos

realizados

Equipe

multidisc

iplinar

Profess

ores

Alunos Exposiçã

o

realizada

pelos

alunos e

professor

es de arte

Mural,

mesas e

auditório.

Durante o

mês de

setembro

Expor o

resultado do

trabalho

realizado

pelo coletivo

escolar.

Levantamen

to de

materiais,

estudos e

organização

exposição.

Pesquisa,

textos,

livros

Equipe

multidisc

iplinar

Profess

ores

Equipe

Multidisc

iplinar

professo

res e

alunos

Grupo de

estudos

Textos,

livros e

computad

ores com

acesso a

internet

Durante o

mês de

outubro

Conhecer e

valorizar a

importância

desses

povos para

a formação

do povo

brasileiro.

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141

Seminário

da

Consciência

Negra

(apresentaç

ão e

exposição

dos

trabalhos

realizados

ao longo do

ano letivo;

seção

cinema,

com temas

relacionado

s a cultura

africana

e/ou

indígena;

lanche com

pratos

típicos da

culinária

africana

Organizaç

ão do

seminário,

com a

divisão dos

grupo e

tarefas.

Equipe

multidisc

iplinar

Profess

ores

Equipe

Multidisc

iplinar

professo

res e

alunos

Pesquisa

e

organizaç

ão de

grupos de

trabalhos.

Mural,

mesas,

auditório

e

refeitório.

Durante o

mês de

novembro

Encerramen

to das

atividades.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação deste plano de ação será realizada na medida em que avançarmos no

desenvolvimento de cada ação prevista em direção aos resultados, corrigindo rumos,

adequando ações, corrigindo processos e procedimentos, definindo claramente o que

deve ser desenvolvido com esforço e empenho da equipe multidisciplinar.

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142

Todas as atividades realizadas pela Equipe Multidisciplinar estarão previstas e serão

avaliadas pela comunidade escolar através de participação nas ações a serem

desenvolvidas e análise dos registros feitos pela Equipe e, posteriormente registrada

em atas e arquivadas.

7. REFERÊNCIAS

Constituição Federal.

Convenção 169 OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Declaração das Nações Unidas sobre os Povos Indígenas.

Decreto nº 65810/69, que promulga a convenção internacional sobre a eliminação de

todas as formas de discriminação racial.

Deliberação 04/06, do Conselho Estadual de Educação, que trata das Normas

Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Estatuto da Igualdade Racial - Lei 2288/010

Instrução 017/2006 da SUED, que especifica que a Educação das Relações Étnico-

raciais e o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana passa a ser obrigatória

em todos os níveis e modalidades dos estabelecimentos de ensino da rede pública

estadual de Educação Básica.

Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08 – que tratam a obrigatoriedade de incluir no Currículo

escolar as discussões referentes à História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena.

Lei 7616/89, que define crimes de preconceito de raça ou cor.

Lei 8072/1990 – Lei de crimes hediondos, que inclui crimes relacionados às questões

de gênero.

Lei Federal 8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei Federal nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha.

Lei nº 7437/85, que inclui as contravenções penais à prática de atos resultantes de

preconceito de raça, cor, sexo ou estado civil.

Orientação 05/2017 - DPTE/CFC - Orientações para registro oficial do evento das

Equipes Multidisciplinares 2017.

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PARANÁ. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-raciais II. SEED.

Curitiba. PR. 2008.

PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-brasileira e Africana. SEED.

Curitiba. PR. 2008.

PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo São Roque –

Ensino Fundamental e Médio de Santa Helena – PR – 2017.

Parecer 03/04 das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-

raciais, do Conselho Nacional de Educação.

Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-

brasileira e Africana.

Resolução 01/04, do Conselho Nacional de Educação, que Institui as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino

de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Resolução 3399/2010, relacionada à composição das Equipes Multidisciplinares.

Data:

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ANEXO 2

Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo: Voleibol

CONTEÚDOS

- noção básica das regras da modalidade;

- noção básica dos fundamentos da modalidade;

- posicionamento;

- rodízio;

- recepção, passe, levantamento e ataque;

- saque.

OBJETIVOS

- Influenciar na formação do cidadão de maneira positiva

buscando a inclusão social através de iniciativas e ações didáticas

pedagógicas voltadas para a interação social cooperativa e

competitiva de forma consciente e reflexiva, utilizando o voleibol

como elo deste;

- Utilizar o esporte como mecanismo maior para desenvolvimento

psico-físico-social do aluno, de maneira saudável, orientado com

acompanhamento técnico de profissional habilitado;

- Realizar o intercâmbio social e a solidariedade através do

voleibol;

- Promover a aprendizagem (convivência) em grupos;

- Proporcionar oportunidade à participação em Jogos, amistosos,

te campeonatos, a todos na medida do possível e de acordo com

a interpretação do docente;

- Incentivar a prática do voleibol, como atividade alternativa para

combate ás drogas, evasão escolar, aproveitamento do tempo

ocioso;

- Desenvolver a prática regular de atividades físicas, gerando mais

saúde, equilíbrio psicológico, físico e motor;

- Trabalhar os aspectos técnico/táticos da modalidade;

- Valorizar a modalidade de voleibol;

- Aprimorar as habilidades necessárias para a prática da

modalidade de voleibol.

ENCAMINHAMEN

TOS

METODOLÓGICO

S

Dentre os recursos metodológicos dispostos utilizaremos aqueles que

melhor permitam ao educando a exploração e o controle motor, além

de dar condições a descoberta de novos caminhos, usa-se de

metodologias diferenciadas e dinâmicas que motivem o aluno.

Faremos reflexão sobre os valores: integração, inclusão, socialização

e cooperação. Aulas teóricas com estudo de regras e táticas de jogos,

aulas práticas, vídeos e participações em eventos da modalidade de

treinamento e troca de experiências com atletas de outras escolas.

LOCAL DE

REALIZAÇÃO

As aulas serão realizadas na quadra coberta do colégio.

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RESULTADOS

ESPERADOS

PARA O ALUNO – Pretende-se que os alunos aprendam a jogar

obedecendo as regas básicas do jogo. Executando os

fundamentos com eficiência, possibilitando a participação em

jogos escolares e outras competições locais.

PARA A ESCOLA – Espera-se a diminuição na evasão e

desinteresse escolar e que os alunos participantes adquiram com

o desenrolar das atividades um maior compromisso em zelar pela

infra-estrutura escolar e consequentemente uma maior

responsabilidade e participação nas ações por eles realizadas

tanto nas atividades curriculares desenvolvidas em sala de aula

como também nas atividades realizadas em contra turno.

PARA A COMUNIDADE – Através deste esporte envolver pais de

alunos no acompanhamento e incentivo a modalidade.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT. Esporte na escola e esporte de rendimento.

Movimento – Ano VI – Nº 12 – 2000/1.

Manual de Orientações das Atividades em Contra turno

(SEED/2011),

Manual Operacional de Educação Integral (MEC/2014),

Orientação nº 022/2015 – DEB/SEED, Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica,

http://www.efdeportes.com/efd194/a-importancia-do-voleibol-

enquanto-conteudo.htm

http://www.efdeportes.com/efd194/a-importancia-do-voleibol-

enquanto-conteudo.htm

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes

Curriculares Estaduais da Educação Básica – Educação Física.

2008.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá acontecer pela prática e o desenvolvimento

individual nos fundamentos básicos da modalidade.

Considerando-se que a avaliação deve ser contínua, diagnóstica

e processual. Para que a partir deste resultado saberemos onde

deveremos retomar. Uma das formas que servirá como base para

avalição será o resultado dos alunos em um amistoso, ou jogos

escolares.

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ANEXO 3

Viagens e Visitas Técnicas

Pontos históricos e turísticos da Capital e do litoral paranaense

JUSTIFICATIVA:

O Estado do Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado

na região sul do Brasil, faz divisa com Mato Grosso do Sul a noroeste, São Paulo ao

norte, Santa Catarina ao sul, Argentina a sudoeste, Paraguai a oeste e oceano

Atlântico a leste. Sua área total é de 199.307,922 km² e está dividido em 399

municípios. Sua capital é o município de Curitiba.

O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais

espalhados pela porção do planalto sul, onde o clima é subtropical úmido, como nos

estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul enquanto o resto do Brasil é

tropical. A espécie predominante na vegetação é a Araucaria angustifolia. Os ramos

dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947. Com

100 km de extensão, o litoral do Paraná está inserido no maior remanescente contínuo

de Mata Atlântica do Brasil.

Buscando a formação de cidadãos críticos e conscientes de seus papeis na

sociedade, buscar-se-á através primeiramente das aulas mais teóricas em sala de

aula e posteriormente das visitas técnicas a campo, levar os educandos a

compreenderem as suas raízes históricas, para poderem agirem conscientemente e

mudarem a sua realidade.

OBJETIVO:

Conhecer os principais pontos históricos e turísticos da capital e do litoral paranaense.

ENCAMINHAMENTOS:

Durante as aulas de Geografia e História, os alunos terão a oportunidade de

estudar e conhecer um pouco dos dados histórico e geográficos de nosso estado,

através de aulas expositivas, pesquisas, seminários,...

Após estes estudos e explanação inicial e teórica, buscar-se-á levar os alunos

a conhecerem estes lugares, levando-os a entenderem um pouco mais da sua própria

história.

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LOCAIS A SEREM VISITADOS:

- Ópera do Arame;

- Zoológico;

- Jardim Botânico;

- Parque Barigui;

- Museu Oscar Niemeyer;

- Museu do Holocausto de Curitiba;

- Teatro Guaíra;

- O Pelourinho;

- Praça Tiradentes;

- Estrada da Graciosa;

- Cidade de Antonina;

- Cidade de Morretes;

- Porto de Paranaguá;

- Ilha do Mel;

- Praias de Guaratuba e Matinhos.

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Pontos turísticos de Foz do Iguaçu (Paraná)

JUSTIFICATIVA:

Foz do Iguaçu está localizado no extremo oeste paranaense e conta com uma

população de 264.044 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), de agosto de 2017.

Foz do Iguaçu é considerada um dos municípios mais multiculturais do Brasil,

onde estão presentes mais de 72 grupos étnicos, provenientes de diversas partes do

mundo. Dentre dos principais estão os italianos, alemães, hispânicos (argentinos e

paraguaios), chineses, ucranianos, japoneses. Destaca-se ainda a presença da

segunda maior comunidade libanesa do Brasil e em termos proporcionais, possui a

maior comunidade islâmica do Brasil.

As principais fontes de renda de Foz do Iguaçu são o turismo, que alavanca

também o comércio e a prestação de serviços na região, e a geração de energia

elétrica. É o segundo destino de turistas estrangeiros no país e o primeiro da região

sul.

Foz do Iguaçu é conhecida internacionalmente por suas atrações turísticas, que

trazem visitantes do Brasil e do mundo. As mais famosas são o conjunto de quedas

denominadas Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu e a Hidrelétrica

Binacional de Itaipu (maior hidrelétrica do mundo em produção anual de energia).

OBJETIVO:

Conhecer a história e os pontos turísticos de Foz do Iguaçu.

ENCAMINHAMENTOS:

Após a explanação, aulas teóricas, pesquisas, seminários, trabalhos em grupos,

dentre outros instrumentos avaliativos realizados nas disciplinas de História,

Geografia, Ciências, Física, Biologia, os alunos terão a oportunidade de conhecer os

principais pontos turísticos da cidade de Foz do Iguaçu.

LOCAIS A SEREM VISITADOS:

- Cataratas do Iguaçu;

- Parque Nacional do Iguaçu;

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- Itaipu Binacional;

- Furnas;

- Pólo Astronômico;

- Ecomuseu;

- Porto Katamaran;

- Parque das Aves;

- Marco das Três Fronteiras;

- Museu de Cera;

- Parque dos Dinossauros;

- Templo Budista;

- Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.

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Universidades e Faculdades da região

JUSTIFICATIVA:

Atualmente as exigências do mercado de trabalho estão crescendo

continuamente, o que pode ser explicado dentre outros fatores, pela inserção de

novas tecnologias que exigem uma formação profissional com conhecimentos cada

vez mais abrangentes e sólidos. A competitividade requer maior preparo do

profissional que terá de demonstrar todas as suas competências e habilidades.

O ensino médio já não é tido como suficiente para a qualificação do trabalhador,

logo o ensino médio vem a ser apenas um passo inicial. A busca por uma total

qualificação do indivíduo que almeja as melhores colocações no mercado de trabalho

passa obrigatoriamente pelo ensino superior.

OBJETIVO:

Oportunizar aos educandos da 2ª e 3ª série do Ensino Médio o contato mais direto

com as universidades e faculdades da região, auxiliando-os na escolha profissional

futura.

ENCAMINHAMENTOS:

Durante, principalmente as aulas de sociologia, os professores vêm debatendo

e discutindo sobre as diversas profissões, visando preparar os educandos para as

escolhas futuras e para o mercado de trabalho.

Após esta parte inicial, trabalhada e discutida em sala de aula, os alunos da 2ª

e 3ª série do Ensino Médio, realizarão visitas as universidades e faculdades da região

a fim de conhecerem o funcionamento organizacional destas instituições e a terem

contato com a vida acadêmica.

Nestas ocasiões, os alunos terão também a oportunidade de conversar com os

professores coordenadores dos diversos cursos, tanto os de licenciatura, quanto os

de bacharelado, para conhecerem os cursos, os projetos de pesquisa científica, áreas

de atuação,...

Desta forma, os alunos terão a oportunidade de conhecerem um pouco mais

sobre alguns cursos, mercado de trabalho e sobre a importância do estudo para uma

ascensão profissional, socioeconômica e consequentemente, melhor qualidade de

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vida. Além de estar auxiliando os alunos que ainda não escolheram a área que

gostariam de continuar os seus estudos a realizaram as suas escolhas futuras.

LOCAIS A SEREM VISITADOS:

- Uniguaçu Faesi – Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu;

- UDC - Medianeira

- Unipar – Toledo

- Centro Universitário FAG – Fundação Assis Gurgacz – Toledo e Cascavel

- Univel – Cascavel

- Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Cascavel

- UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Santa Helena

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UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

JUSTIFICATIVA:

As aulas práticas, principalmente na área das Ciências da Natureza (Física,

Química, Biologia e Ciências), geram uma aprendizagem mais dinâmica e

investigativa. A partir do manuseio de equipamentos e instrumentos, sempre com

orientação e supervisão do professor, os alunos colocam em prática as informações

vistas na sala de aula, o que facilita e estimula o aprendizado. O resultado é uma

melhor compreensão e assimilação dos conteúdos curriculares.

Para favorecer a participação dos alunos nas atividades realizadas no

laboratório, as mediações do professor são fundamentais para uma melhor

apropriação dos conhecimentos, devendo instigá-los a pensarem sobre os fenômenos

observados, orientá-los nas observações, análises e conclusões.

A realização de experimentos e atividades práticas é um fator determinante,

pois ajuda a tornar a aprendizagem mais eficiente na medida em que torna o

aprendizado mais significativo.

OBJETIVO:

Aprofundar os conteúdos e conhecimentos produzidos em sala de aula.

ENCAMINHAMENTOS:

Através do Projeto de Extensão da UTFPR “Práticas interdisciplinares: uma

possibilidade para a aproximação universidade – escola”, os alunos do 6º ano do

Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio terão a oportunidade de estudarem

na prática (visitas ao Refúgio Biológico, aulas no Laboratório de Ciências e Biologia

da UTFPR) os conteúdos estudados em sala de aula. Ou seja, os alunos terão a

oportunidade de revisarem e aprofundarem ainda mais os conhecimentos produzidos

em sala de aula, nas disciplinas de Física, Química, Biologia e Ciências.

LOCAL A SER VISITADO:

UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus de Santa Helena.

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ANEXO 4

Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil Na Escola

JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após

terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o

Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos,

promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são

mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente

capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas

preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de

educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender as

disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho

natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado

do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais

ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das

escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo

momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do

Estado do Paraná. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma

cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,

com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do

Corpo de Bombeiros;

• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de

Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas

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a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se

ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;

• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de

Educação;

• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da

vida dos ocupantes desses locais.

ESTRATÉGIAS O Coordenador Local do Programa é o Diretor do estabelecimento de ensino.

Ao diretor do estabelecimento escolar cabe a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar, que é composta por um grupo de cinco servidores

efetivos do estabelecimento e que atuarão em situações emergenciais, além de

desenvolverem ações no sentido de:

• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade

escolar;

• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de

forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,

por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser

registrado em calendário escolar;

• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de

Abandono;

• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em livro ata específico ao Programa;

• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

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A composição da brigada escolar deve ser aprovada pelo Conselho Escolar do

estabelecimento de ensino, e ter o seu registro em ata. Os brigadistas participam de

um curso de capacitação e de formação na modalidade de ensino a distância – EaD,

com carga horária de 60 (sessenta) horas e também de um curso presencial, com

carga horária de 08 (oito) horas. Ambos os cursos – EaD e presencial - serão

ofertados pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. ATIVIDADES PERMANENTES:

A direção do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e

Médio, terá como responsabilidade, coordenar o trabalho de implantação e

implementação do Plano de Abandono.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de

exercícios simulados e em tempo razoável.

Esses exercícios simulados serão realizados uma vez por semestre, com datas

já previstas em Calendário Escolar.

Ao longo de todo o ano a Brigada Escolar do Colégio Estadual do Campo São

Roque, estará buscando e participando de cursos de aperfeiçoamento e

desenvolvendo ações que visam prevenir situações de riscos e de como agir em caso

de sinistros e emergência. Desenvolverá ações, tais como:

Sinalização de saídas de emergências;

Instalação da iluminação de emergência;

Sistema de proteção por extintores de incêndio;

Instalação de hidrantes nas dependências do colégio;

Organizar o plano de abandono e prever revisões periódicas;

Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar, para a

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino;

Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e de condutas

rotineiras da comunidade escolar.

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ANEXO 5

Plano de Ação da Instituição

DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

Há abandono da

escola pelos alunos?

O documento

Caderno do

Programa Combate

ao Abandono Escolar

é conhecido e suas

orientações são

efetivadas?

Desinteresse;

Estrutura familiar;

Falta de perspectiva;

Promover o retorno

no menor tempo

possível;

Alunos que trabalham

não conseguem

estudar durante o dia;

Falta de ensino

noturno.

Aluno e família - Visitas à família para conversar e

estimular o aluno;

- Atividades diferenciadas e

individuais;

- Identificar e buscar junto aos pais

a causa das frequências

irregulares as aulas e buscar

solução para saná-las;

- Envolvimento da família nas

ações propostas pela escola.

Durante o ano

todo.

Profissionais da

educação.

Há formas de

acolhimento e de

recuperação de

conteúdos para os

alunos que retornam

do abandono?

Fazer o retorno e a

permanência do

aluno na escola;

Participação dos

alunos nos

programas de contra-

turno, para promover

a recuperação de

conteúdos;

Alunos.

- Conversas com os pais e alunos,

envolvendo a família nas ações

propostas pela escola.

- Registrar em ata o modo como

será ofertada recuperação de

conteúdos, após conversa com o

aluno e pais.

Durante o ano

todo.

Profissionais da

educação e pais.

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Atendimento mais

individualizado em

sala de aula.

A escola tem formas

de atender aos

alunos com

defasagem de

aprendizagem?

Superar as

dificuldades de

aprendizagem.

Alunos.

Realização de atendimento

individualizado, buscando sanar as

dificuldades específicas;

Buscar na Hora Atividade atender

a estes alunos com dificuldade na

aprendizagem.

Durante o ano

todo.

Profissionais da

educação.

A escola com

educação profissional

possui parcerias para

estágios?

Não ofertamos essa

modalidade de

ensino.

A escola propõe

formas de melhorar a

qualidade de ensino

e a taxa de

aprovação?

Superar as

dificuldades

individuais de

aprendizagem dos

alunos com

defasagem ou

necessidades mais

específicas.

Alunos com

dificuldades de

aprendizagem.

Atividades diferenciadas e

conversas, buscando amenizar as

necessidades e inclusão em Sala

de Recurso, quando necessário.

Durante o ano

todo.

Profissionais da

educação.

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DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

É realizado o

acompanhamento

periódico e contínuo

do processo de

aprendizagem dos

alunos e promovida a

recuperação paralela,

se necessária, pelos

docentes ?

Atingir 100% dos

professores.

Professores

- Orientar individualmente os

professores;

- Apresentar documentos que se

referem as recuperações (PPP,

Regimento Escolar)

Início do ano

letivo e durante

todo o período

escolar

Equipe

Pedagógica,

Direção e

Professores

Há diversificação dos

instrumentos de

avaliação dos alunos,

considerando as

especificidades e

metodologias

utilizadas pelos

docentes?

Aumentar as

orientações

referentes aos

diferentes tipos de

necessidades

apresentados pelos

alunos;

Atingir 100% dos

professores

Professores

- Utilizar os diferentes meios e

modos de avaliar;

- Buscar auxílio para um

diferencial em sala de aula.

Durante todo o

ano letivo.

Professores,

Equipe

Pedagógica e

Direção

São utilizados os

indicadores oficiais de

avaliação das escolas

e redes de ensino

para (re)planejamento

da prática

pedagógica?

Atingir as metas

estabelecidas para

melhoria nos índices

educacionais

Comunidade

Escolar

Simulados; Avaliações internas;

divulgação dos índices para a

comunidade.

Bimestral

Professores,

Equipe

Pedagógica,

Direção e

alunos.

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Há formas de

avaliação da atuação

dos profissionais da

escola?

Parar para fazer a

conscientização dos

alunos, para que

entendam o que se

quer fazer.

Comunidade

Escolar

Formulário de avaliação, onde os

alunos poderiam criticar e sugerir

soluções.

Bimestral

Professores,

Equipe

Pedagógica,

Direção, alunos

e comunidade

escolar

Há inserção dos

alunos no mundo do

trabalho? (para os

colégios com

Educação

profissional)

Outros

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DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

O ambiente da escola

é cooperativo e

solidário?

Conscientizar todos da importância do trabalho cooperativo; - Atingir 100 %.

Comunidade

Escolar

Conversas de conscientização.

Há comprometimento entre professores, alunos e pais?

- Conscientizar os pais sobre a importância da participação e comprometimento na vida escolar e na comunidade escolar; - Conscientizar os alunos sobre a importância dos estudos (mais responsabilidade e comprometimento com os estudos)

Pais Alunos Professores

Conversar individualmente com os pais mais resistentes e evidenciar os deveres dos responsáveis.

Durante o ano todo.

Profissionais da educação.

Há respeito entre todos na escola?

- Há falta de respeito de alguns alunos com colegas, professores e funcionários da escola; - Mais respeito dos professores para com os colegas;

Alunos, professores e funcionários.

- Promover palestras, agir e cobrar conforme estabelecido no Regimento Escolar; - Atividades práticas; valores; gentileza gera gentileza.

Durante o ano todo.

- Profissionais da educação - Grêmio Estudantil

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- Mais respeito entre os professores (falar mal do colega de trabalho).

Há discriminação ou

preconceito

evidenciado na

escola?

Enxergar as diferenças, apenas como diferenças e não tratar os outros como inferiores; Respeitar as diferenças e crescer com suas experiências.

Comunidade escolar.

- Palestras evidenciando os direitos e deveres; - Trabalhar em sala de aula, nos próprios conteúdos disciplinares.

Durante o ano todo.

Profissionais da educação.

A disciplina existente

no espaço escolar

permite a atenção

necessária ao

processo de ensino e

aprendizagem?

Conscientizar sobre a importância de aproveitar a oportunidade de estarem estudando.

Alunos.

Dialogar; Palestras sobre profissões.

Ano todo.

Profissionais da educação.

Outros

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DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

Todos os profissionais

da escola participam

da Semana

Pedagógica?

Buscar o

comprometimento de

todos;

Antecipação da

contratação dos

funcionários (PSS).

Todos os

funcionários da

comunidade

escolar.

Definir a contratação de todos os

funcionários antes da semana

pedagógica.

Início do ano

letivo

Direção.

Todos os profissionais

da escola participam

do Formação em

Ação?

Buscar o

comprometimento de

todos.

Todos os

funcionários da

escola.

Fornecer incentivos aos

participantes.

Durante o ano

todo.

SEED.

A hora atividade é

utilizada para cumprir

seus objetivos,

segundo a legislação?

Sempre que possível,

concentrar as horas

atividades.

Professores.

Disponibilizar recursos mais

avançados e ágeis.

Durante o ano todo.

SEED, direção e

Equipe

Pedagógica.

Há equipe

multidisciplinar atuante

na escola?

Concentrar todos os

participantes em um

mesmo horário.

Professores e

funcionários da

escola.

Atribuir incentivos financeiros.

Encontros

mensais aos

sábados.

SEED e Equipe

Pedagógica.

Os estudos de

Formação do

professor PDE

revertem em ações

relevantes para a

escola?

Tornar as ações

contínuas na escola e

não apenas durante

o PDE.

Professores da

escola e alunos.

Ampliar os projetos PDE para

todos os professores e turmas.

Semestre.

Equipe

Pedagógica e

professores.

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Os materiais

disponíveis no portal

da SEED são

utilizados na formação

dos professores?

- Apresentar

materiais de

qualidade e com

conteúdos mais

relevantes à

realidade da escola;

- Pesquisar e utilizar

na sua prática em

sala de aula.

Comunidade

escolar.

Trabalhar com os materiais

durante a Semana Pedagógica e

Formações.

Todos os anos.

Direção e Equipe

Pedagógica.

A formação do

professor especialista

em Educação Especial

ocorre de forma

colaborativa com os

professores das

disciplinas?

- A SEED

disponibilizar

formação aos

professores de

Educação Especial;

- Troca dos

profissionais a cada

ano.

Professores e

funcionários da

escola.

Ter um profissional do Núcleo

para efetivar o trabalho de

formação, em cada uma das

áreas de estudo, com sugestões

de trabalho e troca de

experiências.

Semestralmente.

SEED.

Cursos e Formação. Liberar os

profissionais para

participarem de

formação.

Professores e

funcionários da

escola.

Fazer parceiras com

universidades.

Semestralmente.

SEED.

Outros

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DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

As informações

pertinentes à escola

são disponibilizadas a

toda comunidade

escolar?

Como tem

professores que

trabalham em várias

escolas, por vezes

acabam não tendo

acesso as

informações e

orientações

repassadas.

Professores e

funcionários.

- Manter um quadro próprio para

avisos;

- Sempre que possível conversar

com o funcionário que não estava

presente na hora do repasse dos

recados;

- Criar o grupo do whatsApp para

o repasse das informações;

- Mandar as informações por e-

mail.

O ano todo.

Equipe Gestora e

Secretários.

Há participação

atuante das Instâncias

Colegiadas na escola?

Envolver essas

instâncias em horário

comercial.

Comunidade

escolar.

Procurar reuni-los no período

noturno, pois assim terá maior

disponibilidade de participação.

O ano todo

Equipe Gestora

Estudantes, pais,

mães ou responsáveis

legais participam

ativamente da escola?

Conseguir um maior

envolvimento na

aprendizagem dos

filhos.

Comunidade

escolar.

- Solicitar aos pais que

acompanhem seus filhos em casa,

em relação as atividades

escolares;

- Proporcionar palestras aos pais,

sobre a importância da presença

da família na vida escolar dos

filhos e que contribuição esse

envolvimento traz;

- Envolver os pais nas atividades e

projetos escolares;

O ano todo Equipe Gestora,

professores,

funcionários e

pais

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- Roda de conversa com os pais,

por turma (chamar um psicólogo).

A comunidade escolar

participa da definição

da utilização dos

recursos financeiros

destinados à escola?

Maior autonomia para

aquisição de

materiais, de acordo

com as necessidades

da escola (PDDE e

Fundo Rotativo)

Comunidade

escolar.

Solicitar mudanças nas leis.

O ano todo.

Equipe Gestora.

Outros

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DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO

ALVO

AÇÕES A SEREM

REALIZADAS

CRONOGRAMA RESPONSÁVEL

A Proposta

Pedagógica Curricular

(PPC) é definida e

conhecida por todos?

Não, cada um

conhece na sua

disciplina; Todos

terem conhecimento

de todas as

disciplinas.

Funcionários da

escola.

Momentos de estudo sobre a

PPC, durante a Semana

Pedagógica ou (re) Planejamento

Início do ano

letivo.

Equipe

pedagógica.

Os docentes elaboram

e cumprem o que está

previsto no PTD?

- Redução da carga

horária;

- Inclusão dos

conteúdos

obrigatórios.

Professores.

Adequar o planejamento do

conteúdo de acordo com a carga

horária;

Momentos de estudos

interdisciplinares.

Durante o

período letivo.

Equipe gestora e

professores.

Há contextualização

dos conteúdos

disciplinares?

Maior aproveitamento

da hora atividade;

Montar a Hora

Atividade

concentrada.

Professores.

Melhorar as tecnologias

disponíveis;

Momento de planejamento em

conjunto / áreas afins.

Durante o

período letivo.

Professores.

Há variedades de

estratégias e recursos

de ensino-

aprendizagem

utilizados pelos

docentes?

Diversificar ainda

mais as

metodologias.

Professores e

alunos.

- Maior aproveitamento da hora

atividade; - Melhorar as

tecnologias disponíveis.

Durante o

período letivo.

Professores e

Equipe

Pedagógica.

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Há atendimento

Educacional

Especializado/

AEE

Maior interação entre

o professor do AEE e

de sala de aula, troca

de experiências.

Professores.

Organizar um momento para a

troca de informações.

Durante o

período letivo.

Equipe

Pedagógica e

professores.

As questões sócio

educacionais são

consideradas nas

práticas pedagógicas?

Conhecer a realidade

das famílias.

Comunidade

escolar.

Conversas em particular com

pais e alunos;

Roda de conversa com os pais,

por turma.

Durante o

período letivo.

Professores e

Equipe

Pedagógica.

Há um planejamento

da equipe pedagógica

acerca da conclusão

do nível de ensino

para o estudante da

EJA?

Não ofertamos essa

modalidade de

ensino.

Outros

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ANEXO 6

Plano de Ação da Instituição

(Este planejamento foi elaborado no início do ano letivo, juntamente com a escola municipal e Instâncias Colegiadas)

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO SÃO ROQUE – ENS. FUND. E MÉDIO

ESCOLA MUN. PEDRO ÁLVARES CABRAL – ED. INF. E ENS. FUNDAMENTAL

“Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos. ”

PLANEJAMENTO PARA O ANO LETIVO DE 2018

MARÇO

* 16, 17 e 18: 22ª Festa do Peão de Boiadeiro

SUGESTÕES:

- pontualidade;

- no sábado a noite, fazer dois turnos de trabalho.

RESPONSÁVEIS: APMF, Conselho Escolar e direções.

* Páscoa - Quinta–feira santa – (quarta-feira - 28/03/2018)

SUGESTÕES:

- Escola municipal: gincana;

- Escola estadual: filme (sugestão: Deus não está morto II);

- doces/lembrancinhas para todos os alunos.

RESPONSÁVEIS: APMF, direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.

ABRIL

* Projeto Terra Limpa (15/04 - Dia do Solo)

SUGESTÕES:

- cada professor organiza a atividade que deseja realizar com determinada turma e passa

para a equipe pedagógica ou direção.

RESPONSÁVEIS: direções, equipes pedagógicas e professores.

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JULHO

* Dia 13 – Festa Julina

SUGESTÕES:

- fazer mais espetinhos;

- espaço separado para as crianças se organizarem/concentrarem para as apresentações;

- após a apresentação das danças dos alunos, fazer uma apresentação dos funcionários;

RESPONSÁVEIS: APMF, Grêmio Estudantil, direções, equipes pedagógicas, professores

e funcionários.

AGOSTO

* Dia ________ - Atividades referentes a Semana da Família

SUGESTÕES:

- atividades esportivas, recreativas e bingo, envolvendo as famílias;

- sugestão de lanche: cachorro-quente.

RESPONSÁVEIS: direções, equipes pedagógicas, professores, funcionários e grêmio

estudantil.

SETEMBRO

* Dia 09 – Desfile Cívico e Porco no tacho

DESFILE: Uniforme

SUGESTÕES:

- realizar na parte da tarde, torneio de canastra e bolãozinho;

- fazer as inscrições antecipadas.

RESPONSÁVEIS: APMF, direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.

OUTUBRO

* Dia ______ – Dia do Professor/Funcionário

SUGESTÕES:

- Jantar em um Pesque e Pague;

- ver da possibilidade de realizar um amigo secreto.

RESPONSÁVEIS: Direções.

NOVEMBRO

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* Dia 20 – Dia da Consciência Negra

SUGESTÕES:

- realizar o Dia do Diferente (valorização de todas as culturas);

- exposição dos trabalhos realizados em sala de aula.

RESPONSÁVEIS: Direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.

DEZEMBRO

* Dia 08 – Formatura

SUGESTÕES:

- Mais participação dos funcionários.

RESPONSÁVEIS: APMF, direção, coordenação pedagógica, professores, funcionários e

formandos.

* Dia 18 – Assembleia de encerramento do ano letivo, com apresentações natalinas

SUGESTÕES:

- mais no início de dezembro, realizar as apresentações natalinas e no último dia de aula

(19/12/18) realizar assembleia, entrega de boletins e assinatura de relatórios.

RESPONSÁVEIS: APMF, direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.

* SUGESTÕES GERAIS PARA O BOM ANDAMENTO DO ANO LETIVO:

- continuar realizando as atividades referentes ao “Dia da Criança”, aqui nas dependências

das escolas.

“O futuro não é o resultado de um jogo de sorte ou de azar. É, sim, o resultado lógico de decisões

tomadas no presente.”

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ANEXO 7

Calendário Escolar – 2018

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ANEXO 8

Ata de aprovação do PPP

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