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1 Projeto de Abertura do Curso de Licenciatura em Educação do Campo Habilitações em: Ciências Agrárias Ciências da Natureza e Matemática. Dois Vizinhos 2010 Ministério da educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos Diretoria de Graduação e Educação Profissional UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR

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Projeto de Abertura do Curso de

Licenciatura em Educação do Campo Habilitações em: • Ciências Agrárias • Ciências da Natureza e Matemática.

Dois Vizinhos 2010

Ministério da educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos

Diretoria de Graduação e Educação Profissional

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁPR

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Projeto de Abertura do Curso de

Licenciatura em Educação do Campo Habilitações em:

• Ciências Agrárias • Ciências da Natureza e Matemática.

Projeto apresentado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação – COEPP pela Comissão designada por portaria nº 065 de 25 de junho de 2009 e pela Direção do Campus Dois Vizinhos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Comissão de Elaboração: Profª MSc. Vanice Schossler Sbardelotto Prof. Dr. Alfredo de Gouvêa Prof. Dr. Celso Eduardo Pereira Ramos Prof. MSc. Serinei Cesar Grigolo

Dois Vizinhos 2010

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ÍNDICE

1 HISTÓRICO ...................................................................................................................04 1.1 Histórico da UTFPR....................................................................................................04 1.2 Histórico do Campus Dois Vizinhos............................................................................08 2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO....................................................................................... 10 3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA.................................................................11 3.1 Concepção do curso...................................................................................................11 3.2 Justificativa e finalidades............................................................................................13 3.2.1 Introdução .................. ...........................................................................................13 3.2.2 Caracterização da Região Sudoeste do Paraná.....................................................13 3.2.3 Demanda Regional de Formação em Licenciatura em Educação do Campo ........19 3.2.4 Trajetória da Licenciatura em Educação do Campo...............................................22 3.2.5 A Demanda de Formação de Professores para o campo........................................26 3.2.6 Origem da Educação do Campo..............................................................................27 3.3 Objetivos do Curso......................................................................................................29 3.4 Competências, Habilidades e Atitudes Esperadas do Egresso .................................30 3.5 Perfil Profissional........................................................................................................31 3.6 Titulo Profissonal, Atribuções e Campo de Atuação Profisional.................................31 4 MATRIZ CURRICULAR................................................................................................32 4.1 Lógica da Organização Curricular...............................................................................33 4.2 Composição da Formação..........................................................................................34 4.2.1 Ênfases e Núcleos Formadores .................. ..........................................................38 4.3 Matriz Curricular do curso...........................................................................................40 4.4 Disciplinas por Semestre/Periodização.......................................................................41 4.5 Ementário das Disciplinas...........................................................................................65 4.7 Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório...........................................................65 4.8 Trabalho de Conclusão de Curso............................................................................ ...66 4.9 Planos de Ensino e Referências Bibliográficas...........................................................66 5 INFRA-ESTRUTURA DO CURSO................................................................................66 5.1 Instalações e Equipamentos.......................................................................................66 5.2 Biblioteca e Acervo Bibliográfico.................................................................................67 5.3 Setores de produção e pesquisa................................................................................67 5.4 Laboratórios..............................................................................................................71 6 CORPO DOCENTE ......................................................................................................74 6.1 Relação de Docentes..................................................................................................74 6.2 Relação das disciplinas/núcleos e docentes ministrantes..........................................76 ANEXOS............................................................................................................................80 ANEXO A – Regulamento acadêmico...............................................................................81

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1 HISTÓRICO

1.1 HISTÓRICO DA UTFPR A instituição atualmente denominada Universidade Tecnológica Federal do Paraná

iniciou suas atividades no começo do século XX, quando em 23 de setembro de 1909,

através do Decreto Presidencial nº 7.566, foi institucionalizado o ensino profissionalizante no

Brasil. Em 16 de janeiro de 1910, foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artífices de

Curitiba, à semelhança das criadas nas capitais de outros estados da federação. O ensino

ministrado era destinado, inicialmente, às camadas mais desfavorecidas e aos menores

marginalizados, com cursos de ofícios como alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria.

Em 1937, a Escola iniciou o ensino ginasial industrial, adequando-se à Reforma

Capanema. Nesse mesmo ano, a Escola de Aprendizes Artífices passou a ser denominada

de Liceu Industrial de Curitiba e começou o Ensino Primário. A partir de 1942, inicia o ensino

em dois ciclos. No primeiro, havia o Ensino Industrial Básico, o de Mestria, o Artesanal e o

de Aprendizagem. No segundo, o Técnico e o Pedagógico. Com essa reforma, foi instituída

a Rede Federal de Instituições de Ensino Industrial e o Liceu mudou a denominação para

Escola Técnica de Curitiba. Em 1943, surgem os primeiros Cursos Técnicos: Construção de

Máquinas e Motores, Edificações, Desenho Técnico e Decoração de Interiores. Em 1944, é

ofertado o Curso Técnico em Mecânica.

Em 1946, foi firmado um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos visando ao

intercâmbio de informações relativas aos métodos e à orientação educacional para o ensino

industrial e ao treinamento de professores. Decorrente desse acordo criou-se a Comissão

Brasileiro-Americana Industrial (CBAI), no âmbito do Ministério da Educação. Os Estados

Unidos contribuíram com auxílio monetário, especialistas, equipamentos, material didático,

oferecendo estágio para professores brasileiros em escolas americanas integradas à

execução do Acordo. A então Escola Técnica de Curitiba tornou-se um Centro de Formação

de Professores, recebendo e preparando docentes das Escolas Técnicas de todo o país, em

cursos ministrados por um corpo docente composto de professores brasileiros e

americanos.

Em 1959, a Lei nº 3.552 reformou o ensino industrial no país. A nova legislação

acabou com os vários ramos de ensino técnico existentes até então, unificando-os. Permitiu

maior autonomia e descentralização da organização administrativa e trouxe uma ampliação

dos conteúdos da educação geral nos cursos técnicos. A referida legislação estabeleceu,

ainda, que dois dos membros do Conselho Dirigente de cada Escola Técnica deveriam ser

representantes da indústria e fixou em 4 anos a duração dos cursos técnicos, denominados

então cursos industriais técnicos. Por força dessa lei, a Escola Técnica de Curitiba alterou o

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seu nome, à semelhança das Escolas Técnicas de outras capitais, para Escola

Técnica Federal do Paraná.

No final da década de 60, as Escolas Técnicas eram o "festejado modelo do novo

Ensino de 2° Grau Profissionalizante", com seus alunos destacando-se no mercado de

trabalho, assim como no ingresso em cursos superiores de qualidade, elevando seu

conceito na sociedade. Nesse cenário, a Escola Técnica Federal do Paraná destacava-se,

passando a ser referência no estado e no país.

Em 1969, a Escola Técnica Federal do Paraná, juntamente com as do Rio de Janeiro

e Minas Gerais, foi autorizada por força do Decreto-Lei nº 547, de 18/04/69, a ministrar

cursos superiores de curta duração. Utilizando recursos de um acordo entre o Brasil e o

Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), foram implementados três

Centros de Engenharia de Operação nas três Escolas Técnicas referidas, que passaram a

oferecer cursos superiores. A Escola Técnica Federal do Paraná passou a ofertar cursos de

Engenharia de Operação nas áreas de Construção Civil e Eletrotécnica e Eletrônica, a partir

de 1973.

Cinco anos depois, em 1978, a Instituição foi transformada em Centro Federal de

Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR), juntamente com as Escolas Técnicas

Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que também ofereciam cursos de ensino

superior de curta duração. Era um novo modelo de instituição de ensino com características

específicas: atuação exclusiva na área tecnológica; ensino superior como continuidade do

ensino técnico de 2º Grau e diferenciado do sistema universitário; acentuação na formação

especializada, levando-se em consideração tendências do mercado de trabalho e do

desenvolvimento; realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços à comunidade.

Essa nova situação permitiu no CEFET-PR, a implantação dos cursos superiores com

duração plena: Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrotécnica, Engenharia

Industrial Elétrica, ênfase em Eletrônica/Telecomunicações e Curso Superior de Tecnologia

em Construção Civil. Posteriormente, em 1992, passaria a ofertar Engenharia Industrial

Mecânica em Curitiba e, a partir de 1996, Engenharia de Produção Civil, também em

Curitiba, substituindo o curso de Tecnologia em Construção Civil, que havia sido

descontinuado.

Em 1988, a instituição iniciou suas atividades de pós-graduação "stricto sensu" com

a criação do programa de Mestrado em Informática Industrial, oriundo de outras atividades

de pesquisa e pós-graduação "lato sensu", realizadas de forma conjunta, com a

Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná

(PUC-PR), além da participação do governo do Estado do Paraná como instituição de apoio

ao fomento. Mais tarde, em 1991, tendo em vista a interdisciplinaridade existente nas

atividades de pesquisa do programa, que envolviam profissionais tanto nas áreas mais

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ligadas à Engenharia Elétrica quanto aqueles mais voltados às áreas de Ciência

da Computação, o Colegiado do Curso propôs que sua denominação passasse a

ser de "Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial" (CPGEI),

o que foi aprovada pelos Conselhos Superiores do CEFET-PR.

A partir de 1990, participando do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino

Técnico, o CEFET-PR estendeu sua ação educacional ao interior do estado do Paraná com

a implantação de suas Unidades de Ensino Descentralizadas nas cidades de Medianeira,

Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Pato Branco. Em 1994, o então CEFET-PR, através de

sua Unidade de Pato Branco, incorporou a Faculdade de Ciências e Humanidades daquele

município. Como resultado, passou a ofertar novos cursos superiores: Agronomia,

Administração, Ciências Contábeis, entre outros. No ano de 1995, foi implantada a Unidade

de Campo Mourão e, em 2003, a Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos foi

incorporada ao CEFET-PR, passando a ser a sétima UNED do sistema. .

Em 1995, teve início o segundo Programa de Pós-Graduação "stricto sensu", o

Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE), com área de concentração em

Inovação Tecnológica e Educação Tecnológica, na UNED Curitiba.

Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96 de

20 de dezembro de 1996, desvincula a educação profissional da educação básica. Assim,

os cursos técnicos integrados são extintos e passa a existir um novo sistema de educação

profissional, ofertando cursos nos níveis básico, técnico e tecnológico, no qual os Centros

Federais de Educação Tecnológica deveriam prioritariamente atuar. A partir de então, houve

um redirecionamento da atuação do CEFET-PR para o Ensino Superior, prosseguindo com

expansão também da Pós-Graduação, baseada num plano interno de capacitação e

ampliada pela contratação de novos docentes com experiência e titulação.

Devido a esta mudança legal, a UTFPR interrompe a oferta de novas turmas dos

cursos técnicos integrados a partir de 1997. Este nível de ensino continuou a ser

contemplado em parcerias com instituições públicas e privadas, na modalidade pós-médio.

Em 1998 iniciou-se o Ensino Médio, antigo 2º grau, desvinculado do ensino

profissionalizante e constituindo a etapa final da educação básica, com duração mínima de

três anos, ministrado em regime anual.

Em 1999, tiveram início os Cursos Superiores de Tecnologia, como uma nova forma

de graduação plena, proposta pelo UTFPR em caráter inédito no País, com o objetivo de

formar profissionais focados na inovação tecnológica.

Também em 1999 o CPGEI iniciou o doutorado em Engenharia Elétrica e Informática

Industrial.

Em fevereiro de 2001 começou a funcionar em Curitiba, com o nome de Programa

de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais um curso de mestrado,

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envolvendo professores de diferentes áreas como: Física e Química e Mecânica.

No ano de 2002 ocorreu a primeira defesa de dissertação do programa.

Em 2003 a Unidade de Ponta Grossa passa a ofertar o mestrado em Engenharia de

Produção, comprovando o crescimento da pós-graduação, juntamente com a interiorização

das atividades do sistema. Na continuidade, em 2006, foi aprovado o Programa de Pós-

Graduação em Agronomia (PPGA), em Pato Branco; em 2008, o Programa de Pós-

Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia (PPGECT), em Ponta Grossa. Em 2009, a

UTFPR acrescenta mais dois Programas de Pós-Graduação, um em Engenharia Elétrica

(PPGEE), em Pato Branco, e outro em Engenharia Civil (PPGEC), em Curitiba.

Em outubro de 2005 pela Lei Federal 11.184, O CENTRO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA tornou-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Os

alicerces para a Universidade Tecnológica foram construídos desde a década de 70, quando

a Instituição iniciou sua atuação na educação de nível superior. Assim, após sete anos de

preparo e obtido o aval do Governo Federal, o Projeto de Lei n° 11.184/2005 foi sancionado

pelo Presidente da República, no dia 7 de outubro de 2005, e publicado no Diário Oficial da

União, em 10 de outubro de 2005, transformando o Centro Federal de Educação

Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) em Universidade Tecnológica Federal do Paraná

(UTFPR), a primeira do Brasil.

A iniciativa de pleitear junto ao Ministério da Educação a transformação teve origem

na comunidade interna, pela percepção de que os indicadores acadêmicos nas suas

atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão credenciavam a instituição a buscar a

condição de Universidade Especializada, em conformidade com o disposto no Parágrafo

Único do Artigo 53 da LDB.

O processo de transformação do CEFET-PR em universidade pode ser subdividida

em três fases principais:

• A primeira fase, 1979-1988, responsável principalmente pela inserção institucional no

contexto das entidades de Ensino Superior, culminando com a implantação do

primeiro Programa de Mestrado;

• A segunda fase, 1989-1998, marcada pela expansão geográfica e pela implantação

dos Cursos Superiores de Tecnologia;

• A última fase, iniciada em 1999, caracterizada pelo ajuste necessário à consolidação

em um novo patamar educacional, com sua transformação em Universidade

Tecnológica.

Em 2006, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento dos Campi

Apucarana, Londrina e Toledo, que começaram suas atividades no início de 2007, e

Francisco Beltrão, em janeiro de 2008. Assim, em 2009, são 11 campi, distribuídos no

Estado do Paraná.

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Após a transformação em Universidade, ocorreu um processo acelerado de

implantação de novos cursos de graduação. Assim, no segundo semestre letivo de

2009 foram ofertados 28 cursos de tecnologia, 24 cursos de engenharia, 5 bacharelados em

outras áreas e 3 licenciaturas.

Em 2009, ano de seu centenário, a UTFPR conta com 1.393 docentes, 647 técnico-

administrativos e 16.091 estudantes matriculados em cursos de Educação Profissional de

Nível Técnico, de Graduação e em Programas de Pós-Graduação lato e stricto sensu,

distribuídos nos 11 Campi, no Estado do Paraná.

1.2 HISTÓRICO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS

A história da UTFPR Campus Dois Vizinhos é resultado de inúmeros esforços da

comunidade sudoestina. Na década de 70, representantes políticos, comunitários e com

apoio do conjunto da população, que mais tarde viria se constituir na Associação dos

Municípios do Sudoeste do Paraná - AMSOP buscavam materializar a idéia de construir o

que seria a primeira Escola Agrotécnica Federal (EAF) do Estado. Segundo IBGE (2007)1, o

Sudoeste do Paraná conta com uma população de 565.513 (quinhentos e sessenta e cinco

mil, quinhentos e treze) habitantes, economia voltada ao setor primário, composto

basicamente pelo minifúndio, a exemplo do oeste catarinense e paranaense. A implantação

desta Escola se tornou uma busca contínua na vida do Sudoeste do Paraná e

especialmente no município de Dois Vizinhos.

Em 1992, por instrução da Secretaria da Educação Média e Tecnológica - SEMTEC,

do Ministério da Educação e do Desporto, Dois Vizinhos foi contemplado com a criação da

Escola, emitindo para tanto, parecer favorável à aquisição de uma área com

aproximadamente 200 hectares, indispensável para a viabilização do projeto, ficando

evidenciado, portanto, a necessidade de uma contrapartida do Município. As exigências do

MEC e as normas do Programa de Expansão do Ensino Tecnológico - PROTEC foram

prontamente atendidas.

Em agosto de 1993, o Município adquiriu 191,3ha de terra, deixando assim

evidenciada a vontade dos munícipes em edificar a futura EAF em Dois Vizinhos. No dia 20

de dezembro de 1996, a, Prefeitura Municipal de Dois Vizinhos procedeu a inauguração das

obras já realizadas.

Para o funcionamento desta instituição de ensino e considerando a morosidade na

criação da Autarquia Federal, proposta inicial, criou-se através de ordem Ministerial uma

Unidade de Ensino Descentralizada - UNED (Portaria Ministerial 047, publicada no DOU em

1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2007. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em 21/01/2008.

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14.01.97), vinculada à EAF de Rio do Sul - SC, uma Autarquia Federal vinculada

ao MEC/SEMTEC criada pela Lei 8.670 de 30 de junho de 1.993 e autarquizada

pela Lei 8.731 de 16 de novembro de 1.993, para posterior processo de autarquização ao

qual este Município concordou.

Em 14 de março de 1997, procedeu-se o teste de seleção da primeira turma de

alunos, para o Curso de Técnico Agrícola com habilitação em Agropecuária, a qual colou

grau em maio de 2000, sendo, portanto a turma pioneira de formados desta escola.

Com os novos desafios propostos pela reforma da educação, em março de 1999, no

seu terceiro ano de existência, deu-se início ao primeiro curso Técnico Agrícola no sistema

Pós-Médio dentro dos moldes da reforma da educação, com habilitações em Agricultura,

Zootecnia e Agropecuária.

A autarquização da UNED Dois Vizinhos, proposta inicial foi buscada

incessantemente, mas tornava-se um sonho cada vez mais distante, visto a política

implementada pelo governo federal à época, até chegar a um veredito, que não seria

realizada, pela interpretação de um decreto do Ministério da Educação que proibia a criação

de novas autarquias federais.

A manutenção da UNED - Dois Vizinhos vinculada à EAF Rio do Sul, trazia uma

série de problemas de ordem administrativa e de apoio pedagógico, já que o provisório se

tornava em permanente e a distância (aproximadamente 460 km) representava uma barreira

difícil de ser transposta.

Diante de tal realidade, novas alternativas se buscavam para a solução destes

problemas. Eis que surgiu a idéia, em meados de 2001, de a UNED - Dois Vizinhos ser

incorporada pelo sistema CEFET-PR. Mais uma longa caminhada foi iniciada, com muitas

dificuldades, até que a idéia foi aceita. Foi criada, então, uma comissão, com representantes

de ambas as Instituições, para a elaboração de um projeto de incorporação da UNED - Dois

Vizinhos ao sistema CEFET-PR.

No dia 19 de novembro de 2003 foi assinado o repasse, pela Escola Agrotécnica de

Rio do Sul, da Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos para o Sistema CEFET-PR,

ficando vinculada administrativamente à UNED Pato Branco do sistema CEFET-PR. Criou-

se, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR, com sede administrativa no Campus Pato Branco.

No início de 2007, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR passou a ter autonomia

administrativa.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

• Denominação do Curso: Curso de Licenciatura em Educação do Campo;

• Titulação conferida: Licenciado em Educação do Campo;

• Habilitação: Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam as

seguintes ênfases: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências Agrárias;

• Modalidade de curso: Licenciatura;

• Duração do Curso: quatro anos;

a) tempo normal – 08 semestres letivos;

b) tempo mínimo e máximo – conforme estabelecido no Regulamento da

Organização Didático Pedagógica aplicável ao curso.

• Processo Seletivo: a admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido

pela UTFPR;

• Número de vagas oferecidas: 60 (sessenta) vagas;

• Turnos previstos: Diurno;

• Ano e semestre de início de funcionamento do Curso: 2010, segundo semestre;

• Regime de Funcionamento: Regime de alternância;

O Regime de Alternância é um dos elementos constitutivos deste projeto, pois

garante que o estudante passe parte do tempo na Universidade e outro na comunidade de

origem, escola rural. Também é um dos elementos importantes da dinâmica do curso, pois

garante aos educadores do campo, a possibilidade de exercer suas atividades profissionais

na sua escola ou comunidade concomitante com o seu aperfeiçoamento profissional na

academia sem abandonar suas atividades de professor, sendo esta uma das metodologias

que mais se aproxima com a nossa realidade e necessidade.

A alternância tempo/escola e de tempo/comunidade será um dos elementos centrais

da proposta pedagógica, pois mesmo com mudanças em curso no campo, a organização

pedagógica do curso mantém elementos de sua especificidade, uma vez que as

proposições de ensino-aprendizagem e as práticas de produção têm revelado limites que,

não superam a problemática do êxodo rural.

Os referenciais gerais do conhecimento histórico-cultural expresso na organização

curricular serão, nesse sentido, componentes que tencionarão o modo de pensar e viver

propiciados pelo cotidiano da vida e da produção, que se constituem no ponto de partida

para cumprir os objetivos do ensino proposto neste projeto.

A relação entre o tempo/escola e o tempo/comunidade será pedagogicamente

pensada, de forma que o estudo e as reflexões, ao mesmo tempo gerem novidades no

campo conceitual e operativo das práticas sociais e, na relação oposta, a vivência nas

práticas políticos, sociais, culturais e produtivas gerem problemas, questões, tensões, que

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serão reaproveitadas pelo processo escolar, demandando novas incursões pelo

conhecimento sistematizado.

Assim, o tempo em que os educadores do campo vivenciam nas suas comunidades

será dedicado a um constante processo de reflexão pedagógica sobre a realidade do

campo, os quais posteriormente enriquecerão o debate da etapa presencial na academia e,

desta forma possibilitando uma troca de saberes, buscando superar as dicotomias entre o

saber acadêmico e a realidade da vida no campo.

As atividades de alternância serão determinadas por períodos alternados de 15 dias

na escola/comunidade de origem e 6 dias no Campus Dois Vizinhos da UTFPR. Após o

período presencial os alunos receberão atividades pedagógicas para serem desenvolvidas

nas suas escolas e/ou comunidades.

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3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

3.1 CONCEPÇÃO DO CURSO

A presente proposta de implementação de um Curso de Graduação - Licenciatura

em Educação do Campo atende à demanda formulada pelo Ministério da Educação, por

meio do Edital n° 9, de 29 de abril de 2009. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Dois Vizinhos, em consonância com as entidades representativas do segmento

agrário e educacional do sudoeste do Paraná, teve neste edital a oportunidade de oferta da

sua primeira turma nesta modalidade de curso. “O projeto de oferta do Curso de

Licenciatura em Educação do Campo” foi elaborado e submetido e, tendo sido aprovado

pelo MEC, busca-se pelo presente a aprovação junto às instâncias internas da UTFPR.

O Curso tem como objeto a escola de Educação Básica do Campo, com ênfase na

construção da organização escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio.

Pretende formar e habilitar profissionais para atuar na educação fundamental e

média nas escolas do campo, jovens pertencentes às comunidades do campo que tenham

concluído o Ensino Médio e/ou pessoas que estejam atuando em outras atividades

educativas não escolares junto às populações do campo. O curso tem a intenção de

preparar educadores para uma atuação profissional que vai além da docência, dando conta

da gestão dos processos educativos que acontecem na escola e no seu entorno.

Simultaneamente, o curso pretende contribuir para a construção coletiva de um

projeto de formação de educadores que sirva como referência prática para políticas e

pedagogias de Educação do Campo. Dessa forma, insere-se num esforço de afirmação da

Educação do Campo como política pública, em um processo de construção de um sistema

público de educação para as escolas do campo.

A matriz curricular desenvolve uma estratégia multidisciplinar de trabalho docente,

organizando os componentes curriculares em quatro áreas do conhecimento: Linguagens

(expressão oral e escrita em Língua Portuguesa, Artes, Literatura); Ciências Humanas e

Sociais; Ciências da Natureza e Matemática, e Ciências Agrárias.

A presente proposta oferecerá aos estudantes do Curso de Licenciatura em

Educação do Campo, a opção de escolha de habilitação em uma destas áreas: Ciências da

Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias. Cada estudante poderá optar pela habilitação

em uma delas, na qual será certificado. Assim, será ofertada uma turma com duas

habilitações.

A organização curricular prevê etapas presenciais (equivalentes a semestres de

cursos regulares) em regime de alternância entre Tempo/Espaço Escola-Curso e

Tempo/Espaço Comunidade-Escola do Campo, tendo em vista a articulação intrínseca entre

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educação e a realidade específica das populações do campo, bem como a

necessidade de facilitar o acesso e a permanência no curso dos professores em

exercício, ou seja, evitar que o ingresso de jovens e adultos na educação superior reforce a

alternativa de deixar de viver no campo. Entende-se por Tempo-Escola os períodos

intensivos de formação presencial no campus universitário e, por Tempo-Comunidade, os

períodos intensivos de formação presencial nas comunidades camponesas, com a

realização de práticas pedagógicas orientadas.

A carga horária total prevista é de 3960 horas/aula, integralizadas em oito etapas

(semestres) presenciais de curso.

De acordo com a intenção da proposta do MEC, que estimula a parceria das IES,

com entidades educacionais com atuação na formação de educadores e junto às

populações do campo e suas organizações, o curso será implementado mediante a parceria

entre as seguintes organizações:

a) do campo: ACESI/FETRAF – Associação Centro de Educação Sindical da

Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar; INFOCOS – Instituto de Formação do

Cooperativismo Solidário; ARCAFAR – Associação das Casas Familiares Rurais;

ASSESOAR – Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural; CAPA – Centro de

Apoio ao Pequeno Agricultor; SisCOOPAFI – Sistema das Cooperativas da Agricultura

Familiar Integradas; SisCLAF – Sistema das Cooperativas de Leite da Agricultura Familiar;

CRESOL/BASER – Base das Cooperativas de Crédito com Interação Solidária; AFASP –

Associação das Agroindústrias Familiares do Sudoeste do Paraná; MAB – movimento de

Atingidos por Barragens; MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Cooperiguaçu –

Cooperativa Iguaçu de Prestação de Serviços.

b) instituições governamentais que se articulam em torno do território: ACAMSOP –

Associação das Câmaras de Vereadores do Sudoeste do Paraná; AMSOP – Associação

dos Municípios do Sudoeste do Paraná; ASSEC – Associação dos Secretários Municipais

de Agricultura da Região de Pato Branco; ASSEMA – Associação dos Secretários

Municipais de Agricultura e Meio Ambiente da Região de Francisco Beltrão; EMATER –

Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural; Escolas Agrotécnicas,

representadas pela Escola Agrícola Francisco Beltrão; IAP – Instituto Ambiental do Paraná;

IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná; INCRA – Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária; SEAB – Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento; UNIOESTE –

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – campus de Francisco Beltrão; UTFPR –

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – campi de Pato Branco, Dois Vizinhos e

Francisco Beltrão.

Ainda de acordo com a proposição do MEC, a realização do curso dar-se-á através

da organização de turma específica, composta a partir de demandas identificadas pelas

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instituições parceiras, de modo a favorecer uma formação identitária de turma e a

gestão coletiva do processo pedagógico. Será realizada seleção específica, cujos

critérios e instrumentos atenderão ao caráter de ação afirmativa desta proposição com

prioridade a ser dada aos professores em exercício nas escolas do campo.

3.2 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES

3.2.1 Introdução

A demanda por educação no campo na região sudoeste vem sendo amplamente

debatida por diversos movimentos sociais, universidades e população do campo. Desta

forma, para caracterizar a demanda e justificar a proposição do curso, faz-se necessário

apresentar a região e a discussão que se desenvolve nela em torno da educação do

campo.

3.2.2 Caracterização da Região Sudoeste do Paraná

Esta caracterização foi elaborada pelo grupo gestor do território sudoeste do Paraná,

de onde se extraem os elementos que localizam a importância da educação do campo para

o território. A utilização desta produção é fundamental para entender o contexto em que o

presente curso nasceu e foi sendo demandado, a ponto que a inserção da UTFPR neste

contexto, a credencia apresentar este projeto.

Contextualizamos aqui a realidade demográfica, sócio-econômica e ambiental do

território do Sudoeste do Paraná. A região está localizada no Terceiro Planalto Paranaense

e compreende uma área de 17.043 km2 de extensão, que representa cerca de 8% do

território estadual. Abrange 42 municípios situados entre a margem esquerda do rio Iguaçu e

a divisa com a região Oeste de Santa Catarina.

Os municípios que, atualmente, integram o território do Sudoeste são os seguintes,

por ordem alfabética: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu,

Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Clevelândia, Coronel

Domingos Soares, Coronel Vivida, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques,

Francisco Beltrão, Flor da Serra do Sul, Honório Serpa, Itapejara do Oeste, Manfrinópolis,

Mangueirinha, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu,

Palmas, Pato Branco, Pérola do Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita,

Renascença, Realeza, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio

do Sudoeste, São João, São Jorge do Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê e Vitorino.

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A população do território do Sudoeste, em 2000, totalizava 557.380

habitantes, sendo que 60,6% localizavam-se nas áreas urbanas e 39,4% nas

zonas rurais, segundo a classificação adotada pelo Censo Demográfico do IBGE.

Analisando-se esses dados numa perspectiva histórica, de 1970 a 2000, pode-se perceber o

movimento migratório que ocorreu na região ao longo desse período, pois, na década de

1970, a população rural representava 82% do total.

Quadro 1: Distribuição relativa da população rural e urbana, entre 1970 e 2000

Área 1970 1980 1991 2000 2000*

Rural 82,0 68,0 52,5 39,4 47,1

Urbana 18,0 32,0 47,5 60,6 52,9

Fonte: IBGE. Censo Demográfico (1970, 1980, 1991, 2000).

* Desconsiderando os dados relativos aos municípios de Francisco Beltrão e Pato Branco.

Levando em consideração os dados apresentados no Quadro 2, pode-se verificar

que 22 municípios possuem mais da metade da população nas áreas rurais e 32

apresentam taxas de urbanização abaixo da média regional, ou seja, menor que 60,6%.

Essas informações apontam para a permanência do caráter eminentemente rural dessa

região, ainda que uma importante parcela dos municípios apresente índices mais altos de

concentração da população em áreas urbanas.

Quadro 2. Distribuição da população total, urbana e rural nos municípios do território do

Sudoeste do Paraná, em 2000

População Urbana População Rural Município População Total Nº % Nº %

Ampére 15.623 10.403 66,59 5.220 33,41 Barracão 9.271 5.825 62,83 3.446 37,17 Bela Vista da Caroba 4.503 757 16,81 3.746 83,19 Boa Esperança do Iguaçu 3.107 564 18,15 2.543 81,85 Bom Jesus do Sul 4.154 382 9,20 3.772 90,80 Bom Sucesso do Sul 3.329 1.307 39,26 2.085 62,63 Capanema 18.239 9.311 51,05 8.928 48,95 Chopinzinho 20.543 10.529 51,25 10.014 48,75 Clevelândia 18.338 14.814 80,78 3.524 19,22 Coronel Domingos Soares 7.004 797 11,38 6.207 88,62 Coronel Vivida 23.306 14.732 63,21 8.574 36,79 Cruzeiro do Iguaçu 4.394 2.214 50,39 2.180 49,61 Dois Vizinhos 31.986 22.382 69,97 9.604 30,03 Enéas Marques 6.382 1.250 19,59 5.132 80,41 Flor da Serra do Sul 5.059 590 11,66 4.469 88,34 Francisco Beltrão 67.132 54.831 81,68 12.301 18,32 Honório Serpa 6.896 1.443 20,93 5.453 79,07 Itapejara do Oeste 9.162 4.961 54,15 4.201 45,85 Manfrinópolis 3.802 448 11,78 3.354 88,22 Mangueirinha 17.760 6.460 36,37 11.310 63,68 Mariópolis 6.017 3.771 62,67 2.246 37,33 Marmeleiro 13.665 7.168 52,46 6.497 47,54

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Nova Esperança do Sudoeste 5.258 1.224 23,28 4.034 76,72 Nova Prata do Iguaçu 10.397 5.311 51,08 5.086 48,92 Palmas 34.819 31.411 90,21 3.408 9,79 Pato Branco 62.234 56.805 91,28 5.429 8,72 Pérola do Oeste 7.354 2.720 36,99 4.634 63,01 Pinhal do São Bento 2.560 737 28,79 1.823 71,21 Planalto 14.122 4.814 34,09 9.308 65,91 Pranchita 6.260 3.160 50,48 3.100 49,52 Realeza 16.023 9.951 62,10 6.072 37,90 Renascença 6.959 2.928 42,08 4.031 57,92 Salgado Filho 5.338 2.158 40,43 3.180 59,57 Salto do Lontra 12.757 5.602 43,91 7.155 56,09 Santa Isabel do Oeste 11.711 5.695 48,63 6.016 51,37 Santo Antônio do Sudoeste 17.870 10.814 60,51 7.056 39,49 São João 11.207 5.788 51,65 5.419 48,35 São Jorge do Oeste 9.307 4.511 48,47 4.796 51,53 Saudades do Iguaçu 4.608 1.987 43,12 2.621 56,88 Sulina 3.918 1.195 30,50 2.723 69,50 Verê 8.721 3.029 34,73 5.692 65,27 Vitorino 6.285 3.190 50,76 3.095 49,24 Sudoeste Total 557.380 337.969 60,63 219.484 39,37

Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2000.

O IDH do Sudoeste (0,760) situava-se abaixo do IDH do Paraná (0,787) e mais

distante ainda quando comparado ao IDH nacional (0,792), no ano 2000. O Sudoeste só

possuía um indicador superior à média brasileira e paranaense: a longevidade das pessoas

do Sudoeste alcançava 0,775, contra 0,741 (Brasil) e 0,747 (Paraná). Nos demais

indicadores os valores de referência encontram-se abaixo das médias estadual e nacional. A

variável renda per capita (0,653) é a que mais se distanciava das posições ocupadas pelo

Paraná (0,736) e do Brasil (0,763), demonstrando que a renda regional encontra-se num

patamar bem inferior: 16 municípios apresentam um IDH abaixo do IDH do Sudoeste.

Comparando-se o IDH-Municipal com o IDH do Paraná, observa-se que 18 municípios

possuem indicadores inferiores ao do estado. Analisando-se o ranking das posições de cada

município, percebe-se que sete localizam-se entre os 50 mais bem colocados e apenas

cinco entre as cem posições mais baixas (Bom Jesus do Sul, Coronel Domingos Soares,

Honório Serpa, Manfrinópolis e Pinhal do São Bento).

O Sudoeste do Paraná, comparado as outras regiões do interior do país, caracteriza-

se por ser uma região de ocupação relativamente recente, visto que só a partir das últimas

seis décadas iniciou a formação dos primeiros núcleos urbanos, estabelecendo, assim, um

processo mais intenso de dinamização das atividades econômicas, em particular daquelas

relacionadas à agropecuária. No decorrer desse período, e principalmente com a

implementação do modelo de modernização agrícola conservadora, a partir de fins da

década de 1960, o papel das atividades agrícolas tem desempenhado um lugar central na

estrutura econômica regional.

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Num panorama mais geral, o Sudoeste abriga 8 unidades de abate e

processamento de aves, 30 laticínios, 23 frigoríficos para abate e processamento

de suínos e bovinos, 8 empresas ligadas à produção de ração animal, em especial para

aves, 101 serrarias (desdobramento de madeira), 34 estabelecimentos para a produção de

lâminas e chapas de madeira, dentre outros empreendimentos que estabelecem uma

relação direta com as atividades agropecuárias. Porém, é importante ressaltar que uma

parcela das empresas ligadas aos segmentos de siderurgia, metalúrgica e usinagem de

metal (48), de ferramentas, ferragens, funilaria e cutelaria (43) e embalagens plásticas (7)

possui uma relação com as demandas do setor agropecuário (IPARDES, 2004, p. 85).

Nesse mesmo estudo realizado pelo IPARDES, é possível recuperar também

elementos importantes para se entender a dinâmica do mercado de trabalho da Mesorregião

Sudoeste. A população economicamente ativa dessa região, em 2000, é de,

aproximadamente, 243.000 pessoas, sendo que 94.000 (42,1%) encontram-se ocupadas

nas atividades agropecuárias ou de extração florestal. É importante ressaltar que 30 dos 37

municípios que compõem a Mesorregião Sudoeste do IBGE possuem uma extrema

dependência das atividades agropecuárias, na medida em que respondem por 40% ou mais

da população ocupada nesse setor (IPARDES, 2004, 59-60).

Segundo o IBGE (1996), na estrutura fundiária no sudoeste do Paraná há o

predomínio de pequenos estabelecimentos. Dos mais de 50 mil estabelecimentos rurais da

região, 90% possuem áreas inferiores a 50 hectares e ocupam 46% da área.

Especificamente na microrregião de Francisco Beltrão, onde se situam a grande maioria dos

municípios, cerca de 95% dos estabelecimentos tem área inferior a 50 ha, que

conjuntamente ocupam 75% da área.

No levantamento que está sendo realizado pelo Departamento de Estudos Sócio-

Econômicos Rurais (DESER), no âmbito do projeto Diversificação das Áreas Produtoras de

Tabaco na Região Sul, levando em consideração 40 dos 42 municípios do Sudoeste2,

observa-se que em 12 municípios a combinação entre soja-milho-leite representa o sistema

de produção dominante nos estabelecimentos rurais3. Mas é comum também que, pelo

menos, dois deles se articulem a um terceiro produto (ovos, suínos, frangos, fumo) e

formem um novo sistema (soja-ovos-milho, soja-leite-suínos, milho-leite-soja etc.). Essas

situações específicas ocorrem em 34 municípios, demonstrando a efetiva importância

desses produtos na composição do VBP da agropecuária do território do Sudoeste.

Em função da evolução histórica acima apresentada, o território do Sudoeste

apresenta uma grande diversidade de instituições e organizações sociais.

2 A ausência de dois municípios (Bela Vista da Caroba e Palmas) desse banco de dados justifica-se em função de não produzirem fumo em suas terras. 3 Analisando-se as informações referentes aos três principais produtos na composição do VBP Agropecuário dos municípios, verifica-se que soja e leite, cada um, são citados em 29 municípios e o milho aparece em 27.

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De um lado, da perspectiva do Estado e de seus organismos

governamentais, verifica-se uma lenta tendência de retomada de seu papel como

indutor dos processos de desenvolvimento econômico. Essa tendência difere da lógica que

embasou a concepção do Estado Mínimo, provocando um violento desaparelhamento dos

órgãos e das políticas governamentais voltados para a agricultura familiar. Os efeitos desses

processos foram sentidos diretamente pelos produtores familiares na redução dos serviços

públicos de assistência técnica e extensão rural, no desaparecimento de diversos

instrumentos de política agrícola e na ausência de programas de infra-estrutura social para

as áreas rurais dos municípios (moradia, saneamento, estradas, energia elétrica, lazer,

educação, saúde, dentre outros).

As estruturas institucionais disponíveis nas três esferas de governo (federal, estadual

e municipal) da região Sudoeste possuem grandes fragilidades para atender às demandas

imediatas da agricultura familiar e do desenvolvimento rural, particularmente no que diz

respeito à falta de profissionais qualificados para atuar de acordo com os princípios da

sustentabilidade e de infra-estrutura física e de recursos financeiros para desempenhar os

serviços públicos essenciais às populações rurais.

Por sua vez, ao se olhar para o território do Sudoeste do ponto de vista das

organizações sociais, é possível constatar uma tendência de expansão e diversificação das

formas de organização coletiva dos produtores familiares (sindicatos, movimentos sociais,

associações de produção, agroindústrias, cooperativas de crédito, de produção e de

comercialização, entidades de assessoria técnica, redes de cooperação, dentre outras),

transformando-os em sujeitos sociais para intervir nesse contexto. Essas novas

institucionalidades foram criadas como fruto do avanço dos processos sociais que exigem

estruturas organizativas adequadas para responder aos desafios colocados pela realidade e

também das capacidades acumuladas regionalmente que permitem forjar essas inovações

organizacionais. Esse processo tem contribuído para o crescimento da visibilidade e da

expressão social e política da agricultura familiar nessas regiões, tornando-a um

personagem central na implementação de ações voltadas para a conformação de um projeto

de desenvolvimento sustentável.

A constituição desses espaços organizativos resulta também do processo de

mudanças verificado no meio rural e, em especial, no setor agrícola da região Sudoeste.

Diante do contexto de implementação de um modelo de desenvolvimento socialmente

excludente, economicamente concentrador de riquezas e de terras e ambientalmente

insustentável, a agricultura familiar adquiriu um maior grau de complexificação social,

econômica, política e cultural. A partir de meados da década de 1990, a nova realidade

imposta pela inserção dependente do país no processo de globalização forçou os

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segmentos familiares rurais a se posicionarem de forma mais propositiva no

cenário da disputa dos interesses econômicos.

Essa situação é derivada da conjugação de fatores externos e internos. De um lado,

para enfrentar os dilemas colocados pela realidade macro-econômica na qual está inserida,

torna-se necessário que a agricultura familiar esteja mais organizada para defender seus

interesses estratégicos e imediatos, bem como para melhor se posicionar num mercado

oligopolizado e competitivo. Nesse sentido, o contexto global impulsiona-a a construir

organizações sociais e redes que respondam à complexidade dessa nova situação histórica.

Criaram-se também movimentos sociais de mulheres agricultoras, de sem terra e de

atingidos por barragens, associações e cooperativas de produção, cooperativas de crédito

solidário, organizações não-governamentais, redes de comercialização e certificação de

produtos agroecológicos. Nesse contexto, surgiram também espaços coletivos de gestão

territorial do desenvolvimento, a exemplo do Grupo Gestor do Território do Sudoeste do

Paraná e do Fórum da Mesorregião Grande Fronteira Mercosul, visando priorizar e

implementar políticas de desenvolvimento a partir de uma perspectiva territorial e não

apenas políticas públicas setoriais.

A capacidade da agricultura familiar para constituir, particularmente ao longo das

duas últimas décadas, uma diversidade de institucionalidades organizacionais demonstra

não só a sua capacidade de resistência política, econômica, social e cultural aos processos

globais em curso na sociedade. Reflete também a capacidade desses setores de responder

aos desafios derivados de sua inserção subordinada no atual modelo hegemônico de

desenvolvimento, apresentando uma pluralidade de alternativas capaz de gerar um

posicionamento mais dinâmico nos novos contextos que se abrem pela luta social.

Transformar reivindicações coletivas em políticas públicas, desenvolver iniciativas

inovadoras para a construção de um modelo tecnológico fundado na sustentabilidade e em

formas de cooperação, ampliar o acesso aos direitos sociais, fortalecer espaços de

participação cidadã e instituir relações humanas baseadas na eqüidade social tem sido uma

constante.

Nesse momento, diante das duas tendências acima apontadas (retomada do papel

indutor do Estado nos processos de desenvolvimento rural e expansão/diversificação das

organizações sociais da agricultura familiar), ambos setores tem percebido a urgência de se

colocar na agenda política das principais instituições governamentais e organizações de

representação dos interesses coletivos da agricultura familiar da região Sudoeste do Paraná

a necessidade de se concretizar uma articulação democrática capaz de abarcar essa

multiplicidade de institucionalidades. A conformação desse campo busca o fortalecimento

dos laços de cooperação recíproca e solidária entre forças sociais que ocupam diferentes

posições nesse cenário, mas que podem compartilhar de um objetivo estratégico comum.

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Além disso, visa fortalecer a agricultura familiar enquanto uma estratégia

imprescindível para a construção de um projeto sustentável, solidário e

democrático de desenvolvimento no meio rural. Portanto, a diversidade e a multiplicidade

desses complexos processos sociais ainda em construção devem ser potencializadas, sem

que se criem mecanismos hierarquizados e verticalizados que inibam as iniciativas

inovadoras ou ainda que reproduzam a histórica fragmentação das ações voltadas para o

desenvolvimento.

3.2.3 Demanda regional de formação em Licenciatura em Educação do Campo

Resgatando dados apresentados no quadro 1, destaca-se o fato de 47,1% da

população pertencentes ao território do sudoeste4 vive no campo, explicitando a

necessidade de investimentos e esforços governamentais pela melhoria da qualidade de

vida dessas populações.

Acrescido a esse fato os Núcleos Regionais de Educação de Pato Branco, Francisco

Beltrão e Dois Vizinhos apresentam juntos 105 escolas do campo que, potencialmente,

demandam professores com formação específica em Educação do Campo para adequar os

Projetos Políticos Pedagógicos das escolas às Diretrizes Operacionais para a Educação

Básica nas Escolas do Campo, tendo em vista que todos os professores que atuam nestas

escolas possuem formação adequada para a docência da Educação Básica, ou estão em

fase de qualificação, porém sem a adequação à realidade do campo.

Observou-se que no Núcleo Regional de Educação de Pato Branco, existem

atualmente 28 escolas do campo; atuam nestas escolas um total de 420 professores e

apenas 7 deles residem próximo aos estabelecimentos onde atuam, os demais se deslocam

das sedes dos municípios para as escolas do campo. A mesma realidade observa-se no

Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos, que conta com 19 escolas do campo, com

246 professores, sendo que todos deslocam-se das sedes dos municípios para as escolas

do campo. No Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, existem 48 escolas, com

596 professores e 494 se deslocam para as escolas do campo.

Esta realidade ocasiona problemas de diferentes naturezas: em períodos de chuvas,

os professores não conseguem se deslocar, e muitas escolas ficam sem aulas por vários

dias no ano letivo; como o deslocamento para as escolas do campo é difícil para os

professores, muitos deles solicitam remoção para escolas urbanas, sempre que possível,

assim ocorre uma grande rotatividade de professores nas escolas do campo e, o que

consideramos de maior relevância, é que pelo fato de os professores que atuam nestas

escolas não terem a vivência da realidade do campo, das suas características e

4 Excetuando os municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão.

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necessidades, os Projetos Políticos Pedagógicos destas escolas não contemplam

a educação do campo em seus marcos situacionais, operacionais e conceituais.

Apenas uma escola do Núcleo Regional de Dois Vizinhos, o Colégio Estadual São Francisco

do Bandeira, desenvolve uma experiência de educação do campo em parceria com o

Projeto Vida na Roça e seu PPP contempla as Diretrizes Operacionais para a Educação

Básica nas Escolas do Campo.

Assim, o projeto ora apresentado, visa formar professores, a médio e longo prazo

para a atuação nestas escolas; formar professores que tenham a vivência do campo

articulada com o processo de escolarização, formação e certificação, pretendido com a

escola formal, assim como, fortalecer as escolas do campo, com professores que sejam da

própria comunidade onde a escola está inserida, refletindo sobre as necessidades e

adequando os currículos às características específicas destas escolas. Como público alvo,

destina-se à jovens do campo que concluíram e que estão em fase de conclusão do Ensino

Médio nestas escolas do campo.

Quadro 3. Escolas do Campo dos Núcleos de Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos. Município – NRE Pato Branco ESCOLA/COLÉGIO

Bom Sucesso E.E.Colônia Paraíso

Chopinzinho C.E.João Paulo I C.E.Cely Tereza Grezzana C.E.Santa Inês E.E.Linha Aparecida E.E.São Luiz

Clevelândia C.E.Orestes Tonet E.E.Gleci R.Zanchett E.E.Jupira Bondervalle

Cel.Domingos Soares E.E. Monteiro Lobato E.E.Cândido Rossoni

Cel.Vivida C.E.Castelo Branco E.E.Duque de Caxias CE.do Núcleo Santa Lúcia

Itapejara do Oeste E.E.Carlos Gomes

Mangueirinha C.E.Vilma dos S. Dissenha E.E.André G. Sobral E.E.Conceição Almeida E.E.Valêncio Dias E.E.Dorival Cordeiro

Palmas C.E.Rural Paulo Freire

Pato Branco C.E.Bairro São Roque E.E.Frei Ceciliano E.E.N.Sª.do Carmo

São João C.E.São Luís E.E.Dois Irmãos E.E.José de Anchieta E.E.D.Pedro I

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Município – NRE Dois Vizinhos Boa Esperança do Iguaçu C. E. Boa Esperança do Iguaçu5

Cruzeiro do Iguaçu E E Canoas - E Fund E E Irma Celestina Maria

Dois Vizinhos E E Gernano Stledile. E E Linha Conrado C E São Francisco do Bandeira

Nova Esperança do Sudoeste E E Barra Bonita - E Fun E E Rio Gavião - E Fund.

Nova Prata do Iguaçu E E Cecília Meireles - E Fund.

Salto do Lontra E E De Barra do Lontra E E Prof. José Luiz PEdroso E E De Linha Boeira E E Nosso Senhor do Bonfim E E De Pinhal da Várzea E E De Sede da Luz

São Jorge D'Oeste E E De Iolopolis E E Nova Sant’Ana E E Pio X Município – NRE Francisco Beltrão

Ampére E E Água Boa Vista E E Pe. Antônio Vieira E E Nossa Senhora Aparecida E E De Varem Bonita

Barracão E E E Padre Anchieta E E São Roque E E Sen. Teotonio Vilela C E Santo Emílio

Bom Jesus do Sul

E E Albino J. Calcagnotto E E Tanredo Neves E E XV de Novembro

Capanema E E Castelo Branco E E – Duas Barras E E De Pinheiro E E Rui Barbosa E E Antônio Francisco Lisboa

Enéas Marques

E E Pinhalzinho E E De Vista Alegre

Flor da Serra do Sul E De Tatetos

Francisco Beltrão Assentamento Missões E E Arnaldo Fávero Busato

Manfrinopolis E E Rui Barbosa

Marmeleiro C E Bom Jesus

Perola E E Esquina Gaúcha E E Castelo Branco

Planalto E E Sagrada Família E E Duque de Caxias E E Irmão Miguel E E São Valério

Pranchita

E E Barra do Rio Branco E E Vista Gaucha

5 Único colégio de Ensino Fundamental e Médio do município.

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Realeza

C E De Flor da Serra E E De Saltinho

Salgado Filho E E Duque de Caxias

Santa Isabel do Oeste

E E Anunciação E E Jacutinga E E Nova Estrela E E São Judas Tadeu E E São Pedro

Santo Antonio do Sudoeste

E E Marques do Herval E E Km 10 E E Nova Riqueza E E Dom Pedro II E E Rodolfo G. da Silva E E Rui Barbosa

Verê E E Tancredo Neves E E Deodoro da Fonseca E E Regente Feijó

Estes dados apontam para a grande significância da educação no campo na região

sudoeste do Paraná. Pode-se constatar também que 14 destas escolas oferecem além dos

anos finais do ensino fundamental, o ensino médio, indicando o público alvo para a

Licenciatura em Educação no Campo.

3.2.4 Trajetória da Licenciatura em Educação do Campo

O marco inicial desse processo, que culmina com a proposição da primeira Turma de

Licenciatura em Educação do Campo, tem início já na II Conferência Estadual por uma

Educação Básica do Campo, realizada em Porto Barreiro-PR, de 02 a 05 de novembro de

2000. Neste seminário a região começou a discutir, com as entidades que participavam da

“Articulação Paranaense por Uma Educação do Campo” a necessidade de uma nova forma

de compreender e fazer a educação, desde as necessidades e anseios dos povos do

campo. Esses povos, formados pelos agricultores familiares, camponeses, acampados,

assentados da Reforma Agrária, do Movimento dos Atingidos por Barragens entre outros,

possuem uma identidade, lutam para que a educação seja pensada reconhecendo suas

especificidades e a maneira própria de conceber O mundo, o modo próprio de vida.

O Movimento pela Educação do Campo ganha força com a Articulação Paranaense,

a qual, dentro outras ações assumiu o papel de reunir as demandas de formação expressas

pelas diferentes representações que faziam parte da mesma, encaminhando-as à espaços

educacionais que se propunham acolhe-las. Dentre elas, a Escola Técnica Federal do Rio

Sul – Unidade de Dois Vizinhos, hoje UTFPR, foi um dos primeiros espaços que veio

colocar-se em diálogo com estas proposições. O Curso Técnico Profissionalizante em

Desenvolvimento Sustentável e Agroecologia, desenvolvido entre os anos de 2002-2003 foi

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24

uma das primeiras experiências desenvolvidas com este caráter. Este curso foi

protagonista, gerando a multiplicação da mesma modalidade em outras

Universidades.

Esta nova forma de conceber a formação em parceria com os Movimentos Sociais

levam o Campus Dois Vizinhos da UTFPR, avançar em outra importante referência de

desenvolvimento da região, o Projeto Vida na Roça – PVR6. Uma experiência que pode ser

considerada síntese de um aprendizado histórico das organizações da população do campo

e constitui-se como método de conceber e gerir o Desenvolvimento multidimensional7,

trazendo para um mesmo espaço, além das formas organizadas da população, os órgãos de

governo e universidades.

O PVR fundamenta-se no princípio de que o ser humano é um ser de trabalho que se

constrói nas relações sociais e de que, independentemente de seu lugar social, toma

decisões, cria, transforma e age de forma coletiva e organizadora na defesa de seus

interesses de classe. A partir desta concepção, todas as ações realizadas na comunidade

buscam consolidar uma nova forma de organização local com autonomia e respeito às

diversidades. A participação das pessoas (crianças, jovens, idosos, mulheres e homens) na

elaboração, execução e avaliação dos projetos, possibilita que as mesmas tenham o

controle, interno e externo, tanto no processo como no produto, gerando ações e

proposições para os espaços públicos e formativos.

Desta forma, as pessoas vão construindo um projeto de desenvolvimento que não se

reduz às atividades econômicas isoladas, fragmentadas ou de dependência. Ao contrário, a

concepção de desenvolvimento busca dar conta da totalidade da existência humana,

envolvendo os aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais, construída tanto na

educação formal como na educação não formal, imprescindível para ir atingindo novos

níveis nas diferentes formas de organização.

Este projeto aposta no fortalecimento da capacidade organizativa da população do

campo e suas comunidades em, coletivamente, estudar sua situação no contexto da

sociedade, identificar os principais desafios estabelecendo as prioridades de ação, negociar

os aportes das políticas públicas e contribuir de forma permanente nos rumos e na gestão

6 As discussões em torno da implantação do projeto Vida na Roça (PVR) em Dois Vizinhos ocorreram entre os representantes da agricultura Familiar e da Prefeitura Municipal de Dois vizinhos, da Assesoar e da UNIOESTE, escola Técnica Federal do Rio Sul – Unidade de Dois Vizinhos,na sede da Assesoar, em Francisco Beltrão. Os primeiros contatos com o Projeto Vida na Roça se deram em setembro de 2001, quando aconteceu a I Conferência Regional de Educação do Campo em Dois Vizinhos, onde se discutiu a relação entre Educação Pública do Campo e desenvolvimento. Com o fortalecimento do debate através da Conferência, as entidades da Agricultura Familiar de Dois Vizinhos e Prefeitura Municipal re-animam o debate que, além da decisão política, acabou aceitando o desafio de colocar em prática as primeiras ações. 7 O PVR tem o diferencial de construir processos de desenvolvimento procurando abranger as múltiplas dimensões, tais como: educação, saúde, saneamento, cultura, gênero e gerações, produção e renda, dentre outras demandas que possam emergir. Neste sentido, “democratizar o poder, construir hegemonia popular, sacudir o imobilismo, superar a impotência criada por práticas clientelistas e fragmentadas, tão comumente usadas na política, canalizar e focalizar esforços em nome de um projeto coletivo, e acima de tudo, permitir que

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de seus projetos de vida. O Campus Dois Vizinhos da UTFPR assumiu esta

dinâmica e sistematicamente acompanhou e contribui com o processo,

especialmente na dimensão de educação. Nesta dimensão, envolveu-se significativamente

com a escola pública do campo de abrangência das comunidades do Projeto Vida na Roça,

a qual tem desenvolvido uma proposta pedagógica inovadora que integra ações práticas na

perspectiva da agroecologia, junto ao currículo da escola.

No Sudoeste do Paraná, para coordenar esse debate foi organizada a Articulação

Sudoeste “Por Uma Educação do Campo”, formada pelas organizações, entidades e

movimentos populares, preocupados com a causa da educação, cujo Campus Dois Vizinhos

da UTFPR esta inserido. Como culminância desses processos, a cada dois anos foram

realizados seminários regionais de educação do campo, com expressiva participação de

professores do campo, lideranças dos Movimentos Sociais e Entidades, sendo que o do

anos de 2002 foi realizado nas próprias dependências Campus Dois Vizinhos da UTFPR.

Com a constituição do Grupo Gestor no Território Sudoeste, constituiu-se a Câmara

Temática de Educação, que no processo de revisão e aprofundamento do Plano Territorial

de Desenvolvimento Rural Sustentável, na definição da política de desenvolvimento

territorial, passa integrar-se a Articulação Sudoeste de Educação, constituindo-se assim um

espaço fortalecido pela Articulação e pelo acúmulo do debate presente nesta instância.

Dentre um conjunto de ações que vem pautando, nos dias 06 e 07 de novembro/08 realizou

o III Seminário Regional de Educação do Campo envolvendo diretamente a comunidade

local/municipal e mais de 60 organizações entre escolas, universidades, sindicatos,

cooperativas, ONGs e órgãos públicos da região, do estado e nacional, cujo Campus Dois

Vizinhos da UTFPR fez parte da Coordenação Geral.

Deste seminário, foram tiradas importantes Diretrizes para a região e que delineiam

as ações da Câmara. Dentre as proposições estão presentes itens que transcrevemos aqui

pela força de sua expressão:

A educação ser pensada a partir dos seus sujeitos, vigiar e garantir as políticas propostas para o Estado do Paraná, fortalecimento das ações de formação das organizações sociais populares. O território, orientado pelas proposições do seminário, levará para a AMSOP proposta de que os municípios incluam a educação do campo nos seus PPAs (planos plurianual dos municípios). O território tem claro que precisa fortalecer a educação do campo, a partir das secretarias de educação. Acredita-se que isto desencadearia demandas de formação de professores para as universidades. “Nós Movimentos Sociais precisamos articular nossas demandas e fazer as Universidades assumi-las como pesquisas, cursos de formação dos educadores do campo, potencializando nossas ações. Já tem alguns debates sobre cursos de especialização de educação do campo nas faculdades particulares, as públicas é que precisam avançar nesse debate.8

os próprios sujeitos co-mandem o processo, a partir de suas escolhas conjuntas, tem sido as grandes potencialidades do PVR.” 8 Carta do III Seminário Regional de Educação no Campo, novembro de 2008.

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Nesta caminhada, os Sujeitos Históricos do Sudoeste do Paraná congregam forças e

em um momento expressivo como foi a 8 ° Jornada da Agroecologia no Paraná, que reuniu

3 mil pessoas, realizam um Seminário de Educação do Campo. Esse espaço pauta mais

uma vez as demandas de formação para a Educação do Campo, dentre elas a de formação

dos educadores observando o específico do campo, ampliando para às áreas de

conhecimento.

Portanto, a abordagem da educação do ponto de vista do acesso da população do

campo ao ensino formal público não deixa de ser a grande luta. Os dados demonstram que

além de ser desafortunadamente desigual em relação a urbana, e apesar dos últimos

esforços dos órgãos públicos, em busca da reversão dos dados, os índices, fruto da dívida

histórica, ainda permanecem alarmantes. Temos ainda uma significativa diferença entre

escolaridade no campo e na cidade. De acordo com o relatório - Situação da Infância e

Adolescência Brasileira 2009 – O Direito de Aprender – recentemente divulgado pelo Fundo

das Nações Unidas (Unicef) os jovens do campo com 15 anos ou mais tem 4,5 anos de

estudo concluídos, contra 8,5 anos da população urbana.

Levando em consideração a caracterização da região apresentada, além dos

elementos referentes às discussões em torno da educação do campo e inserção do Campus

Dois Vizinhos da UTFPR junto a comunidade local, apresentamos a proposição deste

projeto assim justificada:

a) pela região sudoeste do Paraná apresentar indicadores de grande população rural

e sua forte influencia no desenvolvimento da região;

b) para reconfigurar a situação da educação do campo, pois há a indicação de menor

escolarização em anos nas populações do campo, precarização do ensino, exposição das

crianças à situações de risco em função da nuclearização, fazendo-se necessário estimular

a manutenção de escolas no campo, bem como, a formação de professores com perfil para

atuarem nela;

c) pela demanda por uma Licenciatura em Educação do Campo, discutida e

apresentada pelos movimentos sociais e organizações ligadas ao campo (ANEXO I, II, III,

IV, V e VI). Essas organizações, de grande inserção e representatividade regional, têm

debatido temas voltados ao desenvolvimento do campo, como, soberania alimentar,

agroecologia, sustentabilidade, dimensões estas que levaram ao debate educacional;

d) pela inserção do Campus Dois Vizinhos da UTFPR nos debates dos movimentos e

organizações e pelo histórico da discussão da educação do campo, compreendendo seu

papel educativo na produção, reprodução e transmissão do conhecimento;

e) pelo compromisso social, como instituição pública de ensino, em que deve

responder às políticas públicas de educação no campo;

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f) neste mesmo sentido, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR responde à

diretriz institucional de formação de professores.

3.2.5 A demanda de formação de professores para o Campo

As questões do campo são mais amplas que as educacionais, envolvem questões

relacionadas à política agrícola e à política agrária dos governos. Mas, historicamente, em

nosso país, as políticas educacionais não levaram em conta a realidade e as demandas do

campo. Reconhece-se que tais questões não são simples, porém a sua solução depende

do compromisso político e do financiamento público, bem como da organização social, dos

Movimentos Sociais para indicar formas efetivas de propostas de educação.

A Educação do Campo não se restringe à escolarização, ela interrelaciona-se na

educação, cultura, economia, política, novas relações com a terra, entre as pessoas, na

produção e com a vida. Assim, em primeiro lugar, o Curso de Licenciatura em Educação do

Campo tem a finalidade de formar educadores do campo e para o campo. Educadores que

tenham uma visão de globalidade da realidade e do ser humano que a compõe.

A universalização da oferta das séries finais do ensino fundamental e médio

constitui-se em um dos maiores desafios presentes no sistema educacional brasileiro.

Neste contexto, a formação e a ampliação do quadro de educadores que atendam estes

níveis de ensino é um ponto fundamental na superação desse desafio.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA revela

que 82,2% dos jovens de 15 a 17 anos freqüentaram a escola em 2004, porém apenas

45,1% estavam matriculados no ensino médio, que é o nível adequado à faixa considerada.

Segundo o mesmo estudo, o mais grave é a presença de uma queda no número de

matriculas neste nível de ensino a partir de 2005, nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Essa situação agrava-se ainda mais no meio rural, em que pouco mais de um quinto

dos jovens na mesma faixa etária está cursando o ensino médio. A Pesquisa Nacional de

Educação na Reforma Agrária (PNERA, 2004), feita pelo Instituto Nacional de Pesquisa em

Educação - INEP em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -

INCRA, apontou que entre as 8.679 escolas existentes em assentamentos, apenas 373

delas oferecem o ensino médio.

A escassez e a falta de formação de professores encontram-se entre os vários

fatores responsáveis por esse quadro. Segundo dados do INEP, há uma carência de 235

mil professores para o ensino médio no país, principalmente nas áreas de ciências da

natureza. Associado a esse quadro, a evasão nos cursos de licenciatura nas universidades

de todo país é excessivamente elevada, por vários fatores que vão desde a repetência

sucessiva nos últimos anos à falta de recursos para os alunos se manterem nos cursos.

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Além disso, o número de vagas oferecidas pelas universidades para os cursos de

Licenciatura é insuficiente para a demanda atual.

O Brasil corre ainda o sério risco de ficar sem professores do ensino médio na rede

pública na próxima década. A pesquisa realizada pelo IPEA mostra que em um universo de

2,5 milhões de educadores, cerca de 60% estão mais próximos da aposentadoria que do

início de carreira.

A situação dos professores de ensino fundamental das escolas do campo é ainda

mais preocupante. De cada 100 professores que atuam de 5ª a 8ª séries, 57 cursaram o

ensino médio e de cada 100 professores que atuam neste nível, 21 só tem o próprio ensino

médio. Nas séries iniciais de cada 100 educadores apenas 9 têm curso superior, mas há

professores que não fizeram nem o magistério nem concluíram o ensino médio (8% do

total). Esse dado destaca a grande demanda de formação de educadores para as escolas

do campo.

3.2.6 Origem da Educação do Campo

O conceito de Educação do Campo é novo. Tem menos de dez anos. Surgiu como

denúncia e como mobilização organizada contra a situação atual do meio rural: situação de

miséria crescente, de exclusão/expulsão das pessoas do campo; situação de desigualdades

econômicas, sociais, que também são desigualdades educacionais, escolares. Seus sujeitos

principais são as famílias e comunidades de camponeses, pequenos agricultores, sem-terra,

atingidos por barragens, ribeirinhos, quilombolas, pescadores, e muitos educadores e

estudantes das escolas públicas e comunitárias do campo, articulados em torno de

Movimentos Sociais e Sindicais, de universidades e de organizações não governamentais.

Todos buscando alternativas para superar esta situação que desumaniza os povos do

campo, mas também degrada a humanidade como um todo.

Uma das mais marcantes características deste movimento: sua indissociabilidade do

debate sobre os modelos de desenvolvimento em disputa na sociedade brasileira, e o papel

do campo nos diferentes modelos. A especificidade mais forte da Educação do Campo, em

relação a outros diálogos sobre educação deve-se ao fato de sua permanente associação

com as questões do desenvolvimento e do território no qual ele se enraíza. A afirmação de

que só há sentido o debate sobre Educação do Campo como parte de uma reflexão maior

sobre a construção de um Projeto de Nação, é o chão inicial capaz de garantir o consenso

dos que se reúnem em torno desta bandeira.

A luta principal da Educação do Campo tem sido por políticas públicas que garantam

o direito da população do campo à educação, e a uma educação que seja no e do campo.

NO: as pessoas têm direito a ser educadas no lugar onde vivem; DO: as pessoas têm direito

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a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à

sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais. E esta educação inclui a

escola: hoje uma luta prioritária porque há boa parte da população do campo que não tem

garantido seu direito ao acesso à chamada Educação Básica.

Um dos fundamentos da Educação do Campo é que só há sentido em construir

processos pedagógicos específicos às necessidades dos sujeitos do campo, vinculados à

construção de um outro tipo de modelo de desenvolvimento. Não há sentido desencadear

esforços para a produção de teorias pedagógicas para um campo sem gente, para um

campo sem sujeitos, ou, dito de outra forma, para uma ruralidade de espaços vazios.

A base fundamental de sustentação da Educação do Campo é que o território do

campo deve ser compreendido para muito além de um espaço de produção agrícola. O

campo é território de produção de vida; de produção de novas relações sociais; de novas

relações entre os homens e a natureza; de novas relações entre o rural e o urbano.

A Educação do Campo está ajudando a produzir um novo olhar para o campo. E faz

isso em sintonia com toda uma nova dinâmica social de valorização deste território e de

busca de alternativas para melhorar a situação de quem vive e trabalha nele. Uma dinâmica

que vem sendo construída por sujeitos que já não aceitam que o campo seja lugar de atraso

e de discriminação, mas sim consideram e lutam pra fazer dele uma possibilidade de vida e

de trabalho para muitas pessoas, assim como a cidade também deve sê-lo; nem melhor

nem pior, apenas diferente; uma escolha.

3.3 OBJETIVOS DO CURSO

Objetivo Geral

Formar educadores para atuação específica junto às populações que trabalham e

vivem no e do campo, no âmbito das diferentes etapas e modalidades da Educação

Básica, e da diversidade de ações pedagógicas necessárias para concretizá-la como

direito humano e como ferramenta de desenvolvimento social.

Desenvolver estratégias de formação para a docência multidisciplinar em uma

organização curricular por áreas do conhecimento nas escolas do campo.

Contribuir na construção de alternativas de organização do trabalho escolar e

pedagógico que permitam a expansão da educação básica no e do campo, com a

rapidez e a qualidade exigida pela dinâmica social em que seus sujeitos se inserem

e pela histórica desigualdade que sofrem.

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Objetivos Específicos

• Formar e habilitar profissionais em exercício na educação fundamental e média

que ainda não possuam a titulação mínima exigida pela legislação educacional

em vigor

• Habilitar professores para a docência multidisciplinar em escolas do campo nas

seguintes áreas do conhecimento: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências

Agrárias.

• Formar educadores para atuação na Educação Básica em escolas do campo

aptos a fazer a gestão de processos educativos e a desenvolver estratégias

pedagógicas que visem a formação de sujeitos humanos autônomos e criativos

capazes de produzir soluções para questões inerentes à sua realidade,

vinculadas à construção de um projeto de desenvolvimento sustentável de

campo e de país.

• Preparar educadores para a implantação de escolas públicas de Educação

Básica de nível médio e de educação profissional nas/das comunidades

camponesas.

• Capacitar docentes para uma atuação pedagógica de perspectiva

transdisciplinar e articuladora das diferentes dimensões da formação humana

pretendida.

• Garantir uma reflexão/elaboração pedagógica específica sobre a educação para

o trabalho, a educação técnica, tecnológica e científica a ser desenvolvida

especialmente na Educação Básica de nível médio e nos anos finais da

educação fundamental.

3.4 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPERADAS DO EGRESSO.

O Currículo do curso permitirá ao egresso adquirir as seguintes competências e

habilidades para:

• Solucionar problemas concretos;

• Organizar e planejar intervenção coletiva em determinada realidade;

• Melhorar a comunicação oral e escrita;

• Apropriar-se (busca e interpretação) do conhecimento disponível e ter elaboração

teórica própria;

• Articular teoria e prática; conhecer e de intervir numa realidade específica;

relacionar convicções com tomadas de posição e comportamentos cotidianos;

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• Compreender criticamente o processo histórico de produção do

conhecimento científico e suas relações com o modo de produção da

vida social;

• Compreender a realidade do campo no Brasil hoje;

• Posicionar-se com cuidado do desenvolvimento humano integrado ao

desenvolvimento da natureza;

• Compreender o processo de formação da consciência humana;

• Posicionar-se diante de idéias, questões ou situações;

• Posicionar-se de modo a demonstrar valores humanistas e compromisso com

transformações que visem uma sociedade de justiça, igualdade e liberdade para

todos.

• Implementar, a partir de uma capacidade teórico-metodológica, estratégias

pedagógicas para a condução de processos educativos que articulem projetos,

sujeitos e interpretação da realidade específica.

• Compreender as principais correntes de pensamento filosófico e científico que

influenciam o pensamento pedagógico e identificação de concepções que têm

sido referência na construção da Educação do Campo.

• Apropriar-se da construção teórico-prático da Educação do Campo.

• Posicionar-se como pesquisador da realidade e ter domínio de procedimentos

básicos para realização de uma pesquisa científica.

• Compreender os processos formadores dos sujeitos do campo, incluindo o recorte

dos diferentes ciclos etários (especialmente aqueles próprios das ênfases

escolhidas para o curso).

• Exercer a docência a partir de uma concepção de educação e de forma articulada

às diferentes dimensões do processo pedagógico escolar.

• Apropriar-se das categorias teóricas básicas e dos métodos de construção

científica da área da docência escolhida que permitam a continuidade dos estudos

por conta própria.

• Compreender a lógica do trabalho interdisciplinar e transdisciplinar no modo de

produção da ciência e no modo de organizar o estudo/o ensino por área do

conhecimento.

• Organizar/desenvolver, a partir de uma capacidade didático-metodológicas,

atividades de ensino por área do conhecimento.

3.5 PERFIL PROFISSIONAL

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O Curso será desenvolvido de modo a profissionalizar os participantes para

atuar, de acordo com o Art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional 9394 de 20 de dezembro de 1996, nas seguintes funções:

Na docência na educação básica – séries finais do Ensino Fundamental, Ensino

Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional, em uma das

áreas de conhecimento propostas pelo curso: Ciências da Natureza e Matemática e

Ciências Agrárias. A proposta é de que a turma ofereça aos estudantes a opção de escolha

em uma destas áreas, sendo esta definição construída entre a Universidade e suas

parcerias considerando as demandas/perfil do grupo e as condições objetivas da oferta.

Na gestão de processos educativos escolares, entendida como formação para a

educação dos sujeitos das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica, para a

construção do projeto político-pedagógico e para a organização do trabalho escolar e

pedagógico nas escolas do campo.

Na gestão de processos educativos nas comunidades: preparação específica para o

trabalho formativo e organizativo com as famílias e ou grupos sociais de origem dos

estudantes, para liderança de equipes e para a implementação de iniciativas e ou projetos

de desenvolvimento comunitário sustentável que incluam a participação da escola.

3.6 TÍTULO PROFISSIONAL, ATRIBUIÇÕES E CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL.

A área de atuação profissional é definida, considerando a Constituição Federal de

1988: artigos 205, 206, 208 e 210; a Lei nº 9.394, de 20/12/1996, de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional; a Lei nº 10.172, de 9/01/2001, que institui o Plano Nacional de

Educação; o Parecer CNE/CEB 36/2001 sobre Diretrizes Operacionais para a Educação

Básica nas Escolas do Campo; a Resolução CNE/CEB 1/2002 que institui Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo; Parecer CNE/CP 009/2001

sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação

Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena; e a Resolução

CNE/CP 1/2002 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de

Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação

plena. Assim, o profissional formado no curso de Licenciatura em Educação no Campo

receberá o título de Licenciado podendo atuar na Educação Básica, preferencialmente nas

Escolas do Campo, nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias,

de acordo com a opção de habilitação escolhida pelo estudante.

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4 MATRIZ CURRICULAR

A realização do curso através da organização de turma específica composta a partir

de demandas identificadas pela Instituição e/ou pelas parcerias constituídas, de modo a

favorecer uma formação identitária de turma e a gestão coletiva do processo pedagógico.

Esta forma de organização curricular deverá intencionalizar atividades e processos que

garantam/exijam sistematicamente a relação prática-teoria-prática vivenciada no próprio

ambiente social e cultural de origem dos estudantes. (Conforme proposta do MEC)

A organização curricular por etapas presenciais (equivalentes a semestres de cursos

regulares) em regime de alternância entre Tempo/Escola e Tempo/Comunidade, para não

condicionar o ingresso de jovens e adultos na educação superior à alternativa de deixar de

viver no campo. (Cf Proposta MEC)

A carga horária será de 3300h para a ênfase em ciências agrárias e 3300h para a

ênfase em ciências da natureza e matemática, distribuídas em 8 etapas, sendo prevista

uma etapa a cada semestre integralizando 4 anos de curso.

A carga horária total do curso será assim composta:

• Núcleo de Estudos Básicos NEB = 780h

• Núcleo de Estudos Específicos NEE =

o 1500 h ênfase em ciências agrárias;

o 1500 h ênfase em ciências da natureza e matemática;

• Núcleo de Atividades Integradoras = 820h, sendo 210h de pesquisa; 150h de

práticas pedagógicas; 400h de estágios, 60h de seminários integradores.

• Atividades acadêmico-científico-culturais com 200h.

Serão 9 h diárias de trabalho nos componentes curriculares durante cada

Tempo/Escola.

Serão ofertadas 60 vagas para a turma do curso.

A partir do quarto período os alunos deverão optar por uma das ênfases, Ciências da

Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias.

4.1 LÓGICA DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização curricular do Curso de Licenciatura em Educação do Campo está

baseada nas seguintes premissas:

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• Objeto de estudo/profissionalização do curso: Licenciatura em Educação

do Campo com habilitação em Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino

Médio apresentam as seguintes ênfases: Ciências da Natureza e Matemática;

Ciências Agrárias.

• Organização curricular que permita aos estudantes-educadores vivenciar na

prática de sua formação a metodologia (e particularmente a da docência por área

do conhecimento) para a qual estão sendo preparados a atuar nas escolas do

campo.

• O currículo deste curso está organizado em três níveis desdobrados: Núcleo de

Estudos Básicos (NEB), Núcleo de Estudos Específicos (NEE), divididos em duas

ênfases [Ciências da Natureza e Matemática] e [Ciências Agrárias], Núcleos de

Atividades Integradoras (NAI), Atividades acadêmico-científico-culturais. Para o

desenvolvimento do currículo deste curso é previsto: disciplinas, seminários,

estudo independente, estudos temáticos, oficinas de capacitação pedagógica,

oficinas de produção de materiais didáticos, trabalhos de campo e projetos.

• A definição dos diferentes componentes curriculares de cada área, bem como

seus conteúdos e metas de aprendizado específicas, será uma construção

processual do curso, integrando o trabalho pedagógico dos educadores e

buscando envolver progressivamente os estudantes (como parte da sua formação

profissional). Devem ser consideradas as ementas indicadas neste documento e a

visão de totalidade de cada Núcleo de Estudos que deverá ser objeto de

discussão entre os educadores durante as primeiras etapas do curso.

• Haverá uma intencionalidade na articulação entre a organização de estudos e as

demais dimensões e práticas formativas oportunizadas pelo curso (gestão coletiva

do processo pedagógico, participação em atividades de trabalho no local de

realização do curso, convivência na turma e entre diferentes turmas).

• Cada etapa poderá ter um foco temático ou de práticas cuja definição será uma

construção processual no curso, integrando o planejamento específico da etapa:

diálogo entre o Projeto Pedagógico, o processo pedagógico da turma e demandas

do movimento da realidade de atuação dos estudantes.

• A organização curricular deverá considerar e articular no planejamento de cada

etapa: o objeto do curso, os Núcleos de Estudo, possíveis focos (temas e ou

práticas) da etapa, diferentes tipos de componentes curriculares e o princípio

filosófico-metodológico da práxis.

• Todos os educandos terão um estudo introdutório nas áreas do conhecimento em

que o curso poderá habilitar para a docência, tendo em vista uma preparação

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básica para discutir o papel de cada área no currículo do ensino

fundamental e no ensino médio e também para organizar estudos e

práticas que integrem as diferentes áreas. Cada estudante fará a opção pela

ênfase [Ciências da Natureza e Matemática] e [Ciências Agrárias], da docência

ofertada.

• O processo de avaliação deverá permitir uma articulação radical entre Tempo

Escola e Tempo Comunidade. Para tanto as atividades de Tempo Comunidade

deverão ser planejadas de modo a atender as especificidades da comunidade de

inserção de cada educando, mas com orientação docente em tempo Escola. Em

Tempo Escola o processo avaliativo, considerado como elemento do processo

pedagógico e não como uma etapa ou etapas pontuais deste, será discutida

coletivamente pela equipe docente e de coordenação, que elegerão as estratégias

e metodologias adequadas a cada etapa.

4.2 COMPOSIÇÃO DA FORMAÇÃO

A composição apresentada desdobra os conteúdos exigidos pela legislação dos cursos de licenciaturas. Tabela 4.1 - Relação das Disciplinas e Carga Horária do Núcleo de Estudos Básicos, Núcleo de Estudos Específicos e Núcleos de Atividades Integradoras do Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.

Área Disciplinas C/H Total

C/H Teórica

C/H Pratica

C/H APCC

NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS – NEB (780h)

Teoria Pedagógica 1 45 45 Teoria Pedagógica 2 45 45 Teoria Pedagógica 3 45 45 Teoria Pedagógica 4 30 30 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1

45 45

Teoria Pedagógica (240h)

Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2

30 30

240 240 Economia Política 1 45 45 Economia Política 2 45 45 Economia Política 3 30 30 Questão Agrária 30 30 Realidade Brasileira 1 30 30

Economia Política (225h)

Realidade Brasileira 2 45 45 225 225

Filosofia 1 30 30 Filosofia 2 45 45 Filosofia

(120) Filosofia 3 45 45

120 120

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36

Política Educacional 1 45 45 Política Educacional 2 30 30

Política Educacional (105) Política Educacional 3 30 30

105 105 Técnicas de Leitura e Interpretação de Textos

15 15

Técnicas de Produção de Textos 15 15 Libras 1 30 30

Linguagens, Leitura, Interpretação e Produção de Textos. (90h)

Libras 2 30 30

90 90 Total NEB 780 780

NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS – NEE

Ênfase Ciências Agrárias (1500) Ênfase Ciências da Natureza e Matemática (1500) - disciplinas em todas as áreas – para todos os estudantes (330 h); - área específica para ênfase em Ciências Agrárias (870h); - área específica para ênfase em Ciências da Natureza e Matemática (870h); - gestão de processos educativos escolares - para todos os estudantes (135h); - gestão de processos educativos nas comunidades - para todos os estudantes (165h).

Mediações entre Forma Social e Forma Estética

45 30 15 Linguagens (75h)

Estética e Política 30 15 15

Saúde, Sexualidade e Reprodução. 45 45 Ciências da Natureza e Matemática (105)

Tópicos de Matemática 60 60

Introdução ao Estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais

30 30 Ciências Humanas e Sociais (75h)

Conceitos Organizadores das Ciências Humanas e Sociais

45 45

Gestão da Unidade Familiar de Produção

30 30 Ciências Agrárias (75h)

Ecologia de Agroecossistemas. 45 30 15

Subtotal 330 285 45

ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências da Natureza e Matemática (870h)

Tópicos de Geometria Elementar 60 60

Álgebra Linear e Geometria Analítica B 60 60 Didática da Matemática 1 30 30 Fundamentos de Matemática Elementar 90 90

Funções Reais de uma Variável Real 60 60

Hidrodinâmica, Termodinâmica 60 60 Cálculo Diferencial Integral 60 60

Ciências da Natureza e Matemática (855h)

Genética 60 60

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37

O Organismo Animal 45 45 Mecânica 60 60

Equações Diferenciais Aplicadas 45 45 Estudos dos Ecossistemas de Energia e Ciclos Biogeoquimicos

60 60

Educação Financeira 45 45 Estatística 45 45 Eletromagnetismo e Eletricidade 45 45 Introdução à Análise Real 45 45

Subtotal 870 870 ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências Agrárias (870h)

Introdução à Botânica 60 60 Introdução à Zoologia 45 45 Agropedologia 1 60 60 Fisiologia Vegetal 45 45

Tema Contextual I – Estudos do Meio Biofísico (255h) Recursos Florestais na Propriedade

Rural 45 45

Introdução à Fitotecnia 75 75 Introdução à Zootecnia 75 75 Agroclimatologia e Hidrologia 60 60

Tema Contextual II– Sistemas de Produção (270h)

Sistemas de Cultivo e de Criação 60 60

Forragicultura

45 45

Olericultura e Plantas Medicinais

75 75

Tema Contextual III –Práticas Agrícolas (195h) Agropedologia 2

75 75

Fundamentos em Topografia para Legislação Ambiental

60 60

Elaboração e Análise de Projetos para Agricultura Familiar

30 30

Tema Contextual IV–Ferra-mentas para o desenvolvi-mento rural (150h)

Desenvolvimento Rural 60 60

Subtotal 870 870 GESTÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS ESCOLARES – para todos os estudantes (135h)

Escola e Educação do Campo 1. 30 15 15 Escola e Educação do Campo (60h)

Escola e Educação do Campo 2. 30 30

Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico 1.

30 15 15 Organização Escolar e Método de Trabalho

Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico 2.

30 30

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Pedagógico (75h)

Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico 3.

15 15

Subtotal 135 105 30

GESTÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS NAS COMUNIDADES - para todos os estudantes (165H)

Projeto de Desenvolvi-mento do Campo (45h)

Projeto de Desenvolvimento do Campo 45 45

Sujeitos do Campo (30h)

Sujeitos do Campo 30 15 15

Métodos de Organização e Educação comunitária 1.

15 15

Métodos de Organização e Educação comunitária 2.

45 30 15

Métodos de Organização e Educação Comunitária

(90h)

Métodos de Organização e Educação comunitária 3.

30 15 15

Subtotal 165 120 45 TOTAL (NEE) Ênfase Ciências Agrárias 1500 1380 120

TOTAL (NEE) Ênfase Ciências da Natureza e Matemática

1500 1380 120

NÚCLEOS DE ATIVIDADES INTEGRADORAS – NAI (820h) Pesquisa 1 15 15 Pesquisa 2 30 15 15 Pesquisa 3 30 15 15 Pesquisa 4 30 15 15 Pesquisa 5 30 15 15 Trabalho de Conclusão de Curso 1 45 30 15

Pesquisa (210h)

Trabalho de Conclusão de Curso 2 30 30

Subtotal (pesquisa) 210 135 75 Práticas Pedagógicas 1 45 30 15 Práticas Pedagógicas 2 45 30 15 Práticas

Pedagógicas (150h)

Práticas Pedagógicas 3 60 45 15

Subtotal (Práticas Pedagógicas) 150 105 45 Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade

100 60 40

Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA

100 60 40

Estágio Curricular Supervisionado 3 – Gestão e Docência

100 60 40

Estágios (400h)

Estágio Curricular Supervisionado 4 – Gestão e Docência

100 60 40

Subtotal (Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório)

400 240 160

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Seminário Integrador 1 15 15 Seminário Integrador 2 15 15 Seminário Integrador 3 15 15

Seminários Integradores (60h) Seminário Integrador 4 15 15

Subtotal ( Seminários Integradores) 60 60 Total (NAI) 820 540 280

Atividades Complementares (200h)

Atividades Acadêmico-Científico-Culturais

200

Totalização TT AT/AP APCC A.C TOTAL DO CURSO (Ênfase Ciências Agrárias) 3300h 2700h 400h 200h TOTAL DO CURSO (Ênfase Ciências da Natureza e Matemática)

3300h 2700h 400h 200h

4.2.1 Ênfases e Núcleos Formadores

A organização do curso prevê três grupos distintos de disciplinas, aqui nominados de

NÚCLEOS FORMADORES, sendo eles: Núcleos de Estudos Básicos – realizados por todos

os estudantes; Núcleos de Estudos Específicos – que compreende, entre outras disciplinas,

a ênfase do curso, assim, os estudantes farão a opção por uma ou outra ênfase, em que

são destinadas 30 vagas para cada uma delas; Núcleo de Atividades Integradoras –

realizada por todos os estudantes, que compreender, entre outras disciplinas, o estágio

curricular supervisionado obrigatório; e atividades complementares. As cargas horárias são

assim dispostas entre os diferentes núcleos:

Tabela 4.2 – Organização da carga horária conforme o Núcleo de Estudos do Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR. NÚCLEOS DE ESTUDO CARGA HORÁRIA NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS (NEB) 780 h NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS (NEE) – Ênfase em Ciências Agrárias - disciplinas em todas as áreas; - área específica; - gestão de processos educativos escolares; - gestão de processos educativos nas comunidades

1500 h

NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS (NEE) – Ênfase em Ciências da Natureza e Matemática - disciplinas em todas as áreas; - área específica; - gestão de processos educativos escolares; - gestão de processos educativos nas comunidades

1500 h

NÚCLEO DE ATIVIDADES INTEGRADORAS 820 h ATIVIDADES COMPLEMENTARES 200 h

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TOTAL (Ênfase Ciências Agrárias) 3300 h TOTAL (Ênfase Ciências da Natureza e Matemática) 3300 h CIÊNCIAS AGRÁRIAS Conteúdo AT APCC Total

Núcleo de Estudos Básicos – NEB 780 780

Núcleo de Estudos Específicos – NEE 1380 120 1500

Núcleo de Atividades Integradoras – NAI 540 280 820

Atividades Complementares 200

Total 3300

CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA Conteúdo AT AP APCC Total

Núcleo de Estudos Básicos – NEB 780 780

Núcleo de Estudos Específicos – NEE 1380 120 1500

Núcleo de Atividades Integradoras – NAI 540 280 820

Atividades Complementares 200

Total 3300

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4.3 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO

MATRIZ CURRICULAR

1.1 2.1 3.1 4.1 5.1 6.1 7.1 8.10 0 0 0 0 0 0 0

54/0/0 54/0/0 36/0/0 36/0/0 36/0/0 36/0/0 36/0/0 54/0/06 6 4 4 4 4 4 6

NEB 54h/a NEB 54h/a NEB 36h/a NEB 36h/a NEB 36h/a NEB 36h/a NEB 36h/a NEB 54h/a

1.2 2.2 3.2 4.2 5.2 6.2 7.2 8.20 0 0 0 0 0 0 0

36/0/0 36/0/0 54/0/0 72/0/0 54/0/0 72/0/0 36/0/0 36/0/04 4 6 8 6 8 4 4

NEB 36h/a NEB 36h/a NEB 54h/a NEE 72h/a NEB 54h/a NEE 72h/a NEB 36h/a NEB 36h/a

1.3 2.3 3.3 4.3 5.3 6.3 7.3 8.30 0 0 0 0 0 0 0

54/0/0 54/0/0 54/0/0 72/0/0 72/0/0 54/0/0 54/0/0 36/0/06 6 6 8 8 6 8 4

NEB 54h/a NEB 54h/a NEB 54h/a NEE 72h/a NEE 72h/a NEE 54h/a NEE 54h/a NEE 36h/a

1.4 2.4 3.4 4.4 5.4 6.4 7.4 8.40 0 0 0 0 0 0 0

54/0/0 54/0/0 18/0/0 36/0/0 72/0/0 72/0/0 54/0/0 18/0/06 6 2 4 8 8 6 2

NEB 54h/a NEB 54h/a NEB 18h/a NEE 36h/a NEE 72h/a NEE 72h/a NEE 54h/a NAI 18h/a

1.5 2.5 3.5 4.5 5.5 6.5 7.50 0 0 0 0 0 0

36/0/0 18/0/0 18/0/18 108/0/0 54/0/0 72/0/0 54/0/04 2 2 12 6 8 6

NEB 36h/a NEB 18h/a NEE 36h/a NEE 108h/a NEE 54h/a NEE 72h/a NEE 54h/a

1.6 2.6 3.6 4.6 5.6 6.6 7.60 0 0 0 0 0 0

18/0/18 36/0/18 72/0/0 72/0/0 72/0/0 90/0/0 54/0/02 4 8 8 8 10 6

NEE 36h/a NEE 54h/a NEE 72h/a NEE 72h/a NEE 72h/a NEE 90h/a NEE 54h/a

1.7 2.7 3.7 4.7 5.7 6.7 7.70 0 0 0 0 0 0

18/0/18 54/0/0 54/0/0 54/0/0 90/0/0 90/0/0 54/0/02 6 6 6 10 10 6

NEE 36h/a NEE 54h/a NEE 54h/a NEE 54h/a NEE 90h/a NEE 90h/a NEE 54h/a

1.8 2.8 3.8 4.8 5.8 6.8 7.80 0 0 0 0 0 0

18/0/0 36/0/0 36/0/18 72/0/0 90/0/0 72/0/0 72/0/02 4 4 8 10 8 8

NAI 18h/a NEE 36h/a NEE 54h/a NEE 72h/a NEE 90h/a NEE 72h/a NEE 72h/a

1.9 2.9 3.9 4.9 5.9 6.9 7.90 0 0 0 0 0 0

36/0/18 36/0/0 36/0/0 54/0/0 72/0/0 18/0/18 36/0/04 4 4 6 8 2 4

NAI 54h/a NEE 36h/a NEE 36h/a NEE 54h/a NEE 72h/a NEE 36h/a NEE 36h/a

2.10 3.10 4.10 5.10 6.10 7.100 0 0 0 0 0

18/0/18 18/0/18 18/0/0 36/0/18 36/0/18 72/0/02 2 2 4 4 8

NEE 36h/a NAI 36h/a NEE 18h/a NEE 54h/a NAI 54h/a NEE 72h/a

2.11 3.11 4.11 5.11 6.11 7.110 0 0 0 0 0

18/0/18 54/0/18 54/0/0 18/0/18 18/0/0 54/0/02 6 6 2 2 6

NAI 36h/a NAI 72h/a NEE 54h/a NAI 36h/a NAI 18h/a NEE 54h/a

2.12 3.12 4.12 7.120 0 0 0

36/0/18 18/0/0 18/0/0 36/0/04 2 2 4

NAI 54h/a NAI 18h/a NEE 18h/a NAI 36h/a

4.13 7.130 0

18/0/18 18/0/02 2

NAI 36h/a NAI 18h/a

RAPS

AT/AP/APCCTT 120 h/a 120 h/a 120 h/a 120 h/a

TC CHT

LEGENDA240 h/a

R - Referência da MatrizAPS - Atividade Prática Supervisionada (semestre)

TT - Total de aulas (em hora aula semanal) TIPO DE CONTEÚDO (TC) ATIVIDADES COMUNSCHT - Carga Horária Total do Semestre em hora/aula NEB - NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS CIENCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA

PR - Pré-Requisito NEE - NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS CIENCIAS AGRÁRIASTC - Tipo de Conteúdo NAI - NÚCLEO DE ATIVIDADES INTEGRADORAS

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1

GESTÃO DA UNIDADE FAMILIAR DE PRODUÇÃO

Atualização: SETEMBRO 2010

LIBRAS 1

ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 1

ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS

FRENTE

TÉCNICAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE

TEXTOS

ORG. ESCOLAR E MÉTODO DE TRAB. PEDAGÓGICO 1

MEDIAÇÕES ENTRE FORMA SOCIAL E

ESTÉTICA

CONCEITOS ORG. DAS CIÊNCIAS HUMANAS E

SOCIAIS

INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA

PESQUISA 1

SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO

INTR. AO ESTUDO DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

SUJEITOS DO CAMPO

SEMINÁRIO INTEGRADOR 4

ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 2

ECOLOGIA DE AGROECOSSISTEMAS

AGROPEDOLOGIA 1

ESTÉTICA E POLÍTICA

ESTATÍSTICAEDUCAÇÃO FINANCEIRA

ELETROMAGNETISMO E ELETRICIDADE

EST. ECOSSISTEMAS DE ENERGIA E CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

FORRAGICULTURA

TEORIA PEDAGÓGICA 1

POLÍTICA EDUCACIONAL 1

FILOSOFIA 2

TEORIA PEDAGÓGICA 2

REALIDADE BRASILEIRA 2

ECONOMIA POLÍTICA 3 QUESTÃO AGRÁRIAREALIDADE BRASILEIRA

1

DESENVOLVIMENTO HUMANO E

APRENDIZAGEM 2

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁCURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO NO CAMPO

6º Período 7º Período5º Período 8º Período1º Período

FILOSOFIA 1

ECONOMIA POLÍTICA 2

LIBRAS 2

ECONOMIA POLÍTICA 1

POLÍTICA EDUCACIONAL 3

TÓPICOS DE GEOMETRIA ELEMENTAR

FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA ELEMENTAR

INTRODUÇÃO À BOTÂNICA

CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS

INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL

DIDÁTICA DA MATEMÁTICA

2º Período 3º Período 4º Período

TEORIA PEDAGÓGICA 3

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS

PESQUISA 3ORG. ESCOLAR E MÉTODO DE TRAB. PEDAGÓGICO 3

TEORIA PEDAGÓGICA 4

POLÍTICA EDUCACIONAL 2

MÉTODOS DE ORG. E EDUCAÇÃO

COMUNITÁRIA 3

FUNDAMENTOS EM TOPOGRAFIA PARA

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

AGROPEDOLOGIA 2

OLERICULTURA E PLANTAS MEDICINAIS

MECÂNICA

ELAB. E ANÁLISE DE PROJETOS P/ AGRIC.

FAMILIAR

SISTEMA DE CULTIVOS E DE CRIAÇÃO

INTRODUÇÃO À FITOTECNIA

PESQUISA 2PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS 3

MÉTODOS DE ORG. E EDUCAÇÃO

COMUNITÁRIA 2

PESQUISA 5

AGROCLIMATOLOGIA E HIDROLOGIA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO

CAMPO

ORG. ESCOLAR E MÉTODO DE TRAB. PEDAGÓGICO 2

INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA

FISIOLOGIA VEGETAL

O ORGANISMO ANIMAL

FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA

B

GENÉTICA

HIDRODINÂMICA, TERMODINÂMICA

FILOSOFIA 3

TÓPICOS DA MATEMÁTICA

DESENVOLVIMENTO HUMANO E

APRENDIZAGEM 1

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

CURSO 1

400 HORAS

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 1- COMUNIDADE

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 2 - EJA

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 4 - GESTÃO E

DOCÊNCIA

RECURSOS FLORESTAIS NA

PROPRIEDADE RURAL

DESENVOLVIMENTO RURAL

SEMINÁRIO INTEGRADOR 3

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

CURSO 2

AT/AP/APCC - Teóricas/Práticas/Ativ, Prática como Componente Curricular (em hora aula no semestre)

SEMINÁRIO INTEGRADOR 2

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 3 - GESTÃO E

DOCÊNCIA

PR

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 2

SEMINÁRIO INTEGRADOR 1

NOME DA DISCIPLINA

PESQUISA 4

MÉTODOS DE ORG. E EDUCAÇÃO

COMUNITÁRIA 1

Page 42: Projeto PROCAMPO - versao FINAL 22 09 10.pdf

42

42

4.4 DISCIPLINAS POR SEMESTRE LETIVO / PERIODIZAÇÃO

Primeiro Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Economia Política 1 54h/a 54h/a Filosofia 1 36h/a 36h/a Teoria Pedagógica 1 54h/a 54h/a Política Educacional 1 54h/a 54h/a Libras 1 36h/a 36h/a Escola e Educação do Campo 1 18h/a 18h/a 36h/a Sujeitos do Campo 18h/a 18h/a 36h/a Pesquisa 1 18h/a 18h/a Práticas Pedagógicas 1 36h/a 18h/a 54h/a Total 324h/a 54h/a 378h/a

Segundo Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Economia Política 2 54h/a 54h/a Libras 2 36h/a 36h/a Filosofia 2 54h/a 54h/a Teoria Pedagógica 2 54h/a 54h/a Técnicas de Leitura e Interpretação de Textos 18h/a 18h/a Mediações entre Forma Social e Estética. 36h/a 18h/a 54h/a Saúde, Sexualidade e Reprodução. 54h/a 54h/a Introdução ao Estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais 36h/a

36h/a

Gestão da Unidade Familiar de Produção. 36h/a 36h/a Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 1 18h/a 18h/a 36h/a Pesquisa 2 18h/a 18h/a 36h/a Práticas Pedagógicas 2 36h/a 18h/a 54h/a Total 450h/a 72h/a 522h/a

Terceiro Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Economia Política 3 36h/a 36h/a Filosofia 3 54h/a 54h/a Teoria Pedagógica 3 54h/a 54h/a Técnicas de Produção de Textos 18h/a 18h/a Estética e Política 18h/a 18h/a 36h/a Tópicos de Matemática 72h/a 72h/a Conceitos Organizadores das Ciências Humanas e Sociais 54h/a

54h/a

Ecologia de Agroecossistemas 36h/a 18h/a 54h/a Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 2 36h/a 36h/a Pesquisa 3 18h/a 18h/a 36h/a Práticas Pedagógicas 3 54h/a 18h/a 72h/a Seminário Integrador 1 18h/a 18h/a Total 468h/a 72h/a 540h/a

Quarto Período AT AP APS APCC TOTAL

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h/a h/a h/a h/a h/a Ciências da Natureza e Matemática Questão Agrária 36h/a 36h/a Tópicos de Geometria Elementar 72h/a 72h/a Álgebra Linear e Geometria Analítica B 72h/a 72h/a Didática da Matemática 36h/a 36h/a Fundamentos da Matemática Elementar 108h/a 108h/a Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 3 18h/a 18h/a Projeto de Desenvolvimento do Campo 54h/a 54h/a Métodos de Organização e Educação Comunitária 1 18h/a 18h/a Pesquisa 4 18h/a 18h/a 36h/a Total 432h/a 18h/a 450h/a

Ciências Agrárias

Questão Agrária 36h/a 36h/a Introdução à Botânica 72h/a 72h/a Introdução à Zoologia 54h/a 54h/a Agropedologia 1 72h/a 72h/a Fisiologia Vegetal 54h/a 54h/a Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 3 18h/a 18h/a Projeto de Desenvolvimento do Campo 54h/a 54h/a Métodos de Organização e Educação Comunitária 1 18h/a 18h/a Pesquisa 4 18h/a 18h/a 36h/a Total 396h/a 18h/a 414h/a

Quinto Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Ciências da Natureza e Matemática Realidade Brasileira 1 36h/a 36h/a Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1 54h/a 54h/a Hidrodinâmica e Termodinâmica 72h/a 72h/a Funções Reais de Uma Variável Real 72h/a 72h/a Genética 72h/a 72h/a O Organismo Animal 54h/a 54h/a Métodos de Organização e Educação Comunitária 2 36h/a 18h/a 54h/a Pesquisa 5 18h/a 18h/a 36h/a Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade 72h/a 48h/a 120h/a Total 486h/a 84h/a 570h/a Ciências Agrárias Realidade Brasileira 1 36h/a 36h/a Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1 54h/a 54h/a Introdução à Fitotecnia 90h/a 90h/a Introdução à Zootecnia 90h/a 90h/a Agroclimatologia e Hidrologia 72h/a 72h/a Métodos de Organização e Educação Comunitária 2 36h/a 18h/a 54h/a Pesquisa 5 18h/a 18h/a 36h/a Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade 72h/a 48h/a 120h/a Total 468h/a 84h/a 552h/a

Sexto Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Ciências da Natureza e Matemática

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Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2 36h/a 36h/a Mecânica 72h/a 72h/a Estudos dos Ecossistemas de Energia e Ciclos Biogeoquímicos 72h/a

72h/a

Cálculo Diferencial Integral 72h/a 72h/a Educação Financeira 54h/a 54h/a Métodos de Organização e Educação Comunitária 3 18h/a 18h/a 36h/a Trabalho de Conclusão 1 36h/a 18h/a 54h/a Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA 72h/a 48h/a 120h/a Seminário Integrador 2 18h/a 18h/a Total 450h/a 84h/a 534h/a Ciências Agrárias Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2 36h/a 36h/a Olericultura e Plantas Medicinais 90h/a 90h/a Agropedologia 2 90h/a 90h/a Fundamentos em Topografia para Legislação Ambiental 72h/a 72h/a Métodos de Organização e Educação Comunitária 3 18h/a 18h/a 36h/a Trabalho de Conclusão 1 36h/a 18h/a 54h/a Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA 72h/a 48h/a 120h/a Seminário Integrador 2 18h/a 18h/a Total 432h/a 84h/a 516h/a

Sétimo Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Ciências da Natureza e Matemática Política Educacional 2 36h/a 36h/a Teoria Pedagógica 4 36h/a 36h/a Estatística 54h/a 54h/a Eletromagnetismo e Eletricidade 54h/a 54h/a Introdução à Análise Real 54h/a 54h/a Equações Diferenciais Aplicadas 54h/a 54h/a Trabalho de Conclusão 2 36h/a 36h/a Estágio Curricular Supervisionado – Gestão e Docência 72h/a 48h/a 120h/a Seminário Integrador 3 18h/a 18h/a Total 414h/a 48h/a 462h/a Ciências Agrárias Política Educacional 2 36h/a 36h/a Teoria Pedagógica 4 36h/a 36h/a Forragicultura 54h/a 54h/a Sistema de Cultivo e de Criação 72h/a 72h/a Elaboração e análise de projetos para agricultura familiar 36h/a

36h/a

Desenvolvimento Rural 72h/a 72h/a Recursos Florestais na Propriedade Rural 54h/a 54h/a Trabalho de Conclusão 2 36h/a 36h/a Estágio Curricular Supervisionado 3 – Gestão e Docência 72h/a

48h/a 120h/a

Seminário Integrador 3 18h/a 18h/a Total 486h/a 48h/a 534h/a

Oitavo Período AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

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45

45

Realidade Brasileira 2 54h/a 54h/a Política Educacional 3 36h/a 36h/a Escola e Educação do Campo 2 36h/a 36h/a Estágio Curricular Supervisionado 4 – Gestão e Docência 72h/a

48h/a 120h/a

Seminário Integrador 4 18h/a 18h/a Total 216h/a 48h/a 264h/a

Atividades Complementares AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

Atividades Acadêmico-Científico-Culturais 240h/a

TOTAL DO CURSO AT h/a

AP h/a

APS h/a

APCC h/a

TOTAL h/a

ÊNFASE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA 3480h/a

480h/a 3960h/a

ÊNFASE EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS 3480h/a 480h/a 3960h/a

4.5 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS

A seguir são apresentadas as ementas das disciplinas, por período letivo.

1º PERÍODO

ECONOMIA POLÍTICA 1

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Contexto histórico do desenvolvimento da economia política e suas categorias básicas;

abordagem desde os clássicos do pensamento da área; retomada breve da história dos

modos de produção e das formações sociais.

FILOSOFIA 1

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Problematização sobre modos de pensar o conhecimento e a ciência introduzindo questões

do debate atual; bases históricas e filosóficas do pensamento moderno e de sua crítica e

autocrítica.

TEORIA PEDAGÓGICA 1

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

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46

46

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Concepções de educação e matrizes pedagógicas construídas ao longo da história do

pensamento educacional; elementos de algumas matrizes pedagógicas produzidas desde a

concepção humanista-histórica; estudo a partir de alguns clássicos do pensamento social e

pedagógico.

POLÍTICA EDUCACIONAL 1

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudo crítico sobre o processo de constituição, organização, conteúdo e método de

implementação das políticas públicas – o papel do Estado na formulação das políticas

educacionais.

LIBRAS 1

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC (00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Línguas de sinais e minoria lingüística; as diferentes línguas de sinais; status da língua de

sinais no Brasil; cultura surda; organização lingüística da libras para usos informais e

cotidianos: vocabulário; morfologia; sintaxe e semântica; a expressão corporal como

elemento lingüístico.

ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 1

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Constituição histórica da Educação do Campo como prática social e categoria teórica;

questões do debate atual sobre Educação do Campo.

SUJEITOS DO CAMPO

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudos sócio-histórico antropológicos sobre os diferentes sujeitos do campo e sua inserção

na dinâmica social. Sujeito transformador. Práticas sociais e culturais. Conceitos de campo e

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de sujeito nas diferentes agriculturas: tradicional, moderna e alternativa. Aspectos

sócio-históricos e metodológicos de construção dos sujeitos. As distintas

percepções dos sujeitos; a participação social e a apropriação de conhecimentos; as

contribuições de gênero e das gerações na reconstrução do conceito de campo.

PESQUISA 1

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Exercícios sobre construção de referenciais para fundamentação teórica de um projeto de

investigação; instrumentos e técnicas de pesquisa; preparação para a utilização do diário de

campo no Tempo Comunidade.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Espaço interdisciplinar e transdisciplinar articulado a realidade vivenciada pelos educandos

no curso e a prática pedagógica da escola; didática, planejamento e avaliação; preparação

dos estágios e oficinas de capacitação pedagógica; estudo das experiências pedagógicas

da Educação do Campo.

2º PERÍODO

ECONOMIA POLÍTICA 2

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Conceitos e categorias fundamentais do método da Economia Política na compreensão da

formação, funcionamento e transformação do capitalismo; interpretações da sociedade

atual.

LIBRAS 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: LIBRAS 1

Ementa

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48

A educação de surdos no Brasil; cultura surda e a produção literária; emprego da

Libras em situações discursivas formais: vocabulário; morfologia; sintaxe e

semântica; prática do uso da Libras em situações discursivas mais formais.

FILOSOFIA 2

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Modos de pensar o conhecimento e a ciência na Época Contemporânea; termos do debate

atual.

TEORIA PEDAGÓGICA 2

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Filosofia da práxis e teoria pedagógica; aprofundamento do estudo das matrizes de

formação humana e suas implicações na constituição do projeto político-pedagógico da

Educação do Campo.

TÉCNICAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Elementos da comunicação; funções da linguagem; técnicas de leitura e interpretação de

texto; tipos textuais: narração descrição e dissertação; gêneros textuais; produção e

interpretação de textos.

MEDIAÇÕES ENTRE FORMA SOCIAL E ESTÉTICA

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudo das obras estéticas e suas mediações; estudo dos processos históricos de produção

artística, com ênfase em suas determinações econômicas, sociais e culturais; estudo da

cultura como produto e processo social; estudo da historicidade das formas e dos

conteúdos.

SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO

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49

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Reprodução, modos de reprodução dos seres vivos e sexo; determinação do sexo;

características sexuais primárias e secundárias; ação dos hormônios na maturação sexual,

fertilização e desenvolvimento do feto; riscos da gravidez precoce e tardia; construção do

papel de gênero nas sociedades e identidade de gênero; doenças sexualmente

transmissíveis; alimentação durante a gravidez, amamentação e infância; cultura e

alimentação.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudos introdutórios ao estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais, salientando os

processos de formação das ciências que a compõem, relacionando com os diferentes

contextos históricos, e os instrumentos/métodos de trabalho que as caracterizam.

GESTÃO DA UNIDADE FAMILIAR DE PRODUÇÃO

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Introdução ao marco teórico e conceitual; os movimentos camponeses e sua inserção na

cena política; as relações de trabalho na agricultura (mutirão, troca-de-dia, arrendamento,

assalariamento temporário); o enfoque multidisciplinar e enfoque sistêmico; o sistema geral,

modelização dos sistemas complexos; o estabelecimento agrícola familiar visto como um

sistema; a família como sistema de decisão e os elementos constitutivos do sistema

operante; o sistema de produção: constituição e funcionamento; evolução e reprodução; as

interações entre a economia, estratégias e práticas dos agricultores.

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 1

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Compreensão conceitual e abordagem histórica sobre organização escolar e método de

trabalho pedagógico; Aprofundamento teórico sobre concepção e formas de organização

escolar.

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PESQUISA 2

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Início da atividade-processo de pesquisa que vai culminar no trabalho monográfico; reflexão

sobre a escola do campo e os processos educativos nas comunidades como objeto de

estudo; apresentação da proposta de linhas de pesquisa do Curso; início de elaboração da

“carta de intenções” de pesquisa de cada estudante; discussão da “carta de intenções” de

pesquisa com o coletivo de origem do estudante no Tempo Comunidade.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Escola como espaço de trabalho coletivo de reflexão e ação; análise de Projeto Político

Pedagógico: instrumento teórico-metodológico de organização do trabalho pedagógico e do

trabalho escolar na sua totalidade; elaboração, acompanhamento e avaliação de

planejamentos para estágio.

3º PERÍODO

ECONOMIA POLÍTICA 3

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Desafios históricos do capitalismo e do movimento socialista.

FILOSOFIA 3

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Método de pensamento e produção do conhecimento pela pesquisa; a pesquisa como forma

de diálogo entre teoria e prática; construção de referencial filosófico-metodológico.

TEORIA PEDAGÓGICA 3

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Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudos sócio-histórico-antropológicos sobre a forma escolar de educação e sobre os

sujeitos da educação básica.

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Técnicas de produção de textos; coesão; coerência; produção de textos: fichamentos,

resumos, resenhas e textos narrativos, descritivos e dissertativos.

ESTÉTICA E POLÍTICA

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudo da produção cultural como um terreno efetivo dos embates sociopolíticos, tanto da

perspectiva da sedimentação da configuração contemporânea das forças sociais, quanto da

perspectiva das principais transformações históricas dessa dinâmica; padrões hegemônicos

e contra-hegemônicos de representação da realidade.

CONCEITOS ORGANIZADORES DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudos sobre os conceitos organizadores da área de ciências humanas e sociais,

relacionando com as demais áreas do conhecimento numa perspectiva de totalidade, tendo

como contexto a escola básica e a realidade do campo brasileiro.

ECOLOGIA DE AGROECOSSISTEMAS

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Definições da ecologia; história e objeto da ciência ecológica; história e objetivos da ecologia

filosófica e política; ecologia das populações e estudo dos ecossistemas; as características

dos principais ecossistemas naturais; fluxos de energia e cadeias alimentares; fatores

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determinantes da dinâmica das populações; capacidade de suporte, curva de

Gauss; dinâmica dos sistemas predadores-presa; ciclos bio-geoquímicos;

definição, importância e valor da biodiversidade; estudos de agroecossistemas; análise de

riscos ambientais e gestão ambiental na agricultura familiar.

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Aprofundamento teórico sobre concepção e formas de trabalho pedagógico em escolas de

educação básica.

PESQUISA 3

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Exercícios sobre as implicações dos conceitos de disciplinaridade, multidisciplinaridade,

interdisciplinaridade, transdisciplinaridade na prática de pesquisa; discussão sobre a “carta

de intenções” de pesquisa de cada estudante e primeiro esboço do projeto de pesquisa.

TÓPICOS DE MATEMÁTICA

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Progressões – Trigonometria – Matrizes – Sistemas Lineares e Determinantes – Análise

Combinatória – Probabilidade – Polinômios e Equações Algébricas.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 3

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudo preparação e produção de materiais para a prática docente; conhecimento e reflexão

sobre teorias e experiências pedagógicas inovadoras; análise global e crítica da realidade

educacional articulado ao espaço comunidade da vida do educando.

SEMINÁRIO INTEGRADOR 1

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

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53

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de

pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;

promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de

conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.

4º PERÍODO

TÓPICOS DE GEOMETRIA ELEMENTAR

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Geometria Euclidiana Plana; Geometria Euclidiana Espacial; Geometria Não-Euclidianas.

ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA B.

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Geometria analítica plana; Vetores; Espaços Vetoriais, Transformações Lineares;

Autovalores e Autovetores.

DIDÁTICA DA MATEMÁTICA 1

Carga horária: AT(36) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

O conhecimento matemático e o ensino da Matemática; Objetivos e valores do ensino da

Matemática; Noções de transposição didática, contrato didático, situações didáticas,

obstáculo epistemológico, registro de representação, campos conceituais, engenharia

didática; Matemática e as práticas de ensino, pesquisas contextualizadas; Planejamento

didático para a Matemática; Modalidades de Avaliação.

QUESTÃO AGRÁRIA

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

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54

O que é questão agrária; a evolução da situação de posse e uso da terra no Brasil

e a formação do campesinato brasileiro; diferentes teses clássicas sobre a

questão agrária brasileira; debate atual sobre reforma agrária e desenvolvimento do campo.

INTRODUÇÃO À BOTÂNICA

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Níveis de organização nos vegetais; sistemática vegetal: princípios e conceitos básicos;

hierarquia taxonômica; nomenclatura botânica; sistemas de classificação; métodos em

taxonomia clássica e biossistemática; morfologia externa e interna de plantas superiores;

evolução das estruturas vegetativas e reprodutivas; origem, evolução e dispersão de plantas

superiores; descrição e identificação de plantas; reprodução: sexual, gâmica e orgânica;

estudo de plantas de interesse econômico regional.

INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Nomenclatura zoológica e fundamentos práticos de taxonomia zoológica; morfologia,

sistemática e fisiologia dos seguintes filos: Protozoa; Platelmintos; Nematelmintos; Annelida,

Artropoda e Chordata; filogenia da classe Insecta; identificação em nível de família das

principais ordens de insetos de interesse agronômico; método de conservação e

identificação de insetos.

AGROPEDOLOGIA 1

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Geologia, mineralogia e pedologia; gênese e morfologia do solo; física e química do solo.

Gestão da água; levantamento e classificação de solos; identificação de solos através de

métodos de classificação em campo e certificação em laboratório.

FISIOLOGIA VEGETAL

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

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55

Relações hídricas: transpiração e absorção de água; metabolismo mineral das

plantas: nutriente, absorção e transporte de elementos, carências minerais;

fotossíntese; respiração; crescimento: germinação de sementes, reguladores do

crescimento; desenvolvimento das plantas: vernalização, fotoperiodismo, rendimento das

plantas cultivadas; fisiologia da produção.

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 3

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Análise de práticas de gestão de processos educativos desenvolvidas pelos estudantes em

escolas de educação básica.

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Papel da agricultura camponesa no Brasil; abordagem histórica e debate atual sobre

projetos de desenvolvimento do campo e projeto de país.

METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 1

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Introdução ao estudo de métodos de organização de base e educação comunitária a partir

da experiência dos movimentos sociais e do referencial da educação popular.

FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR.

Carga Horária: AT(108) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(108)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Lógica de argumentação; Argumentos Válidos; Inferência Lógica; Técnicas de

Demonstração; Teoria de conjuntos; Relações de Ordem e Equivalência; Operações

internas; Estruturas Algébricas; Os Inteiros.

PESQUISA 4

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

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56

56

Pré-requisito: Não tem

Ementa

O diálogo entre teoria e prática; a importância do rigor metodológico e da consciência do

percurso do pensamento na interpretação da realidade; conclusão do projeto de pesquisa;

preparação para o início do trabalho de campo; início da pesquisa de campo no Tempo

Comunidade.

5º PERÍODO

FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

Carga horária: AT(72) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Números reais; Relação de ordem; Intervalos; Valor absoluto. desigualdades; Relações;

Funções. Funções transcendentes

REALIDADE BRASILEIRA 1

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Visão panorâmica da formação social do Brasil: colônia, emancipação, abolição e revolução

burguesa no Brasil; concepções da estrutura agrária brasileira.

DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM 1

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Aspectos culturais, neurológicos e psicológicos do desenvolvimento humano e da

aprendizagem; estudos específicos sobre o ciclo da adolescência e juventude.

HIDRODINÂMICA E TERMODINÂMICA

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

As origens da hidrostática e da hidrodinâmica; hidrostática: os conceitos de pressão e

densidade; os princípios de Arquimedes, Pascal, lei de Stevin e vasos comunicantes e suas

aplicações no campo; hidrodinâmica e a conservação da energia: a lei de Bernoulli e suas

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57

aplicações no campo; as origens da termodinâmica; termometria; os conceitos de

calor, energia e capacidade térmicas; as formas de transmissão do calor; as leis

da termodinâmica; teoria cinética dos gases e a hipótese ergódica; processos isotérmicos,

isobáricos e adiabáticos; o ciclo de Carnot.

GENÉTICA

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Origem da domesticação de plantas e animais e a mudança do comportamento nômade

para sedentário da humanidade; principais centros de domesticação do mundo; primeiras

explicações sobre herança e sexo; genes e cromossomos; DNA e o conceito moderno de

gene; código genético do DNA às proteínas; mitocôndrias, cloroplastos e bactérias; tipos de

divisão celular; conceito de genótipo e fenótipo; noções básicas de probabilidade; Mendel:

primeira e segunda leis da herança; dominância completa e incompleta; interação gênica;

ligação; melhoramento genético e diversidade genética; transgenia.

O ORGANISMO ANIMAL

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Características gerais dos organismos vertebrados e invertebrados; homeostase; sistemas:

nervoso, endócrino, digestório, respiratório, circulatório, urinário, reprodutivo e músculo

esquelético; neurônios, natureza do impulso nervoso, neurotransmissores; controle do

movimento; sentidos: visão, audição, tato, paladar, olfato; sistema de defesa do organismo.

INTRODUÇÃO À FITOTECNIA

Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Formas e níveis de manipulação de agroecossistemas; estudo de viabilidade técnica e

econômica de agroecossistemas; os tipos de cultivos, enfocando as explorações agrícolas

nacionais e regionais; noções de ecofisiologia de cultivos anuais; doenças e pragas de

principais cultivos regionais; produção de cultivos anuais como: cereais e grãos.

INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA

Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)

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58

Pré-requisito: Não tem

Ementa

A zootecnia e seus objetivos; origem da domesticação das principais espécies produtoras de

alimento e trabalho; noções de anatomia e fisiologia animal: ruminantes e monogástricos;

nutrição animal: princípios da nutrição, necessidades nutricionais dos monogástricos e

ruminantes e balanceamento de dietas alimentares; reprodução animal.

AGROCLIMATOLOGIA E HIDROLOGIA

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Clima e seu efeito no meio natural e antrópico; o clima regional e mudanças climáticas;

fenômenos climáticos; classificação climática e zoneamento agroclimatológico; radiação

solar e balanço de energia; temperatura; umidade do ar; vento e transferência turbulenta;

precipitação pluviométrica; evaporação e evapotranspiração; coeficiente cultural; estação

agrometeorológica; estratégias de manipulação do ambiente físico de interesse na

agropecuária; microclima de ambientes agrícolas parcialmente modificados; aspectos

micrometeorológicos relacionados à epidemiologia vegetal e animal; balanço hídrico

climatológico; análise de dados de precipitação; ciclo hidrológico; bacias hidrográficas.

METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Aprofundamento do estudo de métodos e fundamentos para o trabalho de organização e

educação comunitária; orientação metodológica para construir com a comunidade um

projeto de intervenção na realidade do campo envolvendo a escola.

PESQUISA 5

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Bancas de qualificação do relatório de pesquisa; oficina sobre análise de dados; revisão da

redação do relatório de pesquisa e elaboração de artigo no Tempo/Comunidade.

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 1 - COMUNIDADE

Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)

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Pré-requisito: Não tem

Ementa

Análise global e crítica da realidade educacional na relação com os conhecimentos didáticos

metodológicos, na práxis com as comunidades do campo.

6º PERÍODO

CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL

Carga horária: AT(72) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Limites; Continuidade; Derivadas; Diferenciais; Integração indefinida; Integração definida.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: não tem

Juros, taxas e descontos; Inflação e atualização monetária; Equivalência de capitais; Séries

de pagamentos; Depreciação e amortização; Imposto de renda; Investimentos; Previdência

social e previdência privada; Mercado financeiro; Mercado de ações.

DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Educação e envelhecimento: processos individuais e sociais de envelhecimento; construção

social da velhice; especificidade dos processos de aprendizagem na educação de adultos e

idosos.

MECÂNICA

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

As origens e os principais conceitos da Mecânica, Leis de Newton: estática, cinemática e

dinâmica; os conceitos de velocidade e aceleração; movimentos simples; vetores; a lei de

Hooke e o sistema massa-mola; o atrito e a dissipação de energia; as leis de Kepler e da

gravitação universal; ferramentas básicas da mecânica; força, torque e suas aplicações no

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campo; o conceito de energia mecânica e sua conservação; aplicações dos

conceitos da mecânica no campo.

ESTUDOS DOS ECOSSISTEMAS DE ENERGIA E CICLOS BIOGEOQUÍMICO

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

O sol na história humana; fluxo de energia na natureza; fotossíntese e o papel dos

produtores primários; conceito de ecossistema; cadeias e teias tróficas; conceito de

organismo, população e espécie; papel dos grupos de organismos no ecossistema;

comunidade e sucessão; interações entre os seres vivos; clima; distribuição dos seres vivos

e diversidade de acordo com o clima e quantidade de energia; principais formações vegetais

mundiais.

OLERICULTURA E PLANTAS MEDICINAIS

Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Introdução à olericultura; fatores climáticos e edáficos; planejamento da horta: localização,

escolha e preparo do terreno, solo, nutrição; tipos de exploração em olericultura:

diversificada, especializada, agroindustrial, horta doméstica, recreativa ou educativa;

reprodução de olerícolas; cultivo em ambiente protegido; irrigação; controle fitossanitário;

comercialização; principais famílias botânicas; identificação e cultivo; estudo das plantas

medicinais; valorização do conhecimento popular.

AGROPEDOLOGIA 2

Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Biologia do solo; matéria orgânica e ciclo do nitrogênio; atividade biológica; gestão do

fósforo; complexo sortivo e gestão das bases; toxicidade e desequilíbrio mineral;

comportamento face a determinada prática cultural e diagnóstico pedológico; potencial de

fertilidade química; acidez e calagem; a queimada e seus efeitos nas propriedades

químicas, físicas e biológicas do solo; avaliação da fertilidade do solo; adubos e adubação

orgânica e mineral.

FUNDAMENTOS EM TOPOGRAFIA PARA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

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Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Conceitos fundamentais em: planimetria, altimetria; topologia: formas gerais de modelado

topográfico; processo de representação; traçado das poligonais; perfis topográficos;

símbolos e convenções; noções de cartografia; noções em sensoriamento remoto; noções

em posicionamento por satélite (GPS); legislação ambiental.

METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 3

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Análise de práticas e projetos de intervenção na realidade desenvolvidos pelos estudantes

no tempo/espaço comunidade: método de trabalho e projeto de desenvolvimento do campo

em que se inserem.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Oficina sobre análise de dados e conclusão do trabalho monográfico; conclusão da redação

da monografia.

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 2 – EJA

Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Prática educativa com jovens e adultos; cultura e cotidiano escolar: sujeitos, saberes,

espaços e tempos; planejamentos e avaliações; identidade dos sujeitos da escola: classe

social, gênero, sexualidade e etnia.

SEMINÁRIO INTEGRADOR 2

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de

pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;

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promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes

áreas de conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.

7º PERÍODO

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS

Carga horária: AT(54) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Equações diferenciais ordinárias de primeira ordem; Equações diferenciais ordinárias de

segunda ordem. Aplicações.

ESTATÍSTICA

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: não tem

Estatística descritiva. Distribuição amostral. Estimação pontual e por intervalos. Testes de

hipóteses. Análise de regressão linear simples.

POLÍTICA EDUCACIONAL 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Análise crítica e contextualizada das políticas e formas de organização da educação básica

brasileira; educação de jovens e adultos (EJA) na legislação brasileira, limites e

possibilidades.

TEORIA PEDAGÓGICA 4

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

A educação básica sob os princípios do trabalho, da ciência e da cultura; especificidade do

ensino médio; estudos sobre politecnia, educação tecnológica e educação profissional

desde a realidade do campo.

ELETROMAGNETISMO E ELETRICIDADE

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

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Ementa

Eletrostática e o conceito de carga elétrica; lei de Coulomb; campo elétrico;

potencial elétrico e a capacitância; eletrodinâmica e o conceito de corrente elétrica; a

resistência elétrica e a lei de Ohm; circuitos elétricos e suas aplicações no campo; as leis de

Kirchoff; as origens do eletromagnetismo; o magnetismo terrestre e o funcionamento da

bússola; campo magnético; força magnética; campo magnético produzido por correntes;

indução e indutância eletromagnética.

FORRAGICULTURA

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Importância e estudo das espécies forrageiras; critérios de escolha da espécie a ser

utilizada; implantação, formação e manejo de pastagens; controle de pragas e doenças; uso

de leguminosas em consórcio com pastagens; implantação, formação e manejo de bancos

de proteína; uso e formação de capineiras; principais espécies forrageiras utilizadas como

capineiras; degradação e recuperação de pastagens degradadas; métodos de conservação

das forrageiras: fenação e ensilagem.

SISTEMA DE CULTIVO E DE CRIAÇÃO

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

O estudo agronômico de cultivos: metodologia de diagnose; estudo das condições do meio

agrícola: práticas do agricultor; zoneamento do conjunto das parcelas; a roça como

componente do estabelecimento agrícola, composição hierarquizada de um sistema de

produção; ampliação da visão da parcela para a micro-região; sistematização e elaboração

de diagnósticos sobre os sistemas de cultivos característicos da agricultura familiar regional;

definição do sistema de criação; estrutura e interrelações do sistema de criação; fluxos e

funcionamento do sistema de criação; produtividade do rebanho; fatores externos do

sistema de criação; relações entre sistemas de cultivo e criações.

ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS PARA AGRICULTURA FAMILIAR

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

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Discussão, reflexão e prática de elaboração de projetos voltados para a agricultura

familiar; a agricultura familiar como unidade de produção e suas especificidades

com relação a projetos e financiamentos; captação de recursos; programas e órgãos

financiadores; acompanhamento e execução de projetos.

DESENVOLVIMENTO RURAL

Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Desenvolvimento rural; desenvolvimento agrícola; interdisciplinaridade nas questões de

desenvolvimento; noção de desenvolvimento sustentável; aspectos históricos da agricultura

no Brasil; a agricultura familiar no Brasil; os diferentes instrumentos de intervenção do

estado nacional para o desenvolvimento rural: infra-estrutura; política agrária; incentivos;

subvenções; proteção de mercado; a evolução do pensamento no Brasil sobre o papel da

agricultura familiar; a evolução das políticas públicas e suas conseqüências sobre a

agricultura familiar; as instituições de apoio à agricultura, de pesquisa, de formação e de

desenvolvimento no Brasil e as suas relações com a agricultura familiar e as organizações

de produtores.

RECURSOS FLORESTAIS NA PROPRIEDADE RURAL

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Importância econômica, social e ecológica de florestas; situação florestal do Brasil e do

Paraná; sementes e mudas florestais; implantação de florestas; sistemas agroflorestais;

tratos culturais em florestas; noções de manejo florestal; rentabilidade de florestas e

sistemas florestais.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Defesa da monografia perante banca e redação de artigo a partir da monografia.

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 3 – GESTÃO E DOCÊNCIA

Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)

Pré-requisito: Não tem

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Ementa

Docência na área de habilitação e gestão de processos educativos na escola;

gestão educacional, formas de implementação e operacionalização de uma gestão

democrática e emancipadora.

SEMINÁRIO INTEGRADOR 3

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de

pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;

promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de

conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.

INTRODUÇÃO À ANÁLISE REAL

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Cálculo Diferencial Integral

Conjunto dos números naturais; Conjuntos finitos, infinitos, enumeráveis e não-enumeráveis;

corpo dos números reais ordenados e completos.

8º PERÍODO

REALIDADE BRASILEIRA 2

Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Visão panorâmica da história da formação do povo brasileiro desde suas matrizes étnicas e

culturais; debates contemporâneos sobre alternativas de desenvolvimento para o Brasil e os

desafios de construção de um projeto de nação.

POLÍTICA EDUCACIONAL 3

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo; educação rural nas

constituições brasileiras; educação rural e legislação educacional; educação no campo.

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ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 2

Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Estudos sobre a escola na perspectiva da Educação do Campo.

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 4 - GESTÃO E DOCÊNCIA

Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Docência e gestão de processos educativos escolares; escola com espaço de trabalho

coletivo de reflexão e ação cotidianas; projeto político pedagógico: instrumento teórico-

metodológico de organização do trabalho pedagógico da sala de aula e da escola na sua

totalidade.

SEMINÁRIO INTEGRADOR 4

Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18)

Pré-requisito: Não tem

Ementa

Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de

pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes;

promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de

conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias.

4.6 ATIVIDADES COMPLEMENTARES

As atividades complementares obedecerão ao estabelecido no Regulamento para

Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UTFPR.

4.7 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO As Diretrizes para os Cursos de Graduação da Universidade Tecnológica Federal do

Paraná, o Regulamento da Organização Didática Pedagógica aplicável ao curso, assim

como o Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório da UTFPR, definirão os

procedimentos operacionais para este modelo de atividade de ensino.

O Estágio Curricular Supervisionado desenvolvido no Curso deverá obedecer ao

regulamento Geral de Estágio da UTFPR.

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O Estágio Curricular Supervisionado será realizado nas comunidades de

origem dos educandos, e será acompanhado pelos professores do Curso, pelos

especialistas da área e pelos movimentos sociais, prioritariamente, em Escolas Públicas do

campo e articulado, preferencialmente, aos projetos parceiros de educação dos movimentos

sociais. O Estágio Supervisionado, em suas etapas específicas, compreenderá a carga

horária distribuída ao longo do Curso.

4.8 TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

O trabalho de Conclusão de Curso obedecerá ao Regulamento para Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) para os Cursos de Graduação da UTFPR. A monografia é

trabalho de caráter científico, produzido como resultado de pesquisa, a partir de fontes

conceituais ou empíricas, articulando conhecimentos construídos ao longo do curso,

articulado com as linhas de pesquisa da Educação do Campo.

4.9 PLANOS DE ENSINO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Os planos de ensino e as referências bibliográficas das disciplinas seguem o Projeto

Pedagógico do Curso e serão constantemente revisados durante a semana de planejamento

de ensino no início do semestre. Portanto, devido à dinâmica de atualização desses

documentos, os mesmos não foram incluídos na presente proposta.

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5 INFRA-ESTRUTURA DO CURSO.

A seguir é apresentada uma relação das instalações e equipamentos disponíveis

para o uso do curso. Para tal, além da infra-estrutura do Setor Administrativo e de Apoio

(incluindo o ginásio esportivo), e da Biblioteca, existem doze Unidades de Ensino e

Pesquisa (UEPs) e quatro laboratórios.

5.1 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

Tabela 5.1.1 – Área destinada ao setor administrativo e de apoio

Instalação Qtde. Área/ Instalação (m2)

Área Total (m2)

1. Almoxarifado 01 300,00 300,00 2. Alojamento (com vagas para 120 alunos) 03 300,27 900,81 3. Ginásio esportivo 01 1.253,69 1.253,69 4. Cozinha/Refeitório/Auditório 01 766,11 766,11 5. Depósito 01 164,25 164,25 6. Guarita 01 4,00 4,00 7. Lavanderia 01 107,75 107,75 8. Residência funcional (casa de hóspedes) 01 172,26 172,26 9. Residência funcional (pessoal administrativo) 04 117,20 468,68 10. Residência funcional (pessoal de apoio) 04 78,66 314,64 11. Salas administrativas 15 - 551,30 12. Vestiário (para alunos semi-internos) 01 179,67 179,67 Total 34 5.183,28 Tabela 5.1.2 – Área destinada ao setor pedagógico e de pesquisa Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) Área Total

(m2) 1. Laboratórios 04 56,71 226,84 2. Pátio coberto, cantina e banheiros 01 299,98 299,98 3. Sala de audiovisuais 01 69,70 69,70 4. Sala para biblioteca com 3 ambientes 01 203 203,00 5. Salas de aula 11 46,10 507,10 6. Salas para professores 09 19,89 179,01 Total 26 1.485,63 5.2 BIBLIOTECA E ACERVO BIBLIOGRÁFICO

A Biblioteca oferece aos seus usuários os seguintes serviços:

• orientação para a utilização da Biblioteca;

• orientação aos usuários em suas pesquisas;

• consulta local;

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• empréstimo domiciliar;

• reserva de materiais;

• empréstimo entre Bibliotecas;

• levantamento bibliográfico;

• portal de Periódicos Capes.

• orientação para a normalização de trabalhos acadêmicos, de acordo com a ABNT;

• catalogação na fonte;

Tabela 5.2.1 – Composição do Acervo

Tipo de obra Títulos Exemplares Livros 3282 6071 Folhetos 863 1225 Periódicos 156 2886 Anais 111 187 DVD 170 185 Total 4582 10554 5.3 SETORES DE PRODUÇÃO E PESQUISA Tabela 5.3.1 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Produção de Mudas Instalação Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) 1. Viveiro - área sombreada 01 960,0 960,0 2. Viveiro - área sombreada para cultivo 01 357,0 357,0 3. Estufa para produção de mudas 01 50,0 50,0 4. Estufa túnel baixo 01 37,5 37,5 5. Galpão de ferramentas 01 40,0 40,0 6. Sala ambiente, escritório e banheiros 01 100,1 100,1 7. Telado para produção de mudas 01 50,0 50,0 Total 07 1.594,6 Tabela 5.3.2 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Fruticultura Instalação Qtde. Área/instalação (m2) Área Total (m2) 1. Sala de apoio 01 50,0 50,0 Total 01 50,0 Tabela 5.3.3 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Silvicultura Instalação Qtde. Área Total

(m2) 1. Floresta Estacional Semidecidual em estágios médio e inicial de

regeneração 01 483.000,0

2. Trilha de interpretação ecológica 01 2.000,0 3. Plantios de recuperação ambiental com espécies nativas 06 50.000,0 4. Talhões de espécies florestais exóticas 02 17.000,0 5. Arboreto 01 14.000,0 Total 11 566.000,0

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Tabela 5.3.4 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Plantas Medicinais e Aromáticas Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) Área Total

(m2) 1. Área de cultivo 01 400,0 400,0 Total 01 400,0 Tabela 5.3.5 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Paisagismo* Instalação Qtde. Área/instalação (m2) Área Total (m2) 1. Sala de apoio 01 25,0 25,0 Total 01 25,0

* Composta por todos os espaços destinados à jardinagem e paisagismo do Campus.

Tabela 5.3.7 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Mecanização Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) Área Total

(m2) 1. Carpintaria 01 192,02 192,02 2. Galpão para abrigo de máquinas 01 648,01 648,01 3. Paiol 01 133,60 133,60 4. Residência funcional 01 76,90 76,90 5. Sala ambiente, escritório e banheiros 01 100,10 100,10 Total 05 1.150,63 Tabela 5.3.7.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em Mecanização Equipamentos Qtde. 1. Arado com 3 discos reversíveis 01 2. Arado subsolador com engate hidráulico de 5 hastes 01 3. Armário de aço com duas portas 02 4. Bebedouro elétrico industrial 01 5. Bigorna em ferro fundido com 20 kg 01 6. Bomba hidráulica acionada por roda d’água 01 7. Bomba p/ combustível rotativa com filtro para tambor de 200 l 01 8. Bomba para graxa manual 20 kg 01 9. Cadeira universitária com porta livros e prancha fixa 50 10. Carreta agrícola de 4,5 ton com 2 eixos 01 11. Cavaletes para mecânico – capacidade de 6 ton 05 12. Colheitadeira de forragem para silagem 01 13. Compressor de ar capacidade 200 libras 01 14. Conjunto de irrigação agrícola 01 15. Cultivador adubador com duas caixas de adubo 01 16. Distribuidor de esterco com capacidade de 4.000 l 01 17. Enxada rotativa agrícola 01 18. Furadeira de bancada – motor 0,5 cv 01 19. Grade aradora, 12 discos recortados 01 20. Hidrocompressor de alta pressão 01 21. Macacos hidráulicos tipo garrafa com capacidade de 2 ton 02 22. Mesa em madeira para escritório 02

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23. Micro-trator com 2 rodas, sistema de engate rápido 01 24. Moto-esmeril com rebolo e escova 01 25. Pulverizador costal de 20 l 01 26. Pulverizador de barras com tanque de 400 l 01 27. Roçadeira mecânica com roda traseira 01 28. Sulcador adubador de 2 linhas 01 29. Torno de bancada em ferro fundido fixo 01 30. Trator agrícola diesel quatro rodas, potência 14 cv 01 31. Trator agrícola diesel, tração 4x4, potência 40 cv 01 32. Turbo atomizador com capacidade 400 l 01

Tabela 5.3.8 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Piscicultura Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) Área Total

(m2) 1. Laboratório para produção de alevinos 01 120,0 120,0 2. Viveiro (Açude) 04 20,0 80,0 Total 05 200,0 Tabela 5.3.9 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Apicultura Instalação Qtde. Área/instalação (m2) Área Total (m2) 1. Apiário 01 5.000 5.000,0 Total 01 5.000,0 Tabela 5.3.10 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Avicultura Instalação Qtde Área (m2) Total (m2) 1. Galpão de avicultura de corte automatizado 01 1.800,00 1.800,00 2. Galpão de avicultura de postura 02 372,24 744,48 3. Residência funcional 01 76,90 76,90 4. Sala ambiente, escritório e banheiros 01 100,10 100,10 Total 05 2.721,48

Tabela 5.3.11 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Suinocultura Instalação Qtde. Área/

Instalação (m2) Área Total

(m2) 1. Complexo contendo unidade produtora de

leitões – instalações para 42 matrizes, com sala ambiente, escritório, farmácia, banheiros e alojamento para plantonista

01 300 300

2. Esterqueira e fossa séptica 01 635,48 635,48 3. Residência funcional 01 76,90 76,90 Total 03 1.012,38 Tabela 5.3.12 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Bovinocultura Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) Área Total

(m2) 1. Área destinada à pastagem 01 144.600,00 144.600,00

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2. Campo experimental e demonstrativo de plantas forrageiras

01 3.350,00 3.350,00

3. Complexo contendo instalações para gado leiteiro, sala ambiente, sala de ordenha, escritório, depósito e banheiros

01 280,52 280,52

4. Residência funcional 01 76,90 76,90 Total 04 148.307,40 Tabela 5.3.12.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em Bovinocultura Equipamentos Qtde. 1. Conjuntos de ordenha 03 2. Resfriador de expansão com capacidade de 1.000 l 01

Tabela 5.3.13 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Agroindústria Instalação Qtde. Área/instalação

(m2) Área Total

(m2) 1. Abatedouro 01 121,03 121,03 2. Curral de espera 01 27,47 27,47 3. Fábrica de ração 01 131,09 131,09 Total 03 279,59 Tabela 5.3.13.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em Agroindústria Equipamentos Qtde. 1. Arquivo de metal 02 2. Balança eletrônica de bancada, capacidade 250 kg 02 3. Balcão com duas portas, 1,2 m com pia inox 01 4. Cadeira universitária com porta livros 30 5. Caldeira, capacidade 100 kg 01 6. Câmara fria para maturação de queijo 01 7. Câmara frigorífica 01 8. Depenador de frango em aço inox 01 9. Engenho de cana de açúcar com capacidade de 400 l por hora 01 10. Fogão industrial 04 bocas com forno 01 11. Freezer Vertical EF340 Esmaltec 110 01 12. Máquina elétrica de moer carne 01 13. Mesa em madeira para escritório 02 14. Mesa para evisceração 01 15. Misturador para salame, capacidade 50 kg 01 16. Pasteurizador de leite a placa, capacidade 300 l 01 17. PHmetro de bancada com eletrodo sensor 01 18. Sala de maturação de salame 01 19. Sangrador para aves em aço inox 01 20. Serra fita para cortar carne 01 21. Tacho para fabricação de doce de leite 01

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5.4 LABORATÓRIOS Tabela 5.4.1 – Laboratório de Bromatologia e Microbiologia Equipamentos Qtde. 1. Agitador magnético com aquecimento 01 2. Balança analítica (precisão) 01 3. Bomba a vácuo 01 4. Capela de exaustão 01 5. Chapa aquecedora com resistência e dimmer de temperatura nominal até

300º C. 01

6. Compressor hermético com no mínimo 1/6 hp a base de óleo 01 7. Deionizador de água capacidade de 50 l por hora 01 8. Estufa de secagem e esterilização 01 9. Manta aquecedora para balões de fundo redondo, capacidade de 250 ml 01 10. pHmetro digital microprocessado; permite a análise com resolução 0,01 01 11. Sistema de determinação de nitrogênio por destilação e digestão, com

exaustão de vapores ácidos para 8 provas macro. 01

12. Termômetro de máxima e mínima 02

Tabela 5.4.2 – Laboratório de Qualidade do Leite Equipamentos Qtde. 1. Balança de precisão com capacidade mínima de 2.200 g, sensibilidade de

aproximadamente 0,01g 02

2. Banho maria digital 01 3. Barrilete para o depósito de água purificada, capacidade mínima de 30 l. 01 4. Butirômetro para o leite 08 5. Centrífuga para 8 butirômetros com rotação 1.100 rpm 01 6. Chapa aquecedora com resistência e dimmer de temperatura nominal até

300ºC. 01

7. Crioscópio eletrônico digital destinado a determinar o ponto de congelamento do leite.

01

8. Destilador de água 01 9. Estufa bacteriológica 01 10. Estufa para secagem e esterilização 01 11. PHmetro digital microprocessado; permite a análise com resolução 0,01 01 12. Microscópio binocular 01 13. Mini-agitador magnético sem aquecimento com capacidade de agitação de

até 5.000 ml 01

14. Refratômetro manual escala de 0 a 32% 01 Tabela 5.4.3 – Laboratório de Microbiologia e Fitopatologia Equipamentos Qtde. 1. Agitador magnético 01 2. Agitador mecânico 01 3. Autoclave vertical mr. Phoenix 01 4. Balança de precisão capacidade 5.000 g 01 5. Banho Maria 01 6. Bomba a vácuo 01 7. Câmera de fluxo laminar 01 8. Capela de exaustão 01 9. Colorímetro 01

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10. Condicionador de ar 10.000 btus 01 11. Direcionador mod. P104p mr. Paragon 01 12. Estereomicroscópios completos 07 13. Estufa de cult.bacteriol 01 14. Estufa de secagem 01 15. Evaporador rotativo 01 16. Freezer 01 17. Germinador de grãos 01 18. Micro-centrífuga refrigerada 01 19. Microscópio completo 04 20. Microscópio Studar completo (ufc system) mb5ro 01 21. Microscópio Studar gmdo completo 04 22. Nortex 01 23. PHmetro 01 24. Refrigerador 01

Tabela 5.4.4 – Laboratório de Informática Instalação Qtde Área (m2) Total (m2) 1. Sala ambiente 01 56,71 56,71 Total 01 56,71

Tabela 5.4.4.1 – Equipamentos Disponíveis no Laboratório de Informática Equipamentos Qtde. 1. Cadeira 15 2. Computador conectado a internet 15 3. Mesa para computador 15

Tabela 5.4.4.2 – Recursos Áudio-Visuais do Laboratório de Informática Recurso Qtde. 1. DVD 02 2. Projetor multimídia 07 3. Retroprojetor 07 4. Televisão 29 polegadas 02 5. Videocassete 02

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6 CORPO DOCENTE

O corpo docente será composto pelos professores dos cursos existentes no

Campus de Dois Vizinhos da UTFPR. Todos os professores que ministrarem aulas no

curso deverão fazer parte das reuniões, da organização do curso, acompanhar o projeto

pedagógico e demais atividades pertinentes. No decorrer do Curso, algumas disciplinas

poderão ser ministradas por professores convidados de outras instituições.

Os professores relacionados a seguir constituem a equipe docente que estão

potencialmente comprometidos com a implantação do curso de licenciatura para

educadores do campo. O quadro ainda poderá sofrer alterações pontuais quando da

implementação do curso, considerando as alterações próprias da distribuição docente ao

início de cada ano letivo e a adequação às disciplinas previstas no PPP do curso.

Além dos professores pertencentes ao quadro do Campus Dois Vizinhos da

UTFPR, que terão a carga horária destinada a atender as disciplinas do curso de

Licenciatura em Educação do Campo incluídas em seu plano de atividades docentes, a

proposta aprovada junto ao Ministério da Educação, por meio do Edital n° 9, de 29 de abril

de 2009 prevê recursos para contratação de professores, para as áreas nas quais o quadro

de docentes do Campus Dois Vizinhos da UTFPR não está apto a atender, ou que, por

ventura, não disponha de carga horária suficiente para o atendimento das disciplinas

propostas.

A contratação de professores que se fizer necessária ocorrerá mediante

contratação direta para o cumprimento de carga horária determinada, tendo o seu valor

fixado em R$ 50,00 por hora.

6.1 RELAÇÃO DE DOCENTES.

Quadro 3 - Relação dos professores potencialmente comprometidos com a implantação do Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.

DOCENTE GRADUAÇÃO TITULAÇÃO REGIME DE

TRABALHO Adalberto Luiz de Paula

Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. Em Agronomia D.E

Adriana Sbardelotto Di Domenico

Licenciada em Matemática

M.Sc em Matemática D.E

Alessandro Jaquiel Waclawovsky

Eng. Agrônomo M.Sc. em Agronomia e Dr. Em Ciências Agrárias

D.E

Alfredo de Gouvêa Licenciado em

Ciências Agrícolas

M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E

Almir Antônio Gnoatto Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E

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Amanda Claro

Gutierrez

Química M.Sc. em Ciências e Dr. Em

Ciências D.E

Américo Wagner

Júnior

Eng. Agrônomo M.Sc. Agronomia/Dr. (Pós-

Doc) em Fitotecnia D.E

André Ponzoni Licenciatura em

Física

M.SC. Física da Matéria

Condensada 40hs

Angélica Signor

Mendes

Eng. Agrícola M.Sc. Agronomia; Dr. Eng.

Agrícola D.E

Celso Eduardo Pereira

Ramos

Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E

Dalva Paulus Eng. Agrônoma M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E

Daniela Estevans Licenciado em

Ciências Biológicas

M.Sc. em Ciências

Biológicas/Botânica D.E

Daniela Macedo Lima Licenciada em

Ciências Biológicas

M.Sc. em Ciências

Biológicas e Dr. em

Ciências

D.E

Eleandro José Brun Eng. Florestal M.Sc. e Doutor em Eng.

Florestal D.E

Everton Ricardi

Lozano da Silva

Licenciado em

Ciências Biológicas

M.Sc. Agronomia/Produção

Vegetal D.E

Fernando Campanha

Bechara

Eng. Florestal M.Sc. Biologia Vegetal e Dr.

Recursos Florestais D.E

Flares Tadeu de Liz Lic. Letras Esp. L. Portuguesa D.E

Jean Carlo Possenti Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. Ciência e

Tecnologia de sementes D.E

Magnos Fernando

Ziech

Zootecnista M.Sc. Zootecnia D.E

Maria Madalena

Santos da Silva

Sklarski

Eng. Cartográfica M.Sc e Dr. em Ciências

Geodésicas D.E

Michele Potrich Ciências Biológicas M. Sc. Em Agronomia D.E

Paulo Cesar

Conceição

Eng. Agrônomo M.Sc. Solos, Dr. (Pós-Doc)

Solos D.E

Paulo Segatto Cella Zootecnista M.Sc. e Dr. Zootecnia D.E

Paulo Sergio Pavinato Eng. Agrônomo M. Sc. em Ciência do Solo e D.E

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Dr. Agronomia

Raquel de Almeida

Rocha Ponzoni

Física M.Sc. em Física D.E

Sérgio Miguel Mazaro Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E

Serinei Cesar Grigolo Eng. Agrônomo M.Sc. em Agronomia D.E

Sidemar Pressotto

Nunes

Eng. Agrônomo M.Sc. Sociologia D.E

Thomas Newton

Martin

Eng. Agrônomo M.Sc. Agronomia; Dr. em

Produção Vegetal D.E

6.2 RELAÇÃO DISCIPLINAS/NÚCLEOS E DOCENTES MINISTRANTES

Disciplina Núcleo Possível Docente Ministrante

NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS – NEB

Teoria Pedagógica 1 Professor Pedagogo Teoria Pedagógica 2 Professor Pedagogo Teoria Pedagógica 3 Professor Pedagogo Teoria Pedagógica 4 Professor Pedagogo Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1

Professor Externo

Teoria Pedagógica

Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2

Professor Externo

Economia Política 1 Professor externo Economia Política 2 Professor externo Economia Política 3 Professor externo Questão Agrária Professor externo Realidade Brasileira 1 Professor externo

Economia Política

Realidade Brasileira 2 Professor externo

Filosofia 1 Professor externo Filosofia 2 Professor externo Filosofia

Filosofia 3 Professor externo

Política Educacional 1 Professor Pedagogo Política Educacional 2 Professor Pedagogo

Política Educacional

Política Educacional 3 Professor Pedagogo

Técnicas de Leitura e Interpretação de Textos

Professor Substituto

Técnicas de Produção de Textos Professor Substituto Libras 1 Professor da Área

Linguagens, Leitura, Interpretação e Produção de Textos Libras 2 Professor da Área

NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS – NEE

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Mediações entre Forma Social e Forma Estética

Professor externo Linguagens

Estética e Política Professor externo

Saúde, Sexualidade e Reprodução Professor externo Ciências da Natureza e Matemática

Tópicos de Matemática Professor externo

Introdução ao Estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais

Professor Externo Ciências Humanas e Sociais

Conceitos Organizadores das Ciências Humanas e Sociais

Professor externo

Gestão da Unidade Familiar de Produção

Almir Antônio Gnoatto Ciências Agrárias

Ecologia de Agroecossistemas Everton Ricardi Lozano da Silva ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências da Natureza e Matemática

Tópicos de Geometria Elementar Professor Externo

Fundamentos de Matemática Elementar Professor Externo

Álgebra Linear e Geometria Analítica Professor Externo Funções Reais de uma Variável Real Professor Externo

Cálculo Diferencial e Integral Professor Externo Estatística André Ponzoni Educação Financeira Professor Externo Hidrodinâmica e Termodinâmica Professor Externo Genética Alessandro Jaquiel Waclawovsky O Organismo Animal Marcelo Marcos Montagner Mecânica Professor Externo

Introdução à Análise Real Professor Externo Estudo de Ecossistemas de Energia e Ciclos Biogeoquímicos

Everton Ricardi Lozano da Silva

Didática da Matemática Professor Externo

Ciências da Natureza e Matemática

Eletromagnetismo e Eletricidade Professor Externo Equações Diferenciais Aplicadas Professor Externo

ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências Agrárias

Introdução à Botânica Daniela Estevan Introdução à Zoologia Professor Externo Agropedologia 1 Professor Externo Fisiologia Vegetal Américo Wagner Júnior

Tema Contextual I – Estudos do Meio Biofísico Recursos Florestais na Propriedade

Rural Eleandro José Brun

Introdução à Fitotecnia Professor Externo Introdução à Zootecnia Professor Externo

Tema Contextual II– Sistemas de Produção

Agroclimatologia e Hidrologia Adalberto Luiz de Paula

Tema Contextual III

Forragicultura

Magnos Fernando Ziech

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Olericultura e Plantas Medicinais

Celso Eduardo P. Ramos – Práticas Agrícolas

Agropedologia 2 Professor Externo Fundamentos em Topografia para Legislação Ambiental

Maria Madalena Santos da Silva Sklarski

Elaboração e Análise de Projetos para Agricultura Familiar

Sidemar Pressotto Nunes

Desenvolvimento Rural Serinei Cesar Grigolo

Tema Contextual IV– Ferramentas para o desenvolvimento rural

Sistema de Cultivo e de Criação Professor Externo

Gestão de Processos Educativos Escolares

Escola e Educação do Campo 1 Professor Substituto Escola e Educação do Campo

Escola e Educação do Campo 2 Professor Substituto

Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico 1

Professor Pedagogo

Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico 2

Professor Pedagogo

Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico Organização Escolar e Método de

Trabalho Pedagógico 3 Professor Pedagogo

Gestão de Processos Educativos nas Comunidades

Projeto de Desenvolvimento do Campo

Projeto de Desenvolvimento do Campo Professor Substituto

Sujeitos do Campo

Sujeitos do Campo Professor Externo

Métodos de Organização e Educação Comunitária 1

Professor Substituto

Métodos de Organização e Educação Comunitária 2.

Professor Substituto

Métodos de Organização e Educação Comunitária

Métodos de Organização e Educação Comunitária 3.

Professor Substituto

NÚCLEOS DE ATIVIDADES INTEGRADORAS – NAI

Pesquisa 1 Professor Externo Pesquisa 2 Professor Externo Pesquisa 3 Professor Externo Pesquisa 4 Professor Externo Pesquisa 5 Professor Externo Trabalho de Conclusão de Curso 1 Professor Substituto

Pesquisa

Trabalho de Conclusão de Curso 2 Professor Substituto

Práticas Pedagógicas 1 Professor Pedagogo Práticas Pedagógicas 2 Professor Pedagogo Práticas

Pedagógicas

Práticas Pedagógicas 3 Professor Pedagogo

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Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade

Professor Pedagogo

Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA

Professor Pedagogo

Estágio Curricular Supervisionado 3 – Gestão e Docência

Professor Pedagogo

Estágios

Estágio Curricular Supervisionado 4 – Gestão e Docência

Professor Pedagogo

Seminário Integrador 1 Professor Externo Seminário Integrador 2 Professor Externo Seminário Integrador 3 Professor Externo

Seminários Integradores

Seminário Integrador 4 Professor Externo

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ANEXOS

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ANEXO 1

REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR

Proposta elaborada Com base no REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DOS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA DA UTFPR, pela equipe:

Profª MSc. Vanice Schossler Sbardeloto Prof. Dr. Alfredo de Gouvêa Prof. Dr. Celso Eduardo Pereira Ramos Prof. MSc. Serinei Cesar Grigolo

Abril, 2010.

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REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), tendo em vista a Lei nº 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996 e a Lei nº 11.184, Lei de transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná em Universidade Tecnológica Federal do Paraná, de 07 de outubro de 2005, aprova o presente Regulamento, aplicável ao curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR.

Capítulo I

DA NATUREZA DOS CURSOS

Art. 1º – O curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR deve ser estruturado de forma a atender o que estabelecem o Estatuto da UTFPR, as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Bacharelado e Licenciatura da UTFPR e demais diretrizes aplicáveis.

Capítulo II

DO CURRÍCULO E PROGRAMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM

EDUCAÇÃO DO CAMPO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR

Art. 2º – O currículo pleno do curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR obedece ao disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei 11.184 de 07 de outubro de 2005 e nas Resoluções específicas expedidas pelos órgãos competentes. § 1º – O currículo referido no caput do artigo é o conjunto de disciplinas e atividades constantes do curso, organizado em regime semestral de alternância – tempo/escola e tempo/comunidade – e apresentados com as respectivas denominações e localização por período, cargas horárias, ementas. § 2º – O currículo a que se refere este artigo, com as disciplinas ordenadas em obrigatórias e optativas, serão submetidas para aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação. § 3º – Deve ser elaborado Plano de Ensino para cada disciplina constante na matriz curricular de cada curso. Art. 3º – Os Planos de Ensino das disciplinas dos currículos, deverão conter no mínimo: a) objetivo geral da disciplina; b) objetivos específicos da disciplina; c) carga horária em aulas teóricas e/ou práticas, atividades práticas como componente curricular e total; d) ementa da disciplina; e) conteúdos programáticos; f) metodologia para aulas teóricas e/ou práticas e atividades práticas como componente curricular f) descrição dos critérios e forma de avaliação;

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h) bibliografia (básica e complementar). Parágrafo único - No início de cada período letivo é obrigatória a divulgação aos alunos matriculados na disciplina, pelo docente, do conteúdo programático e critérios de avaliação. Art. 4º – Os Planos de Ensino deverão ser apresentados pelos professores e aprovados pela coordenação do curso a cada período letivo. Art. 5º – As alterações dos ementários e/ou dos currículos serão propostas pela coordenação de Curso e sua implantação dependerá de aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação. Parágrafo Único - As alterações a que se refere o caput deste artigo, só entrarão em vigor no período letivo seguinte ao da aprovação.

Capítulo III

DO REGIME ESCOLAR

Art. 6º – O curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR será desenvolvido em regime semestral, em períodos de alternância em tempo/escola e tempo/comunidade, sendo o ano civil dividido em dois períodos letivos de, no mínimo, 100 (cem) dias de efetivo trabalho acadêmico em cada um, excluído o tempo reservado aos exames finais. § 1º – O Tempo Escola é o período de presença direta dos alunos em atividades na Universidade. Organiza-se esse tempo, conforme estratégias pedagógicas definidas em cada momento, com a coordenação, educadores e alunos. Cada módulo de conteúdos consiste de unidades didáticas oferecidas em meses concentrados de aulas, seguidas de um período em que o acadêmico retorna para o meio rural, para desenvolver atividades de campo (Tempo Comunidade). § 2º – O Tempo Comunidade se caracteriza por ser um tempo presencial dos alunos nas comunidades de origem, ou seja, nas propriedades rurais, na família, assentamentos, acampamentos, associações, organizações sociais, entre outras, realizando tarefas previstas em projetos que se originam de problemáticas locais e atividades construídas conjuntamente com os educadores do Curso. § 3º – O período destinado ao tempo/comunidade é parte integrante do período que compreende o semestre de efetivas atividades acadêmicas. § 4º – O Tempo Escola terá no mínimo 50% dos dias de efetivo trabalho acadêmico. § 5º – O Tempo Escola será composto de períodos de seis dias de presença direta dos alunos no Campus, com no máximo 54 aulas, sendo no máximo 9 horas/aulas diárias. Art. 7º – O Calendário Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, será elaborado anualmente pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional do Campus, e encaminhado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação para aprovação. Art. 8º – O detalhamento do Calendário Acadêmico será elaborado pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional do Campus Dois Vizinhos e nele deverão constar, no mínimo, os seguintes itens: I. período de matrícula; II. datas de início e término dos períodos letivos; III. datas de início e término de eventual período letivo especial; IV. período para pedidos de transferência por alunos provenientes de outras instituições; V. data limite para solicitação de equivalência ou convalidação de disciplinas; VI. data limite para cancelamento de matrícula em disciplina;

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VII. período para realização de segunda chamada; VIII. período para realização dos exames finais; IX. datas limite para o lançamento de notas, freqüência e entrega dos diários de classe à

divisão de registros acadêmicos; X. períodos para o planejamento das atividades de ensino; XI. dias letivos, feriados e recessos escolares; XII. período de férias dos docentes; XIII. datas de realização do processo seletivo para os cursos superiores da UTFPR; XIV. data limite para requerer trancamento total de matrícula; XV. data limite para requerer exame de suficiência em disciplina; XVI. data limite para requerimento de matrícula e validação das Atividades

Complementares.

Capítulo IV

DA ADMISSÃO AO CURSO

Art. 9° – A admissão no primeiro período do curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, far-se-á mediante processo seletivo, ou através de convênios específicos, nas datas previstas no Calendário Acadêmico. § 1º – O processo seletivo previsto no caput obedecerá às normas aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação, no tocante à forma e mecanismos de avaliação, seleção dos conteúdos e critérios de classificação por opção de inscrição. § 2º – O planejamento, execução e divulgação do processo seletivo para o Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR ficará a cargo de uma Comissão Permanente de Processo Seletivo designada pelo Reitor da UTFPR. § 3º – As normas do processo seletivo, as datas de execução, as vagas e a documentação necessária serão tornadas públicas através de Edital próprio, elaborado pela Comissão Permanente de Processo Seletivo e aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação.

Capítulo V

DO REGISTRO E MATRÍCULAS

Art. 10 – Quando classificado e cumprindo as exigências previstas no Edital do Processo Seletivo a cada início de semestre o aluno será matriculado em todas as disciplinas do período do currículo em vigor do curso. Art. 11 – O aluno deverá matricular-se em todas as disciplinas previstas para cada período. § 1º – O coeficiente de rendimento do aluno será calculado de acordo com a expressão a seguir, levando-se em consideração todas as disciplinas cursadas integrantes da Matriz Curricular do seu curso

CR = [Σ (MF.CH) / Σ CH] 10

Onde: CR = coeficiente de rendimento CH = carga horária total da disciplina MF = média final na disciplina, expressa na escala de 0 a 10 § 2º – As Atividades Complementares não serão computadas no cálculo do coeficiente de rendimento.

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Art. 12 – Não será concedido o trancamento de matrícula no curso Art. 13 – Não será concedido o cancelamento de matricula em disciplinas salvo requerimento por motivos de saúde ou de força maior, devidamente comprovados, para análise pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional. Art. 14 – O cancelamento de matrícula ou a perda do direito à vaga no curso ocorrerá: I – por transferência para outra instituição de ensino; II – por expressa manifestação de vontade do aluno; III – se o aluno, por qualquer motivo, não obtiver aprovação em nenhuma disciplina do primeiro semestre ou ano letivo de ingresso; IV – se o aluno não efetuar sua matrícula ou trancamento de matrícula no curso em qualquer período letivo; V – por ato administrativo decorrente de motivos disciplinares; VI – por ato administrativo decorrente de processo de jubilamento; VII – se o aluno após concluir todos os pré-requisitos para a conclusão do curso não completar o estágio dentro do prazo máximo para jubilamento. § 1º – Entende-se por cancelamento de matrícula no curso ou cancelamento de curso a cessação total dos vínculos do aluno com a UTFPR. § 2º – O aluno que tiver sua matrícula cancelada no curso com fundamento nos incisos III, IV e V, poderá requerer seu reingresso, desde que devidamente justificadas as causas que provocaram o cancelamento, podendo ser reintegrado no período seguinte ao da ocorrência, contando o período da ocorrência para os prazos referidos no artigo 15 deste regulamento; § 3º – O requerimento e a justificativa serão examinadas pelo Diretor de Graduação e Educação Profissional ao qual o curso está vinculado. Art. 15 – A conclusão do curso Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR deverá ser obtida pelo discente dentro do prazo máximo de nove semestres. § 1º – Caso o discente não consiga concluir o curso dentro do prazo a que alude o caput deste artigo, será submetido a processo de jubilamento. § 2º – No caso de aluno portador de necessidades especiais que importem limitações da sua capacidade de aprendizagem e nos casos de força maior, assim julgado por Comissão designada para esse fim pelo Diretor do Campus, poderão ser dilatados até o limite de 50% (cinqüenta por cento), os prazos de que trata o caput deste Artigo. Art. 16 – Não será aceito o requerimento de matrícula do aluno, no período letivo em que se constatar que o mesmo atingiu o tempo máximo estabelecido no Artigo 15, deste Regulamento. Art. 17 – O aproveitamento de estudos e a convalidação de disciplinas já concluídas em outros cursos, dar-se-á conforme regulamentação em vigor, pelo Diretor de Graduação e Educação Profissional após análise por parte da coordenação do curso. §1° – As matérias desdobradas em diferentes disciplinas e não cumpridas integralmente, nos estudos anteriores, serão analisadas com base no parecer da coordenação de curso, observando a similaridade dos conteúdos e da carga horária com as disciplinas do currículo do curso pretendido. § 2°– Entende-se por equivalência a convalidação de disciplina na qual o aluno tenha sido aprovado, com conteúdo programático idêntico ou semelhante, cursada em outro registro, currículo, curso ou instituição, no mesmo nível de ensino. Deve ser analisada a identidade entre as disciplinas, analisando a compatibilidade dos conteúdos realizados no currículo de origem, mediante a aferição do respectivo programa, não deixando de levar em consideração a comparação entre o enfoque da disciplina nos dois currículos em questão, de forma a privilegiar a integralização e consolidação dos conhecimentos e habilidades indispensáveis à sua capacitação profissional.

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§ 3°– A equivalência não será negada por divergência na denominação, no pré-requisito, na carga horária ou no percentual de correspondência de pontos do conteúdo programático das disciplinas, nem tampouco será concedida simplesmente por igualdade destas características. Art. 18 – A coordenação do curso, em conjunto com os Chefes de Departamento Acadêmico e Chefe de Departamento de Educação, fornecerão à Diretoria de Graduação e Educação Profissional antes de cada período letivo, as informações necessárias para montagem e publicação dos horários escolares, tais como disciplinas e turmas a serem ofertadas, as habilitações a que se destinam, o número de vagas e os horários correspondentes. Art. 19 - Será permitida a matrícula em disciplinas de enriquecimento curricular, condicionada à existência de vagas. § 1º – O pretendente à matrícula em disciplinas de enriquecimento curricular deverá requerê-la, anexando quando for o caso, o histórico escolar e comprovante de conclusão de curso ou declaração de matrícula. § 2º – O aluno matriculado em disciplina de enriquecimento curricular, ficará sujeito a todas as normas disciplinares e didático-pedagógicas da UTFPR, bem como ao recolhimento da taxa de materiais de laboratórios, quando couber. § 3º – Os alunos de que trata o parágrafo 1º, estarão dispensados da exigência de cumprimento dos pré-requisitos. § 4º – Ao aluno aprovado em disciplina de enriquecimento curricular, será fornecido certificado de aproveitamento com registro da carga horária e conteúdo programático, e quando for aluno da UTFPR, serão feitos os devidos registros no seu histórico escolar. § 5º – O aluno poderá solicitar enriquecimento curricular até o limite de 03 (três) disciplinas por período letivo. § 6º – É vedada a matrícula como enriquecimento curricular em Estágio Supervisionado, Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares. § 7º – As disciplinas cursadas como enriquecimento curricular não darão direito a certificado de conclusão de curso ou diploma. Art. 20 – A UTFPR aceitará a inscrição de aluno não regular para cursar: I – disciplinas isoladas, condicionado à existência de vagas; II – cursos seqüenciais. § 1º – Define-se como aluno não regular aquele que tenha concluído o ensino médio ou equivalente, não esteja cursando qualquer um dos cursos superiores da UTFPR e tenha sido selecionado em processo de seleção específico para cursar disciplinas isoladas do ensino superior ou curso seqüencial. § 2º – Define-se como curso seqüencial o conjunto de disciplinas inter-relacionadas dentro de um campo do saber, pertencentes a qualquer um dos currículos dos cursos superiores da UTFPR e desenvolvidas segundo legislação e/ou regulamento específico. § 3º – A Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente divulgará, no início de cada período letivo, a relação de cursos seqüenciais que poderão ser disponibilizados, bem como a relação de disciplinas nas quais poderão ser aceitas inscrições de alunos não regulares. Art. 21 – O processo de seleção de alunos não regulares para preenchimento das vagas previstas no parágrafo 3º do artigo anterior, será executado pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente e pautar-se-á em critérios específicos tornados públicos através de Edital próprio. Art. 22 – Após homologada a matrícula na instituição, todo aluno matriculado estará sujeito a todos os procedimentos definidos no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica do Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, no

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Regulamento do regime disciplinar discente da UTFPR e demais regulamentos da instituição. Art. 23 – Ao aluno não regular que concluir com aprovação uma disciplina isolada será concedido certificado, com registro da carga horária e o conteúdo programático; e ao aluno não regular que concluir com aprovação um curso seqüencial será concedido certificado, conforme o tipo do curso seqüencial previsto em legislação e/ou regulamento específico.

Capítulo VI

DO ENSINO, DO RENDIMENTO ESCOLAR E DA APROVAÇÃO

Art. 24 - O rendimento escolar será apurado através de: I – verificação da freqüência; II – avaliação do aproveitamento acadêmico. Parágrafo Único – É obrigatória a presença discente no mínimo em 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária das disciplinas ou trabalhos acadêmicos dos cursos ou programas, exceto quando adotadas tecnologias de ensino à distância aprovadas previamente pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação. Art. 25 – A aprovação em unidade curricular dar-se-á por uma Nota Final, proveniente de avaliações continuadas realizadas ao longo do semestre letivo e por freqüência. § 1º – Considerar-se-á para todos os efeitos, avaliação continuada, toda estratégia pedagógica aplicada no processo de avaliação da aprendizagem prevista no plano de ensino de cada unidade curricular. § 2º – Considerar-se-á aprovado por média, o aluno que tiver freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) e média parcial igual ou superior a 6,0 (seis), consideradas todas as avaliações previstas no plano de ensino da disciplina. § 3º – O aluno com Nota Final inferior a 6,0 (seis) e/ou com freqüência inferior a 75% será considerado reprovado. § 4º – Será propiciado ao aluno o acesso aos resultados das avaliações continuadas. § 5º – No caso de reprovação no período normal, o aluno poderá requerer a realização de avaliação especial, em até 60 dias após o início do período subseqüente. Art. 26 – As notas parciais deverão ser publicadas pelos professores, em locais previamente comunicados aos alunos com antecedência mínima de 03 (três) dias úteis da data marcada para a próxima avaliação. § 1º – O controle da divulgação dos resultados das avaliações será efetuado pelas coordenações de curso e/ou chefias de Departamento. § 2º – É assegurado ao aluno mediante solicitação ao professor, à coordenação do curso ou à chefia de Departamento acadêmico, o acesso à sua avaliação após correção, bem como aos critérios adotados para a correção. Art. 27 – No caso do aluno perder, por motivo de doença ou força maior, alguma avaliação parcial composta apenas de prova ou teste de conhecimentos, poderá ser solicitada à coordenação de curso, através de requerimento protocolado no Departamento de Registros Acadêmicos, anexando a devida comprovação, uma única segunda chamada por disciplina, no semestre ou ano letivo, desde que solicitada em até 10 (dez) dias corridos após a realização da avaliação. § 1º – A solicitação, via requerimento, prevista neste artigo poderá ser deferida ou não, após análise da coordenação do curso ou chefia do Departamento Acadêmico ao qual a disciplina esteja vinculada. § 2º – A avaliação versará sobre todos os conteúdos ministrados na disciplina durante o semestre letivo.

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Art. 28 – Para efeito de verificação da freqüência não haverá abono de faltas ou dispensa de freqüência, salvo os casos previstos em lei. Art. 29 – É assegurado ao aluno o direito à revisão do resultado das avaliações, desde que esta seja requerida à coordenação do curso com a devida justificativa em até 10 (dez) dias corridos após a publicação do resultado. § 1º – A revisão de prova será efetuada por banca composta por pelo menos dois professores e pelo coordenador do curso do aluno, excetuando-se o professor cuja prova está sendo revisada. § 2º – Para efeito do que prevê o parágrafo anterior, a banca deverá ter disponível para análise e parecer: I – o instrumento de avaliação aplicado ao aluno com o respectivo gabarito; II – os critérios de avaliação utilizados pelo professor responsável pela disciplina. § 3º – O resultado da revisão da avaliação será informado ao aluno através de parecer fundamentado. Art. 30 – Para um melhor desenvolvimento do plano de ensino das disciplinas e por iniciativa do professor, poderá ser desenvolvido, concomitante ao período letivo, estudos de recuperação de conteúdos e notas. Art. 31 – O aluno que julgar possuir extraordinário conhecimento em disciplinas do curso, poderá ter abreviada a duração do mesmo mediante requerimento e execução de exame de suficiência na disciplina requerida, a ser aplicado por banca examinadora designada pelo Diretor de Graduação e Educação Profissional ao qual o curso está vinculado. § 1º – Será dispensado de cursar a(s) disciplina(s) requerida(s) o aluno que obtiver grau mínimo igual a 7,0 (sete) no exame de suficiência, devendo o fato ser registrado no histórico escolar. § 2º – O previsto neste artigo não se aplica a aluno que já tenha sido reprovado na disciplina requerida, e está limitado a 01 (um) pedido de exame de suficiência por disciplina. § 3º – O aluno deverá comprovar o seu conhecimento através de documentação específica a ser previamente analisada pela coordenação de curso. § 4º – O Exame de Suficiência não se aplica ao Estágio Supervisionado, Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares.

Capítulo VII

DA TRANSFERÊNCIA E APROVEITAMENTO DE CURSO

Art. 32 – A UTFPR poderá aceitar pedidos de transferência e de aproveitamento de curso, condicionados à existência de vagas e respeitado o estabelecido em regulamento específico. Art. 33 – A UTFPR concederá transferência, a pedido do aluno, em qualquer época do período letivo, desde que o mesmo não esteja em pendência com algum setor da Instituição ou respondendo a processo administrativo.

Capítulo VIII

DA MOBILIDADE ACADÊMICA

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Art. 34 – A Mobilidade Acadêmica, interna, nacional ou internacional seguirá o estabelecido em regulamento específico.

Capítulo IX

DO ESTÁGIO

Art. 36 – Os estágios serão do tipo Curricular Obrigatório. Art. 37 – As atividades de estágio curricular obrigatório seguirão regras próprias constantes em regulamento específico.

Capítulo X

DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Art. 39 – As atividades referentes ao Trabalho de Conclusão de Curso seguirão regras constantes em regulamento específico.

Capítulo XI

DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Art. 40 – As Atividades Complementares seguirão regras constantes em regulamento específico.

Capítulo XII

DAS ATIVIDADES NOS PERÍODOS DE RECESSO ESCOLAR

Art. 41 – Entre os períodos letivos regulares poderão ser desenvolvidos programas de ensino, pesquisa e extensão. Art. 42 – Verificada a necessidade e mediante proposta da coordenação do curso, a Diretoria de Graduação e Educação Profissional, poderá programar período letivo especial em regime intensivo, também denominado de “turma de período especial”, dentro dos prazos estabelecidos no Calendário Escolar. § 1º - O período letivo especial revestir-se-á, para efeito de integralização do curso, das mesmas características do período letivo regular, no tocante aos conteúdos programáticos, carga horária e avaliação. § 2º - O plano de ensino da disciplina a ser ministrada em “turma de período especial”, deverá ser previamente adequado às atividades em regime especial pelo professor que a ministrará, com supervisão da coordenação do curso. § 4º - O aluno poderá matricular-se em apenas uma disciplina em cada período letivo especial, salvo em situação de excepcionalidade previamente autorizada pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente.

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Capitulo XIII

PRAZO PARA CONCLUSÃO DO CURSO E ACOMPANHAMENTO Art. 43 - O aluno do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UTFPR terá o prazo máximo para a conclusão do curso de 8 semestres.

Art. 44 – Os alunos poderão cursar disciplinas fora do período de oferta normal em casos de dependência ou cancelamento de matrícula no semestre subseqüente. As disciplinas serão ofertadas de forma condensada ou semi-presencial.

§ 1º - Entende-se por regime semi-presencial a disciplina que será ministrada utilizando ferramentas de ensino à distância, sendo que as avaliações devem ser realizadas presencialmente durante o Tempo-Escola.

§ 2º - Entende-se por disciplina condensada aquela que será ofertada de forma intensiva e presencial.

Capítulo XIV

DOS GRAUS, DIPLOMAS E CERTIFICADOS

Art. 45 – A UTFPR conferirá os seguintes diplomas e certificados:

I- diploma de curso superior de formação específica; II- diploma de graduação; III- certificado de conclusão de disciplina isolada ou de curso superior de

complementação de estudos. IV- certificado por área de aprofundamento, conforme previsto no projeto do curso.

Art. 46 – Serão conferidos graus relativos aos cursos, em consonância com a legislação vigente. Art. 47 – A cerimônia de colação de grau é ato solene da UTFPR e será realizada em sessão pública, em dia e horário previamente fixados. § 1º - Ao colar grau, os formandos prestarão juramento na forma estabelecida pela regulamentação específica. § 2º - O Reitor da UTFPR ou pessoa por ele designada, com a presença de no mínimo dois professores, poderá proceder à imposição de grau, em ato público, a formando(s) que não o tenha(m) recebido no ato solene e coletivo, lavrando-se termo subscrito pelo Reitor ou representante, pelos professores presentes e pelo(s) graduando(s).

Capítulo XV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 48 – Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela Pró-reitoria de Graduação e Educação Profissional, ouvido o Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação no que couber.

Art. 49 – O recurso contra decisões dos órgãos executivos ou colegiados deverá ser interposto pelo interessado, por escrito, no prazo máximo de 10 (dez) dias corridos, contados da data de ciência ou divulgação da decisão a recorrer, dirigido à Diretoria de Graduação e Educação Profissional do campus.

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Art. 50 – O presente Regulamento entrará em vigor a partir da sua aprovação no Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação.