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3 1 TEMA Incidências de encargos sociais na Folha de Pagamento de Salário, tema inserido na área tributária e legislação trabalhista. 2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Um estudo de caso no setor de Pessoal de empresas na cidade de Itararé SP optante pelo Simples Nacional e não optante, visando evidenciar todos os encargos sociais que incide sobre a folha de pagamento de Salário. 3 PROBLEMA Qual o impacto dos encargos sociais na folha de pagamento nas empresas optante pelo Simples Nacional e empresa não optante? 4 HIPÓTESES As empresas que optarem pelo sistema de tributação Simples Nacional apresentarão relevante diminuição dos encargos sociais na folha de pagamento em relação ao optante pelo Lucro Presumido.

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1 TEMA

Incidências de encargos sociais na Folha de Pagamento de Salário, tema

inserido na área tributária e legislação trabalhista.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Um estudo de caso no setor de Pessoal de empresas na cidade de Itararé SP

optante pelo Simples Nacional e não optante, visando evidenciar todos os encargos

sociais que incide sobre a folha de pagamento de Salário.

3 PROBLEMA

Qual o impacto dos encargos sociais na folha de pagamento nas empresas

optante pelo Simples Nacional e empresa não optante?

4 HIPÓTESES

As empresas que optarem pelo sistema de tributação Simples Nacional

apresentarão relevante diminuição dos encargos sociais na folha de pagamento em

relação ao optante pelo Lucro Presumido.

A possibilidade de enquadramento de algumas empresas no Simples

Nacional poderá minimizar o impacto dos encargos sociais na sua folha de

pagamento, que representam considerável economia por parte dos empresários,

aumentando as contratações, reduzindo consideravelmente a informalidade.

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5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Apresentar um estudo sobre a diferenciação de calculo dos encargos sociais

comparando empresas optantes pelo Simples Nacional e empresas optantes

pelo Lucro Presumido.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar as espécies de remuneração na folha de pagamento e suas

incidências de encargos.

Comparar os encargos da folha de pagamento das empresas tributadas pelo

Lucro Presumido em relação aquelas tributadas pelo Simples Nacional.

Evidenciar a importância do planejamento tributário específico na folha de

pagamento para a escolha do tipo de tributação a optar.

6 JUSTIFICATIVA

A escolha para abordar o presente tema surgiu da necessidade do pesquisador

dominar o assunto, por ser um profissional de recursos humanos manipulando folha

de pagamento de diversas empresas. O elevado custo da folha de pagamento e

seus encargos é uma questão muito valorada pelo administrador que busca sempre

a forma legal que menos onere sua folha de pagamento.

Apresentação de duas formas de tributação: Simples Nacional e Lucro

Presumido, utilizando o comparativo dos encargos de duas empresas, assim

evidenciando o caminho menos oneroso para a escolha do tipo de tributação. Com a

explanação do estudo identificamos todos os encargos sociais e impostos

decorrentes da folha de pagamento e para que fins específicos são destinados.

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Este estudo e análise visam contribuir para com a sociedade, na

representação de custos com a remuneração do colaborador e das incidências de

encargos e impostos na folha de pagamento.

7 REFERENCIAL TEÓRICO

A maneira mais justa e eficaz de distribuição de renda no País dá- se pelo

trabalho, seja: ao empregado, ao empregador, aos autônomos e profissionais

liberais. Tal procedimento certamente movimentará a engrenagem econômica,

girando a roda do ciclo produtivo de trabalho, capital e consumo.

Diante das inúmeras possibilidades de desequilíbrio na correta distribuição de

rendas, a voracidade da carga tributária sobre a folha de pagamento, impede uma

distribuição de renda mais justa, pois, extermina a possibilidade de melhores

salários, consequentemente, a má remuneração de um empregado leva, muitas

vezes, ao desestímulo da produção, resultando a baixa produtividade e lucros

menores aos empregadores. O anseio do Governo por arrecadação, contribui

relativamente sendo um dos principais fatores que impedem a geração de

empregos, que contribuem para a informalidade, e fatalmente, influi na circulação de

moeda na economia de um país.

Diante disso, um bom planejamento ao optar pelo regime tributário de uma

empresa (inclusive quanto à contratação e ou cessão de mão de obra terceirizada),

deve levar em consideração que, bem ou mal elaborado, o empregador deverá

suportar a tributação para todo o ano calendário, influenciando diretamente na

sobrevivência da optante.

Inicialmente devemos explanar o significado de encargos sociais para então

avançarmos no assunto, visto que há grande conflito em torno do que vêem a ser

tais encargos, pois, conforme interpretação de alguns autores os encargos se

compõe inclusive das obrigações trabalhistas (férias, 13º salário, feriados,

afastamentos, etc.) enquanto outras linhas doutrinárias os restringem como,

contribuições sociais pagas pela empresa como parte do custo total da mão de obra,

valores que são recolhidos ao governo e outros repassados às entidades de

assistência e formação profissional. Segundo Pastore (1997, p. 34):

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A discussão sobre o conceito de encargos sociais é extensa. Na verdade, inexiste uma única definição nesse campo. Para alguns, os encargos sociais se referem apenas às despesas com as obrigações sociais do terceiro tipo, tais como, aposentadoria, proteção no desemprego, seguro-acidentes, etc. Para os que usam essa definição restrita, os encargos sociais no Brasil cobrem apenas as contribuições ao INSS, FGTS, acidentes do trabalho, salário-educação e outros itens que são descontados compulsoriamente na folha de salários. A distinção, no caso, é entre o que entra no bolso do trabalhador e o que não entra. Os pagamentos pelo tempo não trabalhado na forma de férias, descanso remunerado, aviso prévio, licenças, etc., dentro da definição restrita, representam recursos que, de uma forma ou de outra, fazem parte da renda do trabalhador e, por isso, são tratados como salário indireto.

Ainda Pastore (1994, p.28) afirma que os encargos chegam a atingir mais de

100% do salário definindo encargos sociais como: “De modo geral, eles incluem as

despesas com as obrigações sociais propriamente ditas (INSS, FGTS, salário-

educação, etc.) e as despesas referentes à remuneração do tempo não trabalhado

(férias, 13º salário, licenças, abonos, etc.)”.

A segunda interpretação, adotada pelo DIEESE (Departamento Intersindical

de estatísticas e estudos socioeconômicos) e outros centros de pesquisa, conclui

que o peso dos encargos sociais é de 25,1% sobre os salários.

O DIEESE distingue encargos sociais de obrigações trabalhistas, O Polemico,

(1997, p.1):

Já os encargos sociais incidentes sobre a folha restringem-se às contribuições sociais pagas pelas empresas como parte do custo total do trabalho, mas que não revertem em benefício direto e integral do trabalhador. São recolhidos ao governo, sendo alguns deles repassados para entidades patronais de assistência e formação profissional. [...] Obrigações trabalhistas constituem uma série de medidas que devem ser observadas pelos empregadores para a contratação legal de um assalariado. Entre essas obrigações incluem-se, com efeito, aquelas que podem ser consideradas como encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamentos. Mas os encargos sociais não são sinônimos de obrigações trabalhistas, são apenas parte delas.

Diante da fundamentação do DIEESE, observamos que o FGTS não se

caracteriza como encargo social, pelo fato de ser um beneficio direto e integral do

trabalhador.

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É necessário salientar que este estudo se limitará a segunda vertente supra

citada, não sendo a intenção do pesquisador esgotar o assunto e sim praticar os

cálculos necessários aplicáveis à folha de pagamento.

A folha de pagamento é um documento de emissão obrigatória para efeito de

fiscalização trabalhista e previdenciária. Nesta contem informações discriminadas de

cada segurado como nome, função, seção, remuneração, descontos legais,

indicação de quotas de salário família e dependentes para imposto de renda, valor

da base de calculo para INSS, FGTS e IRRF, e a quantia do FGTS e IRRF incidente

na remuneração.

Folha de pagamento por Oliveira (2003, p. 17):

O uso da folha de pagamento é obrigatório para o empregador, conforme preceitua Lei nº 8.212/91, art. 32, inciso I, da Consolidação da Legislação Previdenciária. Ela pode ser feita à mão (manuscrita), ou por meio de processos mecânicos ou eletrônicos. Nela são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados. Deve ficar a disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa e estar sempre pronta para oferecer informações necessárias à continuidade da empresa.

De acordo com o texto do art. 225 do Decreto 3048/1999:

A empresa é obrigada a elaborar mensalmente a folha de pagamento da remuneração paga devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamento

Os encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamento pode ter variáveis

de acordo com o regime tributário escolhido pela empresa em seu planejamento

para o ano calendário.

Por hora nos resta aprofundar nossas atenções para os regimes de

tributação, Simples Nacional.

O Simples Nacional consiste no recolhimento unificado de diversos tributos de

competência federal, estadual e municipal.

A cartilha do Cartilha do Simples Nacional (2007, p5) diz:

O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Impostos e Contribuições devidos pelas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), criado pela Lei Complementar nº

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123, de 14 de dezembro de 2006 (LC 123/2006), e vigente a partir de 1º de julho de 2007. Esse regime unifica a legislação tributária aplicável às ME e às EPP nos diversos âmbitos de governo, de modo que os regimes especiais de tributação próprios de cada ente federativo cessaram a partir da entrada em vigor da LC 123/2006.

Para melhor entendermos o efeito pratico do simples nacional diz a Cartilha

do Simples Nacional (2007, p. 5): “São oito tributos pagos em um único documento

de arrecadação, sendo seis federais, um estadual e um municipal”.

Assim torna-se fundamental o estudo prévio e criterioso do regime tributário

que a empresa adotará levando em conta a sua folha de pagamento, pois, isso

acarretará conseqüências diretas e relevantes nas suas despesas operacionais.

8 METODOLOGIA

Projeto de pesquisa:

Inicialmente foi preciso definir qual a temática da pesquisa e buscar as

informações necessárias das seguintes fontes:

Jornais do CRC, livros, revistas, artigos da internet, artigos do CEPEX, sites

relacionados, periódicos IOB, material já estudado em sala de aula,

conversas com pessoas especializadas na área, além do conhecimento do

autor nessa área.

Após definido o tema da pesquisa e colhidos as mais diversas informações sobre

o mesmo, o segundo passo foi a escolha do provável orientador e sua

disponibilidade.

Com ajuda do orientador foi possível a delimitação do tema em questão, todos os

dados coletados foram armazenados em uma pasta de arquivo do Note Book do

pesquisador além de pastas de Xerox e impressos.

Para a conclusão do projeto o pesquisador disponibilizou duas horas por dia,

durante as quatro ultimas semanas.

Além dos materiais citados acima para a busca de informações foram utilizados

durante toda a pesquisa:

Caderno de rascunho, lápis, borracha, caneta, folhas de papel A4, Note Book,

impressora laser, grampeador, pen drive, energia para alimentar o note book

e internet.

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O presente projeto percorreu uma sequência lógica, cumprindo etapas por etapas

em sua elaboração e periodicamente foi enviado à professora de orientação

metodológica para a revisão e correção de possíveis falhas estruturais.

Monografia:

O estudo monográfico será de forma cientifica tendo por base e fundamentos

todas as fontes utilizadas nesse projeto.

Além de pesquisas teóricas, doutrinárias e quadros comparativos serão

realizados estudos de casos concretos e praticas de empresas na cidade de Itararé

em sua rotina, no que diz respeito às folhas de pagamento.

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9 CRONOGRAMA

Etapas do trabalho de conclusão de curso -

TCC

Meses

Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro

Entrega do projeto de pesquisa

X

Pesquisa bibliográfica e documental

X X X X X X

Definição da pesquisa de campo

X X

Elaboração do instrumento de coletas

de dados

X

Aplicação dos questionários

X

Tabulação dos dados X X X

Realização de entrevistas X X

Visitas às edificações em estudo

X X X X

Interpretação da pesquisa bibliográfica

X X X

Organização dos dados coletados

X X X

Estruturação inicial do TCC – elementos pré-textuais, capítulos e

elementos pós-textuais

X X X

Reuniões periódicas com o professor orientados

X X X X X X X

Realização de correções textuais

X

Revisão geral do trabalho

X

Impressão e encadernação dos

cadernos para a banca

X

Entrega dos cadernos X

Apresentação oral do TCC

X

Correção final do TCC X

Impressão e encadernação do TCC

final

X

Entrega do TCC X

REFERÊNCIAS

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS TRABALHO E PREVIDENCIA. São Paulo: IOB, 2008.

OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos Trabalhistas. 12º Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

PASTORE, José. Encargos Sociais no Brasil e no Exterior: uma avaliação crítica. Brasília: SEBRAE, 1994.

SIMPLES Nacional. Disponível em:<http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/cartilha/CartilhaSimplesNacional.pdf>.Acesso em: 25 fev. 2009.