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IMPRESSÃO HÍBRIDA DE EMBALAGENS E RÓTULOS Passado, presente e futuro da tecnologia híbrida TESTFORM: SAIBA COMO IMPRIMIR CORRETAMENTE Dicas para aproveitar ao máximo o testform na flexografia COMO AVALIAR UMA EMPRESA As armadilhas nos contratos e a documentação padrão ESPECIAL “PCP E MRP” Como saber o que, quando e quanto comprar de matéria-prima NOVIDADE CAST & CURE ® Acabamento holográfico que dispensa a laminação FUSÕES E AQUISIÇÕES Tradbor é Gualapack. Emplal agora é Bemis. Pág. 40 ProjetoPack, Zanatto e Kodak iniciam projeto inovador nesta edição P r o j e t o P a c k & A s s o c i a d o s

ProjetoPack em Revista (ano IX) - Edição 50

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Revista especializada em gestão, tecnologia e design de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos. Especial sobre impressão híbrida de embalagens flexíveis e rótulos.

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Impressão híbrIda de embalagens e rótulos

Passado, presente e futuro da tecnologia híbrida

testform: saIba como ImprImIr corretamente

Dicas para aproveitar ao máximo o testform na flexografia

como avalIar uma empresa As armadilhas nos contratos e a documentação padrão

especIal “pcp e mrp” Como saber o que, quando e quanto comprar de matéria-prima

novIdade cast & cure® Acabamento holográfico que dispensa a laminação

fusões e aquIsIções Tradbor é Gualapack. Emplal agora é Bemis.

Pág. 40projetopack, Zanatto e Kodak iniciam projeto inovador nesta edição

Proje

toPack & Associados

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Beta 8 Impressora flexográfica• Set up rapidíssimo (sistema sleeve).• Estrutura do grupo impressor fechada (tipo monobloco).• Camisa porta clichê.• Camisa anilox.• Fusos de esfera pré-carregado e guias lineares que garantem altíssima precisão das unidades de impressão.• CNC para posicionamento dos cilindros do grupo impressor com acionamento por servomotor com encoder absoluto.• Sistema “Gearless” (sem engrenagem) com motor principal montado no eixo do cilindro central.• Sistema “doctor blade” com posicionamento automático e revestimento antiaderente.• Troca automática de bobinas na entrada e saída dotadas de elevador para posicionamento e descarga das bobinas.• Altíssimo controle de tensão do filme mediante controle por células de carga, eixo eletrônico, balancim e “taper tension” nas diversas unidades da impressora.

• Tela de comando de 15 pol. e sensível ao toque.• Secagem final e entre cores de altíssimo rendimento podendo se fornecido por aquecimento elétrico ou a gás.• Cilindro central e calandra dupla de saída dotadas de sistema para refrigeração do liquido refrigerante.• Central eletroeletrônica montada em container climatizado.• Lubrificação centralizada automática e pré- programada.• Botoeira moveis sem fios.• Gerenciador de produção.• Sistema de vídeo inspeção com auto registro.• Sistema de controle automático de viscosidade.• Assistência técnica remota via internet.

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6 EDITORIALContinuando a nossa saga deste ano,

revisamos desta vez os conceitos da

impressão híbrida.

8 ARTIGOTestform: Para que serve e como realizar

um com sucesso?

16 ARTIGOAgora no Brasil, nova tecnologia para

acabamentoholográfico 3D que não requer

laminação

22 ARTIGOComo saber o que, quando e quanto

comprar na sua indústria com PCP e MRP

30 CAPAImpressão híbrida de embalagens flexíveis

e rótulos

40 ARTIGOUm projeto incrível em parceria com a

Zanatto, Kodak e ProjetoPack em Revista

42 FUSõES E AQUISIÇõESGualapackGroup adquire Tradbor

Stand-up Pouches no Brasil

Coveris entra na América Latina com

a aquisição da Olefinas, convertedora

com operações no México e

Guatemala

Diadeis adquire agência brasileira

de design Kong Rex, com sede em

São Paulo

48 ARTIGOA Importância dos Contratos e seus

complicadores nas operações de Fusões

e Aquisições (M&A)

52 ARTIGOAs “nem tão boas” perspectivas para o PE no

Brasil e no Mundo

56 ARTIGOImplantando indicadores de

performance ao setor de manutenção

30

08

índicePROJETOPACK

40

A partir desta edição de número 50, você, estimado leitor, terá uma “novela” a acompanhar.

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ESPAÇO DO LEITOR

Ficha TécnicaProjeto Editorial: ProjetoPack & Associados

Projeto Gráfico: Agência Convertty

Diagramação e Capa: Douglas Thiago Pereira

Produção Gráfica: Silvamarts Gráfica e Editora

Logística e distribuição: Correios

Banco de imagens: ShutterStock

Sobre a ProjetoPack em Revista Online

S im, a ProjetoPack em Revista agora tem uma versão online e grátis no aplicativo ISSUU. Chegando à edição 50, também

aderimos ao universo digital de uma forma menos “amadora”. Explicamos: há mais ou menos um ano, incluímos em nosso site institucional uma aba para a revista online, em formato PDF. O internauta efetua o cadastro e, num curto espaço de tempo, recebe em seu e-mail um login e senha para ler na web a edição corrente.

Porém, o formato PDF não é responsivo. Isso significa que, se o leitor estiver lendo de um tablet ou smartphone, por exemplo, a revista pode ser exibida com um layout desconfigurado, necessitando ampliar ou diminuir a imagem manualmente.

Para sanar este problema e melhorar a experiência dos leitores, especialmente aqueles

Dicas aos leitoresque já estão habituados a ler em dispositivos móveis, investimos na versão integral da plataforma ISSUU, uma das líderes mundiais na gestão e publicação de revistas digitais, com atualmente mais de 21 milhões de publicações cadastradas e mais de 85 milhões de leitores. Ainda estamos passando pela curva de aprendizagem, especialmente na aplicação de recursos audiovisuais complementares à revista, mas em breve teremos a ProjetoPack em Revista ainda mais interativa!

Para ler a ProjetoPack em Revista online, cadastre-se gratuitamente acessando com a

câmera do seu Smartphone o QR Code:

http://goo.gl/Xr74jl

A cada dois anos, a Associação Brasileira Técnica de Flexografia realiza a Conferência Intercontinental de Flexografia (este ano com a organização da Nascimento Feiras e Eventos), objetivando a atualização tecnológica e o debate dos principais temas em voga no setor de impressão flexográfica, tais como a redução do impacto ambiental, o combate aos desperdícios no processo, a formação de mão-de-obra e quais oportunidades mercadológicas estão se abrindo às empresas do segmento.

Neste ano, o tema geral “Conhecimento e tecnologias sustentáveis: um mundo melhor!”servirá como linha mestra às diversas empresas apoiadoras e palestrantes do evento.

A conferência trará este ano duas novidades importantes no que se refere ao seu formato: a inclusão de conteúdo sobre impressão digital, processo cada vez mais complementar à flexografia, especialmente na banda estreita e o modelo “auditório único”, possibilitando ao visitante assistir a todas as palestras.

Faça sua inscrição e acesse os detalhes do evento e conteúdo das palestras no site da associação,acessando com a câmera do

seu Smartphone o QR Code:

http://goo.gl/7JRja1

Sobre a Conferência Intercontinental de Flexografia 2015

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EDITORIAL

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Continuando a nossa saga deste ano, revisamos desta vez os conceitos da impressão

híbrida – máquinas impressoras que combinam dois ou mais processos de impressão para agregar diferencial ao produto ou, ainda, mesclam elementos de um processo para solucionar ou aperfeiçoar outra técnica de impressão, a exemplo do anilox de flexografia como entintador da chapa offset.

Sempre acreditamos que uma das

estratégias mais assertivas em momentos

de crise é focar em inovações que não

apenas criam diferencial aos clientes,

mas de forma concomitante reduzem

seus custos operacionais. Seguindo esta

filosofia, trazemos uma matéria especial

sobre a tecnologia de acabamento

holográfico 3D “Cast and Cure”, que

dispensa a laminação de películas.

Outro ponto de destaque nesta

edição é a atividade de fusões e

aquisições em nosso setor. Com um

ritmo incrível, as companhias globais

de embalagens flexíveis, etiquetas e

rótulos estão consolidando o setor,

focando especialmente nos mercados

emergentes. Empresas de diferentes

portes, mercados e localidades estão

sendo incorporadas às plataformas

das gigantes, a exemplo de Tradbor e

Emplal, anunciadas no bimestre deste

número 50 da ProjetoPack em Revista.

No artigo técnico “Dicas sobre

testform”, trazemos ao leitor de uma

forma simples e ordenada, as premissas

importantes na execução de um teste

PROJETOPACK

EDITORIAL

Aislan Baer Editor Chefe

EDitor Aislan Baer [email protected]

DirEtor DE ContEúDo Lorenzo Baer

GEstorA DE ContAs E EstrAtéGiA DE míDiA Deise moraes

ProjEto GráfiCo E GEstão DE míDiAs soCiAis Agência Convertty [email protected]

jornAListA rEsPonsávEL fabio silberstein (MTB 49036)

Comitê EDitoriAL Alexandre Zanolini GenicolaGrupo CBS Elos

André rezendeHP do Brasil

Prof. Antonio CabralUniversidade Mauá

Enio KoetzProjetoPack & Associados

Eudes scarpetaScarpeta Treinamentos

joaquim moraisTrenton Consultoria

Prof. Lincoln seraginiSeragini Farné Guardado

Prof. Lorenzo BaerSENAC Lapa Scipião

Wilson PaduanTecnosolutions

Wilson ramos juniorInovagraf

ContAtos DE PuBLiCiDADE E AssinAturAs (Para assinar ou adquirir edições anteriores e para participar como patrocinador da publicação) E-mail: [email protected] Fone: (11) 3258-7134

Não é permitida a reprodução total ou parcial de textos ou matérias publicadas sem a prévia autorização da ProjetoPack em Revista. Para análise e autorização de reprodução, contatar a publicação no e-mail [email protected]. Todos os artigos são assinados por seus autores e não refletem necessariamente a opinião desta revista.

Sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e editor da ProjetoPack em Revista. Atua há mais de 15 anos na área de embalagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por todo

o hemisfério sul. Mestre em gestão estratégica e economia empresarial pela USP, é membro dos comitês técnicos e consultivos da IoPP (Institute of Packaging Professionals) e especialista na implantação de normas

flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.

de impressão. Ainda na linha dos artigos

técnicos, exploramos uma sistemática de

cálculo para provisionar adequadamente

as matérias-primas em sua fábrica, um

tema de valor estratégico imensurável

na atual conjuntura econômica onde

o lucro de uma operação pode residir

no estoque ou nas horas paradas por

falta de material. No quarto artigo

que explora as dúvidas habituais nas

operações de fusões e aquisições em

nosso mercado, debatemos as principais

armadilhas de contrato e listamos as

principais etapas documentais de um

processo de M&A.

Esta edição de número 50 está

muito rica em conteúdo. E depois de

um tempo consideravelmente alto,

reintroduzimos na pauta alguns artigos

curtos sobre psicologia aplicada à

administração – em especial o brilhante

texto de Cristina Queiroz, com o perdão

do trocadilho industrial, um verdadeiro

“OEE de consciência”, que perdemos

diariamente ao agirmos imbuídos de

uma carga emocional muito intensa,

com reflexos negativos especialmente

no ambiente profissional.

Esperamos que gostem do conteúdo

e lembramos que a revista agora está

disponível também em sua versão

digital. Tanto faz lá ou aqui, nos vemos

na próxima edição!

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O famigerado Testform(ou

testchart) é uma das mais

poderosas ferramentas para

controle do processo de impressão

flexográfico e para quaisquer outros

processos, por sinal! Pena que pouca

gente sabe disso ou dá o devido

valor. Mas, como é possível então que

se controle o processo usando um

Testform? Segue neste artigo dicas

importantes para você acertar na

primeira vez!

Basicamente o Testform (Formulário

de Teste) ou Testchart (Carta de Teste)

Testform: Para que serve e como realizar um com sucesso?

tem a função de levantar a curva de

reprodução da máquina impressora,

cruzando informações de anilox

(tipo, BCM e lineatura), tinta (diversas

características como fabricante, força

de cor, viscosidade e aplicação), clichê

(lineatura, tipo de gravação e fabricante)

e fita adesiva dupla-face (fabricante,

tipo, compressibilidade etc.).

O resultado é único e

intransferível, ou seja, só serve para

aquelas condições de máquina/

anilox/clichê/tinta/dupla-face. Não dá

para utilizar o resultado do teste em

“ O ideal hoje em dia é utilizar o testform indicado pela sua clicheria"

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outra empresa ou mesmo em outra

máquina. Segue abaixo algumas dicas

e perguntas sobre o assunto.

1. Quais os tipos de Testform existentes e qual o melhor, afinal?

Não há tantos assim, mas os mais

comuns são o IT8, Cyfos, GMG e alguns

que a própria clicheria desenvolve.

No entanto, o ideal hoje em dia é

usar o indicado pelo sistema que sua

empresa ou sua clicheria utiliza. Existem

testforms criados por associações,

comitês ou grupos de estudos gráficos

ao redor do mundo, há também os

desenvolvidos por fornecedores

de insumos, máquinas e acessórios

(geralmente ligados à pré-impressão)

e aqueles produzidos por consultorias

especializadas em impressão. Por

exemplo, o Chart da provedora de

soluções em pré-impressão e provas

GMG é um dos mais usados e tem

obtido resultados excelentes.

Eudes Scarpeta

Possui formação superior em Planejamento Estratégico e pós graduado em Administração Estratégica de Recursos Humanos. Técnico gráfico formado pelo SENAI/SP especializado em Flexografia e Rotogravura,

atua no mercado há 33 anos.

2. Como é feita a medição?

Depois que o teste estiver

impresso, será recolhida uma

amostra e enviada para a

pré-impressão ou clicheria.

Lá eles recortam o chart (o

quadro com os inúmeros

steps/quadradinhos

coloridos) e passam

num scanner apropriado

como o O i1 ou (da Xrite).

Há diferença entre Testform e “Finger Print”?

O objetivo principal é o mesmo,

ou seja, ambos darão a performance

de ganho de pontos e características

de reprodução daquela impressora e

insumos. No entanto, o termo Finger

Print é mais utilizado no processo de

impressão offset. Já na flexografia,

o teste evoluiu para o “chart”. O

Finger Print é composto de diversos

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ARTIGO

objetivo calibrar máquinas fotográficas.

Todavia com o tempo passou-se a

utilizar para levantamento da curva de

reprodução gráfica. Possuem targets

(quadradinhos para leitura do scanner)

com 24 para gris (cinzas), 264 cores

em 22 colunas. Ainda é utilizado por

muitas clicherias, porém há clicherias

que acham que esta ferramenta já

está ultrapassada, visto que os charts

atuais possuem quase 2.000 targets,

ampliando muito o gamut (espaço ou

profundidade de cores).

Esse é o IT8 versão 7.4. Ainda

é utilizado por várias empresas

e clicherias. Outras, no entanto

preferem outros tipos de charts.De

qualquer forma, ambos funcionam

e cabe a cada empresa que está

interessada em conhecer seu

processo de formação da imagem

na sua impressora selecionar o

mais adequado junto aos seus

fornecedores de clichês.

Algumas coisas são fundamentais

na realização do teste. Segue minhas

sugestões de cuidados e verificações:

• Escolhajuntocomaclicheriao

melhor Testform ou Testchart para o

seu caso. Imagens fotográficas e de

embalagens servem apenas como

guia visual, porque na prática o que

interessa mesmo é o chart (quadro

com os targets ou quadradinhos);

• Determinetambémquaisos

valores de densidades. Só para

se ter uma ideia, as densidades

variam dependendo do tipo

de gravação você está usando,

se é NX Kodak, chapas de alta

performance (Dupont) ou se é

Digital “Convencional”. A clicheria

deve dizer para você o que é melhor.

elementos além do chart de cores,

como registro, sobreposições, linhas

finas e grossas, escalas de “gris” ou

cinza, “slur” ou esmagamento, entre

muitos outros.

No entanto, tudo isso pode servir

apenas como um estudo visual porque

o que manda mesmo é o ganho de

pontos, que pode ser levantado

com o Testchart ou Testform. Um

exemplo de Finger Print utilizado

muito no passado é o famoso Cyfos

desenvolvido pela Dupont para

“mapear” o processo de impressão.

Hoje, porém, não é mais necessário.

O Cyfos da Dupont foi utilizado

durante muito tempo para levantar

dados de reprodução na impressão flexo.

Durante um tempo também

foi utilizado o IT8, que é um chart

desenvolvido originalmente pela ANSI

(American National Standards Institute)

e depois foi incorporado pelo CGATS

(Committee for GraphicArts Technology

Standards) em 1994 e tinha como

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ARTIGO

Para entender bem, vamos dar um

exemplo: se estiver utilizando NX

da Kodak as densidades deverão ser

maiores que o Digital Convencional

porque o NX pode empregar o

recurso Digicap, que é uma micro

gravação de células na superfície

de áreas chapadas e isso aumenta a

força de cor na impressão. O mesmo

princípio se aplica às chapas de Alta

Performance da Dupont, pois esses

possuem uma micro texturização

que aumenta a transferência de

tinta/cor;

• Lineaturadoclichê(Testform):

utilize a lineatura mais comum que

costuma trabalhar. Não invente

colocando lineaturas muito altas

para o seu tipo de produto e

impressão. Não adianta fazer um

testform com lineatura de 70 LPC se

você trabalha comumente na casa

das 48 LPC;

99%1%

98%2%

Checkerboard Patterns

1x12x2

3x34x4

0%5%

10%20%

30%40%

50%60%

70%80%

90%95%

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Calibrated and screened

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• Aniloxlimposempre:nãoesqueça

que deverá usar os cilindros ou

camisas anilox que normalmente já

utiliza para impressão, porém muito

bem limpos e com BCM’s previamente

inspecionados e em conformidade

com o volume original;

• Configuraçãoaniloxversusclichê:

a lineatura do anilox e a do clichê

devem ser apropriadas. Minha

sugestão é que você trabalhe com

proporções de 6×1 no caso de

ponto flat (topo plano) ou seja, o

anilox deve ter 6 vezes a lineatura

do clichê. Por exemplo, se seu clichê

tem 54 LPC, então seu anilox deve

ter pelo menos 320 LPC. E no caso

do digital convencional utilize a

proporção de 8×1. Em outro artigo

vou explicar melhor o porquê dessa

recomendação;

• Cuidadosobreondemede:

durante algum tempo houve

uma discussão no órgão mundial

de padronização para a área

gráfica sobre que papel deve

se utilizar debaixo da amostra

que você vai medir. Bem, se

a amostra é sobre material

autoadesivo, não há muito com

o que se preocupar. Porém, se a

amostra é transparente, então

coloque folhas de papel sulfite

branca. O ideal mesmo é o

papel Leneta, que possui padrão

mundial (ASTM);

• Velocidadedeimpressão:utilize

velocidade que costuma rodar

aprodução.Velocidademuito

acima ou muito abaixo do normal

que você está acostumado nesta

impressora trará distorções aos

resultados das medições;

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ARTIGO

descarte quando for feito novo

teste e este substitua o anterior.

• Quandofazernovoteste?As

razões para se fazer novos testes

são diversas e a decisão é sua,

comparando os resultados.

Normalmente deve-se fazer

novos testes quando trocar de

clicheria ou de sistema de gravação

(por exemplo, sair de gravação

convencional e ir para ponto de

topo plano), mudança do fabricante

ou tipo de tinta, nova máquina

impressora, novos parâmetros

de anilox com configurações

diferentes daquelas que você usava

(por exemplo, trocar de gravação

convencional hexagonal para GTT).

Estas são algumas considerações

e dicas básicas para garantir que

os objetivos do seu testform sejam

cumpridos: o mapeamento seguro

das características de reprodução

da sua impressora, à luz das suas

condições normais de processo e

matérias-primas.

• Tinta:Todoocuidadoépouco:

limpe cabalmente todo o

sistema de entintagem (bombas,

mangueiras, doctor blade etc.).

Coloque facas novas. Jamais

reutilize tinta que já foi utilizada

num serviço anterior. Prepare

tintas novas. Acerte viscosidade e

secagem (no caso de tintas à base

de solventes ou água) e primeiro

chegue nas densidades, trocando

inicialmente os cilindros ou camisas

anilox se possível e, em última

instância, mexa na tinta. Nunca

tonalize qualquer tinta de cromia.

Cuidado com contaminações

durante o teste;

• Testesobresubstratosdiferentes

conforme a necessidade. Não

é necessário fazer sobre PET

transparente e também BOPP

transparente, porque ambos darão

resultados idênticos;

• Façaanotaçõesclarasnas

amostras recolhidas. Guarde

umas amostras para você também

além daquelas que a clicheria

levará para fazer as medições. Só

“ Normalmente, deve-se fazer novos testes ao trocar de clicheria ou sistema de gravação, mudança do fabricante ou linha de tinta, nova máquina e novos parâmetros de anilox"

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ARTIGO

D entre os inúmeros atributos

que uma embalagem ou

rótulo de um produto

deve ter (informar o consumidor,

apresentar o produto, atender às

exigências legais, conter, proteger,

identificar etc.), para efeito de

marketing o mais importante deles

é “vender”.

Vender implica necessariamente

em chamar a atenção do consumidor

em uma fração de segundos, em

meio à enormidade de ofertas nas

Agora no Brasil, nova tecnologia para acabamento holográfico 3D que não requer laminação

prateleiras dos supermercados.

É “saltar aos olhos”, despertar o

interesse e o impulso para a compra,

uma tarefa cada dia mais árdua em

meio a tantos produtos similares.

O consumidor está se tornando

cada vez menos sensível às tentativas

das marcas de chamar a sua atenção,

isso é fato comprovado em estudos

e pesquisas de mercado conduzidos

por associações diversas tais como

a americana POPAI, Associação do

Marketing nos locais de Varejo.

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Estamos chegando em um ponto

onde causar esse apelo visual com

sistemas de impressão também está

mais difícil, tendo em vista que a

maioria destes sistemas se sofisticou

a tal ponto que, aos olhos de um

consumidor leigo em tecnologia

gráfica é praticamente impossível

identificar grandes diferenças

qualitativas entre uma embalagem

impressa em rotogravura de outra

com uma flexografia de alto nível, ou

mesmo perceber as nuances de uma

quadricromia num rótulo de xampu

produzida em flexografia ou offset.

Neste contexto, as indústrias

gráficas e convertedoras e os

próprios brand owners estão

aumentando sua compreensão de

que é possível voltar a agregar valor

às embalagens e rótulos mediante

a utilização de modernos processos

de acabamento como a aplicação

de películas de hot stamping ou

coldfoil, vernizes tácteis (que

despertam o sentido do tato),

vernizes que encapsulam fragrâncias,

pigmentos especiais fluorescentes ou

iridescentes e por aí vai.

Uma das técnicas mais

interessantes para despertar esse

estímulo visual nos consumidores é a

holografia, objeto de discussão deste

artigo.

O uso do efeito holográfico

O chamado efeito “holográfico”

tem se popularizado não apenas

pelo seu alto apelo visual, mas

também pela maior dificuldade de

falsificação. Por este motivo, muitas

embalagens de produtos com maior

índice de imitações usam elementos

holográficos para atribuir maior

segurança e autenticidade.

O efeito holográfico aparece nos

cartuchos offset ou de rotogravura

destinados às embalagens de

cigarros, embalagens de perfumes,

mídias variadas ( jogos, filmes e cd-

rom’s de software), medicamentos,

produtos cosméticos e de higiene

pessoal, bebidas alcóolicas etc.,

apenas para ilustrar alguns exemplos.

Até pouco tempo, as empresas

tinham à disposição apenas uma

tecnologia consolidada para a

produção de efeito holográfico nas

embalagens e rótulos dos produtos:

a laminação de filmes do tipo “HRI”

(High Refractive Index).

Com um filme de base geralmente

de PET 12 micron ou OPP de

espessuras um pouco mais elevadas,

José Luiz Soto

Técnico e Representante para América Latina

“ O consumidor está cada vez menos sensível às tentativas das marcas de chamar sua atenção”

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ARTIGO

estes materiais são laminados sobre a

superfície do impresso e ocasionam,

mediante a difração da luz, efeitos

holográficos diversos.

Apesar do efeito holográfico

muito bem produzido, a tecnologia

não agrega apenas um custo elevado

de produção, mas antagoniza com a

preocupação constante dos usuários

finais, consumidores e fabricantes

em reduzir gradualmente o material

de embalagem. Na verdade, acaba-

se somando ao produto mais uma

película plástica, o que dificulta

ou impossibilita inclusive a sua

reciclagem.

A solução Cast & Cure®

A inovação verdadeira é aquela

que consegue romper o trade-off

“inovação x custo”.

A proposta da Cast & Cure® é

tornar o processo de impressão de

efeitos holográficos mais eficiente

em termos de processamento,

com um leque mais amplo de

desenhos e intensidades de efeito

holográfico, porém dispensando

totalmente a necessidade de

laminação – trazendo à cadeia

de embalagens e rótulos uma

alternativa ecologicamente correta e

de custo acessível. Em pouco tempo,

a solução consagrou-se em países

como Estados Unidos, México e

Colômbia e está sendo oficialmente

lançada este ano no Brasil.

Cast & Cure é uma tecnologia de

criação de microestruturas holográficas

sem a necessidade de laminação, pois

o seu filme base (Cast = moldado,

Cure = Cura) é capaz de transferir um

padrão, textura ou desenho holográfico

“ Cast & Cure é uma tecnologia de criação de microestruturas holográficas sem a necessidade de laminação”

Sem laminação

Verniz

Impressão (Tintas)

Substrato

Cast & Cure sobre o Verniz

Impressão (Tintas)

Substrato

Substrato Laminado

Verniz

Impressão (Tintas)

Laminação metalizado

Laminação material holografico

Substrato

Cast & Cure sobre o Verniz

Impressão (Tintas)

Laminação metalizado fundo plano

Substrato

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ARTIGO

para o verniz, por um processo de cura

por radiação ultravioleta em substratos

plásticos transparentes, metalizados e

em papéis.

O processo inovador de transferência

direta do desenho holográfico do filme

Cast & Cure possibilita ainda a criação de

um efeito chapado (em toda a área de

imagem impressa) ou localizado (com

reservas), sempre em registro com a

imagem impressa.

Por se tratar de um produto

reutilizável, a película e a tecnologia

Cast & Cure® deixa o processo de

acabamento holográfico mais

competitivo, sem os gastos com

adesivos, catalisadores, misturadores

e equipamentos de laminação. O

resultado visual final é um intenso apelo

visual para a embalagem ou rótulo, que

pode ser maximizado com combinações

de padrões holográficos em diversas

intensidades, áreas e interações gráficas

com as cores impressas de fundo.

Cast & Cure é uma alternativa

excelente aos convertedores de

banda estreita, fabricantes de rótulos

impressos em flexografia, impressão

digital, offset ou sistemas híbridos.

Também é algo particularmente

interessante aos fabricantes de rótulos

termoencolhíveis do tipo sleeve;

Se a impressora já está equipada com

o sistema ColdFoil, não será necessário

uso de equipamentos adicionais para a

aplicação do Cast & Cure®.

Cast & Cure® pode ainda ser

empregado na impressão offset para a

produção de papel e cartão para caixas,

exibidores, materiais para PDV etc.

As convertedoras de embalagens

flexíveis em banda larga ou média,

podem adotar Cast & Cure® tanto na

impressão flexográfica de bobinas

como também em rotogravura.

Atualmente, muitos impressores de

sacolas do tipo shopping bags utilizam

efeito holográfico por processo de

laminação, que pode ser substituída

com ganhos consideráveis para o

sistema Cast & Cure®.

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ARTIGO

O pedido de venda foi

registrado na sua indústria,

as compras foram realizadas

com base na lista de materiais dos

seus produtos, porém, no meio do

processo produtivo, o material não

está na quantidade correta no seu

estoque. E agora, o que fazer?

Se você se identificou com

este problema, saiba que ele

atinge grande parte das indústrias

brasileiras. Pensando nisso, gostaria de

compartilhar 4 dicas fundamentais para

você saber exatamente o que, quando

Como saber o que, quando e quanto comprar na sua indústria com PCP e MRP

e quanto comprar para sua indústria.

Continue lendo e descubra:

1. Padronize seu cadastro de produtos

Essa é uma briga antiga que impacta

imensamente o controle de estoque

e, naturalmente, a efetividade das

compras para sua produção. Padronize

seu cadastro de produtos para alcançar

os seguintes objetivos:

• Criarrotinasqueestabeleçam

como o cadastro de produtos deve

ser feito;

“ Estabeleça as principais características dos seus produtos e crie uma lógica simples para o seu cadastro"

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• Garantirqueoprocessoseja

feito mesmo sem seu principal

responsável;

• Aumentaraqualidadedotrabalho

realizado.

Mesmo que você não possua um

processo padronizado para sua equipe

de cadastro de produtos, confira

algumas dicas para evitar os problemas

mais comuns neste processo:

• Estabeleçaasprincipais

características dos seus produtos

(comprados ou fabricados) e crie

uma lógica simples para o seu

cadastro. Exemplo de descrição

padronizada: *Tipo do produto*

*Largura**Altura*;

• Centralizearesponsabilidadedo

cadastro de determinados tipos de

produtos. Por exemplo: o setor de

compras poderia se responsabilizar

pelo cadastro de matérias primas, o

comercial pelo cadastro de produtos

acabados etc.;

• Vinculeprodutosquepossuema

mesma finalidade produtiva, mas

que possuem códigos diferentes

dependendo do fornecedor a um

código central;

• Inventarieperiodicamente

(mensalmente, trimestralmente)

as matérias primas e identifique

inconsistências.

Gilmar de Almeida

Sócio e consultor na GA Consult, é uma das maiores autoridades no país na implantação da TOC - Theory of Constrains - nas organizações. Atua

como consultor em projetos de melhoria de performance, produtividade em processos operacionais, administrativos e de vendas, adoção de

indicadores, melhoria de lucro e ROI e Viable Vision.

2. Estabeleça sua lista de materiais considerando perdas no processo produtivo

Considerar exatamente o que

deveria ser gasto no processo produtivo

pode ser uma das principais causas

da falta de material inesperada. Por

isso, analise seu histórico de produção

dos últimos 12 meses para definir um

percentual de perdas para cada matéria

prima da sua lista de materiais.

Exemplo de cálculo para

determinar perdas de materiais no

processo produtivo:

• Estoquedofinaldoperíodo=

estoque do início do período +

notas fiscais de entrada – consumo

padrão do item no processo

produtivo – Perdas;

• Perdas=estoquedoiníciodo

período – estoque do final do

período + notas fiscais de entrada

– consumo padrão do item no

processo produtivo.

Exemplo de cálculo para

determinar o consumo padrão do

item no processo produtivo:

• Totaldeprodutosfabricadosno

período * quantidade de matéria

prima para produção de 1 unidade

do produto fabricado.

“ Inventarie periodicamente as matérias-primas e identifique inconsistências"

“O estoque de matérias-primas, em processo, em poder de terceiros e produtos acabados fazem parte do valor dos investimentos os quais terão que ser remunerados a uma taxa maior que Aplicações Financeiras e, portanto, “deverão” ser os menores possíveis”.

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ARTIGO

• 150unidadesdoprodutoacabado2

*05unidadesdamatériaprimaA=

750unidadesdamatériaprimaA.

• Totalizando1.750unidadesda

matériaprimaA.

Em seguida calculamos o total

perdido no período:

• Perdas=estoquedoiníciodo

período – estoque do final do

período + notas fiscais de entrada

– consumo padrão do item no

processo produtivo

• Perdas=200–200+2.000–1.750

• Perdas=250unidades.

Portanto, o percentual total de

perdasé=250/1.750=1/7=14,28%

Agoraquevocêjásabea

porcentagem de perda, monte sua lista

de materiais considerando-a, conforme

o exemplo abaixo:

Aplicando o conceito geral de

perdas na lista de material

Para produzir 1 unidade do produto

acabado 1 é necessário:

• 10unidadesdamatériaprimaA;

1,4unidadesdamatériaprimaA;

• 20unidadesdamatériaprimaB;

• 05unidadesdamatériaprimaC.

Para produzir 1 unidade do produto

acabado 2 é necessário:

• 05unidadesdamatériaprimaA;

0,7unidadesdamatériaprimaA;

• 15unidadesdamatériaprimaB;

• 10unidadesdamatériaprimaD.

Cálculo de compras para o

mesmo período considerando perdas

estimadas

Para calcular a porcentagem de

perdas basta finalizar com o seguinte

cálculo:

• Perdas/consumopadrãodoitemno

processo produtivo.

Entenda melhor com um exemplo

completo:

Neste exemplo você verá como

calcular perdas percentuais da matéria

prima A utilizada na produção do

produto acabado 1 e o produto

acabado 2.

Para produzir 1 unidade do produto

acabado 1 é necessário:

• 10unidadesdamatériaprimaA;

• 20unidadesdamatériaprimaB;

• 05unidadesdamatériaprimaC.

Para produzir 1 unidade do produto

acabado 2 é necessário:

• 05unidadesdamatériaprimaA

• 15unidadesdamatériaprimaB

• 10unidadesdamatériaprimaD

No período de 1 ano de atividades

foiidentificadoaproduçãode100

unidadesdoprodutoacabado1e150

unidades do produto acabado 2.

• Estoquenoiníciodoperíododa

matériaprimaA=200unidades;

• Estoquenofinaldoperíododa

matériaprimaA=200unidades;

• ComprasdamatériaprimaAno

período=2000unidades.

Nesse exemplo simples para

calcular perdas teríamos que calcular

o consumo padrão do item no

processo produtivo.

• 100unidadesdoprodutoacabado1

*10unidadesdamatériaprimaA=

1.000unidadesdamatériaprimaA;

“ Trabalhe com estoque de segurança e estoque mínimo"

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• 100unidadesdoprodutoacabado1

*(10unidadesdamatériaprimaA+

1,4unidadesdamatériaprimaA)=

1.140unidadesdamatériaprimaA;

• 150unidadesdoprodutoacabado2

*(05unidadesdamatériaprimaA+

0,7unidadesdamatériaprimaA)=

855unidadesdamatériaprimaA;

• Totalizando1.995unidadesda

matériaprimaA.

Vejaqueoprincipalfocoaquié

antecipar as possíveis perdas para

preparar o processo de compras,

evitando surpresas na sua produção.

Repare que se caso sua indústria

controle as ordens de produção de

cada produto fabricado, é possível, com

certa tranquilidade, definir as perdas

por produto produzido. Nesse caso,

teríamos um percentual diferente para o

produto acabado 1 e produto acabado

2. Para realizar o cálculo de perdas por

produto fabricado a mesma lógica

anterior é aplicável.

3. Trabalhe com estoque de segurança e estoque máximo

Mesmo fazendo sua gestão de

compras considerando perdas no

processo produtivo, é extremamente

importante se preparar para eventuais

períodos de pico de vendas, atrasos

de entrega de materiais, quebras de

máquina etc.

Imaginesuacasasemuma

caixa d’agua, qualquer variação no

suprimento de água e você estaria

semáguadisponível.Analogamente,é

natural manter uma quantidade mínima

estocada nos armazéns para evitar

paradas no processo produtivo por falta

de materiais.

Mas como saber a quantidade

ideal de estoque mínimo por produto?

Com o acompanhamento de algumas

informações simples, é possível calcular o

estoque mínimo com facilidade. Confira:

• Tempo médio de fornecimento

do produto, o famoso ‘LEAD TIME’

(LT): Calculado basicamente como

uma média da data de recebimento

da matéria prima menos a data de

emissão do pedido de compra;

• Consumo médio (CM): Com um

histórico de vendas efetuadas e

listas de materiais bem definidas

é possível definir um consumo

esperado para suas matérias primas;

• Variação do consumo/saídas

de determinada matéria prima:

TambémconhecidocomoDesvio

Padrão.Atravésdoconsumomédio

podemos identificar qual a variação

e nos preparar para as mesmas;

• Previsão de vendas: Trabalhe em

conjunto com a equipe comercial

e as metas definidas para o futuro,

atualize o consumo esperado de

acordo com essas previsões;

• Lote de compra (LC): Normalmente

o lote de compra é negociado com

o fornecedor de acordo com as

necessidades do comprador. Porém,

também poderia ser calculado

através da fórmula: Estoque de

segurança+Lotedecompra=

Consumo médio.

Entenda melhor com um exemplo

completo:

Olhando o histórico dos últimos 12

meses da nossa produção de exemplo,

determinadamatéria-primaAéconsumida

emmédia200unidadespormêscomum

desviopadrãode50unidades.

“ Trabalhe em conjunto com vendas e as metas definidas para o futuro, atualizando o consumo esperado de acordo com estas previsões"

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ARTIGO

empresa, capacidade de armazenamento

e capital de giro para uma boa saúde

financeira, imagine três cenários:

Redução máxima da quantidade

em estoque – Nesse caso poderíamos

realizar 4 compras mensais, 1 por

semana, sempre olhando o consumo

esperado para a próxima semana e o

estoque atual. Cada compra seria de 63

unidades e o estoque máximo seria de

63 unidades, veja o gráfico:

Redução média da quantidade

em estoque – Nesse caso faríamos uma

compra por quinzena e precisaríamos

de uma capacidade para armazenar até

126 unidades dessa matéria prima.

Redução mínima da quantidade

em estoque–Comprasmensaisde250

unidades. Nesse caso a empresa possui

um armazém suficiente para armazenar

maiores quantidades de matéria prima.

Aprevisãodevendasparaopróximo

ano será a mesma do período analisado.

O Lead Time de entrega da matéria

primaAéde1semana.

Com esses dados, podemos começar

a refletir sobre como calcular o estoque de

segurança, vamos lá:

Estoque de segurança (ES) e ponto

de ressuprimento (PR)

Seemmédiaconsumimos200+

50unidadespormêseummêspossui

4 semanas, podemos afirmar que o

consumo semanal é de 63 unidades.

Se o tempo de entrega é de 1 semana,

não podemos esperar que o estoque

diminua mais que 63 unidades, esse

será nosso ponto de ressuprimento. Ou

seja, PR = CM*LT.

Para aumentar a segurança para

atrasos, podemos melhorar essa fórmula

edefinirquePR=CM*LT+ES.Oestoque

de segurança pode ser definido de acordo

com a experiência da empresa se, por

exemplo, o fornecedor nunca atrasou mais

que dois dias, esse pode ser o balizador.

Se consumirmos 63 unidades por semana,

emdoisdiassãoconsumidas25unidades.

Nesse caso, o ponto de ressuprimento seria

88 unidades.

Lote de compra

O lote de compra varia de acordo

com o estoque máximo, quanto menor

o estoque máximo menor o estoque de

compras e mais vezes o pedido de compra

deverá ser disparado. Uma compra por

mêscomestoquedesegurança=0

equivaleriaaumlotedecomprade250

unidades.LC=CM–ES.

Estoque Máximo

Para calcular o estoque máximo

é importante entender a política da

“ O estoque de segurança pode ser definido de acordo com a experiência da empresa"

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ARTIGO

• Leadtimedeproduçãoecomprapor produto.

Vantagens

• Diminuiçãodoestoque;

• Mediçãodeperformancedefornecedores;

• Mediçãodeperformancedeprodução

• Integraçãodediferentesáreasfuncionais;

• Simulaçõesdediferentesparametrizações.

Desvantagens

• Nenhumparâmetrodecustoéconsiderado;

• Osníveisdeestoquesãoosmaisbaixospossíveis.Issopodeserarriscado dependendo das variações de demanda;

• Comprasrecorrentespodemaumentar o custo de aquisição unitário.

Essas desvantagens podem ser mitigadasatravésdosparâmetrosdeestoque de segurança, máximo e lotes de compra, por isso a implementação do MRP deve ser feita com cuidado.

ComautilizaçãodaTOCeViableVisionoutrosparâmetrosserãorevistos,mas é assunto para outra matéria.

VejammaismateriaiseCASESde

sucessonaGAConsultnoLinkedin:

http://goo.gl/ZRD1ON

e de início da produção de acordo com as datas de entregas planejadas.

Com o plano mestre de produção PMP é possível vislumbrar o início e fim de cada produção por um período determinado de acordo com o horizonte de planejamento. Essa informação pode ser utilizada em diversas áreas diferentes da empresa.

Seja em produções puxadas ou empurradas, o MRP já se mostrou uma valiosa ferramenta para planejamento e controle de compras e produção, veja alguns pré-requisitos, vantagens e desvantagens do sistema:

Pré-requisitos (inputs)

• Controledeestoquedematériaprima e produto acabado;

• Controledeordensdeprodução;

• Previsãodevendas(produçãoempurrada);

• Listasdemateriais;

• Principaisparâmetros:

• Lotesmínimos,máximosemúltiplos de produção e compras;

• Diferenciaçãodeproduçãoecompras por produto;

• Estoquedesegurança;

• Estoquemáximo;

Adecisãodoestoquemáximodevese

balizar nesses pilares: Capacidade de

armazenamento, custo de manter o estoque

e custo de realizar pedidos de compra.

• Custo de armazenamento: Quanto maior for o estoque, maior é o capital para mantê-lo. Muitas vezes os armazéns são alugados, necessitam de pessoal para supervisão e manutenção, luz, água etc.;

• Capacidade de armazenamento: Naturalmente existem restrições físicas para manter estoques;

• Custo de pedir: Quanto mais compras são feitas, maior é o custo de manter uma equipe para realizar essas compras, os descontos por volumes são menores e o custo do transporte pode ser relevante.

4. MRP – Material Requirement Planning – Planejamento das necessidades de materiais

Utilize o sistema MRP para controlar a necessidade de compra de matéria prima.

O foco do sistema MRP é garantir que você compre e produza exatamente o quanto você precisa de acordo com a lista de material dos produtos acabados. O sistema MRP sugere a data de compra

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ARTIGO DE CAPA

Há duas edições da ProjetoPack em Revista, publicamos uma matéria especial de capa – “Tudo junto e misturado”, que abordava, dentre outros temas

relevantes, o fato de que o mercado de conversão não tem mais uma divisão clara da abordagem de negócios. As empresas de embalagens flexíveis estão produzindo rótulos e vice-versa, as de rotogravura comprando impressoras flexográficas, os transformadores de polietileno fabricando laminados e assim por diante. Ruíram-se as fronteiras e o mote hoje é uma solução do tipo one-stop shop, onde as necessidades dos clientes são atendidas em um só lugar. Esta quebra de paradigma da “superespecialização”, especialmente no setor gráfico, abre uma série de oportunidades às empresas de pensamento lateral, mais abertas à inovação e ao pensamento “fora da caixa”.

Impressora híbrida Mark Andy

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D esde que a rotogravura foi

inventada, o processo mudou

muito pouco. Suas vantagens

principais ainda giram em torno da alta

durabilidade da fôrma (cilindro), o alto

contraste e qualidade de reprodução

das imagens (em boa parte, devido

ao ganho de ponto irrisório e às altas

lineaturas de impressão), a impressão

em módulo contínuo (sem emendas) e

a repetibilidade dos resultados ao longo

de toda a tiragem.

Já a flexografia mudou

completamente. Sofisticou-se. Não

raro, vemos nas prateleiras dos

supermercados embalagens flexíveis

e rótulos impressos em flexografia

com qualidade igual ou superior à

offset e rotogravura. A sua infinidade

de aplicações, possibilidade de

produzir lotes menores e seu excelente

registro de cores (especialmente nas

impressoras do tipo tambor central)

alçaram a flexografia à liderança global

dentre todos os outros processos,

com mais de 65% de participação

no mercado de embalagens flexíveis

impressas do planeta, de acordo com

pesquisas recentes da FPA (Flexible

Packaging Association) americana.

Com o desenvolvimento do

mercado de rótulos e etiquetas, os

fabricantes de impressoras banda

estreita foram os primeiros a perceber

Aislan Baer Editor Chefe

Diretor executivo da ProjetoPack & Associados. Atua há mais de 10 anos na área de embalagens flexíveis e rótulos, ministrando cursos, palestras

e consultorias por todo o País. Especialista em gestão do capital humano para as Indústrias Gráfica e Convertedora.

os benefícios de reunir sistemas de

impressão diferentes para agregar

valor e versatilidade aos convertedores.

Surgiram as primeiras impressoras

modulares com dois ou mais sistemas

de impressão – normalmente máquinas

combinadas de flexografia e offset, com

estações de serigrafia rotativa.

Com o advento destas impressoras

híbridas, fabricantes de rótulos podiam

pela primeira vez:

a) Imprimir cromias com a eficiência

e repetibilidade das impressoras

offset;

b) Imprimir sólidos, especialmente

chapados, com a cobertura da

flexografia;

c) Aplicar vernizes de efeito

(texturizados, aromas encapsulados,

alto brilho ou fosqueantes etc.) com

a transferência de películas espessas

da serigrafia rotativa;

d) Com essa mesma camada espessa,

aplicar branco em quantidade

suficiente para produzir bons

resultados, mesmo na impressão

de rótulos que serão aplicados em

frascos de cor escura;

e) Imprimir efeitos metálicos em

estações de rotogravura com o

mesmo brilho do hotstamping, mas

a custos bastante inferiores etc.

Impressão híbrida de embalagens flexíveis e rótulos

Impressões jato de tinta sobre plásticos com cabeçotes Markem

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ARTIGO DE CAPA

Pouco tempo depois, os fabricantes

de impressoras digitais e cabeçotes

de impressão começaram a trabalhar

em protótipos para integrar módulos

de impressão digital em linha nas

máquinas híbridas. No rumo dos

avanços com a tecnologia digital, novos

e importantes atributos puderam ser

enfim incorporados às embalagens

flexíveis e rótulos, tais como a impressão

de dados variáveis.

Quais as implicações desta mudança de um processo de impressão para multi-processo?

A primeira delas, sem dúvida, refere-

se à mão-de-obra. Todos os empresários

do setor gráfico, principalmente no

segmento de embalagens flexíveis,

etiquetas e rótulos sabem a imensa

dificuldade de encontrar impressores

qualificados em um processo como a

flexografia, por exemplo.

A mudança de realidade para

máquinas impressoras híbridas

demanda um profissional ainda mais

versátil e conhecedor dos problemas,

causas e soluções de dois ou mais

processos de impressão, bem como

as possíveis interações entre eles no

produto (qual a melhor sequência de

cores numa impressora offset x flexo,

por exemplo).

Outra questão nebulosa diz respeito

à remuneração do profissional. Um

impressor que opera uma máquina

híbrida offset x flexo deveria ganhar

como um impressor offset, flexográfico

ou ter a média salarial dos impressores

de máquinas modulares? É evidente

que o nível de complexidade de um

equipamento multi-processo aumenta

consideravelmente. A problemática

da mão-de-obra é ainda mais dura

para a equipe de manutenção, tendo

em vista que as estações ou módulos

offset, flexográficos, serigráficos etc. são

completamente distintos entre si.

Estas questões ainda não foram

plenamente resolvidas e ainda suscitam

muita discussão nos empresários que

possuem, no seu rol de ativos, máquinas

impressoras híbridas.

A falta de conhecimento técnico

diferenciado para operar máquinas

híbridas geralmente resulta em um

“banho de água fria” no início da

operação. Isso porque o tempo de setup

acaba sendo bastante alto – justificado

pela dificuldade do impressor em

ajustar cada módulo ou cassete de

impressão individualmente para, por

fim, fazer o ajuste fino do conjunto

impresso. É preciso ter um pouco de

paciência para superar esta curva de

aprendizagem, notoriamente mais

morosa que as máquinas modulares

comum “mono sistema“, pois os

benefícios na agregação de valor são

plenamente compensados lá na frente.

Como a tendência de processos múltiplos de impressão está mudando o mercado de máquinas gráficas

Há décadas o “fator China” criou

um grave problema para a indústria

de máquinas mundial e agora é bem

tarde para apontar culpados. Muitos

fabricantes de máquinas, em boa parte

empresas americanas e europeias viram

nos baixos custos da mão-de-obra e no

apetite chinês uma oportunidade de

auferir maiores margens terceirizando

parcelas de seu processo construtivo.

Os chineses, evidentemente,

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fizeram sua lição de casa e, de cópia

malfeita, passaram ao estágio de OEM

e enfim concorrem com alguns ícones

tradicionais da indústria de máquinas,

ao ofertar uma solução com relação

custo x benefício bastante interessante.

Isso ocorreu, embora numa escala

menor, no setor de máquinas gráficas.

De impressoras rotogravura a máquinas

de acabamento, a importação de

equipamentos chineses aumentou

sensivelmente nos últimos anos,

mesmo com o imbróglio da falta total

ou parcial de assistência técnica local e

das dificuldades de comunicação (boa

parte dos comandos das máquinas mais

baratas ainda vêm em mandarim ou

pessimamente traduzidas para o inglês).

Fato é que boa parte dos maiores

fabricantes de máquinas gráficas

acabaram fechando acordos de

terceirização com China e Índia, a

exemplo da italiana Uteco S.p.A., que

fabrica duas linhas de rotogravura do

seu portfólio na indiana Kohli. A alemã

Windmoeller inaugurou sua subsidiária

na China em Janeiro de 2014 – a Taicang

Co. Ltd., apenas para ilustrar alguns

exemplos.

O mercado de máquinas usadas

também retroalimenta a crise, mais

ou menos como acontece com o

setor automobilístico. Para poder

manter-se vivo no jogo das vendas,

fabricantes de máquinas tem de fazer

mil peripécias comerciais, fiscais e

tributárias para receber como parte

do pagamento as máquinas usadas de

seus clientes – ativos desvalorizados

e de baixa liquidez, que tampouco

lastreiam operações de crédito à

importação de componentes para o

fabrico de novas máquinas. Há pouco

ou nenhum incentivo fiscal para que

os empresários se estimulem a “passar

o maçarico” nas máquinas usadas e

substituir por outras novas.

O que resta ao mercado

de máquinas, em vista destes

direcionadores, é a consolidação. Para

garantir economias de escala e escopo,

tradicionais fabricantes de máquinas

gráficas e de conversão vêm comprando

outras empresas menores e de setores

adjacentes, incorporando novas

tecnologias e contribuindo ainda mais

para o aumento de soluções híbridas de

impressão.

Talvez um dos maiores exemplos da

consolidação do mercado de máquinas

gráficas seja a gigante suíça Bobst (que

gerou receita de aproximadamente

1,5 bilhão de dólares em 2014), que

somente no intervalo do ano 2000

até hoje, já adquiriu fabricantes de

máquinas como Rotomec, BHS, General,

Midi, Fischer & Krecke, Shanghai Eternal

Machinery, Stever, Atlas e Titan (estes

dois últimos foram vendidos pouco

tempo depois) dentre outros.

“ Fato é que boa parte dos maiores fabricantes mundiais de máquinas gráficas acabaram fechando acordos de terceirização com China e Índia”

Impressora híbrida Mark Andy Digital Series

Flexografia x Digital

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ARTIGO DE CAPA

E, para corroborar com a tese da

incorporação gradual das tecnologias

híbridas ao setor de impressão de

embalagens flexíveis, a última aquisição

da Bobst foi justamente a italiana Nuova

Gidue, um dos nomes mais conhecidos

do setor de impressoras modulares

híbridas para banda estreita.

Por que não vemos impressão híbrida nos impressores banda larga nacionais?

Talvez o mais grave problema da

indústria de conversão em banda

larga no país seja a sua aversão à

inovação. Na cabeça da maior parte

dos empresários, há uma crença de

que o custo da inovação é alto demais

para ser repassado ao cliente: “o

cliente não paga”.

Este é um dos equívocos que mais

quebrou empresas na história do

mundo corporativo. A sacada verdadeira

é aquela que justamente rompe o trade-

off inovação x custo.

Todos os dias, comprimidos

pela disputa acirrada de preços,

convertedores de banda estreita,

exímios produtores de rótulos e

etiquetas com conhecimento pleno

da tecnologia de impressão híbrida

vão aumentando sua participação na

produção de embalagens flexíveis.

Um pouch aqui, um stand-up pouch

acolá, e produzindo uma pista apenas

do que normalmente rodaria de forma

conjugada numa impressora banda

larga, eles vão ocupando o seu espaço

e oferecendo produtos de elevado

shelf appeal, com vernizes de efeito,

holografia, hotstamping ou coldfoil e

por aí vai.

Outro ponto crítico à adoção das

tecnologias híbridas de impressão é

o desconhecimento dos designers

de embalagens e rótulos a respeito

das possibilidades gráficas. É preciso

criar sabendo, por exemplo, quais os

resultados podem ser obtidos ao se

agregar uma estação de serigrafia

rotativa em linha na impressora.

Sem esta percepção, não se gera a

necessidade de explorar tais efeitos.

A ProjetoPack em Revista

entrevistou profissionais de uma

dezena de agências de criação

envolvidos na criação ou layout

de embalagens e rótulos auto-

adesivos para avaliar informalmente

o que, na opinião deles, poderia

ser feito de diferente em termos de

resultado visual ao se criar algo a um

equipamento combinado de offset,

flexografia e serigrafia rotativa. Por

unanimidade, a conclusão foi mais ou

menos resumida pela frase de um dos

entrevistados: “Não faço a menor ideia”.

“ Outro ponto crítico à adoção das tecnologias híbridas de impressão é o desconhecimento por parte dos designers gráficos”

Impressora híbrida Rotatek Omni 520 em setup

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- Maior lineatura e resolução;- Redução de cores especiais;- Menor carga de tinta;- Redução de desperdício e maior durabilidade da chapa;

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ARTIGO DE CAPA

Já existe impressão digital em linha numa máquina impressora híbrida?

“Veja bem...”, diria o vendedor

de soluções em digital. O assunto é

complexo e sozinho, já daria um livro.

Mas com ajuda da internet e de alguns

telefonemas estratégicos, vamos

despretensiosamente tentar fazer um

apanhado de como anda esse tema

atualmente (respirando fundo aqui).

A impressão digital de dados variáveis

conjugada a impressos previamente

produzidos em offset é algo consolidado

há décadas. Empresas do setor financeiro,

principalmente os bancos, fazem

isso com maestria e lembramos disso

semanalmente, a cada boleto que chega

em nossa caixa de correio.

No campo das embalagens

flexíveis, a impressão de dados variáveis

tradicional também é velha conhecida

– os cabeçotes de impressão fabricados

por empresas como Markem-Imaje

e Videojet, são bons exemplos na

categoria, mas a função é acessória:

codificação do produto.

O sonho de consumo dos

convertedores de embalagens flexíveis

e rótulos seria a perfeita integração

modular da impressão digital à

flexografia, offset e rotogravura, tal e

qual um módulo do tipo plug-and-play

da SPG (Stork), de serigrafia rotativa.

A israelense Hewlett-Packard,

com sua linha de impressoras Indigo

tem mostrado que impressão digital

é factível nos setores de embalagens

flexíveis, etiquetas e rótulos, todavia a

solução comercializada por eles não é

“ O sonho de consumo dos convertedores seria a integração modular perfeita da impressão digital aos processos de impressão tradicionais”

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o escopo deste artigo justamente por

tratar-se de uma solução completa

end-to-end – um processo singular e

não um módulo integrado aos demais

sistemas de flexografia, rotogravura e

offset. A linha de impressoras HP Indigo

não é, portanto, uma impressora híbrida

multi-processo.

Muitos fabricantes especializados

em sistemas digitais “bateram na

trave” na produção dos módulos

de impressão digital do tipo stand-

alone para integração em máquinas

impressoras híbridas. As adversidades

são tremendas e, basicamente, as

mesmas desde sempre:

a) Velocidade de impressão inferior

aos processos convencionais

como a flexografia;

b) Resistência térmica das tintas

inferior, algo crítico especialmente

na embalagem flexível;

c) Limitação de ancoragem das

tintas inkjet sobre substratos

fílmicos variados;

d) Dificuldades de integração da

solução na camada de informação

(banco de dados);

e) Dificuldades de integração da

solução no âmbito do hardware,

aos processos tradicionais;

f ) As condições da sala de impressão

em processos tradicionais como

a flexografia ou rotogravura é

prejudicial ao bom funcionamento

dos cabeçotes inkjet.

A lista é razoavelmente maior, mas

estes seriam fatores usuais que justificam

a escassez de máquinas híbridas com

módulos de impressão digital.

A americana Kodak comercializa

hoje um módulo de impressão digital

stand-alone que preenche esta lacuna

aos integradores de soluções híbridas

de impressão: a plataforma Prosper,

aliada a uma tecnologia de tinta

proprietária, a Stream Inkjet.

Os cabeçotes monocromáticos

ou CMYK atingem velocidades de

até 200 m/min com resolução de 600

dpi, atributos mais do que suficientes

para acompanhar em linha quaisquer

processos convencionais de

impressão. A Rotatek Brasil é uma das

fabricantes de máquinas impressoras

híbridas banda estreita e média

mais experientes na integração

de módulos inkjet em linha sob a

chancela Kodak Prosper.

Outras combinações em máquinas híbridas

Nas próximas linhas, abordamos

muito resumidamente os dois

aspectos híbridos que encontraremos

nas máquinas impressoras modernas:

a mescla de dois ou mais processos

em um único equipamento ou a

adoção de determinados conceitos

ou elementos de um processo de

impressão em um grupo ou estação

de outro processo, a exemplo do

anilox da flexografia sendo utilizado

como entintador em offset ou a

blanqueta offset como transferidor

indireto da tinta nas máquinas de

flexografia indireta para bisnagas e

potes rígidos.

Rotogravura com offset

A italiana Uteco Converting S.P.A.

lançou, na ocasião da Drupa 2012, a

sua primeira versão da impressora

shaftless Silver-Sil, uma máquina

híbrida offset x rotogravura, destinada

“ Muitos fabricantes de sistemas digitais “bateram na trave” na produção de módulos de impressão digital stand-alone”

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ARTIGO DE CAPA

prioritariamente ao mercado de

impressos de segurança. Com setup

reduzido e versatilidade na impressão

de substratos dos mais variados,

a impressora passou a integrar

também o portfólio de convertedores

de embalagens flexíveis e rótulos

termoencolhíveis, ganhando pouco

tempo depois uma versão dedicada a

estes produtos – a Thallo-Sil.

Offset com o conceito de tambor central da flexografia

Uma das líderes do mercado

mundial de impressoras

flexográficas banda larga, a

espanhola Comexi causou furor ao

lançar uma impressora offset para

embalagens flexíveis na Drupa

2012. O equipamento não é um

“hibrido puro”, mas congrega uma

característica peculiar da flexografia

– o sistema de tambor central – com

estações ou grupos impressores

offset e sistema de cura por feixe de

elétrons (Electron Beam).

Flexografia com rotogravura

Diversos fabricantes de máquinas

flexográficas banda larga incorporam

unidades de rotogravura do tipo

stack, geralmente após a saída do

tambor central para a aplicação de

vernizes especiais que requerem uma

gramatura mais alta do que se pode

obter na flexografia (verniz release,

coldseal, termosselante etc.). Apesar

da maioria dos grandes fabricantes

de impressoras terem acesso à

tecnologia, a Uteco é uma das mais

inclinadas à combinação flexo x

rotogravura.

Offset com anilox da flexografia

Um dos principais problemas

do sistema offset nas máquinas

impressoras convencionais diz

respeito à variação de cor ao longo

da tiragem, que ocorre em função

da inércia da tinta nos tinteiros. Esta

tinta estacionária contribui para uma

entintagem desuniforme. Outras

vantagens em se ter um cilindro

anilox de flexografia entintando a

chapa são:

a) A eliminação dos rolos de

borracha distribuidores, sensíveis

ao solvente e aos componentes

das tintas UV, que precisam ser

periodicamente substituídos,

retificados e ajustados;

b) A entintagem com anilox não

requer mais ajustes periódicos de

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vazão de tinta nos tinteiros;

c) Há um ganho de densidade nas

tintas da quadricromia e menor

flutuação no processo;

d) Tempo de ajuste de cores menor

e com isso, redução de aparas no

processo;

e) Menor incidência de efeito

“fantasma” ou reimpressão.

A francesa Codimag é inventora

do sistema e, desde a sua exibição na

Drupa de 1982, vendeu pouco mais

de 200 máquinas impressoras offset

com entintagem anilox Aniflo™.

Offset com flexografia

Outro sistema bastante comum

no mercado são máquinas offset com

estações incorporadas de flexografia.

Praticamente todos os grandes

fabricantes mundiais de impressoras

offset para banda estreita e média

têm sua versão com um módulo

ou dois de flexografia. Um dos

mais experientes e pioneiros nesta

combinação é a Rotatek Brasil. A linha

Omni, de impressoras híbridas para

rótulos e embalagens flexíveis pode

inclusive integrar módulos adicionais

de rotogravura, serigrafia, letterpress

e acabamentos variados.

Offset com rotogravura, flexografia e serigrafia rotativa

Alguns fabricantes vendem

impressoras híbridas “super”

modulares em cassetes com troca

lateral do tipo sleeve. Uma das mais

notórias provedoras destas soluções é

a italiana Omet, que também integra

em seus módulos conjuntos de

impressão digital da Domino Group.

As máquinas híbridas que reúnem

mais de dois processos distintos

de impressão, chegando por vezes

a quatro ou cinco tecnologias

simultâneas são normalmente

utilizadas na produção de cartuchos

para cigarros, medicamentos e

cosméticos.

Flexografia com digital

Um dos fabricantes de máquinas

impressoras banda estreita que

se focou em entregar um projeto

específico flexo x digital é a americana

Mark Andy com sua impressora

híbrida da linha Digital Series. A sua

camada de software DFE (Digital

Front End) e servidor de impressão

estão ancorados na plataforma Esko.

A máquina é a primeira efetivamente

projetada desde o início pensando

na integração entre o processo

flexográfico e digital inkjet com

branco opaco.

É evidente que existem dezenas,

centenas de combinações diferentes

para máquinas impressoras híbridas.

Cada uma com sua aplicação ideal,

mercado e relação custo x benefício.

A ideia deste panorama é o de varrer,

de forma superficial mas com boa

abrangência as características destas

máquinas – tendo em vista que a

fusão de processos de impressão

distintos para criar valor ao impresso

é tendência irrefreável do setor

gráfico, seja em mercados como o

de cartuchos ou de rótulos, onde já

se consolidou, até o de embalagens

flexíveis, onde é por ora, incipiente.

Por ora...

anuncio2.pdf 1 25/04/2013 10:50:13

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ARTIGO

A pós um período de longo

debate nas dependências

da filial paulista da Zanatto

Soluções Gráficas, distribuidora de

insumos e equipamentos gráficos

(incluindo flexografia), uma de suas

representadas exclusivas, a Kodak, e

nossa equipe da revista – decidimos

levar adiante um projeto que durará

quatro edições e será pleno de boas

surpresas.

Conselho de amigo (aliás, quase um

“spoiler” da novela): guarde consigo

Um projeto incrível em parceria com a Zanatto, Kodak e ProjetoPack em Revista

num local especial esta edição e as

próximas três que estão por vir.

Aplicaremos em um impresso

flexográfico toda a tecnologia de

software e hardware da Kodak,

explicando passo-a-passo desde o

início – a escolha de uma imagem que

qualquer um poderia comprar em um

banco de imagens, passando pelas

operações de tratamento da imagem,

aplicação de recursos de pré-impressão

especiais, produção das chapas

flexográficas, impressão e acabamento.

A partir desta edição de número 50, você, estimado leitor, terá uma “novela” a acompanhar.

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Ao fim do projeto, na edição de

Janeiro/Fevereiro de 2015, o leitor

poderá confrontar o resultado final – o

impresso flexográfico acabado, com

a capa original em offset da mesma

edição. Será que a flexografia moderna

está mesmo apta a entregar resultados

tão bons quanto a rotogravura e

a offset? Desde o surgimento da

tecnologia Kodak Flexcel NX equipada

com a Kodak Square Spot, uma

revolução ocorreu em nossa indústria

e elevou a qualidade e a performance

da flexografia a níveis tão elevados que

os brandowners começaram a rever

seus conceitos sobre o processo. Até

mesmo a concorrência, de uma forma

geral, empreendeu uma corrida para

encontrar novos processos de geração

de imagens e chapas com grafismos de

topo plano e competir de forma mais

igualitária no mercado e favorecendo

a melhora contínua dos resultados

entregues pelas indústrias baseadas

em flexografia.

Este breve resumo é aquele

primeiro capítulo, onde se introduz os

personagens e se dá ao telespectador

uma ideia da trama. Participarão desta

novela gráfica a Kodak, uma empresa

que ao se reinventar, reinventou a

flexografia; a Zanatto, um distribuidor

de insumos e equipamentos que ocupa

posição de destaque no mercado e que

acredita no aprimoramento dos serviços

e do suporte técnico como diferencial

aos seus clientes e, como ator

coadjuvante, a ProjetoPack em Revista,

publicação técnica da ProjetoPack &

Associados, consultoria de impressão

líder no país e ligada à melhoria do

processo flexográfico deste sempre.

A trama está aí: provar que se

pode obter um resultado de alto

nível na flexografia com redução de

custos e ganhos de performance

operacional desde a pré-impressão até

o acabamento. Novos personagens

participarão e serão apresentados a

cada edição.

Agora pegue o seu dispositivo

móvel – tablet ou smartphone –

aponte para o QR Code e baixe a

imagem original, sem tratamento ou

manipulação alguma. Não esqueça –

será exatamente a imagem que você

baixou, a ser utilizada durante todo o

processo e ao longo das quatro edições

desta empreitada. Os critérios para a

escolha da imagem foram simples:

a) Uma imagem alegre, de cores vivas

e intensas;

b) Com tons neutros (grises, brancos,

cores metálicas etc.);

c) De áreas mínimas críticas para

impressão flexográfica;

d) Médio-alto contraste e áreas

de sólidos que demandam boa

cobertura.

Baixou a imagem? Então aguarde as

cenas dos próximos capítulos.

A redação

“ Aplicaremos em um impresso flexográfico toda a tecnologia de software e hardware da Kodak, explicando em detalhes cada passo do processo”

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Fusões e Aquisições

A sessão continua com mais uma notícia importante ao mercado

nacional: a compra da Tradbor, uma convertedora especializada na

produção de pouches pré-formados. As gigantes globais continuam,

mais do que nunca, comprando e consolidado o mercado. O destaque

nesta edição fica para a americana Coveris e seu apetite pelos países

emergentes, com duas aquisições em menos de seis semanas.

Fusões e Aquisições

CCL Industries adquire a convertedora alemã Fritz Brunnhoefer

Amcor adquire quinta convertedora em solo indiano

A pequena Fritz, sediada em Nurnberg, Alemanha, foi adquirida em sua totalidade pela CCL, pelo valor de $7.8 milhões (a empresa faturou $8.5 milhões em 2014 com EBITDA ajustado de aproximadamente $1.5 milhões).

“A aquisição serve de plataforma ao desenvolvimento e consolidação de nossa presença no mercado de etiquetas para bens duráveis alemão, trazendo novas relações comerciais nos setores industrial e aeroespacial”, completa Geoffrey T. Martin, presidente e CEO da CCL.

A gigante Amcor anunciou nova aquisição da convertedora de embalagens flexíveis indiana

Packaging India Private Limited – PIPL. Com três plantas localizadas no norte e sul da Índia e focadas eminentemente nos mercados de embalagens alimentícias e para cuidados pessoais, a PIPL faturou USD 40 milhões em 2014. Atualmente, a Amcor possui quatro unidades de flexíveis na Índia, nas regiões norte e oeste. A aquisição aumenta a participação da companhia no sul do país.

“A Índia é um mercado muito

atrativo para fabricantes de Evolution Solventless Shaftless

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*Fo

tos

mera

mente

ilu

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tiva

s.

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Projeto moderno, desenvolvido com o que há de melhor

na indústria mundial de equipamentos e acessórios para a impressão flexográfica.

Design arrojado e inovador, utilizando materiais que proporcionam praticidade

de limpeza, aliado à um ótimo acabamento.

Equipamento projetado à partir de estudos junto aos convertedores,

com implantação de conceitos práticos de produtividade,

qualidade e agilidade nos setups.

A nova Laminadora Solventless Flexo Tech vem

equipada com desbobinadores e rebobinador shaftless.

Esta geração de laminadora está disponível

para velocidades de laminação de até 350 m/min,

e foi projetada para atender as novas necessidades

do mercado, que busca trabalhar com substratos mais

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embalagens flexíveis, com forte

crescimento econômico, demografia

favorável e mudanças rápidas e

constantes no modelo do varejo”,

afirma Ron Delia, diretor e CEO

da Amcor. O valor anunciado da

transação foi de USD 26.4 milhões.

“ A Índia é um mercado muito atrativo para fabricantes de embalagens flexíveis, com forte crescimento econômico, demografia favorável e mudanças rápidas e constantes no modelo do varejo”,

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Evolution Solventless Shaftless

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Fusões e Aquisições

TappLabel adquire Metro Label (a americana)

Mondi venderá sua unidade na Alemanha à Polifilm Extrusion

S ediada em Osterburken, a unidade produz filmes de polietileno para laminação e filmes para uso doméstico. A sul-africana Mondi assina acordo para a venda da unidade à alemã PolifilmExtrusionGmbH, por valor

não declarado. A venda faz parte da estratégia de desinvestimento em negócios que não são core da companhia.

AO grupo Gualapack, líder

mundial em spouted pouches

e envasadoras correlatas

adquiriu o controle acionário da

Tradbor Indústria e Comércio S.A.

(Tradbor Stand-up Pouches) em

São Paulo, capital. Juntamente com

a família Baumgarten, fundadores

da companhia, a Gualapack deverá

empreender novos projetos em

parceria e ampliar o leque de ofertas

em soluções de pouches e stand-up

pouches pré-formados.

“Estou empolgado com o anúncio da aquisição, que nos permitirá prosseguir com um importante trabalho de integração, sinergia e posicionamento para acompanhar o crescimento do mercado brasileiro”, concluiu Michele Guala, CEO do grupo Gualapack.

Gualapack Group adquire Tradbor Stand-up Pouches no Brasil

Sobre o grupo Gualapack

O grupo Gualapack resultou da fusão em 2010 de dois expoentes do setor de pouches pré-formados: as italianas Safta e Gualapack. Com a recente aquisição da Tradbor, o grupo passa a administrar cinco fábricas destes produtos em cinco países distintos: Itália, Romênia, Costa Rica, Ucrânia e Brasil.

A empresa também adquiriu participação acionária em duas fábricas chinesas: Guangzhou Secure Packaging, na cidade de Guandong, e Secure HY Packaging, em Jiangsu. As aquisições no mercado chinês ocorreram em parceria com a japonesa Hosokawa Yoko, uma convertedora de pouches pré-formados especializada na área médico-hospitalar.

“ Estou empolgado com o anúncio da aquisição, que nos permitirá prosseguir com um importante trabalho de integração, sinergia e posicionamento para acompanhar o crescimento do mercado brasileiro”

Coveris entra na América Latina com a aquisição da Olefinas, convertedora com operações no México e Guatemala

para Coveris-Olefinas. Clayton McNeel, CEO da Olefinas, completa: “A Olefinas já

desfrutou de muito sucesso no seu mercado de atuação e agora estamos bastante

empolgados em continuar a jornada ao lado de uma empresa global de embalagens

como a Coveris”.

E m apenas seis semanas, a Coveris adquiriu unidades em dois continentes distintos: a

Olefinas no México e Guatemala e a Elldex, na Nova Zelândia. “Nós estamos constantemente buscando formas de melhor atender nossa crescente base de clientes e expandir nosso alcance no mercado”, comenta Gary Masse, CEO da Coveris.

Com mais de 600 funcionarios e

fábricas na Cidade da Guatemala e San

Luis Potosi, a identidade será mudada

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A No fim do mês de Julho deste ano, a Bemis assinou acordo definitivo para a aquisição total

das operações da Emplal Participações,

tradicional companhia brasileira de

embalagens rígidas para alimentos e

bens de consumo.

Com duas fábricas no Brasil, a Emplal

auferiu receita de USD 75 milhões em

2014. A companhia norte-americana

aguarda os trâmites regulatórios para a

conclusão da operação ainda este ano.

O valor não foi divulgado. O portfólio

de produtos da Emplal passa a integrar

o amplo leque de produtos da divisão

Bemis Encompass™, de bandejas rígidas

pré-formadas, copos, blisters e tampas,

A gigante norte-americana Bemis adquire a Emplal Participações

e embalagens rígidas em chapas e

bobinas.

Sobre o grupo BemisFundado em 1858, o grupo Bemis

reportou vendas de USD 4,3 bilhões em

2014. Com mais de 17 mil funcionários

ao redor do mundo, a Bemis configura

entre as duas maiores companhias

globais de embalagens flexíveis.

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Fusões e Aquisições

A aquisição da Kong Rex, um proeminente estúdio de design brasileiro e da GSC,

uma agência de criação norte-americana sediada em New Jersey e a Alia, uma companhia de pre-media indiana tornam a Diadeis uma das maiores empresas provedoras de serviços de pre-media do mundo.

A Diadeis entrega design, pré-

impressão, mock-ups, projetos de

ponto-de-venda e editoração multi-

canal para grandes multinacionais

como Nestlé, Unilever e L’Oreal.

Soma-se o portfólio de clientes da

Kong Rex, que sozinho já congrega

clientes como Danone, Kraft Foods,

Marilan, Avon, Bunge e Ferrero.

Jean-Charles Morisseau,

presidente da Diadeis comenta:

“Estabelecer um escritório no

Diadeis adquire agência brasileira de design Kong Rex, com sede em São Paulo

Brasil nos traz inúmeros benefícios.

Primeiro, nos garante uma plataforma

local de atendimento às empresas

globais que estão investimento

na região. Segundo, nos permite

fortalecer o elo de crescimento para o

mercado latino-americano”.

Marco Aurelio Kato, fundador

da Kong Rex conclui: “Existe

definitivamente um lugar no nosso

país para um player como Diadeis.

O mercado necessita de uma oferta

integrada de design e serviços

de pre-media. Com a expertise

da Diadeis em pré-impressão e

estrutura de tecnologia, estamos

ainda mais aptos a ofertar um

serviço amplo e diferenciado aos

clientes em toda a América Latina.

Estamos olhando à frente nessa

aventura com a Diadeis”.

“ Existe definitivamente um lugar no nosso país para um player como Diadeis. O mercado necessita de uma oferta integrada de design e serviços de pre-media...”

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ARTIGO

Luis Felipe Novello

Economista, Mestre em Administração de Empresas pela UFRGS, Professor Universitário, Consultor de Empresas e Diretor da Novello Assessoria

Econômica, Contábil e Projetos S/S Ltda.

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A Importância dos Contratos e seus complicadores nas operações de Fusões e Aquisições (M&A)

M uito se tem falado sobre a

crescente onda de fusões

e aquisições (M&A), a

que hoje estão sendo expostas

grande parte das empresas em

âmbito mundial. No Brasil, não tem

sido diferente.Nos últimos anos,

inúmeras empresas passaram por

esta experiência. Como ocorre em

praticamente tudo na vida, algumas

resultaram positivas e outras, nem

tanto. Passada a euforia inicial, as

que resultam frustradas, via de regra,

terminam por contribuir para o

aumento das estatísticas da justiça

ou dos tribunais arbitrais nacionais

e internacionais, em busca da

resolução de situações não pensadas

ou mal estruturadas no momento da

contratação das referidas operações.

Assim, procuraremos

apresentar os principais passos

que envolvem estes processos,

assim também como alguns dos

instrumentos técnicos e jurídicos

que frequentemente são utilizados

como ferramentas reguladoras, em

especial, os contratos.

A relevância de um bom

acompanhamento técnico

interdisciplinar e de uma boa e

correta contratação decorre da

própria premissa inicial do processo

de fusões e aquisições (M&A),

que em sua base é altamente

conflituosa em seus interesses,

apesar de transparecer-se sempre a

ideia de colaboração, crescimento,

ajuda, complementariedade de

objetivos e produtos como nortes de

aproximação para a efetivação das

operações entre as partes. Todavia,

nunca podemos esquecer que de um

lado estão vendedores e de outro,

compradores. Os primeiros buscando

a todo instante negociar a valorização

de seus ativos, defendendo os

cenários positivos utilizados nos

seus trabalhos de “valuation” e

salientando seus pontos fortes para

que estes sejam plenamente aceitos e

incorporados ao preço.

De outro lado os compradores,

ao exercerem o seu poder de donos

do dinheiro, procuram agir de

forma absolutamente contrária,

apresentando a todo o instante os

riscos da economia, do mercado, da

empresa e utilizando-se de empresas

de consultoria e auditoria nos

processos de “due diligence”, algumas

vezes de forma velada e em outras

nem tanto, buscando contingenciar

passivos e recalcular projeções que

acabam por reduzir o preço – isso

quando já não contribuem para o

encerramento das tratativas ainda

nesta fase inicial.

Para um correto regramento e

para a escolha da melhor postura

a ser adotada pelas partes no

processo, é importante que se defina

claramente o tipo de transação que

se está por realizar. Negociações do

tipo “one-to-one” (que contemplam

apenas um potencial comprador)

tendem a ser menos conflituosas que

as do tipo “private bid”(em que vários

possíveis compradores participam

do processo negocial), assim como

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as operações em que a compra e

venda das participações societárias é

total tende a gerar menor conflito de

interesses após o processo do que as

operações de aquisição parcial, em

que torna-se imperioso o regramento

não apenas das operações pós

processo, como também das novas

condutas a serem adotadas pelas

partes, que nem sempre possuem a

mesma forma de conduzir e analisar

as variáveis de mercado ou mesmo as

ferramentas de gestão do negócio.

Nesta linha, alguns documentos

preliminares são fundamentais

para dar-se a segurança jurídica

necessária às partes, principalmente

ao vendedor que, na fase negocial,

fica mais exposto ao fornecimento

de informações confidenciais e

estratégicas de seu negócio. Isto,

sem ter a certeza efetiva de que a

operação irá se concretizar. Esta

exposição torna-se ainda mais

evidente quando as negociações

não estão sendo realizadas com

fundos de investimentos, mas sim

com empresas maiores, concorrentes

e líderes em seu setor, ávidas

pela compra de mais participação

no mercado e por informação

privilegiada. Para estas situações

a assinatura de um Contrato de

Confidencialidade regrando as

responsabilidades das partes

pelas informações recebidas é

fundamental.

Outro documento preliminar

importante, no caso das operações

“one-to-one” é o Contrato de

Exclusividade de Negociação, que

visa dar equilíbrio aos interesses

do comprador, uma vez que este

necessita de segurança jurídica

para investir valores substanciais

“ A estes documentos geralmente está associada uma Carta de Intenções ou Memorando de Entendimentos”

na contratação de empresas de

suporte jurídico e de auditoria e

que demandam, não raras vezes,

investimentos significativos.

A estes documentos geralmente,

está associada uma Carta de

Intensões ou Memorando de

Entendimentos “MOU”, que possui

a natureza de contrato preliminar

onde são regradas as condições

e premissas básicas do negócio,

inclusive as relacionadas à forma

de realização da due diligence, o

cronograma de trabalho, os prazos

para apresentação dos documentos

e das propostas vinculantes ou

confirmação de intenções, entre

outras situações particulares a cada

caso negocial.

Assim, regradas e cumpridas

estas fases iniciais e após realizadas

as devidas diligências necessárias

( jurídica, contábil, previdenciária,

ambientaldentre outras), que

podem variar, dependendo do setor

em que estiver sendo realizado o

processo, cabe às partes a redação

do documento que formalizará

efetivamente a transação, o Contrato

de compra e venda.

Deve ficar claro que este

documento, por princípio, é um

instrumento que visa, além de regrar

os passos e condições negociais,

também minimizar os riscos de

eventuais divergências futuras

decorrentes do negócio. Suas

cláusulas devem ser claras, objetivas

e abrangentes ao maior número de

possibilidades. Está longe de ser um

documento simples. Neste contexto,

cabe o alerta de que até algo que

aparentemente pode parecer básico,

como a descrição e estabelecimento

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“ Contratos com cláusulas de Earn-out tendem a ampliar os riscos de conflito em relação àqueles com preço pré-estabelecido”

do preço e forma de pagamento

pode gerar litígios importantes

no futuro. Contratos com cláusula

em que parte do preço é pago no

ato da transação e parte no futuro,

vinculadas a cláusulas e critérios pré-

determinados de resultados futuros

(Earn-out), tende a ampliar os riscos

de conflitos em relação àqueles em

que o preço já se encontra pré-fixado,

independentemente do cumprimento

de metas baseadas em faturamentos,

realização de lucros, montantes de

margens de contribuição “EBITDA”.

Isto ocorre porque, a partir do

momento da transição e mudança

da composição societária, conflitos

de entendimento na condução do

negócio podem surgir, oriundos por

exemplo da contratação de um novo

leque de despesas administrativas

que fatalmente tendem a ocorrer,

e que geram impacto direto

significativo sobre estas condições de

desempenho futuro estimadas.

Apesar de muito utilizado

como ferramenta, principalmente

pela parte compradora na

expectativa de manterem os antigos

proprietários engajados e motivados

a participarem dos processos de

transição, o “Earn-out”apresenta

riscos significativos de conflitos

nas transações que envolvam

pagamentos atrelados a cláusulas

de desempenho futuro. Recomenda-

se assim, que este período de

permanência não se estenda além do

estritamente necessário.

Por estarmos lidando com

expectativas, várias cláusulas, não

menos importantes devem ser

pensadas e regradas, além da do

preço. Dentre estas podemos citar

as cláusulas de saída, aplicadas em

uma eventual rescisão contratual;

cláusulas de não concorrência futura

por parte dos sócios retirantes,

de não aliciamento, de existência

do princípio de boa-fé objetiva,

das garantias, da necessidade

de aprovação por terceiros, do

regramento do processo de

tributação, da forma de pagamento

dos honorários de assessores,

das obrigações indenizatórias,

declarações e garantias, entre outras.

Por fim e sem termos a presunção

de esgotarmos o assunto, ressaltamos

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que a orientação e elaboração

adequada dos documentos de

suporte às transações coorporativas

são um instrumento de minimização

de riscos inerentes ao processo,

devendo de forma compulsória serem

implementadas para que se evitem

dissabores, surpresas e decepções

futuras nos processos de M&A.

A complexidade, aliada ao

conflito de interesses associados aos

mesmos, necessita de um regramento

sólido para que a euforia inicial não

se transforme no futuro em uma em

enorme fonte de dor de cabeça.

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O mundo continua avançando,

ainda que devagar,

enquanto por aqui, estamos

retrocedendo e a cada dia que

passa, reduzindo ainda mais nossas

previsões de crescimento para o ano.

Vemos os investimentos na indústria

de transformação minguarem e

ninguém aposta em aumentos de

capacidade de produção de resinas

na região, para os próximos anos.

Já na terra do Tio Sam, os projetos

baseados em gás de xisto continuam

a todo vapor, mesmo com o petróleo

permanecendo abaixo dos US$ 60

o barril. Tanto os novos “crackers”,

As “nem tão boas” perspectivas para o PE no Brasil e no Mundo

para gerar matérias primas básicas,

como as plantas de derivados

petroquímicos, já estão saindo do

papel e virando realidade. A Lyondell

Basell, por exemplo, acabou de

completar a expansão da sua unidade

de craqueamento de eteno em

Channelview, Texas.

Ao mesmo tempo, o mercado

doméstico americano continua

em crescimento. A taxa média de

ocupação das plantas de polietileno

nos EUA alcançou 95% no 2º

trimestre de 2015. O consumo interno

tem sido tão forte, que as empresas

estão limitando a disponibilidade de

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produto para exportação. Por isto

temos visto preços altos nesta região,

em comparação aos preços asiáticos.

Enquanto as novas plantas de escala

mundial não ficam prontas, o que

deve começar a acontecer em 2016,a

tendência ainda é de aumento dos

preços de PE no país, pelo menos nos

próximos meses.

Com início de produção previsto

para final de 2015, a planta de

polietilenos da Braskem-Idesa deverá

somar mais de 1 milhão de toneladas

às atuais 20 milhões de toneladas

de capacidade anual do mercado

norte americano e contribuir para

aliviar a escassez. Com maior oferta,

já no próximo ano, os preços já não

terão muito espaço para seguir

aumentando.

Na Europa, o mercado de

commodities petroquímicas começou

a dar sinais de retomada em 2015. A

demanda interna ainda se recuperou

definitivamente mas, graças à

queda nos preços de petróleo

e, consequentemente, da nafta

petroquímica, as empresas voltaram

a exibir margens mais saudáveis e

taxas crescentes de ocupação das

plantas, motivo de comemoração dos

“players” europeus.

O patinho feio este ano tem sido

a China, que mesmo em um cenário

de baixo crescimento, comparado

aos últimos anos, ainda é o maior

consumidor mundial de resinas. O

mercado chinês continua bem abaixo

das expectativas e a fraca demanda

de Julho fez os preços atingirem o

menor patamar dos últimos 4 meses.

E não há muita esperança para a

segunda geração em ver suas margens

aumentarem, se o preço de petróleo

continar nestes níveis. Com o mercado

demandante fraco e aumento da oferta,

através das novas capacidades entrantes

na região, a maior possibilidade é

vermos os preços se estabilizarem em

baixa nos próximos meses.

“ O patinho feio este ano tem sido a China, que mesmo em um cenário de baixo crescimento, comparado aos últimos anos, ainda é o maior consumidor mundial de resinas”

Simone Teixeira L. de Faria

Experiência em consultoria de pesquisa e análise de mercado na América Latina, tendo realizado trabalhos para empresas nacionais e estrangeiras,

nos segmentos químico e petroquímico. [email protected]

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ARTIGO

Uma tendência, ainda em

maturação no mercado asiático

é a troca de matérias-primas nos

“crackers” da região. O GLP (ou

LPG em inglês, Gás Liquefeito de

Petróleo, um mix de Propano e/ou

Butano principalmente) está cedendo

lugar à nafta, atualmente mais

barata. Se essa substituição ocorrer

em grande escala, haverá menor

produção de eteno. O craqueameto

da nafta gera muitos subprodutos

importantes, como aromáticos

(benzeno, tolueno e xileno), mas

pouca quantidade deste gás,

comparativamente ao GLP. Havendo

menor disponibilidade de eteno para

a produção de resinas poderemos ver

os preços aumentarem novamente,

proporcionando melhores margens

aos produtores no médio prazo.

Por aqui, o maior imbróglio

é o contrato de venda de nafta,

que vence no final de Agosto

e já no terceiro aditivo. Mesmo

em período de demanda fraca o

transformador se preocupa com a

possibilidade de desabastecimento

local, principalmente no momento

atual, com dólar na casa dos R$3,50,

encarecendo a resina importada.

“ O craqueameto da nafta gera muitos subprodutos importantes, como aromáticos (benzeno, tolueno e xileno), mas pouca quantidade deste gás, comparativamente ao GLP”

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ARTIGO

C omo leitor da ProjetoPack

em Revista, já li inúmeras

vezes, em artigos de pessoas

diferentes, a frase de que “Quem

não mede, não controla”. Como

profissional gráfico especializado

em manutenção de máquinas e

gerenciamento de ativos industriais,

percebo com grande frustração que o

setor de manutenção é um dos mais

carentes em relação ao tema. Quando

muito, há um indicador para o tempo

parado dedicado à manutenção das

máquinas, mas isso é muito pouco,

quase nada. Apesar de um pouco

sumido da revista em virtude do

Implantando indicadores de performance ao setor de manutenção

excesso de trabalho, um dos últimos

artigos que escrevi tratava a respeito

da ferramenta TPM – Manutenção

Produtiva Total.

Mais do que nunca, com uma

economia estagnada e previsões

incertas, as indústrias de embalagens

e rótulos precisam aproveitar ao

máximo as horas disponíveis para

produzir de todas as suas máquinas

e enxugar também ao máximo, os

custos com manutenção, reposição de

peças, mão-de-obra terceirizada etc.

Ao implantar um programa TPM,

dois indicadores importantes passam

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a fazer parte da rotina da manutenção:

MTBF e MTTR. Vamos falar um pouco

sobre cada um destes dois?

MTBF – Mean Time to Between Failures (Tempo Médio Entre Falhas)

O indicador MTBF descreve o

tempo esperado entre duas quebras

de máquina que podem ser reparadas

no processo. O MTBF é usado como

um indicador de confiabilidade de

uma máquina ou equipamento,

medindo o índice de falhas aleatórias

(excluindo falhas sistemáticas de

projeto ou defeitos de fabricação)

sem considerar o desgaste pelo uso.

O MTBF é dado em horas e quanto

mais alto o valor, mais confiável é o

equipamento. Quando um sistema é

composto por diversos componentes,

cada uma das falhas dos

componentes é somada, assumindo

que a quebra é algo sistêmico onde

cada parte afeta a outra.

Calcula-se o MTBF considerando

o tempo total de produção de

sua impressora ou outra máquina

qualquer (muitas empresas utilizam,

ao invés do tempo de produção o

tempo em horas ligada) e dividindo

pela frequência de falhas ou quebras,

normalmente se acompanha o

indicador de forma estatística.

Como todo tipo de receita de

gestão, há aspectos positivos e há

os controversos. Porém, acho que o

mais importante no monitoramento

do MTBF é que, se a empresa não

dispõe de um software para gestão

da manutenção, é muito difícil olhar

para cada máquina da fábrica em

tempo real e perceber qual o nível de

criticidade de parada por problemas

ligados à manutenção.

MTTR - Mean Time to Repair (Tempo Médio de Reparo)

Este indicador trata da soma do

tempo total de reparos dividido pelo

número de paradas que ocorreram

no período em que foi mensurado.

Nesta perspectiva, podemos analisar

e ver que o MTTR ajuda a avaliar

o desempenho da sua equipe

de manutenção, seus métodos e

processos bem como monitorar a

“gravidade” dos problemas que

vão surgindo, fruto não apenas das

práticas operacionais, mas também

da deterioração ou depreciação

acumulada.

Sabemos agora que as maneiras

de calcular os dois índices são

complementares enorteiam seus

Rafael Melo Pedreira

Professor de impressão offset na Escola SENAI Theobaldo De Nigris

trabalhos com relação ao sistema de

gerenciamento da manutenção em

sua empresa.

Vale lembrar que se você

multiplicar o índice MTTR pelo custo da

hora máquina de de sua produção e,

novamente, multiplicar pelo MTBF, terá

o custo médio de manutenção de sua

empresa em um determinado período.

Este dado pode balizar uma

projeção anual de despesas com

manutenção ou no estudo de

viabilidade para aquisição de um

novo equipamento, em comparação

a outro já instalado na sua gráfica ou

convertedora.

Não há mais desculpas para começar,

mesmo que de forma embrionária,

a implantar alguns indicadores ao

departamento de manutenção. No

próximo artigo, falaremos de mais

alguns deles, a exemplo do TMA ou

Tempo Médio de Atendimento dos

manutencistas aos chamados no chão-

de-fábrica. Até lá!

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