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PROPOSTA N.º 718/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA
MUNICIPAL AS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O QUADRIÉNIO
2019-2022, BEM COMO O ORÇAMENTO PARA 2019, O MAPA DE PESSOAL
E A TABELA DE TAXAS MUNICIPAIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 719/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA
MUNICIPAL A FIXAÇÃO DAS TAXAS DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE
IMÓVEIS (IMI), PARA 2019, BEM COMO DAS MAJORAÇÕES E REDUÇÕES,
ESTABELECENDO OS MECANISMOS NECESSÁRIOS PARA O RESPETIVO
CUMPRIMENTO, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 720/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA
MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO AO IMPOSTO SOBRE O
RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) PARA VIGORAR NO
ANO DE 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 720-A /2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA
N.º 720/2018 – “IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS
SINGULARES”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 720-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA
N.º 720/2018 – “AUMENTO NA DEVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO VARIÁVEL
NO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS)
PARA 3,0%”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 721/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA
MUNICIPAL O LANÇAMENTO EM 2019 DO PERCENTUAL DA DERRAMA
PARA OS SUJEITOS PASSIVOS, CUJO VOLUME DE NEGÓCIOS NO ANO
ANTERIOR NÃO ULTRAPASSE OS 150 000 EUROS, BEM COMO PARA OS
RESTANTES CASOS, A APLICAR SOBRE O LUCRO TRIBUTÁVEL SUJEITO
E NÃO ISENTO DE IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS
COLETIVAS, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 721-A/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA
N.º 721/2018 – “DERRAMA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
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PROPOSTA N.º 721-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA
N.º 721/2018 – “DERRAMA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;
PROPOSTA N.º 722/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA
MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO À TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS
DE PASSAGEM (TMDP) PARA VIGORAR NO ANO DE 2019, NOS TERMOS
DA PROPOSTA;
O Sr. Presidente em exercício: - Pedia-vos então para retomarmos os
trabalhos, para se sentarem. Vamos fazer a discussão dos pontos 5, 6, 7, 8, 9,
e 10 toda junta, e para tal vou dar a palavra ao Vereador João Paulo Saraiva,
faremos a discussão destes pontos toda em conjunto, e depois fazemos a
votação em separado.
Sr. Vereador João Paulo Saraiva.
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva: - Muito boa tarde a todos.
Já há condições técnicas, ou não? Ora muito bem, então eu vou começar por
aquilo que, dada a sequência que fizemos, e à abordagem que foi feita hoje
sobre as empresas municipais, eu começo por referir algo que todos puderam
constatar, quer da leitura dos documentos, quer das apresentações da reunião
anterior, e da primeira parte desta, estamos perante um conjunto de empresas
que com as previsões que são apresentadas para, de empresas e do próprio
município já lá vou, mas daquilo que foram as apresentações até agora um
conjunto de empresas que estão equilibradas, e com o orçamento de 2019
manter-se-ão equilibradas, a fazer, a realizar aquilo que são os seus objetivos,
e com a particularidade, como eu já sublinhei há pouco de estarem a receber
um conjunto de responsabilidades acrescidas nas suas áreas cuore, mas
também naquilo que são áreas colaterais de trabalho que não, muitas delas até
numa abordagem mais racional, fazem parte da sua área cuore, mas que até
agora tinham sido mantidas no município.
A Carris é um caso especial, e portanto obviamente que toda a abordagem que
é feita, e que foi aqui apresentada é uma abordagem em que estamos num
ciclo de investimento que tenta recuperar todo um défice de investimento ao
longo de um conjunto alargado de anos, nomeadamente naquilo que é o seu,
no fundo, o seu ativo mais precioso que são os seus trabalhadores, mas
também em tudo aquilo que são o conjunto de equipamentos necessários à
operação da Carris.
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Depois temos a EMEL que vai aumentar o seu âmbito de atuação, e vai
receber um conjunto de incumbências relativamente a intervenções no espaço
público, e muito especificamente relativamente à rede de ciclovias, só para
resumir algumas das questões que estão aqui em cima da mesa, estou só a
fazer este resumo porque ele impacta muitíssimo naquilo que é o orçamento
municipal, e portanto é importante que percebamos estas ligações.
A EGEAC tem ali uma oscilação naquilo que são, naquilo que é o seu contrato-
programa que se fica a dever também àquilo que foi planeado e aprovado
nesta Câmara relativamente a um processo de passagem para a EGEAC de
um conjunto de equipamentos, nomeadamente dos equipamentos ligados à
área da museologia, em que havia um 1.º impacto um pouco acrescido que
tinha contemplado formação, e algum refrescamento de recursos humanos, e
que depois, já como estava previsto iria descer ligeiramente em face até do
crescimento daquilo que foram, que são, do crescimento previsional e do
crescimento que estava planeado, e que foi digamos construída toda essa
mudança também para que esse crescimento acontecesse, do lado da receita
dos próprios museus, e de toda a atividade da EGEAC, que isso veio a
acontecer, e portanto permitiu-nos respeitar essa construção que fizemos de
retirar algum do dinheiro, neste caso 500 mil euros do contrato-programa.
A Gebalis mantém e sai até um pouco forçado todo o esforço para que se faça
o investimento em todo o parque habitacional do município, com especial
atenção também no reforço de competências, digamos na concretização desse
reforço de competências, que decorre do facto de termos colocado na Gebalis
um conjunto de intervenções, e a gestão do património disperso que
gradualmente está a passar para a Gebalis, focando-se a Gebalis na gestão do
arrendamento de todos os fogos do município.
E por último, a SRU que não sendo diferente de nenhuma das outras tem as
mesmas responsabilidades, e os mesmos direitos e requisitos do ponto de
vista, quer da gestão da contratação pública, quer de tudo aquilo que são as
suas áreas de atuação, que já vinham do passado, e portanto não há aí
nenhuma novidade, sendo que a única novidade é de facto a expressão dos
números, e passámos de uma empresa que tinha a contratos de programa com
o município na casa de uma dezena de milhões de euros, passar a ter, numa
primeira fase triplicar esse esse valor, e com um pouco ainda mais de ambição
de crescimento, aproveitando desta forma com todo o universo municipal, a
possibilidade que temos de, e aquilo a que nos comprometemos que é a
execução de um plano de investimento designado por “Lisboa 21”, que
contempla todas estas áreas, e que obviamente quando o contratualizámos já
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tínhamos diagnosticado que a única forma de o conseguirmos executar em
tempo, e de acordo com aquilo que eram as expectativas da cidade, seria
através do fortalecimento da estrutura municipal, mas também das empresas
municipais.
Dito isto do que estamos a falar é de um orçamento global do universo
municipal, de mil já descontados os ajustes de consolidação que decorrem das
operações entre o município e as empresas e vice-versa, de 1.387 milhões de
euros, é isso que hoje tivemos aqui a decidir um orçamento municipal que
atinge 1.387 milhões de euros, desses mil a 387 milhões de euros, o município
de Lisboa tem uma significativa expressão neste número, em que significa
1.187 milhões de euros destes 1.387, com crescimento de cerca de 8% mais
propriamente 7,9, e já agora as outras empresas cresceram relativamente ao
orçamento do ano passado desde, a que crescer menos, até aos 93% que é
aquilo que está previsto como crescimento da própria SRU.
No total crescemos 8.3 milhões de euros, porque o orçamento consolidado do
ano de 2018 eram 1.282 milhões, e este ano são 1.387 milhões.
Bem, dito isto, são os grandes números, vamo-nos focar naquilo que são as
grandes opções políticas, que nós gostaríamos de destacar na apresentação
deste orçamento. Em primeiro lugar o crescimento, e já lá vou depois ao
detalhe, mas o crescimento do investimento para as pessoas, e para um
conjunto de intervenções e atividades que impactam diretamente na vida dos
lisboetas, a consolidação da primeira posição na política fiscal e tributária mais
favorável aos munícipes na área, e às empresas na área Metropolitana de
Lisboa, a responsabilização dos co-cidadãos, já lá vou explicar o quê,
dinamização acentuada, desculpem, diminuição acentuada da dívida e do
contencioso municipal, aqui continuando a linha que tem sido seguida, aliás
como em qualquer um destes aspetos, que tem sido seguida nos anos
anteriores.
Por último na minha referência, mas não por último enquanto grau de
importância, aqueles, a valorização daqueles que são o principal ativo do
município, e do universo municipal e que são o principal instrumento de todas
estas políticas, e da sua concretização que são os trabalhadores do município.
Quanto ao investimento, o investimento atinge níveis máximos só comparáveis
com aquilo que aconteceu no início da primeira década do século XXI, quando
se concretizaram os PIMP’s e os PERE’s, portanto todos os programas de
erradicação de barracas, neste momento temos um desafio idêntico de outra
natureza, e que está conexo com a habitação, e ele tem aqui uma expressão
muito grande neste crescimento investimento, há um crescimento de cerca de
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20% no investimento municipal, em 2018 eram 352 milhões de euros, em 2019
passará a significar 421 milhões de euros.
Detalhando agora alguns dos aspetos fundamentais desta política de
crescimento do investimento, por um lado o investimento em habitação que é a
prioridade das prioridades deste orçamento, uma primeira linha, a linha do
programa “renda acessível”, o PRA, que não tem expressão orçamental, mas é
importante que aqui se refira para perceberem quais os valores que estão aqui
em presença, o município de Lisboa em 2019 vai disponibilizar terrenos que
andarão na ordem dos 99 milhões de euros para esse investimento, ainda
estamos numa fase em que o investimento privado tem um significado
relativamente curto, porque obviamente só concentrámos nestes números a
disponibilização do município, o terreno todo de uma só vez, ele aliás, nem
nunca deixará de ser municipal, mas está numa concessão, está num processo
que vai conduzir a uma disponibilização de um conjunto de fogos muito
apreciável, mas dizia eu, que o até 2021 a Câmara Municipal de Lisboa vai
disponibilizar em terrenos para esta linha, de intervenção na área da habitação
316 milhões de euros, e os privados 448 milhões de euros, estou a arredondar,
e o que significa que, e o que tem relevância aqui é que vamos disponibilizar
aos munícipes um número apreciável de habitações, de habitações municipais,
e que no final de todo este processo essas mesmas habitações vão fazer parte,
um número significativo delas, cerca de 70%, 60 a 70%, farão parte daquilo
que é o património municipal, e encontrando desta forma nesta concessão de
obra pública, uma das principais alavancas de todo o processo de investimento
em habitação no município de Lisboa.
Já com reflexo no orçamento municipal, temos quer em construção nova, em
reabilitação e manutenção no ano 2019, 36.9 milhões de euros, e até 2021,
282 milhões de euros. As opções ainda dentro das opções políticas, uma outra
área que de todos, como é evidente, nos parece fundamental, e tem expressão
orçamental que significa isso mesmo, é o investimento em mobilidade, a Carris
vai ter como já aqui foi de abordado hoje, em obrigações de serviço público, o
município de Lisboa vai disponibilizar à Carris no ano 2019, 29 milhões de
euros, a rede ciclável andará na ordem dos 12,3 milhões de euros de
investimento em 2019, e isto dará a possibilidade dos tais 150 novos
autocarros em 19, cerca de 200 tripulantes, alargamento da oferta, redução dos
tarifários, e portanto, e a construção de 40 quilómetros de rede ciclável, no ano
de 2019.
Uma outra linha fundamental de investimento, é o, no fundo um investimento
no plano de sustentabilidade ambiental da cidade, que tem aqui 3 gavetas que
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eu vou passar a referir, não se esgota aqui, mas eu diria que estas são as 3
principais, o plano geral de drenagem que tem o seu arranque, nomeadamente
naquilo que são a despesa mais expressiva, porque ele já têm sido
desenvolvidos com um conjunto de reparações e requalificação da rede de
saneamento, mas também com a construção de algumas bacias drenagem, de
algumas bacias de contenção drenagem novas, mas vai ter, digamos uma
enorme expressividade no orçamento de 2019 em face do arranque das obras
dos túneis, que são, como todos sabemos, entre os túneis e a parte de
intervenção no espaço público e no subsolo, que vai permitir que as águas que
sejam coletadas pelos túneis sejam descarregados no rio Tejo, e portanto
temos aí um dos maiores concursos públicos que a administração pública em
Portugal teve no ano passado, e que é um dos, talvez o maior neste momento,
pelo menos é essa a indicação que nós temos, o maior concurso público já
feito no município de Lisboa, na ordem dos 111 milhões de euros, mas cuja
execução em 2019 serão 31 milhões de euros.
A higiene urbana com uma aposta no seu plano já construído ao longo dos
últimos anos, e aprovado em Câmara e Assembleia Municipal com um
investimento de 25,6 milhões de euros, onde também já constam uma nova
parceria com as juntas de freguesia para que, digamos exista ainda uma maior
complementaridade de atuação entre o município e juntas, aproveitando e
otimizando os recursos, de ambas as partes.
E por último neste capítulo, os espaços verdes e os parques urbanos, num
esforço de preparação, e de consolidação de todo o trabalho já feito ao longo
da última década, e que terá uma expressividade no orçamento 2019, de 24,3
milhões de euros.
Prosseguiremos também o investimento no programa escola nova, com 28,8
milhões de euros em alargamento, no conjunto intervenções nas escolas do
município de Lisboa em 2019, vão continuar as intervenções de 2018, em
cerca de 17 escolas, e portanto terão aí o seu términus, as intervenções a
iniciar em 2019, que não terminarão em 2019, mas sim em 2020, serão cerca
de 9, e aqui estaremos a investir cerca de 28,8 milhões de euros, em manuais
escolares 5,5 milhões de euros, e na construção de creche, na fase ainda de
projeto, e estudos, 4.8, sendo que também já aqui há alguma construção, mas
lá mais para o final de 2019.
A opção de melhorar a competitividade e a inovação, e a diversificação
económica da cidade, com um investimento na WEB SUMMIT de 3 milhões de
euros, e com um investimento no WEB criativo do Beato de 20,3 milhões de
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euros, que decorre do facto de passarmos, vamos adquirir em propriedade
plena, e não só…
A Sra. Vereadora (?): - Sr. Vereador peço desculpa repita só a parte da WEB
SUMMIT…
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …WEB SUMMIT 3 milhões de
euros para 2019, o WEB criativo do Beato 20,3 milhões de euros que no fundo
decorrem do facto de adquirirmos em propriedade plena, aquilo que já
tínhamos em direito de superfície que é toda a zona que já utilizamos à data, e
que já está hoje a ser intervencionada, mas também digamos, a aquisição de
uma zona que está co adjacente à que já temos hoje, que é a ala Norte,
daquela área da manutenção militar…
(Diálogo fora do microfone)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …sim, a parte Norte, sim, sim
mas depende, não é que a que estamos a ver, não é? Mas sim, da ala Norte,
com a Norte é mais fácil que os pontos cardeais não mexem muito.
Ora das opções políticas que constam, como sabem e como eu referi há
pouco, a consolidação da nossa primeira posição com a política fiscal e
tributária mais favorável da Área Metropolitana de Lisboa, manteremos,
propomos manter o IMI mais baixo da área Metropolitana de Lisboa, como
sabem não podemos ter mais baixo, 0,3, recordo que continuamos só a ser
acompanhados por um município que é o de Vila Franca de Xira, todos os
outros têm digamos, definido uma percentagem mais elevada relativamente ao
IMI, com isto significa que estamos a devolver aos contribuintes 67 milhões de
euros, que não arrecadamos em face desta nossa posição, desta nossa
medida, nesta nossa opção, o IRS que também tem maior revolução da Área
Metropolitana de Lisboa, com 2,5% de devolução, que significa 32,4 milhões de
euros.
As tarifas de saneamento e resíduos urbanos mais baixas da Área
Metropolitana de Lisboa, aqui dá-se uma curiosidade muito interessante é,
como sabem nós uma das políticas e uma das construções que fizemos ao
longo dos últimos anos, para além de tentarmos ter sempre a política fiscal
mais favorável, foi uma grande estabilidade, e essa estabilidade no que diz
respeito às tarifas de saneamento e resíduos urbanos teve uma consequência,
diria eu, interessante, daqui sublinhar que é como os outros foram fazendo
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alterações, em face dos seus próprios custos, nós éramos os 5.º, se bem se
recordam em 2015, eu tenho esse de memória porque foi na altura em que eu
cheguei, e hoje passámos a ser salvo erro, os 3.º o ano passado, e este ano
somos os primeiros, portanto em 2018 éramos os primeiros, tínhamos as tarifas
mais baixas da Área Metropolitana de Lisboa, conjugando saneamento com
resíduos urbanos.
Estes gráficos são bastante elucidativos, eu não vou mostrá-los, quem nos
acompanha mais de próximo, quem tem no IRS a política mais próxima da
nossa é a Amadora, que tem 1,2 de devolução para os nossos 2,5, depois há
mais 3 municípios que uns de forma mais efetiva, 2 que é Montijo e Sintra
devolvem também na casa de 1%, Mafra e Oeiras que devolvem na casa dos
do 0,2, 0,3%, e todos os outros municípios não devolvem zero aos munícipes
no IRS, portanto nós não somos os primeiros, somos os primeiros destacados,
sem comparação.
No IMI também é muito interessante, porque temos só com Vila Franca de Xira,
depois há aqui quem nos siga próximo, que é Oeiras, mas todos os outros têm
o IMI sempre na casa dos, pelo menos meio ponto percentual acima de nós,
quanto às tarifas de saneamento, é este o gráfico, é muito giro, é pena é não
poder estar a projetar, isto foi assim uma coisa muito rápida, não, é uma
página, eu tenho ideia que está aí também no, está no sumário, executivo, mas
é muito interessante porque permite verificar que o município de Lisboa, há
municípios para consumirem, consumindo a mesma água, uma família
consome a mesma água, que uma família lisboeta, e portanto como sabem os
metros cúbicos de consumo é que dão, fazem contribuir para o cálculo das
tarifas, cada família paga, e portanto esse mesmo consumo noutro município e
nós, pagamos cerca de 10 euros, e quem paga mais na área Metropolitana
paga cerca de 18, quase 19, o que também é interessante de verificar.
A taxa turística naquela abordagem de que, há aqui uns senhores, há aqui um
conjunto de pessoas que eu acho que nós devemos considerar, já os
consideramos para efeitos da forma como os recebemos, e como todas essas
pessoas são bem-vindas a Lisboa, e usufruem de tudo aquilo que Lisboa tem,
e nós disponibilizamo-nos com simpatia e qualidade crescente, também nos
parece legítimo que essas pessoas, no fundo sejam, tenho aqui uma perspetiva
de co cidadania, em que não só contribuem certamente para a receita daquilo
que são as necessidades coletivas dos sítios onde têm a sua residência
permanente, mas também, e hoje neste mundo de mobilidade global, também
naquilo que é, naquilo que são os impactos que provocam nas zonas que
visitam, têm, ou que visitam mais ou menos regularmente, mas têm aqui
9
também um dever de contribuição que nós resolvemos apelidar, não de forma
original como uma abordagem co cidadã relativamente às responsabilidades,
relativamente às receitas a apurar, para não, não é nenhuma originalidade, não
inventei nada, estamos apenas a gulosar, temos muita parceria internacional,
mas dizia eu que em 2018, 14,5 milhões de euros de previsão de taxa turística,
36.5 com a duplicação da mesma em 2019, ou seja mais 22 milhões de euros.
Também há uma novidade que está vertida nos documentos, é que, e vai estar
em breve também nalguns dos documentos mais específicos relacionados com
a taxa turística, e com a sua forma de os gerir, há uma continuidade na aposta
nos equipamentos e na promoção turística, mas no fundo ela vai ser
equilibrada 50/50, entre esta vertente que nos parece fundamental,
nomeadamente para consolidar as políticas de crescimento, do emprego na
cidade de Lisboa, ligados nomeadamente à questão do turismo, mas também,
e agora de forma muito mais expressiva do ponto de vista financeiro, no reforço
da estrutura de cidade que permite também responder, evidentemente àquilo
que são as suas solicitações de todos aqueles que nos visitam, mas também
evidentemente melhorando e atenuando os impactos negativos que podem
advir dessa mesma utilização, nomeadamente nas áreas de mobilidade e
transportes, da higiene urbana e da segurança.
A dívida a fornecedores, boas notícias, tenho mais boas notícias para os Srs.
Vereadores, porque a dívida a fornecedores, apesar de todo este crescimento
do investimento mantém-se nos níveis que os temos já acostumado, e portanto
temos uma dívida técnica, e mantemo-la ao longo do último semestre cerca de,
entre os 3 e os 5 milhões de euros, que é aquilo que temos estado, para o qual
temos estado a trabalhar, o prazo médio de pagamento também se mantém
entre os 2 e os 4 dias, no compromisso assumido aqui perante vós, ao longo
dos últimos anos, o que nos deixa com alguma tranquilidade sobre a nossa
política de gestão, da relação com os nossos fornecedores, e como é evidente
com o impacto que isso tem naquilo que é a economia da cidade, o impacto
positivo que vem juntar-se também a uma das políticas mais favoráveis
relativamente às empresas, onde propomos manter a isenção de derrama para
negócios com faturação inferior a 150 mil euros, e a isenção para atividades de
restauração e pequeno comércio que tenham faturação inferior a 1 milhão de
euros, esta nossa política até hoje tem um impacto orçamental de cerca de 4.5
milhões de euros, que deixamos de cobrar às empresas por esta via, como
também na linha que temos seguido nos últimos anos, e que temos vindo a
aprofundar, nomeadamente no último orçamento que é uma dívida, que é uma
abordagem de enorme prudência, quer relativamente àquilo que são as
10
contingências que o município foi tendo ao longo de muitas décadas, e que
agora chegam a períodos de desfecho, como aconteceu em 2019
relativamente ao processo Arês Romão, que como devem ter dado conta foi
encaixado em face da política prevenção, e de acautela, seguida no último
orçamento foi encaixada quer essa, quer a devolução da taxa municipal de
proteção civil, com enorme tranquilidade, como puderam dar conta, também
aqui, e porque temos ainda alguns grandes processos, nomeadamente um
estamos a propor que façamos uma, novamente uma reserva de contingência
que atinja neste caso um valor de 124 milhões de euros, e que ao mesmo
tempo, e que portanto não entrando com esta reserva, já tínhamos
contemplado em orçamento uma amortização corrente da dívida que decorre
dos compromissos contratuais assumidos de uma redução de 91,1 milhões de
euros na dívida do município, que quando no final do 1.º semestre já tinha, já
se encontrava muito próximo dos 400 milhões de euros, e que certamente
esperamos que até ao final do ano, acabe por baixar dos 400 milhões de euros,
e recordando-nos a todos que estávamos próximos dos mil milhões aqui há 10
anos atrás, portanto reafirmando uma opção que é a redução da dívida, e a
gestão prudencial das contingências a que o município pode estar sujeito.
Por último a renovação do mapa de pessoal com a abertura de 29 concursos
externos, e 9 concursos internos, a valorização dos trabalhadores com 37
procedimentos de mobilidade inter carreiras, a estabilidade no emprego com a
integração dos precários, e o descongelamento de carreiras têm um impacto de
cerca de 4,5 milhões de euros no nosso orçamento de 2019, e um conjunto de
intervenções de modernização e melhoria, e conservação dos edifícios e
equipamentos do município tem um impacto no orçamento de cerca de um
pouco mais de 16, 17 milhões de euros, perdão.
(Diálogo fora do microfone)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …não me querem deixar
acabar? Não me quer deixar acabar, que depois já respondo a todas as
questões Sra. Vereadora, depois ainda me tolda aqui o raciocínio, depois vão
perder aqui a oportunidade de perceber alguma coisa muito importante…
A Sra. Vereadora…
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …isto já é assim em autogestão
Sr. Presidente…
11
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - É só o processo…é só o processo…
(Diálogo fora do microfone)
O Sr. Presidente em exercício: - …e pelo menos…
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …é só os 91 milhões, só,
porque assim poupa depois o…
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …os 91 milhões? Os 91
milhões, como eu disse é a amortização corrente, e portanto são amortizações
de empréstimos, não! Amortizações que nós temos o compromisso assumido
de as fazer em 2019…
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …2019…
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …portanto, e que vão significar
91…
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …e o processo grande?
Além do Romão?
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …eu fui interrompido…
O Sr. Presidente em exercício: - Sra. Vereadora, não é o momento…
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …tem toda a razão…
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …depois já me pergunta tudo
Sra. Vereadora.
Muito bem, eu já referiu o PMP, tal, tal, tal, a fornecedores, dívida legal,
portanto as suas referências que eu fiz, eu já fiz todas estas referências, isto
depois dá um crescimento da margem de endividamento para 135 milhões de
euros, que é a margem de endividamento que o município tem para o final do
1.º semestre, ou tinha ao final do 1.º semestre, dá um crescimento da
autonomia financeira que passa a ser 67,8%, e a sua validade financeira
210.7% relativamente a 31 de Dezembro de 2017, portanto todos os
12
indicadores a melhorar, as empresas municipais ao 1.º semestre estavam
também com todas as suas contas equilibradas, e com resultados positivos, e
dar-vos só um pouco mais de nota sobre a divisão por eixos, daquilo que é o
orçamento e as apostas que foram feitas, eu já referi a renda acessível, a
habitação municipal, e o fundo mobilidade, os espaços verdes, e urbanos, o
PGDL, a higiene urbana e a rede ciclável, portanto posso passar, isto é tudo
eixo A, do nosso programa de governo, melhorar a qualidade de vida e o
ambiente da cidade.
O eixo B combater as exclusões, defender os direitos com o programa “escola
nova” que já referi 28,8, a escola inclusiva com 1 milhão de euros, um
programa novo que vai ser apresentado em breve, a ação social escolar, 11,2
milhões de euros, os manuais escolares já referi, e as creches com 4.8 também
já referi.
O eixo C dar força à economia, o WEB do Beato já referi, a promoção de
mercados e comércio tradicional com 2,2 milhões de euros, o investimento no
fundo de desenvolvimento turístico portanto, a componente de dinamização e
crescimento do turismo, 15,5 milhões de euros, o WEB SUMMIT 3, a promoção
de eventos culturais, agora já no eixo D, afirmar Lisboa como cidade global,
16.7, promoção e eventos culturais, requalificação, equipamentos culturais
11.2, Nova Feira Popular 5.7, o programa municipal de acolhimento de
refugiados 1.4, e para terminar os eixos, o eixo E, governação aberta
participada e descentralizada com a reserva contingência que coube aqui, a
reforma administrativa cresce um pouco, como é de lei, para 75,2 milhões de
euros, de transferência corrente para as juntas de freguesia, o orçamento
participativo com uma execução em 2019 de 3,2 milhões de euros, e a
requalificação das instalações e serviços municipais, portanto este orçamento
restritivo, o projeto já estudados e maduros para executar, requalificação,
instalações e serviços municipais os tais 14 milhões de euros que eu referi há
pouco.
Portanto, isto tem em números para o orçamento municipal as receitas que
estão previstas são em correntes um aumento de 86 milhões de euros, que
ficam a dever-se ao crescimento do IMT, e também da taxa turística, as
receitas de capital, a inclusão daquilo que são, do que é o expectável, a
expectável venda dos terrenos da Feira Popular. Isto dá um crescimento de
245 milhões de euros na receita, ou seja em receita 1.059 milhões de euros,
receita do município excluindo aqui, e por isso é que já lá vamos àquilo que é
não definida, e eu explico já a não definida que é mais fácil.
13
Bem, despesa não definida, correntes há um crescimento de 130 milhões, e
capital 142, isto fica-se a dever a um conjunto de circunstâncias, mas
essencialmente à orçamentação da tal reserva de contingência, o aumento da
despesa de capital e a receita e a reserva contingência contribuem para o
aumento das despesas de capital, e as despesas correntes aumentam
essencialmente pela reserva de contingência também, isto entre, portanto isto
tem muito, como está equilibrado tem os mesmos 1.057 milhões de euros em
definida, acresce a não definida, a despesa não definida, que cresce mais 129
milhões de euros, que se ficam a dever a duas componentes, elas bastante
certas e por isso é que nós quando estamos a abordar esta matéria nos últimos
anos temos feito, temos introduzido sempre a componente não definida na
discussão orçamental, porque elas, estão aqui duas componentes dentro, uma
que é o saldo de gerência, que nós estimamos que ande na ordem dos 100
milhões de euros, e que aliás, depois este número pode ser precisado, e que o
remanescente tenha, tem a ver com a inclusão também no próximo Abril, por
volta dessa altura que é a data expectável do 3.º empréstimo do Banco
Europeu de Investimento, isto tudo perfaz então os tais 1.187 milhões de euros
que eu referi há pouco, e assim termino, é um orçamento que foi construído
com uma enorme prudência, do lado da despesa, em face até daquilo que é
uma, algo que é óbvio, que é a constituição de uma reserva de contingência,
em face daquilo que pode vir a acontecer, não é certo que aconteça, nem
sabemos bem, por que valores, mas que nos parece que em face daquilo que é
a nossa contestação ao próprio processo, isto são valores prudentes, e por
outro lado, naquilo que é a receita estimada, fomos prudentes nessa mesma
estimativa, e portanto estamos completamente disponíveis para as perguntas,
as questões, e as abordagens que irão fazer a partir de agora.
Muito obrigado.
O Sr. Presidente em exercício: - Muito bem.
Srs. Vereadores. Sra. Vereadora Assunção Cristas e vou anotando as
inscrições dos Srs. Vereadores.
A Sra. Vereadora Assunção Cristas: - Muito obrigada Sr. Presidente em
exercício.
Muito obrigada Sr. Vereador João Paulo Saraiva pela apresentação que nos
fez, eu vou fazer algumas considerações e perguntas numa análise geral sobre
o orçamento, a 1.ª nota que queria deixar é de, na nossa análise nos termos
deparado com a dificuldade de não termos números sobre a execução de
14
2018, o que nos teria ajudado a fazer comparações mais rigorosas, eu recordo
que o CDS tem pedido esses números várias vezes, quer de trimestre, quer de
semestre, ainda em Julho passado pedimos o acesso aos relatórios financeiros
do 1.º semestre, mas eles não chegaram, e é por isso que nos tivemos que
socorrer em alguns pontos que vou focar, dos dados que temos fechados de
2017, e não de 2018.
Em relação a uma análise geral, Sr. vereador de facto nós temos um aumento
da receita, Sr. Vereador diz que estamos no 1.º lugar na política fiscal da Área
Metropolitana de Lisboa, ainda bem que assim é, porque podemos ser um bom
exemplo, mas eu atrever-me-ia a dizer que se calhar também estamos no 1.º
lugar do aumento das receitas por parte do município de Lisboa, o orçamento
da Câmara Municipal de Lisboa não tem comparação com nenhum outro
orçamento do país, e portanto isso também nos deveria levar a refletir sobre se
este aumento de receita deve ser simplesmente encaixado em despesa, ou se
pode motivar uma maior devolução de rendimento aos próprios lisboetas,
repare que entre 2015, ano em que o atual Presidente iniciou funções, e este
ano de 2019 nós temos um crescimento da carga fiscal, estamos a falar de
impostos diretos, e indiretos, taxas, transferências correntes, etc., de 56%, são
mais de 222 milhões de euros.
É muito dinheiro, e a 1.ª questão é exatamente essa, temos uma Câmara que
vai somando felizmente com a recuperação económica, felizmente com o
turismo, felizmente com o mercado imobiliário também animado por causa do
turismo, e não só, mas muito ligado a essa animação turística, temos uma
Câmara que vai arrecadando cada vez mais receitas, podendo ainda assim
manter níveis mínimos de IMI, IMT e ainda bem que os mantém, mas não tem
o nível máximo de devolução de taxa de IRS, e portanto a 1.ª pergunta é
porque não devolver mais IRS aos munícipes? O CDS apresenta uma proposta
também aí conservadora, a passar dos 2 e meio, para os 3 de devolução, mas
eu acho que nós poderíamos até ir mais além, e já vou a outro ponto.
Segunda questão em relação às receitas. Tem a ver, e eu acho que referiu
isso, que tem uma abordagem conservadora das receitas. Isso é verdade, a
minha pergunta é, se não está a ser excessivamente conservadora, ou então,
se a vossa análise sobre a evolução económica é particularmente negativa.
Porque é que eu digo isto? Porque, quando nós vamos conferir os valores de
IMI, IMT e de rama, e aqui tenho que me socorrer os dados de 2017, vemos
que em 2017 foram arrecadados 118 milhões de Euros em IMI, e o que está
previsto para 2019 são apenas mais 2.000, 120 milhões. IMT 2017, 225
milhões de Euros, mas para 2019 é só mais 1.000 milhão, 226 milhões de
15
Euros. Já na de rama 2017, arrecadaram-se 98 milhões de Euros e para 2019
a previsão é abaixo, é de 82 milhões de Euros.
E portanto, a minha pergunta é, a que é que se deve esta estimativa
aparentemente muito conservadora, senão mesmo pessimista, porque estamos
a falar de um diferencial de dois anos, onde, é verdade que a economia
desacelerou um pouco, mas tem vindo, apesar de tudo, sempre a crescer. E,
portanto, em que é que explica, nós não temos estado 2018 para fazer aqui
uma conferência intermédia, mas estes valores, acho que são suficientemente
relevantes para perguntar, se apesar deste crescimento como eu referi, de
2015 terá agora de 56% nas receitas, se estes valores não são conservadores
ou então se a perspetiva é particularmente pessimista.
Há uma outra receita que tem uma perspetiva bastante mais otimista que é a
da taxa turística. E, neste ponto, o que nós assistimos é a um crescimento de
152% de taxa turística, que não é duplicação, é bastante mais do que a
duplicação, portanto, não é apenas o efeito de passar de um euro para 2 euro.
De resto, no relatório da fundamentação económica, página 10 anos, fala-se de
uma receita estimada de 25 milhões, mas a verdade é que aqui no orçamento,
está previsto bem mais do que isso, portanto, estão previstos 36 milhões de
taxa turística. A minha pergunta aí é, como justificar este, aparentemente,
otimismo vamos ter mais 25 por cento de dormidas na cidade de Lisboa? Numa
altura em que se contem hoje o alojamento local, tem a ver com o facto de, de
repente, aparecerem alojamentos locais que não estavam formalizados, serem
agora formalizados? Quanto aos Hotéis, eles estão em marcha, mas não me
parece que tenham impacto já no próximo ano e, portanto, como é que se
justificam estes valores d da taxa turística?
Em relação a este ponto, é conhecida a posição do CDS. Eu acho bem que os
turistas participem e participem de muitas formas, aliás, recordo-me que o
então Presidente da Câmara de Lisboa, hoje primeiro-ministro, defendia uma
parte do IVA a ser arrecadada pelas Câmaras precisamente para acomodar
esses impactos no turismo. Mas, como é sabido, nós divergimos muito da
forma como as receitas são utilizadas, ouviu-o com gosto dizer que deveriam
ser utilizadas para minimizar os impactos negativos do turismo na cidade, a
saber higiene urbana, transportes e segurança, certamente estes 3 tópicos à
cabeça. Mas não é isso que tem acontecido, Sr. Vereador, e, quando nós
assistimos ao pilar da ponte a ser construído com dinheiro da taxa turística ou a
fecho, e eu acho que é ainda mais gritante, do Palácio da Ajuda também com
recurso à taxa turística, não é disso que estamos a falar, não estamos a falar
de uma taxa.
16
De resto, quando olhamos para a contribuição que os turistas dão, e eles dão
quando cá vêm, quando pagam dormidas, quando pagam restaurantes, quando
fazem compras, mas ainda assim, se queremos pensar nisso, então, faria
sentido baixar os impostos para os munícipes. Se os estamos a arrecadar de
outra forma, então que se baixe para os munícipes. E é isso Sr. Vereador, se
estivesse disponível para ir para uma devolução até 5%do IRS, nós talvez
pudéssemos conversar de outra forma em relação à taxa turística.
Ainda sobre receitas, no Orçamento de Estado, foi aprovada ontem a
possibilidade de criação de uma taxa de proteção civil e a minha pergunta aqui
é muito clara, este executivo, vai ou não utilizar essa possibilidade para propor
uma reintrodução da taxa de proteção civil na cidade de Lisboa, coisa que,
naturalmente, terá a oposição do CDS.
Em relação ainda à questão da economia e do desenvolvimento da economia
e enfim, espero por essa explicação, parece-me que é evidente uma clara
desaceleração de crescimento económico. Também, começa a haver sinais de
estagnação do turismo, várias políticas que têm sido adotadas não terão um
impacto irrelevante nessa área. E a minha pergunta é, se não era altura para a
Câmara Municipal de Lisboa ter mais cautela na necessidade de promoção e
de diversificação da própria economia.
Tomámos boa nota da questão do websummit, é verdade que o ano passado,
também sabemos que, para se manter na cidade de Lisboa, foi preciso um
esforço nacional e municipal significativo, também sabemos que há um retorno
grande deste evento para a cidade, de resto foi o Governo de que fiz parte e,
curiosamente, um secretário de Estado do CDS que se empenhou em trazer o
Websummit para Lisboa, portanto, acho bem que nesta área, não tenha havido
retrocesso na política, mas a verdade é que não pode ser só isso. E, quando
olhamos para a cidade de Lisboa, entendemos e, por isso, temos também uma
proposta nesse sentido, de que há medidas que podem ser tomadas ao nível
da de rama que favorecem o crescimento sustentado da economia, a
diversificação da economia e, um pilar que eu acho muito importante para a
cidade de Lisboa que é o desenvolvimento da economia do mar, porque isso
pode ter uma imagem de marca diferenciadora a nível mundial.
Para terminar esta fase e porque não quero alongar muito, sobre a despesa de
facto, nós ouvimos que a habitação é muito importante e crescem as verbas
para essa área, mas ainda assim, quando vamos ser a composição e o peso
que tem no orçamento da Câmara, muito aquém daquilo que se pode ser
considerado uma prioridade cimeira, de primeira linha.
17
Em relação às questões da higiene urbana, há aqui uma ideia de criar uma
nova empresa municipal para este efeito, pergunto-me se é sim ou não e, com
que objetivo? Não sei se é o veículo que a permite transformar a política.
Em relação à evolução do pessoal da Câmara, eu tomei nota que há um
aumento previsto de 156 pessoas, a grande maioria técnicos superiores,
portanto, 142 são técnicos superiores. Isto é positivo na medida em que, em
muitas áreas, nomeadamente no licenciamento, nós ouvimos queixas
sistemáticas da morosidade da ação da Câmara de Lisboa que em muitos
casos, penaliza e trava o crescimento económico da própria cidade e os
investimentos na própria cidade e, portanto, nada contra isso. O meu problema
é perceber, por exemplo, como é que 28 apenas, porventura menos
qualificados são aqueles que nós vamos ter, por exemplo, na higiene urbana. É
assim ou não é assim? Porque, naturalmente técnicos superiores, é pouco
realista que sejam alocados à higiene urbana e nesta área, nós precisamos de
muitas pessoas também e de pessoas que ajudem a melhorar a qualidade de
vida da cidade que se tem degradado particularmente. Portanto, nesta área,
perguntas sobre se este perfil, resolve todos os problemas ou se só está a
olhar para parte destes problemas. E, para não me estender demasiado,
depois, eventualmente, farei mais alguns comentários, mas por agora, ficaria
por aqui. Muito obrigada.
O Sr. Presidente:- Vereador Nuno Rocha Correia.
O Sr. Vereador Nuno Rocha Correia:- Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu
começava exatamente pela primeira página das grandes Opções do Plano e o
título é a visão e vou citar: Temos uma visão e uma ambição clara, aproveitar o
momento único que fizemos para tornar Lisboa uma das melhores cidades do
mundo para se viver. Sr. Presidente, Lisboa, já é uma das melhores cidades
do mundo para se viver e também para se visitar. E, creio que prosseguir com
esta ambição, é um pouco de irresponsabilidade. Este momento único, e são
as palavras a questão no relatório, este momento único não se eternizar no
tempo. Deverá ele ser aproveitado para consolidar aquilo que já foi feito e para
seletivamente fazer o que é urgente ser feito e não para prometer e orçamentar
fazer tudo, mas depois como vemos nos relatórios e contas, não conseguir
acabar as obras a tempo e horas, e ter temos uma taxa de execução muito,
muito abaixo daquilo que é desejável, e isso tem sido o padrão deste executivo
ao longo dos últimos anos.
18
1.057 milhões de Euros, mais 30% de despesa que em 2018, é este o
orçamento para a Câmara Municipal de Lisboa em 2019,portanto mais 30% de
despesa que em 2008. Onde, e volto a citar, temos investimento em níveis
máximos, isto é, 421 milhões de Euros. Qualquer coisa como, o que na
economia costumamos dizer, um comportamento pro-cíclico, onde se gasta em
demasia, porque vivemos em tempos de abundância. Estes 421 milhões de
Euros expansionistas e, lendo a proposta e até em alguns casos, eleitoralista,
tantas são as medidas que estão casadas com o Estado central… é verdade, é
verdade… é as eleições de 2019. De braço dado com o Governo Central, num
conjunto de medidas.
Mas, importante também que de frisar, os 622 milhões de Euros de impostos
diretos, taxas e outras receitas fiscais, que a Câmara vai arrecadar em 2019,
622 Milhões de Euros. É muito dinheiro, que nós estamos a subtrair às famílias
e às empresas que, com certeza fariam bom uso da mesma deste mesmo
montante, utilizando-o no desenvolvimento e na sustentabilidade da economia
de Lisboa.
Este momento único que o Sr. Presidente refere nas grandes opções do Plano,
é um momento de 2019, em que temos em todos os blocos económicos, uma
desaceleração do crescimento económico e também em Portugal. Temos o
arrefecimento do mercado imobiliário. Temos um estrangulamento dos fluxos
de turismo, nomeadamente em Lisboa, por via do aeroporto que atingiu o seu
limite e das várias restrições que estão agora a surgir ao nível do alojamento
local e de outras iniciativas. Temos uma guerra comercial entre os Estados
Unidos, a China e a Europa, com impactos significativos nas economias e nas
famílias. Temos riscos acrescidos de inversão do ciclo económico, temos
incerteza política na zona euro, e, temos por fim, uma subida da inflação, das
taxas de juro e dos riscos de crédito e respetivos spreds, e o fim, não nos
podemos esquecer, dos estímulos do Banco Central Europeu para a zona euro.
Portanto, tudo isto é o 2019 que nós vamos ter. E, este orçamento, não é
aquele que Lisboa precisa para enfrentar estes riscos e este momento que
iremos ter em 2019.
Persistir em investimentos que, de alguma forma tenta tenta-se agradar a todos
sem olhar ao que realmente é importante, aumentando os encargos futuros,
onde as receitas absolutamente extraordinárias dos últimos anos, do IMT, do
IMI e de rama, e das taxas relacionadas com a atividade económica, não se
vão repetir nos próximos tempos, parece-nos absolutamente errado.
Reforçar na habitação para todos, onde devemos incluir a classe média,
devolver parte da enorme receita fiscal às famílias e às empresas e amortizar
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parte dos mais de 400 milhões de Euros de dívida do município, esse sim,
deveria ser o caminho a seguir.
Por fim, tinha só aqui mais duas questões que pedia a atenção aqui do
Vereador, que são as seguintes, fala-se do sonho das seis mil casas. Era bom,
tentarmos concretizar esse sonho, percebendo como é que elas vão aparecer,
como é que elas vão chegar às famílias, às pessoas que deles precisam e
quando é que esse sonho se vai concretizar das 6 mil casas.
E depois, tinha aqui só duas notas, muito rápidas, que gostava de perceber,
existe na rubrica de aquisição de serviços, vigilância e segurança, um
incremento muito significativo da verba na casa dos mais de 70%, para cerca
de 3,8 milhões de Euros É interessante perceber se há alguma alteração em
termos da política de vigilância e de segurança na cidade de Lisboa e, portanto,
para partilhar connosco, se for possível. E, também registamos que, apesar de
do crescimento significativo que saudamos sempre, e é sempre bom vermos
que o quadro de pessoal, e sobretudo quadros superiores a na Câmara
Municipal de Lisboa, de 156 novos funcionários dos quais 145 são quadros
superiores. Mesmo assim, a Câmara vai aumentar em 70 por cento, os
estudos, pareceres e consultoria, mais 3 milhões de Euros. Portanto, aqui,
parece que não estamos a contratar as pessoas certas e precisamos de
continuar a comprar fora, aquilo que não conseguimos fazer em casa. Era bom
também que aqui desse alguma justificação.
Por fim a há aqui uma questão relacionada com as instituições sem fins
lucrativos, depois a minha colega, Vereadora Conceição Zagalo, irá também
questionar. Obrigado.
O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Vereadora Conceição Zagalo.
A Sra. Vereadora Conceição Zagalo:- Muito obrigada Sr. Presidente. A
questão tem a ver com o reforço de investimento, em cerca de 10 milhões de
Euros de 2018 para 2019. A nossa pergunta muito concreta, é, se estes 10
milhões de Euros, vão permitir a assegurar creches e ensino pré-escolar para
todas as crianças de Lisboa. Também, se de uma vez por todas, vamos poder
garantir uma rede de cuidadores de idosos e independentes através do
trabalho coordenado das instituições. Não menos matéria de preocupação, ou
de atenção, são as condições de habitação na cidade, que não permitem nem
atrair, nem fixar as famílias e as gerações mais novas.
Vamos continuar a tratar esta área social com alguma ligeireza, quando do
nosso ponto de vista, este é um tema que deveria ter uma proposta direta,
20
concreta, com um orçamento fixo e tratamento adequado, que se calhar
também no âmbito do tal sonho de seis mil casas. Fixar jovens que possam
aqui fazer a sua vida, aqui se fixar, aqui contribuir para o aumento da
natalidade que permita combater o idadismo, tão evidente na cidade. Obrigada.
O Sr. Presidente:- Sr. Vereador Jorge Alves.
O Sr. Vereador Jorge Alves:- Muito obrigado Sr. Presidente. Relativamente às
GOP para 2019, e lendo a o conjunto documento, a primeira nota que temos
que deixar é, que tivemos muita dificuldade em encontrar diferenças… Dizia eu
que a principal dificuldade que tivemos foi, encontrar diferenças entre o
documento do ano anterior para este documento de 2019. É de tal maneira,
que chegam-se a enunciar e a repetir programas que, entretanto, já se
concretizaram. E portanto, não houve sequer, na nossa opinião, da análise que
fizemos, por parte da Câmara, tão pouco o cuidado de retirar programas,
projetos, que em 2017 se referiam serem objetivos da Câmara, que entretanto
foram concretizados ou pela Câmara, ou por outras entidades, e que não foram
retirados deste documento.
Podemos dar íamos dar vários exemplos, por exemplo os de habitação, os
exemplos do Websummit, são exemplos do FMI que são os exemplos mais
significativos desta natureza.
(intervenção fora do microfone)
O Sr. Presidente:- Fomos rápidos na concretização do estudo, já estava no
prelo.
Muito bem. Srs. Vereadores, posso pedir concisão nos pontos fundamentais
por favor? Esses são pontos laterais do...
O Sr. Vereador Jorge Alves: - A segunda questão que importa referir e
apreciar no âmbito das GOP, é que efectivamente e tal como já foi aqui
referido, estamos perante um Orçamento muito grande, no conjunto, do
investimento da Câmara e das Empresas Municipais, estamos perante um
conjunto avultado, um conjunto, um valor histórico.
Contudo não nos parece, pelos Programas, pelos Projectos e pelas definições
orçamentais previstas, que Lisboa caminho no sentido de inverter de forma
definitiva aquilo que o próprio INE, no Estudo, no Diagnóstico que apresenta no
1.º Semestre de 2017 e que aponta a cidade de Lisboa com uma perca de
21
população de menos 7%, aliás diga-se por comparação, que é o único
Município da AML a perder população, da AML Norte, aliás, por comparação,
ao Norte aumenta…
O Sr. Presidente: - De onde é que vêm esses dados?
O Sr. Vereador Jorge Alves: - Uma estimativa.
O Sr. Presidente: - Certo, esqueça isso.
O Sr. Vereador Jorge Alves: - São os dados que nós temos para poder
também verificar a da…
O Sr. Presidente: - Não, esquece porque aliás, já expliquei várias, não, não
são oficiais, já expliquei várias vezes como é que essas estimativas são feitas,
essas estimativas davam para a cidade de Lisboa, 450 mil habitantes em 2011,
450 mil, a Cidade tinha mais 100 mil, se aplicar o mesmo modelo para a frente
chega a essa conclusão, e não é verdade que seja o único, na verdade, que eu
me recorde, na Área Metropolitana Norte só havia um a ganhar.
O Sr. Vereador Jorge Alves: - Muito obrigado, continuando.
Relativamente ao aumento previsto para o Pessoal, 1.26%, não nos parece
que seja um aumento suficiente para conseguir acomodar os 2 factores que
vão influenciar o aumento desta Rubrica, por um lado, os aumentos que
resultam os aumentos salariais que entretanto, forem negociados, e por outro
lado, o alargamento do Mapa de Pessoal de acordo com o que está previsto.
Dizer ainda, do ponto de vista do Orçamento, que não encontramos expressão
no Orçamento da Câmara de algumas matérias que a própria Câmara aprovou,
algumas delas até por proposta do PCP, como é a questão do PAC e como é a
questão do Encontro Literário.
Dizer ainda que verificamos, quer por aquilo que foi expresso no quadro dos,
das paus, das Empresas Municipais, quer nas GOP, agora do Município, que
existe uma acentuada tendência para o esvaziamento das Competências no
quadro do Município e uma transferência dessas Competências para o quadro
das Empresas Municipais, existindo mesmo situações, como vimos na parte,
na 1.ª parte da reunião, relativamente à Cultura e ao DMC, relativamente à
EMEL e à Sinalização, um esvaziamento completo de áreas determinantes
para a cidade de Lisboa, para o Município de Lisboa.
22
O Sr. Presidente: - Muito obrigado. Não sei se mais alguém, o Vereador João
Ferreira quer pedir a palavra?
O Sr. Vereador João Ferreira: - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Sr. Vereador João Paulo Saraiva, terá percebido que a partir da
intervenção que acabou de ser feita pelo Vereador Jorge Alves, que há aqui
uma crítica, digamos global e de fundo, às opções plasmadas neste
Orçamento, que em nada se confunde, pelo contrário, é diametralmente oposta
à que tinha ouvido anteriormente da parte, nomeadamente dos Vereadores do
CDS.
O investimento não é demasiado, o problema é que o investimento é
insuficiente onde fazia falta, já aqui foi referido que o Programa Municipal que
esta Câmara aprovou em Abril deste ano, não tem nenhuma dotação que
permita o seu normal desenvolvimento e a sua execução, nós esperaríamos,
por exemplo, que, como diz aquele Programa que aqui foi aprovado, estivesse
em curso um Processo de Reabilitação de Fogos Habitacionais dispersos pela
Cidade, propriedade da Câmara Municipal, e isso não acontece, seriam esses
fogos que integrariam uma bolsa para arrendamento a custos acessíveis, que o
Programa de Arrendamento, o Programa Municipal de Arrendamento a Custos
Acessíveis, o PACA, prevê, mas que esse Orçamento esquece.
Esquece também a proposta aqui aprovada, relativamente à realização de um
Encontro Literário Internacional. Não sei se isto quer dizer que a Câmara já
decidiu que não o vai fazer em 2019, mas se assim for, gostávamos de ter essa
confirmação.
E se é certo que há o reforço das Dotações para domínios operacionais do
Município, como é o caso da Limpeza e Higiene urbana, não é menos certo de
que para além de ser insuficiente, como já bem disse o Vereador Jorge Alves,
ele insere-se numa lógica de aprofundamento da Reforma Administrativa, ou
seja, de aprofundamento de um processo que está na origem de muitos dos
problemas que hoje o município está a enfrentar, e não na lógica que era
necessário, do ponto de vista do PCP, de recuperação de uma capacidade de
intervenção do Município à escala da Cidade, de forma integrada, com
economias de escala, que se perderam com o processo da Reforma
Administrativa, o aprofundamento do processo, em lugar da correcção dos
seus aspectos mais negativos hoje evidentes, não trará resultados positivos do
nosso ponto de vista, pelo contrário, corre-se o risco de intensificar algumas
dessas consequências negativas.
23
Algumas dúvidas, algumas perguntas relativamente ao investimento, a
aspectos particulares do investimento a que aqui foi feito referência,
nomeadamente no que se refere o Programa Escola Nova, foram referidas
intervenções em 9 escolas e gostaríamos de saber, visto não são muitas, vai a
SRU intervir em mais, mas gostaríamos de saber quais são estas 9 escolas.
Relativamente aos Manuais Escolares. Há um aumento relativamente às
dotações do ano passado, coisa que encaramos com surpresa, visto que é já
público e conhecido, que a partir de 2019 o Estado assumirá por inteiro, como
de resto é normal e desejável, o Estado assumirá por inteiro esta
responsabilidade, e portanto, seria de esperar uma diminuição e não um
aumento, mas a verdade é que há um aumento e gostaríamos de perceber
porquê.
A quanto à questão do IRS, e aqui temos um exemplo, digamos que esta é
uma questão paradigmática, esta do IRS, ou se quiser, daquilo que o Vereador
João Paulo Saraiva assinalou de forma enfática como, uma Política Fiscal e
Tributária extremamente competitiva ou, não sei se foi esta a expressão, mas
creio que também foi, uma Política Fiscal e Tributária extremamente
competitiva, ao que o CDS retorquiu, pois, mas devia ainda ser mais
competitiva.
Bom, aqui, o PCP tem uma posição que claramente se diferencia da que quer o
PS, quer o CDS aqui expressam. Nós estamos a falar da devolução de mais de
30 milhões de euros de IRS pago, 32,4 milhões de euros, não sabemos ainda e
não sei se o Sr. Vereador João Paulo Saraiva sabe, mas esta foi uma pergunta
que já lhe fizemos várias vezes e que até hoje está sem resposta. A quem vai
ser devolvido este IRS? Mas há uma coisa que nós sabemos, há uma coisa
que nós sabemos, é que uma grande parte da população da Cidade não vai
receber este IRS.
Olhe, até lhe posso dizer. A generalidade da população dos Bairros Municipais
da Cidade muito provavelmente, não receberá este IRS, que é só
sensivelmente o dobro daquilo que a Câmara prevê gastar em manutenção e
conservação dos 66 Bairros Municipais da Cidade, aprovámos ainda há pouco
o Plano de Actividades e Orçamento da Gebalis, previa 18 milhões de euros
para a intervenção de Conservação e Manutenção dos 66 Bairros Municipais
da Cidade.
Mas o Sr. Vereador resolve devolver o dobro disto sem saber a quem, mas eu
arrisco dizer, seguramente a uma proporção grande a famílias de elevados
rendimentos, portanto é uma medida regressiva, é uma medida que merece
que o CDS possa retorquir da forma que retorquiu, está bem no seu sentido, na
24
sua direcção, está mal na magnitude, devia ser mais, pois nós achamos que
não devia ser nem uma coisa, nem outra e revela até pouca confiança nas
capacidades de utilização destas verbas por parte do Município, que melhor
podia, fazendo uso destes 32 milhões de euros, que é só o dobro do que se
prevê gastar nos tais 66 Bairros Municipais em conservação e manutenção, em
coisas que seguramente fariam falta à cidade e que poderiam ter um sentido
progressivo, nomeadamente diminuição de desigualdades e não regressivo, de
acentuação dessas desigualdades.
Bom, quanto à Taxa Turística. Eu quero só, queria só recordar, e nós
conhecemos muito do que foi dito a respeito da Taxa Turística, ainda não há
muito tempo pelas várias Forças Políticas, eu queria só recordar que tanto
quanto sabemos, nenhuma alteração foi feita relativamente à forma de
utilização destas verbas, as últimas alterações que aqui vieram relativamente à
utilização do Fundo de Desenvolvimento Turístico, que eu recordo, foi muito
criticado durante a Campanha Eleitoral, para não ir mais longe, pelo facto de
colocar associações privadas, nomeadamente Associações de Turismo e
Associações de Hoteleiros a terem um papel determinante na gestão dos
recursos recolhidos com a Taxa Turística.
Eu faço notar, propõe-se agora uma duplicação deste valor, mas não houve
alteração nenhuma relativamente aos critérios de utilização destas verbas, e
portanto, o que existia, assim se mantém, se antes estas entidades tinham um
papel determinante na decisão sobre a utilização destas Receitas, mantêm
exactamente o mesmo papel.
Bom, eram no essencial estas, nós temos, não sei, não cheguei a perceber se
misturámos todos os Pontos que nos restam? Sim, então relativamente, eu
queria só fazer uma menção muito breve à Proposta que o PCP apresenta
relativamente à Derrama Municipal. É uma Proposta que visa, enfim, utilizar
este instrumento de que a Câmara dispõe a favor de um reforço do tecido
económico e empresarial da Cidade, sobretudo tecido micro e pequenas
empresas, procure utilizar esta margem de manobra de uma forma virtuosa, o
sentido da Proposta que apresentamos não difere substancialmente da
Proposta que apresentámos o ano passado e que foi rejeitada, esperemos que
ela possa merecer agora uma melhor consideração, notámos inclusivamente
que pelo menos ela serviu para suscitar uma proposta da parte do CDS com
preocupações idênticas.
Ainda assim, queria fazer alguns reparos em relação à Proposta que o CDS
apresenta, no que se refere ao Ponto 2A), de alteração do limite dos 150 mil
euros, para os 500 mil euros, temos algumas dúvidas, tendo em conta, sobre a
25
exequibilidade deste aumento, tendo em conta o limite que julgo definido, o
limite de isenção definido na Lei das Finanças Locais, que será precisamente
os 150 mil, portanto, não sei se isto foi tido em conta pelo CDS, receio bem que
a Proposta não seja, possa não ser exequível.
Quanto à proposta para o Ponto 2B), de favorecer o que é designado como a
Economia do Mar, parece-nos que a Proposta, da nossa Proposta, do PCP, de
conceder isenções Derrama a todas as PME’s industriais, comerciais e
oficinais, incluindo as da designada Economia do Mar, será de alguma forma
mais ajustada à Economia da Cidade, à Economia Urbana que temos e que
queremos de facto apoiar, e nessa medida, parece-nos que a Proposta do PCP
vai mais ao encontro do benefício que se pode extrair de uma utilização deste
instrumento, a Derrama, a favor do tecido de micro, pequenas e médias
empresas da Cidade. Muito obrigado.
O Sr. Presidente: - Muito obrigado. Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho.
A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Para não estarmos aqui a repetir sempre um conjunto de apreciações
relativamente ao Orçamento, que já foram aqui referidas, eu vou directa a
alguns pontos concretos e aproveito a sequência desta intervenção do Sr.
Vereador João Ferreira, para a colocar aqui 2 questões que já foram
enunciadas, mas eu quero insistir.
Uma, relativa à questão dos Manuais Escolares, os 5 milhões de euros que
estão adstritos a Manuais escolares, se, na medida em que o Governo
anunciou que no próximo ano será o Governo a assegurar esta verba e ela
está também prevista no Orçamento de Estado.
E depois, também pegando naquilo que o Sr. Vereador João Ferreira referiu,
no que diz respeito à Habitação, ao estado, ao investimento na Habitação,
embora o Sr. Vereador João Ferreira tenha pegado nesta questão a propósito
da não devolução de IRS a quem não o paga e que vive nesses Bairros
Municipais, naturalmente que não o pagando, não pode devolver.
O PSD, os Vereadores do PSD apresentam aqui uma Proposta para aumentar
o montante da Devolução do IRS até aos 3%, aliás, já o fizemos há um ano
atrás e voltamos, acerca de um ano atrás e voltamos a fazê-lo, desonerar
efectivamente os Munícipes em Lisboa, com Domicílio Fiscal em Lisboa,
precisamente de um encargo que naturalmente, que é cobrado pelo Estado,
não pelo Município, mas que pode ser compensado pelo Município, portanto
trazemos de novo essa Proposta.
26
E trazemos essa Proposta, a par também da avaliação que fazemos de uma
Proposta que já trouxemos em tempo, mas foi recusada pelo Executivo
Camarário, e hoje verifiquei que o Sr. Vereador João Paulo Saraiva, que não
está a ouvir neste momento…
O Sr. Presidente: - Estou eu.
A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - É fundamental 4 ouvidos, pelo
menos, muito bem, fez aqui uma defesa do aumento da Taxa Turística, que
vem ao encontro daquilo que eu e o Vereador João Pedro Costa aqui
defendemos há mais de um ano, ou há mais um ano não pode ser, porque
ainda não estávamos em funções, mas há menos de um ano defendemos uma
filosofia muito sustentada naquilo que é a nossa visão, precisamente, dessa
ideia de co cidadania.
Uma ideia que nos parece que faz todo o sentido, e essa co cidadania,
permitindo ir, arrecadar Receitas por via dos, precisamente da circulação
turística na cidade de Lisboa, permitir-nos-á aliviar a carga fiscal que que, Sr.
Vereador João Paulo Saraiva, eu considero que é brutal na cidade de Lisboa,
não reage, muito bem, mas aliviar efectivamente os munícipes que aqui
residem e que aqui têm Domicílio Fiscal.
Até porque, por uma outra razão, não só fazer essa compensação por via da
devolução do IRS, como o é também do conhecimento de todos, a Vereação
do PSD defende um conjunto de medidas, algumas dependem nós, outras que
não dependem de nós, precisam de um enquadramento nacional, no que diz
respeito ao alivio da carga fiscal e também sempre muito preocupados com
aquela, com uma prioridade que colocámos durante o período da Campanha
Eleitoral e que tem tido eco, felizmente, nos restantes Grupos Políticos, que é
esta prioridade, que é a Habitação e nós olhamos para este Orçamento e
naturalmente que podemos fazer 2 ou 3 que referências positivas a este
Orçamento, designadamente o facto da Receita Corrente a suportar a Despesa
Corrente e ainda ter uma margem orçamental, que é muito significativa e que
nós entendemos que deve ser utilizada para o presente, mas também para o
futuro e designadamente para o pagamento de Juros.
Nós, a Câmara Municipal de Lisboa, no que diz respeito à Dívida, paga de
Juros e 60 milhões por ano, salvo, não, 30 milhões, não é, 30 milhões, eu
confirmo, senhor, 60 milhões, 60 milhões de euros só em juros. Temos que
libertar a Câmara deste terrível encargo, estamos a falar de que 6% da
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despesa da Câmara Municipal, corresponde a 6 por cento da despesa da
Câmara Municipal, eu bem sei que se formos para o Estado verificamos que os
juros correspondem a 7% da despesa, bom, mas para a Câmara Municipal,
pagar 60 milhões de juros cada ano é, de facto, um peso muito pesado e esta
margem que temos aqui nesta diferença entre, a receita corrente e a despesa
corrente, poderá permitir-nos aliviar o passivo e aliviar também a dívida e os
juros da dívida. É verdade que a despesa na dívida não queria presente, mas
assegura futuro e portanto, parece-me que é, exactamente, nesse caminho que
nós devemos caminhar, amortizar dívida para garantir reservas para
investimento no futuro. Por outro lado, este orçamento, para além destes
montantes, deste saldo que eu acabei de referir, não nos esclarece, este
orçamento não nos dá nenhuma clarificação, nós temos uma reserva de
contingência na ordem dos 124 milhões de euros neste orçamento, que que
não sabemos para que é que está reservada e, precisamente, eu pergunto,
para que é que está reservada esta a reserva de contingência? Se para
investimento, se, para diminuição de dívida? Eu não sei se me estão a ouvir,
mas eu vou-me repetindo que é uma coisa que faço com muita facilidade. Poço
continuar? Muito bem. Não sei se vai ser canalizado para investimento ou se
vai ser canalizada para o tal processo que há pouco o Sr. Vereador João Paulo
Saraiva falou, mas não disse qual é o processo que nos falta ainda garantir
verbas. Eu não sei se o processo, que está a falar, é o processo Braga
Parques, aí também temos alguma dúvida, nós temos, neste momento, uma
reserva no Orçamento de Estado de 0,1% no Orçamento de Estado,
precisamente para suportar esse processo, adstrito a esse processo Braga
Parques e portanto, temos aqui que clarificar esta questão.
Voltando à matéria do investimento, o investimento e, aliás, como ou o Sr.
Vereador João Paulo Saraiva referiu, é o grande bolo do investimento que está
expresso, que está revelado neste orçamento é o Hub do Beato e depois
também, como referiu, a Web Summit, em montantes bastante diferente, mas
gostaríamos de mais especificação sobre o investimento, para além do Hub do
Beato, para além do Web Summit que referiu e também, para que será usada
a reserva de contingência.
Depois, voltando então ao ponto de partida, que é a questão relacionada com a
habitação. Foi aqui anunciado, o Sr. Vereador anunciou aqui um enorme
investimento na habitação, e, esse enorme investimento da habitação, de nada
nos serve, de nada serve à cidade de Lisboa se não for acompanhado por
fiscalização, por monitorização, acompanhamento das famílias, muitas delas
que estão encaixotadas…
28
O Sr. Presidente: - Sra. Vereadora, posso pedir só para interromper?
Posso pedir que fechem? Faz favor.
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (cont.): - Muito bem. Como dizia, esse
enorme investimento anunciado na habitação, que não sei se sai da reserva de
contingência, se sai do salto que há pouco referi, porque não está identificado
no orçamentos, ou se está identificado no orçamento, a proveniência dessa
verba, eu não a localizei, mas, esse investimento na habitação, de nada nos
serve se não fizemos um trabalho que está em grande medida por fazer, que é
esse trabalho de fiscalização e monitorização de acompanhamento das
famílias que, estão hoje nalguns dos bairros municipais, praticamente
encaixotadas e portanto, o investimento à habitação é para construir nova
habitação, é para reabilitar a habitação e, os bairros estão em condições
absolutamente degradados, na cidade de Lisboa, onde vivem pessoas em
condições que não são toleráveis numa capital Europeia. Mas, sem haver uma
política e um investimento nesta matéria, um investimento numa política de
recuperação dos bairros, que garanta que não há operações ilegais, que não
há vandalização de património, que não há obras clandestinas, que não há
puxadas de água de eletricidade, mas, que garanta, simultaneamente, que a
Câmara utilize, efectivamente, o património que tem disponível para assegurar
habitação em condições dignas para estas famílias. Estamos a falar de famílias
com muitas crianças, as crianças são também o futuro do país, são crianças
que nós queremos que tenham condições de poder, tenham igualdade de
oportunidades que lhes permitam, efectivamente, melhorar a sua vida perante
aquele que é, face àquele que é o ponto de partida. E por isso mesmo, nós,
mais do que uma política para construir mais habitação, até porque muita dela,
foi sendo anunciada pela Sra. Vereadora Paula Marques no último ano, para
além de construirmos habitação, de recuperarmos a habitação de reabilitarmos
a habitação, o que julgo que temos que fazer nesta Câmara, é um acordo de
regime relativamente a esta questão. Todos nós conhecemos a situação
degradada em que estão estes bairros, não há soluções fáceis, são soluções
muito difíceis, por razões de ordem vária que não vale a pena enunciar, mas
não são soluções impossíveis, e parece-me que esta matéria, deveria ser
trabalhada por todos, conjuntamente, de forma que possamos assegurar que
condições efetivas de recuperação deste património, que é da Gebalis, que é
da Câmara Municipal de Lisboa, recuperar esse património alocar as pessoas
que estão à espera de habitação, ter uma política muito clara de que, a
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habitação municipal é garantida para períodos de vulnerabilidade, mas que não
é para fazer perdurar no tempo de gerações e gerações, nessa habitação
social, que temos garantia que aquelas crianças vão à escola, que temos
garantia que aqueles jovens que já saíram da escola, vão trabalhar onde bem
quiserem, seja no comércio, seja onde for, mas que não continuem a ver na
dependência. E, propomos como sempre temos vindo a propor, uma cada vez
maior responsabilidade, ou co-responsabilidade destes cidadãos, precisamente
através da venda das habitações, de forma que possam ter, essas famílias
possam ter uma responsabilidade acrescida na manutenção dos de bairros
onde se situam, e também para que possam desenvolver o seu projeto de vida
com autonomia face à Câmara Municipal de Lisboa.
Por último. Por último, termino e fico por aqui. Muito obrigada.
O Sr. Presidente: - Muito obrigado Sra. Vereadora. Não há mais pedidos de
inscrição? Vereador Manuel Grilo.
Sra. Vereadora, por favor.
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - Havia mesmo um, por último, e são
30 segundos. 30 segundos.
O Sr. Presidente: - Sim, sim.
A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - O, por último é: efectivamente, o
grosso das receitas da Câmara, já foi falado o IMT e a Taxa Turística, sobre
tudo com o aumento da Taxa Turística, o que significa que… bom, mas é o
IMT, é o IMI, isto significa que, é um orçamento muito assente no imobiliário e
nós temos tido advertências diversas, por parte do Banco de Portugal,
relativamente, à antevisão de, uma eventual, futura crise no imobiliário. E
portanto, parece-me que, sustentar em grande medida o orçamento da Câmara
em impostos sobre o imobiliário, por um lado encarece o imobiliário, por outro
lado tem este risco. Muito obrigada Sr. Presidente, era este último ponto que há
pouco me falhava. Obrigada.
O Sr. Presidente: - Muito obrigado Sra. Vereadora. Vereador Manuel Grilo.
O Sr. Vereador Manuel Grilo: - Muito boa tarde. Um primeiro momento para
dizer que, este orçamento, que agora aqui nos foi apresentado é, no nosso
30
entender equilibrado, bem sustentado do ponto de vista da receita, no capítulo
do investimento, creio que cobre os principais problemas e os principais
agregados. E portanto, no capítulo, quer da despesa quer do investimento,
parece-nos claramente adequado, tendo em conta, aliás, que, quer no capítulo
da escola nova, quer no capítulo dos refugiados, tem a dotações robustas que
nos permitem, de facto, perspetivar o próximo ano de forma tranquila. Tem um
outro aspeto que eu gostaria também de referenciar, é que ele acolhe na
totalidade aquilo que consta do acordo que o Bloco de Esquerda firmou para a
governação da cidade de Lisboa. E isso este é muito importante seja no
domínio do combate à precariedade, seja noutros domínios e, portanto, não
podemos deixar de saudar este orçamento da Câmara Municipal de Lisboa. Há
no entanto, no capítulo da receita, algumas isenções, ou algumas isenções,
que nos parecem excessivas e portanto, ao contrário de outros, cremos que
estamos a colher, a colectar a menos, tendo em conta, ou iremos coletar a
menos, tendo em conta reduções, por exemplo, no domínio de ou IMI, há uma
redução de 20% da taxa do IMI, para todos os contratos de arrendamento. E,
desta redução não distingue arrendamentos de longa duração, dos de curta
duração. Parecia-nos que esta redução de 20% deveria ser exclusiva para
contratos de longa duração, e, devia ser uma redução inferior…
O Sr. Presidente: - O Sr. Vereador, só para dizer uma coisa. Em matéria fiscal,
nós estamos limitados ao que a lei nos permite modular.
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Mas a lei permite a lei permite até
20%!
O Sr. Presidente: - Não. Sim, mas não permite é o prazo!
A lei permite de 0 a 20, mas não descrimina prazo. Nós já fizemos, ao
Parlamento, mais que uma vez o pedido e não temos…
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Portanto não faz muito sentido, não faz
muito sentido, fazer uma redução de 20%...
O Sr. Presidente (cont.): - E não temos. A proposta do CDS dava incentivos a
1 ano, com franqueza.
(Diálogos cruzados.)
31
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Nós aqui, colocaríamos aqui a questão
entre…
O Sr. Presidente (cont.): - E começa no 1? Certo?
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Pronto, para nós esta era uma questão
fundamental.
O Sr. Presidente (cont.): - Não, não é o shorter, é o 1! Aqui não discrimina o 1
de um 20, nem a proposta do CDS, que eu me recorde, não tocava no
financiamento do IMI.
(Diálogos cruzados.)
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Eu peço imensa desculpa mas
estava…
O Sr. Presidente (cont.): - A proposta do CDS, a proposta do CDS era sobre
taxas de liberatórias em sede de IRS, correto? Não toca, nesta questão da lei,
que é política fiscal do município, que é, como é que município modelar.
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Está-me aqui a dizer então, que esta
questão da redução de 20%...
O Sr. Presidente (cont.): - Era só para explicar. Só para explicar o que é que
íamos fazer.
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Certo, certo. Dizem-me os juristas que,
talvez fosse possível distinguir aqui… Não é possível? Em relação à…
O Sr. Presidente (cont.): - Eu só estou a frisar isto por uma razão, é que este
debate já se teve, de forma recorrente, aqui na Câmara eu concordo consigo
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Não faz sentido estar a fazer como
igual aquilo que é muito diferente.
O Sr. Presidente (cont.): - Então nós estamos neste momento a dar isenções
a contratos de 6 meses. Certo?
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O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Certo.
O Sr. Presidente (cont.): - Mas porque é a única forma de se dar, a contratos
a 10 anos.
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Pois.
O Sr. Presidente (cont.): - Mas é o que a lei, a lei não permite fazer de outra
forma.
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Em relação.
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Reduções, peço desculpa, reduções!
O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Em relação às isenções de IMI para os
prédios urbanos, objeto de ações de reabilitação por um período de 5 anos, isto
terminou em 2018, no entanto, aqui repristina, neste número 6 C, autoriza o
reconhecimento a todos os pedidos referentes a obras de reabilitação urbana
iniciados, ou concluídas até 31 Dezembro 2017, inclusive. Em sei que em 2018
isto já não se aplica, mas, vai apanhar todos aqueles, mas vai apanhar todos
aqueles que foram terminados até 2017. E parece-nos que isto poderia não
estar aqui, poderia ter desaparecido daqui, esta questão em relação a 2017.
Finalmente, ainda em relação à questão do percentual da derrama para os
sujeitos passivos. Em relação à isenção da derrama em 2019, parece-nos
excessiva esta isenção de derrama para os sujeitos passivos, restauração e
pequeno comercio, com o volume de negócio inferior a 1 milhão de euros e,
parece-nos isto excessivo. E, na parte da isenção da derrama para empresas
que tenham instalado ou instalem em sua sede social no concelho de Lisboa
nos últimos 3 anos e tenham criado ou criem e mantenham no período de
isenção, no mínimo, 5 novos postos de trabalho. Nós aqui, gostaríamos que,
estes 5 novos postos de trabalho fossem, claramente, identificados como
novos postos de trabalho na cidade de Lisboa e, com contratação regular. Isto
é, com trabalho dependente e com contratação que não fosse precário. E era
para já, é só.
33
O Sr. Presidente: - Sim. Ó Sr. Vereador, também só para esclarecer
novamente sobre isso. Este debate, nós temos aqui recorrentemente, em todos
os orçamentos desde que eu cá estou nós fazemos esse debate com uma
procura dos Srs. Vereadores de terem sempre formulações mais finas, mas
que depois esbarram, quer na lei, quer naquilo que AT faz. Por exemplo, neste
momento a AT não está a aplicar a questão dos 5 postos de trabalho. Não está
porque eles não têm esse registo, e por isso não a aplicam. O máximo que eles
aplicam é volume negócios, neste caso e, não aplicam o resto.
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Temos. Temos e não tem eficácia.
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Podia estar 3, podia estar 2, podia ser contratos a
prazo, podia ser contratos azuis, que é irrelevante.
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Não. Em Lisboa é! Em Lisboa é, porque nós só
temos intervenção sobre a área geográfica.
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Não, mas é que a derrama é calculada na base dos
postos criados no município que, no concelho, é assim que ela é calculada. A
derrama é feita sobre o volume negócios da actividade, em função, distribuído
na proporção dos postos de trabalho em cada município. Agora a AT não faz
terminado tipo de divisões e por isso, nós podemos estar aqui com
formulações, que nos parecem a política correta, que fariam sentido, se a lei
determinasse que nós tínhamos a amplitude para tudo. É como no IMI, acho
que já todos os Srs. Vereadores já perceberam que, o texto da lei só nos
permite fixar as taxas, não permite modular nesta zona, naquela, daquela
forma, para aquela política. Aqui é a mesma coisa, não vale a pena ter, a AT já
está a aplicar por cais, embora, aliás, a lei no início não era clara, já o estão a
aplicar e deram uma informação que, aliás, a alteração legal que permite a
flexibilidade de cais está neste momento, neste Orçamento de Estado no
34
Parlamento. Mas, outras modulações não estarão lá. E por isso é só para vos
também, para relativizar o volume da preocupação, porque o que temos que
reivindica no Parlamento é mais autonomia para a nossa fixação da nossa
política fiscal, mas não vale a pena, achar que temos um poder que não temos.
O Sr. Vereador Manuel Grilo: - Só para dizer também que apresentaremos
depois uma declaração de voto por escrito, relativamente a todos estes
diplomas.
O Sr. Presidente (cont.): - Muito bem, muito obrigado. Srs. Vereadores. Muito
obrigado, eu antes de passar a… Eu acho que vamos ter que fazer aqui um
trabalhinho sobre as propostas da derrama, mas antes disso, e antes de passar
a palavra ao Vereador… Bom, eu acho que a intervenção do vereador, Nuno
Rocha Correia e, também na parte final da Vereadora Teresa Leal Coelho,
mostram bem a contradição com que o CDS e PSD encaram este debate e a
política de opção orçamental da Câmara de Lisboa. Porque, são capazes de
dizer em simultâneo, o seguinte: e cito o Vereador Nuno Rocha Correia:
“Riscos acrescidos de inversão do ciclo económico. Fim de estímulos do Banco
Central. Desaceleração do turismo.” Acresce a intervenção da Vereadora
Teresa Leal Coelho: “Orçamento muito assente no imobiliário. Riscos de nova
crise.” E, a proposta central que fazem para orçamento, é a diminuição da
receita estrutural da Câmara de Lisboa, que é a diminuição do IRS. E por isso,
quem começa o debate orçamental desta matéria, acaba por perder qualquer
credibilidade sobre a linha política para o debate. Porque, o debate não pode
ser em simultâneo, o dizer que nós, por um lado gastamos demais, até, ouvi
aqui a expressão que tínhamos um orçamento eleitoralista. Para ajudar o
Governo central, ou para medidas de anos de eleições do Governo central não
municipal e, ao mesmo tempo, a proposta que fazem é, diminua,
estruturalmente a receita de IRS. Não é possível. E por isso, esta contradição
inicial é totalmente insanável e retira qualquer credibilidade à política
orçamental do CDS, neste tipo de debate. Tudo o resto que se possa dizer, tem
este pecado. É que é o pecado da credibilidade. É que, o pronunciamento
político nessa base, é naturalmente fácil, porque é tirar a tudo o que mexe.
Atira-se a dívida, porque reduz, atira-se ao imposto, porque não reduz, atira-se
à receita porque sobe pelo imobiliário e, no fundo, atira-se a tudo e ao seu
contrário. Não tem credibilidade. E por isso, quero deixar isso muito claro na
apreciação que tenho do que fizeram, tenho pena de não ter ouvido todas as
intervenções, mas para mim, isto é muito claro.
35
Segunda nota. Este orçamento prossegue, exactamente, a linha política que
nós temos seguido e apresentada em todos os orçamentos, que é, a linha
política de reduzirmos o passivo do município, a dívida do município,
estabilidade dos impostos como os mais competitivos da Área Metropolitana de
Lisboa e, aumento sempre do investimento na cidade de Lisboa. Em todos os
orçamentos, desde que tive oportunidade de apresentar, quer como vice-
presidente da Câmara, quer como presidente do município, todos eles seguem
o mesmo princípio.
1º lugar nunca abdicar do reforço da sustentabilidade financeira do município.
É por essa razão, que o passivo do município tem uma diminuição desde 2014
até agora, superior a 400 milhões de euros. E, já para os Srs. Vereadores, não
haver qualquer tipo de dúvida, 2014 já foram incorporados todos os efeitos de
Aeroportos e coisas do género, isso foi em 2012. Estou a falar de 2014 até
agora. Menos 400 milhões de euros de passivo. Passivo, isto é, o conjunto
agregado de dívidas e responsabilidades.
2º Uma redução da dívida, uma redução da dívida do município, uma redução
da dívida…
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Não Sr. Vereador, que a redução, não senhor
vereador, não porque a redução da dívida.
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Sr. Vereador, se bem se recorda, não era ver agora
há época, mas na altura não havia maioria na Assembleia Municipal em 2012.
E, a imposição que o PSD fez, que aliá, o Vereador António Proa em todos os
debates orçamentais no mandato passado, nunca deixava de nos lembrar
disso. Que a diminuição do IMI e do IRS era a contribuição do PSD e, era um
crédito do PSD, porque tinham encostado o malvado do Presidente António
Costa, que não queria, mas que o tinha encostado a obrigar a desolver em
devoluções fiscais, toda a redução do serviço da dívida que, foi conseguido na
operação do Aeroporto. E, a verdade é que, todo o serviço da dívida reduzido
no Aeroporto em 2012, foi afeto à diminuição do IMI e do IRS. Em 2014, em
2014! O que eu refiro é que, desde 2014, para não ir mais atrás, não voltar a
falar do processo de redução da dívida desde 2009 e do passivo desde 2007.
Estou só a falar de 2014 para a frente, por isso expurgados esses efeitos.
36
Houve uma redução do passivo superior a 400 milhões de euros e uma
redução da dívida que, atingirá no final de 2018, mais de 200 milhões de euros.
E, quero-vos fazer nota disto, porque esta redução do passivo e a redução da
dívida ocorrem num período em que houve fortíssimos movimentos de
regularização de casos pendentes do município que vinham do passado. Não
quer ser exaustivo, mas nós já incluímos aqui: A regularização do diferendo
judicial superior a 40 milhões do Vale de Santo António, a resolução do
diferendo com a Sonae relativo à construção do Colombo e do túnel do Estádio
da Luz e da Avenida Lusíada no valor de cerca de, 70 milhões de euros, a
regularização do passivo do processo Arias Romão de 96 milhões de euros.
Está-me a escapar um grande…
Bom, estamos a falar, estamos a falar, só aqui, só aqui…
(Intervenção imperceptível fora do microfone.)
O Sr. Presidente (cont.): - Não, esse é anterior, a 2014, estou a falar aqui só
de 14 para a frente, estou a falar aqui de resolução de contenciosos superiores
a 200 milhões. 200 Milhões de euros. E, por isso nós conseguimos esta
redução do passivo e esta redução da dívida e, a regularização destes
processos contenciosos que vinham do passado, que aliás, só deixa a Câmara
de Lisboa, neste momento, com um grande processo pendente, com mais
alguns pequenos, mas só com um grande ainda para resolver. E por isso, nós
nunca nos afastamos desta linha, em todos estes anos reduziu o passivo e
reduziu a dívida. Em todos estes anos mantivemos a política fiscal; mais baixa
da Área Metropolitana de Lisboa; e mantivermos as taxas mais baixas na
prestação de serviços da Área Metropolitana de Lisboa. Isto é uma coisa que
os Srs.- Vereadores, são factos que são incontestáveis. E, é por essa razão,
que estamos a apresentar um orçamento que, vai exactamente, na mesma
linha e, ao contrário do que o Senhor vereador Nuno Rocha Correia diz, este
orçamento prevê, de novo, uma significativa redução da dívida do município. E
por isso não tem nenhum caráter eleitoralista, não tenham caráter de alongar e
de ir para situações de risco relativamente à nossa posição financeira e, este
orçamento vai permitir, de novo, reduzir a dívida. Porquê?
Seria uma irresponsabilidade gerir a Câmara de Lisboa sem perceber que,
grande parte da receita que nós estamos a ter, o aumento da receita que nós
estamos a ter é, de facto, como os Srs. Vereadores dizem e eu partilho,
conjuntural. E nós, perante isso o que devemos evitar a todo o custo É, a subir
a despesa estrutural. Mas também não podemos diminuir a receita estrutural,
37
que é o que os senhores propõem. O que os senhores propõem é diminuir a
receita estrutural do município, isto é baixar a base da nossa receita constante,
permanente, regular, estável. Mais coerente, aliás, têm que conhecer a posição
do PCP sobre esta matéria, mas a vossa não, no momento em que temos um
acréscimo significativo de receitas conjunturais, o que nós temos que fazer é:
1º lugar. Aproveitarmos para reforçarmos a solidez do município. E, a verdade
é que toda a redução do passivo e toda a redução da dívida, que é feita com
este acréscimo de receita do imobiliário, alivia o nosso serviço da dívida e
contribuir para a nossa sustentabilidade corrente. Agora sim, porque como
agora não estamos a fazer diminuições fiscais, não estamos a propor, esta sim,
como abocado o Vereador João Gonçalves Pereira dizia, as reduções dos
processos contenciosos, ajudam à redução dos encargos com a dívida. Agora
sim, em 2012, não, porque a redução dos encargos foi para diminuição fiscal.
Agora não. A redução da dívida está-se a traduzir em menores encargos com
a dívida, por isso robustece a base fiscal do município. A outra dimensão é
afetarmos ao investimento, que, obviamente é necessário nas várias áreas da
cidade, ouvi várias intervenções, todas elas, aliás, tendentes, não a reconhecer
que há investimento a mais, mas a identificar áreas em que gostariam que
houvesse mais investimento. Até já vamos em mais investimento no transporte
público, que é uma coisa que já é um salto importante. Eu acho que é uma boa
política, não só na parte da redução da dívida, na parte da redução do passivo
da redução da dívida, mas também na do investimento, porquê?
Porque, obviamente, na parte do investimento é a parte em que a Câmara terá
maior facilidade em ajustar aos diferentes ciclos económicos. Eu acho que esta
é a gestão responsável da Câmara de Lisboa, que é, não fazer neste, momento
em que vivemos, nem grandes aumentos da despesa corrente, nem
diminuições da receita estrutural. E, se tivermos que fazer aumentos da
despesa corrente, então temos que fazer aumentos da receita estrutural do
município. É por essa razão, que fazemos a proposta do aumento da taxa
turística. Por ser um elemento dessa receita estrutural do município. Terá
variabilidades no futuro? Terá! Mas não terá variabilidade que o IMT tem, por
exemplo. É por essa razão que eu tenho insistido muito, sem sucesso até
agora, aliás, em nenhum Governo, nem no anterior nem neste, nessa matéria
estão ambos iguais, que é a Lei das Finanças Locais, a forma como ela é feita,
prejudica, que cria óbvias dificuldades a um conjunto muito importante de
municípios, pouco numeroso, mas muito importante. Lisboa, Oeiras, Cascais
Porto, Loulé, porquê? Porque introduz nos nossos orçamentos, como não há
transferência do Orçamento de Estado, introduz… em Loulé há. Não há em
38
Lisboa, Porto, Cascais e Oeiras. Introduz-nos um nível de dependência do IMT,
porque é aqui que se concentram as receitas, muito elevado. Seria muito
preferível, aliás, trocar esta receita de IMT e esta variabilidade por uma receita
mais estável ao nível de IMI, ao nível de IVA, o nível de IRS, que fosse uma
maior participação nas receitas do Estado. Bom, não é possível, não tem sido
possível, a Associação Nacional de Municípios não o defende, o Governo o
tem defendido e aqui estamos. Mas, por isso, a proposta de Orçamento que
apresentamos, é, em linha com os princípios que nos têm orientado desde o
início. Reforçar a solidez financeira do município, manter a política fiscal mais
baixa é atrativa para a cidade de Lisboa e, adaptar neste caso, aumentando,
significativamente a capacidade de investimento nas áreas estratégicas do
nosso plano de actividades.
Peço agora ao Vereador João Paulo Saraiva para completar, nas várias
questões mais de especialidade que se tenha colocado.
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva: - Muito bem. Então tentando correr
aquilo que foram as minhas notas, para não esquecer de nada. Para começar
por dizer que, de facto, há uma tendência quando o CDS aborda estas
matérias de impostos, taxas e as receitas municipais ou nacionais, que
também não sou surdo, apesar da Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho ficar
zangada, quando eu não estou a olhar quando ela está a falar, mas eu etou a
ouvir, mas, dizia eu que ouço o que se passa por aí e, digamos, o padrão é
idêntico. É que o CDS insiste em falar de carga fiscal. Eu percebo que, quando
não se mexe naquilo que as percentagens de incidência de um determinado
imposto, ou de uma determinada taxa, depois quando não há mais nenhum
recurso, tenta-se tentar passar a imagem de que se, está a sobrecarregar os
munícipes, porque se aumentou a carga fiscal. Carga fiscal decorre, como é
evidente, aquilo a que os senhores chamam carga fiscal, que são as receitas
fiscais, de corda dinâmica, da própria economia. Se a economia gera mais-
valias superiores, vai haver mais recolha de impostos. E portanto, agora, o que
eu acho é que toda a nossa abordagem tem sempre subjacente uma questão
ideológica, e eu gosto de aqui sublinhar, é que o CDS acha, que aquilo que é o
dinheiro para ser aplicado pelas entidades públicas é mau, se for aplicado
pelas famílias, já é tudo bom. E, portanto, esquecem-se que em qualquer
sociedade, aliás, esse tipo de raciocínio, esse tipo de raciocínio é que nos
trouxe aqui hoje, por exemplo, onde estamos sobre o ponto de vista dos
transportes, somos um dos países mais atrasados da Europa, porquê? Porque
nunca se teve a coragem de não pegar nos impostos, e se não se pegar nos
39
impostos, quando pudemos fazer algo de fundamental que é pegar nessa
capacidade e investi-la, em prol daquilo que são um conjunto de interesses
coletivos, estruturais, a maior parte dos casos. Porque naquilo que é uma
crítica que os senhores estão a fazer abundantemente, que é, não, está-se a
perder uma oportunidade fazer alterações estruturais. O que é que estamos a
fazer do ponto de vista do transporte? Os transportes públicos coletivos de
Lisboa, é uma mudança estrutural, os senhores não concordam, muito bem,
azar. Pá, nós estamos cá, aqueles que achamos que estamos a fazer o melhor
para a sociedade portuguesa, evidentemente, são diferenças que nós temos e
bem, e ainda bem e ainda bem e legítimas, mas têm que ser claros sobre a
matéria.
Os senhores não gostam do investimento público, os senhores não podem
andar a dizer um dia que gostam muito de investimento público e quando ele
está a ser feito, que é o nosso caso, não, não, temos que diminuir a carga
fiscal. Desculpem é o momento, foi, aliás, o que os senhores disseram, quando
houve os problemas que o país atravessou há uns anos atrás. Devia ter sido
anos bons, que se fazia grandes investimentos públicos, não era em momentos
de dificuldade. E, portanto, eu não percebo esse “argumantário”. E, agrava a
situação, quando as três intervenções que foram feitas, são todas em sentido
contrário. Uns, é baixar a carga fiscal, os outros, é aumentar a despesa, não
consigo entender, desculpem. Hoje… costumam surpreender-me pela positiva,
hoje surpreenderam-me pela negativa. Não gostei, não gostei, não gostei do
debate. Achei que se contradisseram e eu não gosto de tanta contradição,
nomeadamente pelo mesmo grupo, que já a tradição…é exatamente, é muito
interessante.
Bem, agora, depois deste introito mais político e mais ideológico, eu diria que
ainda também me recordo, quando eu, aliás, essa parte nunca me canso de a
sublinhar e vocês devem achar que eu sou uma espécie de relógio de
repetição, como dizia o meu avô, mas é verdade, ainda me lembro de quando
se falava de taxa turística, taxas e taxinhas, coisa horrível, como é que é
possível?... Agora já é tudo maravilhoso. Eu gosto, de facto, há uma perspetiva
que é, só não mudam de ideias aqueles que, de facto, não raciocinam sobre as
coisas.
E, de facto, há uma coisa que temos que dizer, é que os senhores raciocinaram
sobre esta matéria e acompanharam-nos sobre essa matéria. Isso é muito
interessante perceber, é muito interessante. Tenho a mesma esperança de um
dia me conseguirem convencer de alguma coisa em sentido contrário, mas até
agora, têm que se esforçar mais.
40
Contribuição de proteção civil, não está neste orçamento, aliás, deixem-me
uma nota, que é para todos, este orçamento começa a ser construído em
Julho, e, portanto, ele termina ele termina a sua construção, estabiliza ali por
volta de Setembro, do ponto de vista técnico e, portanto, é muito difícil
incorporar, como, aliás, o Sr. Presidente tem referido abundantemente, é muito
difícil incorporar algo que ainda não está aprovado, que ainda está em
discussão, e portanto depois, havemos de no caso de nesta e noutras
matérias, essa reflexão há de ser trazida a esta Câmara.
Depois, com algumas questões que foram mais abordadas
(intervenção fora do microfone)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Exatamente, certo, previsões,
exato, estou quase a chegar. Higiene Urbana, A higiene urbana, falou-se que
fosse a empresa, não é a nossa perspetiva sobre a higiene urbana. É a de
serviços municipalizados, estamos a construir esse modelo. Depois, quanto
aos concursos internos da Câmara, e só não está refletido de forma tão
expressiva a higiene urbana, nos no próximo ano, porque vamos tentar
concretiza-la ainda este ano. E, portanto, no próximo mês, aliás, já foi aprovada
em Câmara abertura do concurso e, portanto, ele não tem a mesma expressão,
do ponto de vista documental, no próximo ano.
Relativamente quer às projeções do IMI, do IMT da de rama, eu gostava de
recordar, como é que aquilo que que são as leis que enquadram a nossa
construção orçamental, nós temos que entrar com, digamos, o nosso limite
máximo de inscrição orçamental, são os 24 meses que precedem o momento
em que nós estabilizamos a construção do orçamento, eu diria que Agosto de
cada ano é o último mês conta para a essa nossa projeção. E, portanto, o que
nós fizemos foi exatamente isso, em boa parte das matérias, viemos por baixo
um bocadinho por baixo, na tal lógica defensiva que eu referi há pouco. Na de
rama aconteceu este ano uma coisa que, suponho que há de ter tido uma
questão da mesma natureza, daquela que foi referenciada à hora de almoço,
que é o momento qualquer em que um contencioso termina e, portanto, a
nossa de rama vem um bocadinho abaixo do ano passado, que não era
expectável e nós introduzimos essa correção no orçamento para 2019.
Relativamente à taxa turística, as nossas projeções do ano passado, foram
completamente suplantadas por aquilo que é a cobrança este ano, que nos
permitiu duplicar aquilo que é a nossa perspetiva para o próximo ano.
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E,, portanto, entrando com esse tal fator dos 24 meses, porque as recolhas,
digamos, aquilo que foi coletado este ano, que foi arrecadado este ano, melhor,
é muito superior, àquilo que estava orçamentado. E daí a possibilidade de
chegarmos aos 36 milhões de euros que referimos há pouco.
Um conjunto de outras coisas, falou-se naquela questão das casas e da
construção de casas. Eu costumo brincar com esta matéria e vou fazê-lo aqui
novamente porque, de facto, construir habitação, não é propriamente como
jogar no “Simcity”, ou fazer outra coisa qualquer, isto não é nenhum Lego e
portanto, demora o seu tempo. E, como todos sabemos, mas parece que, às
vezes não sabem. Tentam dizer-nos que é para construir para o mês que vem
não é? Isto vai ter aqui um período e é, estas 6 mil casas hão de está
certamente em construção, se calhar até mais, no final de 2021. Quanto ao
crescimento, mas, como é óbvio, estão inscritos para o ano 2019, aquelas que
vão entrar em construção e portanto, como sabem, o exercício orçamental, tem
escrito aquilo que se prevê que seja executado naquele ano. E portanto, é isso
que está traduzido neste orçamento. Quanto às aquisições de serviços de
vigilância, elas decorrem de duas, o aumento decorre de duas situações: uma
tem a ver com o incremento do salário mínimo e, como estas profissões estão
muito coladas ao salário mínimo, as propostas, que temos vindo a desenvolver
e os consultas que temos vindo a fazer, estão alinhadas já por cima sobre essa
matéria e, por outro lado, há aqui um conjunto de situações pontuais que
confluíram no mesmo ano, que fazem com que nós, de forma pontual,
precisamos de mais serviços de vigilância, nomeadamente, aquilo que é, por
exemplo, toda a dinâmica associada ao Hub do Beato em que depois terá uma
lógica própria de condomínio, mas enquanto tem e não tem, é preciso que as
instalações estejam a ser vigiadas e, isso cabe a neste momento, À Câmara
Municipal de Lisboa, ainda não está nessa dinâmica de condomínio para que
todos os que se lá instalarem contribuirão e portanto, há aqui um ligeiro
aumento. Já os estudos pareceres e consultoria, basta olhar que o orçamento é
um orçamento que, quando expande o investimento também, evidentemente,
vai expandir aquilo que são; a feitura de projetos de consultorias técnicas,
sobre um conjunto de matérias que estão conexas com esse mesmo
investimento e portanto, não há aqui milagres. A Câmara Municipal de Lisboa
tem um conjunto de técnicos especializados sobre um conjunto de matéria, que
fazem um excelente trabalho, mas há outras, que não temos essa
especialização interna, fomos pulando ao longo dos anos, como sabem, nós
somos competitivos em termos fiscais, mas não somos competitivos em termos
salariais. É uma coisa que acho que toda a gente, aqui que está nesta mesa
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sabe e portanto, perdemos com grande facilidade alguns dos melhores
técnicos durante o seu período de crescimento, enquanto tal. E, não temos
grandes condições para os reter. Mas, o que eu queria dizer é que sobre este
ponto de vista, o crescimento acentuado, é essencialmente conexo com isto
que eu acabei de referir. Mais investimento, é alimentado por mais projectos,
mais pareceres técnicos, mais estudos técnicos e, nalguns casos até mesmo
estudo de viabilidade consultoria jurídicas como é, por exemplo, o pendor
acentuado em matéria de programa renda acessível concessão de obra
pública. Depois, as creches que referiu, no sentido de aumentarmos a nossa
capacidade de ter o máximo de crianças na cidade de Lisboa, em creche, É
algo que vai, digamos, é começar uma subida acentuada no próximo ano e que
já veio aos órgãos no plano de investimentos, Lisboa 21, quanto ao
investimento em habitação, ele está num todo este orçamento, quer seja aqui,
quer seja nas empresas municipais, quer na dinâmica das novas construções,
quer na dinâmica da manutenção, quer na dinâmica da conservação e, eu até
os desafio a dizer; qual foi o último ano, nas séries anteriores, qual foi o último
ano em que, alguma vez conseguiu chegar aos níveis de investimento que
estamos a fazer hoje? E portanto, é um investimento como já há muitos anos,
não era feito.
Quanto ao PCP. Eu costumo estar, em grande medida, alinhado,
nomeadamente com as preocupações do PCP, em muitas matérias, mas, há
uma matéria em que nunca me consigo pôr de acordo com o PCP e, hoje mais
uma vez a questão veio-se a vincar aqui neste debate. É que tem a ver com
esta lógica um pouco maniqueísta entre a Câmara Municipal e as empresas e
por mais que nós explicamos que as empresas são Câmara Municipal no
sentido em que são detidas a 100%, quem das orientações estratégicas,
somos nós, quem aprova os orçamentos, como hoje aqui esteve, somos nós.
As empresas são instrumentos da Câmara, não há esvaziamento da Câmara, é
diversificação dos instrumentos, é diversificação dos instrumentos e o que
acontece aqui é que, eu gostava de vos perguntar como é que nós, todos
queremos mais investimento, ou pelo menos alguns de nós, uns é uma coisa
mais circunstancial, mas eu admito que, aqui à esquerda queremos mais
investimento, queremos mais investimento em determinadas áreas e eu, estou
farto de perguntar em grande comité, como é que nós vamos conseguir
executar mais investimento, nós temos todos os constrangimentos que temos e
os únicos graus de latitude que nós temos é, de reforçar as empresas, reforçar
o município demora bastante mais tempo e, como nós sabemos, as pessoas
entram na base da carreira e portanto, quando vamos demorar tempo a fazer
43
com que elas tenham, de facto, condições para assumir alguma das
especificidades que os nossos projetos têm. E portanto, a forma mais expedita,
rápida e ao mesmo tempo, estrutural que o município pode desenvolver para
dar corpo àquilo que são algumas das legítimas e das importantes
reivindicações, nas quais estamos de acordo, são as empresas. E eu não
reconheço melhor instrumento para o fazer de forma rápida, sem perder de
forma nenhuma a visão; de que o município tem de se reforçar, os timings é
que são diferentes e portanto, aí eu…
(intervenção fora do microfone.)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Podes João, mas, agora deixa-
me lá acabar.
(intervenção fora do microfone.)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Certo. Daí também não estamos
de acordo, mas a valorização da… até podemos ter visões diferentes é para a
valorização, com certeza, mas como todos os que sabemos, também aqui esta
mesa, depende muito em grande medida fora daquilo que é o universo
municipal para essa valorização, porque tudo aquilo que são as áreas em que
o podemos fazer cá dentro, estamos a desenvolve-lo.
(intervenção fora do microfone.)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Não, não, mas nós estamos a
batalhar fora, para que algumas coisas sejam corrigidas e algumas sejam
transpostas para o universo municipal. Mas, uma grande parte dessas
medidas, não dependem do Universo municipal. Pá, temos que, de facto, sobre
esta questão do “PAC” e do “PRA” assentarmos na nomenclatura; há aqui uma
alguma divergência que podemos corrigir e, saná-la porque, de facto, os
projetos de iniciativa municipal e de construção municipal, estão espalhados
quer entre o município e a SRU há uma quantidade deles e a própria Gebalis
na área da manutenção e conservação. E portanto, não faz nenhum sentido,
estarmos a dizer que não está, porque está. Porque já lá estão os projetos da
Ajuda, de Belém, de Entrecampos barra Forças Armadas, todos os projetos
estão a ser desenvolvidos e portanto, vamos ter, no tempo, no máximo tempo,
com a maior velocidade que consigamos, esses projetos no terreno e essas
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edificações no terreno, é só uma questão de nomenclatura e isso resolvemos.
Não transformemos uma questão de nomenclatura numa questão, de facto,
dando uma importância que ela não tem.
Bem, os manuais escolares, é mais uma questão que a decorre do Orçamento
de Estado portanto, ainda não teve acolhimento nem nenhum ajustamento à
volta dessa matéria, porque ainda não está aprovado o Orçamento de Estado.
Sobre a informação detalhada sobre o IRS, eu partilho essa visão do impacto
onde é, quais são as famílias e quais são as pessoas onde ele vai impactar
esta dedução, mas, de facto, eu não posso dar mais informação, vocês já a
pediram, porque também não a temos. E portanto, infelizmente, esta opacidade
entre a AT e a…
(intervenção fora do microfone.)
O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Ainda não temos, ainda não
temos esse caminho, essa informação, portanto, não a podemos dar.
Muito bem falta-me aqui, penso que só, a Teresa Leal Coelho, para terminar.
Eu também acho que, há aqui matérias, pela sua relevância, pela sua
importância, que importava que encontrássemos alguma plataforma séria de
entendimento, sobre ela e que não tivéssemos sistematicamente, esgrimir e
encontrar, de forma artificial, diferenças e formas de, digamos de
desentendimento, quando há aqui matérias em que nos podemos entender. E
elas são vastas, quer seja nomeadamente, em matérias de habitação em que,
muitos estamos de acordo. E portanto, eu apreciei, de facto, o vosso esforço,
de uma forma geral, para encontrarem alguns pontos para depois poderem
anunciar como divergências, porque, o que eu noto é que grande parte daquilo
que eram as vossas reivindicações e os vossos pontos de divergência dos
últimos anos, tiveram que ser atirados para trás das costas em face do grande
investimento, na diminuição da Dívida e da melhor posição, do ponto de vista
Fiscal e Tributário da Área Metropolitana de Lisboa. Muito obrigado.
O Sr. Presidente: - Peço desculpa, classifiquei eu e a Sr.ª Vereadora não me
estava ouvir, ficou aqui registado, registei aqui.
A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - Eu tenho que atender chamadas, não
me respondeu a algumas questões de segurança. Qual é a Empresa? Qual é o
Processo?
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O Sr. Presidente: - Sr.ª Vereadora, são 6 horas menos 7 minutos. Sr.
Vereador João Gonçalves Pereira.
A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - Pode, veja se consegue respostas.
O Sr. Vereador João Gonçalves Pereira: - Não tenho grande esperança,
confesso, confesso que não tenho grande esperança.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, eu acho que, Sr. Presidente, teria sido
útil se tivesse ouvido a intervenção da Vereadora Assunção Cristas, muitas das
coisas que disse, seguramente não teria feito comentário que que aqui fez,
mas agora a 2 ou 3 notas prévias e que têm a ver com o seguinte.
Taxa Turística, oh Sr. Vereador João Paulo Saraiva, eu já estava com
saudades suas, confesso, confesso, eu sei, eu sei e sabe que é recíproco, oh
Sr. Vereador, mas tinha saudades e o Sr. Vereador esteve-se a guardar para o
Orçamento e para o Plano, para podermos fazer esta mesma discussão, Taxa
Turística, para ver se nós clarificamos isto de uma vez por todas.
O CDS, no contexto e no momento em que quiseram avançar com a Taxa
Turística, o CDS naquele momento, tendo em conta o contexto, em que o
Turismo estava a dar os primeiros sinais, em que a Economia estava a
começar a dar os primeiros sinais, era um péssimo sinal aplicar uma Taxa…
O Sr. Presidente: - Oh Sr. Vereador, posso-lhe pedir o seguinte, nós somos
capazes de discutir hora, o Governo desde o tempo da D. Maria, são 6 horas
menos 7 minutos, há muitas Propostas para votar e temos o Público lá em
baixo às 6 e meia, não vale a pena.
O Sr. Vereador João Gonçalves Pereira: - Taxa da Protecção Civil. A
pergunta que foi feito aqui feita por parte da Vereadora Assunção Cristas, foi no
sentido de dizer, está esta matéria em discussão, caso seja aprovada, até
porque é uma intenção da Maioria, de uma geringonça que existe na
governação do País, o que é que a Câmara de Lisboa vai fazer esta? Esta foi a
pergunta que foi colocada, como é evidente, nós sabemos, principalmente
quem tem responsabilidades no Parlamento, sabe que ainda não há essa
mesma Taxa, mas que ela muito provavelmente será uma realidade.
Depois dizer o seguinte. Quando nós falamos e redução, em devolução em
sede de IRS e a na própria Derrama, no caso da Derrama estamos a dar e a
fazer um estímulo à própria Economia da Cidade e do País; quando falamos
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IRS, falamos em dar mais poder de compra às famílias, como parece de
elementar bom senso, já lá vamos.
Agora, vou repetir aqui, vou pegar aqui num número que a Sr.ª Vereadora
Assunção Cristas ainda há pouco aqui referiu, em 2015, a Receita Fiscal do
Município andava nos 400 milhões; 4 anos depois, a previsão de Receita é de
mais 222 milhões, ou seja, isto significa que há um crescimento de cerca de 50
milhões de euros, por ano, de receita, na gestão de Fernando Medina, e isto
sacrifica famílias e sacrifica empresas, não, porque quem paga, como é
evidente, esta Receita, não se ria, não se ria, olhe que os lisboetas não se riem
seguramente, nem as empresas.
Oh Sr. Vereador, eu não lhe estou a falar, quer continuar a interromper, e
portanto, há aqui, não, ainda bem que existe esta diferença, oh Sr. Vereador e
Sr. Presidente, ainda bem que a diferença entre nós é tão grande, isso é bom,
porque significa que há uma alternativa, mal seria que não houvesse uma
alternativa, e portanto, claramente os Senhores têm um caminho e nós temos
uma proposta alternativa bem diferente a para a cidade de Lisboa.
Mas dizia eu, há aqui um acréscimo de 50 milhões de euros todos os anos, em
média, se nós temos uma Receita em 2015, de 400 milhões de euros, e se a
previsão para 2019 é 622, significação que são mais 222 milhões de euros, e
portanto, quando o Sr. Presidente fala na questão da Receita, e da Receita que
é uma Receita que não pode pôr em causa aquilo que é a estrutura financeira
do Município, há uma coisa que todos nós sabemos, a Receita é cíclica, é
conjuntural e nos momentos em que ela está, em que a conjuntura é mais
positiva, ou seja, quando há este acréscimo de Receita, como é evidente, deve
haver da parte do Município, uma atenção para com as empresas e com as
famílias, no sentido, como é evidente, não, ouça, a maior Receita do País, a
Receita do Município de Lisboa é a maior de o País, como é evidente.
Mas deixe-me só lhe fazer um exercício que eu aqui fiz, oh Sr. Vereador esta
vai gostar, houve um exercício que eu aqui fiz, que foi tentar perceber quanto é
que isto poderia custar a cada família, pegando no Orçamento da Câmara? E
como é evidente, naquilo que são as Receitas do Município, não contemplei,
uma vez que estamos a falar de famílias, nem contemplei, nem a Derrama,
nem a Taxa Turística, nem as Multas, retirei-lhe esse valor, se deixar terminar
eu conto-lhe o exercício todo, portanto, estou-lhe a dizer o que é que não foi
incluído.
E nestas contas, como é evidente, incluiu o IMI e incluiu IMT, mas não consigo
depois, retirar a parte que diz respeito às Empresas, e então, como forma de
compensação, retirei aquilo que é a Tarifa de Saneamento e a Tarifa de
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Resíduos Urbanos, ou seja, qualquer coisa como 87 milhões de euros, andará
qualquer coisa por aqui, e eu admito que este exercício, considerem que é um
exercício que vai o encontro ou aproximado, ah não, ouça, em termos daquilo
que são as empresas, não, mas está bem, eu vou-lhe dizer qual é o meu
exercício, o Sr. Presidente de pois se quiser fazer um exercício diferente e nos
apresentar, tanto melhor.
O que nós sabemos, é que nós temos 244 mil famílias na cidade de Lisboa, e
se nós dividimos e formos ver aquilo que é o que pagava uma família, destas
244 mil famílias de Lisboa, em media, em 2015 pagava qualquer coisa como
1100 euros por ano; agora em 2019, paga 1800 euros, e portanto, não, não se
ria, olhe, o Sr. Presidente ri-se mas olhe que os lisboetas não se riem, não,
ouça, isto vem reforçar aquilo que é o enorme crescimento da Receita, o saque
fiscal, ou seja, como é que em 4 anos se passa de 400 milhões para 622
milhões de euros, e portanto, Sr. Presidente, temos uma visão diferente de
Cidade, é uma alternativa diferente temos para a Cidade e que seguramente
não penalizará, nem tanto as empresas e muito menos as famílias. Muito
obrigado.
O Sr. Presidente: - Muito bem, muito obrigado Sr. Vereador.
Eu vou-lhe responder num minuto e vamos avançar para as Votações, que é,
oh Sr. Vereador, peço desculpa, temos pessoas lá em baixo e temos ainda
várias votações para fazer.
Olhe, gostava só de dizer o seguinte, oh Sr. Vereador, essa sua conta é
mesmo uma conta da aldrabice, é uma conta de aldrabice, porque o Sr.
Vereadora bastava só ter feito a seguinte conta, que é retirar do aumento da
Receita Fiscal aquela que na sua grande maioria não é paga pelos residentes e
que contribui para o aumento da Receita do Município, que é feito do IMT,
pagam, só que na sua maioria, aquilo que é do acréscimo gerado, não é
gerado da base normal da vida dos lisboetas, se o Sr. Vereador, não, não, o Sr.
Vereador deve incluir o IMI, incluir o IRS, mas pode incluir a Tarifa de
Saneamento, a Tarifa dos Resíduos, não, é dividir por 50%, que é a parte das
famílias e 50% é de empresas, se quiser a conta é mais ou menos isso, 50%
do valor, não, considere, pode assumir a Receita toda do IMI, pode assumir a
Receita da Taxa de Saneamento, não é, das Taxas é cerca de metade
empresas, metade particulares, mas eu estou a dizer, é que podem considerar
todas, que é comparar tempo com o tempo.
Porque Sr. Vereador, eu não sei porque se ri, porque a crítica é tão. Como é
que eu hei-de dizer, a crítica é tão frágil, é tão joguinho de coisas, que é o
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seguinte, a grande receita, o IMI, se repararem na série, é uma Receita muito
estável no Município da cidade, no Município de Lisboa, e aliás, o lMI tem
tendência, se não se mexer nas Taxas, a ir diminuindo, porque o IMI, um
elemento com grande peso no IMI, sim, Sr. Vereador, por uma razão, porque
um factor de peso, porque o factor de grande peso é o factor de vetustez, como
nós não temos tido construção nova, a base sobre a qual incide o IMI têm
tendência a ir diminuindo.
E por isso, a reabilitação quando não implica a mudança de nova licença de
utilização por construção, por determinado tipo de intervenção, não altera o
período de contagem do IMI, numa cidade consolidada, antiga, sem construção
nova, a Receita do IMI tende a estabilizar e/ou a diminuir, e aliás, se reparar na
série, o IMI não muda muito; o IRS também não tem mudado muito; a Derrama
tem aumentado pela actividade da Economia, mas a do sítio onde encontra a
grande Receita que aumenta na cidade de Lisboa, é o IMT, que passou de 70,3
milhões para 243 milhões.
Agora, o Sr. Vereador olha para a Cidade, vê o investimento estrangeiro, vê o
investimento francês, brasileiro, chinês, vê o investimento de grupos de
reabilitação urbana, vê a transacção do imobiliário. O que é que o Sr. Vereador
faz? Pega nisso, essa realidade não existe e divide pelas famílias pobres de
Marvila e pelas famílias das classes médias da Roma, e diz, estão a pagar
mais 700 euros de Imposto, oh Sr. Vereador é uma aldrabice tão frágil que não
tem mais adjectivação, não tem sentido nenhum a sua análise, porque o que o
Sr. Vereador quer é construir uma história semelhante, aliás, à história do
Parlamento, do Nacional, que é vir invocar que nós carregamos aqui,
pressionámos sobre as famílias, pronto, não o consegue fazer, não o consegue
fazer.
Bom, sobre a minha análise da coerência da intervenção do CDS já o fiz, a
intervenção do Sr. Vereador Nuno Rocha Correia, com a Proposta do IRS diz
tudo, diz tudo, os Senhores atiram uma coisa e atiram ao seu contrário, a
credibilidade sobre isto não é grande, não é grande não sobra muito.
Srs. Vereadores, eu proponho, oh Sr. Vereador, deixe-me, temos que avançar,
eu sei que isto é entusiasmante e nós, mas pode fazer Declarações de Voto
nas Votações. Está bem?
O Sr. Vereador João Pedro Costa: - Sr. Presidente, muito obrigado. Só para
dizer que a proposta do PSD tem aqui uma gralha no penúltimo parágrafo do
preâmbulo, e onde diz “domicílio profissional, quer o domicílio fiscal”. Muito
obrigado.
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O Sr. Presidente: - Muito bem, Sr. Vereadores, vamos, Sr.ª Vereadora.
A Sr.ª Vereadora Assunção Cristas: - Sr. Presidente, só para terminar e
dizer-lhe que claramente há visões diferentes e ainda bem, porque isto faz
parte da democracia, mas dizer-lhe que precisamente porque achamos que o
Município de Lisboa não deve estar tão dependente de um IMT, é que
achamos que é relevante baixar a Derrama, nomeadamente para as micro
pequenas e médias empresas, para termos o tecido económico
suficientemente diversificado e robusto, para não estarmos tão dependentes do
Turismo e do IMT, desses investimentos internacionais, e por isso é que a
nossa Proposta é virtuosa, ao contrário daquilo que o Sr. Presidente quis fazer
parecer. Muito obrigada.
O Sr. Presidente: - Muito obrigado, Sr.ª Vereadora e registo também o
contributo da Proposta anti cíclica da diminuição do IRS.
Muito bem, vamos começar então as nossas estações. Srs. Vereadores, vamos
começar provocar o ponto 6. Que é relativa ao IMI.
Sim, mas no 6 votar todos em separado, muito bem. Srs. Vereadores, vamos
começar.
Por isso, vamos votar na proposta, o ponto 6 a proposta 719/2018. Vamos
começar por votar o ponto 1: Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado
por unanimidade.
Vamos agora votar o ponto 2. a) Estou sempre a falar da mesma proposta
sobre o IMI. Quem vota contra? Quem se abstém? A proposta foi aprovada por
unanimidade.
Vamos agora votar a o ponto 2. b): Quem vota contra? Quem se abstém?
Aprovado por unanimidade.
Votamos agora o ponto 2. c) Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado
por unanimidade.
Vamos agora votar os pontos 3, 4 e5. Que é que pedir a autonomização dos
outros? O CP, muito bem!
Então vamos votar o ponto 3 desta proposta, Quem vota contra? Quem se
abstém? Aprovado por unanimidade.
Vamos agora votar os pontos 4 e 5. Quem vota contra? Quem se abstém? Os
pontos foram aprovados com o voto contra do PCP e o voto a favor dos
restantes vereadores.
50
Vamos agora votar o ponto 6, a alínea a) do ponto 6. Quem vota contra? Quem
se abstém? Foi aprovado com o voto contra do Bloco de Esquerda, do PCP e o
voto a favor dos restantes vereadores.
Vamos votar agora o ponto 6. b). Quem vota contra? Quem se abstém?
Aprovado por unanimidade.
Vamos agora votar ponto 6. c). Quem vota contra? Quem se abstém?
Aprovado com o voto contra do Bloco de Esquerda, a abstenção do PCP e o
voto a favor dos restantes vereadores.
O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 719 a qual foi aprovada por pontos:
Pontos 1, 2. a), 2. b) e 2. c), 3 e 6. b) - Aprovados por unanimidade
Pontos 4 e 5 – Aprovados por maioria com 14 votos a favor (6PS, 1Ind.,
4CDS/PP, 2PPD/PSD e 1BE) e 2 votos contra (PCP)
Ponto 6. a) - Aprovado por maioria com 13 votos a favor (6PS, 1Ind., 4CDS/PP
e 2PPD/PSD) e 3 votos contra (2PCP e 1BE)
Ponto 6. c) - Aprovado por maioria com 13 votos a favor (6PS, 1Ind., 4CDS/PP
e 2PPD/PSD), 2 abstenções (PCP) e 1 voto contra (BE)
O Sr. Presidente: - Vamos agora passar para a proposta 720/2018. Que tem 2
propostas. Que é proposta do IRS. Vamos considerar a proposta 720-A do
CDS. 720-B do PSD e 720 a original. É que as propostas são iguais, e que elas
são iguais, são. Não, mas é exatamente igual, um faz pela positiva, outro pela
negativa. Muito bem, então podemos votar, o erro é meu, porque as propostas
são iguais, são, na sua substância, são iguais. 720-B/2018. Sra. Vereadora
quer votar, a redação, de facto, é diferente.
Vamos votar, quem vota contra? Quem abstém? A proposta foi rejeitada com
os votos contra do Bloco de Esquerda PCP, PS, Independentes e o voto a
favor dos restantes vereadores.
Houve um ano que o CDS quis fazer uma proposta para aumentar o
pagamento de IRS na cidade.
Vamos votar a 720/2018. Quem vota contra? Quem se abstém? A proposta foi
aprovada com os votos contra do PCP a abstenção do PSD e do CDS e o voto
a favor dos restantes vereadores.
Declaração de voto seleção de voto do CDS e do PSD
O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 720/2018 a qual foi aprovada por
maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE), 6 abstenções (4CDS/PP e
2PPD/PSD) e 2 votos contra (PCP)
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Os Srs. Vereadores do CDS/PP e do PPD/PSD apresentaram declaração de
voto.
O Sr. Presidente: - Vamos agora para a proposta relativa à Derrama. Bom,
relativamente à derrama, eu queria informar que faríamos uma alteração da
proposta da Câmara, no ponto inicial de subir o patamar de 1 milhão para
1.200 mil, indo de encontro à proposta que o PCP fez na alínea b). Alteração
na proposta da Câmara, no 2-b) onde se lê “1 milhão”, passa-se a ler “1.200
mil”.
Vamos então votar as propostas relativas à derrama. A do CDS é 721-A, a do
PCP é 721-B e depois votaremos a proposta original alterada.
Não há nenhum pedido de votação por ponto na do CDS, pois não? Podemos
votar como está? Vamos então votar a proposta 721-A do CDS relativa à
Derrama. Quem vota contra? Quem se abstém? A proposta foi rejeitada com
os votos do Bloco de Esquerda, PCP, Partido Socialista, Independentes.
Vamos agora votar a proposta do PCP, que é a proposta 721-B. Quem vota
contra? Quem se abstém? A proposta foi rejeitada com o voto contra do PS, do
Bloco de Esquerda, a abstenção do PSD, do CDS, o voto a favor do PCP.
Declaração do Vereador do Bloco de Esquerda, declaração do CDS e do PSD.
Vamos agora votar a proposta 721 na versão alterada, já ditada para a Ata.
Foi pedida a votação por pontos. Vamos na proposta 721, vamos votar o ponto
1. Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovada por unanimidade.
Vamos agora votar o ponto 2 a). Quem vota contra? Quem se abstém?
Aprovado com a abstenção do CDS, o voto a favor dos restantes vereadores.
Vamos lutar agora o ponto de 2 b). Quem vota contra? Quem se abstém?
Aprovado com a abstenção do CDS e do Bloco de Esquerda e o voto a favor
dos restantes vereadores.
Vamos agora estar o ponto 3. Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado
com a abstenção do CDS, do PCP e o voto a favor dos restantes vereadores.
Declaração de voto dos vereadores do CDS.
Vamos agora votar o ponto 9 da ordem de trabalhos, a proposta 722/2018.
Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado com os votos contra do PCP e
a abstenção do CDS e do PSD e o voto a favor dos restantes vereadores.
Vamos agora votar o ponto 10 da ordem de trabalhos, a proposta 723/2018.
Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado com a abstenção do CDS, do
PCP e o voto a favor dos restantes vereadores.
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Declaração de voto dos vereadores do CDS. Declaração de voto do vereador
do Bloco de Esquerda.
O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 722/2018 a qual foi aprovada por
pontos:
Ponto 1 – Aprovado por unanimidade.
Ponto 2. a) - Aprovado por maioria com 12 votos a favor (6PS, 1Ind.,
2PPD/PSD, Ponto 2. b) - Aprovado por maioria com 11 votos a favor (6PS,
1Ind., 2PPD/PSD e 2PCP) e 5 abstenções (4CDS/PP e 1BE)
2PCP e 1BE) e 4 abstenções (CDS/PP)
Ponto 3 - Aprovado por maioria com 10 votos a favor (6PS, 1Ind., 2PPD/PSD e
1BE) e 6 abstenções (4CDS/PP e 2PCP)
O Sr. Presidente: - Falta-nos agora votar o ponto 5. A proposta 718/2018,
podemos votar? Estão a pedir por pontos? Muito bem Srs. Vereadores, vamos
então votar por pontos a Proposta 718/2018, que aprova o Orçamento e as
Grandes Opções do Plano.
Vamos votar o ponto 1. Quem vota contra? Quem se abstém? Foi aprovado
com os votos contra do PSD, do CDS, do PCP e o vota a favor dos restantes
vereadores. Nesta votação o ponto foi aprovado com o meu voto de qualidade.
Vamos agora votar o ponto 2. Quem vota contra? Quem se abstém? O ponto
foi aprovado com o voto contra do CDS, do PSD e a abstenção do PCP e o
voto a favor dos restantes vereadores.
Vamos agora votar o ponto 3 da Proposta, 718. Não eu votei todos juntos, peço
desculpa então vamos repetir o a votação do ponto 2-a), quem vota contra?
Quem se abstém? Aprovado com o voto contra do PSD, do CDS, a abstenção
do PCP e o voto a favor dos restantes vereadores.
Vamos agora votar os pontos B e C, da alinha 2), quem vota contra? Quem se
abstém? Foi aprovado com os votos contra do PCP, CDS, PSD, o vota a favor
dos restantes vereadores e com o meu voto de qualidade.
Vamos agora votar o ponto 3 da mesma proposta. Quem vota contra? Quem se
abstém? Aprovado com os votos contra do CDS, PSD, a abstenção do PCP e o
voto a favor dos restantes vereadores.
Vamos votar agora o ponto 4, 5 e 6 da proposta. Quem vota contra? Quem se
abstém? Aprovado com os votos contra do CDS, do PSD e o voto a favor dos
restantes vereadores.
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Vamos agora votar o ponto 7 da mesma proposta. Quem vota contra? Quem se
abstém? Foi aprovado com os votos contra do PSD, CDS, PCP e o voto a favor
dos restantes vereadores e o meu voto de desempate, o voto de qualidade.
Declaração de voto dos vereadores do PCP.
O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 718/2018 a qual foi aprovada por
pontos:
Pontos 1) e 7) – Aprovados por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE)
e 8 votos contra (4CDS/PP, 2PPD/PSD e 2PCP)
O Senhor Presidente exerceu voto de qualidade
Ponto 2) - a) - Aprovado por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE), 2
abstenções (PCP) e 6 votos contra (4CDS/PP e 2PPD/PSD)
Pontos 2) - b) e c) - Aprovados por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e
1BE) e 8 votos contra (4CDS/PP, 2PPD/PSD e 2PCP)
O Senhor Presidente exerceu voto de qualidade
Ponto 3) - Aprovado por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE), 2
abstenções (PCP) e 6 votos contra (4CDS/PP e 2PPD/PSD)
Pontos 4), 5) e 6) - Aprovados por maioria com 10 votos a favor (6PS, 1Ind.,
2PCP e 1BE)e 6 votos contra (4CDS/PP e 2PPD/PSD)