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COLÉGIO ESTADUAL NOSSA SENHORA APARECIDA - EFM PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2012

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COLÉGIO ESTADUAL NOSSA SENHORA APARECIDA - EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

2012

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LÍNGUA PORTUGUESA – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino da Língua Portuguesa passou por várias transformações desde

que foi instituído como disciplina obrigatória nas escolas.

Antes, o ensino da gramática normativa e da literatura clássica era muito

valorizado, deixando de lado a bagagem cultural trazida pelo aluno, bem como a

variante linguística utilizada por ele. O ensino da literatura privilegiava apenas a

leitura de clássicos que na verdade, servia como desculpa para o estudo da língua

formal e das normas gramaticais.

No início dos anos 80 esse quadro sofreu algumas mudanças, o ensino

da língua materna e da literatura começou a ser repensado, a língua deixou de ser

tratada como uma coisa estática, estagnada no tempo, presente apenas nas obras

clássicas, passando a ser estudada como língua viva, dialógica, em constante

movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva numa proposta que dá

ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente

reflexiva e produtiva.

Atualmente assume-se a concepção de língua como prática que se

efetiva na diferentes instâncias sociais, onde o objeto de estudo da disciplina é a

língua e o conteúdo estruturante de Língua Portuguesa é o discurso, concebido

como prática social, desdobrando em três práticas: leitura, escrita e oralidade.

É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as

redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao

conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que

favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. Contudo, à escola não pode

trabalhar só com a norma culta, porque não seria democrática, pois há a

necessidade de levar em conta o meio social em que esta está inserida e a

realidade dos alunos que pertencem à comunidade escolar.

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O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os

conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam

compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses

discursos.

A priorização de normas gramaticais nos trabalhos com a língua, dentro

de uma visão cronológica da historiografia literária, faz com que se fundamentem

língua e literatura, havendo então a chamada superação efetiva. O trabalho

pedagógico com a Língua Portuguesa fundamenta-se na formação de um trabalho

social e histórico que tem como objetivo o conhecimento da língua da melhor forma

possível, através de trocas de experiências dentro da própria linguagem, pois

através da linguagem que o homem se reconhece e interage com o meio onde vive.

Tendo em vista que a Língua Portuguesa trabalha com as práticas

discursivas da oralidade, leitura e escrita, e que a linguagem faz parte do primeiro

momento de vida, envolvendo gradativamente a miscigenação das culturas,

salientamos que a história e cultura afro-brasileira, prevenção e uso indevido de

drogas, educação ambiental e educação fiscal, enfrentamento a violência contra

criança e adolescente, gênero e diversidade sexual e história do Paraná, serão

termos abordados em diferentes gêneros discursivos que colaboram para a

formação de valores éticos e o senso crítico de nossos discentes, aprofundando

com pesquisas e aulas expositivas, vem ressaltar a importância desses desafios

educacionais contemporâneos, contribuindo para o enriquecimento da disciplina,

bem como desenvolver uma sociedade constitutiva de opiniões.

OBJETIVOS

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de

língua, busca:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-

la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

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• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio

de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o

aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar

acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Gêneros discursivos.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

6º Ano

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

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Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafo;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem.

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

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Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

7º Ano

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Aceitabilidade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Ambiguidade;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

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Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem.

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Semântica.

8º Ano

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

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Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem.

Semântica: - operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes e organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Semântica: - operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

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ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º Ano

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade e Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

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texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Semântica: - operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica: - operadores argumentativos;

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- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

METODOLOGIA

A Língua Portuguesa deve atender a uma perspectiva sociointeracionista,

pois toda a produção humana de linguagem jamais nasce sem ter na sua origem a

preocupação de se dirigir a alguém, assim não há como conceber uma consciência

sem que ela esteja integrada à “unidade da experiência objetiva”, a qual só adquire

significado se houver a interferência do outro.

Rompendo a rotina diária e hábitos, repensando conceitos e valores

educacionais e abrindo novos caminhos, faremos com que a prática educacional

seja transformadora.

Sendo o professor reflexivo, aquele que reflete seu trabalho ao executar o

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que planejou ao analisar sua prática, com intuito de reformular e melhorar sempre

que for preciso, haverá transformação necessária para compreender o contexto da

sala de aula, tendo constante diálogo e por meio da análise dessa relação se possa

evitar que o autoritarismo e a apatia predominem.

As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e

apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de

família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações

significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização;

recado; explicação; contação de histórias; troca de opiniões; debates; seminários e

outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para

aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns exemplos de gêneros

escritos não se reduzindo somente a esses: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia,

editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa,

resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de

experiência, receitas. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com

os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão,

dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.

Para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto

que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Segundo Antunes (2003),

conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história

em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade pretendida com a

leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme

variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...), variam também as

estratégias a serem usadas.

O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda,

aqueles em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens,

as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os

quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos

textos verbais.

Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é

diferente se comparada a outros gêneros e suportes.

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O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o

Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e

constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao

saber.

As aulas de Literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às

necessidades e contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas ideias e as

relações discursivas por eles estabelecidas num contínuo processo de leitura.

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, o professor de Português deve prever abordagem da cultura e história afro-

brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08),

Educação Ambiental (Lei 9795/99) e Música (Lei 11.645/08). A temática Prevenção e

Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento a Violência contra a criança e o

adolescente (L. F. 11525/07) se farão presente, identificando os riscos, suas causas

e consequências para o a sociedade.

Entendendo e conhecendo a diversidade da formação do povo, com seus

mais diferentes aspectos culturais, será oportunizado reflexões referente a

discussão do Gênero e Diversidade Sexual.

É preciso ver o aluno como um ser construído em construção, por meio

de suas vivências, desenvolvendo a oralidade, escrita, leitura, análise linguística

com a concepção sociointeracionista, pois a língua só existe em situações de

interações, que assumem a língua em sua história e funcionamento.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua e que priorize a qualidade e o processo de

aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo, o qual é

chamado de avaliação formativa.

Não há dúvida de que a avaliação formativa é o melhor caminho para

garantir a aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera

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que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e por ser

contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando assim, que a

intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo e que o professor procure

caminhos para que todos os alunos aprendam e participem de ensino e de

aprendizagem.

Na oralidade a avaliação será feita considerando a participação em

diálogos, relatos, discussões, clareza que mostra em expor suas ideias, fluência na

fala, desembaraço e argumentação.

Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como uma fase do

processo de produção num produto final.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos seus aspectos

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados

nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e

contextualizada, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior

do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações

linguísticas (de reestrutura do texto, inclusive).

Quanto à leitura, o professor propõe questões abertas, discussões,

debates e atividade de compreensão do texto.

Os instrumentos de avaliação utilizados serão: debate, produção de um

texto, provas com questões diversificadas, conversação, etc, para que haja a

possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como:

memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,

interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros.

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REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e Formação do

leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português-linguagens. Ensino fundamental II. São Paulo: Atual, 2009. (Conforme nova ortografia)

FARACO & MOURA. Gramática. 12ad. São Paulo: Editora Ática, 1999.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

_____. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003.

_____. Linguagem, escola e modernidade. In: GHIRALDELLI, P. J. Infância, escola e modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.

FINAU, R. A., CHANOSKI-GUSSO, A. M. Língua Portuguesa: rumo ao letramento. Curitiba: Base, 2002.

KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez,

2003.

MAIA, João Domingues. Gramática Teoria e Exercícios. São Paulo: Ática, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED-PR, 2008.

SANCHES, Kátia P. G.; ANDREU, Sebastião. Aprendendo a ler e escrever textos. Curitiba: Nova Didática, 2004.

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MATEMÁTICA – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As orientações didáticas apresentadas a seguir pretendem contribuir para

a reflexão a respeito de como ensinar, abordando aspectos ligados às condições em

que constitui o conhecimento matemático.

A Matemática é apontada como a disciplina que mais retém alunos no

Ensino Fundamental. No entanto, recentemente vêm se realizando mudanças

significativas com a intenção de reverter esse quadro.

O objetivo maior não é apenas alterar os fundamentos, e sim analisar os

conceitos e procedimentos a serem ensinados, modos pelos quais eles se

relacionam entre si, e também formas por meio das quais os alunos poderão

construir esses conhecimentos matemáticos.

Entende-se que a Matemática, como parte do conhecimento científico, é

um bem cultural construído nas relações do homem com o mundo em que vive e no

interior nas relações sociais. No entanto, o predomínio de uma concepção platônica-

formalista de Matemática enfatizando que esse conhecimento é produzido e se

desenvolve atendendo as solicitações da própria ciência, tem permitido que o

conhecimento matemático seja visto distanciado do processo histórico-social onde é

produzido e que ajuda a produzir.

O professor, ao ensinar Matemática atualmente precisa levar em conta

que a escola onde leciona não é um mundo em si isolado, mas faz parte de uma

organização mais ampla, a sociedade. Dessa forma, ensinar Matemática para

alunos determinados, numa sala de aula determinada, pertencente a certo contexto,

vai muito além da realidade vivida por ele, professor e seus alunos, já que esse

ensinar é atingido pelas expectativas e ações da organização social maior.

Além disso, considerando a escola como instituição responsável pela

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difusão do saber científico a todos, caberá aos profissionais envolvidos com a

questão escolar possibilitar e incentivar o constante aperfeiçoamento do professor

em conteúdos e métodos, de modo que ele possa desenvolver formas de trabalho

com os alunos, coerentes com uma concepção de Matemática e de ensino visando

à construção do conhecimento matemático.

As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs), para a área de matemática

constituem um referencial para a construção de uma prática que o favoreça o

acesso ao conhecimento matemático que possibilita de fato a inserção dos alunos

como cidadãos, no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura. As DCEs

destacam que a Matemática está presente na vida de todas as pessoas, em

situações em que é preciso, por exemplo, quantificar, calcular, localizar um objeto no

espaço, ler gráficos e mapas, fazer previsões. Mostram que é fundamental superar a

aprendizagem centrada em procedimentos mecânicos, indicando a resolução de

problemas como ponto de partida da atividade matemática a ser desenvolvida em

sala de aula; desenvolver as capacidades cognitivas dos discentes e a sua

confiança no enfrentamento de desafios, ampliando assim os recursos para o

exercício da cidadania, ao longo de seu processo de aprendizagem.

Visando desenvolver o discente de forma holística, deve-se buscar fazer

com que o mesmo vivencie os Desafios Educacionais Contemporâneos e a

Diversidade, através de abordagens contextualizadas nas seguintes temáticas:

História e Cultura Afro-brasileira, que podem ser vislumbradas através das Leis nº.

10.639/03 e nº. 11.645/08, a Educação Ambiental através da Lei nº. 9.795/99, a qual

institui a Política Nacional de Educação Ambiental, a problemática de prevenção ao

uso indevido de drogas, buscando entender os sintomas, os malefícios, os riscos, e

as áreas em que as mesmas têm uma maior incidência e do seu por que, o

Enfrentamento a Violência nas Escolas, através da busca do entendimento do por

que de sua ocorrência, Educação Fiscal e Financeira, fazendo com que o discente

desperte a sua consciência financeira, Gênero e Diversidade Sexual através da

discussão e do despertar da civilidade e da consciência de vida em sociedade e na

sua diversidade, e sobre a História do Paraná, através da análise e do estudo da Lei

nº. 07/06.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

As finalidades do ensino de Matemática indicam como objetivos do

ensino fundamental, levar o aluno a:

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo atual a sua volta e perceber o caráter de jogo

intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a

curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para

resolver problemas;

Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos

do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de

relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritmético,

geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); selecionar,

organizar e produzir informações relevantes, para interpretar e avaliá-las

criticamente;

Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,

desenvolvendo formas de raciocínio e processos, com analogia, estimativa, e

utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem com instrumentos

tecnológicos disponíveis;

Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo

uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes

representações matemáticas;

Estabelecer conexões entre temas matemáticos e diferentes campos e

entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções;

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando

coletivamente na busca de soluções de problemas propostos, identificando aspectos

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consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar

dos colegas e aprendendo com eles.

Ampliar o significado do número natural pelo seu uso em situações-

problema e pelo reconhecimento de relações e irregularidades.

Construir o significado do número racional e de suas representações

(fracionária e decimal), a partir de seus diferentes usos no contexto social.

Interpretar e produzir escritas numéricas, considerando as regras do

sistema de numeração decimal estendendo-as para a representação dos números

racionais na forma decimal.

Resolver problemas, consolidando alguns significados das operações

fundamentais e construindo novos, em situações que envolvam números naturais e,

em alguns casos, racionais.

Ampliar os procedimentos de cálculo – mental, escrito, exato,

aproximado – pelo conhecimento de regularidades dos fatos fundamentais, de

propriedades das operações e pela antecipação e verificação de resultados.

Refletir sobre procedimentos de cálculo que levam à ampliação do

significado do número e das operações, utilizando a calculadora como estratégia de

verificação de resultados.

Estabelecer pontos de referência para interpretar e representar a

localização e movimentação de pessoas ou objetos, utilizando terminologia

adequada para descrever posições.

Identificar características das figuras geométricas, percebendo

semelhanças e diferenças entre elas, por meio de composição e decomposição,

simetrias, ampliações e reduções.

Recolher dados e informações, elaborar formas para organizar e

expressá-los, interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e gráficos e

valorizar essa linguagem como forma de comunicação.

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23

METODOLOGIA

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de

situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum

conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a escola proverá a

difusão do conhecimento matemático já organizado, relacionando com o seu

desenvolvimento histórico e com outros problemas da vida social.

Para o estudo dos conteúdos apresentados números e operações é

fundamental a proposição de situações-problemas que possibilitem o

desenvolvimento do sentido numérico e os significados das operações.

A resolução de situações-problemas permite a ampliação do sentido

operacional, que se desenvolve simultaneamente à compreensão dos significados,

dos números.

O fato de que muitas situações da vida cotidiana funcionam de acordo

com leis de proporcionalidade evidencia que o desenvolvimento do raciocínio

proporcional é útil na interpretação de fenômenos do mundo real. Assim, é desejável

explorar problemas que levam os alunos a fazer predições por meio de questões

que envolvam aspectos qualitativos e quantitativos.

Os conteúdos serão apresentados em aulas expositivas e investigativas,

sempre que possível serão complementados utilizando os seguintes materiais:

Folhas mimeografadas;

Material dourado;

Ábaco;

Balança;

Construções de materiais;

Fita métrica;

Tábua fracionária;

Cartolina;

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24

Recortes;

Jogos de dominó, jogos com tampinhas, compasso, transferidor,

esquadro, régua.

Vídeo;

Papel milímetrado, etc.

Uso de calculadora para que os alunos liberados dos cálculos

concentrem-se na descoberta do padrão.

Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois

permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a

criatividade na elaboração de estratégias de resoluções.

Alguns conteúdos haverá a necessidade de pesquisa, onde os alunos

poderão desenvolver o hábito de leitura e o gosto pela pesquisa e também um

autodesenvolvimento e a formação de um senso crítico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS

6º Ano

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistemas de numeração:

Conhecer a origem e a evolução dos sistemas de numeração ao

longo da história;

Reconhecer e utilizar os números para indicar quantidade, medida,

ordem ou código.

Números Naturais:

Reconhecer a sequência dos números naturais e compreender sua

representação na reta numérica;

Identificar os números naturais consecutivos;

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25

Classificar os números pares e ímpares.

Múltiplos e divisores:

Determinar os múltiplos e divisores de um número natural;

Calcular o MMC e o MDC entre dois ou mais números

naturais.

Potenciação e radiciação:

Compreender o conceito de potência como o produto de

fatores iguais

Identif icar os termos da potenciação e da radiciação;

Compreender o signif icado da potência de expoente

qualquer por meio da observação de regularidades.

Números fracionários:

Compreender o conceito de fração em diferentes situações;

Saber ler os números fracionários e identif icar seus

elementos;

Relacionar as frações e as porcentagens;

Efetuar adições, subtrações e multiplicações de frações.

Números decimais:

Transformar os números decimais em frações e vice -versa;

Comparar números decimais;

Escrever na forma decimal números escritos na forma mista.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento:

Identif icar o metro como unidade-padrão de medida de

comprimento;

Reconhecer os múltiplos e submúltiplos do metro;

Converter unidades de medida de comprimento.

Medidas de massa:

Identif icar o quilograma como unidade-padrão de medida de

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26

massa;

Reconhecer algumas unidades de medida de massa;

Converter unidades de medida de massa.

Medidas de área:

Compreender o conceito de área;

Reconhecer o centímetro quadrado, o metro quadrado e o

quilômetro, quadrado como unidades de medida de superfície;

Identif icar o alqueire e o hectare como unidades de medida

agrária.

Medidas de volume:

Identif icar o metro cúbico como unidade-padrão de medida

de volume;

Reconhecer algumas unidades de medida de volume.

Medidas de tempo:

Identif icar as unidades de medida de tempo;

Util izar o calendário;

Identif icar os anos bissextos.

Medidas de ângulos:

Compreender a ideia de ângulo;

Medir e construir ângulos com o auxílio do transferidor;

Classif icar os ângulos.

Sistema monetário:

Compreender a função do dinheiro;

Realizar operações de compra, venda e poupança.

GEOMETRIAS

Geometria Plana:

Compreender os conceitos de reta, segmento de reta,

ponto, plano, semirreta;

Conceituar e classif icar f iguras planas.

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27

Geometria Espacial:

Compreender e classif icar os sólidos geométricos;

Identif icar os corpos redondos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;

Ler e interpretar dados expressos em gráf icos e tabelas;

Expressar dados em gráf icos e tabelas;

Compreender procedimentos de coleta, organização e

comunicação de dados.

Porcentagem:

Ler e interpretar quantidades expressas em porcentagem;

Calcular porcentagem de valores.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA 6º ANO

Os critérios indicados apontam aspectos considerados essenciais:

Apresentam-se numa forma que permite a cada professor adequá-los em função do

trabalho efetivamente realizado em sala de aula, em que estes devem levar o aluno

a:

Interpretar uma situação-problema, distinguir as informações

necessárias das supérfluas, planejar a resolução, identificar

informações que necessitam ser levantadas, estimar (ou prever)

soluções possíveis, decidir sobre procedimentos de resolução a serem

utilizados, investigar, justificar, argumentar e comprovar a validade de

resultados e apresentá-los de forma organizada e clara.

Resolver situações-problema com números naturais, fracionários e

decimais, em diversos contextos, selecionando e utilizando

procedimentos de cálculo (exato ou aproximado, escrito ou mental),

em função da situação-problema proposta.

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Reconhecer as potências como multiplicação de mesmo fator e a

radiciação como sua operação inversa.

Resolver situações problema que envolva porcentagem e relacione as

com os números na forma decimal e fracionária.

Reconhecer e compreender os diversos sistemas de medidas

(comprimento, massa, área, volume, tempo, ângulos) e saber aplicá-

los.

Construir o significado das medidas, a partir de situações-problema

que expressem seu uso no contexto social e em outras áreas do

conhecimento e possibilitem a comparação de grandezas de mesma

natureza.

Relacionar a evolução do Sistema Monetário Brasileiros com os

demais sistemas mundiais.

Obter medidas de grandezas, utilizando unidades e instrumentos

convenientes (de acordo com a precisão desejável), representar essas

medidas, fazer cálculos com elas e arredondar resultados.

Representar resultados de medições, utilizando a terminologia

convencional para as unidades mais usuais dos sistemas de medida,

comparar com estimativas prévias e estabelecer relações entre

diferentes unidades de medida.

Interpretar e identificar os diferentes tipos de gráficos e compilação de

dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas

formas em que se apresentam.

Perceber que, por meio de diferentes transformações de uma figura

no plano (translação, reflexões em retas, rotações) obtêm-se figuras

semelhantes e de aplicar as propriedades.

Levar o aluno a ler e interpretar dados estatísticos registrados em

tabelas e gráficos, como também elaborar instrumentos de pesquisa e

organizar os dados em diferentes tipos de gráficos, determinando

algumas medidas de tendência central da pesquisa, indicando qual

delas é a mais adequada para fazer inferências.

Levar o aluno a resolver problemas de contagem utilizando

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procedimentos diversos, inclusive o princípio multiplicativo e de

construir o espaço amostral de eventos equiprováveis, indicando a

probabilidade de um evento por meio de uma razão.

Utilizar diferentes registros: desenhos, esquemas, escritas numéricas,

como recurso para expressar ideias, ajudar a descobrir formas de

resolução e comunicar estratégias e resultados.

Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar, em

diferentes contextos do cotidiano e de outras áreas do conhecimento,

os conceitos e procedimentos matemáticos abordados neste ciclo.

Vivenciar processos de resolução de problemas, percebendo que para

resolvê-los é preciso compreender, propor e executar um plano de

solução.

Usar como parâmetro avaliativo as produções dos alunos em sala de

aula.

Usar como parâmetro avaliativo as produções extraclasse dos alunos.

Avaliar o interesse do aluno em participar das aulas e trabalhos

propostos.

Avaliar o relacionamento interpessoal dos alunos.

Avaliar o desenvolvimento gradual dos exercícios propostos não se

preocupando apenas com o resultado final.

As avaliações devem ser de 0,00 (zero) a 10,0 (dez), oportunizando

ao aluno a Recuperação Paralela.

Possibilitar ao aluno a autoavaliação.

7º Ano

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Inteiros:

Escrever o conjunto dos números inteiros e representá -los

na reta dos inteiros;

Identif icar na reta numérica o módulo de um número inteiro;

Comparar números inteiros.

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Números Racionais:

Reconhecer todo número escrito na forma p

q , com p e q

pertencendo ao conjunto dos números inteiros e sendo q

diferente de zero, como um número racional;

Associar o número p

q como o quociente indicado de p:q.

Equação e Inequação do 1º grau:

Identif icar como equação toda sentença matemática

expressa por uma igualdade que apresente um ou mais

elementos desconhecidos;

Identif icar o elemento desconhecido como incógnita;

Identif icar os conjuntos numéricos como conjuntos universo

de uma equação;

Identif icar como uma desigualdade toda sentença da forma

a≠ b , onde a e b são numerais de números diferentes;

Reconhecer que a sentença a≠ b implica a > b ou a < b e

que uma exclui a outra.

Razão e Proporção:

Interpretar o conceito de razão;

Identif icar razão de dois números racionais a e b como

quociente de a por b;

Identif icar os termos de uma razão;

Identif icar proporção como a igualdade de duas razões;

Identif icar os extremos e os meios de uma proporção.

Regra de três simples:

Reconhecer quando dois grupos de números são

diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais;

Aplicar o conceito de números diretamente proporcio nais

para resolver problemas.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura:

Identif icar as unidades de medida de temperatura;

Util izar o termômetro;

Identif icar o ºC (Grau Celsius) como unidade padrão de

medida de temperatura;

Reconhecer os múltiplos e submúltiplos do ºC.

Medidas de ângulos:

Reconhecer o ângulo como a f igura geométrica constituída

por duas semirretas de mesma origem e não coincidentes;

Identif icar e nomear vértices e lados de um ângulo;

Indicar corretamente um ângulo;

GEOMETRIAS

Geometria Plana:

Identif icar e construir f iguras planas.

Geometria Espacial:

Identif icar e construir sólidos geométricos a partir de f iguras

planas.

Geometrias não-euclidianas:

Identif icar e compreender as noções de interior, exterior,

fronteira, vizinhança, curvas e conjuntos abertos e fechados.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística:

Compreender os procedimentos de coleta, organização e

comunicação de dados;

Transformar os dados obtidos na pesquisa estatística em

informações úteis;

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32

Construir, analisar e interpretar gráf icos e tabelas.

Média Aritmética:

Compreender o conceito de média aritmética;

Calcular e interpretar a média aritmética.

Moda e mediana:

Compreender o conceito de moda;

Compreender o conceito de mediana;

Calcular moda;

Calcular mediana.

Juros simples:

Reconhecer o juro como a compensação em dinheiro que se

recebe ou que se paga por uma quantia depositada ou

emprestada;

Calcular juros simples.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA 7º ANO

Os critérios indicados apontam aspectos considerados essenciais:

Apresentam-se numa forma que permite a cada professor adequá-los em função do

trabalho efetivamente realizado em sala de aula.

Levar o aluno a interpretar uma situação-problema, distinguir as

informações necessárias das supérfluas, planejar a resolução,

identificar informações que necessitam ser levantadas, estimar (ou

prever) soluções possíveis, decidir sobre procedimentos de resolução

a serem utilizados, investigar, justificar, argumentar e comprovar a

validade de resultados e apresenta-os de forma organizada e clara.

Levar o aluno a resolver situações-problema com números naturais,

racionais e inteiros, em diversos contextos, selecionando e utilizando

procedimentos de cálculo (exato ou aproximado, escrito ou mental),

em função da situação-problema proposta.

Levar o aluno a resolver situações-problema por meio de equações

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33

(incluindo sistemas de equações do primeiro grau com duas

incógnitas) aplicando as propriedades da igualdade para determinar

suas soluções e analisá-las no contexto da situação-problema

enfocada.

Levar o aluno a resolver situações-problema (escalas, porcentagem e

juros simples) que envolvem a variação de grandezas direta ou

inversamente proporcionais, utilizando estratégias como regra de três;

de representar, em um sistema de coordenadas cartesianas, a

variação de grandezas envolvidas em um fenômeno, analisando e

caracterizando o comportamento dessa variação em diretamente

proporcional, inversamente proporcional ou não - proporcional.

Levar o aluno a perceber que, por meio de diferentes transformações

de uma figura no plano (translação, reflexões em retas, rotações)

obtêm-se figuras semelhantes e de aplicar as propriedades da

congruência e as da semelhança em situações-problema.

Levar o aluno a obter medidas de grandezas, utilizando unidades e

instrumentos convenientes (de acordo com a precisão desejável),

representar essas medidas, fazer cálculos com elas e arredondar

resultados; bem como resolver situações que envolvem grandezas

determinadas pela razão de duas outras(como densidade demográfica

e velocidade).

Levar o aluno a ler e interpretar dados estatísticos registrados em

tabelas e gráficos, como também elaborar instrumentos de pesquisa e

organizar os dados em diferentes tipos de gráficos, determinando

algumas medidas de tendência central da pesquisa, indicando qual

delas é a mais adequada para fazer inferências.

Levar o aluno a resolver problemas de contagem utilizando

procedimentos diversos, inclusive o princípio multiplicativo e de

construir o espaço amostral de eventos equiprováveis, indicando a

probabilidade de um evento por meio de uma razão.

Utilizar diferentes registros - desenhos, esquemas, escritas numéricas

- como recurso para expressar ideias, ajudar a descobrir formas de

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resolução e comunicar estratégias e resultados.

Identificar características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios

a partir de situações-problema, utilizando recursos estatísticos e

probabilísticos.

Construir o significado das medidas, a partir de situações-problema

que expressem seu uso no contexto social e em outras áreas do

conhecimento e possibilitem a comparação de grandezas de mesma

natureza.

Utilizar procedimentos e instrumentos de medidas usuais ou não,

selecionando o mais adequado em função da situação-problema e do

grau de precisão do resultado.

Representar resultados de medições, utilizando a terminologia

convencional para as unidades mais usuais dos sistemas de medida,

comparar com estimativas prévias e estabelecer relações entre

diferentes unidades de medida.

Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar, em

diferentes contextos do cotidiano e de outras áreas do conhecimento,

os conceitos e procedimentos matemáticos abordados neste ciclo.

Vivenciar processos de resolução de problemas, percebendo que para

resolvê-los é preciso compreender, propor e executar um plano de

solução.

Usar como parâmetro avaliativo as produções dos alunos em sala de

aula.

Usar como parâmetro avaliativo as produções extraclasse dos alunos.

Avaliar o interesse do aluno em participar das aulas e trabalhos

propostos.

Avaliar o relacionamento interpessoal dos alunos.

Avaliar o desenvolvimento gradual dos exercícios propostos não se

preocupando apenas com o resultado final.

As avaliações devem ser de 0,00 (zero) a 10,0 (dez), oportunizando

ao aluno a Recuperação Paralela.

Possibilitar ao aluno a autoavaliação.

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8º Ano

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Racionais e Irracionais:

Escrever o conjunto dos números racionais e dos números

irracionais e representá-los na reta dos inteiros;

Identif icar na reta numérica os números racionais e os

números irracionais;

Comparar números inteiros e números irracionais;

Efetuar operações com números racionais e números

irracionais;

Compreender, identif icar e reconhecer os números

irracionais.

Sistemas de Equações do 1º grau:

Reconhecer equações do 1° grau;

Descrever uma situação por meio de um sistema de duas

equações do 1° grau com duas incógnitas;

Reconhecer e resolver sistemas de duas equações do 1°

grau com duas incógnitas;

Representar graf icamente a solução de um sistema de duas

incógnitas.

Potências:

Reconhecer a calcular potências de base 10;

Escrever números util izando notação científ ica;

Efetuar operações util izando notação científ ica.

Monômios e Polinômios:

Reconhecer a util ização de letras para representar números

em expressões algébricas;

Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica;

Identif icar os termos de uma expressão algébrica;

Util izar a linguagem algébrica para representar situações.

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Produtos Notáveis

Reconhecer a util ização de letras para representar números

em expressões algébricas;

Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica;

Identif icar os termos de uma expressão algébrica;

Util izar a linguagem algébrica para representar situações.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento:

Identif icar as formas ci rculares presentes em situações do

dia a dia e em objetos;

Identif icar os elementos de uma circunferência e de um

círculo;

Compreender a diferença entre circunferência e círculo;

Calcular os elementos de uma circunferência e de um

círculo.

Medidas de área:

Calcular a área de polígonos;

Calcular a área de círculos.

Medidas de volume:

Calcular o volume de sólidos geométricos.

Medidas de ângulos:

Compreender a ideia de ângulo;

Identif icar os elementos de um ângulo;

Identif icar ângulos formados por retas parale las

interceptadas por transversal;

Identif icar ângulos alternos, colaterais, correspondentes.

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GEOMETRIAS

Geometria Plana:

Identif icar os elementos de um triângulo;

Compreender a relação entre as medidas dos ângulos

internos e externos;

Reconhecer triângulos semelhantes;

Classif icar os triângulos quanto às medidas dos lados e as

medidas dos ângulos internos.

Geometria Espacial:

Desenvolver a noção de paralelismo;

Desenvolver a noção de espaço.

Geometria Analítica:

Compreender o conceito do Sistema de Coordenadas

Cartesianas;

Localizar pontos no Sistema de Coordenadas Cartesianas.

Geometrias não-euclidianas:

Compreender o conceito de Fractais;

Reconhecer Fractais;

Discutir propriedades dos Fractais.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráfico e Informação:

Reconhecer os gráf icos e tabelas como fontes de

informação;

Identif icar os diferentes tipos de gráf icos e tabelas;

Interpretar dados representados em gráf icos e tabelas;

Construir diferentes tipos de gráf icos e tabelas.

População e amostra:

Compreender os conceitos de população e de amostra;

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38

Util izar os conceitos de população e de amostra em

levantamento de dados.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA 8º ANO

Os critérios indicados apontam aspectos considerados essenciais:

Apresentam-se numa forma que permite a cada professor adequá-los em função do

trabalho efetivamente realizado em sala de aula.

Levar o aluno a interpretar uma situação-problema, distinguir as

informações necessárias das supérfluas, planejar a resolução,

identificar informações que necessitam ser levantadas, estimar (ou

prever) soluções possíveis, decidir sobre procedimentos de resolução

a serem utilizados, investigar, justificar, argumentar e comprovar a

validade de resultados e apresentá-lo de forma organizada e clara.

Levar o aluno a resolver situações-problema com números naturais,

racionais, inteiros e irracionais aproximados por racionais, em diversos

contextos, selecionando e utilizando procedimentos de cálculo (exato

ou aproximado, escrito ou mental), em função da situação-problema

proposta.

Levar o aluno a resolver situações-problema por meio de equações

(incluindo sistemas de equações do primeiro grau com duas

incógnitas) aplicando as propriedades da igualdade para determinar

suas soluções e analisa-las no contexto da situação-problema

enfocada.

Levar o aluno a resolver situações-problema (escalas, porcentagem e

juros simples) que envolvem a variação de grandezas direta ou

inversamente proporcionais, utilizando estratégias como regra de três;

de representar, em um sistema de coordenadas cartesianas, a

variação de grandezas envolvidas em um fenômeno, analisando e

caracterizando o comportamento dessa variação em diretamente

proporcional, inversamente proporcional ou não-proporcional.

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39

Levar o aluno a perceber que, por meio de diferentes transformações

de uma figura no plano (translação, reflexões em retas, rotações)

obtêm-se figuras semelhantes e de aplicar as propriedades da

congruência e as da semelhança em situações-problema.

Levar o aluno a obter medidas de grandezas, utilizando unidades e

instrumentos convenientes (de acordo com a precisão desejável),

representar essas medidas, fazer cálculos com elas e arredondar

resultados; bem como resolver situações que envolvem grandezas

determinadas pela razão de duas outras(como densidade demográfica

e velocidade).

Levar o aluno a ler e interpretar dados estatísticos registrados em

tabelas e gráficos, como também elaborar instrumentos de pesquisa e

organizar os dados em diferentes tipos de gráficos, determinando

algumas medidas de tendência central da pesquisa, indicando qual

delas é a mais adequada para fazer inferências.

Levar o aluno a resolver problemas de contagem utilizando

procedimentos diversos, inclusive o princípio multiplicativo e de

construir o espaço amostral de eventos equiprováveis, indicando a

probabilidade de um evento por meio de uma razão.

Utilizar diferentes registros - desenhos, esquemas, escritas numéricas

como recurso para expressar ideias, ajudar a descobrir formas de

resolução e comunicar estratégias e resultados.

Identificar características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios

a partir de situações-problema, utilizando recursos estatísticos e

probabilísticos.

Construir o significado das medidas, a partir de situações-problema

que expressem seu uso no contexto social e em outras áreas do

conhecimento e possibilitem a comparação de grandezas de mesma

natureza.

Utilizar procedimentos e instrumentos de medidas usuais ou não,

selecionando o mais adequado em função da situação-problema e do

grau de precisão do resultado.

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Representar resultados de medições, utilizando a terminologia

convencional para as unidades mais usuais dos sistemas de medida,

comparar com estimativas prévias e estabelecer relações entre

diferentes unidades de medida.

Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar, em

diferentes contextos do cotidiano e de outras áreas do conhecimento,

os conceitos e procedimentos matemáticos abordados neste ciclo.

Vivenciar processos de resolução de problemas, percebendo que para

resolvê-los é preciso compreender, propor e executar um plano de

solução.

Usar como parâmetro avaliativo as produções dos alunos em sala de

aula.

Usar como parâmetro avaliativo as produções extraclasse dos alunos.

Avaliar o interesse do aluno em participar das aulas e trabalhos

propostos.

Avaliar o relacionamento interpessoal dos alunos.

Avaliar o desenvolvimento gradual dos exercícios propostos não se

preocupando apenas com o resultado final.

As avaliações devem ser de 0,00 (zero) a 10,0 (dez), oportunizando

ao aluno a Recuperação Paralela.

9º Ano

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais:

Escrever o conjunto dos Números Reais;

Identificar os Números Reais na reta numérica;

Comparar Números Reais;

Realizar operações com Números Reais;

Calcular potenciação e radiciação de Números Reais.

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Propriedades dos radicais:

Identif icar o expoente fracionário na forma p

q , com p e q

diferentes de zero, como um radical;

Aplicar as propriedades da radiciação para simplificação de

potenciação com expoentes fracionários;

Compreender a extração de raízes utilizando a fatoração;

Equação do 2º grau:

Reconhecer uma equação do 2° grau;

Identificar os elementos de uma equação do 2° grau;

Classificar as equações do 2° grau como completas ou incompletas;

Representar situações por meio de uma equação do 2º grau;

Resolver equações do 2º grau.

Teorema de Pitágoras:

Identificar os elementos de um triângulo retângulo;

Estabelecer as relações métricas e trigonométricas existentes em um

triângulo retângulo;

Utilizar o Teorema de Pitágoras para determinar elementos do triângulo

retângulo.

Equações Irracionais:

Reconhecer uma equação irracional;

Identificar os elementos de uma equação irracional;

Representar situações por meio de uma equação irracional;

Determinar as soluções de uma equação irracional.

Equações Biquadradas:

Reconhecer uma equação biquadrada

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Identificar os elementos de uma equação biquadrada

Representar situações por meio de uma equação biquadrada

Determinar as soluções de uma equação biquadrada

Regra de Três Composta:

Reconhecer quando grupos de números são diretamente proporcionais

ou inversamente proporcionais;

Aplicar o conceito de números diretamente ou inversamente

proporcionais para resolver problemas.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações Métricas no Triângulo Retângulo:

Identificar os elementos de um triângulo retângulo;

Estabelecer as relações métricas e trigonométricas existentes em um

triângulo retângulo;

Identificar os ângulos notáveis.

Trigonometria no Triângulo Retângulo:

Identificar os catetos adjacente e oposto de um ângulo;

Identificar os ângulos notáveis;

Localizar os valores do seno, cosseno e tangente em uma tabela

trigonométrica;

Calcular os valores do seno, do cosseno e da tangentes dos ângulos.

FUNÇÕES

Noção intuitiva de Função Afim:

Compreender o conceito de função;

Escrever a lei de formação de uma função;

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Representar uma função por meio de diagramas e gráficos;

Identificar uma Função Afim;

Identificar domínio e imagem de uma função Afim;

Representar uma Função Afim por meio de gráficos;

Identificar o zero de uma Função Afim.

Noção intuitiva de Função Quadrática:

Escrever a lei de formação de uma Função Quadrática;

Representar uma Função Quadrática por meio de diagramas e

gráficos;

Identificar uma Função Quadrática;

Identificar o zero de uma Função Quadrática.

GEOMETRIAS

Geometria Plana:

Compreender a noção de semelhança entre figuras geométricas;

Identificar e reconhecer polígonos semelhantes;

Compreender o Teorema de Tales;

Calcular a razão entre dois segmentos de reta;

Utilizar o Teorema de Tales para determinar a medida de um segmento

de reta.

Geometria Espacial:

Identificar e construir sólidos geométricos a partir de figuras planas.

Geometria Analítica:

Compreender o conceito do Sistema de Coordenadas Cartesianas

Tridimensional;

Localizar pontos no Sistema de Coordenadas Cartesianas

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Tridimensional;

Calcular elementos num espaço tridimensional.

Geometrias não-euclidianas:

Identificar e compreender as noções de interior, exterior, fronteira,

vizinhança, curvas e conjuntos abertos e fechados;

Identificar elementos topológicos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noção de Análise Combinatória:

Compreender as técnicas de contagem;

Compreender os conceitos de Combinação, Arranjo, Permutação;

Calcular a combinação, o arranjo e a permutação de valores quaisquer.

Noções de Probabilidade:

Compreender o conceito de Chance de ocorrência de um evento e de

Probabilidade de ocorrência de um evento;

Compreender o conceito de experimento;

Compreender o conceito de aleatoriedade;

Calcular a chance de ocorrência de um evento;

Calcular a probabilidade de ocorrência de um evento;

Estatística:

Identificar as variáveis estatísticas;

Classificar as variáveis em quantitativa (contínua ou discreta) ou

qualitativa;

Calcular a frequência absoluta, a frequência relativa, a frequência

acumulada e a frequência acumulada relativa;

Organizar os dados em rol.

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Juros Compostos:

Reconhecer o juro como a compensação em dinheiro que se recebe ou

que se paga por uma quantia depositada ou emprestada;

Calcular juros compostos;

Resolver situações-problema que envolve cálculo de juros compostos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA 9º ANO

Os critérios indicados apontam aspectos considerados essenciais:

Apresentam-se numa forma que permite a cada professor adequá-los em função do

trabalho efetivamente realizado em sala de aula.

Levar o aluno a interpretar uma situação-problema, distinguir as

informações necessárias das supérfluas, planejar a resolução,

identificar informações que necessitam ser levantadas, estimar (ou

prever) soluções possíveis, decidir sobre procedimentos de resolução

a serem utilizados, investigar, justificar, argumentar e comprovar a

validade de resultados e apresentá-los de forma organizada e clara.

Levar o aluno a resolver situações-problema com números naturais,

racionais, inteiros e irracionais aproximados por racionais, em diversos

contextos, selecionando e utilizando procedimentos de cálculo (exato

ou aproximado, escrito ou mental), em função da situação-problema

proposta.

Levar o aluno a resolver situações-problema por meio de equações

(incluindo sistemas de equações do primeiro grau com duas

incógnitas) aplicando as propriedades da igualdade para determinar

suas soluções e analisá-las no contexto da situação-problema

enfocada.

Levar o aluno a resolver situações-problema (escalas, porcentagem e

juros simples) que envolvem a variação de grandezas direta ou

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inversamente proporcionais, utilizando estratégias como regra de três;

de representar, em um sistema de coordenadas cartesianas, a

variação de grandezas envolvidas em um fenômeno, analisando e

caracterizando o comportamento dessa variação em diretamente

proporcional, inversamente proporcional ou não - proporcional.

Levar o aluno a perceber que, por meio de diferentes transformações

de uma figura no plano (translação, reflexões em retas, rotações)

obtêm-se figuras semelhantes e de aplicar as propriedades da

congruência e as da semelhança em situações-problema.

Levar o aluno a obter medidas de grandezas, utilizando unidades e

instrumentos convenientes (de acordo com a precisão desejável),

representar essas medidas, fazer cálculos com elas e arredondar

resultados; bem como resolver situações que envolvem grandezas

determinadas pela razão de duas outras(como densidade demográfica

e velocidade).

Levar o aluno a ler e interpretar dados estatísticos registrados em

tabelas e gráficos, como também elaborar instrumentos de pesquisa e

organizar os dados em diferentes tipos de gráficos, determinando

algumas medidas de tendência central da pesquisa, indicando qual

delas é a mais adequada para fazer inferências.

Levar o aluno a resolver problemas de contagem utilizando

procedimentos diversos, inclusive o princípio multiplicativo e de

construir o espaço amostral de eventos equiprováveis, indicando a

probabilidade de um evento por meio de uma razão.

Utilizar diferentes registros - desenhos, esquemas, escritas numéricas

- como recurso para expressar ideias, ajudar a descobrir formas de

resolução e comunicar estratégias e resultados.

Identificar características de acontecimentos previsíveis ou aleatórios

a partir de situações-problema, utilizando recursos estatísticos e

probabilísticos.

Construir o significado das medidas, a partir de situações-problema

que expressem seu uso no contexto social e em outras áreas do

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conhecimento e possibilitem a comparação de grandezas de mesma

natureza.

Utilizar procedimentos e instrumentos de medidas usuais ou não,

selecionando o mais adequado em função da situação-problema e do

grau de precisão do resultado.

Representar resultados de medições, utilizando a terminologia

convencional para as unidades mais usuais dos sistemas de medida,

comparar com estimativas prévias e estabelecer relações entre

diferentes unidades de medida.

Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar, em

diferentes contextos do cotidiano e de outras áreas do conhecimento,

os conceitos e procedimentos matemáticos abordados neste ciclo.

Vivenciar processos de resolução de problemas, percebendo que para

resolvê-los é preciso compreender, propor e executar um plano de

solução.

Usar como parâmetro avaliativo as produções dos alunos em sala de

aula.

Usar como parâmetro avaliativo as produções extraclasse dos alunos.

Avaliar o interesse do aluno em participar das aulas e trabalhos

propostos.

Avaliar o relacionamento interpessoal dos alunos.

Avaliar o desenvolvimento gradual dos exercícios propostos não se

preocupando apenas com o resultado final.

As avaliações devem ser de 0,00 (zero) a 10,0 (dez), oportunizando

ao aluno a Recuperação Paralela.

Possibilitar ao aluno a autoavaliação.

A avaliação para todas as séries do Ensino Fundamental anos finais será

diagnóstica, para detectar os conjuntos de dados que levam a dificuldade de

aprendizagem do educando; contínua, observação do dia-a-dia do aluno, do seu

desenvolvimento (raciocínio lógico/prático); abrangente, observando a construção do

conhecimento; e permanente, considerando nos registros escritos a nas

manifestações orais dos educandos, além dos acertos, os erros de raciocínio e de

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cálculo do ponto de vista do processo de aprendizagem. Serão utilizados

instrumentos de avaliação diversificados de acordo com as possibilidades teórico-

metodológicas oferecidas para avaliar os critérios estabelecidos como a realização

de debate, produção de textos, prova com questões diversificadas, participação,

entre outros, para que não se reduza a possibilidade de observar os diversos

processos cognitivos dos alunos.

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REFERÊNCIAS

BARBOSA, R. M. Descobrindo a geometria fractal para sala de aula. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (Orgs.) Educação matemática - pesquisa em

movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

COUTINHO, L. Convite às geometrias não-euclidianas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2001.

GERDES, P. Sobre o despertar do pensamento geométrico. Curitiba: UFPR, 1992.

LINS, R. C. e GIMENEZ, J. Perspectivas em aritmética e álgebra para o século

XXI. 5 ed. Campinas: Papirus, 2005.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MACHADO, N. J. Medindo Comprimentos. São Paulo: Scipione, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2008.

POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência,1995.

PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala

de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.

SILVA, I. História dos pesos e medidas. São Carlos: Edufscar, 2004.

SMOLE, K.S. e DINIZ, M. I. Ler, escrever e resolver problemas. Porto Alegre: Editora Artmed, 2001.

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HISTÓRIA – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma educação para a cidadania no ensino fundamental inclui

necessariamente a formação da consciência crítica do aluno de modo a fornecer-

lhes os instrumentos básicos para compreensão do seu papel histórico e das

instituições sociais, políticas e econômicas enquanto produto de ação humana.

O ensino de história cumpre esse papel na medida em que insere o aluno

no presente, fazendo-o voltar os olhos sobre o passado sob diferentes ângulos, para

que ele compreenda melhor o momento histórico atual.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos.

No ensino fundamental, a história possibilita ao aluno compreender as

formas de produção do conhecimento histórico por meio de conteúdos relacionados

a partir da realidade.

O conhecimento do passado é a base da construção do saber histórico,

esse passado dialoga permanentemente com o presente e por isso, o estudo da

História estabelece relações entre várias temporalidades.

A História deve fazer o registro das modificações das relações sociais ao

longo do tempo e também das permanências presentes no tempo e no espaço

históricos. Porém o passado não é um arquivo de fatos, mas o professor procura

levar o aluno a perceber que as interpretações dos acontecimentos, são também

respostas às questões próprias do contexto atual.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, o professor de História deve prever a abordagem da História e Cultura afro-

brasileira (Lei 10.639/03), História e Cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08),

História do Paraná (Lei 13.381/01), Educação Ambiental (Lei 9795/99, Dec.

4201/02), Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/03). A

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temática Prevenção e uso indevido de drogas e Enfrentamento a Violência contra a

criança e o Adolescente (L.F. 11525/07) se farão presente, identificando os riscos,

suas causas e consequências para o a sociedade.

Entendendo e conhecendo a diversidade da formação do povo, com seus

mais diferentes aspectos culturais, será oportunizado reflexões referente a

discussão do Gênero e Diversidade Sexual.

Tais temáticas serão trabalhadas de forma contextualizadas e

relacionadas aos conteúdos de ensino da História, com fundamentação teórica

embasada sobre informações reais que possam ser relacionada e informadas

através dos conteúdos específicos, utilizando-se de atividades como: análise

histórica e evolução destas questões na sociedade brasileira.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver a formação da cidadania, sentindo-se sujeito da realidade

histórica; compreendendo diferentes processos com suas várias relações sociais ao

longo do tempo e do espaço.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho, poder e culturais.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

6º Ano

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

7º Ano

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

8º Ano

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9º Ano

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º Ano

Reflexões sobre a História – História e conhecimento, Tempo e história;

Primeiros agrupamentos humanos – a construção da humanidade, e os

primeiros habitantes do Brasil; a antiguidade na África, Ásia e América –

África: Egípcios e Núbios, Ásia: povos da Mesopotâmia, Hebreus e

Chineses, América: povos do México e do Peru; O mundo Grego – A

democracia Grega, Formas de pensar e de ver o mundo; Roma Antiga –

A República e o Império Romano.

7º Ano

Oriente e Ocidente do século XI ao XIII – Império Carolíngio e Bizantino;

o Mundo Islâmico – África: séculos X a XV, China: séculos VIII a XIV,

Europa: séculos X a XIII; Mudanças no Ocidente – Europa: nos séculos

XIV e XV, Renascimento, Expansão Marítima, Reformas Religiosas;

Contatos entre culturas – África: século XVI e XVII, China: séculos XV a

XVIII, América: séculos XV e XVI; Colonização da América –

Colonização espanhola; Colonização portuguesa; Expansão da

colonização portuguesa.

8º Ano

Revoluções e mudanças no contexto Contemporâneo – Inglaterra e

França no século XVII, Revolução Industrial, Revolução Francesa;

América: colonização e independência – América Inglesa e espanhola

no século XVIII, Independência: América Inglesa e América Espanhola,

América Portuguesa: sociedade mineradora, Independência na América

Portuguesa; Liberalismo, socialismo e anarquismo – Afirmação

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burguesia e liberalismo, Lutas Operárias, socialismo e anarquismo; A

configuração da Ásia, África e América na formação do contexto

Contemporâneo – Ásia e África: século XVIII e XIX, Diversidade e

desigualdade nas Américas, Brasil: Monarquia e conflitos, Brasil:

Consolidação do Império.

9º Ano

Expansão Burguesa; Revolução na Rússia; Brasil: Crise do Império;

República de Fazendeiros; Fascismo e Nazismo; Era Vargas, As duas

Potências Mundiais; Lutas na Ásia e na África; Brasil: anos 1940 e 1950;

Movimentos de Contestação nas décadas de 1960 e 1970; Brasil: Ditadura

e Resistência; A Era da Globalização.

A História do Paraná (lei n° 13.381/01) – Os primeiros tempos, a

ocupação e o povoamento, em busca da emancipação, a sociedade paranaense,

entre outros, será conteúdo contemplado em todos os anos do ensino fundamental.

Por serem conteúdos escolhidos em conformidade com as características

da escola e com o nível de complexidade adequado verificado pelo professor, o

ideal é a sua apresentação no Plano Trabalho Docente, para que o mesmo esteja

sempre em consonância com a realidade atual.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, o professor de História deve prever a abordagem da História e Cultura afro-

brasileira (Lei 10.639/03), História e Cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08),

História do Paraná (Lei 13.381/01), Educação Ambiental (Lei 9795/99, Dec.

4201/02), Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/03). A

temática Prevenção e uso indevido de drogas e Enfrentamento a Violência contra a

criança e o Adolescente (L.F. 11525/07) se farão presente, identificando os riscos,

suas causas e consequências para o a sociedade.

Entendendo e conhecendo a diversidade da formação do povo, com seus

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mais diferentes aspectos culturais, será oportunizado reflexões referente a

discussão do Gênero e Diversidade Sexual.

METODOLOGIA

Será conduzido o processo de aprendizagem de forma dialogada,

possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.

Estimular o diálogo com saberes de seu mundo sua realidade, emoções e

sonhos, e relacioná-los com a sociedade vigente, instigando à problematização, a

reflexão e à crítica.

Explorar a interdisciplinaridade, unindo o saber da sala de aula ao saber

do mundo.

Com o objetivo de mobilizá-lo para o conhecimento, o conteúdo a ser

trabalhado será apresentado em forma de situação problema, debates, leitura (texto

de jornal, revistas cientificas, revistas em quadrinhos), livro didático, quadro de giz,

recursos audiovisuais (filmes, músicas, computador, retroprojetor, tv pendrive).

Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos

fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário,

serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o

aprofundamento a ser observado para o ano e nível de ensino.

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem será formativa (caráter

processual e continuado), diagnóstica e processual.

No processo de avaliação será considerada a aprendizagem, a

compreensão, o questionamento e a participação, valorizando a noção de que o

aluno possa ter durante e ao final do percurso, compreender os diferentes

processos e sujeitos históricos e as diferentes relações sociais ao longo do tempo e

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do espaço.

A avaliação se faz necessário para verificar a compreensão dos

conteúdos trabalhados pelo professor se os mesmos foram absorvidos pelos

educando.

A avaliação contribui para o entendimento das dificuldades dos alunos

visando quando necessário as mudanças para que o processo ensino-

aprendizagem se concretize.

Cabe ainda ao professor mediar ao aluno os conhecimentos básicos e

necessários para uma postura política e cidadã acerca dos acontecimentos do

passado que influenciaram e transformaram o pensamento político, econômico e

social.

As técnicas e os instrumentos de avaliação serão diversificados,

possibilitando as varias formas de expressão dos alunos, como:

interpretação e produção de textos de História;

trabalhos com fontes históricas diversos;

apresentação e discussão de temas em seminários;

interpretação de fotos, imagens, tabelas e mapas;

construção e análise de maquetes.

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REFERÊNCIAS

BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de

política. São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.

BURKE, Peter (org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Campinas: Campus, 1997.

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artmed, 1997.

HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

LLOYD, Christopher. As estruturas da história. São Paulo: Zahar, 1995.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – História. Curitiba: SEED-PR, 2008.

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GEOGRAFIA – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda Guerra

Mundial possibilitaram tanto reformulações teóricas na Geografia quanto o

desenvolvimento de novas abordagens para seus campos de estudo.

Nesse movimento de renovação do pensamento geográfico, porém, uma

abordagem teórico-conceitual chegou ao ensino de forma significativa, contrapondo-

se radicalmente ao método da Geografia Tradicional e propondo uma análise crítica

do espaço geográfico. Tal abordagem foi denominada de Geografia Crítica.

No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica no ensino básico

sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico da década de 1990,

quando aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento

neoliberal que atingiram a educação.

Essa reorganização estrutural da produção e do mercado envolveu e

afetou os ambientes naturais, as culturas e as relações socioespaciais em alguns

“espaços da globalização”, situados em todos os continentes. Isso trouxe,

definitivamente, relevância para aqueles campos de estudo da Geografia.

O conceito adotado atualmente para o objeto de estudo da Geografia é o

espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela

sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação entre sistemas de

objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais,

culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).

Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações

socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro

conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos

conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais, ambientais e políticas,

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constitutivas de um determinado espaço.

No que se refere ao ensino fundamental, é importante considerar quais

são as categorias da Geografia mais adequadas para os alunos em relação a essa

etapa da escolaridade e as capacidades que se espera que eles desenvolvam.

Assim “espaço” deve ser objeto central do estudo, e as categorias “território”,

“região”, “paisagem” e “lugar” devem ser abordadas como seu desdobramento.

Sobre a teoria e o ensino da Geografia, destaca-se a relevância dessa

discussão para que a disciplina cumpra sua função na escola: desenvolver o

raciocínio geográfico e despertar uma consciência espacial e seu papel como

cidadão num mundo globalizado.

Estimular as reflexões no campo da geografia e seu ensino,

problematizando a abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento,

necessário a compreensão do espaço geográfico no atual período histórico. Esta

reflexão deverá ser ancorada no suporte teórico crítico vinculando o objetivo da

geografia, os conceitos referenciais, conteúdos, abordagens metodológicas aos

determinantes econômicos, sociais, políticos e culturais ao atual contexto histórico.

O estudo da Geografia se fundamenta na compreensão do “Espaço

Geográfico” e sua composição básica, procurando superar a dicotomia entre

Geografia Física e Geografia Humana.

No Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), será abordado a cultura e história

afro-brasileira e indígena (Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08) e também a Educação

Ambiental (Lei nº 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental).

Tais temáticas serão trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos

conteúdos de ensino da Geografia. Também serão abordados aspectos referente à

história do Paraná e a construção do espaço paranaense (lei 07/06).

Com relação ao aspecto formativo da geografia, a temática Prevenção e

uso indevido de drogas se farão presente, identificando os territórios de “risco”, suas

causas e consequências para a sociedade. Também, despertando a análise crítica

dos educandos a Educação Fiscal possibilitará despertar conhecimentos

econômicos, presente no dia a dia, e importante para a construção de uma

sociedade mais justa.

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Entendendo e conhecendo a diversidade da formação do povo, com seus

mais diferentes aspectos culturais, será oportunizado reflexões referente a

discussão do Gênero e Diversidade Sexual.

OBJETIVO

Contribuir com a formação de um aluno capaz de compreender o espaço

geográfico, nas mais diversas escalas, e atuar de maneira crítica na produção

socioespacial do seu lugar, território, região, enfim, de seu espaço.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os Conteúdos Estruturantes da Geografia para Educação Básica,

considerando que seu objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico, são:

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º Ano

Formação e transformação das paisagens culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

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exploração e produção.

A formação, a localização, exploração e utilização dos recursos

naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º Ano

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico.

A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

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8º Ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

do continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9º Ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

O comércio mundial e as suas implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.

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63

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem

e a (re) organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º Ano

Paisagens, espaço e lugar;

As culturas Afro-brasileira e indígena presente no espaço brasileiro;

Transformação do espaço geográfico;

Orientação no espaço geográfico;

Localização no espaço geográfico;

Apresentação do Planeta Terra;

A origem da terra;

Como se formam os continentes da terra;

A terra em movimentos: Placas tectônicas, vulcões e terremotos;

Os continentes;

Ilhas oceânicas e continentais;

Os oceanos e mares;

A água nos continentes;

As principais formas de relevo terrestre;

Os processos de formação e transformação do relevo;

O relevo brasileiro;

A importância dos rios e bacias hidrográficas do Brasil.

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7º Ano

Território brasileiro e suas características gerais: território, limites e

fronteiras;

Formação territorial e organização do espaço geográfico brasileiro;

Território brasileiro e suas regiões;

Território e população brasileira: crescimento e distribuição da

população;

O espaço rural e brasileiro: agropecuária, agricultura, Indústria e

mineração;

O Nordeste e suas sub-regiões – Zona da Mata, Agreste, Sertão, o

Meio-Norte;

Região Sudeste: processo de industrialização, centro econômico do

Brasil, a produção agropecuária;

A região Sul e seus habitantes – distribuição da população,

agropecuária moderna, atividade industrial;

A região Norte e a Amazônia: biodiversidade, agropecuária, indústria,

exploração mineral, atividade extrativa vegetal;

Região Centro-Oeste: ocupação e povoamento, espaço indígena,

economia, pecuária, agroindústria, Meio Ambiente, Ecoturismo e preservação;

As culturas Afro-brasileira e indígena presente no espaço brasileiro;

8º Ano

Conteúdos básicos de localização geográfica (coordenadas

geográficas);

Sistema Capitalista e Socialista, Guerra Fria, Países do Norte e do Sul,

Globalização e Meio Ambiente;

Identificação de cidades polos e redes de integração regional –

metropolização, sistemas agrícolas, Agronegócio e agricultura familiar;

Conquista do território americano (Colonialismo), Povos Nativos (Incas,

Maias e Astecas), Localização e identificação dos aspectos físicos (clima,

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vegetação, hidrografia) e humanos do continente americano (países e suas

regionalizações);

Identificação do relevo e riquezas minerais do continente americano;

As indústrias americanas – setores da economia, Blocos Econômicos

(Mercosul, Alba, Alca, Pacto Andino, Caricon, Aladi), Economia americana

(tecnologia, petróleo, setores agrícolas – café, soja, pecuária, etc), Narcotráfico na

América do Sul (cartéis), Metrópoles, Cidades polos, Estados Unidos – grande

potência mundial;

Ideologia capitalista, Consumismo versus meio ambiente,

Americanização da cultura globalizada, Cultura Ameríndia, Cultura Afro atuante no

continente.

População americana (povos nativos e colonização européia),

População negra e afrodescendente no continente e sua contribuição na formação

populacional,

Movimento guerrilheiro (narcotráfico), conflitos étnicos, religiosos e

econômicos.

9º Ano

Conceitos básicos de localização geográfica (coordenadas

geográficas);

A Revolução tecnológica e os espaços da globalização - 1º, 2º e 3º

Revolução Industrial;

A dinâmica dos espaços da globalização;

Globalização, desenvolvimento e subdesenvolvimento;

Países Desenvolvidos: superpotências mundiais;

Fluxos populacionais: o caso das migrações internacionais;

Países Desenvolvidos (continente Americano, Europeu, Asiático);

Sociedades multiculturais e potências econômicas;

Meio Ambiente e problemática ecológica;

Consumo, meio ambiente e desigualdades no espaço mundial;

Organização do espaço geográfico: na Europa desenvolvida, países

ex-socialista da Europa e Ásia e América desenvolvida, Questões políticas,

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ideológicas e populacionais dos países desenvolvidos;

Migrações europeias no Paraná: influências para a população;

Blocos econômicos Mundiais (Nafta, União Europeia).

Por serem conteúdos escolhidos em conformidade com as características

da escola e com o nível de complexidade adequado verificado pelo professor, o

ideal é a sua apresentação no Plano Trabalho Docente, para que o mesmo esteja

sempre em consonância com a realidade atual.

METODOLOGIA

Será conduzido o processo de aprendizagem de forma dialogada,

possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.

A metodologia de ensino proposta deverá permitir que os alunos se

apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de

produção e transformação do espaço geográfico. Desta forma, os conteúdos da

Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a

realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos

propostos. É importante, porém, estabelecer relações interdisciplinares com as

demais áreas do conhecimento.

Com o objetivo de mobilizar o aluno para o conhecimento, o conteúdo a

ser trabalhado será apresentado em forma de situação problema, exposições

dialogadas, debates, leitura e interpretações da mídia, análise e interpretações de

sites relacionados à disciplina, aulas de campo, recursos audiovisuais (filmes e

músicas) e seminários.

Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos

fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário,

serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o

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aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.

Os recursos didáticos utilizados serão livros, geo atlas, mapas, globo,

maquetes, cartas, plantas, fotos aéreas, textos fotocopiados, jornais, revistas,

filmes...

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem será formativa

(caráter processual e continuado), diagnóstica e processual.

No processo de avaliação será considerada a aprendizagem, a

compreensão, o questionamento e a participação dos alunos, valorizando a noção

de que o aluno possa, durante e ao final do percurso, avaliar a realidade

socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que

esteja.

As técnicas e os instrumentos de avaliação serão diversificados,

possibilitando as várias formas de expressão dos alunos, como:

interpretação e produção de textos de Geografia;

interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas

(linguagem cartográfica);

pesquisas bibliográficas;

relatórios de aulas de campo;

apresentação e discussão de temas em seminários;

construção, representação e análise do espaço através de

maquetes, entre outros.

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REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade: Uma introdução à análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.

CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 2003.

CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.

FRIGOTO, G. Os delírios da razão: crise do capital e metamorfose conceitual no

campo educacional. In: GENTILI, P. (Org.) Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. 7a. edição. Petrópolis: Vozes, 2000.

HAESBAERT, R. Morte e Vida da Região: antigos paradigmas e novas perspectivas

da Geografia Regional. In: SPOSITO, E. (Org.). Produção do Espaço e

Redefinições Regionais: a construção de uma temática. Presidente Prudente: UNESP, FCT, GASPER, 2005.

HAESBAERT, Rogério da Costa. O mito da desterritorialização: do “fim dos

territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.

MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (Orgs) Elementos de epistemologia da Geografia

Contemporânea. Curitiba: Editora da UFPR, 2002.

MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2008.

SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.

______. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F.

A.(Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento.

In: CASTRO, I. E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 1995.

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CIÊNCIAS – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,

culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,

entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente

os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e

vida.

O ensino de Ciências, compreendido no entendimento de que o

estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhe atribui significados

como elemento central do processo ensino-aprendizagem, e o educando capaz de

compreender melhor quando estabelece relações com o conhecimento que já

possui e o que está aprendendo. Portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos

científicos escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais,

considerando-se a zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY,

1991b), descrita anteriormente em um processo de interação social em que o

professor de Ciências “é o participante que já internalizou significados socialmente

compartilhados para os materiais educativos do currículo e procura fazer com que o

aprendiz também venha a compartilhá-los” (MOREIRA, 1999, p. 109).

Desta forma a disciplina de Ciências estabelece uma interação entre

professor e aluno no processo ensino-aprendizagem.

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OBJETIVO

Contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo

ensino-aprendizagem desenvolvendo no aluno a capacidade de questionar

processos naturais e tecnológicos, identificando regularidades, apresentando

interpretações e prevendo evoluções.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º Ano

Astronomia: Universo, Sistema Solar, Movimentos terrestres,

Movimentos Celestes, Astros.

Matéria: Constituição da matéria.

Sistemas Biológicos: Níveis de organização.

Energia: Formas de energia, Conversão de energia, Transmissão de

energia.

Biodiversidade: Organização dos seres vivos, Ecossistemas, Evolução

dos seres vivos.

7º Ano

Astronomia: Astros, Movimentos terrestres, Movimentos Celestes.

Matéria: Constituição da matéria.

Sistemas Biológicos: Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Energia: Formas de energia, Transmissão de energia.

Biodiversidade: Origem da vida, Organização dos seres vivos,

Sistemática.

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8º Ano

Astronomia: Origem e evolução do Universo.

Matéria: Constituição da matéria.

Sistemas Biológicos: Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Energia: Formas de energia.

Biodiversidade: Evolução dos seres vivos.

9º Ano

Astronomia: Astros, Gravitação universal.

Matéria: Propriedades da matéria.

Sistemas Biológicos: Morfologia e fisiologia dos seres vivos,

Mecanismos de herança genética.

Energia: Formas de energia, Conservação de energia.

Biodiversidade: Interações ecológicas.

Tendo como referência os conteúdos básicos o professor elencará os

conteúdos específicos da disciplina, no Plano de Trabalho Docente, adequados ao

nível de desenvolvimento cognitivo do aluno e a realidade da escola.

METODOLOGIA

No início do ano letivo o professor fará uma sondagem para avaliar o nível

de aprendizagem dos alunos e estabelecer a metodologia mais adequada.

Serão valorizados e tomado como ponto de partida na formação dos

conceitos conhecimentos cotidiano ou mesmo o alternativo do educando, uma vez

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que são úteis na vida prática e para o desenvolvimento de novas concepções.

Faz-se necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam

entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em

áreas de conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem

integradora.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, o professor de Ciências deve prever a abordagem da Cultura e História

Afro-brasileira (Lei 10.639/03), História e Cultura dos povos indígenas (Lei

11.645/08), Educação Fiscal/ Educação Tributária (Dec. 1143/99, Portaria 413/02) e

Educação Ambiental (Lei 9795/99). A temática Prevenção e Uso Indevido de Drogas

e Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente (L.F. 11525/07) se

farão presente, identificando os riscos, suas causas e consequências para o a

sociedade.

Entendendo e conhecendo a diversidade da formação do povo, com seus

mais diferentes aspectos genéticos, será oportunizado reflexões referente a

discussão do Gênero e Diversidade Sexual.

Ao fazer uso de documentos, textos, imagens e registros da história da

ciência como recurso pedagógico, o professor está contribuindo para sua própria

formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo

específico, pois sem a história da ciência perde-se a fundamentação dos fatos e

argumentos efetivamente observados, propostos e discutidos em certas épocas.

Ao optar pelo uso didático de materiais de divulgação científica como

revistas, jornais, documentários, visitas a Museus e Centros de Ciências, entre

outros, será feito uma adequação didática, uma vez que este tipo de material não foi

produzido originalmente para ser utilizado em sala de aula.

As atividades experimentais, tendo como mediação didática o professor,

possibilitam gerar dúvidas, problematizar o conteúdo que pretende ensinar e

contribuem para que o estudante construa suas hipóteses.

Alguns elementos da prática pedagógica serão valorizados no ensino de

Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação

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interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a

atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.

Para assegurar a interatividade no processo ensino-aprendizagem e a

construção de conceitos de forma significativa pelos estudantes, o professor poderá

lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve se fazer presente nesse processo de ensino-

aprendizagem, tanto como meio diagnóstico quanto como instrumento de

investigação pedagógica.

A prova pode ser um excelente instrumento de investigação do

aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda

não compreendidos por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento

potencial tornou-se um nível real (VYGOTSKY, 1991b).

A avaliação será diagnóstica, para detectar os conjuntos de dados que

levam a dificuldade de aprendizagem do educando; contínua, observação do dia-a-

dia do aluno, do seu desenvolvimento; abrangente, observando a construção do

conhecimento; e permanente, considerando nos registros escritos a nas

manifestações orais dos educandos, do ponto de vista do processo de

aprendizagem.

Possibilitando as várias formas de expressão dos alunos serão utilizados

vários instrumentos de avaliação como: provas com questões diversificadas,

produção e interpretação de textos, pesquisas, relatórios, elaboração de trabalhos,

construção e análise de maquetes, considerando outras relações além daquelas

trabalhadas em sala de aula.

Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

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conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

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REFERÊNCIAS

ANDERY, M. A.; MICHELETTO, N.; SERIO, T. M. P. [et al]. Para compreender a

ciência: uma perspectiva histórica. 14. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 2004.

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

BASTOS, F. História da ciência e pesquisa em ensino de ciências: breves considerações. In: NARDI, R. Questões atuais no ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998. p. 43-52.

CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.

FOUREZ, G. A construção das Ciências: introdução à filosofia e à ética das Ciências. 3. ed. Ujuí: Unijuí, 1995.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Funpec/Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 1993.

GONÇALVES, F. P.; GALIAZZI, M. do C. A natureza das atividades experimentais

no ensino de Ciências: um programa de pesquisa educativa nos cursos de licenciatura. In: MORAES, R.; MANCUSO, R. Educação em Ciências: produção de currículos e formação de professores. Ijuí: Unijuí, 2004. p. 237-252.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar. São Paulo: EDUSP, 1980.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp, 1987.

MACEDO, E. F. de; LOPES, A. C. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso das Ciências. In: LOPES, A. C; MACEDO, E. (Org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 73-94.

MARTINS, R. de A. Sobre o papel da história da ciência no ensino. Sociedade Brasileira de História da Ciência, v.1, n.9, p. 3-5, ago. 1990.

MENEZES, L. C. de. Ensinar Ciências no próximo século. In: HAMBURGER, E. W.; MATOS, C. O desafio de ensinar Ciências no século XXI. São Paulo: Edusp/Estação Ciência; Brasília: Cnpq, 2000. p. 48-54.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Ciências. Curitiba: SEED-PR, 2008.

RAMOS, M. G. Epistemologia e ensino de Ciências: compreensões e perspectivas. In: MORAES, R. (Org). Construtivismo e ensino de Ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 13-36.

VYGOSTKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.

_____. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991b.

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EDUCAÇÃO FÍSICA – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a educação do Estado do Paraná, a escola é um espaço que, dentre

outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido

historicamente pela humanidade.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura

Corporal, a Educação Física deve garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão

crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas

pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de

um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto,

mas também agente histórico, político, social e cultural.

A gênese da cultura corporal está relacionada à vida em sociedade,

desenvolvendo-se, inicialmente, nas relações Homem-Natureza e Homem-Homem,

isto é, pelas relações para a produção de bens e pelas relações de troca.

A materialidade corporal se constitui num longo caminho, de milhares de

anos, no qual o ser humano construiu suas formas de relação com a natureza,

dentre elas as práticas corporais.

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,

ginásticas e esportes.

O esporte é entendido como uma atividade teórica-prática e um

fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma

ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para

integrar os sujeitos em suas relações sociais.

Os jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que

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ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a

curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes

atividades.

A ginástica propicia a interação, o conhecimento, a partilha de

experiências e contribui para ampliar as possibilidades de significação e

representação do movimento.

O conteúdo Lutas pode propiciar além do trabalho corporal, a aquisição

de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como, por

exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento da

filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo

outro, pois sem ele a atividade não se realizará.

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o

corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se

concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e

regionais), danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.

É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de

experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em

que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

OBJETIVO

Contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer

o próprio corpo adquirindo uma expressividade corporal consciente, refletindo

criticamente sobre as práticas corporais, permitindo assim ao educando ampliar sua

visão de mundo por meio da Cultura Corporal.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Ginástica;

Lutas;

Dança.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º Ano

Esportes Coletivos e Individuais.

Jogos e brincadeiras populares, Brincadeiras e cantigas de roda, Jogos de

tabuleiro, Jogos cooperativos.

Ginástica rítmica, circense e geral;

Lutas de aproximação e Capoeira;

Danças folclóricas, de rua e criativas.

7º Ano

Esportes Coletivos e Individuais.

Jogos e brincadeiras populares, Brincadeiras e cantigas de roda, Jogos de

tabuleiro, Jogos cooperativos.

Ginástica rítmica, circense e geral;

Lutas de aproximação e Capoeira;

Danças folclóricas, de rua, criativas e circulares.

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8º Ano

Esportes Coletivos e Radicais.

Jogos e brincadeiras populares, Jogos de tabuleiro, Jogos dramáticos e

Jogos cooperativos.

Ginástica rítmica, circense e geral;

Lutas com instrumento mediador e Capoeira;

Danças criativas e circulares.

9º Ano

Esportes Coletivos e Radicais.

Jogos de tabuleiro, Jogos dramáticos e Jogos cooperativos.

Ginástica rítmica e geral;

Lutas com instrumento mediador e Capoeira;

Danças criativas e circulares.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos articuladores da cultura corporal (corpo, ludicidade, saúde, mundo

do trabalho, desportivização, técnica e tática, lazer, diversidade e mídia);

Definição de saúde e prevenção de doenças;

Atividade Física na produção de saúde;

Hábitos alimentares;

Sedentarismo;

Obesidade;

Postura;

Anabolizantes, outras drogas e consequências;

Controle de frequência cardíaca;

Stress;

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Definição e tipos de esportes: Atletismo e suas modalidades, Voleibol,

Handebol, Futebol, Futsal, Basquete.

Definição e tipos de jogos: cooperativos, recreativos, Lúdicos, intelectivos, de

dramatização e pré-desportivos.

Aspectos históricos, regras, fundamentos dos jogos e esportes;

Tipos de Ginástica: Artística, rítmica, laboral, e de academia;

História e origem da Ginástica.

Tipos de danças; origens e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais,

criativas e técnicas que se concretizam em danças típicas (nacionais e

regionais), folclóricas, de rua, clássicas, entre outras.

Tipos de lutas, seus valores culturais e contextos históricos; valores

essenciais como cooperação, solidariedade, autocontrole emocional, e

entendimento da filosofia que geralmente acompanha a sua prática e acima

de tudo o respeito pelo outro.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada terá como eixo central a construção do

conhecimento proporcionando ao mesmo tempo, a expressão corporal, o

aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o

movimento corporal.

Será realizada a preparação e mobilização do aluno para a construção do

conhecimento escolar, levando em conta aquilo que o aluno traz como referência

acerca do conteúdo.

Os conteúdos específicos serão abordados no Plano de Trabalho

Docente de acordo com a realidade da escola, dos alunos e da comunidade tendo

as DCEs como referência.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esportes, serão considerados os

determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo

dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal. O

esporte é entendido como uma atividade teórico-prática e um fenômeno social que

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abordado de várias formas o aprendizado pode ser utilizado para o lazer, para o

aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante Jogos e brincadeiras, serão

apresentados aos alunos diversas modalidades de jogos e brincadeiras, com suas

regras mais elementares, as possibilidades de apropriação e recriação, conforme a

cultura local, ou seja, a realidade regional e cultural do grupo. Também será

discutido que o jogo se diferencia do esporte, principalmente quanto à liberdade do

uso de regras.

Será oportunizado aos alunos a construção de brinquedos, a partir de

materiais alternativos, discutindo a problemática do meio ambiente por meio do

(re)aproveitamento de sucatas e a experimentação de seus próprios brinquedos e

brincadeiras, podendo dar outro significado a esses objetos e a essas ações

respectivamente, enriquecendo-os com vivências e práticas corporais.

Faz-se necessário entender que a ginástica compreende uma gama de

possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais

circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica. Será

possibilitado o aprendizado técnico, a vivência e o aprendizado de outras formas de

movimento, por meio de fundamentação teórica e prática.

Será oportunizado a participação de todos, por meio da criação

espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para

suas práticas em locais livres como pátios, campos, entre outros.

Quantos aos recursos a serem utilizados na disciplina de Educação

Física, pode-se elencar: instrumentos musicais variados (berimbau, caxixi, pandeiro,

...), materiais alternativos (utensílio, cano, arame, fundo de uma garrafa plástica,

entre outros), variados espaços escolares, vídeos, TV multimídia, pendrive, música,

quadra poliespotiva, bolas, figurinos, bambole, bastão, jogos variados,...

Uma das possibilidades de se trabalhar com as lutas na escola é a partir

dos jogos de oposição, cuja característica é o ato de confrontação que pode ocorrer

em duplas, trios ou até mesmo em grupos, com o objetivo de vencer o companheiro

de maneira lúdica, impondo-se fisicamente ao outro. Deve haver o respeito às

regras e, acima de tudo, à integridade física do colega durante a atividade.

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É importante ressaltar que a Capoeira é uma prática corporal da cultura

afro-brasileira, cujos elementos são importantes para entender a história do Brasil.

Além dos jogos de oposição, para se trabalhar com o conteúdo de lutas,

será proposto pesquisas, seminários, visitas às academias para os alunos

conhecerem as diferentes manifestações corporais.

A dança se constitui como elemento significativo da disciplina de

Educação Física no espaço escolar, pois contribui para desenvolver a criatividade, a

sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação, entre outros aspectos.

Terá como proposta de trabalho a vivência de uma dança próxima ao cotidiano do

aluno (o funk, hip-hop,...), e depois realizar outra dança de acesso restrito a esse

sujeito (exemplo: a dança de salão), a fim de discutir, com seus alunos, como se

constituíram historicamente as duas danças, quais os seus significados, suas

principais características, vertentes e influências que sofrem pela sociedade em

geral.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, o professor de Educação Física deve prever a abordagem da História e

Cultura afro-brasileira (Lei 10.639/03), História e Cultura dos povos indígenas (Lei

11.645/08), História do Paraná (Lei 13.381/01), Educação Ambiental (Lei 9795/99,

Dec. 4201/02), Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec. 1143/99 Portaria 413/03).

A temática Prevenção e uso indevido de drogas e Enfrentamento a Violência contra

a criança e o Adolescente (L.F. 11525/07) se farão presente, identificando os riscos,

suas causas e consequências para o a sociedade.

Entendendo e conhecendo a diversidade da formação do povo, com seus

mais diferentes aspectos culturais, será oportunizado reflexões referente a

discussão do Gênero e Diversidade Sexual.

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AVALIAÇÃO

Na avaliação serão utilizadas estratégias didático-metodológicas,

compreendendo esse processo como contínuo, permanente e cumulativo,

organizada e reorganizada pelo professor sustentado nas diversas práticas

corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o

professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando

avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as

dificuldades constatadas.

A primeira fonte de avaliação ocorre quando o professor busca conhecer

as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos

alunos problematizando-as, possibilitando assim, ao professor reconhecer as

experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o

conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias maneiras, como:

diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

Em um segundo momento a avaliação o professor deve valer-se de um

apanhado de indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e

técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade

de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a

capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos

inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX E TERRA, 1998).

No momento final o professor realiza, com seus alunos, uma reflexão

crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes formas,

dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal.

Serão desenvolvidas estratégias que possibilitem aos alunos

expressarem-se sobre aquilo que aprenderam. A avaliação se dará várias maneiras,

tais como: a linguagem corporal, a escrita, a oral, provas teóricas (com questões

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diversificadas) e práticas, e trabalhos. Ainda é imprescindível utilizar instrumentos

que permitem aos alunos se auto avaliarem reconhecendo seus limites e

possibilidades para que possam ser agentes do seu próprio processo de

aprendizagem.

A avaliação será qualitativa considerando o aluno como ser

historicamente em construção não devendo ser pensada à parte do processo de

ensino aprendizagem da escola.

Os critérios para a avaliação serão estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. O

comprometimento e envolvimento serão levados em conta, se os alunos entregam

as atividades, propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos

propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver,

de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro,

respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências;

se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas

atividades práticas ou realizando relatórios.

No decorrer da intervenção pedagógica, utilizar-se-á vários instrumentos

avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-simulado,

(re)criação de jogos, pesquisa em grupos, a organização e a realização de festivais

e jogos escolares, linguagem corporal, escrita, a oral, provas teóricas (com questões

diversificadas) e práticas, trabalhos, entre outros. Ainda é imprescindível utilizar

instrumentos que permitem aos alunos se auto avaliarem reconhecendo seus limites

e possibilidades para que possam ser agentes do seu próprio processo de

aprendizagem. Estes instrumentos servirão também, como referência para

redimensionar ação pedagógica.

As estratégias didático-metodológicas serão adequadas conforme o

contexto escolar (o perfil, a história de vida de cada aluno, ...) compreendendo esse

processo como contínuo, permanente e cumulativo, de um parâmetro de práxis

pedagógicas, assimilando os erros e acertos para um replanejamento.

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REFERÊNCIAS

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BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.

______. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In.: Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.

______. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2005.

BRUHNS, H. T. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas: Papirus, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

FALCÃO, J. L. C. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94.

FIAMONCINI, L.; SARAIVA, M. do C. Dança na escola a criação e a co-educação

em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2003. p. 95-120.

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MENDES, D. de S. Formação continuada de professores de Educação Física: uma

proposta de educação para a mídia e com a mídia. In: III Congresso Sulbrasileiro

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PALLAFOX, G. H. M.; TERRA, D. V. Introdução à avaliação na educação física

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2008.

PINTO, I. C. Folclore: aspectos gerais. Ibpex: Curitiba, 2005.

PISTRAK, M. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo: Expressão popular, 2000.

SARAIVA, M. do C. et. al. Dança e seus elementos constituintes: uma experiência

contemporânea In: SILVA, A. M.; DAMIANI, I. R. (Org.). Práticas Corporais:

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Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1 ed., v. 03, Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, p. 114-133.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas, São Paulo: Autores Associados: Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.

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ARTE – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O aluno desenvolve sua cultura de arte fazendo, conhecendo e

apreciando produções artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar,

o aprender, o recordar, o imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar. A realização

de trabalhos pessoais, assim como a apreciação de seus trabalhos, os dos colegas

e a produção de artista, se dá mediante a elaboração de ideias, sensações,

hipóteses e esquemas pessoais que o aluno vai estruturando e transformando, ao

interagir com os diversos conteúdos de arte manifestados nesse processo dialógico.

Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas outras

culturas, o aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam tanto

seus modos de pensar e agir como os da sociedade. Trata-se de criar um campo de

sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer o entendimento da

riqueza e diversidade da imaginação humana. Além disso, os alunos tornam-se

capazes de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo e

decodificando formas, sons, gestos, movimentos que estão à sua volta. O exercício

de uma percepção crítica das transformações que ocorrem na natureza e na cultura

pode criar condições para que os alunos percebam o seu comprometimento na

manutenção de uma qualidade de vida melhor.

A dimensão social das manifestações artísticas revela modos de

perceber, sentir e articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de

relações entre os indivíduos na sociedade. A arte estimula o aluno a perceber,

compreender e relacionar tais significados sociais. Essa forma de compreensão da

arte inclui modos de interação como a empatia e se concretiza em múltiplas

sínteses.

O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma

compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina

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que nossas experiências geram um movimento de transformação permanente, que

é preciso reordenar referências a cada momento, ser flexível. Isso significa que criar

e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para

aprender.

Ao aprender arte na escola, o jovem poderá integrar os múltiplos sentidos

presentes na dimensão do concreto e do virtual, do sonho e da realidade. Tal

integração é fundamental na construção da identidade e da consciência do jovem,

que poderá assim compreender melhor sua inserção e participação na sociedade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

É importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico, ou

seja, entendam que suas experiências de desenhar, cantar, dançar, filmar,

videogravar ou dramatizar não são atividades que visam a distraí-los da “seriedade”

das outras áreas. Sabe-se que, ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre trajetos

de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com

o mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades (como percepção, observação,

imaginação e sensibilidade) que podem contribuir para a consciência do seu lugar

no mundo e para a compreensão de conteúdos das outras áreas do currículo.

Aprender arte é desenvolver progressivamente um percurso de criação

pessoal cultivado, ou seja, mobilizado pelas interações que o aluno realiza no

ambiente natural e sociocultural. Tais interações são realizadas:

Com pessoas que trazem informações para o processo de

aprendizagem (outros alunos, professores, artistas, especialistas);

Com obras de arte (acervos, mostras, apresentações, espetáculos);

Com motivações próprias e do entorno natural;

Com fontes de informação e comunicação (reproduções, textos,

vídeos, gravações, rádio, televisão, discos, Internet);

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Com os próprios trabalhos e os dos colegas.

Fazer arte e pensar sobre o trabalho artístico que realiza, assim como

pensar sobre a arte que vem sendo produzida na história, pode garantir ao aluno

uma aprendizagem contextualizada em relação aos valores e modos de produção

artística nos diversos meios socioculturais.

Ensinar arte em consonância com os modos de aprendizagem do aluno

significa não isolar a escola da informação social e, ao mesmo tempo, garantir ao

aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais.

Nesse contexto, o aluno aprende com prazer a investigar e compartilhar sua

aprendizagem com colegas e outras pessoas, ao relacionar o que aprende na

escola com o que se passa na vida social de sua comunidade e de outras.

No transcorrer do Ensino Fundamental, espera-se que os alunos,

progressivamente, adquiram competências de sensibilidade e de cognição em Artes

Visuais, Dança, Música e Teatro, diante da sua produção de arte e no contato com o

patrimônio artístico, exercitando sua cidadania cultural com qualidade.

O aluno poderá desenvolver seu conhecimento estético e competência

artística nas diversas linguagens da área da Arte (Artes Visuais, Dança, Música,

Teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais como para que possa,

progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e emitir juízo sobre os bens artísticos

de distintos povos e culturas produzidos ao longo da história e na

contemporaneidade.

Nesse sentido, o ensino de Arte deverá organizar-se de modo que, ao

longo do ensino fundamental, os alunos sejam capazes de:

Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem

artística;

Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma

atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a

imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao

realizar e fruir produções artísticas;

Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e

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procedimentos artísticos diversos (Artes Visuais, Dança, Música,

Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e

interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente;

Construir uma relação de autoconfiança com a produção

artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria

produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas;

Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e

podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as

demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a

existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de

diferentes grupos culturais;

Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo,

investigando, indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a

discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo

sensível;

Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte,

do trabalho e da produção dos artistas;

Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte,

reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e

concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e

etnias;

Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em

contato com artistas, obras de arte, fontes de comunicação e

informação.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ÁREA MÚSICA

6º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

COMPOSIÇÃO

Ritmo;

Melodia;

Escalas: diatônica, pentatônica, cromática;

Improvisação.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música.

Audição de diferentes ritmos e escalas musicais.

Teoria da música.

Produção e execução de instrumentos rítmicos.

Prática coral e cânone rítmico e melódico.

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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua

relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos

melódicos e harmônicos.

7º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

COMPOSIÇÃO

Ritmo;

Melodia;

Escalas;

Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico;

Técnicas: vocal, instrumental, mista;

Improvisação.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Música popular e étnica (ocidental e oriental).

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas

musicais.

Teorias da música.

Produção de trabalhos musicais com características populares e

composição de sons da paisagem sonora.

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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição

musical.

8º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

COMPOSIÇÃO

Ritmo;

Melodia;

Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos;

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Indústria Cultural;

Eletrônica;

Minimalista;

Rap, Rock, Tecno....

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ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias

(Cinema, Vídeo, TV e Computador).

Teorias sobre música e indústria cultural.

Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e

recursos tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias,

sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição

musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

9º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

COMPOSIÇÃO

Ritmo;

Melodia;

Harmonia;

Técnicas: vocal, instrumental, mista;

Gêneros: popular, folclórico, étnico.

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MOVIMENTOS E PERIODOS

Música Engajada;

Música Popular Brasileira;

Música contemporânea.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer música e sua função social.

Teorias da Música.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição

musical, com enfoque na Música Engajada.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão da música como fator de transformação social.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua

realidade singular e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ÁREA ARTES VISUAIS

6º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Ponto;

Linha;

Textura;

Forma;

Superfície;

Volume;

Cor;

Luz.

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COMPOSIÇÃO

Bidimensional;

Figurativa;

Geométrica, simetria;

Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...;

Gêneros: cenas da Mitologia.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Arte Greco-Romana;

Arte Africana;

Arte Oriental;

Arte Pré-Histórica;

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de

composição e movimentos e períodos das artes visuais.

Teoria das Artes Visuais.

Produção de trabalhos de artes visuais.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes

visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

7º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Ponto;

Linha;

Forma;

Textura;

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Superfície;

Volume;

Cor;

Luz.

COMPOSIÇÃO

Proporção;

Tridimensional;

Figura e fundo;

Abstrata;

Perspectiva;

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

MOVIMENTOS E PERIODOS

Arte indígena;

Arte Popular;

Brasileira e Paranaense;

Renascimento;

Barroco.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura

destes povos.

Teoria das Artes Visuais.

Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura

popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

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8º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Linha;

Forma;

Textura;

Superfície;

Volume;

Cor;

Luz.

COMPOSIÇÃO

Semelhanças;

Contrastes;

Ritmo Visual;

Estilização;

Deformação;

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista...

MOVIMENTOS E PERIODOS

Indústria Cultural;

Arte no Séc. XX;

Arte Contemporânea.

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ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes

mídias.

Teoria das artes visuais e mídias.

Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e

recursos tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua

função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição

das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

9º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Linha;

Forma;

Textura;

Superfície;

Volume;

Cor;

Luz.

COMPOSIÇÃO

Bidimensional;

Tridimensional;

Figura-fundo;

Ritmo Visual;

Técnica: Pintura, grafitte, performance...;

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

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101

MOVIMENTOS E PERIODOS

Realismo;

Vanguardas;

Muralismo e Arte;

Latino-americana;

Hip Hop.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função

social.

Teorias das Artes Visuais.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição

como fator de transformação social.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de

transformação social.

Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ÁREA TEATRO

6º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço.

COMPOSIÇÃO

Enredo, roteiro;

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102

Espaço Cênico;

Adereços;

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscara...

Gênero: Tragédia, Comédia, Circo.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Greco-Romana;

Teatro Oriental;

Teatro Medieval;

Renascimento.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço

cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos

onde se originaram.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos com teatro.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua

relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição

teatrais.

7º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço.

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103

COMPOSIÇÃO

Representação;

Leitura dramática;

Cenografia;

Técnicas: jogos, teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...;

Gêneros: Rua, arena;

Caracterização.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Comédia dell' arte;

Teatro Popular Brasileiro e Paranaense;

Teatro Africano.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços

disponíveis.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no

cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição

teatrais, presentes no cotidiano.

8º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço.

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104

COMPOSIÇÃO

Representação no Cinema e Mídias;

Texto dramático;

Maquiagem;

Sonoplastia;

Roteiro;

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica....

MOVIMENTOS E PERIODOS

Indústria Cultural;

Realismo;

Expressionismo;

Cinema Novo.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.

Teorias da representação no teatro e mídias.

Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e

recursos tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas

mídias, suas funções social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da

representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

9º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço.

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105

COMPOSIÇÃO

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...;

Dramaturgia;

Cenografia;

Sonoplastia;

Iluminação;

Figurino.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Teatro Engajado;

Teatro do Oprimido;

Teatro Pobre;

Teatro do Absurdo;

Vanguardas.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

Teorias do teatro.

Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral

como fator de transformação social.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro

enquanto fator de transformação social.

Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua

realidade singular e social.

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106

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ÁREA DANÇA

6º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento;

Corporal;

Tempo;

Espaço.

COMPOSIÇÃO

Kinesfera;

Eixo;

Ponto de Apoio;

Movimentos articulares;

Fluxo (livre, interrompido);

Rápido e lento;

Formação Níveis (alto, médio e baixo);

Deslocamento (direto e indireto);

Dimensões (pequeno e grande);

Técnica: Improvisação;

Gênero: Circular.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os

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elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de

composição.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua

relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da

dança.

7º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento;

Corporal;

Tempo;

Espaço.

COMPOSIÇÃO

Ponto de Apoio;

Rotação;

Coreografia;

Salto e queda;

Peso (leve, pesado);

Fluxo (livre, interrompido e conduzido);

Lento, rápido e moderado;

Níveis (alto, médio e baixo);

Formação;

Direção;

Gênero: Folclórica, popular, étnica.

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MOVIMENTOS E PERIODOS

Dança Popular;

Brasileira;

Paranaense;

Africana;

Indígena.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços

onde é elaborada e executada.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de

composição.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e

práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da

dança.

8º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento;

Corporal;

Tempo;

Espaço;

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109

COMPOSIÇÃO

Giro;

Rolamento;

Saltos;

Aceleração e desaceleração;

Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda);

Improvisação;

Coreografia;

Sonoplastia;

Gênero: Indústria Cultural e espetáculo.

MOVIMENTOS E PERIODOS

Hip Hop;

Musicais;

Expressionismo;

Indústria Cultural;

Dança Moderna.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.

Teorias da dança de palco e em diferentes mídias.

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas

mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da

dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

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9º ANO

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento;

Corporal;

Tempo;

Espaço.

COMPOSIÇÃO

Kinesfera;

Ponto de Apoio;

Peso;

Fluxo;

Quedas;

Saltos;

Giros;

Rolamentos;

Extensão (perto e longe);

Coreografia;

Deslocamento;

Gênero: Performance moderna.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Vanguardas;

Dança Moderna;

Dança Contemporânea.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da

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111

dança como fator de transformação social.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação

social.

Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua

realidade singular e social.

METODOLOGIA

Tomando-se a escola como espaço de conhecimento e considerando

para quem as aulas serão ministradas devem-se contemplar, na metodologia do

ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:

• Teorizar - fundamentar e possibilitar ao aluno que perceba e aproprie a

obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos;

• Sentir e perceber - são as formas de apreciação, fruição, leitura e

acesso à obra de arte;

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte;

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou

pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

ARTES VISUAIS

Na prática pedagógica será abordado, pelo professor além da produção

pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e

imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.

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112

O cinema, televisão, videoclipe e outros são formas artísticas,

constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência

fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais.

Os conteúdos deverão estar relacionados com a realidade do aluno e do

seu entorno. Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da região,

bem como outras produções de caráter universal, dando ênfase ao cotidiano das

crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.

Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista

percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova

realidade, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o

ponto de partida para que a releitura da obra componha a prática pedagógica, que

inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos por ele

na obra de arte.

Serão estabelecidas relações das artes visuais com as outras áreas

artísticas, para que se promova nesta prática pedagógica uma forma de percepção

a mais ao se trabalhar com as manifestações populares e midiáticas, que são

compostas por áreas artísticas.

DANÇA

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na Dança é

fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos

próprios da dança com os elementos culturais que a compõem. É necessário rever

as abordagens presentes e modificar a ideia que a Dança aparece somente como

meio ou recurso “para relaxar', 'para soltar as emoções', 'para expressar-se

espontaneamente', 'para trabalhar a coordenação motora' ou até 'para acalmar os

alunos” (MARQUES, 2005, p.23).

A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos

cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor

compreensão estética da Arte.

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MÚSICA

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de Música será

necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que

se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras

como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa

atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma

grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança

cultural quanto interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela

cultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante

contextualizá-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as

influências de regiões e povos, misturam-se em diversas composições musicais.

No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros

musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada

povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem

assim, diferentes gêneros musicais, cada qual com suas funções correspondentes a

épocas e regiões. Cada povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo

de sua história; surgem, assim, diferentes gêneros musicais. Eles não são isolados;

sofrem transformações com o tempo, por influência de outros estilos e movimentos

musicais que incorporam-se e adaptam-se aos costumes, à cultura, à tecnologia,

aos músicos e aos instrumentos de cada povo e de cada época.

Na linguagem musical, a simples percepção, e memorização dos sons

presentes no cotidiano não se caracterizam como conhecimento musical.

TEATRO

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na

educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a coordenação,

sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para

que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar

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no lugar de outros, experimentando o mundo sem correr risco.

Utilizaremos como recursos na disciplina de Arte imagens bidimensionais

(desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, revistas, jornais, propaganda visual);

imagens tridimensionais (esculturas, instalações, produções arquitetônicas); sulfite,

lápis de cor, tinta/pincéis, cola, tesoura, caneta hidrográfica, espaço históricos e

culturais da região, diferentes adereços, sirene, instrumentos musicais, vários tipos

de materiais (reciclável ou não), vozes de pessoas, videoclipe, músicas de vários

gêneros, DVD, TV Pendrive, Laboratório de informática, gravação em mídia

disponível, textos de diversos gêneros, figurinos.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho

docente, o professor de Arte deve prever abordagem da História e Cultura Afro-

brasileira (Lei 10.639/03), História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11.645/08),

Educação Ambiental (Lei 9795/99) Educação Fiscal/Educação Tributária (Dec.

1143/99, Portaria 413/02) e Música (Lei 11.645/08). A temática Prevenção e Uso

Indevido de Drogas e Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente

(L.F. 11525/07) se farão presente, identificando os riscos, suas causas e

consequências para o a sociedade.

Devido à complexidade social e cultural em que se transformou o espaço

escolar na pós-modernidade, um contingente da população escolar que antes

estava relegada a um segundo plano, passa a ocupar o palco das preocupações por

uma escola mais democrática.

Esta população em questão abrange afrodescendentes, indígenas,

jovens que buscam seu lugar na diversidade sexual, adolescentes expostos ao

mundo das drogas e a questão da violência que permeia a sociedade

contemporânea e afeta crianças e adolescentes.

Neste sentido, a Arte Contemporânea vem apresentando uma vasta

produção que busca repensar estas questões.

No ambiente escolar, a arte-educação pode contemplar estes problemas

com uma série de abordagens. No caso da Cultura Afro-Brasileira, o foco será a

herança cultural dos povos africanos, seus ritmos musicais, sua estamparia, a

produção de máscaras nos rituais, a influência nos ritmos musicais da Bahia, etc.

Na cultura dos povos indígenas do Brasil, existe uma herança de arte

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rupestre que será resgatada, os elementos formais contidos na pintura corporal,

cestaria, os rituais de dança, alguns vídeos em curta-metragem produzidos no Brasil

podem também provocar os alunos para um debate que possa ampliar a

compreensão do imaginário indígena e sua produção artística.

A questão do gênero e da diversidade sexual têm que ser trabalhada de

forma sensível e direta através de produções da arte contemporânea, seja ela,

pinturas, fotografias e cinema, abrindo também uma oportunidade para os alunos

utilizarem as mídias (celulares, tablet, câmeras fotográficas, etc), para conhecerem

os elementos do vocabulário em questão (fotografia, cinema) e poderem produzir

material que expresse suas ideias e sentimentos.

Com relação às drogas e a violência, muitas vezes estes dois temas

estão conectados e já fazem parte do imaginário das crianças e jovens

contemporâneos, seja através da mídia (televisão, jornais, internet), seja através de

jogos para videogames. A arte pode apresentar para os alunos, trechos de vídeo ou

músicas, extraídos da Internet para serem discutidos e na sequência, traçar um

paralelo com artistas (rapeiros, videomakers e grafiteiros) que apresentam em suas

produções estas problemáticas, uma alternativa interessante seria a produção de

murais que reflitam o imaginário dos alunos após o processo de discussões sobre o

tema.

Outros temas se fazem presente na escola contemporânea, como a

Educação Ambiental, Educação Fiscal e Tributária e Música. Na educação ambiental

fiscal/tributária, o ideal é que aconteça através de projetos interdisciplinares que

possam dar conta dos aspectos teóricos e expressivos nestas abordagens.

Podemos exemplificar com a produção de um CD musical, pesquisando de que

maneira é elaborado, a matéria prima utilizada e quais as causas e consequências

para o meio ambiente, qual é a carga tributária está presente no produto final.

Por fim, a Música (Lei 11.645/08) possui um leque de possibilidades que

vai desde a sua História, os diversos contextos sociais, as correntes estilísticas, o

surgimento dos instrumentos, a compreensão dos instrumentos de uma orquestra, a

visitação a apresentação de sinfônicas, a utilização de instrumentos musicais

contemplados para as escolas públicas, a construção de objetos artesanais, a

exploração sonora, etc.

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AVALIAÇÃO

De acordo com a LDBEN (n. 9394/96, art.24, inciso V) e com a

Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art. 8) a avaliação

em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os

conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no processo, quanto

na produção individual e coletiva desenvolvida a partir desses saberes é necessário

referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus

aspectos experiências quanto conceituais.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se

estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e de aprendizagem. Será avaliado como o aluno soluciona os

problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões

em grupo. As propostas podem ser socializadas em sala, refletir e discutir sua

produção e a dos colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na

aprendizagem dos conteúdos da Arte. A fim de se obter uma avaliação efetiva

individual e do grupo, são vários instrumentos de verificação, como diagnóstico

inicial e o acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período

letivo, por meio de trabalhos artísticos, pesquisas e provas teóricas práticas.

A avaliação será diagnóstica, para detectar os conjuntos de dados que

levam a dificuldade de aprendizagem do educando; contínua, observação do dia-a-

dia do aluno, do seu desenvolvimento (raciocínio lógico/prático); abrangente,

observando a construção do conhecimento; e permanente, considerando nos

registros escritos a nas manifestações orais dos educandos, além dos acertos, os

erros de raciocínio do ponto de vista do processo de aprendizagem. Serão utilizados

instrumentos de avaliação diversificados de acordo com as possibilidades teórico-

metodológicas oferecidas para avaliar os critérios estabelecidos, sempre

respeitando a os limites de cada aluno, para que não se reduza a possibilidade de

observar os diversos processos cognitivos dos alunos.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS – 6º AO 9º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação.

Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão

sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa

disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se

fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da

Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é

também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é

formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de

interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo

que se revelam no dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões

sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que

desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva

como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente

curricular, obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também

contribuir para formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos

que permitam explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de

incentivar a pesquisa e a reflexão.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe

superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm

marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

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vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para

contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para

apontar um norte comum na seleção de conteúdos específicos.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as

relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social,

objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e

o reconhecimento da diversidade cultural.

As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado;

relacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e

buscam entender-se mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua

estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos

verbais e não verbais – é também inseri-los na sociedade como participantes ativos,

não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com

outras comunidades e outros conhecimentos.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma

mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social

do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do

comprometimento mútuo.

Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma

língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o

aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a

realidade.

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121

Ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, alunos e professores

percebem ser possível construir significados além daqueles permitidos pela língua

materna.

Conhecer Línguas Estrangeiras hoje é, portanto, condição para que você

possa sentir-se inserido nessa realidade e dela participar ativamente.

Além disso, a língua estrangeira contribui na formação da cidadania e

também ao acesso à diversidade cultural dos povos a fim de promover o

reconhecimento e a valorização do papel do indivíduo como agente transformador

de mundo.

OBJETIVOS

Propor que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e

cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba

possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em

que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são

sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

Fazer uso da língua que estão aprendendo em situações significativas,

relevantes, isto é, que não se limitar ao exercício de uma mera prática de

formas linguísticas descontextualizadas, incluindo socialmente o aluno

numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do

comprometimento mútuo.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, o Conteúdo

Estruturante é o Discurso como prática social.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das

séries.

6º Ano

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

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123

de linguagem.

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

7º Ano

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

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124

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

8º Ano

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

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Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

Semântica: - operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

Léxico.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).

Concordância verbal e nominal;

Semântica: - operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

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ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º Ano

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego no sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

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Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego no sentido conotativo e denotativo no texto;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

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ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

METODOLOGIA

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula partirá do

entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros

instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados.

A partir do Conteúdo Estruturante, Discurso como prática social será

trabalhada questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem

como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da

aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como

unidade de linguagem em uso.

Serão abordados, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, os vários

gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

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presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente

depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a

gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

É necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles

e considerar o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros

discursivos têm um papel tão importante para o trabalho na escola.

Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de várias

esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, etc.

Serão utilizados como recursos na disciplina de Língua Estrangeira

Moderna – Inglês: livros didáticos, Livro Didático Público de Língua Estrangeira

Moderna – Inglês, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet,

TV multimídia, músicas, Laboratório de informática, mídia disponível, imagens

(desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, revistas, jornais, propaganda visual), texto

de gêneros variados, sulfite, lápis de cor, tinta/pincéis, cola, tesoura, caneta

hidrográfica, materiais alternativos, músicas, entre outros.

A respeito aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade o

professor deverá prever no Plano de Trabalho Docente a abordagem

contextualizada das temáticas (História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena – Lei

11.645/08, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental – L. F.

9795/99, Dec. 4201/02, Educação Fiscal/Educação Tributária – Dec. 1143/99,

Portaria 413/02, Enfrentamento a Violência contra criança e o Adolescente – L. F.

11525/07, e Gênero e Diversidade Sexual) articuladas ao conteúdo e as

especificidades das disciplinas.

AVALIAÇÃO

As práticas avaliativas precisam de encaminhamentos metodológicos que

abram espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo

trabalhado e a compreensão por parte do educando.

A avaliação será diagnóstica, para detectar os conjuntos de dados que

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levam a dificuldade de aprendizagem do educando; contínua, observação do dia-a-

dia do aluno, do seu desenvolvimento; abrangente, observando a construção do

conhecimento; e permanente, considerando nos registros escritos a nas

manifestações orais dos educandos, do ponto de vista do processo de

aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação utilizados serão: debate, produção de um

texto, provas com questões diversificadas, conversação, etc, para que haja a

possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como:

memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,

interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros;

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131

REFERÊNCIAS

ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e

ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Lingua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2008.

FARACO, C. A. Português: língua e cultura – manual do professor. Curitiba: Base, 2005.

GIMENEZ, T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTTI, V. (org.). Perspectivas educacionais

e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (org.) Introdução à linguística 2: domínios e fronteiras. 2 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2004.

PEREIRA, C.F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:

SARMENTO, S.; MULLER, V. (orgs.). O ensino de língua estrangeira: estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

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ENSINO RELIGIOSO – 6º E 7º ANO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem

consolidando o reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o

trabalho pedagógico com o conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes

culturais brasileiras.

A disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos

saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua

relação com outros campos do conhecimento. O desafio nesta disciplina é efetivar

uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como

também, desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a

construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.

Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para que

os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e

como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer

relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de

religiosidade.

Desta forma, o Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades

étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de

expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e política. Desta

forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96,

é o desenvolvimento da cidadania.

Esta nova abordagem do Ensino Religioso deverá superar toda e

qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e

sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe um

modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e excludente, ela impede o

exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de criação de

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novos valores.

Qualquer religião deve ser tratada como conteúdo escolar, uma vez que o

Sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização

de diferentes sociedades. A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a

compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. Ainda, subsidiará os

educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma

como as sociedades são influenciadas pelas tradições religiosas, tanto na afirmação

quanto na negação do Sagrado.

Definiu-se, como objeto de estudo, o Sagrado. Etimologicamente, o termo

Sagrado se origina do termo latino sacrátus e do ato de sagrar. Como adjetivo,

refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o Sagrado

remete sempre a algo que lhe sirva de suporte.

Para a análise do fenômeno religioso é prioritário tocar na essência da

experiência religiosa, ou seja, o Sagrado. Neste sentido, o restabelecimento do

Sagrado enquanto categoria de análise passa a ser uma premissa de base, uma

categoria de avaliação e classificação que nos permita reconhecer a objetividade do

fenômeno religioso. Assim, o Sagrado é um conjunto de formas do sujeito, do

homem religioso, e não do objeto.

É necessário, nesse sentido, admitir a existência de um elemento

universal que perpassa as diversas e distintas tradições religiosas - o Sagrado, que

se dá, justamente, em contraposição ao profano.

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO RELIGIOSO

Preparar o aluno para adquirir posturas e práticas centradas na solidariedade,

na tolerância, no respeito, no estabelecimento de valores, no interesse e na

participação, para a formação de um indivíduo responsável e consciente e,

sobretudo, que tenha a sensibilidade de dedicar amor ao próximo;

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134

Instrumentalizar o aluno para que a partir do desenvolvimento de postura e

conduta que julgamos corretas, seja capaz de absorver os conhecimentos

que alicerçam essa formação no intuito de compreender e transformar a

realidade na qual está inserido;

Fazer com que o aluno se torne uma pessoa esclarecida quanto à

diversidade religiosa e dessa forma, aprenda a respeitos os outros,

reconhecendo a validade das diferentes escolhas religiosas e culturais;

Fomentar atitudes que desenvolvam posturas e práticas centradas na

generosidade e especialmente, numa reflexão que questiona as

desigualdades sociais e ainda, sobre a inversão de valores éticos e morais

que se sobrepõem à honestidade, entre outros princípios;

Construir por meio da observação, reflexão, informação e vivência de valores

éticos o diálogo inter-religioso e consequentemente, a superação de

preconceitos;

Promover a educação para a paz, desenvolvendo atitudes éticas que

qualifiquem as relações do ser humano consigo mesmo, com o outro e com a

natureza.

A disciplina tem por objetivo a análise e compreensão do sagrado como um

cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo

cultural.

A mesma pretende ainda contribuir para o reconhecimento e respeito às

diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos

bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o

fenômeno religioso.

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CONTEÚDOS

Estruturantes 6º e 7º Anos:

Paisagem Religiosa;

Universo Simbólico Religioso;

Texto Sagrado.

Básicos e Específicos 6º Ano:

Organizações religiosas – Fundadores e/ou líderes religiosos,

Estruturas hierárquicas.

Lugares Sagrados – Lugares da Natureza: rios, lagos;

Lugares construídos: templos.

Textos Sagrados orais ou escritos – Ensinamentos Sagrados (vedas,

escrituras Baha'is, fé Baha'l,

tradições orais africanas, afro-

brasileira ameríndias, alcorão).

Símbolos Religiosos – Expressando as diferentes formas de compreensão e

de relações com o Sagrado, destacando: Budismo,

Cristianismo, Confucionismo, Taoísmo, etc.

Básicos e Específicos 7º Ano:

Temporalidade Sagrada – Os significados simbólicos dos gestos, cores,

formas e textos: ritos, mitos, cotidiano.

Festas Religiosas – Peregrinações,

Festas familiares,

Festas nos templos,

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Datas comemorativas.

Ritos – Ritos de paisagem,

Mortuários.

Vida e Morte – O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas,

Reencarnação,

Ressurreição: ação de voltar a vida,

Além da morte ancestralidade, vida dos antepassados,

espíritos dos antepassados que se tornam presentes, e

outros.

METODOLOGIA

O Ensino Religioso Escolar como tempo e espaço de formação e de

educação que aborda elementos próprios e complementares aos que são

trabalhados em outros campos do saber, há de ajudar o aluno a se posicionar no

mundo como indivíduo e a viver solidariamente com os outros.

A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a científica e

não a religiosa, referente a cada expressão, o sagrado, adequada ao universo

escolar. Ao adotar esta abordagem em relação aos conteúdos, o professor

estabelecerá uma relação pedagógica com os conhecimentos que compõem

universo sagrado das manifestações religiosas, como construção histórico-social,

agregando-se ao patrimônio cultural da humanidade. Não estará, portanto propondo

que se faça juízo desta ou daquela prática religiosa.

As aulas de Ensino Religioso, mais do que momentos de instrução,

precisam se transformar em momentos de educação de tal forma que a reflexão e a

ação desencadeadas a partir delas possam contribuir de maneira significativa para

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que o estudante viva o diálogo e a solidariedade como compromissos históricos,

desenvolvendo tarefas de pesquisas, elaboração, entrevista, dramatização, debates

e formação. Enfim, há todo um campo de tarefas de sistematização que necessita

conviver frutiferamente com os processos concretos do ensino.

Utilizaremos como recursos na disciplina de Ensino Religioso imagens:

desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, revistas, jornais, propaganda visual, sulfite,

lápis de cor, tinta/pincéis, cola, tesoura, caneta hidrográfica, materiais alternativos,

videoclipe, músicas, DVD, TV Pendrive, Laboratório de informática, mídia disponível.

A respeito aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade o

professor deverá prever no Plano de Trabalho Docente a abordagem

contextualizada das temáticas (História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena – Lei

11.645/08, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental – L. F.

9795/99, Dec. 4201/02, Educação Fiscal/Educação Tributária – Dec. 1143/99,

Portaria 413/02, Enfrentamento a Violência contra criança e o Adolescente – L. F.

11525/07, e Gênero e Diversidade Sexual) articuladas ao conteúdo e as

especificidades das disciplinas.

AVALIAÇÃO

Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino

Religioso, faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem

adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação

que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de notas e ou conceitos.

Ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como

não terá registro de nota ou conceito da documentação escolar, isso se justifica pelo

caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos

elementos integrantes do processo educativo da disciplina. Pretende-se, então, que

no processo avaliativo identifique-se em que medida os conteúdos passam a ser

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referenciais para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

A apropriação do conteúdo pode ser observada pelo professor em

diferentes situações, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação

respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua;

aceita as diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religiosos é dado

da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para

referir-se as diferentes manifestações do sagrado.

Uma vez sistematizadas as informações provenientes dessas avaliações,

o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo

de apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para

dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação dos

conteúdos que irá desenvolver posteriormente.

A avaliação será contínua, diagnóstica e processual com a função de

subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.

Será avaliada a compreensão do assunto tratado através da

argumentação e a escrita das questões propostas durante as aulas, elaboração de

textos, debates e trabalho em grupos.

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139

REFERÊNCIAS

COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In:

JUNQUEIRA, S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FEUERBACH, L. A essência do Cristianismo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.

GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

GIL FILHO, S. F.; ALVES, Luis Alberto Sousa. O Sagrado como foco do Fenômeno

Religioso. In: Sergio Rogério Azevedo Junqueira; Lílian Blanck de Oliveira. (Org.). ENSINO RELIGIOSO: MEMÓRIAS E PERSPECTIVAS. 1 ed. Curitiba: Editora Champagnat, 2005, v. 01, p. 51-83.

KANT, I. A religião nos limites da simples razão. Tradução Ciro Mioranza. São Paulo: Escala Educacional, 2006.

_______ Crítica da razão pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur Moosurger. 3 ed. São Paulo Nova Cultural, 1987-88.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

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