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Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR Ensino Médio Dois Vizinhos/PR, outubro de 2010.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR Ensino Médio · Matemática ... • Aulas teóricas com exposição dos conteúdos científicos; ... estigma de disciplina que trabalhe exclusivamente

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Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Ensino Médio

Dois Vizinhos/PR, outubro de 2010.

SUMÁRIO

Bloco 1

Biologia.............................................................................................................04

Educação Física................................................................................................11

Filosofia.............................................................................................................16

História..............................................................................................................21

Língua Estrangeira Moderna – Inglês...............................................................28

Língua Portuguesa ...........................................................................................32

Bloco 2

Arte....................................................................................................................42

Física.................................................................................................................47

Geografia...........................................................................................................65

Matemática........................................................................................................76

Química.............................................................................................................83

Sociologia..........................................................................................................87

BLOCO 1

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – BIOLOGIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as

observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração

das plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, como forma de

representar sua curiosidade em explorar a natureza.

A história da ciência mostra que tentativas de definir a vida têm origem

desde a antiguidade. Idéias desse período que contribuíram para o

desenvolvimento da biologia tiveram como principais pensadores e estudiosos

os filósofos Platão (428/27 a.c. –347 a.c) e Aristóteles ( 384 a.c – 322 a.c).

Ambos deixaram contribuições relevantes quanto á classificação dos seres

vivos, pois suas interpretações filosóficas buscavam explicações para

compreensão da natureza.

O conhecimento do campo da biologia deve subsidiar a análise e a

reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao

aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam

em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica

dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se

comporta e a vida se processa.

Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana,

ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos o ser vivo mais

importante dentre todos os diversos seres que por aqui passaram. Por outro

lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente

três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala,

diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao

homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de

instrumentos utilizáveis e o início das atividades agrícolas.

Através do conhecimento histórico da disciplina reconhece-se o modelo

teórico elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam o

esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

A disciplina de Biologia tem como objetivo o estudo da vida. Ensinar

biologia incorpora a idéia de ensinar sobre a ciência, a descrição dos seres

vivos e dos fenômenos naturais, levando o homem a formular diferentes

concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte desse mundo.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Organização dos seres vivos;

• Mecanismos biológicos – Cultura Afro-brasileira e Africana ( raças)

• Biodiversidade;

• Manipulação genética.

Conteúdos Específicos

1º ano: Organização e distribuição dos seres vivos: Organização celular

e molecular, Teoria da Origem da Vida, Membrana, Citoplasma e Núcleo,

Divisão Celular (mitose e meiose), Histologia Animal, Embriologia, Reprodução

Humana( DST e Métodos contraceptíveis) e mecanismos biológicos.

2º ano: Biodiversidade: Reino Vegetal: Histologia Vegetal, Organologia

Vegetal, Reprodução das Plantas e Propriedades terapêuticas, Hormônios

envolvidos com o crescimento e desenvolvimento da planta, conservação da

flora, Zoologia: Reino animal e mecanismos biológicos.

3º Ano: Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida:

Fisiologia Humana, A Origem das espécies, Evolução, Genética ( Engenharia

Genética, Biologia Molecular, Bioética e Biotecnologia) , Ciclos Biogeoquímico

Ecologia e Mecanismos biológicos.

2. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita á

interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos

valores e ideologias, as necessidades materiais do homem em cada momento

histórico. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere.

A biologia, como parte do processo de construção cientifica deve ser

entendida e compreendida como processo do próprio desenvolvimento

humano.

Portanto, a observação, o experimento e o caráter humano estão intimamente

ligados à metodologia.

A observação é considerada um procedimento de investigação que

consiste na atenção sistemática de um fato natural, de mecanismos biológicos

ou de processos que ocorrem dentro da biodiversidade.

A aula experimental deve ser um espaço de organização, discussão e

reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real.

O caráter humano é determinado pelo tempo histórico e tem na prática,

uma metodologia que procura envolver o conjunto de processos organizados e

integrados, numa relação homem X Natureza e nas relações sociais, políticas e

culturais.

Como proposta metodológica para o ensino da biologia, propõe-se a

utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórica –

crítica, centrada na valorização e socialização dos conhecimentos das biologias

das camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do

conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e

atuação crítica para a transformação dessa realidade.

• Aulas teóricas com exposição dos conteúdos científicos;

• Trabalhos em grupo, onde os alunos pesquisam e traduzem relações

teóricas;

• Produção de textos relacionando e sistematizando temas de cunho

científico;

• Vídeo;

• Retroprojetor;

• Mapas conceituais;

• Livro didático;

• Textos complementares.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser utilizada como um instrumento de aprendizagem

onde o professor permeia seu trabalho e cria condições de reflexão e

questionamento.

Em biologia, deve-se superar a limitação de sua habitual memorização

receptiva de conteúdos e ampliar o conceito para o conjunto de saberes,

destrezas e atitudes que contemplem a aprendizagem dos conceitos

biológicos.

Deve-se ter por finalidade a obtenção de informações necessárias sobre

o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os

processos de aprendizagem.

Como prática emancipatória prevê um conjunto de ações pedagógicas

pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.

• As avaliações deverão ser contínuas, podendo ser escritas, orais e

objetivas;

• Apresentação de seminários;

• Trabalhos com experimentação, pesquisa e exposição dos conteúdos;

• Atividades com questionários, cartazes.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez 2002,

p.19.

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In: NARDI,

R. Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC,

Brasília, 2004.

BERNARDES, J. A. & FERREIRA, F. P. de M. Sociedade e Natureza. In:

CUNHA, S.B. da & GUERRA, A.J.T. A Questão Ambiental.Diferentes

Abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

CARRETRO, Mario. Construir y enseñar las ciências experimentales. Aique

Grupo Editor. Argentina.

FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e

trabalho. Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC,

SEMTEC, 2004.

KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. revisado e

ampliado. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:

Editora da Universidade de São Paulo, 1987.

KUENZER, A. Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem

do trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.

MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília,

2004.

MORIN, E. O Pensar Complexo e a Crise da Modernidade. In: GUIMARÃES,

M. A formação de Educadores a Ambientais Campinas, São Paulo: Papirus,

2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino médio. Texto elaborado pelos participantes do “I e II Encontro de

Relações (In) pertinentes”. Pinhais (2003) e Pinhão (2004).

SIDEKUM, A. Bioética: como interlúdio interdisciplinar. Revista Centro de

Educação. vol.27,n.º 01. Edição 2002, disponível em

www.ufsm.br/ce/revista/index.htm.

DCEs - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado

do Paraná.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – EDUCAÇÃO FÍSICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física, enquanto disciplina escolar começa a surgir em fins

do século XIX, quando uma reforma do ensino primário estabelece como

importante a prática da ginástica a fim de auxiliar a formação do cidadão.

A educação física, bem como a visão de corpo, acompanha as

mudanças da sociedade.

Em face da conjuntura existente no Brasil na primeira metade do século

XX, a educação física teve uma forte vinculação com os aspectos patrióticos e

militares. Sendo assim, cultuava-se a necessidade de corpos “perfeitos”, ou

seja, a educação física era voltada para um aprimoramento físico, a fim de

garantir jovens saudáveis, fortes, resistentes e disciplinados que serviriam aos

interesses militares e ao mercado de trabalho.

Como não existia no Brasil um plano nacional para a disciplina, as

práticas metodológicas foram trazidas de outros países. Neste aspecto se

destaca o papel dos Métodos Ginásticos.

A partir de 1964, a educação física no Brasil assume uma postura

voltada à valorização de esporte de competição e rendimento. O grande

objetivo era transformar o país em uma potência olímpica.

O Currículo Básico, já na década de 90, reformulou a educação física e

até hoje é um referencial de consulta, pois seu processo de construção se deu

pelo coletivo de professores. Posteriormente os PCNs representaram um

retrocesso, pois se tornaram um currículo mínimo para a área.

Atualmente, a educação física escolar preocupa-se em se desfazer do

estigma de disciplina que trabalhe exclusivamente com o esporte. Este é

apenas parte de seu trabalho na escola.

Ganha força, nas discussões atuais a respeito de educação física, a

perspectiva em que se considera como objetivo da disciplina o corpo em suas

várias dimensões, sejam elas sociais, econômicas, políticas, culturais, entre

outras.

Neste sentido, a educação física desvincula-se de uma visão tecnicista,

positivista e passa a inserir-se como uma disciplina preocupada em transmitir

aos alunos um conhecimento que os humanize e torne-os indivíduos

conscientes de seu papel no meio social em que vivem enquanto agentes de

uma sociedade historicamente construída.

A educação física torna-se fundamental enquanto disciplina escolar por

ter como objeto de estudo as manifestações corporais e sua potencialidade

formativa.

Por ter o corpo como objeto de estudo, a educação física propõe-se a

discutir relações pertinentes a corporalidade entre as quais pode se destacar

as dimensões biológicas, históricas, sociais e culturais do corpo, o corpo

enquanto agente de movimento.

Ao transformar-se em uma disciplina que utiliza como método de análise

o materialismo histórico dialético, a educação física pensa a corporalidade em

sua perspectiva presente no processo de construção social. Desta forma o

aluno é visto como um ser social, participante de uma realidade historicamente

construída, e que precisa ser considerada como ponto de partida para a

organização e transmissão dos conhecimentos sistematizados pela sociedade

em seu processo evolutivo.

A educação física numa perspectiva cultural se propõe como área de

estudo da cultura humana, que atua sobre um conjunto de práticas ligadas ao

corpo, ao movimento. Privilegia além da aprendizagem de movimento, a

aprendizagem sobre o movimento.

Ao debater a corporalidade, a educação física objetiva propiciar ao

indivíduo a possibilidade de inserir-se como um ser social e natural em

determinado ambiente. Contribuindo então para a interação desse indivíduo

com as demais pessoas de seu convívio social, estimulando a humanização

das relações sociais.

2. CONTEÚDOS

Ensino Médio:

Esporte, Lutas, Ginástica, Danças e Jogos.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A educação física, tanto no ensino fundamental quanto no médio, busca

superar as concepções fundadas na lógica instrumental anátoma funcional e

esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas fundadas

principalmente no modelo de inspiração positivista, originária das ciências da

natureza. Permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,

psicológica, filosófica e política das práticas corporais.

A educação física deve estar articulada ao projeto político pedagógico da

escola. Devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente,

propiciando uma educação voltada para uma consciência crítica, onde o

trabalho enquanto categoria é um dos princípios fundantes das reflexões a

cerca da educação física.

Compreender a educação física em um contexto mais amplo significa

um entendimento de que esta área do conhecimento é parte integrante de uma

totalidade composta por interações que se estabeleceram na materialidade das

relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

O histórico da educação física apresenta como, quando e com que

interesses surgiram às práticas corporais, hoje pedagogizadas e entendidas

como conteúdos de tradição escolar da educação física

Sugere-se que as aulas sejam compostas em primeiro, segundo e

terceiro momento. No primeiro momento, o conteúdo da aula é problematizado,

no segundo desenvolvem-se as atividades relativas à apreensão do

conhecimento e no terceiro reflete-se sobre a prática.

4. AVALIAÇÃO

Partindo do pressuposto que a educação física tem como método

análise de seu objetivo de estudo as manifestações corporais o materialismo

histórico dialético, a avaliação deve ser pensada enquanto processo que está

em constante construção.

Sendo assim, a avaliação precisa ser considerada como um todo, onde

o educando em seu cotidiano é analisado de forma integral e completa.

A avaliação deve favorecer a busca da coerência entre a concepção

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino

aprendizagem. Além de estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos de

modo que permeia o conjunto de ações pedagógicas e não como um elemento

externo a este processo. Além disto, a avaliação deve estar de acordo com o

Projeto Político Pedagógico da escola.

A avaliação continua identificando desta forma os progressos do aluno

durante o ano, levando-se em consideração a avaliação formativa, continuada

e cumulativa.

5. EFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – FILOSOFIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde a sua origem grega, a cerca de 2600 anos, há na filosofia a

preocupação com seu ensino. Já em Platão aparece a defesa de que a filosofia

necessita de técnicas de percepção para não ter efeito nulo sobre os jovens.

Desta maneira, percebem-se na história da disciplina de filosofia duas

tendências: a primeira refere-se à luta por garantir o espaço da disciplina nos

currículos escolares, haja vista que após o regime militar esta ficou por um

longo período distante do ensino escolar; a segunda, diz respeito a opção por

qual filosofia ensinar (refere-se ao conteúdo).

Conforme a DCE (2006) de filosofia optamos pelo trabalho com conteúdos

estruturantes (mito e filosofia, teoria do conhecimento, ética, filosofia política,

filosofia da ciência e estética) que se constituíram ao longo da historia da

filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes. Com

esta postura não queremos abandonar a história da filosofia, antes se trata de

garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais

da disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e

mesmo provocativa com o presente.

A importância do conhecimento filosófico para a formação do estudante se

faz necessária diante de sua realidade, onde se reflete o cenário mundial de

questionamento e crise dos valores éticos, políticos, econômicos, culturais,

entre outros. A filosofia se apresenta no ensino médio, como ferramenta

indispensável pra criar espaços de problematização, reflexão e criação de

conceitos, articulando os problemas da vida atual as respostas e formulações

da história da filosofia.

Segundo a declaração de Paris (Philosophie et démocratie dans lê monde

– UNESCO, 1995) a filosofia deve proporcionar: “ação filosófica formando

espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de

propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara

cada para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações

contemporâneas [...] permite a cada um aprender e pensar por si mesmo”.

Portanto, é no espaço escolar que a filosofia busca demonstrar aquilo que

lhe é próprio: o pensamento crítico, a resistência e realizar o que para Deleuze

e Guattari (1995) é essencial a filosofia: a criação de conceitos. Assim,

queremos com o estudo da filosofia desafiar o educando a buscar, pesquisar,

estudar, discutir a sua compreensão do mundo, tomando a sua experiência

cotidiana como ponto de partida da sua experiência reflexiva, apoiando-se na

leitura filosófica.

2. CONTEÚDOS

1º bimestre. 2º bimestre. 3º bimestre. 4º bimestre.

ano.

1.0 Mito e filosofia:

1.1Continuidade e

ruptura.

1.2 O que é o mito?

1.3 O que é a filosofia?

1.4O método filosófico.

1.5 Os primeiros

filósofos.

1.6 A razão.

1.7 Filosofias não-

2.0 A questão do

conhecimento:

2.1 O que é o

conhecimento

2.2 O método

2.3 A verdade

2.4 Fé e razão.

2.5 A construção do

conhecimento:

percepção, memória,

3.0 Filosofia

Política:

3.1 Definição de

Política.

3.2 A política nos

períodos históricos.

3.3 Democracia

3.4 Política e

violência.

4.0 Filosofia

Moral:

4.1 Diferença

entre ética e

moral.

4.2

Fundamentos

da ética.

4.3

Concepções

orientais: filosofia

africana, oriental e latino-

americana.

imaginação,

linguagem e

pensamento.

éticas

ano.

1.0 Teoria do

Conhecimento

1.1 Pensadores

1.2 Correntes Filosóficas

2.0 Filosofia da

Ciência

2.1 Conhecimento

científico

2.2 O método

científico

2.3 Ciência e valores

2.4 Períodos

científicos

2.5 Bioética

3.0 Estética

3.1 O que é o Belo

e o gosto?

3.2 A arte e sua

função.

3.3 Concepções

estéticas.

3.4 Criatividade

3.5 Cinema

4.0

Antropologia

4.1 O que é o

homem?

4.2 Visão

histórica.

4.3

Dimensões do

homem.

4.4 Homem:

corpo/alma.

4.5 Morte

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Aulas expositivas priorizando os quatro momentos metodológicos

propostos pela DCE (2006) de filosofia, que são:

- Sensibilização: construir o desenvolvimento e a autonomia do educando

a partir do diálogo como experiência primordial, realizado através da exibição

de um filme, um música ou leitura de um texto filosófico ou literário.

- Problematização: discussão coletiva, participativa, consciente e

responsável, substituindo o conteudismo; propiciar atividades

problematizadoras partindo do cotidiano do educando;

- Investigação: leitura e análise de textos filosóficos, percebendo a partir

da história da filosofia as diferentes maneiras de enfrentar problemas e com

possíveis soluções já elaboradas; busca constante na resolução de problemas

apresentados na atualidade, situando o educando á sua própria realidade;

pesquisas individuais e coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico,

dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

- Criação de conceitos: socialização dos textos elaborados por meio de

apresentação, diálogo e discussão; recuperação continua do conteúdo.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação na filosofia tem como função diagnosticar o exercício do

pensamento crítico na re-elaboração do conhecimento (construção de

conceitos). Também, não tem como objetivo perceber o quanto o estudante

assimilou de conteúdo, mas a capacidade sintetizar, de argumentar, de

identificar os limites da própria posição tomada e apresentação de novos

problemas.

O critério de avaliação procura ser o mais diversificado possível, para que

possa atingir e favorecer os educandos que não conseguem expor suas idéias

em determinado tipo de avaliação. Por isso, como método avaliativo, procurar-

se-á avaliar com: textos filosóficos ou não filosóficos, trabalhos, pesquisas,

avaliação escrita e comentários, apresentações e debates.

Diagnosticar não só o grau de inteligibilidade alcançada pelos alunos, como

também, perceber as dificuldades surgidas e intervir no processo para que se

possa atingir maior qualidade de reflexão.

5. REFERÊNCIAS

DCE (2006) de Filosofia

Livro didático de Filosofia

ARANHA-ARRUDA – Filosofando

Marilena Chauí – Convite a Filosofia

NRE – DOIS VIZINHOS

MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL,

MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – HISTÓRIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da disciplina de história tanto nível fundamental, quanto no

médio passou por profundas mudanças a partir de 1970, pois até então esta

era abordada de forma tradicional, eletizante e com excessiva valorização da

cultura européia.

Durante o período da ditadura militar o ensino da História repassou um

modelo de ordem estabelecida onde não havia espaço para as análises críticas

e interpretação dos fatos. Nesse período o Ensino de História centrou-se numa

formação tecnicista voltado a preparação para o mercado de trabalho.

As disciplinas humanas perderam o espaço nos currículos, surgem as

disciplinas de Estudos Sociais e OSPB no primeiro e segundo grau.

Com a redemocratização política do final dos anos 80 também

ocorreram mudanças na área educacional e o ensino da história passa a ter

pressupostos teóricos da historiografia social, pautada no materialismo

histórico dialético indicando alguns elementos da Nova História.

Nos anos noventa o Ministério da Educação divulgou os PCNS com a

função de resolver problemas imediatos e próximos do aluno. A preocupação

maior dos PCNS era a de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho.

Na atualidade seguimos as DCE onde o ensino não visa à manutenção

da sociedade fundamentada na desigualdade social nem tampouco a simples

preparação para o mercado. Desse modo o ensino da história tem um papel de

transformação e superação das desigualdades. Para isso é necessário que se

faça uma abordagem crítica tornando o educando um sujeito capaz de agir e

interagir na sociedade a qual faz parte.

O ensino da história enquanto disciplina escolar visa um ser humano

crítico que se reconheça enquanto sujeito humanizado e consciente da sua

condição, e, com capacidade de transformação social, um sujeito que só

aprende porque é sujeito.

A disciplina tem como objeto de estudo os processos históricos relativo

às ações e às relações humanas praticadas no tempo e espaço, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência

dessas ações.

As relações humanas produzidas por essas ações são as formas de

agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social,

cultural e politicamente.

As diretrizes curriculares de história objetivam a superação da história

factual e da linearidade dos fatos, sendo assim a produção da história, vai

depender da experiência histórica dos sujeitos das classes populares, da

cultura que trazem procurando contextualizar esses conhecimentos com a

realidade dos educandos.

2. CONTEÚDOS

Nas diretrizes, consideram-se conteúdos estruturantes da disciplina de

História:

- Relações de trabalho;

- Relações de poder;

- Relações culturais.

Por meio destes conteúdos estruturantes, o professor deverá reconstruir

a maioria das versões, sobre certos fatos históricos e discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas.

Quanto aos conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais a

serem trabalhados em cada ano/série da Educação Básica. A partir deles

selecionará os conteúdos específicos que serão elencados no Plano de

Trabalho Docente.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª ANO: RELAÇÕES DE TRABALHO

- Conceito de Trabalho

- O mundo do Trabalho em diferentes sociedades

RELAÇÕES DE PODER:

- O estado nos mundo antigo e medieval

- O estado e as Relações de Poder: Formação dos Estados Nacionais

- As cidades na História

RELAÇÕES CULTURAIS:

- Relações culturais na sociedades Grega e Romana na

antiguidade:mulheres, plebeus e escravos.

- Relações culturais na sociedade Medieval e européia: camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e doentes.

- Movimentos sociais, políticos, culturais religiosos na sociedade moderna.

2º . ANO: RELAÇÕES DE TRABALHO

- A construção do trabalho assalariado.

- Transição do Trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no

contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades: brasileira e

estadunidense.

- Urbanização e industrialização no Brasil.

- O trabalho na sociedade contemporânea .

RELAÇÕES DE PODER:

- O Estado e as Relações de Poder: Formação dos Estados Nacionais.

- Urbanização e Industrialização no Paraná

RELAÇÕES CULTURAIS:

- Urbanização e Industrialização do século XIX.

3º ANO: RELAÇÕES DE TRABALHO

- Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (

séculos XVIII e XIX).

- O trabalho n a sociedade contemporânea.

RELAÇÕES DE PODER:

- O Estado e as Relações de Poder: Formação dos Estados Nacionais.

- Relações de Poder e violência no Estado

- O Estado Imperialista e sua crise

- Urbanização e Industrialização no Paraná

RELAÇÕES CULTURAIS:

- Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: É

proibido proibir?

- Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para implementação em sala de aula das Diretrizes Curriculares, é de

importância fundamental que o aluno compreenda como se processa a

construção do conhecimento histórico a partir da problematização dos

conteúdos específicos.

È imprescindível retomar constantemente com o aluno como ocorre a

produção do conhecimento, como é o trabalho do pesquisador, o objeto de

estudo. Assim o historiador adota o método de pesquisa, através de

conhecimentos que possam responder às suas indagações, produz uma

narrativa histórica que contempla as diversidades das experiências políticas,

sociais, econômicas e culturais.

Dentro desta visão é essencial que os alunos compreendam que o livro

didático é uma fonte de interpretação. Assim o aluno não deve se limitar só

numa única fonte, mas buscar novas abordagens para os fatos. O professor

deve ser esclarecido quanto à produção do conhecimento histórico e sua

apropriação pelos alunos que é processual.

O professor deve instigar o aluno para que ele reflita sobre os fatos ,

acontecimentos. O livro pode ser problematizado com os alunos, identificando

seus limites e possibilidades. Isso levará a busca de novas referências que

completam o conteúdo, como produção historiográficas de livros, revistas e nos

meios eletrônicos.

A tarefa do professor é de levar o aluno à capacidade de questionar e

criticar outros conteúdos, de modo que constituam aos poucos a autonomia na

busca do conhecimento.

4. AVALIAÇÃO

A Avaliação tem como o objetivo favorecer a busca da coerência entre a

concepção de história defendida e as práticas e as práticas avaliativas que

integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto

das ações pedagógicas, contribuindo assim para diminuir as desigualdades

sociais e para colaborar na construção de uma sociedade mais justa.

O aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como

fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia

uma análise das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo

professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos é situá-los como parte de um

coletivo, em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com

vista a aprendizagem de todos, mas cabe ao professor planejar as situações

diferenciadas de avaliação.

A avaliação deverá contribuir para uma consciência histórica em relação:

relações de trabalho, poder e cultura.

No final do processo avaliativo deseja-se que os alunos sejam capazes

de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de

poder neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio

em que vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria história.

Quanto a avaliação de recuperação paralela far-se-á com base nos

resultados obtidos através da avaliação diagnóstica o professor trabalhará a

recuperação, revendo os conteúdos que o aluno não assimilou, favorecendo

assim, um ambiente de autonomia e responsabilidade entre os alunos.

É fundamental que o professor se sinta responsável para garantir que a

aprendizagem do educando se realize. Por isso a avaliação do professor e do

aluno é uma maneira de estabelecer o grau de eficácia do ensino-

aprendizagem.

5. REFRÊNCIAS

PARO, Vitor Henrique. A Escola pública que queremos. Palestra conferida na

Conferência Estadual de Educação. Proposta dos trabalhadores de Educação

para o próximo Governo Curitiba 418/2006

Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Projeto Político Pedagógico.

Textos dos grupos de estudos realizados em 2006.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – INGLÊS

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tendo em vista o histórico das línguas estrangeiras no Brasil, e

considerando que a Língua Inglesa é uma Língua Universal sendo a segunda

língua mais falada no mundo e a primeira língua mais escrita, a qual aborda a

grande maioria dos textos científicos e tecnológicos. Entende-se que é

necessário que todo o estudante de escola pública tome conhecimento desta

língua para que através dela conheça as diferentes culturas e costumes de

diferentes povos, aprendendo assim a respeitar as individualidades sem

preconceito de raça, cor e classe social.

Assim o estudante de Língua Estrangeira, além da formação pessoal

demonstrará a transformação na sua vivência pessoal, tornado-se um cidadão

mais ativo e participativo.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O contexto de ensino aprendizagem consoante ao de Língua Portuguesa

no que se refere à sua concepção de linguagem como construção humana do

sistema lingüístico e comunicativo que será abordado através da leitura da

oralidade e escrita.

Sob tal pressuposto o trabalho em sala de aula deve partir de um texto

num contexto em uso, promovendo a interação ativa dos alunos com discurso,

de modo que se tornem capazes de comunicar-se.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos,

levando em conta o princípio da continuidade e progressão entre as séries. Na

seleção de textos serão abordados além dos elementos lingüísticos, fins

educativos na medida em que apresentem possibilidades de tratamento de

assuntos polêmicos, adequados a faixa etária e que contemplem os interesses

dos alunos.

Considerando o exposto, serão trabalhados:

− Textos descritivos curtos, complexos mais longos;

− Textos informativos e argumentativos curtos e longos;

− Notícias curtas e revistas;

− Textos poéticos (musicais);

− Jogos;

− Textos de instruções;

− Críticas de cinema;

− Entrevistas;

− Textos Literários;

− Artigos de jornais;

− Páginas de guias turísticos;

− Resenhas de livros;

− Dramatizações;

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

As LE's são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos

de entender o mundo e construir significados, para tanto os textos devem ser

apresentados como um princípio gerador de unidades temáticas e de

desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas, sendo que os mesmos

serão de diferentes gêneros discursivos.

Para desenvolvê-los haverá uma interação primeiramente com o texto

que pode conter uma mistura de linguagem escrita diversificada, visual e oral.

A pesquisa de palavras no dicionário propiciará a ampliação do

vocabulário do aluno bem como a seleção de itens gramaticais que indiquem a

estruturação da língua inserido nos textos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira está articulada aos

fundamentos teóricos nas Diretrizes Curriculares e na LDB n. 9394/96.

Segundo Luckesi, ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas,

objetiva-se favorecer o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, nortear o

trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do

ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o

percurso desenvolvido e identificar dificuldades, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que busquem superá-las.

Os propósitos da avaliação e do uso de seus resultados podem

favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira e

permitir que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor do

conhecimento.

Embora essas considerações evidenciam a avaliação processual, é

importante considerar também as avaliações de outras naturezas: diagnóstica

e formativa, desde que se articule com os objetivos específicos e conteúdos

definidos, a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos desta

Diretrizes, de modo que sejam respeitadas as diferenças individuais e

escolares.

5. REFERÊNCIAS

DCEs e Currículo Básico do Paraná.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – LÍNGUA PORTUGUESA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa faz parte dos currículos escolares brasileiros a partir do século XIX, sendo que a preocupação com a formação profissional teve início no século XX, mantendo características elitistas. No Brasil, a partir de 1967 ocorreu um processo de democratização do ensino, conseqüentemente, houve multiplicação de alunos, mudaram-se as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais. Acrescente-se a isso que a formação da nação brasileira deve à língua muito de sua identidade.

Durante a década de 70, o ensino da Língua Portuguesa priorizava exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. A força e a preponderância do livro didático inibiram o professor em sua a autonomia e responsabilidade quanto à sua prática pedagógica, de modo que foi desconsiderado seu conhecimento, experiência e senso crítico em função de um ensino reprodutivo e de uma pedagogia da transmissão.

A partir dos anos 80 os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e a reflexão sobre o trabalho realizado na sala de aula. A língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa interação, ou seja, a língua constitui-se por seu próprio uso.

Na década de 90, a proposta do Currículo Básico do Paraná, fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem. No final da mesma década, também fundamentaram o ensino da Língua Portuguesa as concepções interacionistas ou discursivas, que propuseram uma reflexão a cerca dos usos da linguagem oral e escrita, valorizando o direito a educação lingüística.

Considerando o contexto histórico da Língua Portuguesa, compreende-se que, o ensino de português significa pensar numa realidade que permeia todos os nossos atos. A linguagem, nesta concepção, é vista como ação entre os sujeitos histórica e socialmente situados que se constitui e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Como afirma Geraldi “a linguagem não é um trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que elas se constituem”.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel participante da sociedade.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino de Língua e Literatura requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica de algumas dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Todo o processo de ensino está fundamentado nos seguintes objetivos:

• Empregar a língua oral em diferentes situações e adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e os suportes textuais e o contexto de produção e leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coletivo.

É necessário enfatizar que os objetivos citados e suas práticas, supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem. Inicia-se na

alfabetização, consolida-se no período acadêmico e estende-se por toda a vida.

2. CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na interlocução e em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a leitura e a expressão oral e escrita, mas, também, a reflexão sobre o uso da linguagem em diferentes situações e contextos.

O Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa deve centrar-se nos processos discursivos, numa dimensão histórico-social. Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante, portanto, é o discurso como prática social.

Segundo Bakhtin (1996), o discurso, é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos.

Prática da Oralidade

Tradicionalmente, na escola, a oralidade não é muito valorizada; entretanto ela é rica e permite muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e na produção dos discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do processo interativo.

À escola compete, portanto, tomar como ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promover situações que os incentivem a falar, ainda que do seu jeito, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais. O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os diferentes discursos e de organizar os seus de forma clara, coesa e coerente.

Desta forma, o professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar a variedade lingüística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Domínio da Língua Oral 1ª 2ª 3ª

Relatos: experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos, (literários ou informativos) programas de TV (filmes, entrevistas...)

x

x

x

Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, etc.

x x x

a) No que se refere às atividades da fala, observar:

- clareza, seqüência e objetividade na exposição de idéias;

- consistência argumentativa;

- adequação vocabular:

b) No que se refere à fala do outro

- reconhecer as intenções e objetivos;

- julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às

circunstâncias da clareza e consistência argumentativa;

X

x

X

x

X

x

c) No que se refere ao domínio da norma padrão:

- concordância verbal e nominal:

- regência verbal e nominal;

- conjugação verbal;

- emprego de pronomes, advérbios e conjunções;

x

x

x

Prática de Leitura

A leitura, entendida como um processo de produção de sentido se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.

Se, na atribuição de sentido ao texto há que se levar em conta o diálogo, as relações estabelecidas entre textos, ou seja, a intertextualidade, é de se lembrar também que o diálogo intertextual não esgota as possibilidades dialógicas de um texto, multiplica-as. Assim, um texto leva a outro, mas leva também ao desejo, a uma política de singularização do leitor que, convocado

pelo texto, participa da elaboração de significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

Na prática da leitura, o professor pode também, realizar a intersecção dos textos midiáticos com os textos literários, pois com uma forma de linguagem própria, pode sugerir bons motivos para aprimorar a reflexão e fazer proliferar o pensamento.

A ação pedagógica deve permitir ao aluno a leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência e, gradativamente, a leitura de textos mais difíceis que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias por parte do professor.

Para Lajolo, o texto literário é um excelente meio de contato com a pluralidade de significações que a língua assume no seu máximo grau de efeito estético, desde que não se preste a uma prática utilitarista de leitura didatizada.

omínio da Leitura 1ª 2ª 3ª

Prática de leitura de textos de diferentes gêneros: x x x

a) No que se refere à interpretação: - identificar as idéias básicas do texto;

- reconhecer a especificidade do texto;

- identificar o processo e o contexto de produção;

- confrontar as idéias contidas no texto e argumentar

com elas;

- atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido;

- proceder à leitura contrastiva;

x x x

b) No que se refere a análise: - avaliar o nível argumentativo;

- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática e estrutural;

X

x

X

x

X

x

c) No que se refere à mecânica da leitura: - ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

Prática da Escrita

Em relação à escrita, as condições em que a produção acontecem determinam o texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por que,

quando, onde e como se escreve. Além disso, cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam conforme se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico, filosófico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula como experiências reais de uso e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

Para Kramer (1993) “[...] ser autor significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno interage e penetra na escrita viva e real, feita na história”.

As aulas de Língua Portuguesa e Literatura, nessa perspectiva, possibilitam aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais e não-verbais pelo contato direto com textos dos mais variados gêneros, de acordo com as necessidades humanas.

Domínio da Escrita 1ª 2ª 3ª

a) No que se refere à produção de textos:

- produção de textos ficcionais (narrativos);

- produção de textos informativos;

- produção de textos dissertativos;

X

X

x

X

x

X

x

b) No que se refere ao conteúdo:

- clareza, coer6encia e argumentação;

x x x

c) No que se refere à estrutura: - processos de coordenação e subordinação na construção das orações;

- Uso de recursos coesivos;

- organização de parágrafos;

- pontuação;

X

x

X

x

X

x

d) No que se refere à expressão: - adequação à norma padrão;

x

x

x

e) No que se refere à organização gráfica: - ortografia

- acentuação

- recursos gráficos – visuais (margem, título, etc)

x

x

x

f) No que se refere à aspectos da gramática tradicional:

- reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: (recursos coesivos, conectividade seqüencial e a estruturação temática)

- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais;

- o sintagma verbal e nominal e sua flexão;

- a complementação verbal:verbos transitivos e intransitivos;

- as sentenças simples e complexas;

- a adjunção;

- a coordenação e a subordinação;

X

x

X

x

X

x

Análise Linguística

O estudo da língua que se fundamenta no discurso, ou texto, extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na análise lingüística, verificar como os elementos verbais – os recursos disponíveis da língua -, e os elementos extraverbais – as condições e situações de produção – atuam na construção de sentido do texto.

Para Soares (1999), a reflexão lingüística deve-se voltar para a observação e análise da língua em uso, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema lingüístico, o que inclui morfologia sintaxe; variedades da língua portuguesa; os diferentes registros; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual.

O professor poderá instigar no aluno a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções frasais, a reflexão sobre essas e outras particularidades lingüísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades metalingüísticas, à construção gradativa de um saber lingüístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.

O ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou regras a serem construídas, deve ocorrer após o aluno ter realizado a experiência de interação com o texto. Assim, o trabalho com a gramática, passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

É nos processos educativos, e notadamente nas aulas da Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instancias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, educadores de Língua Portuguesa e Literatura, bem como os educandos têm a função de aprimorar as possibilidades do domínio nas práticas discursivas da oralidade, da leitura e da escrita.

É interessante que as outras matérias também auxiliam quanto ao uso da norma culta.

No ambiente escolar, educadores de língua portuguesa e literatura, bem como os educandos têm a função de aprimorar as possibilidades do domínio nas práticas discursivas da oralidade, da leitura e da escrita.

ORALIDADE

� Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher ou dar informações, fazer e dar entrevistas;

� Apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, etc; � Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um

filme, um livro e também depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio;

� Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;

� Contação de histórias, dramatização; � Pesquisas com apresentação oral.

LEITURA

� Identificar entre os mesmos níveis de registros as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

� Construir significados após leitura e discussão de textos; � Interpretação e estabelecimento de comparações entre autores e textos; � Confrontar as linguagens nos diferentes tipos de textos;

ESCRITA

� Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos.

� Produção de textos variados: relatos (histórias de vida), poemas, contos, crônicas, notícias, resumos, bilhetes, cartas, cartazes e avisos.

4. AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho e crescimento do aluno ao longo do ano letivo.

É também importante utilizar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e ou objetivo.

A avaliação deve constituir-se em uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite aos alunos a compreensão dos elementos contidos no texto, a expressão de idéias com fluência, argumentação e produção textual que contemple os elementos necessários, tais como: originalidade, criticidade, correção gramatical, coesão e coerência.

A recuperação paralela se estudos dar-se-á de forma paralela de acordo com os conteúdos estudados no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão do conteúdo básico.

5. REFERENCIAS

BLOCO 2

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COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – ARTE

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Por que o conhecimento desta disciplina é importante como saber

escolar e como contribui para a formação/transformação do estudante?

A arte esteve presente junto com o homem desde o surgimento da

terra. O homem pré-histórico aprendeu a desenhar criar instrumentos e

aperfeiçoá-los constantemente tornando possível a compreensão do processo

civilizatório pela qual o ser humano vem passando ao longo de sua história.

O homem desenha objetos e coisas não apenas para servir no seu

cotidiano, mas também para expressar seus sentimentos diante da vida e no

momento histórico em que vive. Essas criações constituem as obras de arte.

O ensino da arte não dicotomiza a arte e a ciência, reconhece a

colaboração entre esses saberes integrando razão e emoção, objetividade e

subjetividade.

Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência

individual e social e é levado a interpretar o mundo e a si mesmo,

possibilitando-lhe uma visão mais critica.

Ensinar arte não é transformar o aluno em artista, mas sim educar e

aguçar sua percepção, sensibilidade, curiosidade e imaginação, permitindo-lhe

o acesso ao mundo que já faz parte de seu cotidiano até então visto, mas não

percebido em toda a sua plenitude.

Segundo Ana Mae Barbosa, “arte não é enfeite. Arte é cognição, é

profissão, uma forma diferente da palavra para interpretar o mundo a realidade,

o imaginário e é conteúdo.

3. CONTEUDOS ESTRUTURANTES

ENSINO MÉDIO

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades,

são interdependentes e de mutua determinação. Nas aulas o trabalho com

esses conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos

formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte

constituirão a composição, que se materializa como obra de arte nos

movimentos e períodos.

A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos

artistas determina os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos

diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de mundo,

característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de

composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.

Concomitantemente, o conteúdo estruturante tempo e espaço não

somente está no interior dos conteúdos, como é, também, um elemento

articulador entre eles.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

AREAS ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

ARTES VISUAIS

Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor.

Figurativa, abstrata, figura funda, bidimensional/tridimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual, gêneros e técnicas.

Arte pré-histórica;

Arte no Egito antigo; arte Greco-Romana; arte Pré-Colombiana; arte Oriental;

MUSICA Altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Ritmo, melodia, harmonia, intervalo melódico, intervalo harmônico, tonal, modal, improvisação, gêneros e técnicas

Arte Africana,

Arte Medieval

Renascimento

Barroco

Neoclassicismo

Romantismo

Realismo

Impressionismo

TEATRO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação espaço cênico.

Representação, sonoplastia/ iluminação/ cenografia/ figurino/ caracterização/ maquiagem/ adereços.

Jogos teatrais, roteiro, enredo, gêneros e técnicas

Expressionismo

Fauvismo

Cubismo

Abstracionismo

Dadaísmo

Surrealismo

Op-art

Pop-art

Teatro Pobre

Teatro do oprimido

Musica serial

DANÇA Movimento corporal: tempo e espaço

Ponto de apoio, salto e queda, rotação, formação, deslocamento, sonoplastia, coreografia, gêneros, técnicas.

Musica eletrônica

Rap, Funk, techo

Musica minimalista

Arte engajada

Hip-hop

Dança moderna

Vanguardas artísticas

Arte brasileira

Arte paranaense e Indústria cultural.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA

Realizações das produções artísticas individuais ou em grupos de

acordo com o conteúdo trabalhado em textos, vídeos, obras de arte, pesquisas,

questionários, desenhos e atividades práticas.

As metodologias devem ir de encontro com o conhecimento inventivo e

de expressão em que o educando seja envolvido na historia da arte,

comparando-a com seu dia-a-dia e motivado a se manifestar de maneira

individual ou em grupo.

4. AVALIAÇÃO

Avaliação é o recurso instrumental que serve para verificar se os

objetivos foram atingidos e os conhecimentos adquiridos para dar ou não

prosseguimento ao ensino-aprendizagem.

Em artes a avaliação é complexa, pois envolve não somente

julgamento do professor, mas do grupo e do próprio aluno. Os critérios devem

ser previamente escolhidos e valorizados, lembrando que em artes é preciso

dar importância não só ao produto final, mas ao conjunto das atividades pela

qual o aluno passa, envolvendo o refletir, o pesquisar, o fazer, o refazer, o

apreciar, o criticar quando será verificada as dificuldades, as facilidades, a

organização das experiências, quantas e quais tentativas de soluções foram

feitas, de que maneiras foram usadas os materiais, enfim o procedimento do

aluno, durante a atividade proposta, seu interesse envolvimento e

comunicação.

O elenco de critérios de avaliação para cada atividade deve ser

estabelecido em conjunto professor/alunos e de acordo com os objetivos

propostos para a atividade programada.

A recuperação deverá ser paralela de acordo com os conteúdos

estudados e de forma contínua, pela qual, os alunos dispõem de condições que

lhe possibilitam a apreensão de conteúdos básicos.

5. REFERÊNCIAS

PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: ed. Ática, 1996.

DCE. Diretrizes Curriculares da rede publica da educação básica.

BARBOSA, A. M. A Imagem no Ensino da Arte, 1991.

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COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – FISICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As Ciências Naturais como a Física são corpos de conhecimentos que

permitem construir uma compreensão racional da natureza e dos fenômenos

naturais, expressa especialmente por meio de relações de causa e efeito entre

grandezas. Do ponto de vista instrumental, a educação científica no nível do

Ensino Médio deve desenvolver a capacidade de aplicar conhecimentos e

ferramentas de análise para a interpretação de fenômenos simples e a solução

de problemas práticos no cotidiano, bem como de correlacionar conhecimentos

e métodos próprios da Física e/ou de outros campos do conhecimento para

analisar e interpretar fenômenos mais complexos. Na interpretação de

fenômenos reais, devem ser enfatizadas as capacidades para formular

modelos e para identificar os agentes físicos intervenientes e as escalas de

tamanho apropriadas para descrevê-los.

Não há mais dúvidas de que temos obrigação de educar nossas

próximas gerações, preparando-as para viver em um mundo que a cada dia é

mais influenciado pela Ciência e pela Tecnologia sendo esta fortemente

lastreada pelas leis e fatos científicos. As novas gerações, certamente, deverão

tomar decisões a respeito das Ciências e precisam estar preparadas para isto.

Orientá-las para discernir crendices, superstições e afirmações pseudo-

científicas dos conhecimentos realmente científicos é, provavelmente um dos

primeiros cuidados a se tomar.

Os conhecimentos científicos, por sua vez, não podem ser visto como

verdades absolutas e insubstituíveis, mas apenas como modelos úteis que se

sucedem, ajudando a melhor perceber e descrever a natureza e proporcionar

melhores condições de vida a todos os cidadãos. Seu ensino, ainda é um

grande desafio, precisa ser examinado sob muitos ângulos e em vários níveis.

Se partirmos da premissa, que mesmo aqueles que não vão usar as Ciências

em suas profissões, devem estudá-la, precisaremos nos conscientizar que,

nestes casos a Ciência será principalmente uma ferramenta a ser utilizada

tanto no exercício da cidadania, quanto no dia-a-dia de qualquer pessoa. É

preciso, também, ficar bem claro, para toda a possibilidade do mau uso da

Ciência e da Tecnologia. Os danos que esse uso indevido vem causando à

humanidade e à necessidade de uma união muito ampla no combate a esses

comandos.

Sendo necessárias escolhas dos conteúdos que irão atender a esses

objetivos, as comunidades científicas e educacionais da área têm a

responsabilidade de fazer propostas e uma interrogação surge: em que

aspectos os conteúdos deverão respeitar o conhecimento cientifico? Não é

apenas uma questão de simplificação, mas o conteúdo cientifico do ensino é o

resultado de transformações do conhecimento cientifico, ante as muitas e

diferentes limitações para qualquer ensino. Há ainda poucas experiências no

desempenho desta tarefa e os pesquisadores da área, auxiliados por

professores, vem tentando desenvolver novos currículos e novos materiais que

sejam adequados tanto à formação dos especialistas quanto dos não-

especialistas.

Os fenômenos físicos são alguns entre as tantas coisas que

aprendemos desde os primeiros anos de vida. Aprendemos de modo

espontâneo ao lançar objetos e ao deixá-los cair, ao tentar caminhar e ao

distinguir, pelo tato, os corpos quentes dos corpos frios. Com experiências

como essas, é que exploramos o estranho ambiente em que nos descobrimos

vivendo. A Física aqui apresentada tem o mesmo propósito: permitir que

compreendamos alguns aspectos importantes do ambiente que nos circunda,

pois desde o início de nossa infância, cada um de nós pode observar uma

extraordinária variedade de fenômenos, ou seja, de transformações, que

ocorrem continuamente no ambiente em que vivemos.

Muitos são os questionamentos aos quais gostaríamos de poder dar

uma resposta, como: “Por que vemos nossa imagem refletida num espelho?”;

“Como se formam as imagens na tela de um televisor?”; “Por que os objetos

caem no chão?”; entre outras.

Procurar respostas para essas e para outras infinitas perguntas constitui

uma necessidade instintiva, e como a Física é a Ciências que se propõe a

descrever e a compreender os fenômenos que se desenvolvem na natureza,

buscaremos, no decorrer do processo – período letivo, por em prática alguns

conceitos físicos estudados ao longo do curso de Física e observados em

nosso dia-a-dia.

“Os físicos não são de forma alguma os capitães do navio

da sociedade humana, mas estão na posição do homem

no topo do mastro, que vê mais longe do que o resto da

tripulação”.

(H. Thirring)

Sendo pesquisa a atividade científica pela qual descobrimos a realidade.

Partimos do pressuposto de que a realidade não se desvenda na superfície.

Não é o que aparenta à primeira vista. Ademais, os esquemas explicativos

nunca esgotam a realidade, porque esta é mais exuberante que aqueles.

O desenvolvimento dessa atividade sobre “O Ensino Instrumental de

Física”, em primeiro plano, nos obriga a buscar conhecimentos teóricos acerca

de determinados assuntos que serão abordados no desenvolvimento das

atividades.

Através da pesquisa teórica que é aquela que monta e desvenda

quadros teóricos de referências, nos embasamos teoricamente para a

atividade.

Como não existe pesquisa puramente teórica, esse embasamento

permeará à pesquisa metodológica, que se refere aos instrumentos de

captação e manipulação dela, pois não há amadurecimento científico sem

amadurecimento tecnológico.

Construir ciência é em parte, o cultivo de uma atitude típica diante da

realidade, da atitude de dúvida, de crítica, de indagação, rodeada de cuidados,

para não sermos ingênuos, crédulos, apressados. Tudo isto é questão

metodológica.

Pensando em construir o conhecimento científico-tecnológico, é que

perseguimos o caminho da pesquisa teórico-metodológica para embasarmos,

e, posteriormente a construção do conhecimento e a elaboração de conceitos

sobre diferentes assuntos em Física.

Com a exploração de diferentes instrumentos, onde os participantes do

processo de busca do conhecimento científico possam qualificar-se como

agentes do processo de construção deste.

Temos como objetivo principal, entender a importância de trabalhos

experimentais dentro da Física, fazendo com que o aluno desenvolva o

interesse por essa atividade e proporcionar a ele o entendimento dos

fenômenos físicos, analisando assim a capacidade tecnológica e cultural de

cada um e promovendo a construção e o desenvolvimento do conhecimento

espontâneo da natureza de maneira simples e criativa.

Entender a Física enquanto construção humana, identificando aspectos

de sua história e relação com o contexto cultural, social, político, econômico,

bem como, estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas

de expressão da cultura humana. Sendo assim tem como objetivos:

• Descrever e compreender os fenômenos e aspectos importantes que se

desenvolvem no ambiente que nos circunda.

• Realizar observações objetivas (independentes das características

particulares do observador), e quantitativas (traduzindo-as em número

que aproximem a medida das grandezas físicas) e que oportunizem

alargar o campo das observações, descobrindo novos aspectos dos

fenômenos, que os nossos sentidos, sozinhos, não conseguiram

perceber.

• Compreender a física presente no mundo vivencial, especialmente sua

aplicação na fabricação e utilização dos artefatos tecnológicos, que

crescem em grande escala e diversidade.

3. CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante: Movimento

1ª Série

INTRODUÇÃO

- Evolução da Física

- Finalidades da Física

- Grandezas físicas

- Ramos da Física

- Sistema Internacional de unidades

- Potencia de dez

- Divisões da mecânica.

CINEMÁTICA ESCALAR

- Teoria, seus criadores, sua prática.

- Ponto material e corpo extenso

- Repouso, movimento e referencial.

- Trajetória

- Posição escalar

- Deslocamento e caminho percorrido.Velocidade escalar média.

- Velocidade escalar instantânea.

- Movimento uniforme.

- Gráficos do movimento uniforme.

- Aceleração escalar média.

- Aceleração escalar instantânea.

- Tipos de movimento.

- Movimento uniformemente variado.

- Equação de Torricelli.

- Gráficos do movimento uniformemente variado

- Queda dos corpos.

CINEMÁTICA VETORIAL

- Vetor

- Operações com vetores

- Vetor oposto.

- Componentes retangulares de um vetor.

- Vetor posição.

- Vetor deslocamento.

- Velocidade vetorial média.

- Velocidade vetorial instantânea

- Composição de movimentos

- Lançamento oblíquo.

- Lançamento horizontal

MOVIMENTO CIRCULAR

- Ângulo horário

- Velocidade angular média

- Velocidade angular instantânea.

- Movimento circular uniforme.

- Freqüência e período.

- Relação entre velocidade escalar e angular.

- Aceleração centrípeta.

- Função horária angular.

- Acoplamento de polias.

DINÂMICA – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

- Teria seus criadores, sua prática.

- Força.

- Força resultante.

- Equilíbrio.

- Princípio da Inércia ou 1ª Lei de Newton.

- Massa de um corpo.

- Princípio fundamental da Dinâmica ou 2ª Lei de Newton.

- Peso de um corpo.

- Medida de uma força.

- Deformação elástica.

- O quilograma-força.

- Princípio da Ação e Reação ou 3ª Lei de Newton.

- Plano inclinado.

- Força de atrito.

- Influência da resistência do ar.

FORÇAS NO MOVIMENTO CIRCULAR

- Aceleração centrípeta.

- Força centrípeta.

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

- Introdução.

- Leis de Kepler.

- Lei da Gravitação Universal.

- Aceleração da Gravidade.

- Satélite Estacionário.

ENERGIA

- Introdução.

- Trabalho de uma força.

- Trabalho da força peso.

- Potência.

- Rendimento.

- Energia.

- Fórmula Matemática.

- Teorema da Energia Cinética.

- Fórmula Matemática da Energia Potencial.

- Princípio da conservação de Energia.

- Energia Mecânica Total.

- Princípio da conservação da energia mecânica.

CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO.

- Impulso de uma força.

- Quantidade de movimento.

- Teorema do Impulso. Sistema isolado de forças externas.

- Princípio da conservação da quantidade de movimento.

ESTÁTICA - EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL

- Teoria, seus criadores, sua prática.

- Princípio de transmissibilidade das forças.

- Centro de gravidade.

- Equilíbrio estático de um ponto material.

EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO

- Momento de uma força.

- Momento resultante.

- Equilíbrio estático de um corpo extenso.

- Máquinas simples.

- Condições de equilíbrio de uma alavanca.

HIDROSTÁTICA - PRESSÃO

- Teoria, seus criadores, sua prática.

- Fluido.

- Densidade absoluta ou massa específica.

- Fórmula matemática da pressão.

- Pressão de uma coluna de líquido.

- Pressão atmosférica.

- Cálculo d pressão atmosférica.

- Teorema de Stevin.

- Teorema de Pascal.

- Prensa Hidráulica.

EMPUXO

- Introdução.

- Cálculo do empuxo (teorema de Arquimedes).

- Equilíbrio de corpos imersos e flutuantes.

2ª Série

Conteúdo Estruturante: Termodinâmica

TERMOLOGIA:

- Teoria, seus criadores, sua prática.

- Temperatura e calor.

- Medidas de temperatura.

- Termômetro.

- Escalas termométricas.

- Equação termométrica.

- Relação entre as escalas.

DILATAÇÃO TÉRMICA

- Introdução

- Dilatação Linear

- Dilatação Superficial

- Dilatação Volumétrica

- Dilatação dos líquidos

CAPACIDADE TÉRMICA

- Introdução

- Unidades de quantidade de calor

- Calor sensível e calor latente

- Calor específico

- Capacidade térmica de um corpo

- Equação fundamental da calorimetria

- Principio da igualdade das trocas de calor

- Fases da matéria

- Influencia da temperatura no estado físico

- Mudanças de fase

- Tipos de vaporização

- Calor latente

- Curvas de aquecimento e resfriamento

- Diagrama das fases

- Gás e vapor

- Transmissão de calor

- Aplicação da transmissão de calor.

ESTUDO DOS GASES

- Introdução

- Leis das transformações dos gases

- Equação geral dos gases perfeitos

TERMODINÂMICA

- Introdução

- Energia interna

- Trabalho em um sistema

- Primeiro princípio da Termodinâmica

- Balanço energético

- Transformação cíclica

- Segundo princípio da Termodinâmica

- Ciclo de Carnot.

OPTICA GEOMÉTRICA

- Teoria, seus criadores, sua prática.

- A divisão da óptica.

- Conceitos

- Velocidade da luz

- Princípios da óptica geométrica

- Câmara escura

REFLEXÃO DA LUZ

- Definição

- Difusão da luz

- Reflexão regular

- Espelho plano

- Leis de reflexão

- Formação de imagens

- Associação de dois espelhos planos

- A cor de um corpo

- Espelhos esféricos.

REFRAÇÃO DA LUZ

- Definição

- Índice de refração absoluto

- Índice de refração relativo

- Leis da refração

- Ângulo limite.

- Dioptro plano.

- Lamina de faces paralelas.

- Prismas.

- Fenômenos que ocorrem por refração ou reflexão.

- Lentes esféricas.

ONDULATÓRIA - ONDAS

- Teoria, seus criadores, sua prática

- Introdução

- Classificação das ondas

- Velocidade de propagação

- Ondas periódicas

- Reflexão de um pulso numa corda

- Refração de um pulso numa corda

- Principio da superposição

- Ondas estacionárias.

ACÚSTICA

- Ondas sonoras

- Fenômenos sonoros

- Efeito Doppler.

3ª Série

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo

* Eletricidade

ELETROSTÁTICA

- Teoria, seus criadores, sua prática;

- A carga eléctrica;

- Eletrização de um corpo;

- Princípios da eletrostática;

- Condutores e isolantes;

- Processos de eletrização;

- Eletroscópio.

FORÇA ELÉTRICA:

- Lei de Coulomb;

- Representação gráfica da Lei de Coulomb.

CAMPO ELÉTRICO:

- Introdução

- Vetor campo elétrico;

- Campo elétrico de uma carga puntiforme;

- Campo elétrico de várias cargas puntiformes;

- Linhas de força;

- Campo de um condutor eletrizado em equilíbrio;

- Campo elétrico de um condutor esférico.

TRABALHO E POTENCIAL ELÉTRICO:

- Trabalho da força elétrica;

- Expressão do trabalho da força elétrica;

- Energia potencial elétrica;

- Potencial elétrico;

- Diferença de potencial (ddp);

- Relação entre trabalho e ddp;

- Diferença de potencial num campo elétrico uniforme;

- Potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;

- Cálculo de potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático.

CAPACIDADE D EUM CONDUTOR:

- Introdução;

- Contato entre condutores eletrizados;

- Energia potencial elétrica de um condutor.

CAPACITORES:

- Introdução;

- Definição;

- Associação de condensadores;

ELETRODINÂMICA:

CORRENTE ELETRICA

- Definição;

- Sentido da corrente elétrica;

- Intensidade;

- Tipos de corrente elétrica;

- Efeitos da corrente elétrica;

- Elementos de um circuito elétrico.

ESTUDO DOS RESISTORES:

- Resistência elétrica;

- Leis de Ohm;

- Potência dissipada;

- Reostatos;

- Lâmpada de incandescência.

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES:

- Associação em série;

- Associação em paralelo;

- Associação mista;

MEDIDORES ELÉTRICOS:

- Amperímetro;

- Voltímetro;

- Ponte de Wheatstone;

GERADORES E RECEPTORES:

- Gerador;

- Força eletromotriz;

- Rendimento de um gerador;

- Corrente de curto circuito;

- Lei de Ohm-Pouillet

- Associação de geradores;

- Receptores

CIRCUITOS ELÉTRICOS:

- Lei de Ohm generalizada;

- Lei de Kirchhoff;

ELETROMAGNETISMO:

- Introdução;

- Fenômenos magnéticos;

- Substâncias magnéticas;

- Campo magnético;

- Indução magnética;

- Experiência de Oersted;

- Campo magnético criado por um condutor retilíneo;

- Campo magnético criado por um espira circular;

- Campo magnético criado por um solenóide;

- Força magnética sobre cargas elétricas;

- Força magnética sobre um condutor retilíneo;

FÍSICA MODERNA:

* RELATIVIDADE E FISICA ATÖMICA

- Dilatação dos tempos;

- Contração das distäncias;

DINÄM ICA RELATIVISTICA

ENERGIA QUANTIZADA

EFEITO FOTOELÉTRICO

O ÁTOMO DE BOHR

*RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR

- Radioatividade – decaimento radioativo

- Aplicações da radioatividade – radioterapia arqueologia

- Raios X

- Reações nucleares – energia de ligação – curva de winsacker

- Fissão nuclear

- Fusão nuclear – qualidade de vida

3. ENCAMINHAMENTOS METADOLÓGICOS

É importante que o processo pedagógico, na disciplina de física, parta

do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções

alternativas ou concepções espontâneas, sobre as quais haja um conceito

científico.

Para o bom desenvolvimento deve-se iniciar com o pensamento dos

estudantes, promover discussões em torno dele, realizar experiências para

chegar ao pensamento científico, devendo a aprendizagem ser vista como um

processo de mudança conceitual. Sugere-se o uso de materiais instrucionais

variados: textos, revistas, brinquedos, aparelhos e utensílios diversos, novas

tecnologias, sempre que possível (slides, transparências, videoteipes,

computador, etc.), procurar estimular a criatividade dos alunos e não a sua

destruição, levando-os a serem escravos destas tecnologias.

Utilizar os conhecimentos do cotidiano dos alunos, relacionando com as

atividades científicas. Desenvolver atividades práticas no laboratório para

verificar a teoria relacionada ao cotidiano. Assuntos que geralmente não

constam dos currículos tradicionais, tais como problemas ambientais, ciência e

sociedade, problemas relacionados com o desenvolvimento das nações e o

uso de novas tecnologias, domínio da Ciência e Tecnologia, transferência de

informações, riscos e segurança, devem ser incluídos nos novos currículos.

Desenvolver o processo histórico no desenvolvimento da construção

cientifica no campo da eletricidade, os conceitos e métodos de análise nos

processos de eletrização, dando ênfase na utilização desses recursos para

tornar mais eficaz e agradável a vida do ser humano.

Envolver os alunos através de visitas a usinas de transformação de

energia (hidrelétricas), bem como as fontes renováveis.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados

nestas diretrizes curriculares. Ao considerar importantes os aspectos históricos,

conceituais e culturais, a evolução das idéias em Física e a não neutralidade da

Ciência, a avaliação se verifica pelo progresso do estudante quanto a esses

aspectos. Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da Física pelos

estudantes.

- Utilização de materiais de apoio – fitas de vídeo, revistas, jornais e livros

didáticos referentes aos assuntos abordados em sala de aula.

- Discussão do conteúdo e troca de idéias;

- Resolução de exercícios referentes ao assunto em questão.

- Exposição do conteúdo através de transparências e debates sobre o mesmo.

- Confecção de material para experimento.

- Avaliação escrita e contínua.

- Utilização dos recursos disponíveis no laboratório e confecção de

instrumentos com material alternativo para as práticas que comprovem os

fenômenos estudados;

Todas as atividades teóricas e práticas serão avaliadas: o envolvimento

e participação do aluno na execução das mesmas. Serão desenvolvidas

atividades coletivas e individuais, o que possibilitará ao aluno o crescimento

individual, bem como sua efetiva participação no conhecimento dos colegas.

5. REFERÊNCIAS

BEATRIZ ALVARENGAS. Vol. único

CHIQUETO E PARADA. Vols. 1, 2 e 3. 2ª Ed.ed. Scipione. 92.

BONJORNO. Física Fundamental. Vol. Único. 4ª ed. Ed. FTD. 93.

GUALTER E NEWTON. Os Tópicos da Física. Vols. 1, 2 e 3. 9ª ed. Ed.

Saraiva. 91

Paraná. Vol. Único.

NRE – DOIS VIZINHOS

MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL,

MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – GEOGRAFIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os conhecimentos geográficos na antiguidade eram elaborados e

discutidos por vários filósofos, tendo grande importância na Grécia antiga.

Inúmeras foram às abstrações feitas pelos filósofos gregos a fim de

explicar situações que vivenciavam e que ocorriam ao seu redor a cerca dos

fenômenos físicos.

Durante toda a Idade Média os conhecimentos discutidos pelos filósofos

gregos foram abandonados, sendo que neste período histórico, houve um

retrocesso em termos de desenvolvimento do conhecimento geográfico, em

virtude do predomínio de um pensamento religioso, baseado na interpretação

das escrituras sagradas.

Passado o período da Idade Média, os conhecimentos geográficos

ganham força, assim como os conhecimentos de outras áreas das ciências.

No que tange a geografia enquanto ciência pode-se considerar a sua

sistematização a partir das publicações realizadas no século XIX por Ratzel na

Alemanha.

A geografia, assim como outras áreas do conhecimento, estrutura-se a

partir de uma concepção positivista, que confere a mesma um caráter

estanque, deslocado da realidade e com conteúdos que são meramente

quantitativos e aprendidos a partir da “decoreba”.

Forte crítica a esta concepção positivista da geografia é levada a cabo a

partir da segunda metade do século XX. As discussões convergem para uma

mudança de concepção, visto que, o positivismo não da conta de explicar as

relações cada vez mais complexas que cercam a vida humana na sociedade.

Neste sentido, a chamada geografia crítica adota como paradigma o

materialismo histórico, e passa a analisar a sociedade a partir da realidade

desta, com suas contradições, e assim resignifica seu objeto de estudo, dando

ênfase a discussões que abarquem o espaço geográfico, a partir de uma

análise fundada no materialista histórico e dialético.

Considerando este amplo espectro de discussões, no que tange as

concepções da geografia enquanto ciência escolar cumpre salientar que as

mesmas devem contribuir de forma significativa para a prática do professor

favorecendo, o desenvolvimento do processo didático, participativo e gerador

de uma visão holística da realidade.

O intuito destas práticas é que o aluno possa tornar-se capaz de

visualizar o mundo de maneira consciente e com responsabilidade, entendendo

que ele é sujeito do processo de construção social.

Considerando isto, é imprescindível que o professor se aproprie de

forma dinâmica do conhecimento científico e possa fazer a ligação com a

experiência cotidiana.

Neste aspecto, deve considerar o aluno também como um ser dinâmico

e capaz de compreender fatos, fenômenos e processos inerentes à realidade

em que estão inseridos. Esta compreensão surge a partir das experiências e

trabalhos desenvolvidos no ambiente escolar.

Estes trabalhos devem ter como primícia básica o desafio ao aluno,

fazer com que o mesmo entenda o espaço geográfico atual, que se constitui

como um espelho da forma como os seres humanos se apropriam dos

territórios, tornando-os fruto de sua intervenção econômica, social, política e

cultural.

Dentro de uma concepção marxista o espaço geográfico é entendido

como um espaço relacional, onde se apresenta o vínculo entre os objetos e as

ações.

Atualmente os conceitos relativos à Globalização, a tecnologia de redes,

não só se explicam e relacionam-se, como permeiam todo o estudo das

questões demográficas, as sociais e ambientais.

As concepções da geografia caracterizam-se pela sua

interdisciplinaridade, visto que, os conteúdos que estruturam a ciência

geográfica, perpassam a própria ciência, sendo de cunho holístico e

pertencente também a vários outros ramos do conhecimento científico.

Neste sentido, o ensino da geografia enquanto disciplina escolar precisa

estar comprometida com as mudanças sociais e revelar aos estudantes as

contradições presentes na construção do espaço geográfico, bem como as

transformações deste espaço em função da apropriação dos recursos naturais

realizados pela sociedade.

Considerando sua importância social inúmeros são os assuntos que

podem ser abordados pela geografia e que se caracterizam como relevantes

para o di a dia dos educandos.

Pode-se citar como exemplo, a perspectiva ambiental, tão em voga

atualmente. As mudanças climáticas, os processos de desertificação, os sérios

problemas de erosão espalhados pelo planeta, podem ser amplamente

debatidos, visto que, são problemas tanto locais, ou seja, da vivência do aluno,

bem como problemas globais, pois afetam vários países.

A disciplina tem como objetivos:

• Compreender a organização do espaço geográfico entendendo as

relações entre as dinâmicas da sociedade e da natureza;

• Analisar as relações estabelecidas entre homem e sociedade x ambiente

natural;

• Interpretar as relações políticas, econômicas, de trabalho e culturais

entre as sociedades;

• Reconhecer espaço geográfico como resultado do trabalho humano;

• Compreender, pela comparação, a espacialidade dos fenômenos

sociais/naturais no presente e no passado;

• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar

as informações nos diversos campos de conhecimentos.

Em função do amplo espectro de conhecimentos abarcados na ciência

geográfica, e seu caráter de ligação tanto às ciências humanas, ou seja,

aquelas voltadas a explicação da complexidade relacional que se apresenta na

sociedade, bem como as ciências naturais, aquelas que procuram explicar as

questões pertinentes aos aspectos naturais de nosso planeta – a velha

dicotomia, geografia física X geografia humana, a geografia configura-se como

de suma importância a explicação presentes no planeta, sejam humanas ou

físicas.

No sentido de contribuir na resolução dos problemas que se colocam à

atuação antrópica no planeta, a geografia, por discutir tanto aspectos humanos,

quanto físicos é peça chave na compreensão da problemática social,

ambiental, cultural e econômica presente no mundo atual.

No intuito de se firmar como ciência que percebe a sociedade e

natureza, ou seja, a relação homem X meio como algo indissociável, a

geografia em um esforço teórico, e até epistemológico, busca cada vez mais a

implementação de uma visão sistêmica.

Tal visão tem por finalidade romper com a separação dos estudos

naturais e humanos que tanto marcaram e marcam a geografia. Neste sentido,

a geografia gabarita-se como a ciência que possui o arcabouço teórico

necessário a interpretação e alteração da realidade existente no mundo atual.

Desta forma, integrando os conhecimentos humanos e naturais, pensa-

se que se tornará mais amplo o entendimento que o estudante conseguirá

abstrair da realidade que o cerca, compreendendo o mundo em sua

complexidade atual, onde predomina a fluidez dos mercados, as redes de

interconexão global, a mundialização da economia, em fim onde impera o meio

técnico científico informacional, preconizado por SANTOS (2001).

2. CONTEUDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

1º ANO

Conteúdos Específicos:

1ª etapa

• As Eras Geológicas

• Os movimentos da Terra no universo e suas influências

• As rochas e minerais

• O ambiente urbano e rural

2ª etapa

• Movimentos socioambientais

• Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas

• Rios e bacias hidrográficas

• Sistemas de energia

3ª etapa

• Circulação e poluição atmosférica

• Desmatamento

• Chuva ácida

• Buraco na camada de ozônio

4ª etapa

• Efeito estufa

• Ocupação de áreas irregulares

• Desigualdade social e problemas ambientais

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – GEOPOLÍTICA

2º ANO

Conteúdos específicos

1ª etapa

• Blocos econômicos

• Formação dos Estados Nacionais

• Globalização

• Desigualdade entre os países (Norte X Sul)

2ª etapa

• Recursos energéticos

• Guerra Fria

• Conflitos mundiais

• Políticas ambientais

3ª etapa

• Órgãos internacionais

• Neoliberalismo

• Biopirataria

• Meio ambiente e desenvolvimento

4ª etapa

• Estado, Nação e Território

• Movimentos sociais

• Terrorismo

• Narcotráfico

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – A DIMENSÃO ECONÔMICA DA

PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO – A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

3º ANO

Conteúdos específicos

1ª etapa

• Os setores da economia

• Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações

• Sistemas de produção industrial

• Agroindústria

• Globalização

2ª etapa

• Acordos e blocos econômicos

• Economia e desigualdade social

• Dependência tecnológica

• O êxodo rural

• Urbanização e favelização

3ª etapa

• Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço

geográfico

• Histórias das migrações mundiais

• Estrutura etária

• Formações e conflitos étnicos religiosos e raciais

• Consumo e consumismo

4ª etapa

• Movimentos sociais

• Meios de comunicação

• Estudos dos gêneros

• A identidade nacional e processo de globalização

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Durante as aulas de geografia usaremos métodos que levem ao

ensino/aprendizagem. Para que se efetive este intuito usaremos textos e

debates sobre fenômenos geográficos e conflitos socioeconômicos.

A apresentação de trabalhos em grupo, confecção de maquetes,

cartazes, painéis, recursos cartográficos, audiovisuais, paródias, manuseio de

revistas, jornais, publicações, Atlas e globo terrestre, entre outros.

Essas metodologias deverão proporcionar aos alunos uma maior

criatividade sobre os fatos, conteúdos para que eles possam ser cidadãos

críticos, participativos e conscientes da sociedade em que vivem.

Para tanto, se faz necessário considerar o saber empírico de que o

estudante dispõe, para que, a partir deste conhecimento, que é fruto da prática

social do estudante, possa-se tomá-los como ponto de partida, a fim de

construir uma conexão entre o empírico e o científico.

Desta forma a escola, enquanto espaço destinado à apreensão do

conhecimento historicamente construído pela sociedade, reveste-se de grande

importância social. Pois ao considerar a prática social dos estudantes como

início do processo pedagógico, contribui à formação de pessoas que se tornam

sujeitos de sua própria história, imbuídos de uma visão holística e capazes de

construir um novo paradigma para a organização de uma sociedade mais justa

socialmente.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um instrumento para o professor avaliar sua

metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos, tratados

durante determinado período.

Avaliação deve ser diagnóstica e contínua, levando em consideração a

individualidade e o desempenho de cada aluno, e que contemple diferentes

práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos

geográficas, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente

diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo, cuja uma

das finalidades seja a apresentação de seminários, leitura e interpretação de

diferentes tabela e gráficos, relatório de experiências práticas de aulas de

campo, construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.

A avaliação precisa ser criteriosa, atuando no sentido de se somar ao

processo pedagógico, como instrumento de construção de estudantes capazes

de realizarem uma leitura abrangente da sociedade que os cerca.

5. REFERÊNCIAS

ADAS, Melhem. Coleção ensino fundamental. São Paulo, 4ª ed. Moderna,

2002.

CASTELLAR, Sonia. MAESTRO, Valter. Geografia. São Paulo, 2ª ed. Quinteto,

2002.

COELHO, Marcos A. Geografia do Brasil. São Paulo, 4ª ed. Moderna, 1995.

GOMES, Paulo C. Geografia e Modernidade. São Paulo, 2ª ed. Bertrand Brasil,

2000.

LUCCI, Elian A. BRANCO, Anselmo L. Geografia homem e espaço. São Paulo,

15ª ed. Saraiva, 2002.

MENDONÇA, Francisco. KOZEL, Salete. Orgs. Epistemologia da Geografia.

Curitiba, Editora UFPR, 2002.

SANTOS, Milton. SILVEIRA, Maria L. O Brasil – Território e sociedade no inicio

do século XXI. São Paulo. Record, 2001.

MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – MATEMÁTICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo da história da humanidade os conhecimentos matemáticos foram

sendo construídos para atender as necessidades dos povos. Posteriormente

estes conhecimentos foram universalizados, contribuindo para resolver outras

situações.

Percebe-se que, apesar das profundas e diversas transformações

ocorridas na humanidade até os dias atuais, a essência que justifica a

importância da disciplina se mantém, ou seja, a matemática deve servir como

instrumento para o ser humano resolver situações do seu dia-a-dia,

compreendendo e interagindo na realidade social, econômica e política onde

está inserido, tendo possibilidade de promover mudanças de acordo com as

necessidades que possam surgir.

Busca-se, para atender este propósito, orientar o estudante para que

construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e particularmente

do cidadão, concebendo a matemática como uma ciência a ser experienciada.

2. CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que justificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a

compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são

legitimados nas relações sociais. São eles:

-Números, operações e álgebra;

-Medidas;

-Geometria e

-Tratamento da informação

A partir dos conteúdos estruturantes acima relacionados, os conteúdos

específicos de cada série são os seguintes:

Ensino Médio:

1º Ano:

- conjuntos numéricos

- funções

- trigonometria

2º Ano:

- tratamento da informação

- geometria espacial

- análise combinatória

- probabilidade

- sistemas de equações

3º Ano:

- matemática financeira

- matrizes e determinantes

- geometria analítica

- números complexos

- polinômios

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Com o novo enfoque no papel de ensino-aprendizagem da matemática,

para a inserção do educando no mundo do trabalho, no mundo das relações

sociais e no mundo da cultura é necessário redirecionar a disciplina no sentido

da formação de capacidades intelectuais, da estruturação do pensamento, da

agilização do raciocínio do aluno, da sua aplicação a problemas, situações da

vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho, bem como do apoio a

construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.

Nesse sentido, a busca de estratégias, a comprovação e justificativas de

resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia

devem nortear todo trabalho pedagógico para a construção do conhecimento,

sendo o professor o mediador nesta construção, através de atividades e

estratégias que possibilitem uma nova relação entre o educando e educador.

A matemática, alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e

dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivos e

criativos, deve fazer emergir habilidades e criar, resolver problemas, modelar.

Para que a aprendizagem possa ocorrer é necessário desenvolver nos alunos,

a capacidade de ler e interpretar o conhecimento acumulado e o cotidiano.

Para tanto, é necessário resgatar a autonomia dos alunos, levando-os a

criar hipóteses, buscar soluções alternativas, através de discussões coletivas

em sala de aula, compartilhando as experiências e procedimentos.

Desenvolver o raciocínio matemático ocorre não apenas pela resolução

de problemas, mas explorando os domínios e habilidades através de desafios,

transformando o conteúdo matemático num instrumento de comunicação e

expressão, analisando e interpretando as informações de que dispõe.

Neste contexto serão também úteis a modelagem matemática, a

etnomatemática, as mídias e tecnologias, a história da matemática, a resolução

de problemas e os jogos e desafios.

4. AVALIAÇÃO

Com o desenvolvimento das pesquisas realizadas em educação

matemática, percebe-se um crescimento das possibilidades do ensino e da

aprendizagem em matemática. Por conta disso, a avaliação merece uma

atenção especial.

É necessário que o professor reconheça que o conhecimento matemático

não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente, por

isso é importante que os alunos explicitem os procedimentos adotados.

A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino-

aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos

integrados na prática docente. Portanto, cabe ao professor considerar

encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de

noções e subjetividades, isto é, buscar diversas formas e/ou instrumentos

avaliativos tais como: prova escrita, orais, questionamentos, resolução de

exercícios no caderno, trabalhos, pesquisas e sempre que necessário haverá

recuperação paralela.

- Provas escritas: com exercícios que avaliem o conhecimento e a

capacidade de desenvolver os problemas utilizando raciocínios lógicos.

- Trabalhos: na forma de pesquisas históricas ou resolução de problemas.

- Avaliação oral: com questionamentos no momento da resolução das

atividades no quadro ou o aluno resolvendo no quadro explicando.

O professor é responsável pelo processo ensino-aprendizagem e precisa

levar em conta os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do

processo de aprendizagem. Nesse sentido, ele passa a subsidiar o

planejamento de novos encaminhamentos metodológicos. Desta forma, o

professor poderá problematizar:

-Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?

-Que conceitos utilizaram para resolver uma atividade de uma maneira

equivocada?

-Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas a uma compreensão de

conceitos?

-Que conceitos precisam sem discutidos e rediscutidos?

-Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno, ou ele fez uma

tentativa mecânica de resolução?

Uma prática avaliativa em educação matemática precisa de

encaminhamentos metodológicos que abram espaço a interpretação e a

discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por

parte do aluno. E, para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre

professor-aluno na tomada de decisões com relação aos critérios utilizados

para se avaliar.

Segundo D’Ambrósio a “avaliação deve ser orientação para o professor na

condução de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar ou

reter alunos na construção de seus esquemas de conhecimento teórico e

prático. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou

aquilo não é missão de educador”.

A recuperação paralela deverá contemplar os conteúdos trabalhados e

não assimilados, permitindo que o aluno consiga demonstrar aquisição de

conhecimento e habilidades através da oferta da mesma.

5. REFERÊNCIAS

BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo; Edgard Blucher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4 ed. Lisboa; Gradiva,

2002.

D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São

Paulo; Scipione, 1988.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática–arte ou técnica de explicar e conhecer. São

Paulo; Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da

matemática. In: BICUDO, M, V; BORBA, M. Educação matemática; pesquisa e

movimento. São Paulo; Cortez, 2004. p. 13-29.

FIORENTINO, D., LORENZATO, S. O profissional em educação matemática.

Mar. 2006.

LINS, R, C; GIMENEZ, J. Perspectiva em aritmética e álgebra para o século

XXI. 5 ed. Campinas, São Paulo; Papiros, 2005.

PONTE, J, P, et. Al. Didática da matemática. Lisboa; Ministério da

Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – QUÍMICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

a) Apresentação da Disciplina:

"Antes que aparececem (em qualquer língua) uma palavra para

designá-la, já existia química."

Trabalhar a Química é necessário porque desde que o mundo

existe ela se faz presente na vida das pessoas; no cozimento, no domínio

do fogo, no tingimento , na manipulação de materiais, separação de ouro e

muitas outras.

A Química estuda de que as coisas são feitas e como elas se

transformam, e transformar significa agregar valor.

valor

Valor

financeiro

Valor moral,

ético.Valor social

ambiental

político

religioso

Ex.:se o indivíduo, ao utilizar o papel em seus vários aspectos

(caderno,livro,higiênico,cartolina,sufit...), tiver conhecimento do processo de

produção desde a matéria – prima até chegar o produto final poderá usá-lo

de forma consciente.

2. CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Matéria e sua natureza.

- estrutura da matéria substância;

-fenômeno físico e químico;

- estrutura atômica;

-distribuição eletrônica;

- tabela periódica;

-ligações químicas, furições químicas;

- radioatividade.

Biogeoquímica.

- soluções;

- termoquímica;

- cinética química;

- equilíbrio químico.

Química sintética

-química de carbono;

- funções oxigenadas;

-polímeros;

- funções nitrogenadas;

- isomeria.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O processo pedagógico deve partir do conhecimento prévio trazido

pelo aluno, procurando adicionar a estes o conceito científico, respeitando seu

espaço de convivência (cotidiano), estimulando a pesquisa execução de práticas

e exposição de trabalhos.

4. AVALIAÇÃO

Deve ser processual e formativa, ocorrer de forma recíproca, no dia-a-

dia. Deve ocorrer de forma que possa subsidiar e mesmo direcionar o curso da

ação do professor, tendo como objetivo a formação de conceitos científicos.

5. REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares Estaduais

HALL, Nina – Neoquímica , Porto Alegre, BooKman, 2004.

Química – Ensino Médio- Secretaria de Estado da Educação.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – SOCIOLOGIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia como ciência surgiu no final do século XIX com os autores

Augusto Comte (1798-1857) e Émile Durkheim (1858-1917). Inicialmente ela foi

vinculada ao uma visão positivista, ou seja, tinha como função apenas

compreender o que acontecia nas sociedades humanas. Deste modo ela era

tratada como ciência da natureza, pois acreditava-se que os fatos eram

prédeterminados e que não seria possível intervir para mudar os rumos da

sociedade. Esses autores consolidaram uma visão conformista de Sociologia.

Com Karl Marx (1818-1883) a Sociologia passa ter uma visão

revolucionária. Segundo o Materialismo Histórico, os fatos, ao invés de serem

pré determinados, são resultados da luta de classes. Ele viu de modo claro o

desenvolvimento do sistema capitalista que colocava de um lado os donos dos

meios de produção e de outro lado uma grande massa de trabalhadores.

Visualizando essa realidade voltando o pensamento para uma análise do

funcionamento do capitalismo a fim de reverter essa realidade. Desta maneira,

Marx não esta interessado fazer Sociologia científica (compreender os fatos

sociais), mas intervir na sua dinâmica.

No Brasil, a disciplina de Sociologia tem enfrentado grande dificuldade

de se firmar como conhecimento fundamental para formação humana. Pelo fato

da alternância de grupos políticos no poder. Nos momentos de maior

concentração do poder (ditadura civil, ditadura militar, implantação do neo-

liberalismo) a Sociologia foi excluída enquanto disciplina escolar.

Nos primeiros anos da Sociologia no ensino escolar brasileiro ela

desempenhou um papel de manutenção da ordem social, sendo trabalhada

numa visão positivista.

Hoje no entanto, não há mais dúvida da importância da Sociologia nas

escolas, pois se pegarmos o planejamento de todas as disciplinas

encontraremos escrito que o principal objetivo é tornar o educando um sujeito

crítico, capaz de compreender a sociedade em que vive, quer tornar o

educando num sujeito capaz de transformar a realidade em que vive.

Se tudo isso é verdade e se a Sociologia é de fato uma ciência, não

resta a menor dúvida de que esta deve fazer parte do currículo de todas as

escolas. Não que nós professores de sociologia tenhamos a pretensão de

sozinhos darmos conta de todo processo de conscientização e politização dos

educandos. Mas temos certeza de que sem nosso trabalho esta tarefa será

muito mais difícil.

A Sociologia cumpre o seu papel não quando torna o educando um

sujeito capaz de agir, mas sim quando este torna-se autor da própria história.

Ou seja, capaz de ajudar na transformação da sociedade em que vive.

SER HUMANO SOCIAL SOCIEDADE

2. CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- O surgimento da Sociologia e teorias sociais

- O processo de Socialização e as Instituições Sociais

- Cultura e Indústria Cultural

- Trabalho, Produção e Classes Sociais

- Poder, Política e Ideologia

- Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Aulas expositivas, debates, pesquisas, filmes e leitura de textos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação na sociologia tem como função diagnosticar o exercício do

pensamento crítico na re-elaboração do conhecimento (construção de

conceitos). Também, não tem como objetivo perceber o quanto o estudante

assimilou de conteúdo, mas a capacidade sintetizar, de argumentar, de

identificar os limites da própria posição tomada e apresentação de novos

problemas.

O critério de avaliação procura ser o mais diversificado possível, para

que possa atingir e favorecer os educandos que não conseguem expor suas

idéias em determinado tipo de avaliação. Por isso, como método avaliativo,

procurar-se-á avaliar com: textos clássicos ou comentadores, trabalhos,

pesquisas, avaliação escrita e comentários, apresentações e debates.

Diagnosticar não só o grau de inteligibilidade alcançada pelos alunos,

como também, perceber as dificuldades surgidas e intervir no processo para

que se possa atingir maior qualidade de reflexão.

A Recuperação Paralela, segue no Planejamento Anual, seguindo os

critérios que serão usados para a mesma: textos complementares, pesquisa

bibliográficas e observações com apresentação coletiva e escrita.

5. REFERÊNCIAS

DCE Sociologia, Curitiba; 2006.

Sociologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

MARX, Karl. Manifesto do partido comunista (1848). Porto Alegre: LP & M,

2001.

MARX, Karl. Manifesto Econômicos-Filosóficos. São Paulo: Martin Claret,

2002.

ÉMILE, DURKHEIM. As regras do Método Sociológico. São Paulo: Martin

Claret, 2004.

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. 11 ed. Porto Alegre: L&PM, 2003.