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gabriel-roberto-oliveira
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EQUAÇÃO DE TRAÇÃO PARA PROPULSÃO A JATO
TRAÇÃO LÍQUIDA E TRAÇÃO BRUTA
Para generalização do cálculo da tração desenvolvida por propulsores a jato considerar a figura abaixo :-
Va, Pa, m Vj2, Pj2, m2, Ab2 Vj1, Pj1, m1, Ab1
Ar de entrada Bocal de Escape 2 Bocal de escape 1
Va – Velocidade do Ar (longe da entrada do propulsor);
M – Vazão máxica de entrada;
Pa - Pressão atmosférica local;
Vj1 = Velocidade de saída dos gases do bocal de escape 1;
M1 – Vazão mássica no bocal de escape do bocal 1;
Pj1 – Pressão de saída dos gases no bocal de escape 1;
Vj2 - Velocidade de saída dos gases do bocal de escape 1;
M2 - Vazão mássica no bocal de escape do bocal 2;
Pj2 - Pressão de saída dos gases no bocal de escape 2;
Ab1 – Área de saída do bocal de escape 1;
Ab2 - Área de saída do bocal de escape 2;
QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE ENTRADA
(Q.D.M.)e = m.Va
QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE SAÍDA
(Q.D.M.)S = m1.Vj1 + m2.Vj2
VARIAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Q.D.M. = m1.Vj1 + m2.Vj2 – m.Va
TRAÇÃO DESENVOLVIDA DEVIDO A VARIAÇÃO DA Q.D.M.
TQ.D.M. = m1.Vj1 + m2,Vj2 – m.Va
TRAÇÃO DESENVOLVIDA DEVIDO AO DIFERENCIAL DE PRESSÃO
Tp = (Pj1 – Pa).Ab1 + (Pj2 – Pa).Ab2
TRAÇÃO TOTAL
T = m1.Vj1 + m2.Vj2 – m.Va + (Pj1 – Pa).Ab1 + (Pj2 – Pa).Ab2
Pela lei de Conservação de Massa, tem-se:-
m = m1 + m2
Definindo a razão de desvio como:-
A = m2/m1
Resulta:-
m2 = A.m1
m = (A + 1).m1
Substituindo temos:-
T = m1 [Vj1 + A.Vj2 – (A + 1).Va) – (Pj1 – Pa).Ab1 + (Pj2 – Pa).Ab2
A fórmula apresentada acima é denominada de TRAÇÃO LÍQUIDA.
A TRAÇÃO BRUTA é definida como atração desenvolvida no bocal de saída do motor, e é dada pela seguinte fórmula:-
TB = m1 [Vj1 + A.Vj2] + (Pj1 + Pa). Ab1 + (Pj2 – Pa). Ab2
A tração bruta é a tração medida em banco de ensaio, quando se tem Va = 0.
A tração do propulsor, em uma aeronave com velocidade uniforme, é igual e oposta ao seu arrasto.
Particularizando a fórmula geral, para os casos específicos, temos:-
TURBO JATO E ESTATO JATO
A = 0
Ab2 = 0 T = m.(Vj1 – Va) + (Pj1 – Pa).Ab1
m = m1
MOTOR FOGUETE
A= 0
Va = 0 T = m. Vj1 + (Pj1 – Pa).Ab1
Ab2 = 0
m = m1
DESEMPENHO DE JATOS PROPULSORES
Uma maneira para quantizarmos se a utilização de um propulsor a jato é eficiente é utilizarmos um fator denominado de RENDIMENTO PROPULSIVO.
Para definirmos o que vem a ser RENDIMENTO PROPULSIVO vamos analisar a figura abaixo:-
Va, m Vj
Va – Velocidade do ar
Vj – Velocidade dos gases de escape
m – Vazão mássica
Supondo-se que ocorra expansão total no bocal de saída, isto é, a pressão do jato é igual a atmosférica, temos como fórmula de TRAÇÃO, o seguinte:-
T = m.(Vj – Va)
E o rendimento propulsivo definido como:-
Rp = _______T.Va________
T.Va + 1/2. M (Vj – Va)
Isso significa que a potência liquida de propulsão dividida pela soma da potência liquida com a potência perdida, devido a energia cinética nos gases de escape.
Substituido o valor de T em Rp tem-se:-
Rp = ____2_____
1 + (Vj/Va)
Portanto, tem-se as seguintes definições:´-
a. A tração é máxima quando Va = 0, isto é, em condições estáticas mas, no caso Rp = 0
b. Rp é máximo quando Vj = Va mas, no caso T = 0
Portanto, para termos empuxo, Vj > Va, mas a deferença entre as velocidades não pode ser muito grande.
Na escolha de um propulsor para uma aeronave deve-se levar em conta a velocidade de cruzeiro (relacionada com Va) a a altitude de vôo (em função da densidade do ar que influencia m) para se obter uma eficiência propulsiva e uma tração compatível.
A figura abaixo permite ter uma boa referência dos tipos de propulsores a serem empregados, no caso da aviação civil, em relação aos diversos regimes de vôo (ALTITUDE E VELOCIDADE).
FATORES QUE AFETAM A TRAÇÃO
Portanto, a tração ou empuxo depende da massa de ar circundante e da diferença das velocidades de entrada e saída do motor.
Os fatores que influenciam a tração são:-
1. Velocidade do Jato.Na maioria das vezes o bocal de saída está obstruído, isto é, na garganta do bocaç os gases possuem velocidade sônica. A velocidade do som é uma função da raiz quadrada da temperatura local.Com o bocal obstruído, a única variação na velocidade de saída será devida a uma mudança na temperatura dos gases.
2. Velocidade do Ar na entrada do motorQuando a velocidade de entrada do ar aumenta (aumento na velocidade de vôo), a diferença entre as velocidades Vj e Va diminui e consequentemente a tração também diminui. Esta diminuição é compensada pelo efeito de impacto do ar que causa um aumento da massa de ar circulante.
3. Massa de ar circulanteVaria com a altitude.
Com o aumento da altitude ocorre:- Queda na temperatura até 11.000 m; Acima de 11.000 m a temperatura permanece constante; Acima de 20.000 m a temperatura começa a subir; A pressão diminui; A densidade do Ar diminui (o efeito da queda de pressão é
mais acentuada).
Com isso, com o aumento da altitude, a mssa de ar circulante diminui e como conseqüência ocorre a diminuição da tração.
Variação com o efeito de ImpactoCom o aumento da velocidade do Ar, a tendência no motor é forçar uma massa maior de ar através de sua entrada e, com isso, um aumento na tração que, dependendo da velocidade, torna-se um fator de grande importância.
Tração
Pressão do ar
Temperatura do ar
Velocidade do Ar
Altitude
PROCESSOS AERODINÂMICOS E TERMODINÂMICOS INTERNOS AOS
TURBO PROPULSORES
No Capítulo anterior os propulsores a jato foram estudados sob o ponto de vista externo.
Neste capítulo analisaremos os processos que ocorrem internamente no motor, e nos indicarão a maneira mais eficiente de se conseguir a aceleração no escoamento do ar.
1. Revisão de AerodinâmicaAerodinâmica é o estudo do Ar (ou outros gases) em movimento e das fôrças agindo em corpos em movimento através do ar ou fixos dentro do escoamento.
Considere-se o perfil aerodinâmico esquematizado:-
Para velocidades subsônicas:-
Fôrça de sustentação - Fz = 1/2 . V2.S.Cz
Fôrça de arrasto – Fx = ½ . V2.S.Cx
Onde:-
:- Densidade do arV:- Velocidade do perfil relativa ao arS:- Área do perfil projetada na direção do escoamentoCz:- Coeficiente de sustentação (depende de β)Cx:- Coeficiente de arrasto (depende de β)
2. Número de MachNúmero de Mach é a razão entre a velocidade de um objeto ou de um escoamento e a velocidade do som no mesmo meio e na mesma temperatura.
A velocidade do som em um meio é dado por:-
C ¿√∝. R .T
α = Razão dos calores específicos (característica do meio);R = Constante do gás;T = Temperatura do meio,
Para o ar tem-se:- α = 1,4
O número de Mach é dado pela seguinte fórmula:-
M = V/C
V – velocidade do a pressão constante
objeto ou do escoamento.
Para aviões alto subsônicos e supersônicos é mais apropriado utilizar o número de Mach para a velocidade de vôo, isto porque o arrasto passa a ser mais dependente do
nº de Mach.
PROPRIEDADES DE ESTAGNAÇÃO
Fisicamente a temperatura e pressão de estagnação (TE e PE) são a temperatura e pressão que um escoamento de um gás, de temperatura T, pressão P e velocidade V, apresenta quando levado a repouso sem troca de trabalho e calor.
Existem as seguintes relações:-
TE = T + V2/ 2.Cp
PE = P . (TE/T) ∝❑∝
−1
Onde:-
Cp – Calor específico
∝−razão doscalores específicos
Para o Ar:- Cp = 1,005 kj/kg; α = 1,4
Para os gases de combustão:- Cp = 1,147 kj/kg; α = 1,333
Temos, também, as seguintes denominações:-
TE , PE - Temperatura e pressão totais (Tt e Pt)
T , P - Temperatura e Pressão estáticas
T2/ 2.Cp – Temperatura dinâmica
(PE – P) – pressão dinâmica
Pelas relações anteriores verifica-se que:-
TE > T
PE > P
E serão tanto maiores quanto maior for a velocidade (V).
Em velocidades de vôo elevadas a pressão de estagnação, sendo a pressão atuante na entrada do propulsor será grande e com isso forçará uma maior massa de ar de entradae consequentemente aumento na tração.
Esse efeito é devido ao impacto, fazendo com que a velocidade de vôo diminua a diferença entre Vj – Va mas, aumenta a massa de ar circulante.