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Protecção de Dados Pessoais e o Direito do Trabalho
Helena Tapp Barroso ([email protected])
Protecção de Dados Pessoais 27 de Maio de 2014
Protecção de Dados Pessoais e o Direito do Trabalho
MÚLTIPLOS PLANOS
Recrutamento e contratação
Gestão de trabalhadores e processamento de remunerações
Controlo de assiduidade (sistemas biométricos)
Actividades e Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho
2
Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
Acidentes de Trabalho (Dados de Saúde)
Videovigilância (e outros meios de vigilância à
distância)
Linhas de Ética (Whistleblowing)
Gestão de processos e sanções disciplinares
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Helena Tapp Barroso –
Conferência Ordem dos Advogados –
Conselho Distrital de Lisboa -
27 de Maio de 2014
Tratamento de dados no âmbito da contratação de pessoal
3
(…)
Código do Trabalho
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27 de Maio de 2014
Tratamento de dados no âmbito da contratação de pessoal
4
(…)
Código do Trabalho (…)
Código do Trabalho
Cfr. artigo 108.º
Lei
n.º
102/2009 (regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho) na redacção dada pela Lei n.º
3/2014 sobre a realização de exames de saúde adequados a comprovar e avaliar a aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da atividade (e repercussão na saúde do trabalhador. Cfr., em especial realização de exames de admissão, antes do início da prestação de trabalho).
Resp
onsá
vel –
EM
PR
EG
AD
OR
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Tratamento de dados no âmbito da contratação de pessoal Agências Privadas de Colocação de Candidatos a Empregos
Empresas de Trabalho Temporário
Decreto-lei n.º
260/2009, de 25 de Setembro (republicado pela Lei n.º
5/2014 de 12 de Fevereiro)
Empresa de Trabalho Temporário
Agência Privada de Colocação de Candidatos a Empregos
Desenvolve actividade de cedência temporária de trabalhadores para ocupação por utilizadores
Pode, ainda, desenvolver actividades de selecção, orientação e formação profissional, consultadoria e gestão de recursos humanos
Tem por objeto um ou mais dos seguintes serviços:a)Recepção das ofertas de emprego;b)Inscrição de candidatos a emprego;c)Colocação de candidatos a emprego;d)
Selecção, orientação ou formação profissional, desde que desenvolvida com vista à
colocação do candidato a emprego.
Pode ainda promover a empregabilidade de candidatos a emprego através do apoio à
procura activa de emprego ou autoemprego
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Tratamento de dados no âmbito da contratação de pessoal Agências Privadas de Colocação de Candidatos a Empregos
Algumas menções constantes do Decreto-lei n.º
260/2009 (republicado pela Lei n.º
5/2014 de 12 de Fevereiro) Regime das Empresas de Trabalho Temporário e das Agências Privadas de Colocação de Candidatos
(…)
(…)
(…)
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Tratamento de dados no âmbito da Gestão de trabalhadores e processamento de remunerações
Autorização de isenção n.º
1/99
Processamento de retribuições, prestações, abonos
de funcionários
ou empregados
7
Autorização de isenção n.º
4/99
Gestão administrativa
de funcionários, empregados
e prestadores de serviços
Finalidade do tratamento
Categorias de dados
Prazo de conservação
Destinatários dos dados
Código do Trabalho
(…)
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Gestão de trabalhadores e processamento de remunerações Autorização de isenção n.º
1/99 Autorização de isenção n.º
4/99
a) Dados de identificação: o nome, data de nascimento, naturalidade, filiação, sexo, nacionalidade, morada e telefone, habilitações literárias, número de bilhete de identidade, número de contribuinte, número de segurança social, número de sócio do sindicato; b) Situação familiar: estado civil, nome do cônjuge, filhos ou pessoas a cargo e outras informações susceptíveis de determinar a atribuição de complementos de remuneração; c) Sobre a actividade profissional: horário e local de trabalho, número de identificação interno, data de admissão, antiguidade, categoria profissional, antiguidade na categoria, nível/escalão salarial, natureza do contrato; d) Elementos relativos à
retribuição: retribuição base, outras prestações certas ou variáveis, subsídios, férias,
assiduidade e absentismo, licenças, outros elementos relativos à
atribuição de complementos de retribuição, montante ou taxa em relação aos descontos obrigatórios ou facultativos; e) Outros dados: grau de incapacidade do trabalhador ou de membro do agregado familiar, incapacidade temporária resultante de acidente de trabalho ou de doença profissional, local de pagamento, número de conta bancária, número de associado e identificação da entidade à
ordem da qual devem ser efectuados descontos obrigatórios ou facultativos (sindicato, serviços sociais, grupo desportivo, etc.).
Autorização de isenção n.º
1/99
8
Categorias de Dados
(os estritamente necessários à
realização das finalidades, limitando-se às seguintes categorias de dados)
a) Dados de identificação: Nome, idade, número de bilhete de identidade, morada, telefone, fax, e-mail, número de identificação interno e fotografia; b) Outros dados: Habilitações literárias e profissionais, funções exercidas, categoria, situação profissional e local de trabalho. Autorização de isenção n.º
4/99
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Gestão de trabalhadores e processamento de remunerações Autorização de isenção n.º
1/99 Autorização de isenção n.º
4/99
a) O cálculo e pagamento de retribuições, prestações acessórias, outros abonos e gratificações; b) O cálculo, retenção na fonte e operações relativas a descontos na retribuição, obrigatórios ou facultativos, decorrentes de disposição legal; c) convenção colectiva de trabalho, pedido formulado pelo trabalhador ou decisão judicial; d) O cálculo da participação nos lucros da empresa, nos termos da legislação aplicável; e) A realização de operações estatísticas não nominativas relacionadas com o processamento de salários no âmbito da entidade processadora;
Autorização de isenção n.º
1/99
9
gestão administrativa
de funcionários, empregados e prestadores de
serviços
Autorização de isenção n.º
4/99
Finalidades (exclusivas) indicadas nas Autorizações de isenção
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Gestão de trabalhadores (e processamento de remunerações) Controlo de assiduidade –
Sistemas biométricos
10
Princípios sobre a utilização de dados biométricos no âmbito do controlo de acessos e de
assiduidade
Considerando (…) A CNPD alerta os responsáveis para a necessidade de cumprirem certos princípios de protecção de dados e informa que irá
considerar os
seguintes aspectos no momento da apreciação dos tratamentos de dados biométricos para controlo de acessos e de assiduidade (…).
26 de Fevereiro de 2004
Código do Trabalho
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Gestão de trabalhadores (e processamento de remunerações)
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Gestão de trabalhadores Gestão de processos e sanções disciplinares
12
Artigo 8.ºSuspeitas de actividades ilícitas, infracções
penais e contra-ordenações
(…)2 -
O tratamento de dados pessoais relativos a suspeitas de actividades ilícitas, infracções penais, contra-ordenações e decisões que apliquem penas, medidas de segurança, coimas e sanções acessórias pode ser autorizado pela CNPD, observadas as normas de protecção de dados e de segurança da informação, quando tal tratamento for necessário à
execução de finalidades legítimas do seu responsável, desde que não prevaleçam os direitos, liberdades e garantias do titular dos dados.
Código do Trabalho
finalidades prazo de conservação
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Actividades e Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho Serviços de Medicina do Trabalho
Lei 102/2009 de 10 de Setembro (republicada pela Lei n.º
3/2014 de 28 de Janeiro)
13
(…)
(…)
(…)
Obrigações de conservação
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Actividades e Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho Serviços de Medicina do Trabalho
Lei 102/2009 de 10 de Setembro(versão publicada em anexo à
Lei n.º
3/2014 de 28 de Janeiro)
14
Código do Trabalho
(…)
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Actividades e Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho
Lei 102/2009 de 10 de Setembro (republicada pela Lei n.º
3/2014 de 28 de Janeiro)
15
(…)
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Actividades e Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho Serviços de Medicina do Trabalho
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Lei 102/2009 de 10 de Setembro (republicada pela Lei n.º
3/2014 de 28 de Janeiro)
(…)
‘subcontratante’
Deliberação [CNPD] n.º
840/2010Aplicável aos tratamentos de dados no âmbito da Gestão da Informação dos
Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho
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Actividades e Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho
Deliberação [CNPD] n.º
840/2010
Responsável pelo tratamento
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Empregador
Condições de legitimidade
Artigos 281.º
a 284.º
do Código do TrabalhoLei 102/2009 de 10 de Setembro (republicada pela Lei n.º
3/2014 de 28 de Janeiro)Serviços de medicina preventiva
e curativa fora deste âmbito
Categorias de dados
Medidas deSegurança
Medidas Especiais de Segurança (artigo 15.º
LPDP) sistema com separação lógica entre os dados referentes à
saúde e restantes dados pessoais (cfr. n.º
3 do artigo 15.º
da LPDP)
CNPD determinou que sempre que haja circulação destes dados em rede a transmissão deve ser cifrada
Acesso restrito
Registo auditoria de
acessoBack-upsPrazo de conservação 5 anos artigo
98.º/5 Lei 102/2009)
40 anos artigo
41.º
Lei 102/2009)
processo judicial – em função da necessidade
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Gestão de trabalhadores Realização de testes de alcoolemia e consumo de droga
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Gestão de trabalhadores Realização de testes de alcoolemia e consumo de droga
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
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Considerandos 3 e 4 da Deliberação n.º
1638/2013 da CNPD aplicável aos tratamentos de dados pessoais decorrentes do controlo da utilização para fins privados das tecnologias de informação e comunicação no contexto laboral
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
21
Código do Trabalho
Deliberação [CNPD] n.º
1638/2013Aplicável aos tratamentos de dados pessoais decorrentes do controlo da
utilização para fins privados das tecnologias de informação e
comunicação no contexto laboral
Revisão da Deliberação de 29 de Outubro de 2002 sobre o tratamento de
dados em centrais telefónicas, o controlo de email e do acesso à Internet
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
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Finalidades
6 meses
Produtividade dos trabalhadores
Finalidades
Privilegiar metodologias genéricas de controlo
Prazo de conservação
Gestão dos meios da empresa
Manutenção no decurso de processo disciplinar ou judicial
Direito à
Informação
Princípio da proporcionalidade
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
23
Condições de Legitimidade
Dados da vida privada dos trabalhadores [dados sensíveis](artigo 3.º, al. a) e 7.º
n,º
1 da LPDP)
Finalidades
Dados de tráfego
Dados contidos nas comunicações privadas
Outros dados de utilização das comunicacões
(…)
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
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Código do Trabalho
As regras de utilização “devem balizar o uso desses meios [telefone, telemóveis, Internet, correio electrónico] por parte do trabalhador, através de regulamento interno que disponha sobre essa matéria, nos termos do artigo 99.º do Código do Trabalho”
Deliberação [CNPD] n.º
1638/2013
Estando, por isso vedado ao empregador o acesso ao conteúdo das mensagens de natureza pessoal e à
informação de carácter não profissional em caso de utilização pelo trabalhador dos meios de comunicação do empregador
Reconhece-se ao empregador poder de empreender formas de controlo decorrentes do estabelecimento de regras de conduta e de utilização dos meios de trabalho.
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
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Controlo de chamadas telefónicas, email e Internet
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Criação de pastas próprias devidamente identificadas para
arquivo de emails pessoais
Controlo realizado de forma aleatória
Filtragem de ficheiros (com conhecimento do
trabalhador)Acesso ao correio electrónico como último recurso e feito na presença do trabalhador visado e, preferencialmente,
na presença de estrutura representativa
Limitado à
visualização dos endereços, assunto e
data e hora de envio
Finalidades
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Meios de vigilância à
distância Videovigilância
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Videovigilância Forma de vigilância à
distância mediante operações
de tratamento de imagem
Meios de vigilância à
distância Videovigilância
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Deliberação [CNPD] n.º
61/2004
Princípios dobre o tratamento de dados por videovigilância
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Dados da vida privada (artigo 35.º
n.º
3 da CRP)
O tratamento só
pode ser realizado quando houver autorização prevista em lei ou
consentimento dos titulares
Finalidades
Videovigilância
29
(In)admissibilidade de utilização de imagens recolhidas através de câmaras de videovigilância
como meio de prova para efeitos disciplinares
OPINIÃO -
Inadmissibilidade porque utilização implica um controlo do desempenho profissional do trabalhador, vedado pelo artigo 20.º
do Código do Trabalho e extravasa finalidade
Finalidades
OPINIÃO -
Admissibilidade caso as infracções ponham em causa a segurança e protecção de pessoas e bens e o sistema esteja autorizado pela CNPD (para a finalidade de garantir a segurança das instalações e aprotecção de
pessoas e bens)
Juris
prud
ênci
a
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Videovigilância
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Finalidades
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Meios de vigilância à
distância
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27 de Maio de 2014 Protecção de Dados Pessoais e o Direito do Trabalho -
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Deliberação n.º
1638/2013
Aplicável aos tratamentos de dados pessoais decorrentes do controlo de utilização para fins privados das tecnologias de
informação e comunicação no contexto laboral
“Não serão considerados nesta deliberação os tratamentos de dados pessoais resultantes dos sistemas de geolocalização que serão objecto de deliberação específica da CNPD”
Deliberação n.º
1638/2013
Tratamento de dados de gravação de chamadas
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Deliberação n.º
629/2010 Princípios aplicáveis ao tratamento de dados de gravação de chamadas
Os tratamentos de dados pessoais que decorrem da gravação de chamadas incidem sobre dados sensíveis por estarem sujeitos a sigilo, se enquadram no conceito de vida privada previsto no n.º
1 do artigo 7.º
da LPD e sujeitos ao princípio da confidencialidade das comunicações. Tratamentos carecem de autorização
da CNPD (alínea a)
do n.º
1 do artigo 28.º
da LPD)
Lei 41/2004 de 18 de Agosto (republicada pela Lei 46/2012 de 29 de Agosto)Tratamento de dados pessoais e à
proteção da privacidade no sector das comunicações electrónicas
Princípio geral do sigilo das comunicaçõesPráticas comerciais lícitas Âmbito de relação contratual
Titular informado e consentido Serviços públicos (emergência)
Monitorização da qualidade do serviço
Tratamento de dados de gravação de chamadas
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Condições de legitimidade
(trabalhadores) Deliberação n.º
629/2010
Tratamento de dados pessoais decorrentes da gravação de chamadas efectuadas no
âmbito de uma relação contratual
“No contrato de trabalho celebrado deverá
figurar a possibilidade de gravação de chamadas para efeito de monitorização da qualidade do serviço, bem como as condições decorrentes
desse tratamento (…) [havendo] alteração do conteúdo funcional do trabalhador (…) redução a escrito por meio de adenda contratual ou outro meio idóneo que assegure o pleno conhecimento do trabalhador ”
Enquadra o tratamento no contexto dos requisitos da Lei 41/2004 (republicada pela Lei 46/2012)
Situações de emergência artigo 4.º, n.º
4 da Lei 41/2004
Tratamento de dados pessoais decorrentes da gravação de chamadas efectuadas no âmbito da monitorização da
qualidade de atendimento
Linhas de Ética (Whistleblowing)
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Os tratamentos de dados com a finalidade de gerir as comunicações internas de práticas irregulares de âmbito financeiro (Linhas de Ética), incidem sobre dados que, não estando classificados como dados sensíveis previstos no artigo 7.º
da Lei 67/98, são dados especialmente protegidos (cfr. n.º
2 do artigo 8.º
da Lei 67/98) e, por isso, legalmente sujeitos a uma protecção especial que impõe a existência de controlo prévio da CNPD, nos termos do disposto na alínea a) do artigo 28.º
da Lei 67/98
Controlo prévio
Finalidade do tratamento
Procedimentos de controle interno de denúncia de infracções destinados a prevenir e/ou a reprimir irregularidades no seio das sociedades, nos domínios da contabilidade, dos controlos contabilísticos internos, da auditoria, da luta contra a corrupção
e do crime bancário e financeiro
Linhas de Ética (Whistleblowing)
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Categorias de Dados
Considerando a finalidade do tratamento em apreço, mostram-se necessárias para otratamento as seguintes categorias de dados:
oIdentidade e categoria profissional do denunciante;oIdentidade e categoria profissional do denunciado;oIdentidade e funções das pessoas que intervêm na recolha e no tratamento;oOs factos denunciados passíveis de integrarem actividades consideradasosuspeitas, no âmbito das actividades de contabilidade, de controlos contabilísticos internos, de auditoria, de luta contra a corrupção e do crime bancário e financeiro;oOs elementos de facto recolhidos no âmbito da averiguação;oDestino da denúncia.
A denúncia só
será
considerada se se apoiar em factos e respeitar aos domínios relativos à
finalidade determinante
Repudia-se o anonimato a favor de um regime de confidencialidade como forma de salvaguardar os riscos de denúncia caluniosa e de discriminação
Direitos do Denunciado
Direitos do Denunciante
Direito de informação sobre a
entidade responsável, os factos
denunciados e a finalidade do
tratamento
Direito de acesso e rectificaçãoNo caso de tratamento de com a
finalidade de apurar da veracidade de suspeitas de prática
de infracções criminais (direito de acesso exercido através da
CNPD)
Informação sobre; identidade do responsável, finalidade, domínios
abrangidos pela denúncia, carácter facultativo, inexistência de consequência pela não utilização, destinatários da denúncia, eventual transferência de dados para fora da EU, existência de direito de
acesso e de rectificação das pessoas identificadas no quadro do dispositivo.
Advertência
de que a utilização abusiva e de má-fé
pode expor a sanções disciplinares e procedimento judicial
Protecção de Dados Pessoais Protecção de Dados Pessoais e o Direito do Trabalho
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