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CADERNOESPECIAL Segunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008 BRASIL O país é exemplo na redução de CFC, gás que destrói a camada de ozônio. Pg. 02 ENTREVISTA Suely Carvalho diz que é preciso concluir o Protocolo de Montreal. Pgs. 06 CONQUISTAS O Protocolo entra em seu 21º ano de existência, exibindo conquistas e desafios. Pg. 04 A situação do meio ambiente no mundo desafia o homem a pre- servar os recursos naturais e, concomitantemente, possibilitar um desenvolvimento social justo e correto, permitindo que as sociedades atinjam uma melhor qualidade de vida. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvi- mento sustentável exige a construção de alternativas de uso dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental, incluindo ética e valores humanos. Deve-se também reconhecer que se vive numa sociedade na qual é fundamen- 20 anos de Resultados Positivos em 1987, foi a anfitriã do 20º aniversário desse acordo ambiental multilateral. O Protocolo de Montreal, o primeiro acordo ambiental internacional a ter medidas com obrigações legais, trouxe uma transfor- mação notável. Mudou o comportamento hu- mano em todo o mundo e, assim, as condições ambientais melhoraram de forma significativa. Atualmente, o mundo encontra-se em uma encruzilhada ambiental ainda mais crucial. A mudança climática é uma grave ameaça ao progresso humano – ainda mais para os países em desenvolvimento. Um dos aspectos mais notáveis do su- O acordo estabelecido entre 191 países é uma das mais complexas ações desenvolvidas pela humanidade, não existindo parâme- tros para comparação sobre o trabalho desempenhado em termos de entendimento e cooperação entre os povos do mundo Os resultados do Protocolo de Montreal pro- vam como a cooperação multilateral pode me- lhorar o meio ambiente e as vidas das pessoasProtocolo de Montreal: marco na proteção da camada de ozônio. PROTOCOLO DE MONTREAL Divulgação tal partir de uma boa formação e de um embasado conhecimento dos complexos problemas e potencialidades ambientais. A sociedade tem-se conscientizado de que o modelo vigente de crescimento afeta o pla- neta muito mais do que o desejado. Tem-se observado que a destruição da natureza, base da vida, por meio da contaminação e degradação dos ecossistemas crescem em um ritmo acelerado, motivo pelo qual se torna necessário reduzir o impacto ambien- tal para a obtenção de um desenvolvimento ecologicamente equilibrado – e, para tanto, o advento de Protocolos, como o de Quio- to e o de Montreal, é demasiadamente im- portante. A camada de ozônio é uma faixa de ga- ses situada entre 10 e 50 quilômetros da superfície, protegendo a vida na Terra dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Ainda nos anos 1970, foi detectado o “buraco” na camada de ozônio sobre a Antártica e, em seguida, no Pólo Norte. A rarefação da ca- mada traz prejuízos ao Homem e ao meio ambiente, tais como: queimaduras; câncer de pele; catarata; alteração no sistema imu- nológico; redução de colheitas; alteração da fotossíntese. Até o momento, 191 países assinaram o Protocolo, que incentiva as nações a elimi- narem o consumo dos produtos químicos que destroem a camada de ozônio. O Protocolo de Montreal foi consi- derado o acordo internacional mais bem sucedido até hoje e passa uma mensagem de esperança para um trabalho cooperati- vo para solucionar os principais problemas ambientais. A idéia é unir esforços no sen- tido de eliminar ou, ao menos, mitigar os problemas ambientais que assolam o mundo hoje em dia. Em reconhecimento à importância do Protocolo de Montreal, países no mundo todo estão planejando atividades para cele- brar este evento e aumentar a consciência sobre a proteção da camada de ozônio. A cidade de Montreal, no Canadá, onde o Protocolo foi assinado pela primeira vez cesso do Protocolo é o envolvimento, tanto do mundo desenvolvido como do mundo em desenvolvimento, no compromisso de redu- zir as substâncias que destroem a camada de ozônio. “Uma vez que as comunidades pobres e vulneráveis costumam arcar com os maiores custos da degradação ambiental, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com o apoio financeiro do Fundo Multilateral – que é o fundo de implementação do Pro- tocolo –, auxilia mais de 100 países a elimina- rem mais de 63.000 toneladas de substâncias que destroem a camada de ozônio. Na Índia, por exemplo, o PNUD assiste a 80 pequenas e médias empresas na eliminação de 290 to- neladas de clorofluorcarbono-11 (CFC-11) – uma substância que destrói a camada de ozônio – da manufatura de produtos isolan- tes de poliuretano. O governo do Brasil está implementando um plano nacional de US$ 27 milhões, com o apoio do PNUD, que eliminará os usos de CFCs com a antecedência de três anos da data inicialmente prevista oficialmente pelo país”, destacou Ad Melkert, subsecretá- rio-geral da ONU e administrador-adjunto do PNUD. Vinte anos após a assinatura do Protoco- lo, no meio do caminho para realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os resultados do Protocolo de Montreal provam como a cooperação multilateral pode melho- rar o meio ambiente e as vidas das pessoas que dependem dele. A comunidade interna- cional se prepara para determinar o caminho pós-Quioto e, neste momento, precisa-se do mesmo espírito de cooperação, da mesma intenção ambiciosa e da abordagem inclusiva do Protocolo de Montreal. Grande parte da comunidade internacional precisa reconhecer que os pobres são mais vulneráveis aos impac- tos da mudança climática e que não é preciso comprometer o crescimento econômico ou as metas de desenvolvimento para reduzir as emissões. Com este reconhecimento, as- sumindo o compromisso de mudar, pode-se repetir o sucesso de Montreal, levando-se a cabo mais ações que podem contribuir para o desenvolvimento sustentável das nações. ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventila- ção e Aquecimento, é uma entidade de abrangência nacional, sem fins lucrativos. Fundada em 1962 com o objetivo de atu- ar em favor do fortalecimento, melhoria, aperfeiçoamento e expansão do setor HVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração) composto pelos segmentos Indústria, comércio e serviços. A entidade mobiliza o setor, estimula o comércio e a cooperação, oferecendo suporte institucional. Além da sede própria em São Paulo, conta com mais três escritórios regionais loca- lizados no Rio de Janeiro, Belo Horizon- te e Natal. Para tornar o setor mais competitivo, a ABRAVA está presente em discussões sobre temas que impactam os negócios de seus associados e de toda a comuni- dade do setor que representa. Mantém parcerias com entidades nacionais e internacionais, faz estudos, apóia inicia- tivas governamentais, desenvolve temas relevantes como a questão da eficiên- cia energética, proteção da camada de ozônio, aquecimento global, qualidade do ar interior, preservação do meio ambiente e sustentabilidade, criação e revisão de normas técnicas, programa de apoio a exportação, promove congressos e outras ações que se tornam referência nacional. Sua representatividade internacional é fir - mada por sua forte atuação em entidades como o ICARMA (International Council of Air-Conditioning and Refrigeration Manu- facturers’ Associations) onde representa o Brasil, ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditio- ning Engineers), representando o Brasil na “Associate Society Alliance”, IIF (Institut International du Froid.), FAIAR (Federa- ción das Associaciones Ibero Americanas de Refrigeración), entidade que promove o CIAR, Congresso Ibero Americano de Ar Condicionado e Refrigeração, onde também representa o Brasil, e através de assinaturas de convênios com outras en- tidades como a ARI (Air Conditioning and Refrigeration Institute) e parcerias com a Smacna e outras entidades, além de manter um estreito e tradicional relacionamento com o Sindicato das Indústrias de Refri- geração, Aquecimento e Tratamento do Ar do Estado de São Paulo (Sindratar-SP) A ABRAVA possui uma estrutura dinâmica composta pela Presidência; Pre- sidência de Relações Internacionais; Nove vice-presidências; Três diretores regionais; Um ouvidor e Onze Departamentos Na- cionais todos liderados por profissionais de renome eleitos para períodos de três anos, que atuam voluntariamente dentro dos preceitos contidos no estatuto. Além da diretoria acima, existe o Conselho Administrativo e o Fiscal igual- mente composto por voluntários. Além do corpo de voluntários, a entidade dispõe de uma equipe com apro- ximadamente 45 profissionais que cuidam da administração e operação dos diversos departamentos entre os quais o Depto Técnico, Jurídico, Economia e Estatística, etc., que oferecem suporte ao associado. Além desta estrutura, existem ainda outros órgãos que complementam as atividades da ABRAVA; A ABRAVA CONBRAVA CONGRESSO BRASILEIRO DE REFRIGERAÇÃO, AR CONDICIONADO, VENTILAÇÃO, AQUECIMENTO E TRATAMENTO DO AR HISTÓRICO O primeiro CONBRAVA aconteceu em 1987, no Instituto de Engenharia em São Paulo. O que deveria ser somente um evento técnico, deu tão certo que passou a ser um evento periódico. A necessidade do setor em disseminar informações técnicas e de qualidade aos seus profissionais e do setor cliente, foram pontos chaves para este grande passo. O su- cesso do primeiro evento e a credibilidade que o evento possui faz com que nos dias de hoje seja considerado uma referência para o setor e continuar com perspectivas de crescimento. O EVENTO HOJE O CONBRAVA é um evento bienal em sua décima edição, que acontece simulta- neamente à FEBRAVA e tem por objetivo atualizar e difundir os conhecimentos e experiências nas áreas de Refrigeração, Ar Condicionado,Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, oferecendo uma decisiva contribuição para o aprimoramento tecno- lógico e desenvolvimento profissional do setor. APERFEIÇOAR PARA PRESERVAR Desenvolvimento sustentável, eficiên- cia energética, aquecimento global, fluídos refrigerantes e Protocolo de Montreal são alguns dos temas que estarão presentes no X Conbrava De acordo com o presidente executivo do X Conbrava, Dr. Samoel Vieira de Souza, a proposta do congresso é manter sua ca- racterística de fórum com palestras dos mais variados temas, “criteriosamente seleciona- dos por uma comissão organizadora formada por professores universitários e profissionais reconhecidos do setor, o que possibilita a discussão de assuntos práticos com embasa- mento teórico”, destaca. MESAS REDONDAS Com o propósito de ir além do teórico e aprofundar as questões de mercado, a edição deste ano do Conbrava abre espaço para as mesas redondas. O objetivo das mesas re- dondas é debater os assuntos propostos com profissionais de reconhecido conhecimento na área. Em cada edição são realizadas três mesas redondas abordando os temas “Quali- dade do Ar Interior”, “Eficiência Energética” e “Fluidos Refrigerantes”. “Com a escassez de combustíveis provo- cada pelo esgotamento de recursos naturais, governos e empresas em todo o mundo se voltam para a diversificação de matrizes ener - géticas, para o desenvolvimento de fontes alternativas e renováveis e para a busca da eficiência energética, com margem para o de- senvolvimento de processos de reengenharia e de qualidade que conduzem a comunidade científica, empresarial, e a própria sociedade para um aperfeiçoamento contínuo”, enfatiza Samoel Vieira de Souza. Ele afirma também que o propósito do Conbrava é apresentar à comunidade o que há de mais avançado na direção destas soluções. “Edifícios Verdes” e “Soluções para eco- nomia de energia em supermercados” são outros dois grandes e importantes assuntos da atualidade abordados no Conbrava. APOIOS O CONBRAVA contará com o apoio das principais entidades do setor no Brasil e no exterior, com destaque para a (ASHRAE) Associação Americana dos Engenheiros de Refrigeração e Ar Con- dicionado, (ARI) Instituto Americano de Refrigeração, (IIF)o Instituto Internacional do Frio, (IBF) Instituto Brasileiro do Frio e a Smacna Brasil, (FIESP) Federação das Indústrias do Estado de São Paulo , (CIESP) Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (SINDRATAR) Sindicato da Industria de tratamento de ar de São Paulo e da Alcântara Machado. As empresas do setor são patrocina- doras do Conbrava e com isto viabilizam a vinda de palestrantes e reduzem o custo da inscrição para os profissionais e para os estudantes de engenharia que possuem taxa de inscrição reduzida existindo ainda con- vites ecaminhados às escolas de Engenharia para serem distribuídos gratuitamente aos quinto anistas. As empresas patrocinadoras fazem também apresentações técnico-comerciais durante o evento.

Protocolo Montreal

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CADERNOESPECIALSegunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008BRASILO pas exemplo na reduo de CFC, gs que destri a camada de oznio.Pg. 02ENTREVISTASuely Carvalho diz que preciso concluir o Protocolo de Montreal.Pgs. 06CONQUISTASO Protocolo entra em seu 21 ano de existncia, exibindo conquistas e desafos.Pg. 04A situaodomeioambienteno mundodesafaohomemapre-servarosrecursosnaturaise, concomitantemente,possibilitar um desenvolvimento social justo e correto, permitindoqueassociedadesatinjamuma melhor qualidade de vida. A necessidade de consolidarnovosmodelosdedesenvolvi-mentosustentvelexigeaconstruode alternativas de uso dos recursos, orientada porumaracionalidadeambiental,incluindo tica e valores humanos. Deve-setambmreconhecerquese vivenumasociedadenaqualfundamen-20 anos de Resultados Positivosem1987,foiaanftrido20aniversrio desse acordo ambiental multilateral.OProtocolodeMontreal, oprimeiro acordo ambiental internacional a ter medidas comobrigaeslegais, trouxeumatransfor-mao notvel. Mudou o comportamento hu-mano em todo o mundo e, assim, as condies ambientais melhoraram de forma signifcativa. Atualmente, omundoencontra-seemuma encruzilhadaambientalaindamaiscrucial. A mudanaclimticaumagraveameaaao progresso humano ainda mais para os pases em desenvolvimento.Umdosaspectosmaisnotveisdosu-O acordo estabelecido entre 191 pases uma das mais complexas aes desenvolvidas pela humanidade, no existindo parme-tros para comparao sobre o trabalho desempenhado em termos de entendimento e cooperao entre os povos do mundoOs resultados do Protocolo de Montreal pro-vam como a cooperao multilateral pode me-lhorar o meio ambiente e as vidas das pessoasProtocolo de Montreal: marco na proteo da camada de oznio.PROTOCOLO DE MONTREAL Divulgaotalpartirdeumaboaformaoedeum embasadoconhecimentodoscomplexos problemasepotencialidadesambientais. A sociedadetem-seconscientizadodequeo modelo vigente de crescimento afeta o pla-neta muito mais do que o desejado. Tem-se observadoqueadestruiodanatureza, basedavida,pormeiodacontaminaoe degradaodosecossistemascrescemem umritmoacelerado,motivopeloqualse torna necessrio reduzir o impacto ambien-tal para a obteno de um desenvolvimento ecologicamente equilibrado e, para tanto, o advento de Protocolos, como o de Quio-toeodeMontreal,demasiadamenteim-portante.A camada de oznio uma faixa de ga-sessituadaentre10e50quilmetrosda superfcie,protegendoavidana Terrados raiosultravioletaemitidospeloSol.Ainda nos anos 1970, foi detectado o buraco na camadadeozniosobrea Antrticae,em seguida,noPloNorte. Ararefaodaca-madatrazprejuzosaoHomemeaomeio ambiente,taiscomo:queimaduras;cncer de pele; catarata; alterao no sistema imu-nolgico; reduo de colheitas; alterao da fotossntese. At o momento, 191 pases assinaram o Protocolo,queincentivaasnaesaelimi-naremoconsumodosprodutosqumicos que destroem a camada de oznio. OProtocolodeMontrealfoiconsi-deradooacordointernacionalmaisbem sucedidoathojeepassaumamensagem deesperanaparaumtrabalhocooperati-voparasolucionarosprincipaisproblemas ambientais. Aidiauniresforosnosen-tidodeeliminarou,aomenos,mitigaros problemas ambientais que assolam o mundo hoje em dia. Emreconhecimentoimportnciado ProtocolodeMontreal,pasesnomundo todo esto planejando atividades para cele-braresteeventoeaumentaraconscincia sobre a proteo da camada de oznio. A cidade de Montreal, no Canad, onde oProtocolofoiassinadopelaprimeiravez cessodoProtocolooenvolvimento, tanto do mundo desenvolvido como do mundo em desenvolvimento, nocompromissoderedu-zir as substncias que destroem a camada de oznio.Uma vez que as comunidades pobres e vulnerveis costumam arcar com os maiores custosdadegradaoambiental, oPrograma dasNaesUnidasparaoDesenvolvimento, com o apoio fnanceiro do Fundo Multilateral queofundodeimplementaodoPro-tocolo , auxilia mais de 100 pases a elimina-rem mais de 63.000 toneladas de substncias que destroem a camada de oznio. Na ndia, por exemplo, o PNUD assiste a 80 pequenas e mdias empresas na eliminao de 290 to-neladasdeclorofuorcarbono-11(CFC-11) umasubstnciaquedestriacamadade ozniodamanufaturadeprodutosisolan-tes de poliuretano. O governo do Brasil est implementando um plano nacional de US$ 27 milhes, com o apoio do PNUD, que eliminar os usos de CFCs com a antecedncia de trs anos da data inicialmente prevista ofcialmente pelopas, destacou AdMelkert, subsecret-rio-geral da ONU e administrador-adjunto do PNUD. Vinte anos aps a assinatura do Protoco-lo, nomeiodocaminhopararealizaodos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio, os resultados do Protocolo de Montreal provam como a cooperao multilateral pode melho-raromeioambienteeasvidasdaspessoas quedependemdele. Acomunidadeinterna-cional se prepara para determinar o caminho ps-Quioto e, neste momento, precisa-se do mesmoespritodecooperao, damesma inteno ambiciosa e da abordagem inclusiva doProtocolodeMontreal. Grandeparteda comunidade internacional precisa reconhecer que os pobres so mais vulnerveis aos impac-tos da mudana climtica e que no preciso comprometerocrescimentoeconmicoou asmetasdedesenvolvimentoparareduzir asemisses. Comestereconhecimento, as-sumindoocompromissodemudar, pode-se repetir o sucesso de Montreal, levando-se a cabo mais aes que podem contribuir para o desenvolvimento sustentvel das naes. ABRAVA Associao Brasileira de Refrigerao, Ar Condicionado, Ventila-o e Aquecimento, uma entidade de abrangncia nacional, sem fns lucrativos. Fundada em 1962 com o objetivo de atu-ar em favor do fortalecimento, melhoria, aperfeioamento e expanso do setor HVAC-R (Aquecimento, Ventilao, Ar Condicionado e Refrigerao) composto pelos segmentos Indstria, comrcio e servios. A entidade mobiliza o setor, estimula o comrcio e a cooperao, oferecendo suporte institucional. Alm da sede prpria em So Paulo, conta com mais trs escritrios regionais loca-lizados no Rio de Janeiro, Belo Horizon-te e Natal.Para tornar o setor mais competitivo, a ABRAVA est presente em discusses sobre temas que impactam os negcios de seus associados e de toda a comuni-dade do setor que representa. Mantm parcerias com entidades nacionais e internacionais, faz estudos, apia inicia-tivas governamentais, desenvolve temas relevantes como a questo da efcin-cia energtica, proteo da camada de oznio, aquecimento global, qualidade do ar interior, preservao do meio ambiente e sustentabilidade, criao e reviso de normas tcnicas, programa de apoio a exportao, promove congressos e outras aes que se tornam referncia nacional. Sua representatividade internacional fr-mada por sua forte atuao em entidades como o ICARMA (International Council of Air-Conditioning and Refrigeration Manu-facturers Associations) onde representa o Brasil, ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditio-ning Engineers), representando o Brasil na Associate Society Alliance, IIF (Institut International du Froid.), FAIAR (Federa-cin das Associaciones Ibero Americanas de Refrigeracin), entidade que promove o CIAR, Congresso Ibero Americano de Ar Condicionado e Refrigerao, onde tambm representa o Brasil, e atravs de assinaturas de convnios com outras en-tidades como a ARI (Air Conditioning and Refrigeration Institute) e parcerias com a Smacna e outras entidades, alm de manter um estreito e tradicional relacionamento com o Sindicato das Indstrias de Refri-gerao, Aquecimento e Tratamento do Ar do Estado de So Paulo (Sindratar-SP) A ABRAVA possui uma estrutura dinmica composta pela Presidncia; Pre-sidncia de Relaes Internacionais; Nove vice-presidncias; Trs diretores regionais; Um ouvidor e Onze Departamentos Na-cionais todos liderados por profssionais de renome eleitos para perodos de trs anos, que atuam voluntariamente dentro dos preceitos contidos no estatuto.Alm da diretoria acima, existe o Conselho Administrativo e o Fiscal igual-mente composto por voluntrios. Alm do corpo de voluntrios, a entidade dispe de uma equipe com apro-ximadamente 45 profssionais que cuidam da administrao e operao dos diversos departamentos entre os quais o Depto Tcnico, Jurdico, Economia e Estatstica, etc., que oferecem suporte ao associado.Alm desta estrutura, existem ainda outros rgos que complementam as atividades da ABRAVA;A ABRAVACONBRAVA CONGRESSO BRASILEIRO DE REFRIGERAO,AR CONDICIONADO, VENTILAO,AQUECIMENTO E TRATAMENTO DO ARHISTRICOO primeiro CONBRAVA aconteceu em 1987, no Instituto de Engenharia em So Paulo. O que deveria ser somente um evento tcnico, deu to certo que passou a ser um evento peridico.A necessidade do setor em disseminar informaes tcnicas e de qualidade aos seus profssionais e do setor cliente, foram pontos chaves para este grande passo. O su-cesso do primeiro evento e a credibilidade que o evento possui faz com que nos dias de hoje seja considerado uma referncia para o setor e continuar com perspectivas de crescimento.O EVENTO HOJEO CONBRAVA um evento bienal em sua dcima edio, que acontece simulta-neamente FEBRAVA e tem por objetivo atualizar e difundir os conhecimentos e experincias nas reas de Refrigerao,Ar Condicionado,Ventilao,Aquecimento e Tratamento de Ar, oferecendo uma decisiva contribuio para o aprimoramento tecno-lgico e desenvolvimento profssional do setor.APERFEIOAR PARA PRESERVARDesenvolvimento sustentvel, efcin-cia energtica, aquecimento global, fudos refrigerantes e Protocolo de Montreal so alguns dos temas que estaro presentes no X Conbrava De acordo com o presidente executivo do X Conbrava, Dr. Samoel Vieira de Souza, a proposta do congresso manter sua ca-racterstica de frum com palestras dos mais variados temas,criteriosamente seleciona-dos por uma comisso organizadora formada por professores universitrios e profssionais reconhecidos do setor, o que possibilita a discusso de assuntos prticos com embasa-mento terico, destaca.MESAS REDONDASCom o propsito de ir alm do terico e aprofundar as questes de mercado, a edio deste ano do Conbrava abre espao para as mesas redondas. O objetivo das mesas re-dondas debater os assuntos propostos com profssionais de reconhecido conhecimento na rea. Em cada edio so realizadas trs mesas redondas abordando os temas Quali-dade do Ar Interior,Efcincia Energtica e Fluidos Refrigerantes.Com a escassez de combustveis provo-cada pelo esgotamento de recursos naturais, governos e empresas em todo o mundo se voltam para a diversifcao de matrizes ener-gticas, para o desenvolvimento de fontes alternativas e renovveis e para a busca da efcincia energtica, com margem para o de-senvolvimento de processos de reengenharia e de qualidade que conduzem a comunidade cientfca, empresarial, e a prpria sociedade para um aperfeioamento contnuo, enfatiza Samoel Vieira de Souza. Ele afrma tambm que o propsito do Conbrava apresentar comunidade o que h de mais avanado na direo destas solues.Edifcios Verdes e Solues para eco-nomia de energia em supermercados so outros dois grandes e importantes assuntos da atualidade abordados no Conbrava. APOIOSO CONBRAVA contar com o apoio das principais entidades do setor no Brasil e no exterior, com destaque para a (ASHRAE) Associao Americana dos Engenheiros de Refrigerao e Ar Con-dicionado, (ARI) Instituto Americano de Refrigerao, (IIF)o Instituto Internacional do Frio, (IBF) Instituto Brasileiro do Frio e a Smacna Brasil, (FIESP) Federao das Indstrias do Estado de So Paulo , (CIESP) Centro das Indstrias do Estado de So Paulo (SINDRATAR) Sindicato da Industria de tratamento de ar de So Paulo e da Alcntara Machado. As empresas do setor so patrocina-doras do Conbrava e com isto viabilizam a vinda de palestrantes e reduzem o custo da inscrio para os profssionais e para os estudantes de engenharia que possuem taxa de inscrio reduzida existindo ainda con-vites ecaminhados s escolas de Engenharia para serem distribudos gratuitamente aos quinto anistas.As empresas patrocinadoras fazem tambm apresentaes tcnico-comerciais durante o evento.[0.2] CADERNO ESPECIAL Segunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008PROTOCOLO DE MONTREALO Brasil aderiu Conveno de Viena e ao Protocolo de Montreal em 1990 e assim se comprometeu, juntamen-te com outros 190 pases, a eliminar at 2010 algumas das principais substncias que destroem a Camada de Oznio, que res-ponsvelpelapreservaodavida, servindo como um fltro das radiaes solares, impedindo quegrandesquantidadesderaios, causadores de prejuzos sade humana e ao equilbrio de ecossistemas, cheguem superfcie da Terra.O PNUD-Brasil contribuiu signifcativamen-te para o atendimento das metas do Protocolo deMontrealporpartedogovernoBrasileiro, sendo responsvel pela implementao da maio-riadoscompromissosnacionaisparaatingirs metasdoProtocolodeMontrealconduzindo projetoscomimpactodiretonoconsumode substnciasquedestroemooznio(SDOs). Almdisso, prestaassistnciatcnicaeopera-cional nas atividades de transferncia tecnolgica, cujo objetivo o de propiciar o acesso s melho-res tecnologias alternativas disponveis e a capa-citao para sua aplicao. O PNUD-Brasil asses-sora o Governo Brasileiro no desenvolvimento de polticas nacionais mais efetivas, assim como em programas nacionais para atender as metas de eliminao de SDOs. Dentre esses programas esto o desenvolvimento de Programas de Pas, o fortalecimento institucional e o Plano Nacional para Eliminao de CFCs.Alm do PNUD, outras agncias da ONU e bilaterais tambm prestam assistncia ao Gover-noBrasileirocomoaagnciabilateralGTZno desenvolvimentodecapacitaotcnicaparao setorderecolhimentodeCFCseaUNIDO aes especfcas para eliminao do Brometo de Metila, banido da agricultura desde 1 de janeiro de 2007Osprimeirosprojetoscomoobjetivode eliminaroconsumodeSDOsnoBrasilforam feitos no setor de espumas, consumidor de gran-A preservao do meio ambiente, incluindo a diminuio da emisso dos gases CFC, fundamental para a vida das geraes futuras.Divulgao(US$ 26,7 milhes) para apoiar o Brasil a con-tinuar reduzindo as emisses desses gases at-mosfera e gerenciar o passivo desses fuidos, mo-mento quando o setor de servios passou a ser contemplado com recursos para implementao A partir de alteraes normativas e legais nas reas de Sade, Agricultura, Meio Ambiente e Comrcio Exterior adotadas desde os anos 1980, o Brasil encaminhou a reduo gradual na produo e no consumo de vrias SDOs. Hoje, a maior parte da inds-tria nacional livre de CFCs, por exemplo,e o uso das demais substncias prejudiciais Camada de Oznio est em declnio, a caminho da eliminao. Seu consumo rema-nescente limitado ao uso e manutenes de equipamentos em setores especfcos como refrigerao domstica e comercial,condicionadores de ar automotivos, chillers (resfriadores centrfugos) e inaladores de dose medida (bombinhas para asmticos).As medidas implementadas pelo Brasil para eliminao de SDOs atingem vrios setores de maneira diferenciada, como:Casa e Comrcio Na refrigerao comercial e domstica, trocar apare-lhos antigos fundamental, j que foram produzidos com CFCs at 1999. Os gases CFC-12 (para refrigerao) e CFC-11 (para fabricao de espumas) foram substitudos principalmente pelo HFC-134a e HCFC- 141b, respectivamente.Aerosis O consumo de CFC como propelente em aerossis sanitrios, perfumes,inseticidas e outras aplicaes foi banido em 1988. No entanto, consumos reduzidos de CFC 11, 12 e 114 ainda so registrados, por exemplo, na produo de medicamentos como Inaladores de Dose Medida (MDIs).A importa-o de gases para o setor deve se encerrar em dezembro de 2009.MAC O CFC-12 foi banido de apare-lhos de ar condicionado automotivo fabrica-dos aps 1997 e em veculos novos e usados a partir de janeiro de 2001, em todos os modelos. J foram treinados 545 refrigeristas e compradas e distribudas 335 mquinas de recolhimento e reciclagem, alm de cilindros para armazenagem, ferramentas e equipamen-tos de segurana. Manutenes setoriais so realizadas com CFC-12 reciclado.Reciclagem de CFCs das mqui-nas resfriadoras de lquidos Chil-lers No Brasil, ainda h cerca de 700 resfriadoras centrfugas (chillers) com CFC,principalmente em grandes instalaes de ar condicionado para conforto e industrial.O consumo do setor foi de 74 toneladas no ano 2000, e qualquer uso no-essencial deve se encerrar at o fm de 2008.Brometo de Metila Um dos mais po-tentes agrotxicos j criados, era usado como fumigador de solo e controlador de pragas em lavouras.A substncia no mais usada na cultura do fumo desde 2004 e, a partir de 2007, foi banida da agricultura. Sua eliminao ocorrer at 2015.At l, segue sendo usado para fns quarentenrios ligados exportao de uma srie de produtos.Alm disso, o Brasil registra resultados signifcativos no bani-mento de CFC nos setores de: esterilizantes,onde no se verifca consumo desde 2004;solventes, com consumo mnimo e em vias de eliminao; espumas, onde projetos devem re-sultar na eliminao de 680 toneladas de CFC;extino de incndio, onde o Brasil montou um Banco de Halons para suprir manutenes internas e de pases vizinhos, alm de realizar intercmbios de informaes e servios entre seus usurios. Eliminao de SDOs no Brasil Implantao, em 1996, do Banco de Halons, com o objetivo de suprir asnecessidades do mercado por meio da reciclagem; Trmino da produo nacional de CFC11 e CFC12, a partir de 1999; Fortalecimento do Cadastro Tcnico Federal do IBAMA, que atualmente capaz de fornecer estatsticas sobre o setor e de monitorar efetivamente o uso das SDOs no Brasil; Proibio do consumo de Brometo de Metila na cultura do Tabaco, a partir de 1 de janeiro de 2005 e como defensivo agrcola a partir de 1 de janeiro de 2007; Qualifcao dos trabalhadores do setor de manuteno, por meio do treina-mento de refrigeristas; Estmulo reciclagem e regenerao do passivo ambiental das SDOs, com a criao de centros de regenerao e distribuio de equipamentos de recolhi-mento e reciclagem; Combate ao comrcio ilegal de substncias destruidoras da Camada de Oz-nio, por meio do treinamento de ofciais de alfndega; Aumento do grau de informao do pblico sobre os perigos para a sade, advindos da exposio excessiva aos raios ultravioleta do sol; 88% de eliminao de Halons => empregados em extintores de incndio; 77,3% de eliminao de Tetracloreto de carbono => usado na indstria qu-mica como agente de processo; 76,3% de eliminao de Brometo de metila => com uso principal na agricultura; A totalidade da fabricao de ar condicionado automotivo isenta de CFCs, desde jan/99; No setor de solventes a eliminao j atinge 99%, na refrigerao industrial, co-mercial e em ar condicionado central, 98,5%, e na refrigerao domstica, 100%; Consumo de CFCs baixou de um patamar de 10.525 t (mdia dos anos de 1995-1997 Linha de Base)para 478 toneladas em 2006.Resultados obtidos pelo Governo Brasileiro Resultados dos Projetos do Plano Nacional de Eliminao dos CFCs PNC Treinamento de refrigeristas: 10 estados / 25 escolas/ 14.487 mecnicos treinados. Converso Industrial: 9 projetos que visa a eliminar 730 t de CFC / 101 empresas do setor de espumas. Ciclo da conteno: 1260 mquinas recolhedoras de CFC em empresas; 2 Centrais de Regenerao de CFC/SP e 1 no RJ; 335 mquinas recicladoras de CFC/MAC; 5 Acordos de cooperao com distribuidoras de energia eltrica p/ recolhimento CFCs. Controle: Treinamento de 59 ofciais de alfndega e 5 servidores do IBA-MA em identifcao de importao ilegal de SDOs; 16 kits para identifca-o de SDOs adquiridos. Setor agrcola: 27 caldeiras doadas a 11 associaes de SP e PE; 1000 coletores solares para SP e PE; treinamento de agricultores em manejo integrado de pragas.pas diminuiu suas emisses em 9.928 toneladas de Potencial Destruidor de Oznio, volume infe-rior somente ao da China (62.167), dos Estados Unidos (34.033), do Japo (23.063) e da Rssia (20.641). Percentualmente, a diminuio brasilei-ra foi mais signifcativa do que no planeta como um todo (84,8%).dizer, noshonrouoscompromissos estabelecidos, mas tambm antecipou-os. Na 19 ReuniodasPartesdoProtocolodeMontreal (MOP19), realizadanoanopassadonoCana-d, oMinistriodoMeio Ambienterecebeuo reconhecimentointernacionalporsuaatuao. A deferncia se deve a um conjunto de eventos quelevaramoPasaserhojeexemplonaeli-minao dos CFCs. H 13 anos, o consumo de CFCs no pas foi de 10.525 toneladas; em 2006, de 478 toneladas. Portanto, os mais de 200 pro-jetos aprovados a fundo perdido pelo Protocolo de Montreal resultou na eliminao de 95,4% do consumo de CFC no Brasil. No mundo, o PNUD gerencia um programa de meio bilho de dlares em mais de 100 pa-ses, com boa parte do recurso do Fundo Mul-tilateral. Soquase2milprojetosquebuscam aofnaldesuasimplementaesreduzira emisso de 63 mil toneladas de gases nocivos camada de oznio.NOVOS DESAFIOSAinda no mbito do Plano Nacional para Eli-minao de CFCs, mesmo com todos os resulta-dos alcanados, o Brasil j defniu novos passos no combate s SDOs. Um projeto a ser iniciado pelo Distrito Federal estimular a substituio de aparelhos antigos e de CFC por fuidos alterna-tivosembares, restaurantes, lanchonetes, pada-rias, hotis e outras micro e pequenas empresas. AlmprotegeraCamadadeOznio, haver economia na conta de energia e nos custos de manuteno.O Ministrio do Meio Ambiente j frmou cinco acordos de cooperao tcnica com dis-tribuidorasdeenergiaeltricapararecolher osCFCsoriundosdasubstituioderefrige-radoresprecriosnombitodosprojetosde efcincia energtica em comunidades de baixa renda por aparelhos mais efcientes e com fui-dosrefrigerantesquetragammenosriscos Camada de Oznio.Cerca de 90% dos consumidores em reas popularestmrefrigeradoresequasemetade dos aparelhos est em pssimo estado de con-servao. Esses refrigeradores so a maior fonte de consumo de energia residencial, alm de usa-rem CFC-12.ParadarsuporteaoandamentodoPNC, o Governo Federal auxiliar o setor privado na elaboraodenormasparaequipamentosde refrigerao domstica e comercial, tratando da qualidadedefudosrefrigerantes, acondiciona-mento e disposio fnal.OGovernoBrasileirotambmprogramou seminrios nacionais. Uma empresa selecionada apoiar a realizao dos eventos. A idia pro-moveradifusodeinformaessobrenovas tecnologiasefudosrefrigerantesalternativos no Pas. Como se v, embora os avanos tenham sido relevantes, h muito a percorrer.de parte da massa de SDOs no Brasil. Os inves-timentosnosetordeserviosforamdeixados paraumaetapaposterior, poishouveoenten-dimento de que eliminar o consumo de SDOs para equipamentos e produtos novos era priori-trio no sentido de tornar o estoque de SDOs em equipamentos o menor possvel.Em julho de 2002, o Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal aprovou o Plano Nacio-naldeEliminaodeCFCsdispondorecursos de projetos. Transcorrida quase duas dcadas, o PNUDBra-silcontribuiusignifcativamenteparaoatendi-mento das metas do Protocolo de Montreal por partedogovernoBrasileiro, sendoresponsvel pela implementao da maioria signifcativa dos projetos fnanciados pelo Fundo Multilateral.Neste contexto, o Brasil hoje o quinto pas que mais diminuiu o uso dos CFCs (clorofuor-carbonos) na ltima dcada. Entre 1995 e 2005, o Esta Feira hoje o maior centro gerador de negcios e informa-es do setor na Amrica Latina. Teve a sua 1 edio em 1978 com 800m de rea de exposio, atingindo mais de 32.000m e a visi-tao de 27 mil profssionais do Brasil e do exterior em sua ltima edio, em 2007 (15 Edio).A Feira estimula negcios da ordem de R$ 500 milhes para as em-presas do setor. Alm da mostra de produtos e servios, uma ampla programao de eventos paralelos tornam a Febrava um evento completo.Entre as atraes exibidas na Febrava, esto as Ilhas Temticas lana-das na edio de 2003, que exibem em cadeia, produtos incorpora-dos a seus ambientes reais onde o visitante poder ver os sistemas em operao.As Ilhas Temticas ocupam oito espaos com aproximadamente 300m, cada:Aquecimento Solar com equipamentos, coletores de energia solar, acessrios e uma srie de painis luminosos que ilustram vrios casos de implantao de projetos nessa rea, nos setores tercirio; hotis, motis, hospitais, etc. e industrial.reas Limpas Conjuntos de salas e zonas limpas que operaram em condies controladas de presso, temperatura, umidade relativa e concentrao de partculas em suspenso no ar, simulao real das condies encontradas em indstrias de segmentos como o farma-cutico, telecomunicao, alimentcio e automobilstico.Automao Ilha destinada a demonstrao de diferentes aplica-es de produtos e servios nessa rea. Faz monitoramento central de todas as Ilhas Temticas.Cadeia do Frio Apresenta vrias opes de equipamentos e processos de refrigerao de alimentos desde a produo at o consumo, passando pelas reas de resfriamento, congelamento, esto-cagem, transporte e varejo.Conforto Trmico So reproduzidos diferentes ambientes cli-matizados; sala de estar, escritrio, dormitrio, entre outros, com solues tcnicas visando o conforto trmico dos usurios.Oznio / MMA Mostra, por meio de palestras e aplicaes prticas em equipamentos, o plano brasileiro de eliminao dos CFCs. Tambm apresenta mtodos ambientais corretos para a conservao da camada de Oznio, utilizao e manuseio de fuidos refrigerantes.Cogerao e Gs Natural D destaque para a utilizao de gs natural como fonte de energia alternativa.Senai/Acadmico profssionalizante - Apresenta a estrutura e o programa de cursos das Escolas Mveis de Refrigerao Residencial / Comercial e Climatizao Veicular do SENAI SP.FEBRAVA A GRANDE VITRINE DO SETORBrasil exemplo na reduo de CFCPas diminuiu em 95,4% o consumo de gs que destri a camada de oznio.Mesmo com os resultados alcanados, o Brasil j defniu novos passos no combate s SDOsSegunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008 CADERNO ESPECIAL [0.3] PROTOCOLO DE MONTREALProtocolo de Montreal: Mapa de InformaesO ProtocolodeMontrealsemos-trouumdosmaisefcientes acordos multilaterais na rea am-biental, possibilitando uma ampla reduo na produo, consumo e circulao de SDOs em todo o planeta. Nos pases de-senvolvidos,forameliminadosmaisde99% detodasassubstnciascontroladaspelo Protocolo. Com a assistncia do Fundo Mul-tilateral foram aprovados at o fnal de 2005, para pases em desenvolvimento, projetos de eliminao de 231.000 toneladas de consumo e 156.000 toneladas de produo de SDOs. Prev-sequeentre2050e2075acamada de oznio sobre a Antrtida se recupere aos nveis de 1980.Conhea abaixo defnies, nmeros e esta-tsticas que montam o cenrio colocado a partir da implementao do Protocolo de Montreal.Entendendo a atmosfera do Proto-colo de MontrealA Camada de Oznio A Camada de Oznio uma faixa de gases situada entre 10 e 50 quilmetros da superfcie, protegendo a vida na Terra dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Ainda nos anos 1970, foi detectado o buraconaCamadadeOzniosobrea Antrtica e, em seguida, no Plo Norte. A ra-refao da camada traz prejuzos ao Homem eaomeioambiente,como:queimaduras; cncer de pele; catarata; alterao no sistema imunolgico; reduo de colheitas; alterao dafotossntese.AsinimigasdaCamadade Oznio so as SDOs Substncias Destrui-dorasdaCamadadeOznio,comoCloro-fuorcarbono(CFC),Halon, Tetracloretode Carbono(CTC)eHidroclorofuorcabono (HCFC),emitidasemtodoogloboapartir da industrializao.ConvenodeVienaeProtocolo deMontrealEm1990,oBrasiladeriu Convenode Viena(1985)eaoProtocolo deMontreal(1987).Combasenessestra-tados,aproduo,ocomrcioeousode SDOsfoireduzidoglobalmenteeforam desenvolvidastecnologiasalternativaspara minimizarosriscosCamadadeOznio. Conforme o Protocolo, pases desenvolvidos que historicamente consumiram mais SDOs contribuemcomrecursosfnanceirospara erradicar essas substncias em pases em de-senvolvimento.SDOs Todas as Substncias que Des-troemaCamadadeOznio(SDOs)so produzidaspeloHomemedividem-seem CFC-11,CFC-12,CFC-113,CFC-114e CFC-115,almdeHalons,CTC,HCFCe BrometodeMetila,entreoutras.Porsua grandecapacidadedeabsorvercalor,os CFCs eram os gases mais usados em vrios aparelhos como geladeiras e condicionado-resdeardomsticos,comerciaiseindus-triais, alm da rea de transportes.1928: Cientistas sintetizam os CFCs1974: Frank Rowland (EUA), Mario Molina (Mxico) e Paul Crutzen (Holanda), Prmios Nobel, descobrem que os CFCs podem prejudicar a Camada de Oznio1985: Instituda a Conveno de Viena1987: Institudo o Protocolo de Montreal Viena1988: Ministrio da Sade publica a Portaria 01, com instrues para rtu-los de aerossis isentos de CFCs, e a Portaria 534, proibindo a fabricao e a venda de produtos cosmticos, de higiene, perfumes e saneantes do-missanitrios sob a forma de aerossis, com propelentes base de CFCs1990: Brasil adere ao Protocolo de Montreal1991: Governo Federal cria o Grupo de Trabalho para Proteo da Cama-da de Oznio1995: Governo Federal cria o Comit-Executivo Interministerial para a Proteo da Camada de Oznio, o Prozon. Publicao da Resoluo 13 do Conselho Nacional do Meio Ambiente1999: Proibio do uso de CFCs como solventes2000: Publicao da Resoluo 267 do Conselho Nacional do Meio Ambiente2002: Aprovao do Plano Nacional de Eliminao de CFCs2007: Proibio de Importaes de CFCs, exceto para usos essenciais 2010: Eliminao da produo e do consumo de CFCs, Halons e CTCs para pases em desenvolvimento2015: Eliminao da produo e do consumo de Brometo de Metila para pases em desenvolvimento2020: Reduo em 99,5% dos HCFCs nos pases desenvolvidos2030: Reduo em 97,5% dos HCFCs nos pases em desenvolvimento e em 100% nos pases desenvolvidos2040: Eliminao dos HCFCs nos pases em desenvolvimento2050-75: Perodo previsto para a recuperao da Camada de Oznio aos nveis de 1980(Fonte: Adaptado da revista Our Planet UNEP/ONU)Cronologia de Acontecimentos e Metas EstabelecidasBuraco na camada de oznio e aquecimento global afetam diversas regies do planeta, como a PatagniaLimites & Consumo de CFCs no Brasil(FONTE: IBAMA Valores de Consumo)CONSUMOANO01 - Limite Brasileiro para A-1 Protocolo de Montreal02 - Reduo CONAMA 267 (CFCs)03 - Consumo Brasileiro de CFCs (A1)010203VinteanosdoProtocolodeMon-treal,qualacontribuiodogoverno brasileiro para a reduo do buraco da Camada de Oznio?Namedidaemquesetornousignatrio do protocolo, o Brasil teve que assumir diver-sos compromissos estabelecidos. Isto foi feito. Alm de cumprir, o Brasil foi alm. Por exemplo, tnhamoscomometa, ofmdaimportaoe produo de CFC at 2010.E ns atingimos esta meta em 01 de janeiro de 2007, com exceo de uma pequena quantidade que usada pelos MDI, que so os inaladores de dose individual. Isto mostra que alm do compromisso, o Brasil foisuperouasmetas, benefciouacamadade oznioetambmcontribuiunocombatedo aquecimento global. Quantifcando estes bene-fcios, o Brasil evitou emisso do equivalente a 360 milhes de toneladas de CO2. Numbalanomaisamplo, oprotocolo conseguiu internalizar a fundo perdido 80 mi-lhes de dlares para o Brasil, usado para mo-dernizar a indstria brasileira, agregando com-petitividade internacional e capacitao da mo de obra, alm de, obviamente, trazer benefcios ambientais vrios.Qualarelaoentreoaquecimento global e o buraco na camada de oznio?OProtocolodeMontrealantecedeode Kyoto e tem o princpio de proteger a camada deoznio. Quandosecriouesteprotocolo, o aquecimentoglobalnoestavanocentrodas discusses. Posteriormente, quando se estabele-ceu a conveno do clima, defniram-se os cha-mados casos de efeito estufa. Nesse momento, o Protocolo de Kyoto excluiu os gases controla-dos e monitorados pelo protocolo de Montreal. Portanto, o CFC e HCFC no so administrados pelo Protocolo de Kyoto. So gases controlados por Montreal. Portanto, o protocolo de Montre-al no s reduziu as emisses que provocam a rarefao da camada de oznio, como tambm benefciouomeioambienteeoclima. Possui efeito colateral muito benfco. Outro fator importante que o protocolo de Montreal inovou em diversos sentidos. Um deles foi separar os pases em duas categorias: osmaisricos, queagravaramoproblemae queles em desenvolvimento. Nesse contexto, estabeleceuobrigaesdiferenciadasparaes-tes pases. Como foi a internalizao do Proto-colo de Montreal no Brasil? Foi um processo muito rico, pois envolveu umaparceriaentregovernoeiniciativapriva-daemquesediscutiuasmedidasqueseriam adotadas.A internalizao foi acordada com a in-dstria. Foi uma parceria muito produtiva onde a Abravacumpriupapeldeenormerelevncia. Foi um esforo coordenado pelo Ministrio do Meio Ambiente, que criou uma comisso inter-ministerial.Tivemos tambm a vantagem de que oBrasilfoibenefciriodesteprotocolo, pois varias indstrias puderam contar com recursos a fundo perdido para promover esta converso, ou seja, abandonar o CFC e adotar outros gases para seus processos. Cerca de 200 empresas no Brasil passaram por isso. Os benefcios fnancei-ros auxiliaram o cumprimento das metas. Outro fator importante foi a regulamenta-o de prazos para abandonar o CFC, que esta-beleceu datas para o abandono de equipamentos novos. Isto fechou a torneira do uso de CFC em equipamentos novos. Foram estabelecidas tam-bm cotas para a importao do CFC. Com isso, diminuiu o CFC no mercado, deixando-o apenas para a manuteno de aparelhos mais antigos. Para acelerar o abandono do uso de CFC, montou-seumprocedimentopararegenera-o dos gases. Foram criadas centrais de rege-nerao, capacitadaparareceberCFCusado (extradodeumageladeira, porexemplo)e regenerar os gases.Paratanto, foramtreinados17milrefri-geristaspararetirarCFCdosequipamentos velhos. Eles retiram o gs e encaminham para essas centrais de regenerao. Foi um trabalho muitobonito, comcapacitaoeaberturade um novo mercado. A transferncia de governo e as transies O BRASIL QUE ATINGE E SUPERA META O Brasil deu exemplo na limitao das emisses de CFC. Faz o mesmo com o brometo de metila, gs igualmente nocivo camada de oznio. Agora aceita o desafo de restringir o uso dos HCFCs. De acordo com Ruy de Ges, diretor do Departamento de Mudanas Climticas da Secretaria de Mudanas Climti-cas e Qualidade Ambiente do Ministrio do Meio Ambiente, o plano comeou a ser discutido com o setor privado. Novamente, teremos de construir este programa no dilogo aberto entre o governo, o mercado e a sociedade, afrma. Confra a entrevista a seguir. polticas afetaram de alguma maneira o programa brasileiro para o cumprimento do Protocolo?No, o trabalho foi aprimorado ao longo dotempo. Foiumtrabalhodepermanncia. Afnal, istoquestodeestado, noques-to de governo. Todos os governos tiveram a responsabilidadededarcontinuidadeaeste trabalho. Assim, todogovernoqueentrou aprimorou o programa. Quaisprogramasdeproteo camadadeozniotrouxerammaio-res resultados?H um programa que se encontra em cur-so batizado de Programa de Efcincia Energ-tica, estabelecidoentreasconcessionrias deenergiaeltricaeoMinistriodoMeio Ambiente.Porlei,todasasconcessionrias deenergiatemqueinvestir0,5%dareceita operacional lquida em programas de efcin-ciaenergtica.Istocontroladopela Aneel. Mas quem escolhe onde e como aplicar este recursoaprpriaconcessionria.Hdois anos,aCoelbalanouumprogramapara trocargeladeirasantigaspornovasjunto populaodebaixarenda,jqueelasaca-bamsetornandograndesconsumidorasde energia.Fizemosumtermodecooperao comaCoelbapararecolheroCFCdestas geladeiras. Isto comeou h dois anos e hoje existem mais de 10 concessionrias no Brasil associadasaesteprojeto.Almdeecono-mizarenergia,ajudaacamadadeoznio,o poder de renda da populao e traz o bene-fcio para o regime climtico global. Portanto, umprogramaqueestcrescendoaolhos vistos e muito bem sucedido. Outro programa interessante diz respeito eliminaodobrometodemetila, quetam-bm destri a camada de oznio. Este gs era usadonaagriculturacomoherbicida. Houve um esforo para eliminao deste gs, atravs daproibiodesuautilizaoemjaneirode 2007. Nestemesmotempo, foidesenvolvido juntoEmbrapaumatcnicaqueutilizarva-por de gua em substituio a este gs txico o que uma soluo bastante elegante para o problema. Foram distribudos equipamentos para esta converso, e os resultados foram mui-to positivos. Quaisosnovosdesafioscoloca-dos para o Brasil e o mundo em ter-mosdecumprimentodoProtocolo de Montreal?Em setembro de 2007, houve a deciso de aceleraroabandonodoHCFC. Estadeciso foi tomada com enorme contribuio do Brasil, que foi um dos lderes desta proposta. Isto sig-nifca que temos o enorme desafo de formu-laroplanonacionaldeeliminaodoHCFC. Este plano comeou a ser discutido com o se-tor privado em termos de planejamento. Este planoaindaestemprocessodeelaborao. Temos at o fm do ano para elaborar propos-tas e submeter ao fundo multilateral, prevendo a captao de recursos a serem internalizados no Brasil. Este programa vai ser construdo no dialogo entre governo, mercado e sociedade.*Ruy de Ges - Dir.retor do MMAEntrevista//Ruy de Ges* [0.4] CADERNO ESPECIAL Segunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008PROTOCOLO DE MONTREALConquistas e Desafos do Protocolo de MontrealA atuao do Protocolo foi determinante para a reverso do processo de destruio da camada de oznio.Neste ano o Protocolo de Mon-trealentraemseu21anode existnciaeseussignatrios, motivadospelasdecisesto-madasdurantea19Reuniodaspartes ocorridaemMontrealnomsdesetem-bro ltimo, iniciam o ano com uma agenda com muitos desafios.Pararecordar,acriaodesteProto-colo,sedeveuentreoutrascoisas,ne-cessidadedesolucionarumproblemade sade causado pela ao de raios ultravio-letascujaintensidadevinhaaumentando gradativamente.A atmosfera terrestre composta ba-sicamentepordoisgases:nitrogniomo-lecular(78%)eoxigniomolecular(21 %).Orestante(1%)compostoporar-gnio(0.9%),vapordgua,monxidode carbono,metanoeoznio. Aimportncia dos gases minoritrios na vida terrestre muitogrande,epequenasmudanasnas concentraes podem gerar grandes alte-raes nas condies de vida no planeta.Ooznioumgsazul-escuro,com-postoporumamolculainstvelesua concentrao depende do equilbrio entre suaformaoesuadestruio.Podeser encontradoemduasregiesdaatmosfe-raterrestre,compapisbemdiferentes, prximoaosoloumpoluentequeno pode reabastecer a camada de oznio es-tratosfricoeseuefeitodeabsoroda radiao ultravioleta muito limitado.Acamadadeozniopropriamente ditaficanaestratosfera,umaregiositu-adaentreaproximadamente12e50km dealtitude.Estacamadaatuacomofiltro protetor reduzindo a chegada de radiao solar ultravioleta (UV) superfcie da ter-ra.OsraiosUV,almdeprovocaremo cncerdepele,prejudicamnossaviso podendocausarcatarataedebilitamo nosso sistema imunolgico.Emsetembrode1987,quandoestu-diososreunidosemMontrealdecidiram criaroProtocolo,acamadadeoznio estavaseenfraquecendoeapresentando diminuioquepioravasuaeficinciana filtragemdosraiosultravioletasintensifi-candoaaodessesraiosnasuperfcie, trazendogravesconseqnciasparaos seres humanos e todo o eco sistema.OProtocoloestabeleceumedidas paraaproteodacamadadeozonio, programandoareduoprogressivadas emissesglobaisdesubstnciasqueagri-demestacamada,denominadasdeODS (OzoneDepletingSubstances),atsua eliminao.O Protocolo de Montreal de longe a maior ao desenvolvida pela humanidade, uma Organizao Global Impar no exis-tindo parmetros para comparao sobre o trabalho desempenhado por sua equipe nem sobre o resultado deste trabalho que gerouumvolumedeentendimentoeco-operaojamaisvistoentreospovosde todoomundo.Otrabalhorealizadopor sua equipe da qual destacamos a brasileira, Dra. Suely Carvalho, que lidera a unidade do Protocolo de Montreal em Nova York, deondecomandaaesemmaisde190 pases digno de todo reconhecimento. A buracossedeve,entreoutras,presen-adoCloro,quedestriamolculado ozniopelaatraodeumdeseusto-mos de oxignio o que faz do oznio (O3) um oxignio (O2). O processo possui um ciclocontnuoesenoforcombatidoa destruio de toda a camada ser fatal.Diante desta e de outras constataes, aincredulidadedacomunidadecientfica, aos poucos, foi cedendo lugar a uma cons-tatao de que alguma providncia a nvel global precisaria ser tomada. Desde ento muitasmedidasforamimplementadase embora este problema ainda persista, hoje graasaotrabalhocoordenadopeloPro-tocolodeMontreal,jtemosindciosde melhora e o esforo de todos os povos j comea a produzir seus efeitos.Detectada a causa do fenmeno, cien-tistasdetodoomundodedicaram-sea descobrir a origem de tanto Cloro e cons-tataramqueumgsdecomposioClo-ro-Flor-Carbono,conhecidocomoCFC, ao ser liberado para atmosfera subia e ao chegarnaestratosferaerabombardeado pelas radiaes ultravioletas, se decompu-fabricaoedoconsumodosCFCs.Os grandesfornecedoresdefluorqumicos, conseguiramreduzirdrasticamenteo cloroadicionandoohidrognionamis-turasurgindooshidroclorofluorcarbanos (HCFC),emseguida,lanaramoshidro-fluorcarbanos (HFC), substancias livres do Cloro. Os dois novos gases passaram a ser apresentados como substitutos.Onovogsestavadisponvel,porm a converso dos equipamentos existentes edaprpriaindstriaparaanovaapli-caonoeratosimples,demandava investimentoserecursosqueospases semi-industrializadosnopossuam.Foi entoqueoProtocolodeMontreal,um tratadoondeobserva-seoprincpioda responsabilidadecomumpormdiferen-ciada, composto por grupos denominados de Partes,estabeleceuasmetasparaa reduo de substancias que agridem a ca-mada de oznio, passando a ter um papel importante na eliminao e converso de equipamentos e da indstria.AsPartesentenderamqueno adiantavamuitoospasesricosresolve-eliminao,todasassubstnciasqueagri-dem a camada de oznio (ODS), passaram asercontroladasconformeaResoluo CONAMAn267eatersuacirculao fiscalizadapeloIBAMA.Istopermitiure-duzirgradativamenteoconsumo,confor-meplanejado,de10.500toneladas/ano em1995,para480toneladasem2006e Zero em 2007.AABRAVAdesempenhouevemde-sempenhando papel importante na elabo-rao,implementaoeexecuodestes planos, atuando em parceria com o MMA, PNUD,CETESBeConselhoSuperiordas Entidades, frum para discusso e assesso-ramentoaogovernoemaisrecentemen-te sediando o Grupo de Trabalho Oznio (GTO)doMinistriodoMeio Ambiente. ComosededoGTO,articulaasdemais entidadesquerepresentamsetoresusu-rios de CFC como a ABINEE, ABRIPUR e ELETROScooperandocomrgoscomo o IBAMA e CONAMA (Comisso Nacio-nal do Meio Ambiente) que tambm con-tamcomnossoapoio. Aentidadeapoiou decididamenteoIBAMAnainstituio articulouasdemaisentidadesenvolvidas at a sua concluso.Esta proposta foi aceita com pequenas alteraesehaverantecipaodasme-tas com o congelamento do consumo dos HCFCspara2013eaeliminao Phase-Out para 2030, ou seja, estamos adotan-do a data anteriormente determinada pelo Protocolo para os paises industrializados.Nosprximosanostodanossafora detrabalhodeverestarvoltadaparaa implementaodeprogramasderecon-versodaindstriavisandoaeliminao e a substituio dos HCFCs. Desta vez es-peramos contar com o apoio do Protoco-lodeMontrealedoProtocolodeKyoto, surgido 10 anos depois em funo das mu-danasclimticasdevidoaoaquecimento globalprovocadopeloefeitoestufa.Ser umalongacaminhadaqueprecisaseren-caradacomamesmadisposio,poisse trata de um efeito de conseqncias ainda piores para todo o planeta.Em resumo, a atuao do Protocolo de Montrealfoideterminanteparaarever-so da tendncia de destruio da camada de oznio e s no Brasil foram investidos, cerca de 80 milhes de dlares atravs do PNUD,emprojetosparaapequena,m-dia e grande empresa para a converso da tecnologianaindstria,eliminandototal-mente a dependncia destas substancias.Paraseterumaidiadotamanhodo problema, neste ano, o buraco da camada deozniosobrea Antrtidade23mi-lhesdequilmetrosquadradosoude3 vezesotamanhodoterritriobrasileiro, de 8,5 milhes!Como resultado desse sucesso temos alguns dados animadoresa) os nveis de ODS na atmosfera es-toemdeclnioacentuado,esperando-se a recuperao total da camada de oznio entre 2050-2075.b)asmedidasdecontroleevitaram mundialmentemilhesdecasosfataise dezenas de milhes de casos no fatais de cncer de pele.c)evitaramtambmmundialmente milhes de casos no fatais de cataratas.d)estima-sequenomundomaisde 20trilhesdedlaresseroeconomiza-dosemtratamentomdico,snosEUA, estima-seumaeconomiade4,2trilhes de dlares.e) os recursos envolvidos em pesqui-saedesenvolvimentodesubstitutosexi-giram a gerao de novos equipamentos e proporcionaramocrescimentodainds-tria, comrcio e dos prprios institutos de pesquisas, isto , contriburam para o de-senvolvimento do conhecimento humano.f)osnovosequipamentossetorna-ramenergeticamentemaiseficientese semperceberoProtocolodeMontreal deu uma contribuio significante ao Pro-tocolodeQuioto,nareduodoaqueci-mentoglobal.SegundodadosdoInstitut InternationalduFroid(IIF)comsedena Frana,desde1990areduodousode CFC e HCFC eliminou a emisso anual em maisde5GigatonsdeCO2equivalente, representando mais de 5 vezes o previsto pelo Protocolo de Quioto. Este volume umareduoadicional,pois,estassubs-tancias no so consideradas no Protoco-lo de Quioto.g) no Brasil, alm dos efeitos na sade, asmedidastrouxeraminvestimentosque permitiramamodernizaodaindstria e dos servios, exigiram aperfeioamento tcnicomelhorandosignificativamentea capacitao de nossos profissionais. Samoel Vieira**Engenheiro formado pela Universidade Mackenzie, Diretor da CACR Engenharia e Instalaes Ltda. e Vice Presidente de Sustentabilidade da ABRAVA, entidade na qual atua h mais de 10 anos, tendo sido seu presidente na ltima gesto.nhaemseustrselementosprovocando o surgimento de uma quantidade conside-rveldeCloronacamadadeoznio.Os CFCs foram decretados viles e passaram a ser seriamente combatidos.AutilizaodosCFCsteveinciona dcadade30comavalorizaodavida moderna, pois como gases, so excelentes paraarefrigeraoearcondicionadoe paraoutrosusos,comonaexpansode espumasparaisolamentostrmicos,em sprayseatem bombinhasparaotra-tamentodaasma,soinofensivosaoser humano,nopossuemcornemaroma, etc.eporistoerammuitobemaceitos at ento.Masmuitosperguntavamporqueso-mente depois de tanto tempo do incio de suaaplicaoforamsurgirostais bura-cos. A resposta est no longo espao de tempo necessrio para a subida e decom-posio,sonecessrioscercadetrinta anos,edepoisdoCFCdecomposto,o Cloro ainda permanece ativo durante ou-trostrintaoumaisanos.Podemosdizer que, o gs liberado na dcada de trinta ini-ciou a destruio da camada de oznio na dcada de 60, continuando este processo at a dcada de 90 e assim sucessivamen-te,ouseja,umgsliberadohojeparaa atmosfera,siniciaradestruiodaqui a trinta anos e continuar destruindo por mais outros 30.Talvezestaaodelongoprazo,seja acaractersticaquelevouosestudiosos, governos e sociedade em geral a compre-ender melhor o perigo e aderirem s cam-panhas do tipo NO CFC to fortes nas remoseuproblemaseosdemaisnofi-zessemomesmoecoma conscincia de que poltica ambiental no se faz sozi-nho, planejaram uma ao global.Foram constitudos o Fundo Multilate-raldoProtocolodeMontrealeas Agn-ciasdeImplementaoparaaadminis-traoderecursosdisponibilizadospela Parte industrializada a que mais polui, paraprojetosdeeliminaoeconverso da Partemenosindustrializada,quedi-ficilmenteconseguiriacumprirmetasde reduo/substituio/converso com seus prprios recursos.Eliminao de CFCOBrasilcriouoPlanoNacionalde EliminaodeCFCefirmouacordosde cooperaotcnicacomoProtocolode Montreal, foi um dos pases que soube ti-rarproveitodestetratado,implementou umprogramasrioeemparceriacoma iniciativaprivadaestabeleceuumplano para a eliminao dos CFCs.O PNUD, (Programa das Naes Uni-dasparaoDesenvolvimento)aagncia implementadoraldereoMinistriodo MeioAmbienteresponsvelpelaimple-mentaodoPlanoNacionaldeElimina-o de CFC do Brasil.OPlanobrasileirofoiousadoepro-ps a antecipao das metas estabelecidas peloprotocolo(eliminaoentre2002e 2010).Jem1999paralisamosafabrica-o de CFC e a partir de Janeiro de 2007 estproibidaaimportaodetodasas substncias que agridem a camada de oz-deumcadastrotcnicoobrigatriopara todosetor,nenhumaempresaouprofis-sional consegue comercializar as substan-cias (ODS) sem ter o nmero do registro neste cadastro.Comoresultadodotrabalho,oBrasil ficou entre os cinco paises que mais redu-ziram o consumo de CFC, nosso consumo foi reduzido em 10.880 toneladas por ano e numa lista de 172 pases compilada pela Diviso de Estatsticas das Naes Unidas, s inferior ao da China (62.167), Estados Unidos(34.033),Japo(23.063)eRssia (20.641).Agora a a vez do HCFC A bonana no durou muito, logo sur-giuofenmenodo AquecimentoGlobal, devidoaoefeitoestufa.OsHCFCspos-suemumpotencialdeaquecimentoglo-bal(GWP)muitoelevado,cercade1500 vezesoumaisemalgunscasosdoqueo CO2 utilizado como referncia.Todootrabalhodesenvolvidopara aeliminaoesubstituiodosCFCs,j comeouaserrepetidoparaosHCFCs que hoje em dia j so chamados de gases de transio. O Protocolo de Montreal j estabeleceuasmetasmnimas baseline paraareduodoconsumodosHCFCs e previa a eliminao em 2030 nos pases industrializadosecongelamentodocon-sumoem2015comeliminaoem2040 nos pases em desenvolvimento.A comunidade Europia saiu na frente e j estabeleceu metas muito mais rgidas, antecipandoaeliminaoeosHCFCsj Dra.Suely,umadasgrandesresponsveis pelosucessodoPNUD,jrecebeuplaca de homenagem do Grupo Oznio em So Pauloenoanopassadofoireconhecida publicamenteporseutrabalhodurantea 19 Reunio das Partes em Montreal. Naocasio,aUnidadeNacionalde OzniodoMinistriodoMeio Ambiente recebeuumprmio,nacategoriaImple-mentadoresdoProtocolodeMontreal, emreconhecimentoaobomtrabalhona eliminaototaleantecipada-de2010 para2007-deemissesdecompostos CFCs. ADraSuely,porsuavez,recebeu trsprmiosOutstandingContributors Award,emreconhecimentodascontri-buies excelentes daqueles que absorve-ramavisodosfundadoreseavanaram seufocoparaassuntosatuais.Osoutros 2 prmios foram: Implementers Award e ode TechnologyandEconomics Assess-ment Panel Champion.DesdeaassinaturadoProtocolode Montreal,aABRAVA(AssociaoBrasi-leiradeRefrigeraoArCondicionado Ventilaoe Aquecimento),compreendeu a importncia deste tratado para a prote-o e recuperao da camada de oznio e se colocou como uma parceira confivel e capaz de assessorar o Governo na elabo-rao de planos de ao e no cumprimen-todemetas,papelquedesempenhaat hoje trazendo grande contribuio para o sucesso alcanado.Atravsdeestudosepesquisasda poca,descobriu-sequeofenmeno dareduodacamadaeracausadopor substnciasqumicasmanufaturadaspelo homemquecontmcloroebromo.Es-sas substncias ao serem liberadas para o ambientesobemereagemcomooznio estratosfricoprovocandosuatransfor-maoemoxignio,fenmenoquevinha acontecendo gradativamente h um longo tempo e por isso imaginou-se que o com-bate poderia ser demorado tambm. O tema buraco da camada de oznio provocouumaefervescncianosmeios acadmicos e cientficos da poca, surgin-do algumas teorias, dentre as quais a Mo-lina-RowlandTheory(CFC`s&Ozone) de1974emuitoslivros,sendoquehavia opositores e at livros do tipo Buraco de Oznio,istoExiste?,masaofinalvence-ram aqueles que entenderam o fenmeno talcomoele.Ograndeaumentodos dcadas de 80/90. Naquela poca o consu-modestegsnosetordeRefrigeraoe ArCondicionadoestavaemplenaascen-soejamaissepensavaemalgumsubs-tituto,poisoCFCaindatecnicamente perfeito para estas aplicaes.Diantedetoalarmantedescober-ta,nohouveoutrasadasenoabusca urgentedasubstituio,paralisaoda nio (ODS).Assim,nossosnovossistemasdere-frigeraoearcondicionadoinclusiveo automotivo, no possuem CFC, nossas es-pumasparaisolamentotrmiconoso maisexpandidascomCFCenossosae-rossisnoutilizammaisoCFCparao spray, uma vitria digna de comemorao. Como parte do Plano Nacional para a esto praticamente banidos na Europa.OBrasilresolveumuitobemodever de casa em termos de CFC e apresentou nesta19ReuniodasPartes,umapro-posta Brasileira Argentina de ajuste ao protocoloparaaantecipaodasmetas de eliminao dos HCFCs. A proposta foi totalmentediscutidacomainiciativapri-vada e novamente a ABRAVA participou e O novo gs estava disponvel, porm a converso dos equipamentos existentes e da prpria indstria para a nova aplicao no era to sim-ples, demandava investimentosDesde a assinatura do Protocolo de Montreal, a ABRAVA (Associao Brasileira de Refrigerao Ar Condicionado Ventilao e Aquecimento), compreendeu a importncia deste tratado para a proteo e recuperao da camada de oznioA destruio da camada de oznio contribui para os problemas de sade, como o cncer de peleSegunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008 CADERNO ESPECIAL [0.5] PROTOCOLO DE MONTREALAlm do programa federal, existem ou-trosdenveisestaduaisemunicipaiseo Estado de So Paulo tambm um grande parceironasaesrelacionadasapreser-vaodomeioambienteepossuioseu prprio programa do qual a Abrava tam-bm grande parceira.OProgramaEstadualdePreveno DestruiodaCamadadeOznioPRO-ZONESP,iniciadoem1995,subsidiaoGo-vernodoEstadonocumprimentodalegis-laoambientalparacontroleebanimento, nosprazosprevistosporlei,daimportao eutilizaodassubstnciascontroladasque causamadestruiodacamadadeOznio. E a instncia responsvel no Estado pela in-ternalizao do Protocolo de Montreal.OGovernoBrasileiroratifcouoPro-tocolodeMontrealparaobanimentodo usodeSubstnciasDestruidorasdoOz-nioestratosfrico(SDOs).Paraatingirseus objetivosessencialdifundirinformaes populao, aos segmentos empresarial e co-Programa destacam-se: Divulgao de aes para o pblico e rea mdica, em parceria com a Sociedade BrasileiradeDermatologia,pormeioda realizaodeSeminrioconjuntoepela participaonoCongressoBrasileirode Dermatologia;Moderaodeumalistaeletrnica, com cerca de 760 especialistas, tcnicos, re-presentantes de entidades nacionais e inter-nacionais, formadores de opinio, pblico em geral,paradivulgaralegislao,tecnologias de substituio das SDOs e os debates atuais sobre o tema; Realizao de seminrios anuais, desde 1995,dacomemoraodoDiaInternacio-naldeProteodaCamadadeOznio,em conjuntocomoMMA(MinistriodoMeio Ambiente), PNUD, SENAI (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial), ABRAVA (Asso-ciao Brasileira de Ventilao e Ar condicio-nado), entre outros. Atualizao de pgina na Internet, da O Protocolo de Montreal no Brasil e no MundoCom o sucesso do Protocolo, depois de 20 anos, tempo de celebrar a vitria, mas tambm de continuar o rduo trabalho.FoicomemoradoemSetembrode 2007, os vinte anos da assinatura do Proto-colo de Montreal, um acordo internacional desucessocelebradonomundointeiroe usadocomomodeloparatantosoutros acordos ambientais multilaterais. Atualmen-te, 191 pases so partes do Protocolo.Duranteacelebraodos20anos,o Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, reconheceu entidades, governoseindivduosquecontriburam paraessesucesso. AUnidadeOzniodo MinistriodoMeioAmbientedoBrasil recebeumerecidoreconhecimentopelas aesdogovernofederal. Aunidadeest sob a responsabilidade do Diretor Ruy de Goes,queconduzoprogramanacional brasileiro com muita energia e vontade de acertar,trazendoidiasinovadorasetra-balhandoemparceriacomatoreschave dos setores pblico e privado. Tambm fui honradacomumprmiode outstanding contributoraward,oqualaproveitopara dividir com todos aqueles que desde o ini-cio do meu trabalho ajudaram a proteger a camada de oznio, e fzeram a diferena.EmMontrealcolhemososcrditos dahistriadesucessoqueoBrasiltema nveldegovernoesetorprivado.Nosso pas tem cumprido com todas as metas do Protocolo econtribudo para a reparao maisrpidadacamadadeoznio,coma antecipaodosprazosdeeliminaodos CFCs e apoiando a acelerao da elimina-ProtocolodeMontreal,em1988.Essefoi oinciodemuitasoutrasqueseseguiram at hoje. O embrio de um movimento forte de apoioaoProtocolonoBrasil,equedeu oalicerceparaqueaesgovernamentais fossemtomadassemimpactosnegativos no setor privado e na sociedade, foi o an-tigo Grupo Oznio da ABINEE. Esse grupo possibilitouasaescoordenadaspelos diversossetoresdainiciativaprivada.Os colegasdoGrupo ABINEEmeensinaram apensarcomosetorprivadoeentender melhorseupasso,eaimportnciade trabalharemparcerianasaespr-meio ambiente e desenvolvimento.Depois,naCetesb/SMASoPaulo, como diretora, pude contribuir com a cria-o do programa estadual para a proteo dacamadadooznio,oPROZONESPem 1996.Juntocomoantigogrupooznio,a ABRAVA e outras associaes de indstria, o PROZONESP hoje mostra um excelente exemplo de parceria pblico-privada. A liderana de pessoas que esto nessa trilhadeparceriahmuitotempocomo, por exemplo, a do professor Roberto Pei-xoto(InstitutoMaudeTecnologia),do Paulo Vodianistkaia(Whirpool),eadoSa-moel VieiradeSouza(ABRAVA),foie continua a ser crtica para o sucesso do Programa.Paraosquenosabem,a camadade oznioagradeceaoprofessorDr.Jos pases desenvolvidos, que pagam a conta, e aprovou mais de 5.5 mil projetos em 144 pases,eliminandomaisde215miltone-ladasdeconsumoe158miltoneladasde produodesubstanciasquedestroema camada de oznio. Alm do mais, esse Fun-do j acordou o fechamento das linhas de produodetodosospasesprodutores remanescentes ate 2010. ComissoastorneirasdosCFCsse Programa Estadual de Preveno Destruio da Camada de OznioPROZONESP a instituio estadual responsvel pela internalizao do Protocolo de Montreal.mercial sobre os impactos na sade humana pelo aumento na incidncia de radiao UVB, causada pela destruio da camada de oznio e sobre as alternativas tecnolgicas de subs-tituio das SDOs.Almdisso,oPROZONESPapiaos rgosresponsveisporcompraspblicas e licenciamento ambiental do Governo, para queatuememconformidadecomalegisla-o brasileira. Considerando-se que esto no Estado de So Paulo aproximadamente 50% dos SDOs dopas,asaesdestePROZONESPso extremamenterelevantesparaqueoBrasil cumpraseuscompromissosinternacionais neste campo.Entreasprincipaisaesrecentesdo CETESBeSMAcominformaessobreo tema para o grande pblico, escolas, setor pblico,segmentoderefrigeraocomer-cial, etc;Participaonoespaodeexposio Ilha Oznio na FEBRAVA - Feira de Refri-geraoComercialdesde2003,amaiorda Amrica Latina com a divulgao de boas pr-ticas, legislao e aes governamentais para reduo drstica do consumo das substncias que destroem a camada de oznio para um pblico de mais de 20.000 profssionais. Cooperaoparaadifusodein-formaescomrgoscomo:Instituto dePesquisasEspaciaisINPE,ABRAVA, SENAI e Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.ajuste acordado em Montreal em setembro de 2007, acelerando os prazos de elimina-o do consumo e produo de HCFCs, f-camos mais perto dessa recuperao, com enormes benefcios para o clima.NessesquaseonzeanosnaONUem Nova York, e principalmente no PNUD, fui privilegiadapelaoportunidadedeconhe-cerummundoquenuncapenseipossvel paraumaCruzeirense,paulistado Valedo 2002 um livro (Ozone Connections-expert networksinglobalenvironmentalgover-nance, Greenleaf Publishing), que associa o sucessodoProtocolodeMontrealacha-mada famlia do Oznio, com suas fortes eduradourasligaes.Seusmembrosori-ginam de diversos setores da indstria, de governos e de ONGs. Acreditomuitonessateoriaporque isso aconteceu comigo tambm. Hoje seria injustodeminhapartenoreconhecera contribuiodetantoscolegaseamigos, queinfuenciaramdeumaformaououtra naminhatrajetriaenaqueoBrasilse-guiu,equeocolocouentreospasesque tem uma histria de sucesso para contar. A ONUmeensinouadeixarasbandeiras de lado, pois somos cidados do mundo, e ir luta pra fazer esse mundo melhor. ComosucessodoProtocoloaps20 anos de esforo e muito trabalho, podemos celebraravitriadetodosaquelesque contribuempraummundomelhorparaa nossa gerao e para as geraes futuras. A Camada de Oznio agradece!Suely Machado Carvalho** Diretora da Unidade do Protocolo de Montreal e Qumicos, Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)o dos HCFCs, aprovada pelos pases par-te do Protocolo em setembro de 2007.Para aqueles que no conhecem a his-toriadecomomeenvolvinesseassunto, tudocomeouem1987quandofuitra-balharnaantigaSecretariadoMeioAm-bienteemBraslia,chefandoaDivisode Qualidadede Ar.NoexistiaaindaoMi-nistriodeMeio Ambiente. AlmdoPro-grama de Controle de Emisses Veiculares, oProconve,queanopassadocompletou 20anos,essadivisotambmlidavacom convenes internacionais globais ligadas a atmosfera. Foi assim que eu fui apresentada a um tema que veio a ser uma das minhas paixes:aproteodacamadadeoznio, esseescudoinvisvelnaestratosferaque protege a vida na terra. Pareceontem,masmelembrodami-nhacomunicaocomaDuPontdoBra-silantesdeparticiparnaminhaprimeira reuniointernacionaldoProtocolode Montreal,representandooGovernoBra-sileiro. Recebi do ento diretor da DuPont, RonildoMachado,osdadosprontamente oferecidos,viatelex,tendoemvistaque nohaviafaxnaquelapoca.Juntocomo professorVolkerKirschhoffdoINPE,fui paraaminhaprimeirareunioligadaao Goldemberg,quequandoSecretrioda antigaSecretariadeCinciae Tecnologia, apoiou a participao do setor privado na reuniodaPartesdoProtocoloem1990. Essareuniofoiaquedecidiuomecanis-mo fnanceiro e criou o Fundo Multilateral, paradarassistnciatcnico-fnanceiraa pases emdesenvolvimento. Sem o Fundo, oBrasilinclusive,nuncateriaconcordado com medidas de reduo e eliminao das substnciasquedestroemoznio,entre elas, os CFCs. Tivemos uma delegao indo a Londres composta de representantes da indstriaqumicaeempresasdosetorde refrigeraoeassociaesdeindstria. OMinistroPaulo TarsoFlechadeLima, pocaembaixadordoBrasilemLondres, chefouadelegaobrasileira,eoItama-raty, como sempre, trouxe seus excelentes diplomatas da rea de meio ambiente.Essafoiumareuniohistrica,soba batuta da primeira ministra inglesa Marga-ret Thatcher, e com participao de fguras de peso internacional, como Maneca Gan-di, da ndia. A criao do Fundo Multilateral foi o resultado da negociao bem sucedi-dapelospasesemdesenvolvimento.Esse Fundorecebeudesde1991maisdeUS$ 2.2 bilhes de dlares em contribuio de O PROZONESP apia os rgos responsveis por compras pblicas e licenciamento ambiental do GovernoEssa foi uma reunio histrica, sob a batuta da primeira ministra inglesa Margaret Thatcher, e com participao de fguras de pesoAes do PROZONESP contribuem para a proteo da camada de oznio e, por conseguinte, para a preservao do meio ambiente..O Sucesso do Protocolo e a Famlia do Ozniofecharameocaminhodarecuperaoda camada de oznio fca mais perto. Ela ainda est frgil e ainda temos outras substncias aseremeliminadasesequisermosasua recuperaoentre2050e2075,oProto-colo ainda precisa de muita ateno. Com o Paraba, origem da qual muito me orgulho. E principalmente, fui privilegiada pela opor-tunidadedefazeramigosemcadacanto que trabalhei e aprender com eles.Duassocilogas(CananeReichman) da universidade de Denver publicaram em Com isso as torneiras dos CFCs se fecha-ram e o caminho da recuperao da camada de oznio fica mais perto. Ela ainda est frgil e ainda temos outras substncias a serem eliminadas e se quisermos a sua recu-perao entre 2050 e 2075[0.6] CADERNO ESPECIAL Segunda-Feira, 25 de fevereiro de 2008PROTOCOLO DE MONTREALTranscorridas duas dcadas da assi-naturadoProtocolodeMontreal,que balano pode-se fazer sobre a reduo doburacodaCamadadeOzniono planeta?Observaes cientifcas globais verifcaram queosnveisencontradosnaatmosferadas principaissubstnciasquedestroemacamada de oznio como, por exemplo, os CFCs, esto diminuindo.Acredita-se que, com a implementa-o do Protocolo, a camada de oznio retorna-ra aos seus nveis pr-1980 entre 2050-2075. Pasesprecisamfacilitaraeliminaodos 20-30%restantesdeSDOs, oquenoser fcil. ComoreajustedoProtocoloem2007, queacelerouasmedidasdecontroleparaos HCFCs, pasesterodeevitarquenosprxi-mos anos no haja crescimento desnecessrio naproduoeconsumodeHCFCs, evitando assim danos adicionais camada de oznio.Asenhoradizqueentre2050-75o mundoassistiraumarecuperaoda coberturadeoznioaosnveisde1980. Estaprevisolevaemcontaoadvento de outras substncias que possam nova-mente lesar a Camada de Oznio? Essaanlisebaseia-senaexpectativade cumprimentodetodasasmetasdecontrole relativasssubstanciasatualmentecobertas pelo Protocolo, e permitem a continuidade da produo e consumo dos HCFCs at 2030 para pases desenvolvidos; e at 2040 para pases em desenvolvimento. ComoajustedoProtocolo em Setembro de 2007, vamos ter um benefcio em termos de adiantamento da recuperao da camada de oznio. Pases precisam fcar sempre atentos para evitar que o mesmo esprito empreendedor da indstria em geral, o qual trouxe, com sucesso, o desenvolvimento de substncias alternativas aos SDOs, nosejausadoparainiciarprogramas que tragam substncias novas que tambm te-nham o potencial para destruir oznio, mesmo queemmenorescala. Nessamesmalinha, te-mos tambm que fcar atentos para substncias alternativas que possam ser bons para o oznio, mas danosos ao clima. Como avaliar o comportamento e o desempenho do setor privado, no Brasil e no mundo, nas medidas adotadas a partir do Protocolo de Montreal?Combater com rigor, mas de forma equilibrada: o desafo dos HCFCsSuely Carvalho, diretora do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e responsvel pela implementao do programa que visa a trazer aos pases em desenvolvimentos tecnologia sem SDOs e assistencia tcnica e fnanceira para que possam cumprir com as metas de controle do Protocolo, acredita que o acordo trouxe avanos signifcativos.O trabalho precisa continuar e existe por vir o grande desafo de controlar os HCFCs. sempre um grande desafo terminar o que foi comeado, e os pases preci-sam garantir a eliminao dos CFCs at 2010, declara. Confra a entrevista a seguir.O setor privado teve participao vital para o sucesso do Protocolo.Vrias iniciativas corpo-rativas, a nvel global, foram chave para o incio do movimento que propiciou o desenvolvimen-to de tecnologias livre de SDOs. Empresas indi-viduais assim como grupo de empresas, fzeram acordosvoluntriosquemudaramomercado internacionalepermitiramummercadolivre de SDOs.Empresas de todo o porte no Brasil e no mundo fzeram parte do esforo coletivo para cumprimento de legislao colocada trocando tecnologiascomassistnciatcnicadoFundo Multilateral, via agencias internacionais como o PNUD, modifcando suas linhas de produo e cumprindo com acordos de reduo e elimina-o de consumo.O PNUD trabalha com mais de 100 pases, ajudando no cumprimento com as medidas de controle do Protocolo de Montreal. O progra-matrouxemaisde500milhesdedlaresa fundo perdido para pases em desenvolvimento. Garantiu acesso a novas tecnologias, melhorou a qualidade dos produtos e permitiu inmeras empresas a continuarem a existir e competir no mercado nacional e internacional.No Brasil o PNUD aportou mais de 60 mi-lhes de dlares a fundo perdido em projetos de transferncia de tecnologia e assistncia tc-nica para eliminao de CFCs em setores como fabricao de espumas, solventes e refrigerao, focalizandoespecialatenoemserviosde manuteno de equipamentos de refrigerao.Quais os mecanismos de vigilncia e controle sobre eventuais novos SDOs? Amelhorformadecontrolarconsumo de SDOs e ter um sistema de licenas de im-portao e uso que tenha sido elaborado com base na realidade nacional, sem ser extrema-mente rgido.Aprendemos que toda a legisla-o que se adqua s necessidades nacionais, sem ser extremamente restritiva, permite que as empresas do setor privado tenham tempo defazerumaconversoindustrialdeforma tranqila, sem custos exorbitantes e podendo sebenefciarderecursosinternacionaisdis-ponveisparatal. Paraogoverno, essepasso permitequeafscalizaotambmsejafeita de forma tranqila, garantindo o cumprimen-to, sem incentivar o comrcio ilegal.Tambm de extrema importncia capaci-tao do pessoal das alfndegas, garantindo que tenham sido treinados para identifcar entrada nos pas de SDOs e suas misturas; e que quan-tidadesimportadastenhamsidodevidamente autorizadaspelorgofederalresponsvel, o IBAMA. OcomrcioilegaldeSDOsainda existe?Qualtemsidoamaiorpreocu-paodogovernoedemaisentidades para a plena viabilizao do Protocolo de Montreal?Sim, existe. Precisaseratacadocomrigor. Instituies responsveis pela fscalizao a nvel estadual e federal devem ser apoiadas e capaci-tadas para exercer seu papel fscalizador. Com arestriomundialdaproduodosCFCs, haver reduo da sua disponibilidade, e conse-qente aumento dos preos. Devido ao grande nmero de equipamentos instalados e ainda em uso, a procura por CFCs ainda continuar por algum tempo. Esforos nessa rea devem ser re-dobrados e empresas que ainda no fzeram a converso devem faz-la o quanto antes.Qualarelaoentreaspolticasde proteo da camada de oznio e queles quecombatemoaquecimentoglobal? Como se conjugam ou se distanciam os Protocolos de Montreal e de Kyoto?Substnciasquedestroemacamadade oznio tem um alto potencial de efeito estufa, masnosocontroladasporKyoto. Somente nos ltimos anos iniciou-se um movimento de tentativa de mostrar os impactos ao clima das SDOs. O sucesso do recente reajuste do Proto-colo de Montreal, acelerando a eliminao dos HCFCs, foi o resultado da aceitao da comu-nidade internacional de que os dois Protocolos tm ligaes que no podem ser negligenciadas. Tambm, os dois Protocolos possuem mecanis-mos fnanceiros diferentes, que no se falam, e isso foi, a meu ver, sempre um fator de distan-ciamento, e de decises isoladas na questo das escolhastecnolgicasquebenefciamosdois Protocolos. ComorecenteajustedoProtocolode Montreal e a eminente converso das tecnolo-gias com HCFCs, foi iniciada a discusso sobre critriosdeutilizaodosrecursosdoFundo MultilateraldoProtocolodeMontrealdetal forma a cortar os incentivos a utilizao de al-ternativas que impactam o clima. O que sempre foi muito esperado e necessrio.Entrevista//Suely CarvalhoA. ATUALAGRAMKOWACB PAIVAAORADD ELECTRONICS / EVAFRIOADRIATICAFRIOTHERM AR CONDICIONADOAGGREKOAIR CONFORT AIR NETAIR SYSTEMAIR TIMELAMOALFATERMALPINA EQUIPAMENTOSALPINA TERMOPLASTICOSAMBIENT AIRANLISEANSETT TECNOLOGIA APARELHOS TRMICOS TECNOSOLAPEMAAQUAGEL / GEL CHOPPAQUECEDORES CUMULUSAR FRESCOAR SISTEMAS TRMICOS AR VIX ARCOMPRESARCONTEMPARCONTERMAARCOSERV AR CONDICIONADOARDEXARKEMAARKSOLARMACELLARNEGARPRORTICOASTRO-SOLAT ENGENHARIAATAC-TREINATMOSFERA PURA COMRCIOAT-PLANBANDEIRANTES REFRIGERAOBHP ENGENHARIABIGATELLO CLIMATIZAOBITZERBONSHOPBQ AR CONDICIONADOBRASTEKBRAUER AQUECEDORESBTU CONDICIONADORESC.V. ARCACRCARRIERCASA DO FRIOCATINENSE AR CONDICIONADOCBPA PROJETOSCERDALFalando em recursos, o que est pre-visto em termos de investimento para osprogramasquevisamproteoda Camada de Oznio? Algum novo projeto do Fundo Multilateral?Os critrios para fnanciamento ainda esto sendo estabelecidos e o nvel de fundos dispon-veis ser determinado pelos pases-partes para o trinio de 2009-11. O painel assessor de Tec-nologia e Economia do Protocolo de Montreal (TEAP)apresentarosresultadosdoestudo sobreospossveiscenriosdefnanciamento e nveis de recursos necessrios para apoiar as negociaes das Partes na prxima reunio em Qatar, no fnal de 2008.Quanto ao Brasil, PNUD foi escolhido com agncialderpeloGovernobrasileiroprestar assistncia converso dos HCFCs, e j iniciou esforosanvelinternacionalparamobilizar recursosdoFundoMultilateral. Almdese-guir metas estabelecidas internacionalmente, o governobrasileiropretenderegulamentarna-cionalmenteosrecentesajustesaoProtocolo eestabelecercotasdeimportao, limitando crescimento desnecessrio.OsrecursosdoFundoMultilateralso internalizadosviaPNUDcomautorizaodo Ministrio de Meio Ambiente. Alm dos requi-sitosatuaisestabelecidospelogovernoepelo Fundo, no existe, por exemplo, a necessidade de a empresa benefciada ser atrelada a alguma Associao de indstria para receber assistncia tcnica- fnanceira via Fundo Multilateral/PNUD. Critrios especfcos de elegibilidade para pro-jetos de HCFCs sero publicados pelo governo quando do incio do Programa. Existe algum projeto que tenha como pblico-alvoocidado, ouseja, oconsu-midor, a dona de casa? Os projetos com recursos do Fundo Mul-tilateral/PNUDpriorizamimpacto, ouseja, os que eliminam SDOs na origem, seja na manufa-tura de equipamentos com SDOs ou na produ-o de substncias que destroem a camada de oznio, tendo em vista que esses trazem maior reduo do consumo e menor dependncia de tecnologias com SDOs.Por exemplo, trazendo produtossemCFCsparaseremcomerciali-zados, ajudamosoconsumidor, evitandoque fque na dependncia de substancias para man-terseusprodutos, asquaisnofuturopodem no existir ou ser muito caras. Com as novas tecnologias, oconsumidorganhouumgrande benefcio: a reduo no consumo de energia, j os novos produtos so mais efcientes e prote-gem o clima.Quaisosnovosdesafoscolocados para o Brasil e o mundo em termos de cumprimentodoProtocolodeMontre-al?sempreumgrandedesafoterminaro que foi comeado e os pases precisam garantir que a eliminao dos CFCs at 2010. Isso no serfciltendoemvistaquesetoresimpor-tantes sero afetados, como o de servios de refrigerao. Tambm o uso de CFCs na fabri-cao de inaladores para tratamento da asma tem que ser reduzido e eliminado. Outrodesafoomonitoramentopelo Governo dos usos ainda isentos pelo Protoco-lo, como o brometo de metila e o tetra cloreto de carbono. H que se garantir o acessoaos bancos de halons reciclados e estocados para servirusosessenciaiscomo, porexemplo, da aviao.Contudo, omaiordesafoseratingiro congelamentodoconsumodeHCFCsem 2013, e evitar que exista uma grande acelera-o na sua produo e consumo nos prximos anos. Pasesprecisaminiciarimediatamente seusplanosdegestodeHCFCs, evitando, quandopossvel, oaumentodoparqueinsta-ladodeequipamentosquedependemdessa tecnologia. A este propsito, muitas tecnologias esto disponveisnomercadoparaconversodos HCFCs. O plano de gesto dos HCFCs identi-fcar para cada setor industrial as tecnologias maduras no mercado, seu preo e quando se-ro introduzidas. O Plano tambm indicar as opes tecnolgicas de menor GWP. Assim, a demanda por tecnologias que trazem benefcios para a camada de oznio e clima ser maior.Com tantas outras convenes internacio-nais e compromissos de investimento, particu-larmente relacionados Conveno do Clima, garantir que o Fundo Multilateral receba recur-sos fnanceiros dos pases doadores ser tarefa delicada.Todavia, receber o montante adequado que possibilite aos pases em desenvolvimento o acesso assistncia tcnica e transferncia de tecnologia sem as SDOs indispensvel para o cumprimento das metas acordadas pelo Proto-colo de Montreal.CETEST MINASCICLONE ENGENHARIA LTDACIVCIVIL ARCLIMA SAVECLIMAPLANCLIMAPRESSCLIMAR AR CONDICIONADOCLIMASPCLIMATISEURCLIMATIZARCLIMOARCOELCOLD CONTROLCOLDCLIMACOLDEN REFRIGERAOCOLSOL COMGS NATURALCOMPANHIA BRASILEIRA DE EVAPORADORESCOMPAR CONDITHERM REFRIGERAOCONERGYCONFORTCLIMASOLUOEM ARCONDI-CIONADOCONFORTOCONSTARCOCONSTRUCLIMACONSULT-ARCONTRACTORSCTRMDANFOSSDNICADATUMDC INSTALAESDEALTECDELTATHERM CONTROLESDIAGRAMADIFUS-ARDISPARCONDU PONT-FLUORQUIMICOSDUCTBUSTERSDULT-ARDUTOVERE2SOLARebm-papstEBONE CLIMATIZADORES EDCELCO DO BRASIL ELECTROLUXELGINELGIN INDUSTRIALELOEMACEMBRATERMEMERELEMERSON COMRCIOENALTERENGENHARIA DE SISTEMASENGENHARIA EM CONFORTOENTHALENTHAL AIR SERVICEENTHERMEPTERGOEUROCLIMAEVAPCOOLEREVERY CONTROLEXPANSOF&COSTAFDBFELBECKFNIXFIBRAFLEXFORFRIOFORMING TUBING / BRASCOOPERFOX ENGENHARIAFRIGELARFRIMARFRIO BRASILFRIOARFRIOTERM AR CONDICIONADO / MITSUBISHIFRIOTERM ENGENHARIAFUJITSUFULL GAUGEFUNDAMENT-ARGELOSULGET-GLOBAL ENERGY & TELECOMGREE DO BRASIL / UNITED ELECTRICHEATCRAFTHEATING & COOLINGHELIOTEKHIDRO SOLAR / HSHIDROSOLHITACHIHJLHONEYWELLICES VIEIRAIMPERADOR DAS MQUINASINOVAR AR CONDICIONADOINSTALAR ENGENHARIA TRMICAINTERCONINVENSYS / ROBERTSHAWISOCLIMAISOLEV ISOVER / SAINT GOBAINJ.S. ANAYAJAM ENGENHARIAJAP REFRIGERAOJHBE AR CONDICIONADO JMSJMTJOAPEJOHNSON CONTROLS - DIV. PRODUTOSJWVA COMRCIOKELVINKENTKITFRIGORKOMECOKOMECOKONARKORPERL. ANNUNZIATALG ELETRONICSLG ELETRONICSLIDERARLIEBERTM.J. CLIMATIZAOMART AR CONDICIONADO MASSTINMASTERPLANMAXTEMP AQUECEDORESMAXTEMPERMETVILAMICHELENA CLIMATIZAOMICROBLAUMIDEA DO BRASILMINA MONTAGENSMIPALMONTITERM MONTAGENSMPM AR CONDICIONADOMSAMULTI VAC / MULTISTARNALCONAUTILUSTRANSTERMICA MQUINASNOVA GLOBALNUCLEO AROSWALDO BUENOOTAMOURO FINOPADRON ENGENHARIA DE CLIMATIZAOPANTHO INDUSTRIAL LTDAPARKERPEDRO NEUENHAUS PENSAR ENGENHARIAPEROYPLANENRACPLANER PLASMETALPLENUMPOLAR SOLUES TCNICASPOLIPEXPOLISOLPONTO DE ORVALHOPOWERMATICPOWERTECHPREMIER SERVIOSPRESTCOMPRIMAREPRNCIPE REFRIGERAOPRINSTARCPrisma PRO DACR.C. DE CASTRO / SIGMASERVRECLIMARECOMSERVICEREFRIACREFRIGERAO AIR BRAZILREFRIGERAO MARECHALREFRIGERAAO UNIVERSALREFRINRGN ENGENHARIARHEMARHMRIBERARRLPROCIOSAMURAI REFRIGERAOSANFRIOSANYOSO RAFAEL SCARCELI REFRIGERAOSDR / SODRAMARSECONARSEEGHERS SEGTRON / AESSEMCOSERTEGUIAR CONDICIONADO SERVECLIMA AR CONDICIONADOSERVICENTER / ECOCLIMASERVTEC SET COMPONENTES CONDICIONADORES DE ARSHIGUENSIGMATERMSILCARSISTERMSLICSOCLIMASOLAR MINAS LTDASOLARPRESSSOLETROLSOLUARSOMARSOMAX AMBIENTAL & ACSTICA LTDA.SOTEARCONSTAEFASTAMP SPUMASTAR CENTER / SC - SOLUESSTORMISTSTR COMERCIAL LTDATBFTBSTECH-LIMATECN-AIRTECNOARTECNOBLOCK DO BRASILTECNOSOL AQUECEDORESTECUMSEHTEKNIKATEP-ENGENHARIATERMIX / SERMONTERMO NEW CLIMATIZAOTERMODINTERMOINTERTERMOTECTERMOTEMP REFRIGERAOTHERMO MACHINETHERMOKEY THERMONTHERMOPLANTHERMOSTARTORIN/ PFAUDLERTOSI INDUSTRIA E COMRCIO LTDATOUR & ANDERSSON / TATRANETRANSFRIGORTRANSSENTRAVAGLINI & AMBROSANOTRAYDUSTRINEVATROXTR-THRMICATUMA ENGENHARIATUMA INDUSTRIALUGC ENGENHARIAUNASOLUNIQEMIV.S. 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