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Protocolo n°.: 201201688358 Acusados: ALESSANDRO LEONARDO ÁLVARES MAGALHÃES, AMARILDO CUNHA BRITO, ANTÔNIO AFONSO FERREIRA, ARILSON VIEIRA DA SILVA, CLÉCIO PAULO CARNEIRO, CRISEIDE CASTRO DOURADO, ÉLIO JOSÉ FERREIRA JÚNIOR, JOSÉ LÁZARO DA SILVA, LEONARDO SOUSA RESENDE, MARCELO RODRIGUES GOMES, MILTON LOPES DE SOUZA, ORLANDO MILHOMEM DA MOTA, PAULO RASSI, RAFAEL JOSÉ LEMOS FILHO, RUBENS RÊNIO DA SILVA e WARLLEN APARECIDO LUCAS LEMOS. Infrações Penais: art. 288, caput; art. 312, caput, (última parte), c/c 327, §1º, (parte final); art. 298; art. 299, caput, todos do CP; art. 1º, §1º, II da lei 9.613/98; do artigo 89, caput, da Lei 8.666/93; SENTENÇA O Ministério Público do Estado de Goiás, através dos membros em atividade no GRUPO DE , ATUAÇÃO ESPECIAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO (GAECO) exercitou intenção punitiva em desfavor de: 1- ALESSANDRO LEONARDO ÁLVARES MAGALHÃES, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas sanções dos artigos 312, , c/c artigo 327, , ambos caput caput do CP, conforme capítulo III da denúncia. 2- AMARILDO CUNHA BRITO, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, caput; caput , na forma do artigo 69, todos do CP, e também nos artigos 312, , última (por 03 vezes) caput parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, ambos do CP. conforme capítulos II e III da denúncia. 3- ANTÔNIO AFONSO FERREIRA, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigo caput; caput 327, §1º, parte final, , todos do CP; e artigo 299 do CP, ainda, nos artigos 288, (por 06 vezes) Código para validar documento: 109499070952 Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

Protocolo n°.: 201201688358 Acusados: ALESSANDRO …§a... · brito, antÔnio afonso ferreira, arilson vieira da silva, clÉcio paulo CARNEIRO, CRISEIDE CASTRO DOURADO, ÉLIO JOSÉ

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Protocolo n°.: 201201688358

Acusados: ALESSANDRO LEONARDO ÁLVARES MAGALHÃES, AMARILDO CUNHABRITO, ANTÔNIO AFONSO FERREIRA, ARILSON VIEIRA DA SILVA, CLÉCIO PAULOCARNEIRO, CRISEIDE CASTRO DOURADO, ÉLIO JOSÉ FERREIRA JÚNIOR, JOSÉLÁZARO DA SILVA, LEONARDO SOUSA RESENDE, MARCELO RODRIGUES GOMES,MILTON LOPES DE SOUZA, ORLANDO MILHOMEM DA MOTA, PAULO RASSI,RAFAEL JOSÉ LEMOS FILHO, RUBENS RÊNIO DA SILVA e WARLLEN APARECIDOLUCAS LEMOS.

Infrações Penais: art. 288, caput; art. 312, caput, (última parte), c/c 327, §1º, (parte final); art.298; art. 299, caput, todos do CP; art. 1º, §1º, II da lei 9.613/98; do artigo 89, caput, da Lei8.666/93;

 

SENTENÇA

 

O Ministério Público do Estado de Goiás, através dos membros em atividade no GRUPO DE

,ATUAÇÃO ESPECIAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO (GAECO)

exercitou intenção punitiva em desfavor de:

 

1- ALESSANDRO LEONARDO ÁLVARES MAGALHÃES, qualificado nos autos

em epígrafe, incursionando-o nas sanções dos artigos 312, , c/c artigo 327, , amboscaput caput

do CP, conforme capítulo III da denúncia.

 

2- AMARILDO CUNHA BRITO, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, caput; caput

, na forma do artigo 69, todos do CP, e também nos artigos 312, , última(por 03 vezes) caput

parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, ambos do CP. conforme capítulos II e III da denúncia.

 

3- ANTÔNIO AFONSO FERREIRA, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigocaput; caput

327, §1º, parte final, , todos do CP; e artigo 299 do CP, ainda, nos artigos 288, (por 06 vezes)

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

; artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, , tudo nacaput caput (por 03 vezes)

forma do artigo 69, todos do CP, conforme capítulos I e II da denúncia.

 

4- ARILSON VIEIRA DA SILVA, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções dos artigos 288, ; artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, partecaput caput

final, c/c artigo 30, parte final, ; e artigo 299, tudo nos termos do 69 do CP,(por 06 vezes)

conforme capítulo I da denúncia.

 

5- CLÉCIO PAULO CARNEIRO, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções do artigo 288, ; artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, caput caput

; e artigo 299, todos do CP, bem como, no artigo 288, ; artigo 312, ,(por 06 vezes) caput caput

última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, , tudo na forma do art. 69 do CP, nos(por 03 vezes)

termos dos capítulos I e II da denúncia.

 

6- CRISEIDE CASTRO DOURADO, qualificada nos autos em epígrafe,

incursionando-a nas sanções do artigo 288, ; artigo 312, , última parte, c/c artigo 327,caput caput

§1º, parte final, , todos do CP; ainda, do artigo 312, , penúltima parte, c/c(por 05 vezes) caput

327, §1º, parte final, ; artigo. 299, todos do CP, e artigo 1º, inciso V da lei 9.613/98,(por 01 vez)

acrescidos da circunstância agravante prevista no art. 62, I, parte final do CP, tudo nos termos

do art. 69 do CP. Também apontou a denunciada como incursa nas sanções do artigo 288, caput

; artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, , acrescido dacaput (por 03 vezes)

circunstância agravante prevista no art. 62, I, parte final, todos do CP; e ainda no artigo 312,

, última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final, acrescido da circunstância agravante previstacaput

no art. 62, I, parte final, tudo nos moldes do artigo 69, todos do CP, conforme capítulos I, II e

III.

 

7- ÉLIO JOSÉ FERREIRA JÚNIOR, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções do artigo 288, ; artigo 312, , última parte, c/c artigo 327,caput caput

§1º, parte final, c/c artigo 30, parte final, , e artigo 298, tudo nos termos do artigo(por 02 vezes)

69, todos do CP, conforme capítulo II da denúncia.

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8- JOSÉ LÁZARO DA SILVA, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas

sanções do artigo 1º, §1º, inc. II, da lei 9.613/98, conforme capítulo I da denúncia.

 

9- LEONARDO SOUSA RESENDE, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções do artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final,caput

c/c artigo 30, parte final, todos do CP, conforme capítulo III da denúncia.

 

10- MARCELO RODRIGUES GOMES, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigo 327,caput, caput

§1º, parte final, c/c artigo 30, parte final, na forma do artigo 69, todos do CP, conforme capítulo

II da denúncia.

 

11- MILTON LOPES DE SOUZA, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final,caput, caput

c/c artigo 30, parte final, , e artigo 299, tudo na forma do artigo 69, todos do CP,(por 03 vezes)

conforme capítulo I da denúncia.

 

12- ORLANDO MILHOMEM DA MOTA, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções do artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, §1º, parte final,caput

ambos do CP, conforme capítulo III da denúncia.

 

13- PAULO RASSI, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas sanções do

artigo 89, , acrescido da causa de aumento prevista no artigo 84, §2º, ambos da leicaput

8.666/93, c/c artigo 312, , última parte, c/c artigo 327, , acrescido da causa decaput caput

aumento de pena prevista no artigo 327, §2º, acrescido da circunstância agravante prevista no

art. 62, inc. I, parte final, tudo nos termos do art. 69, todos do CP, conforme capítulo III da

denúncia.

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14- RAFAEL JOSÉ LEMOS FILHO, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções dos artigos 288, artigo 312, , última parte, c/c artigocaput, caput

327, §1º, parte final, c/c artigo 30, última parte, , tudo na forma do artigo 69,(por 03 vezes)

todos do CP. conforme capítulo I da denúncia.

 

15- RUBENS RÊNIO DA SILVA, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções do artigo 288, ; artigo 312, , última parte, c/c 327, §1º, parte final, c/ccaput caput

artigo 30, última parte, , tudo na forma do 69, todos do CP. conforme capítulo II(por 02 vezes)

da denúncia.

 

16- WARLLEN APARECIDO LUCAS LEMOS, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções do artigo 288, artigo 312, , última parte, c/c artigo 327,caput, caput

§1º, parte final, c/c artigo 30, última parte, , tudo na forma do artigo 69, todos do(por 03 vezes)

CP. conforme capítulo I da denúncia.

 

Consoante a denúncia, segundo os elementos constantes no Procedimento de

Investigação Criminal (PIC) 006/2011, deflui-se que a partir do ano de 2008, nesta capital, os

denunciados CRISEIDE CASTRO DOURADO, CLÉCIO PAULO CARNEIRO, ANTÔNIO

AFONSO FERREIRA, ARILSON VIEIRA DA SILVA, RAFAEL JOSÉ LEMOS FILHO,

MILTON LOPES DE SOUZA e WARLLEN APARECIDO LUCAS LEMOS, livres e

conscientemente, associaram-se em quadrilha, de forma estável, permanente e organizada com

especial finalidade de, no decorrer dos anos de 2008 a 2010, cometerem crimes contra a

Administração Pública no âmbito da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) e do

Hospital Araújo Jorge.

 

Consta que, entre os meses de maio e junho de 2008, os denunciados CRISEIDE,

CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO, ARILSON e RAFAEL, agindo com unidade de desígnios,

após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de forma livre e consciente, desviaram, em

proveito alheio e com definitivo, dinheiro público, no importe de R$ 3.142,15 (três mil,animus

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cento e quarenta e dois reais e quinze centavos) dos quais, os três primeiros tinham a posse em

razão da função que desempenhavam na ACCG, tais condições funcionais de conhecimento dos

dois últimos.

 

Emana dos autos inquisitoriais que, no transcorrer dos meses de maio e junho de 2008,

os denunciados CRISEIDE, CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO, ARILSON e RAFAEL, agindo

com unidade de desígnios, após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de forma livre e

consciente, desviaram, em proveito alheio, e com definitivo, dinheiro público no valoranimus

de R$ 23.783,42 (vinte e três mil, setecentos e oitenta e três reais e quarenta e dois centavos)

dos quais os três primeiros tinham a posse em razão da função que desempenhavam na ACCG,

condições funcionais de conhecimento dos dois últimos.

 

Infere-se que, no curso dos meses de setembro e dezembro de 2009, os denunciados

CRISEIDE, CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO, ARILSON, WARLLEN e RAFAEL, agindo com

unidade de desígnios, após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de forma livre e

consciente, desviaram, em proveito alheio e com definitivo, dinheiro público ? R$animus

27.740,00 (vinte e sete mil, setecentos e quarenta reais), dos quais os três primeiros tinham a

posse em razão da função que desempenhavam na ACCG, condições funcionais de

conhecimento dos três últimos.

 

Extrai-se dos elementos de informação do PIC nº006/2011 que, a partir do mês de

fevereiro de 2009, nesta capital, os denunciados CRISEIDE, CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO,

AMARILDO, RUBENS, ÉLIO e MARCELO, conscientemente, associaram-se em quadrilha, de

forma estável, permanente e organizada, para o especial fim de, no interregno dos meses de

fevereiro a abril de 2009, cometerem crimes contra a Administração Pública no seio da

Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) e do Hospital Araújo Jorge.

 

Percebe-se que, no transcurso do mês de fevereiro de 2009, nesta capital, os denunciados

CRISEIDE, CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO, AMARILDO, RUBENS e ÉLIO JOSÉ, agindo

em com unidade de desígnios, após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de forma

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livre e consciente, desviaram, em proveito alheio e com definitivo, dinheiro público ?animus

R$ 159.520,00 (cento e cinquenta e nove mil, quinhentos e vinte reais) dos quais os quatro

primeiros tinham posse em razão da função que desempenhavam na ACCG (associação

conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública), condições funcionais

de conhecimento dos dois últimos denunciados.

 

Apurou-se também, que no decorrer do mês de março de 2009, nesta capital, os

denunciados CRISEIDE, CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO, AMARILDO, RUBENS e ÉLIO,

agindo com unidade de desígnios, após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de

forma livre e consciente, desviaram, em proveito alheio e com definitivo, dinheiroanimus

público ? R$ 159.520,00 (cento e cinquenta e nove mil, quinhentos e vinte reais) ? do qual os

quatro primeiros tinham posse em razão da função que desempenhavam na ACCG, qualidades

laborais estas que integravam a esfera de conhecimento dos dois últimos denunciados.

 

Colige-se também, que no curso do mês de abril de 2009, nesta capital, os denunciados

CRISEIDE, CLÉCIO, ANTÔNIO AFONSO, AMARILDO e MARCELO, agindo com unidade

de desígnios, após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de forma livre e consciente,

desviaram, em proveito alheio e com definitivo, dinheiro público ? R$ 152.148,00animus

(cento e cinquenta e dois mil, cento e quarenta e oito reais) ? de que os quatro primeiros tinham

posse em razão da função que desempenhavam na ACCG, qualidades funcionais estas de

conhecimento do último denunciado.

 

Consta que, no dia 03 de novembro de 2011, nesta capital, o denunciado ÉLIO JOSÉ,

imbuído de vontade livre e consciente ( falsificou documento particular noanimus falsificandi),

todo, qual seja: nota fiscal nº 3071 da empresa JR Lacerda Material Médico Hospitalar LTDA.

 

Emerge do caderno inquisitorial anexo que, em fevereiro de 2010, o denunciado PAULO

RASSI, na qualidade de Secretário Municipal de Saúde de Goiânia-GO, imbuído de vontade

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livre e consciente de violar as regras de licitação, dispensou licitação para aquisição de 400.000

unidades de cloreto de sódio (0,9%, solução injetável, 500ml, sistema fechado) fora das

hipóteses previstas em lei.

 

Por fim, infere-se que, entre os meses de março e maio de 2010, os denunciados PAULO

RASSI, ALESSANDRO, CRISEIDE, AMARILDO, ORLANDO e LEONARDO, ligados pela

unidade de desígnios, após prévio consenso criminoso e divisão de tarefas, de forma livre e

consciente, desviaram, em proveito alheio e com definitivo, dinheiro público ? R$animus

377.280,00 (trezentos e setenta e sete mil duzentos e oitenta reais) ? do qual os cinco primeiros

tinham posse em razão da função que desempenhavam na Secretaria Municipal de Saúde e na

ACCG (associação conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública),

qualidades funcionais estas de conhecimento do último denunciado.

 

A denúncia foi recebida, em 15/05/2012 (f. 29/30).

 

JOSÉ LÁZARO, ARILSON VIEIRA e WARLLEN APARECIDO foram citados (f. 441/444, f.

445/475 e f. 445/475) apresentando resposta respectivamente nas f. 83/84, f. 156/166 e f.

445/475. ORLANDO MILHOMEM apresentou resposta à acusação nas f. 322/325, antes

mesmo da citação, razão pela qual demonstrou ciência da persecução criminal em seu desfavor

e exercício do contraditório e ampla defesa, motivo pelo qual não se apontou qualquer nulidade.

 

Os denunciados ÉLIO JOSÉ, RAFAEL JOSÉ, AMARILDO CUNHA e MILTON

LOPES, foram citados (f. 120, 123, 127 e 530), apresentando resposta respectivamente às f.

131/149, f. 85/96, f. 153/155 e f. 100/116.

 

RUBENS RÊNIO, ALESSANDRO LEONARDO e LEONARDO SOUSA foram

citados (f. 479, 490 e 503) respondendo a acusação às f. 491/494 499/500 e 522/525. Marcelo

Rodrigues foi citado à f. 482/484.

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Na sentença de f. 536/548, procedeu-se a absolvição sumária de Arilson Vieira da Silva,

José Lazaro da Silva, Orlando Milhomem da Mota e Warllen Aparecido Lucas Lemos, bem

como o desmembramento da ação penal em relação aos acusados ANTÔNIO AFONSO

FERREIRA, CLÉCIO PAULO CARNEIRO, CRISEIDE CASTRO DOURADO e PAULO

RASSI, dando origem aos autos nº 201204112422,

 

O Ministério Público (f. 643 e 644/678) interpôs peça apelatória, em razão da absolvição

sumária dos acusados ARÍLSON VIEIRA DA SILVA, JOSÉ LÁZARO DA SILVA,

ORLANDO MILHOMEM DA MOTA e WARLLEN APARECIDO LUCAS LEMOS.

 

Em 20 de março de 2013, determinou-se o remembramento dos autos em relação aos

acusados ANTÔNIO AFONSO FERREIRA, CLÉCIO PAULO CARNEIRO, CRISEIDE

CASTRO DOURADO e PAULO RASSI (f. 262/263 do processo nº 201204112422).

 

Foram juntadas mídias relativas à oitiva por precatória de testemunhas arroladas pela

defesa de Rubens e Élio (f. 765/766).

 

Reabriu-se o prazo para apresentação de defesa de Marcelo Rodrigues, o que ele fez às

f. 866/867. Não sendo o caso de absolvição sumária, foi designada audiência de instrução e

julgamento (f. 866/867).

 

Foram realizadas audiências nas datas de 28 de maio de 2013 (f. 965), 14 de outubro de

2013 (f. 1399), 21 de janeiro de 2014 (f. 1466), 25 de fevereiro de 2014 (f. 1615)., 06 de maio

de 2014 (f. 1.842) e 30 de setembro de 2014, quando foram ouvidas testemunhas, cujos

depoimentos foram gravados em mídia digital.

 

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Também foram ouvidas testemunhas por precatórias (f. 1226, 1232, 1612, 1900, 1972).

 

Juntou-se aos autos acórdão do TJGO, o qual acolheu e deu provimento ao apelo

ministerial para cassar a absolvição antecipada dos acusados ARÍLSON VIEIRA DA SILVA,

JOSÉ LÁZARO DA SILVA, ORLANDO MILHOMEM DA MOTA e WARLLEN

APARECIDO LUCAS LEMOS.

 

Após o trânsito em julgado do referido acórdão, este juízo entendeu pelo adiantamento

da instrução processual referente aos demais acusados, motivo pelo qual promoveu o

desmembramento do feito em relação aos acusados ARÍLSON VIEIRA DA SILVA, JOSÉ

LÁZARO DA SILVA, ORLANDO MILHOMEM DA MOTA e WARLLEN APARECIDO

LUCAS LEMOS, originando-se os autos nº 201400214607 (f. 1.042).

 

Os embargos de declaração opostos às f. 2249/2253 por Leonardo Sousa Rezende não

foram conhecidos (f. 2255/2256).

 

Em 09 de dezembro de 2014 foi realizada nova audiência de instrução, quando foram

ouvidas as testemunhas Gildásio da Silva Melo, Wanderley Fernandes, José Luiz do Carmo

Filho e Edgar Berquo Peleja.

 

Dando cumprimento a decisão de f. 2284/2285, procedeu-se a intimação das partes

quanto à expedição de precatórias para oitiva das testemunhas Marlúcia de Oliveira Cavalcante

e Waldir Edonor de Oliveira, bem como a expedição de novas precatórias em relação as quais

os advogados não foram intimados. Determinou-se ainda a expedição de precatória para oitiva

de Rodrigues Gonçalves Oliveira, com a intimação das partes, e, por último, considerou-se

preclusa a prova testemunhal em relação a Gilberto José Cunha e João Guimarães Sobrinho,

Aureo dos Santos e Charles Nikson Lorenzo de Sousa.

 

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Em atenção ao pleito da defesa de Clécio Paulo Carneiro, determinou-se a expedição de

Ofício ao Banco Itaú para que informasse os beneficiários das TED's de nº 435473 e 435675,

efetuadas a partir da conta-corrente nº 14397-9/1000.000, agência 4429, de titularidade da

empresa Assismed Comércio de ME.

 

Por precatória, foi ouvida a testemunha Antônio Sérgio Martins (f. 2795).

 

Na audiência realizada em 23 de junho de 2015, foram interrogados Clécio Paulo

Carneiro, Paulo Rassi, Alessandro Leonardo Álvares Magalhães, Amarildo Cunha Brito, Rafael

José Lemos Filho, Élio José Ferreira Júnior, Antônio Afonso Ferreira, Leonardo Sousa Resende,

Marcelo Rodrigues Gomes, Milton Lopes de Souza, Rubens Rênio da Silva e Criseide Castro

Dourado (f. 2627). Os pedidos feitos em audiência foram analisados na decisão de f. 2673.

 

Por precatória, foi ouvida a testemunha Marlúcia de Oliveira Cavalcante, bem como

informada a morte de Valdir Edinor de Oliveira (f. 2738 e 2739). Através do referido

instrumento, também foi ouvida a testemunha Antônio Sérgio Martins (f. 2796).

 

Na fase do artigo 402 do CPP, os acusados pleitearam a produção dos atos constantes

nos documentos de f. 2.806/2824. Manifestação ministerial às f. 2825/2835. Os pedidos foram

analisados na decisão de f. 2836/2844, a qual deferiu somente a expedição de novo ofício ao

Banco Itaú.

 

Os acusados Criseide de Castro Dourado, Leonardo Sousa Rezende, Antônio Afonso

Ferreira e Rubens Rênio da Silva opuseram Embargos de Declaração, respectivamente às f.

2870/2871, f. 2873/2880, f. 2881/2884, f. 2885/2889. Após contrarrazões ministeriais, foi

proferida a decisão negando provimento aos embargos (f. 2.907).

 

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À f. 2.932, o Itaú Unibanco informou os beneficiários de transferências de nºs 435473 e

435675.

 

Alegações finais ministeriais às f. 2958/3047, na qual manifesta-se pela tipicidade,

ilicitude e culpabilidade das condutas praticadas, pugnando pela condenação.

 

Paulo Rassi e Alessandro Leonardo Alvares Magalhães apresentaram alegações finais às

f. 3.057/3098. Aduziram não constituir o fato infração criminal, bem como não existirem provas

suficientes para a condenação.

 

Amarildo Cunha Brito apresentou alegações finais às f. 3.100/3107 pedindo sua

absolvição em decorrência de falta de provas.

 

Leonardo de Souza Rezende, Antônio Afonso Ferreira e Rubens Rênio da Silva

opuseram embargos de declaração à f. 3109/3117.

 

Às f. 3118/3135, Milton Lopes de Sousa ofereceu alegações finais defendendo sua

absolvição ao argumento de não ter praticado crime.

 

Antônio Afonso ofereceu embargos de declaração às f. 3153/3154.

 

Por meio da decisão de f. 3164/3165, julgou-se prejudicados os embargos aclaratórios,

determinando-se a intimação dos acusados para apresentação de memoriais.

 

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Antônio Afonso Ferreira apresentou alegações finais à f. 3182 e ss. Arguiu o

cerceamento de defesa em razão do indeferimento de diligências, a nulidade em razão da

intimação de corréus. Quanto ao mérito, apontou a ausência de materialidade e a negativa de

autoria.

 

À f. 3209, foi determinado o desmembramento do feito quanto à Élio José Ferreira, ante

a não intimação de sua advogada, nos termos do artigo 402 do CPP, o que deu origem ao

processo nº 201702616171.

 

Clécio Paulo Carneiro também apresentou alegações finais, suscitando a incompetência

deste juízo, a inépcia da denúncia, inidoneidade da denúncia, a falta de justa causa, o

cerceamento de defesa em razão do indeferimento de diligências e, quanto ao mérito, asseverou

não ter infringido nenhum dos tipos legais (f. 3214/2338).

 

Criseide Castro Dourado, em suas alegações finais, alegou a incompetência absoluta do

juízo, o cerceamento de defesa em razão do indeferimento de pedido de documentos e em razão

do desmembramento. No mérito, defendeu a ausência de dolo quanto ao crime decorrente da

compra do GLIVEC, a ausência de prejuízo à Associação, a inexigibilidade de conduta diversa

em relação a compra do soro, a inexistência de crime quanto às assessorias e a não ocorrência

de crime de ?associação criminosa? (f. 3245/3289).

 

Nas f. 3297/3409, consta alegações finais de Leonardo de Sousa Rezende, o qual aduziu,

preliminarmente, a incompetência absoluta do juízo, a nulidade ante ao desmembramento e pelo

cerceamento de defesa. No mérito, apresentou tese de negativa de autoria, inexigibilidade de

conduta diversa, ausência de provas e, subsidiariamente, requereu a desclassificação do crime

imputado.

 

Marcelo Rodrigues Gomes, em suas alegações finais, suscitou, preliminarmente, a

incompetência deste juízo e a inépcia da inicial. Outrossim, pugnou por sua absolvição pelo

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crime de quadrilha em razão da ausência do vínculo associativo, bem como pelo crime de

peculato, tendo em vista que não atingiu o bem jurídico (f. 3410/3471).

 

Rubens Rênio da Silva também apresentou alegações finais. Aduziu, preliminarmente, a

incompetência deste juízo e a nulidade da decisão que determinou o desmembramento do feito e

da que indeferiu os pedidos de diligência do acusado. No mérito, pleiteou a absolvição em razão

da atipicidade de sua conduta e ausência de justa causa, ou em decorrência da ausência de

provas ou negativa de autoria. Também fez ponderações sobre a pena (f. 3429/3471).

 

Por meio da petição de f. 3473, a defesa de Criseide de Castro Dourado requereu a

outorga de prazo comum para manifestação quanto aos argumentos fáticos e jurídicos de

imputações lançadas em alegações finais.

 

Às f. 3474/3497, foram apresentadas alegações finais de Rafael José Lemos Filho, nas

quais argumenta, preliminarmente, não ser funcionário público por equiparação, a ofensa ao

contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal em razão do desmembramento do feito.

Quanto ao mérito, aduziu a ausência de provas.

 

O Ministério Público foi ouvido sob a alegada incompetência (f. 2602/2615).

 

Os depoimentos se encontram em mídia de DVD-R nos autos.

 

É O RELATÓRIO.

DECIDO.

 

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DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL

Prefacialmente, convêm afirmar que as provas produzidas no Procedimento de

Investigação Criminal (PIC) se encontram expurgadas de qualquer ilegalidade, pois obtidas

dentro do poder investigatório do Ministério Público ou através de autorização judicial.

 

Ademais, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 593727, com repercussão geral

reconhecida, o egrégio Supremo Tribunal Federal sufragou o poder investigatório do Ministério

Público, senão vejamos:

 

Repercussão geral. Recurso extraordinário representativo da

controvérsia. Constitucional. Separação dos poderes. Penal e processual

penal. Poderes de investigação do Ministério Público. 2. Questão de

ordem arguida pelo réu, ora recorrente. Adiamento do julgamento para

colheita de parecer do Procurador-Geral da República. Substituição do

parecer por sustentação oral, com a concordância do Ministério Público.

Indeferimento. Maioria. 3. Questão de ordem levantada pelo

Procurador-Geral da República. Possibilidade de o Ministério Público de

estado-membro promover sustentação oral no Supremo. O

Procurador-Geral da República não dispõe de poder de ingerência na

esfera orgânica do Parquet estadual, pois lhe incumbe, unicamente, por

expressa definição constitucional (art. 128, § 1º), a Chefia do Ministério

Público da União. O Ministério Público de estado-membro não está

vinculado, nem subordinado, no plano processual, administrativo e/ou

institucional, à Chefia do Ministério Público da União, o que lhe confere

ampla possibilidade de postular, autonomamente, perante o Supremo

Tribunal Federal, em recursos e processos nos quais o próprio Ministério

Público estadual seja um dos sujeitos da relação processual. Questão de

ordem resolvida no sentido de assegurar ao Ministério Público estadual a

prerrogativa de sustentar suas razões da tribuna. Maioria. 4. Questão

constitucional com repercussão geral. Poderes de investigação do

Ministério Público. Os artigos 5º, incisos LIV e LV, 129, incisos III e

VIII, e 144, inciso IV, § 4º, da Constituição Federal, não tornam a

investigação criminal exclusividade da polícia, nem afastam os poderes

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de investigação do Ministério Público. Fixada, em repercussão geral,

tese assim sumulada: ?O Ministério Público dispõe de competência para

promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de

natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que

assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do

Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva

constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de

que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/94,

artigo 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem

prejuízo da possibilidade ? sempre presente no Estado democrático de

Direito ? do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente

documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa

instituição?. Maioria. 5. Caso concreto. Crime de responsabilidade de

prefeito. Deixar de cumprir ordem judicial (art. 1º, inciso XIV, do

Decreto-Lei nº 201/67). Procedimento instaurado pelo Ministério

Público a partir de documentos oriundos de autos de processo judicial e

de precatório, para colher informações do próprio suspeito,

eventualmente hábeis a justificar e legitimar o fato imputado. Ausência

de vício. Negado provimento ao recurso extraordinário. Maioria. (RE

593727, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Relator(a) p/ Acórdão:

Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 14/05/2015,

ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL ? MÉRITO

DJe-175 DIVULG 04-09-2015 PUBLIC 08-09-2015).

 

CRIMES IDENTIFICADOS

 

O Ministério Público denunciou os acusados pelos seguintes crimes:

 

Art. 288 ? Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou

bando, para o fim de cometer crimes:

Pena ? reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

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(Redação vigente à época)

 

Trata-se de crime que tem como objeto jurídico a paz pública, por meio do qual mais de

três pessoas se unem, de forma estruturada e durável, com a finalidade de cometer crimes

indeterminados, embora seja crime autônomo, independendo da efetiva pratica dos referidos

delitos.

 

É crime doloso, sendo necessária a convergência de vontades, bem como permanente, de

forma que sua consumação se protrai no tempo.

 

Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou

alterar documento particular verdadeiro:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

 

O crime previsto no artigo 298 do CP tutela a fé pública, consumando-se no momento em que

ocorre a contrafação, total ou parcial, ou alteração do documento particular.

 

É crime não transeunte, uma vez que deixa vestígios. Desta forma, é imprescindível o exame de

corpo de delito, direto ou indireto.

 

Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração

que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração

falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar

direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente

relevante:

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Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é

público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis

a cinco contos de réis, se o documento é particular.

 

O artigo 299 traz o crime de falsidade ideológica, o qual, igualmente, protege a fé

pública. Trata-se de crime formal, consumando-se com a omissão, em documento público ou

particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou

diversa da que devia ser escrita.

 

O mencionado crime admite concurso eventual, e é doloso, tendo como finalidade

especial o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente

relevante

 

Art. 312 ? Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou

qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse

em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena ? reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º ? Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não

tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para

que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de

facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de

outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

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§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede

à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior,

reduz de metade a pena imposta.

 

O crime de peculato, tipificado no artigo acima transcrito, visa proteger a administração

pública, seja patrimonialmente ou moralmente, sendo denominado funcional, pois praticado por

funcionário público, no exercício ou em razão da função, contra a Administração Pública.

 

Na primeira parte do caput do artigo 312 temos o peculato apropriação (Apropriar-se o

funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de

que tem a posse em razão do cargo) e na segunda parte temos o peculato desvio (desviá-lo, em

proveito próprio ou alheio).

 

Ambos constroem o que a doutrina indica de peculato próprio. Em contrário, há no §1º

do mesmo artigo o peculato impróprio, que é o peculato furto, praticado por aquele funcionário

que, não apenas se apropria nem desvia, mas subtrai dinheiro, valor ou bem se beneficiando da

facilidade que o cargo lhe proporciona.

 

Trata-se de crime próprio no que diz respeito ao sujeito ativo (pois somente o

funcionário público pode praticá-lo) e comum quanto ao sujeito passivo (uma vez que não

somente a Administração Pública pode figurar nessa condição, como qualquer pessoa que tenha

sido prejudicada com o comportamento praticado pelo sujeito ativo).

 

O § 2º prevê a hipótese de peculato culposo, observado quando o funcionário concorre

com o crime, por ação ou omissão, mediante imprudência, negligência ou desídia.

 

Ressalta-se que o crime de peculato é crime próprio em todas as suas modalidades,

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sendo praticado somente por funcionário público, conforme o conceito constante no artigo 327

do CP.

 

Entretanto, a condição de funcionário público é elementar do tipo, comunicando-se a

todos aqueles que tenham concorrido de qualquer modo para o crime, mesmo não sendo

integrante do quadro público, conforme dispõe o artigo 30 do CP.

 

Art. 1 Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,o

movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes,

direta ou indiretamente, de infração penal.

(...)

V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou

para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como

condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;

Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.

 

O crime acima descrito, abrange toda atividade cuja finalidade seja dar origem lícita ao

produto de crimes.

 

Insta salientar que, até a edição da Lei nº 12.683/12, a Lei nº 9.613/98 trazia rol taxativo

de crimes antecedentes para configuração da lavagem, sendo por isso, considerada pela maioria,

uma Lei de Lavagem de Capitais de Segunda Geração o que abrange o período dos fatos

narrados nos autos..

 

Dentre os possíveis crimes antecedentes, constavam os crimes contra a administração

pública, como é o caso do peculato.

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O tipo previsto no artigo 1º da citada Lei, protege, para maioria, a ordem econômico

financeira, embora há quem entenda se tratar de crime protetivo da administração da justiça, do

mesmo bem jurídico do crime antecedente, ou ser o crime pluriofensivo.

 

Embora exista certa divergência, a meu ver, é perfeitamente possível que o autor do

crime antecedente responda pelo crime de lavagem, o que é conhecido como autolavagem. Isso

porque, diferente de outros ordenamentos jurídicos, o nosso não vedou expressamente tal

possibilidade, e ainda, por não ser possível a consunção, afinal, a lavagem configura lesão

autônoma, contra sujeito distinto.

 

O crime é consumado quando houver o primeiro ato de mascaramento dos valores

ilícitos, tendo em vista que o tipo penal em questão não reclama êxito para consumação. É um

crime de conteúdo variado ou ação múltipla, pois se em um mesmo contexto praticar mais de

uma conduta prevista no dispositivo, responderá o agente por crime único.

Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada

para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela

decorrente:

I - elevando arbitrariamente os preços;

Também vislumbrou o Ministério Público o cometimento do tipo acima transcrito, o

qual visa proteger a regularidade das licitações e dos respectivos contratos, bem como a

proteção ao erário.

 

Trata-se de um tipo vinculado, pois prevê em seus incisos a forma de execução do crime.

 

A ideia de fraudar a licitação, deve ser compreendida no âmbito de seu inciso I, como a

fraude a finalidade do procedimento, qual seja, a obtenção de proposta mais vantajosa para a

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administração pública, o que se dá através da elevação injustificada do preço.

 

PRELIMINARES

Antes da análise das preliminares, pertinente a determinação de f. 3296/3297, torno-a sem

efeito, uma vez que, analisando profundamente a questão, entendo que as informações

solicitadas não influenciarão no entendimento quanto à competência deste juízo, conforme será

visto quando da análise da preliminar relativa a competência. No mais, o pedido já havia sido

indeferido outrora, não havendo nada que altere o fundamento da decisão de indeferimento.

 

Quanto ao requerimento de f. 3473, não merece acolhida, uma vez que a acusada não

comprovou prejuízo, sendo pleito meramente protelatório, O Prazo sucessivo foi concedido,

para beneficiar as partes, a fim de evitar tumulto processual, considerando a grande quantidade

de documentos e complexidade da demanda.

 

Antônio Afonso Ferreira arguiu o cerceamento de defesa em razão do indeferimento

de diligências. Aduziu que os pedidos demonstrariam o interesse da União em razão da

existência de verba federal.

 

Tratam-se de pedidos de envio de Ofícios para instituições a fim de identificar a origem

do recurso supostamente desviado.

 

Entretanto, desde o início desta demanda há informações de que a entidade lesionada

recebia recursos federais, sendo este fato incontroverso.

 

Não bastasse isso, o momento oportuno para tal questionamento seria na resposta a

acusação, vez que o fato já constava na exordial, o que não foi devidamente observado.

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O artigo 402 do Código de Processo Civil é claro ao permitir o requerimento de

?diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução?, o que

não é o caso, como visto.

 

O mesmo acusado também sustentou a tese de cerceamento de defesa em razão da

ausência de intimação da procuradora do corréu Élio José Ferreira Júnior.

 

Todavia o argumento não merece prosperar, uma vez que para declaração de nulidade,

não basta a cogitação de que a atuação do corréu poderia lhe beneficiar, devendo, na realidade,

existir a comprovação do prejuízo, enfim, não bastam meras conjecturas.

 

O entendimento acima exposto decorre da adoção no âmbito processual do princípio ?

?, o qual impõe a comprovação de prejuízo para declaração de nulidade.pas de nullité sans grief

Neste sentido caminha o Superior Tribunal de Justiça, vejamos:

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE

CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. PAS DE

NULLITÉ SANS GRIEF. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. PRECLUSÃO.

ORDEM NÃO CONHECIDA.

1. Em matéria de nulidade, rege o princípio pas de nullité sans grief,

segundo o qual não há nulidade sem que o ato tenha gerado prejuízo

para a acusação ou para a defesa. Não se prestigia, portanto, a forma

pela forma, mas o fim atingido pelo ato. Por essa razão, a

desobediência às formalidades estabelecidas na legislação processual

só pode acarretar o reconhecimento da invalidade do ato quando a sua

finalidade estiver comprometida em virtude do vício verificado, trazendo

prejuízo a qualquer das partes da relação processual, o que,

definitivamente, não é o caso, visto que o paciente foi patrocinado por

advogado em todas as fases do processo.

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2. As nulidades relacionadas aos interesses das partes - analisadas à luz

do princípio da instrumentalidade das formas - devem levar em

consideração os prazos previstos no art. 571 do CPP, sob pena de

preclusão.

3. A alegação de cerceamento de defesa pela ausência de intimação da

advogada para apresentar alegações finais - sendo certo que a peça foi

apresentada por defensor público - só foi arguida nestes autos.

Nem mesmo na revisão criminal, julgada em 2006, foi levantada a

matéria, o que evidencia a preclusão do tema.

4. Habeas corpus não conhecido.

(HC 261.698/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA

TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 06/04/2015)

 

O réu em suas alegações finais, suscitou, preliminarmente, aClécio Paulo Carneiro

incompetência deste juízo, com fundamento na origem federal de verbas que compõem os

recursos da instituição.

 

Constou na prefacial que a Associação executa serviços típicos da administração,

recebendo para isso subvenções, principalmente decorrentes de seu cadastramento no Sistema

Único de Saúde.

 

Entretanto, a tese relativa a incompetência não merece prosperar, uma vez que a

determinação de competência da Justiça Federal depende da efetiva comprovação de lesão à

bens, serviços ou direitos da União, suas autarquias ou empresas públicas, o que não se vê no

caso em deslinde, pois embora a associação receba recursos federais, não há comprovação de

desvio de verbas federais.

 

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Outrossim, a referida lesão deve ser direta, não bastando a lesão reflexa, sob pena de

casos envolvendo desvios sempre serem de competência da justiça federal.

 

No mais, as verbas repassadas à Associação pelo município, em razão do

credenciamento da instituição no SUS, já eram incorporadas ao patrimônio do referido ente, o

que evidencia a competência da Justiça Estadual para julgamento do caso. Neste sentido, julgou

o Superior Tribunal de Justiça:

 

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. CRIMES

PRATICADOS POR PREFEITOS. DESVIO DE VERBA

REFERENTE A PARCELAS DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS

MUNICÍPIOS JÁ INCORPORADAS. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA

COMUM ESTADUAL. SÚMULA Nº 209/STJ. AGRAVO

IMPROVIDO.

1. "Não compete ao Tribunal Regional Federal o processo e

julgamento originário de ação penal contra prefeito Municipal por

má aplicação de verbas federais repassadas ao patrimônio da

municipalidade, pois seu desvio ou emprego irregular é crime contra

o Município, em cujo patrimônio as verbas já haviam se incorporado

e, portanto, a competência é do próprio Tribunal de Justiça."

(Alexandre de Moraes, in Direito Constitucional, Ed. Atlas, 2002, p.

277).

2. "Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por

desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal."

(Súmula do STJ, Enunciado nº 209).

3. Agravo regimental improvido.

(AgRg no REsp 307.098/CE, Rel. Ministro HAMILTON

CARVALHIDO, SEXTA TURMA, julgado em 23/03/2004, DJ

17/05/2004, p. 293)

 

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PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

ESPECIAL. CRIME DE RESPONSABILIDADE DE PREFEITO.

VERBA PÚBLICA FEDERAL INCORPORADA AO PATRIMÔNIO

MUNICIPAL. JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA. PENA-BASE

ACIMA DO MÍNIMO. MAUS ANTECEDENTES. AUSÊNCIA DE

PREQUESTIONAMENTO. ARREPENDIMENTO POSTERIOR.

DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO PARA FORMA TENTADA.

IMPOSSIBILIDADE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO

DEMONSTRADO DE FORMA IDÔNEA. 1. Tratando-se de verba

federal incorporada ao patrimônio municipal, evidencia-se a

competência da Justiça estadual para processar e julgar o prefeito

denunciado, sendo certo que o STJ já teve oportunidade de deliberar

acerca do tema quando do julgamento do RHC n. 16.797/GO. 2. O

tema alusivo à impugnação pela consideração de ações penais em

curso como maus antecedentes não chegou a ser apreciado pelas

instâncias ordinárias, o que impede a sua análise nesta instância

superior por ausência de prequestionamento, atraindo o óbice da

Súmula 211 do STJ. 3. O reconhecimento da causa de diminuição da

pena prevista no art. 16 do Estatuto Repressor não tem o condão de

autorizar a desclassificação do delito para a modalidade tentada,

porquanto tal dispositivo cogita de arrependimento posterior, ou

seja, ocorrido posteriormente à sua consumação. 4. Nos termos do

art. 255, § 2º, do RISTJ, para a comprovação da divergência

jurisprudencial, não basta ao recorrente transcrever trechos de

ementas dos julgados apontados como paradigmas, sendo necessária

a realização do cotejo analítico, a fim de evidenciar a similitude

fática das situações e a divergência de interpretações entre os

julgados confrontados. 5. Agravo regimental desprovido. (AgRg no

REsp 1423741/GO, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA

TURMA, julgado em 13/10/2015, DJe 28/10/2015)

 

Saliento que, conforme a prova produzida, a instituição foi beneficiada com emendas

parlamentares e convênios, mas estes se submetem a prestação de contas individualizadas,

sendo inclusive recursos depositados em conta especifica. Assim, não há evidências de que

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valores advindos destes instrumentos tenham sido objeto dos supostos desvios.

 

Desta forma, as verbas recebidas em decorrência do credenciamento no SUS, por meio

de contrato com o município, não geram a competência da Justiça Federal. Diferente seria se o

repasse estivesse vinculado especificamente a alguma destinação, conforme entendimento do

Ministério Público Federal exposto na seguinte decisão proferida pelo Ministro Ricardo

Lewandowski no julgado de Agravo em Conflito de Competência, que por ser muito

elucidativo, transcrevo abaixo:

 

?Trata-se de conflito negativo de atribuição entre o Ministério Público Federal e o MinistérioPúblico do Estado da Paraíba, a fim de se determinar o órgão ao qual se deve estabelecer aatribuição para atuar em procedimento administrativo instaurado para apurar supostasirregularidades em disputa de licitação realizada pelo Município de Pedras de Fogo/PB para a

aquisição de medicamentos destinados à rede municipal de saúde. O Ministério PúblicoEstadual sustentou que ?os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde ? SUS, repassadosaos Estados e Municípios serão fiscalizados pelo Ministério da Saúde e, nos casos demalversação, o julgamento é afeto à Justiça Federal, em decorrência de ofensa a interesse da

União? (fl. 112). Ressaltou, nesse sentido, que os recursos financeiros objeto dos autos foramretirados do Fundo Municipal de Saúde e que a atribuição para atuar no feito seria do

Ministério Público Federal (fls. 111-113). Por outro lado, o Ministério Público Federal alegouque ?(...) a definição de competência de ações que tratem sobre a malversação de valoresadvindos da União vai depender do objetivo desta transferência. É dizer: se o repasse deverbas da União estiver vinculado a uma destinação específica e submetida à condicionantes,evidente que a competência deve ser atribuída à Justiça Federal, posto que o interesse daUnião em constatar o real emprego dos valores repassados. Entretanto, quando se trata detransferência automática realizada pela União, e sem qualquer condicionamento, oMunicípio incorpora tais valores, devendo qualquer ação porventura interposta, correlata a

tais valores, ser apreciada pela Justiça Comum? (fl. 120). Na hipótese, assevera que teriahavido repasse automático de verba e que tais recursos foram incorporados ao patrimônio

municipal por não estarem vinculados a nenhuma destinação (fls. 117-124). AProcuradoria-Geral da República apresentou parecer pelo reconhecimento da atribuição do

Ministério Público do Estado da Paraíba (fls. 70-75). É o relatório. Passo a decidir. Bemexaminados os autos, deve-se ponderar que a competência estabelecida no art. 109 daConstituição Federal é absoluta, cabendo à Justiça Federal processar e julgar as infraçõespenais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de suas autarquias ou

das empresas públicas federais. No entanto, na hipótese dos autos, deve-se prestigiar o parecerda Procuradoria-Geral da República, porquanto de fato não há elementos suficientes nos autosque indiquem o desvio de recursos do Fundo Municipal de Saúde, tratando-se, em verdade, de

inobservância, em tese, do disposto no art. 26 da Lei 8.666/1993. Com efeito, eventualirregularidade na aplicação dos recursos em questão, decorrente de supostas irregularidadesem disputa de licitação, fere diretamente o patrimônio do município, tudo em decorrência da

atuação dos gestores locais. Assim, pertinente ressaltar trecho do parecer do Ministério

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Público quanto a esse aspecto: ?(...) ainda que eventualmente a investigação possa desaguar nadescoberta do delito previsto no artigo 89 da Lei nº 8.666/93, ou mesmo de crime previsto noartigo 1º do Decreto-Lei nº 201/67, a competência para processar e julgar eventual demandacriminal é da Justiça Estadual. (...) O suposto descumprimento do dever de probidade,considerando a irregularidade da conduta omissiva no exercício funcional, inclusive adesatenção ou a falta de diligência na condução dos assuntos de interesse público, ocorreu noâmbito municipal, revelando-se, inafastavelmente, o interesse do Município de Pedras de

Fogo/PB também no campo cível ? (fl. 133). Assim, seja na esfera criminal, seja na seara cível, necessário o reconhecimento da atribuição do Parquet estadual para atuar no feito. A

propósito, vide ACO 1790, Rel. Min. Cármen Lúcia - caso semelhante ao tratado nestes autos, ?de cuja ementa extraio o seguinte trecho: CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. SUPOSTASIRREGULARIDADES NA APLICAÇÃO DE RECURSOS DE FUNDO MUNICIPAL DESAÚDE. DISPENSA INDEVIDA DE LICITAÇÃO PARA A CONTRATAÇÃO DE FUNDAÇÃODE DIREITO PRIVADO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARADIRIMIR O CONFLITO. ATRIBUIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE

PERNAMBUCO.? Isso posto, conheço do conflito e declaro a atribuição do Ministério Públicodo Estado da Paraíba, órgão para o qual os autos deverão ser remetidos.

Clécio Paulo Carneiro também sustentou a inépcia da denúncia em razão da falta de

individualização de sua conduta, bem como aduziu ser ela inidônea por generalizar sua conduta.

 

Analisando a exordial, entendo que a preliminar aventada também não merece acolhida.

Consta que Clécio, quanto às assessorias, atestou inverídica normalidade das transações

sabidamente espúrias. Também de forma livre e consciente, lançou sua rubrica no campo

?pague-se? dos processos de compra compromisso. Outrossim, constou que o acusado

subscreveu os cheques nº ZY-002085, 333176, ZY-009925, 337211, 300917, 850028, ZY

012705, os quais efetivaram os desvios.

 

Também narrou a exordial acusatória que, em relação ao GLIVEC, o acusado lançou

sua rubrica no campo ?pague-se? dos processos de compra compromisso, subscrevendo os

cheques de nº 334895 e ZY-007455.

 

Logo, observa-se a devida individualização da conduta de Clécio.

 

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Pertinente a suposta ausência de justa causa, que se traduz no lastro mínimo probatório

indicativo da autoria e da materialidade da infração penal, também não há razão. A denúncia e

o procedimento investigatório criminal apontaram as condutas supostamente criminosas de

Assim, existe o lastro mínimo probatórioClécio, com fundamento em vasta documentação.

exigido como condição da ação penal.

 

Da mesma forma, apontou como preliminar a nulidade em razão do cerceamento de

defesa, ao argumento de que o juiz processante e o órgão acusador não se dispuseram a

investigar após a informação dos destinatários dos TEDs. 435473 e 435675.

 

Inicialmente, esclareço que a atividade do julgador não é investigativa. Considerando-se

que vigora em nosso ordenamento jurídico o sistema acusatório, típico dos regimes

democráticos, as funções de acusar, julgar e defender não são exercidas pela mesma figura.

Assim, como a investigação objetiva munir o titular da ação penal de elementos de convicção,

não pode o magistrado, em nenhuma hipótese, exercer o papel investigativo.

 

O Ministério Público é o titular da ação penal, cabendo-lhe a análise quanto à possíveis

outros envolvidos no crime, mas o fato de durante a instrução serem identificados outros

envolvidos, não influencia no andamento processual. O princípio da obrigatoriedade, aplicável a

ação penal pública impõe a atuação do Ministério Público caso evidenciada prova da

materialidade e indícios da autoria, mas não implica na suspensão do andamento processual

para fins de investigação de supostos envolvidos no ato criminoso.

 

Saber o posterior tramite do dinheiro supostamente desviado somente implicaria no

descobrimento de novos envolvidos, não influenciando na defesa do acusado, afinal, as

condutas que lhe foram impostas, ocorreram em fases anteriores as transferências, razão pela

qual não há que se falar em cerceamento de defesa..

 

A defesa de em suas alegações finais, igualmente arguiuCriseide Castro Dourado,

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como preliminar a incompetência absoluta do juízo, em razão do desvio de recursos federais,

questão esta já analisada nesta sentença.

 

Noutro passo, sustentou a ilegalidade em razão do desmembramento. Segundo ela,

houve prejuízo à defesa em razão de ter sido impedida de participar de atos de instrução e do

interrogatório nos autos da ação em desfavor de Arilson.

 

A meu ver, inexiste prejuízo para as defesas em relação ao desmembramento do feito,

concernente na ?inter-relação? entre a matéria a ser discutida e os diversos acusados, conquanto

os presentes autos percorreram de forma escorreita até o presente momento.

 

Além disso, observo que o Ministério Público pugnou pela oitiva de Arilson, José

Lázaro e Warllen Aparecido como testemunhas do juízo, manifestando-se todos os defensores

de forma desfavorável (f. 1303/1304), o que contradiz a tese da acusada, pois se questões

relativas a Arilson fossem tão importantes, não teria se manifestado contrária a sua oitiva como

testemunha.

 

Chama-se ao caso o princípio (não há nulidade sem prejuízo),pas de nullité sans grief

outrora mencionado, dado que a defesa de Criseide não comprovou o prejuízo ensejador de

nulidade em sede de alegações finais.

 

Pertinente ao cerceamento de defesa em razão do indeferimento de pedido de

documentos, reitero o que foi anteriormente dito sobre a irrelevância da diligência. A ré, na

qualidade de presidente da ACCG, tinha conhecimento das operações comerciárias e financeiras

realizadas pelo órgão, sendo isso suficiente para apuração de eventual responsabilidade criminal

pelos fatos imputados na peça acusatória. Não bastasse isso, a pleiteada prova poderia ter sido

produzida pela acusada.

 

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Leonardo de Sousa Rezende defendeu a incompetência deste juízo em razão do desvio

ter como objeto verbas do SUS, bem como a nulidade em razão do desmembramento,

preliminares já analisadas acima.

 

Em relação ao alegado cerceamento de defesa, reitero o que constou às f. 2836/2844, ou

seja, os requerimentos de diligências deveriam ter sido realizados em momento anterior e

oportuno. Ora, os pagamentos dos produtos e serviços são descritos com clareza na denúncia,

surgindo daí, com a citação dos acusados, o interesse de saber a origem da verba pública, e não

com a instrução criminal.

 

Ademais, a dinâmica dos fatos já eram conhecidas das defesas, em razão dos

documentos constantes do Procedimento Investigatório Criminal ? PIC, bem como da denúncia,

na qual constam as imputações fáticas aos réus e os documentos que as embasaram. Desta

forma, poderiam, em resposta a acusação, pleitear tal diligência.

 

Inobstante, a referida diligência é desnecessária, uma vez que é fato incontroverso o

recebimento de verbas federais pela Associação

 

O réu também sustentou a incompetência deste juízo, pelosMarcelo Rodrigues Gomes

mesmos fatos e fundamentos indicados pelos demais acusados, preliminar esta, já devidamente

afastada.

 

Igualmente, aduziu a inépcia da inicial em razão da falta de descrição dos fatos típicos, o

que não condiz com a realidade, uma vez que constou na denúncia (f. 20 e 21) suposta conduta

típica praticada pelo réu, de forma individualizada, completa e clara, nos seguintes termos:

 

?Com efeito, Marcelo, no ano de 2009, atuava como administrador

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da empresa Assismed Comércio de Medicamentos e Serviços

LTDA-ME (CNPJ nº 07260795/0001-16), na condição de

procurador da sócia majoritária da referida pessoa jurídica?

Ante tais conjunturas, no preâmbulo do mês de abril de 2009,

Criseide, Clécio, Antônio Afonso e Amarildo apresentaram o

bem-sucedido projeto criminoso ao denunciado Marcelo, o qual

aglutinou-se ao desígnio do quarteto delituoso de forma estável,

permanente e organizada, aceitando dar execução à tarefa que lhe

foi confiada em contrapartida ao recebimento de porcentagem sobre

a operação ilicíta.

Neste caminhar, nos dias 01,03 e 06/04/2009, Marcelo emitiu,

respectivamente, os DANFE's 012,0 009 e 013, neles inserindo a

falsa declaração acerca da venda de um total de 31 (trinta e uma)

unidades do medicamento quimioterápico Glivec (100 mg c/60

com), em tese integrantes do lote nº 2700010, à ACCG, cirando,

com isso a obrigação do pagamento total de R$ 152.148,00 (cento e

cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais) em favor da

empresa assismed).

Em arremate ao esquema criminoso, o referido título de crédito foi

depositado na conta-corrente (Banco Itaú, agência 4429, c/c

14397-9) da empresa Assismed no mesmo dia (09/04/2012), sendo

que, tão logo compensado, Marcelo, conforme previamente

acertado permaneceu com R$ 15.120,00 (quinze mil cento e vinte

reais), a título de ?comissão?, e transferiu o restante, ou seja, R$

137.028,00 (cento e trinta e sete mil e vinte e oito reais) para a

quadrilha em questão, de sorte que os R$ 152.148,00 (cento e

cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais) - dinheiro público

este que os denunciados Criseide, Clécio, Antônio Afonso e

Amarildo tinham em a posse em razão das funções que exerciam na

ACCG ? restaram desviados em proveito alheio, graças à relevante

contribuição, livre e consciente, do denunciado Marcelo.

 

Referente ao réu , a sua defesa levantou a preliminar deRubens Rênio da Silva

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incompetência, bem como a nulidade das decisões relativas a determinação do

desmembramento do feito e indeferimento de pedidos de diligências do acusado.

 

Pertinente ao desmembramento do feito em relação ao acusado Élio José, aplica-se

também ao caso o princípio (não há nulidade sem prejuízo), dado que apas de nullité sans grief

defesa de Rubens não comprovou o prejuízo ensejador de nulidade em sede de alegações finais.

 

Ainda, observo que a falta de prejuízo é gritante, uma vez que o desmembramento foi

efetivado somente em fase adiantada do processo, tendo o acusado Élio, inclusive, sido

interrogado (f. 3209).

 

Esclareço que o desmembramento não desatende a regra do artigo 77 do Código de

Processo Penal, uma vez que a competência continua sendo deste juízo. Além disso, o ato

processual decorre de permissivo legal, e o remembramento, inclusive, geraria graves prejuízos

ao processo, ferindo a celeridade.

 

Nas alegações finais de , sua defesa argumenta,Rafael José Lemos Filho

preliminarmente, não ser ele funcionário público por equiparação, uma vez que a Associação de

Combate ao Câncer não poderia ser considerada entidade pública.

 

Pois bem. Estabelece o artigo 327 do Código Penal que:

 

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,

quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,

emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,

emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para

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empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a

execução de atividade típica da Administração Pública.

 

Como bem assinalado pelo acusado, a Associação de Combate ao Câncer é entidade filantrópica

sem fins lucrativos contratada pelo Município de Goiânia. Acrescento que essa contratação se

deu exatamente para prestação de serviços típicos da Administração Pública, relativos a saúde, e

a partir de tal contratação passou a receber recursos federais.

 

Sobre o tema, Guilherme de Souza Nucci explica bem a equipação contida no parágrafo 1º:1

 

?toda pessoa que trabalha para empresa que celebra contrato de

prestação de serviços ou celebra convênio com a Administração

pode responder pelos delitos previstos neste capítulo. Como ensina

Maria Sylvia Zanella Di Pietro, contrato administrativo é todo

ajuste que a ?Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas

físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para consecução de fins

públicos, segundo regime jurídico de direito público? (Direito

Administrativo, p. 232), e convênio é a ?forma de ajuste entre o

Poder Público e entidades públicas ou privadas para a realização

de objetivos de interesse comum, mediante mútua colaboração? (ob.

ct., p. 284).

 

Logo, caso a entidade privada seja contratada para realização de atividades com a finalidade

pública, seus funcionários serão considerados públicos por equiparação. Neste sentido julgou o

Superior Tribunal de Justiça nos seguintes termos:

 

PENAL. HABEAS CORPUS. PECULATO. ADMINISTRADOR DE

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HOSPITAL CONVENIADO AO SUS. ATOS ANTERIORES À LEI

9.983/00, QUE ALTEROU O CÓDIGO PENAL.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO. NÃO-EQUIPARAÇÃO. ORDEM

CONCEDIDA.

1. O médico e o administrador de entidade hospitalar conveniada

ao SUS somente podem ser equiparados a funcionário público, nos

termos do § 1º do art. 327 do Código Penal, para fins penais, em

relação a condutas praticadas após a entrada em vigor da Lei

9.983/00.

2. Ordem concedida para trancar, em relação a MARCONI

TIMOTHEO DE SOUZA, a Ação Penal 2000.82.00.001848-8, em

trâmite na 2a Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba.

(HC 100.563/PB, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA,

QUINTA TURMA, julgado em 03/12/2009, DJe 01/02/2010)

 

Por fim, suscitou, ainda, a nulidade em razão da ofensa ao contraditório, ampla defesa e devido

processo legal em razão do desmembramento do feito, mais especificamente em relação ao

corréu Arilson, que teria vinculação direta aos fatos que lhe foram imputados na denúncia, tese

que não merece prosperar pelos argumentos contidos na análise da mesma preliminar arguida

pela defesa de Criseide.

 

MATERIALIDADE

 

No cômputo dos autos, verifico a presença da materialidade e parcial autoria dos delitos, vez

que restam sobejamente demonstradas pelos elementos de informação obtidos na fase indiciária

e, posteriormente, corroborados pelas provas colhidas na fase judicial.

 

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In casu, verifica-se que a dos delitos está evidenciada pelo Procedimento dematerialidade

Investigação Criminal (PIC) nº 006/2011, notadamente nos documentos de f. 17/24, 965/966,

1633/1634, 1565/1567; notas fiscais de f. 1704/1706; processo de compra compromisso e

cheques de f. 1705/1707; recibo de f. 1708; interrogatório de f. 1568/1571; nota fiscal de f.

1709; documentos de f. 1710/1711; interrogatórios de f. 1182/1184, 1361/1363 e 1565/1567;

documentos de f. 1712/1715; interrogatórios de f. 1635/1637, 1361/1364 e 1620/1622; extratos

bancários de f. 1864 e 1740; documentos de f. 1716/1718, 1871 e 1655/1658; contrato de f.

1410/1412; procuração de f. 970/971; DANFE's de f. 1909/1911; documentos de f. 546,

817/818, 834/835; relatórios de f. 844/869 e 679/680 e termos de f. 763/765 e 1265/1267;

informação da empresa Novartis nas f. 648/649; processo de compra compromisso f. 1907;

documentos de f. 1908 e 1914/1916; documentos de f. 844/869 e 679/680, além dos termos de f.

763/765 e 1265/1267; informação da empresa Novartis a respeito do lote 83554 de f. 1963 e

648/649; documentos de f. 1913, 546, 817/818, 834/835; alteração contratual de f. 945/946,

940/942, 1753/1754; DANFE's de f. 1919/1921; espelhos de f. 1964/1972; relatórios de f.

844/869, 679/680, 763/765 e 1265/1267; informações da empresa Novartis nas f. 1545 e

648/649; documentos de f. 1917/1918, 1561, 2228/2709, 2230/2237; processo licitatório de f.

1974/2223, 2136/2160 e 2177/2178; documentos de f. 2186/2192, 2569/2574, 2500, 2683 e

2469; tabela de preços de f. 1661; DANFE de f. 483; documentos de f. 1925, 1929, 1932, 1936,

483, 896, 1512/1515, 470/471, 1105/1107, 1506,1502/1503 e 2710/2757; DANFE's de f. 484,

1925, 1929, 1932 e 1936; extrato de f. 1072; processos de compra compromisso de f. 1922,

1926, 1930 e 1933; cheques e comprovantes de depósitos de f. 1923, 1927, 1931 e 1934.

 

No tocante à o contexto probatório incrimina parcialmente os acusados, de formaautoria,

inconteste, especialmente pelos documentos e depoimentos colhidos no PIC e em juízo, a

despeito de suas negativas ou silêncio.

 

DO ESQUEMA DE ASSESSORIAS E CONSULTORIAS

 

Em síntese, o referido esquema de desvio era efetivado através da emissão de notas relativas à

falsa prestação de assessorias e criação de processos de compra compromisso que culminavam

no pagamento das referidas notas.

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Quanto ao suposto serviço de assessoria, prestado por Lemos e Lemos Comércio e Consultoria

de Materiais Médico Hospitalares LTDA e Milton Lopes ? ME, as provas produzidas são no

sentido de que não existiu.

 

A acusada Criseide, em juízo, disse que o serviço se resumia a acompanhamento de projetos que

poderiam beneficiar financeiramente a instituição. Contudo, tal acompanhamento poderia ser

feito através de consulta na internet, não justificando, assim, a contratação de terceiros, com o

pagamento de valor relevante, como no caso em deslinde.

 

Outrossim, alguns servidores da Associação não souberam precisar a prestação de serviços de

assessoria, sabendo dela só por ouvir dizer.

 

Edgar Berquo Peleja disse, em juízo, que nunca viu contrato escrito de alguém prestando

serviço de assessoria para conseguir emendas, mas viu pessoas oferecendo esse tipo de serviço

(f. 2280).

 

O réu Clécio aduziu, também em juízo, que, quanto aos processos de compra compromisso

relativo as assessorias, em alguns casos não emitiu parecer e que durante um período pagavam

sem contrato. Disse que, do seu conhecimento, não faziam elaboração de projetos.

 

Na fase investigatória, o réu Antônio Afonso, que ocupava a gerência financeira da Associação,

disse:

 

?que a empresa Milton Lopes foi contratada pela ACCG para

apresentar um projeto junto ao BNDES, não sabendo se o senhor Milton

prestava assessoria por telefone para Criseide; que não sabe informar

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se esse projeto foi realmente executado; que a empresa Lemos e Lemos

também foi contratada para prestar assessoria à ACCG; que o

interrogando não tem conhecimento se foi firmado contrato com essas

duas empresas? (f. 1291 do PIC)?

 

Causa muita estranheza as declarações do Gerente Financeiro da Associação de que não sabia

da prestação de tais serviços.

 

Assim, ficou claro que não houve auxílio na elaboração de projetos. Da mesma forma, não

houve assessoria no acompanhamento de tais projetos. Inclusive as notas relativas a tais serviços

eram muito genéricas (f. 1704/1706 do PIC).

 

Além disso, especificamente quanto à empresa Lemos e Lemos, consta nos autos o Ofício

ACCG-001/2012 (f. 1435 do PIC), através do qual o presidente em exercício informa que ?o

setor de planejamento e OSM/Coordenação de Tecnologia da Informação é responsável pela

guarda dos contratos da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, e em nosso arquivo

físico e no sistema de controle de contratos não consta nenhum contrato celebrado com a

?.empresa Lemos Lemos Comércio Representação e Consultorias

 

Ademais, o contrato de Milton Lopes de Souza ? ME também não subsidia a tese de prestação

de serviços. O mesmo foi assinado somente pela presidente e pelo suposto contratado, sem

testemunhas e sem registro, e fora dos trâmites normais de contratação da instituição, prova

documental que corrobora a veracidade do que foi dito por Milton na fase investigatória,

tornando sem crédito a sua negativa perante a autoridade judicial:

 

?Que o interrogando quer esclarecer que, na verdade, não prestou

nenhum serviço para a ACCG; que no ano de 2010 recebeu uma ligação

do Sr. Arilson, que prestava assessoria na ACCG, solicitando ao

interrogando que procurasse a Dra. Criseide; que, na data acertada, o

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interrogando compareceu até a ACCG, onde foi recebido or Arilson que

o levou até o gabinete da Dra. Criseide; que no local Arilson orientou o

declarante a atender tudo que Criseide precisasse para solucionar suas

pendências relativas ao projeto do BNDS; que, em seguida, Arilson

deixou a sala e o interrogando passou a conversar com Criseide; que,

logo após, Criseide disse ao interrogando que precisava regularizar um

projeto junto ao BNDES (cuja cópia apresenta neste ato) e solicitou-lhe

documentação hábil para justificar o pagamento que era devido para

elaboração do projeto; que, explicando, segundo entendeu Criseide já

teria determinado a confecção do projeto??

 

A não realização das assessorias fica mais clara com o relato do motorista da Associação

perante o Ministério Público:

 

?? que conheceu Milton Lopes na ocasião em que a senhora Criseide lhe

chamou em sua sala e ordenou que acompanhasse Milton até uma

agência do Banco do Brasil porque Milton depositaria um cheque em

sua própria conta e, no mesmo ato, transferiria R$ 60.000,00 (sessenta

mil reais) para a conta do interrogando; que a transação foi realizada

no banco do Brasil da Avenida Goiás; que não conhece Warllem Lucas;

que já viu Arilson algumas vezes na ACCG; que desconhece o que

Milton e Arilson faziam na ACCG (?)que na ocasião em que conheceu

Milton, Criseide explicou ao interrogando que Milton passaria o

dinheiro para a conta do interrogando tendo em vista que a conta dela

no Banco Itaú estaria com problemas; que o interrogando e Milton

dirigiram-se banco em carros diferentes; que o interrogando seguiu no

carro da ACCG; que sabia que Milton estava com um cheque, mas até o

momento da transferência do montante para a sua conta, não tinha

conhecimento de seu valor, tendo ciência, todavia, que R$ 60.000,00

(sessenta mil reais) deveriam ser passados para sua conta; que o

interrogando passou seu cartão para Milton e subu com ele na

gerência; que Milton depositou o aludido cheque em sua própria conta

e, incontinenti, transferiu o valor total para a conta do interrogando;

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que, ao retornar para a ACCG, o interrogando entregou o comprovante

da transferência realizada pra a senhora Criseide; que o dinheiro

permaneceu alguns dias na conta do interrogando; que, dias após,

seguindo ordens de Criseide, o interrogando transferiu exatos R$

50.000,00 (cinquenta mil reais) para a conta da ACCG e permaneceu

com R$ 10.000,00 (dez mil reais)em sua conta; que o comprovante

dessa transferência também foi enregue para Criseide; que os R$

10.000,00 (dez mil reais) permaneceram para posterior repasse a

senhora Criseide; que esse remanescente foi sacado, mais uma vez por

ordem da senhora Criseide, e repassado, na sua totalidade, para esta,

não se recordando todavia, se o saque deu-se de maneira fracionada ou

na sua integralidade; (...)? (f. 1635/1637 do PIC)

 

Igualmente, durante a investigação, Milton tratou do fato:

 

?...que na ocasião em que Criseide solicitou a ajuda do interrogando no

sentido de viabilizar algumas pendências relativas ao projeto do

BNDES, esta, após conversar com o interrogando, chamou seu

motorista, o senhor José Lázaro da Silva, entregou a este o cheque no

valor de R$ 60.826,25 (sessenta mil oitocentos e sessenta e dois reais e

vinte e cinco centavos), e ordenou que o interrogando e o motorista

Lázaro fossem até a agência do Banco do Brasil, situada na Avenida

Goiás, para que promovessem o devido depósito do dinheiro na conta

do interrogando; que assim foi procedido; que chegando à aludida

agência o interrogando e o mencionado motorista foram encaminhados

à gerência para liberação do valor; que o cheque foi, então, depositado

na conta do interrogando e, incontinenti, o seu valor foi transferido

para a conta de uma pessoa que o senhor Lázaro indicou?? (f.

1620/1622 do PIC).

 

No âmbito judicial, o réu Milton foi contraditório em seu interrogatório. Num primeiro

momento, disse não ter sido acompanhado pelo motorista de Criseide. Porém, posteriormente,

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afirmou que foi acompanhado apenas por uma questão de segurança. Em sequência, indagado

sobre as movimentações financeiras entre sua conta e a do motorista, não soube explicar.

 

Nesse contexto, observa-se que a negativa de autoria do acusado Milton carece de veracidade.

Além da contradição mencionada, os extratos financeiros não deixam margem de dúvidas de

que o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) foi depositado em sua conta e transferido para

o motorista da Associação, José Lázaro (f. 1740), que repassou à acusada Criseide

posteriormente.

 

Vê-se que realmente não houve assessoria por parte de Milton, servindo ele somente como canal

de desvio de recursos da associação, pois o fato acima narrado evidencia que o valor foi

depositado em sua conta, mas logo transferido para o motorista da Associação.

 

A concretização do desvio se deu através dos cheques nº ZY-002085 (Banco Itaú - f.

1705), 333176 (Banco do Brasil ? f. 1707) ZY-009925 (Banco Itaú ? f. 1711), 337211 (Banco

do Brasil ? f. 1710), 300917 (Cooperativa Unicred ? f. 1713), 850028 (Banco do Brasil f. 1715 )

e ZY ? 012705 (Itaú ? f. 1717).

 

Pois bem, constatada a não realização das assessorias, e o pagamento indevido, passo a analisar,

dentro do esquema das assessorias as imputações de cada acusado.

 

Conforme o apurado, Arilson Vieira da Silva contactou Rafael José Lemos Filho para

fornecimento de notas fiscais a fim de inserir a informação relativa as assessorias e desviar

recursos da Associação de Combate ao Câncer. Assim, Rafael José Lemos Filho emitiu as notas

fiscais nºs 0046, 0047 e 87, em troca do recebimento de uma comissão, conforme disse durante

a investigação ministerial (f. 965/966 do PIC):

 

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?...que a empresa declarante nunca prestou serviços a ACCG; que é

sócia da empresa em apreço Nara Maria de Campos Lemos, irmã do

declarante; que sua irmã realiza atividades ordinárias na empresa mas

a gerência é exercida pelo próprio declarante; que a empresa tem o

nome fantasia de Engemed; que pelo que se recorda a empresa foi

criada no ano de 2003; que nunca trabalhou em sua empresa nenhuma

pessoa chamada Arilson Vieira da Silva; que desconhece a senhora

Criseide de Castro Dourado; que sua empresa nunca recebeu nenhum

cheque emitido pela ACCG; que desconhece as assinaturas lançadas às

f. 225 e 226; que analisando o documento de fls. 227 o declarante

afirma que o layout parecido com as notas de sua empresa; que não

reconhece a letra contida no referido documento; que o declarante

nunca prestou serviço semelhante descrito na nota fiscal em testilha;

que o declarante se compromete a tentar localizar as notas fiscais

emitida por sua empresa de número 0046 e 0087 e trazê-las a este

gabinete??

 

Outrossim, em seu interrogatório, durante as investigações disse (f. 1633/1634 do PIC):

 

?...que acredita ter cedido cerca de 10 notas fiscais para Arilson e

Warllen Lucas a pedido destes; que Arilson argumentava com o

interrogado que prestava serviços como pessoa física e, para o

recebimento dos serviços precisava de notas fiscais como pessoa

jurídica; que o interrogado não procurava saber os locais para os quais

as notas eram emitidas, desconhecendo, por exemplo, que algumas

tinham sido endereçadas à ACCG; que o interrogando atendia tais

pedidos porquanto Arilson era pessoa bastante conhecida e poderia

abrir várias portas para negócio do interesse do interrogando; que o

interrogando retifica suas declarações anteriores no sentido de afirmar

que as notas fiscais encartadas no PIC não são falsas; que as notas

fiscais apresentadas durante a colheita deste interrogatório foram

cedidas pelo interrogando a Arilson (nota fiscal nº 0047, referente ao

Processo de Compra-Compromisso nº 0047, nota fiscal nº 0046,

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referente ao Processo Compra-Compromisso nº 0046, nota fiscal nº

0087, referente ao Processo de Compra Compromisso nº 0087 -1ª e 2ª

parcelas) ...?

 

Nessa senda, o réu Arilson e seu ex-funcionário Warllen, corroboraram o vínculo entre

Arilson e Rafael, bem como o pagamento pelas notas fiscais:

 

?...Que além dos impostos que pagava sobre as notas fiscais que Milton

e Rafael (Lemos e Lemos) emitiam a seu pedido, o interrogando ainda

pagava, a título de comissão, aproximadamente 20% (vinte por cento)

sobre o valor das aludidas notas para Milton e cerca de 12% (doze por

cento) para Rafael...; ( f. 1565/1567 do PIC)

 

?? que o interrogando, por algumas vezes, esteve na ACCG e retirou

cheques nominais em favor das empresas Milton Souza ME e Lemos e

Lemos (Engemed), os quais entregou prontamente para Arilson; que

esclarece que chegou a buscar notas fiscais no Setor Nova Suíça, em

frente a uma concessionária de veículos; que sabe dizer que as pessoas

que emprestavam as notas para Arilson recebiam valores atinentes aos

impostos, além de uma comissão de cerca de 15% a 20% do valor total

da nota fiscal; ...? (f. 1570 do PIC)

 

Em juízo, o acusado Rafael disse, em síntese, que as notas que aparecem nos processos, são de

blocos que foram desviados e que pagou multa na prefeitura por causa disso. Afirmou não ter

recibo, cheque ou notas, assinadas ou preenchidas por ele e que não emitiu as notas fiscais, não

estando elas declaradas em seu imposto de renda, sendo que não conhece Criseide e Antônio

Afonso, não tendo ligação com o Hospital Araújo Jorge. Ponderou que não se lembra se o

registro do extravio das notas foi antes ou depois de ter ciência da denúncia.

 

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O fornecimento das Notas Fiscais restou indubitável. As notas fiscais de f. 1.704 e 1.706 do PIC

foram emitidas pela empresa Engemed, administrada pelo acusado Rafael, conforme se vê nas

referidas folhas, notas estas utilizadas para o desvio mencionado nos autos.

 

Embora em juízo o acusado tenha dito que se referiam a notas extraviadas, não comprovou tal

circunstância, afinal, declaração unilateral prestada à Fazenda, posteriormente a ciência da

investigação, não possuiria tal aptidão.

 

A meu ver, comprovada a emissão das notas, o ônus de provar que as mesmas são falsas ou não

foram idoneamente emitidas pela empresa é do administrador, ônus do qual o réu Rafael não se

desincumbiu.

 

Desta forma, a contradição entre os depoimentos colhidos na fase investigatória, bem como,

com interrogatório na fase judicial, e a prova documental, torna sem credibilidade a negativa do

réu.

 

Da mesma forma, o acusado Milton Lopes também contribuiu de forma intencional com os

desvios, emitindo as notas fiscais de nº 1147, 1152, 1172 (f. 1712, 1714 e 1716 do PIC), a fim

de desviar recursos, utilizando a falsa informação de que decorriam da prestação de serviço.

 

Como dito alhures, o contrato de Milton Lopes de Souza ? ME também não subsidia a tese de

prestação de serviços, pois o mesmo foi assinado somente pela presidente e pelo suposto

contratado, sem testemunhas e sem registro, e fora dos trâmites normais de contratação da

instituição, prova documental que corrobora a veracidade do que foi dito por Milton na fase

investigatória, tornando sem crédito a sua negativa perante a autoridade judicial:

 

?Que o interrogando quer esclarecer que, na verdade, não prestou

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nenhum serviço para a ACCG; que no ano de 2010 recebeu uma

ligação do Sr. Arilson, que prestava assessoria na ACCG, solicitando

ao interrogando que procurasse a Dra. Criseide; que, na data acertada,

o interrogando compareceu até a ACCG, onde foi recebido por Arilson

que o levou até o gabinete da Dra. Criseide; que no local Arilson

orientou o declarante a atender tudo que Criseide precisasse para

solucionar suas pendências relativas ao projeto do BNDS; que, em

seguida, Arilson deixou a sala e o interrogando passou a conversar

com Criseide; que, logo após, Criseide disse ao interrogando que

precisava regularizar um projeto junto ao BNDES (cuja cópia

apresenta neste ato) e solicitou-lhe documentação hábil para justificar

o pagamento que era devido para elaboração do projeto; que,

explicando, segundo entendeu Criseide já teria determinado a

confecção do projeto??

 

Nesse sentido, a ausência de contrato legítimo, bem como a emissão das notas fiscais

pela empresa de Milton, geram a falta de credibilidade de sua negativa em audiência, o que é

ressaltado pelas contradições observadas em seu interrogatório, pois em um primeiro momento

disse que não foi ao banco com o motorista de Criseide, mas depois disse que o motorista foi

para lhe fazer companhia, por questão de segurança. Ainda, não soube esclarecer o motivo da

transferência bancária para a conta do motorista.

 

Todo esse conjunto corrobora os elementos colhidos na fase investigatória. Vejamos

trechos importantes dos mencionados elementos:

 

?...Que além dos impostos que pagava sobre as notas fiscais que Milton

e Rafael (Lemos e Lemos) emitiam a seu pedido, o interrogando ainda

pagava, a título de comissão, aproximadamente 20% (vinte por cento)

sobre o valor das aludidas notas para Milton e cerca de 12% (doze por

cento) para Rafael...; ( f. 1565/1567 do PIC)

 

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?? que o interrogando, por algumas vezes, esteve na ACCG e retirou

cheques nominais em favor das empresas Milton Souza ME e Lemos e

Lemos (Engemed), os quais entregou prontamente para Arilson; que

esclarece que chegou a buscar notas fiscais no Setor Nova Suíça, em

frente a uma concessionária de veículos; que sabe dizer que as pessoas

que emprestavam as notas para Arilson recebiam valores atinentes aos

impostos, além de uma comissão de cerca de 15% a 20% do valor total

da nota fiscal; ...? (Warllen f. 1570 do PIC)

 

?Que o interrogando quer esclarecer que, na verdade, não prestou

nenhum serviço para a ACCG; que no ano de 2010 recebeu uma

ligação do Sr. Arilson, que prestava assessoria na ACCG, solicitando

ao interrogando que procurasse a Dra. Criseide; que, na data acertada,

o interrogando compareceu até a ACCG, onde foi recebido or Arilson

que o levou até o gabinete da Dra. Criseide; que no local Arilson

orientou o declarante a atender tudo que Criseide precisasse para

solucionar suas pendências relativas ao projeto do BNDS; que, em

seguida, Arilson deixou a sala e o interrogando passou a conversar

com Criseide; que, logo após, Criseide disse ao interrogando que

precisava regularizar um projeto junto ao BNDES (cuja cópia

apresenta neste ato) e solicitou-lhe documentação hábil para justificar

o pagamento que era devido para elaboração do projeto; que,

explicando, segundo entendeu Criseide já teria determinado a

confecção do projeto? (Milton ? f. 1361/1364 do PIC)

 

Logo, comprovada a não prestação do serviço e a emissão das notas fiscais pela empresa

do acusado Milton, fica clara sua participação na empreitada criminosa.

 

No caso do réu Milton a atuação criminosa é gritante. Como dito antes, ele emitiu as

notas fiscais de nº 1147, 1152 e 1172, sendo que estas geraram processos de compra

compromisso e a emissão dos cheques de nº 300917, no valor de R$ 25.944,20 (vinte e cinco

mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), nº 850028, no valor de R$ 60.862,25

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(sessenta mil oitocentos e sessenta e dois reais e vinte e cinco centavos) e o cheque de nº

ZY-012705, no valor de R$ R$ 25.944,20 (vinte e cinco mil novecentos e quarenta e quatro

reais e vinte centavos).

 

Quanto ao primeiro cheque, este foi retirado na sede da associação por Warllen

Aparecido Lucas Lemos, conforme assinatura de f. 1713 do PIC, que trabalhava para Arilson. O

segundo cheque foi depositado na conta de Milton e repassado para o motorista da associação.

Já o terceiro cheque, foi depositado erroneamente na conta de Milton, quando Warllen e Arilson

foram em Iporá buscar os valores.

 

As tratativas descritas comprovam que o réu Milton atuou no desvio de recursos, não

recebendo pagamento algum por assessoria. As provas judicializadas confirmam os elementos

colhidos na fase investigatória, mais precisamente os seguintes depoimentos:

 

?? quer deixar claro que, de fato, não prestou nenhum tipo de serviço à

ACCG e apenas tencionou auxiliar a Dra. criseide; que o interrogando

quer afirmar que acredita que assinou o processo de compra -

compromisso em branco, constando apenas cópia do cheque; que, em

relação ao cheque de fls. 359, no valor de R$ 25.949,200, esclarece o

interrogando que não chegou a pegá-lo, nem tampouco a depositá-lo;

que apenas deixou a nota fiscal (fls. 360) de mesmo valor com Arilson

que a repassou para Afonso; que o interrogando não sabe informar em

qual conta foi depositado o mencionado cheque, mas garante não tê-lo

endossado; que o dinheiro relativo aos impostos da operação, foram

repassados posteriormente em espécie para o interrogado por Arilson,

não se recordando o valor exato, que o cheque no importe de R$

25.940,20 é da UNICRED; que, em relação ao cheque emitido no dia

14/06/2010 (fls. 327), pelo Banco Itaú, no mesmo valor supra, cuja nota

fiscal (fls. 328) foi emitida no dia 22/06/2010, foi depositado na conta

corrente do banco do Brasil do interrogando alhures mencionada;

quew, na data do depósito, Arilson e o indivíduo de nome Lucas foram

até Iporá comunicar ao interrogando que haviam feito o depósito em

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sua conta e queriam que o mesmo repasse o valor para eles; que, como

já era noite, Arilson voltou para Goiânia e determinou que Lucas fosse

no dia seguinte ao Banco com o interrogando em Iporá; que, no dia

seguinte, então, o interrogando, juntamento com Lucas, fi até a agência

do Banco do Brasil de Iporá, onde sacaram cerca de R$ 23.000,00

(vinte e três mil reais), tendo o restante ficado na conta do interrogando

para que pagasse os impostos; que o dinheiro sacado foi entregue ao

Lucas; que Lucas, ainda no caixa, depositou a quantia sacada em favor

de outras contas que o interrogando não sabe declinar; que o

interrogando sabe dizer que Lucas trabalhava com Arilson e este se

dizia prestador de serviços junto à ACCG; que o interrogando acredita

que o sobrenome de Arilson é Vieira; que na ocasião em que Arilson

levou o interrogando até a Sra. Criseidem este imaginou que poderia

ser contratado para elaboração de pré-propjetos de emndas

parlamentares na área da saúde; que, no entanto, já no seu primeiro

contato com a Sra. Criseide, o interrogando foi surpreendido com a

proposta espúria já relatada anteriormente, ou seja, forjar a

execuçãode projeto junto ao BNDES, conforme cópia entregue neste

ato, e expedir as correspondentes notas fiscais necessárias a dar ares

de legalidade à transação; que o interrogando imaginou que pudesse

ser, de fato, contratado para elaboração de outros pré-projetos e

projetos, o que, no entanto, não ocorreu; que o interrogado esclarece

que o valor solicitado pela Sra. Criseide para legalizar a malfadada

contratação do projeto junto ao BNDES foi o de R$ 60.862,25, sendo

que o restante da quantia, ou seja, os dois cheques no importe de R$

25.949,20, referem-se a cessão de notas fiscais ao Sr. Arilson, o que

ocorreu, todavia com aquiescência da Dra. Criseide; ??(Milton - f.

1362/1364 do PIC)

 

?...que o interrogando já compareceu em ocasiões diversas na ACCG,

sempre a mando de Arilson, para buscar e entregar documento, dava o

recebido por escrito; que o interrogando conhece Milton Lopes,

proprietário da empresa Milton Lopes de Souza ME; que conheceu

Milton Lopes através de Arilson em algum encontro dos dois; que

apenas conheceu Milton por ser o motorista de Arilson; que o

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interrogando nunca participou, todavia, de reuniões entre Arilson e

Milton; que o interrogando conhece Rafael Lemos, proprietário da

empresa Lemos e Lemos; que, da mesma forma que Milton, conheceu

Rafael apenas por ser motorista de Arilson; que o interrogando nunca

manteve nenhuma espécie de trativa com Milton ou Rafael, sendo que

quem as tinha Arilson; que o interrogando já presenciou Arilson

fazendo contato via telefone com Milton e especificando qual o objeto

deveria constar na nota fiscal emitida pela empresa de Milton; que em

ocasiões variadas o interrogando encontrou-se com Milton para buscar

com ele notas fiscais de interesse de Arilson; que já buscou notas

fiscais com Milton, a título de exemplo, em Iporá, e em locais diversos

na cidade de Goiânia; que Arilson pagava cerca de R$ 1.500,00 a R$

2.000,00 pelos serviços do interrogando; que os pagamentos eram

picados e sempre em dinheiro; que o interrogando já levou, em

variadas circunstâncias, o Sr. Arilson para se reunir com a Sra.

Criseide na ACCG; que a Sra. Criseide não sabe quem é o

interrogando; que o interrogando jamais prestou qualquer tipo de

serviço para a ACCG; que, em uma dada ocasião, o interrogando

compareceu juntamente com Arilson até a cidade de Iporá com a

finalidade de encontrar Milton e, então, sacar da conta de Milton a

quantia aproximada de R$ 25.000,00 que havia sido depositada por

cheque, que, em vista do adiantado da hora, o interrogando teve que

dormir na cidade de Iporá e aguardar a abertura da agência bancária

para realizar a operação; que o saque foi realizado juntamente com a

pessoa de Milton e, incontinenti, o valor foi depositado em contas

diversas, sendo certo que um dos beneficiários era o Sr. Arilson, não

podendo declinar o nome dos demais beneficiários; que, em relação à

referida operação bancária, esclarece o interrogando que, por

equívoco da tesouraria da ACCG, foi feito o depósito de um cheque

atinente a um pagamento de Arilson diretamente na conta de Milton;

que, no banco, no momento do saque do valor depositado, só estavam

Milton e o interrogando; que Arilson deixou para o interrogando os

dados das contas que seriam beneficiadas com os depósitos; que Milton

cedia as notas fiscais de sua empresa para Arilson para que este

pudesse receber pelos supostos serviços prestados para a ACCG; que o

interrogando, por algumas vezes, esteve na ACCG e retirou cheques

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nominais em favor das empresas Milton Lopes Souza ME e Lemos e

Lemos (Engemed), os quais entregou prontamente para Arilson; que

esclarece que chegou a buscar notas juntamente com Rafael, da

empresa Lemos e Lemos, se recordando que uma vez, especificamente,

pegou notas fiscais no Setor Nova Suíça, em frente a uma

concessionária de veículos; que sabe dizer que as pessoas que

emprestavam as notas para Arilson recebiam os valores atinentes aos

impostos, além de uma comissão de cerca 15% a 20% do valor total da

nota fiscal; que, no período em que o interrogando trabalhou com

Arilson este só prestava serviços à ACCG, desconhecendo qualquer

outro órgão que o mesmo prestasse esse tipo de ?assessoria?; que não

sabe dizer se Arilson possui algum curso técnico que lhe dê autoridade

para prestar assessoria neste caso;...? (Warllen Lucas ? f. 1568/1571

do PIC)

 

Constata-se assim a união de esforços entre Arilson, Warllen, Milton, Rafael e Criseide

para o desvio dos recursos destinados à Associação de Combate ao Câncer.

 

Constou ainda na denúncia que os acusados teriam, produzido um contrato de prestação de

serviços com data retroativa a 04 de janeiro de 2010, no bojo do qual inseriram a falsa

declaração relativa ao comprometimento da empresa Milton Lopes de Souza ? ME em realizar

prestação de serviços de consultoria assessoria técnica na elaboração, adequação e

acompanhamento de projetos junto ao governo federal, estadual, municipal e BNDES para

ACCG, alterando a realidade sobre fato juridicamente relevante.

 

Pertinente ao delito de falsidade ideológica (art. 299 do CP), insta salientar que, o

sentenciado MILTON não trouxe aos autos documentos hábeis a sustentar sua tese

consubstanciada na ausência de falsidade no contrato de f. 1410/1412.

 

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Conforme devidamente demonstrado na fundamentação, a assessoria não existiu, sendo

falsa tal afirmação.

 

Outrossim, o acervo probatório é robusto em seu desfavor, apesar de afirmar que atuava

na promoção de assessorias e consultorias para a ACCG.

 

Desta forma, Rafael José Lemos Filho atuou no esquema através do fornecimento das

Notas Fiscais nº 0046, 0047 e 0087 (f. 1704/1706/1709), utilizadas para o desvio de recursos

da associação. Estando claro o enquadramento de suas condutas nos delitos tipificados nos

artigos 312, por três vezes, e 288 do Código Penal Brasileiro.

 

Milton Lopes de Souza contribuiu com o fornecimento das notas fiscais nº 1147, 1152, 1172

(f. 1712, 1714 e 1716 do PIC), bem como com a inserção de falsa declaração no documento,

estando desta forma incursos nas sanções dos artigos 312, por três vezes, 288 e 299 do

Código Penal Brasileiro.

 

Insta mencionar que o crime de peculato admite a participação de pessoas estranhas aos quadros

da administração, conquanto a condição pessoal ingresse na esfera de conhecimento do

, como na hipótese dos presentes autos.extraneus

 

Em sequência a emissão das Notas, observa-se nos processos de compra e compromisso, que,

fugindo a normalidade das contratações da instituição, a presidente, acusada Criseide de Castro,

foi a primeira autorizar o pagamento, sendo ela quem tratou das supostas contratações.

 

Os processos de compromisso e pagamento assinados pela acusada Criseide são provas

documentais que corroboram as provas produzidas durante a investigação criminal.

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O motorista da associação disse durante a investigação f. 1635/1637 do PIC),(

 

?(...) que, na qualidade de motorista da presidência da ACCG, conduzia

a senhora Criseide para reuniões e outros compromissos externos; que

conheceu Milton Lopes na ocasião em que a senhora Criseide lhe

chamou em sua sala e ordenou que acompanhasse Milton até uma

agência do Banco do Brasil porque Milton depositaria um cheque em

sua própria conta e, no mesmo ato, transferiu R$ 60.000,00 (sessenta

mil reais) para a conta do interrogando; que a transação foi realizada

no Banco do Brasil da Avenida Goiás; que não conhece Warllen Lucas;

que já viu Arílson algumas vezes na ACCG; que desconhece o que

Milton e Arílson faziam na ACCG (...)?

 

?(...) que não estranhou a ordem de Criseide para depositar o valor do

cheque em sua conta; que na ocasião que conheceu Milton, Criseide

explicou ao interrogando que Milton passaria o dinheiro para a conta

do interrogando tendo em vista que a conta dela no Banco Itaú estaria

com problemas; que o interrogando e Milton dirigiram-se ao banco em

carros diferentes; que o interrogando seguiu no veículo da ACCG; que

sabia que Milton estava com um cheque, mas, até o momento da

transferência do montante para a sua conta, não tinha conhecimento de

seu valor, tendo ciência, todavia que R$ 60.000,00 (sessenta mil reais)

deveriam ser passados para a sua conta; que o interrogando passou o

seu cartão para Milton e subiu com ele na gerência; que Milton

depositou o aludido cheque em sua própria conta e, incontinenti,

transferiu o valor total para a conta do interrogando; que, ao retornar

para a ACCG, o interrogando entregou o comprovante da transferência

realizada para a senhora Criseide; que o dinheiro permaneceu alguns

dias na conta do interrogando; que, dias após, seguindo ordens de

Criseide, o interrogando transferiu exatos R$ 50.000,00 (cinquenta mil

reais) para a conta da ACCG e permaneceu com R$ 10.000,00 (dez mil

reais) em sua conta; que o comprovante dessa transferência também foi

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entregue para Criseide; que os R$ 10.000,00 (dez mil reais)

permaneceram para posterior repasse a senhora Criseide, e repassado,

na sua totalidade, para esta, não se recordando, todavia, se o saque

deu-se de maneira fracionada ou na sua integralidade; que o

interrogando nunca tomou conhecimento da origem da transação

relacionada ao depósito de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) (...)?

 

Durante a investigação, Milton afirmou (f. 1361/1364 do PIC):

 

?Que o interrogando quer esclarecer que, na verdade, não prestou

nenhum serviço para a ACCG; que no ano de 2010 recebeu uma ligação

do Sr. Arilson, que prestava assessoria na ACCG, solicitando ao

interrogando que procurasse a Dra. Criseide; que, na data acertada, o

interrogando compareceu até a ACCG, onde foi recebido por Arilson

que o levou até o gabinete da Dra. Criseide; que no local Arilson

orientou o declarante a atender tudo que Criseide precisasse para

solucionar suas pendências relativas ao projeto do BNDS; que, em

seguida, Arilson deixou a sala e o interrogando passou a conversar com

Criseide; que, logo após, Criseide disse ao interrogando que precisava

regularizar um projeto junto ao BNDES (cuja cópia apresenta neste ato)

e solicitou-lhe documentação hábil para justificar o pagamento que era

devido para elaboração do projeto; que, explicando, segundo entendeu

Criseide já teria determinado a confecção do projeto??

 

Saliento que, conforme o apurado, na Associação havia uma rotina para as contratações, não

sendo estas, em regra, feitas direta e exclusivamente com a autorização da presidente.

 

Assim, conforme evidenciado pelas provas dos autos e elementos colhidos na investigação, mais

precisamente o depoimento logo acima transcrito, a acusada Criseide de Castro encabeçou a

ilegalidade dentro da instituição, autorizando o pagamento relativo as referidas notas, embora

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soubesse da não prestação do serviço. Foi da presidente a iniciativa para conseguir as notas

fiscais, bem como em relação aos pagamentos pelas falsas assessorias, conforme se observa nos

processos de compra compromisso.

 

Judicialmente, Criseide de Castro disse não conhecer a empresa Lemos e Lemos, bem como seu

proprietário Rafael José Lemos Filho. Contudo, assinou os processos de compra e compromisso

que beneficiavam a empresa.

 

A ilegalidade do esquema fica mais clara quando observado que, embora os cheques tenham

sido emitidos à Lemos e Lemos, quem buscou os títulos na associação foi o Warllen (f.

1710/1711), que era motorista de Arilson, o que a acusada Criseide não soube explicar.

 

A dissimulação da origem de parte dos valores foi devidamente comprovada. Observa-se que o

cheque no valor de R$ 60.862,25 (sessenta mil oitocentos e sessenta e dois reais e vinte e cinco

centavos) foi depositado na conta de Milton, com posterior transferência para o motorista da

Associação, que entregou parte dos valores pessoalmente à Criseide,

 

A operação foi bem explicada por José Lázaro, e comprovada pelos extratos bancários de f.

1864 e 1740 do PIC. Vejamos novamente o que contou o motorista:

 

?(...) que não estranhou a ordem de Criseide para depositar o valor do

cheque em sua conta; que na ocasião que conheceu Milton, Criseide

explicou ao interrogando que Milton passaria o dinheiro para a conta

do interrogando tendo em vista que a conta dela no Banco Itaú estaria

com problemas; que o interrogando e Milton dirigiram-se ao banco em

carros diferentes; que o interrogando seguiu no veículo da ACCG; que

sabia que Milton estava com um cheque, mas, até o momento da

transferência do montante para a sua conta, não tinha conhecimento de

seu valor, tendo ciência, todavia que R$ 60.000,00 (sessenta mil reais)

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deveriam ser passados para a sua conta; que o interrogando passou o

seu cartão para Milton e subiu com ele na gerência; que Milton

depositou o aludido cheque em sua própria conta e, incontinenti,

transferiu o valor total para a conta do interrogando; que, ao retornar

para a ACCG, o interrogando entregou o comprovante da transferência

realizada para a senhora Criseide; que o dinheiro permaneceu alguns

dias na conta do interrogando; que, dias após, seguindo ordens de

Criseide, o interrogando transferiu exatos R$ 50.000,00 (cinquenta mil

reais) para a conta da ACCG e permaneceu com R$ 10.000,00 (dez mil

reais) em sua conta; que o comprovante dessa transferência também foi

entregue para Criseide; que os R$ 10.000,00 (dez mil reais)

permaneceram para posterior repasse a senhora Criseide, e repassado,

na sua totalidade, para esta, não se recordando, todavia, se o saque

deu-se de maneira fracionada ou na sua integralidade; que o

interrogando nunca tomou conhecimento da origem da transação

relacionada ao depósito de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) (...)?

 

Ainda, conforme dito quando da análise das condutas de Milton, pertinente ao contrato

de f. 1410/1412 do PIC, restou comprovada a falsidade das informações relativas à prestação de

serviço de assessorias, inseridas por Milton e Criseide.

 

Da narrativa e provas produzidas, conclui-se que Criseide de Castro foi a mentora de todo

o plano com o objetivo de desviar os recursos, operacionalizando-o através de suas

autorizações e da dissimulação dos recursos, estando, por isso, incursa nas sanções dos

artigos 312, por seis vezes, 288 e 299 do Código Penal e artigo 1º, inciso V da lei 9.613/98. N

o caso ainda deve incidir a circunstância agravante presente no artigo 62, inciso I do

Código Penal, uma vez que a ré promoveu e organizou a cooperação para o crime.

 

A mencionada agravante estabelece que:

 

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Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:

I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dosdemais agentes

 

A inicial acusatória também apontou como acusados pelos desvios dentro deste esquema os réus

Antônio Afonso, em razão da autorização dos pagamentos (f. 1705/1707/1710/1711/1713/1715

e 1717) e Clécio, em decorrência da determinação de pagamento (f.

1705/1707/1710/1711/1713/1715 e 1717).

 

Sopesados o conjunto probatório carreado, observo que a conduta de Clécio de Paulo

Carneiro e Antônio Afonso Ferreira, não se amoldam no art. 312, (última parte), postocaput

que, da análise detida dos autos, verifico que ação perpetrada não fora motivada com o fito de

causar lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

 

In casu, não restou comprovado o dolo necessário para a configuração do delito de

terceiros, devidamente consumado, porém, ao revés, caracterizada a conduta negligente que

acarretou a dilapidação patrimonial

 

No campo de autorizações observa-se que a assinatura da presidente antecedeu a assinatura da

Gerência Financeira e a determinação de pagamento pelo tesoureiro, o que corrobora a tese de

que não tinham ciência do desvio, uma vez que confiavam na presidente.

 

Sabe-se que na distribuição de tarefas dentro de uma instituição o atesto precedente dá azo aos

posteriores. Cada setor tem sua responsabilidade. Assim, por exemplo, em um processo de

compra, cabe ao almoxarifado verificar os materiais recebidos, não justificando, fora situações

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anormais, que os departamentos posteriores tenham todos que fazer a mesma conferência, o que

inviabilizaria qualquer administração.

 

Logo, a autorização da presidente poderia dar ?certo ar? de legitimidade da prestação de

serviços.

 

Sopesados o conjunto probatório carreado, observo que as condutas praticadas pelos acusados

Antônio Afonso e Clécio, não restaram evidenciadas como incursas no art. 312, (últimacaput

parte), posto que, da análise detida dos autos, verifico que ação perpetrada não fora motivada

com o fito de causar lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

 

Em juízo, Antônio Afonso negou a acusação. Disse, em outros termos, que sua função era

atestar a ordem dos documentos, se estavam dentro da rotina preestabelecida entre as assessorias

e homologado pela diretoria. Não tinha poder de decisão, não podendo determinar alguma

compra.

 

Clécio Paulo Carneiro, por sua vez, afirmou que em alguns casos envolvendo a prestação de

assessorias não emitiu parecer. Acresceu que teve um período que pagavam sem contrato. Disse

que, do seu conhecimento não faziam elaboração de projetos.

 

In casu, não restou comprovado o dolo necessário para a configuração do delito de terceiros,

devidamente consumado, porém, ao revés caracterizada a conduta negligente que acarretou a

dilapidação patrimonial.

 

Todavia, não vislumbro do arcabouço probatório evidência inconteste de que os

acusados agiram de forma livre e vontade consciente de desviar valores em seu proveito ou

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mesmo em favor de qualquer dos demais acusados.

 

Na verdade, a conduta praticada, a ?facilitação? da posterior saída indevida de dinheiro,

através de suas assinaturas, deu-se de forma negligente.

 

Saliento, oportunamente, que não há falar em total desconhecimento da saída de valores,

restando eficazmente comprovada nestes autos, no entanto, percebe-se de indevida liberação de

verbas que, caso os agentes tivessem adotado o mínimo de cautela em seu atuar, provavelmente

não teria ocorrido.

 

A referida cautela deveria ter sido adotada, uma vez que o processo de compra

compromisso não estava acompanhado de contrato, contendo descrição genérica, o que exigiria

a atuação dos responsáveis pelo pagamento no sentido de averiguar a efetiva prestação de

serviços.

 

Deve-se analisar, com cautela, posto que, em vários momentos nos depoimentos

prestados perante os membros da GAECO, e corroborado em juízo, os sentenciados afirmaram

que não tinham conhecimento acerca da empreitada criminosa organizada por membros da

diretoria da ACCG.

 

Em que pese tais considerações, as condutas impostas aos acusados, notadamente não

restam configuradas a título de dolo. No entanto, vislumbro a presença de negligência na sua

atuação.

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In casu, observo que não houve a devida cautela, mostrando-se pouco cuidadosos no

cumprimento das obrigações impostas.

 

Nesse ínterim, quando se fala em rompimento do dever de diligência deparamo-nos com

a negligência do agente, posto que, indubitavelmente criou condições favoráveis à consumação

do peculato doloso dos demais acusados.

 

Insta evidenciar que as condutas, embora não verificado dolo propriamente dito,

contribuíram diretamente para o sucesso da empreitada.

 

Considerando-se, pois essa vertente, analiso que sua inação restou verificada ainda que

indiretamente, pois concorreram culposamente para o crime de outrem, motivo pelo qual

entendo viável a desclassificação do delito imputado aos acusados para peculato em sua

modalidade culposa.

 

Desse modo, a negligência no desempenho de seu mister, concorrendo para o crime

praticado por outrem, configura a prática do delito capitulado no bojo do artigo 312, §2º do CP,

:in verbis

 

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

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Pena - detenção, de três meses a um ano.

 

Dessa forma, patente que com sua conduta houve a consumação do delito praticado por

terceiros, em sua modalidade dolosa, possibilitando-se com a sua conduta, a prática do segundo

delito praticado por terceiros existindo, inclusive nexo causal entre ambos.

 

Consequentemente, não há que se falar em cometimento, por ambos, do crime de

quadrilha, pois ausente comprovação do vínculo com os demais criminosos.

 

Logo, Antônio Afonso Ferreira e Clécio Paulo Carneiro estão incursos nas sanções

do artigo 312, § 2º, por seis vezes, do Código Penal.

 

DO ESQUEMA GLIVEC

 

Em síntese, o referido esquema de desvio era efetivado através da emissão de notas, com o

consequente pagamento, relativas à compra do quimioterápico GLIVEC, sem a entrega do

produto.

 

A não realização da entrega foi devidamente comprovada.

 

Conforme devidamente comprovado, a empresa Master Distribuidora de Produtos

Farmacêuticos e Hospitalares emitiu os documentos auxiliares de Notas Fiscais nº 228, 229 e

230, criando a obrigação de pagamento no valor de R$ 159.520,00 (cento e cinquenta e nove

mil quinhentos e vinte reais).

 

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Após, pela mesma empresa, foram emitidos os DANFE'S nº s 361, 362 e 363, criando-se uma

nova obrigação de pagamento no valor de R$ 159.520,00 (cento e cinquenta e nove mil

quinhentos e vinte reais).

 

Entretanto, da análise dos processos de compra compromisso, vê-se que a compra dos referidos

medicamentos fugiu da normalidade do rito adotado na associação.

 

Os produtos não foram entregues no almoxarifado, não havendo nenhum rastro de utilização dos

mesmos.

 

O chefe do setor de compras afirmou em juízo que a Associação adquiria o quimioterápico

somente da fabricante, a empresa Novartis, e que se lembra da compra pela HOSPFAR em duas

situações específicas, não sendo adquirido por distribuidoras. Disse não se lembrar da empresa

ASSISMED e que o Glivec não foi entregue pela por ela e nem pela empresa Master

Distribuidora. A testemunha não reconheceu às notas fiscais de f. 296/298 e 540/545 do PIC

como sendo de produtos adquiridos e registrados pelo setor de compras, e acrescentou que a

assinatura de NF 304/305 é do Supervisor Amarildo.

 

A não entrega dos medicamentos ficou comprovada, ainda, através da própria informação

prestada por Élio, uma vez que, a fim de justificar a existência da transação, apresentou a nota

fiscal de nº 3071 (f. 546 do PIC), supostamente emitida pela empresa JL Lacerda, de quem teria

adquirido os medicamentos.

 

Ocorre que o proprietário da referida empresa, ouvido na fase inquisitorial e judicial, foi

categórico ao afirmar que a Nota Fiscal de nº 3071 foi emitida para empresa Hospital São

Silvestre Ltda em 2003, conforme cópia de f. 835, o que confirma a inexistência do estoque e a

consequente não entrega. Disse ele, em juízo, que revende medicamentos, sendo que fornecia

para o Hospital de Câncer, mas não se recorda de ter vendido produto da empresa Novartis, no

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valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Outrossim, disse que, quanto à nota fiscal de f. 546 do

PIC, não a reconhece, sendo o formulário diferente do que utiliza. Acrescentou que protocolou

nota fiscal com esse número que nada tem a ver com essa nota. Ainda, confirmou o que foi dito

ao GAECO, no sentido de nunca ter vendido R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de

GLIVEC para nenhuma empresa, nem mesmo para Master Distribuidora de Produtos

Farmacêuticos Hospitalares LTDA.

 

Corrobora ainda a não entrega do quimioterápico o documento contido às f. 1963 do PIC,

emitido pela empresa Novartis, responsável pela importação e distribuição do produto, no qual

consta que ?compulsando seus registros e controles internos de lotes produzidos e

comercializados, constatou que o lote mencionado de nº 83554 não foi produzido ou

?comercializado pela Novartis Biociências S/A.

 

Quanto aos DANFE's nºs 012, 009 e 013, emitidos pela empresa Assismed Comércio de

Medicamentos e Serviços LTDA-ME, que criou, a obrigação de pagamento no valor de R$

152.148,00 (cento e cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais), vê-se que os

quimioterápicos nela contidos também não foram entregues.

 

Novamente a compra se deu fora da rotina adotada na associação.

 

Repito que, o chefe do setor de compras disse em juízo que a Associação adquiria o

quimioterápico somente da fabricante, a empresa Novartis, e que se lembra da compra pela

HOSPFAR em duas situações específicas, não sendo adquirido por distribuidoras. Disse não se

lembrar da empresa ASSISMED e que o Glivec não foi entregue pela por ela e nem pela

empresa Master Distribuidora. A testemunha não reconheceu às notas fiscais de f. 296/298 e

540/545 do PIC como sendo de produtos adquiridos e registrados pelo setor de compras, e

acrescentou que a assinatura de NF 304/305 é do Supervisor Amarildo.

 

Além disso, a entrega também não foi realizada, afinal, novamente, o lote mencionado na Nota

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o, conforme documento de f. 1545 do PIC.Fiscal sequer foi produzid

 

O pagamento das notas referentes a falsa entrega do GLIVEC foi efetivado através dos

processos de compra compromisso de f. 1907/1923, com a emissão dos respectivos cheques.

 

Desta forma, constatado o pagamento e a não entrega, fica claro o desvio dos recursos, motivo

pelo qual passo a analisar as condutas dos supostos envolvidos no esquema.

 

Constou na denúncia que a suposta quadrilha entrou em contato com o vendedor Rênio a fim de

que fornecesse notas fiscais de quimioterápicos sem a necessidade da entrega dos

medicamentos, e com a contrapartida do pagamento de comissões.

 

Tal afirmação foi feita com base somente no depoimento extrajudicial de Élio José Pereira,

sendo este o único elemento de vinculação de Rubens ao esquema.

 

Consta no Procedimento Investigatório Criminal às f. 537/539 que as vendas relativas ao

GLIVEC teriam sido efetivadas pelo vendedor Rubens Rênio, que intermediou a operação, bem

como entregou os medicamentos. A referida informação não foi acompanhada de documento

comprobatório de que Rubens era vendedor da empresa, e nem que teria buscado os

quimioterápicos, de alto custo, diga-se de passagem.

 

Após, em seu depoimento perante o Ministério Público, Élio ratificou as informações e acresceu

que o medicamento foi adquirido da empresa Lacerda Material Médico Hospitalar, o que como

visto é inverídico.

 

Contudo, em seu interrogatório, ainda na fase extrajudicial (f. 1266 do PIC), confirmou apenas

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parcialmente as informações:

 

?? que o depoente conhece o Sr. Rubens Renio da Silva do mercado,

sabendo que o mesmo é funcionário da empresa Vidafarma; que em

dada ocasião, Rubens disse ao depoente que saberia como efetuar

vendas para órgãos públicos e lhe passaria os métodos; que em outra

oportunidade, Rubens informou ao depoente que m outra oporunidade,

Rubens informou ao depoente que o mercado funcionava a base de

propinas e vendas de notas fiscais; que certa vez foi procurado por

Rubens que lhe ofereceu uma ?venda? de nota fiscal para ACCG; que

Rubens lhe disse que havia verba da ACCG disponível para tal

pagamento (?) que retifica o teor das informações prestadas

anteriormente às f. 537/539 para esclarecer que, na verdde, nunca

houve a entrega por parte da empresa do depoente de medicamento

GLIVEC destinado à ACCG; que também Rubens nuca passou em sua

empresa para retirar o mencionado medicamento...?

 

Élio, réu em processo desmembrado, afirmou que foi orientado por Adriano a falar tudo

o que disse no MP, e que do Rubens por orientação do Adriano. Disse não conhecer Rubens e

que seu sócio o orientou a citá-lo pois ele já responderia outro processo.

 

Logo, o único elemento que subsidiaria a punição de Rubens, qual seja, a palavra de

Élio, é insegura e duvidosa, enfim, não há documentos que comprovem a vinculação de Rubens

a empresa Masters.

 

Solange da Mata (f. 1615) e outros integrantes da empresa VIDAFARMA informaram

que a atuação de Rubens era na área pública, não havendo evidências de que atuasse junto a

ACCG, que era considerada privada.

 

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Assim, o contexto probatório revela-se frágil e não se reveste da segurança necessária para a

formação de um juízo de certeza de que o acusado tenha, de fato, praticado o crime delineado na

denúncia. Fato este que torna a condenação inaceitável, exatamente pela ausência de prova

satisfatória a respeito da sua participação.

 

Importante salientar que ao lado da presunção de inocência, como critério pragmático de

solução da incerteza, o princípio do corrobora a atribuição da carga probatóriain dubio pro reo

do acusador. Isso porque, ao estar a inocência assistida pelo postulado de sua presunção, até

prova em contrário, esta prova contrária deve aportá-la quem nega sua existência, ao formular a

acusação.

 

A única certeza exigida pelo processo penal refere-se à prova da autoria e da materialidade,

necessárias para que se prolate uma sentença condenatória. Do contrário, em não sendo

alcançado esse grau de convencimento, a dúvida remanescente beneficia o acusado, motivo pelo

qual a absolvição de Rubens é a medida mais acertada.

 

Pertinente à empresa Assismed, Marcelo Rodrigues Gomes informou no Ministério Público ser

administrador da empresa desde 2009. Disse ainda que:

 

?...que na gestão do declarante nunca foi realizada nenhuma venda

para ACCG; que o declarante não se recorda de ter entregue, no

período em que era entrega dos medicamentos para mencionada

associação; que o declarante não se recorda de ter vendido nem

entregado o medicamento denominado GLIVEC; que exibidas ao

declarante as notas fiscais de fls. 298 a 300 afirmou não se recordas se

de fato foi emitida por sua empresa, comprometendo-se todavia a

pesquisar em seu arquivo e trazer cópias até a próxima sexta feira, dia

27, neste gabinete; que uma venda no valor de R$ 150.000,00 é

considerada grande para a empresa Assismed; que em relação ao

recibo de fls. 297 recorda que de fato possuía uma conta na agência

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4429 do banco Itaú, mas reafirma não se recordar do referido depósito;

que no dia 9 de abril de 2009 já era o declarante que administrava a

Assismed; que não sabe dizer qual distribuidor era responsável pelo

medicamento GLIVEC, acreditando que a compra deveria ser utilizada

por meio de distribuidores; que reafirma não se lembrar de ter feito a

entrega do medicamento GLIVEC para ACCG nem tampouco de ter

adquirido o medicamento; que não guardava o canhoto comprovante de

entrega; que analisando as notas fiscais de fls. 298 a 300 o declarante

afirma ter ?quase certeza? de que as mesmas não foram emitidas por

sua empresa, por quanto não guardam relação de estilo com as

usualmente emitidas pela Assismed...?

 

Após a sua primeira oitiva no Ministério Público, o acusado retornou com outra versão (f.

1084). Disse que as notas foram sim emitidas por sua empresa, mas após teriam sido canceladas,

não lembrando o motivo, e que o valor foi depositado em sua conta, mas em seguida foi

devolvido, não se lembrando de como teria feito a devolução.

 

Contudo, às f. 1964/1972 do PIC, restou comprovada a emissão das notas pela empresa

Assismed, administrada pelo acusado, caindo por terra a sua tese de que não teria emitidas as

notas, e ao fazê-lo colaborou com o desvio dos recursos, uma vez que a associação efetuou

pagamento por quimioterápicos que sequer foram fabricados e distribuídos.

 

A responsabilidade de Marcelo resta ainda mais clara ao analisarmos que o pagamento

dos quimioterápicos foi efetivado através do depósito do cheque de nº ZY-007455 na conta da

empresa Assismed.

 

Consoante observa-se pelo comprovante de depósito de f. 1918 do PIC e extratos

bancários juntados à f. 1461 do PIC, o valor destinado à Assismed foi depositado na Agência nº

4925, conta de nº 4429.14397-9, no dia 09 de abril, sendo que, no dia 14 do mesmo mês foram

realizadas duas transferências, uma no valor de R$ 11.600,00 (onze mil e seiscentos reais) para

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conta cuja titularidade era de Maria Júlia Arrais de Morais e outra no valor de R$ 125.428,00

(cento e vinte e cinco mil quatrocentos e vinte e oito reais) para conta de titularidade de

CETROMATH CENTRO DE DISTR. MAT. HOSP.

 

Pertinente a última beneficiada com as transferências, embora conste erro material

quanto ao número do CNPJ nas informações de f. 3049, observa-se que a empresa também tinha

como sócio-administrador Marcelo, o que demonstra a não devolução dos recursos, bem como o

recebimento de vantagem por ele, que transferiu considerável valor do recebimento para outra

empresa de sua titularidade, lembrando ainda que Marcelo disse durante as investigações que:

 

?...a partir do momento que o declarante assumiu a administração da

Assismed nenhuma outra pessoa movimentava as contas bancária

desta, somente o declarante...? (f. 941 do PIC)

 

Chega-se a esta conclusão através de consulta no endereço

<https://www.ocnpj.com/empresa/centromath-centro-de-distribuicao-de-material-hospitalar-ltda/05080670000189>,

sendo esta informação pública.

 

Clara é então a responsabilidade do acusado Marcelo Rodrigues Gomes, estando

ele incurso nas sanções do artigo 312 e 288 do Código Penal Brasileiro, dispositivos já

mencionados.

 

Dando continuidade a empreitada criminosa, observa-se que Amarildo falsamente atestou as

notas (f. 1909, 1910, 1911, 1914, 1915, 1916, 1919, 1921 do PIC), sendo que a presidente da

instituição, deu início aos processos de compra compromisso (f. 1907, 1912, 1917 e 1922 do

PIC).

 

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Amarildo optou por utilizar seu direito ao silêncio em juízo,

 

Durante a investigação criminal, na data de 05 de dezembro de 2011, disse, quanto as empresas

Assismed e Master, que não as conhecia, o que soa estranho, afinal, atestou notas emitidas por

elas, que totalizavam alto valor.

 

Comprovado o não recebimento dos quimioterápicos, a quebra na rotina de aquisição dos

produtos, que não foram entregues no almoxarifado, e a iniciativa de Amarildo em atestar o

recebimento nas notas, torna-se indubitável a conduta criminosa do acusado.

 

Por isso, está ele incurso nas sanções do artigo 312, por três vezes, e 288 do Código Penal

Brasileiro.

 

Criseide de Castro, em juízo, disse que cada setor tinha sua atribuição, sendo a do almoxarifado

verificar a entrega dos produtos, assim, corrobora a denúncia o fato de que deu autorização nos

processos de compra compromisso com apenas o atesto de Amarildo, sem que tivesse a

confirmação pelo almoxarifado.

 

Assim, conforme evidenciado pelas provas dos autos e elementos colhidos na investigação a

acusada Criseide de Castro encabeçou a ilegalidade dentro da instituição, autorizando o

pagamento relativo as referidas notas (f. 1907, 1912 e 1917 do PIC), embora soubesse do não

fornecimento dos quimioterápicos, que sequer foram produzidos e distribuídos.

 

Sua autorização foi o ato que deu azo ao processo de pagamento pelos medicamentos não

entregues. A atuação da acusada fugiu da normalidade adotada na associação, pois, em regra os

medicamentos são adquiridos pelo setor de compra e atestados pelo almoxarifado.

 

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Neste contexto, a ré cometeu os crimes previstos no artigo 312, por três vezes, e artigo 288

do Código Penal, sendo-lhe aplicável a agravante prevista no artigo 62, inciso I do Código

Penal, uma vez que promoveu e organizou a cooperação para o crime.

 

No campo de autorizações, observa-se que a assinatura da presidente antecedeu a assinatura da

Gerência Financeira e da atuação do tesoureiro, o que corrobora a tese de que não tinham

ciência do desvio, uma vez que confiavam na presidente.

 

Ressalta-se que a imputação feita a Antônio Afonso fundamenta-se nas autorizações constantes

nos processos de compra compromisso (f. 19071912/1917).

 

Pertinente ao Clécio, os crimes que lhe foram imputados decorrem da determinação de

pagamento constante nos processos de compra compromisso juntados às f. 1907, 1912 e 1917

do PIC.

 

Contudo, não vislumbra-se sua atuação no desvio operado através do processo de compra

compromisso de nº 134414, uma vez que a rubrica constante na determinação de pagamento

diverge daquela por ele utilizada nos demais documentos constantes nos autos, bem como pela

assinatura constante no cheque de f. 1908 que, conforme já concluído durante a instrução, não

foi realizada pelo réu mencionado. Desta forma, neste esquema, sua atuação se resumiria aos

processos de compra compromisso nº 135282 e 136270.

 

Pois bem. Sabe-se que na distribuição de tarefas dentro de uma instituição o atesto precedente

dá azo aos posteriores. Cada setor tem sua responsabilidade. Assim, por exemplo, em um

processo de compra cabe ao almoxarifado verificar os materiais recebidos, não justificando, fora

situações anormais, que os departamentos posteriores tenham todos que fazer a mesma

conferência, o que inviabilizaria qualquer administração.

 

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Logo, a autorização da presidente poderia dar ?certo ar? de legitimidade da prestação de

serviços.

 

Desta forma, sopesados o conjunto probatório carreado, observo que as condutas praticadas

pelos acusados Antônio Afonso e Clécio, não restaram evidenciadas como incursas no art. 312,

(última parte), posto que, da análise detida dos autos, verifico que ação perpetrada nãocaput

fora motivada com o fito de causar lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

 

Em juízo Antônio Afonso negou a acusação. Disse, que tinha a função de verificar se os

documentos estavam de acordo com a rotina interna. Após o seu acordo passava pela

contabilidade e tesouraria. Quando chegavam para ele, os documentos já eram assinados pelo

almoxarifado ou por um diretor previsto no estatuto ou alguém com autonomia para fazer

compras. Algumas vezes eram assinados pela Criseide ou pelo segundo vice-presidente Orlando

Milhomem. Só eram assinados pela presidência ao final, mas quando fugiam da rotina eram

assinados antes. Quando tinha interesse para instituição as fases poderiam ser puladas.

 

Clécio Paulo Carneiro, por sua vez, afirmou que em 2010 assinou duas compras relativas ao

GLIVEC, a segunda e a terceira. A primeira assinatura é do outro tesoureiro, Jales. Disse que

em determinado período, haviam 38 pessoas que precisavam do medicamento, e o

quimioterápico faltava. Propôs em uma ata coordenar a compra do medicamento, e a partir de

então soube que o único fornecedor do medicamento era a NOVARTIS, a fabricante, a partir de

então não teve nenhuma outra nota de outra empresa. Antes disso, não sabia da exclusividade do

laboratório quando assinou os processos referentes as compras.

 

In casu, não restou comprovado o dolo necessário para a configuração do delito de terceiros,

devidamente consumado, porém, ao revés caracterizada a conduta negligente que acarretou a

dilapidação patrimonial.

 

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Todavia, não vislumbro do arcabouço probatório evidência inconteste de que os

acusados agiram de forma livre e vontade consciente de desviar valores em seu proveito ou

mesmo em favor de qualquer dos demais acusados.

 

Na verdade, a conduta praticada, a ?facilitação? da posterior saída indevida de dinheiro,

através de suas assinaturas, deu-se de forma negligente.

 

Saliento, oportunamente, que não há falar em total desconhecimento da saída de valores,

restando eficazmente comprovada nestes autos, no entanto, percebe-se de indevida liberação de

verbas que, caso os agentes tivessem adotado o mínimo de cautela em seu atuar, provavelmente

não teria ocorrido.

 

A referida cautela deveria ter sido adotada, uma vez que o processo de compra

compromisso não estava acompanhado de contrato, contendo descrição genérica, o que exigiria

a atuação dos responsáveis pelo pagamento no sentido de averiguar a efetiva prestação de

serviços.

 

Deve-se analisar, com cautela, posto que, em vários momentos nos depoimentos

prestados perante os membros da GAECO, e corroborado em juízo, os sentenciados afirmaram

que não tinham conhecimento acerca da empreitada criminosa organizada por membros da

diretoria da ACCG.

 

Em que pese, tais considerações, as condutas impostas aos acusados, notadamente não

restam configuradas a título de dolo. No entanto, vislumbro a presença de negligência na sua

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atuação.

 

In casu, observo que não houve a devida cautela, mostrando-se pouco cuidadosos no

cumprimento das obrigações impostas.

 

Nesse ínterim, quando se fala em rompimento do dever de diligência deparamo-nos com

a negligência do agente, posto que, indubitavelmente criou condições favoráveis à consumação

do peculato doloso dos demais acusados.

 

Insta evidenciar que sua conduta, embora não verificada dolo propriamente dito,

contribuiu diretamente para o sucesso da empreitada, ao passo que os demais réus o procuraram

com a certeza de que obteriam êxito com a ação.

 

Considerando-se, pois essa vertente, analiso que sua inação restou verificada ainda que

indiretamente, pois concorreu culposamente para o crime de outrem, motivo pelo qual entendo

viável a desclassificação do delito imputado ao acusado para peculato em sua modalidade

culposa.

 

Desse modo, a negligência no desempenho de seu mister, concorrendo para o crime

praticado por outrem, configura a prática do delito capitulado no bojo do artigo 312, §2º do CP,

:in verbis

 

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Peculato culposo

 

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

 

Dessa forma, patente que com sua conduta houve a consumação do delito praticado por

terceiros, em sua modalidade dolosa, possibilitando-se com a sua conduta, a prática do segundo

delito praticado por terceiros, existindo, inclusive nexo causal entre ambos.

Consequentemente, não há que se falar em cometimento, por ambos, do crime de

quadrilha, pois ausente comprovação do vínculo com os demais criminosos.

 

Logo, Antônio Afonso Ferreira está incursos nas sanções do artigo 312, § 2º, por três vezes,

do Código Penal, e Clécio Paulo Carneiro, por duas vezes.

 

DO ESQUEMA DO SORO FISIOLÓGICO

 

Outrossim, consta na denúncia um terceiro esquema utilizado para desvio de recursos através da

suposta compra de soros fisiológicos, que também não foram entregues.

 

Narra o representante ministerial, em resumo, que no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde,

Paulo Rassi, então Secretário, teria dispensado licitação em relação à aquisição de cloreto de

sódio, fora das hipóteses previstas em lei. Ainda, a referida dispensa gerou prejuízo ao

município, uma vez que o valor de aquisição do produto foi superfaturado. Continua o

denunciante, dizendo que os referidos produtos não foram entregues.

 

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Quanto à dispensa de licitação, Marçal Justen Filho esclarece que ? 2 A dispensa de licitação

verifica-se em situações nas quais, embora viável a competição entre particulares, a licitação

?.afigura-se objetivamente inconveniente ao interesse público

 

Pois bem. Constou na justificativa da dispensa, quanto ao cloreto de sódio 0,9% sol. injetável,

item 11, ?são medicamentos para tratamento da dengue, a urgência da aquisição dos mesmos

se dá devido a escala crescente dos casos em Goiânia, sendo um aumento de 572,4% (doc.

anexo), comparado com o mesmo período do ano passado (dados da vigilância epidemiológica

da Secretaria de Saúde), a falta destes medicamentos poderão resultar em agravos à saúde dos

? pág ? 2231.usuários do SUS ou até mesmo a morte

 

O referido processo de dispensa foi anulado, mas antes foi apresentada justificativa quanto à

dispensa dos itens. Pertinente ao soro e demais itens utilizados para tratamento da dengue

constou:

 

?Os itens 11, 12, 13, 14, 15, 16, são medicamentos destinados ao

tratamento da dengue, que sabidamente sofreu um aumento

significativo e não previsível dos casos incidentes nesta capital (ver

doc. nº 07). Somente para exemplificar e melhor instruir a

compreensão do problema, o consumo do item 11, em dezembro de

2006 foi de 13000 frascos, dezembro de 2007 foi de 8000 frascos,

dezembro de 2008 foi de 20000 frascos, já em dezembro de 2009

(aumento nos casos de dengue), passou para 51000 frascos, e em

fevereiro de 2010 já está em 124.000 frascos. Neste contexto, todo o

consumo no ano de 2008 foi de 297.774, ou seja, somente em fevereiro

de 2010 foram consumidos (124000), quase metade desse mesmo

consumo, inicialmente previsto para um ano.

O referido item está contemplado no pregão presencial nº 94 (Processo

nº 36422165), com uma solicitação de 280.000 frascos, o que pelo

consumo atual não será suficiente para mais dois meses de consumo, a

permanecer a atual demanda.

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Na presente dispensa estão sendo solicitados 400000, até que se

conclua um novo procedimento licitatório, já aberto, onde estão

solicitados 8000.000 frascos (Processo 40079386), ou seja,

juntando-se o montante solicitado no pregão 94 e na presente dispensa,

espera-se garantir o fornecimento para os próximos seis meses, tempo

que deverá ser suficiente para conclusão da nova licitação...? (f. 293)

 

O mencionado pregão presencial (nº 94/2009) decorreu de solicitação da Comissão de

Gestão e Planejamento formulado na data de 12 de janeiro de 2009, a qual apresentou como

quantidade de soro a ser adquirida, 280.000 unidades, com base em estimativa de consumo para

doze meses.

 

Contudo, observa-se que a partir de dezembro de 2009 os quantitativos mensais

consumidos cresceram. É o que pode se observar através dos relatórios de f. 2602/2605, pois

enquanto nos meses de dezembro dos anos de 2006, 2007 e 2008 foram consumidos

respectivamente 13000, 8000 e 20000 frascos, em dezembro de 2009 o consumo cresceu para

51000 frascos.

 

Como o pregão nº 94/2009 tinha como estimativa os anos anteriores, o quantitativo

previsto, mesmo com a possibilidade legal de acréscimo de 25%, ante ao crescente número de

casos de dengue, não seria suficiente para todo o ano.

 

É fato público que no ano de 2010, a quantidade de casos de dengue no Estado de Goiás

foi atípica. Dados da Superintendência de Políticas de Atenção Integral a Saúde do Estado de

Goiás indicam que de 2009 a 2010, comparando-se a 4º semana, houve um aumento de 502,4%

em relação ao mesmo período. Assim, obviamente, o quantitativo previsto em 2009 não seria3

suficiente para o ano todo.

 

Neste contexto, a Secretaria de Saúde deu início a um novo processo licitatório (nº

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40079386), através de solicitação formulada em 04/01/2010, que foi homologado somente em

agosto de 2010 (f. 4413 do processo nº 40079386, constante na mídia de f. 2893/2894).

 

A grande demanda justificou também a dispensa questionada pelo Ministério Pública,

uma vez que os processos licitatórios podem demorar muito tempo, dependendo das

intercorrências, vejamos como exemplo o mencionado pregão nº 94/2009, cuja solicitação para

compra dos produtos data de 12 de janeiro de 2009 e foi concluído mais de um ano depois.

 

Logo, os produtos adquiridos através do pregão nº 94/2009, somados aos obtidos com a

dispensa, supririam a Secretaria até a conclusão do processo de nº (nº 40079386.

 

Aqui, faço um adendo, a dengue é tratada basicamente com hidratação, podendo

inclusive levar a morte, assim, os entraves administrativos não poderiam ser óbice ao

fornecimento do soro. Não há como esperar a conclusão de uma licitação, se a necessidade é

imediata, como visto alhures.

 

Neste contexto, não vislumbro dispensa irregular pelo então Secretário, Dr. Paulo

Rassi, devendo o réu ser absolvido, ante a inexistência de provas.

 

Também apontou o Ministério Público a existência de superfaturamento, tendo em vista,

que no processo de dispensa, o soro foi adquirido pelo valor de R$ 3,93 (três reais e noventa e

três centavos), sendo que no mesmo período a prefeitura estava comprando o soro por R$ 2.64

(dois reais sessenta e quatro centavos).

 

Argumentou Leonardo de Souza Rezende, proprietário da empresa Vidafarma, que a alta

do valor decorreu da escassez do produto, ante ao grande número de acometidos pela dengue,

bem como pela mudança da forma de apresentação do produto de sistema aberto para fechado.

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Conforme o DANFE juntado à f. 487 do PIC, a Vidafarma adquiriu o soro da empresa

Equiplex pelo valor de R$ 2,42 (dois reais e quarenta e dois centavos), revendendo-o para a

Secretaria Municipal de Saúde pelo valor de R$ 3,93 (três reais e noventa e três centavos),

totalizando uma margem positiva de 62%.

 

Ocorre que, no mês de maio a Vidafarma participou de certame liciatório e apresentou

proposta de fornecimento do soro pelo valor de R$ 2,12 (dois reais e doze centavos) a unidade,

demonstrando assim, que o preço praticado foi elevado de forma injustificada, aproveitando-se

do formato utilizado para aquisição, qual seja, dispensa.

 

Isso pode ser confirmado através da informação repassada pela empresa Equiplex à f,

1661, uma vez que não ouve variação do preço praticado no período de janeiro a junho de 2010.

 

Continuando, após a dispensa, o procedimento foi anulado. Então, o Secretário de Saúde,

através de seu assessor Alessandro, entrou em contato com Amarildo e Criseide na Associação

de Combate ao Câncer, a fim de que certo montante de dinheiro chegasse aos cofres da empresa

Vidafarma, que teria sido a vencedora na dispensa.

 

O plano seria adiantar recursos destinados a Associação sob a condição de que parte fosse

repassado à Vidafarma.

 

Analisemos as provas relativas aos fatos.

 

Primeiramente, pela análise das provas produzidas, chega-se a conclusão de que o soro não foi

entregue à Secretaria Municipal de Saúde, sendo que o Secretário de Saúde, ante ao

cancelamento da dispensa, a fim de beneficiar a empresa Vidafarma, cujo sócio-administrador é

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Leonardo Sousa Rezende, condicionou o adiantamento de repasses à Associação de Combate ao

Câncer ao pagamento dos soros.

 

Sobre a entrega do soro, o documento de f. 481/482 do PIC, encaminhado pela empresa

Vidafarma, declara que procedeu o fornecimento de 100.992 bolsas para a Secretaria de Saúde

Municipal através da nota fiscal 8272, para posterior refaturamento para a Associação de

Combate ao Câncer através das notas fiscais 8678, 8677, 8678 e 8675, sendo que, as bolsas de

soro, sempre continuaram disponíveis no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde.

 

Observa-se que o Danf-e nº 8017, o qual documenta a transação entre a Vidafarma e a

Secretaria Municipal de Saúde, ao descrever os produtos, faz constar que se tratam de 100.992

soros fisiológicos, referentes aos lotes de nº 1002321, 1002318 e 1003104 (f. 483 do PIC).

 

Contudo, no que tange à transação entre a Vidafarma e a Associação de Combate ao Câncer,

foram emitidas quatro danfe-s, as quais mencionam que a quantidade de produtos entregues

perfazia o total de 96000 de soros, referentes a 25 lotes (f. 489/492 do PIC), sendo esta a

primeira divergência, dentre muitas encontradas.

 

A informação prestada pelo almoxarifado da Secretaria Municipal, ante a discrepância de suas

informações com as demais constantes nos autos, também corrobora a não entrega dos produtos.

 

Conforme a referida informação, o soro teria sido fornecido através de duas entregas, uma em

03/03/2010 e outra em 08/03/2010, diferente do informado pela Vidafarma, segundo a qual o

fornecimento teria sido realizado em 12/03/2010 (f. 481), ou em 05/03/2010 (doc.470).

 

Observa-se que nos documentos de f. 481/482 do PIC, a Vidafarma informa quais os lotes e

quantidades havia adquirido da empresa Equiplex para fornecimento à Secretaria Municipal de

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Saúde. Contudo, comparando com as informações prestadas pela Equiplex, observa-se que os

lotes 1003104 e 1003714 não integravam a compra pela Vidafarma, embora no documento de f.

481 tenha constado que faziam parte dos produtos adquiridos para fornecimento da Secretaria

Municipal de Saúde.

 

Ainda, no Danfe 8017 (f. 483 do PIC), relativo à venda para Secretaria Municipal de Saúde, só

havia a descrição dos lotes de nº 1002321, 1002318 e 1003104. Ocorre que, dos dois primeiros

lotes, de acordo com a Equiplex, a compra pela Vidafarma totalizava apenas 4056 unidades, e o

lote 1003104 não foi adquirido pela referida empresa, mas sim por outras distribuidoras (f.

1140).

 

De acordo com as informações do almoxarifado, dentre os soros entregues estariam os

pertencentes aos lotes 3308, 3304 e 3716. Contudo, estes não constam como entregues pela

Vidafarma à Associação de combate ao Câncer ou a Secretaria Municipal de Saúde, conforme

documentos de f. 483 e 489/492 do PIC. Além disso, há várias incongruências de quantidades

indicadas nos documentos, bem como no quantitativo final.

 

Embora no documento de f. 1512/1515 do PIC conste que parte da entrega foi efetivada em

03/03/2010, o formulário de transporte da empresa Lagoinha atesta que os produtos foram

entregues na sede da empresa Milênio Distribuidora de Produtos Farmacêuticos em 5 de março

de 2010 (f. 1506), o que evidencia a inverdade das informações municipais.

 

Às diversas contradições apontadas soma-se a não identificação da assinatura quanto ao

recebimento das mercadorias na Secretaria por servidor lá lotado. Jean Klebio Reis Silva

contou, em audiência de instrução e julgamento (f. 9650), que não se recorda de ter recebido

mercadoria para a Associação de Combate ao Câncer e que as notas fiscais pare ele

apresentadas não foram por ele assinadas, nem por Ivone ou Leandro que lá trabalhavam.

 

O soro também não foi entregue na associação, fato incontroverso.

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Em juízo Paulo Rassi disse, em outros termos, que pediram o Araújo Jorge comprar o produto e

lhes entregar, porque a empresa só entregaria com o pagamento à vista (f. 2627).

 

Criseide de Castro falou que o soro foi entregue na secretaria e que não seguiu o ritual de

compras pois não era para o Araújo Jorge (f. 2627).

 

Os demais servidores e funcionários ouvidos também disseram que o soro não foi entregue no

Araújo Jorge. Antônio Afonso, inclusive, tanto na fase judicial como na extrajudicial, disse ter

se manifestado de forma contrária a operação:

 

?...Que foi informado pelo supervisor administrativo do hospital Araújo

Jorge ? AMARILDO DA CUNHA BRITO, que a SMS condicionou o

citado adiantamento à devolução de R$ 377.280,00 (trezentos e setenta

e sete mil duzentos e oitenta reais), documentado através de quatro (04)

notas fiscais da empresa Vidafarma, com a respectiva emissão de 04

cheques com vencimentos próximos no valor de R$ 94.320,00 (noventa

e quatro mil trezentos e vinte reais) cada; Que o declarante não

concordou porque não haveria como regularizar na contabilidade esta

saída com a compra desobedecendo procedimento interno e a não

entrada no produto no estoque da ACCG; Que mesmo assim o

adiantamento foi realizado e a devolução feita com a autorização da

presidência com a suposta aquisição de soro fisiológico; Que não

tomou conhecimento de reunião entre a presidência da ACCG e SMS;

Que plo que sabe, este assunto não foi levado ao conhecimento da

diretoria via assembleia porque não é necessário; Que o contato feito

na SMS se dava com o Dr. Alessandro; Que posteriormente foram

apresentadas ao declarante 04 notas fiscais eletrônicas referentes a

compra do soro fisiológico, sendo que o declarante recusou a assinar a

autorização no documento interno ?processo de

compra-compromisso?; Que este documento foi assinado pelo diretor

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Amarildo e Dra. Criseide; Que ACCG nunca comprou 96 mil unidades

de soro fisiológico 0,9% sistema fechado em uma única compra, ainda

mais em pagamento antecipado...? (f. 168/169 do PIC)

 

Amarildo falou em seu depoimento, frente ao Ministério Público, que:

 

? que o declarante acredita ter ?atestado?, isto é, dado um visto na nota

fiscal da empresa vendedora dos soros para certificar seu recebimento;

que o declarante não sabe detalhes sobre a efetiva entrega dos

mencionados soros fisiológiocos na SMS/Goiânia; ...? (f. 657 do PIC)

 

Judicialmente, disse Antônio Afonso que, quanto aos soros, não sabe se foram

entregues, e quando consultado, foi contrário a operação pois não havia como contabilizar.

Segundo ele, o dinheiro veio da Secretaria, entrou no cofre da associação e seria retirado para

pagamento da empresa, sendo que o produto não entraria no estoque. Narrou que, segundo

informado pela diretora, a compra foi realizada pois precisavam de adiantamento, e este foi

concedido somente com a aquisição dos soros para a Secretaria Municipal de Saúde, sendo que

Paulo Rassi realizou contato com o Amarildo para a realização da transação (f. 2627).

 

Danilo Carneiro Ferreira, que atuou no almoxarifado da Associação disse:

 

?...que o declarante afirma que não houve a entrada de soro fisiológico

adquirido da empresa Vidafarma na ACCG no ano de 2010; que o

declarante afirma que não estão arquivada no almoxarifado da ACCG

as notas fiscais emitidas pela empresa Vidafarma à ACCG e constantes

às fls. 487, 488, 489 e 490; que o declarante afirma que a aquisição de

soro fisiológico de 0,9% 50 ml se dá em média no volume de três mil

unidades? (f. 627/628 do PIC)?.

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Perante este juízo, o chefe do setor de compras da associação afirmou (f. 1466) que não

foi realizada compra de 99.000 frascos de soro fisiológico, e mesmo se fosse não teriam espaço

físico para armazenar, e essa quantidade daria para três anos.

 

Desta forma, observa-se que o Secretário Municipal tentou, através da dispensa de licitação,

iniciada ante necessidade e urgência de abastecimento, beneficiar a empresa Vidafarma.

Contudo, com o cancelamento da licitação, viu-se impossibilitado de efetivar o pagamento pelos

produtos não entregues. Logo, através de seu assessor, Alessandro, entrou em contato com a

Associação, através de Amarildo, sendo que a presidente da instituição consentiu em efetuar o

pagamento, em troca do recebimento de adiantamento de recursos.

 

A intenção malévola do Secretário fica mais evidente com a lembrança de que, ordinariamente,

as instituições públicas utilizam o denominado procedimento de regularização de despesas para

pagamentos como o caso, em que o produto é entregue sem o procedimento licitatório

competente, procedimento, inclusive, de legalidade duvidosa.

 

É o que se observa no processo de nº 42980315, por meio do qual a empresa RM Hospitalar

LTDA, objetivou o pagamento decorrente da entrega de produtos em razão de dispensa,

posteriormente cancelada.

 

Surge então o seguinte questionamento: qual o motivo da Vidafarma não se submeter aos

procedimentos rotineiros para pagamento? Qual a razão do emprenho do Secretário Municipal

de Saúde em efetuar pagamento à referida empresa, diferentemente de outras em situação

semelhante?

 

Ocorre que, o recebimento por meio de regularização de despesas é burocrático e muitas vezes

se arrasta por anos, o que demonstra o tratamento diferenciado dado pelo Secretário à empresa

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Vidafarma, fugindo ao ordinário tratamento em casos semelhantes.

 

Em juízo, Paulo Rassi falou que, como não conseguiram comprar através da licitação, pediram

para o Araújo Jorge comprar.

 

Criseide de Castro confirmou os fatos, disse em juízo que a Associação estava com dificuldade

para adquirir quimioterápicos e por isso pediram adiantamento de faturamento na Secretaria

Municipal para comprar quimioterápico. Segundo ela, em resposta, o secretário disse que

adiantaria um pouco a mais para que comprasse o soro para o município. Afirmou que não

seguiu o ritual de compras pois a aquisição não era para o Araújo Jorge.

 

Vê-se então que Paulo Rassi teve importante participação no desvio das verbas destinada a

Associação de Combate ao Câncer, estando por isso incurso nas sanções do artigo 312 e

327, § 2º do Código Penal, dispondo o último que:

 

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos

crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão

ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração

direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação

instituída pelo poder público.

 

A intermediação de Alessandro e Amarildo está clara. Paulo Rassi disse em juízo que

Alessandro era seu Secretário na época (f. 2627), e provavelmente teve contato com o Araújo

Jorge a seu pedido, o que corrobora os depoimentos prestados perante o Ministério Público.

 

Criseide narrou à f. 643 do PIC :

 

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?...que quem transmitiu o pedido do doutor Paulo Rassi para a

declarante foi o senhor Amarildo Brito, supervisor administrativo do

Hospital Araújo Jorge; que a declarante não chegou a conversar com o

doutor Paulo Rassi sobre tal assutno, mas aceitou atender o pedido

pois imaginou que estaria ajudando a Secretaria de Saúde em razão de

um surto de dengue no Estado na época...? (Criseide ? f. 643 do PIC)

 

Amarildo, confirmando o que disse em seu primeiro depoimento de f. 165 do PIC, disse:

 

?...que cerca de 15 dias após, recebeu uma ligação de Alessandro,

solicitando uma reunião; que, então, no gabinete de Alessandro, no

prédio da SMS/Goiânia, este disse ao declarante que a situação do

Hospital Araújo Jorge cada vez mais era notícia negativa na mídia e

que o Dr. Paulo Rassi havia proposto aumentar o valor do

adiantamento que poderia ser feito em prol da ACCG em cerca de R$

1.000.000,00 (um milhão de reais); que, na ocasião, Alessandro ainda

argumentou que a SMS/Goiânia não estava conseguindo realizar a

licitação necessária para aquisição dos soros fisiológicos alhures

mencionados; que nessa reunião só estavam presentes o declarante e o

Sr. Alessandro; que quer esclarecer que frequentava regularmente a

SMS/Goiânia em razão de suas funções e por isso acredita ter sido

contatado por Alessandro; que o declarante levou a nova proposta à

Dra. Criseide que lhe disse que repassaria para o Dr. Afonso,

responsável pelo setor financeiro, mas que disse que, em princípio não

tinha interesse nessa operação; que passados cerca de 10 dias, o

declarante recebeu uma ligação de Dra. Criseide que lhe disse que

havia conversado com o Afonso e que, em razão da gravíssima situação

financeira que atravessava a ACCG, teria que aceitar a proposta,

solicitando que fizesse contato com o Dr. Paulo; (?) que o declarante

acredita ter ?atestado?, isto é, dado um visto na nota fiscal da empresa

vendedora dos soros para certificar seu recebimento; que o declarante

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não sabe detalhes sobre a efetiva entrega dos mencionados soros

fisiológicos na SMS/Goiânia; ...? (f. 657 do PIC)? (Amarildo - f.

655/658 do PIC)

 

Alessandro também confirmou as tratativas:

 

?? que o depoente informa que foi chamado pelo Secretário Paulo Rassi

para que articulasse junto à associação de Combate ao Câncer em

Goiás (ACCG) o pagamento do soro fisiológico que já havia sido

entregue no almoxarifado da SMS de Goiânia; que o depoente manteve

contato telefônico com a pessoa de Amarildo, que trabalha na ACCG,

solicitando ao mesmo que comparecesse à SMS de Goiânia para

conversar com o Secretário Paulo Rassi; que o depoente participou de

uma reunião na SMS de Goiânia com Amarildo que informou que a

presidente da ACCG efeuaria o pagamento do soro já entregue a SMS

de Goiânia desde que houvesse um adiantamento do repasse feito pelo

município à Associação...? (Alessandro ? f. 937 do PIC)

 

Embora Amarildo e Alessandro tenham se silenciado frente a autoridade judicial, o

depoimento extrajudicial de ambos foram corroborados pelas provas produzidas.

 

Neste contexto, ambos atuaram neste esquema, estando incursos nas sanções do

artigo 312, caput, do Código Penal.

 

A conclusão do plano criminoso foi efetivada por meio do atesto das notas fiscais por Amarildo,

e instauração do processo de compra compromisso por ele e Criseide, conforme se vê à f.

1922/1936 do PIC, o que efetivou o desvio dos recursos da Associação, através da compra de

produtos não entregues e pagamento à empresa Vidafarma, administrada por Leonardo

Rezende.

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Com a sua conduta como representante da empresa Vidafarma, emitindo nota fiscais relativas

aos produtos não entregues e recebendo por isso, Leonardo Rezende lesionou a Associação,

estando por isso incurso nas sanções do artigo 312, , do Código Penal.caput

 

Assim, observa-se claramente que a acusada Criseide novamente deu início a pagamento

por produtos não entregues à Associação, estando incursa nas sanções do artigo 312,

caput, do Código Penal, acrescido da agravante prevista no artigo 62, inciso I, do Código

Penal.

 

CONCLUSÃO

 

Observo, por fim, que além de comprovada a autoria e materialidade dos delitos em

questão, são as condutas dos acusados antijurídicas e as mesmas culpáveis, tratando-se de

pessoas mentalmente sadias e imputáveis, que possuíam pleno conhecimento da ilicitude de

suas condutas e que podiam e deviam ter-se conduzido conforme a lei.

 

Outrossim, reconheço o concurso material (artigo 69, Código Penal) entre os delitos narrados,

uma vez que os acusados, mediante várias atuações, praticaram vários crimes.

 

Daí, resulta inconteste a censurabilidade de suas condutas.

 

Ante o exposto, a pretensão punitivaJULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE

estatal para :CONDENAR

 

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ALESSANDRO LEONARDO ÁLVARES MAGALHÃES, qualificado nos autos em

epígrafe, incursionando-o nas sanções, dos arts. 312, , c/c 327, , ambos do CP.caput caput

 

AMARILDO CUNHA BRITO, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas

sanções dos artigos 288, ; 312, , c/c 327, §1º , na forma do 69,caput caput (por 04 vezes)

todos do CP.

 

ANTÔNIO AFONSO FERREIRA, qualificado nos autos, como incurso nas sanções do

Artigo 312, § 2º do Código Penal, por nove vezes.

 

CLÉCIO PAULO CARNEIRO, qualificado nos autos, como incurso nas sanções do

Artigo 312, § 2º do Código Penal, por oito vezes.

 

CRISEIDE CASTRO DOURADO, qualificada nos autos em epígrafe, incursionando-a

nas sanções dos artigos 288, ; 312, , c/c 327, §1º, , e art. 299,caput caput (por 10 vezes)

todos do Código Penal; e art. 1º, inciso V da lei 9.613/98; tudo acrescido da circunstância

agravante prevista no art. 62, I, parte final do CP; e nos termos do art. 69 do CP.

 

LEONARDO SOUSA RESENDE, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções dos artigos 312, , última parte, c/c 327, §1º, parte final, c/c art. 30, partecaput

final, todos do CP.

 

MARCELO RODRIGUES GOMES, qualificado nos autos em epígrafe,

incursionando-o nas sanções dos artigos 288, ; 312, , última parte, c/c 327, §1º,caput caput

parte final, c/c art. 30, parte final, na forma do 69, todos do CP.

 

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MILTON LOPES DE SOUZA, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas

sanções dos artigos 288, ; 312, , última parte, c/c 327, §1º, parte final, c/c art.caput caput

30, parte final, , e art. 299, todos do CP, tudo na forma do art. 69 do CP.(por 03 vezes)

 

PAULO RASSI, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o nas sanções do

artigo art. 312, , última parte, c/c art. 327, , acrescido da causa de aumento decaput caput

pena prevista no art. 327, §2º, todos do CP; tudo acrescido da circunstância agravante

prevista no art. 62, inc. I, parte final, do CP;

 

RAFAEL JOSÉ LEMOS FILHO, qualificado nos autos em epígrafe, incursionando-o

nas sanções dos artigos 288, ; 312, , última parte, c/c 327, §1º, parte final, c/ccaput caput

art. 30, última parte, , tudo na forma do 69, todos do código Penal.(por 03 vezes)

 

ABSOLVO o acusado da imputação do artigo dos artigosRUBENS RÊNIO DA SILVA

288, ; 312, , última parte, c/c 327, §1º, parte final, c/c art. 30, última parte, caput caput (por

, e pelo02 vezes) ANTÔNIO AFONSO FERREIRA CLÉCIO PAULO CARNEIRO

crime previsto no artigo 288 do CP, quanto ao crime do artigo 89, caput,PAULO RASSI,

acrescido da causa de aumento prevista no art. 84, §2º, ambos da lei 8.666/93, fazendo-o

com arrimo 386, VII do Código de Processo Penal.

 

Nesse passo, nos termos do art. 68 do CP, atendendo as diretrizes do art. 59 do mesmo diploma

legal, para reprovar e prevenir o crime, procedo a dosimetria da pena dos acusados.

 

 

ALESSANDRO LEONARDO ÁLVARES MAGALHÃES

 

Art. 312, caput (peculato)

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I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2895; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

a qual torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas demeses de reclusão,

aumento e diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 377.280,00

(trezentos e setenta e sete mil duzentos e oitenta reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Amarildo, Paulo Rassi, Alessandro

Clécio, Antônio Afonso, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?b?, CP, adoto o regime semi-aberto como

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o inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o caso, uma vez que o réu

respondeu ao processo em liberdade, além de que o regime fixado foi o mais brando possível.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de

direito, por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do

Código Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta4

(art. 77 do CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto

não vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

AMARILDO CUNHA BRITO

 

Artigo 288 (quadrilha ou bando)

 

I ? ? sua culpabilidade demonstrou normal em relação ao delito, inexistindoCulpabilidade

circunstância que mereça maior reprovação; II - ? o acusado é primário eAntecedentes

possuidor de bons antecedentes criminais, conforme registros de f. 1498/1499; III - Conduta

- é favorável ao réu, haja vista que não há informações que provem tal desfavorecimentoSocial

de conduta; IV - ? não há elementos suficientes para a análise daPersonalidade do agente

personalidade do réu, o que não o prejudica; V - ? nenhum que extrapole o tipo penal;Motivos

VI- ? desfavorável, vez que atuavam contra entidade que executaCircunstâncias do crime

atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ?Consequências

desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados através da atuação da quadrilha e da

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lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII - Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base no mínimo legal, ou seja, 01 ano e 06

, a qual torno definitiva, eis que ausentes agravantes, causas de aumento emeses de reclusão

diminuição

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP, deixo de fixar qualquer

indenização nesta seara, pois a vítima na espécie é a paz pública.

 

Art. 312, caput (peculato ? Processo compra compromisso nº 134414)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2847; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

a qual torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas demeses de reclusão,

Código para validar documento: 109499070952

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aumento e diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Antônio Afonso, Amarildo e Élio,

nos termos do artigo 942 do CC.

 

Art. 312, caput (peculato ? Processo compra compromisso nº 135282)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2847; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

a qual torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas demeses de reclusão,

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

aumento e diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Élio, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Art. 312, caput (peculato ? Processo compra compromisso nº 136270)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2847; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

a qual torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas demeses de reclusão,

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

aumento e diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 152.148,00

(cento e cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Marcelo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Art. 312, caput (peculato ? Processos compra compromisso nºs 151585, 151588, 151590 e

151594)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2847; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

a qual torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas demeses de reclusão,

aumento e diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes)

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ?, quanto a este último crime,

fixo-a em R$ 377.280,00 (trezentos e setenta e sete mil duzentos e oitenta reais), valor que deve

ser devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade com Criseide, Paulo Rassi,

Amarildo, Antônio Afonso, Clécio, Alessandro e Leonardo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Entre os crimes de peculato, quadrilha ou bando e falsidade ideológica há concurso material,

motivo pelo qual as penas somadas chegam a que19 anos e 06 de reclusão e 392 dias-multa

reputo definitiva para AMARILDO CUNHA BRITO.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §1º, alínea ?a?, do CP, adoto o comoregime fechado

o inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que respondeu ao processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de direito,

por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do Código

Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta (art. 77 do5

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

ANTÔNIO AFONSO FERREIRA

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 0046 ? Lemos e Lemos

)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 23.783,42 (vinte

e três mil reais setecentos e oitenta e três reais e quarenta e dois centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Rafael e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 0047 ? Lemos e Lemos

)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 3.142,15 (três mil

cento e quarenta e dois reais e quinze centavos), valor que deve ser devidamente corrigido.

Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Arilson, Rafael e

Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 0087 ? Lemos e Lemos

)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 27.740,00 (vinte

e sete mil setecentos e quarenta reais), valor que deve ser devidamente corrigido. Observo que

haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Arilson, Rafael e Warllen, nos

termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 1147 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 25.944,20 (vinte

e cinco mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 1152 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 60.862,25

(sessenta mil oitocentos e sessenta e dois reais e vinte e cinco centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 1172 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 25.944,20 (vinte

e cinco mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Processo compra compromisso nº

134414)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Antônio Afonso, Amarildo e Élio,

nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Processo compra compromisso nº

135282)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Élio, nos termos do artigo 942 do CC.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Processo compra compromisso nº

136270)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2863; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 152.148,00

(cento e cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Marcelo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Entre os crimes de peculato há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a

que reputo definitiva para 03 anos e 09 meses de detenção ANTÔNIO AFONSO FERREIRA

.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §1º, alínea ?c?, do CP, adoto o como oregime aberto

inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que aplicado o regime mais benéfico.

 

Em atenção ao que dispõe o artigo 44 do Código Penal, julgo conveniente promover a

substituição da pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direito: a primeira,

consistente em Prestação de Serviços à Comunidade ou a entidades públicas, cujo cumprimento

se dará na forma prevista no artigo 46 do Código Penal; a segunda, na forma de Prestação

Pecuniária, consistente no pagamento de 05 salários-mínimos vigentes à época do fato à

entidade filantrópica indicada pelo Juízo da execução.

 

Deixo de conceder o benefício da suspensão condicional da pena em razão da pena aplicada ter

sido substituída por restritiva de direitos (art. 80 CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

CLÉCIO PAULO CARNEIRO

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 0046 ? Lemos e Lemos

)

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido no âmbitoCircunstâncias do crime

de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 23.783,42 (vinte

e três mil reais setecentos e oitenta e três reais e quarenta e dois centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Rafael e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 0047 ? Lemos e Lemos

)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 3.142,15 (três mil

cento e quarenta e dois reais e quinze centavos), valor que deve ser devidamente corrigido.

Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Arilson, Rafael e

Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 0087 ? Lemos e Lemos

)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 27.740,00 (vinte

e sete mil setecentos e quarenta reais), valor que deve ser devidamente corrigido. Observo que

haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Arilson, Rafael e Warllen, nos

termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 1147 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 25.944,20 (vinte

e cinco mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 1152 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 60.862,25

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

(sessenta mil oitocentos e sessenta e dois reais e vinte e cinco centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Nota Fiscal nº 1172 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 25.944,20 (vinte

e cinco mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Processo compra compromisso nº

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

135282)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Élio, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato culposo ? Processo compra compromisso nº

136270)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

criminais, conforme registro de f. 2862; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada;; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em a qual05 meses de detenção,

torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ?, deste último peculato, fixo-a

em R$ 152.148,00 (cento e cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais), valor que deve

ser devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Amarildo e Marcelo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Entre os crimes de peculato há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a

que reputo definitiva para 03 anos e 04 meses de detenção CLÉCIO PAULO CARNEIRO.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §1º, alínea ?c?, do CP, adoto o como oregime aberto

inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que aplicado o regime mais benéfico.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Em atenção ao que dispõe o artigo 44 do Código Penal, julgo conveniente promover a

substituição da pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direito: a primeira,

consistente em Prestação de Serviços à Comunidade ou a entidades públicas, cujo cumprimento

se dará na forma prevista no artigo 46 do Código Penal; a segunda, na forma de Prestação

Pecuniária, consistente no pagamento de 05 salários-mínimos vigentes à época do fato à

entidade filantrópica indicada pelo Juízo da execução.

 

Deixo de conceder o benefício da suspensão condicional da pena em razão da pena aplicada ter

sido substituída por restritiva de direitos (art. 80 CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

CRISEIDE CASTRO DOURADO

 

Artigo 288 (quadrilha ou bando)

 

I ? ? sua culpabilidade demonstrou normal em relação ao delito, inexistindoCulpabilidade

circunstância que mereça maior reprovação; II - ? a acusada é primária eAntecedentes

possuidora de bons antecedentes criminais, conforme registros de f. 2856; III - -Conduta Social

é favorável a ré, haja vista que não há informações que provem tal desfavorecimento de

conduta; IV - ? não há elementos suficientes para a análise daPersonalidade do agente

personalidade do réu, o que não o prejudica; V - ? nenhum que extrapole o tipo penal;Motivos

VI- ? desfavorável, vez que atuavam contra entidade que executaCircunstâncias do crime

atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ?Consequências

desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados através da atuação da quadrilha e da

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII - Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base no mínimo legal, ou seja, 01 ano e 06

meses de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de 1 (um) ano e 9 (nove) meses de reclusão,

a qual torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP, deixo de fixar qualquer

indenização nesta seara, pois a vítima na espécie é a paz pública.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 0046 ? Lemos e Lemos)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 23.783,42 (vinte

e três mil reais setecentos e oitenta e três reais e quarenta e dois centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Rafael e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 0047 ? Lemos e Lemos)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 3.142,15 (três mil

cento e quarenta e dois reais e quinze centavos), valor que deve ser devidamente corrigido.

Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Arilson, Rafael e

Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 0087 ? Lemos e Lemos)

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses,

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 27.740,00 (vinte

e sete mil setecentos e quarenta reais), valor que deve ser devidamente corrigido. Observo que

haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Arilson, Rafael e Warllen, nos

termos do artigo 942 do CC.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 1147 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses,

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 25.944,20 (vinte

e cinco mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 1152 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 60.862,25

(sessenta mil oitocentos e sessenta e dois reais e vinte e cinco centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 1172 ? ML)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 25.944,20 (vinte

e cinco mil novecentos e quarenta e quatro reais e vinte centavos), valor que deve ser

devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio

Afonso, Arilson, Milton e Warllen, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Processo compra compromisso nº 134414)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Antônio Afonso, Amarildo e Élio,

nos termos do artigo 942 do CC.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Processo compra compromisso nº 135282)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 159.520,00

(cento e cinquenta e nove mil quinhentos e vinte reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Élio, nos termos do artigo 942 do CC.

 

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Processo compra compromisso nº 136270)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses,

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes)

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 152.148,00

(cento e cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Marcelo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

Artigo 312, § 2º do Código Penal (peculato ? Processos compra compromisso nºs 151585,

151588, 151590 e 151594)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2856; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de a qual5 (cinco) anos e 3 (três) meses,

torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e

diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes)

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ?, quanto a este último crime,

fixo-a em R$ 377.280,00 (trezentos e setenta e sete mil duzentos e oitenta reais), valor que deve

ser devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade com Criseide, Paulo Rassi,

Amarildo, Antônio Afonso, Clécio, Alessandro e Leonardo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Art. 299, caput, CP (falsidade ideológica)

 

I ? Culpabilidade ? não há elementos que demonstrem a necessidade de sanção mais severa do

que a inerente ao tipo; II ? ? a acusada é primária e possuidora de bonsAntecedentes

antecedentes criminais, conforme registro de f. 2856; III ? ? sem elementos deConduta Social

aferição nos autos; IV ? ? favorável, haja vista que não há informaçõesPersonalidade do agente

que desabonem; V ? - nenhum que extrapole o próprio tipo penal; VI- Motivos Circunstâncias

? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face de entidade que executado crime

atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ?Consequências

desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aos atendidos na associação

que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido tratamento, consequência

que sequer pode ser mensurada; VIII ? ? em nada contribuiu para oComportamento da vítima

delito

.

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 01 ano e seis meses de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de , a qual torno1(um) ano e 9(nove) meses

definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de

pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes)

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? deixo de fixá-la, uma vez que

não há elementos nos autos para se auferir os danos, que quanto à este crime não foram

materiais.

 

Art. 1 º, inciso I da Lei nº 9613/98 (lavagem de capitais)

 

I ? Culpabilidade ? não há elementos que demonstrem a necessidade de sanção mais severa do

que a inerente ao tipo; II ? ? a acusada é primária e possuidora de bonsAntecedentes

antecedentes criminais, conforme registro de f. 2856; III ? ? sem elementos deConduta Social

aferição nos autos; IV ? ? favorável, haja vista que não há informaçõesPersonalidade do agente

que desabonem; V ? - nenhum que extrapole o próprio tipo penal; VI- Motivos Circunstâncias

? desfavorável, vez que o crime fora cometido a fim de ocultar recursos de entidadedo crime

que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ?

? desfavorável, em razão dos vultosos valores e da lesão aos atendidos naConsequências

associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido tratamento,

consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ? em nadaComportamento da vítima

contribuiu para o delito

.

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis a acusada, fixo a pena-base em 4 anos e 6 meses de reclusão.0

 

Majoro a pena em 1/6, considerando a agravante prevista no artigo 62, inciso I do

Código Penal, chegando a reprimenda ao patamar de 5 (cinco) anos, 6 (seis) meses e 15

, a qual torno definitiva face a ausência de outras agravantes, atenuantes, causas de(quinze) dias

aumento e diminuição de pena.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 114 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes)

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? deixo de arbitrá-la tendo em

vista que a vítima é o Estado,

 

Entre os crimes de quadrilha, peculato, falsidade e lavagem de capitais há concurso material,

motivo pelo qual as penas somadas chegam a e 61anos 06meses e 15 dias, 1368dias-multa,

sendo cada um arbitrado no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes), a qual reputo definitiva para CRISEIDE DE CASTRO.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?a?, do CP, adoto o comoregime fechado

o inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que respondeu o processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de direito,

por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do Código

Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta (art. 77 do6

CP).

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

Concedo a acusada o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

LEONARDO SOUSA RESENDE

 

Art. 312, caput (peculato)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2865; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

a qual torno definitiva face a ausência de agravantes, atenuantes, causas demeses de reclusão,

aumento e diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ?, quanto a este último crime,

fixo-a em R$ 377.280,00 (trezentos e setenta e sete mil duzentos e oitenta reais), valor que deve

ser devidamente corrigido. Observo que haverá solidariedade com Criseide, Paulo Rassi,

Amarildo, Antônio Afonso, Clécio, Alessandro e Leonardo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?b?, CP, adoto o semi-aberto como o

inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o caso, uma vez que o réu

respondeu ao processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de

direito, por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do

Código Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta7

(art. 77 do CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto

não vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

MARCELO RODRIGUES GOMES

 

Artigo 288 (quadrilha ou bando)

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

I ? ? sua culpabilidade demonstrou normal em relação ao delito, inexistindoCulpabilidade

circunstância que mereça maior reprovação; II - ? a acusada é primária eAntecedentes

possuidora de bons antecedentes criminais, conforme registros de f. 2854/2855; III - Conduta

- é favorável a ré, haja vista que não há informações que provem tal desfavorecimento deSocial

conduta; IV - ? não há elementos suficientes para a análise daPersonalidade do agente

personalidade do réu, o que não o prejudica; V - ? nenhum que extrapole o tipo penal;Motivos

VI- ? desfavorável, vez que atuavam contra entidade que executaCircunstâncias do crime

atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ?Consequências

desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados através da atuação da quadrilha e da

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII - Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em , a01 ano e 06 meses de reclusão

qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento ou

diminuição de pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP, deixo de fixar qualquer

indenização nesta seara, pois a vítima é a coletividade.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 2854/2855; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que nãoConduta Social

há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 152.148,00

(cento e cinquenta e dois mil cento e quarenta e oito reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade entre Criseide, Clécio, Antônio Afonso, Amarildo

e Marcelo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Entre os crimes de quadrilha e peculato há concurso material, motivo pelo qual as penas

somadas chegam a e sendo cada um arbitrado no valor6 anos de reclusão, 98dias-multa,

correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja cobrança dar-se-á de acordo com as

disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e seguintes), a qual reputo definitiva para

Marcelo Rodrigues Gomes.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?a?, do CP, adoto o regime semi-aberto

como o inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que respondeu o processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de direito,

por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do Código

Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta (art. 77 do8

CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

MILTON LOPES DE SOUZA

 

Artigo 288 (quadrilha ou bando)

 

I ? ? sua culpabilidade demonstrou normal em relação ao delito, inexistindoCulpabilidade

circunstância que mereça maior reprovação; II - ? a acusada é primária eAntecedentes

possuidora de bons antecedentes criminais, conforme registros de f. 3515; III - -Conduta Social

é favorável a ré, haja vista que não há informações que provem tal desfavorecimento de

conduta; IV - ? não há elementos suficientes para a análise daPersonalidade do agente

personalidade do réu, o que não o prejudica; V - ? nenhum que extrapole o tipo penal;Motivos

VI- ? desfavorável, vez que atuavam contra entidade que executaCircunstâncias do crime

atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ?Consequências

desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados através da atuação da quadrilha e da

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII - Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em , a01 ano e 06 meses de reclusão

qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento ou

diminuição de pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP, deixo de fixar qualquer

indenização nesta seara, pois a vítima na espécie é a coletividade.

 

Art. 299, caput, CP (falsidade ideológica)

 

I ? Culpabilidade ? não há elementos que demonstrem a necessidade de sanção mais severa do

que a inerente ao tipo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bonsAntecedentes

antecedentes criminais, conforme registro de f. 3515; III ? ? sem elementos deConduta Social

aferição nos autos; IV ? ? favorável, haja vista que não há informaçõesPersonalidade do agente

que desabonem; V ? - nenhum que extrapole o próprio tipo penal; VI- Motivos Circunstâncias

? desfavorável, vez que o crime atingiu entidade que executa atividades de assistênciado crime

à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ? desfavorável, em razãoConsequências

dos vultosos valores desviados e da lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta

de insumos e medicamentos para o devido tratamento, consequência que sequer pode ser

mensurada; VIII ? ? em nada contribuiu para o delitoComportamento da vítima

.

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, motivo pelo qual fixo a pena-base em 01 ano e 6 meses

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes, causa dede reclusão

aumento ou de diminuição de pena..

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes)

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? deixo de fixá-la, uma vez que

não há elementos nos autos para se auferir os danos, que quanto à este crime não foram

materiais.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (Nota Fiscal 1147)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 3515; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? tendo em vista que a vítima é a

Administração Pública, não há elementos nos autos para se auferir os danos.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal nº 1152 )

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 3515; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? tendo em vista que a vítima é a

Administração Pública, não há elementos nos autos para se auferir os danos.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal 1172)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? a acusada é primária e possuidor de bons antecedentes criminais,Antecedentes

conforme registro de f. 3515; III ? ? é favorável ao réu, haja vista que não háConduta Social

informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? ?Personalidade do agente

favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? tendo em vista que a vítima é a

Administração Pública, não há elementos nos autos para se auferir os danos.

 

Entre os crimes de quadrilha e peculato há concurso material, motivo pelo qual as penas

somadas chegam a e sendo cada um arbitrado16anos e 6 meses de reclusão, 392dias-multa,

no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja cobrança dar-se-á de

acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e seguintes), a qual reputo

definitiva para Milton Lopes de Souza.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?a?, do CP, adoto o comoregime fechado

o inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que respondeu o processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de direito,

por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do Código

Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta (art. 77 do9

CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

PAULO RASSI

 

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

Artigo 312, § 2º do Código Penal (peculato ? Processos compra compromisso nºs 151585,

151588, 151590 e 151594)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2851/2852; III ? ? é favorável ao réu, hajaConduta Social

vista que não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? osdo agente Motivos

comuns à espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometidoCircunstâncias do crime

em face de entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento

oncológico; VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e daConsequências

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses

de reclusão.

 

Majoro a pena em 1/6 em razão da agravante prevista no artigo 62, inciso I do Código

Penal, elevando-a ao patamar de 5 anos e 03 meses. Não há atenuantes.

 

Considerando o disposto no artigo 327, § 2º do Código Penal, a pena deve ser acrescida

de 1/3, , a qual torno definitiva em razão de outras causas detotalizando 7 anos de reclusão

aumento ou de causas de diminuição da pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 152 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? fixo-a em R$ 377.280,00

(trezentos e setenta e sete mil duzentos e oitenta reais), valor que deve ser devidamente

corrigido. Observo que haverá solidariedade com Criseide, Amarildo, Antônio Afonso, Clécio

de Paulo e Alessandro Leonardo, nos termos do artigo 942 do CC.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?b?, do CP, adoto o como oregime semi-aberto

inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que respondeu o processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de direito,

por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do Código

Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta (art. 7710

do CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

RAFAEL JOSÉ LEMOS FILHO

 

Artigo 288 (quadrilha ou bando)

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

 

I ? ? sua culpabilidade demonstrou normal em relação ao delito, inexistindoCulpabilidade

circunstância que mereça maior reprovação; II - ? o acusado é primário eAntecedentes

possuidor de bons antecedentes criminais, conforme registros de f. 2858; III - - éConduta Social

favorável ao réu, haja vista que não há informações que provem tal desfavorecimento de

conduta; IV - ? não há elementos suficientes para a análise daPersonalidade do agente

personalidade do réu, o que não o prejudica; V - ? nenhum que extrapole o tipo penal;Motivos

VI- ? desfavorável, vez que atuavam contra entidade que executaCircunstâncias do crime

atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico; VII ? ?Consequências

desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados através da atuação da quadrilha e da

lesão aos atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o

devido tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII - Comportamento da

? não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.vítima

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em , a01 ano e 06 meses de reclusão

qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes, causas de aumento ou

diminuição de pena.

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP, deixo de fixar qualquer

indenização nesta seara, pois a vítima na espécie é a paz pública.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (Nota Fiscal 0046)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2858; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

Código para validar documento: 109499070952

Validar no endereço: http://www.tjgo.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? tendo em vista que a vítima é a

Administração Pública, não há elementos nos autos para se auferir os danos.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (Nota Fiscal nº 0047)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2858; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

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atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? tendo em vista que a vítima é a

Administração Pública, não há elementos nos autos para se auferir os danos.

 

Artigo 312, § 2º do Código Penal, (peculato ? Nota Fiscal 087)

 

I ? ? não existe gravidade a mais do que a ínsita ao tipo penal que possaCulpabilidade

reprová-lo; II ? ? o acusado é primário e possuidor de bons antecedentesAntecedentes

criminais, conforme registro de f. 2858; III ? ? é favorável ao réu, haja vista queConduta Social

não há informações que provem tal desfavorecimento de conduta; IV ? Personalidade do agente

? favorável, porquanto não existem informações que a desabone; V ? ? os comuns àMotivos

espécie; VI- ? desfavorável, vez que o crime fora cometido em face deCircunstâncias do crime

entidade que executa atividades de assistência à saúde de pacientes em tratamento oncológico;

VII ? ? desfavorável, em razão dos vultosos valores desviados e da lesão aosConsequências

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atendidos na associação que sofreram com a falta de insumos e medicamentos para o devido

tratamento, consequência que sequer pode ser mensurada; VIII ? ?Comportamento da vítima

não facilitou e nem incentivou a ação criminosa.

 

Considerando que as circunstâncias judiciais relativas as circunstâncias e consequências

mostraram-se desfavoráveis ao acusado, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 06 (seis)

, a qual torno definitiva em razão da ausência de agravantes, atenuantes,mesesde reclusão

causas de aumento ou diminuição de pena.

 

Observada a proporcionalidade com a pena corporal, fixo a pena de multa 98 dias-multa sendo

cada uma arbitrada no valor correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja

cobrança dar-se-á de acordo com as disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e

seguintes).

 

No tocante a reparação mínima do dano ? art. 387, IV, do CPP ? tendo em vista que a vítima é a

Administração Pública, não há elementos nos autos para se auferir os danos.

 

Entre os crimes de quadrilha e peculato há concurso material, motivo pelo qual as penas

somadas chegam a e sendo cada um arbitrado no valor15anos de reclusão, 294dias-multa,

correspondente a 01 salário-mínimo à época dos fatos; cuja cobrança dar-se-á de acordo com as

disposições pertinentes do Código Penal (arts. 49 e seguintes), a qual reputo definitiva para

Rafael José Lemos Filho.

 

Atendendo ao disposto no art. 33, §2º, alínea ?a?, do CP, adoto o comoregime fechado

o inicial da execução da pena privativa de liberdade, a ser cumprida nos moldes da Lei de

Execução Penal.

 

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A nova regra da detração (§2º do art. 387, CPP), em nada altera o regime inicial no caso em

voga, vez que respondeu o processo em liberdade.

 

Deixo de promover a substituição da pena privativa de liberdade fixada por restritiva de direito,

por visualizar ausente requisito objetivo para tanto, à luz do norte esboçado no art. 44 do Código

Penal . Igualmente, não suspendo condicionalmente a pena em razão do tempo desta (art. 7711

do CP).

 

Concedo ao acusado o direito de responder a eventual recurso em liberdade, porquanto não

vislumbro motivos autorizadores de sua prisão a título de cautela.

 

CONSIDERAÇÕES GERAIS

 

Após o trânsito em julgado, expeça-se guia de recolhimento em nome dos sentenciados,

encaminhando-a à Vara de Execuções Penais, para os devidos fins, bem como remetam-se os

autos à contadoria existente neste Fórum Criminal para cálculo da multa devida pelos

sentenciados, intimando-os logo em seguida para recolhê-las no prazo máximo de 10 dias,

facultado o parcelamento do débito em até 10 vezes, caso necessário.

 

Oficie-se à Justiça Eleitoral, comunicando a condenação, nos termos do artigo 15, inciso III, da

Constituição Federal. Adotem-se as providências junto ao INI ? Instituto Nacional de

Investigação, oficiando-se, e cumpra-se o disposto no artigo 809, § 3º, do CPP. Oficie-se ao

Departamento da Polícia Federal, via Superintendência Regional de Goiás para o registro do

nome dos apenados no SINIC (Sistema Nacional de Identificação Criminal).

 

Os valores apurados na pena de multa devem ser encaminhados ao fundo penitenciário

estadual.

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Condeno os sentenciados no pagamento das custas processuais.

 

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Goiânia, 30 outubro de 2018.

 

Suelenita Soares Correia

Juíza de Direito

01

 

 

1NUCCI, Guilherme de Souza Nucci. Código Penal Comentado. 18 ª ed. Rio de Janeiro:Forense, 2017. Pág. 1497.

2JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 10ª ed. São Paulo: RT, 2014. Pág.529

3Disponível em 26/09/2018 <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_490_semana4.pdf>

4"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

5"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

6"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE

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DIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

7"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

8"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

9"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

10"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

11"SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DEDIREITOS. AUSÊNCIA DO PRESSUPOSTO OBJETIVO. Se o somatório das penas aplicadasem concurso material suplanta o limite de 4 anos de reclusão, não há falar-se em substituiçãopor sanções restritivas de direitos, por faltar o requisito objetivo previsto no artigo 44, I, doCódigo Penal. (...)" . (TJGO - 2ª Cam. Crim. - Des. Rel. Leandro Crispim - DJ 1265 de18/03/2013).

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