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Registro de Imóveis
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Registro de Imóveis Aula 06
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REGISTRO DE IMÓVEIS
EDITAL UNIFICADO: Cédulas de Credito Rural, Industrial, Comercial, Bancário, à
Exportação e de Produto Rural. Bem de Família. Registro Torres. Hipoteca.
Remição do Imóvel Hipotecado. Demais atos de competência do registro de
imóveis. Serviço de Registro Eletrônico de Imóveis – SREI, Operador Nacional
do Registro de Imóveis Eletrônico – ONR, Central de Serviços Eletrônicos dos
Registradores de Imóveis. Documentos estrangeiros. Lei Federal nº 6.766/79 –
Lei Federal nº 8.935/94 – Lei Federal nº 9.514/97 – Estatuto da Cidade (Lei
Federal nº 10.257/01) – Código de Águas – Lei Federal nº 11.977/09 – Lei
Federal nº 10.169/00
Este material foi construído com base nas obras / aulas dos seguintes autores:
Direito empresarial brasileiro: títulos de crédito / Gladston Mamede. – 10. ed.
rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 2018. ISBN 978-85-97-01424-2
Direito Registral Imobiliário: Teoria Geral. Volume I / Eduardo Sócrates
Castanheira Sarmento Filho. Editora Juruá: Curitiba, 2018.
Direito Registral Imobiliário: Sujeitos, Imóveis e Direitos Inscritíveis. Volume II /
Eduardo Sócrates Castanheira Sarmento Filho. Editora Juruá: Curitiba, 2018.
Direito Registral Imobiliário / Venício Salles. 2ª Ed., São Paulo, Saraiva, 2007;
História do Registro de Imóveis [livro eletrônico] / Ivan Jacopetti do Lago. -- 1.
ed. -- São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2020. -- (Coleção Direito Imobiliário
; vol. I / coordenação Alberto Gentil de Almeida Pedroso) ISBN 978-65-5614-
168-8
Legislação Notarial e de Registros Públicos comentada – artigo por artigo – /
Martha El Debs. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2020. ISBN: 978-65-5680-035-6
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Lei de Registros Públicos comentada: Lei 6.015/1973 / coordenação José
Manuel de Arruda Alvim Neto, Alexandre Laizo Clápis, Everaldo Augusto
Cambler. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2019. ISBN 978-85-309-8345-1
Manual do registro de imóveis : aspectos práticos da qualificação registrai /
Luís Ramon Alvares. 2. ed. rev., atual, e ampl. — São José dos Campos, SP :
Editora Crono, 2016. ISBN 978-85-68742-02-0
Noções fundamentais de direito registral e notarial / Eduardo Pacheco Ribeiro
de Souza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017. (Série direito registral e notarial
/ coordenadores Sérgio Jacomino e Leonardo Brandelli). ISBN 978-85-472-
2017-4;
Registros Públicos / Alberto Gentil. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2020. ISBN 978-85-309-8789-3;
Registros públicos: teoria e prática / Luiz Guilherme Loureiro. - 10. ed. rev., atual
e ampl. - Salvador: Editora Juspodivm, 2019. ISBN 978-85-442-2745-9.
Registro de Imóveis / Aline Yumi Konno. Teoria e Prática, 1ª Ed, São Paulo,
Memória Jurídica, 2007;
Registro de Imóveis / Afrânio de Carvalho. 4ª Ed., Rio de Janeiro, Forense, 1998;
Diversos artigos da Revista de Direito Imobiliário. Editora Revista dos Tribunais.
Aulas de Registro de Imóveis / Ivan Jacopetti do Lago e Pedro Ítalo da Costa
Bacelar. Curso Completo para Concursos de Cartório. Referência: 2019;.
Cédulas de Credito Rural, Industrial, Comercial, Bancário, à Exportação e de
Produto Rural.
1. O que são Notas e Cédulas de Crédito??
➔ Cédulas e notas de crédito são títulos representativos de operações de
financiamento, tendo por negócio de base empréstimos concedidos por
instituições financeiras, ou entidade a essas equiparadas, a quem se dedique a
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determinadas áreas econômicas, como atividades rurais, industriais,
comerciais, imobiliárias, exportação e/ou importação, excetuada a emissão de
cédula de crédito bancária que possui emissão e finalidade não vinculada.
As cédulas de crédito, em geral, constituem títulos de crédito
cambiariformes, de natureza imprópria, uma vez que são disciplinadas apenas
subsidiariamente pelas regras comuns do direito cambial. Expressam
promessa de pagamento, com exceção da cédula de produto rural, que expressa
uma promessa de entrega de produtos.
O fator primordial que diferencia notas e cédulas é a existência de garantia
real para as últimas. Além disso, há diferença na preferência no crédito
concursal. O crédito decorrente de cédula terá o tratamento do título legal de
preferência decorrente de direito real. Já as notas (industriais, comerciais ou
rurais), veicularão créditos classificados como privilégio especial.
Destaca-se que no ordenamento jurídico brasileiro também existe a
adoção da nomenclatura de cédulas para títulos que representam créditos
hipotecários ou imobiliários e que são emitidos pelos credores (cédula
hipotecária e cédula de crédito imobiliário).
➔ (LRP) Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos.
(Renumerado do art. 168 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975).
I - o registro: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975).
[...] 13) das cédulas de crédito rural (Revogado pela Lei n.13.986, de 2020)
2) das hipotecas legais, judiciais e convencionais;
4) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e
em funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles;
14) das cédulas de crédito, industrial;
15) dos contratos de penhor rural;
[...] 35) da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel. (Incluído
pela Lei nº 9.514, de 1997)
[...]II - a averbação: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975).
[...] 7) das cédulas hipotecárias;
[...] Art. 178 - Registrar-se-ão no Livro nº 3 - Registro Auxiliar:
(Renumerado do art. 175 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975).
II - as cédulas de crédito industrial, sem prejuízo do registro da hipoteca cedular;
(Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020
[...] IV - o penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados
e em funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles;
[...] VI - os contratos de penhor rural;
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➔ (DL 70/66) Art 10. É instituída a cédula hipotecária para hipotecas inscritas
no Registro Geral de Imóveis, como instrumento hábil para a representação dos
respectivos créditos hipotecários, a qual poderá ser emitida pelo credor
hipotecário nos casos de:
I - operações compreendidas no Sistema Financeiro da Habitação;
II - hipotecas de que sejam credores instituições financeiras em geral, e
companhias de seguro;
III - hipotecas entre outras partes, desde que a cédula hipotecária seja
originàriamente emitida em favor das pessoas jurídicas a que se refere o inciso
II supra.
§ 1º A cédula hipotecária poderá ser integral, quando representar a totalidade
do crédito hipotecário, ou fracionária, quando representar parte dêle, entendido
que a soma do principal das cédulas hipotecárias fracionárias emitidas sôbre
uma determinada hipoteca e ainda em circulação não poderá exceder, em
hipótese alguma, o valor total do respectivo crédito hipotecário em nenhum
momento.
§ 2º Para os efeitos do valor total mencionado no parágrafo anterior, admite-se
o cômputo das correções efetivamente realizadas, na forma do artigo 9º, do
valor Monetário da dívida envolvida.
§ 3º As cédulas hipotecárias fracionárias poderão ser emitidas em conjunto ou
isoladamente a critério do credor, a qualquer momento antes do vencimento da
correspondente dívida hipotecária.
[...] Art 13. A cédula hipotecária só poderá ser lançada à circulação depois de
averbada à margem da inscrição da hipoteca a que disser respeito, no Registro-
Geral de Imóveis, observando-se para essa averbação o disposto na legislação
e regulamentação dos serviços concernentes aos registros públicos, no que
couber.
Parágrafo único. Cada cédula hipotecária averbada será autenticada pelo Oficial
do Registro-Geral de Imóveis competente, com indicação de seu número, série
e data, bem como do livro, fôlhas e a data da inscrição da hipoteca a que
corresponder a emissão e à margem da qual fôr averbada.
➔ (DL 167/69) Art 9º A cédula de crédito rural é promessa de pagamento em
dinheiro, sem ou com garantia real cedularmente constituída, sob as seguintes
denominações e modalidades:
I - Cédula Rural Pignoratícia.
II - Cédula Rural Hipotecária.
III - Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.
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IV - Nota de Crédito Rural.
[...] Art 28. O crédito pela nota de crédito rural tem privilégio especial sôbre os
bens discriminados no artigo 1.563 do Código Civil.
Art 30. As cédulas de crédito rural, para terem eficácia contra terceiros,
inscrevem-se no Cartório do Registro de Imóveis: (Revogado pela Lei nº 13.986,
de 2020
➔ (DL 413/69) Art 1º O financiamento concedido por instituições financeiras
a pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade industrial poderá efetuar-
se por meio da cédula de crédito industrial prevista neste Decreto-lei.
[...] Art 9º A cédula de crédito industrial e promessa de pagamento em dinheiro,
com garantia real, cedularmente constituída.
[...] Art. 17. O crédito pela nota de crédito industrial tem privilégio especial sobre
os bens discriminados no artigo 1.563 do Código Civil.
[...] Art 30. De acôrdo com a natureza da garantia constituída, a cédula de crédito
industrial inscreve-se no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição do
local de situação dos bens objeto do penhor cedular, da alienação fiduciária, ou
em que esteja localizado o imóvel hipotecado.
➔ (Lei 6.313/75) Art 1º As operações de financiamento à exportação ou à
produção de bens para exportação, bem como às atividades de apoio e
complementação integrantes e fundamentais da exportação, realizadas por
instituições financeiras, poderão ser representadas por Cédula Crédito à
Exportação e por Nota de Crédito à Exportação com características idênticas,
respectivamente, à Cédula de Crédito Industrial e à Nota de Crédito Industrial,
instituídas pelo Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro de 1969.
Parágrafo único. A Cédula de Crédito à Exportação e a Nota de Crédito à
Exportação poderão ser emitidas por pessoas físicas e jurídicas, que se
dediquem a qualquer das atividades referidas neste artigo.
[...] Art 3º Serão aplicáveis à Cédula de Crédito à Exportação, respectivamente,
os dispositivos do Decreto-lei número 413, de 9 de janeiro de 1969, referente à
Cédula de Crédito Industrial e à Nota de Crédito Industrial. (Vide Lei nº
8.522, de 1992)
Art. 4º O registro da Cédula de Crédito à Exportação, cabível quando acordado
entre as partes, será feito no mesmo livro, observados os requisitos aplicáveis
à Cédula Industrial. (Redação pela Medida Provisória nº 958, de 2020)
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➔ (Lei 6.840/80) Art. 1º As operações de empréstimo concedidas por
instituições financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique a atividade
comercial ou de prestação de serviços poderão ser representadas por Cédula
de Crédito Comercial e por nota de Crédito Comercial.
[...] Art. 5º Aplicam-se à Cédula de Crédito Comercial e à Nota de Crédito
Comercial as normas do Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro 1969, inclusive
quanto aos modelos anexos àquele diploma, respeitadas, em cada caso, a
respectiva denominação e as disposições desta Lei.
➔ (Lei 10.931/04) Art. 18. É instituída a Cédula de Crédito Imobiliário - CCI
para representar créditos imobiliários.
[...] § 3º A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob
a forma escritural ou cartular.
§ 4º A emissão da CCI sob a forma escritural ocorrerá por meio de escritura
pública ou instrumento particular, que permanecerá custodiado em instituição
financeira. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)
§ 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da
instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de
registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.
(Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 4º-B. O Conselho Monetário Nacional poderá estabelecer as condições para
o registro e o depósito centralizado de CCI e a obrigatoriedade de depósito da
CCI em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade
de depósito centralizado de ativos financeiros. (Incluído pela Lei nº 13.986,
de 2020).
§ 4º-C Na hipótese de a CCI ser liquidada antes de ser negociada, a instituição
custodiante declarará a inexistência do registro ou do depósito de que trata o §
4º-A deste artigo, para fins do disposto no art. 24 desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 13.986, de 2020).
§ 5º Sendo o crédito imobiliário garantido por direito real, a emissão da CCI será
averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na respectiva matrícula,
devendo dela constar, exclusivamente, o número, a série e a instituição
custodiante.
§ 6º A averbação da emissão da CCI e o registro da garantia do crédito
respectivo, quando solicitados simultaneamente, serão considerados como ato
único para efeito de cobrança de emolumentos.
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§ 7º A constrição judicial que recaia sobre crédito representado por CCI será
efetuada nos registros da instituição custodiante ou mediante apreensão da
respectiva cártula.
§ 8º O credor da CCI deverá ser imediatamente intimado de constrição judicial
que recaia sobre a garantia real do crédito imobiliário representado por aquele
título.
§ 9º No caso de CCI emitida sob a forma escritural, caberá à instituição
custodiante identificar o credor, para o fim da intimação prevista no § 8º .
[...] Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa
física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta
equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de
operação de crédito, de qualquer modalidade.
§ 1º A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo
admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição
domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à
lei e ao foro brasileiros.
§ 2º A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior
poderá ser emitida em moeda estrangeira.
Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, com ou sem garantia,
real ou fidejussória, cedularmente constituída.
Parágrafo único. A garantia constituída será especificada na Cédula de Crédito
Bancário, observadas as disposições deste Capítulo e, no que não forem com
elas conflitantes, as da legislação comum ou especial aplicável.
2. As cédulas de crédito são registradas no RI??
➔ As cédulas de crédito podem ser ou conter títulos aptos a ingressar no
Registro de Imóveis. Ora a legislação vai atribuir o registro da própria cédula ao
Registro de Imóveis ora só serão registradas as hipotecas, alienações
fiduciárias sobre bens imóveis e penhores especiais que veicularem.
Serão registrados no Livro 3 (Registro Auxiliar): i) a Cédula de Crédito
Industrial (CCInd); ii) a Cédula de Crédito à Exportação; iii) a Cédula de Crédito
Comercial (CCC); e iv) o Penhor Rural (constante em cédula de crédito rural
pignoratícia, hipotecária e pignoratícia, cédula de produto rural e cédula de
crédito bancário).
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Por sua vez, serão registrados no Livro 2 (Registro Geral): i) a hipoteca; ii)
a alienação fiduciária de bens imóveis; e iii) em alguns Estados, a averbação da
notícia de penhor rural no imóvel da localização dos bens empenhados.
Destaca-se que serão registrados no Livro B (Registro Integral – RTD): i) a
alienação fiduciária de bens móveis; e ii) o penhor comum; iii) o penhor de
veículos; e iv) o penhor de direitos.
Pode ainda haver a apresentação de cédula de crédito imobiliário ou
cédula hipotecária que serão averbadas na matrícula do imóvel.
Por fim, haverá o registro ou depósito da Cédula de Produto Rural e da
Cédula Imobiliária Rural em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de registro ou depósito centralizado de ativos financeiros e
de valores mobiliários.
➔ Dica: principais cédulas que podem ser apresentadas no RGI:
o cédula rural pignoratícia (Decreto-lei no 167/67);
o cédula rural hipotecária (Decreto-lei no 167/67);
o cédula rural pignoratícia e hipotecária (Decreto-lei no 167/67);
o cédula de crédito industrial (Decreto-lei no 413/69);1
o cédula de crédito à exportação (Lei no 6.313/75);
o cédula de crédito comercial (Lei no 6.840/90);
o cédula de produto rural (Lei no 8.929/94);
o cédula de crédito bancário (Lei no 10.931/04);
o cédula hipotecária (Decreto-lei no 70/66);
o cédula de crédito imobiliário (Lei no 10.931/04);
o cédula imobiliária rural (Lei 13.986/2020).
➔ (Lei 8.929/1994) Art. 3º-A. A CPR poderá ser emitida sob a forma cartular
ou escritural. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 1º A emissão na forma escritural, que poderá valer-se de processos
eletrônicos ou digitais, será objeto de lançamento em sistema eletrônico de
escrituração gerido por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de escrituração. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 2º A CPR emitida sob a forma cartular assumirá a forma escritural enquanto
permanecer depositada em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores
mobiliários. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 3º Os negócios ocorridos durante o período em que a CPR emitida sob a forma
cartular estiver depositada não serão transcritos no verso do título, cabendo ao
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sistema referido no § 1º deste artigo o controle da titularidade. (Incluído
pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 4º A CPR será considerada ativo financeiro, para os fins de registro e de
depósito em entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil a exercer tais
atividades. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
[...] Art. 3º-D. A CPR poderá ser negociada, desde que registrada ou depositada
em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de
registro ou depósito centralizado de ativos financeiros. (Incluído pela Lei
nº 13.986, de 2020).
Parágrafo único. A CPR será considerada ativo financeiro e a operação ficará
isenta do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários, na hipótese de ocorrência da negociação de que
trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
➔ (Lei 13.986/2020) Art. 12. A CPR emitida a partir de 1º de janeiro de 2021,
bem como seus aditamentos, para ter validade e eficácia, deverá ser registrada
ou depositada, em até 10 (dez) dias úteis da data de emissão ou aditamento,
em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de
registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores
mobiliários. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020
§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, a hipoteca, o penhor rural
e a alienação fiduciária sobre bem imóvel garantidores da CPR serão levados a
registro no cartório de registro de imóveis em que estiverem localizados os bens
dados em garantia. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020
§ 2º A validade e eficácia da CPR não dependem de registro em cartório, que
fica dispensado, mas as garantias reais a ela vinculadas ficam sujeitas, para
valer contra terceiros, à averbação no cartório de registro de imóveis em que
estiverem localizados os bens dados em garantia, devendo ser efetuada no
prazo de 3 (três) dias úteis, contado da apresentação do título ou certidão de
inteiro teor, sob pena de responsabilidade funcional do oficial encarregado de
promover os atos necessários. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020
§ 3º A cobrança de emolumentos e custas cartorárias relacionada ao registro
de garantias vinculadas à CPR será regida pelas normas aplicáveis ao registro
de garantias vinculadas à Cédula de Crédito Rural, de que trata o Decreto-Lei nº
167, de 14 de fevereiro de 1967. (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020
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§ 4º A CPR, na hipótese de ser garantida por alienação fiduciária sobre bem
móvel, será averbada no cartório de registro de títulos e documentos do
domicílio do emitente. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020)
Art. 19. A CIR será levada a registro ou a depósito em entidade autorizada pelo
Banco Central do Brasil a exercer a atividade de registro ou depósito
centralizado de ativos financeiros e de valores mobiliários, nos termos da Lei nº
12.810, de 15 de maio de 2013, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data
de sua emissão.
§ 1º O registro ou o depósito realizado no prazo estabelecido no caput deste
artigo é condição necessária para que a CIR tenha eficácia executiva sobre o
patrimônio rural em afetação a ela vinculado.
§ 2º A CIR cartular será escritural enquanto permanecer depositada.
§ 3º No período em que a CIR estiver depositada, o histórico dos negócios
ocorridos:
I - não será transcrito no verso dos títulos; e
II - será anotado nos registros do sistema.
➔ (CNMG) Art. 973. Serão registrados no Livro nº 3 - Registro Auxiliar:
I - as cédulas de crédito industrial, de crédito à exportação, de crédito imobiliário
e de crédito comercial, sem prejuízo do registro do direito real de garantia;
II - as notas de crédito industrial, à exportação e comercial;
III - as garantias pignoratícias advindas das cédulas de crédito rural e de
produto rural;
IV - o penhor rural, industrial, mercantil ou à exportação advindo das cédulas de
crédito bancário.
§ 1º As hipotecas e as alienações fiduciárias em garantia de bens imóveis
provenientes das cédulas serão registradas no Livro nº 2 - Registro Geral,
devendo ser efetuadas as remissões recíprocas.
§ 2º O registro do penhor rural, industrial, mercantil ou à exportação, realizado
no Livro nº 3 - Registro Auxiliar, mencionará expressamente o imóvel de
localização dos bens dados em garantia, devendo ser efetuada averbação de
localização, sem conteúdo financeiro, no Livro nº 2.
§ 3º No caso da cédula de crédito bancário, será registrada no Livro nº 2
somente a hipoteca ou alienação fiduciária com garantia de bem imóvel, caso
em que, a requerimento do interessado, também poderá ser registrada a cédula
em seu inteiro teor no Livro nº 3 - Registro Auxiliar.
Art. 974. Os atos mencionados no art. 973 deste Provimento Conjunto serão
praticados:
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I - no caso de garantias exclusivamente de bens móveis dados em penhor rural,
industrial ou mercantil, na circunscrição do imóvel de localização dos bens
apenhados;
II - no caso de garantias exclusivamente de bens imóveis, na circunscrição dos
imóveis hipotecados ou alienados fiduciariamente;
III - no caso de garantias de bens imóveis e ainda de bens móveis dados em
penhor rural, industrial ou mercantil, tanto na circunscrição do imóvel de
localização dos bens hipotecados ou alienados fiduciariamente quanto na
circunscrição dos bens apenhados;
IV - no caso de nota de crédito rural, industrial, à exportação e comercial, na
circunscrição do imóvel a cuja exploração se destina o financiamento;
V - no caso de garantias provenientes de cédula de produto rural ou de crédito
rural:
a) será feito sempre o registro no Livro nº 3 do Ofício de Registro do domicílio
do emitente;
b) se houver bem móvel dado em penhor, será feito o registro do penhor no Livro
nº 3 do Ofício de Registro de Imóveis do imóvel de localização dos bens
apenhados, mencionando-se expressamente o imóvel de localização dos bens
dados em garantia, devendo ser efetuada averbação de localização, sem
conteúdo financeiro, no Livro nº 2.
Parágrafo único. O registro na forma dos arts. 716 e 718 deste Provimento
Conjunto não dispensa o registro das garantias de bens móveis no Ofício de
Registro de Títulos e Documentos competente, salvo no caso de penhor rural,
industrial, mercantil ou à exportação, devendo o oficial de registro de imóveis
fazer constar tal informação no texto do registro.
Art. 975. O registro e a averbação das cédulas e notas de crédito industrial, à
exportação, comercial, imobiliário e bancário, inclusive suas garantias e suas
modificações, independem do reconhecimento de firma dos signatários nos
respectivos instrumentos, sendo, para a averbação de baixa ou cancelamento,
entretanto, reconhecida a firma do credor no instrumento de quitação.
§ 1º Para a averbação de baixa ou cancelamento, exige-se o reconhecimento
de firma do credor no instrumento de quitação.
§ 2º O instrumento de quitação expedido por pessoa jurídica deverá vir
acompanhado do comprovante dos poderes de representação de quem por ela
assinou.
§ 3º Quitada a dívida e decorrido o prazo do vencimento da garantia é vedada a
averbação de liberação de novo crédito por meio de aditivo.
[...] Art. 977. A prorrogação do penhor rural deve ser averbada à margem do
registro respectivo, mediante requerimento do credor e do devedor.
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➔ (CNRJ) Art. 539. Integrando garantia hipotecária ou de alienação fiduciária
de imóvel à cédula de crédito rural, industrial, à exportação, comercial ou do
produto rural, o registro far-se-á no Livro 3 – registro da cédula – e no Livro 2
– registro da garantia cedular imobiliária. (Redação alterada pelo Provimento
CGJ n.º 32/2010, publicado no D.J.E.R.J. de 27/05/2010)
§ 1º. Em se tratando de cédula de crédito bancário, será feito apenas o registro
da garantia.
§ 2º. Em se tratando de cédula de crédito imobiliário, sua emissão será apenas
averbada na matrícula em que constar o registro da hipoteca ou da alienação
fiduciária.
§ 3º. Os emolumentos devidos pelo registro da garantia hipotecária ou de
alienação fiduciária de imóvel mencionados no caput deverão ser calculados
com base no valor do contrato objeto do registro.(Parágrafo acrescentado pelo
Provimento CGJ n.º 57/2018, publicado no D.J.E.R.J. de 19/12/2018)
§ 4º. Caso o valor da cédula de crédito seja superior ao valor da avaliação do
bem, os emolumentos serão calculados com base no valor da avaliação do
imóvel indicado no título ou contrato. (Parágrafo acrescentado pelo Provimento
CGJ n.º 57/2018, publicado no D.J.E.R.J. de 19/12/2018)
➔ (CNRS) Art. 523 – Integrando garantia hipotecária ou de alienação
fiduciária de imóvel à cédula de crédito rural, industrial, à exportação, comercial
ou do produto rural, o registro será feito no Livro 3 (Registro da Cédula) e no
Livro 2 (Registro da Garantia Cedular Imobiliária).
§ 1º – Em se tratando de cédula de crédito bancário, o registro será feito apenas
da garantia.
§ 2º – É obrigatória a anuência do credor para a alienação ou oneração de
imóvel dado em garantia por cédula de crédito bancário, na forma do art. 34, §2º
da Lei nº 10.931/04.
§ 3º – Em se tratando de cédula de crédito imobiliário, sua emissão será apenas
averbada na matrícula em que constar o registro da hipoteca ou da alienação
fiduciária.
§ 4º – Quando o requerimento da averbação de Cédula de Crédito Imobiliário
(CCI) for apresentado em momento distinto da solicitação de registro da
garantia real, devem incidir emolumentos com valor correspondente à
averbação sem valor declarado.
3. O que é uma Cédula de Crédito Rural? Ela é registrada no RGI?
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➔ Trata-se de cédula de crédito vinculada que representa promessa de
pagamento em dinheiro, possuindo natureza jurídica de título civil, líquido e
certo, exigível, transferível e de livre negociação.
Por se relacionar à política pública agrícola, a cédula de crédito rural
instrumentaliza o financiamento das atividades rurais para prover as
necessidades financeiras do custeio e da comercialização de produção, como
também as de capital para investimentos e industrialização de produtos
agropecuários que serão garantidas com ou sem garantia real cedularmente
constituída (hipoteca, penhor ou ambas).
Quando a garantia for penhor, será denominada pignoratícia. Na situação
em que a garantia for hipoteca, hipotecária. Já na hipótese de possuir ambas
garantias, denominar-se-á pignoratícia e hipotecária.
Por fim, quando não possuir garantia real cedularmente constituída será
denominada nota de crédito rural.
Quanto ao registro no RGI, só ocorrerá das garantias reais: i) hipoteca no
Livro 2 (Registro Geral); e ii) Penhor Rural no Livro 3 (Registro Auxiliar).
➔ Atenção: há discussão se o registro do penhor rural continuaria a existir
após o advento da Lei 13.986/2020. Porém, é necessário destacar que o art.
167, I, 15, e 178, VI, da LRP, não foram revogados, de modo que a hipótese
continua prevista como registro obrigatório, nos termos do art. 169, do mesmo
diploma.
➔ (Lei 4.829/65) Art. 8º O crédito rural restringe-se ao campo específico do
financiamento das atividades rurais e adotará, basicamente, as modalidades de
operações indicadas nesta Lei, para suprir as necessidades financeiras do
custeio e da comercialização da produção própria, como também as de capital
para investimentos e industrialização de produtos agropecuários, quando
efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
Art. 9º Para os efeitos desta Lei, os financiamentos rurais caracterizam-se,
segundo a finalidade, como de:
I - custeio, quando destinados a cobrir despesas normais de um ou mais
períodos de produção agrícola ou pecuária;
II - investimento, quando se destinarem a inversões em bens e serviços cujos
desfrutes se realizem no curso de vários períodos;
III - comercialização, quando destinados, isoladamente, ou como extensão do
custeio, a cobrir despesas próprias da fase sucessiva à coleta da produção, sua
estocagem, transporte ou à monetização de títulos oriundos da venda pelos
produtores;
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IV - industrialização de produtos agropecuários, quando efetuada por
cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
➔ (DL 167/67) Art. 10. A cédula de crédito rural é título civil, líquido e certo,
transferível e de livre negociação, exigível pelo seu valor ou pelo valor de seu
endosso, além dos juros, da comissão de fiscalização, se houver, e das demais
despesas feitas pelo credor para a segurança, a regularidade e a realização de
seu direito creditório. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)
[...] Art 9º A cédula de crédito rural é promessa de pagamento em dinheiro, sem
ou com garantia real cedularmente constituída, sob as seguintes denominações
e modalidades:
I - Cédula Rural Pignoratícia.
II - Cédula Rural Hipotecária.
III - Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.
IV - Nota de Crédito Rural.
4. O que é uma CCI? Ela é registrada no RGI?
➔ A cédula de crédito imobiliário é instrumento representativo de um crédito
hipotecário ou imobiliário já existente cuja origem do crédito decorre de um
contrato precedente com posterior emissão da cédula para representá-lo.
Trata-se de título executivo extrajudicial.
Diferentemente do que ocorre com as cédulas de crédito industrial, à
exportação e mercantil que ingressam no fólio real por ato de registro em
sentido estrito, a cédula de crédito imobiliário que contar com garantia real terá
tão somente a averbação da sua emissão na matrícula do imóvel após o registro
da garantia real.
A emissão será averbada no Registro de Imóveis da situação do imóvel, na
respectiva matrícula do imóvel dado em garantia e conterá exclusivamente, o
número, a série e a instituição custodiante.
Destaca-se que a averbação da emissão da CCI e o registro da garantia do
crédito respectivo, quando solicitados simultaneamente, serão considerados
como ato único para efeito de cobrança de emolumentos.
Quando emitida sob a forma escritural, a CCI permanecerá custodiada em
instituição financeira e registrada em sistemas de registro e liquidação
financeira de títulos privados autorizados pelo Banco Central do Brasil.
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Nesta hipótese, caberá a instituição custodiante identificar o credor, pois
diferentemente do que ocorre com a cessão de crédito nas cédulas cartulares –
que é objeto de averbação na matrícula do imóvel -, a cessão de cédulas
escriturais é dispensada de averbação.
➔ (Lei 10.931/2004) Art. 18. É instituída a Cédula de Crédito Imobiliário - CCI
para representar créditos imobiliários.
§ 1º A CCI será emitida pelo credor do crédito imobiliário e poderá ser integral,
quando representar a totalidade do crédito, ou fracionária, quando representar
parte dele, não podendo a soma das CCI fracionárias emitidas em relação a cada
crédito exceder o valor total do crédito que elas representam.
§ 2º As CCI fracionárias poderão ser emitidas simultaneamente ou não, a
qualquer momento antes do vencimento do crédito que elas representam.
§ 3º A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob a
forma escritural ou cartular.
§ 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da
instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de
registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.
§ 4º A emissão da CCI sob a forma escritural ocorrerá por meio de escritura
pública ou instrumento particular, que permanecerá custodiado em instituição
financeira.
§ 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da
instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de
registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.
Art. 21. A emissão e a negociação de CCI independe de autorização do devedor
do crédito imobiliário que ela representa.
Art. 22. A cessão do crédito representado por CCI poderá ocorrer por meio de
sistema de entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a
atividade de depósito centralizado de ativos financeiros na qual a CCI tenha sido
depositada. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020
§ 1º A cessão do crédito representado por CCI implica automática transmissão
das respectivas garantias ao cessionário, sub-rogando-o em todos os direitos
representados pela cédula, ficando o cessionário, no caso de contrato de
alienação fiduciária, investido na propriedade fiduciária.
§ 2º A cessão de crédito garantido por direito real, quando representado por CCI
emitida sob a forma escritural, está dispensada de averbação no Registro de
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Imóveis, aplicando-se, no que esta Lei não contrarie, o disposto nos arts. 286 e
seguintes da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil Brasileiro.
[....] Art. 45-A. Para fins do disposto no § 1º do art. 2º da Lei nº 6.385, de 7 de
dezembro de 1976, a Cédula de Crédito Bancário, o Certificado de Cédulas de
Crédito Bancário e a Cédula de Crédito Imobiliário são títulos cambiais de
responsabilidade de instituição financeira ou de entidade autorizada a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, desde que a instituição financeira ou a entidade:
(Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
I - seja titular dos direitos de crédito por eles representados; (Incluído pela
Lei nº 13.986, de 2020).
II - preste garantia às obrigações por eles representadas; ou (Incluído pela
Lei nº 13.986, de 2020).
III - realize, até a liquidação final dos títulos, o serviço de monitoramento dos
fluxos de recursos entre credores e devedores e de eventuais inadimplementos.
(Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
.
5. O que é uma CCB? Ela é registrada no RGI?
➔ A cédula de crédito bancário é um título de crédito emitido, por pessoa
física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a essa
equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de
operação de crédito, de qualquer modalidade. Trata-se de título causal que
surge de negócio jurídico necessário: uma operação dada no sistema
financeiro.
Trata-se de título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro,
certa, líquida e exigível.
Por si só, a emissão da Cédula de Crédito Bancário não ingressa no
registro de imóveis.
Só haverá registro no RGI, quando houver garantia real
(hipoteca/alienação fiduciária no Livro 2 e/ou penhor rural no Livro 3).
Destaca-se que a CCB escritural deverá ser objeto de lançamento em
sistema eletrônico de escrituração.
➔ (Lei 10.931/2004) Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito
emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de
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entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em
dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.
§ 1º A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo
admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição
domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à
lei e ao foro brasileiros.
§ 2º A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior
poderá ser emitida em moeda estrangeira.
Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá ser emitida, com ou sem garantia,
real ou fidejussória, cedularmente constituída;
[...] Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e
representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela
indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos
extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto no § 2º.
[...] Art. 30. A constituição de garantia da obrigação representada pela Cédula
de Crédito Bancário é disciplinada por esta Lei, sendo aplicáveis as disposições
da legislação comum ou especial que não forem com ela conflitantes.
Art. 31. A garantia da Cédula de Crédito Bancário poderá ser fidejussória ou real,
neste último caso constituída por bem patrimonial de qualquer espécie,
disponível e alienável, móvel ou imóvel, material ou imaterial, presente ou futuro,
fungível ou infungível, consumível ou não, cuja titularidade pertença ao próprio
emitente ou a terceiro garantidor da obrigação principal.
Art. 32. A constituição da garantia poderá ser feita na própria Cédula de Crédito
Bancário ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na Cédula,
menção a tal circunstância.
Art. 33. O bem constitutivo da garantia deverá ser descrito e individualizado de
modo que permita sua fácil identificação.
Parágrafo único. A descrição e individualização do bem constitutivo da garantia
poderá ser substituída pela remissão a documento ou certidão expedida por
entidade competente, que integrará a Cédula de Crédito Bancário para todos os
fins.
[...] Art. 42. A validade e eficácia da Cédula de Crédito Bancário não dependem
de registro, mas as garantias reais, por ela constituídas, ficam sujeitas, para
valer contra terceiros, aos registros ou averbações previstos na legislação
aplicável, com as alterações introduzidas por esta Lei.
6. Existe nota de crédito bancário??
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A legislação não diferencia a cédula de crédito bancário da nota de crédito
bancário. Tradicionalmente, a diferença entre cédulas e notas de crédito é dada
pela existência ou não de garantia real.
Porém, a Lei 10.931/2004 não trouxe essa diferenciação. Logo, apesar de
materialmente haver essa distinção, a denominação do título de crédito não
sofrerá essa modificação.
.
7. O que é uma CIR? Ela é registrada no RGI?
➔ A Cédula Imobiliária Rural é título de credito nominativo representativo de
promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito de
qualquer modalidade que será emitida por proprietário de imóvel rural que
houver constituído patrimônio rural em afetação (PRA) na matrícula de imóvel e
conterá obrigação de entregar, em favor do credor, o bem (em sua totalidade ou
fração) que esteja vinculado ao respectivo PRA.
Trata-se de título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro,
certa, líquida e exigível.
Destaca-se que não há previsão de registro de sua emissão no RGI. O que
é previsto pela lei é que a CIR será levada a registro ou a depósito em entidade
autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de registro ou
depósito centralizado de ativos financeiros e de valores mobiliários.
Porém, há a previsão de que vencida a CIR e não liquidado o crédito por ela
representado, o credor possa exercer o direito à transferência para si do imóvel
rural (em sua totalidade ou fração) que constitui o PRA por meio da aplicação
por expressa disposição legal das regras do procedimento de consolidação da
propriedade fiduciária.
➔ (Lei 13.986/2020) Art. 17. Fica instituída a CIR, título de crédito nominativo,
transferível e de livre negociação, representativa de:
I - promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito de
qualquer modalidade; e
II - obrigação de entregar, em favor do credor, bem imóvel rural, ou fração deste,
vinculado ao patrimônio rural em afetação, e que seja garantia da operação de
que trata o inciso I do caput deste artigo, nas hipóteses em que não houver o
pagamento da operação até a data do vencimento.
Art. 18. Fica legitimado para emitir a CIR o proprietário de imóvel rural, pessoa
natural ou jurídica, que houver constituído patrimônio rural em afetação na
forma prevista no Capítulo II desta Lei.
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§ 1º A CIR será garantida por parte ou por todo o patrimônio rural em afetação,
observada a identificação prevista no inciso VIII do caput do art. 22 desta Lei.
§ 2º A CIR poderá ser emitida sob a forma escritural, mediante lançamento em
sistema de escrituração autorizado a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Art. 19. A CIR será levada a registro ou a depósito em entidade autorizada pelo
Banco Central do Brasil a exercer a atividade de registro ou depósito
centralizado de ativos financeiros e de valores mobiliários, nos termos da Lei nº
12.810, de 15 de maio de 2013, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data
de sua emissão.
§ 1º O registro ou o depósito realizado no prazo estabelecido no caput deste
artigo é condição necessária para que a CIR tenha eficácia executiva sobre o
patrimônio rural em afetação a ela vinculado.
Art. 20. A CIR poderá ser garantida por terceiros, inclusive por instituição
financeira ou por seguradora.
Art. 21. A CIR é título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro,
certa, líquida e exigível, correspondente ao valor nela indicado ou ao saldo
devedor da operação de crédito que representa.
§ 1º A CIR poderá receber aval, que constará do registro ou do depósito de que
trata o caput do art. 19 ou da cártula.
§ 2º Fica dispensado o protesto para assegurar o direito de regresso contra
endossantes e avalistas.
Art. 22. A CIR conterá os seguintes requisitos lançados em seu contexto:
I - a denominação “Cédula Imobiliária Rural”;
II - a assinatura do emitente;
III - o nome do credor, permitida a cláusula à ordem;
IV - a data e o local da emissão;
V - a promessa do emitente de pagar o valor da CIR em dinheiro, certo, líquido e
exigível no seu vencimento;
VI - a data e o local do pagamento da dívida e, na hipótese de pagamento
parcelado, as datas e os valores de cada prestação;
VII - a data de vencimento;
VIII - a identificação do patrimônio rural em afetação, ou de sua parte,
correspondente à garantia oferecida na CIR; e
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IX - a autorização irretratável para que o oficial de registro de imóveis processe,
em favor do credor, o registro de transmissão da propriedade do imóvel rural,
ou da fração, constituinte do patrimônio rural em afetação vinculado à CIR, de
acordo com o disposto no art. 28 desta Lei.
§ 1º Quando a área rural constitutiva do patrimônio rural em afetação vinculado
à CIR estiver contida em imóvel rural de maior área, ou quando apenas parte do
patrimônio rural em afetação estiver vinculada à CIR, o oficial de registro de
imóveis, de ofício e à custa do beneficiário final, efetuará o desmembramento e
estabelecerá a matrícula própria correspondente.
§ 2º Na hipótese prevista no caput deste artigo, aplica-se, no que couber, o
disposto nos arts. 26 e 27 da Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997,
respeitado o disposto no § 3º deste artigo.
8. Cédulas de Crédito são títulos causais??
➔ Sim. As cédulas de crédito são títulos causais, pois guardam vínculo com
a causa que lhes deu origem (antecedente jurídico originário da obrigação
cartular), o que resulta na necessidade de observação da convenção
constitutiva da relação cambial.
Comumente, as cédulas de crédito são originadas de operações
financeiras realizadas com credores de instituição financeira cuja destinação
do empréstimo costuma ser vinculada (rural, industrial, comercial e de
exportação).
9. Cédulas de Crédito são títulos de crédito?? São contratos? São títulos
executivos? São assinadas pelo credor?
➔ As cédulas de crédito são títulos de crédito por disposição legal, mas na
maioria das espécies apresentam estrutura formal de contratos (podem conter
um ou mais contratos) com a presença cláusulas diversas. São contratos com
natureza jurídica (ex vi legis) de títulos de crédito.
Para o STJ, são considerados títulos executivos extrajudiciais, sendo
líquidos, certos e exigíveis. Porém, também comportam revisão na via judicial,
mormente por serem suas cláusulas previamente elaboradas pela instituição
bancária, caracterizando um tipo de contrato de adesão.
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Em sua maioria, são emitidas apenas pelo emitente (em regra, o devedor
e, quando houver, o interveniente garantidor); e não necessitam da assinatura
de testemunhas para que adquiram executoriedade.
Consistem em uma declaração unilateral de vontade, de modo que a
adesão do credor à operação (quando o emitente é o devedor), dá-se pelo
lançamento da operação financeira em sua contabilidade provando a sua
vinculação ao documento elaborado por seus propostos.
➔ “As Cédulas de Crédito Rural, Industrial, à Exportação, Comercial e
Bancário representam promessa de pagamento em dinheiro, configurando,
portanto, uma obrigação de solver dívida líquida e certa (obrigação de fazer). De
outro lado, a CPR consagra uma promessa de entrega de produtos rurais (o
credor empresta recursos ou fornece produtos, e o devedor se compromete a
entregar toda ou parte da sua produção), cabendo ação de execução por quantia
certa, se se tratar de CPR com liquidação financeira (art. 4º-A, §2º, da Lei nº
8.929/1994), ou ação de execução para entrega de coisa incerta, se se tratar de
CPR que não preveja a liquidação financeira (art. 15 da Lei nº 8.929/1994).
Caráter diferenciado é o da CCI, pois ela representa créditos imobiliários (art. 18
e §1º da Lei nº 10.931/2004), isto é, a contratação de um financiamento de bem
imóvel.
As Cédulas de Crédito Rural têm natureza civil (art. 10 do Decreto-lei nº
167/1967). O legislador considerou a contratação de crédito rural como civil,
não vislumbrando nela caráter comercial, tendo em vista que o emitente e o
credor não se encontram em posição de igualdade (presunção de desequilíbrio
em prol do emitente).
As demais cédulas (industrial, à exportação, comercial, de produto rural e
bancária), conforme arts. 10 do Decreto-lei nº 413/1969 e da Lei nº 8.929/1994,
art. 3º da Lei nº 6.313/975, art. 5º da Lei nº 6.840/1980 e art. 26 da Lei nº
10.931/2004, são títulos de crédito regidos pelo direito cambial. A elas se
aplicam os princípios da cartularidade e da literalidade. De consequência, vale
o que está no título, que assim se considera quando observados os requisitos
legais(art. 887 do Código Civil), independentemente de outras formalidades
(razão da dispensa do reconhecimento de firma). Por outro lado, a não
observância dos requisitos descaracterizará o título como cambial, deixando de
ser uma cédula.
Com efeito, enquanto as Cédulas de Crédito Rural têm natureza civil, e as
demais enfrentadas nesta exposição têm natureza de títulos cambiais, ambas
têm pontos de contato que são a emissão pelos devedores e a representação
de um financiamento para determinado setor da economia, o qual poderá ou
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não contar com garantias reais. Nestes casos, o financiamento nascerá
concomitantemente com a emissão do título e com os registros competentes,
seja das cédulas e/ou de suas garantias.
E isso as difere da Cédula Hipotecária (art. 10 do Decreto-Lei nº 70/1966)
e da CCImob. (art. 18 da Lei nº 10.931/2004), as quais não são títulos de crédito,
mas apenas representam um crédito hipotecário ou imobiliário já existente.
Assim, estas se distinguem das demais, porque o direito do credor não se
origina da emissão do título, mas sim de um contrato anterior.
Importa destacar uma peculiaridade das Cédulas de Crédito Rural e
Bancário e da CPR, que podem ser emitidas com ou sem garantia real, o que as
distingue das demais (industrial, à exportação e comercial). Todavia, como
regra, o credor não dispensa a garantia real do crédito concedido.
A título de informação, temos também as Notas de Crédito Rural, Industrial,
à Exportação e Comercial, as quais representam promessa de pagamento em
dinheiro, só que sem garantia real, podendo apresentar garantias pessoais
(fiança ou aval). Servem, basicamente, para constituir um crédito privilegiado
ao credor. Distingue-se a Nota de Crédito Rural das demais pelo fato de que ela,
e tão somente ela, deve ser registrada no Livro nº 3 – Registro Auxiliar, do
Registro de Imóveis da circunscrição em que esteja situado o imóvel cuja
exploração se destina o financiamento cedular (art. 30, d, do Decreto-lei nº
167/1967), ao passo que as demais não são registráveis (art. 18 do Decreto-lei
nº 413/1969).” (IRIB, 2016, p. 12)
➔ COMERCIAL E PROCESSUAL. CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL
CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA APÓS O VENCIMENTO. CAPITALIZAÇÃO
JUROS. INADIMPLÊNCIA PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA SÚMULAS N. 282
E 356-STF. TÍTULO DE CRÉDITO. EXECUTORIEDADE. CPC, ART. 585, VII.
CORREÇÃO MONETÁRIA. MARÇO/90. BTNF.
I. Não se conhece de questões que não foram objetivamente versadas no
acórdão recorrido, para as quais não houve a necessária provocação mediante
embargos declaratórios, atraindo a incidência das Súmulas n. 282 e 356-STF.
II. Aos títulos de crédito, assim reconhecidos em lei, dispensa-se a formalidade
exigida aos contratos particulares, de assinatura de duas testemunhas, para
que adquiram executoriedade.
III. Segundo o entendimento pacífico da Egrégia Segunda Seção, no mês de
março de 1990, a correção monetária de débitos com cédulas industriais, deve
ser calculada pelo percentual de variação do BTNF, no percentual de 41,28%.
Ressalva do ponto de vista do relator.
IV. Recurso especial conhecido em parte e desprovido.
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(RECURSO ESPECIAL Nº 215.265 - GO (1999/0044143-5))
.
10. Quais são as espécies de cédula (quanto à garantia)??
➔ Em relação à garantia, podemos classificar as cédulas de crédito da
seguinte forma:
o Cédula Hipotecária: cédula que possui como garantia hipoteca de
bem imóvel;
o Cédula Pignoratícia: cédula que possui como garantia penhor de bem
móvel, de títulos de crédito ou de penhor direitos, suscetíveis de
cessão, sobre coisas móveis;
o Cédula Pignoratícia e Hipotecária: cédula que possui como garantia
hipoteca de bem imóvel e penhor de bem móvel, de títulos de crédito
ou de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis;
o Cédula Fiduciária: cédula que possui como garantia alienação
fiduciária sobre bens móveis, imóveis ou direitos;
o Nota de Crédito: cédula que possui garantia não real (fidejussória);
11. Quais são as espécies de cédula (quanto à finalidade)??
➔ Em relação à finalidade, podemos classificar as cédulas de crédito da
seguinte forma:
o Rural;
o Industrial;
o Comercial;
o Exportação;
o Bancária (cédula cuja finalidade do financiamento é livre);
o Imobiliária;
➔ (DL 167/1967) Art 1º O financiamento rural concedido pelos órgãos
integrantes do sistema nacional de crédito rural e pessoa física ou jurídica
poderá efetivar-se por meio das células de crédito rural previstas neste Decreto-
lei.
Parágrafo único. Faculta-se a utilização das cédulas para os financiamentos da
mesma natureza concedidos pelas cooperativas rurais a seus associados ou às
suas filiadas.
➔ (DL 413/1969) Art 1º O financiamento concedido por instituições
financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade industrial
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poderá efetuar-se por meio da cédula de crédito industrial prevista neste
Decreto-lei.
➔ (Lei 6.313/1975) Art 1º As operações de financiamento à exportação ou à
produção de bens para exportação, bem como às atividades de apoio e
complementação integrantes e fundamentais da exportação, realizadas por
instituições financeiras, poderão ser representadas por Cédula Crédito à
Exportação e por Nota de Crédito à Exportação com características idênticas,
respectivamente, à Cédula de Crédito Industrial e à Nota de Crédito Industrial,
instituídas pelo Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro de 1969.
Parágrafo único. A Cédula de Crédito à Exportação e a Nota de Crédito à
Exportação poderão ser emitidas por pessoas físicas e jurídicas, que se
dediquem a qualquer das atividades referidas neste artigo.
➔ (Lei 6.840/1980) Art. 1º As operações de empréstimo concedidas por
instituições financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique a atividade
comercial ou de prestação de serviços poderão ser representadas por Cédula
de Crédito Comercial e por nota de Crédito Comercial.
Art. 2º A aplicação de crédito decorrente da operação de que trata o artigo
anterior poderá ser ajustada em orçamento assinado pelo financiado e
autenticado pela instituição financeira, dele devendo constar expressamente
qualquer alteração que convencionarem.
➔ (Lei 10.931/2004) Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito
emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de
entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em
dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade.
§ 1º A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo
admitida a emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição
domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à
lei e ao foro brasileiros.
§ 2º A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior
poderá ser emitida em moeda estrangeira.
12. Quais são as formas de escrituração de cédulas de crédito??
➔ As cédulas de crédito podem ser escrituradas de forma escritural ou
cartular.
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São considerados escriturais as cédulas que se destinam a custódia em
instituições financeiras cujas movimentações são rastreadas em sistemas
eletrônicos de registro, a exemplo do que ocorre com a cédula de crédito
imobiliária escritural.
Destaca-se que com o advento da Lei 13.986/2020, os regramentos das
Cédulas de Produto Rural, Cédulas de Crédito Rural e Cédula de Crédito Bancária
passaram a prever a possibilidade da emissão desses títulos sob a forma
escritural em sistema eletrônico de escrituração mantido em entidade
autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade de escrituração.
➔ (DL 167/67) Art. 10-A. A cédula de crédito rural poderá ser emitida sob a
forma escritural em sistema eletrônico de escrituração. (Incluído pela Lei
nº 13.986, de 2020).
§ 1º O sistema eletrônico de escrituração de que trata o caput deste artigo será
mantido em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a
atividade de escrituração. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 2º Compete ao Banco Central do Brasil: (Incluído pela Lei nº 13.986, de
2020).
I - estabelecer as condições para o exercício da atividade de escrituração de
que trata o § 1º deste artigo; e (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
II - autorizar e supervisionar o exercício da atividade prevista no inciso I deste
parágrafo. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 3º A autorização de que trata o inciso II do § 2º deste artigo poderá, a critério
do Banco Central do Brasil, ser concedida por segmento, por espécie ou por
grupos de entidades que atendam a critérios específicos, dispensada a
autorização individualizada. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 4º As infrações às normas legais e regulamentares que regem a atividade de
escrituração eletrônica sujeitam a entidade responsável pelo sistema eletrônico
de escrituração, os seus administradores e os membros de seus órgãos
estatutários ou contratuais ao disposto na Lei nº 13.506, de 13 de novembro de
2017. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
Art. 10-B. A entidade responsável pelo sistema eletrônico de escrituração de
que trata o art. 10-A deste Decreto-Lei expedirá, mediante solicitação, certidão
de inteiro teor do título, inclusive para fins de protesto e de execução judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
Parágrafo único. A certidão de que trata o caput deste artigo poderá ser emitida
na forma eletrônica, observados os requisitos de segurança que garantam a
autenticidade e a integridade do documento. (Incluído pela Lei nº 13.986,
de 2020).
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➔ (Lei 8.929/94) Art. 3º-A. A CPR poderá ser emitida sob a forma cartular ou
escritural. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 1º A emissão na forma escritural, que poderá valer-se de processos
eletrônicos ou digitais, será objeto de lançamento em sistema eletrônico de
escrituração gerido por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de escrituração. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 2º A CPR emitida sob a forma cartular assumirá a forma escritural enquanto
permanecer depositada em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de depósito centralizado de ativos financeiros ou de valores
mobiliários. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 3º Os negócios ocorridos durante o período em que a CPR emitida sob a forma
cartular estiver depositada não serão transcritos no verso do título, cabendo ao
sistema referido no § 1º deste artigo o controle da titularidade. (Incluído
pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 4º A CPR será considerada ativo financeiro, para os fins de registro e de
depósito em entidades autorizadas pelo Banco Central do Brasil a exercer tais
atividades. (Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
➔ (Lei 10.931/2004) Art. 18. É instituída a Cédula de Crédito Imobiliário - CCI
para representar créditos imobiliários.
[...] § 4º A emissão da CCI sob a forma escritural ocorrerá por meio de escritura
pública ou instrumento particular, que permanecerá custodiado em instituição
financeira. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)
§ 4º-A. A negociação da CCI emitida sob forma escritural ou a substituição da
instituição custodiante de que trata o § 4º deste artigo será precedida de
registro ou depósito em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a
exercer a atividade de registro ou de depósito centralizado de ativos financeiros.
(Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
§ 4º-B. O Conselho Monetário Nacional poderá estabelecer as condições para
o registro e o depósito centralizado de CCI e a obrigatoriedade de depósito da
CCI em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil a exercer a atividade
de depósito centralizado de ativos financeiros. (Incluído pela Lei nº 13.986,
de 2020).
§ 4º-C Na hipótese de a CCI ser liquidada antes de ser negociada, a instituição
custodiante declarará a inexistência do registro ou do depósito de que trata o §
4º-A deste artigo, para fins do disposto no art. 24 desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 13.986, de 2020).
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13. Quais os principais requisitos para a emissão de uma cédula de crédito?
➔ A denominação cédulas de crédito é mais comumente utilizada em nosso
ordenamento jurídico para os títulos que representam promessa de pagamento
do devedor em favor de um credor e costumam exigir para a sua formalização
a indicação de:
o denominação;
o promessa de adimplemento;
o forma de pagamento;
o indicação do credor;
o valor do crédito;
o finalidade do financiamento;
o definição da garantia real (quando houver);
o encargos financeiros;
o praça de pagamento;
o data, local e assinatura.
➔ (DL 70/66) Art 15. A cédula hipotecária conterá obrigatòriamente:
I - No anverso:
a) nome, qualificação e enderêço do emitente, e do devedor;
b) número e série da cédula hipotecária, com indicação da parcela ou totalidade
do crédito que represente;
c) número, data, livro e fôlhas do Registro-Geral de Imóveis em que foi inscrita
a hipoteca, e averbada a cédula hipotecária;
d) individualização, do imóvel dado em garantia;
e) o valor da cédula, como previsto nos artigos 10 e 12, os juros convencionados
e a multa estipulada para o caso de inadimplemento;
f) o número de ordem da prestação a que corresponder a cédula hipotecária,
quando houver;
g) a data do vencimento da cédula hipotecária ou, quando representativa de
várias prestações, os seus vencimentos de amortização e juros;'
h) a autenticação feita pelo oficial do Registro-Geral de Imóveis;
i) a data da emissão, e as assinaturas do emitente, com a promessa de
pagamento do devedor;
j) o lugar de pagamento do principal, juros, seguros e taxa.
II - No verso, a menção ou locais apropriados para o lançamento dos seguintes
elementos:
a) data ou datas de transferência por endôsso;
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b) nome, assinatura e enderêço do endossante;
c) nome, qualificação, endereço e assinatura do endossatário;
d) as condições do endôsso;
e) a designação do agente recebedor e sua comissão.
Parágrafo único. A cédula hipotecária vinculada ao Sistema Financeiro da
Habitação deverá conter ainda, no verso, a indicação dos seguros obrigatórios,
estipulados pelo Banco Nacional da Habitação.
➔ (DL 167/67) Art 14. A cédula rural pignoratícia conterá os seguintes
requisitos, lançados no contexto:
I - Denominação "Cédula Rural Pignoratícia".
II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou
prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos têrmos da cláusula Forma de
Pagamento abaixo" ou "nos têrmos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo".
III - Nome do credor e a cláusula à ordem.
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com
indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e
a forma de sua utilização.
V - Descrição dos bens vinculados em penhor, que se indicarão pela espécie,
qualidade, quantidade, marca ou período de produção, se fôr o caso, além do
local ou depósito em que os mesmos bens se encontrarem.
VI - Taxa dos juros a pagar, e da comissão de fiscalização, se houver, e o tempo
de seu pagamento.
VII - Praça do pagamento.
VIII - Data e lugar da emissão.
IX - assinatura do emitente ou de representante com poderes especiais,
admitida a assinatura sob a forma eletrônica, desde que garantida a
identificação inequívoca de seu signatário. (Redação dada pela Lei nº
13.986, de 2020
[...] Art 20. A cédula rural hipotecária conterá os seguintes requisitos, lançados
no contexto:
I - Denominação "Cédula Rural Hipotecária".
II - Data e condições de pagamento; havendo prestações periódicas ou
prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos têrmos da cláusula Forma de
Pagamento abaixa" ou "nos têrmos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo".
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III - Nome do credor e a cláusula à ordem.
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com
indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e
a forma de sua utilização.
V - Descrição do imóvel hipotecado com indicação do nome, se houver,
dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição e anotações
(número, livro e fôlha) do registro imobiliário.
VI - Taxa dos juros a pagar e a da comissão de fiscalização, se houver, e tempo
de seu pagamento.
VII - Praça do pagamento.
VIII - Data e lugar da emissão.
IX - assinatura do emitente ou de representante com poderes especiais,
admitida a assinatura sob a forma eletrônica, desde que garantida a
identificação inequívoca de seu signatário. (Redação dada pela Lei nº
13.986, de 2020)
[...] Art 25. A cédula rural pignoratícia e hipotecária conterá os seguintes
requisitos, lançados no contexto:
I - Denominação "Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária".
II - Data e condições de pagamento havendo prestações periódicas ou
prorrogações de vencimento, acrescentar: "nos têrmos da cláusula Forma de
Pagamento abaixo" ou "nos têrmos da cláusula Ajuste de Prorrogação abaixo".
Ill - Nome do credor e a cláusula à ordem.
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos e por extenso, com
indicação da finalidade ruralista a que se destina o financiamento concedido e
a forma de sua utilização.
V - Descrição dos bens vinculados em penhor, os quais se indicarão pela
espécie, qualidade, quantidade, marca ou período de produção se fôr o caso,
além do local ou depósito dos mesmos bens.
VI - Descrição do imóvel hipotecado com indicação do nome, se houver,
dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição e anotações
(número, livro e fôlha) do registro imobiliário.
VII - Taxa dos juros a pagar e da comissão de fiscalização, se houver, e tempo
de seu pagamento.
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VIII - Praça do pagamento.
IX - Data e lugar da emissão.
X - assinatura do emitente ou de representante com poderes especiais, admitida
a assinatura sob a forma eletrônica, desde que garantida a identificação
inequívoca de seu signatário. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020)
➔ (DL 413/69) Art 14. A cédula de crédito industrial conterá os seguintes
requisitos, lançados no contexto:
I - Denominação "Cédula de Crédito Industrial".
II - Data do pagamento, se a cédula fôr emitida para pagamento parcelado,
acrescentar-se-á cláusula discriminando valor e data de pagamento das
prestações.
III - Nome do credor e cláusula à ordem.
IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos por extenso, e a forma de
sua utilização.
V - Descrição dos bens objeto do penhor, ou da alienação fiduciária, que se
indicarão pela espécie, qualidade, quantidade e marca, se houver, além do local
ou do depósito de sua situação, indicando-se, no caso de hipoteca, situação,
dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição do imóvel e
anotações (número, livro e fôlha) do registro imobiliário.
VI - Taxa de juros a pagar e comissão de fiscalização, se houver, e épocas em
que serão exigíveis, podendo ser capitalizadas.
VII - Obrigatoriedade de seguro dos bens objeto da garantia.
VIII - Praça do pagamento.
IX - Data e lugar da emissão.
X - Assinatura do próprio punho do emitente ou de representante com pôderes
especiais.
➔ (Lei 6.313/75) Art 5º A Cédula de Crédito à Exportação e a Nota de Crédito
à Exportação obedecerão aos modelos anexos ao Decreto-Lei nº 413, de 9 de
janeiro de 1969, respeitada, porém, em cada caso, a respectiva denominação.
➔ (Lei 6.840/1980) Art. 5º Aplicam-se à Cédula de Crédito Comercial e à Nota
de Crédito Comercial as normas do Decreto-lei nº 413, de 9 de janeiro 1969,
inclusive quanto aos modelos anexos àquele diploma, respeitadas, em cada
caso, a respectiva denominação e as disposições desta Lei.
➔ (Lei 8.929/1994) Art. 3º A CPR conterá os seguintes requisitos, lançados
em seu contexto:
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I - denominação “Cédula de Produto Rural” ou “Cédula de Produto Rural com
Liquidação Financeira”, conforme o caso;. (Redação da pela Lei nº 13.986,
de 2020
II - data da entrega ou vencimento e, se for o caso, cronograma de liquidação; .
(Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020
III - nome e qualificação do credor e cláusula à ordem; . (Redação da pela
Lei nº 13.986, de 2020
IV - promessa pura e simples de entrega do produto, sua indicação e as
especificações de qualidade, de quantidade e do local onde será desenvolvido
o produto rural; . (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020)
V - local e condições da entrega;
VI - descrição dos bens cedularmente vinculados em garantia, com nome e
qualificação dos seus proprietários e nome e qualificação dos garantidores
fidejussórios; . (Redação da pela Lei nº 13.986, de 2020
VII - data e lugar da emissão;
VIII - nome, qualificação e assinatura do emitente e dos garantidores, que
poderá ser feita de forma eletrônica; . (Redação da pela Lei nº 13.986, de
2020
IX - forma e condição de liquidação; e (Incluído pela Lei nº 13.986, de
2020).
X - critérios adotados para obtenção do valor de liquidação da cédula.
(Incluído pela Lei nº 13.986, de 2020).
➔ (Lei 10.931/2004) Art. 19. A CCI deverá conter:
I - a denominação "Cédula de Crédito Imobiliário", quando emitida
cartularmente;
II - o nome, a qualificação e o endereço do credor e do devedor e, no caso de
emissão escritural, também o do custodiante;
III - a identificação do imóvel objeto do crédito imobiliário, com a indicação da
respectiva matrícula no Registro de Imóveis competente e do registro da
constituição da garantia, se for o caso;
IV - a modalidade da garantia, se for o caso;
V - o número e a série da cédula;
VI - o valor do crédito que representa;
VII - a condição de integral ou fracionária e, nessa última hipótese, também a
indicação da fração que representa;
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VIII - o prazo, a data de vencimento, o valor da prestação total, nela incluídas as
parcelas de amortização e juros, as taxas, seguros e demais encargos
contratuais de responsabilidade do devedor, a forma de reajuste e o valor das
multas previstas contratualmente, com a indicação do local de pagamento;
IX - o local e a data da emissão;
X - a assinatura do credor, quando emitida cartularmente;
XI - a autenticação pelo Oficial do Registro de Imóveis competente, no caso de
contar com garantia real; e
XII - cláusula à ordem, se endossável.
14. O que é uma cédula hipotecária? Ela é registrada no RGI?? Como se dá seu
cancelamento?
➔ A cédula hipotecária é título representativo emitido pelo credor da
totalidade ou fração de crédito hipotecário. A sua emissão será averbada na
matrícula do imóvel e terá sido antecedida pelo registro da hipoteca
correspondente.
Tem como finalidade facilitar a circulação do crédito hipotecário. Será
nominativa, transferível por endosso e só poderá circular após a averbação de
sua emissão na matrícula do imóvel.
➔ (DL 70/66) Art 10. É instituída a cédula hipotecária para hipotecas inscritas
no Registro Geral de Imóveis, como instrumento hábil para a representação dos
respectivos créditos hipotecários, a qual poderá ser emitida pelo credor
hipotecário nos casos de:
I - operações compreendidas no Sistema Financeiro da Habitação;
II - hipotecas de que sejam credores instituições financeiras em geral, e
companhias de seguro;
III - hipotecas entre outras partes, desde que a cédula hipotecária seja
originàriamente emitida em favor das pessoas jurídicas a que se refere o inciso
II supra.
§ 1º A cédula hipotecária poderá ser integral, quando representar a totalidade
do crédito hipotecário, ou fracionária, quando representar parte dêle, entendido
que a soma do principal das cédulas hipotecárias fracionárias emitidas sôbre
uma determinada hipoteca e ainda em circulação não poderá exceder, em
hipótese alguma, o valor total do respectivo crédito hipotecário em nenhum
momento.
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§ 2º Para os efeitos do valor total mencionado no parágrafo anterior, admite-se
o cômputo das correções efetivamente realizadas, na forma do artigo 9º, do
valor Monetário da dívida envolvida.
§ 3º As cédulas hipotecárias fracionárias poderão ser emitidas em conjunto ou
isoladamente a critério do credor, a qualquer momento antes do vencimento da
correspondente dívida hipotecária.
Art 13. A cédula hipotecária só poderá ser lançada à circulação depois de
averbada à margem da inscrição da hipoteca a que disser respeito, no Registro-
Geral de Imóveis, observando-se para essa averbação o disposto na legislação
e regulamentação dos serviços concernentes aos registros públicos, no que
couber.
Parágrafo único. Cada cédula hipotecária averbada será autenticada pelo Oficial
do Registro-Geral de Imóveis competente, com indicação de seu número, série
e data, bem como do livro, fôlhas e a data da inscrição da hipoteca a que
corresponder a emissão e à margem da qual fôr averbada.
Art 16. A cédula hipotecária é sempre nominativa, e de emissão do credor da
hipoteca a que disser respeito, podendo ser transferida por endôsso em prêto
lançado no seu verso, na forma do artigo 15, II, aplicando-se à espécie, no que
êste decreto-lei não contrarie, os artigos 1.065 e seguintes do Código Civil.
Parágrafo único. Emitida a cédula hipotecária, passa a hipoteca sôbre a qual
incidir e fazer parte integrante dela, acompanhando-a nos endossos
subseqüentes, sub-rogando-se automàticamente o favorecido ou o
endossatário em todos os direitos creditícios respectivos, que serão exercidos
pelo último dêles, titular pelo endôsso em prêto.
[...] Art 24. O cancelamento da averbação da cédula hipotecária e da inscrição
da hipoteca respectiva, quando se trate de liquidação integral desta, far-se-ão:
I - à vista das cédulas hipotecárias devidamente quitadas, exibidas pelo
devedor ao Oficial do Registro Geral de Imóveis;
II - nos casos dos artigos 18 e 20, in fine ;
III - por sentença judicial transitada em julgado.
Parágrafo único. Se o devedor não possuir a cédula hipotecária quitada, poderá
suprir a falta com a apresentação de declaração de quitação do emitente ou
endossante em documento à parte.
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15. A hipoteca de um imóvel pode restringir a sua disponibilidade??
➔ A regra geral é que a oneração de um imóvel pela realização de hipoteca
não impede a sua alienação, sendo prevista a nulidade de qualquer cláusula
nesse sentido, apesar de possibilitar a previsão do vencimento antecipado da
dívida, nos termos do Código Civil.
Porém, as hipotecas cedulares (no âmbito cédulas de crédito rural,
industrial, à exportação e mercantil) são dotadas de efeitos especiais, sobretudo
com o fito de proteção dos setores econômicos a que se referem.
Trata-se dos efeitos da impenhorabilidade e inalienabilidade do bem
conferido em garantia, tornando-o exclusivo em favor do credor e limitando a
possibilidade de oferecer o mesmo bem em garantias subsequentes, exceto
com a anuência do credor original.
. Porém, é necessário destacar que há julgados que admitiram a penhora de
imóveis sobre os quais incide o registro da hipoteca cedular, nas hipóteses de:
i) execução fiscal; ii) anuência do credor; iii) quando discutida obrigação propter
rem, especialmente se a execução versar a respeito de contribuição
condominial; iv) nos casos de penhora