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1 Práticas e Jogos de Matemática para as crianças

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Práticas e Jogos de Matemática para as crianças

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ApresentaçãoVocê deve estar se perguntando, como auxiliar os filhos em casa nesse período? Como complementar e contribuir ainda mais com as tarefas escolares?

Sabemos que o período que vivemos neste momento exige a nossa permanência em casa, para garantir a proteção e bem estar de todos. Por outro lado, nos preocupamos com o desenvolvimento dos nossos pequenos em relação à aprendizagem de diversos conteúdos escolares. Na Matemática, são vários os conteúdos/conceitos que a criança pequena precisa aprender, como por exemplo, o reconhecimento e a nomeação dos algarismos, a apropriação da sequência numérica, o desenvolvimento de processos de contagem e quantificação para a compreensão do conceito de número; os conceitos relacionados à adição, subtração, multiplicação e as estratégias de cálculo mental para resolução de problemas, entre outros.

Considerando a importância de tais aprendizagens, reunimos neste material algumas práticas que podem ser realizadas em casa para ajudar as crianças pequenas da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental a desenvolverem o pensamento numérico.

São situações simples, do cotidiano, capazes de estimular as crianças a pensar sobre os números, a quantificar, identificar quantidades e realizar a contagem em situações que sejam significativas para elas.

As sugestões envolvem situações de vida diária, brincadeiras e jogos que foram selecionados para contribuir com os pais e familiares durante esse período. Os jogos que compartilhamos, assim como nosso Programa, trazem um princípio fundamental, a cooperação. Foram pensados para que possamos trabalhar em equipe e se divertir ao mesmo tempo.

Se realizadas, essas atividades e jogos podem contribuir e muito para o desenvolvimento dos conteúdos escolares, tanto neste período, como posteriormente, quando os alunos retornarem à escola.

Convidamos você para experimentar as propostas com os pequenos.

AO FINAL DESSA QUARENTENA, SAIREMOS MAIS FORTES E UNIDOS.

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IdealizaçãoDra. Juliane do Nascimento Mosquini - Assessora Pedagógica do PUFV.

Dr. Marcello Zanluchi (Org.) - Assessor de Desenvolvimento do Cooperativismo

Maria Laura Rufatto Arlanch (Diagramação) - Assistente do Desenvolvimento do Cooperativismo

Morya - Agência de Comunicação e Propaganda

Sicredi Centro Oeste Paulista:

João Alberto Salvi - Presidente

Ildo Wilde - Diretor Executivo

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Sumário1. Como as crianças aprendem os números? ..............................................................................4

2. Práticas que promovem a construção do conceito de número pelas crianças ..........6 Proposta 1 – Distribuição de materiais ......................................................................................7 Proposta 2 – Divisão de objetos ...................................................................................................8 Proposta 3 – Arrumação dos brinquedos ..................................................................................9 Proposta 4 – Esconde – Esconde .............................................................................................. 10 Proposta 5 – Boliche ..................................................................................................................... 11 Proposta 6 – Dança das cadeiras .............................................................................................. 12 Proposta 7 – Adivinhação ........................................................................................................... 13 Proposta 8 – Amarelinha ............................................................................................................. 14

3. Por que estimular a prática de jogos? ................................................................................... 17

4. Jogos que estimulam o desenvolvimento de conceitos matemáticos ....................... 18 Acabaram-se todos ....................................................................................................................... 19 Jogo da memória ............................................................................................................................ 20 Paraquedas ...................................................................................................................................... 21 Sete Cobrinhas ................................................................................................................................ 23 Escadas e Serpentes ..................................................................................................................... 25 Três Cartas ....................................................................................................................................... 27 Cubra e Descubra .......................................................................................................................... 29 Jogo da Multiplicação .................................................................................................................... 31 Palavras Finais ................................................................................................................................ 33 Referências....................................................................................................................................... 33

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COMO AS CRIANÇAS APRENDEM OS NÚMEROS?Você já dever ter visto uma criança por volta dos 3, 4 anos recitando oralmente os números de 1 a 10 ou mais. Quando vemos tal cena, ficamos encantados com o fato da criança já reconhecer a sequência dos números e, muitas vezes, dizê-la corretamente. Mas, aqui temos uma questão interessante, o fato de a criança dizer corretamente a sequência numérica não significa que ela compreenda os números. Isso porque existe uma diferença entre contar de memória e contar com significado numérico. Quando a criança conta de memória, ela apenas reproduz algo já decorado, isto é, memoriza a sequência dos números que lhe fora ensinada anteriormente, seja pelo adulto ou mesmo por meio dos desenhos. Mas, se lhe pedirmos, por exemplo, para comparar dois conjuntos, um com oito objetos e outro com dez objetos e perguntar qual o conjunto com maior número de objetos, se ela não for capaz de dizer que o conjunto maior é o que tem 10 objetos, porque 10 é “mais” que 8 ou ainda, ao comparar a diferença entre os conjuntos perceber que em 10 temos 8 e que a diferença entre eles é de apenas dois objetos, então não terá ainda compreendido o significado de número. Esta última situação envolve uma estrutura lógico-matemática que precisa ser construída mentalmente para que a criança compreenda tal conceito.

A contagem também exige a construção de uma relação mental pela criança, já que para contar não se pode saltar objetos, deixar de contar algum deles ou mesmo contar o mesmo objeto duas ou mais vezes. Assim, o ato de contar exige que a criança coloque os

objetos em ordem. Quando falamos em ordem, não significa que a criança precise organizar os objetos em uma ordem espacial, lado a lado, em fileiras, por exemplo, para contar. Significa que ela precisa ordenar os objetos em sua cabeça, para realizar a contagem.

Contudo, saber contar não é suficiente para compreender o número, pois a criança pode contar considerando cada objeto como se fosse único, no lugar de pensar em um grupo com vários objetos. Ela pode contar corretamente oito, mas ainda assim, não ser capaz de reconhecer que “oito”, não representa o último objeto contado, mas o total de elementos que compõem aquele grupo. Para contar os objetos como um grupo, é preciso colocá-los em uma relação mental, compreendendo que o um está em dois, o dois está em três, o três está em quatro, o quatro está em cinco e, assim por diante.

Como podemos ver, a aprendizagem dos números envolve a construção pela criança de dois tipos de relações (KAMII, 1990): a) ordem – organização mental dos objetos para contar sem saltar, pular ou contar mais de uma vez o mesmo objeto; b) Inclusão hierárquica - incluir mentalmente o um em dois, o dois em três, para realizar a contagem dos objetos como um grupo. Essas relações são fundamentais para que a criança consiga quantificar os objetos.

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Então, como as crianças aprendem os números? Se aprender os números envolve uma estrutura lógico-matemática, como tal estrutura se forma?

O conhecimento lógico-matemático, segundo Kamii (1990), se forma a partir da coordenação de relações. “A criança progride na construção do conhecimento lógico-matemático pela coordenação das relações simples que anteriormente ela criou sobre os objetos” (p.15). Essas relações podem ser expressas, por exemplo, ao comparar a seguinte situação: em um sítio há 6 vacas e 5 cavalos, sendo 11, o total de animais, a criança compreenda que há mais animais do que vacas, que “animais” representa um grupo no qual estão inseridos as vacas e os cavalos. Ou mesmo que ela perceba a relação que existe entre 2 + 2 = 4 e 2 X 2 = 4.

Quanto mais relações à criança estabelecer sobre os objetos, melhor será o desenvolvimento do seu conhecimento lógico-matemático, o que a levará a compreender o conceito de número. Isso significa que para aprender as crianças precisam ser incentivadas e encorajadas a pensar sobre os números, fazer comparações, discutir suas ideias e explorar uma diversidade de situações.

Situações que permitam a criança a pensar, brincadeiras e jogos são ótimos recursos para explorar os números em contextos que tenham significado para ela. Possibilitam a exploração e vivência de experiências que permitem a construção de relações e a ampliação dos seus conhecimentos sobre os conceitos matemáticos. Desse jeito se torna gostoso e divertido aprender, não é mesmo? Que tal desafiar

nossos pequenos?

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Práticas que promovem a construção do conceito de número pelas crianças

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Distribuição de materiaisPROPOSTA 1

Aproveite os momentos das refeições (café da manhã, almoço, café da tarde e jantar) para desafiar os pequenos. Peça às crianças que pegue o número suficiente de copos, talheres, xícaras, pratos, para todos que estão à mesa ou para todos que irão comer naquele momento. Não fale a quantidade. Geralmente pedimos à criança que pegue uma quantidade x de objetos. Nesse momento já determinamos a quantidade que ela deverá pegar e nessa tarefa ela não tem nenhum desafio a resolver.

Estimule a criança a pensar. Em um primeiro momento ela poderá fazer muitas viagens, trazendo os objetos de um a um. Não há problema, aos poucos ela perceberá que pode pegar mais de um objeto por vez. Em outros momentos, você poderá estimular perguntando à criança: Quantas pessoas irão comer? Quantos pratos têm na mesa? Será que temos copos para todos? Quantos estão faltando? Quantos teremos que pegar ainda?

Não se preocupe no primeiro momento que ela acerte ou dê as respostas corretas. Deixe a criança participar e experimentar. Não dê respostas, faça sempre perguntas. À medida que esta situação se torne uma prática diária, ela ampliará seus conhecimentos fazendo percepções sobre as quantidades, descobrindo que primeiro, ela pode contar as pessoas e depois pegar a quantidade de objetos que correspondam ao total de pessoas.

Nestas simples situações de vida diária, as crianças estarão contando e quantificando objetos e, nesse sentido fazendo relações que a levarão a desenvolver o conceito de número.

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PROPOSTA 2Divisão de objetos

Podemos ainda aproveitar os momentos das refeições e lanches para estimular o pensamento das crianças, propondo situações em que ela precise dividir os alimentos. Elas podem ser convidadas, por exemplo, a dividir as fatias de uma maçã entre todos que estão à mesa, a dividir as fatias de um presunto, os pães, entre outros alimentos. Aqui temos um desafio diferente do anterior. Quando pedimos à criança que pegue a quantidade suficiente de objetos para certa quantidade de pessoas ela poderá inicialmente contar a quantidade de pessoas e pegar a quantidade de objetos correspondentes. Com essa ação já saberá quantos objetos precisa distribuir. Quando pedimos que divida, ela não sabe quanto deverá dar a cada uma. Precisará fazer a distribuição uma a uma para descobrir quanto cada um receberá. No primeiro momento ela poderá distribuir em quantidades desiguais, dando mais alimentos para uma pessoa e menos alimentos para outras. Nesse caso é interessante questioná-la “todo mundo precisa ter a mesma quantidade. E agora? Como fazer?”

Situações de divisão são interessantes, pois estimulam as crianças a agir sobre os objetos.

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Arrumação dos brinquedos

PROPOSTA 3

Os momentos de organização e arrumação dos brinquedos podem se constituir em boas oportunidades para explorar a quantificação com os pequenos. Inicialmente você pode solicitar que a criança realize a contagem enquanto guarda os objetos. Em um segundo momento, pode dar alguns comandos a ela, solicitando, por exemplo, que guarde 4 brinquedos, depois 6 brinquedos, 8 brinquedos e, assim por diante.

Outra situação que pode ser proposta é colar em uma caixa as imagens de todos os objetos de um jogo ou brinquedo. A criança terá como desafio contar as imagens, procurar as peças e verificar se conseguiu pegar todas as peças que compõem aquele jogo ou brinquedo, fazendo a correspondência entre as imagens e os objetos. Podem ser utilizadas as imagens da própria caixa do brinquedo, conforme figura 1.

Figura 1 – Imagens das peças de um jogo.

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Esconde -escondePROPOSTA 4

Você conhece a famosa brincadeira de esconde-esconde? Na brincadeira tradicional, uma criança de olhos fechados conta até certo número, enquanto as outras crianças aproveitam para se esconder.

Aqui sugerimos essa brincadeira de modo diferente, para explorar a quantificação com os pequenos.

Propomos que esconda alguns objetos, brinquedos ou até alimentos em alguns espaços da casa. Por exemplo, você pode esconder 5 pirulitos, de modo que 3 sejam colocados em um espaço e 2 em outro local diferente. Diga à criança que você escondeu 5 pirulitos e que ela deverá encontrá-los. Quando ela encontrar os 3 pirulitos, saberá que estão faltando mais alguns. Nesse momento você pode questioná-la: Quantos pirulitos você encontrou? Quantos ainda estão escondidos?

Além de ser uma brincadeira divertida que instiga as crianças, constitui uma boa oportunidade para que construam diversas relações: quantos têm; quantos faltam; qual é o total; qual o resultado de 3 + 2.

A brincadeira poderá ser proposta com uma quantidade maior de objetos, escondidos em mais espaços da casa.

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BolichePROPOSTA 5

Que tal um jogo de boliche?

Com os pequenos podemos incentivar o jogo de boliche utilizando garrafas pets, por exemplo. Você pode separar 10 garrafas do mesmo tamanho, que podem ser de refrigerante ou mesmo de água. Pode usar ainda uma bola de meia ou mesmo de plástico (daquelas que encontramos em brinquedos e piscinas de bolinhas). Pronto, você já tem seu jogo de boliche.

Em um primeiro momento você pode organizar as garrafas lado a lado, ou mesmo em formato de V (você pode ir variando a organização) e determinar uma distância para o lançamento da bola. O desafio da criança será derrubar a maior quantidade de garrafas. Em um segundo momento, você pode deixar que a própria criança organize os boliches.

Esta brincadeira, muito divertida, possibilita a criança quantificar os objetos (ao contar a quantidade de garrafas que derrubou), a fazer comparações (quantas derrubou na primeira jogada, quantas derrubou na segunda, em que jogada derrubou mais garrafas...), a descobrir quantas garrafas faltam derrubar, além de levar a criança a pensar e descobrir qual a melhor forma de jogar a bola para derrubar todas as garrafas.

Com as crianças maiores (5 e 6 anos) você pode incentivar que registrem em um papel a quantidade de garrafas derrubadas em cada jogada. A prática do registro favorece a sistematização pela criança e por meio dela é possível propor problematizações do tipo: Quantas garrafas foram derrubadas no total? Quem derrubou mais garrafas? Quem derrubou menos garrafas?

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Dança das cadeiras

PROPOSTA 6

Quem não conhece a famosa brincadeira da dança das cadeiras? Pois é, essa brincadeira tão conhecida pode auxiliar os pequenos em processos de quantificação. Ao propor a dança das cadeiras, incentive as crianças a pensar quantas cadeiras serão necessárias para iniciar a brincadeira, de modo que no primeiro momento haja cadeiras suficientes para todos que irão participar.

Durante a brincadeira, as cadeiras são tiradas, uma a uma. Aproveite o momento para questionar, quantas cadeiras foram tiradas, quantas cadeiras sobraram.

Propomos nessa versão, que no lugar dos participantes serem eliminados, possam pensar em estratégias para que todos permaneçam sentados. É uma forma interessante de brincar, de estimular a cooperação, em que todos continuam na brincadeira até o final.

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Adiv inhaçãoPROPOSTA 7

Sugerimos uma brincadeira simples para fazer com os pequenos. Corte dez pedaços de papéis do mesmo tamanho. Cada pedaço de papel deve conter um algarismo de 1 a 10. Um dos participantes será o mestre e ficará com as cartas. A cada rodada o mestre escolhe uma carta para ser adivinhada pelos outros participantes.

Quando os participantes falam o número, o mestre deverá responder dizendo: “Sim”, “Não, é mais”; “Não, é menos”; “Não, está entre os números ... e ...”.

Com essa brincadeira, os pequenos serão estimulados a reconhecer e nomear os algarismos, a perceber a sequência numérica e a fazer relações de comparação como: “o número oito está mais próximo do 10 do que o número 5”; “o número 3 está mais próximo do número 1 do que o número 6”; “o número 2 vem antes do número 4”; o número 7 vem depois do 5; “o 3 está entre o 2 e o 5”. Tais relações são fundamentais para a construção do conceito de número e para o desenvolvimento do pensamento numérico.

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AmarelinhaPROPOSTA 8

E a amarelinha? Quem nunca brincou? Essa tradicional brincadeira, conhecida também como sapata, macaca, academia, jogo da pedrinha e pula-macaco constitui em um diagrama riscado no chão, com os números de 1 a 10, que deve ser percorrido a partir de algumas regras.

E não pense que a amarelinha é apenas uma brincadeira divertida. O potencial dessa brincadeira está, sobretudo, na contribuição para o desenvolvimento de noções espaciais pela criança e na organização do seu esquema corporal. Ao brincar de amarelinha, a criança precisa realizar diversos movimentos: deslocar-se para um lado, deslocar-se para o outro, deslocar-se para frente, usando um pé, dois pés, agachando e levantando, analisar a direção em que será lançada a pedrinha e a força que será aplicada para acertar uma das casinhas. Vejam, quantas habilidades temos envolvidas em uma única brincadeira!

Esse conjunto de movimentos que a criança precisa realizar é o que contribuirá para o desenvolvimento do seu senso de localização espacial, coordenação motora e lateralidade. E tem mais! A amarelinha ainda propicia o desenvolvimento de noções de números, medidas e geometria, pois ao jogar as crianças lidam com contagem, sequência numérica, reconhecimento de algarismos, comparação de quantidades, análise de distância e força, localização espacial, percepção espacial e discriminação visual. Todas essas habilidades são fundamentais para o desenvolvimento do pensamento matemático (SMOLE, DINIZ e CÂNDIDO, 2000). Então, brincar de amarelinha, além de ser divertido, traz muitas contribuições para o desenvolvimento das nossas crianças. Vamos brincar?

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PROPOSTA 8

Amarelinha Tradicional

Figura 2 Amarelinha Tradicional

DICA: a primeira vez em que for jogar a amarelinha deixe a criança experimentar o movimento de alternar um pé, dois pés. Jogue no primeiro momento para que ela perceba como funciona a brincadeira.

DICA: Você pode desenhar a sua própria amarelinha. É fácil! Se tiver um pedaço de tijolo, telha ou mesmo um giz, você poderá riscar um retângulo no chão com casinhas numeradas de 1 a 10, conforme a figura 2.

A seguir, sugerimos mais duas variações que podem ser feitas dessa brincadeira

REGRAS DA BRINCADEIRA

• As crianças decidem a ordem dos jogadores. O primeiro jogador deve ficar de posse da pedrinha.

• É necessário determinar a distância em que será lançada a pedrinha.

• Cada jogador, na sua vez, se posiciona em frente ao diagrama, a partir da distância estabelecida (pode ser traçada uma linha para determinar o espaço de lançamento da pedrinha) e lança a pedrinha na casa de número 1. Deve, então, saltar num pé só sobre a casa número 1, onde está a pedrinha, mas sem pisar nela, cair com os dois pés nas casinhas 2 e 3, com um pé na casinha 4 e repetir essa sequência até chegar a casinha 10. Deve voltar repetindo essa sequência (um pé, dois pés) e não poderá pisar na casinha número 1. Antes de chegar nela, deverá pegar a pedrinha, saltar essa casa e voltar para o lugar de origem para iniciar novamente a jogada. Na segunda jogada, deve arremessar a pedra na casinha número 2, repetindo todas as etapas. O jogador seguirá jogando, até lançar a pedrinha na casa número 10 ou até errar, quando isso acontecer deverá ceder a vez ao próximo jogador.

• Se jogar a pedrinha fora da casa desejada ou sobre a linha da figura; apoiar os dois pés no interior de uma mesma casinha; trocar o pé de apoio durante o percurso e esquecer-se de pegar a pedrinha, deverá ceder à vez ao próximo jogador.

• Na próxima jogada deverá recomeçar da casa onde parou até alcançar a casa 10.

• O jogo termina quando todos alcançarem a casa 10.

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PROPOSTA 8

Amarelinha da Semana Amarelinha Orelha• O jogador inicia o jogo posicionando-se próximo ao lado da orelha esquerda, isto é, na casa de número 1. Deverá então jogar a pedrinha nessa casa.

• As casas 1, 2, 4, 5, 7 e 8 serão pisadas com os dois pés como na amarelinha tradicional. Já as casas 3 e 6 serão puladas com um pé só.

• Para completar o circuito, o jogador pulará do 1 ao 8, começando pela orelha esquerda (nº 1) e voltará pela orelha direita (nº 8) até chegar novamente a casa 1.

• Quando completar as orelhas, o jogador vai ao céu, vira de costas para o tabuleiro e tenta fazer casa.

• O jogador que errar (por pisar com os dois pés, pisar na linha ou fora da casinha), cede a sua vez. O próximo jogador não poderá pisar na casa do outro.

• O jogo termina quando todos conseguirem completar a amarelinha.

REGRAS DA BRINCADEIRA

• As crianças iniciam fazendo uma marca no chão, em frente ao diagrama, para determinar o lançamento das pedrinhas.

• O primeiro jogador lança a pedrinha na casa número 1 e pula na sequência dos números e dos dias da semana, com um pé só. No retorno, deve seguir a mesma sequência, mas no lugar de pegar a pedrinha, deverá chutá-la para fora.

• O domingo é o dia do descanso, então não será necessário lançar a pedrinha nele. Nesta casinha poderá pisar com os dois pés.

• O jogador que errar (por pisar com os dois pés, pisar na linha ou fora da casinha), cede a sua vez. O próximo jogador não poderá pisar na casa do outro.

• O jogo termina quando todos conseguirem completar a amarelinha.

Figura 3 – Amarelinha da Semana Figura 4 – Amarelinha Orelha

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2

3

4

5

6

7

Segunda-feira Terç

a-fe

ira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Domingo

8 7

4 5

3

6

1 2

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POR QUE ESTIMULAR A PRÁTICA DE JOGOS?Os jogos constituem um ótimo recurso para desenvolver diversos conceitos matemáticos. Por meio deles, as crianças aprendem números e sistema de numeração, desenvolvem estratégias de cálculo e ampliam o conhecimento das operações. Além disso, os jogos contribuem para o desenvolvimento do raciocínio e de habilidades, estimulando a formação do pensamento matemático.

Ao jogar a criança se envolve e precisa mobilizar diversos conhecimentos e nesse movimento ela aprende, amplia e adquire novos conceitos.

Por sua natureza lúdica, os jogos encantam e divertem as crianças, proporcionando alegria, movimento e barulho. Constituem, portanto, em uma forma significativa e gostosa de aprender.

E não pense que são apenas conteúdos escolares que as crianças aprendem quando jogam. Elas desenvolvem criatividade, imaginação, capacidade de sistematizar, abstrair, a interagir com o outro, a ter iniciativa, contribuindo para a promoção da sua autoconfiança e autonomia.

Viu só? Como é bom jogar!

Que tal aproveitar esse tempo em que estamos em casa para jogar com nossos pequenos? Nesse momento não há o limite de idades, tanto adultos, jovens e crianças podem interagir e juntos se divertirem.

Sugerimos aqui alguns jogos que você poderá fazer junto com os seus filhos. São jogos simples, que abordam diversos conceitos matemáticos e que podem contribuir com o desenvolvimento dos nossos pequenos. É uma forma interessante de passar o tempo e fortalecer os laços familiares.

Então, vamos jogar ?

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Jogos que

estimulam o desenvolvimento de conceitos matemáticos

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Acabaram-se TodosSabe aquelas embalagens de isopor que muitas vezes jogamos fora? Então, elas podem ser úteis para a realização de um jogo com os pequenos.

No jogo Acabaram-se Todos, usamos as embalagens como pratos, tampinhas de garrafas pets ou feijões como marcadores e um dado para brincar com as crianças. Os jogadores começam com 20 peças em seu prato de isopor. Cada jogador, na sua vez, joga o dado e retira tantas peças, quanto for à quantidade indicada no dado. O jogo termina quando todos os participantes conseguirem esvaziar o seu prato.

Simples, não é mesmo? E com esse jogo podemos ajudar as crianças a estabelecer diversas relações: quantificar os objetos; identificar quantos faltam para esvaziar a bandeja; fazer comparações como “quem tem mais objetos na bandeja; quem tem menos; quantos a mais; quantos a menos”.

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Jogo da MemóriaO tão conhecido jogo da memória é uma boa opção para auxiliar os pequenos a fazer a associação entre os números e suas quantidades, a reconhecer, nomear os algarismos e quantificar.

Composto por um conjunto de cartas com pares iguais, este jogo pode ser confeccionado utilizando-se cartas com os números de 1 a 10 e cartas que representem essas quantidades. Ao jogar, os pequenos terão como desafio encontrar pares de cartas, em que uma seja um número e a outra represente a sua quantidade.

Apresentamos a seguir, uma sugestão de cartas que você poderá utilizar com os pequenos para brincar de “Jogo da Memória”.

DICAS DE COMO JOGAR

Embaralhe as cartas e organize-as em fileiras, de modo que fiquem viradas para baixo. Cada jogador, na sua vez, tenta encontrar um par, virando duas cartas para cima. Se encontrar o par, retira as cartas e pode continuar jogando. Se não encontrar o par, deverá virá-las novamente para baixo e passa a vez ao próximo jogador. O jogo termina quando todos os pares forem encontrados.

1 5

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2

6 10

3

7

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ParaquedasO Paraquedas é um jogo que possui um tabuleiro com três colunas. Cada coluna possui nove linhas com 3 números. Os números vão de 1 a 12.

O jogo possibilita trabalhar o reconhecimento e a nomeação de números naturais, desenvolve processos de contagem e estimula a realização do cálculo mental da adição e subtração.

Pode ser jogado com todas as idades, iniciando-se a partir dos 4 anos.

REGRAS DO JOGO

• Cada jogador escolhe seu paraquedas (A, B ou C) e coloca o seu marcador sobre ele.

• Cada um, na sua vez, lança os dois dados. O jogador que está à sua direita é quem efetuará os cálculos para você, ele poderá realizar uma soma ou uma subtração dos pontos dos dados.

• Você só poderá mover o seu marcador se o resultado da operação feita pelo seu parceiro for um dos três números da primeira fileira à sua frente. Desse modo, o jogador A só moverá o seu marcador se sair como resultado os números 4, 6 ou 11. O jogador B, se tiver os números 10, 8 ou 3. E o jogador C, se os pontos dos dados tiverem como resultado o 4, 8 ou 3.

• O jogador poderá movimentar o seu marcador, em qualquer direção, apenas uma casa por vez. Só passará para próxima fileira se tirar algum dos três números que constam nessa fileira. Por exemplo, se o jogador B estiver na casa 8, da primeira fileira, poderá mover o seu marcador para as casas 10, 3, 11, 8 ou 5. Mas, só passará para a fileira seguinte se tirar 11, 8 ou 3. Caso não tire nenhum desses números, passará a vez ao próximo.

• O jogo só termina quando todos os jogadores conseguirem chegar à última fileira, encontrando a ilha do tesouro.

• Lembre-se: nesse jogo não há um único ganhador. Todos precisam chegar juntos à ilha do tesouro.

FORMA DE ORGANIZAÇÃO:

em duplas ou trios.

MATERIAIS: um tabuleiro, um marcador

para cada jogador e dois dados.

OBJETIVO: chegar à ilha do tesouro.

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2 6 11 10 8 3 4 8 3

9 7 6 11 8 5 6 3 9

10 1 11 4 7 9 10 1 5

6 5 4 8 12 10 5 7 4

10 9 3 4 3 9 8 4 11

5 12 4 10 12 5 5 8 7

7 8 3 12 6 7 4 1 12

5 9 1 4 3 4 10 3 9

3 8 5 11 4 10 9 6 11

ParaquedasILHA DO TESOURO

Font

e: S

mol

e, D

iniz

e C

ândi

do, 2

007

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Sete AbelhinhasO jogo das sete abelhinhas possui um tabuleiro com os números 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 e 12 e o desenho de algumas abelhas.

É um jogo que possibilita o reconhecimento e a nomeação dos números naturais; possibilita o desenvolvimento de processos de contagem; auxilia a compreensão da adição como uma ação de adicionar uma quantidade à outra e favorece a realização do cálculo mental.

Pode ser jogado com todas as idades, iniciando-se a partir dos 4 anos.

REGRAS DO JOGO

• Na sua vez, cada jogador lança os dois dados, junta os pontos obtidos e risca o total no tabuleiro.

• Se o total for 7, deve marcar uma abelhinha.

• Se em uma jogada, o jogador obtiver um total que já está marcado, ele passa a vez.

• Se completarem 7 abelhinhas antes de marcar todos os números, deverão iniciar o jogo novamente.

• O jogo termina quando os jogadores conseguirem preencher todo o tabuleiro.

• Lembre-se: nesse jogo não há um único ganhador. Todos estão juntos para vencer as abelhinhas.

FORMA DE ORGANIZAÇÃO:

em duplas ou trios.

MATERIAIS: um tabuleiro, marcadores

e dois dados.

OBJETIVO: preencher todos os

números do tabuleiro.

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Sete AbelhinhasFonte: Elaborado pela autora.

2 5 4 8 9 10

6 10 9 3 8 6

4 12 2 5 4 3

8 3 6 10 2 11

11 9 12 11 12 5

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Escadas e AbelhasO jogo Escadas e Abelhas possui um tabuleiro com os números de 1 a 100. Trata-se de um jogo de percurso atravessado por escadas e por abelhas.

Esse jogo possibilita o reconhecimento dos números e a apropriação da sequência numérica. Permite ainda que a criança desenvolva processos de contagem e a noção de lateralidade (direita e esquerda).

Pode ser jogado com todas as idades, iniciando-se a partir dos 4 anos.

REGRAS DO JOGO

• Os jogadores começam na parte inferior do tabuleiro (número 1).

• Cada jogador, na sua vez, lança o dado e anda a quantidade de casas indicada nos pontos do dado. Se tirar 3 pontos no dado, andará 3 casas e deverá colocar o seu marcador na casa apropriada.

• O jogador só poderá lançar o dado uma vez, na sua jogada.

• Se o marcador cair em uma casa com a base de uma escada, o jogador deverá subir até o número indicado, cortando caminho.

• Se ao contrário, o marcador parar em uma casa com a abelhinha, o jogador deverá descer tantas casas, até chegar a colmeia, voltando o caminho percorrido.

• O jogo só termina quando todos os participantes chegarem a agência do Sicredi.

• Lembre-se: neste jogo não há um único ganhador. Todos estão indo à agência do Sicredi. Se chegar primeiro ao número 100, retorne e espere o seus parceiros.

FORMA DE ORGANIZAÇÃO:

de 2 a 4 participantes.

MATERIAIS: um tabuleiro, marcadores

coloridos e um dado.

OBJETIVO: alcançar a casa de

número 100, chegando a agência do Sicredi.

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Fonte: Elaborados pelos autores Escadas e Abelhas

100 99 98 97 96 95 94 93 92 91

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

80 79 78 76 75 74 72 71

61 62 64 65 66 67 68 69 70

60 59 58 57 56 55 54 53 52 51

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

40 39 38 37 36 35 33 32 31

21 22 24 25 26 27 29 30

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

63

73 77

34

28 23

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Três CartasO jogo é composto por três conjuntos de cartas com os algarismos de 0 a 9.

Por meio desse jogo as crianças podem compreender as regras do sistema de numeração decimal; produzir escritas numéricas; aprender a ler e reconhecer números de três ordens; a fazer comparação entre os números e a identificar números pares e ímpares.

É recomendado a partir dos 6 e 7 anos.

REGRAS DO JOGO

• Primeiramente decide-se quem será o carteador. O carteador terá a função de comandar o jogo.

• O carteador embaralhará as cartas e entregará três delas para cada jogador, sem olhar quais são.

• A cada jogada o carteador dará uma ordem: “Formem o maior número possível com as cartas que receberam”.

• Após cada jogador formar o número, o carteador confere se todos conseguiram atender a proposta. Só marcará ponto se todos os jogadores conseguirem formar o maior número. Se um dos jogadores não conseguir, não será marcado ponto naquela rodada.

• O carteador reúne todas as cartas novamente, embaralha, distribui para cada jogador e lança uma nova ordem, que pode ser:

• Ao final de 10 jogadas verifica-se o total de pontos dos jogadores.

• Lembre-se: neste jogo não há um único vencedor. Todos devem pensar juntos para conseguir marcar ponto em cada rodada.

- “Formar o menor número possível...” - “Formar o maior número par.” - “Formar o maior número ímpar.” - “Formar o menor número par.”

- “Formar o menor número ímpar.” - “Formar um número que esteja entre 200 e 500”. - “Formar um número que esteja entre ... e ...”

FORMA DE ORGANIZAÇÃO: 4 participantes.

MATERIAIS: três conjuntos de cartas numeradas

com os algarismos de 0 a 9.

OBJETIVO: conseguir marcar o maior número de pontos ao final

de 10 jogadas.

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VARIAÇÕES DO JOGO

O jogo poderá ser feito inicialmente com duas cartas. Nesse caso, teremos o “jogo Duas Cartas”.

Podem ser utilizados os mesmos conjuntos de cartas. Nessa versão, o carteador entregará a cada jogador apenas duas cartas por vez, para que formem um número com dois algarismos, a partir de seus comandos.

Por exemplo, em uma rodada um dos jogadores pode ter tirado os algarismos 2 e 5, e terá que formar o maior número com esses algarismos. Poderá então compor o número 52.

Cartas para o “Jogo Três Cartas”

1

5

9

2

6

0

3

7

4

8

1

5

9

2

6

0

3

7

4

8

1

5

9

2

6

0

3

7

4

8

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Cubra e DescubraO jogo é composto por um tabuleiro com duas fileiras contendo os números de 2 a 12 em cada uma.

Este jogo favorece o reconhecimento dos números; a relação do número à sua respectiva quantidade; possibilita o desenvolvimento de processos de contagem; auxilia a compreensão da adição como uma ação de adicionar uma quantidade à outra e favorece a realização do cálculo mental.

Pode ser jogado com todas as idades, iniciando-se a partir dos 4 anos.

REGRAS DO JOGO

• Os jogadores colocam todas as fichas no tabuleiro, de modo a cobrir todos os números.

• Cada jogador, na sua vez, lança os dois dados e soma o total de pontos. Depois tira do tabuleiro a ficha que cobre a soma.

• Os jogadores podem tirar as fichas de cada um dos lados.

• Quem erra a soma ou tira a ficha errada, perde a jogada.

• O jogo termina quando todas as fichas forem tiradas do tabuleiro.

• Lembre-se: neste jogo não há um único vencedor. Todos devem jogar juntos para alcançar o objetivo.

FORMA DE ORGANIZAÇÃO:

em duplas.

MATERIAIS: um tabuleiro, 22 fichas

e 2 dados.

OBJETIVO: conseguir tirar todas as fichas do tabuleiro.

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Fonte: Smole, Diniz e Cândido, 2007 Cubra e Descubra 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

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FORMA DE ORGANIZAÇÃO:

em duplas.

MATERIAIS: um tabuleiro, dois dados

e 18 fichas.

OBJETIVO: completar o tabuleiro.

Jogo da MultiplicaçãoO Jogo da Multiplicação contém um tabuleiro com resultados de tabuadas do 1 ao 6.

Este jogo favorece o desenvolvimento de estratégias de cálculo mental, o conhecimento e a memorização das tabuadas. Por meio dele, as crianças podem aprender a relacionar os fatores da multiplicação ao seu produto e a analisar o seu conhecimento acerca das tabuadas, reconhecendo muitas vezes, a necessidade de estudá-la e memorizá-la.

É recomendado a partir dos 8 anos.

REGRAS DO JOGO

• O primeiro jogador lança os dois dados e multiplica os números que saírem. O segundo jogador deverá dar o resultado da multiplicação. Se o resultado estiver correto, deverá cobrir no tabuleiro, o espaço que contém o resultado da multiplicação. Por exemplo, se sair os números 3 e 5 nos dados, o primeiro jogador deverá compor a multiplicação 3 x 5 ou 5 x 3. O segundo jogador deverá descobrir o resultado dessa multiplicação para marcar o resultado no tabuleiro.

• A cada jogada, alternam-se os jogadores: um lança os dados e diz a multiplicação e o outro descobre o resultado da multiplicação.

• Se um dos jogadores der o valor da multiplicação errado, perde a jogada.

• O jogo termina quando os jogadores conseguirem completar todo o tabuleiro.

• Lembre-se: neste jogo não há um único vencedor. Todos devem jogar juntos para completar o tabuleiro.

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Jogo da MultiplicaçãoFonte: Smole, Diniz e Cândido, 2007.

36 1 6 5 8 15

3 25 4 30 16 10

24 2 20 2 8 9

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PALAVRAS FINAISDesde pequenas, as crianças podem ser estimuladas a pensar, discutir, trocar ideias e formular hipóteses. É colocando o pensamento das crianças em movimento que faremos com que elas se desenvolvam. Aprender envolve atribuir sentido e significado.

Quando propomos desafios, brincadeiras e jogos, estamos mais próximos do universo infantil e atentos aos interesses das crianças. Ao brincar e jogar as crianças precisam acionar vários conhecimentos, pois são estimuladas a pensar, colocando, dessa forma, o pensamento em movimento.

As sugestões apresentadas neste material foram pensadas com intuito de auxiliar os pais e familiares neste período de quarentena, de modo a contribuir com a aprendizagem e desenvolvimento dos seus filhos em relação à Matemática.

Embora, seja um material organizado para as famílias, as propostas apresentadas podem ser desenvolvidas em sala de aula, pelos educadores. Foram sugestões retiradas e adaptadas de referenciais da área da Educação Matemática. Recomendamos que este material seja aproveitado, posteriormente, em sala de aula, de forma a contribuir com a prática dos professores e enriquecer a aprendizagem dos alunos.

REFERÊNCIASKAMII, C. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. 11ª ed. Campinas, SP: Papirus, 1990.

SMOLE, K. S.; DINIZ. M. I. e CÂNDIDO, P. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática. vol.1. Porto Alegre: Artmed, 2007. Coleção Matemática de 0 a 6.

SMOLE, K. S.; DINIZ. M. I. e CÂNDIDO, P. Jogos de Matemática de 1º a 5º ano. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Juliane do Nascimento Mosquini – Assessora Pedagógica

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