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Celeste Duque 2004-2005

Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

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Apresentação sobre Desenvolvimento psicológico - perspectiva Cognitivista - Abordagem construtivista de Jean Piaget - elaborada no âmbito da disciplina de Psicologia VI (Psicologia do Desenvolvimento), 4º ano, do curso de Licenciatura em Enfermagem, ESSaF-UAlg, da autoria de Celeste Duque, 2004.

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Page 1: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

Celeste Duque

2004-2005

Page 2: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

Abordagem ConstrutivistaAbordagem Construtivista

Jean Piaget

1896-1980

• Originalmente biólogo• Trabalhou na avaliação da

inteligência em Paris• Foi muito influente, na sua

época• Estuda e preconiza o

Desenvolvimento cognitivoda criança

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Teoria de Teoria de Jean Jean PiagetPiaget

• Jean Piaget (1896-1980) foi um dosinvestigadores que exerceu mais influência naárea da Psicologia do desenvolvimento.

• Foi uma criança prodígio, pois publicou o seuprimeiro artigo numa revista científica aos 11anos.

• Piaget, com formação original nas áreas da Biologia eda Filosofia, considerava-se um “epistemólogogenético.”

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Teoria de Teoria de Jean Jean PiagetPiaget [cont.]

• Estava sobretudo interessado nas influênciasbiológicas sobre “a forma como nóssabemos.”

• Piaget acreditava que o que distingue osseres humanos de outros animais é a suacapacidade para o “raciocínio abstractosimbólico.”

• Enquanto trabalhava no laboratório de Binetem Paris, Piaget interessou-se pela formacomo as crianças pensam.

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Teoria de Teoria de Jean Jean PiagetPiaget [cont.]

• Observou que as respostas das crianças maisnovas eram qualitativamente diferentes dasrespostas das crianças mais velhas.– De facto, as crianças mais novas, não são menos

conhecedoras, mas respondem de forma diferenteàs questões (comparativamente com os seus paresmais velhos) porque pensam de forma diferente.

– A constatação deste facto, levou Piaget a concluirque o desenvolvimento humano é qualitativo(mudanças no tipo) e não quantitativo (mudançasem quantidade).

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Teoria de Teoria de Jean Jean PiagetPiaget [cont.]

• Há dois aspectos principais nesta teoria:

– o processo de construção do saber

– os estádios por intermédio dos quais seadquire gradualmente esta capacidade.

• A formação, de Piaget, em Biologiainfluenciou profundamente a sua teoria,nomeadamente no que se refere a estesdois aspectos.

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Desenvolvimento Cognitivo: Desenvolvimento Cognitivo: Jean Jean PiagetPiaget

• A criança era considerada

QQuuaalliittaattiivvaammeennttee• diferente do adulto;

• As Acções da criança no/sobre o mundo, sãoimportantes para o seu desenvolvimento;

• O Desenvolvimento cognitivo como Adaptação aomeio;

– Reflexos = Esquemas primitivos = Unidade básica defuncionamento

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Teoria de Teoria de Jean Jean PiagetPiaget

• Assimilação

– Transformar a informação que se recebe para seajustar à informação já existente (esquemas)

• Acomodação

– Adaptar a forma de pensamento ao novo meio

• Equilíbrio e desiquilíbrio

– O que já sei corresponde/é diferente daquilo quevejo/ouço/experiencio

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Processo deProcesso de

Desenvolvimento CognitivoDesenvolvimento Cognitivo

• Como biólogo, Piaget interessou-se pela formacomo o organismo se adapta ao meio– Descreveu esta actividade como sendo a

inteligência

• O comportamento é controlado através deorganizações mentais designadas por esquemas

– que o indivíduo usa para representar o mundo e

– designar a acção.

• Esta adaptação possui um mecanismo biológicosubjacente para a obtenção de equilíbrio entre osesquemas e o meio ambiente– equilibração

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Processo deProcesso de

Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Cognitivo [cont]

• Piaget partiu da hipótese que as criançasnascem com esquemas que operam desdeo nascimento e que designou de– “reflexos”;

• Noutros animais, estes reflexos controlam ocomportamento durante todo o ciclo de vidados indivíduos;

• Contudo as crianças humanas usam estesreflexos para se adaptarem ao meio– estes reflexos rapidamente são substituídos

por esquemas construídos pelo indivíduo;

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Processo deProcesso de

Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Cognitivo [cont]

• Piaget descreveu dois processos usadospelos indivíduos na sua tentativa de seadaptarem– Assimilação e

– Acomodação;

• Ambos os processos são usados ao longoda vida, à medida, que o indivíduo seadapta ao meio que o rodeia– De forma cada vez mais complexa.

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Processo deProcesso de

Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Cognitivo [cont]

– Assimilação: Processo de mudança nas estruturascognitivas de forma a aceitar (acomodar) algo domeio.

• Exemplo: uma criança usa um esquema de sucçãoque desenvolveu enquanto bebia de uma garrafapequena, quando tenta beber de uma garrafa grande.

– Acomodação: Processo de usar ou transformar omeio de forma a que este possa ser colocado nasestruturas cognitivas pré-existentes.

• Exemplo: a criança modifica um esquema de sucçãodesenvolvido para beber de um biberão para um queserá adequado para beber de uma garrafa.

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Processo deProcesso de

Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Cognitivo [cont]

Quando os esquemas se tornam maiscomplexos (i.e., responsáveis porcomportamentos mais complexos) passam adesignar-se estruturas.

Quando as estruturas de um indivíduo setornam mais complexas, organizam-se deforma hierárquica (i.e., do geral para oespecífico).

Page 14: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

0 – 2 anos: período sensório-motor

2 – 7 anos: período pré-operatório

Períodos do desenvolvimentoPeríodos do desenvolvimento

7 – 12 anos: período das operações concretas

+ de 12 anos: período das operações formais

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• As crianças descobrem aspectos do mundoatravés das suas impressões sensoriais,actividades motoras e da coordenação das duas.Elas aprendem a diferenciar-se do mundoexterno.

• Aprendem que os objectos existem, mesmoquando não estão visíveis (permanência doobjecto) e que são independentes das própriasacções da criança. Adquirem algumas noções decausa-efeito.

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SUBESTÁDIO ISUBESTÁDIO I

O Exercício dos Reflexos (até 1 mês):

• Reflexo de Sucção (de acto instintivo a reflexo)

Não distinção entre o seu corpo e o exterior! Assimilação (repetição de comportamentos)

SUBESTÁDIO IISUBESTÁDIO II

As primeiras adaptações adquiridasA Reacção Circular Primária (1 mês – 4,5 meses):

! A Reacção Circular Primária: Comportamento adquiridode modo ocasional e conservado pela criança por repetição(movimentos centrados em si mesmo)

! Coordenação entre Visão e Preensão (Composto por 5etapas)

Page 17: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

As adaptações sensório-motoras intencionais (4,5 meses –8/9 meses)

! Aparecimento da Reacção Circular Secundária: Movimentoscentrados no meio exterior

! Início da Intencionalidade: A criança desencadeia uma acçãocom um fim específico

SUBESTÁDIOSUBESTÁDIO III III

SUBESTÁDIOSUBESTÁDIO IVIV

A coordenação dos esquemas secundários e a suaaplicação a situações novas (8/9 meses – 11/12 meses)

! Coordenação Intencional de Esquemas: O bebé coordenaesquemas que determinam a causa da acção, ou que são apenas“meios” para um fim

! Constituição do Acto Inteligente: O bebé não se limita areproduzir resultados interessantes mas atinge estes por novascombinações

Page 18: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

A reacção circular terciária e a descoberta denovos meios por experimentação activa (11/12 meses – 18meses)

! Reacção Circular Terciária: O bebé tem a necessidade de“absorver” o objecto como tal, faz experiências para o tentarcompreender.

! A descoberta de novos meios por experimentação insere-senum grupo de condutas que se constituem como as maiselevadas formas de actividade intelectual antes da inteligênciasistemática:

! Conduta do Suporte! Conduta do Cordel! Conduta do Bastão

SUBESTÁDIOSUBESTÁDIO V V

Page 19: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

A invenção de novos meios por combinação mental (18meses – 24 meses)

! Transição entre a Inteligência Sensório-Motora e aInteligência Representativa: As invenções já não seefectuam somente ao nível prático mas também ao nível mental

! A acomodação torna-se representativa e prevalece sobre aassimilação (que irá coordenar os esquemas sob a forma decombinações mentais)

SUBESTÁDIO VISUBESTÁDIO VI

Page 20: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

A construção do real e a construção do objectopermanente

! Inicialmente o objecto não apresenta permanência para acriança, ele só existe quando a criança brinca com ele;

! Pouco a pouco a criança vai construindo uma relação com oobjecto. A construção do objecto permanente ocorrerelativamente próximo da organização espacial;

! O egocentrismo inicial em que a criança se consiste comosendo todo o seu universo, irá dar lugar no final do estádiosensório-motor a uma relação de objectividade com o mundo.

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1. Os objectos são

colocados numa caixa.

2. Fecha-se

a tampa.

3. Um objecto é

removido.

4. Resultado possível: abre-se

a tampa, surge um objecto.

4. Resultado possível: abre-se

a tampa, surgem dois objectos.

Page 22: Psic to Teoria-JeanPiaget Abordagem Cognitiva-Constructivista CDuque

• Egocêntrica

• Pré-lógica

As crianças ainda não conseguem manipular etransformar a informação em termos lógicos;

Mas podem agora pensar em imagens e símbolos. Elasconseguem representar uma coisa qualquer com outracoisa qualquer, adquirir linguagem e jogar brincadeirasde faz-de-conta, mas não conseguem realizar afirmaçõeslógicas.

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Tarefa de perspectiva das três montanhasTarefa de perspectiva das três montanhas

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Exemplo de discurso egocêntricoExemplo de discurso egocêntrico

• Júlia: “Adoro a minha boneca, chama-se Bela"

• Carolina: “Vou pintar o sol de amarelo"

• Júlia: “Ela tem cabelo encaracolado, como a minhatia"

• Carolina: “Vou também pintar as árvores deamarelo"

• Júlia: “De que serão feitos os olhos da Bela?"

• Carolina: “Perdi o meu lápis amarelo"

• Júlia: " Os seus olhos são de vidro."

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Exemplo de AnimismoExemplo de Animismo

• Adulto: “A Lua move-se ou não?”

• Criança: “Quando nos movemos, move-se”

• Adulto: “O que a faz mover-se?”

• Criança: “Nós”

• Adulto: “Como?”

• Criança: “Quando andamos. Move-se por siprópria”.

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= =

Relação parte todo (classificação)

Conservação da massa

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Conservação dos números

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Conservação do líquidoConservação do líquido

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A criança pode compreender os princípios lógicosque aplica aos objectos concretos externos.

Pode apreciar que certas propriedades de umobjecto permanecem as mesmas, apesar demudanças na aparência (conservação), econsegue agrupar objectos em categorias.

Consegue apreciar a perspectiva de outroobservador.

Consegue pensar em dois conceitos emsimultâneo, como largura e comprimento.

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Apenas os adolescentes e os adultos conseguem pensarlogicamente acerca de abstracções, conseguemespecular e considerar o que pode ou deveria poderacontecer. Podem pensar em probabilidades epossibilidades.

Conseguem imaginar outros mundos, especialmente osideais. Podem pensar sobre afirmações puramenteverbais ou lógicas.

Conseguem raciocinar a sua própria actividade depensamento.

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• Piaget defendia a teoria que o pensamento operatórioformal representava um estádio característico atingidopelas crianças ou jovens entre os 11 e os 15 anos,aproximadamente, após terem vivenciado as fases dodesenvolvimento anteriores.

• Pode-se afirmar que, nesta fase, a relação com omundo muda completamente, pois a inteligência passa asituar-se numa dimensão onde o possível e o real serelacionam, segundo uma lógica de todas ascombinações possíveis.

• O estádio operatório formal é essencialmentecaracterizado pelo pensamento hipotetico-dedutivo, ouseja neste estádio, o jovem é capaz de deduzirconclusões a partir de premissas cuja verdade só éadmitida primeiramente por hipóteses, as quaisdependem do “possível”, antes de se juntar ao real, isto é,a dedução lógica não se efectua sobre a realpercepcionado, mas sobre hipóteses.

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• O jovem consegue raciocinar com base em hipóteses verbais,equacionar as relações lógicas entre várias possibilidades ou chegara conclusões a partir de afirmações abstractas, mostrandoclaramente uma independência relevante da existência “concreta” doobjecto real.

• Neste período, os jovens maximizam a sua capacidade de resolver

problemas através do estudo sistemático de todas as

possibilidades de resposta, do pensamento extensivo de todas ascombinações lógicas possíveis.

• A criatividade atinge a maturidade em relação aos anterioresestádios.

• Há diferenciação nítida entre o Eu e o Objecto.

• O Egocentrismo ocorre também na adolescência que assume aforma de um idealismo ingénuo carregado de objectivos imoderados,de reforma e remodelação da realidade (omnipotência depensamento).

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Experiência de PiagetExperiência de Piaget

Exemplo utilizado por Piaget: consistia emapresentar uma balança de escala à qual foiadicionada um peso suplementar num dos pratos.

Tendo em conta 4 variáveis:

– Adicionar o peso.

– Subtrair o peso.

– Aproximar o peso do ponto de apoio (fulcro).

– Afastar o peso do ponto de apoio.

A questão colocada às crianças e adolescentes foi:

– “Como é que a balança pode ser novamenteequilibrada?”

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Experiência de PiagetExperiência de Piaget

– As respostas preferidas pelas crianças em idadeescolar consistiam em remover o peso que fazbaixar mais um dos pratos da balança em relaçãoao outro (variável 2).

– Os adolescentes, mostravam possuir uma maiorcapacidade de considerar várias possibilidades deresposta.

• Para além de retirarem o peso que foi acrescentado,eles também conseguem imaginar que alterando adistância entre o prato mais pesado e o fulcro debalança poderá ser compensado o peso da balança,ficando novamente equilibrada, sem a necessidadede retirar o peso previamente acrescentado(variáveis 3 e 4).

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Conjunto INRC de PiagetConjunto INRC de Piaget

De acordo com Piaget “a implicação p > q, seesta permanecer inalterada caracteriza atransformação de identidade I. Se a proposiçãofor alterada para sua negação N (reversibilidadepela negação ou inversão) obteremos N = p e nãoq. O sujeito pode alterar esta mesmas proposiçãopara a sua recíproca (reversibilidade pelareciprocidade), isto é R = q > p, e também épossível transformar a sua proposição não suacorrelativa designadamente c = não p e q. Destaforma obtermos um comutativo de 4 elementos,tal que CR = N, CN = R, RN = C e CRN = I”(Sprinthall & Collins, 1999).

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Ao conjunto combinatório INRC de Piagetvamos fazer a correspondência com exemploanterior.

Imaginemo-nos sentados em frente ao braço dabalança o qual se encontra equilibrado.•Começamos por colocar um peso num dos lados econsequentemente o braço move-se para baixo.Esta operação inicial é a identidade (I)

Conjunto INRC de PiagetConjunto INRC de Piaget

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• Ao conjunto combinatório INRC de Piagetvamos fazer a correspondência com exemploanterior.

• Imaginemo-nos sentados em frente ao braçoda balança o qual se encontra equilibrado.

• Começamos por colocar um peso num doslados e consequentemente o braço move-separa baixo. Esta operação inicial é aidentidade (I)

• Se removermos o peso ocorre a negação (N)e a balança fica novamente equilibrada.

• Quando se tem um dos seguintesprocedimentos para equilibrar a balança:acrescentar um novo peso do lado oposto oualterar a distância entre o peso e o fulcro dabalança, dá-se a reciprocidade (R) (emambos os casos o efeito é recíproco e braçoda balança fica novamente equilibrado).

• Para termos a correlação (C) bastasimplesmente anular as operaçõesanteriormente realizadas, isto é retirar o pesoe/ou deslocar o prato para a sua posiçãooriginal. Este tipo de procedimentocorrelaciona-se com a identidade (I) original.

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Será que devemos considerar que esta forma de pensamento constitui de

facto uma fase do desenvolvimento?

Piaget levantou essa questão surgindo com três possibilidades (1972):

1. Sugeriu que todas as pessoas em diferentes ritmos, consoante os

estímulos cognitivos e sociais recebidos, atravessariam as mesmas

fases assim as características económicas, sociais ou afectivas seriam

relevantes, sendo que indivíduos nos meios mais desfavorecidos,

poderiam nunca alcançar este estádio.

2. Com o evoluir da idade as aptidões do indivíduo tornam-se mais

específicas podendo não ser abrangidas por um único nível como por

exemplo as operações formais, o mesmo será dizer que o quarto

período poderá não ser caracterizado como um verdadeiro estádio de

desenvolvimento.

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• 3- É considerada por Piaget a mais adequadae é uma combinação das duas anteriores.

• Todos os indivíduos normais atingem oestádio da operações formais, contudopoderão atingi-lo apenas de acordo com assuas aptidões, especialização ou formaçãoprofissional.

• Este terceiro ponto indica-nos que o ensinosecundário promove o desenvolvimento dopensamento operacional formal através dasdisciplinas dadas, como por exemplo ciênciasnaturais, matemática, etc. ou seja, esta formade pensamento necessita de ser estimuladopara ser alcançado.

• Mas também admite a hipótese de quepessoas não alfabetizadas utilizam este tipode pensamento em áreas caracterizadas pelasua cultura, por exemplo os bosquímanos doKalahari utilizam o raciocínio hipotético elógico (portanto formal) tanto para seguir aspistas de alguns animais como paraprocederem à sua captura.

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Nesta fase há um desenvolvimento físico fácil de observar já que empouco tempo a sua transformação será transcendental, isto é a criançaentrará num estágio de crescimento acelerado que a dotara de umaconstituição e configuração adulta.Tendo especial relevância no que se refere ao plano sexualnomeadamente naquilo que diz respeito aos traços primários esecundários, caracterizando assim o indivíduo como mulher ou homem.Do ponto de vista psicológico tais mudanças implicam um período deadaptação que se caracteriza por constantes alterações da auto-estimae da própria coordenação psicomotriz.No âmbito intelectual o desenvolvimento do pensamento formal alcançaas suas quotas mais altas, adquirindo a capacidade de analisar esintetizar a informação, assim como a capacidade de utilizar osmecanismos de indução de dedução nos seus raciocínios.Intelectualmente as operações formais simbolizam o plenodesenvolvimento, já que não só consideram factos reais e concretos(como no estádio anterior, operações concretas) como também semovem sobre noções de acaso e probabilidade, desenvolvendoconceitos complexos de conhecimento, adoptando posições deinteriorização assim como de crítica em relação aos mesmo factos.