Behaviorismo

O termo Behaviorismo foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado “Psicologia: como os behavioristas a vêem” por John Broadus Watson.

Behavior = comportamento;

“Um ramo experimental e puramente objetivo da ciência natural. A sua meta é a previsão e controle do comportamento...”

Segundo Graham (2007), o behaviorismo é uma doutrina que entende a psicologia como ciência do comportamento e não da mente. Nessa perspectiva, o comportamento é explicado sem referência a eventos mentais, pois estes podem ser traduzidos em conceitos comportamentais.

Ivan Pavlov formulou sua teoria do reflexo no início do século XX.

Sua hipótese fundamental tem três aspectos indissociáveis:

os estímulos neutros passam a ser estímulos condicionados. a espécie animal responde aos estímulos do ambiente de forma incondicionada; é possível condicionar a resposta a partir de estímulos neutros, modificando o

comportamento incondicionado;

As principais vertentes do pensamento behaviorista são a corrente Metodológica (Watson) e a Radical (Skinner)

A postulação de Watson decorreu em função dos estudos experimentais sobre o comportamento reflexo efetuados por Ivan Pavlov

Dava à psicologia a consistência que os psicólogos da época vinham buscando, ou seja, a Psicologia tinha um objeto mensurável e observável para estudar e os experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes sujeitos e condições.

Tais possibilidades foram importantes para que a Psicologia alcançasse o status de ciência.

BEHAVIORISMO METODOLÓGICO

• Critica o mentalismo e o método introspectivo.

• Resgata a visão empírica

• Objeto de estudo é o comportamento observável (movimento do corpo) e sua relação com o ambiente. S-R

• Método: Observação e Experimentação

• Evita-se a auto-observação.

BEHAVIORISMO RADICAL

• Condicionamento operante: “voluntário”

• É controlado por suas conseqüências : os estímulos se seguem à resposta.

• É um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação.

• Ex: rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome.

• O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento – um processo que Skinner chamou de modelagem.

MOTIVAÇÃO

Ao administrador interessa que o comportamento obedeça a determinados padrões (por exemplo: qualidade e produtividade) que requerem certa regularidade e previsibilidade.

É uma força, energia ou tensão capaz de desencadear e manter uma ação, canalizando o comportamento para um determinado fim.

Não existe uma unanimidade teórica quanto aos procedimentos ideais, que nos assegurem obter sucesso para motivar as pessoas, daí a diversidade das teorias e abordagens

Teorias da necessidade

Discutem o conteúdo do que efetivamente motiva as pessoas. Partem do princípio que o indivíduo move-se para completar/suprir uma falta ou necessidade.

Necessidades são classificadas de acordo com algumas categorias

Necessidades Primárias

Necessidades fisiológicas:

Referem-se ao conjunto de determinantes biológicos, que são inerentes à nossa sobrevivência.

Exemplo: água, comida, sono, oxigênio, sexo.

A precária satisfação deste nível de necessidade irá comprometer todas as possibilidades de obter gratificação em outros setores da vida.

Necessidades de segurança:

Também refere-se ao conjunto de determinantes que são inerentes à sobrevivência, tal como abrigo, integridade física, etc.

Quando a pessoa vive uma situação crítica, em que esta necessidade não é atendida, poderá impedir que surjam outros tipos de necessidades.

Exemplo: o sentimento de desproteção que a pessoa experimenta, após ter sido vítima de um sequestro.

Necessidades SecundáriaNecessidade social e afetiva:

Diz respeito à capacidade de estabelecer vínculos emocionais com outras pessoas; pertencer a algum grupo; ser valorizado e reconhecido enquanto parte integrante deste grupo.

Segundo Maslow, a privação excessiva em relação a esta necessidade pode ser tão dolorosa quanto a sensação física produzida pela fome.

Necessidades de auto-estima:

Relaciona-se ao desejo de ser competente, de sentir-se capaz de enfrentar o mundo, ter prestígio e status.

A gratificação desta necessidade propicia o desenvolvimento da auto-confiança, da auto-estima.

Necessidade de auto-realização:

Se revela através da busca de aprimoramento do próprio potencial (intelectual, físico e emocional).

Teoria dos dois fatores

A motivação resulta da natureza do trabalho em si.

As necessidades humanas no trabalho dividem-se em 02 categorias: os fatores higiênicos (ou de manutenção) e os fatores motivacionais.

Fatores higiênicos

Os fatores higiênicos são extrínsecos ao indivíduo, ou seja, relacionam-se ao ambiente de trabalho.

Exemplo: salário, benefícios, segurança, relacionamento interpessoal.

Provocam insatisfação quando insuficientes, porém não causam motivação.

Fatores motivacionais

Os fatores motivacionais são intrínsecos ao indivíduo, ou seja, relacionam-se ao trabalho em si.

Exemplo: desafios, crescimento, responsabilidade, etc.

A ausência desses fatores não causa insatisfação, mas desmotivação.

PSICANÁLISEINCONSCIENTE- “Conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”.

Refere-se aos conteúdos reprimidos pela censura interna e que não têm livre acesso aos sistemas consciente e pré-consciente.

Este material reprimido não é esquecido nem perdido, mas não é permitido ser lembrado.

PRÉ-CONSCIENTE- É como se fosse uma parte do Inconsciente que pode tornar-se consciente com facilidade.

As porções da memória que nos são acessíveis.

Ex: lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes, etc.

CONSCIENTE- Pequena parte do psiquismo, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento.

Representa o elo de ligação entre o mundo externo e a subjetividade.

Depende basicamente da função perceptiva para identificar as necessidades internas e as possibilidades objetivas de satisfazê-las.

Principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.

Id -Representa a área instintiva que motiva todo o comportamento humano. É o reservatório de energia de toda a personalidade.

Ego- A parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa.

Superego- Esta última estrutura da personalidade se desenvolve a partir do Ego.

Atua ao nível inconsciente e representa a censura interna que direciona o comportamento humano.

Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, é o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade.

Personalidade - Definimos como o conjunto de características psicológicas singulares que levam à reações relativamente coerentes e contínuas em relação ao ambiente.

Ela é construída com o tempo, resultando em traços individuais que criam uma orientação geral para as situações vivenciadas.

ALGUNS TIPOS DE TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE

Paranóide- Caracteriza-se pela hipersensibilidade nas relações interpessoais. Apresenta-se normalmente com desconfiança, é defensivo e até agressivo. Costuma projetar sua auto-crítica a respeito de suas fraquezas atribuindo aos outros como responsáveis e incompreensivos.

Ciclotímica- Pessoas que vivem de momentos de elação (otimismo, entusiasmo etc) a depressão. No período da elação parece que rompe com censuras e bloqueios tornando-se o idealizador e entusiasta necessário para suas próprias realizações e de outros. Na depressão a censura, os limites aparecem cerceando sua sorte.

Esquizóide- Aparece como fuga às relações íntimas ou competitivas. Não são estáveis ao vínculo afetivo. Não perdem o contato com a realidade, mas são pessoas meio excêntricas e tomam atitudes que parecem devaneios.

Explosiva- É um tipo de personalidade que se manifesta por explosões de raiva. São pessoas instigantes e hipersensíveis a fatos que as coloquem em frente a frustrações, cujas reações são explosivas.

Obssessivo-Compulsiva- São personalidades que se desempenham junto a neurose. Seu traço mais forte é a ordem e a meticulosidade. São perfeccionistas e exageradamente repetitivos em algumas ações pessoais. Detalhistas em suas atividades passam horas organizando sua mesa de trabalho, lavam as mãos frequentemente e ao sair de casa voltam para conferir se desligaram a luz ou o gás.

Histérica- Mostra-se fútil, egocêntrica, emocionalmente instável e afetivamente superficial.

Astênica- É um tipo de personalidade que não apresenta muita energia, mostra-se com baixa motivação e entusiasmo. Susceptível ao estresse físico e emocional mais que outras pessoas.

Antissocial- Tem conduta que lhe trás sérios e repetidos conflitos como a sociedade. Não se adapta a normas sociais e organização de grupo e conduta adequada nas relações cotidianas.

Passivo-Agressiva- Personalidades que se manifestam com uma agressividade deslocada para outros comportamentos, como por exemplo, a teimosia. Dificultam as coisas criando obstáculos para suas realizações ou evoluções. Não agridem, porém mostram-se receosos e de “mal” com as pessoas ou instituições com as quais não conseguiram expor sua indignação.

Passivo-Dependente- São pessoas que se caracterizam por mostrarem-se desamparadas e fragilizadas. Manipulam os outros de maneira que estabelecem suas interações deixando ao outro o lugar de forte e definidor das ações enquanto usufruem a segurança e benefícios.

Inadequada -São pessoas incapazes de enfrentar as vicissitudes da vida. São imaturas, não despendem muita energia física e social.