12
Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC Ano 29 - nº 261 - São Paulo/SP - Julho/15 www.sindicomis.com.br CONSELHO DE SERVIÇOS FEZ UM BALANÇO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 aroldo Piccina, presidente do Conselho de Serviços da FECO- MERCIO SP e do SINDICOMIS/ACTC, abriu a última reunião do semestre fa- lando sobre a desaceleração do setor de serviços, reforçando que a tendência é de queda real no faturamento. O Ín- dice de Confiança dos empresários do setor de Serviços (Brasil) atingiu 83,8 pontos em maio de 2015, queda de 22,1% na comparação com o mesmo mês de 2014. Para Piccina, “O cenário não mudou de maio para junho. O governo aprovou o ajuste fiscal, não aquele que queria, mas o possível. A avaliação do governo, segundo pesquisa encomendada pelo Palácio do Planalto, continua sofrível. Somente 8% dos brasileiros o conside- ram bom ou ótimo. O desemprego se aprofunda, a economia patina, as tarifas públicas ainda têm ajustes represados para serem repassados. Não é um fu- turo promissor para nós brasileiros”. José Carlos Larocca, vice-presidente do Conselho, concordou com Piccina, afirmando que o momento político e econômico é muito delicado. As contas do Governo, analisadas pelo TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento. Vale lembrar que o PT gosta de espezinhar o seu “aliado” PMDB. Se a reprovação ocor- rer será um fato inédito e motivará o Ministério Público a oferecer denúncia contra a Presidente por crime de res- ponsabilidade, que poderá levar à sua cassação. Paralelamente a esta situação exis- tem projetos importantes tramitando no Congresso Nacional, como o PL H Panorama político e Ajuste Fiscal foram os principais temas debatidos até agora reais nulos ou inferiores aos conquis- tados em 2014. A receita no setor de serviços vem cain- do: em 2013 foi de 4,6%; e em 2014 foi de -0,2%. A decisão de um acordo baseado na inflação mais ganho real, diante dessa realidade econômica do setor, coloca em risco a subsistência das empresas e de seus respectivos postos de trabalho, principalmente as micro e pequenas empresas, pois o custo da mão de obra é muito significativo. Fica aí o alerta, disse Haroldo Piccina. A Assessoria Jurídica da FECOMERCIO SP apresentou aos Conselheiros o De- creto nº 8.441/2015, que dispõe sobre as restrições ao exercício de atividades profissionais aplicáveis aos representan- tes dos contribuintes no CARF. Este órgão colegiado judicante, que integra a estrutura do Ministério da Fa- zenda, é constituído paritariamente por representantes da Fazenda Nacional e dos contribuintes. Agora, com este novo Decreto, o número de conselhei- ros foi reduzido de 216 para 120. Os conselheiros deverão ter dedicação exclusiva e, para tanto, receberão um salário de R$11,3 mil mensais. O man- dato será de dois anos e é vedado o exercício da advocacia contra a Fazen- da Pública Federal. A FECOMERCIO SP encaminhou várias sugestões, que infelizmente não foram aceitas. A Assessoria Jurídica citou também a decisão do STJ sobre o ISS, que deve ser incluído na base de cálculo do PIS e da COFINS. A decisão do STJ evitou um grande impacto aos cofres públicos que tiveram queda na arrecadação anu- al de R$750 milhões. Apesar do ISS per - tencer ao município, ele integra o preço do bem ou serviço, sendo uma receita tributável pelo PIS e pela COFINS. Haroldo Piccina (esq.) e José Carlos Larroca presidiram a reunião do Conselho de Serviços 4330/04, na Câmara, e o PLC 30/15, no Senado (Terceirização). O PL 4330 foi aprovado na Câmara com modifi- cações. O PL está no Senado, onde poderá sofrer alterações para resgatar sua configuração original. A FECO- MERCIO SP encaminhou, por meio de seus sindicatos, ofícios aos deputados eleitos por São Paulo, apoiando o pro- jeto original. Outro assunto importante, trazido pela Assessoria Econômica da Federação, refere-se aos Acordos Salariais para este ano de 2015. A inflação até maio de 2015 está em 8,34% e, segundo o Banco Central, a projeção para os pró- ximos três meses é: 8,75% em junho, 8,80% em julho e 9,04% em agosto. Os Sindicatos devem ficar atentos quando sentarem nas mesas de nego- ciações. De acordo com a FECOMER- CIO SP, as negociações fechadas no primeiro trimestre deste ano, em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tiveram, na sua maioria, ganhos

Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC

Ano 29 - nº 261 - São Paulo/SP - Julho/15

w w w. s i n d i c o m i s . c o m . b r

CONSELHO DE SERVIÇOS FEZ UM BALANÇO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015

aroldo Piccina, presidente do Conselho de Serviços da FECO-

MERCIO SP e do SINDICOMIS/ACTC, abriu a última reunião do semestre fa-lando sobre a desaceleração do setor de serviços, reforçando que a tendência é de queda real no faturamento. O Ín-dice de Confiança dos empresários do setor de Serviços (Brasil) atingiu 83,8 pontos em maio de 2015, queda de 22,1% na comparação com o mesmo mês de 2014.

Para Piccina, “O cenário não mudou de maio para junho. O governo aprovou o ajuste fiscal, não aquele que queria, mas o possível. A avaliação do governo, segundo pesquisa encomendada pelo Palácio do Planalto, continua sofrível. Somente 8% dos brasileiros o conside-ram bom ou ótimo. O desemprego se aprofunda, a economia patina, as tarifas públicas ainda têm ajustes represados para serem repassados. Não é um fu-turo promissor para nós brasileiros”. José Carlos Larocca, vice-presidente do Conselho, concordou com Piccina, afirmando que o momento político e econômico é muito delicado.

As contas do Governo, analisadas pelo TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento. Vale lembrar que o PT gosta de espezinhar o seu “aliado” PMDB. Se a reprovação ocor-rer será um fato inédito e motivará o Ministério Público a oferecer denúncia contra a Presidente por crime de res-ponsabilidade, que poderá levar à sua cassação.

Paralelamente a esta situação exis-tem projetos importantes tramitando no Congresso Nacional, como o PL

HPanorama político e Ajuste Fiscal foram os principais temas debatidos até agora

reais nulos ou inferiores aos conquis-tados em 2014.

A receita no setor de serviços vem cain-do: em 2013 foi de 4,6%; e em 2014 foi de -0,2%. A decisão de um acordo baseado na inflação mais ganho real, diante dessa realidade econômica do setor, coloca em risco a subsistência das empresas e de seus respectivos postos de trabalho, principalmente as micro e pequenas empresas, pois o custo da mão de obra é muito significativo. Fica aí o alerta, disse Haroldo Piccina.

A Assessoria Jurídica da FECOMERCIO SP apresentou aos Conselheiros o De-creto nº 8.441/2015, que dispõe sobre as restrições ao exercício de atividades profissionais aplicáveis aos representan-tes dos contribuintes no CARF.

Este órgão colegiado judicante, que integra a estrutura do Ministério da Fa-zenda, é constituído paritariamente por representantes da Fazenda Nacional e dos contribuintes. Agora, com este novo Decreto, o número de conselhei-ros foi reduzido de 216 para 120. Os conselheiros deverão ter dedicação exclusiva e, para tanto, receberão um salário de R$11,3 mil mensais. O man-dato será de dois anos e é vedado o exercício da advocacia contra a Fazen-da Pública Federal. A FECOMERCIO SP encaminhou várias sugestões, que infelizmente não foram aceitas.

A Assessoria Jurídica citou também a decisão do STJ sobre o ISS, que deve ser incluído na base de cálculo do PIS e da COFINS. A decisão do STJ evitou um grande impacto aos cofres públicos que tiveram queda na arrecadação anu-al de R$750 milhões. Apesar do ISS per-tencer ao município, ele integra o preço do bem ou serviço, sendo uma receita tributável pelo PIS e pela COFINS.

Haroldo Piccina (esq.) e José Carlos Larroca presidiram a reunião do Conselho de Serviços

4330/04, na Câmara, e o PLC 30/15, no Senado (Terceirização). O PL 4330 foi aprovado na Câmara com modifi-cações. O PL está no Senado, onde poderá sofrer alterações para resgatar sua configuração original. A FECO-MERCIO SP encaminhou, por meio de seus sindicatos, ofícios aos deputados eleitos por São Paulo, apoiando o pro-jeto original.

Outro assunto importante, trazido pela Assessoria Econômica da Federação, refere-se aos Acordos Salariais para este ano de 2015. A inflação até maio de 2015 está em 8,34% e, segundo o Banco Central, a projeção para os pró-ximos três meses é: 8,75% em junho, 8,80% em julho e 9,04% em agosto.

Os Sindicatos devem ficar atentos quando sentarem nas mesas de nego-ciações. De acordo com a FECOMER-CIO SP, as negociações fechadas no primeiro trimestre deste ano, em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tiveram, na sua maioria, ganhos

Page 2: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Palavra do PresidentePalavra do Presidente

Insegurança geral

As luzes vermelhas de alerta estão se acendendo em todos os lugares, reve-

lando que os indicadores econômicos são os piores possíveis. A crise parece vir mais forte do que esperávamos, as atitudes do governo fazem crer que não teremos boas notícias já neste ano.

A inflação, pivô da crise, ainda está em alta e só deve estacionar no final do ano, com possível queda no início de 2016. Como ela é termômetro, nada deve acontecer de positivo na economia até que ela ceda de forma sus-tentável. Já conhecemos este problema de longa data, mas desta vez a guerra vai fazer muitas vítimas.

O setor de serviços, por exemplo, vem per-dendo força desde 2013, quando recuou a 4,6%, tendência confirmada pelo resultado negativo (–0,2%) em 2014, e que deve ter resultados piores neste ano. Esta realidade afeta todo o setor, mas a situação crítica é a das micro e pequenas empresas, que estão se endividando de forma perigosa. Quando a queda do setor de serviços é tão acentuada, ela revela que não há dinheiro no mercado, ou seja, o combate à inflação é efetivo, mas exagerado.

No nosso setor de comércio exterior, o go-verno ao menos lançou um programa de incentivo, o Plano Nacional de Exportação. Também já conhecemos este tipo de plano, seu formato, suas intenções e sabemos em quais gavetas ele irá parar, dentro do próprio governo. Um dos cinco pilares do Plano é a desburocratização dos procedimentos adu-aneiros, mas não foram colocadas metas ou expectativas de resultados, o que significa que, em termos de Receita Federal, nada vai mudar. Só por aí, o plano já está com-prometido.

Também foram lançados os leilões de con-cessões, boa parte delas voltadas à melhoria da infraestrutura logística, com investimentos anunciados em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. Porém, os números anunciados não fecham, não são coerentes, como a previsão de recursos privados de R$ 37,4 bilhões para os portos, de acordo com a Secretaria dos Portos. Nesta edição do SINDICOMIS ACON-TECE há matéria sobre o assunto, onde estão os valores desejados pelo governo.

Outra frustração para os empresários é a apro-vação da PL 863/2015, a PL da Desoneração Fiscal, pela Câmara dos Deputados. Com esta aprovação devem aumentar impostos e taxas, o que levará ao desemprego e quebradeira. Quando a desoneração foi proposta pelo governo, os setores econômicos acreditaram ser o início de uma reforma fiscal mais justa, na qual a perda de arrecadação seria suprida por outros meios. Agora, o governo mostra que não se preparou para esta substituição, retirando totalmente o apoio que a desone-ração representa para as empresas.

Sabemos que a inflação deve ser controlada, porém não podemos arcar novamente com todos os custos deste controle. O governo precisa cortar gastos, ou não teremos resul-tados a médio prazo. O pior é que há muito o que cortar, sem prejudicar o funcionamento da máquina, mas as reduções não são feitas por questões políticas, aliás basicamente as mesmas que levaram o País a esta situação.

O cenário é terrível, mas temos que continuar acreditando em nossa capacidade de reação, mesmo diante de uma conjuntura tão compli-cada. Já saímos de situações parecidas antes, o problema é que nossa paciência com os po-líticos que gerem o Brasil vai acabando e logo não teremos mais como acreditar no País.

Presidente: Haroldo Silveira Piccina; Vice-Presidente: Luiz Antonio Silva Ramos; Diretoria: Laércio Anjos Fernandes, Regynaldo Mollica, Sérgio Ricardo Giraldo; Secretário Geral: José Emygdio Costa; Suplentes: Milton Lourenço Dias Filho; Diretoria: Antonio Cloves Ferreira Franco, Fernando Manuel Ferreira Gomes Dos Reis, Ricardo Messias Sapag, Marco Antonio Guerra, Nelson Masaaki Yamamoto; Conselho Fiscal: Darcy Franzese, André Gobersztejn, Francisco Catharino Uceda; Suplentes: Paulo Alexandre Balsas Ferreira; Conselho Fiscal: Reinaldo Braz Postigo; Representantes Junto Á Fecomércio: 1º Delegado Efetivo: Haroldo Silveira Piccina, 2º Delegado Efetivo: Luiz Antonio Silva Ramos; 1º Delegado Suplente: Regynaldo Mollica, 2º Delegado Suplente: José Emygdio Costa. SINDICOMIS ACONTECE: Publicação Mensal Órgão do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo e da Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Carga Aérea, Comissárias de Despachos e Operadores Intermodais. Sede: Rua Avanhandava, 126, 6º andar - Conj. 60 e 61 - Bela Vista - São Paulo - CEP 01306-901 - Tel.: (11) 3255-2599 / Fax: (11) 3255-2310. Internet: www.sindicomis.com.br - e-mail: [email protected]. Jornalista Responsável Álvaro C. Prado - MTb nº 26.269. Reportagens Álvaro C. Prado. Revisão Gisele E. Prado. Projeto Gráfico Salve! Design & Media Tel/fax.: (11) 6601-7868. Impressão Artgraphic. As opiniões expressas nos artigos dos articulistas convidados podem não coincidir com as opiniões do SINDICOMIS/ACTC.

Julho/152

Page 3: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/15 3

Notícia do sindicatoNotícia do sindicato

AEB lança Encontro Nacional de Comércio Exterior

lançamento oficial do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Ena-

ex 2015), promovido pela As-sociação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), foi oficializado em 18 de junho, na Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), com a presença do secretário de Comércio e Serviços do Ministé-rio do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior (MDIC), Marcelo Maia Tavares de Araújo.

O Enaex 2015 será realizado no Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20 de agosto, no Centro de Convenções Sul América, tendo como tema central a competiti-vidade das empresas brasileiras no mercado internacional, infor-mou Fábio Faria, vice-presidente da AEB. Na ocasião, será lança-do livro comemorativo dos 45 anos da Associação.

O secretário de Comércio e Ser-viços do MDIC abordou a forma-ção da agenda de competitivi-dade para o mercado externo, que tem o objetivo de impulsio-nar a exportação de serviços e a

O

internacionalização das empre-sas do setor. O secretário cha-mou a atenção para a importân-cia da criação de medidas que estejam em consonância com o Plano Nacional de Exportação, que foi lançado pelo governo federal. “Além da necessidade de entender as demandas do setor, esse levantamento tam-bém é fundamental para criar-mos uma estratégia eficaz que seja atrelada ao plano”, afirmou Marcelo. O presidente da AEB, José Augusto de Castro, tam-bém destacou a importância do Plano Nacional de Exportação.

AEB lançou o Enaex 2015, que ocorrerá em agosto, no Rio de Janeiro (Foto: CNC)

De acordo com o secretário do MDIC, várias entidades apresen-taram propostas para a agenda de alavancagem de comércio e serviços, destacando-se a Con-federação Nacional do Comér-cio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Brasileira de Consultores de En-genharia (ABCE) e a Associação Brasileira de Empresas de Tec-nologia da Informação e Comu-nicação (Brasscom).

Fonte: CNC

Page 4: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/154

Notícias FecomercioNotícias Fecomercio

Fecomerciosp solicita ao governo prorrogação do prazo de vigência do

Decreto 8.426, de 01/04/2015Conselho de Serviços da FECOMERCIOSP, presidido por Haroldo Piccina, Presidente do SINDICOMIS/ACTC, discutiu sobre o Decreto nº 8.426, que “Restabeleceu a alíquota da Contribuição para o PIS/PASEP e do COFINS

incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas sujeitas ao regime de apuração não cumulativas das referidas contribuições.” O Decreto entra em vigor a partir de 1º de julho.

Os conselheiros solicitaram ao Presidente, Haroldo Piccina, que ele manifestasse junto ã Federação a preocupação dos empresários em relação aos procedimentos de registro de tais operações dessas receitas e também o Programa do Sistema de Escrituração Digital – SPED Fiscal. Além disso, o prazo para vigência deste Decreto, que é a partir de 1º de julho, é muito curto para a adaptação das empresas.

Haroldo Piccina acatou a solicitação e levou o pedido para o Presidente do Conselho de Assuntos Tributários da Fecomércio, Marcio Olívio Fernandes da Costa, que imediatamente oficiou ao Ministro da Fazenda, Joaquim Vieira Ferreira Levy.

Neste ofício, o Conselho de Assuntos Tributários explicou as dúvidas levantadas pelo setor, principalmente nas áreas contábil e fiscal e solicitou a prorrogação da vigência do referido Decreto.

Confira a integra do ofício em nosso site: http://www.sindicomis.com.br/OFICIO%20.pdf.

O

Page 5: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/15 5

Notícias dos associadosNotícias dos associados

Ministério do Trabalho e Emprego publicou em 25 de junho, a Resolução nº 1, de 24 de junho de 2015, dis-pondo sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).

O programa consiste em um sistema eletrônico que obrigará todos os empregadores (pessoas jurídicas e físicas) a prestar informações tributárias, trabalhistas, previdenciárias e de folha de pagamento ao governo federal.

De acordo com o Comitê Diretivo do eSocial, o uso do sistema será obrigatório a partir de setembro de 2016, va-lendo, no entanto, para empregadores que registraram em 2014 faturamento superior a R$ 78 milhões. “A exceção a essa regra diz respeito à prestação de informação referente a tabelas de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento das saúde do trabalhador e condições ambientais de trabalho, que somente ocorrerá a partir de janeiro de 2017”, informa Guilherme Brandão, advogado da Divisão Sindical da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A contar de janeiro de 2017, haverá necessidade de prestação dessas mesmas informações aos demais obrigados ao eSocial (empregadores com faturamento inferior a R$ 78 milhões), com exceção também da prestação de informação referente a tabelas de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho, que ocorrerá a partir de julho de 2017. O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, ao Microempreendedor Individual (MEI) com empregado, ao empregador doméstico, ao segurado especial e ao pequeno produtor rural pessoa física será definido em atos específicos. “Caberá, assim, aos órgãos e entidades integrantes do comitê gestor do eSocial a regulamentação, no âmbito de suas competências, do disposto no referido texto, de acordo com o Artigo 2º da Resolução”, complementa Brandão.

Crédito: Ascom/CNC

envio do esocial será obrigatório em 2016

O

Page 6: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/156

Governo anunciou Plano Nacional de Exportações

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicato

governo federal anunciou, em 24 de junho, o Plano Nacional

de Exportações, que conta com cin-co pilares para estimular as vendas externas de produtos brasileiros.

O objetivo do plano é incentivar, facilitar e aumentar as exportações brasileiras.

De acordo com o Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, enquanto o Brasil possui a sétima maior economia do mundo, ocupa a 25ª posição no ranking de países exportadores.

Os chamados pilares do plano de exportações são: acesso a mercados; promoção comercial; facilitação do comércio; financiamento e garantia às exportações; e aperfeiçoamento de mecanismos e regime tributários para o apoio às exportações.

Dados do MDIC mostram que, no Brics, o Brasil foi o país em 2013 com o menor percentual de exportações em relação ao PIB, com 27,6%, enquanto a África do Sul registrou 64,2%; a Índia, 53,3%; a Rússia, 50,9%; e a China, 50,2%.

Segundo o ministro do Desenvolvi-mento, Armando Monteiro Neto, o plano de exportações começa a ter impacto nas vendas externas já no segundo semestre deste ano, mas acrescentou que “os resultados se farão sentir de maneira mais efetiva no próximo ano”.

“Resta a evidente oportunidade de se lançar uma iniciativa consubstan-ciada em um plano nacional. O mer-cado internacional nos oferece mais oportunidades do que riscos e te-mos espaço para ocupar. Há um PIB

equivalente a 32 Brasis além das nos-sas fronteiras. Por outro lado, 97% dos consumidores do planeta estão lá fora”, declarou Monteiro Neto.

Segundo ele, o comércio internacio-nal está distribuído em todas as re-giões do globo. “Há oportunidades para produtos e serviços brasileiros em cada uma das regiões. O Bra-sil deve se integrar, especialmente às regiões com maior dinamismo”, acrescentou.

Pilares do Plano de exPortações

Segundo o Ministério do Desenvolvi-mento, o “acesso a mercados” prevê que a política comercial seja focada na ampliação de mercados, por meio da remoção de barreiras e maior in-tegração do Brasil em negociações sobre tarifários. No caso da “promo-ção comercial”, o governo diz ter identificado 32 mercados prioritários para os produtos brasileiros. Esse mapa será utilizado para o Brasil ela-borar as estratégias de exportação.A “facilitação do comércio”, infor-mou o MDIC, define como estratégia a desburocratização, simplificação e aperfeiçoamento dos processos

O

aduaneiros com o objetivo de reduzir prazos e custos.

O plano prevê a eliminação com-pleta do papel nos controles admi-nistrativos e aduaneiros em 2015 e o “redesenho” de todos os proces-sos de exportação e importação até 2017. Há ainda a meta de reduzir os prazos de exportação de 13 para 8 dias e de importação de 17 para 10 dias, também até 2017.

De acordo com o governo, o item “financiamento e garantia às expor-tações” prevê o aperfeiçoamento dos atuais modelos de financiamen-to, o Programa de Financiamento às Exporações (Proex), o BNDES-Exim e o Seguro de Crédito à exportação.

O governo diz que haverá aumento da dotação orçamentária do Proex--Equalização (equalização de taxas de juros) em cerca de 30% neste ano, em relação a 2014, e atendimento de toda a demanda prevista para 2015.

“Quero ainda dizer que o ministro Levy e a equipe da Fazenda, traba-lhamos juntos para o aproveitamen-to integral da dotação sem contin-

A Presidente Dilma Rousseff esteve presente na cerimônia que anunciou o Plano Nacional de Exportação

Entre os 5 pilares estão a ampliação de mercados e a desburocratização para reduzir a queda nas exportações registradas nos últimos 3 anos,

que deve continuar em 2015

Page 7: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/15 7

Notícias do SindicatoNotícias do Sindicatogenciamento. Temos o compromisso de assegurar o crescimento da do-tação e garantir o aproveitamento integral”, declarou Armando Mon-teiro Neto.

Além disso, no caso do BNDES--Exim, está previsto o aumento de recursos na linha “pós-embarque” de US$ 2 bilhões para US$ 2,9 bi-lhões e ampliação do acesso da linha pré-embarque.

O governo também anunciou o que o seguro de crédito para exportação será simplificado e que haverá redu-ção de prazo para caracterização do sinistro. De acordo com Monteiro Neto, serão ampliados os setores do seguro-performance. No caso do Fundo de Garantia às Exportações (FGE), o plano prevê a ampliação, em US$ 15 bilhões, o limite para aprovação de novas operações.

O último “pilar” do plano, “aperfei-çoamento de mecanismos e regimes tributários”, determina ao governo que busque simplificar o atual siste-

ma tributário relacionado ao comér-cio exterior, “inclusive por meio de redução da acumulação de créditos tributários”.

O ministro do Desenvolvimento disse ainda que o governo quer reformar o PIS e a Contribuição para Financiamento da Segurida-de Social (Cofins), com um novo formato já em 2016, de modo a introduzir um “crédito financeiro”. Segundo ele, isso vai tornar o pro-cesso de crédito “muito mais fácil”, de forma que as empresas possam compensar esses valroes de “forma mais automática” nos processos, sobretudo aquelas que têm “par-cela expressiva” do faturamento voltado para a exportação.

exPortações recuam há 3 anos consecutivos

Em 2014, as exportações brasileiras somaram US$ 225 bilhões, com mé-dia diária de US$ 889 milhões. Com isso, atingiram, pela média por dias úteis (conceito de comparação con-

siderado mais adequado por eco-nomistas) o menor patamar desde 2010 - quando totalizaram US$ 201,9 bilhões, ou 804 milhões por dia útil.

De acordo com números oficiais, as vendas externas brasileiras, em seu valor total, recuam há três anos con-secutivos, ou seja, desde 2012, e a expectativa é de que voltem a apre-sentar nova queda em 2015. Para este ano, a previsão do Banco Cen-tral é de que as exportações somem US$ 200 bilhões.

A expectativa dos economistas do mercado financeiro, porém, é de que as exportações voltem a crescer a partir de 2016. A previsão, segun-do pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 bancos na semana passada, é de que as ex-portações brasileiras avancem para US$ 215,8 bilhões em 2016, para US$ 230 bilhões em 2017 e para US$ 252,4 bilhões em 2018.

Alexandro Martello e Filipe Matoso do G1, em Brasília (FACEBOOK).

Page 8: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/158

Notícias do sindicatoNotícias do sindicato

D arcy Franzese, Coordena-dor da Câmara Setorial dos Agentes de Carga da Asso-

ciação Comercial de Santos e Diretor do SINDICOMIS/ACTC, agradeceu a presença dos representantes de mais de 40 empresas que compareceram à 7ª reunião da Câmara, realizada no dia 17de junho.

O destaque da reunião foi a presen-ça de Daniel Rocha, Chefe do Servi-ço de Vigilância Sanitária do Porto do Santos, que aceitou convite da Câmara para falar aos empresários e debater as relações da categoria com o Sistema de Vigilância Agrope-cuária Internacional (Vigiagro); e com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Também fo-ram explicadas as funcionalidades do Sistema de Informações Gerenciais do Trânsito Internacional de Produtos e Insumos Agropecuários (SIGVIG), seus benefícios e limitações.

Daniel Rocha iniciou discorrendo so-bre a atividade do Vigiagro no Por-to de Santos e sua abrangência no controle de madeiras utilizadas nas embalagens e no suporte de merca-dorias na importação e exportação.

Com a implantação do SIGVIG, de-senvolvido pelo Mapa, que é um sis-tema de controle e administração do Vigiagro, Rocha afirmou que está se conseguindo uma visão mais real e ampliada das ocorrências resultan-tes das vistorias realizadas, principal-mente em mercadorias embarcadas em contêineres.

Rocha destacou o empenho da Vi-gilância Sanitária no Porto de San-

câmara setorial dos Agentes de carga recebeu chefe do serviço de vigilância

sanitária do porto de santosDaniel Rocha explicou aos empresários da Câmara como funciona o

SIGVIG e os benefícios do sistema

tos na questão das embalagens de mercadorias provenientes de outros países, que apresentam riscos de propagação de pragas que se alojam em madeiras, o que poderia resul-tar em prejuízo nas matas e florestas locais, causando alto dano ao meio ambiente. Esta preocupação levou o Vigiagro de Santos a adotar um novo proce-dimento, passando a vistoriar madei-ras de outras origens. O resultado foi mais adequado e eficaz, vistoriando por um processo de amostragem di-recionada, considerando o histórico de origens e o CNPJ dos consignatá-rios do conhecimento master, nos ca-sos de consolidação. Este segundo critério (CNPJ), conforme opiniões dos participantes, é muito discutí-vel, uma vez que transfere ao agente

consolidador uma responsabilidade que não seria sua.

Como esse assunto é discutível, os participantes e a coordenação do Comitê decidiram constituir um grupo de estudos com a participa-ção do Vigiagro, que teria como objetivo apresentar soluções para modificação e atualização dos pro-cedimentos.

Daniel Rocha propôs a criação de um estudo de viabilidade para desenvol-vimento de um sistema informatiza-do local, para a melhor adequação às realidades do Porto de Santos. O Grupo se reunirá antes da pró-xima reunião da Câmara que será realizada no mês de julho, quando apresentarão os primeiros resultados ou propostas aprovadas.

Daniel Rocha (esq.), Chefe da

Vigilância Sanitária do Porto de Santos,

foi recebido por Darcy Franzese na

Câmara Setorial dos Agentes de Carga

Mais de 40 empresas enviaram representantes à reunião da Câmara

Page 9: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/15 9

Notícias do sindicatoNotícias do sindicato

ministro-chefe da Secreta-ria de Portos da Presidência, Edinho Araújo, detalhou em

23 de junho como o governo federal planeja aplicar os R$ 37,4 bilhões previstos na nova fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), que foi anunciada no início de junho pela Presidência da República.

Em audiência na Comissão de Via-ção e Transportes da Câmara dos Deputados, Araújo destacou que o novo marco legal do setor (Lei dos Portos - 12.815/13), que teve origem na Medida Provisória 595/12, criou mecanismos para uma maior parti-cipação de investimentos privados no setor, estimulando o interesse de empresários pelo mercado de movi-mentação de cargas.

Um dos mecanismos autoriza ter-minais portuários privados, os cha-mados TUPs, que operam fora dos portos públicos, a movimentarem não apenas carga do grupo econô-mico a que pertencem, mas também carga de terceiros.

Segundo o ministro, os R$ 37,4 bi-lhões que virão da iniciativa privada serão destinados a 63 novos termi-nais de uso privado (TUPs) [R$ 14,7 bilhões], 50 novos arrendamentos de

empresas investirão em 63 novos terminais portuários privados

Em audiência na Câmara, ministro da Secretaria de Portos diz que total de recursos privados para o setor chegará a R$ 37,4 bilhões

O

terminais dentro dos portos públicos [R$11,9 bilhões] e ainda a 24 renova-ções de arrendamentos já existentes [R$ 10,8 bilhões].

“Temos já construídos 16 TUPs, com investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão. Outros 20 TUPs já estão au-torizados, com investimentos estima-dos em R$ 6,9 bilhões”, disse Araújo, durante a reunião proposta pelos de-putados Milton Monti (PR-SP), Claris-sa Garotinho (PR-RJ) e Alexandre Val-le (PRP-RJ) para debater a situação atual do setor portuário brasileiro.

“É um momento de crescimento. O setor portuário está aquecido. Há mui-to interesse do setor privado e essa parceria é fundamental”, disse Edinho

Araújo, reconhecendo ainda a neces-sidade de reduzir a burocracia para facilitar a realização dos investimentos.

De acordo com a nova legislação, para operar um TUP, o interessado depende apenas de autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Portos Públicos

No caso de arrendamentos de novos terminais dentro dos portos públi-cos, que são submetidos a processo licitatório, Araújo disse que o primei-ro bloco de editais deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Nessa fase, já autorizada pelo Tribu-nal de Contas da União (TCU), foram aprovados 29 novos terminais, 9 em Santos e 20 no Pará, com investi-mentos da ordem de R$ 4,7 bilhões.A licitação do primeiro bloco deveria ter ocorrido no ano passado, mas o TCU estabeleceu 19 condições para autorizar o processo e o governo atendeu 15 dessas recomendações, recorrendo contra as demais. Para o segundo bloco, serão 21 termi-nais, com investimentos em R$ 7,2 bilhões. Ao todo, o governo quer licitar 159 áreas em quatro blocos.

Fonte: Câmara Federal

Ministro Edinho Araújo detalhou como serão aplicados os recursos do governo federal (Foto: Luiz Alves/Câmara dos Deputados)

Page 10: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/1510

Fecomercio sp pede alterações no projeto de lei da terceirização

m tramitação até abril deste ano na Câmara dos Depu-tados, o Projeto de Lei da

Terceirização, o PL nº 4330/2004, de autoria do deputado federal San-dro Mabel (PL/GO), foi aprovado e seguiu para apreciação do Senado.

O texto propõe a regulamentação completa da terceirização das ativi-dades das empresas.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FECOMERCIO SP), que acom-panha há mais de 10 anos o anda-mento do projeto, sempre foi favorá-vel à regulamentação da terceirização e apoiava a proposta original do de-putado Sandro Mabel. No entanto, ao passar pela Câmara dos Deputados, o PL foi alterado pelas emendas que lhe conferiram nova redação, o que descaracterizou seu objetivo primor-dial de garantir a segurança e a via-bilidade da relação contratual entre empregadores e empregados.

Por acreditar que o texto atual apre-senta muitos pontos obscuros, su-jeitos a interpretações variadas, a Federação elencou cinco sugestões de alteração no texto do projeto aprovado pela Câmara e as encami-nhou ao Senado por meio de ofício assinado pelo presidente Abram Sza-jman. São elas:

terceirização de Parcela da atividade

Um dos pontos é a possibilidade de a tomadora do serviço poder tercei-rizar somente “uma parcela da ati-vidade”. A terceirização de parcela da atividade da empresa devolverá ao Judiciário a decisão sobre a ma-téria. Tal limitação será questionada,

E

Notícia FecomercioNotícia Fecomercio

já que não há definição do termo, tornando a regulamentação incerta e insegura.

cotas de deficientes

O texto inclui, na forma de desta-que, a extensão da lei de cotas de deficientes para a totalidade dos empregados de uma determinada empresa, independentemente de serem terceirizados ou não. A Enti-dade acredita que tal medida irá in-viabilizar o contrato de terceirização, uma vez que a oferta de candidatos no mercado não atende sequer à atual Lei de Cotas em vigor.

resPonsabilidade solidária

A emenda aprovada no Plenário da Câmara transformou a responsabili-dade da contratante em relação às obrigações trabalhistas e previdenci-árias de subsidiária para solidária. A redação final aprovada prevê, ainda, que na hipótese de subcontratação de parcela específica da execu-ção do serviço objeto do contrato, aplica-se a regra da solidariedade cumulativamente à contratante no contrato principal e àquela que sub-contratou os serviços. Dessa manei-ra, a responsabilidade da empresa contratante será sempre solidária, pois quando uma demanda chega ao Judiciário, subentende-se que houve inobservância de cláusulas contratuais ou de garantias do em-pregado, trazendo maior responsa-bilidade à empresa contratante, que deverá refletir sobre tal encargo ao optar pela terceirização.

Prestação de garantia

As prestações de garantias dispostas no artigo quinto do texto do proje-

to de lei - que inclui a possibilidade de retenção, em conta específica, das verbas necessárias ao adimple-mento das obrigações trabalhistas - tornará o contrato de terceirização desinteressante, pois irá onerar tanto a contratante (com a burocracia de recolhimentos que hoje ela não rea-liza) como a contratada (que sofrerá redução no valor da fatura), sendo mais uma medida que irá inviabilizar e desestimular a contratação.

resPonsabilidades tributárias

A responsabilidade tributária que atri-bui ao tomador de serviço a obriga-ção de reter e recolher tributos agrega uma obrigação acessória que implica custo adicional para a empresa con-tratante, já que demandará a criação de uma estrutura específica para o seu acompanhamento e para satisfa-zer as exigências legais apresentadas. As obrigações acessórias trabalhistas e tributárias e as demais responsa-bilizações direcionadas às empresas contratantes, criadas pelo Projeto de Lei de Terceirização aprovado na Câmara dos Deputados, irá gerar ta-manho custo e entrave que inibirá o desenvolvimento dessa atividade.

A FECOMERCIO SP reconhece as relevâncias econômica e social exer-cidas pelas atividades terceirizadas no Brasil, que hoje emprega mais de 10 milhões de trabalhadores formais, mas entende que a regulamentação pretendida pelo texto aprovado na Câmara, além de inibir a criação de vagas formais de emprego, ainda colocará em risco os postos de traba-lho atuais, o que prejudicará o setor produtivo e o trabalhador.

Fonte: FECOMERCIO SP

PL nº 4330/2004 foi aprovado na Câmara dos Deputados e seguiu para apreciação do Senado

Page 11: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/15 11

Page 12: Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC CONSELHO …sindicomis.com.br/261(site).pdf · TCU, têm tudo para ser rejeitadas e, mais uma vez, o Governo depende do PMDB neste julgamento

Julho/1512

FECOMERCIO SP expõe pontos cruciais do Projeto de Lei Parlamentar que altera o Simples Nacional

omo um dos principais agentes na defesa do pro-jeto de alteração e do tratamento diferenciado previsto para as empresas enquadradas no Simples

Nacional, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FECOMERCIO SP) apre-sentou, por meio de ofício, propostas de aperfeiçoamento ao Projeto de Lei Parlamentar (PLP) n° 448 de 2014 para serem analisadas no âmbito das discussões da Câmara dos Deputados.

A Federação reconhece o avanço legislativo com a entrada em vigor da Lei Complementar (LC) nº 147 em agosto do ano passado, que estabeleceu a inclusão de 140 atividades econômicas classificadas como microempresas e empresas de pequeno porte no Simples Nacional, ampliando o rol para atividades antes não permitidas e a simplificação dos processos de abertura, registro, alteração e de encerramen-to para as empresas.

Contudo, para que os pequenos negócios não sofram com uma nova desatualização de valores, a Entidade defende a atualização automática e anual das faixas de faturamento bruto anual das empresas enquadradas no Simples Nacio-nal, corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

C

Possível aumento da carga tributária para micro e pequenas empresas é destaque do ofício encaminhado à Câmara dos Deputados

Notícia do Sindicato

A FECOMERCIO SP entende que não somente o cresci-mento real das empresas favoreça a mudança de faixa de faturamento, mas também a alta da inflação e, consequen-temente, a elevação dos custos impacte no resultado final da atividade, forçando-as a pagarem uma alíquota maior de imposto. O último reajuste das tabelas do Simples Nacional ocorreu em 2012.

A Federação destaca também que a atual proposta do governo, que prevê a redução no número de faixas e a adoção de alíquotas progressivas de tributação, não será tão vantajosa para as empresas que optarem por ingressar no Simples Nacional em função do aumento na carga tributária para as micro e pequenas empresas.

As empresas dos setores de serviços, por exemplo, serão prejudicadas, uma vez que a folha de pagamento deverá cor-responder a mais de 22,5% do faturamento para que possam se enquadrar na tabela com alíquotas menores de imposto.

A Federação afirma apoiar todas as medidas que visem esti-mular o aumento de competitividade das micro e pequenas empresas, que representam 99% do total de estabeleci-mentos formalizados no Brasil, sendo grandes geradores de emprego e renda.

aeroPortos regionais, ferrovias e Portos de sP serão leiloados eM Plano de concessÕes

eis aeroportos do interior do Estado de São Paulo foram incluídos no plano de concessões anunciado pela presidente Dilma Rousseff. A previsão é de que sejam leiloados os terminais de Araras, Bragança Paulista, Ubatuba, Jundiaí,

Itanhaém e Campinas (Amarais), todos em São Paulo. O aeroporto de Caldas Novas, em Goiás, também está na lista. Com a concessão de aeroportos regionais de São Paulo, o governo quer desafogar Congonhas.

O pacote tem previsão de investimentos na casa R$ 198 bilhões para a construção de novos trechos ferroviários. Os tre-chos que já estavam previstos eram as ligações entre Mato Grosso/Pará, Maranhão/Pará e Mato Grosso do Sul/São Paulo. Também deverão entrar no pacote um trecho de ferrovia entre o Rio de Janeiro/Espírito Santo e novos trechos da Ferrovia Norte-Sul entre Goiás e São Paulo, além de etapas que vão compor a Transoceânica (Brasil-Peru).

No setor de portos também será incluída uma mudança que vai beneficiar São Paulo. O porto de São Sebastião (SP), que não estava incluído nas primeiras etapas de concessão, deverá estar na programação para que tenha seus terminais licitados em 2016.

A previsão no setor é que um primeiro grupo de terminais portuários em Santos (SP) e na região de Belém (PA), com in-vestimentos estimados em R$ 4,7 bilhões, possa ir a leilão ainda neste ano. Os terminais dos portos de Paranaguá (PR), Salvador e Aratu (BA), podem ser leiloados no primeiro semestre de 2016, como também São Sebastião.

Duas importantes são em rodovias paulistas também serão leiloadas: a duplicação de toda a BR-153 (Transbrasiliana) dentro do Estado e a nova pista da serra das Araras na BR-116 (rodovia Presidente Dutra), que liga o Estado ao Rio de Janeiro.

Fonte: UOL, 09-06-2015,

S

Notícia FecomercioNotícia Fecomercio