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P.U.Z. - Produções Urbanas em Zine

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Fanzine sobre arte urbana - trabalho acadêmico para a unidade curricular "Editoração Eletrônica" do Curso Técnico em Comunicação Visual - SENAI Artes Gráficas.

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lugar de mulher E na RUA

...fazendo arte. Apesar de não ser machista, a arte urbana é ainda dominada

pelo sexo masculino. Não é uma grande surpresa se pensarmos que o trabalho

pode envolver escaladas, eventuais corridas da polícia e um expediente noturno,

por vezes solitário. Mas não é isto que pode parar a criatividade de uma mulher.

Por isso, esta primeira edição do P.U.Z. tem o foco na produção feminina. Não é

militância feminista, é um aviso: elas estão invadindo a sua rua.

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Nascida no Equador, Lady Pink (Sandra Fabara) ganhou Nova

Iorque através de seu graffiti. No colegial ela já estava exibindo

pinturas em galerias de arte e em 1979, começou a competir com os

meninos por um espaço cor de rosa, deixando as ruas e trens com um

toque feminino.

Lady Pink

Tati Suarez

Tati Suarez é uma artista americana de 28 anos, especialista em pintura a óleo

em tela ou madeira. O seu estilo é charmoso e distintivo, sendo

que a carcterística mais mar-cante de seus trabalhos estão

nos olhos, sempre grandes e que atraem quem está ohando para

um mundo belo e surreal.

Fait

h47

Artista de rua autodidata, Faith47, nascida na África do Sul, teve seus primeiros con-tatos com o grafitti em 1997, por influência de um membro da YMB Crew, Wealz130 - com

quem ela foi casada e tem um filho, que também é

artista de rua.

Seus trabalhos são bastante instrospectivos e reflexivos e suas inspirações partem principalmente de questões existenciais.

A Rede Feminista de Arte Ur-bana (Nami) é formada por mulheres artistas que pos-suem como ponto de partida a cena Urbana e trabalham com artes plásticas, graffiti, foto-grafia, design, áudio visual, teatro, moda, cenografia,

multi mídia, educação e pes-quisa; criando um intercâm-bio de idéias, experiências e conhecimento, promovendo os direitos das mulheres e fortalecendo seu trabalho artístico, intelectual e profis-sional. A grafiteira Anarkia (Panmela Castro) é a presi-dente da Rede, que promove eventos artísticos , cursos e oficinas.

REDE

NAMI

acesse www.redenami.com

O livro ‘Graffiti Women’ celebra a ascensão de artistas femininas do graffiti na cena urbana

mostrando o trabalho de mais de 100 mulheres do mundo inteiro, desde as mais reconhecidas, como

Lady Pink e Mickey, a talentosas aspirantes.Com imagens e depoimentos das artistas, este

livro é uma excelente referência aos amantes de arte urbana.

DICAS

VISITE A revista online CatFightMagazine (em inglês) contém matérias, artigos, eventos, vídeos e até dicas de moda relacionados ao graffiti produzido por mulheres. Apesar de não ter novas edições desde 2010, o material é atual e bastante completo, falando inclusive de artistas brasileiras. Vale a pena conferir o material completo.www.catfightmagazine.com

fefe Talavera

Filha de mexicanos, a artista plástica paulistana Fefe Talavera vem ganhando espaço na cena de

arte de rua internacional por sua paixão. Os bichos e monstros que grafita são inspirados em

“alebrijes”, bonecos do artesanato mexicano feitos de papel. “O artista que os criava dizia que

isso ajudava a diminuir seus pesadelos”, conta. Para Fefe, suas criaturas têm efeito semelhante.

“Sou uma pessoa violenta e a pintura me faz relaxar”.

Fefe cria metáforas para fortes emoções humanas, como raiva,

medo, sonhos e desejos. As técnicas são variadas: colagens,

graffiti, adesivos, ilustras com nanquim, ranhuras em vidro e

publicidade.

miss

van

Vanessa Alice Bensimon, Miss Van, nascida em 1973 em Toulouse, França,

é reconhecidamente uma das mais influentes grafiteiras. Seus desenhos de mulheres sexies e provocantes já

provocou reação negativa de algumas feministas.

fafi

A grafiteira francesa Fafi nasceu em 1979. Ficou

famosa com as bonequinhas delicadas que começaram

a ser vistas nas ruas de Paris, as Fafinettes. Sexies e

basicamente uma releitura de uma Pin Up moderna, as Fafinettes inspiraram

garotas de carne e osso a se vestirem como elas.

MADCClaudia Walde, a madC, já era bastante reconhecida

e apreciada quando impressionou o mundo, após grafitar um muro de 106m de comprimento por

6m de altura (todas as imagens reproduzidas aqui foram retiradas deste mural). A visualidade da ar-tista alemã mistura o real a personagens surreais,

com cores vivas e detalhes minuciosos.

Anarkia Boladona

A grafiteira carioca Anarkia Boladona é formada em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,

mas sua arte tem influência da pichação, nicho habitualmente dominado por homens. Seus trabalhos tratam

principalmente da luta feminina em relação ao corpo, à sexualidade e à subjetividade e relações de poder.

Em 2008, ela criou o “Grafiteiras Pela Lei Maria da Penha”, projeto que usa o graffiti e cultura urbana para com-

bater a violência contra as mulheres, dentro do qual surgiu a Rede Nami, que realiza projetos sociais, cursos e

eventos. Anarkia foi premiada em Nova York com o DVF Awards, prêmio anual dado a mulheres que lutam para

diminuir a violência e a injustiça de gênero, pela Diller-von Fustenberg Family Foundation. Mas, além de seu

engajamento, ela é reconhecida pelo talento e a qualidade de seu trabalho.

swoonSwoon é uma artista urbana norte americana nascida em New London, Conecticut e criada em Daytona Beach, Florida. Contudo, aos 19 anos ela conquistou Nova Iorque e se especializou em uma arte que mistura a técnica do lambe lambe a papéis fina-mente trabalhados e recortados. Apesar do processo delicado, os temas retratados têm um tom crítico, por vezes bastante pesado sobre a realidade social de seu país.

Misturando pintura, ilustração e colagem pelas paredes e muros da cidade, a artista urbana Miso, ou Stanislava, como é conhecida na Austrália, tem apenas 21 anos e rabisca as ruas de Melbourne desde os 14. Sua inspiração vai desde o estilo estético Art Nouveau até o grafite contemporâneo, passando pela arte construtivista russa. Ultimamente, ela vem se inspirando também com folclores europeus, mitologia grega e literatura russa.

miso

lady aikoAIKO nasceu em Tóquio, mas vive em Nova Iorque desde a década de 90. Sua arte mistura motivos florais, cartoons femininos e a visualidade da cultura pop em um trabalho em mídias variadas. AIKO utiliza stencil, tinta spray e técnicas de impressão em silkscreen para criar um trabalho vibrante e de larga escala.

1- nina pandolfo 2- alice pasquini 3- tikka 4- lust

5- nuria 6- ouch 7- jana joana 8- magrela1

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P.U.Z. Produções Urbanas em ZineCarol Baptista - [email protected]

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