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GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE EM RADIODIAGNÓSTICO Thomaz Ghilardi Netto 1 1 9 9 9 9 8 8

QC Radiodiagnostic 05 Thomaz

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fisica da radiaçoes

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    Thomaz Ghilardi Netto

    11999988

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    GGAARRAANNTTIIAA DDEE CCOONNTTRROOLLEE DDEE

    QQUUAALLIIDDAADDEE EEMM RRAADDIIOODDIIAAGGNNSSTTIICCOO

    TTHHOOMMAAZZ GGHHIILLAARRDDII NNEETTTTOO

    PPrrooffeessssoorr TTiittuullaarr AAppoosseennttaaddoo ddoo DDeeppaarrttaammeennttoo ddee FFssiiccaa ee MMaatteemmttiiccaa ddaa FFFFCCLLRRPP--UUSSPP

    CCoooorrddeennaaddoorr ee SSuuppeerrvviissoorr ddoo SSeerrvviioo ddee FFssiiccaa MMddiiccaa ddoo HHCCFFMMRRPP--UUSSPP

    AAsssseessssoorr TTccnniiccoo CCiieenntt ff iiccoo ddaa MMRRAA IInndduussttrriiaa ddee EEqquuiippaammeennttooss EElleettrrnniiccooss..

    11999988

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    ndice

    AGRADECIMENTOS ......................................................................................... I

    DEDICATRIA ................................................................................................... II

    PREFCIO DA 2 EDIO ............................................................................... III

    PREMBULO ..................................................................................................... VI

    PREFCIO DA 1 EDIO ................................................................................ VIII

    INTRODUO .................................................................................................... 01

    PROGRAMA DE ADMINISTRAO DE QUALIDADE ..................................... 02

    0 Registro da Sala ..................................................................................... 02 0 Registro dos Dados dos Testes .............................................................. 02 0 Radiografia como uma Indicao de Qualidade ..................................... 03

    TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE ....................................................... 06

    0 Testes de Aparelhos de Radiografia ...................................................... 06

    1 Condies do Aparelho de Raios-X .................................................. 06

    0 Monitorao da Processadora de Filmes ............................................... 08 1 Processadora de filme ...................................................................... 08 1 Equipamentos de testes necessrios ............................................... 11 3 Sensitmetro MRA ........................................................................ 11 3 Densitmetro MRA ........................................................................ 13 3 Dispositivo para medir kVp ............................................................ 16 3 Utilizao da cunha ....................................................................... 19

    0 Dispositivos para Testar o Tempo de Exposio .................................... 24

    0 Dispositivo para Medir Tamanho de Ponto Focal ................................... 27

    0 Dispositivo para Testar Colimador e Alinhamento Vertical de Feixe ...... 32

    0 Utilizao das Canetas Dosimtricas ..................................................... 35

    0 Avaliao da Consistncia das Estaes de mA atravs da Determinao do Coeficiente de Linearidade ....................................... 41

    0 Avaliao da Consistncia de Sada de uma Unidade de Raios-X ........ 42

    0 Testes de Fluoroscopia ........................................................................... 44 1 Dispositivo para testar resoluo de alto contraste de fluoroscopia . 44 1 Dispositivos para verificar detalhes de baixo contraste .................... 46 1 Verificao de detalhes de resoluo de baixo contraste ................. 46 1 Operaes dos sistemas de EBA ..................................................... 47 1 Medida da exposio mxima da mesa em unidades de fluoroscopia ..................................................................................... 48 1 Medida de exposio automtica ..................................................... 49 1 Dispositivo de verificao do contato tela-flime ................................ 49

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    iv

    1 Cunha para testar aparelhos tomogrficos convencionais ............... 51 1 Uniformidade de exposio e trajetria do feixe................................ 54

    0 Anexos ...................................................................................................... 55

  • AGRADECIMENTOS

    Inicialmente um agradecimento especial ao Professor John Cameron pelos

    ensinamentos e pela participao como Co-autor na primeira edio deste

    Manual. Agradecimentos a todos aqueles que colaboraram para a concretizao

    deste trabalho em especial ao Renato Atir pelos trabalhos de arte grfica .

    Agradecimentos tambm aos docentes, tcnicos e alunos do Centro de Cincias

    da Imagem e Fsica Mdica da FMRP-USP, docentes, alunos e funcionrios do

    Departamento de Fsica e Matemtica da FFCLRP-USP e Funcionrios da MRA

    pela dedicao demonstrada. Finalmente agradecimentos ao Hospital das

    Clnicas da FMRP-USP, FINEP/PADCT, CNPq e FAPESP pelo apoio recebido.

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    II

    Dedico este trabalho minha me, Marisa minha esposa, meus filhos Renato Atir, Regiane e Rodrigo, a minha neta Ana Luiza, minha nora Karine Christianne, irmos e a todos meus amigos , aqui representado pela Regina Bru e Anete Pel.

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    III

    PREFCIO DA 2 EDIO

    Em 1979 com a vinda do Professor John Cameron Ribeiro Preto foi

    iniciado um trabalho de conscientizao de profissionais e de administradores,

    demostrando importncia da aplicao de programas de controle de qualidade

    para a rea de diagnstico por imagem. Na ocasio foi escrita uma primeira

    verso deste manual ilustrados pelos dispositivos industrializados pela RMI.

    Na poca foram ministrados cursos em vrios locais, como tambm um

    programa de treinamento de recursos humanos para trabalhar em controle de

    qualidade. Para concretizao do projeto seria necessrio contar com os

    equipamentos adequados para a aplicao do controle. Com as dificuldades de

    importao teve-se a necessidade de implantar projetos visando o

    desenvolvimento destes equipamentos para aplicao de programas de controle

    de qualidade em medicina e odontologia.

    Posteriormente, com a introduo de programas especficos, ligados a

    instrumentao, pelo FINEP/PADCT, tornou-se possvel o desenvolvimento de

    prottipos com o objetivo de agilizar a implantao destes programas de controle

    de qualidade. Para atender as exigncias da FINEP, iniciou-se um trabalho para

    que a tecnologia desenvolvida fosse transferida e repassada para o mercado de

    consumo. Tendo em vista, a falta de uma legislao que disciplinasse a

    implantao de programas de garantia de qualidade, o mercado era muito restrito

    e desta forma ficou difcil de se encontrar uma empresa que se dispusesse

    investir capital num produto cujo mercado era to reduzido.

    Desta forma, ficou evidente a necessidade de promover-se e divulgarem

    os trabalhos at ento realizados para mdicos e odontlogos, demostrando a

    importncia da utilizao dos dispositivos desenvolvidos na implantao de

    programas de garantia de qualidade. Trabalho este, que possibilitou o

    fornecimento, em meados da dcada de 80, de vrios exemplares para

    instituies pblicas e privadas de So Paulo e Rio de Janeiro.

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    IV

    Este repasse proporcionou o desenvolvimento de " Know How" pelos

    docentes e tcnicos do Centro de Dosimetria, Instrumentao e Radioproteo -

    CIDRA para montagem dos referidos prottipos de bancada. Com o aumento da

    demanda e principalmente tendo em vista que, isto no era funo da

    Universidade, houve a motivao da criao de uma empresa para melhorar as

    condies de repasse dos equipamentos desenvolvidos. E assim, em 1988 foi

    criada a MRA - Industria de Equipamentos Eletrnicos e que at hoje vem

    desempenhando este importante papel.

    Paralelamente, no decorrer destes anos foram tambm, desenvolvidos esforos,

    pelos organismos competentes no sentido no s, de conscientizar os

    profissionais envolvidos mas principalmente aos dirigentes governamentais para

    a implantao de diretrizes de proteo radiolgica em radiodiagnstico mdico e

    odontolgico. No inicio desta dcada, iniciou-se movimentos para que os objetivos

    desejados fossem alcanados. E assim, no final do ano de l994, dando o passo

    inicial, a Secretaria de Estado da Sade de So Paulo publicou a resoluo SS

    625. Por outro lado, o Ministrio da Sade em julho de l993, criou um Grupo

    Assessor Tcnico Cientfico em Radiao Ionizante e que foi reformulado em

    junho de 1995, o qual preparou um documento para direcionar a proteo

    radiolgica em medicina e odontologia em nvel nacional. Mais recentemente

    outros estados tambm vem estabelecendo as suas prprias normas.

    Com isto, nos ltimos trs anos, a MRA no tem evitado esforos no

    sentido de otimizar os seus equipamentos e alcanar os objetivos pr-

    estabelecidos, que veio contribuir para a melhoria do diagnstico, e com isto,

    evitando que a comunidade viesse a ser prejudicada, quer pelo uso indevido dos

    aparelhos de raios-X, quer pela falta de controle das radiaes.

    Ressalte-se que os dispositivos apresentados neste trabalho foram

    desenvolvidos no Centro de Dosimetria Instrumentao e Radioproteo do

    Departamento de Fsica e Matemtica da Faculdade de Filosofia, Cincias e

    Letras da Universidade de So Paulo. Participaram do projeto, alm do autor o

    Professor Carlos Alberto Pel; os tcnicos Eldereis de Paula, lcio Aparecido

    Navas e Jos Luiz Bru.

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    V

    A transferncia de tecnologia foi realizada pela empresa MRA - Industria de

    Equipamentos Eletrnicos* , criada devido s dificuldades de repasse, cuja

    participao do Tcnico Especializado Jos Luiz Bruo foi fundamental para o

    sucesso de implantao do projeto. Sucesso este que foi citado como exemplo

    pelos Coordenadores do Programa FINEP/PADCT.

    Esta edio introduz dispositivos que foram especialmente desenvolvidos

    para se adequar s disponibilidades de componentes eletrnicos e matria prima

    existente no mercado nacional.

    Finalizando, pode-se dizer que este manual apresenta conceitos e tcnicas

    bsicas para aplicao de controle de qualidade que se complementada,

    com as referncias includas, poder ser de grande utilidade para os

    profissionais que utilizem equipamentos de raios-X.

    Correes e sugestes sero sempre bem vindas *.

    O autor.

    * CARP Assessoria e Consultoria em Radioproteo S/C Ltda Av: Senador Csar Vergueiro, 590 Sala 04

    Cep: 14020-510 Ribeiro Preto SP (16) 623 1141

    * MRA - Indstria de Equipamentos Eletrnicos. Rua Appa, 1837 - Cep 14051 - 060 Ribeiro Preto - SP

    Tele/Fax: (16) 633 0500

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    VI

    PREMBULO

    O avano da tecnologia nos ltimos anos tem proporcionado a

    produo de aparelhos cada vez mais sofisticados, objetivando com isso

    conseguir imagens radiolgicas de alto nvel tcnico, e tambm facilitar a

    operacionalidade dos equipamentos. Isto permite ao radiologista liberar-se da

    manipulao dos aparelhos fazendo com que a sua atividade se concentre mais

    em aspectos puramente mdicos, cuja ltima finalidade a de produzir

    diagnsticos clnicos-radiolgicos.

    O Radiologista trabalha com o produto final do estudo radiolgico

    que a imagem do filme ou de fluoroscopia, no qual est toda a informao que

    se deve analisar e interpretar para chegar ao diagnstico final. Assim sendo, a

    qualidade da imagem altamente importante, pois imagens de baixa qualidade e

    que apresentam defeito podem dificultar a interpretao e consequentemente

    provocar diagnsticos errados ou inseguros, que algumas vezes tornam

    necessrio a repetio do estudo, com maiores riscos para o paciente.

    Seria desnecessrio argumentar da necessidade de se contar com

    aparelhos adequados e ajustados durante todo o tempo. Uma boa imagem

    radiolgica depende de todos os elementos envolvidos que so utilizados para

    produzir a imagem final, que podem ser comparados a uma srie de produo.

    Como bem dizem os autores, um defeito isolado em um certo nvel de produo

    do filme pode ser momentaneamente compensado modificando outro fator em

    outro ponto de seqncia. Isso pode solucionar somente por um instante o

    problema, e o que pior, pode desestabilizar toda a srie da produo.

    Os autores analisaram o problema de garantia de qualidade em

    radiodiagnstico dividindo-o em dois grandes captulos, um completando o outro,

    ou seja a administrao e o controle de qualidade. Cada captulo apresenta as

    normas e a seguir descrevem detalhadamente os procedimentos para o controle

    de cada uma das etapas que constituem a "srie" de produo do filme. As

    tcnicas de controle so expostas de uma forma simples e facilmente

    compreensvel e os instrumentos necessrios so simples e de baixo custo.

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    VII

    Por tudo isto, consideramos que o livro dos Drs. Ghilardi e Cameron

    devem figurar obrigatoriamente em todos os servios que contm um nmero

    elevado de tcnicos e de aparelhos de raios-X. Ser fcil para um chefe de

    servio mesmo que no disponha de um fsico ou um engenheiro, preparar seu

    pessoal, mantendo com isto um controle de qualidade uniforme e de elevado nvel

    tcnico apenas seguindo as normas por eles explicadas.

    Cremos tambm que o livro poder ser til nos pequenos

    consultrios de Radiologia onde cada radiologista poder testar periodicamente

    seu equipamento. Finalmente, este livro ser fundamental no plano prtico, na

    poca de escolha ou no momento do recebimento do equipamento de raios-X

    montando, pois o radiologista responsvel poder com facilidade, seguindo as

    normas dos autores, comprovar se o equipamento corresponde ou no as

    especificaes tcnicas adiantadas pelos fabricantes.

    Dr. Carlos Quiroga Mayor

    Prof. da Disciplina de Radiologia e Chefe do Servio de Radiologia do

    HCFMRP/USP

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    VIII

    PREFCIO DA 1 EDIO

    As aplicaes das radiaes ionizantes so fundamentais em

    Medicina, e quando utilizada dentro de normas permissveis proporcionam

    inegveis benefcios humanidade. Assim sendo, h necessidade de se

    estabelecerem normas para se evitar que o homem seja prejudicado, quer pelo

    uso indevido dos aparelhos de raios-X, quer pela falta de controle das radiaes.

    Do ponto de vista da imagem radiolgica, cuidados especiais devem

    ser tomados para se conseguir bons diagnsticos. Por exemplo, uma variao de

    10% na kVp pode acarretar um falso diagnstico provocando, algumas vezes,

    prejuzos irreparveis, os quais poderiam ser evitados pela simples aplicao de

    tcnicas de avaliao de fontes de raios-X. Com o intuito de esclarecer e ensinar

    estas tcnicas, escrevemos este trabalho numa linguagem bem simples para que

    qualquer mdico, fsico ou tcnico possa entend-lo. Este trabalho baseia-se

    numa traduo dos manuais de operao dos dispositivos fabricados por

    "Radiation Measurement Incorporated" com incluso de alguns tpicos de

    Administrao de Qualidade do "Basic Quality Control in Diagnostic" (American

    Association of Physicists in Medicine Report 4).

    As correes e sugestes dos leitores sero sempre bem vindas.

    Dezembro de 1979 Thomaz Ghilardi Netto

    John R. Cameron

  • INTRODUO

    Um programa de garantia de qualidade pode produzir radiografias

    de alta qualidade minimizando custo e exposio do paciente. Garantia de

    qualidade envolve: Controle de Qualidade (CQ) e Administrao de Qualidade

    (AQ). CQ inclui medidas em aparelhos e AQ refere-se aos mtodos

    administrativos para corrigir os problemas desenvolvidos pelo CQ. Neste manual

    sero discutidos inicialmente assuntos relacionados com a AQ e posteriormente

    com a CQ.

    Controle de qualidade so as medidas dos parmetros dos vrios

    componentes de sistemas de raios-X. Os principais componentes so: geradores

    de raios-X, tubos de raios-X, receptores de imagem, processadores de imagem e

    equipamentos secundrios.

    No sentido de promover controle de qualidade so necessrios

    certos dispositivos para testar estes componentes. Os dispositivos descritos neste

    manual foram desenvolvidos especialmente para uso das tcnicas de radiologia.

    Assim, este manual apresenta informaes suplementares que so teis em um

    programa de controle de qualidade.

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    2

    PROGRAMA DE ADMINISTRAO DE QUALIDADE

    Registro da Sala

    Um registro de cada aparelho deve ser mantido em cada unidade de

    raios-X na instituio, devendo o mesmo ser guardado em um lugar onde

    qualquer pessoa que use a aparelhagem (mdicos, tcnicos, fsicos, servio de

    engenharia, etc.) possa ter fcil acesso. Este registro deve conter:

    Dados com especificaes do equipamento.

    - Especificaes tcnicas incluindo cartas de rendimento do tubo;

    - Instrues de operao de equipamento;

    - Identificao detalhada dos principais componentes do sistema, incluindo

    nome, nmero de srie e dados de instalao.

    Roteiro do programa do controle de qualidade aplicvel.

    Registro dos resultados dos testes de controle de qualidade.

    Registro dos servios realizados sobre o equipamento, incluindo uma

    descrio do mau funcionamento do sistema e tambm do servio executado. O

    registro do servio deve incluir identificao do desempenho individual do servio,

    bem como a sua data.

    Registro dos Dados dos Testes

    Todo teste de garantia de qualidade deve ser registrado em formulrios

    padronizados. Exemplos destes formulrios so apresentados no apndice.

    Sugere-se que cada instituio desenvolva seus prprios formulrios de acordo

    com suas necessidades.

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    3

    O uso de formulrios padronizados asseguraro a obteno de todos os

    dados necessrios para a referida garantia de qualidade.

    O preenchimento dos formulrios deve fazer parte do registro de cada sala.

    No caso das processadoras de filmes, um grfico dos dados de valor vital

    conforme exemplo da figura 1.

    Figura 1 - Grfico de Administrao de Qualidade da Processadora.

    Quando possvel, para estes tipos de testes, devem ser usados filmes

    18 x 24 cm unicamente para facilitar a armazenagem em cadernos de tamanhos

    padronizados.

    Radiografia como uma Indicao de Qualidade

    O objetivo de um programa de garantia de qualidade (GQ) em

    diagnstico produzir radiografias de qualidade com alta consistncia.

    Processador N ______ Ms: _______

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    4

    Radiografias de pacientes, so algumas vezes uma forma de verificao de

    controle de qualidade. Deve ser salientado que a imagem radiolgica no pode

    ser usada como nica forma de controle de qualidade. Radiografias aceitveis

    podem ser obtidas, mesmo que elementos individuais no sistema (gerador,

    receptor, imagem e processadora), estejam operando fora de seus limites de

    aceitao. Por exemplo, a revelao de filme inadequadamente pode ser

    compensada por um crescimento no aceitvel na exposio.

    Filmes Rejeitados: Radiografias inaceitveis podem resultar de uma variedade

    de fatores que incluem movimento do paciente, erro no posicionamento, seleo

    de tcnicas imprprias e problemas relacionados com o equipamento. Uma

    reviso dos filmes rejeitados deve ser realizada periodicamente para identificar a

    magnitude do problema e tambm para determinar suas causas.

    Filmes Aceitos: Quando uma radiografia no alcana sua melhor qualidade,

    deve-se sempre perguntar da suficincia desta radiografia estar ou no dentro

    dos limites de aceitabilidade para se conseguir um bom diagnstico. Repetir um

    procedimento no sentido de se conseguir um filme de tima qualidade no

    freqentemente necessrio e deve ser avaliado em termos de exposio de

    radiao e custo para se refazer o estudo. esperado encontrar filmes abaixo da

    qualidade "tima", em um arquivo de departamento. Uma reviso analtica destes

    filmes deve ser realizada periodicamente. Alguns dos importantes indicadores que

    revelam a necessidade da aplicao de uma garantia de qualidade, incluem

    marcas estticas, variao do contraste e marcas de camada ou faixas. Muitos

    outros itens podem tambm ser indicaes de uma diminuio do rendimento de

    sistemas. Abaixo so apresentados alguns exemplos.

    A necessidade de variar fatores de uma determinada tcnica, pode indicar

    variaes ocorridas no sistema de raios-X ou estgio de revelao. Em

    instituies com mais de uma unidade de raios-X, a fonte do problema pode

    freqentemente ser encontrada atravs do seguinte raciocnio. Analisa-se

    primeiramente se a variao ocorre com todos os equipamentos de raios-X.

    Caso isso ocorra a processadora deve ser avaliada. Se a variao ocorrer

    apenas para uma nica unidade, deve-se suspeitar inicialmente do gerador.

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    5

    Variaes na aparncia de osso ou de iodo de contrastes indicam um erro no

    potencial de tubo.

    Excessivas densidades pticas em reas de identificao dos filmes, podem

    indicar manipulaes imprprias do filme ou armazenagem.

    Erros nos colimadores com a no coincidncia de luz e radiao.

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    6

    TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE

    As sees seguintes, descrevem os testes de garantia de qualidade

    propostos para serem usados em radiodiagnstico. Certos testes devem ser

    aplicados diariamente; exemplo: avaliaes de processadoras de filme e nitidez

    de imagem em salas de procedimentos especiais. Muitos testes devem ser

    realizados rotineiramente ou basicamente esquematizados para possibilitar a

    visualizao de variaes no desempenho do aparelho. Assim as variaes no

    detectadas no uso de rotina do aparelho, podem ser anotadas e as conseqentes

    aes corretivas, podem ser efetuadas.

    Testes de Aparelhos de Radiografia

    Condio do Aparelho de Raios-X

    Integridade Mecnica: Uma observao geral do sistema diagnstico deve ser

    levada a efeito e especialmente nas partes mais importantes, tais como: falta de

    parafusos, pinos ou outros elementos estruturais, que possam ter sido

    impropriamente instalados ou j ter se desgastado com o uso. Medidores,

    registradores, outros indicadores, como tambm as operaes da luz piloto em

    uma sala que exige pouca luz devem ser prontamente verificadas.

    Estabilidade Mecnica: Para se obter uma radiografia de qualidade

    diagnostica importante minimizar o efeito de movimento na imagem. Os fatores

    importantes em termos de equipamentos so a estabilidade e inflexibilidade do

    suporte do tubo de raios-X e receptor de imagem, (isto : mesa de Bucky ou

    parede de suporte do chassi). A utilidade e adequao de dispositivos de suporte

    de paciente, tais como mesa ou dispositivos imobilizantes, devem tambm ser

    verificados. Como parte das revises de estabilidade estrutural deve-se fazer

    uma inspeo nos interruptores eltricos ou travas mecnicas sobre os aparelhos.

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    A verificao da reprodutibilidade de posicionamento de fontes e receptores de

    imagem que sejam indicadas ou controladas por marcaes fsicas, assim como a

    exatido da escala de angulao de grande importncia.

    Integridade Eltrica: As condies externas e a instalao dos cabos de alta

    voltagem, certificando-se de que os anis de fixao nos terminais estejam justos

    e possveis quebras no sistema de isolamento, que deve ser cuidadosamente

    revisado. Se na instalao estes cabos no penderem apropriadamente, os

    mesmos podero interferir no posicionamento do tubo e conseqentemente falhar

    prematuramente.

    Proteo Eltrica: O sistema deve ser verificado por uma pessoa qualificada.

    Isto envolve uma inspeo fsica da instalao eltrica das reas chaves onde os

    problemas freqentemente ocorrem. Exemplos destes problemas so: cordes de

    potncias para indicadores de luz no sistema de limitao de feixe, fios de

    interruptores manuais de exposio e outros similares pendentes de potncia.

    Verificar se todos os elementos do sistema esto bem aterrados (um com outro e

    com o terra).

    Alinhamento e Distncia-Foco-Filme (DFF): A consistncia entre mltiplos

    indicadores de DFF (indicadores sobre o suporte de tubo e o colimador) deve

    ser verificada. Deve-se tambm avaliar com uma fita mtrica, a exatido destes

    indicadores. Avaliaes das instalaes das grades devem ser realizadas.

    Estas avaliaes devem tambm incluir a verificao do alinhamento da fonte

    de raios-X e o centro da grade, seqentes aes corretivas podem ser

    efetuadas.

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    8

    Monitorao da Processadora de Filmes

    Um lugar mais lgico para se dar inicio a um programa de garantia

    de qualidade em um departamento de radiologia sem dvida nenhuma, a

    processadora de filmes e a rea da sala escura. A processadora de filme deve ser

    considerada como o corao de um setor de radiologia, pois se o filme no for

    armazenado, manipulado e processado apropriadamente, os procedimentos em

    outras reas sero de pouco valor.

    Processadora de Filme

    Nas processadoras automticas de filme muitos fatores podem causar

    uma reduo na qualidade da imagem. Como por exemplo: variaes nas

    solues qumicas por contaminao, oxidao ou reabastecimento; o sistema de

    regulao de temperatura pode no estar funcionando apropriadamente,

    causando variaes nas densidades do filme de um conjunto a outro; o

    mecanismo de conduo do filme pode estar desgastado, causando variaes no

    tempo de processamento; finalmente o sistema de reabastecimento qumico pode

    estar sendo feito inapropriadamente, causando com isto inadequada atividade de

    revelao e fixao. Assim sendo, antes de ser iniciado um programa de garantia

    de qualidade de uma processadora de filme, deve-se verificar o funcionamento da

    processadora para se comprovar se a sua operao apropriada ou no.

    Resumindo o que foi dito anteriormente, deve-se fazer as seguintes inspees

    antes de se iniciar o programa de garantia de qualidade:

    A processadora deve estar limpa e tambm conter solues qumicas

    apropriadas razoavelmente novas.

    Os tempos de imerso do filme nas vrias solues qumicas devem ser

    apropriados.

    A presso e temperatura da gua quente e fria, chegando ao termostato da

    vlvula de mistura e a presso e temperatura da gua, deixando a vlvula,

    devem ser adequados.

    A temperatura das solues em cada tanque qumico deve ser apropriada.

    A condio mecnica da processadora deve estar satisfatria.

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    9

    Muitas destas variveis oscilam to vagarosamente que uma

    monitorao diria do desempenho da processadora e registro dos resultados em

    grficos, podem ser usados para iniciar aes corretivas antes das radiografias

    terem decrescido em qualidade diagnostica. normal geradores de raios-X terem

    uma variao na sua intensidade de sada de at 10% de um valor mdio e sendo

    que o alto contraste de filmes de raios-X amplifica esta variao, no se

    recomenda a utilizao de filmes de testes de raios-X como um meio de testar

    uma processadora.

    Figura 2 - Resposta de um filme tpico para filme de raios - X mdico, com

    tela intensificadora de tungstato de clcio.

    Assim sendo, o caminho efetivo para mostrar a operao de uma

    processadora, avaliar a imagem processada de um filme no qual tenha sido

    dada uma exposio adequada e conhecida. Um sensitmetro um dispositivo

    que fornece exposies bem controladas em um filme. Estas exposies so

    visibilizadas na forma de uma escada com 3 ou mais degraus. Um grande nmero

    de degraus (11 at 21) permite representar graficamente as curvas H e D

    conforme figura 2 e avaliar o desempenho de combinaes tela-filme. Para o

    0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

    3.5

    3.0

    2.5

    2.0

    1.5

    1.0

    0.5

    0

    Log da Exposio Relativa

    Base+Fog

    VelocidadeGradiente

    Mdio

    Den

    sida

    de

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    10

    controle da processadora, somente trs variveis precisam ser determinadas.

    Assim sendo, a primeira denomina-se velocidade; a segunda o gradiente mdio

    e a terceira a densidade da base mais vu (fog) que uma medida de uma

    determinada rea do filme sem exposio de luz. A densidade neste caso

    produzida pela base de plstico do filme mais o vu (fog) produzido pela

    revelao. A monitorao destes trs parmetros, indicar efetivamente variaes

    nas revelaes dos filmes antes que haja qualquer variao perceptvel nas

    radiografias. As densidades das exposies sensitomtricas processadas, podem

    ser avaliadas por comparao visual com um padro, mas estas comparaes

    sero melhores, se determinadas atravs da utilizao de um densitmetro.

    Outros Artigos de Interesse

    Barnes, G.T., Nelson,R.E. and Witten,D.M., A comprehensive Quality Assurence

    Program; a report of four Years Experience at The University of Alabama in

    Birmingham, Proceedings of Symposion of Optical Instrumentation in Medicine,

    V. SPIE, 1976.

    Gray, J.E. , Light Fog on Radiographic Films: How to Measure it Properly.

    Radiology, 115, 225-227, 1975.

    Gray,J.E. and Haus, A.G. Protocol for Basic Photography Processor Quality

    Control , Applied Radiology, 115-118, Jan/Fev 1977.

    Haus ,A.G., Rossman,K., Vyborny,C. Hoffer,P. and Doi, K., Sensitrometry in

    Diagnostic Radiology, Radiation Therapy and Nuclear Medicine, Journal of

    Applied Photographic Engineering, 3:114-124, 1977.

    Poznanski, A.K. and Smith, Practical Problems in Processing Control, Radiology,

    90: 135-138, 1969.

    Ghilardi Netto,T., Paula,E. de, Pel,C.A, Almeida, A.de, Ghilardi, A.J.P e Bellucci,

    A.D., Estudos Sensitomtricos de Filmes Radiolgicos Utilizados em

    Radiologia Convencional, Radiologia Brasileira, 20(1), 58-64,1987.

    Eastman, Kodak Co., Radiography in Modern Industry, Fourthy Ediation,

    Radiography Markets Division, Rochester, N.Y., 1980.

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    Ghilardi Netto, T., Paula, E. de, Baffa Filho, O., Pel, C. A. e Ghilardi, A.J.P.,

    Caractersticas Sensitomtricas de Filmes Utilizados em Radiologia

    Odontolgica. Revista Odontlogo Moderno, Vol. XV, n 2, 6-12, 1988.

    Ges,E.G., Pel,C.A. and Ghilardi Netto, T. , A Time-Scale Sensitometric Method

    for Evaluation Scren-Film Systems, Phys.Med.Biol. 42: 1939-1946, 1997

    Equipamentos de Testes Necessrios

    Um Sensitmetro .

    Densitmetro digital.

    Termmetro de mostrador com haste de ao inoxidvel com escala de 0,5o C.

    Caixa de filme de raios-X de 18 x 24 cm tipicamente usada no departamento e

    especificamente reservada para esta finalidade.

    Cronmetro.

    Sensitmetro MRA

    O sensitmetro de

    controle da processadora "MRA",

    conforme figura 3, fornece uma

    exposio reprodutvel em trs

    regies circulares sobre um filme,

    conforme figura 4. As regies

    tero densidades pticas de

    aproximadamente 0,5, 1,0 e 2,0

    acima da densidade da base mais

    vu (fog). A densidade do ponto do meio medida com um densitmetro e

    registrada no formulrio prprio de garantia de qualidade da processadora, como

    indicao da velocidade do filme.

    A velocidade do filme a medida mais importante no controle de

    uma processadora e ser um indicador sensvel de variaes no processamento

    de filmes.

    As densidades dos outros dois crculos so medidas com um

    densitmetro e registradas na faixa correspondente ao formulrio de GQ da

    Figura 3 - Sensitmetro M.R.A

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    12

    Figura 4 - Colocao do Filme

    processadora. A densidade mais baixa subtrada da mais alta e este nmero

    registrado como contraste do filme processado. A terceira medida que deve ser

    registrada a densidade da base mais vu (fog). Esta deve ser medida em uma

    rea do filme que no tenha recebido qualquer exposio de radiao. Esta

    uma medida relativamente insensvel variao da processadora, mas

    efetivamente indicar qualquer variao de luz na cmara escura ou no filme pr-

    exposto por radiao ocasional.

    OPERAO

    Estabilizao

    O sensitmetro deve ser suprido com 110-220 V 50-60 Hz na

    cmara escura, podendo ser utilizado imediatamente aps ser ligado rede

    eltrica. Entre duas exposies deve-se dar um tempo de aproximadamente 1

    minuto para que a lmpada possa esfriar e com isto estar nas mesmas condies

    da exposio inicial.

    Colocao do Filme

    A placa de presso colocada na frente do sensitmetro deve ser

    puxada suavemente para fora do sensitmetro. Um filme novo, de uma caixa

    especialmente reservada para esta finalidade, deve ser inserido at o final da

    profundidade do encaixe, conforme figura 4.

    Assim o filme estar pronto para ser

    exposto.

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    13

    EXPOSIO

    A exposio ser iniciada assim que for pressionado o boto de

    exposio e a mesma ser controlada por um led vermelho que indicar

    "exposio em andamento". O ciclo de tempo meio segundo. O boto de

    exposio deve ser pressionado momentaneamente e liberado. Deve-se observar

    se no houve dupla exposio. Vrias exposies podem ser efetuadas sobre

    diferentes reas do mesmo filme. Estas exposies devem ser realizadas sobre

    um lado do filme em uma extremidade e do outro lado, na outra extremidade.

    Assim, o filme exposto processado e as densidades de cada crculo e a

    densidade da base+vu (fog) so medidas com um densitmetro e posteriormente

    registradas no formulrio.

    Sendo que, as emulses de filmes variam levemente de um grupo

    para outro, os filmes utilizados para controle sensitomtrico de processadoras

    devem ser retirados de uma caixa de filmes novos e especificamente reservada

    para esta finalidade; ainda deve-se tomar o cuidado de se utilizar o mesmo tipo

    de filme empregado pelo departamento. Quando a caixa reservada para este

    propsito estiver terminando deve se conseguir uma nova caixa para o controle

    da processadora. Filmes de ambas as caixas devem ser expostos e processados

    juntamente por uns dias para que as medidas tenham continuidade. Esta

    continuidade pode ser comprovada pela comparao dos resultados durante

    cinco dias.

    Densitmetro MRA

    O Densitmetro

    "MRA" (fig.5) foi planejado

    primariamente para controle de

    processadoras, onde pequenas

    variaes de densidade ptica

    devem ser detectadas.

    Figura 5 - Densitmetro M.R.A

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    14

    O densitmetro pode medir densidade de zero a at 4.00 DO

    (Densidade tica). A preciso e a repetibilidade so de 0,01 DO.

    Uma tira de calibrao da MRA fornecida, a qual pode ser usada

    para verificar a consistncia de calibrao do densitmetro.

    O Densitmetro MRA utiliza uma fonte de luz regulada, colimada por

    fenda, fornecida em 3 aberturas (1,0; 2,0 e 3,0 mm) selecionadas de acordo com

    a necessidade.

    OPERAO

    Estabilizao

    O densitmetro deve ser suprido com voltagem 110 - 220 V e

    freqncia de 50-60 Hz.

    Ele pode ser usado imediatamente aps ser conectado.

    O Densitmetro MRA possui uma regio de campo iluminada de

    forma a facilitar o posicionamento do filme. A fonte de luz utilizada na medida fica

    alimentada com uma frao da tenso de trabalho de forma a manter o filamento

    aquecido, ao se abaixar o brao aplicada ento a tenso total. A estabilizao

    imediata.

    A escolha do dimetro da fenda deve-se obedecer alguns requisitos.

    Quanto menor a fenda, melhor a resoluo espacial, porm menor

    a quantidade de luz que chega ao detector, isto faz com que haja um

    estreitamento na faixa de atuao do equipamento, fazendo que haja um desvio

    na curva densitomtrica. Para fendas de 1 mm de dimetro recomenda-se que o

    equipamento seja utilizado na faixa de 0 DO a 2,5 DO.

    Para fendas maiores a analogia inversa, ou seja, mais luz e

    conseqentemente maiores DO podem ser atingidas. Com a fenda de 3 mm o

    Densitmetro MRA pode atingir densidades to altas quanto 4 DO com excelente

    linearidade.

    Para leituras de filmes produzidas pelo sensitmetro recomenda-se

    que seja utilizada a fenda maior pois alm de propiciar uma estabilizao mais

    rpida da leitura, obtm-se uma mdia da DO melhor.

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    15

    Ajuste

    O zero do densitmetro deve ser ajustado inicialmente e verificado,

    de vez em quando, durante uma srie de medidas.

    Sem colocar filme na posio de leitura, empurre o brao em contato

    com a superfcie do densitmetro e com o boto de ajuste, ajuste o zero. A

    pequena luz na extremidade esquerda do mostrador pisca quando est zerada e

    indica que a leitura negativa quando fica iluminado.

    Leitura

    Qualquer ponto sobre

    um filme de 35 x 43 cm pode ser lido,

    colocando o ponto desejado sobre a

    fonte de luz e pressionando o brao

    contra o filme, conforme figura 6.

    Sendo que o densitmetro

    consegue ler continuamente, o valor

    da densidade deve ser tomado

    enquanto o brao estiver em contato slido com o filme. Para leituras acima de

    2,0 deve-se pressionar o brao por um tempo maior e seja observado se houve

    estabilizao da leitura antes de que o dado seja tomado.

    Calibrao

    A tira de Calibrao fornecida com o densitmetro pode ser usada

    de vez em quando para validar a calibrao do densitmetro.

    Procedimento do Teste Resumido

    Figura 6 - Leitura

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    16

    Exponha o filme no sensitmetro e processe o filme com a primeira

    extremidade exposta no processador. Utilize o densitmetro para ler as

    densidades dos crculos, quando usando o sensitmetro MRA e tambm a rea

    mais clara como fog. Registre a temperatura da entrada da gua sobre o

    regulador de gua. Abra o processador e use o termmetro de haste para ler as

    temperaturas da substncia reveladora e da gua de lavar. Registre todos estes

    dados no formulrio. Registre na folha de controle da processadora todos os dias

    durante todo o ms, conforme figura 1.

    O termmetro deve ser comparado com um termmetro padro.

    Assim como, o densitmetro deve ser verificado periodicamente usando a tira de

    calibrao fornecido pelo fabricante. Pelo fato de no se conseguir dois

    sensitmetros exatamente iguais, deve-se utilizar o mesmo sensitmetro para

    todos os testes.

    Dispositivos para Medir kVp

    Existe uma pequena regio de quilovoltagem do tubo (kVp) que tima para cada

    estudo de raios-X. Se as kVps nominais de

    sua unidade de raios-X estiverem incorretas,

    importantes detalhes em suas imagens

    sero perdidos. A kVp pode ser medida

    usando o dispositivo de kVp MRA. A tcnica

    utilizada uma combinao de duas

    tcnicas descrita por Stanton e Ardran e

    Crooks para determinar a quilovoltagem de

    pico. A primeira descreve uma tcnica

    simples que utiliza uma cunha (penetrmetro) para medir kVp na faixa de

    radiodiagnstico. Posteriormente, Ardran e Crooks introduziram uma modificao

    til na tcnica bsica

    Figura 7 - Foto da cunha de Stanton

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    17

    Figura 8 - Foto da Cunha de

    Cameron

    . Desta forma, a nova tcnica

    apresenta duas verses

    aprimoradas da tcnica de Stanton,

    a qual combina as caractersticas

    teis do mtodo utilizado por Ardran

    e Crooks, com o mtodo de Stanton.

    As figuras 7 e 8 mostram uma vista

    detalhada dos dispositivos de kVp

    . Descrio dos Dispositivos

    A cunha de Stanton (MRA - CQ-04) para medir kVp de unidades de Raios-X

    consiste de uma caixa de material plstico contendo um paraleleppedo de

    polietileno de 3,8x1,5x22 cm, conforme figura 7. A lateral interna do bloco

    recoberta com uma folha de chumbo de 0,5 mm para evitar que a radiao

    espalhada, proveniente do bloco, alcance a cunha de cobre que colocada

    paralelamente ao bloco. Esta cunha de cobre composta de 12 degraus de 1 cm2

    de rea com 0,06 mm de espessura. Sob o bloco e a cunha de cobre, coloca-se

    uma folha de chumbo de 3 mm de espessura, contendo duas colunas de doze

    orifcios de 8 mm de dimetro. Uma fileira de furos fica sob o bloco de polietileno

    e a outra sob a cunha de cobre, onde cada furo centrado sob cada um dos

    degraus da cunha. Finalmente, para que o dispositivo se torne menos sensvel a

    variao de energia e aos efeitos de forma de onda, coloca-se uma placa de lato

    ou cobre de aproximadamente 1 mm de espessura que torna o feixe mais

    penetrante. Para se determinar a kVp coloca-se o dispositivo, previamente

    calibrado, sobre um chassi convencionalmente utilizado em radiodiagnstico e

    aplica-se uma exposio apropriada para a kVp que se deseja avaliar. Aps

    processamento do filme, conforme figura 9, pode se utilizar um densitmetro para

    se determinar s densidades pticas coincidentes entre os crculos colocados

    abaixo do bloco de polietileno, tomado como referncia, e um circulo colocado

    abaixo de um determinado degrau da cunha de cobre.

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    18

    Devido ao trabalho que vem sendo desenvolvido na rea de odontologia,

    houve necessidade de se projetar um dispositivo mais apropriado, de fcil

    construo para ser utilizado em consultrios odontolgicos. Com este objetivo,

    foi desenvolvida uma mini-cunha que permitisse a utilizao de um filme

    periapical, a qual foi denominada cunha de Cameron, como uma homenagem a

    um dos pioneiros da fsica mdica.

    Do ponto de vista geral, a cunha de Cameron (MRA - CQ-05) segue os

    mesmos moldes da de Stanton, apenas que para este caso a cunha de cobre

    conta com apenas dez degraus de 0,04 mm de espessura, e conseqentemente,

    a folha de chumbo de 2 mm de espessura contm duas fileiras de dez orifcios de

    3 mm de dimetro, onde cada furo corresponde a um degrau na cunha de cobre.

    Para avaliao da kVp o dispositivo conta com uma abertura apropriada para

    receber o filme periapical, conforme mostrado na figura 8. Atendendo as

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    19

    especificaes de calibrao, o conjunto deve ser exposto a um feixe com uma

    tcnica apropriada para a quilovoltagem nominal que se deseja avaliar. Utilizando

    o mesmo processo do item anterior, o filme processado, figura 10, e com o

    auxilio de um densitmetro obtm-se a densidade coincidente para um

    determinado degrau. Maiores detalhes sobre os princpios bsicos do novo

    mtodo podem ser encontrados em trabalhos desenvolvidos no Cidra USP,

    citados como referncia.

    Utilizao das Cunhas

    Utilizao da Cunha de Stanton (MRA - CQ - 04)

    A cunha deve ser utilizada sobre um chassi de raios-X comum e

    posicionada perpendicularmente ao eixo nodo-ctodo. A mAs necessria para

    uma dada quilovoltagem depender da tela intensificadora e do filme utilizado,

    como tambm da distncia de exposio. A tabela 1 oferece valores padres de

    mAs para o dispositivo usando telas rpidas e filmes comuns utilizados nos

    servios de radiologia. A figura 9 mostra um filme exposto a 63 kVp. Os crculos

    da direita representam as exposies de referncia transmitida pelo bloco de

    polietileno. Os crculos da esquerda representam o feixe transmitido pela cunha

    de cobre, mostrando um gradiente de densidade, sendo que, os mais escuros

    foram transmitidos por degraus mais finos, indicado por um crculo menor entre as

    duas colunas. Para este caso especfico, a densidade de igualdade aponta o

    degrau nmero 5. Este degrau chamado de degrau de ajuste.

    Unidade Monofsica

    Unidade Trifsica

    Distncia da Fonte

    Superfcie da Mesa (cm)

    Regio til

    kVp mAs mR mAs mR 50 40 - 55 75 600 55 450 100 55 - 70 35 120 26 90 100 70 - 85 10 58 7 43 100 85 - 100 2,2 20 1,6 15 100 100 - 115 0,9 18 0,6 12 Tabela 1 - Valores tpicos de exposio em mAs para vrias quilovoltagens para ecran universal e filme verde . A distncia foco-filme (DFF) de 50 cm para regio 40 - 55 kVp e 100 cm para as outras regies.

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    20

    Para o caso particular da curva de calibrao, figura 11 corresponde a 63 kVp. As

    curvas de calibraes apresentadas neste trabalho foram realizadas utilizando

    equipamentos do Servio de Fsica Mdica e Radioproteo do HCFMRP-USP,

    mas em cumprimento a legislao em vigor, devem ser realizadas por laboratrios

    devidamente credenciados.

    Utilizao da Mini-Cunha de Cameron (MRA - CO - 05)

    Para utilizar o dispositivo, coloque um filme periapical na abertura

    existente na sua parte inferior e exponha o conjunto ao feixe de raios-X, de tal

    forma que a cunha seja posicionada perpendicularmente ao eixo nodo-ctodo. A

    mAs necessria para uma dada kVp depender da velocidade do filme e da

    distncia de exposio. A tabela 2 mostra valores de mAs para a mini-cunha, para

    filme peripical da Kodak tipo E. A figura 10 mostra um filme exposto a 75 kVp.

    Para este caso particular, a densidade ptica se igualou no ponto intermedirio

    entre os degraus 5 e 6. Na curva de calibrao da figura 12 corresponde a

    quilovoltagem de 75 kVp.

    Unidade

    Monofsica Distncia da Fonte

    Superfcie da Mesa (cm)

    kVp mAs

    35 45 180

    35 50 120

    35 60 70

    35 70 35

    35 80 20

    Tabela 2 - Valores tpicos de exposio em mAs e mR para vrias quilovoltagens para filmes periapicais tipo E . A distncia foco-detetor de 35 cm.

    Variao na intensidade do feixe do aparelho de raios-X, tipo de

    filme ou processamento do filme, podem requerer um valor diferente de mAs,

    conforme tabelas anteriores, para se obter a densidade adequada na coluna de

    referncia. Esse ajuste no afetar a exatido do dispositivo. A densidade ptica

    de referncia deve estar entre 0,5 e 1,5, sendo o valor 1,0 o valor mais

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    21

    apropriado. Se o filme for muito escuro ou muito claro, a exposio deve ser

    repetida sobre um novo filme com alteraes apropriadas nos valores de mAs.

    Para cada par de colunas, determine qual par de crculos

    apresentam densidades mais prximas da igualdade. Utilizando os olhos na

    comparao destas densidades pode-se conseguir uma exatido de

    aproximadamente um degrau. Entretanto se um densitmetro for utilizado na

    comparao das densidades uma exatido de 0,2 degrau pode ser alcanada.

    Contando os degraus de cima para baixo, indicado por um crculo menor entre as

    duas colunas, na coluna at o degrau em que as igualdades se igualem ou at os

    dois degraus entre os quais a igualdade ocorra, pode-se determinar o degrau

    mais exato. Utilizando princpios de interpolao pode-se melhorar esta preciso.

    Para interpolar, use a frmula mostrada nos seguintes exemplos. A

    densidade ptica (DO) da coluna de referncia subtrada da DO do degrau

    nmero 7. A DO do degrau 8 ento subtrada da DO do degrau 7. A diferena

    entre o degrau 7 e o degrau 8 dividida pela diferena entre o degrau 7 e a

    coluna de referncia . O quociente mais o nmero do degrau dar o exato valor

    do degrau de igualdade, que para este caso especfico 7,6.

    Degrau N Do do

    degrau

    DO da

    referncia

    7 1,44 1,35

    8 1,29 1,35

    Caso a DO dos crculos da coluna de referncia variar, use uma

    densidade ptica mdia da coluna de referncia na regio prxima ao degrau de

    igualdade.

    Exemplo 02

    6

    7

    8

    9

    1,44

    1,29

    1,36

    1,35

    1,35

    N de degrau

    = + =--7 7 6

    1 44 1 351 44 1 29

    , ,, , ,Degrau de "Igualdade"

    Exemplo 01

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    22

    4

    5

    6

    7

    1,,27

    1,18

    1,13

    1,11

    1,14

    N de degrau

    8

    1,08 1,10

    1,11

    M = 1,12

    Potencial de Pico (kVp)

    Nm

    ero

    de D

    egra

    u

    Nm

    ero

    de D

    egra

    u

    Aps a igualdade do degrau ter sido determinada, encontre o degrau de

    igualdade no eixo vertical das curvas de calibrao apropriada para determinar a

    kVp nas figuras 11 e 12 .

    Degrau de igualdade:

    Degrau

    N

    DO do

    degrau

    DO da

    referncia

    6 1,18 1,14

    7 1,08 1,10

    Figura 11 - Cunha de Calibrao da Cunha de Stanton.

    6,66 08,118,112,118,1 =+= -

    -

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    23

    Utilizando o valor do exemplo, siga a linha horizontal do nmero do

    degrau (7,6) encontrado at encontrar a apropriada curva de calibrao. No ponto

    onde a linha horizontal encontra a curva de calibrao, desa at o eixo horizontal

    e poder encontrar 88,0 kVp.

    Para um teste completo, vrias posies de kVp devem ser verificadas.

    Isto deve ser efetuado pelo menos uma vez ao ano. A mais comum kVp utilizada

    deve ser verificada tambm para cada mA normalmente utilizada. Testes de rotina

    (por exemplo, cada ms) devem ser efetuados para uma ou duas quilovoltagens

    mais comumente utilizadas no aparelho a ser testado.

    Outros Artigos de Interesse

    Stanton,L., Light Foot, D.A. e Mann, S. - A Penetrameter Method for Field kV

    calibration of Diagnostic X-Ray Machines, Radiology, 87, 87,l966.

    Ardran, G.M. , Crooks, H.E. - Checking Diagnostic X-Ray Beam Quality, British

    Journal of Radiology, 41, 193, 1968.

    Figura 12 - Curva de Calibrao da Cunha de Cameron

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    Barnes, G.T., Nelson ,R.E. and Witten;D.M "A Comprehensive Quality

    Assurance Program; A Report of Four Years Experience at the University of

    Alabama in Birmingham", Proceeding of Symposium: Application of Optical

    Instrumentation in Medicine, V. SPIE, 1976.

    Jacobson, A.F., Cameron, J.R., Siedband, M.P. and Wagner, J. .Test Cassette

    for Measuring Peak Tube Potential of Diagnostic X-Ray Machines, Medical

    Physics, Vol.3, n 1, 1976.

    The Physics of Radiodiagnosis, Report D., Series n 12. Hospital Physicists

    Association, 47 Belgrave,London SWIX 8QX, 1974

    Ghilardi Netto,T., Cameron,J.R. -Garantia de Qualidade em Radiodiagnstico,

    FFCLRP-USP - 1979.

    Radiation Measurements,Inc., Quality Assurance in Radiology, Middleton, Wi,

    USA, 1981.

    Cruty, M. R. , Ghilardi Netto, T. - Evaluation of Spectral Response of the

    Wisconsin Mammographic kVp Cassettes, Medical Physics, 7, 151, 1980.

    Ghilardi Netto , T. , Cameron, J.R. - An Inexpensive kVp Penetrameter, Medical

    Physics, 12(2) , 1985.

    Ghilardi Netto, T., Algumas Contribuies visando a Evoluo do Controle de

    Qualidade em Radiodiagnstico, Tese apresentada FFCLRP-USP para o

    concurso de Livre Docncia, 1986.

    Ghilardi Netto, T. - A New kVp Tool and Its Sensitivity to Spectral Changes.

    Revista Brasileira de Engenharia Biomdica, 692) 46-52, 1989.

    Dispositivo para Testar o Tempo de Exposio

    Um tempo incorreto pode

    causar uma exposio insuficiente ou uma

    superexposio reduzindo assim a

    vantagem diagnostica da radiografia.

    Assim sendo, o tempo torna-se um

    parmetro importante de ser avaliado para

    garantir o melhor funcionamento.

    O cronmetro digital para

    Figura 13A - Cronmetro

    Digital de raios-X

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    25

    avaliao do tempo de exposio MRA (fig. 13 A.) permite determinar o tempo de

    exposio com uma preciso de 2 ms no modo trifsico e de 16 ms no modo

    monofsico. Outro recurso importante do dispositivo uma sada para

    osciloscpio ou para uma placa de aquisio AD, a qual possibilita avaliar o sinal

    da forma de onda da quilovoltagem, tornando-o um equipamento primordial na

    avaliao da forma de onda de tubos de raios-X.

    Descrio do Sistema de Deteco

    Utilizando um diodo de silcio como detector de raios-X (Fotodiodo

    PIN), o cronmetro de raios-X MRA um dispositivo imprescindvel no controle de

    qualidade de radiodiagnstico.

    O sistema apresenta indicaes instantneas do tempo de

    exposio em quatro dgitos . O dispositivo permite fazer medidas de intervalos

    de tempo de poucos milsimos at 9999 milsimos de segundo ou 9,99

    segundos, faixa de tempo condizente com as medidas de tempo de exposio

    dos equipamentos de raios-X para diagnstico. A zeragem do contador

    efetuada automaticamente e concomitantemente ao incio da contagem de tempo.

    Uma chave seleciona o medidor para mquinas de raios-X de uma fase ou

    trifsicas e de potencial constante, isto com o objetivo de se obter melhor preciso

    nas medidas de tempo. Para mquinas de uma fase, com retificao de meia

    onda, com freqncia de 60 Hz a indeterminao da ordem de 16 ms, tempo

    este correspondente ao intervalo entre os pulsos de aplicao da voltagem ou do

    feixe de raios-X propriamente. A exposio mnima para deteco da ordem de

    200 mR / s.

    Utilizao do Dispositivo

    O dispositivo permite a sua utilizao em tenses de 127 e 220 V.

    Portanto antes da sua utilizao deve-se verificar a tenso da rede local. No

    painel posterior do equipamento contm uma chave que permite mudar as

    condies de funcionamento e adequ-lo para qualquer das duas tenses. Desta

    forma ligue o equipamento que de imediato dever acender os dgitos do visor

    digital. Posteriormente coloque o interruptor selecionador de forma de onda na

    posio monofsica ou trifsica dependendo do tipo de aparelho de raios-X. Para

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    26

    melhor exatido utilize quilovoltagens acima de 50 kVp, preferencialmente 80 kVp.

    Para verificar o tempo de exposio posicione o dispositivo sobre uma superfcie

    plana e ajuste o localizador a uma altura prxima do detector, conforme figura

    13B. Nestas condies, efetue o disparo para determinar o tempo de exposio, o

    qual ser mostrado no visor digital em tempo real. O tempo medido em

    milisegundos. O cronmetro

    contm um dispositivo que zera

    automaticamente, portanto para

    uma nova medida basta repetir a

    exposio.

    Em princpio, as medidas

    independem das distncias,

    entretanto deve-se salientar que

    a diminuio de intensidade pode

    acarretar medidas de tempos

    menores do que as reais. Para

    estabelecer os limites de

    utilizao, em termos de

    distncia, determine os valores

    de tempo para diferentes

    distncias foco-detector. Se os

    valores forem repetitivos significa que as medidas esto sendo realizadas dentro

    da faixa ideal de trabalho do detector.

    Avaliao de Exposio Automtica

    O phototimer ou exposimetro de um aparelho de raios-X pode ser

    avaliado pelo uso de dois blocos de alumnio, fornecidos com o dispositivo de

    teste de resoluo de baixo contraste MRA. Coloque um chassi carregado no

    suporte de bucky e centralize a metade do chassi. Coloque um bloco de alumnio

    sobre a mesa, na posio de varredura do detector de exposio automtica (

    rea sensvel ) e colime o bloco. Blinde a rea do chassi que no ser usada e

    exponha o chassi. Coloque mais um bloco de alumnio sobre o detector de

    Figura 13B - Arranjo experimental para

    avaliao do tempo de exposio.

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    27

    exposio automtica "exposmetro" e centralize a outra metade do chassi.

    Repita a exposio e revele o filme de forma usual. Se a exposio automtica

    estiver em condies apropriadas, as densidades das duas imagens no devero

    apresentar diferena significante. Repita este procedimento para cada rea

    sensvel.

    Dispositivo para Medir Tamanho de Ponto Focal

    O tamanho do ponto focal de

    tubo de raios-X de crucial importncia

    para determinar os detalhes de uma

    imagem de raios-X. Entretanto, o ponto

    focal tpico no circular ou quadrado,

    mas tem uma forma totalmente irregular.

    Assim sendo, as especificaes do

    tamanho destas formas to irregulares tem

    levado a discusses polmicas. O

    problema torna-se ainda mais polmico

    quando os padres da NEMA* nos EUA

    passaram a permitir "tamanhos especficos"

    maiores do os tamanhos reais. A exemplo,

    um tamanho de ponto focal especfico de

    1mm pode ter valores mximos de 1,4 X 2,0

    mm. O tamanho do ponto focal pode ser

    medido por diferentes tcnicas como a

    imagem de um orifcio "pin-hole" ou a

    imagem de um padro estrela "star patlern".

    A tcnica utilizada no modelo da MRA para

    avaliar, de interpretao mais simples do

    que os dois mtodos citados anteriormente,

    pois ele pode avaliar o tamanho do ponto

    Figura 14A - Dispositivo de Teste de Ponto Focal MRA.

    Figura 14B - Arranjo experimental para avaliao do tamanho do ponto focal

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    28

    focal efetivo com exposies de somente poucos mAs. O dispositivo de teste de

    ponto focal detectar deterioraes no ponto focal antes das imagens clnicas

    serem efetuadas.

    Descrio

    O dispositivo para testar ponto focal da figura 14A pode ser utilizado para

    avaliaes simples e convenientes do tamanho de pontos focais. Este dispositivo

    permite medir tamanho de pontos focais efetivos de 0,3mm a 2,4mm com

    exposies de somente poucos mAs. o dispositivo de teste um alvo de metal

    pesado com 11 pares de grupos de fendas "padres de barra" de diferentes

    tamanhos. Cada grupo consiste de trs fendas; os grupos de pares so

    arranjados de forma tal, que as fendas se dividem em dois grupos adjacentes

    perpendiculares entre si. O espao entre as fendas nos 11 grupos de pares,

    segue uma escala de decrscimo de 16% de 0,84 pares de linha / mm a 5,66

    pares de linha / mm. O padro de teste montado no centro de um disco de lucite

    de 7,62 cm de dimetro, o qual contm uma blindagem de chumbo. Existem dois

    pequenos furos separados por uma distncia de X cm, para o presente modelo da

    MRA 2,3 cm, na superfcie blindada, para avaliar a ampliao e com isto localizar

    a distncia fonte de raios-X. O padro est a 15,2 cm acima da base do

    dispositivo.

    Procedimentos

    Para tubos de raios-X suspensos no teto, distncia entre o padro

    de fendas e o ponto focal do tubo deve estar sempre a 46 cm. Coloque o

    dispositivo diretamente sobre o filme, conforme figura 14B. Deve-se usar um filme

    de raios-X de gro fino e sem telas intensificadoras (ecrans), tal como filme RP ou

    um "Envelope Preto". Assim, gire o dispositivo at que um grupo de fendas

    esteja no sentido do eixo ctodo-nodo. A adoo desta converso resultar em

    uma orientao padro para as imagens dos pontos focais. A distncia foco-filme

    (DFF) de 61 cm e a ampliao de 4/3. Faa uma exposio na tcnica mais

    comum utilizada ou seja kVp e mA, aproximadamente 10 mAs. Fatores tpicos

    podem ser, DFF 61 cm, 80 kVp e 10 mAs. Sendo que o tamanho do ponto focal

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    29

    pode variar com a mA e kV. A mesma mA e kV deve ser usada em um programa

    de controle de qualidade em andamento para uniformidade dos resultados.

    Para avaliar a ampliao, mea a distncia entre as imagens, dos

    dois furos, sobre o filme

    conforme mostra a figura 15.

    Com ampliaes de 4/3 a

    distncia deve ser 4/3 X, para o

    presente modelo da MRA, 3,0

    cm. Se esta distncia for menor

    que 3,0 cm e o espao entre o

    dispositivo de ponto focal e o

    filme estiver correto, abaixe o

    tubo de aproximadamente 2 ou

    3 cm e repita a exposio.

    Continue a abaixar o tubo at

    que a distncia de 3 cm seja

    alcanada. Inversamente, se a distncia da imagem for maior do que a requerida,

    erga o tubo e repita a exposio. Quando a

    distncia apropriada for alcanada anote

    esta distncia para futuras referncias. A

    diferena entre est distncia e a de 61

    cm o erro do indicador DFF. Se este for

    maior que 2% da DFF, o erro deve ser

    corrigido.

    Interpretao do Filme

    Procure a imagem do menor grupo, paralelo ao eixo nodo-ctodo

    onde todas as trs barras sejam resolvidas sobre o filme. Um grupo de barras

    considerado resolvido, quando as imagens de todas as trs barras puderem ser

    vistas claramente sobre o campo de raios-X, conforme figura 15. Pontos focais

    de raios-X no, so usualmente circulares e freqentemente so dois pontos

    aproximadamente juntos. Um ponto focal duplo pode resultar em uma imagem

    com quatro barras, esta uma resoluo falsa e no deve ser confundida com

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    30

    resolues apropriadas, as quais resultam em imagens de trs barras. O grupo de

    linhas perpendiculares pode ser usado independentemente para encontrar

    ambas, dimenses de um ponto focal, ou todas as seis barras em um grupo

    podem ser usadas juntamente para encontrar a maior dimenso do ponto.

    Menor grupo resolvido

    Grupo de pares de linha / mm

    Ampliao = 4/3 Dimenso maior do ponto focal (mm)

    1 0,59 3,4 2 0,70 2,9 3 0,84 2,4 4 1,00 2,0 5 1,19 1,7 6 1,41 1,4 7 1,68 1,2 8 2,00 1,0 9 2,38 0,8 10 2,83 0,7 11 3,36 0,6 Pelo fato dos tamanhos dos grupos de barras sofrerem variaes de

    tamanho, o erro neste teste pode atingir o valor mximo de 16%.

    Tabela 3 - Tamanho de ponto focal efetivo para magnificao de 4/3

    Na tabela 3 encontra-se o nmero de grupos e o tamanho real do

    padro (par de linhas / mm). A coluna da direita da tabela lista as maiores

    dimenses do ponto focal efetivo para cada par do grupo de barras quando

    usado um fator de ampliao de 4/3. Por exemplo, quando o fator de ampliao

    de 4/3 usado e somente os grupos de 1 e 2 so resolvidos, a maior dimenso

    do ponto focal ser 2,0 mm.

    Os padres da NEMA (National Electrical Manufactures Association dos EUA, um

    grupo sem autorizao do governo) para desempenho de tubos de raios-X

    permitem que o tamanho do ponto focal efetivo seja consideravelmente maior do

    que o tamanho do ponto focal nominal ou especificado. A tabela 4 apresenta os

    padres do NEMA. Ela mostra os limites superiores para tamanho de pontos

    focais. Por exemplo, um "ponto focal de 1,0 mm" pode ser 1,4 x 2,0 mm e ainda

    estar dentro das especificaes. A tabela 5 apresenta limites aceitveis de

    tamanho de ponto focal para outros valores de tamanhos nominais.

    Durante os testes de padres, o padro de barras colocado a 46 cm

    do ponto focal do tubo de raios X e o filme 15 cm abaixo do padro, resultando

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    31

    em uma ampliao de 4/3. Se o tamanho de um par de linha, uma barra e um

    espao, multiplicado pela ampliao for igual ou menor do que o tamanho do

    ponto focal, o par de linha no ser resolvido na imagem.

    Tamanho do ponto focal nominal Tolerncia para eixos curtos f < 0,8 mm -0, + 0,5 f 0,8 mm f 1,5 mm - 0, + 0,4 f f > 1,5 mm - 0, + 0,3 f Complementando a tolerncia acima, a dimenso longa sobre uma linha do foco pode ser 1,4 vezes a dimenso curta. Tabela 4 - Padres do NEMA para tamanhos de pontos focais medidos

    Tabela 5 - Limites aceitveis de tamanho de ponto focal (NCRP - Report 99, 1988)

    Referncia

    NEMA Standard XR5 - 1974, Page 5, 155 E 44th St., New York, NY 10017.

    NCRP N 99, Quality Assurance for Diagnostic Imaging Equipment, 1988.

    Dimenses mximas de ponto focal Tamanho nominal (mm) Largura (mm) Comprimento (mm) 0,05 0,075 0,075 0,10 0,15 0,15 0,15 0,23 0,23 0,20 0,30 0,30 0,25 0,40 0,40 0,30 0,45 0,65 0,40 0,60 0,85 0,50 0,75 1,10 0,60 0,90 1,30 0,70 1,10 1,50 0,80 1,20 1,60 0,90 1,30 1,80 1,00 1,40 2,00 1,10 1,50 2,20 1,20 1,70 2,40 1,30 1,80 2,60 1,40 1,90 2,80 1,50 2,00 3,00 1,60 2,10 3,10 1,70 2,20 3,20 1,80 2,30 3,30 1,90 2,40 3,50 2,00 2,60 3,70

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    Outros Artigos de Interesse

    Bernstein,H., et al., Routine Evaluation of Focal Spots, Radiology, Vol. III, No.

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    Bookstein,J.J. and Steck W.. Effective focal Size, Radiology, Jan. 1971

    Hendee, W.R. and Chaney,E.L., X-Ray Focal Spot: Practical Consideration,

    Applied Radiology, May-June, 1974.

    Mattson,O., Focal Spot Variations with Exposure Data: Important Factors in

    Daily Routine , Acta Radiologica - Diagnosis, Vol. 7, 1968.

    Moores,V.M. and Roeck, W. , The Field Characteristics of focal Spot in

    Radiographic Imaging Process, Investigative Radiology, Jan-Feb, 1973

    National Bureau of Standards, Methods of Evaluating Radiological Equipment

    and Materials: Recommandations of the ICRU, NBS Handbook 89, U.S.

    Government Printing Office, Washington, DC, 1962.

    National Electrical Manufacturers Association, Standard XR5 - 1974, P. 5, New

    York, 1974.

    Rao, G.U.V., Effective Focal Spot Size, Investigative Radiology, July-August,

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    Rao,G.U.V. and Bates,L.M., The Modulation Transfer Functions of X-Ray Focal

    Spots, Physics in Medicine and Biology, Jan. 1969.

    Robinson,A. and Grimshaw. Measurement of Focal Spot Size of Diagnostic X-

    Ray Tubes - a Comparison of Pinhole and Resolution Methods, British Journal of

    Radiology, July 1975.

    Dispositivo para Testar Colimador e

    Dispositivo para Testar Alinhamento Vertical de Feixe de Raios-X Um problema comum de unidades de raios-X o desalinhamento entre o campo de luz indicado e campo de raios-X. Este desalinhamento pode causar uma exposio desnecessria ao paciente, como tambm a perda de detalhes importantes. O dispositivo de testar colimao destinado a avaliar o alinhamento do colimador.

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    33

    O mximo desalinhamento recomendado 2% da distncia foco-filme (DFF).

    Para complementar o

    alinhamento do campo de luz com o

    campo de raios-X, a legislao vigente

    tambm recomenda que o centro do

    campo do raios-X deve ser menor do

    que 2% da DFF do centro do receptor

    de imagem e que o feixe deve ser

    perpendicular ao plano do receptor de

    imagem. O dispositivo de alinhamento

    de feixe, conforme figura 16A, quando

    usado com o dispositivo de testar a

    colimao, pode determinar a

    centralizao do feixe, e auxiliar no alinhamento vertical do feixe de raios-X.

    Para usar o dispositivo, coloque-

    o sobre a superfcie de um chassi, conforme

    figura 16B, na superfcie da mesa, de tal forma

    que o mesmo esteja na posio perpendicular

    ao feixe do raios-X. Ajuste a DFF para 100 cm.

    Ajuste o colimador para que as bordas do

    campo de luz coincida com o desenho

    retangular. Sugerimos que o dispositivo seja

    orientado de tal forma, que a pequena marca

    quadrangular existente em sua superfcie

    corresponda a posio do ombro direito de um

    paciente. Isto permite localizar a direo do

    colimador, caso qualquer erro seja detectado

    aps a revelao. Se o dispositivo de

    alinhamento de feixe tambm for usado,

    (cilindro de lucite na figura 16A), o mesmo deve ser colocado no centro do

    dispositivo para testar colimador.

    Figura 16A - Dispositivo de teste de alinhamento de feixe colocado sobre o dispositivo de teste de colimador.

    Figura 16B - Arranjo experimental para avaliao da coincidncia de campo de

    luz e radiao .

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    34

    Interpretao dos Resultados da Imagem

    Se o campo de raios-X cair sobre a imagem do campo de luz ter-se- um bom

    alinhamento. Se uma

    borda do campo de

    raios-X cair sobre o

    primeiro ponto ( 1 cm)

    afastado da linha, isto

    mostrar que a borda

    do campo de raios-X

    e o campo de luz

    estaro desalinhadas de

    1% da DFF a 1 metro

    ,conforme figura 17.

    Similarmente, uma

    borda caindo sobre o

    segundo ponto

    ( 2 cm) indicar um

    erro de 2%.

    Desalinhamento maior

    do que 2% da DFF dever ser corrigido.

    Se apenas o dispositivo do colimador for usado, o alinhamento para

    uma determinada distncia no garantir o alinhamento de todas as outras

    distncias. Aconselha-se repetir o teste para alguma outra distncia comumente

    usada. Exposies sugeridas e erros permitidos a diferentes distncias so

    mostrados na tabela 6.

    Distncia entre a fonte e o campo de luz (Superfcie da mesa)

    Fatores de exposies para combinaes ecran universal e filme verde

    Desalinhamento mximo permitido ( 2% da DFF )

    90 cm 60 kVp, 2 mAs 1,8 cm 120 cm 60 kVp, 3 mAs 2,4 cm 180 cm 100 kVp, 2 mAs 3,6 cm Tabela 6 - Fatores de exposies, distncias e percentagem de erro alinhamento para combinaes de tela universal e filme verde.

    Para distncias diferentes de 100 cm a distncia entre a imagem

    retangular e as bordas do campo de raios-X deve ser medida utilizando a escala

    Figura 17 - Filme de raios-X dos testes de colimador e alinhamento de feixe, mostrando o alinhamento do colimador e campo de luz dentro de 1 cm e perpendicularidade do feixe ao redor de 1,5 .

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    35

    sobre o dispositivo de colimao ou uma rgua e posteriormente comparada aos

    valores fornecidos na tabela para a DFF usada.

    O dispositivo de testar alinhamento vertical de feixe, contm duas

    esferas de ao com dimetros de 0,8 mm, uma diretamente abaixo da outra e

    separadas por 15 cm. A perpendicularidade e centralizao do campo de luz deve

    ser verificada pela distncia entre as sombras das esferas de ao superior e a

    esfera colocada na superfcie inferior do dispositivo. Este teste pode ser melhor

    realizado se o dispositivo for colocado sobre uma folha de papel branco. Aplica-se

    o seguinte critrio para a DFF de 1 metro. Se as imagens das duas esferas de

    ao se sobrepe, conforme figura 18A, a centralizao melhor do que 1% e a

    perpendicularidade do raio central est dentro de 0,7o. Se a imagem da esfera

    superior (sombra maior) interceptar o primeiro crculo, conforme figura 18B o feixe

    estar centrado dentro de 2% e o raio central estar desviado de 1,4o da

    perpendicular. Se a imagem da bola superior interceptar o segundo crculo

    conforme figura 18C, o desalinhamento ser de 2% e deve ser corrigido.

    Utilizao das Canetas Dosimtricas

    Uma caneta dosimtrica uma

    cmara de ionizao que utiliza o princpio

    do eletroscpio para medir exposies de

    radiao. Assim sendo, ela deve ser

    carregada pelo dispositivo da figura 19. Para

    carregar coloque o dosmetro sobre o contato

    do dispositivo de carregar, e pressione

    levemente at que a escala seja iluminada,

    A B C

    Figura 19 - Caneta dosimtrica

    e seu carregador

    Figura 18 - Interpretao da imagem das duas esferas de ao no dispositivo de

    teste de alinhamento de feixe.

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    36

    caso no esteja na posio zero pressione um pouco mais para acionar o

    dispositivo de carregar. Com o auxlio do boto de zerar procure levar a fibra at a

    posio desejada. Assim o dosmetro estar pronto para ser exposto. Existem

    dosmetros de caneta de baixa energia, construdos com o material apropriado

    cuja escala mxima atinge os valores de 200 mR, 1,5 R, 5 R etc, o mais comum

    canetas de 200 mR para baixa energia. Assim sendo, deve-se tomar o devido

    cuidado na escolha dos detectores de radiao, e para o caso do radiodiagnstico

    a escolha deve recair em cmaras de ionizao de baixa energia. A dependncia

    de energia altamente importante.

    Intensidade do Feixe para Tubo de Raios-X Convencionais (mR/mAs)

    As leituras iniciais do dosmetro em mR podem ser divididas pelas

    mAs com variaes de sada de aparelhos. Ajuste o feixe de

    raios-X para um campo de 10 cm x 10 cm, conforme figura 20, para uma

    DFF igual a 1 metro. Para 80 kVp a sada para aparelhos monofsicos deve ser

    aproximadamente de 4,6 mR/mAs e para trifsico o valor deve ser ao redor de 6

    mR / mAs. Um aparelho que no apresente estes valores e tenha uma sada

    mais alta ou mais baixa deve ser avaliada para kVp, mAs, e filtragem

    insuficiente ou excessiva.

    Figura 20 - Forma correta de posicionar a caneta dosimtrica

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    37

    Para estimar a exposio em mR / mAs para diferentes kVp e

    filtragem, utilize o grfico da figura 21.

    Exemplo

    Determine a exposio da pele para 80 kVp, filtragem total de 3,5 mm Al, 100

    mA, 0,2 s (50 mAs) e distncia foco-pele (DFP) de 75 cm.

    Resposta: Encontre 3,5 mm no eixo dos x, posteriormente suba at

    encontrar a curva de 80 kVp e depois siga na horizontal at encontrar o eixo dos y

    e ento ,encontrar o valor de 4,2 mR / mAs. Para uma mAs igual a 50, o valor da

    exposio 100 cm ser igual a 210 mR; Portanto, para 75 cm obter-se- uma

    exposio de (100/75)2 = 373 mR.

    mR / mAs em funo da filtragem para vrias kVp, para raios - X de onda monofsica retificada completa. Para trifsico multiplique mR / mAs pelo fator 1,7.

    Filtragem Total ( mm Al ) Figura 21

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    Figura 22 - Conjunto de atenuadores de alumnio da CRS, caneta

    dosimtrica e carredor.

    Determinao da Camada Semi-Redutora

    A determinao da camada semi-redutora (CSR) do feixe de raios-X

    um mtodo prtico e aceito para especificar a qualidade do mesmo. A medida

    da CSR fornece informao sobre a

    filtrao total existente no feixe de

    raios-X para uma determinada kVp.

    Pouca filtragem resulta em radiao

    desnecessria ao paciente. Em

    alguns casos, tal como mamografia,

    CSR muito alta, reduz o contraste da

    imagem, aumentando as possveis

    perdas de informaes diagnsticas.

    Assim sendo, um conjunto de

    atenuadores, uma caneta dosimtrica com seu carregador, conforme figura 22,

    so os dispositivos necessrios para serem utilizados na determinao da

    camada semi redutora (CRS) pela aplicao de um mtodo tradicional

    esquematizado na figura 23.

    A camada semi-redutora para aparelhos de raios-X convencionais

    ou de fluoroscopia normalmente medida 80 kVp e deve todas a vezes ser

    medida na mesma kVp. As recomendaes para CSR para vrias quilovoltagens

    esto mostradas na tabela 6.

    Figura 23 - Arranjo experimental para determinao da camada semi-redutora.

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    39

    A kVp, mA e tempo para a medida inicial devem ser escolhidos de

    tal forma que se possa conseguir uma leitura prxima do valor mximo da escala,

    sem nenhum absorvedor de alumnio adicional no feixe. O feixe de raios-X deve

    ser colimado para minimizar o tamanho do campo e apenas para cobrir o

    dosmetro, conforme figura 20. A colimao muito importante, principalmente

    para permitir que apenas ftons do feixe til atinjam o detector. Especificamente

    para aparelhos de fluoroscopia ajuste a abertura fluoroscpica aproximadamente

    para o tamanho do dosmetro. Suspenda a caneta dosimtrica a meia distncia

    entre o tubo de raios-X e o intensificador de imagem. Se possvel coloque uma

    chapa de chumbo sob o dosmetro para reduzir o retroespalhamento da superfcie

    da mesa. So desejveis duas leituras para se verificar a consistncia de sada

    da intensidade dos raios-X. Medidas adicionais so efetuadas com a mesma mA

    e o mesmo tempo, mas com espessuras crescentes de lminas atenuadoras de

    alumnio puro, colocadas a meia distncia entre a fonte de raios-X e o

    dosmetro. Repita este procedimento at a leitura do dosmetro ser reduzida a

    menos da metade de seu valor inicial. Lanando as leituras do dosmetro em

    funo da espessura de alumnio pode-se determinar a curva completa, mas para

    a verificao de garantia de qualidade alguns pontos prximos ao ponto esperado

    da CSR j sero suficientes. Os atenuadores podem ser suspensos, com auxlio

    de fitas adesivas, prxima superfcie do colimador para aparelhos

    convencionais. Se o primeiro atenuador for preso como mostra a figura 24, ele

    servir de suporte para as prximas placas de alumnio. Para aparelhos de

    fluoroscopia os filtros so colocados sobre a mesa e o dosmetro deve ser

    colocado numa posio acima da superfcie da mesa

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    Quando as leituras dos dosmetros forem lanadas em funo da

    espessura de alumnio em papis de grficos lineares ou semi-log, a CSR pode

    ser facilmente determinada, conforme grfico no anexo 1.

    Intervalo de Operao

    designado ( kVp) Potencial Medido (kVp)

    Camada Semi-Redutora Mnima em mm de Alumnio Puro

    Abaixo de 50

    30 40 49

    0,3 0,4 0,5

    50 70 50 60 70

    1,2 1,3 1,5

    Acima de 70

    71 80 90 100 110 120 130 140 150

    2,1 2,3 2,5 2,7 3,0 3,2 3,5 3,8 4,1

    Tabela 6 - Recomendaes de camadas semi-redutoras mnimas para vrias

    kVps.

    Figura 24 - Posicionamento das lminas de alumnio para determinao da camada semi-redutora.

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    Referncias

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    Radiodiagnosis, London, 1997.

    McCullough, E.C. and Cameron, J.R., Exposure rates from Diagnostic X-Ray

    Units", British Journal of Radiology, 43, 448, 1970.

    Morgan, T.J.,Smith, L.B. and Hashmi, Z.R., ffects of Measuring Apparatus on

    X-Ray Attenuation Measurements", National Bureau of Standarts, SP456, 1976.

    NCRP REPORT N 99 , Quality Assurance for Diagnostic Imaging Equipment,

    1988.

    Gray,J.E., Winkler,N.T.,Stears,J. and Frank,E.D.. Quality Control in Diagnostic

    Imaging. an Aspen Publication, 1983.

    Avaliao da Consistncia das Estaes de mA atravs da

    Determinao do Coeficiente de Linearidade

    Descrio

    A sada em mR / mAs para diferentes estaes de mA devem permanecer

    essencialmente constante se a kVp e a distncia forem mantidas constante . Para

    uma determinao quantitativa da consistncia da estao de mA deve-se medir

    o coeficiente de linearidade como descrito abaixo. As normas vigentes vm

    estabelecendo limites aceitveis para o coeficiente de linearidade entre estaes

    adjacentes

    Procedimento

    Primeiramente coloque uma lamina de chumbo sobre a superfcie da mesa.

    Isto reduz drasticamente o retroespalhamento e elimina variaes devido a

    diferentes condies de espalhamento. Uma caneta dosimtrica com fundo de

    escala de 0-500 mR ou 0-200 mR ento colocada na superfcie de chumbo.

    Assim, centralize o tubo e colime o dosmetro. Utilize uma kVp e uma distncia

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    que sejam rotineiramente utilizadas clinicamente. Registre esta informao no

    protocolo de dados. Deste ponto em diante no varie a kVp e a distncia

    durante as medidas.

    Inicie as medidas com a estao de mais baixa mA e utilize um tempo de

    exposio que alcance aproximadamente o valor de fundo de escala no

    dosmetro. Tome dez exposies e registre as leituras de exposio. As

    exposies devem ser realizadas no intervalo de uma hora, desta forma o

    protocolo deve conter espao para anotar o tempo inicial e final das medidas.

    Some as exposies medidas e divida por 10 vezes a mAs para obter o valor

    mdio da mR / mAs (X1)

    O mesmo procedimento deve ser usado para cada estao

    consecutiva de mA. Para cada estao de mA, escolha um tempo de exposio

    que alcance aproximadamente a leitura de fundo de escala. Aps a obteno dos

    dados para cada estao de mA e a determinao da mdia mR / mAs, (X1). para

    cada estao , pode-se determinar o coeficiente de linearidade O coeficiente de

    linearidade entre duas estaes de mA consecutivas determinado dos

    seguintes valores:

    a) A diferena absoluta da mdia mR / mAs entre as duas estaes

    de mA, como por exemplo C1-C2.

    b) A soma dos valores mdios mR / mAs das duas estaes, por exemplo C1+C2.

    O coeficiente de linearidade a diviso do item a por b. Ser

    satisfatrio se o seu valor for igual ou menor que 0,10. Isto corresponde

    aproximadamente a uma diferena de 22% em mR / mAs entre as duas estaes

    de mA.

    Se o coeficiente de linearidade entre as duas estaes adjacentes

    de mA, no for satisfatrio recomendvel que seja feito uma avaliao da kVp

    do aparelho para cada estao de mA. Desta forma, h necessidade de um

    servio especializado para realizar o ajuste.

    Avaliao da Consistncia de Sada (Reprodutibilidade) de uma

    Unidade de Raios-X

    Descrio

    Os testes de reprodutibidade podem ser realizados utilizando uma

    caneta dosimtrica, um carregador e a placa de chumbo fornecido pela MRA.