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QFD e Análise do Valor Curso: Empreendedorismo, Design e Engenharia de Produtos Paulo Peças EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 2 QFD - Quality Function Deployment Metodologia que: permite entender as necessidades e requisitos do consumidores e fornecer uma disciplina para garantir que essas necessidades e requisitos são transpostos para a especificação do produto. A “voz do cliente” é ouvida e compreendida por todos os elementos da empresa e incorporada no produto. Ferramenta integradora de métodos de Especificação do Produto – análise estruturada. EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 3 QFD - Quality Function Deployment A Qualidade é difícil de especificar Paul Lillrank, 2005, Helsinki University of Technology EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 4 QFD - Quality Function Deployment Os gaps da abordagem tradicional EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 5 QFD - Quality Function Deployment World wide quality EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 6 QFD - Quality Function Deployment Casa da Qualidade Representação gráfica e sistematizada Hierarquiza prioridades do cliente Permite o benchmarking com a concorrência em termos de qualidade e técnicos Permite relacionar os requisitos do cliente com as características de qualidade Promove a discussão facilmente Percepção do cliente (Avaliação da Concorrência) Classificação importância Requisitos do Cliente Especificações do produto Comparação técnica 1 2 3 4 6 5 7 8 9 Valores objectivo Avaliação da dificuldade técnica Valores objectivos reais 10 Interacções entre os Requisitos do Cliente e as Especificações do produto Matriz das correlações

QFD e Análise do Valor - fenix. · PDF file3 EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 13 QFD - Quality Function Deployment Passo 10 - Análise Evidência Diagnóstico Linha Vazia

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QFD e Análise do Valor

Curso:Empreendedorismo, Design e Engenharia de Produtos

Paulo Peças EDEP - QFD e Análise do Valor Paulo Peças 2

QFD - Quality Function DeploymentMetodologia que:

permite entender as necessidades e requisitos do consumidores e fornecer uma disciplina para garantir que essas necessidades e requisitos são transpostos para a especificação do produto.

A “voz do cliente” é ouvida e compreendida por todos os elementos da empresa e incorporada no produto.

Ferramenta integradora de métodos de Especificação do Produto – análise estruturada.

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QFD - Quality Function DeploymentA Qualidade é difícil de especificar

Paul Lillrank, 2005, Helsinki University of Technology

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QFD - Quality Function DeploymentOs gaps da abordagem tradicional

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QFD - Quality Function DeploymentWorld wide quality

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QFD - Quality Function DeploymentCasa da Qualidade

Representação gráfica e sistematizadaHierarquiza prioridades do clientePermite o benchmarking com a concorrência em termos de qualidade e técnicosPermite relacionar os requisitos do cliente com as características de qualidadePromove a discussão facilmente

Percepçãodo cliente

(Avaliação daConcorrência)

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Requisitosdo Cliente

Especificaçõesdo produto

Comparação técnica

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Valores objectivo

Avaliação da dificuldade técnica

Valores objectivos reais10

Interacções entre os Requisitos do

Cliente e as Especificações

do produto

Matriz das correlações

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QFD - Quality Function DeploymentExemplo

Kenneth Crow , 2002

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QFD - Quality Function DeploymentExemplo

DM Stewart , 2002

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QFD - Quality Function DeploymentAbordagem proposta pelo QFD

QD is defined as a methodology that “converts user demands into substitute quality characteristics, determines the design quality of the finished good, and systematically deploys this quality into component quality, individual part quality and process elements and their relationships.” AKAO, 1997.

Parâmetros de controlo de qualidade

Parâmetros críticos do processo

Componentes críticosEspecificação do produto(Características de qualidade)

Planeamento da produção

Planeamento do processo

Planeamento dos componentes

Planeamentodo produto

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Especificaçãodo produto

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Variáveisde controlo

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Métodos de controlo

ProdutoProduto

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QFD - Quality Function DeploymentDesdobramento da Função Qualidade

"A group of courageous people working in harmony pursuing the finest detail to unlock the organization and roll out products that the multitudes

in the marketplace will value." Glenn Mazur

HinShitsu

KiNouTenKai

develop; expansion (opposite of compression) Deployment}

} nobility, money, value, quality Quality

function; facility; faculty Function}http://www.solon.org/cgi-bin/j-e/dict

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QFD - Quality Function Deployment

Construção da Casa da QualidadePasso 1 - Identificação dos requisitos do consumidor: Os requisitos são classificados de acordo com a sua importância relativa e agrupados por afinidades. Passo 2 - Identificação dos requisitos do projecto: Como é que os requisitos do consumidor vão ser satisfeitos a nível do projecto e Como vão ser verificados sobre o produto final.Passo 3 - Preencher a matriz das relações: Identificação e classificação do tipo de relações entre os requisitos do consumidor (Passo 1) e os requisitos do projecto (Passo 2). Estas relações são classificadas em forte, média e débil, para identificar os requisitos do projecto com maior influência na satisfação de um determinado requisito do consumidor e a ausência e/ou inadequabilidade das relações.Passo 4 - Avaliação competitiva e argumentos de venda: Avaliação da posição competitiva no mercado e identificação dos pontos fortes em relação à concorrência, que podem ser considerados potenciais argumentos de venda, e dos pontos fracos, que requerem acções de melhoria. Selecciona-se o produto concorrente mais importante e classifica-se cada um dos requisitos do cliente de 1 (pior) a 5 (melhor) para os produtos em causa.Passo 5 - Classificação da dificuldade técnica dos requisitos do projecto: A classificação da dificuldade técnica pondera a dificuldade de execução técnica, o custo necessário para obter a especificação e a dificuldade de alterar o projecto. Esta classificação ajuda a definir os objectivos do projecto, ou seja, as especificações e respectivas tolerâncias.

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QFD - Quality Function Deployment

Construção da Casa da QualidadePasso 6 – Quantificação dos requisitos do projecto: especificações (Quanto...?). Esta quantificação pode revelar alguma dificuldade, especialmente numa fase muito inicial de desenvolvimento do produto e se não existe experiência com produtos e/ou especificações similares. Se o produto já existe e está numa acção de re-engenharia e de melhoria, o projecto de engenharia é uma boa fonte de informação para este levantamento. Passo 7- Avaliação competitiva técnica da quantificação dos requisitos do projecto:Comparação do produto com os produtos concorrentes.Passo 8- Cálculo da importância técnica: Multiplica-se, para cada requisito do projecto, a importância dos requisitos do consumidor relacionados pela importância da relação. O somatório destes produtos representa a importância técnica absoluta. A relativa obtém-se em percentagem pela divisão da importância absoluta de cada requisito pela soma total.Passo 9 - Preenchimento da matriz de correlações: Identificação de eventuais correlações entre os requisitos do projecto. A classificação em positiva e negativa é decisiva para o estabelecimento de acções de melhoria, nomeadamente quando a dificuldade técnica de alterações de um requisito do projecto é elevada. Neste caso, poderá ser possível procurar caminhos alternativos através de outros requisitos com ele correlacionados, cuja modificação indirectamente determine uma melhoria ou uma maior facilidade na execução de uma especificação de elevada dificuldade técnica.

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QFD - Quality Function DeploymentPasso 10 - Análise

Evidência Diagnóstico

Linha Vazia na Matriz de Relações Desejo do consumidor não satisfeito (faltam Requisitos do Projecto).

Coluna Vazia na Matriz de Relações

Sobre-dimensionamento.

Pontos CríticosAbaixo da concorrência na Avaliação Competitiva de mercado e abaixo da concorrência na Avaliação Técnica eForte ou média relação

Pontos de ConflitoAbaixo da concorrência na Avaliação Competitiva e Acima da concorrência na Avaliação Técnica eForte ou média relação.

Área de OportunidadePosição competitiva de mercado fraca quer para o produto em análise quer para o(s) produto(s) concorrentes

Indispensável MelhorarPosição competitiva de mercado do produto em análise fraca e do produto concorrente forte

Esforço de Engenharia Inconsequente

Especificações onde o produto em análise está abaixo do produto concorrente ea importância da especificação é elevada.

Dificuldade de Alterar o Projecto Dificuldade Técnica elevada (4 ou 5)

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QFD - Quality Function DeploymentInformações gerais

Anos 60, Japão, Yoji Akao“By the time design quality is determined, there should already existcritical quality assurance points that are needed to ensure certainqualities. Why then, could we not note these critical points on the QC process chart as predetermined control points or check points for production activity, prior to production startup?”

1972, Akao, Quality Deployment System – quality charts1978, Kobe Shipyards of Mitsubishi Heavy Industry

“systematized the true quality (customers’ needs) in terms of functions, then showed the relationship between these functions and the qualitycharacteristics, which were the substitute quality characteristics.”

1978, Yoji Akao e Shigeru MizunoQuality Function Deployment: A Company Wide Quality Approach. JUSE Press.

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QFD - Quality Function DeploymentInformações gerais

Anos 70/80: Expansão do QFD em várias empresas japonesas, publicação de vários papers.Anos 80/90: Disseminada e implementada nos EUA e Europa (Alemanha).Actualmente: Disseminada globalmente, utilizada principalmente no indústria automóvel e electrónica. Utilização depende dos países e dos sectores: 30 a 60% das empresas utilizam na fase de desenvolvimento de produto.

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Análise do Valor

Técnica de organização do processo de inovação, com o objectivo de, simultaneamente:

minimizar os custos de produção;

garantir um nível de qualidade que satisfaça as necessidades objectivas e subjectivas do utilizador.

“Accomplishing the FUNCTIONS that the costumer wants and needs at the lowest COST” – Lawrence Miles 1947.

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Análise do Valor

Abordagem AV:Custo ≠ VALOR

Função: efeito ou acção de um produto que responde a uma necessidade.Necessidade: é independente das soluções inovaçãoAV: assenta na procura de “O que é que o produto faz” e não na definição de “Aquilo que o produto é”.

“Costs are considered necessary until another means is known to keep the performance factors without them – then they become unnecessary” LMiles 1947

RecursosesNecessidad das Satisfação

CustoFunções

Valor ==

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Análise do Valor

Abordagem AV

“Value is always increased by decreasing costs (while, of course,maintaining performance)”.“Value is increased by increasing performance if the customer needs, wants and is willing to pay for more performance”. L.Miles 1947

Características a introduzir no produto por forma a respeitar as necessidades do utilizador:

PORQUÊ um produto?QUE produto?DE QUE deve ser constituído?COMO pode ser realizado?

Define as Funções a atribuir ao produto

Conjunto de características especificadas, ao nível de:

desempenho técnicofiabilidade e manutibilidaderesistência às condições ambientaisfunções de serviço e manipulaçãosegurançacarisma

Qualidade = Satisfação das necessidades

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Análise do ValorFunções

Funções principais: aquelas para as quais o produto foi concebido e realizado.

Funções secundárias: aquelas que decorrem da utilização do produto ou que são necessárias para a satisfação das funções principais.

Funções especiais: destinadas a satisfazer um desejo particular ou a diferenciar o produto.

Funções obrigatórias ou restrições: aspectos normativos, de segurança, ambientais, etc.

Funções inúteis: funções sem qualquer correspondência com as necessidades, mas que originam custo – cuja eliminação é possível com a AV.

“the costumer wants a function. He wants something done. That is all he wants. The language of Functions is the language of the heart of the problem”. L.M. 1947

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Análise do ValorAs Fases do Método

1. Fase de Orientação – pesquisas e definiçõesPesquisas de mercado, Grupos de trabalho, Relatório de engenharia, Requisitos legais e de garantia, QFD.

2. Identificação das Funções – ênfase no clienteTempestade cerebral, Sistematização, Diagramas de Afinidade.

3. Análise Funcional – relações função/custoFAST – Tree diagrams, Pairwise comparison.

4. Fase da Criatividade – geração de alternativasTempestade Cerebral Criativa, Diagrama Espinha de Peixe, etc.

5. Avaliação e Decisão – comparação de soluções6. Implementação – validação e ajustes

“Every champion prizefighter knows how to fight. However, he would never expect to win if he didn’t have coaching” L.Miles 1947

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Análise do ValorPilares da Análise do Valor

Metodológicos

Trabalhar por objectivosGrupos interdisciplinaresAnálise sistemática ao processo

Organizativos

Garantir a aprovação e envolvimento da gestão de topoEnvolver um gestor de topo na dinâmica do processo – líder do programaSeleccionar um líder/coordenador operacional.Estabelecer rotinas de reportingValidar com gestão intermédia e de topo os objectivos da AVAtribuir uma espaço físico à equipaInformar toda a organização sobre o trabalho da equipa AVFormar a equipa.

“Stoppers, or roadblocks, always inhibit change, yet change is usually essential to avoid a dying business” L.Miles 1947

Custos

Animador de AV

FabricoProjecto

Marketing

Qualidade

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Análise do Valor

1.2 Pesquisa informação

6. Implementação

5.3 Decisão

5.2 Estudo prévio

5.1 Avaliação e selecção de ideias

4. Criatividade

3. Análise funcional

2. Identificação funções

1.1 Orientação

Serviços OperacionaisGrupo AVAnimador AVOrgãos de

DecisãoFases da AV

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Análise do Valor

Informações geraisDurante a 2ª Guerra Mundial, LMiles na General Electric:

“Como fazer para encontrar materiais mais baratos que apresentem a mesma função daqueles actualmente utilizados (níquel, crómio e platina) ?”

Anos 50, USArmy e USNavy formalizam a utilização da AV Engenharia do Valor.Anos 60, passa a ser difundida e usada na Alemanha (norma DIN) e no Japão.Anos 80, criação de Associações do Valor por todos os países ocidentais.

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Análise do Valor

Informações geraisEntre 80 a 90% de todos os novos produtos e 50 a 85% dos produtos já em produção são analisados pelo menos uma vez utilizando a AV.As reduções de custo dos casos de sucesso situam-se entre 10 a 30%.Percentagens de insucesso: 3 a 5%.Tempo dos projectos AV: Europa 5 anos, Japão 3 anos.O Japão é o pais que mais utiliza a AV, sendo a relação para a Alemanha de 10:1.Tendência actual: Gestão pelo Valor (norma EN 12973).