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1 Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte 2. Plano De Gestão Ambiental Progresso reportado pela NE: O progresso referente a todo o 2º semestre de 2015: Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos Ambientais: Revisão da planilha de avaliação de impactos, considerando o encerramento de algumas atividades e atividades concomitantes de construção e operação. Para a atualização no período foi considerado o PT nº 02001.003622/2015-08 COHID IBAMA sobre a solicitação da LO, que deu destaque a alguns impactos que, a despeito de já terem sido previstos no EIA, tiveram as ações de prevenção e/ou mitigação consideradas insuficientes pelo IBAMA – com destaque para aquelas associadas às áreas de baixio da cidade de Altamira frente à formação do Reservatório Xingu, e para as ações de manutenção da qualidade das águas do Reservatório Xingu. Análise dos objetivos e metas dos Programas e Projetos, conforme previsto no Manual de Gestão. Identificação e atualização dos requisitos legais aplicáveis Atualização da Planilha de Normas e Leis do PBA. Revisitação do Manual de Requisitos Jurídico-Ambiental, para refletir as atualizações feitas à Planilha de Normas e Leis. Enquadramento legal das não conformidades identificadas em campo, para incorporação a cada um dos registros de não conformidade, via SGP. Competência, Treinamento e Conscientização Identificação das necessidades de treinamento e realização de treinamentos ou ações necessárias, conforme estabelecido no “Manual de Treinamento, Conscientização e Competência voltado ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Comunicação No período ocorreram os seguintes eventos com os diferentes grupos (comissões, comitês, fóruns, etc) de partes interessadas: Apresentação de informações sobre o balanço de ações socioambientais e resultados pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte – 19 participantes. 10ª Apresentação de informações sobre o Projeto Parques e Orla e Viário de Altamira – 14 participantes. 10ª Apresentação de informações sobre o andamento do reassentamento rural coletivo (RRC) e reassentamento em áreas remanescentes (RAR) – 11 participantes. 10ª Apresentação de informações sobre a qualidade da água e saneamento em Altamira – 20 participantes. 8ª Reunião Ordinária da Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu e 5ª Reunião Ordinária do Comitê de Acompanhamento Permanente do Sistema de Transposição de Embarcações – STE – 12 participantes. 12ª Reunião para apresentação de informações sobre as ações e resultados pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte e resultado da pesquisa de satisfação do Sistema de Transposição de Embarcações – 15 participantes. 8ª Reunião para apresentação de informações sobre as ações e resultados pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte e resultado da pesquisa de satisfação do STE – 15 participantes. 14ª Apresentação de informações sobre o andamento das relocações urbanas em Altamira– 20 participantes. Gestão da Informação Continuidade do uso do SGP para sistematização online das informações e controle de fluxo de dados, subsidiando a comunicação gerencial entre os players. Continuidade da operacionalização do fluxo de não conformidades (NC´s), do sistema de alerta específico para NC´s e o recebimento dos seus registros do PAC, para incorporação no SIG-A, via SGP. Documentação e Controle de Documentos Elaboração, revisão e/ou aprovação dos seguintes documentos no período: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos aplicado às Obras do Entorno (PGRS-OE) R00. Padrão de Sistema de Supervisão Ambiental da Obra Principal da UHE Belo Monte R04.

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2. Plano De Gestão Ambiental Progresso reportado pela NE: O progresso referente a todo o 2º semestre de 2015: Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos Ambientais:

Revisão da planilha de avaliação de impactos, considerando o encerramento de algumas atividades e atividades concomitantes de construção e operação. Para a atualização no período foi considerado o PT nº 02001.003622/2015-08 COHID IBAMA

sobre a solicitação da LO, que deu destaque a alguns impactos que, a despeito de já terem sido previstos no EIA, tiveram as ações de prevenção e/ou mitigação consideradas insuficientes pelo IBAMA – com destaque para aquelas associadas às áreas de baixio da cidade de Altamira frente à formação do Reservatório Xingu, e para as ações de manutenção da qualidade das águas do Reservatório Xingu.

Análise dos objetivos e metas dos Programas e Projetos, conforme previsto no Manual de Gestão.

Identificação e atualização dos requisitos legais aplicáveis Atualização da Planilha de Normas e Leis do PBA. Revisitação do Manual de Requisitos Jurídico-Ambiental, para refletir as atualizações feitas à Planilha de

Normas e Leis. Enquadramento legal das não conformidades identificadas em campo, para incorporação a cada um dos

registros de não conformidade, via SGP. Competência, Treinamento e Conscientização

Identificação das necessidades de treinamento e realização de treinamentos ou ações necessárias, conforme estabelecido no “Manual de Treinamento, Conscientização e Competência voltado ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Comunicação No período ocorreram os seguintes eventos com os diferentes grupos (comissões, comitês, fóruns, etc) de

partes interessadas: Apresentação de informações sobre o balanço de ações socioambientais e resultados pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte – 19 participantes. 10ª Apresentação de informações sobre o Projeto Parques e Orla e Viário de Altamira – 14 participantes. 10ª Apresentação de informações sobre o andamento do reassentamento rural coletivo (RRC) e

reassentamento em áreas remanescentes (RAR) – 11 participantes. 10ª Apresentação de informações sobre a qualidade da água e saneamento em Altamira – 20 participantes. 8ª Reunião Ordinária da Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu e 5ª

Reunião Ordinária do Comitê de Acompanhamento Permanente do Sistema de Transposição de Embarcações – STE – 12 participantes.

12ª Reunião para apresentação de informações sobre as ações e resultados pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte e resultado da pesquisa de satisfação do Sistema de Transposição de Embarcações – 15 participantes.

8ª Reunião para apresentação de informações sobre as ações e resultados pós-enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte e resultado da pesquisa de satisfação do STE – 15 participantes.

14ª Apresentação de informações sobre o andamento das relocações urbanas em Altamira– 20 participantes.

Gestão da Informação

Continuidade do uso do SGP para sistematização online das informações e controle de fluxo de dados, subsidiando a comunicação gerencial entre os players.

Continuidade da operacionalização do fluxo de não conformidades (NC´s), do sistema de alerta específico para NC´s e o recebimento dos seus registros do PAC, para incorporação no SIG-A, via SGP.

Documentação e Controle de Documentos

Elaboração, revisão e/ou aprovação dos seguintes documentos no período: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos aplicado às Obras do Entorno (PGRS-OE) R00. Padrão de Sistema de Supervisão Ambiental da Obra Principal da UHE Belo Monte R04.

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Planilhas de Normas e Leis (dez/2015). Manual de Requisitos Jurídico-Ambiental R07.

Gerenciamento e Controle do PBA

Atualização semanal dos Pacotes de Trabalho em Nível de Gestão de Acurácia, através de reuniões dos diferentes GTs, reuniões periódicas, planilhas de coletas de informações dirigidas, e consultas individualizadas junto às Superintendências e Gerências da DS ou às empresas Coordenadoras, e elaboração de Planos de Ação, se constatado desvio.

Continuidade à realização de reuniões periódicas das diferentes instâncias e à constituição e operacionalização de GTs com participantes, matrizes de responsabilidade e cronograma de reuniões pré-estabelecidos.

Sistema de Alerta: continuidade do acompanhamento e atendimento às demandas e obrigações da NE por meio de alertas automáticos (demandas e compromissos estabelecidos por meio de ofícios/correspondências, licenças, condicionantes, autorizações, etc.).

Continuidade à emissão semanal de Boletins para veiculação, junto à DS, do acompanhamento contínuo das trocas de correspondências, principalmente entre a NE e o IBAMA e a Funai.

Gestão da conformidade:

Operacionalização plena do Sistema de Alerta semanal específico para as não conformidades. Continuidade da adoção da versão 07 do Padrão de Sistema “Tratamento de Não Conformidades, Ações

Preventivas e Corretivas”, que permite: Identificar desvios e inserir no SGP; Executar ações de tratamento e solução (Plano de Ação); Analisar a eficácia das ações promovidas; Gerar e controlar registros, através do SGP.

Acompanhamento do Status de Atendimento às Condicionantes. Operacionalização do Sistema de Informação Georreferenciada (SIG-A), tendo ocorrido, no período:

Reparação e testes do GeoExplo (Sistema de Banco de Dados); Auxílio à estruturação e operacionalização do Banco de Dados em desenvolvimento para o PBA-CI

(SIG-I); Auxílio às Superintendências dos Meios Físico e Biótico na disponibilização e processamento de

dados cartográficos gerados no âmbito do PBA; e Importação de dados de monitoramento ambiental no Banco de Dados da NE.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. Análise de conformidade: As atividades realizadas acompanham e se adaptam à nova fase do empreendimento, que prevê atividades conjuntas de implantação e operação. Cabe ressaltar que, mesmo com a operação iminente, ainda não há procedimentos do SGA para a fase de operação. Avaliação de resultados: As ações do PGA têm gerado dados, documentos e discussões que permitem o seu funcionamento como um instrumento de supervisão/fiscalização das obras e da operação da UHE Belo Monte, principalmente com foco nos demais programas e projetos que compõem o PBA. As medidas de prevenção, mitigação e gestão propostas, e que vêm sendo colocadas em prática, constituem estratégia adequada para que se evite, controle e minimize os impactos já verificados. No período foi emitido o 9º RC, como atendimento à condicionante 2.2 da LO, que prevê a retomada da elaboração dos Relatórios Consolidados de Andamento do PBA. 3. Plano Ambiental de Construção 3.1. Programa de Controle Ambiental Intrínseco Progresso reportado pela NE: Vias de Acesso

CCBM: atividades de manutenção e melhorias nos acessos internos com nivelamento do solo com forro de brita, utilização de motoniveladoras e intensificação na umectação das vias e acessos devido ao fluxo intenso de equipamentos e ao período de estiagem;

CMBM: umectação do pátio de montagem, por meio de caminhão pipa;

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São Simão: para a via de acesso utilizada para o bota espera foram realizadas adequações como: manutenção do acesso, instalação de camaleões para evitar carreamento de sedimentos para o curso hídrico, conformação do talude montante e jusante do igarapé S/Nome, aplicação de hidrossemeadura no talude e irrigações mecanizadas diárias para auxiliar no processo de germinação das sementes.

Canteiros de Obra, Acampamentos Controles operacionais em termos de efluentes e resíduos gerados, além de outros aspectos ambientais,

são discutidos adiante, em itens independentes. Estão sendo desmobilizadas as estruturas nos sítios Canais e Bela Vista.

Áreas de Empréstimo, Jazidas, Bota-Foras e Estoques Em função da condicionante 2.4 da LI nº 795/2011 (alínea d), a Norte Energia e o CCBM têm apresentado

ao IBAMA as informações específicas para o desbloqueio de áreas para a exploração de jazidas, áreas de empréstimo, bota-fora e áreas de estoques.

Antecedendo-se à exploração e/ou utilização das áreas, são realizadas as seguintes atividades: supressão da vegetação, transporte da madeira para pátios de estocagem, limpeza final do terreno, decapeamento e estocagem do solo orgânico.

Após a conclusão da utilização da área, estas são recuperadas, seguindo as diretrizes apresentadas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (3.2-PRAD).

Tráfego, Transporte e Operação de Máquinas e Equipamentos Realização de manutenção preventiva dos equipamentos, com programação referente às horas de uso

(planilha de controle é revisada semanalmente). Nessas manutenções é verificada a existência de potenciais vazamentos e monitorada a emissão de fumaça preta (Escala Ringelmann). Os equipamentos que não cumprem os parâmetros especificados pela legislação nacional são reprovados, sendo feitas novas inspeções e ajustes até que os mesmos atendam aos padrões exigidos, antes do seu retorno às atividades na obra.

Umectação constante das vias por meio de caminhões-pipa, para reduzir o nível de partículas em suspensão.

Treinamento dos funcionários envolvidos em atendimento a emergências ambientais e em contato com as comunidades do entorno.

Disponibilização de kits de emergência nos equipamentos para utilização em caso de vazamento de óleo ou outros produtos químicos.

Plano de Manutenção programada da frota de máquinas e equipamentos, para prevenção de ocorrência de vazamentos.

Transporte de Trabalhadores e de Máquinas e Equipamentos Utilização de ônibus e vans periodicamente vistoriados pela Segurança do Trabalho. Utilização de horários diferenciados de entrada e saída dos turnos entre os canteiros de obras, para baixar

a pressão no trânsito local nas rodovias, acessos, cidades e vila residencial nos horários de chegada e saída dos ônibus.

Para o transporte de materiais, equipamentos e peças são respeitadas as normas como o porte dos equipamentos, a classe das carteiras de habilitação dos motoristas, estratégias de transporte para minimizar os distúrbios à comunidade, entre outras medidas de controle.

Identificação, por sítio, dos profissionais, equipamentos e materiais transportados. Realização de manutenção preventiva, com controle semanal, das máquinas e equipamentos, com

verificação da existência de situações que levem a potenciais vazamentos e monitoramento da emissão de fumaça preta.

Manejo de Substâncias Perigosas CCBM:

instalação, nos canteiros da obra, de tanques aéreos horizontais de combustível dotados de todos os dispositivos de proteção ambiental, com piso impermeável, canaletas de direcionamento do fluxo, separador de água e óleo, extintores, cobertura e kits de emergência ambiental.

Instalação de bacias de contenção nos tanques com capacidade igual a 110% daquelas de armazenamento do reservatório.

Solicitação das Fichas de Informações de Segurança do Produto Químico (FISPQ’s) para os fornecedores de produtos, armazenamento e manejo de produtos de acordo com a legislação, normas

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e regulamentos. Realização de abastecimentos em campo por caminhões comboios contendo kit de emergências

ambientais e incluindo bandejas aparadoras, e seguindo o Procedimento Operacional para Abastecimento e lubrificação em Campo (PO CCBM 220 33), para evitar derramamento e contaminação de solo e água.

O manuseio de explosivos é feito apenas realizado apenas por profissionais das empresas contratadas (blasters), pois os mesmos possuem treinamentos específicos e autorização para a atividade.

O armazenamento dos materiais explosivos é feito em paióis construídos dentro dos critérios estabelecidos pelo Exército Brasileiro e periodicamente vistoriados por esta instituição.

Os produtos químicos utilizados nos processos construtivos estão acondicionados e estocados em locais isolados, com restrição de acesso, contenção contra vazamentos e sinalização. As FISPQ’s estão sendo mantidas junto às substâncias perigosas utilizadas e monitoradas em campo pela área de segurança do trabalho.

CMBM: Abastecimento de combustível dentro do canteiro feito por meio de caminhão comboio, com

bandeja de contenção e pó de serra para uso na contenção ambiental em caso de eventual vazamento.

Depósito de Produtos Químicos possui piso impermeável, ventilação e contenção, sendo devidamente identificado quanto aos riscos, apresentando as FISPQs dos produtos armazenados e possuindo kit ambiental para mitigação de possíveis vazamentos.

Óleos lubrificantes e isolantes são armazenados em bacias de contenção devidamente impermeabilizadas. Quanto do transporte para as áreas de aplicação, os tambores são dispostos em pallets containers.

Estão em revisão os procedimentos da Análise Preliminar de Impactos Ambientais (APIA) para as atividades de Decapagem, Filtragem de Óleo, Transporte e Abastecimento de Equipamentos, Flushing e Teste Hidrostático, para posterior aplicação em campo.

Andritz: Plano de Emergência Individual (PEI) para transporte e armazenamento de óleo na obra. Elaboração e implantação nas frentes de serviço dos procedimentos de Análise Preliminar de

Impactos Ambientais (APIA) para as atividades de Decapagem, Filtragem de Óleo, Transporte e Abastecimento de Equipamentos, Flushing e Teste Hidrostático.

Estrutura de contenção para armazenamento do tanque de óleo. Isolux

Abastecimento de equipamentos nas frentes de obra utilizando bacias de contenção, lonas e kit de emergência ambiental.

São Simão Plant de combustível contendo piso impermeável, canaletas de direcionamento, caixa separadora de

água e óleo interligada à caixa de contenção do plant, extintor de incêndio ABC, cobertura apenas na bomba de abastecimento de combustível e kit de mitigação ambiental.

Práticas de prevenção da poluição durante a manutenção, abastecimento e lubrificação de equipamentos O abastecimento em campo é realizado pelos caminhões comboios, seguindo as diretrizes do

Procedimento Operacional para Abastecimento e Lubrificação em Campo (PO CCBM 220 33), incluindo kit de emergências ambientais em cada veículo. Os produtos químicos utilizados nas frentes de serviço dos canteiros, tais como tintas, tinners e outros são armazenados em locais isolados, com restrição de acesso, sinalizados e com contenção contra vazamentos. As FISPQ’s são mantidas junto às substâncias perigosas utilizadas.

Gestão de resíduos sólidos CCBM: O 9º RC reafirma as medidas de gestão de resíduos sólidos desenvolvidas no período, as quais já

foram listadas em relatórios anteriores. São elas: Implementação das medidas estipuladas no PGRS CCBM 220 01 – Plano de Gerenciamento dos

Resíduos Sólidos e do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PRGCC CCBM 220 01, onde está definida a metodologia para identificação, quantificação, triagem e acondicionamento dos resíduos da construção civil, a sistemática da coleta seletiva e das coletas especiais, a forma de armazenamento temporário, o transporte e a destinação ou disposição final de resíduos e rejeitos;

Triagem inicial dos resíduos nas frentes de serviço; Acondicionamento provisório nas centrais de triagem em todos os sítios construtivos; Encaminhamento para a destinação final, em locais legalizados, conforme Resolução CONAMA

307/2002 e a Lei nº 12.305/2010;

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Realização de treinamentos intensos com os funcionários do CCBM em busca dos 3R’s (redução, reutilização e reciclagem);

Disponibilização, mensalmente, de novos coletores nas frentes de serviços, os quais atendem à padronização estabelecida nos procedimentos internos e nos requisitos legais;

Tratamento dos resíduos de saúde conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS);

Áreas específicas de armazenamento com piso impermeável, sistemas de combate a incêndio e kit de emergência ambiental para os resíduos de Classe I;

Centrais de Resíduos em todos os seus canteiros de obra e Aterros Sanitários nos Sítios Pimental e Belo Monte.

CMBM Os resíduos recicláveis estão sendo destinados à empresa RECICLE, devidamente licenciada. Os materiais contaminados e resíduos Classe I são acondicionados em containers fechados e

devidamente sinalizados, e encaminhados à ECOPETRO, licenciada, localizada em Goiânia. Os resíduos não recicláveis e orgânicos estão sendo encaminhados para o Aterro Sanitário do

CCBM – Sítio Belo Monte. Os Resíduos de Serviços de Saúde estão sendo armazenados na central de resíduos ambulatoriais

para posterior destino à empresa ECOPETRO. São disponibilizados novos coletores padronizados nas frentes de serviço, de forma a incentivar a

correta segregação dos resíduos em seu ponto de origem. O CMBM busca reaproveitar alguns resíduos, como tambores metálicos de 200 L, copos

descartáveis, papel de rascunho e madeira, dentre outros materiais. Encontra-se atualmente em funcionamento a Central de Gerenciamento de Resíduos no canteiro

pioneiro do CMBM. Andritz

Os resíduos são triados na origem e encaminhados por caminhão poliguindaste à Central de Resíduos, localizada na Área 01, para verificação de material com potencial de reciclagem. Na central há quatro baias, uma para resíduos recicláveis (papel, papelão e plástico); uma para resíduos contaminados por produtos químicos; uma para fabricação de coletores a partir da reutilização de tambor e IBC, e uma para resíduo de isopor.

Os funcionários são capacitados, em integração e durante diálogos nas frentes de serviço, a buscarem o consumo racional dos recursos e também a reutilização de materiais para fins menos nobres. Foi disponibilizado pela NE um pátio ao lado da Área 1, no bota-fora IPJ, para enterrar o resíduo de madeira.

Os resíduos comuns e orgânicos são encaminhados diretamente para célula do aterro sanitário do CCBM Sítio Pimental.

Isolux Os resíduos domésticos gerados pela Isolux são recolhidos pelos caminhões do município de Vitória

do Xingu. Os resíduos de obra ainda estão armazenados, pois não tiveram volume suficiente para destinação.

São Simão Os resíduos gerados nas atividades da São Simão são devidamente identificados e dispostos no

canteiro em baias para coletas seletivas de papel, metal, produtos perigosos, lixo comum e madeira. Com relação ao resíduo comum, a empresa São Simão está mantendo-o acondicionado enquanto realiza tratativas com empresa licenciada para destinação final.

As medidas implementadas pelas empresas relacionadas ao tratamento de água e esgoto, e à gestão de emissões atmosféricas e de ruído, constam no Capítulo 6.0 deste Relatório. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, junho a dezembro de 2015. 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: As atividades realizadas no período estão acompanhando os avanços das obras, obtendo sucesso em relação ao objetivo de garantir melhor desempenho ambiental do empreendimento. Avaliação de resultados: Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0.

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3.2. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas Progresso reportado pela NE: No período de abrangência do 9ºRC (julho a dezembro de 2015), o PRAD inicia seu 4° ano agrícola de

implantação (2015/2016), atendendo ao planejamento realizado pela NE e suas executoras. Durante o período do 9ºRC, as atividades do PRAD foram direcionadas para o atendimento às demandas de

manutenção e monitoramento das estruturas que tiveram seu plantio realizado nos períodos anteriores (anos agrícolas 2013/2014 e 2014/2015). Em complemento, em novembro de 2015 foi iniciada a conformação do terreno e a implantação do sistema de drenagem definitivo das estruturas previstas para o período agrícola 2015/2016. Em dezembro de 2015 deu-se início ao plantio de espécies arbóreas, herbáceas, gramíneas (hidrossemeadura) e implantação dos refúgios de fauna.

O Quadro a seguir apresenta o Quantitativo Previsto/Realizado do PRAD, até o ano agrícola 2015/2016:

Os quantitativos propostos para o ano agrícola 2013/2014 não foram alcançados em sua totalidade, mas no ano

agrícola 2014/2015 o quantitativo planejado para execução foi largamente superado. Desde a implantação do viveiro florestal localizado na Unidade Canais e Diques, até o momento foram

produzidas 698.014 mudas. Deste total, foram utilizadas em campo 252.918 mudas divididas entre atividades de plantio e replantio.

Durante os períodos agrícolas 2012/2013, 2013/2014 e início do período agrícola 2014/2015 foram lançados aproximadamente 362.224,99 m³ de solo orgânico sobre as áreas degradadas. Em razão da infestação por gramíneas de grande porte nos plantios realizados nas áreas de PRAD do ano agrícola 2013/2014, ocasionada pelo banco de sementes contido nos solos orgânicos estocados, a partir do ano agrícola 2014/2015 iniciou-se uma mudança na metodologia de plantio, não se utilizando mais solo orgânico nas áreas de plantio arbóreo.

As atividades de conformação e implantação dos sistemas de drenagem foram realizadas em todas as áreas recuperadas no ano agrícola 2013/2014 e 2014/2015, assim como em parte das estruturas que estão englobadas no planejamento de recuperação elaborado para o ano agrícola 2015/2016. 

Foi iniciada a conformação do terreno e a implantação dos sistemas de drenagem nas seguintes estruturas previstas para execução no ano agrícola 2015/2016:BF-11, BF-27; BF-28, BF-29; BF-30; BF-32 e BF-33 (Unidade Canais e Diques) e AE-3A (Unidade Pimental).

O monitoramento das áreas em recuperação tem início a partir da conclusão do plantio, por meio de levantamentos de campo que tem o intuito de averiguar aspectos importantes para o desenvolvimento do PRAD, tais como: a taxa de sobrevivência das mudas plantadas, a necessidade de replantio,a presença de pragas, a taxa de cobertura do solo com espécies herbáceas, a eficácia dos sistemas de drenagem implantados, o desenvolvimento dos plantios executados, os tratos culturais mais indicados e o uso da área pela fauna.

Ressalta-se que a verificação da taxa de sobrevivência das mudas tem periodicidade semestral durante os dois primeiros anos e anual durante os dois anos seguintes.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, junho a dezembro de 2015. 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: O programa tem avançado, mas defasado em relação ao originalmente proposto. Em relação à análise dos indicadores definidos no Workshop do PAC para este Programa, tem-se: Indicador 1 – Quantidade de áreas recuperadas no ano agrícola

Meta - cumprir no mínimo 95% do previsto no Planejamento Anual. Com base nos dados obtidos pela Executora obteve-se 77% da meta no ano agrícola 2013/2014 e 203% da meta no ano agrícola 2014/2015.

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Apesar do atual ano agrícola (2015/2016) se encontrar no início, até o momento, foi possível obter 23% do total previsto de recuperação.

Indicador 2 – Sistema de drenagem implantado Meta - implantar os sistemas de drenagem em no mínimo 80% das estruturas planejadas para recuperação

no respectivo ano agrícola. Com base nos dados fornecidos pelo CCBM, os valores atingidos foram os seguintes: ano agrícola 2013/2014 = 86%; ano agrícola 2014/2015 = 92%; ano agrícola 2015/2016, = 63%, lembrando que este se encontra em andamento e o quantitativo tende a aumentar mensalmente.

Indicador 3 – Avaliação da taxa de sobrevivência das mudas plantadas Taxa mínima compactuada de sobrevivência das mudas = 80%. Com base nos dados de monitoramento

enviados pelo CCBM, o cálculo do índice de sobrevivência atingiu aproximadamente 77% no segundo semestre de 2015.

Indicador 4 - Esforço de fiscalização sobre as áreas interferidas. No período deste relatório a média alcançada foi de 100%, superando a meta esperada, de 80%.

Avaliação de resultados: Em atendimento ao planejamento anual de recuperação das áreas degradadas referente aos anos agrícolas

2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015 e início de 2015/2016, foram recuperadas estruturas de bota-fora, áreas de empréstimo e áreas de canteiro, que somadas totalizam 470,60 ha.

Foram utilizadas diferentes metodologias de plantio ao longo da implantação do programa, sendo elas: metodologia de plantio em formando quincôncios (96,78 ha) metodologia de plantio em Núcleos, núcleo de Anderson modelo adensado e núcleo de Anderson modelo ralo (325,54 ha), e plantio exclusivo de espécies herbáceas (36,67 ha).

As estruturas que receberam revestimento vegetal com espécies herbáceas/arbustivas no período foram as seguintes: BF-11 e o BF-27, totalizando 93,36 ha.

Foram implantados refúgios para a fauna nas seguintes estruturas: BF-11, BF-27, BF-28, BF-29 e BF-30. Até o momento foi realizada a aplicação de hidrossemeadura nas seguintes estruturas:BVSA, CTCA e CTSA

(Unidade Belo Monte); Dique 13, Dique 27, Dique 29, CTPT 01 e PDK-13 (Unidade Canais e Diques); Subestação (Unidade Pimental), totalizando nesse período o quantitativo de 146.400,00 m² lançados.

A atividade de manutenção é constituída basicamente pelas seguintes tarefas: capina e coroamento, adubação de cobertura e replantio de mudas mortas. Essas tarefas vêm sendo realizadas conforme a necessidade constatada por observação em campo, durante a fase de monitoramento.

A meta esperada para o índice de sobrevivência das mudas plantadas por estrutura é de 80%, entretanto é possível observar que algumas estruturas não alcançaram tal meta, sendo então inseridas no cronograma das atividades de replantio.

Nos levantamentos realizados nas estruturas houve constatação de uso pela fauna, principalmente nos refúgios de fauna (transposição de galhadas). Não foi verificada a presença de pragas nos plantios. Em algumas estruturas foi possível constatar início de regeneração natural por espécies arbóreas de interesse.

O monitoramento tornou possível identificar algumas estruturas onde não foi satisfatório o desenvolvimento de espécies herbáceas plantadas com matracas e/ou semeadura a lanço entre os núcleos. Como forma de reposição, será realizado novo plantio no período chuvoso atual, de forma a se estabelecer o recobrimento vegetal do solo.

Quanto à eficiência dos sistemas de drenagem implantados nas estruturas, foi constatada até o momento a presença de processos erosivos no BF-10, BF-11 e BF-33 do canteiro Canais. Os pontos erodidos estão sendo reconformados e semeados por meio de plantio manual (matracas e a lanço) com espécies herbáceas do tipo Calopogônio (Calopogonium mucunoides), Crotalária (Crotalaria juncea) e Feijão Guandu (Cajanus cajan).

Com o fim das atividades construtivas no Canal de Derivação, a partir de janeiro de 2016 ocorrerá a liberação de novas áreas para execução das atividades de recuperação ambiental. O mesmo vem ocorrendo nas Unidades Belo Monte e Pimental.

3.3. Programa de Capacitação de Mão de ObraProgresso reportado pela NE: No período continuaram as atividades do Programa, com o oferecimento de treinamentos de integração, treinamentos de reciclagem, treinamentos de capacitação do programa de mudança de função e outros. Em razão do processo de desmobilização da obra, tem ocorrido uma redução do número de capacitações de formação e de treinamento/qualificação. Para atender a demanda de alfabetização, o CCBM conta com turmas iniciadas de alfabetização que funcionam de acordo com a definição didática e pedagógica no modelo do Serviço Social da Indústria (SESI), acompanhado e coordenado pelo CAPACITAR - Para Crescer. As aulas de alfabetização acontecem na Unidade Sítio Belo Monte durante o horário de expediente.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados: Em 07 de outubro de 2015 foi realizado o 2º Workshop de Monitoramento e Avaliação do PAC, evento que teve como objetivo de discutir os indicadores pactuados no 1º Workshop, apresentando propostas de novos indicadores e expondo os resultados obtidos até setembro de 2015. Em 2015 foram atendidas as seguintes metas do Programa:

Contratação Anual de Pessoas da Região (Norte/Nordeste): meta de 60%; Percentual de Atendimento à Demanda de Alfabetização dos Funcionários Inscritos: meta de 100%; Percentual de Capacitação Inicial dos Contratados Antes de Iniciar as Atividades: meta de 100%; Reciclagem e Treinamentos Periódicos: meta de 15%; Percentual de Pessoas Contratadas do Estado do Pará: meta de 60%.

Para o Indicador do Percentual de capacitações realizadas com foco nas políticas de saúde, segurança e meio ambiente foi estabelecida a meta de 60%. Essa meta foi cumprida nos meses de janeiro, fevereiro, março, maio, julho, setembro e novembro. Nos meses de abril, junho, agosto, outubro e dezembro esse percentual variou entre 38% (abril) e 59% (agosto). O número de funcionários analfabetos formados no CAPACITAR - Alfabetização Trabalhando no ano de 2015 foi de 51 (cinquenta e um) funcionários, perfazendo um total de 187 alfabetizados desde o início da obra. 3.4. Programa de Saúde e Segurança Progresso reportado pela Norte Energia: Ver Seções 6.3.2 a 6.3.5 e Capítulo 7.0 do Relatório. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; Análise de conformidade: Ver Capítulo 7.0 do Relatório. Avaliação de resultados: Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0. Avaliação de resultados: Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0. 3.5. Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores Progresso reportado pela NE: No âmbito do Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores têm sido desenvolvidas ações de sensibilização dos funcionários e subcontratados por meio de Palestras educativas (abordando os alojados e trabalhadores); Oficinas; Visitas ecológicas; Folhetos (informativos e Dica da Semana); Distribuição de folhetos; Curso de ambientação, Capacitação de multiplicadores de educação ambiental, Apresentação dos vídeos da política ambiental e dos programas ambientais do CCBM, instalação de sinalizações ambientais e outros. No segundo semestre de 2015 foram realizadas: (i) 178 palestras; (ii) 06 oficinas; (iii) 09 visitas ecológicas. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Análise de conformidade: O programa apresenta andamento compatível com cronograma do PBA. Avaliação de resultados: Para o PEAT, no 1° Workshop de Monitoramento e Avaliação do PAC foram pactuados dois indicadores e durante o 2º Workshop (ocorrido em 07 de outubro de 2015) houve pequenas adequações de nomenclatura. Em 2015 foi atendida a meta de realização de 100% das capacitações de multiplicadores de educação ambiental em todos os meses do ano. Em relação ao Percentual de eventos realizados com foco na Educação ambiental, foi atendida a meta de 100%, exceto nos meses de maio e outubro de 2016 que foi atingido o percentual de 82% e 56%, respectivamente. A Norte Energia justificou que em outubro não foram executadas as atividades planejadas devido à redução do quadro funcional da empresa, onde grande parte dos eventos programados deviam ter sido realizada por técnicos que foram desligados. Ressalta-se que em novembro houve reestruturações e a meta voltou a ser atingida. 3.6. Programa de Desmobilização de Mão de Obra Progresso reportado pela NE: No período foram realizadas 4 reuniões para discutir o escopo do monitoramento e metodologias envolvidas no programa de desmobilização de mão de obra e acompanhamento dos trabalhos. Foi elaborado o Plano de Trabalho Detalhado (PTD) e após revisões foi concluído em 13/01/16. A pesquisa visa a informar onde estão os desmobilizados, à data da entrevista, e se estão inseridos no mercado de trabalho (formal ou informal). A aplicação do questionário de pesquisa se fará através do contato pelo telefone informado pelo desmobilizado, à data de seu desligamento formal da empresa. Os dados aferidos serão contextualizados com análises socioeconômicas do período monitorado, notadamente sobre a evolução do emprego formal na AID e no estado de Pará, informados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entre outras fontes. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O processo de desmobilização de mão-de-obra já foi iniciado e o monitoramento de desmobilização de mão de obra teve seu escopo e metodologias definidas recentemente. Contudo, as medidas que estavam sendo tomadas atendem às diretrizes estabelecidas pelo programa como a de desmobilizar inicialmente os trabalhadores migrantes, encaminhando-os para o retorno ao seu local de origem. Por sua vez, como ainda existem atividades relacionadas à montagem e pequenas obras, cada consorciada do CCBM possui uma equipe de gestão de pessoas que procura outras vagas para colocação de pessoal na própria consorciada, ficando 30 dias à disposição da consorciada para outras obras. A comunicação social entre a gestão de recursos humanos e os desmobilizados está funcionando a contento, com a integração do trabalho do sindicato que mantem uma equipe trabalho em conjunto com a equipe do CCBM. Avaliação de resultados: Foi apresentada a “planilha de acompanhamento e atualização periódica dos impactos ambientais”. O empreendedor afirmou que foram enviadas à consultoria planilhas com dados dos desmobilizados referentes aos meses de setembro, outubro e novembro de 2015. A consultoria avaliou essas planilhas e reforçou alguns dados essenciais a serem disponibilizados na planilha. Até janeiro de 2016 não havia banco de dados preenchido. 4. Plano de Atendimento à População Atingida4.1. Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias na Área Rural 4.1.1. Projeto de Regularização Fundiária Rural Progresso reportado pela NE: O empreendedor vem dando os encaminhamentos necessários e de base ao projeto de regularização, preparando instrumentos jurídicos e procedendo de forma a garantir o êxito da estratégia. No período foi dada continuidade na execução das atividades jurídicas para aquisição e desapropriação. As pastas cadastrais correspondentes aos processos de aquisição das áreas interferidas foram instruídas e elaboradas com os documentos correspondentes à formalização das aquisições e a documentação disponibilizada pelos ocupantes, além dos resultados dos diversos levantamentos cartoriais realizados.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte O desenvolvimento deste processo possibilitou que a indenização das famílias fosse realizada mediante diferentes instrumentos jurídicos e administrativos, sendo as escrituras públicas e os contratos particulares os mais comuns. Isto possibilitou a posse imediata em favor do empreendimento, bem como o adimplemento do crédito da população interferida. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados: Desde o início do empreendimento e até o presente momento foram elaboradas 2.268 análises para aquisição e desocupação de imóveis vinculados às estruturas do empreendimento, incluindo-se as necessárias às aquisições de áreas para relocação assistida, sem contar as propriedades do Núcleo Santo Antônio, que foi considerado como núcleo urbano e é objeto de trato apartado. Quanto à contratação, foram firmados 1.967 contratos na área rural de imóveis vinculados às estruturas do empreendimento, incluindo-se aqueles referentes às aquisições de propriedades por meio de Carta de Crédito (relocação assistida), excluídas as propriedades do Núcleo Santo Antônio. Em relação às ações judiciais, em janeiro de 2016 existiam 93 processos de desapropriação. O Quadro 4.1.1 apresenta os avanços do programa desde o início de sua implantação até dezembro de 2015: Quadro 4.1.1 - Execução das Atividades Jurídicas para Aquisição e Desapropriação Áreas de Intervenção Análise Documental Contratos Firmados Canteiros (BM/BV/PI) - Canais - Diques - Acessos - Reservatório Intermediário - TVR (Comunidade São Pedro/Jusante MD) 663 564Reservatório Xingu - MD/ME 428 418Reservatório Xingu - Ilhas 465 367Linha de Transmissão (LT) 147 136Vila dos Trabalhadores 7 2Termo de transmissão de posse e entrega de chaves em Reassentamento Rural Coletivo (RCC) - 28Termo de transmissão de posse e entrega de chaves em Reassentamento em Área Remanescente (RAR) 18 1Cartas de Crédito 540 443TOTAL 2.268 1.967

Fonte: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte – Janeiro de 2016. As atividades relacionadas à aquisição dos imóveis rurais já estão concluídas e foram lastreadas em documentação específica conforme o tipo de situação encontrada, conforme descrito no relatório correspondente ao Projeto 4.1.2. Nos casos dos imóveis destinados à implantação do empreendimento, a transferência da posse se deu em nome da Norte Energia, não tendo havido havendo qualquer tipo de ônus ao vendedor decorrente de eventuais irregularidades/fragilidades documentais dos imóveis. Para os imóveis destinados ao remanejamento das famílias interferidas, a Norte Energia viabilizou a documentação necessária à transferência da posse para o novo proprietário, cabendo ainda dar seguimento aos atos legais necessários à sua regularização. Neste caso, no entanto, tendo em vista a complexidade das situações encontradas, ainda se farão necessários trabalhos adicionais de longo prazo para que se ultime a regularização dos imóveis. Considerando este contexto, a Norte Energia tem disponibilizado apoio técnico às famílias reassentadas no sentido de que as pendências documentais dos imóveis que porventura ainda persistam não dificultem a sua reinserção socioeconômica no novo local, como o caso das questões ligadas à obtenção de crédito rural.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

4.1.2. Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias Progresso reportado pela NE: Todas as ações previstas para o projeto foram concluídas: (i) delimitação da área total interferida pelo empreendimento; (ii) formalização da Declaração de Utilidade Pública (DUP); (iii) constituição do Fórum de Acompanhamento Social de Belo Monte (FASBM); (iv) realização dos cadastros fundiário, socioeconômico e físico-patrimonial; (v) elaboração de laudo de avaliação patrimonial; (vi) negociação; (vii) pagamento; (viii) liberação de área interferida. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto foi executado segundo o proposto no PBA. Ainda se encontra em andamento ações exigidas pelo órgão ambiental recentemente. Avaliação de resultados: O Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias cumpriu com seus objetivos ao viabilizar o processo de indenização em áreas rurais interferidas pela construção do empreendimento. Do total de 1.478 processos de aquisição de áreas destinadas à abertura e melhoramento dos acessos e à implantação dos canteiros e reservatórios, 1.391 foram negociados de forma amigável (94%), sendo apenas 87 casos negociados judicialmente. Quanto às áreas destinadas à implantação das Linhas de Transmissão, do total de 238 propriedades, 208 foram negociação amigável. Dos imóveis rurais adquiridos, 439 foram por meio da concessão de Carta de Crédito, beneficiando famílias de proprietários e não proprietários. Destas, 437 já compraram suas novas áreas, uma está em processo de contratação e uma família está à procura de área para posterior contratação e aquisição. Estas duas áreas representam acordos realizados pela Norte Energia, diretamente com os beneficiários ou com a intermediação da Defensoria Pública da União. De um total de 142 famílias optantes pelas modalidades de Reassentamento Rural Coletivo e Reassentamento Individual em Áreas Remanescentes, 40 famílias fizeram a opção para o Reassentamento Individual em Áreas Remanescentes (RAR), e 102 famílias fizeram opção para Reassentamento Rural Coletivo (RRC). Mediante a anuência do IBAMA, a Norte Energia implementou o Plano de Ação de Relocação Assistida com Benefícios, que resultou na conversão de 74 opções por RRC em CARTA DE CRÉDITO. Em função de exigências do órgão ambiental (formalizado no documento Of. 02001.009885/2015-12 DILIC/IBAMA), o empreendedor estabeleceu condições para a retomada da remoção compulsória e demolição das casas nas ilhas e beiradões no rio Xingu. As etapas de execução dessa revisão de tratamento de reassentamentos de ribeirinhos foram as seguintes: 1 – Ocupantes de ilhas Atualização cadastral – outubro e novembro de 2015. Organização de rodadas de avaliação com DPU – outubro de 2015. Rodadas de análise de ofertas já realizadas – outubro a dezembro de 2015. Relocação – janeiro a abril de 2016. 2 – Pescadores já removidos Atualização cadastral – outubro e novembro de 2015. Organização de rodadas de avaliação com DPU – dezembro de 2015. Rodadas de avaliação – dezembro de 2015 a fevereiro de 2016. Relocação – março a julho de 2016. 3 – Ribeirinhos da área rural Atualização cadastral – outubro e novembro de 2015. Organização de rodadas de avaliação com DPU – outubro de 2015. Rodadas de negociação – dezembro de 2015 a fevereiro de 2016. Relocação – março a julho de 2016. 4 – Ribeirinhos da área urbana Atualização cadastral – outubro e novembro de 2015. Organização de rodadas de avaliação com DPU – outubro de 2015. Rodadas de avaliação – dezembro de 2015 a maio de 2016. Relocação – julho a dezembro de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Já foram feitas ofertas a 36 famílias de moradores/ocupantes de ilhas, independente da relação com a atividade pesqueira, por meio da NE e IBAMA, no entanto essas negociações estão paralisadas até a finalização das oficinas que o governo Federal está conduzindo. As ofertas que foram feitas são opções para relocação destas famílias em ilhas emergentes (RIR) ou em porções emersas remanescentes (PER), estas famílias terão acompanhamento de empresa especializada responsável pelo monitoramento das condições de vida das mesmas, a fim de sinalizar a necessidade de adoção de medidas corretivas. 4.1.3. Projeto de Reassentamento Rural Progresso reportado pela NE: O Projeto de Reassentamento Rural Coletivo encontra-se devidamente licenciado e obteve a LI nº 10/2015 expedida pela SEMAT de Vitória do Xingu, município onde se localiza o empreendimento. O processo de relocação foi iniciado no mês de setembro e atualmente totaliza 27 famílias relocadas para seus lotes. Tem sido realizado o acompanhamento social das famílias optantes do RRC. Nesse processo, foi dada atenção especial às famílias e indivíduos em situação de fragilidade social que necessitassem de cuidados especiais, ao mesmo tempo em que se identificavam as eventuais demandas que pudessem ser atendidas através dos programas assistenciais de caráter público e a outros projetos do PBA. Complementarmente, a Norte Energia concedeu às famílias optantes do RRC o valor de R$900,00 mensais a título de “aluguel social” e mais R$900,00 mensais a título de manutenção provisória. Também estão em andamento as ações da equipe da ATEs - Assessoria Técnica, Social e Ambiental – ATES. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: A adesão à modalidade do reassentamento rural coletivo está encerrada, totalizando 27 famílias optantes. O atendimento se completará com a implantação da infraestrutura do reassentamento e mudanças das famílias. Avaliação de resultados: O Projeto de Reassentamento Rural Coletivo de Vitória do Xingu já se encontra em fase final de implantação, atendendo a 27 (vinte e sete) famílias que fizeram sua opção por esta modalidade. O projeto será encerrado após a conclusão da destinação do único lote que ainda não está ocupado e finalizados os ajustes em algumas obras de infraestrutura do RRC (rede de eletrificação e abastecimento de água (em fase de conclusão),cercas de perímetro da área e de divisão entre os lotes e melhorias nos acessos internos). Outra ação a ser concluída é a Obtenção de Licença de Operação do RRC. Em reunião e vistoria realizada durante a 11ª missão de monitoramento, constatou-se que todas as mudanças para o RRC foram efetivadas, tendo sido feitas algumas entrevistas com os reassentados. As famílias já estão passando pelo processo de Assessoria Técnica, Social e Ambiental – ATES previstas por três anos e prorrogáveis por mais dois anos. A adesão à modalidade do reassentamento rural coletivo foi inferior ao previsto inicialmente ao PBA. De acordo com a Norte Energia, tal condição fundamenta-se no fato de as famílias que tinham esta modalidade como uma das alternativas de relocação terem preferido a modalidade de relocação assistida através da Carta de Crédito (não proprietário rural residente). A opção pela relocação assistida (carta de crédito) por parte do público do RRC foi acordada com o IBAMA através do OF 02001.001935/2015 – 13 DLIC, em resposta ao Plano de Ação para Tratamento de Relocação (CE 0023/2015 – S) apresentado pela Norte Energia. 4.1.4. Projeto de Reorganização de Áreas Remanescentes Progresso reportado pela NE: Encontra-se em andamento as obras de infraestrutura dos 40 lotes criados para reassentamento rural individual (RAR). Os lotes do RAR estão sendo dotados das mesmas infraestruturas disponibilizadas para o Reassentamento Rural Coletivo - RRC, composta de acessos, casa de moradia, poço tubular, fossa séptica, cerca de divisa e rede de energia elétrica. Alguns problemas administrativos, impediram que o cronograma inicialmente estabelecido para a conclusão das casas fosse cumprido, no entanto, independentemente do término das obras, a Norte Energia autorizou que as famílias dessem início à exploração de seus lotes. Até o momento 25 famílias possuem autorização específica da Norte Energia para este fim. A finalização da implantação da infraestrutura nos lotes, bem como o relato das atividades desenvolvidas, serão realizados no âmbito do projeto 4.1.3. – Reassentamento Rural Coletivo, com conclusão prevista para março de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte As famílias tem recebido uma verba mensal de R$1.800,00, sendo R$900,00 a título de aluguel social e R$900,00 a título de manutenção provisória, condição esta que será assegurada até a relocação definitiva das mesmas. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto tem sido realizado visando atender o objetivo de garantir o uso e a ocupação economicamente viáveis das áreas remanescentes, de forma a evitar o deslocamento compulsório das famílias atingidas, garantindo sua manutenção nas mesmas localidades ondem vivem. A Norte energia informou que houve alteração de prazo para a finalização das obras de readequação dos remanescentes viáveis e da implantação da infraestrutura do RAR prevista para março de 2016, tendo sido esta atividade incorporada no escopo do projeto 4.1.3 – Reassentamento Rural coletivo. Vale ressaltar que a Norte Energia vêm atendendo à condicionante 2.7 da LO nº 1317 de 2015, que dispõe sobre a necessidade de pagamento de aluguel social às famílias optantes pelo RAR. Avaliação de resultados: Em relação ao Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica, das 219 áreas analisadas, 15 demandaram intervenções necessárias para a relocação das famílias interferidas para as áreas remanescentes, sendo que as obras de readequação já foram realizadas, conforme já apresentado em relatórios predecessores. Não obstante a pendência de algumas intervenções, todas as 15 famílias continuam residindo nelas, sem prejuízos ao desenvolvimento de suas atividades econômicas e sociais. A formação de blocos de terras pela reorganização de fragmentos de áreas resultantes da aquisição total de imóveis, foram reorganizados 110 fragmentos que vieram a constituir 21 (vinte e um) blocos de terras parcelados em 38 (trinta e oito) lotes com área mínima de 75 ha. Além destes, mais dois lotes foram disponibilizados para esta opção de remanejamento, totalizando 40 lotes nesta modalidade. Esses dois lotes situam-se lindeiros ao rio Xingu, na sua margem esquerda, no município de Altamira/região da Assurini, e destinam-se a duas famílias de ribeirinhos. 4.1.5. Projeto de Reparação Progresso reportado pela NE: No período foram realizadas um total de 86 atividades, sendo 43 ações referentes ao projeto de criação de peixes em viveiros escavados, 36 ações do projeto de criação de galinha caipira em sistema semiconfinado e 7 do projeto de Sistemas Agroflorestais ou roças consorciadas - SAFs. As ações desenvolvidas incluem capacitações, reuniões, visitas técnicas, distribuição de materiais, organização social e produtiva. Continuaram as atividades realizadas pela equipe de Articulação Social, que tem como objetivo a reconstituição dos modos de vida sob novas bases, junto aos beneficiários e vizinhos. Foram realizadas mobilizações para as reuniões de planejamento e mutirões, tanto os de construções dos aviários, como os de plantio dos SAFs e os de soltura dos alevinos. Ainda assim, após a primeira fase de implantação física dos projetos, começaram a ser desenvolvidas atividades de cunho estritamente social, focados na integração e resgate dos vínculos sociais e afetivos dos beneficiários com a família extensa e vizinhança da propriedade, inseridos na nova realidade que estão vivendo. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade:

O projeto está sendo implementado conforme cronograma adotado a partir do 2º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes. Os resultados efetivos deste Projeto estão associados ao compromisso da continuidade do processo participativo iniciado e da implantação das ações de reparação. Como atividade precedente do processo estima-se conclusão da etapa de mobilização de grupos de interesse até outubro de 2016. Avaliação de resultados: De um modo geral, as ações de reconstituição dos modos de vida do público-alvo do Projeto de Reparação vêm sendo desenvolvidas de forma compatível com os anseios dos beneficiários, apresentando resultados positivos, tanto para a segurança alimentar, geração de renda, quanto para o resgate das práticas socioculturais nos modos produtivo,

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte ambiental e social, quanto para o fortalecimento dos laços e vínculos familiares e com a vizinhança nas diversas localidades. É planejado que as atividades de execução das ações continuarão em desenvolvimento, tanto para o público atendido no período de junho de 2012 até dezembro de 2015 com o acompanhamento produtivo e, também, com a consolidação das ações de reconstituição dos modos de vida, como um todo, quanto para as famílias beneficiárias do Projeto que mudaram para as novas localidades no segundo semestre de 2015 – famílias optantes pela Realocação Assistida por Carta de Crédito; Reassentamento Rural Coletivo (RRC) e Reassentamento em Áreas Remanescentes (RAR). Para estas famílias serão desenvolvidas todas as etapas metodológicas de planejamento e execução das ações do Projeto de Reparação. 4.2. Programa de Recomposição das Atividades Produtivas Rurais 4.2.1. Projeto de Apoio à Pequena Produção e à Agricultura Familiar Progresso reportado pela NE: Desde o início das atividades do Projeto de Apoio à Pequena Produção e à Agricultura Familiar (4.2.1) foram elaborados 310 Perfis de Entrada-PE para as famílias beneficiárias de ATES. Este quantitativo de PE indica o número de famílias que tiveram pelo menos um atendimento técnico no âmbito do Projeto de Apoio à Pequena Produção e à Agricultura Familiar. O atendimento regular do projeto abrange atualmente 230 famílias distribuídas por 8 municípios, organizados em 6 setores e um reassentamento.

A Norte Energia vem desenvolvendo um trabalho para localização das famílias que negociaram suas áreas a terceiros. De um total de 147 imóveis vendidos ou com indícios de venda, 106 beneficiários (72%) foram localizados e 62 (42%) assinaram o Termo de Desistência de ATES. Muitos beneficiários nesta condição não assinam o referido documento com receio de perderam qualquer benefício futuro referente ao empreendimento. Entre os que assinaram, 38 (26%) apontam diretamente a venda da propriedade, 5 (3%) declaram que o arrendamento da área é mais vantajoso no momento e 19 (13%) alegam que preferem morar na cidade pelas oportunidades atuais de emprego ou por motivo de saúde de algum membro da família. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados: O Projeto de Apoio à Pequena Produção e Agricultura Familiar vem cumprindo com seus objetivos, na medida em que tem propiciado apoio às famílias remanejadas, por meio das estratégias de ATES, a estruturarem-se dentro da nova realidade produtiva e de moradia. Até novembro de 2015, o processo de remanejamento através da relocação assistida (carta de crédito) tem encaminhado famílias para atendimento de ATES, sendo que das 4.191 cartas de crédito rurais negociadas, 251 famílias receberam visitas técnicas da equipe do projeto para elaboração do Perfil de Entrada e assinatura Termo de Adesão, das quais 170 estavam sendo atendidas regularmente, em dezembro de 2015. As demais famílias beneficiárias do processo de relocação assistidas encontram-se em situação não passível de atendimento da ATES por diferentes motivos: propriedade localizada além de 200Km da origem; venda do imóvel; arrendamento da área;

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte beneficiário ainda não assumiu a propriedade ou a mantém sem atividade agropecuária; entre outros. Das famílias residentes no Trecho de Vazão Reduzida e nas proximidades dos canteiros de obras, nas vilas de Belo Monte e Belo Monte do Pontal, foram visitadas todas aquelas que indicaram no Cadastro Sócio Econômico Rural - CSE, a agricultura e/ou pecuária como atividade de renda, o que constituiu um grupo de 26 famílias atendidas. Além do público descrito acima, são atendidas 05 famílias pertencentes à Associação Estrela que Brilha, do município de Vitória do Xingu. O processo de mudança dos optantes do Reassentamento Rural Coletivo - RRC teve início em setembro de 2015, e 27 famílias já receberam seus lotes, sendo que 24 destas estão residindo, enquanto 3 estão organizando sua ida em definitivo para o lote. As famílias residentes estão recebendo ATES e as não residentes estão sendo acompanhadas. 4.2.2. Projeto de Recomposição das Atividades Produtivas de Áreas Remanescentes Progresso reportado pela NE: Cinco famílias estão sendo atendidas do município de Vitória do Xingu são públicos-alvo desse Projeto, conforme Quadro 4.2.2-1.

As cinco famílias que já são alvo de tratamento pela equipe da ATES permaneceram em propriedades que apresentaram remanescentes considerados viáveis, às quais se agregarão mais 40 famílias optantes que ocuparão lotes fruto da reorganização de remanescentes inviáveis de outras propriedades. Apesar dessas 40 famílias ainda não residirem nos lotes, 25 delas já os exploram do ponto de vista agropecuário, tendo por base autorização específica da Norte Energia. Desta forma, a ATES iniciou seus trabalhos por meio de visitas técnicas, apresentando os objetivos do projeto e dos serviços que são ofertados, a forma como serão realizadas as atividades de assistência técnica e, considerando o interesse demonstrado, coletou a assinatura dos beneficiários em Termo de Adesão específico. Na oportunidade também foi aplicado o Perfil de Entrada, caracterizando a composição familiar, situação produtiva da área, condições de vulnerabilidade social, entre outros aspectos que subsidiarão o planejamento das ações de ATES em relação a esse grupo. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: O projeto vem implantando as suas ações de execução contínua, constituídas basicamente de visitas técnicas, capacitações e dias de campo. O projeto 4.2.2 está iniciando o atendimento de novas famílias, considerando a evolução deste Projeto, bem como do Projeto 4.1.4 destinado à reorganização de áreas remanescentes. Do ponto e vista metodológico os trabalhos de ATES seguem procedimentos já estabelecidos e concordantes com a estratégia geral empregada nos demais projetos dessa natureza, em especial o projeto 4.2.1. Nesse sentido, a Norte Energia solicitará a incorporação do presente projeto 4.2.2 ao Projeto de Apoio à Pequena Produção e Agricultura Familiar (4.2.1), que deverá ter a atenção necessária para realizar a abordagem inicial na etapa imediatamente posterior à mudança das famílias, garantindo que outras condicionantes não inviabilizem os serviços da ATES. Sendo assim, tendo-se em conta o tempo de

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte duração do projeto, os serviços de ATES naturalmente proporcionarão às famílias atendidas as ações e serviços que possibilitarão o desenvolvimento produtivo dos beneficiários e a consolidação da sua nova condição socioeconômica nas áreas recebidas. 4.2.3. Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais Rurais Progresso reportado pela NE: No dia 07 de maio de 2015 ocorreu uma reunião com o IBAMA para alinhamento do entendimento entre o empreendedor e esse Instituto quanto às atividades do Projeto. Com a emissão do Parecer 02001.003622/2015-08 do órgão ambiental foi recomendado que a previsão de encerramento do projeto era muito curta e não permitia avaliação definitiva sobre a condição de recomposição das atividades. O Parecer recomenda, enfaticamente, que “a recomposição das atividades comerciais rurais que ainda permanecem em processo de negociação deverá ter acompanhamento por no mínimo, igual tempo que os dois estabelecimentos vêm sendo recompostos”. Tal recomendação vem sendo seguida e os 7 estabelecimentos da comunidade Assurini já recompostos estão sendo acompanhados em seu novo local de instalação, feitos os relatórios fotográficos das recomposições e realizados os Planos de Recomposição da Atividade, no âmbito do Projeto 4.5.1. Para os 4 comércios restantes será aplicado o mesmo procedimento seguindo todas etapas. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: A meta desse projeto de “Atender aos 27 (vinte e sete) estabelecimentos comerciais identificados na pesquisa socioeconômica realizada, ao longo de 03 (três) anos de implantação” foi considerada atendida pela Norte Energia. O número de comércios foi definido com a finalização do CSE em 22 (vinte e duas) atividades comerciais. Assim, a meta mudou de 27 (vinte e sete) estabelecimentos comerciais para 22 (vinte e dois). Até janeiro de 2016, 11 atividades comerciais e de serviços na área rural haviam sido negociadas e 02 estavam sendo acompanhadas, sendo um dos estabelecimentos originário da Vila Santo Antônio (motivo da inclusão no programa). Entretanto, esse monitoramento foi interrompido no mês de março de 2015, uma vez que um deles, que de fato havia optado pela recomposição, vendeu seu comércio e se mudou para a área rural, e o segundo teve seu processo judicializado (Vila Santo Antônio), frente a não aceitação de diversas opções de negociação oferecidas pela Norte Energia. Outras 11 atividades comerciais localizadas nas proximidades da Balsa do Assurini e na praia do Massanari estão sendo acompanhadas pelo Projeto 4.5.1, devido, principalmente, as suas características e proximidades com a área urbana do município de Altamira. 4.2.4. Projeto de Reestruturação de Extrativismo Vegetal Progresso reportado pela NE: As atividades de campo permanecem em fase de acompanhamento do desenvolvimento vegetativo das áreas implantadas, reduzindo a necessidade de visitas técnicas, considerando as orientações técnicas repassadas desde o início da atividade. As atividades de manejo nas áreas com açaí nativo, em 2015, foram iniciadas no mês de outubro. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: O Projeto de Reestruturação do Extrativismo Vegetal, durante o período de julho a dezembro de 2015 manteve as visitas técnicas conforme o estágio de desenvolvimento das lavouras implantadas e as condições dos blocos de açaí nativo a serem manejados. O principal foco das atividades foi a implantação das três Unidades Demonstrativas que

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte serão o suporte das ações de capacitação. Os resultados relacionados diretamente à atividade extrativista, esperados em médio prazo, têm características de sustentabilidade que interferirão positivamente em todos os processos desenvolvidos na propriedade rural, garantindo a estas famílias aumento de trabalho e renda, aliados ao aumento da qualidade no autoconsumo e a regularização de áreas de reserva legal e proteção permanente. 4.2.5. Projeto de Apoio à Cadeia Produtiva do Cacau Progresso reportado pela NE: Projeto encerrado desde dezembro de 2014, não constando no 9º RC. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Parecer IBAMA n.º 02001.003622/2015-08, 10 de setembro de 2015, Ref.: Análise da solicitação de Licença de Operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, processo n° 02001.001848/2006-75. Análise de conformidade: Segundo análise do IBAMA que consta no PARECER nº 02001.003622/2015-08, referente à análise do pedido de LO, o Projeto de Apoio à Cadeia Produtiva do Cacau encontra-se concluído, tendo atingido as metas propostas com apresentação do estudo da cadeia produtiva, criação da Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu – CEPOTX – que reúne seis cooperativas orgânicas regionais, e a criação da Comissão Técnica do Cacau, espaço criado dentro do FASBM, e será coordenado pela CEPLAC e CEPOTX. A proposta de distribuição de kits de madeira, oriunda da supressão da UHE Belo Monte, para a construção de cochos e barcaças para famílias beneficiárias ficará sob a responsabilidade da equipe de ATES, do Projeto de apoio à pequena produção e à agricultura. Avaliação de resultados: Projeto encerrado desde dezembro de 2014. 4.2.6. Projeto de Fomento à Produção de Hortigranjeiros Progresso reportado pela NE: No período entre julho e dezembro de 2015, foram realizadas 126 visitas de assistência técnica localizada aos associados, sendo atendidas 84 famílias/unidades de produção. O Quadro 4.2.6 - 1 apresenta o quantitativo de visitas realizadas por entidade desde o início do projeto, destacando os dados do período vigente.

Continua em andamento o fornecimento de hortigranjeiros para o CCBM por parte das associações, atividade que é acompanhada e assessorada pela equipe da ATES. Durante o período a Ascontravi forneceu 48.840 kg de produtos hortigranjeiros aos refeitórios do CCBM e a Cooperativa Horti Xingu forneceu 15. 220 kg de produtos. A partir do mês de agosto a associação APRUCAPEFI retomou a entrega de produtos aos Programas PNAE e PAA, tendo totalizado a quantia de 43.676 kg entregues no setor de merenda escolar do município de Altamira.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: O Projeto de Fomento à Produção de Hortigranjeiros desenvolveu suas atividades em consonância com o preconizado no PBA. Apenas uma meta, monitoramento semestral da evolução da produção, além da gestão e monitoramento do projeto, está em desenvolvimento, 07 foram concluídas e 03 foram canceladas no decorrer da execução das atividades. O desenvolvimento das atividades em curso, assim como o monitoramento dos desdobramentos das metas já concluídas, indicam resultados positivos para o fortalecimento dos aspectos organizacionais das entidades assistidas e consequentemente do sistema associativista/cooperativista na região. Segundo a Norte Energia, o processo produtivo de olerícolas das unidades de produção atendidas sofreu aprimoramento tecnológico concreto a partir das ações de capacitação e das visitas técnicas. A sintonia entre capacitações e assistência técnica também incrementou a competência gerencial dos agricultores, individualmente e no coletivo, despertando as entidades para novas possibilidades de mercado, projetos e financiamentos. Do ponto e vista metodológico os trabalhos de acompanhamento técnico seguem procedimentos de Assessoria Técnica, Social e Ambiental - ATES já estabelecidos e concordantes com a estratégia geral empregada no projeto 4.2.1. 4.3. Programa de Recomposição da Infraestrutura Rural 4.3.1. Projeto de Recomposição da Infraestrutura Viária Progresso reportado pela NE: Com relação às atividades de adequação das estradas existentes, abertura e construção de estradas e recondicionamento dos travessões, todas as obras necessárias foram realizadas com a execução de melhorias significativas de adequação nos Travessões 27, 50 (A e B), 52 e 55. Os pontos críticos dos travessões também foram objeto de serviços de conservação e manutenção periódicos, principalmente nas baixadas, onde foram realizados serviços de cascalhamento e drenagem para evitar o acúmulo de água, formação de poças e nuvens de poeira, principalmente junto às comunidades adjacentes. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto encontra-se em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: Durante a Etapa de Implantação da UHE Belo Monte, foi realizado acompanhamento permanente das vias e acessos das propriedades lindeiras à obra principal e travessões, possibilitando a implantação de soluções imediatas e em concordância com o proprietário. Já com relação às vias e acessos impactados pela formação dos reservatórios, foi realizado um mapeamento de campo concluído no segundo semestre de 2012, que possibilitou identificar e dimensionar as interferências nos acessos às propriedades rurais particulares. No decorrer do processo de aquisição e negociação, o número de interferências oscilou em função da dinâmica inerente a esse processo, considerando alguns fatores como a inviabilidade de permanência dos proprietários em seus remanescentes (aquisição total da área) e identificação de novas áreas necessárias para o empreendimento. Para o atendimento às propriedades localizadas entre o Canal de Derivação e a margem esquerda do rio Xingu, a Norte Energia decidiu pela construção de ponte no Travessão 27 sobre o referido Canal, com vistas a reduzir a distância até a sede municipal de Altamira, a ser percorrida pelos moradores e trabalhadores desses imóveis rurais, recompondo, assim, o antigo traçado do Travessão 27. Inicialmente, a Norte Energia havia apresentado ao Ibama a necessidade de intervenção em 12 (doze) pontos impactados pela formação dos reservatórios. A evolução natural do projeto e novas incursões a campo determinaram a alteração e adaptação destes traçados, devidamente registrados nos vários relatórios encaminhados ao Ibama no

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte período que antecedeu a emissão da Licença de Operação (LO) no 1317/2015. Estas obras estão concluídas, restando algumas adaptações solicitadas pelo Ibama após vistoria realizada entre os dias 9 e 13 de novembro de 2015, encaminhadas por meio do Ofício 02001.013749/2015-27 DILIC/IBAMA. A Norte Energia está atendendo às demandas ali apresentadas por meio das providências registradas na CE 0474/2015-DS, em anexo, e tão logo as conclua, solicitará a finalização deste Projeto 4.3.1. Estima-se que as obras solicitadas estarão concluídas em março de 2016. O Relatório do Processo de Licenciamento – RPL emitido em 23 de novembro de 2015, em conjunto com a LO nº 1317/2015 do empreendimento, confirma o entendimento que o potencial impacto de isolamento de propriedades pela formação dos reservatórios encontra-se mitigado em função da finalização das obras de recomposição dos acessos viários. 4.3.2. Projeto de Recomposição da Infraestrutura de Saneamento Progresso reportado pela NE:

No segundo semestre de 2015, foram desenvolvidas as atividades restantes relativas à Educação em Saneamento, que foram concluídas em dezembro de 2015, assim como as ações para o repasse das estruturas que também foram finalizadas nesse período. As ações de educação em saneamento realizadas no período correspondem a 369 visitas de sensibilização porta a porta em duas campanhas realizadas; 369 peças educativas (ímãs) entregues aos moradores; e 300 jogos educativos voltados ao tema saneamento e aos sistemas implantados distribuídos em atividades lúdicas com as crianças e adolescentes nas escolas, com participação de 100 alunos. Adicionalmente, foi realizada ainda a capacitação de operadores dos sistemas de saneamento nas três

comunidades, com a participação de seis comunitários, de maneira a instruir para o uso e manutenção correta dessas estruturas, garantindo, assim, a utilização adequada dos sistemas implantados, além da realização de dois encontros de atualização da capacitação com os operadores dos sistemas, proporcionando efetiva melhoria na qualidade de vida e das condições de saneamento dessas comunidades.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Conforme apresentado no Relatório do Processo de Licenciamento – RPL, encaminhado em conjunto com a LO nº 1317/2015 em novembro de 2015, o órgão ambiental atestou que “Todas as obras de saneamento exigidas pelo licenciamento nas referidas localidades foram concluídas”, permitindo assim o enchimento do reservatório. Avaliação de resultados: O objetivo de dotar as comunidades da Ressaca, Garimpo do Galo e Ilha da Fazenda de infraestruturas de abastecimento de água e esgotamento sanitários adequados foi concluído na sua totalidade. Os sistemas de saneamento instalados e as atividades de educação em saneamento realizadas, que compõem a resposta encaminhada ao OF 02001.010573/2015-51 DILIC/IBAMA, também ratificam a execução das ações realizadas ao longo do desenvolvimento desse Projeto. A atividade a ser ainda realizada é relativa apenas ao repasse oficial do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário implantado pela Norte Energia para a gestão pública com a assinatura do termo de doação. Registra-se, no entanto, que à parte da realização desse recebimento oficial, a municipalidade já utiliza os sistemas implantados. Conforme exposto no documento em resposta ao OF 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA, as atividades de avaliação e monitoramento pautadas no atendimento à população serão desenvolvidas no período após formação do TVR no âmbito do Projeto 4.6.1 e do Plano 14.

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4.3.3. Projeto de Relocação de Cemitérios Progresso reportado pela NE: Projeto concluído conforme informado no 6º RC e na CE 139/2014-DS protocolada em 09 de maio de 2014. As comprovações da realização das atividades deste Projeto, que incluem listagens e registros fotográficos constam do Anexo 4.3.3 – 1 do 7º RC. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Projeto concluído conforme informado no 6º RC e na CE 139/2014-DS protocolada em 09 de maio de 2014. As comprovações da realização das atividades deste Projeto, que incluem listagens e registros fotográficos constam do Anexo 4.3.3 – 1 do 7º RC. Avaliação de resultados: Projeto finalizado em 2013. O mapeamento Inicial dos cemitérios nas áreas afetadas realizado durante a elaboração da pesquisa socioeconômica, ainda na fase do EIA, identificou nove cemitérios na área rural, porém, no decorrer do trabalho, por meio de novas investigações em campo, este número foi ampliado para o total de 43 cemitérios com 371 sepulturas. Foi executado o trabalho de exumação das 371 sepulturas. 4.4. Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias na Área Urbana 4.4.1. Projeto de Regularização Fundiária Urbana Progresso reportado pela NE: Desde o início da implantação do empreendimento e até o final do segundo semestre de 2015 foram executadas as seguintes atividades no âmbito do Projeto de Regularização Fundiária Urbana: a) Imóveis urbanos interferidos pelo empreendimento:

(i) 5.186 (cinco mil e cento e oitenta e seis) contratos ou escrituras foram firmados; (ii) 100 (cem) áreas são objeto de ações judiciais de desapropriação ativas até dezembro de 2015 (já descontados

os casos sentenciados em razão de desistência por acordos extrajudiciais ou transações nos autos dos respectivos processos judiciais).

b) Reassentamentos Urbanos Coletivos: A regularização das seis áreas destinadas à implantação dos

Reassentamentos Urbanos Coletivos em Altamira (São Joaquim, Jatobá, Água Azul, Laranjeiras, Casa Nova e Pedral) está sendo realizada por dois caminhos, dependendo de singularidades de cada caso.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Houve alteração de prazo para este projeto: as áreas adquiridas para fins de reassentamento urbano coletivo deverão ser regularizadas até dezembro de 2016. Já para os imóveis adquiridos para a formação do reservatório, a regularização deverá se dar até dezembro de 2019. A análise do IBAMA no PT 003622/2015-08 em relação a este projeto foi: Diante da realidade da atuação pouco eficaz da administração pública no sentido de desatar os nós fundiários existentes na região, é preocupante o fato de não haver sequer um número relacionado a um caso já finalizado de regularização fundiária tanto para os imóveis adquiridos para a formação dos reservatórios quanto para as áreas adquiridas para reassentamento urbano coletivo. Não poderá haver margem para o descumprimento de acordos feitos entre a NE e a população atingida, no âmbito deste processo de licenciamento socioambiental da usina de Belo Monte. Afirma-se que qualquer ônus que porventura ocorra ao morador atingido pela relocação urbana relacionado à ausência de regularização fundiária patrimonial definitiva em nome do interferido, deverá ser assumido pela Norte Energia. Em razão das mudanças de prazo e do escopo das metas do projeto 4.4.1, solicita-se que sejam mantidos relatórios semestrais até o fim do processo (2019) e que informem: O avanço, em cada período a ser coberto, das estratégias adotadas para o andamento da regularização fundiária

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das áreas adquiridas para fins de reassentamento urbano coletivo, cujo prazo para finalização está estipulado para dezembro de 2016, assim como da regularização dos imóveis adquiridos para a formação dos reservatórios, cujo prazo final estipulado é dezembro de 2019; e

Alterações do número de imóveis e de edificações identificadas no cadastramento fundiário, que porventura ocorram em razão da revisão do CSE, de novos cadastramentos (ou pesquisas socioeconômicas), e ainda, da existência de estudos de caso. Incluem-se aqui os casos especificamente relacionados à identificação da população ribeirinha que tem uma de suas moradias na área urbana de Altamira e façam jus ao reassentamento coletivo.

Avaliação de resultados: Até dezembro de 2014 tinham sido analisados 3.002 (três mil e dois) imóveis; 2.330 (dois mil trezentos e trinta) imóveis tiveram contratos firmados; e, 22 (vinte e dois) imóveis foram objeto de ações de desapropriação judicial. Em função das especificidades da complexa situação dominial das áreas adquiridas para a formação do reservatório e para os reassentamentos coletivos, os prazos de regularização foram reprogramados. A estratégia adotada, visando principalmente priorizar as necessidades das famílias reassentadas, prevê a concentração inicial de esforços na regularização dos imóveis adquiridos para fins de reassentamento em nome dos beneficiários. Em segundo momento regularizar as propriedades adquiridas para a formação do reservatório em nome da Norte Energia. O empreendedor aproveitou o ensejo do processamento dos casos de aquisição de terras e benfeitorias urbanas para já dar o necessário encaminhamento ao projeto de regularização, preparando instrumentos jurídicos e procedendo de forma a garantir o êxito da estratégia. Neste sentido, todos os casos estão sendo objeto de estudo de cadeia dominial mediante análise jurídica por advogados especializados, de forma que a conclusão do empreendimento e o cumprimento de suas condicionantes não restem prejudicados, situações que possam resultar na impossibilidade de regularização futura dos imóveis (ônus reais, fraudes cartoriais, litígios judiciais, etc). 4.4.2. Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias Urbanas Progresso reportado pela NE: Até dezembro de 2015, treze meses após seu início, foram realizadas 11.323 negociações. O Quadro 4.4.2 – 4 – Resultados das Negociações apresenta o resultado consolidado e detalhado das negociações realizadas até dezembro de 2015.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, a Norte Energia deve apresentar relatório(s) de acompanhamento deste projeto 4.4.2 até sua conclusão, no quarto trimestre de 2015, contendo as seguintes informações: Os avanços e a finalização das negociações patrimoniais e comerciais da população urbana de Altamira,

incluindo e detalhando as negociações com os grupos econômicos específicos dos oleiros e aquaristas e com os grupos sociais tradicionais como os ribeirinhos, índios citadinos e pescadores. Fornecer os números globais de indenizações, relocações e reassentamentos, bem como o número de recusas/soluções judiciais que envolvam interferidos de famílias dos ribeirinhos, índios citadinos e pescadores;

A partir da relação estrita com a população ribeirinha levantada pelo cadastramento rural, é imprescindível que, entre o público de 813 famílias ribeirinhas cadastradas seja verificada a interseção com as famílias cadastradas no CSE urbano, de modo a mostrar o público que compõe a dupla moradia que fora impactada em toda ADA.

Resta dimensionar o público que foi atingido somente na área urbana, pois a habitação por ele utilizada na área rural encontra-se fora da ADA. Solicita-se que seja destacado deste total o contingente das famílias cadastradas como ribeirinhos que atendam aos critérios de reassentamento, discriminando, ainda, os membros desse grupo que são proprietários de dupla moradia rural e urbana ou utilizadores de casas coletivas em Altamira. Apresentar também informações completas sobre o tratamento oferecido e a negociação concretizada com cada família ribeirinha sob o viés urbano da relocação compulsória, os RUCs escolhidos por estas para residir e o conhecimento, ou não, dos mesmos sobre a disponibilização do RUC Pedral como opção de moradia; e nos casos de utilização das casas coletivas, os tratamentos realizados com os grupos, associações etc.;

Semelhantemente, informar o contingente total de índios citadinos cadastrados, as opções de tratamento oferecidas e negociações concretizadas, os RUCs escolhidos por estes para residir e o conhecimento, ou não, dos mesmos sobre a disponibilização do RUC Pedral como opção/reopção de moradia. As mesmas informações devem ser fornecidas a respeito do segmento social dos pescadores;

O encerramento do cadastro das novas ocupações em áreas cadastradas e os resultados das negociações levadas a cabo com esse público;

A situação final dos remanescentes urbanos, viáveis e não viáveis; Finalização e apresentação para consulta do Sistema de Gestão Fundiária Urbana; Resultados finais dos levantamentos cartoriais e da elaboração dos laudos de avaliação imobiliária, cujo término

das atividades estava previsto para o primeiro trimestre de 2015; Resultados das reuniões junto à população atingida (término no primeiro trimestre de 2015); Resultados auferidos pelos plantões sociais, cujo término das atividades está previsto para o quarto trimestre de

2015. Detalhar as informações sobre as solicitações de revisão das avaliações que porventura ainda ocorram, bem como suas opções de atendimento e encaminhamentos adotados.

Avaliação de resultados: Conforme tem sido reportado ao Ibama por meio dos relatórios encaminhados semestralmente e consolidado por meio dos dois últimos relatórios, as atividades desenvolvidas no âmbito do Projeto foram realizadas por quatro linhas de atuação: (i) revisão dos cadastros socioeconômicos e físico-patrimoniais; (ii) a elaboração de laudos de avaliação; (iii) a avaliação das alternativas para negociação em função das modalidades disponíveis; e (iv) a negociação com o público, momento em que são ofertadas as modalidades decorrentes das elegibilidades indicadas. O Cadastro Socioeconômico (CSE), base para a iniciação desse processo, totalizou 7.790 cadastros aplicados abaixo da cota 100,00 m, do qual se apurou que serão atingidas pelo futuro reservatório da UHE Belo Monte 5.141 ocupações ao longo dos igarapés Ambé, Altamira, Panelas e da Orla do rio Xingu. Esses dados foram apurados pelo reconhecimento de campo ocorrido entre julho de 2011 e fevereiro de 2012. Nestes se encontram 5.241 famílias residentes, além de pessoas jurídicas, espólios, não residentes e outros, perfazendo um total aproximado de 19.000 pessoas diretamente atingidas pelo reservatório na área urbana. Até dezembro de 2015, foi identificado um total de 5.286 imóveis, totalizando 8.114 cadastros socioeconômicos. O Quadro 4.4.2 – 5 apresenta o resultado consolidado e detalhado das negociações realizadas até dezembro de 2015.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Não obstante, com o objetivo de garantir o tratamento ao potencial público alvo recentemente identificado do bairro Jardim Independente II, foi incluído à etapa de operação do empreendimento o cumprimento de condicionantes relacionadas à urbanização ou indenização da parcela afetada pelo enchimento do reservatório. A supracitada condicionante 2.6-d constitui, neste momento, novos compromissos assumidos durante a etapa de operação e já apresenta ações encaminhadas para o cumprimento no prazo estabelecido pelo órgão ambiental, até outubro de 2016. 4.4.3. Projeto de Reassentamento Urbano Progresso reportado pela NE: No segundo semestre de 2015 foram realizadas 452 mudanças para os RUCs, remetendo a 872 incursões de

acompanhamento social das famílias. Para o acompanhamento das 3.399 famílias já reassentadas foram demandadas 10.112 incursões de campo;

Foram também ofertadas 12.061 refeições a todos os membros da família no dia da mudança (3 refeições), totalizando 54.399 refeições ofertadas desde a 1ª mudança efetuada em 14 de janeiro de 2014;

Em relação ao acompanhamento social das famílias que optaram por indenização, no período foram acompanhadas 390 famílias;

No período também foram acompanhadas socialmente as 72 famílias beneficiadas com aluguel social. Em virtude da baixa procura por informações no Plantão Social da Rua Abel Figueiredo, em setembro de 2015

foi feita a transferência dessa unidade para o Plantão Social NE/Jatobá. Assim, a prestação continuada de informações à população teve continuidade a partir dos 6 Plantões instalados. Até janeiro de 2016 haviam sido realizados 10.307 atendimentos aos moradores dos RUCs. Somados aos 10.103 atendimentos aos interferidos em processo de negociação, tem-se o total de 20.410 atendimentos efetuados.

Em relação às ações de inserção social das famílias no novo contexto territorial e ao desenvolvimento comunitário das famílias reassentadas na fase de pós-ocupação, entre 1º de julho e 15 de dezembro de 2015, foram desenvolvidas s seguintes ações: Foram realizadas articulações junto ao Senai e Redes/Fiepa para a oferta, no 2º semestre de 2015, de cursos de

capacitação profissional para os moradores de todos os RUCs (Corte & Costura/moda praia e íntima; Auxiliar de Padeiro e Confeiteiro; Cabelereiro; Manicure/pedicure e Esteticista), organizados em 25 módulos com 20 alunos (500 vagas);

Inscrições aos cursos profissionalizantes programados para os moradores dos Reassentamentos RUC Jatobá, RUC São Joaquim, RUC Laranjeiras, RUC Casa Nova durante o evento “Bairro Cidadão” realizados em julho, agosto, setembro de 2015;

Entre os dias 5 e 16 de outubro aconteceram os cursos de Cabeleireiro, Manicure/Pedicure e Esteticista; Reuniões de pós-ocupação: foram realizadas 26 reuniões com os moradores dos RUCs.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: No parecer do IBAMA quando da solicitação da LO há a seguinte recomendação em relação a esse projeto: que sejam constantemente enviados relatórios semestrais contendo dados sobre o avanço deste projeto 4.4.3 até sua conclusão em 2017, sugerindo-se que conste no próximo documento (que poderá cobrir um período maior, aproximadamente entre 1T e 4T de 2015) as seguintes informações: Comprovar o término do processo de reassentamento urbano da cidade de Altamira, ou seja, 100% da

população urbana atingida pela relocação compulsória deverão estar reassentados antes do enchimento do reservatório do rio Xingu;

Apresentar o andamento detalhado, no período a ser coberto pelo relatório, do acompanhamento social das famílias atingidas, em todas as etapas do reassentamento urbano e para todos os 6 (seis) RUCs;

Ações da Norte Energia junto a Prefeitura Municipal de Altamira no sentido de definir a classificação da área do RUC Pedral, se permanecerá rural ou tornar-se-á urbana. Tais ações também serão solicitadas nas recomendações do Projeto de Reassentamento (5.1.7);

Apresentar previsão de possíveis medidas de compensação extras causadas por necessidades de locomoção e transporte de equipamentos de moradores que moravam às margens do trecho urbano do rio Xingu e que comprovadamente tem neste rio sua fonte de sustento direto, mas que se encontram reassentados em RUCs distantes;

Apresentar os resultados alcançados pelos plantões sociais na continuidade de suas atividades durante o período avaliado, incluindo possíveis novos casos de vulnerabilidade social;

Apresentar compilação e análise do número total de novas ocupações ocorridas em áreas não cadastradas na área urbana de Altamira, bem como as medidas adotadas para o encaminhamento da questão;

Apresentar avanços no período abrangido sobre as importantes e benéficas iniciativas selecionadas para a etapa de pós-ocupação dos RUCs/novos bairros, como a implantação de projetos sociais, educativos e culturais e atividades de desenvolvimento econômico da população afetada.

Além disso, o IBAMA reitera que a garantia da estrutura e demais equipamentos das casas construídas nos RUCs para fins de reassentamento urbano coletivo deve ser de 5 (cinco) anos a contar de sua entrega ao morador, conforme já acertado entre o órgão licenciador e o empreendedor da UHE Belo Monte. Cabe a Norte Energia garantir esta vida útil, mesmo constando no Manual do Proprietário que é entregue a cada família reassentada nas novas unidades habitacionais tempos de garantia menores, cujas responsabilidades pertencem às empresas terceirizadas fornecedoras dos materiais ou serviços. Avaliação de resultados: No período que antecedeu este relatório deu-se continuidade ao acompanhamento social no processo de mudança das famílias optantes pelo reassentamento, carta de crédito urbana, pela indenização e pelo aluguel social, totalizando até 17 de Dezembro/2015 o remanejamento de 6.434 famílias, sendo 3.403 para reassentamento coletivo (sendo 3.399 com acompanhamento social); 2.722 indenizados (sendo 1.341 com acompanhamento social); e 308 para aluguel social (sendo 153 com acompanhamento social). Observa-se que é opção do interferido o acompanhamento da equipe em sua mudança. Na fase de pós-ocupação, em relação às ações de integração entre as famílias, no primeiro semestre de 2015 foram realizadas 12 reuniões de pós-ocupação com os moradores dos bairros Jatobá, São Joaquim, Casa Nova e Água Azul (3 em cada RUC). Esta ação teve início em maio de 2014, totalizando 44 reuniões: 26 no Jatobá, 10 no São Joaquim, 4 no Casa Nova e 4 no Água Azul. Nesse semestre foi também empreendida ação para a escolha participativa dos nomes das ruas do RUC Água Azul junto a 420 moradores. Com base nos estudos relativos à suficiência escolar desenvolvidos no âmbito do Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4), para atendimento à demanda por equipamentos de educação nos novos bairros, foram realizadas reuniões junto à Secretaria de Educação do Município, em que se definiu a seguinte demanda: Jatobá: 1 creche; 1 EMEF com 12 salas; 1 EEEM com 6 salas; Água Azul: 1 EMEIF com 10 salas; 3 para EMEI; 7 para EMEF; São Joaquim: 1 EMEIF com 10 salas; 3 para EMEI; 7 para EMEF; Casa Nova: 1 EMEIF com 8 salas; 3 para EMEI; 5 para EMEF; Laranjeiras: 1 EMEIF com 6 salas; 1 para EMEI: 5 para EMEF.

A previsão de finalização das obras é entre janeiro e abril de 2016. Dessa forma, até o funcionamento das novas

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte escolas, será garantido o transporte escolar aos alunos de escolas situadas a mais de 2 km de distância dos novos bairros. UBS: Interlocuções entre a Norte Energia e Secretaria de Saúde de Altamira definiram a implantação de 03 UBS todas finalizadas, sendo: (i) 01 no bairro Jatobá, para atender à população residente deste bairro e do Água Azul; (ii) 01 no bairro São Joaquim, para atender à população residente deste bairro e do Casa Nova; (iii) 01 no bairro Laranjeiras. CRAS: Foi feito um acordo entre Norte Energia e Prefeitura de Altamira, por meio da Semuts, para reestruturar o sistema assistencial do município. Com isso, ficou decidido que será implantado um CRAS para atender os novos bairros de Jatobá e Água Azul e bairros próximos; outro para atender aos novos bairros de São Joaquim e Casa Nova e bairros próximos (cada CRAS está dimensionado para atender a 5 mil famílias). Atualmente estão em funcionamento duas unidades CRAS; após a reorganização citada, uma unidade será fechada e outra remanejada para as proximidades do RUC Laranjeiras para atender os moradores do novo bairro e vizinhança. 4.4.4. Projeto de Reparação Progresso reportado pela NE: No período de julho a dezembro de 2015 as atividades de implantação do Projeto de Reparação se intensificaram nos reassentamentos Jatobá, São Joaquim, Casa Nova e Água Azul. Foram realizadas as reuniões de apresentação da metodologia do projeto e a proposta de organização comunitária, com a respectiva divisão da comunidade nos Núcleos temáticos. Nessas reuniões foi discutida a estratégia de organização comunitária, que prevê a organização da população em Núcleos de Interesse onde serão trabalhadas as propostas específicas a serem implantadas na comunidade de forma participativa e seguindo os preceitos apontados pelos moradores anteriormente no processo de Diagnóstico Rápido Participativo. Dessa forma a população foi dividida, de acordo com os seus interesses, nos Núcleos que mais se identificaram dentre as seguintes opções – Núcleo Sociocultural; Núcleo de Meio Ambiente e Núcleo de Geração de Renda. Após a divisão nos Núcleos, através de inscrição espontânea, foi agendada uma reunião específica com cada Núcleo para começar a trabalhar os temas e assim definir uma agenda de atividades. Os planejamentos participativos foram elaborados junto com os coordenadores temáticos, com base nas sugestões da comunidade e validados em Assembleias realizadas em cada um dos reassentamentos. Com a definição e validação pela comunidade dos planejamentos participativos, foram realizadas reuniões com as coordenações formadas em cada reassentamento. No total foram realizadas 17 reuniões nessas comunidades que contou com a participação total de 935 moradores. Outras atividades realizadas no segundo semestre de 2015 foram: Atividade de Integração entre os Grupos Temáticos Aulas de Danças – Salão, Rua e Capoeira (Núcleo

Sociocultural); Início das reuniões de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) no reassentamento Laranjeiras em outubro de

2015; Reuniões sobre os lotes comerciais. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: A metodologia participativa seguida neste projeto tem como um de seus pressupostos a constante mobilização e motivação dos participantes do Projeto de Reparação. Neste sentido todas as reuniões realizadas nos Reassentamentos Urbanos Coletivos contaram com intensivo processo de mobilização. As atividades participativas são desenvolvidas na medida em que as famílias se fixam e se adaptam à nova localidade. Essas ações já vinham sendo realizadas nos reassentamentos Jatobá, São Joaquim, Casa Nova e Água Azul. No segundo semestre de 2015, foram iniciadas as atividades no Reassentamento Laranjeiras. Considerando ainda a futura ocupação do reassentamento Pedral, a Norte Energia está reajustando esse prazo de execução deste projeto até março de 2018. Nos quatro reassentamentos onde este projeto está avançado (Jatobá, São Joaquim, Casa Nova e Água Azul), foram elencados dois projetos que contemplam diversas atividades: Construção de 1 (um) barracão de usos múltiplos para o desenvolvimento de atividades relacionadas à

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

identidade sociocultural; Viabilização de feira "diferenciada" com o objetivo de reconstruir os modos de vida pré-existentes a partir de

novas práticas. Esses projetos encontram-se em fase final de implantação. Segundo a Norte Energia, a satisfação do grupo pode ser traduzida pela concretização da "escolha" de um projeto, portanto, pode-se considerar como resultado positivo as ações participativas e a identificação de projetos acordados no grupo. 4.5. Programa de Recomposição das Atividades Produtivas Urbanas 4.5.1. Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais, de Serviços e Industriais Urbanas Progresso reportado pela NE: Foi dada continuidade às capacitações dos empresários e trabalhadores, em parceria com o Sebrae, visando alcançar as metas quanto ao público alvo a capacitar, segundo as metas do PBA. A situação quanto ao número de pessoas capacitadas, em Dezembro/2015 é a demonstrada no Quadro 4.5.1 – 2.

A equipe do Projeto de Reparação conduziu o processo de interlocução com a população e a equipe do Projeto 4.5.1 acompanhou e auxiliou na condução das reuniões, onde foram expostos os critérios para concorrer a um lote comercial e, por outro lado, apresentadas, pela comunidade, suas necessidades e prioridades quanto a serviços e comércios. Estão sendo realizadas as visitas aos empresários, incluindo os estabelecimentos comerciais localizados nas proximidades da Balsa do Assurini e Praia do Massanori, que optaram pela continuidade da atividade, para aplicação do Plano de Recomposição das Atividades Econômicas Urbanas e Rurais. Nessa ocasião são colhidas diversas informações sobre a recomposição, tais como proposta de recomposição, dúvidas, problemas ou dificuldades e pagamento das parcelas do valor da Interrupção Temporária da Atividade (ITA). As visitas de monitoramento aos estabelecimentos recompostos estão sendo realizadas a cada trimestre, de forma a acompanhar o desenvolvimento das potencialidades individuais de cada atividade após sua recomposição e deverão ser realizadas por um período de um ano. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: No que se refere às capacitações, considerando os cursos já oferecidos até o mês de Dezembro de 2015, considera-se que a atividade Aperfeiçoamento e Capacitação de Proprietários e Trabalhadores estão concluídas. As capacitações realizadas com os empresários nas modalidades de cursos e oficinas atingiram o total de 282 empresários, ou seja, 99% do número total de empresários a serem capacitados. As capacitações com trabalhadores realizadas até dezembro de 2015 englobam 212 trabalhadores capacitados em cursos e oficinas diversas. Assim, as capacitações dos trabalhadores já atingiram 100% do total. Até 17 de Dezembro de 2015, a situação dos empresários interferidos era a seguinte: 980 atividades comerciais e de serviços foram negociadas. Todos os 980 já receberam o Fundo de Comércio e destes, 619 optaram pela recomposição da atividade e 361 por sua interrupção (vale lembrar que os oleiros optaram pela interrupção da atividade, dessa forma estão contidos dentre os 361 que interromperam, conforme detalhado no relatório do Projeto 4.5.2). Dos 619 proprietários de estabelecimentos comerciais e de serviços que optaram pela recomposição, 586 já estão sendo acompanhados pela equipe do Projeto 4.5.1 e já preencheram o Plano de Recomposição da Atividade Econômica. Nessa data aguardava-se a recomposição de 35 estabelecimentos comerciais e de serviços. As atividades de acompanhamento registram 586 atividades econômicas recompostas, sendo que: 187 optaram pela

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte recomposição nos RUCs; 399 optaram pela recomposição fora dos RUCs; 33 atividades econômicas encontram-se no prazo estabelecido de dois meses para recomposição, sendo que a equipe do Projeto aguarda a conclusão da instalação dessas atividades em novo local. Destes, foram contatados 17 empresários até a data de 16 de Dezembro de 2015 para conhecer e acompanhar sua situação. Até 17 de dezembro de 2015, 272 comércios foram visitados e o monitoramento já é realizado em 261 estabelecimentos recompostos, somando 631 visitas, nos diferentes tempos (T1, T2, T3, T4). Observa-se que 261 estabelecimentos continuam com suas atividades e 11 empresários decidiram pela interrupção do negócio. Essas interrupções, quando possíveis de serem mapeados, se dão por motivos diversos, principalmente em função de mudança de cidade. Até 17 de Dezembro de 2015, dos 18 comércios rurais que são público deste projeto, 07 (Sete) já foram recompostos no trecho da estrada do Assurini, com aplicação do Plano de Recomposição da Atividade Econômica, 07 (Sete) encontram-se no prazo estabelecido de dois meses para recomposição, sendo que a equipe do Projeto aguarda a conclusão da instalação dessas atividades em novo local, e 04 (Quatro) optaram por interromper sua atividade. 4.5.2. Projeto de Recomposição das Atividades Oleiras e Extrativas de Areia e Cascalho Progresso reportado pela NE: O processo de negociação com oleiros proprietários foi concluído, sendo que 100% deles optaram pela indenização, em detrimento da recomposição da atividade. Os oleiros trabalhadores foram atendidos com capacitações, conforme indicado no PBA, e ainda terão acesso a mais uma rodada de capacitação. Os cursos contratados via SENAI iniciaram-se em 10 de agosto de 2015. Com relação ao curso de habilitação para conduzir veículos, as inscrições iniciaram-se em 17 de julho e as aulas em 27 de julho. Também já foram realizados 12 cursos de cooperativismo, realizados em 6 módulos e 4 reuniões de conscientização para formação de cooperativa que culminou na criação de uma cooperativa de oleiros de Altamira. Foi concluída a análise da cadeia produtiva e o cadastramento socioeconômico. Os estudos identificaram que o modelamento sedimentológicos realizados e pelo monitoramento da atividade ao longo dos últimos três anos o segmento areeiros não sofrerá descontinuidade com a nova condição de trabalho, após a formação do Reservatório Xingu. Foram consolidados no total 22 (vinte e dois) laudos de cadastro para as Unidades Produtivas (embarcações) e 5 (cinco) laudos para as Unidades Distribuidoras (empresas). Importante destacar que dos 22 (vinte dois) cadastros das embarcações, 4 deles foram elaborados simplesmente para registrar que as embarcações não se encontram em operação ou se deslocaram para setores externos ao reservatório. Portanto, apenas 18 (dezoito) embarcações foram documentadas e registradas como ativas, para fins de dimensionamento do público-alvo. Posteriormente, realizaram-se ainda Estudos de Caso de embarcações não identificadas anteriormente no levantamento socioeconômico, porém identificadas em operação no momento do cadastramento. Foram elaborados 28 (vinte e oito) estudos de caso, com aplicação da metodologia específica elaborada para este segmento. Do total, foram deferidos 10 (dez) casos, sendo comprovada a existência da embarcação e da atividade desde antes do levantamento socioeconômico realizado no período de outubro de 2012. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade:

Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA e, de forma geral, as metas propostas e aprovadas no PBA foram cumpridas. Avaliação de resultados: Foram estudadas várias opções de depósito de argila situadas tanto na várzea do rio Xingu, em terrenos acima da cota de inundação, como em rocha mole. Foram desenvolvidos os testes de aptidão cerâmica dos materiais estudados para subsidiar os estudos de viabilidade econômica para implantação de indústria cerâmica em Altamira. Algumas áreas com potencial para a titulação mineral foram requeridas junto ao DNPM. Realizou-se ainda o levantamento socioeconômico dos oleiros, com cadastramento de todo o público ativo até outubro de 2012 e seus locais de trabalho. A Norte Energia subsidiou o curso de cooperativismo para os oleiros e incentivou a criação da Cooperativa dos Ceramistas de Altamira e, após a opção pela indenização de todos os oleiros, disponibilizou os cursos demandados pelos oleiros parceiros, os quais também decidiram em não mais continuar atuando no setor oleiro. Em relação às atividades extrativistas de areia e cascalho, os levantamentos e estudos desenvolvidos ao longo da implantação do empreendimento não identificaram impactos nessas atividades. Durante a implantação do projeto, a Norte Energia realizou todo o levantamento socioeconômico de público envolvido nesta atividade; estudou a cadeia

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte produtiva da areia e realizou o recorte do polígono de bloqueio com objetivo de liberar a titulação dos títulos minerais existentes neste trecho do rio. Posteriormente, em razão da ação judicial movida pela ASSARRIXI contra a Norte Energia, a cadeia produtiva da areia foi estudada em detalhe com objetivo de fornecer informações necessárias ao poder judiciário. Durante todo o período de construção da barragem, a Norte Energia acompanhou a disputa pela titulação das áreas produtoras de areia e cascalho. Com base nas características da atividade de extração de areia e cascalho estudadas em profundidade, foram feitas análises de possíveis interferências da implantação do reservatório da UHE Belo Monte sobre a mesma. Utilizou-se para tanto, dados empíricos e modelagens matemáticas que primaram pela acurácia das informações. Nesse sentido, foram realizados acompanhamentos e registros dos procedimentos operacionais e dos ciclos produtivos daqueles que fazem a exploração dos bens minerais de areia e seixo, assim como foram coletados e cotejados dados relacionados aos aspectos hidrológicos, topobatimétricos, hidrossedimentológicos e meteorológicos, tanto empíricos, do rio Xingu em condição natural, quanto dos estudos previsionais para o reservatório. A Norte Energia afirma que a análise da produtividade das embarcações entre a época de cheia e de vazante/seca não apresentou um padrão de aumento ou de diminuição de produção em função do período do ano. Conclui-se ainda que as alterações previstas para ocorrer no rio Xingu após a formação do reservatório da UHE Belo Monte não são entendidas como suficientes de forma a interferir na operacionalidade das atividades areeiras exercidas no rio Xingu em Altamira. 4.5.3. Projeto de Implantação de Estaleiro em Vitória do Xingu Progresso reportado pela NE: Posterior à desapropriação do terreno e à autorização da Prefeitura de Xingu, foram realizadas interações com a municipalidade a partir de agosto de 2015 para definir os encaminhamentos e procedimentos para o licenciamento das obras de implantação do estaleiro. Em agosto de 2015, o órgão ambiental foi consultado em relação às exigências para a aprovação do projeto. Em agosto e setembro de 2015, foram realizados ajustes nos projetos como subsídio ao processo de licenciamento. Foi contratada empresa especializada para elaboração dos estudos ambientais solicitados pela SEMAT. Os estudos foram finalizados e junto com toda a documentação, prevista no Termo de Referência, foram protocolizados na SEMAT de Vitória do Xingu em 03 de dezembro de 2015. Aguarda-se a análise do órgão ambiental e a emissão da Licença Ambiental. Em paralelo, a partir da confirmação da cessão do terreno pela Prefeitura Municipal de Vitória do Xingu, o projeto executivo do estaleiro foi finalizado. Para o início das obras, no mês de outubro foi dado inicio ao processo de contratação da empresa que fará a construção do estaleiro. Esse processo finalizou em dezembro de 2015, estando, portanto, a empresa contratada e os serviços de demarcação da área e mobilização já iniciados. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA e, de forma geral, as metas propostas e aprovadas no PBA foram cumpridas. As ações preconizadas pelo PBA que dependiam exclusivamente da Norte Energia foram todas realizadas durante o período de implantação do Projeto. A Norte Energia aguarda posicionamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória do Xingu, referente à emissão da Licença Ambiental, para dar continuidade à construção do estaleiro. Avaliação de resultados: A parceria com a OCB/PA na constituição e capacitação da Coopernavix permitiu fortalecer, de forma organizada, as atividades do setor naval de Vitória do Xingu, promovendo a inserção competitiva e sustentável no setor de fabricação, manutenção e reparo de pequenas embarcações. A discussão sobre a forma de gestão do estaleiro iniciou-se nas reuniões do Grupo de Trabalho do Estaleiro, do qual participaram os trabalhadores navais e representantes da prefeitura. Cabe destacar que esta é a primeira cooperativa de trabalho de construtores navais do estado do Pará. A construção do estaleiro concretiza as ações de fomento à atividade naval na região. Já foi feita a contratação da empresa que fará a construção do estaleiro. O início das obras depende da Licença Ambiental da Secretaria Municipal de Vitória do Xingu. A previsão é de conclusão até Junho de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

4.6. Programa de Acompanhamento Social 4.6.1. Projeto de Acompanhamento e Monitoramento Social das Comunidades do Entorno da Obra e das Comunidades Anfitriãs Progresso reportado pela NE: Os dados do segundo semestre de 2015, para o Sistema de Cadastro e Acompanhamento, demonstram a finalização da 5ª e 6ª campanha de campo, que encerra a fase de implantação da UHE Belo Monte, com coleta de dados para atualização da localização e quantificação da população de áreas rurais e urbanas. A 5ª Campanha de campo, finalizada em junho de 2015, levantou ao total, 2.588 famílias, com 6.516 visitas, e a 6ª Campanha, realizou o levantamento de 2.570 famílias, a partir de 7.998 visitas. O encaminhamento de famílias vulneráveis por meio da metodologia de Casos Notáveis, que se utiliza da análise dos formulários de coleta, a partir de indicativo da equipe de campo na etapa de visita, resultou no total acumulado de 616 famílias encaminhadas com demanda social, até dezembro de 2015, sendo 90 famílias no 2º semestre de 2015. Junto ao encaminhamento de famílias, seguem recomendações ou indicações de medidas mitigadoras aos problemas levantados, conforme qualificação e quantificação das demandas e vulnerabilidades na sequência. As recomendações tanto podem ser individuais quanto para a família como um todo, resultando em um número superior de recomendações quando comparado ao número de famílias, superior até ao total de pessoas envolvidas, pois, em alguns casos, também há mais de uma recomendação por pessoa, conforme necessidade. Estes encaminhamentos somam 2.789 recomendações ao Projeto 4.6.2, desde o início do acompanhamento. Já os encaminhamentos direcionados a outros projetos e programas, repassados via coordenação de projetos sociais, totalizam 1.030 recomendações. É importante destacar que, na metodologia Casos Notáveis, nem toda família encaminhada ao Projeto 4.6.2, com recomendações relacionadas às vulnerabilidades detectadas, é encaminhada a outros projetos e programas e vice versa. Com isso, têm-se 616 famílias encaminhadas ao Projeto 4.6.2 e 480 famílias a outros projetos/programas. As famílias sem demandas de atendimento social e psicológico, e que foram repassadas somente a outros projetos e programas, somam o quantitativo de oito (8) famílias. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: O levantamento, a análise das informações, o posterior encaminhamento das famílias vulneráveis com necessidade de atendimentos diversos por projetos, programas ou convênios, o monitoramento dos atendimentos e a análise da evolução dos indicadores e das condições socioeconômicas atuam de forma preventiva, e apontam o aumento da qualidade de vida e a ampliação da rede socioassistencial, atuando de forma positiva para mitigação dos impactos gerados pela UHE Belo Monte, e consolidando os resultados metodológicos, que o Projeto no contexto do Programa de Acompanhamento Social, tem buscado ao longo do período de sua execução. Os resultados têm constatado melhorias nas condições de vida da população que apontam para a continuidade de ações pelos projetos do PBA e também das municipalidades, que redobram a necessidade de maior articulação e estabelecimento de processos de desenvolvimento institucional. Foram mais de 24 mil pessoas incluídas no banco de dados, mais de 850 famílias encaminhadas com mais de 4.500 recomendações para atendimento assistencial; mais de 3.500 famílias encaminhadas para inclusão no Cadastro Único das Prefeituras; três pesquisas de satisfação realizadas com o público-alvo acerca dos atendimentos prestados; diversas reuniões de interface e de gestão realizadas, discutindo formas de atuação para resolução das demandas sociais, com repasse de informações a fóruns de participação popular, dentre outras ações, o que corrobora a efetividade deste Projeto e, via de regra, do Programa de Acompanhamento Social. EVOLUÇÃO DO IDF PARA FAMÍLIAS DE REASSENTAMENTO URBANO COLETIVO Para as famílias levantadas antes da mudança (1ª Campanha) em comparação com a situação delas no primeiro levantamento como residente no RUC (2ª, 3ª, 4ª, 5ª Campanhas (com +- 3 meses de moradia)), foi observada evolução positiva nos percentuais de famílias em cada nível do IDF, ou seja, aumento do percentual de famílias com IDF alto (0,80 a 1,00 – melhor qualidade de vida) e redução no percentual de famílias com IDF baixo (0 a 0,499), sendo essas famílias de IDF baixo perfil para encaminhamento ao atendimento do Projeto 4.6.2 e a outros projetos ou programas.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Em relação ao público de Relocação Assistida Rural, foi observada redução em mais da metade do percentual de famílias com IDF baixo e aumento do IDF médio e alto, o que significa de antemão melhora nas condições de vida. Na comunidade de Belo Monte, observa-se, para o conjunto de famílias comuns às cinco campanhas de campo (91), o aumento do percentual de famílias com IDF alto e médio, com variações, frente à redução do percentual de famílias com IDF baixo, chegando e se mantendo em três campanhas o número zero de famílias com IDF baixo. Na comunidade de Belo Monte do Pontal, observa-se para o conjunto de famílias comuns às cinco campanhas de campo (117), equilíbrio na variação das porcentagens, mantendo abaixo de 2% o percentual de famílias com IDF baixo e uma pequena variação nas porcentagens de famílias com IDF alto e médio. Na Vila Isabel, observa-se para o conjunto de famílias comuns às cinco campanhas de campo (47), o aumento do percentual de famílias com IDF médio e a diminuição do percentual de famílias com IDF baixo. Para as três comunidades de Senador José Porfírio na Volta Grande, observa-se para o conjunto de famílias Painel (87), o aumento do percentual de famílias com IDF alto, equiparando-se com o quantitativo percentual da 2.ª Campanha, e, ligeiro aumento do percentual de famílias com IDF baixo, semelhante à 2.ª Campanha de campo, muito próximo ainda ao percentual da 4.ª campanha, só que com uma média geral do índice maior que o da 2.ª Campanha como se pode ver na próxima figura. Na Ressaca constata-se o aumento do percentual de famílias com IDF alto e manutenção do percentual de famílias com IDF baixo, abaixo de 5% das famílias painel. 4.6.2. Projeto de Atendimento Social e Psicológico da População Atingida Progresso reportado pela NE: O Núcleo de Atendimento Social às Comunidades Interferidas e ao Migrante de Altamira atendeu e acompanhou até a dezembro de 2015, 653 famílias das comunidades interferidas, o que corresponde a 37,94% das famílias com perfil para inclusão no Cadastro Único monitoradas pelo Projeto 4.6.1 (Cadastro Socioeconômico - CSE), em Altamira. Já em Vitória do Xingu, o Núcleo vem acompanhando 84 famílias, o que corresponde a 31,87% das famílias com este perfil. Os atendimentos das unidades conveniadas em Altamira (37,94% mencionado acima) superam mais de três vezes a meta de atendimento estabelecida para as gestões municipais no âmbito do SUAS. A meta estabelecida pelo SUAS é a de que as municipalidades garantam o atendimento e acompanhamento a 10% das famílias mais vulneráveis cadastradas no Sistema do Cadastro Único para os municípios de Médio Porte, como Altamira, e, 15% para os de Pequeno Porte, como Vitória do Xingu, sendo que neste último município, o índice está em 31,87% (como também mencionado), ou seja, mais que o dobro do esperado. Quanto às pessoas migrantes, os serviços conveniados de Altamira e Vitória do Xingu atenderam entre setembro de 2012 e dezembro de 2015, 723 usuários. Destes, 108 foram encaminhados para serviço de acolhida e hospedagem, uma média de 2,77 migrantes ao mês. Foram realizadas, até 31 de dezembro de 2015, 6.561 visitas domiciliares e 2.712 encaminhamentos de famílias e indivíduos à rede de serviços públicos nos municípios da AID. O Projeto 4.6.2 participou ativamente das atividades de capacitação do quadro funcional da SEMUTS de Altamira, e auxiliou a Secretaria implantar o SCFV no RUC Jatobá por meio do aporte de recursos para contratação da equipe e implantação da infraestrutura necessária para a realização do serviço no reassentamento. Quanto aos Espaços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos nos RUCs, o Projeto 4.6.2 vem assessorando a SEMUTS na implantação do SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos) nos RUCs. Desde julho de 2015, o Espaço de Convivência do RUC Jatobá está em funcionamento. A implantação dos demais, nos RUCs Casa Nova e Laranjeiras, já foi finalizada pela Norte Energia e serão inaugurados assim que a municipalidade equipar o espaço. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Projeto em andamento e não apresenta inconformidades com o PBA Avaliação de resultados:

Continuam sendo desenvolvidas ações destinadas à descentralização do SUAS, levando serviços, programas e projetos aos reassentamentos urbanos coletivos (RUCs) e seu entorno, assim como, ao s Reassentamentos Rurais Coletivos (RRCs) e Reassentamento em Áreas Remanescentes (RARs). Tais ações atendem à condicionante específica para o Projeto, já mencionada acima, indicada no Parecer n.º 02001.003622/2015-08 e na Licença de Operação nº 1317/2015; A ação de apoio à inclusão e atualização de famílias reassentadas nos RUCs e nos RRCs e RARs com perfil de

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Cadastro Único alcançou resultados positivos ao permitir o acesso das famílias reassentadas a inúmeros benefícios sociais, como a Tarifa Social de Energia Elétrica e programas como Bolsa Família, Habitação de Interesse Social, dentre outros. Em Altamira, como resultado da ação de apoio (TCTF DS-C-0139/2014, com apoio da equipe técnica do Núcleo, Convênio Altamira DS-C 0039/2012-1) coordenada pelo Projeto 4.6.2, 1.784 (52,42%) famílias de um total (3.403) residente nos RUCs em 08/12/2015, possuem o NIS ativo. Para alcançar este resultado foram realizadas 3.859 visitas domiciliares. Outras ações concluídas no âmbito deste Projeto incluem a construção de dois Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) em Altamira que permitirão à municipalidade o atendimento da demanda de maneira territorializada e descentralizada. Paralelamente, este Projeto vem assessorando tecnicamente a SEMUTS, na implantação de outros dois polos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), serviço de proteção básica do SUAS, destinado a crianças, adolescentes e idosos em situação de risco social. A Norte Energia já montou espaço apropriado no reassentamento Casa Nova e Laranjeiras para o início de seu funcionamento. Ainda no âmbito dos Convênios de parceria começarão a ser implantados nos RUCs, em Altamira, projetos de ocupação das quadras cobertas pelas Secretarias de Esporte e de Cultura, no próximo período. Em Vitória do Xingu já está sendo executado o Projeto Hortas Comunitárias nas sedes das unidades de serviços socioassistenciais, e em planejamento a realização sistemática e regular do Projeto SEMUTS na Estrada, que oferece ações conjuntas das Secretarias Municipais de Assistência Social, Educação, Saúde, etc. O Quadro 4.6.2 a seguir apresenta indicadores que apontam o desenvolvimento do projeto, evidenciando o processo de execução do convênio e os resultados do atendimento ao público-alvo. Quadro 4.6.2 – Indicadores do Projeto 4.6.2.

Indicadores Altamira Vitória do Xingu Outros municípios Total N° de solicitações de atendimento 847 135 362 1.344 Nº de famílias encaminhadas para atendimento

664 121 225 1.019

N° de famílias acompanhadas 653 84 194 931 N° total de visitas 4.346 1.882 333 6.561 N° de encaminhamentos realizados à rede socioassistencial

656 67 - 723

N° de migrantes atendidos 656 67 - 723 Capacitações 7 5 - 12 Reunião de nivelamento técnico 30 21 - 51 Relatório de supervisão técnica 39 39 - 78

4.7. Programa de Restituição / Recuperação da Atividade de Turismo e Lazer 4.7.1. Projeto de Recomposição das Praias e Locais de Lazer Progresso reportado pela NE: Foi dada continuidade às interações com a Secretaria Municipal de meio Ambiente - SEMAT, no que se refere à capacitação de seus técnicos, sendo que (i) a Norte Energia realizou uma palestra para os técnicos da SEMAT sobre o tema Balneabilidade (coleta e análises); e (ii) os técnicos indicados pela SEMAT acompanharam as coletas realizadas pela equipe da Norte Energia responsável pelo monitoramento da qualidade da água. Quanto à implantação das praias, no período foi concluído o processo de restituição de três praias: (i) Praia da Orla, localizada na orla de Altamira, entre o Porto 6 e a rampa da Funai (ii) Praia do Massanori localizada onde hoje se encontra a atual praia do Massanori e (iii) Praia do Assurini (Adalberto) margem direita onde hoje se encontra a praia do Assurini (Adalberto). Cabe justificar que a definição locacional envolvendo a substituição da Praia do Trapiche pela Praia da Orla levou em consideração os critérios de (i) vocação locacional, (ii) acessibilidade (iii) conflito de usos, e (iv) Segurança / embarcações, conforme detalhado no Quadro 4.7.1-1 – Análise locacional da praia na Orla de Altamira, o qual indica os pontos prós e contras de cada solução, que auxiliou nessa tomada de decisão. Já a definição locacional para a praia do Assurini (Adalberto), além dos estudos técnicos, conforme já relatado, considerou a demanda apresentada pela categoria de barqueiros. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Análise de conformidade: O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA. Segundo parecer do IBAMA, não ficou clara a concordância da Prefeitura Municipal de Altamira, entidade à qual caberá gerir os sítios edificados pela Norte Energia. Sobre o Trecho de Vazão Reduzida é importante avaliar o impacto, no âmbito dos projetos de monitoramento de fauna, da facilitação do acesso às praias na fauna que já será afetada pela própria formação do TVR. O cronograma apresentado para a fase de operação está satisfatório. Avaliação de resultados: As praias de Altamira foram concluídas em dezembro de 2015, garantindo o objetivo de assegurar que as temporadas de praia não sofressem descontinuidade com a formação do reservatório no rio Xingu. Foram implantadas três praias nos municípios de Altamira, sendo (i) Praia da Orla, localizada na orla de Altamira, entre o Porto 6 e a rampa da Funai (ii) Praia do Massanori localizada onde hoje se encontra a atual praia do Massanori e (iii) Praia do Assurini (Adalberto) margem direita onde hoje se encontra a praia do Adalberto e uma no município de Vitória do Xingu, sendo (iv) a montante do canal de fuga do sítio Belo Monte. É importante ressaltar que as praias artificiais proporcionarão o uso durante todo o ano, sem descontinuidade em função da época das chuvas, garantindo o uso pela comunidade em diversas atividades de lazer. A Norte Energia afirma que após a transferência das praias para a prefeitura de Altamira a mesma assumirá a gestão das praias artificiais. Os técnicos da Prefeitura Municipal de Altamira foram capacitados para realizar coleta de água e proceder com a interdição/sinalização caso as condições de balneabilidade não estejam adequadas. Destaca-se que em função do solicitado no OF 02001.013517/2015 DILIC / IBAMA, foi incorporada ao projeto 4.7.1, a implantação de uma praia a montante do canal de fuga do sítio Belo Monte. Foi realizada reunião com a Leme e o CCBM com objetivo de dar diretrizes e subsidiar elaboração de Nota Técnica referente à implantação de uma praia a montante do canal de fuga do sítio Belo Monte. Dentre outros aspectos, discutiram-se questões sobre o ordenamento do uso do espaço da praia, a questão da balneabilidade e segurança dos usuários, tendo em vista a experiência acumulada com a implantação das três praias em Altamira. 4.7.2. Projeto de Reestruturação das Atividades Produtivas de Turismo e Lazer Progresso reportado pela NE: Foram selecionadas seis diferentes alternativas de recomposição turística: (i) Centro de Eventos e Turismo; (ii) Visitação do Complexo e Linha Turística; (iii) Mirantes de Observação Cênica; (iv) Pesca Esportiva; (v) Áreas de Conservações Existentes; (vi) Ecoturismo Náutico. O desenvolvimento do Programa de Identidade Visual (PIV) do Diretório de Informações Turísticas – DIT foi concluído, sendo desenvolvidos dois produtos impresso: um Livreto e um Folder. Esses produtos foram apresentados para as prefeituras e instituições representativas do turismo dos municípios da AID, no dia 22 de outubro de 2015, na qual foi realizado Evento de Lançamento e Exposição Fotográfica do Diretório de Informações Turísticas, no Xingu Praia Clube. Cerca de 140 convidados participaram deste evento Foi desenvolvido um terceiro produto: um Diretório de Informações Turísticas em mídia digital, em formato aberto e em programa acessível, de fácil manipulação, por meio de planilhas no programa Excel. Este produto foi desenvolvido para cada um dos municípios da AID. No dia 24 de novembro de 2015 foi realizado um Workshop de Turismo com a participação de gestores públicos municipais da AID da UHE Belo Monte, de representantes do município de Medicilândia (por solicitação dos próprios participantes) e da Secretaria Estadual de Turismo – SETUR, além de instituições e empresários ligados ao setor de turismo. O workshop contou com a presença de 64 pessoas, entre gestores públicos, empresários e atores da sociedade civil. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA. Além disso, de acordo com o 10ºRSAP, o aproveitamento das potencialidades turísticas criadas pelo reservatório é assegurado pela organização e operação do Centro de Apoio ao Visitante (CAV). A implantação do Centro de Informações Turísticas está vinculada ao projeto executivo da Reurbanização da Orla do Xingu e do Porto 6. Da mesma forma, em função da requalificação da orla de Altamira, serão formados pontos de observação do rio Xingu, os quais irão consistir em mirantes de observação cênica. Em função do exposto acima, considera-se esta atividade concluída, no âmbito do Projeto 4.7.2, sendo que o acompanhamento das obras se dará no Projeto 5.1.8.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte A Norte Energia elaborou um cronograma apresentado para a fase de operação, propondo monitoramento a ser realizado com base na coleta de dados para os três indicadores definidos no PBA. Porém a própria Norte Energia salienta que a realidade de campo já indicou haver um significativo nível de dificuldade para se obter as informações dos indicadores propostos junto às fontes primárias responsáveis pela produção dos dados, e que incursões em campo, já realizadas, demonstraram não existir estatísticas de âmbito local, produzidas regularmente, que tratem do segmento turístico. A Norte Energia afirma que estão sendo realizadas pelo Plano de Articulação Institucional capacitações e oficinas para o planejamento turístico dos municípios da AID, além de orientações e apoio para a criação dos Conselhos Municipais de Turismo. Avaliação de resultados: A efetiva implantação das alternativas de reestruturação do turismo se dará em momento posterior ao enchimento do reservatório, fato que não minimiza a importância das atividades realizadas até o momento para fomentar a discussão sobre o tema em fóruns específicos e o aprimoramento do mercado turístico na região. O Diretório de Informações Turísticas entregues às municipalidades servirá como instrumento estratégico para que os municípios da área de influência de Belo Monte possam planejar e estimular o desenvolvimento do turismo regional. A capacitação ocorreu em três etapas, onde a primeira abordou o tema por meio dos seguintes aspectos: (i) Definição conceitual, fundamentos e desdobramentos do turismo para municipalidade, (ii) abordagem da cadeia produtiva do turismo com citação de equipamentos e produtos diretamente ligados ao tema. Destaque para as atividades turísticas de serviço, (iii) os tipos de turismo de acordo com o Ministério de Turismo com destaque para o potencial turístico na região Xingu, (iv) a política nacional e estadual de turismo e (v) a política municipal de turismo: Princípios e Objetivos. Já na segunda etapa abordou as Implicações do Tema na Estrutura Administrativa Municipal, através: (i) estímulos e identidade local para apropriação de espaços, (ii) relevância do diagnóstico e inventário do município para as atenções ao turismo, (iii) estrutura administrativa que compõe as operações de turismo, (iv) Legislações e ações, (v) Estímulos comerciais e capacitações, (vi) o plano municipal de turismo e conselho municipal e (vii) promoção da imagem. Na terceira etapa abordou os pleitos de financiamento e investimento para a promoção do turismo, através: (i) Incentivos do Governo Federal e Estadual e (ii) Contrapartida municipais: incentivos e estímulos. 4.8. Programa de Recomposição/Adequação dos Serviços e Equipamentos Sociais 4.8.1. Projeto de Recomposição/Adequação da Infraestrutura e Serviços de Educação Progresso reportado pela NE:

No segundo semestre de 2015, foi concluído o 5º Ciclo de capacitação Docente para os municípios da AID. Como ocorreu em todos os ciclos anteriores, os cursos foram escolhidos pelas Semed de cada município, de acordo com as suas necessidades ou prioridades, e que não são contemplados pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), do Ministério da Educação (MEC). De maneira geral, o tema escolhido tem relação com alguma dificuldade relacionada ao corpo docente, para o qual cada Semed vê a oportunidade de solucionar ou de aprimorar. No total deste 5º Ciclo de Capacitação Docente, houve a participação de 277 docentes, sendo 64 (sessenta e quatro) em Altamira, 64 (sessenta e quatro) em Brasil Novo, 49 (quarenta e nove) em Anapu, 40 (quarenta) em Senador José Porfírio e 60 (sessenta) em Vitória do Xingu. No balanço das obras concluídas até o momento, 55 (cinquenta e cinco) obras de educação já foram entregues às municipalidades. Quanto às escolas em construção, estão em andamento: i) no RUC Jatobá, uma creche (03 berçários e 01 fraldário), uma EMEF (12 salas de aula) e uma EEEM (6 salas de aula); ii) no RUC Água Azul, uma EMEIF (03 salas de aula de ensino infantil e 07 de ensino fundamental); iii) no RUC São Joaquim, uma EMEIF (03 salas de aula de ensino infantil e 07 de ensino fundamental); iv) no RUC Casa Nova, uma EMEIF (03 salas de aula de ensino infantil e 05 de ensino fundamental); e v) no RUC Laranjeiras, uma EMEIF (01 salas de aula de ensino infantil e 05 de ensino fundamental). Em Anapu, está em construção uma EMEF, com 06 salas de aula, e uma EMEI, com 04 salas de aula. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA e posteriores revisões aprovadas pelo IBAMA, inclusive com análise de suficiência dos equipamentos já construídos. Segundo o parecer do IBAMA, o Programa vem sendo executado como proposto e, para a fase de LO foi proposta a continuidade do monitoramento até 2019.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: A construção, reforma ou ampliação de escolas foram realizadas em consonância com os municípios, por meio de repactuações que atenderam à demanda de alunos cujas famílias foram atraídas a Altamira, e residualmente a Vitória do Xingu, por conta do empreendimento. No balanço das obras concluídas até o momento, 55 (cinquenta e cinco) obras de educação já foram entregues às municipalidades, com especial destaque para Altamira, como 18 (dezoito) escolas, e Vitória do Xingu, com 19 (dezenove) escolas. O total de salas de aula entregues até dezembro de 2015 chega a 392, e as salas de apoio já entregues chegam a 440 (253 só nas escolas de Altamira). No caso de Altamira, há ainda sete escolas em construção, nos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs), além de sete escolas a serem reformadas e que, como já mencionado na Introdução deste Relatório, foi acordado com a Prefeitura que esta se responsabilizará pela reforma, com verba repassada pela Norte Energia. A Prefeitura já iniciou a execução das obras em cinco das sete escolas. Em Vitória do Xingu, ainda está prevista a construção de uma escola na Agrovila Leonardo da Vinci, que está na dependência da regularização do terreno pela Prefeitura. Em Senador José Porfírio, há a previsão de construção de uma escola no Travessão Pirarara, em substituição à EMEF Luiz Rebelo, na Ressaca, a pedido da Prefeitura e com a anuência do Ibama. Os dados de Projeção Demográfica e a Evolução de Matrículas nas escolas da rede pública urbana dos municípios da AID apontam claramente para a tendência de queda de população em Altamira e Vitória do Xingu, que são os dois municípios onde houve o afluxo de população por conta do empreendimento. Como consequência da diminuição de população, houve uma queda de matrículas em Altamira ao longo de 2015, já no primeiro semestre. Mesmo nos meses de agosto e setembro, quando nos anos anteriores ocorria algum aumento por conta de transferências recebidas, em 2015 apresentaram queda em relação ao primeiro semestre, que se acentuou até o final do ano. Por conta disso, o superávit de vagas aumentou ainda mais no município, mesmo sem contar as salas pré-moldadas construídas pela Norte Energia. Além disso, se for levado em consideração que as sete escolas dos RUCs deverão estar disponíveis em março de 2016, a Prefeitura terá de repensar a gestão de equipamentos, otimizando-os para a nova realidade. Quanto ao monitoramento de matrículas, muito embora o Ibama tenha proposto sua continuidade até 2019 pelo Projeto 4.8.1, a Norte Energia entende que ele já é realizado no âmbito do Programa 7.4 e, como está caracterizado que o pico de demanda de vagas por conta do afluxo de população atraída pelo empreendimento já passou, caberia ao Projeto 4.8.1 acompanhar e concluir as obras em execução, e que devem ser finalizadas ao longo do primeiro semestre de 2016. Tais obras, conforme já informado, não constavam originalmente do PBA, mas são resultado de acordos realizados ao longo do Projeto. 4.8.2. Projeto de Recomposição dos Equipamentos Religiosos Progresso reportado pela NE: Foram identificados na ADA Urbana 20 (vinte) equipamentos religiosos passíveis de recomposição, dentre esses: Foram reconstruídos dois equipamentos religiosos pela Norte Energia, ambos da igreja católica, já concluídos e

repassados à representatividade. Os novos prédios contemplam a mesma área construída equivalente dos templos interferidos;

Dos três equipamentos que optaram pela indenização total, apenas um iniciou sua recomposição – Igreja Adventista do 7º Dia do bairro Nova Altamira -, que está se recompondo no mesmo local. A igreja Nossa Senhora de Fátima não iniciou sua recomposição e a Igreja Adventista do 7º Dia – Movimento de Reforma – está dependendo de autorização da prefeitura para iniciar sua reconstrução no novo local – bairro Jardim França;

Os grupos religiosos que optaram pela recomposição dos seus templos nas áreas de reassentamento (12 templos) perceberam a oportunidade de aumentar suas instalações e melhorar seu espaço físico, face aos benefícios dos novos terrenos disponibilizados – 300m².

No segundo semestre de 2015, o Ibama encaminhou o ofício OF 02001.011795/2015-91 COHID-IBAMA, solicitando informações referente à Igreja Evangélica Assembleia de Deus CIADSETA, já que a mesma havia encaminhado ofício requerendo indenização da Norte Energia devido a maior parte dos membros ter sido relocada, bem como a estrutura física do prédio apresentar fissuras provocadas por máquinas que trabalhavam na demolição das casas da ADA. Em resposta, a Norte Energia encaminhou a CE-0374-2015-DS, reforçando relatos do 7º RC, enfatizando a boa localização do prédio em função da implantação do parque (Projeto 5.1.8) e da própria relação que a edificação em questão tem com a área urbana de Altamira, o que não justificaria a adoção de tratamento de recomposição no âmbito das interferências associadas à UHE Belo Monte. Quanto à recomposição de templos religiosos na ADA rural, não foram identificadas novas demandas no segundo semestre de 2015.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA e, de forma geral, as metas propostas e aprovadas no PBA foram cumpridas. Resta apenas a conclusão dos templos optantes pela reconstrução própria nas áreas de reassentamento, ressaltando-se que os mesmos escolheram esta alternativa em face da possibilidade de ampliar e melhorar as instalações de seus templos, mesmo que haja necessidade de injetar valores superiores ao indenizado. Avaliação de resultados: Para os templos localizados na ADA rural, devido à dispersão das comunidades, não foi necessária a recomposição dos equipamentos religiosos, sendo que foi assegurada a indenização monetária aos proprietários, permitindo a reconstrução em outra localização. Não obstante, demandas provenientes de possíveis formações de grupos familiares serão atendidas pelo Projeto de Reparação (4.1.5), mediante demandas apresentadas pela população de forma participativa que comprovem existência de vínculos comunitários e religiosos. Na ADA urbana, 17 (dezessete) equipamentos religiosos optaram pela recomposição em uma das áreas de reassentamento. Destes, três igrejas que funcionavam em imóveis alugados, por consenso, optaram por substituir os valores de 12 (doze) meses de locação por lotes nas áreas de reassentamento, sendo que apenas um iniciou sua recomposição. Outros dois templos foram reconstruídos pela Norte Energia e entregues ao grupo religioso detentor – Prelazia do Xingu - Igreja Católica. Dos 12 (doze) templos restantes que optaram em receber o terreno em umas das áreas de reassentamento e indenização monetária de suas benfeitorias, oito já foram concluídos, um está em fase de conclusão e três não iniciaram sua recomposição. Outras três igrejas optaram pela indenização total (benfeitoria mais o terreno), na qual o grupo religioso definiu o novo local e a melhor forma de recomposição do templo conforme sua indenização. Nestes casos, o processo está encerrado. 5. Plano de Requalificação Urbana 5.1. Programa de Intervenção em Altamira 5.1.6. Projeto de Diretrizes para o Planejamento Integrado Progresso reportado pela NE: De acordo com o 12ºRSAP, o Projeto de Diretrizes para o Planejamento Integrado em Altamira (5.1.6) concluiu suas tratativas com a municipalidade e forneceu subsídios para que os municípios possam enfrentar e planejar os novos desafios da gestão pública em relação a sua organização territorial. No tocante a intervenções, o Projeto encontra-se concluído, inclusive a implantação das obras de drenagem e pavimentação previstas para Vitória do Xingu, Belo Monte e Belo Monte do Pontal. Em especial, devido à implantação da drenagem urbana em Altamira, prevista no Projeto 5.1.6, estar associada às áreas de intervenção, o acompanhamento passou a ser feito por meio dos Projetos de Reassentamento Urbano (5.1.7) e de Parques e Reurbanização da Orla (5.1.8), o primeiro já concluído nas cinco áreas de reassentamento e o segundo já em implantação, com a realização de todas as obras de ajuste para escoamento associado ao viário. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto foi concluído e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: Conforme relatado nos Resultados Consolidados foi concluído o conjunto de diretrizes que compatibilizam a realização das obras previstas para Altamira ao planejamento da cidade e subsidia futuras revisões do Plano Diretor Municipal por meio do documento "Diretrizes para o Planejamento Integrado". Conforme protocolo por meio da CE 126/2015-DS de janeiro de 2015. Com relação à drenagem e pavimentação, as definições de projeto estão atreladas aos Projetos de Reassentamento (5.1.7) e de Parques e Reurbanização da Orla

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte (5.1.8). Com relação à Vila Residencial, conforme exposto nas correspondências CE 043/2013-PR, CE 101/2013-PR, e pelas CEs 435/2013-DS e 1040/2013-DS, as residências necessárias para abrigar os funcionários ligados a obra da UHE Belo Monte alocados em Altamira foram concluídas no segundo semestre de 2013. 5.1.7. Projeto de Reassentamento AltamiraProgresso reportado pela NE: De acordo com o 12º RSAP, em acordo com a condicionante 2.6 da LO nº 1317/2015, estão previstas até novembro de 2016 as atividades para a conclusão de implantação do RUC Pedral, incluída a infraestrutura e conectividade viária correspondente. Para o próximo período estão previstas as atividades para a conclusão da implantação das escolas nas áreas de reassentamento Jatobá, São Joaquim, Água Azul, Casa Nova e Laranjeiras. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. Avaliação de resultados: As metas estabelecidas no PBA para este programa foram cumpridas para a implantação dos cinco reassentamentos e concluídas na medida do avanço das obras perfazem o avanço de 100%, relativos às obras de infraestrutura e das unidades habitacionais construídas. Com relação à implantação dos equipamentos públicos e áreas de lazer, esses se encontram em desenvolvimento com previsão de entrega à população no período de Fevereiro a Abril/2016. Quanto ao reassentamento Pedral, o projeto definido e acordado vem sendo acompanhado pelo grupo de trabalho-GT Pedral. O prazo concedido pelo Ibama para término da implantação, de acordo com a condicionante 2.6da Licença de Operação nº 1317/2015, está previsto para Novembro de 2016. Será ofertada a possiblidade de relocação para o RUC Pedral, para a população moradora/ocupante de ilhas e margens do rio Xingu, em Área Diretamente Afetada pelo empreendimento UHE Belo Monte, tratada no âmbito da revisão do tratamento dessa população e de acordo com os resultados das oficinas citadas no relatório sobre relocação rural, como consta no RT_SAF_Nº02-Implantação-Consolidação-RUC-Desocupação-230915, de Setembro de 2015. Em relação à construção dos equipamentos públicos nas áreas dos reassentamentos, as 3(três) UBS foram concluídas em novembro de 2015 e entregues à municipalidade; assim como a edificação do CREAX, concluída em Novembro 2015; o CRAS concluído em janeiro de 2016;e as cinco escolas em construção apresentam avanço global em torno de 43% e tem previsão de conclusão em Abril/2016 5.1.8. Projeto de Parques e Reurbanização da Orla Progresso reportado pela NE: Dentre todos os nove pacotes de construção, três estão integralmente relacionados ao enchimento do reservatório, e, portanto já possuem suas intervenções concluídas. Sendo assim, as obras que atingiram 100% correspondem à implantação das pontes e travessias, bem como a retirada das estruturas antigas – pacote 1 – , dos seis píeres previstos – pacote 4 – e da praias – pacote 7. A Licença de Operação, no item 2.10-b emitida em novembro de 2015 pelo Ibama, estipula o prazo de 180 dias para as obras dos parques no entorno dos igarapés de Altamira; a reurbanização da orla de Altamira; e as obras de drenagem urbana associadas aos parques e à reurbanização da orla. Em função disso, os pacotes 3, 5 e 8 apresentam prazo de término para Maio de 2016. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O projeto está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: As atividades determinantes ao enchimento do reservatório apresentam-se concluídas e as demais se mostram com avanços consideráveis, como é o caso das edificações na foz do Igarapé Altamira. Pacotes de construção, referenciados em relatórios anteriores como determinantes para a elevação do nível da água por razões de viabilidade construtiva, necessidades socioeconômicas da população atingida e segurança da sociedade altamirense, foram concluídos no período do 9ºRelatório Consolidado de Andamento do PBA. Dos dois itens elencados no documento de expedição da LO nº 1317/2015, emitido em 24/11/15, o primeiro, referente à demolição das pontes Goldim Lins, João Coelho e uma de madeira no igarapé Ambé, foi atendido conforme liberação da Prefeitura de Altamira para demolição das pontes, restando a retirada dessa última travessia ainda pendente de autorização da municipalidade. O segundo, remetendo-se ao prazo de 180 dias para a conclusão das implantações dos parques no entorno dos igarapés de Altamira, da reurbanização da orla de Altamira e das obras de drenagem urbana associadas aos parques e à reurbanização da orla, segue em avanço considerável. 5.1.9. Projeto de Saneamento Progresso reportado pela NE: Não obstante tenham sido concluídos os objetivos e as metas preconizados no PBA para os Projetos de Saneamento (5.1.9, 5.2.19 e 5.3.19), a Licença de Operação (LO) nº 1317/2015, de 24/11/2015, estabeleceu condicionantes específicas que visam à efetividade na operação das estruturas de saneamento instaladas, demandando novos compromissos que devam ser alcançados pela Norte Energia na Etapa de Operação. As condicionantes da referida licença que tratam deste assunto esbarram em compromissos alheios à gestão da Norte Energia. Nesse sentido, em 04/12/2015, a Norte Energia encaminhou ao Ibama a correspondência CE 0442/2015-DS, solicitando a realização de reunião para discussão sobre essas condicionantes e para a definição acerca da sua abrangência e pertinência frente às realizações de atividades já demonstradas. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: No Parecer o IBAMA havia solicitado à NE que apresentasse cronograma e metas para operação do sistema de esgotamento sanitário de Altamira. As metas deveriam considerar os dados da Modelagem Matemática de Qualidade da Água dos Igarapés de Altamira apresentada pela Norte Energia, por meio da correspondência NE- 581/2011-DS, que concluiu que o tratamento de 50% do esgoto proporcionará melhorias significativas na qualidade da água dos três igarapés (Altamira, Ambé e Panelas). Na LO Nº 1317/2015 emitida em novembro de 2015, o IBAMA definiu 3 condicionantes que dispõem sobre este projeto de saneamento: 2.11. Concluir, até 30/09/2016, a realização das ligações domiciliares à rede de esgoto da área urbana de Altamira. 2.12. Disponibilizar serviços de limpa-fossa e coleta de esgotos em tempo seco para saneamento ambiental de Altamira, até a conclusão das ligações domiciliares. 2.13. Disponibilizar suporte técnico e financeiro para a integral e adequada operação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Altamira, até que a Prefeitura daquela municipalidade apresente condições para operá-lo de forma sustentável técnica e economicamente. Avaliação de resultados: Posteriormente ao envio do Relatório de Resposta ao Ofício 6165/2015 DILIC/IBAMA (8º RC), a Norte Energia realizou uma série de discussões prestando esclarecimentos acerca do Projeto de Saneamento com o objetivo de sanar dúvidas em relação ao cumprimento da condicionante 2.10 da LI 795/2011. Delas resultou a definição de que a Norte Energia assumiria a responsabilidade pela realização das ligações intradomiciliares, bem como a operação das infraestruturas de esgotamento sanitário por um período de 2 anos. Nesse contexto, em 18/09/2015, por meio do Despacho 02001.025408/2015-02 DILIC/IBAMA, o Ibama solicitou (item 25) que fosse apresentado com base na modelagem de qualidade de água desenvolvida para os igarapés de Altamira, metas progressivas para a operação do sistema de esgotamento sanitário de Altamira. A Norte Energia no mesmo mês apresentou por meio da correspondência CE 0327/2015-DS nota técnica com a Caracterização da Qualidade da Água nos Igarapés e Entorno da Cidade de Altamira, NT-SFB-Nº034, onde concluiu-se que por meio do histórico de resultados de monitoramento medidos nos igarapés Ambé, Altamira e Panelas e os reflexos no rio Xingu imediatamente à jusante que as cargas afluentes não possuem o potencial de causar problemas à qualidade atual e após a formação do reservatório, mesmo durante a fase de implantação das ligações domiciliares. Por meio do relatório NE-DS-SSE-00148-0 de 13/11/2015, que apresentou a situação dos trabalhos, à época já em

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte curso, para efetivação das ligações intradomiciliares.Foi informado que em julho de 2015, a Prefeitura de Altamira, deu início ao levantamento dos domicílios que receberão as ligações intradomiciliares, identificando-se três categorias em relação à localização dos atuais dispositivos de esgotamento: Tipo A – Destinação do esgoto primário é direcionada para um reservatório, séptico ou não, na testada do terreno; Tipo B – Destinação do esgoto primário é direcionada para um reservatório, séptico ou não, nos fundos do terreno; Tipo C – O imóvel apresenta condições rudimentares de esgotamento e abastecimento e não dispõe de banheiro e pia de cozinha dentro da residência.

Pelos cadastros já realizados sabe-se que aproximadamente 80% dos locais de ligação à rede serão nos fundos do terreno; aproximadamente 14% na testada do terreno; e somente aproximadamente 6% têm instalações rudimentares e não possuem os dispositivos em forma adequada para ligação à rede. Em 20 de novembro de 2015 por meio da correspondência CE 0419/2015, a Norte Energia informou ao Ibama que havia iniciado os trabalhos para ligação intradomiciliar de 16.000 imóveis à rede; que 15.000 destes imóveis já haviam sido cadastrados. Adicionalmente, nesta mesma correspondência, a Norte Energia sugere a realização de serviços de limpa-fossa até a conclusão das ligações intradomiciliares, caso seja identificado por meio do monitoramento diário de 11 (onze) pontos a alteração de concentrações que possam prejudicar a qualidade da água no reservatório. Em relação à operação dos sistemas, o Despacho 02001.025408/2015-02 DILIC/IBAMA de 18/09/2015, solicitou que a mesma fosse compartilhada entre a Norte Energia e Prefeitura de Altamira. A Norte Energia, por meio da já citada Nota Técnica NE-DS-SSE-00148-0 de 13/11/2015, se comprometeu a contratar e manter os sistemas de esgotamento sanitário durante um período de dois anos. Nesse ínterim, a Prefeitura Municipal de Altamira recebeu o SAA por meio do Termo de Doação DS-T-025/2015. Por fim, tanto o Relatório do Processo de Licenciamento – RPL, quanto a Licença de Operação – LO nº 1317/2015, incorporou tais diretrizes nas seguintes condicionantes:

2.10-e) Prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia; 2.11 - Concluir até 30/09/2016, a realização das ligações domiciliares à rede de esgoto da área urbana de Altamira; 2.12 - Disponibilizar serviços de limpa-fossa e coleta de esgotos em tempo seco para saneamento ambiental de Altamira, até a conclusão das ligações domiciliares; 2.13 - Disponibilizar suporte técnico e financeiro para integral e adequada operação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Altamira, até que a Prefeitura daquela municipalidade apresente condições para operá-lo de forma sustentável técnica e economicamente.

Posteriormente à emissão da LO 1317/2015, em 04/12/2015, a Norte Energia encaminhou ao Ibama a correspondência CE 0442/2015-DS, solicitando a realização de reunião para discussão sobre as condicionantes postas na referida licença. Conforme argumentação apresentada na citada correspondência, algumas condicionantes necessitam de esclarecimentos acerca da sua abrangência, pertinência frente às realizações de atividades já demonstradas e a capacidade de governança da Norte Energia sobre assuntos que lhe são alheios. Os entendimentos resultantes poderão trazer alterações nos encaminhamentos para o cumprimento das condicionantes na etapa de operação. Não obstante, no período do presente relatório, foram tomadas as providencias cabíveis para dar atendimento ao documento. Em atenção à condicionante 2.11, a Norte Energia encaminhou ao Ibama a correspondência CE 0449/2015-DSem 08/12/2015, atualizando o reporte de informações relativas às ligações intradomiciliares. Nesse contexto, cabe destacar que o grau de complexidade da tarefa impõe ao processo um planejamento específico e, por conseguinte, a criação de uma força tarefa “ad hoc”. Dessa forma, a Norte Energia está em meio ao processo de contratação desse planejamento estratégico. Na sequência, visando o atendimento à referida condicionante no prazo estabelecido pelo Ibama, será realizada a contratação das empresas especializadas que também já haviam sido pré-selecionadas e listadas na correspondência supracitada. Em relação às condicionantes 2.10-e e 2.13, conforme informado nos relatórios anteriores, a Norte Energia já vem dando apoio técnico e financeiro à Prefeitura de Altamira e tem tido constantes interações em campo para viabilizar a operação dos sistemas. Nesse contexto, cabe destacar que em outubro de 2015 a Norte Energia, a fim de apoiar a administração municipal na gestão dos resíduos sólidos e do aterro sanitário, disponibilizou os seguintes equipamentos:

Caminhão traçado 6x4 equipado com coletor compactador de lixo de 19mᶾ; Caminhão traçado 6x4 com basculante 12mᶾ; e. Caminhão traçado 6x4 com Poliguindaste duplo com caçamba de 5m³ cada.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

A entrega dos equipamentos se deu por meio do Termo de Doação DS-D-0154/2015, assinado em 23 de outubro de 2015. Em relação à condicionante 2.12, que trata do serviço de limpa-fossa e coleta de esgoto até conclusão das ligações intradomiciliares dos 16.000 imóveis, a Norte Energia tem mantido o monitoramento dos 11 pontos distribuídos em Altamira e não tem verificado alteração sensível que necessite da realização destes serviços até o momento. Não obstante, desenvolveu plano de ação que inclui a seleção de empresas especializadas com equipamento adequado que poderão ser acionadas, caso eventualmente, seja identificada alteração nos indicadores que necessitem estes serviços. 5.2. Programa de Intervenção em Vitória do Xingu 5.2.19. Projeto de Saneamento (Vitória do Xingu) Progresso reportado pela NE: Conforme apresentado no 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, os objetivos de dotar a sede do município de Vitória do Xingu de infraestruturas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e disposição dos resíduos sólidos por meio de um aterro sanitário foram cumpridos. Com relação à meta que trata da remediação do antigo depósito de lixo, a situação que de fato se conformou não permitiu a realização das intervenções preconizadas. Não obstante, foram adotadas medidas adequadas e suficientes, sobretudo pelo próprio encerramento das atividades de disposição, para que fossem evitados prejuízos à saúde da população e ao meio ambiente. Posto isso, diante dos resultados apresentados, a Norte Energia entende que o Projeto atingiu, em sua íntegra, aos objetivos e metas para ele estabelecidas, e que por fim, as atividades a serem ainda realizadas são relativas apenas ao repasse oficial do sistema de abastecimento de água para gestão pública com a assinatura do termo de doação, conquanto a realização desse recebimento oficial, a municipalidade já utiliza a complementação do sistema implantado. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. A LO n°1317/2015 de 24/11/2015 refere-se em seu item 2 – Condicionantes Específicas, sub-item 2.10, alínea (d), para que se dê apoio a implantação de consórcio intermunicipal de resíduos sólidos que contemple os municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando solução ambiental e economicamente sustentável para disposição final de resíduos sólidos urbanos. Entretanto, entende-se que para esta condicionante não haveria a necessidade de aplicação de ações para formação de um consócio, tendo em vista que todos os municípios citados têm um aterro sanitário em seus territórios, com exceção de Anapu, mas a implantação desta obra para Anapu está em andamento. Tendo em vista ainda que os municípios têm seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos elaborados e aprovados e/ou em aprovação. No que concerne ao mesmo item e subitens supracitados, porém na alínea (e) que imputa à Norte Energia prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia, as ações para a realização desta atividade devem ser melhor definidas à medida da realização de interlocução com o Ibama nos termos da solicitação expressa por meio da CE 0442/2015-DS. Avaliação de resultados: As atividades constantes no PBA e já apresentadas no 7º RCS, consolidam as informações sobre o cumprimento dos objetivos e metas atingidos no projeto de saneamento para a sede do município de Vitória do Xingu, semelhante ao que foi apresentado no Relatório em atendimento ao item 1 do Ofício OF 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA. Oportunamente, após o fornecimento de esclarecimentos complementares aos dois últimos relatórios feitos ao Ibama, em novembro de 2015 emitiu a LO nº 1317/2015 em conjunto com o Relatório do Processo de Licenciamento – RPL, onde reforçou-se o entendimento de cumprimento da metas pressupostas no PBA, incluindo como medida a assegurar a efetiva operação das infraestruturas de saneamento implantadas a condicionante 2.10-e, a prestação de assistência técnica ao Município de Vitória do Xingu pelo período de dois anos. Posterior à emissão da LO 1317/2015, em 04/12/2015, a Norte Energia Encaminhou ao Ibama a correspondência CE 0442/2015-DS, solicitando a realização de reunião para discussão sobre as condicionantes postas na referida licença. Conforme argumentação apresentada na citada correspondência, em especial em relação à condicionante 2.10-e, é

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte necessário o esclarecimento acerca da sua abrangência, pois os repasses das infraestruturas ao município já foram realizados. Os encaminhamentos resultantes desta interação com o órgão licenciador poderão incorrer em alterações nos encaminhamentos para o cumprimento das condicionantes na etapa de operação. Não obstante, no período do presente relatório, foram tomadas as providencias cabíveis para dar atendimento ao documento. Neste sentido, no período que compreende a apresentação desse relatório foram desenvolvidos acompanhamentos no âmbito das atividades de apoio técnico do Plano de Articulação Institucional, com a realização de visitas técnicas ao aterro sanitário da sede municipal no intuito de acompanhar a operação realizada pela municipalidade e orientações inerentes a esta operação. 5.3. Programa de Intervenção em Belo Monte e Belo Monte do Pontal Progresso reportado pela NE: De acordo com o 12ºRSAP, o Programa de Intervenção em Belo Monte e Belo Monte do Pontal (5.3), um dos programas que indicam as principais linhas de desenvolvimento urbanístico para essas localidades, agora com o empreendimento, concluiu suas tratativas com a municipalidade fornecendo subsídios para que os municípios possam enfrentar e planejar os novos desafios da gestão pública em relação a sua organização territorial. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Avaliação de resultados: Foram levadas a termo ações para o envolvimento e retroalimentação, por parte de órgãos públicos, para a definição do tipo de intervenção necessária para a adequação da atracação das balsas nas localidades de Belo Monte e Belo Monte do Pontal. Após diversas interlocuções, sobretudo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), verificou-se o planejamento do órgão viário em implantar uma ponte sobre o rio Xingu que substituiria a travessia por balsas; assim, em consenso com os órgãos envolvidos, fora definida a consecução das “melhorias nos caminhos de serviço” para estruturação das condições de atracação e organização do fluxo de veículos e pedestres. 5.3.19. Projeto de Saneamento (Belo Monte e Belo Monte do Pontal) Progresso reportado pela NE: De acordo com o apresentado no 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, os objetivos e metas preconizados no PBA foram atendidos. Para a Etapa de Operação se observará o cumprimento da condicionante 2.10-c explicitada na LO nº 1317/2015. No que concerne à condicionante 2.10-e, que imputa à Norte Energia “prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia”, as ações para a realização desta atividade devem ser melhor definidas à medida da realização de interlocução com o Ibama nos termos da solicitação expressa por meio da CE 0442/2015-DS. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Segundo a NE, entraves com as respectivas Prefeituras demandaram prorrogação nos prazos inicialmente estabelecidos pelo PBA e reafirmados na condicionante 2.10 da LI nº 795/2011, assim como a não concretização de afluxo populacional estimado nos estudos ambientais. No entanto, a implantação das obras de infraestrutura nas comunidades garante o atendimento às populações residentes nessas localidades e o incremento na melhoria das suas condições socioambientais. Em função da condicionante 2.10-c da LO nº 1317/2015, devem ser prosseguidas as ações até a efetiva implantação de aterro sanitário que atenda à sede municipal de Anapu e à localidade de Belo Monte do Pontal em 180 dias.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: Posterior ao envio do Relatório de Resposta ao Ofício 6165/2015 DILIC/IBAMA (8º RC), portanto no segundo semestre de 2015, que corresponde ao período posterior à solicitação de LO pela Norte Energia, ocorreu uma série de esclarecimentos e discussões acerca do Projeto de Saneamento para as Vilas de Belo Monte e Belo Monte do Pontal com o objetivo de sanar dúvidas em relação ao cumprimento da condicionante 2.10 da Licença de Instalação (LI) no 795/2011 e definir ações complementares para viabilizar a operação do empreendimento respeitando adicionais preocupações do órgão ambiental em relação à efetiva mitigação de impactos decorrentes. Em 18/09/2015, por meio do Despacho 02001.025408/2015-02 DILIC/IBAMA, o Ibama solicitou (item 25) que fosse comprovada a operacionalidade dos sistema de abastecimento (capitação superficial) nas localidades de Belo Monte e Belo Monte do Pontal. Esta mesma solicitação constou do Ofício 02001.010573/2015-08 DILIC/IBAMA, de 22/09/2015, que encaminhou o Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA. Em resposta aos referidos documentos do Ibama, a Norte Energia encaminhou em 25/09/2015, por meio da correspondência CE 348/2015-DS, o Relatório Técnico NE-DS-SSE-00140-0, que apresentou a “Implantação e Condições Operacionais dos Sistemas de Saneamento Básico nas Localidades do Trecho de Vazão Reduzida, Belo Monte e Belo Monte do Pontal” com as comprovações de que o sistema estava operando em ambas as localidades em questão. Demonstrou-se, assim, que os compromissos assumidos no PBA e os impeditivos à emissão da LO elencadas pelo órgão ambiental foram cumpridas. No que concerne à implantação do aterro sanitário que atenda à localidade de Belo Monte do Pontal, o Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA sugere a proposição de novo prazo para que seja implantada a estrutura. Conforme tratativas apresentadas nos últimos dois relatórios semestrais, após uma série de interlocuções com a Prefeitura de Anapu, somente no primeiro semestre de 2015 foi definida a localização do novo aterro e as estruturas que o comporão, bem como iniciada a aquisição da área escolhida em conjunto com a municipalidade. Tanto o Relatório do Processo de Licenciamento – RPL, quanto a LO nº 1317/2015 reconheceram o atendimento aos compromissos firmados no processo de licenciamento e os encaminhamentos dados pela Norte Energia, além de incluir ações para a efetividade dos sistemas, à medida que inseriu as duas condicionantes a seguir: 2.10-c) Implantar no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, solução definitiva para disposição final dos resíduos sólidos que atenda à sede municipal de Anapu e à localidade de Belo Monte do Pontal; e 2.10-e) Prestar, pelo período de dois anos e de forma ininterrupta, assistência técnica aos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Anapu, visando a adequada operação das estações de tratamento de esgoto e dos aterros sanitários implantados pela Norte Energia; Na sequência da emissão da LO no 1317/2015, em 04/12/2015, a Norte Energia Encaminhou ao Ibama a correspondência CE 0442/2015-DS solicitando a realização de reunião para discussão das condicionantes postas na referida licença. Conforme argumentação apresentada na citada correspondência, algumas condicionantes necessitam de esclarecimentos acerca da sua abrangência e pertinência frente às realizações de atividades já demonstradas e a efetiva ingerência da Norte Energia sobre assuntos alheios a sua administração. Os encaminhamentos resultantes desta interação com o órgão licenciador poderão incorrer em alterações nos encaminhamentos para o cumprimento das condicionantes na Etapa de Operação. Não obstante, no período do presente relatório foram tomadas as providencias possíveis para dar atendimento ao documento. Em atenção à condicionante 2.10-c, após a conclusão da etapa de definição do local onde será instalado o citado aterro, foram adotados os seguintes procedimentos: (i) interações com a Prefeitura de Anapu; (ii) continuidade do projeto executivo, que está em fase final de elaboração; e (iii) preparação da documentação para a tomada de preço e subsequente contratação de empresa especializada para construção da estrutura, a qual ocorrerá ao longo do próximo semestre. Em relação à condicionante 2.10-e, a Norte Energia já vem dando apoio técnico às prefeituras de Anapu e Vitória do Xingu e tem tido constantes interações em campo para viabilizar a operação dos sistemas. 6. Plano de Articulação Institucional 6.1. Programa de Integração e Articulação Institucional Progresso reportado pela NE: Em novembro de 2014 foi definido um cronograma de atividades que se encerrariam em setembro de 2015. Desta forma, foram finalizadas as ações referentes ao PAI constantes dos Programas de Interação e Articulação Institucional (6.1), de Fortalecimento da Administração Pública (6.2) e de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos (6.3). A Norte Energia prevê como única atividade pós LO dos três primeiros programas do Plano de Articulação Institucional a identificação e empoderamento de instância institucional da AID – a título de exemplo, o Fórum de Desenvolvimento Microrregional Sustentável – que possa(m) utilizar e desenvolver o monitoramento das políticas públicas em bases contínuas, zelando em consequência pela adequada aplicação dos recursos gerados por meio da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o programa está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. O Relatório Técnico NE-DS-SSE-116-0 apresentou ao IBAMA um cronograma de finalização das atividades dos três primeiros programas do PAI, visto que o ciclo previsto na Figura 6.1 - 1, abaixo, fora suficientemente exercitado conjuntamente com os Municípios, o que lhes conferiu a devida capacitação técnica para interagirem e se apropriarem do novo ambiente socioeconômico que emergiu da implantação do Empreendimento. Avaliação de resultados: No período abrangido pelo 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, de julho a dezembro de 2015, quando foram finalizadas as atividades do Programa 6.1, ocorreram Oficinas, que contaram com 70 participantes, os temas abrangidos foram: Elaboração de Projetos Turismo Dados socioeconômicos de educação Alvará de obras Em atenção à NT NE-DS-SSE-0072-0, as capacitações e cursos realizados no âmbito do Programa 6.2 atenderam no geral 575 indivíduos, nos cinco municípios da AID e tiveram como escopos: Planejamento Estratégico da Educação municipal Potencialidades do CadUnico para o desenvolvimento social Gestão e Operacionalização do Aterro sanitário Diretrizes para a implantação de uma política de mobilidade urbana Plano Local de Habitação de Interesse social- PAHIS Informática Word Informática Excel Gestão municipal de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário Gestão Ambiental e Noções de Geoprocessamento Treinamento prático no Siconv Previsto no Programa 6.3, o Gabinete de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos foi instituído em junho de 2012, sendo composto por representantes dos cinco municípios da Área de Influência Direta da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHE Belo Monte) – Altamira, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Anapu e Senador José Porfírio e da Norte Energia. Seu principal objetivo consistiu em articular, com base em reuniões mensais, a relação entre o Empreendedor e os municípios, no contexto do desafio de preparar os últimos para se apropriarem de equipamentos, estruturas e serviços previstos no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte, que demandavam i) concepção, operacionalização e aprimoramento de rotinas administrativas e ii) conhecimento técnico para a sua adequada operacionalização. Nesta instância de articulação permanente a Norte Energia, por sua vez, periodicamente, apresentou os dados de evolução da suficiência da infraestrutura e qualidade dos serviços públicos de saúde, assistência social e educação, monitorados pelo Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4), bem como editais e linhas de financiamento disponíveis nas áreas estratégicas para cadastramento de propostas, visando a captação de recursos dos municípios junto à União e outras instâncias. 6.2. Programa de Fortalecimento da Administração Pública Progresso reportado pela NE: Em novembro de 2014 foi definido um cronograma de atividades que se encerrariam em setembro de 2015. Desta forma, foram finalizadas as ações referentes ao PAI constantes dos Programas de Interação e Articulação Institucional (6.1), de Fortalecimento da Administração Pública (6.2) e de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos (6.3). A Norte Energia prevê como única atividade pós LO dos três primeiros programas do Plano de Articulação Institucional a identificação e empoderamento de instância institucional da AID – a título de exemplo, o Fórum de Desenvolvimento Microrregional Sustentável – que possa(m) utilizar e desenvolver o monitoramento das políticas

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte públicas em bases contínuas, zelando em consequência pela adequada aplicação dos recursos gerados por meio da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o programa está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. O Relatório Técnico NE-DS-SSE-116-0 apresentou ao IBAMA um cronograma de finalização das atividades dos três primeiros programas do PAI, visto que o ciclo previsto na Figura 6.1 - 1, abaixo, fora suficientemente exercitado conjuntamente com os Municípios, o que lhes conferiu a devida capacitação técnica para interagirem e se apropriarem do novo ambiente socioeconômico que emergiu da implantação do Empreendimento. Avaliação de resultados: No período abrangido pelo 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, de julho a dezembro de 2015, quando foram finalizadas as atividades do Programa 6.1, ocorreram Oficinas, que contaram com 70 participantes, os temas abrangidos foram: Elaboração de Projetos Turismo Dados socioeconômicos de educação Alvará de obras Em atenção à NT NE-DS-SSE-0072-0, as capacitações e cursos realizados no âmbito do Programa 6.2 atenderam no geral 575 indivíduos, nos cinco municípios da AID e tiveram como escopos: Planejamento Estratégico da Educação municipal Potencialidades do CadUnico para o desenvolvimento social Gestão e Operacionalização do Aterro sanitário Diretrizes para a implantação de uma política de mobilidade urbana Plano Local de Habitação de Interesse social- PAHIS Informática Word Informática Excel Gestão municipal de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário Gestão Ambiental e Noções de Geoprocessamento Treinamento prático no Siconv Previsto no Programa 6.3, o Gabinete de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos foi instituído em junho de 2012, sendo composto por representantes dos cinco municípios da Área de Influência Direta da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHE Belo Monte) – Altamira, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Anapu e Senador José Porfírio e da Norte Energia. Seu principal objetivo consistiu em articular, com base em reuniões mensais, a relação entre o Empreendedor e os municípios, no contexto do desafio de preparar os últimos para se apropriarem de equipamentos, estruturas e serviços previstos no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte, que demandavam i) concepção, operacionalização e aprimoramento de rotinas administrativas e ii) conhecimento técnico para a sua adequada operacionalização. Nesta instância de articulação permanente a Norte Energia, por sua vez, periodicamente, apresentou os dados de evolução da suficiência da infraestrutura e qualidade dos serviços públicos de saúde, assistência social e educação, monitorados pelo Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4), bem como editais e linhas de financiamento disponíveis nas áreas estratégicas para cadastramento de propostas, visando a captação de recursos dos municípios junto à União e outras instâncias.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

6.3. Programa de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos Progresso reportado pela NE: Em novembro de 2014 foi definido um cronograma de atividades que se encerrariam em setembro de 2015. Desta forma, foram finalizadas as ações referentes ao PAI constantes dos Programas de Interação e Articulação Institucional (6.1), de Fortalecimento da Administração Pública (6.2) e de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos (6.3). A Norte Energia prevê como única atividade pós LO dos três primeiros programas do Plano de Articulação Institucional a identificação e empoderamento de instância institucional da AID – a título de exemplo, o Fórum de Desenvolvimento Microrregional Sustentável – que possa(m) utilizar e desenvolver o monitoramento das políticas públicas em bases contínuas, zelando em consequência pela adequada aplicação dos recursos gerados por meio da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o programa está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. O Relatório Técnico NE-DS-SSE-116-0 apresentou ao IBAMA um cronograma de finalização das atividades dos três primeiros programas do PAI, visto que o ciclo previsto na Figura 6.1 - 1, abaixo, fora suficientemente exercitado conjuntamente com os Municípios, o que lhes conferiu a devida capacitação técnica para interagirem e se apropriarem do novo ambiente socioeconômico que emergiu da implantação do Empreendimento. Avaliação de resultados: No período abrangido pelo 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, de julho a dezembro de 2015, quando foram finalizadas as atividades do Programa 6.1, ocorreram Oficinas, que contaram com 70 participantes, os temas abrangidos foram: Elaboração de Projetos Turismo Dados socioeconômicos de educação Alvará de obras Em atenção à NT NE-DS-SSE-0072-0, as capacitações e cursos realizados no âmbito do Programa 6.2 atenderam no geral 575 indivíduos, nos cinco municípios da AID e tiveram como escopos: Planejamento Estratégico da Educação municipal Potencialidades do CadUnico para o desenvolvimento social Gestão e Operacionalização do Aterro sanitário Diretrizes para a implantação de uma política de mobilidade urbana Plano Local de Habitação de Interesse social- PAHIS Informática Word Informática Excel Gestão municipal de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário Gestão Ambiental e Noções de Geoprocessamento Treinamento prático no Siconv Previsto no Programa 6.3, o Gabinete de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos foi instituído em junho de 2012, sendo composto por representantes dos cinco municípios da Área de Influência Direta da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHE Belo Monte) – Altamira, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Anapu e Senador José Porfírio e da Norte Energia. Seu principal objetivo consistiu em articular, com base em reuniões mensais, a relação entre o Empreendedor e os municípios, no contexto do desafio de preparar os últimos para se apropriarem de equipamentos, estruturas e serviços previstos no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte, que demandavam i) concepção, operacionalização e aprimoramento de rotinas administrativas e ii) conhecimento técnico para a sua adequada operacionalização. Nesta instância de articulação permanente a Norte Energia, por sua vez, periodicamente, apresentou os dados de evolução da suficiência da infraestrutura e qualidade dos serviços públicos de saúde, assistência social e educação, monitorados pelo Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4), bem como editais e linhas de

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte financiamento disponíveis nas áreas estratégicas para cadastramento de propostas, visando a captação de recursos dos municípios junto à União e outras instâncias. 6.4. Programa de Incentivo à Capacitação Profissional e o Desenvolvimento de Atividades Produtivas Progresso reportado pela NE: De acordo com 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, a Norte Energia vem cumprindo com as ações do PBA, por meio do Galpão de Oportunidades, que visa a capacitação da mão de obra para aproveitar as oportunidades de trabalho e geração de renda. As ações vêm sendo cumpridas ao longo do empreendimento e continuarão com a execução de mais 03 cursos até fevereiro de 2016. A meta de que os fornecedores locais efetivamente prestem serviços ao empreendedor e suas empresas contratadas, conforme previsto no PBA, foi viabilizada por meio da realização das rodadas de negócios e indicações de fornecedores que continuarão até fevereiro de 2016. No último semestre, as ações de incentivo ao empreendedorismo, associativismo e cooperativismo foram desenvolvidas por meio de: Planejamento estratégico da Associação Comercial de Anapu – ACIA, e os treinamentos sobre associativismo e cooperativismo ofertados para as associações dos cinco municípios da AID. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA, o programa está em andamento e não apresenta incompatibilidades com o PBA. A revisão apresentada tornou os Programas que compõem o Plano de Articulação Institucional mais focados na mitigação dos impactos já ocasionados pelo empreendimento, e no apoio e capacitação das prefeituras para gerir os municípios dentro da nova realidade regional. Foram obtidos resultados práticos da implementação do Programa. Avaliação de resultados: Conforme as metas previstas no PBA e Nota Técnica NE-DS-SSE-0072-0, tomando por base os resultados já alcançados pelo Programa, de acordo com o detalhamento feito no item 6.4.2, bem como as etapas previstas ao longo do Programa, conclui-se que, todos objetivos propostos ao Programa 6.4 estão sendo alcançados. No que se refere às ações de estímulo ao desenvolvimento da economia local foram realizadas ações de regularização de fornecedores, campanhas de acesso e proteção ao crédito, fóruns e seminários empresariais, com o intuito de habilitar os empreendedores locais a aproveitarem as oportunidades de negócios oriundos da implantação da UHE Belo Monte. A garantia de que os fornecedores locais efetivamente prestem serviços ao empreendedor e suas empresas contratadas, conforme previsto no PBA, estão sendo realizadas por meio de mapeamentos e cadastros de fornecedores, rodadas de negócios e indicações de fornecedores. Foram mapeados e cadastrados 427 fornecedores no banco de dados da REDES. Também foram realizadas 05 rodadas de negócios com a participação de 551 empreendedores locais com fins de aproximá-los do empreendimento, garantindo que os fornecedores locais sejam inseridos no ambiente de negócios da UHE Belo Monte, fortalecendo o desenvolvimento da economia local. No que se refere às ações de incentivo ao associativismo, empreendedorismo e cooperativismo foram realizados 05 treinamentos sobre associativismo, também foi realizada a reativação da Associação Comercial e Industrial de Senador José Porfírio - ASCIASP, e a constituição de 03 associações comerciais: Associação Comercial e Industrial de Brasil Novo -ACIBRAN, Associação Comercial e Industrial de Vitória do Xingu -ACIAVIX, e Associação Comercial de Anapu –ACIA; 05 planejamentos estratégicos, além de palestras sobre associativismo. Ao longo do Programa já foram capacitados 1.989 pessoas nos cinco municípios da AID Belo Monte, com a realização de 97 ações de qualificação profissional e empresarial. No período de novembro de 2015 a janeiro de 2016, foi realizada uma pesquisa com os alunos capacitados pelo programa, tendo participado 757 alunos dos cinco municípios da AID. E teve por objetivo mapear e identificar o grau de satisfação dos alunos capacitados, os resultados profissionais alcançados, se estão inseridos no mercado de trabalho e se tiveram melhoria na qualidade de vida após a participação nos cursos.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

7. Plano de Relacionamento com a População7.1. Programa de Orientação e Monitoramento da População Migrante Progresso reportado pela NE: As metas relacionadas a esse Programa já foram atendidas no período de instalação do empreendimento. Da mesma forma, o fluxo de migrantes sofreu sensível declínio, assim como as obras civis já não contratam trabalhadores como ocorreu até o primeiro semestre de 2015. Por conta disso, o próprio Programa teve de ser novamente reestruturado no segundo semestre. Por conta do término das atividades, prevê-se o encerramento do Programa em dezembro de 2015. Assim, as eventuais atividades remanescentes que venham a ocorrer podem ser absorvidas por outros Programas e Projetos, como o 7.2 e o 7.4, ou seja, caso o monitoramento constate alguma alteração na situação relacionada à população migrante, e se porventura se identifique eventual necessidade de ação pontual de comunicação para tratar demandas específicas, isso ficaria a cargo do Programa 7.2. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Avaliação de resultados: Ao se analisar o número de migrantes cadastrados desde o início do Programa 7.1 até 10 de dezembro de 2015, data de corte para este Relatório, nota-se que as parcelas mais significativas são da própria Região Norte e do Nordeste. Esta última constitui-se praticamente na metade dos cadastrados (49%), mas aqueles oriundos da Região Norte perfazem 46%, sendo que possivelmente não haja diferença estatisticamente significante entre essas duas frequências. Quanto às demais Regiões, o Centro-Oeste e o Sudeste perfazem aproximadamente 2% e o Sul com cerca de 1%. Como informação adicional, em termos absolutos, há 10 migrantes de outros países, como Suriname, Honduras, Argentina e França. A partir de 2015, especialmente em março, quando nos anos anteriores as contratações se elevavam significativamente, em 2015 ocorreu o inverso. Se no ano anterior havia superado 2.300 contratações, agora foram apenas 156. Em abril de 2014 a diferença foi ainda maior, pois decaiu de 3.198 em 2014 para 571 em 2015, sendo que em maio foi 187 e em junho 527. Em julho de 2015 houve um repique de contratações, mas tudo indica que foi para resolver uma demanda pontual, visto que a partir de agosto, o número voltou a decair para 247 contratações. Em setembro, não houve contratações pelo fato de que o próprio RH do CCBM se mudou para o Canteiro de Obras e, assim, não havia condições estruturais para a contratação. Em outubro o número foi de apenas 251 e em novembro, de apenas 86. Em dezembro, até a data de corte do relatório, 10 de dezembro, não havia sido registrada uma única contratação. Por conta da diminuição de contratações pelo CCBM, o Programa 7.1 passou a trabalhar em interfaces com o Programa de Desmobilização de Mão de Obra (3.6) e com o Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos (7.4). 7.2. Programa de Interação Social e Comunicação Progresso reportado pela NE: Todas as metas deste Programa estão em atendimento. Durante o período entre julho e dezembro de 2015, a concentração de esforços foi dirigida ao Plano do Enchimento do Reservatório (PER) e à emissão da LO. Esses temas foram norteadores das principais ações do Programa, envolvendo diversos Planos, Programas e Projetos do PBA. Entre outros temas abordados, as atividades do Programa também foram dirigidas a questões referentes ao RUC e reuniões do FASBM. Atividades previstas para depois da obtenção da LO: O Atendimento “Belo Monte Aqui” será mantido na fase pós-LO até dez/2017; enquanto que a atualização da

Matriz de PI e o recolhimento e sistematização das manifestações, até dezembro/2019. O Plano de Trabalho continuará a ser atualizado para se adequar à fase pós-LO, até março/2019. As ações e materiais de comunicação continuarão a ser desenvolvidos na fase pós-LO, com a devida adequação

à nova etapa do empreendimento: eventos até dezembro/2017, reuniões comunitárias até setembro/2019, materiais de comunicação e mobilização até dezembro/2019.

O acompanhamento de percepção do público-alvo será mantido na fase pós-LO, com a pesquisa de opinião sendo realizada até dez/2019.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte

Continuidade do atendimento às demandas de comunicação e interação social dos Planos, Programas e Projetos do PBA que terão sequência na fase pós-LO, até dez/2019.

Continuidade da ambientação/orientação para conduta em atividades de campo na fase pós-LO, de acordo com a demanda dos demais Planos, Programas e Projetos do PBA que terão sequência na fase pós-LO, até dez/2017.

Continuidade capacitação dos diversos profissionais em sua interação com as comunidades locais na fase pós-LO, até dez/2017.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O parecer do IBAMA apresenta a seguinte avaliação: Os resultados consolidados apresentados demonstram o esforço de comunicação e interação social realizado pelo Programa de junho de 2011 a junho de 2015. Observou-se, ao longo do processo de acompanhamento da LI da UHE Belo Monte, que a dificuldade na comunicação, principalmente com a população diretamente atingida, deveu-se à deficiência no repasse de informação precisa por parte da Norte Energia. Por isso, reforça-se a importância de que o Programa de Interação Social e Comunicação seja subsidiado com informações precisas e definitivas, que tragam segurança ao processo de comunicação com os atingidos. Avaliação de resultados: No período específico de julho a dezembro de 2015, foram registradas 1.111 manifestações durante as mobilizações e reuniões comunitárias realizadas ou apoiadas pelos Agentes de Comunicação nas áreas urbana e rural. Na área urbana, as mobilizações registraram manifestações focadas no tema 4-Impactos do empreendimento na região (cerca de 69%), concentradamente na categoria 4.3-Aspectos socioeconômicos e culturais (cerca de 45%), na qual destaca-se a subcategoria 4.3.4-Alteração na infraestrutura e acessibilidade (cerca de 36%). Na área rural, cerca de 60% das manifestações levantadas durante as mobilizações foram dirigidas ao tema 4-Impactos do empreendimento na região, com destaque para a subcategoria 4.3-Aspectos socioeconômicos e culturais / 4.3.4-Alteração na infraestrutura e acessibilidade (cerca de 20%). Ao longo do 2º semestre de 2015, o Programa 7.2 produziu 156 peças, entre planos de comunicação / campanhas; peças para mídia impressa (folders, cartazes, volantes, etc) e para mídia eletrônica – tendo sido distribuídos 68.389 exemplares destes materiais. Paralelamente aos materiais finalizados, outros planos e peças estão em produção. Outro canal para disponibilização de informações sobre o empreendimento são as plataformas digitais da Norte Energia: www.norteenergiasa.com.br; www.blogbelomonte.com.br; facebook.com/uhebelomonteoficial; twitter.com/uhebelomonte; youtube.com/usinabelomonte. Ao longo do 2º semestre de 2015, o Programa produziu e/ou apoiou a realização de 61 eventos. Destaque entre estes são as reuniões da “Agenda Formadores de Opinião”, para apresentação das informações sobre o PER, assim como as reuniões do colegiado e das comissões do Fórum de Acompanhamento Social da UHE Belo Monte (FASBM) e o Natal Solidário. No 2º semestre de 2015, a ação “Conheça Belo Monte” deu continuidade à programação de visitas guiadas aos canteiros de obras do empreendimento. Dirigida a estudantes e comunidades locais, a atividade proporciona um dia inteiro de visitas, incluindo: recepção no Centro de Apoio ao Visitante (CAV), mirante do Sítio Belo Monte, Centro de Estudos Ambientais (CEA), Sítio Pimental (com almoço no refeitório), e Sítio dos Canais. No período de julho a dezembro de 2015, foram realizadas 81 visitas, que reuniram 944 participantes. O Atendimento “Belo Monte Aqui”, no período de julho a dezembro de 2015, reuniu um total de 5.536 contatos. As atividades realizadas pelos Agentes de Comunicação no período de julho a dezembro de 2015 registrou 7.707 casas visitadas e 29 reuniões comunitárias produzidas, que contaram com a participação de 1.175 pessoas. Durante o 2º semestre de 2015, foram atendidas as seguintes demandas por sessões de ambientação / orientação para conduta em atividade de campo, abrangendo 30 pessoas: 2 e 3 / julho: 26 profissionais da Transglobal. 6 / agosto: 4 profissionais da Foco Treinamento e Cursos. 7.3. Programa de Educação Ambiental de Belo Monte Progresso reportado pela NE: Conforme cronograma do PBA, o PEA – Componente I foi concluído. Porém, as ações de Educação Ambiental terão continuidade por meio das atividades e parcerias entre o Empreendedor, a Associação do CREAX e demais atores sociais envolvidos com as questões ambientais locais e regionais, de acordo com as diretrizes do PBA.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o PBA e o cronograma do projeto. Avaliação de resultados: Nos dois primeiros trimestres de 2015, considera-se como principais feitos do Programa: a) As intervenções realizadas em Interfaces com os demais Planos, Programas e Projetos da UHE Belo Monte, em especial as ações desenvolvidas nos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs) de Altamira; b) A conclusão do Curso Formativo em Educadores Ambientais Populares para o Ensino Não Formal, por meio da implantação dos Projetos de Intervenção nas Comunidades para a consolidação do processo de construção e fortalecimento da malha sociopolítica do CREAX (Vide material consolidado no decorrer do Curso); c) A conclusão do Curso Formativo em Educadores Ambientais Populares para o Ensino Formal, por meio da implantação dos Projetos de Intervenção no âmbito escolar; d) A criação da Associação CREAX por meio de articulações institucionais junto às prefeituras dos municípios, com apresentação da proposta de consolidação do centro. A realização de Encontros Municipais, que objetivaram apresentar a estrutura física dos CREAX e NUCLEAX, a proposta de rede integrada do CREAX por meio da criação do Blog do CREAX e das Capacitações em WordPress Avançado. A discussão participativa sobre o estatuto da associação, sua configuração jurídica para os atores sociais envolvidos nas ações do PEA, além da formação de uma rede de educação ambiental. Realização da Assembleia Geral de Fundação da Associação; e) O andamento das Ações de Educação Ambiental no CREAX e nos NUCLEAX, desenvolvidas no âmbito das interfaces e do Plano “Cuide Bem do Seu Bairro”; f) O andamento das Campanhas Socioeducativas e de Atividades Lúdicas e de Sensibilização junto à Comunidade Escolar e População Local; e g) As reuniões mensais com o Plano de Educação Ambiental para os Trabalhadores (PEAT) – Componente II para o Acompanhamento e Cooperação Técnica nas Campanhas Socioeducativas na Obra e Empresas Contratadas. 7.4. Programa de Monitoramento de Aspectos Socioeconômicos Progresso reportado pela NE: De acordo com a Norte Energia, os indicadores socioeconômicos analisados mostram, de maneira geral, que a interferência do empreendimento é verificada com maior intensidade em Altamira, e em seguida em Vitória do Xingu, visto que se tratam dos municípios onde as principais obras se concentram. Nos demais municípios, a interferência é percebida em menor intensidade, principalmente por não se verificar afluxo populacional, como inicialmente os estudos sugeriam. De qualquer maneira, obras em infraestrutura foram igualmente realizadas e permanecerão mesmo após o final do empreendimento. Ainda na avaliação da Norte Energia, no caso de Altamira e Vitória do Xingu, a evolução da população está diretamente relacionada ao empreendimento, ao contrário dos demais municípios, visto que, mesmo havendo algum crescimento contínuo em Anapu e no caso de Brasil Novo, até 2012, tal fato ocorreu por fatores externos que não se relacionam à UHE Belo Monte. No caso de Senador José Porfírio, a tendência é de diminuição de população desde o último censo, de 2010. Caso o monitoramento identifique algum fator que possa alterar essa tendência, este será considerado na próxima calibração da projeção demográfica. Tendo em vista as características intrínsecas de monitoramento dos indicadores socioeconômicos da AID e da AII da UHE Belo Monte, o seu acompanhamento será uma atividade contínua e deverá ser avaliada em todas as suas etapas, incluindo o processo de desmobilização. O cronograma apresentado prevê tais ações até o final de 2020. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo o parecer do IBAMA da análise da solicitação da LO, o programa vem sendo implementado a contento, e tem sido de fundamental importância no fornecimento de subsídios para a realização de ajustes e estudos para implantar e adequar medidas de mitigação ou compensação de impactos previstos ou identificados a posteriori.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: Como se pode notar ao longo do 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, os dados de Projeção Demográfica e a Evolução de Matrículas nas escolas da rede pública urbana dos municípios da AID apontam claramente para a tendência de queda de população em Altamira e Vitória do Xingu, que são os dois municípios onde houve o afluxo de população por conta do empreendimento. O pico de população ocorreu em 2014, sendo no final do ano em Altamira e no meio do ano para Vitória do Xingu. No caso de Altamira, a partir de 2015 nota-se uma constante saída de população. Já em Vitória do Xingu, sua população depende diretamente do ritmo de contratação dos trabalhadores nos alojamentos e na Vila Residencial. Com a queda do número de trabalhadores do CCBM, a população do município diminui quase na mesma proporção. Por conta dessa diminuição de população, nota-se uma queda de matrículas em Altamira ao longo de 2015, já no primeiro semestre. Mesmo em agosto e setembro, quando nos anos anteriores ocorria algum aumento por conta de transferências recebidas, em 2015 apresentou queda em relação ao primeiro semestre, que se acentuou até o final do ano. Por conta disso, o superávit de vagas aumentou ainda mais no município, mesmo sem contar as salas pré-moldadas construídas pela Norte Energia. Nesse sentido, ressalte-se que a estimativa de alunos para o primeiro semestre de 2016, igualmente aponta para um superávit de vagas nos três níveis de ensino. Se for levado em consideração que as sete escolas dos RUCs deverão estar disponíveis para o segundo semestre de 2016, a Prefeitura terá de repensar a gestão de equipamentos, otimizando-os para a nova realidade. Nos municípios onde ocorre sobrelotação de salas, notadamente da Educação Infantil, como em Senador José Porfírio, isso se deve a um déficit histórico, que foi agravado pelo fato de que desde 2013 a Educação infantil (Pré I e II) se tornou obrigatória, fazendo com que provocasse aumento de matrículas, para o qual o município não estava preparado. Em Anapu a Norte Energia irá concluir uma EMEI e uma EMEF no primeiro semestre de 2016, que contribuirá significativamente para minimizar a dificuldade verificada no município em relação ao atendimento de matrículas. Ressalte-se que isso não se deve a um afluxo de população atraída pelo empreendimento, mas independentemente desse fato, a Norte Energia contribuiu com a construção de inúmeros equipamentos escolares. Sem essas escolas, a situação estaria significativamente menos satisfatória nesses municípios. Em relação aos dados de segurança pública, ressalte-se que a Norte Energia não tem governança acerca dos eventos ou intervenção nos órgãos públicos. No entanto, desde 2011, por intermédio do Termo de Cooperação com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SEGUP) do Pará, no valor de R$ 100 milhões, possibilitou a compra de equipamentos que foram distribuídos de acordo com a gestão da Secretaria para os municípios da AID. Para reforçar a segurança pública, Altamira terá 60 câmeras instaladas de vigilância, sistema de vídeo monitoramento implantado pela Norte Energia, por meio do convênio com a SEGUP.- Núcleo Integrado de Operações (NIOP). Assim, o que cabe à Norte Energia é o monitoramento da evolução dos registros de ocorrências por tipo de crime. No caso dos estupros, ressalte-se uma queda significativa, em termos relativos, em Altamira, em 2014 quando comparado aos anos anteriores. Em 2015, os dados se referem entre janeiro e outubro, mas se nota que o número de registros está em patamares similares e com ligeira tendência a serem menores que em 2014. Dessa forma, possivelmente haverá nova queda em 2015, acentuando a tendência de queda nos últimos quatro anos. Nos demais municípios da AID, há certa variação em termos absolutos, mas por conta da gravidade da ocorrência, esta deve ser monitorada e combatida por toda a sociedade. Nos crimes contra o patrimônio, furtos tendem a diminuir de maneira geral nos municípios da AID, com exceção de Brasil Novo e Senador José Porfírio. Porém, em termos absolutos, o seu número se mostra pouco expressivo nesses dois municípios. Os roubos, que são ocorrências de maior gravidade, tiveram aumento de registros principalmente em 2014 em Altamira, mas em 2015, até outubro não se percebe que houve incremento. Nos registros de lesões dolosas, há tendência de estabilidade em Altamira desde 2007, ao passo que nos demais municípios há variação, mas em termos absolutos não é muito significativo. Os homicídios tendem à pequena queda em Altamira nos dez primeiros meses de 2015, mas ainda estão em patamar que merece atenção. Em relação aos entorpecentes, há tendência de queda em Altamira desde 2007, e em 2015 tal tendência parece se manter. Nos demais municípios da AID, tanto em termos relativos quanto absolutos, os registros são de pequena monta. Quanto à Pesquisa de Condições de Vida (realizada anualmente com uma amostra na qual se acompanha os mesmos domicílios desde 2013, em painel), ela é estatisticamente expandida para a população da sede urbana de Altamira, que não é alvo de relocação compulsória. Percebe-se que a avaliação da população em relação aos serviços públicos de saúde e educação tende a melhorar desde 2013. A avaliação que os serviços de saúde melhoraram eram 15,9% em 2013, 17,1% em 2014 e 20,0% em 2015. Em relação à educação, afirmaram que melhorou, 11% em 2013, esse percentual subiu para 33,9% em 2014 e está em 34,1% em 2015. Nesses casos, possivelmente as intervenções da Norte Energia, com as construções, reformas e ampliações de equipamentos parecem começar a surtir efeito na avaliação por parte da população. Em relação à renda, o maior percentual se encontra entre renda per capita maior que R$ 140,00 até um salário mínimo, com 53,2% da população. O percentual das famílias com renda per capita menor que R$ 70,00, em situação de extrema pobreza se mostra insignificante, estando em 2,0% em 2015. A faixa de renda per capita entre um e dois

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte salários mínimos, chegou a 20,6%. As demais faixas mais elevadas são em pequeno número em termos relativos. Quanto às ocupações, há estabilidade nos últimos anos, sendo que, por volta de 23% dos maiores de 15 anos que trabalham são trabalhadores formais. Os profissionais autônomos aumentaram para 9,2% ante 0,6% em 2014. Porém, pelo pequeno número há necessidade de se acompanhar sua evolução pelos próximos anos, a fim de averiguar se a alguma relação com o momento pelo qual passa o município. Nos registros do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, em Altamira, os maiores aumentos não têm relação com o empreendimento, como “conflitos familiares”, “fuga de domicílio”, “abandono/negligência dois pais ou responsáveis”, dentre outros. Felizmente, “prostituição, estupro e abuso sexual” apresenta queda de 15% entre 2013 e 2014, e continua a decair, agora -9% nos três primeiros trimestres de 2015 quando comparado ao mesmo período de 2014. O que necessita ser monitorado é o aumento de “gravidez na adolescência” e “dependência química” em 2015. Quanto aos demais municípios, em Anapu, Brasil Novo e Senador José Porfírio, notam-se a constante queda em todos os tipos de registros de ocorrências desde 2013. Mesmo os eventuais aumentos nos três primeiros trimestres de 2015 são em pequena monta em termos absolutos. No caso de Vitória do Xingu há certa variação por tipo de registro entre um ano e outro, mas mesmo os aumentos de “dependência química”, que cresceu em 2014, quando se verifica os registros em 2015, até outubro, sequer houve um único caso, e os “adolescentes em conflito com a lei” também decaíram no mesmo período nos três primeiros trimestres. 8. Plano de Saúde Pública8.1. Programa de Incentivo à Estruturação da Atenção Básica de Saúde Progresso reportado pela NE: As metas do Programa de Incentivo à Estruturação da Atenção Básica de Saúde já foram atingidas, exceto a entrada em operação do Hospital de Vitória do Xingu, que se encontra em fase de construção, com 82% da obra concluída, cuja previsão de entrega é em março de 2016. As atividades programadas para depois da obtenção da LO, incluem: Conclusão e entrega do Hospital Vitória do Xingu; Conclusão dos Termos de Cooperação Técnica e Financeira, para incentivo ao Programa de Saúde da Família e

fornecimento de insumos e serviços médicos hospitalares, para os cinco municípios da AIID, bem como para assistência traumato-ortopedia e atendimento de emergência do Hospital municipal de Altamira. Esses termos têm vigência máxima até fevereiro de 2016, exceto o termo de Anapu que tem vigência até fevereiro de 2017;

Será dada continuidade a realização de palestras de educação em saúde nas comunidades do entorno do reservatório, até um ano após seu enchimento. Será dada ênfase aos temas relativos às doenças transmissíveis por vetores e doenças por transmissão hídrica e outros agravos à saúde demandados pelas comunidades, seguindo a mesma metodologia adotada na etapa de implantação.

A prefeitura de Altamira está esperando a inauguração da UPA para assumir definitivamente o Hospital Municipal de Altamira que já está pronto e com os equipamentos instalados. Trata-se de uma unidade completa com equipamentos complexos e por isso é preciso organizar o fluxo das internações por meio da UPA. Essa é a argumentação da prefeitura para não ter assumido ainda a unidade. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O Programa vem sendo implementado como previsto. As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma atualizado, com eventuais desacordos com os prazos. Essas mudanças de prazo estão descritas nas ações e resultados do projeto. Avaliação de resultados: De acordo com o 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, o cumprimento do objetivo, na íntegra, do Programa de Incentivo à Estruturação da Atenção Básica de Saúde em contribuir para o fortalecimento da rede de serviços de saúde nos municípios da AID da UHE Belo Monte. As obras de reforma, ampliação e construção previstas no PBA, à exceção do Hospital de Vitória do Xingu, estão todas concluídas e equipadas. Sobre o atraso na construção do Hospital de Vitória do Xingu, conforme já pontuado junto ao IBAMA, que o fato ocorreu devido à falta de disponibilidade do terreno por parte da Prefeitura. Essa pendência foi resolvida em março de 2015, quando a Norte Energia iniciou imediatamente a construção do hospital. A obra está em fase adiantada e está com previsão de entrega para março de 2016. Entretanto, nesse período, o antigo hospital foi reformado e ampliado para 16 (dezesseis) leitos e encontra-se em pleno funcionamento, verificando-se, portanto, que a população

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte do município em questão não foi submetida a impactos adicionais, derivados da alteração no cronograma originalmente. As equipes de saúde implantadas com financiamento da Norte Energia se mostraram operantes ao longo de toda a Etapa de Implantação do empreendimento. O apoio financeiro para o incentivo à assistência à saúde nos municípios tem ocorrido regularmente, com renovações anuais dos termos de cooperação técnica e financeira. As atividades educativas e de mobilização para promoção da saúde e controle social contam com o apoio do 10º CRS e mereceram atenção especial, fato que impactou positivamente no controle de doenças e agravos à saúde, conforme pode ser verificado em detalhes no âmbito dos relatórios específicos dos pacotes de trabalho 8.2 e 8.3 do Plano de Saúde Pública. Portanto, conclui-se que o Programa de Incentivo à Estruturação da Atenção Básica de Saúde cumpriu seu objetivo com êxito. 8.2. Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças Progresso reportado pela NE: As metas do Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças foram estruturadas para responder, em tempo oportuno, à totalidade das demandas epidemiológicas que viessem a surgir na região. A Norte Energia, em parceria com o 10º CRS da Sespa, tem fortalecido o sistema de análise das informações epidemiológicas das principais doenças e agravos à saúde incidentes nos municípios da AID da UHE Belo Monte e Pacajá, para monitorar o comportamento das doenças, visando detectar possíveis surtos para adoção oportuna de medidas de controle. As atividades programadas para depois da obtenção da LO, incluem: Monitoramento de vetores durante cinco anos após a LO; Realização de palestras de educação em saúde nas comunidades do entorno do reservatório até um ano após a

emissão da LO. Escopo da verificação do andamento do Programa no período:

12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: O Parecer n.º 02001.003622/2015-08, 10 de setembro de 2015, referente à análise da solicitação de LO da UHE Belo Monte relata que o Programa foi implementado como previsto, estabelecendo que as atividades de monitoramento de vetores e de doenças e agravos à saúde deverão ser realizadas até o 3º trimestre de 2020, ora ajustado para o 4o trimestre desse mesmo ano para completar cinco anos após o enchimento dos reservatórios. Avaliação de resultados: O monitoramento das informações epidemiológicas e de monitoramento de vetores, bem como a adoção de medidas de prevenção e controle oportunas e adequadas, têm sido determinantes para o sucesso do Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças, mesmo diante do afluxo populacional verificado na AID da UHE Belo Monte, fato de preocupação para os gestores da saúde a despeito de ter se verificado, durante a Etapa de Implantação, em quantitativos inferiores àqueles previstos por ocasião do EIA do empreendimento. A orientação do MS vem sendo mantida e os resultados permanecem bastante auspiciosos, ao se comparar o ano de 2015 com 2011, quando do início das obras da UHE Belo Monte. Houve redução da Dengue, Hepatites Virais, Sífilis Congênita, Hanseníase, Tuberculose e Condiloma Acuminado. Por outro lado, mantiveram-se estáveis, ou com aumento, os registros de casos de AIDS, Sífilis em Gestantes Leishmaniose Tegumentar e Acidentes por Animais Peçonhentos. Essa estabilidade ou aumento pode estar relacionado à expansão e/ou ao fortalecimento da rede de atenção à saúde, com apoio da Norte Energia, que contribuíram para melhorar a detecção de doenças e agravos, e a alimentação dos dados e análise da informação, embasando, assim, a adoção de medidas de controle mais efetivas. Assim, conclui-se que o Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças tem cumprido, com êxito, seus objetivos e será mantido até o final de 2020. 8.3. Programa de Ações para Controle da Malária Progresso reportado pela NE: As atividades do Programa prosseguiram no período. Diante do êxito com a obtenção de resultados positivos com a implantação do PACM, a rotina de atividades deverá ser mantida regularmente, até novembro de 2020. Também será dada especial atenção à interface entre as atividades de monitoramento de vetores e o Projeto de Controle da Qualidade da Água.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: Os objetivos, metas e atividades planejadas no PACM estão sendo cumpridos regularmente e com êxito. Esse fato possivelmente está relacionado com a condução do processo, que contou com a presença dos gestores das três esferas de governo, em parceria com a Norte Energia, desde a elaboração, avaliações e ajustes para melhor eficiência e efetividade deste Programa. Essa dinâmica se refletiu na melhoria do acesso às medidas de controle, baseado no monitoramento sistemático das informações, que possibilitaram a focalização das ações, tornando-as mais efetivas. Por meio do Ofício nº 91 DEVEP/SVS/MS a Secretária de Vigilância em Saúde informou que o empreendimento cumpriu, para a fase de instalação, todas as ações previstas no Plano de Ação para o Controle da malária da UHE Belo Monte, aprovado pelo Atestado de Condição Sanitária (ATCS) nº 006/2010, e verificados em vistoria nº 001/2015, realizada pela Coordenação Geral do Programa nacional de Controle da Malária (CGPNCM/DEVIT/SVS/MS). A CGPNCM recomendou que seja incluída nas condicionantes da Licença de Operação do empreendimento a elaboração e aprovação, pela Secretária de Vigilância em Saúde (SVS/MS), de um Plano de Ação de Malária Complementar, a ser planejado por mais cinco anos após a data de emissão da LO e que deve ser protocolado na SVS/MS em até 60 dias após a data da licença. A elaboração do PACM Complementar deverá ser realizada pelo empreendedor em conformidade com o descrito na Portaria Interministerial nº 60, de 24 de março de 2015 e Portaria SVS/MS nº 1, de 13 de janeiro de 2014. Avaliação de resultados: Na análise dos resultados apresentados no 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes constata-se que os objetivos, as metas e as atividades planejadas no PACM estão sendo cumpridos regularmente e com êxito. Destaca-se a sintonia entre a Norte Energia e os gestores das três esferas de governo, em todas as fases do processo, podendo dar a falsa impressão, aos olhares externos, que se trata de uma operação relativamente fácil. A implantação do PACM refletiu na melhoria do acesso às medidas de controle, baseado no monitoramento sistemático das informações, que possibilitaram a focalização das ações, tornando-as mais efetivas. A ausência de casos de malária por P. falciparum, fruto da melhoria do acesso ao diagnóstico e tratamento, possibilitou também a não ocorrência de internação e óbito por malária. Portanto, a efetividade da implantação do PACM na região da AID da UHE Belo Monte e Pacajá pode ser constatada pela redução de 98,8% dos casos de malária no ano de 2015, em relação a 2011. A LO no 1.371/2015 para a UHE Belo Monte determina, no bojo de sua condicionante 2.32, alínea “a”, que a Norte Energia elabore e encaminhe à SVS/MS, no prazo de 60 (sessenta) dias, o PACM Complementar a ser implementado por mais cinco anos após a data da emissão da LO. Sem dúvida essa prorrogação será fundamental para consolidação dos resultados de forma sustentável, até o final da obra da UHE Belo Monte. Cumpre registrar que, tempestivamente, o PACM Complementar foi submetido pela Norte Energia à apreciação da CGPNCM/SVS para aprovação oficial, por intermédio da CE nº435/2015 – DS, datada de 02 de dezembro de 2015, cumprindo desta forma, a alínea “a” da condicionante supracitada. Por fim, os atuais Termos de Convênios, que se encerram em março de 2017, deverão ser prorrogados até novembro de 2020, conforme compromissos assumidos no PACM Complementar. 9. Plano de Valorização do Patrimônio 9.1. Programa de Estudo, Preservação, Revitalização e Valorização do Patrimônio Histórico, Paisagístico e Cultural Progresso reportado pela NE: 9.1.1 - Projeto de Estudo, Preservação e Revitalização do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico 9.1.2 - Projeto de Estudo e Valorização do Patrimônio Multicultural Os resultados consolidados desses Projetos foram disponibilizados ao IPHAN pela internet, incluindo os acervos das casas de memória. O endereço de hospedagem do site ainda está em processo de definição. As ações de inserção digital, que aproveitarão o site e o seu conteúdo, serão iniciadas logo após a instalação do site em seu endereço de hospedagem. Conforme pôde ser verificado em campo durante a 12ª missão, continua em andamento a construção da Casa de Memória de Altamira. O estudo etnohistórico encontra-se ainda em fase de revisão, não tendo sido protocolado no Iphan até 09/11/15, conforme previsto anteriormente.

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. Análise de conformidade: As atividades realizadas acompanham e se adaptam à nova fase do empreendimento, que prevê atividades conjuntas de implantação e operação. Cabe ressaltar que, mesmo com a operação iminente, ainda não há procedimentos do SGA para a fase de operação. Avaliação de resultados: Toda a parte de inclusão digital dos resultados dos projetos foi concluída. Conforme havia sido informado pela NE, e se pôde constatar em campo na vistoria em Altamira, a construção das duas casas de memória se estendeu à fase de LO. No cronograma apresentado no 9º RC, a previsão para finalização da casa de memória de Altamira é junho de 2016, e a de Vitória do Xingu, é dezembro de 2016. A UPFA, por meio do Ofício 037/2015-GCG, de 11/09/15, manifestou interesse em receber as casas de memória de Altamira e Vitória do Xingu, haja vista que as atividades para as quais as casas se destinam têm relação com as atividades normalmente desenvolvidas pela universidade. Para as próximas fases, as atividades previstas são: revisão do estudo etnohistórico, até o final de janeiro de 2016; disponibilização dos acervos das duas casas de memória pela internet, cuja finalização deverá ocorrer até o final

de abril de 2016; desenvolvimento de ações de inclusão digital na AID do empreendimento até o final de 2016. 9.2. Programa de Arqueologia Preventiva Progresso reportado pela NE: 9.2.1 – Projeto de Prospecções Arqueológicas Intensivas Este Projeto encontra-se concluído. 9.2.2 - Projeto de Salvamento Arqueológico No período foram finalizadas as atividades de resgate dos sítios identificados. As atividades de Laboratório (Curadoria do acervo e análise das inscrições rupestres) continuam em andamento, com previsão finalização no primeiro trimestre de 2018. Prossegue também a definição e construção da Reserva Técnica, esta com previsão de término no final de 2017. 9.2.3 - Projeto de Registro e Análise das Inscrições Rupestres Este Projeto encontra-se concluído. 9.2.4 – Projeto de Modelagem Arqueológica Preditiva Este Projeto encontra-se concluído, com anuência do IPHAN. 9.2.5 - Projeto de Educação Patrimonial (Programa de Arqueologia Preventiva) Este Projeto encontra-se concluído desde maio de 2015. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. Análise de conformidade: As atividades do presente programa estão em conformidade com o proposto no PBA. Avaliação de resultados: Quatro dos cinco projetos deste Programa encontram-se concluídos. Do Projeto de Salvamento, restam as atividades de Laboratório (Curadoria) e definição e construção da Reserva Técnica. O resgate dos sítios resultou nos seguintes números: 69% dos sítios identificados foram resgatados, e 31% foram mantidos, devendo permanecer nas condições

atuais em que se encontram. 100% dos sítios identificados nas áreas amostrais do Reservatório Intermediário foram resgatados. 45,5% dos sítios identificados nas Unidades Amostrais do Reservatório Principal somados aos do EIA, foram

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resgatados. Como um desdobramento do Projeto de Registro e Análise de Arte Rupestre, porém fora da ADA, foram

resgatados 5 sítios arqueológicos nos rios Xingu e Bacajá. 89,63% dos sítios possuem características de grupos ceramistas. O acervo gerado com os projetos de Prospecções Arqueológicas Intensivas e Salvamento Arqueológico conta

com cerca de 2,6 milhões de fragmentos cerâmicos, mais de 252 mil peças líticas (tanto lascadas quanto polidas), aproximadamente 10.000 peças de cultura material histórica (e.g., vidro, porcelana, metal, grês e tecido), cerca de 81 vasilhas cerâmicas (que podem conter ossos humanos), dez sepultamentos humanos diretos (com ao menos um indivíduo sepultado), diversas coletas de carvão para datações radiocarbônicas, além de coletas de solo para analises geoquímicas e para datação por termoluminescência. Milhares de ossos de fauna associada à dieta das populações pretéritas também fazem parte do acervo.

O projeto gerou ainda gerou um enorme acervo documental que conta com vídeos; documentários; milhares de fotos, fichas, croquis e cadernos de registro de campo; calques e reconstituições 3D de grafismos rupestres; mapas topográficos e cartográficos.

9.3. Programa de Salvamento do Patrimônio Paleontológico Progresso reportado pela NE: Em julho de 2015 foi realizada última campanha de monitoramento paleontológico e em outubro de 2015 foi

realizada uma inspeção na obra para confirmação da inexistência de novas áreas de exposição de rochas sedimentares com potencial fossilífero.

Em dezembro de 2015 foi concluída a transferência do acervo do Programa para o MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI, com a remessa de mais 951 peças em 49 caixas, além do conjunto de amostras preparadas para micropaleontologia. Este acervo compõe todo o material coletado pelo Programa de Salvamento do Patrimônio Paleontológico (PSPP), e esteve depositado na Base Logística da TERRAGRAPH, em Altamira, durante a execução do Programa. O acervo do PSPP está armazenado em estantes deslizantes adquiridas pela NORTE ENERGIA S.A., instaladas na reserva técnica das dependências do museu.

No período específico deste relatório, foram realizadas palestras com alunos e professores de Ensino Médio e Fundamental em Altamira, totalizando 89 participantes.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. 12º RSAP, outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: De acordo com o relatório conclusivo do Programa apresentado no 9º RC, os objetivos determinados pelo PBA

foram rigorosamente cumpridos, por meio da coleta trimestral sistemática e curadoria de material fossilífero nas áreas do empreendimento da UHE Belo Monte em rochas sedimentares. Em relação à Educação Patrimonial, diversas atividades foram realizadas com o objetivo de divulgar a Paleontologia e o conteúdo fossilífero local para a comunidade das áreas afetadas e para os trabalhadores do CCBM e demais empresas/consórcios, participantes do empreendimento.

A elaboração do guia ilustrado de fósseis da região foi concluída ao término do Programa de Salvamento, a ser entregue com o relatório técnico de fechamento do programa.

No Ofício nº 52/DIFIS-2015, de 23/09/2015, o DNPM recomenda que a NE, quando apresentar o relatório da 17ª campanha, manifeste-se em relação ao encerramento das atividades do Programa, já que o contrato com a Terragraph se encerrou.

Avaliação de resultados: Em quatro anos e meio de atividades, foram realizadas 17 campanhas trimestrais de coleta, onde foram descritas

85 colunas estratigráficas, das quais 3.715 peças foram coletadas e enviadas à Instituição de Salvaguarda, o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA).

A partir da manifestação do DNPM, no Ofício nº 52/DIFIS-2015, dois sítios paleontológicos serão preservados. Foram delimitadas no canteiro de obras do Sítio Belo Monte duas áreas, não inundadas, para a preservação do pacote rochoso e conservação do conjunto fossilífero. Trata-se de sítios localizados no antigo paiol (ponto C7P4) e na oficina de máquinas pesadas (ponto C2P4).

No decorrer do programa foram realizados vários eventos de educação patrimonial com a comunidade local e funcionários da obra, para divulgar o patrimônio paleontológico existente na região. Nos eventos, os participantes foram orientados sobre os procedimentos e medidas a serem tomadas, caso eles mesmos identificassem fósseis dentro e fora da obra, e sobre a importância da notificação urgente das áreas que contenham registros fossilíferos.

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Os Cursos para a comunidade local foram ministrados na UFPA. Uma pequena coleção didática, composta por fósseis abundantes e duplicados no acervo, foi doada para o curso de Ciências Biológicas da UFPA, Campus de Altamira.

10. Plano de Acompanhamento Geológico/Geotécnico e de Recursos minerais10.1. Programa de Monitoramento da Sismicidade Progresso reportado pela NE: Segundo reportado no 9º RC, o acompanhamento e monitoramento da sismicidade da área de influência da UHE

Belo Monte teve início em fevereiro de 2012, tendo sido já executadas, até o final de novembro de 2015, 46 (quarenta e seis) campanhas mensais de um total de 80 (oitenta), o que corresponde a 57,5% desta atividade realizada. Ressalta-se que esta atividade se estenderá até o final do terceiro trimestre de 2018 (setembro/18). A partir de outubro de 2018 terá continuidade o monitoramento e acompanhamento da sismicidade da região de influência do empreendimento, considerando apenas a operação completa da própria usina, que se prolongará até junho de 2021.

No 2º semestre de 2015, foram registrados 588 eventos locais artificiais, 169 eventos regionais artificiais, 8 eventos regionais naturais e 68 telessismos.

A partir da obtenção da Licença de Operação (LO) e início do enchimento dos reservatórios, as detonações realizadas para as atividades de escavação foram praticamente concluídas, sendo que o último plano de fogo encaminhado pelo CCBM à Norte Energia, para repasse ao Observatório Sismológico, é datado de 01/12/2015.

Nos meses de junho, outubro e novembro de 2015 foram realizadas visitas nas três estações que compõem a rede sismográfica para manutenção das mesmas e para a coleta de dados in situ objetivando sanar os possíveis gaps de dados no período monitorado causados por problemas na transmissão de dados em duas das estações. É importante destacar que esses problemas não acarretaram prejuízos ao monitoramento realizado, já que foi realizada a referida coleta de dados in situ.

Em outubro de 2015, um técnico do Observatório Sismológico realizou atividades preventivas de manutenção das três estações sismológicas ATM1, BM01 e BM02 e acompanhou e registrou uma detonação nas frentes de obra da UHE Belo Monte, para realizar a calibração da rede sismográfica instalada.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. 12º RSAP, outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: As atividades do presente programa estão dentro do prazo, em conformidade com o proposto no PBA. Estão sendo cumpridos os objetivos e metas definidos no PBA. Avaliação de resultados: O Relatório deste Programa no 9º RC apresenta resultados consolidados para o período de dezembro de 2014 a

novembro de 2015. Nesse período, foi registrado pela Rede Sismográfica de Belo Monte um total de 1.411 eventos distribuídos nas seguintes categorias: 1.052 eventos locais artificiais (74% do total), 221 eventos regionais artificiais (16%), 14 (quatorze) eventos regionais naturais (1%) e 124 telessismos (9%).

Futuramente, a porcentagem dos eventos locais artificiais tende a cair (tanto no período monitorado quanto de maneira geral), já que as detonações oriundas das obras de escavação foram concluídas, o que acarretará uma diminuição drástica do registro desse tipo de evento.

Com o enchimento dos reservatórios do Xingu e Intermediário, será possível realizar avaliações e análises comparativas que poderão indicar o surgimento ou não de sismos induzidos e naturais na região de influência do empreendimento.

Atenção especial continuará a ser dada na questão da transmissão de dados via satélite para o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que estava apresentando problemas de transmissão. O plano de ação estabelecido e implantado no segundo semestre de 2014 continuará a ser desenvolvido com reuniões periódicas entre todas as equipes envolvidas no Programa, assim como as visitas de campo nas estações.

As visitas periódicas nas três estações sismológicas instaladas continuam e continuarão a ser realizadas, objetivando garantir in loco a integridade física e a manutenção e operação dos seus equipamentos.

As atividades de esclarecimento à população, conforme foi definido no 6º RC, ocorrerá somente em caso de eventos sísmicos induzidos perceptíveis pela população que possam aparecer durante a etapa de operação da UHE, quando os dois reservatórios estabelecidos já estarão formados e poderão ser catalisadores do aparecimento dos referidos sismos.

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10.2. Programa de Acompanhamento das Atividades Minerárias Progresso reportado pela NE: Segundo informado no 9º RC, as atividades que compõem o Projeto de Acompanhamento dos Direitos

Minerários foram realizadas com periodicidade mensal, com a maior parte concluída em dezembro de 2015, com atendimento aos seus respectivos objetivos e metas preconizados no PBA. Entretanto, em função da necessidade de extensão da atividade de transformação do bloqueio provisório para definitivo da poligonal do empreendimento, seu cronograma foi estendido para o final do primeiro trimestre de 2016, não ocorrendo, portanto, sua conclusão em dezembro de 2015. Segundo a NE, a legislação pertinente, mais especificamente o Parecer PROGE nº 500, não estabelece prazos para a realização de tal atividade, permitindo que a mesma seja definida e realizada pelo próprio empreendedor de acordo com suas especificidades, sem apresentar qualquer prejuízo para o cronograma dos demais projetos.

Além disso, a atividade de realização de acordos indenizatórios já teve definida a listagem dos possíveis processos que venham a ter, em um futuro próximo, a necessidade de indenizações ou não; entretanto, as tratativas de andamento e encaminhamento dos mesmos também foram prorrogadas para serem concluídas no final do primeiro trimestre de 2016.

Conforme já informado em relatórios anteriores, a atual vigência do bloqueio, embora de forma provisória, não deveria impedir a protocolização de novos requerimentos. Entretanto, a superintendência do DNPM em Belém (PA) vem adotando procedimento diferente daquele previsto na legislação pertinente, em especial o Parecer PROGE nº 500/2008, com o indeferimento de plano de requerimentos que interferem com a atual poligonal de bloqueio.

As ações para liberação de jazidas de rocha, areia e cascalho, áreas de empréstimo e de bota-fora para as obras civis da UHE Belo Monte continuaram, tendo sido protocolizados junto ao DNPM em Belém, em 2015, oito novos requerimentos de declaração de dispensa de título minerário.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. 12º RSAP, outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: Durante 2015, o Projeto de Acompanhamento dos Direitos Minerários continuou se desenvolvendo conforme

previsto no cronograma, com suas atividades sendo cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que pudessem, de alguma forma, causar o comprometimento ao seu pleno andamento.

Avaliação de resultados: A partir da elaboração de um mapa cartográfico e de uma planilha de controle contendo tanto a poligonal de

bloqueio definida junto ao DNPM, quanto a visualização e a caracterização de todos os processos minerários em vigor e interferentes, total ou parcialmente, com o referido bloqueio do empreendimento, foram desenvolvidas, de forma contínua (periodicidade mensal), as atividades de análise, atualização e acompanhamento dos processos minerários interferentes com a área de bloqueio provisório, sendo que as mesmas foram concluídas em dezembro de 2015. O mapa e a planilha foram gerados a partir de dados atualizados até o final de dezembro de 2015.

Desde o início de execução até a sua conclusão, em dezembro de 2015, foram realizadas 51 (cinquenta e uma) campanhas mensais de acompanhamento (período de outubro/2011 a dezembro/2015) e 54 (cinquenta e quatro) campanhas mensais de atualização (períodos janeiro a março/2011 e outubro/2011 a dezembro/2015) dos processos minerários, que correspondem a 100% dos totais previstos no cronograma do PBA. Foi realizado também um total de 21 (vinte e uma) campanhas de campo junto ao DNPM de Belém.

Além disso, a atividade de atualização da relação de processos minerários junto ao DNPM também foi desenvolvida e concluída em dezembro de 2015.

A alteração do bloqueio provisório para definitivo foi incorporada ao Projeto em atendimento ao Parecer PROGE Nº 500/2008, da Procuradoria Geral do DNPM, que estabelece que a área do bloqueio final deva ser proposta ao DNPM, atendendo aos princípios da “compatibilidade” e da “prioridade”. Esta atividade continua em pleno desenvolvimento entre a NE e o DNPM, com prazo de conclusão estendido para o primeiro trimestre de 2016, considerando a conclusão do enchimento dos reservatórios no final de janeiro de 2016. Ressalta-se que a poligonal definitiva já foi previamente apresentada no conteúdo do Relatório Final Consolidado (7º RC, de fevereiro de 2015), e deverá ser ratificada ou poderá ser readequada, caso o cenário definitivo pós-enchimento indicar alguma necessidade de alteração.

A atividade relacionada à realização de possíveis acordos indenizatórios foi estendida também para o final do primeiro trimestre de 2016.

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Atualmente, apenas 19 (dezenove) processos são títulos minerários aptos à extração mineral, sendo 15 (quinze) sob o regime de Licenciamento e quatro referentes à Permissão de Lavra Garimpeira. Destes, os que apresentam atividade atualmente são, em maioria, os de Licenciamento e se referem à extração de areia e cascalho em áreas no entorno de Altamira e que interferem apenas parcialmente com a poligonal de bloqueio, não sendo considerados, portanto, até o momento, como passivos de realização de acordos indenizatórios, uma vez que poderão, de acordo com os critérios técnicos a serem adotados, ser excluídos da poligonal definitiva.

10.3. Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos Progresso reportado pela NE: Desde o início da execução do Programa, em 2012, até o momento, foram realizadas 15 (quinze) campanhas

trimestrais, sendo quatro em 2015. Durante a Inspeção Trimestral 15 (outubro/2015), foi inserido mais um ponto de monitoramento no presente

Programa, no rio Xingu, denominado de R46, nas proximidades da área denominada “praia do Massanório”. Durante o enchimento dos reservatórios estavam previstas campanhas mensais de monitoramento nas áreas de

formação desses corpos hídricos. No Relatório do Programa que consta no 9º RC já foram incluídas observações referentes à 1ª campanha mensal realizada dezembro de 2015, tendo em vista que o enchimento do Reservatório Xingu foi iniciado no final de novembro e o do Reservatório Intermediário em dezembro.

Por meio do método da eletrorresistividade (tomografia elétrica 2D), foram realizados perfis em diferentes pontos da área urbana de Altamira, dois perfis no Travessão 55 e um perfil na área do módulo Rapeld 5, para verificação dos locais com maio risco de instabilização.

A NE informa que estabeleceu um plano de integração entre o presente Programa e o Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas, para verificação da ocorrência ou não da elevação dos níveis freáticos, inclusive na área urbana de Altamira, comparando dados antes e depois do enchimento dos reservatórios. Este fato indicará, com maior precisão, áreas suscetíveis a este tipo de impacto, que requererão um monitoramento mais específico.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. 12º RSAP, outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: O andamento do programa encontra-se de acordo com o proposto no PBA, sendo ajustado segundo as necessidades e justificativas técnicas. Avaliação de resultados: Conforme estabelecido nas metas do PBA, os dados obtidos na fase pré-enchimento, durante a execução das 15

(quinze) campanhas trimestrais, possibilitaram a caracterização geológico-geotécnica das encostas marginais ao longo dos reservatórios, bem como dos processos erosivos instalados ou que podem ser potencialmente desenvolvidos.

A partir das investigações geológico-geotécnicas foi confeccionado o mapa geológico-geotécnico da AID da UHE Belo Monte, que é atualizado periodicamente a partir dos resultados obtidos durante as campanhas (inspeções) trimestrais, com a possível inserção ou remoção de pontos de monitoramento de acordo com o desenvolvimento do Programa. No 9º RC consta a última atualização, feita após a execução da inspeção trimestral realizada em outubro de 2015.

Os resultados obtidos e consolidados até o momento, já incluindo as quatro inspeções trimestrais do ano de 2015, expressam ausência de processos instabilizatórios significativos nos pontos monitorados, ou seja, as condições estão razoavelmente estáveis e/ou pouco alteradas sob o ponto de vista geotécnico e de suscetibilidade ao aparecimento de fenômenos degradatórios de erodibilidade, falta de estabilidade ou de deslizamento superficial ou profundo de origem geotécnica (rolamento de blocos, solifluxão, deslizamento de camadas de terra e fenômenos associados). Também é importante destacar que a capacidade de resiliência do meio ambiente na região estudada é elevada e em grande parte decorrente do tipo de solo e regime de chuvas que controla a rápida instalação da vegetação.

Os resultados das análises pelo método da eletrorresistividade mostraram que, na área urbana de Altamira, os locais próximos à margem do Reservatório do Xingu, nos igarapés Altamira, Panelas e Ambé, apresentam domínio de materiais argilosos, com maior risco de elevação de umidade por capilaridade, o que pode causar maior risco de afetar fundações de obras civis (notadamente nas faixas em que os níveis freáticos são muito rasos ou em áreas geotécnicas nitidamente colapsíveis).

A 1ª campanha mensal para acompanhamento da estabilidade das encostas marginais e processos erosivos ao longo das margens do Reservatório do Xingu durante o enchimento, foi realizada entre 6 e 12/12/2015. Em

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função dessa inspeção ter ocorrido ainda na fase inicial do enchimento do Reservatório do Xingu, não foram observadas alterações significativas nos pontos monitorados em relação àquelas verificadas na inspeção realizada em outubro/2015.

Mudanças que possam vir a ocorrer em função da implantação dos reservatórios só poderão ser observadas após a formação e estabilização dos reservatórios do Xingu e Intermediário. Assim, permanecerão em desenvolvimento atividades técnicas de campo, dentre as quais se destacam as inspeções trimestrais periódicas, que estão previstas e estabelecidas até o quarto trimestre de 2017, conforme cronograma. Além disso, está programada a execução de mais uma campanha mensal a ser realizada em fevereiro de 2016, que abrangerá o período logo após o pleno enchimento dos reservatórios do Xingu e Intermediário.

Após o enchimento do Reservatório do Xingu, durante as atividades realizadas nas inspeções trimestrais, os taludes que ficarem expostos serão reavaliados e, caso seja identificada a necessidade de instalação e manutenção de monitores para auxílio no monitoramento da eventual evolução geotécnica das condições das encostas, os mesmos serão instalados.

A NE reforça a atenção especial que será e já está sendo dada nas avaliações das condições geológico-geotécnicas das encostas marginais do Reservatório Intermediário, nos períodos durante e após enchimento. Isso porque a região alagada, e principalmente as margens formadas, correspondem a locais que naturalmente não estavam sujeitas à influência de reservatório de água, o qual poderá resultar na subida do lençol freático e de suas interferências, além da ação do embate de ondas nas referidas margens ali formadas.

10.4. Programa de Controle da Estanqueidade dos Reservatórios Progresso reportado pela NE: A NE informa que, durante o ano de 2015, o setor de engenharia construiu e implantou os sistemas de proteção

contra erosões e de impermeabilização estabelecidos pelo Consórcio Projetista ao longo da região do Graben do Macacão. Além disso, deu-se continuidade à construção dos diques 6C, 8A e 8B situados na região do Graben do Macacão e também à implantação dos equipamentos de auscultação e instrumentação para monitoramento e caracterização de eventuais deteriorações que possam constituir risco potencial às condições de segurança das referidas estruturas em todos os diques construídos ao longo das margens do futuro Reservatório Intermediário.

No 9º RC constam evidências das atividades de engenharia dos diques 6C, 8A e 8B e da construção do rip-rap no espigão de arenito, que estão situados ao longo da região do Graben do Macacão, no período compreendido entre janeiro e novembro de 2015.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. 12º RSAP, outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: Por meio do PARECER n.º 02001.003622/2015-08-COHID/IBAMA, o IBAMA, após analisar as informações

fornecidas pela NE para atendimento a várias recomendações feitas no Ofício 02001.000868/2014-39 CGENE/IBAMA, concluiu que o novo escopo do programa estava sendo conduzido de maneira adequada.

No 9º RC a NE ressalta que o IBAMA não enviou qualquer tipo de avaliação a respeito da consolidação de conclusão do presente Programa para janeiro de 2016, apresentada no documento de atendimento ao item 2 do Ofício 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA, que demandava a caracterização das atividades a serem desenvolvidas e continuadas após a obtenção da LO. No conteúdo do referido documento, que também serviu como base para obtenção da LO, foi caracterizado e embasado o conceito de que as atividades inerentes ao Programa 10.4 estão devidamente finalizadas no contexto ambiental.

Além disso, ao longo do ano de 2015, não foi verificada pelos setores de engenharia e meio ambiente da NE a necessidade de inserção de outras regiões no entorno do Reservatório Intermediário que apresentassem problemas geológico-geotécnicos relacionados à estanqueidade, semelhantes aos observados na região do Graben do Macacão e que pudessem indicar a continuidade do presente Programa após janeiro de 2016.

Face ao exposto, a NE considera que as metas e objetivos estabelecidos para o Programa 10.4 foram atendidas de acordo com as premissas e recomendações solicitadas pelo IBAMA.

Segundo a NE, a conclusão deste programa justifica-se pelo fato de que o atendimento da recomendação feita pelo próprio IBAMA, relacionada a: “Manter as atividades de monitoramento após a implantação dos reservatórios e caso algum processo de fuga de água se instale na região, medidas de controle deverão ser adotadas para mitigar os eventuais impactos negativos.” (item “c” do Ofício 02001.000868/2014-39-CGENE/IBAMA, datado de 31/01/2014), será plenamente atendida pelo Plano de Segurança de Barragens e também a partir das informações de campo provenientes das campanhas trimestrais do Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos (10.3).

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Quadro 4.0.a Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte Avaliação de resultados: Em função do enchimento dos reservatórios ter se iniciado em 25/11/2015, após a obtenção da LO, o 9º RC

ainda não apresenta como anexo os dados iniciais de instrumentação dos diques presentes no Reservatório Intermediário, que poderão ser solicitados à Norte Energia pelo IBAMA quando lhe for conveniente.

A partir da formação do Reservatório Intermediário terão início, efetivamente, as atividades de monitoramento dos diques construídos ao longo de suas margens, por meio dos equipamentos de instrumentação (marcos superficiais, medidores de vazão, marcos fixos, piezômetros elétricos, piezômetros de tubo aberto, placas de recalque magnética, medidores triortogonais e pinos de deslocamento) já instalados.

A implantação de equipamentos de instrumentação também foi realizada nas outras estruturas que compõem a UHE Belo Monte, tais como suas estruturas de concreto (casas de força, vertedouro, galerias de drenagem, entre outros) e outras estruturas de terra (barragens).

Além desta instrumentação, o setor de engenharia, tanto na fase de construção quanto de operação, também deverá implementar, após a fase de enchimento dos reservatórios, um monitoramento de campo das condições geológico-geotécnicas das barreiras naturais existentes ao longo do Reservatório Intermediário.

11. Plano de Gestão dos Recursos Hídricos11.1. Programa de Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico Progresso reportado pela NE: O Programa é dividido em três subprogramas ou projetos: 11.1.1 Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico No período, mais especificamente em novembro de 2015, foi realizado o 3º levantamento topobatimétrico dos

igarapés de Altamira, com o objetivo de caracterizar o formato da calha fluvial de cada igarapé. Este 3º levantamento foi realizado após a conclusão do remanejamento da população e retificação dos igarapés. O 4º levantamento será realizado após o enchimento do Reservatório do Xingu, no primeiro trimestre de 2016. Posteriormente, esses levantamentos terão periodicidade anual até o final do Projeto.

11.1.2 Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões No período, prosseguiu o monitoramento dos níveis de água e das vazões na região dos igarapés de Altamira,

no futuro Reservatório do Xingu, no TVR e região a jusante da Casa de Força Principal (região do Tabuleiro do Embaubal), nas 12 (doze) estações fluviométricas e três estações pluviométricas instaladas na região, conforme previsto no PBA.

11.1.3 Projeto de Monitoramento de Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR O levantamento da calha fluvial do rio Xingu no TVR vem sendo realizado trimestralmente desde março de

2012, em seções junto às margens, em canais que coincidem com as principais rotas de navegação. Em novembro/2015, dentro do período deste relatório, foi realizado o 15º levantamento da calha do rio Xingu no TVR.

O levantamento do perfil da linha de água do rio Xingu – TVR é realizado mensalmente desde janeiro de 2012. Os perfis da linha de água são medidos mensalmente nas seções nas margens direita e esquerda do rio Xingu, no TVR. Até o momento, 38 (trinta e oito) campanhas já foram realizadas, indicando a variação máxima e mínima em cada seção de medição.

Era previsto para outubro/2015 mais um levantamento dos trechos críticos para a navegação nos rios Xingu e Bacajá, já na segunda fase, após o enchimento do Reservatório do Xingu. Entretanto, como o enchimento dos reservatórios foi iniciado apenas em novembro/2015, optou-se por realizar um levantamento adicional ainda na fase anterior ao enchimento. Este levantamento adicional foi realizado entre os dias 20 e 21 de outubro/2015.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. 12º RSAP, outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: O Monitoramento Hidrossedimentológico (11.1.1) vem se desenvolvendo conforme previsto no cronograma,

com suas atividades sendo cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que possam causar o comprometimento ao seu pleno andamento e atendimento aos objetivos do Projeto, em consonância com o que foi proposto para a etapa anterior a formação do reservatório.

O Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões (11.1.2) vem se desenvolvendo conforme previsto no cronograma, com suas atividades sendo cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que possam causar

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o comprometimento ao seu pleno andamento e atendimento aos objetivos. De uma forma geral, o Projeto de Monitoramento da Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR

(11.1.2) vem se desenvolvendo normalmente, conforme as diretrizes estabelecidas pelo PBA, consolidando o cumprimento dos seus objetivos e metas preconizados para a etapa de implantação, estando dentro dos prazos previstos em seu cronograma. Ressalta-se, que por meio do Ofício 02001.009681/2013-10 DILIC/IBAMA, datado de 17/07/13, o IBAMA estabeleceu a aprovação das adequações que foram propostas no escopo e no cronograma.

Avaliação de resultados: 11.1.1 Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico A continuidade do monitoramento no 2º semestre/2015 e a inserção dos dados das campanhas realizadas entre

maio/2014 a outubro/2015 não resultou em alterações significativas quanto à composição do material do leito nas estações de monitoramento hidrossedimentológico dos igarapés de Altamira.

O monitoramento hidrossedimentológico continuará até junho de 2017nas 11 (onze) estações fluviossedimentométricas da rede instalada para medições das descargas líquidas e sólidas dos corpos hídricos monitorados.

Os levantamentos topobatimétricos realizados a jusante da Casa de Força Principal em Belo Monte foram incorporados ao Projeto após as conclusões do estudo complementar hidrossedimentológico realizado nesta região para atendimento à Condicionante 2.8 da LI da UHE Belo Monte. Os levantamentos topobatimétricos foram realizados em duas etapas: 01/12/11 a 17/02/12 (época de enchente); e 20/04/12 a 10/05/12 (época de cheias). De acordo com o cronograma do PBA, o levantamento topobatimétrico a jusante da Casa de Força Principal tem periodicidade a cada cinco anos; portanto, o próximo levantamento deverá ser realizado no segundo trimestre de 2017.

Ainda são previstos dois levantamentos batimétricos nos igarapés de Altamira, um no 1º trimestre de 2016 e um no 1º trimestre de 2017.

O Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico na Região dos Bancos de Areia (Ria do Xingu) terá continuidade, agora incorporado a este projeto em atendimento a uma recomendação do IBAMA no contexto do Parecer n° 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, datado de 10/09/2015, que analisou o relatório de solicitação da LO.

 11.1.2 Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões No 9º RC foram apresentados os resultados das campanhas realizadas no período de novembro/2014 a

outubro/2015. Foram monitorados pelo menos quatro ciclos hidrológicos completos para todas as medições de nível e vazão

líquida, ampliando, portanto o período de monitoramento previsto anterior à formação do reservatório, para todas as estações.

O 9º RC informa que todas as atividades de monitoramento terão continuidade até o segundo ano após o enchimento dos reservatórios. Após este período de monitoramento, o levantamento de dados de níveis e vazões continuará sendo executado como uma atividade de rotina da operação da usina, conforme prevê a Resolução Conjunta ANEEL/ANA nº 3/2010, o que incluiu o monitoramento limnimétrico dos reservatórios junto ao corpo das barragens (Casa de Força Principal e Casa de Força Complementar).

A continuidade do monitoramento permitirá a análise comparativa entre os dados dos períodos (pré e pós-enchimento) com base em um conjunto de estatísticas (médias, desvio-padrão, valores extremos de máxima e mínima) a ser realizado com a compilação de dados de dois anos após o enchimento dos reservatórios.

 11.1.3 Projeto de Monitoramento de Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR As atividades de monitoramento do presente Projeto foram iniciadas na etapa de implantação da UHE (em

2012) e terão continuidade durante as etapas de enchimento e operação do empreendimento. O monitoramento na operação se estenderá por seis anos após a plena carga da Casa de Força Principal, conforme estabelecido nas condicionantes 2.1 da LP e 2.22 da LI.

Após três ciclos hidrológicos de monitoramento da calha na região do TVR, no rio Xingu, foi possível observar a variação das principais características geométricas relacionadas ao escoamento acompanhando a sazonalidade do rio, com os maiores valores de vazão no mês de março e as menores vazões nos meses de setembro e outubro.

O monitoramento também permite identificar, entre as seções, aquelas que apresentam as maiores e as menores variações de largura do canal, e acompanhar em que seções ocorrem as maiores variações entre as máximas e mínimas vazões.

As medições nas seções da MD e da ME resultaram que os valores mínimos registrados em seis das nove seções correspondem aos registros do mês de outubro/2015. Quanto aos valores de cota máxima, observa-se

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que, em todo o período monitorado, a cheia de março de 2014 manteve-se com os maiores registros de NA em todas as seções de ambas as margens. As seções do rio Bacajá resultaram valores mínimos e máximos medidos nesses mesmos períodos.

A segunda fase de levantamentos dos trechos críticos para a navegação deverá ocorrer após o enchimento dos reservatórios, com frequência anual, sempre no período de estiagem que corresponde à vazão mínima do Hidrograma de Consenso, até 2024, ou seja, até seis anos após a operação a plena carga, conforme indicado no cronograma do Projeto.

A partir dos resultados das vistorias multidisciplinares no TVR já realizadas, verificou-se que não ocorreram mudanças quanto ao regime hidráulico em função da sazonalidade natural esperada; consequentemente, constatou-se que as características de navegabilidade mantiveram-se inalteradas. A segunda fase de vistorias R estava prevista para ocorrer após a entrada em operação da UHE em “plena carga”, com frequência semestral, nos meses de abril e outubro de cada ano. Entretanto, atendendo ao Ofício 02001.009681/2013-10 DILIC/IBAMA, datado de 17/07/13, os levantamentos dos locais críticos para a navegação no TVR e as vistorias multidisciplinares devem ocorrer logo após o enchimento do reservatório, no período de seca (condição mais crítica para a navegação).

11.2. Programa de Monitoramento dos Igarapés Interceptados pelos DiquesProgresso reportado pela Norte Energia: Monitoramento hidrológico A NE não informou qualquer evolução na análise do projeto de monitoramento hidrológico, mas interrompeu a

obtenção de informações de vazões nos igarapés Paquiçamba, Ticaruca, Cobal, Cajueiro e Turiá. Conforme já constava dos relatórios anteriores, a solicitação de encerramento do projeto foi apresentado ao

IBAMA como parte da Nota Técnica NT_SFB_No026_PMIID_16_08_2013_LEME. No entanto, o Ofício 02001.013712/2013-037 DILIC/IBAMA, de 06/1/2013, informou que a Nota Técnica não apresentava subsídios suficientes para uma avaliação consistente, pois se baseava apenas em dados hidrológicos e estatísticos e solicitava que a proposta das vazões remanescentes fosse instituída a partir de uma análise integrada de todos os dados e resultados referentes a todos os monitoramentos implantados pelo Programa (fenologia, hidrologia, usos de água, qualidade da água superficial e ictiofauna). Em atendimento às considerações do IBAMA foi elaborada a Nota Técnica NT_SFB_N°36_PMIID_13_12_2013_LEME, com conteúdo também apresentado no âmbito do 5º RC, que reapresentou os valores de vazões remanescentes estabelecidos no 4º RC (ver Quadro a seguir), embasados na análise integrada com todos os outros monitoramentos previstos no Programa.

Monitoramento dos padrões fenológicos A Norte Energia informou que foi dado andamento a este componente do programa, tendo sido realizada a 8ª

campanha trimestral do monitoramento fenológico no 4º trimestre de 2015, conforme o cronograma. Este monitoramento está previsto até o 1º trimestre de 2018.

Monitoramento da ictiofauna Em outubro de 2015 foi realizada a 16ª campanha de monitoramento da ictiofauna.  Monitoramento da Qualidade da água Foram realizadas campanhas trimestrais nos períodos de enchente (dezembro de 2011, janeiro de 2013, janeiro

de 2014 e janeiro de 2015), cheia (março de 2012, abril de 2013, abril de 2014 e abril de 2015), vazante (junho de 2012, julho de 2013, julho de 2014 e julho de 2015) e seca (setembro e novembro de 2012, outubro de 2013, outubro de 2014 e outubro de 2015) para avaliar a qualidade de água dos igarapés (limnologia, biota aquática e sedimentos).

Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reunião na semana de inspeção (15 a 19 de fevereiro de 2016); 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015; 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO). Análise de conformidade: Monitoramento hidrológico Segundo a NE, está claramente constatado que o objetivo e meta estabelecidos para o monitoramento

hidrológico deste Programa foram plenamente atendidos, tendo sido solicitado junto ao IBAMA a sua conclusão. O IBAMA ainda não se manifestou novamente com relação aos argumentos levantados pela NE para o

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encerramento do programa e definição das vazões remanescentes nos igarapés. Monitoramento dos padrões fenológicos Por meio do Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o IBAMA não aceitou a proposta feita pela Norte Energia de transferir este componente do programa para o Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme, alegando que é também seu objetivo avaliar os efeitos da interceptação do igarapé considerando a qualidade da água, fenologia das espécies, ictiofauna e dos usos da água por até dois anos após o enchimento do reservatório. Dessa forma, o órgão licenciador considerou que não atenderia à sua premissa a apresentação dos dados em programas distintos sem a análise conjunta dos mesmos.

Monitoramento da ictiofauna e Monitoramento da Qualidade da água O Programa está em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: Monitoramento hidrológico Concluiu-se que as variações encontradas entre os valores das vazões remanescentes definidas nos distintos

Relatórios Consolidados ao longo do monitoramento dos igarapés interceptados pelos diques eram esperadas. Nos primeiros Relatórios Consolidados, os resultados do monitoramento foram exibidos de forma descritiva, suas análises não possuíam representatividade estatística e, portanto, as vazões remanescentes foram propostas de forma provisória. O Quarto RC já apresentou séries históricas e cálculos hidrológicos, o que permitiu uma proposta de vazões remanescentes para os igarapés interceptados pelos diques, comparáveis com o adotado em outros empreendimentos e com as recomendações das agências de recursos hídricos estadual (SEMA) e federal (ANA). No âmbito do Quinto RC foi apresentada uma tentativa de análise integrada dos monitoramentos realizados neste PBA, na qual foram destacados os resultados obtidos nos monitoramentos da ictiofauna, fenologia, usos da água e qualidade da água superficial quando as vazões estavam iguais ou menores que as vazões remanescentes determinadas. A análise mostrou que os componentes ambientais dos igarapés já convivem com períodos restrição de vazão ainda maiores que as vazões remanescentes determinadas.

Monitoramento dos padrões fenológicos Em relação ao monitoramento fenológico, a Norte Energia vem realizando as atividades necessárias para que os

objetivos e metas do PBA sejam alcançados, tais como: realização de estudos florísticos e fitossociológicos para avaliação da composição e estrutura de comunidades vegetais em um dos igarapés interceptados pelos diques; determinação de padrões fenológicos de cinco espécies-alvo; documentação da flora dos igarapés interceptados pelos diques, complementando as coleções botânicas.

Desde março de 2014, este componente do programa monitora um total de 31 indivíduos de seis espécies (Anacardium giganteum, Alexa grandiflora, Aspidosperma excelsum, Patinoa paraensis, Sapium marmieri e Swietenia macrophylla), à jusante e à montante do igarapé Paquiçamba. As duas áreas de estudo são, no entanto, muito diferentes entre si e não foi possível padronizar o número de indivíduos monitorados em cada área de estudo.

No 9° Relatório Consolidado, foi informado que as fenofases analisadas (floração, frutificação, mudança foliar) ainda não apresentam padrões definidos para todas as espécies e locais (jusante e montante), principalmente quando comparadas com a temperatura e a precipitação médias mensais de Altamira.

Somente a fenofase “mudança foliar” foi observada em todos os indivíduos das espécies estudadas, em todas as campanhas. Para as espécies A. grandiflora, A. excelsum e S. marmieri, a fenofase “floração” foi observada pela primeira vez à montante (7ª campanha). A espécie Cedrela odorata teve sua fenofases “frutificação” observada pela terceira vez à jusante (6ª e 7ª campanhas).

A Norte Energia argumenta que a falta de padrões regulares entre os indivíduos durante o período de medições pode estar relacionada a: 1) local alterado por pastagens, agricultura e outros, os quais apresentam condições adversas àquelas encontradas em ambientes não alterados; e 2) ausência de polinizador, o qual não foi observado em nenhuma campanha para as espécies em questão.

Informa ainda que o estudo registrou quatro espécies protegidas: três vulneráveis (VU) e uma em perigo (EN). Esta última (Virola surinamensis) é uma das 15 espécies-alvo do projeto de banco de germoplasma.

Monitoramento da ictiofauna No período foram coligidos 18.116 indivíduos de peixes de 143 espécies/morfoespécies, 84 gêneros, 30

famílias e sete ordens taxonômicas; A ordem mais diversa foi Characiformes com 14 famílias, 44 gêneros, 91 espécies e 85% dos indivíduos

coligidos (15.552 indivíduos); Não foram registradas espécies que fazem parte da lista de espécies ameaçadas de extinção, tanto nacional

(sensu IBAMA) como internacional (sensu IUCN - CITES); Seis espécies endêmicas para a bacia do Xingu foram registradas: Moenkhausia xinguensis (Characidae) no

igarapé Cajueiro (cinco indivíduos), no igarapé Ticaruca (onze indivíduos), no igarapé Paquiçamba (dois

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indivíduos), e no igarapé Cobal (um indivíduo); Cichla melanie (Cichlidae) no igarapé Ticaruca (quatro indivíduos), Retroculusxinguensis (Cichlidae) no igarapé Ticaruca (um indivíduo), Pterygoplichthys xinguensis no igarapé Cobal (um indivíduo) e no igarapé Ticaruca (um indivíduo), e Cynopotamus xinguano (Characidae) nos igarapés Cobal e Paquiçamba (com um indivíduo cada);

Apesar da proximidade geográfica dos igarapés estudados, apenas 40 espécies do total de 143 espécies, foram coligidas nos quatro corpos hídricos estudados, sugerindo uma baixa afinidade ictiofaunística entre os diferentes ambientes estudados;

No igarapé Turiá, no período de abril de 2013 a outubro de 2015 foram coligidos 1063 indivíduos de peixes de 33 espécies/morfoespécies, 26 gêneros, 13 famílias e quatro ordens taxonômicas;

Não foram registradas espécies que fazem parte da lista de espécies ameaçadas de extinção, tanto nacional (sensu IBAMA) como internacional (sensu IUCN - CITES) nem espécies endêmicas para a bacia do Xingu;

Das 33 espécies registradas, 20 (60%) foram comuns, pois também foram encontradas em cada um dos outros quatro (4) igarapés interceptados pelos diques.

Monitoramento da Qualidade da Água Foram observadas alterações no oxigênio dissolvido nos igarapés: Ticaruca (IGTIC) em outubro e novembro de

2015, Cajueiro (IGCAJ) e Igarapé Aturiá (IGAT) em novembro de 2015; De uma forma geral, os pontos de coleta do monitoramento limnológico trimestral nos igarapés interceptados

por diques, na área de influência da UHE Belo Monte, apresentaram boa qualidade ambiental. No entanto, não conformidades foram frequentemente associadas aos períodos de chuvas pelo consequente transporte de material lixiviado e particulado, pelo aumento do escoamento superficial para os cursos d’água;

As amostras de sedimento coletadas nos igarapés interceptados pelos diques estão em conformidade quanto à Resolução CONAMA 454/2012;

Nenhuma amostra apresentou concentrações acima do limite de detecção para os pesticidas monitorados (11 tipos entre organoclorados, organofosforados e carbamatos).

11.3. Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas Progresso reportado pela NE: 11.3.1 Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas

Com objetivo de acompanhar a dinâmica das águas subterrâneas, neste Projeto as leituras trimestrais são atividades contínuas. Até dezembro de 2015 foram realizadas 14 (quatorze) campanhas de campo, sendo quatro em 2015, caracterizando três ciclos hidrológicos completos de monitoramento. A área urbana de Altamira conta com a maior concentração de pontos monitorados.

Nos medidores de nível instalados (pelo empreendedor) no bairro Jardim Independente II (baixio) são realizadas medidas semanais (desde 21/09/2015), visando ao acompanhamento da dinâmica das águas subterrâneas na região durante o período de enchimento do reservatório Xingu. Ressalta-se que até o início de dezembro/2015 os dados evidenciam a influência da sazonalidade climática da região, assim como observado em todos os pontos da rede de monitoramento deste Projeto.

Para se tentar manter a funcionalidade da rede definida para monitoramento, são realizadas atividades contínuas de manutenção da rede.

A partir do primeiro semestre de 2015 foram integradas aos dados analisados neste Projeto as leituras de nível de água de poços e cacimbas cadastradas nas atividades de monitoramento de uso de água do Programa de Monitoramento dos Igarapés Interceptados pelos Diques (11.2). Esta medida visa a um adensamento dos dados na região do entorno do Reservatório Intermediário. Para verificação de possíveis impactos relacionados ao enchimento do Reservatório Intermediário, serão comparados os dados obtidos antes do enchimento às novas leituras previstas para pós-enchimento.

Para a área do bairro Jardim Independente II, em resposta ao Ofício no 356/2015/AA-ANA, a NE encaminhou para a ANA a CE 361/2015-DS de 08/10/2015, com detalhe do sistema de drenagem das águas pluviais que será implementado no bairro (baixio); cronograma estabelecido para cada etapa a ser executada, além de informar que essa região possui um monitoramento semanal do lençol freático específico durante o período de enchimento dos reservatórios, com a inserção de quatro medidores de nível ao longo de sua extensão. Além disso, em complementação à CE 0361/2015-DS, foi encaminhada a CE 0365/2015-DS de 15/10/2015, contendo o levantamento topográfico planialtimétrico detalhado da sub-bacia do Bairro Jardim Independente II.

11.3.2 Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas

Em outubro de 2012 foram iniciadas as campanhas trimestrais de coletas de amostras de água, análises laboratoriais e processamento de dados da água subterrânea nos pontos que compõem a rede amostral definida. Até o final de 2015 foram executadas 14 (quatorze) campanhas trimestrais, totalizando 638 amostras analisadas.

Na 14ª coleta trimestral deixaram de ser amostrados 6 pontos porque os poços estavam secos; 1 poço não encontrado, informando-se que no local onde o mesmo foi instalado foram depositados resíduos florestais;

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e 1 ponto porque a bomba estava quebrada. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015; 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: 11.3.1 Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas A continuidade do Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas seguirá o mesmo

cronograma encaminhado no conteúdo do documento de atendimento ao item 2 do Ofício OF 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA.

Segundo o PARECER n.º 02001.003622/2015-08-COHID/IBAMA, de 10/09/2015, a Norte Energia deve apresentar as medidas de mitigação a serem executadas, caso seja verificada elevação significativa do lençol freático após a formação do reservatório do Xingu, em áreas localizadas além dos limites da envoltória de proteção da Cota 100 na área urbana de Altamira (áreas destacadas na Nota Técnica encaminhada pela Norte Energia por meio da correspondência CE 037/2015-DS), notadamente na área denominada Área 2.

O Cronograma para a continuidade do Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas não tem qualquer tipo de adequação ou modificação em relação àquele que foi encaminhado no conteúdo do documento de atendimento ao item 2 do Ofício OF 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA.

Conforme já informado, foi proposto ao IBAMA que o Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas seja unificado com o Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas e passe a ser tratado unicamente como o Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas (PBA 11.3).

Avaliação de resultados: 11.3.1 Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas Os dados de monitoramento da dinâmica das águas subterrâneas obtidos até o momento evidenciam a influência

sazonal típica da região. Na área urbana de Altamira, as áreas que apresentam maiores variações de níveis nos diferentes períodos do ano e indicam os locais mais favoráveis à influência da elevação do lençol freático são as que se encontram em cotas topográficas menores que 100 metros. O que se espera é que esta influência seja mais acentuada em regiões com menor declividade.

As atividades referentes às leituras trimestrais continuarão na fase de operação, em desenvolvimento de acordo com o cronograma do Projeto, tendo em vista que os dados obtidos antes e após o enchimento dos reservatórios subsidiarão a avaliação de eventuais alterações na dinâmica das águas subterrâneas devido à implantação da UHE Belo Monte.

É fundamental a continuidade das atividades referentes à manutenção dos poços (realizadas trimestralmente, concomitante às leituras de nível).

Está prevista para o período pós-enchimento do Reservatório do Xingu a verificação do modelo hidrogeológico conceitual elaborado para a cidade de Altamira, bem como a confecção de novos mapas potenciométricos para a área urbana, considerando os dados a serem obtidos após o enchimento.

No contexto do presente Projeto serão estabelecidas atividades de integração com o Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos (10.3), objetivando avaliar se as variações do nível de água dos aquíferos na zona urbana de Altamira (possíveis elevações dos níveis freáticos), após o enchimento do Reservatório do Xingu, poderão afetar as condições de estabilidade de fundações de obras civis (estruturas e edificações) ali existentes.

Segundo a NE, o que se espera em toda a área de influência, em relação à elevação dos níveis freáticos, é que qualquer interferência seja observada em uma restrita faixa marginal aos futuros reservatórios ou ao longo de faixas marginais de igarapés que contribuem diretamente com os reservatórios. A verificação de possíveis interferências só poderá ser realizada após a formação e estabilização dos reservatórios artificiais.

11.3.2 Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas As maiores desconformidades encontradas nesse total de análises realizadas nas 14 campanhas foram em relação

aos seguintes parâmetros: 66,61% dos registros (425 amostras) em não conformidade quanto ao pH; 59,71% dos registros (381 amostras) em não conformidade quanto ao ferro; 55,01% dos registros (351 amostras) em não conformidade quanto à turbidez; 43,57% dos registros (278 amostras) em não conformidade quanto ao alumínio; 40,28% dos registros (257 amostras) em não conformidade quanto ao manganês; 30,87% dos registros (197 amostras) em não conformidade quanto à cor; 30,25% dos registros (193 amostras) em não conformidade quanto à presença de coliformes

fecais; 15,04% dos registros (96 amostras) em não conformidade quanto ao chumbo;

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12,22% dos registros (78 amostras) em não conformidade quanto ao nitrato; 9,16% dos registros (50 amostras) em não conformidade quanto à amônia.

Ainda ocorreram desconformidades em relação a cromo; arsênio; níquel; sulfato; mercúrio; e cobre; mas em número muito menor de amostras.

Terão continuidade as coletas e análises trimestrais de amostras de água subterrânea nos pontos que compõem a rede de monitoramento implantada. Além disso, serão realizadas verificações de campo nos arredores dos poços/cisternas monitorados, a fim de se identificar possíveis locais ou focos de contaminação próximos, como fossas, igarapés contaminados, postos de abastecimento de combustíveis, resíduos sólidos acumulados a montante dos poços, entre outros, assim como a manutenção periódica da rede de monitoramento implantada.

Os dados obtidos ao longo do monitoramento até o momento evidenciam a influência sazonal natural do rio Xingu. A formação dos reservatórios poderá gerar impactos positivos e negativos. Como principais impactos negativos, podem ser citados: risco de contaminação das águas dos aquíferos (no caso de a água dos reservatórios apresentar qualidade comprometida); aumento do risco de contaminação pela infiltração de poluentes (pois haverá a diminuição da espessura da zona não saturada, que representa a principal proteção dos aquíferos); e formação de áreas alagadas ou brejos que podem contribuir com o desenvolvimento de insetos e mau cheiro.

Até o momento, os dados obtidos durante as coletas trimestrais não mostram nenhuma fonte de contaminação diretamente relacionada à implantação do empreendimento. As análises físico-químicas das águas subterrâneas mostram que o principal foco de contaminação é a falta de sistema de saneamento, isto é, utilização de fossas e sumidouros ou fossas negras que resultam na infiltração de efluentes domésticos nos aquíferos. Esta carga contaminante de grande volume e com ampla persistência migra através da zona vadosa e alcança a zona saturada.

A avaliação de possíveis modificações na qualidade da água subterrânea, após a formação e estabilização dos reservatórios artificiais, será baseada nos dados coletados na fase pré-enchimento, tanto nas áreas urbanas, quanto no entorno dos futuros reservatórios.

11.4. Programa de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Progresso reportado pela Norte Energia: 11.4.1 - Projeto de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Superficial No período de dezembro de 2011 a novembro de 2015 foram realizadas 17 campanhas de monitoramento

trimestral (dezembro de 2011, março, junho, setembro e novembro de 2012, janeiro, abril, julho e outubro de 2013, janeiro, abril, julho e outubro de 2014, e janeiro, abril, julho e outubro de 2015) na área de influência do empreendimento e 47 campanhas de monitoramento mensal (período de janeiro de 2012 a novembro de 2015) de qualidade da água no entorno dos canteiros de obra e em pontos próximos às vias de acesso e linhas de transmissão;

Durante o enchimento do reservatório do Xingu (novembro de 2015 à janeiro de 2016), a NE realizou monitoramento diário com Sonda multiparamétrica em 06 pontos das proximidades da cidade de Altamira e o monitoramento semanal em 14 pontos distribuídos ao longo desse reservatório. Além do monitoramento diário, em 03 pontos no TVR;

Ainda durante o enchimento do RX foi realizado o monitoramento diário, através de dois sistemas fixos flutuantes, um localizado a montante e outro a jusante da barragem de Pimental com medições contínuas, a cada 1 hora;

Durante o enchimento do reservatório Intermediário (dezembro de 2015 a fevereiro 2016), a NE realizou o monitoramento semanal com sonda multiparamétrica em 12 pontos de coleta. Foi realizado também o monitoramento diário com Sonda Multiparamétrica, em 03 pontos. Foi feito também o monitoramento diário, com medições contínuas, a cada 1 hora, através de sistema fixo flutuante, utilizando-se sonda multiparamétrica na sub-superfície da água (cerca de 50 cm), com transmissão dos dados via GPR.

11.4.2 - Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas Realização da 17ª campanhas do Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas (outubro de

2015); Realização de coletas de fauna aquática associada aos estandes de macrófitas aquáticas, visando a detecção de

vetores de doenças, principalmente, em locais próximos às áreas com ocupações humanas; Continuidade na realização das análises físicas e químicas das amostras de água e sedimentos coletados; Identificação das macrófitas aquáticas amostradas durante o período; Tabulação e tratamento dos dados obtidos nas campanhas realizadas; Durante o enchimento, a equipe realizou o monitoramento das macrófitas aquáticas embarcado e através de

sobrevoos no RX, RI, Canal de Derivação e TVR.

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Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Reunião na semana de inspeção (15 a 19 de fevereiro de 2016); 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015; 1º Relatório Consolidado Mensal Pós início do enchimento dos reservatórios (24/11/2015 à 20/12/2015); 2º Relatório Consolidado Mensal Pós início do enchimento dos reservatórios (21/12/2015 à 20/01/2016). Análise de conformidade: O Programa está em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: 11.4.1 - Projeto de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Superficial Durante o monitoramento trimestral foram observadas alterações no mês de outubro nos seguintes parâmetros:

oxigênio dissolvido (ALT2 e IGTIC), manganês (ALT2 e IGTIC) e Clorofila a (RX25 e IGCAJ); De uma forma geral, os pontos de coleta do monitoramento limnológico trimestral em toda a área de influência

da UHE Belo Monte apresentaram boa qualidade ambiental. No entanto, não conformidades foram frequentemente associadas aos períodos de chuvas pelo consequente transporte de material lixiviado e particulado, pelo aumento do escoamento superficial para os cursos d’água;

Em relação à comunidade fitoplanctônica, foi registrada, tanto nas campanhas de enchente quanto nas campanhas de cheia, a predominância de organismos de Bacillariophyceae, sendo o grupo mais representativo para o rio Xingu e seus tributários;

Durante o monitoramento mensal foram observadas alterações no oxigênio dissolvido nos pontos: PCIBM, PACBM-M, RX07, ETEPIM e PACPIM em novembro de 2015. Nos pontos PACBM-J e Vila Residencial foram observadas concentrações de Escherichia coli em desconformidade. Para o parâmetro Clorofila –a foi registrada alteração no ponto ETEPIM. O fósforo total foi registrado em desconformidade nos pontos: RX07, Vila Residencial e ETEPIM;

Em relação à comunidade fitoplanctônica, os resultados indicam elevada na área de influência da UHE Belo Monte. Independentemente do ano monitorado, a comunidade fitoplanctônica foi composta principalmente por algas da Classe Bacillariophyceae, sendo Aulacoseira dominante na enchente do segundo ciclo hidrológico e abundante em todos os períodos;

Em relação às variações interanuais, identificou-se, em geral, um aumento dos valores de abundância, riqueza e diversidade nas áreas monitoradas no quarto ciclo hidrológico (janeiro e abril de 2015). É possível que o período com menores precipitações e, consequentemente, com vazões mais reduzidas, tenha favorecido a comunidade fitoplanctônica na área monitorada.

Os gêneros Anabaena, Microcystis e Oscillatoria foram os mais frequentes e abundantes no monitoramento, nas 17 campanhas;

As abundâncias destas algas estiveram sempre baixas nas áreas monitoradas ao longo de todo o monitoramento trimestral, e a proliferação de cianobactérias não se configurou como um problema ambiental, até o momento;

Os resultados para a comunidade zooplanctônica apresentam elevada variação na área de influência da UHE Belo Monte, com as campanhas de enchente caracterizadas por elevadas abundâncias. Observou-se um aumento da abundância de organismos entre amostras de anos anteriores para os anos mais recentes na área de monitoramento, exceto pelo pico de abundância verificado na campanha de enchente do ano 1 do monitoramento (dezembro de 2011), na qual foi verificada uma grande proporção de rotíferos. Essa tendência de aumento das campanhas anteriores para a campanha mais recente, também verificada para o fitoplâncton, é atribuída às condições de maior estabilidade da água no rio Xingu e nos seus tributários nas campanhas de enchente e cheia de 2015;

Para a comunidade bentônica, de uma forma geral, não foi possível identificar um padrão temporal de variação. Elevadas riquezas e abundâncias de organismos foram observadas em alguns pontos em determinados períodos, porém, não se repetiram nas campanhas subsequentes, o que demonstra que são ocorrências esporádicas, possivelmente favorecidas pelas condições específicas ao desenvolvimento dos organismos por um determinado período. Tais variações são, também, resultantes da grande heterogeneidade do leito do rio Xingu e de seus tributários, composto por deposições arenosas, siltosas, pedregosas, ricas ou não em matéria orgânica, condicionada pela hidrodinâmica desses cursos de água nos diferentes ciclos hidrológicos;

Os táxons que dominaram as amostragens foram Chironomidae (fragmentador) e Oligochatea (fragmentador/raspador), que se alimentam de grandes partículas orgânicas provenientes de ambientes alóctones (fragmentadores) ou de material perifítico aderido às rochas e outros substratos, como caules, folhas (raspadores) e tipificam ecossistemas com baixa perturbação ambiental.

Durante o período monitorado, na fase inicial da fase de enchimento do Reservatório do Xingu, as não conformidades na qualidade de água, em relação à Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces de Classe 2, que se mantiveram por mais de um dia, de forma contínua, foram observadas somente para a concentração de

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Oxigênio Dissolvido nos igarapés urbanos de Altamira (Panelas, Altamira e Ambé) e de forma pontual, muito em função das baixas vazões e das intervenções efetuadas nesses locais, como revolvimento de solo das margens e obras com movimentação de terra no entorno, as quais vêm denotando melhoras com o passar do tempo. As demais variáveis, em todos os demais pontos monitorados estiveram sempre em conformidade com a legislação.

No Reservatório Intermediário não foram verificadas inconformidades na qualidade da água, em relação aos padrões estabelecidos pela legislação;

Na etapa intermediária da fase de enchimento do RX, durante o período monitorado, as não conformidades na qualidade de água, em relação à Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces de Classe 2, que se mantiveram por mais de um dia, de forma contínua, foram observadas somente para a concentração de Oxigênio Dissolvido nos igarapés Panelas, Altamira e Ambé, e de forma pontual, muito em função das fortes chuvas e das intervenções efetuadas nesses locais, como revolvimento de solo das margens e obras com movimentação de terra no entorno. As demais variáveis, em todos os demais pontos monitorados, estiveram sempre em conformidade com a legislação, com exceção do Oxigênio Dissolvido e o pH nos pontos localizados em braços como o RXN5, RXN3 e o IDM;

No RI, como esperado, foram verificadas concentração de oxigênio dissolvido abaixo de 5,0 mg/L, notadamente no fundo do perfil do reservatório no ponto RIN1, no corpo central do reservatório Intermediário e nos pontos CN06, CN07 e CN09.

11.4.2-Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas Durante os 4 ciclos de monitoramento das macrófitas aquáticas foram identificados, até o momento, 233

espécies pertencentes a 60 famílias. A família mais representativa quanto ao número de espécies foi Cyperaceae, com 37 espécies, seguida da Fabaceae, com 31 espécies, e por Poaceae, com 25 espécies;

De acordo com os resultados do monitoramento trimestral as espécies com maior frequência de ocorrência nas 17 campanhas até o momento foram: Montrichardia linifera, com 191 observações distribuídas em 22 pontos de coleta; Paspalum repens, com 76 ocorrências distribuídas em 26 pontos de coleta; Mimosa pudica, com 67 observações distribuídas em 29 pontos de coleta; Caperonia castaneifolia, com 58 observações em 18 pontos de coleta, Cyperus luzulae, com 55 observações em 21 pontos de coleta, Salvinia auriculata, com 44 observações distribuídas em 15 pontos de coleta, Eichhornia crassipes, com 38 observações distribuídas em 9 pontos de coleta;

Os levantamentos de fauna associada realizados nas campanhas de janeiro a outubro de 2015 mostram que as macrófitas aquáticas existentes nos pontos monitorados no rio Xingu e nos seus tributários não abrigam populações significativas de vetores, dada à reduzida ocorrência;

Durante o enchimento não foram observadas infestações no RX e no RI durante a fase monitorada (1ª. fase). Não obstante, as equipes de monitoramento diário da qualidade da água estão continuamente alertas para eventuais ocorrências de infestações para tomada de medidas necessárias para a identificação e o controle destas;

Na segunda fase do enchimento, no RX, no braço formado pelo igarapé Palhal, foram observadas ocorrências de macrófitas de hábito flutuante das espécies Salvinia auriculata, Pistia stratiotes e Lemna sp., sendo que na foz do igarapé Altamira foi observada a ocorrência da espécie Eichhorna crassipes, todas de forma esparsa, sem infestação. Grande parte das macrófitas observadas no RX são formas fixas de hábito anfíbio ou emerso, principalmente das famílias Poaceae, Cyperaceae e Fabaceae, sem grande potencialidade para infestação;

No RI, na 2ª fase de enchimento, foram observadas algumas plantas isoladas das espécies de hábito flutuante, tais como Pistia stratiotes, Lemna sp. e Azolla filiculoides. Essas espécies ocorreram principalmente nas margens e nos fundos dos braços do reservatório em formação, associadas aos detritos flutuantes originários da vegetação suprimida;

Também foram observadas ilhas flutuantes formadas por macrófitas aquáticas, designadas como matupás, que se formam após o desprendimento de estandes existentes originalmente nas margens dos igarapés durante o processo de enchimento;

Com o sobrevoo das áreas do RX e do RI tornou-se possível à identificação de locais com infestações de macrófitas aquáticas, muitos deles de difícil acesso ou visualização por embarcação. No RX foram observadas infestações de macrófitas aquáticas no fundo do braço formado pelo igarapé Palhal, principalmente da espécie Lemna sp., bem como da espécie Pistia stratiotes no fundo do braço formado pelo igarapé Bastião;

Os igarapés Panelas e Trindade não apresentaram infestações de macrófitas aquáticas, também confirmado pelo monitoramento de campo por embarcação. Já os igarapés Altamira e Ambé apresentaram infestações ao longo dos seus cursos, porém, por espécies predominantemente anfíbias e emersas fixas, principalmente das famílias Cyperace e Poaceae. Tais infestações não oferecem riscos de infestações severas uma vez que, com o aumento do nível do reservatório, as plantas ficarão submersas por um longo período, levando-as à morte;

Não foi verificada ocorrência de infestação de macrófitas aquáticas na área do Trecho de Vazão Reduzida, incluindo as localidades Ressaca e Fazenda, o que demonstra que, durante o período monitorado, o barramento no sítio Pimental não contribuiu para a disseminação dessas plantas a jusante no TVR.

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11.5. Programa de Monitoramento do Microclima Local Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa de Monitoramento do Microclima Local, por meio da operação de três estações climatológicas, monitora os principais parâmetros meteorológicos, com o objetivo de subsidiar a compreensão e interpretação das possíveis alterações futuras, em escala local, em decorrência da formação dos reservatórios da UHE Belo Monte. A partir da instalação das estações climatológicas, teve início a atividade de monitoramento dos parâmetros climatológicos da região em estudo. O 9º RC apresentou os resultados consolidados para o período de julho de 2012 a outubro de 2015. As medições possíveis através deste monitoramento são: Precipitação pluviométrica (evolução diária da precipitação e precipitação média mensal); Temperatura do ar (evolução diária da temperatura do ar e temperatura média, mínima e máxima mensal); Umidade relativa do ar (evolução diária da umidade relativa do ar; umidade relativa do ar média mensal; e

umidade relativa do ar – média mensal - analise consolidada comparativa); Velocidade dos ventos (evolução diária da velocidade dos ventos; velocidade média mensal; velocidade média

mensal dos ventos – análise consolidada comparativa; e direção de ventos); Pressão barométrica (evolução diária da pressão barométrica; pressão barométrica média mensal; e pressão

barométrica média mensal – análise consolidada comparativa); Evaporação (evolução diária da evaporação; e evaporação média mensal – analise comparativa entre as

estações). Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015; 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015. Análise de conformidade: As atividades previstas no contexto do Programa de Monitoramento do Microclima Local se caracterizam por atividades contínuas, estando em seu pleno desenvolvimento. O programa vem sendo executado adequadamente. Avaliação de resultados: O monitoramento do microclima da região de abrangência do empreendimento continuará a ser executado por

dois anos após o enchimento dos reservatórios, compreendendo, portanto, cinco anos de monitoramento. Após este período, será realizada análise comparativa entre os dados dos períodos (pré e pós-enchimento) dos reservatórios. Entretanto, na medida em que forem compilados dados semestrais dos parâmetros climatológicos monitorados após o enchimento dos reservatórios, serão realizadas análises comparativas prévias entre os períodos pré e pós-enchimento. Ao término do período de monitoramento definido para o presente Programa, o monitoramento de dados das estações climatológicas continuará sendo executado como uma atividade de rotina durante a etapa de operação da UHE Belo Monte.

12. Plano de Conservação dos Ecossistemas TerrestresProgresso reportado pela Norte Energia: É informado no 6º Relatório Consolidado que este pacote de trabalho encontra-se encerrado. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 6º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao período entre janeiro e junho de 2014 (julho de

2014); Parecer Técnico N° 1.553/2014 – COHID/IBAMA de 17 de abril de 2014 (Análise do 5° Relatório Consolidado

de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação n.º 795/2011). Análise de conformidade: De acordo com o Parecer Técnico N° 1.553/2014 – COHID/IBAMA (17 de abril de 2014), a implantação dos

módulos RAPELD foi considerada concluída no Parecer Técnico 7.244/2013. Avaliação de resultados: Os resultados dos monitoramentos da flora e da fauna realizados nos módulos RAPELD são apresentados nas

seções correspondentes a cada projeto de monitoramento deste relatório.

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12.1. Programa de Desmatamento e Limpeza das Áreas dos Reservatórios Progresso reportado pela Norte Energia: Este programa é dividido em três projetos, apresentados a seguir. 12.1.1. Projeto de Desmatamento No mês de agosto, todas as parcelas do Reservatório do Xingu já se encontravam suprimidas (4.840,29 ha) e os

trabalhos de limpeza (queima e enterrio de resíduos finos) e de transporte do material lenhoso foram sendo realizados nos meses seguintes até o enchimento do reservatório.

As atividades de supressão da vegetação do Reservatório Intermediário foram finalizadas em 13 de novembro de 2015, inclusive a queima e o enterrio dos resíduos finos.

As áreas suprimidas totalizam 20.905,03 ha, sendo 4.998,14 ha no Reservatório do Xingu, 9.333,43 ha no Reservatório Intermediário e 6.573,46 ha nas obras civis.

12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro Na 12ª missão, a Norte Energia informou que foram negociadas novas condições para a reativação das serrarias

do Travessão 27 e que previa que a definição do novo contrato ou aditivo seria finalizada em 15 dias. Desde o início de outubro de 2015, as atividades dessas serrarias estão paralisadas. Segundo relatado pelo empreendedor, o beneficiamento da madeira oriunda do empreendimento estava sendo muito pouco rentável para a empresa executora devido à baixa qualidade da maior parte da madeira gerada e aos procedimentos de autorização da madeira (AUMPF e DOF) que resultam numa disponibilidade irregular de material para as serrarias beneficiarem. As atividades das serrarias foram interrompidas ainda antes da liberação de novos créditos no sistema, cujas vistorias do IBAMA tinham ocorrido em agosto.

Em novembro de 2015, a Norte Energia encaminhou ao IBAMA a Nota Técnica Nº 44/2015-SFB apresentando coeficientes de conversão do material lenhoso denominado “resíduo grosso” para unidades de medida utilizadas pelo IBAMA na emissão de AUMPF e necessárias para a entrada dos dados volumétricos no Sistema DOF.

Em dezembro de 2015, foi enviada a Nota Técnica Nº 46/2015-SFB apresentando o detalhamento do processo produtivo de cavaco e solicitando ao IBAMA a autorização para a instalação e operação da infraestrutura de armazenamento temporário dos cavacos, bem como da execução do processo produtivo proposto, no âmbito da Licença de Operação, visto que tais estruturas e processos são correspondentes ao atendimento a requisitos do licenciamento ambiental e das autorizações de supressão de vegetação, e estão inseridos nas atividades já licenciadas dentro do perímetro e escopo de abrangência da mencionada LO.

Em atendimento à condicionante 2.30, item b da Licença de Operação, foi encaminhada em dezembro de 2015 a Nota Técnica N° 49/2015-SFB apresentado o planejamento para o aproveitamento dos produtos lenhosos originados pelas atividades de supressão de vegetação. Apresenta também os principais gargalos e necessidades de adequações para viabilizar as ações planejadas, os quais foram discutidos em reunião com o IBAMA em janeiro de 2016 e ainda não foram solucionados.

As principais necessidades de adequação referem-se a: possibilidade de uso comercial de madeira de espécies protegidas; permissão do trânsito de madeira no Circuito Interno incluindo um pequeno trecho da Transamazônica no sítio Belo Monte; possibilidade de uso do DOF para isentos de CTF e/ou DOF Especial pela NE; adequação de incompatibilidades entre os sistemas DOF e SISFLORA; emissão de AUMPF/AUTEX de resíduo grosso com base em volume equivalente de lenha; avaliação das possibilidades para emissão de AUMPF/AUTEX de toras desclassificadas como lenha; e adequação do fluxo físico e de créditos para destinação da fitomassa lenhosa.

12.1.3 - Projeto de Demolição e desinfecção de Estruturas e Edificações As atividades de demolição e desinfecção das estruturas e edificações na zona urbana de Altamira foram

finalizadas no final do mês dezembro de 2015, com um total de 5.286 propriedades. Entretanto, algumas atividades pontuais de demolição e desinfecção continuam a ser realizadas na região urbana de Altamira, estando atreladas a questões judiciais. Essas demolições não impediram o enchimento do Reservatório do Xingu. O quadro a seguir apresenta o total de propriedades onde já foram executadas as atividades de demolição de suas edificações por igarapé:

IGARAPÉ  QUANTIDADE PORCENTAGEM 

Ambé 2.990 56,56% Altamira 1790 33,86% Panelas 410 7,76%

Outros 96 1,82%

Total 5.286 100%

A NE ressalta que para cada tipo de estrutura, edificação ou resíduo da zona urbana de Altamira (inertes, minerais e orgânicos), a Norte Energia adotou procedimentos tecnicamente adequados para sua remoção e

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desinfecção. Na zona rural, as atividades de demolição e desinfecção das estruturas e edificações foram finalizadas no final

do mês de outubro de 2015. Em função da grande extensão territorial na zona rural, as demolições e desinfecções foram setorizadas em cinco (5) áreas principais, mostradas no quadro abaixo, juntamente com os quantitativos:

Zona Rural - Quantitativos Finais - Propriedades

Área Denominação Total

1 Reservatório Intermediário, Canteiros e Acessos 872 2 Reservatório Xingu - Margem Direita 236 3 Reservatório Xingu - Margem Esquerda 184

4 Reservatório Xingu - Ilhas 461

5 Sistema de Transmissão Restrito 134 Total 1.887

Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reuniões com a Norte Energia realizadas na semana dos dias 16-19 de fevereiro de 2016 (12ª missão de

monitoramento) Ata da reunião (AR_PDCMM_58) realizada entre a Norte Energia e o IBAMA em 28 de janeiro de 2016 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2015 (janeiro de 2016) 12º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre outubro e dezembro de 2015

(janeiro de 2016) Nota Técnica N° 49/2015-SFB de 22 de dezembro de 2015 (planejamento da destinação da madeira) Nota Técnica Nº 46/2015-SFB de 02 de dezembro de 2015 (detalhamento do processo produtivo de cavaco) Nota Técnica Nº 44/2015-SFB de 24 de novembro de 2015 (coeficiente de conversão da fitomassa lenhosa) Correspondência Externa N° 431/2015-DS de 25 de novembro de 2015 (resposta ao Ofício N°

02001.012815/2015-41-COHID/IBAMA) Correspondência Externa N° 429/2015–DS de 24 de novembro de 2015 (envia o Relatório Final da Supressão

Vegetal) Ofício N° 02001.012815/2015-41-COHID/IBAMA de 19 de novembro de 2015 (pareceres de vistorias) Relatório Técnico N° 009/2015-SFB de novembro de 2015 (Relatório Final da Supressão Vegetal) Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO) Correspondência Externa N° 182/2105-DS de 29 de junho de 2015 (projeto de recuperação florestal). Análise de conformidade: 12.1.1. Projeto de Desmatamento Por meio do Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o órgão ambiental fez alguns comentários e exigências: Foram requeridas a finalização e a limpeza das áreas dos reservatórios, atendendo criteriosamente ao

Plano Operacional de Supressão, e a apresentação do Relatório Final de Supressão. Conforme informado anteriormente, a supressão foi concluída em novembro de 2015 e no dia 24 do mesmo mês o relatório demandado foi enviado ao IBAMA por meio da CE N° 429/2015–DS.

Foi solicitada a apresentação de projetos de recuperação para fins de reposição florestal em paralelo com o PRAD. Por meio da CE N° 182/2105-DS (29/06/15), a Norte Energia enviou o “Projeto de Recomposição da Cobertura Vegetal da APP Variável dos Reservatórios da UHE Belo Monte”, contemplando a conservação de 26.483 ha de florestas e a recomposição de 234,34 ha por meio de plantio de mudas (99,56 ha) e de enriquecimento com chuva de sementes (123,80 ha). Este projeto visa à obtenção de 44.672 m³ de créditos de reposição florestal. O IBAMA informava ainda que as áreas a serem recuperadas por supressão em APP deveriam ser compensadas com o plantio efetivo de espécies arbóreas na proporção de 1:1 e poderiam ser contabilizadas para fins de cumprimento de reposição florestal. Foi informado na 12ª missão que um novo projeto de recomposição florestal estava em elaboração.

Foi demandada a apresentação dos resultados da modelagem do desmatamento conforme mencionado no Parecer N° 143/2011, que sugeria a aplicação bianual à região de análise, tendo como início a data de emissão da LI até 10 anos após a liberação dessa licença. O atendimento a essa solicitação não foi evidenciado.

Cabe mencionar que, em novembro de 2015, o IBAMA enviou o Ofício N° 02001.012815/2015-41-COHID/IBAMA, o qual apresenta pareceres de vistorias realizadas por suas equipes na área do empreendimento entre agosto e outubro de 2015. Neles, é relatada a constatação de irregularidades nas atividades de supressão, principalmente em relação à separação de resíduos finos e grossos. Além disso, foi questionada a influência na

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qualidade da água da regeneração da vegetação nas áreas já suprimidas no Reservatório Intermediário. Em resposta, a Norte Energia enviou a CE N°431/2015/DS (25/11/15). Informou que as irregularidades foram apontadas em áreas onde as atividades ainda estavam em andamento e que as mesmas foram pontuais. Ademais, reencaminha a CE N°224/2014-DS (22/07/15), a qual informava que a regeneração da vegetação havia sido considerada na modelagem por até dois ciclos de chuva e que sua fitomassa seca seria muito pouco significativa em relação ao total suprimido.

O 11º RSAP informava que havia sido aberto o Processo Administrativo N° 02001.006463/2015-95, lavrado pelo IBAMA, o qual afirma ter a empresa deixado de atender às condicionantes estabelecidas na licença ambiental, tendo sido cometidas irregularidades na supressão vegetal das áreas dos reservatórios Intermediário e Xingu. Os Réus, União, IBAMA, BNDES e Norte Energia apresentaram Manifestação Prévia acerca do pedido liminar. Foi então proferido despacho, determinando ao MPF que se manifestasse acerca do interesse em intervir no feito. No 12º RSAP, é informado que os autos se encontravam no Serviço de Apoio Ambiental de Santarém-PA e era aguardada a emissão de certidão de agravamento e manifestação técnica instrutória por parte do IBAMA.

12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro Por meio do Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o IBAMA fez as seguintes recomendações: (i) estimular o consumo interno dos produtos florestais oriundos da supressão nos projetos do PBA; (ii) executar as atividades de supressão em conformidade aos procedimentos do POS, principalmente quanto a classificação por categorias de produtos e por grupos de valor; (iii) apresentar o projeto de destinação do resíduo grosso e toras não aproveitadas para carvoaria e cavaco; (iv) encaminhar a documentação do licenciamento por parte da SEMA-PA da carvoaria e a localização dos fornos para produção de carvão; (v) encaminhar o resultado das queimas piloto para conversão de resíduo grosso em lenha.; (vi) encaminhar listagem de AUMPFs liberadas e seus respectivos volumes utilizados; (vii) encaminhar a listagem de AUMPFs liberadas e seus respectivos volumes da madeira destinada a JRoberval (AIMAT).

Quanto ao item (i), a Norte Energia tem fornecido madeira para um número cada vez maior de instituições/projetos, ainda que em pequeno volume, como para o PRAD, projetos de reassentamento e obras do entorno. Estavam previstas doações de volumes maiores. Em relação ao item (ii), o IBAMA apontou, em seus relatórios de vistorias da supressão, irregularidades na separação do material gerado pela supressão, conforme relatado na seção anterior referente à supressão.

No tocante aos itens (iii) e (iv), o projeto de aproveitamento dos resíduos grossos para produção de carvão foi descartado devido à falência da empresa que havia proposto essa atividade (SIDEPAR). Um contrato para a produção de cavacos foi firmado em junho de 2015 com a empresa CKTR. Em dezembro de 2015, foi enviada a Nota Técnica N° 46/2015-SFB com o detalhamento do processo produtivo do cavaco. Em referência ao item (v), foi enviada a Nota Técnica N° 44/2015-SFB em novembro com a proposição de um coeficiente de conversão para o cavaco.

Finalmente, no que se refere aos itens (vi) e (vii), o 9º Relatório Consolidado traz a lista de AUMPFs emitidas e seus respectivos volumes autorizados e utilizados. A doação a JRoberval (AIMAT) foi interrompida em agosto de 2014 e, mesmo após a renovação da AUMPF no 2º trimestre de 2015, a atividade continuou suspensa devido a dificuldades do beneficiário.

12.1.3 - Projeto de Demolição e desinfecção de Estruturas e Edificações O Projeto 12.1.3 encontra-se devidamente concluído. Espera-se que no próximo parecer, o IBAMA dê baixa no

projeto. Avaliação de resultados: 12.1.1. Projeto de Desmatamento As atividades de supressão de vegetação nas obras civis foram iniciadas no mês de junho de 2011 e concluídas

em novembro de 2015. Os resultados totalizam 6.573,46 ha, sendo 18% (1.196,90 ha) em APP. Desse total, 47% (3.094,34 ha) foram realizados em floresta, 10% em vegetação secundária (671,53 ha) e 43% em pastagem (2.807,69 ha). O valor total representa 19,6% do total autorizado pelas ASVs (33.511,48 ha).

A supressão de vegetação nas áreas dos reservatórios iniciou-se em novembro de 2013 e foi finalizada em novembro de 2015. Os resultados totalizam 14.331,46 ha, sendo 34% (4.899,31 ha) em APP. Desse total, 4.998,14 ha correspondem ao Reservatório Xingu e 9.333,43 ha ao Reservatório Intermediário. As áreas suprimidas abrangeram 8.609,86 ha de floresta (60%), 2.049,13 ha de vegetação secundária (14%) e 3.672,57 ha de pastagem (26%).

O Relatório Final da Supressão Vegetal, de novembro de 2015, informava que os resultados finais superaram as metas previstas, considerando que no Reservatório do Xingu as áreas programadas para supressão foram acrescidas da Ilha do Arapujá e outras ilhas menores, o que levou a um resultado final 3,2% acima do programado. Ademais, foram feitas algumas alterações na programação original de supressão neste reservatório, tendo sido suspensas atividades em áreas onde o acesso era impraticável, que foram substituídas por outras ilhas que compensassem a necessidade de supressão de não menos de 50% dos remanescentes. A supressão realizada

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neste reservatório foi, portanto, ligeiramente superior àquelas previstas nas condicionantes. Em relação ao Reservatório Intermediário, o total de áreas suprimidas também superou a programação original

em 541,19 ha (6,2%). Neste caso, considerando que a condicionante estabelecida previa a supressão de 100% dos remanescentes vegetais, foi realizada uma verificação em toda a área de inundação e realizada a supressão de todas elas.

Cabe mencionar que a falta de espaço para a implantação de novos pátios foi um problema nos meses finais das atividades de supressão. A Norte Energia havia relatado que otimizará alguns pátios antigos e também utilizará algumas áreas de APP degradadas para depositar o material lenhoso gerado, desrespeitando, neste último caso, aos próprios critérios para a abertura de pátios de madeira. Na 12ª missão foi informado que foram poucos os pátios cujas bordas foram atingidas pelo enchimento dos reservatórios e que as toras estavam sendo removidas para áreas secas.

12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro O 9º Relatório Consolidado informa que o volume de toras e mourões estocado nos pátios era de 191.474,31 m³.

Cerca de 39% desse valor pertence ao grupo 4 (madeira de baixo valor comercial), 25% ao grupo 1 (madeira protegida), 18% ao grupo 3 (médio valor comercial), 9% ao grupo 2 (alto valor comercial), 7% a mourões e 1% ao grupo 5 (sem valor comercial). Na missão anterior, a Norte Energia tinha informado que o volume total previsto a ser gerado pela supressão era de 265.000 m³ de toras e mourões e de 2.700.000 m³ de resíduo grosso.

Não houve novos requerimentos de AUMPF no período, porém houve emissão de AUMPF no mês de outubro (43 mil m³ de toras e mourões), que haviam sido requeridas no mês de março de 2015.

A madeira gerada pela supressão encontrava-se distribuída entre mais de 100 pátios de estocagem. Cabe mencionar que no 2º semestre de 2015 ocorreram incêndios que atingiram alguns pátios de madeira e comprometeram cerca de 12 mil m² de material. Estava sendo prevista a contratação de serviço para abertura e manutenção de aceiros para evitar incêndios nos pátios.

No 2º semestre de 2015, foi registrado o uso de 23.904,96 m³ de madeira internamente no empreendimento, totalizando 35.599,67 m³ desde o início da obra, aplicados principalmente para os seguintes fins:

Uso pelas empresas de supressão para construção de pontes e outras estruturas necessárias; Serrarias do CCBM, produzindo madeira para abastecimento da carpintaria das obras civis principais e

para diversos outros fins em estruturas de apoio; Produção de estacas e mourões para cercas em propriedades dos Reassentamentos Rurais Coletivos; Desdobro primário pelas empresas responsáveis pela montagem (CMBM e Andritz), utilizando

madeira para diversas aplicações, como apoios para peças, dormentes diversos, construção de estruturas de apoio;

Obtenção de peças para construção de pontes na área do empreendimento. Um fato positivo ocorrido durante o período foi que a demanda de madeira do CCBM passou a ser atendida

integralmente por material proveniente da supressão de vegetação do empreendimento, priorizando-se o uso de madeira de espécies protegidas.

Desde o início das atividades, foram enviados 6.468,24 m³ de madeira para o pátio de toras da Serraria Mogno, sendo 5.830,30 m³ de espécies protegidas e os 637,94 m³ restantes, de outros grupos de valor. A maior parte desse volume atendeu a diversas necessidades da Norte Energia e de suas contratadas para a obra principal, obras do entorno e ações do PBA, e também foi destinada por meio de doações a instituições com fins sociais.

Os procedimentos logísticos e técnicos para produção de cavaco ainda estão sendo discutidos junto ao IBAMA e à SEMA, conforme relatado anteriormente. É prevista a utilização da fitomassa lenhosa (resíduo grosso) para a produção de cavaco por meio da empresa, CKTR, com a qual foi firmado um contrato de 51 meses em junho de 2015. Serão utilizados inicialmente 500 mil m³ de fitomassa lenhosa do empreendimento, o qual tinha sido objeto de um leilão promovido em dezembro de 2013.

12.1.3 - Projeto de Demolição e desinfecção de Estruturas e Edificações As atividades executivas inerentes ao Projeto de Demolição e Desinfecção de Estruturas e Edificações foram

devidamente realizadas e finalizadas até o mês dezembro de 2015, tanto na zona urbana quanto na zona rural da área de influência da UHE Belo Monte. Portanto, não há atividades previstas para o ano de 2016. O Projeto 12.1.3 encontra-se devidamente concluído.

12.2. Programa de Conservação e Manejo da Flora Progresso reportado pela Norte Energia: Este programa está dividido em três projetos, descritos abaixo. 12.2.1. Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora No 4º trimestre de 2015, foi dada continuidade às atividades rotineiras deste projeto, como a triagem e

identificação do material botânico resgatado, a realocação de epífitas e hemiepífitas, a montagem de exsicatas, a produção de mudas e doações de material botânico.

A Norte Energia informou que as atividades de resgate nas áreas dos reservatórios foram encerradas em

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novembro de 2015, as quais tiveram seguimento somente na linha de transmissão. Foi relatado que se efetivou a nova parceria com a CENARGEN, para a qual foram doadas sementes da nova

espécie de maracujá (Passiflora echinasteris), encontrada na AID do empreendimento. 12.2.2. Projeto de Formação de Banco de Germoplasma A Norte Energia informou que, no 4º trimestre de 2015, deu-se andamento às atividades rotineiras deste projeto,

como a coleta de sementes e propágulo das matrizes, a produção de mudas, a destinação de material coletado e produzido.

12.2.3. Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme A Norte Energia informou que foi dado andamento a este projeto, tendo sido realizada a 12ª campanha

trimestral do monitoramento fenológico nos oito módulos RAPELD, conforme previsto. Este componente do projeto está previsto até o 4º trimestre de 2017.

As medições do nível do lençol freático também foram realizadas. Na 12ª missão, foi relatado que estavam em andamento os preparativos para a 3ª campanha bianual do

monitoramento fitossociológico, o qual deverá ocorrer a partir de março de 2016. Esta será a primeira campanha após o enchimento do reservatório.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reuniões com a Norte Energia realizadas na semana dos dias 16-19 de fevereiro de 2016 (12ª missão de

monitoramento) 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2015 (janeiro de 2016) 12º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre outubro e dezembro de 2015

(janeiro de 2016) Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO) Relatório de Atendimento ao Ofício N° 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA de 05 de junho de 2015 (Metas,

Ações e Cronograma para Fase Pós Licença de Operação) (julho de 2015) Análise de conformidade: Na 12ª missão de monitoramento, verificou-se que a Norte Energia ainda desenvolve separadamente o Projeto

de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora e o Projeto de Formação de Banco de Germoplasma. Na 11ª missão, o empreendedor havia informado que o primeiro seria incorporado no segundo, ao contrário do que o IBAMA havia permitido, como explicado a seguir.

No Relatório de Atendimento ao Ofício N° 02001.006165/2015-03 DILIC/IBAMA de 05/06/2015, a Norte Energia havia considerado que houve cumprimento dos objetivos e metas propostos para ambos os projetos. Sugeriu assim que seus relatórios de encerramento fossem encaminhados ao IBAMA no 1º trimestre de 2016, dado que as ações destes projetos estão vinculadas às atividades do Projeto de Desmatamento, cujo término era previsto para novembro de 2015. A coleta de sementes e a produção de mudas passariam a ser executada no âmbito do Projeto de Recomposição da Cobertura Vegetal da APP Variável.

No entanto, no Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o IBAMA informou que existem atividades do projeto de banco de germoplasma que ainda deverão ocorrer até o 1º trimestre de 2019. Dessa forma, autorizou que as seguintes atividades sejam incorporadas no projeto de salvamento, as quais estavam previstas no PBA para ocorrer durante todas as etapas construtivas da UHE Belo Monte:

Constituir banco de germoplasma para conservar os recursos genéticos da região, que poderão embasar pesquisas para o reconhecimento dos processos envolvidos na dormência e germinação das sementes;

Contribuir com bancos de germoplasma ativos (BAG); Resgatar parte do patrimônio genético da AID e AII da UHE Belo Monte; Fomentar as atividades de produção de mudas do Projeto de Salvamento da Flora; Manter o banco ativo ou de trabalho das sementes arbóreas regionais selecionadas para torná-las

disponíveis para uso ou intercâmbio; Monitorar as matrizes selecionadas para a formação do banco de germoplasma.

No mesmo parecer, o órgão ambiental informou ainda que as seguintes atividades do Projeto de Salvamento da Flora deverão permanecer após a LO: manutenção do banco de germoplasma; resgate de flora, identificação, cultivo e reintrodução; desenvolvimento de conhecimento científico florístico e de aperfeiçoamento de técnicas de produção de mudas.

Assim, é necessário que a Norte Energia defina como serão reestruturados esses dois projetos, devendo manter em andamento as atividades explicitadas pelo PBA e pelo IBAMA em forma de ofício e parecer.

Ainda segundo o parecer supracitado, o IBAMA determinou que a duração do Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme após o enchimento do reservatório não seria definida naquele momento e que

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dependeria dos resultados apontados no relatório pós-enchimento. Recomendava ainda que a Norte Energia: atualizasse as listas de espécies ameaçadas encontradas na região segundo a Portaria MMA N° 443/2014; encaminhasse a modelagem da distribuição das espécies e identificação das espécies-alvo com base nos resultados já analisados até o 7° Relatório Consolidado; e desse continuidade à medição periódica do nível do lençol freático nas parcelas permanentes. O atendimento a essas recomendações foi evidenciado no 9° Relatório Consolidado, com exceção da modelagem de distribuição que, segundo a Norte Energia, deverá realizado apenas para a fauna, conforme discutido com o IBAMA.

Avaliação de resultados: 12.2.1. Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora Considera-se que os objetivos e metas estabelecidos no PBA estão sendo atingidos, como minimizar o impacto

relativo à perda da diversidade genética, estabelecer rede de parcerias entre instituições regionais e nacionais, e manter banco de mudas.

O 9° Relatório Consolidado apresenta informações sobre as atividades desenvolvidas desde o início do projeto. Foram resgatados 201.922 indivíduos na forma de epífitas, hemiepífitas e plântulas e realocados 97,81% deste material. Foram semeadas 312.923 sementes oriundas do salvamento, das quais 59.174 já foram destinadas para o plantio em áreas de PRAD, entre outras. Cabe ressaltar que o PBA estipulava a produção ou resgate de 3.000.000 mudas para disponibilização para plantio.

Foram destinadas 17.732 exsicatas para o Museu Paraense Emilio Goeldi, a Universidade Federal do Pará (campus Altamira) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, superando a meta de 15 mil materiais estipulado pelo PBA.

No 2º semestre de 2015, foi feita a atualização do banco de dados de exsicatas e das epífitas resgatadas, bem como a conferência da grafia das espécies em todos os bancos de dados do projeto. Deste modo, verificou-se que as coletas identificadas correspondem a 134 famílias e 834 espécies identificadas até epíteto. Além disso, foram identificadas 565 morfoespécies até gênero, 40 morfoespécies foram identificadas com imprecisão (30 “cf.” e 7 “aff.”). As famílias com maior riqueza foram Fabaceae e Rubiaceae, para as espécies terrestres, e Orchidaceae e Araceae para as epífitas.

O projeto resultou em 642 novos registros de espécies identificadas até epíteto, resultando num considerável incremento ao conhecimento da flora da região, ampliando consideravelmente o conhecimento da flora regional.

Dentre os registrados do projeto, 54 espécies constam na lista da IUCN, 10 espécies na Portaria MMA N° 443/2014, 5 espécies no Decreto Estadual N° 802/2008, 74 espécies na lista da CITES e 5 espécies na lista do COEMA N° 54/2001. Dessas, apenas quatro são consideradas em perigo (EN) (Cedrela fissilis e Virola surinamensis) ou em perigo crítico (CR) (Dicypellium caryophyllaceum, e Vouacapoua americana), as quais são espécies-alvo do projeto do banco de germoplasma.

Foi produzido um manual técnico, com informações da literatura e informações de campo, obtidas ao longo do tempo deste projeto.

12.2.2. Projeto de Formação de Banco de Germoplasma Considera-se que o projeto continua executando as atividades rotineiras e que os objetivos e metas estabelecidos

no PBA têm sido cumpridos, como constituir banco de germoplasma para conservar os recursos genéticos da região, minimizar o impacto da perda de germoplasma vegetal, fomentar atividades de produção de mudas do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora e monitorar as matrizes selecionadas.

O projeto possui 15 espécies-alvo: Aspidosperama desmanthum, Bertholletia excelsa, Mezilaurus itauba, Vouacapoua americana, Handroanthus impetiginosus, Cedrela odorata, Ceiba pentandra, Dicypellium caryophyllaceum, Heteropsis flexuosa, Hymenolobium excelsum, Manilkara huberi, Myrciaria dubia, Sagotia brachysepala, Swietenia macrophylla e Virola surinamensis.

A Norte Energia informa que o monitoramento fenológico das matrizes das espécies-alvo tem demonstrado a impossibilidade de manter ciclos uniformes e contínuos de coletas de sementes ao longo do ano para cada uma das espécies.

Um total de 43,54% das matrizes marcadas até o momento já apresentou propágulos. As coletas realizadas resultaram em 547 lotes de sementes, perfazendo um total de 186.661 amostras, das quais 22.670 sementes foram doadas para instituições de pesquisa e 12.080 indivíduos já foram destinados na forma de mudas. Considerando os dados consolidados, entre os lotes que germinaram, a taxa de sucesso foi de 48,29%.

No último período, também foram destinadas exsicatas das matrizes para coleção do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, visando viabilizar a destinação de sementes para mais esta instituição, a qual ainda não havia sido efetivada até a 12ª missão.

12.2.3. Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme Os objetivos e metas do PBA têm sido cumpridos, tais como: avaliação da composição florística e estrutural das

áreas de monitoramento, documentação da flora das Florestas de Terra Firme formando coleções botânicas disponíveis para a comunidade cientifica, avaliação da fenologia de espécies selecionadas, contribuição para o conhecimento científico florístico e ecológico sobre as comunidades vegetais das Florestas de Terra Firme na

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região da UHE, caracterização químico-física dos solos das áreas de estudo; medição periódica do nível de água nas parcelas de monitoramento.

Desde março de 2013, este projeto realiza o monitoramento fenológico de seis espécies arbóreas: Alexa grandiflora, Bertholletia excelsa, Dicypellium caryophyllaceum, Inga alba, Schizolobium parahyba var. amazonicum e Vouacapoua americana.

Os resultados encontrados apresentaram nove eventos fenológicos distintos para as três fenofases estudadas. A maioria dos eventos fenológicos ocorreu na fenofase “mudança foliar”, a qual foi observada em todas as espécies, as quais exibiram folhas novas e/ou maduras em todas as campanhas.

Foi constatado um início de regularidade no ciclo de algumas espécies, porém um desencontro para outras. Tal fato pode estar relacionado com a estiagem prolongada observada neste período:

Alexa grandiflora – Houve regularidade na floração nos dois primeiros períodos de medição (2013 e 2014), porém em 2015 este evento ainda não foi observado;

Bertholletia excelsa – Houve aparente regularidade na floração e frutificação nos três períodos de medição (2013, 2014 e 2015) e a frutificação ocorreu praticamente em todo o período; contudo, o início do desenvolvimento dos frutos até a sua maturação decorre aproximadamente 15 meses para esta espécie;

Inga alba – Esta espécie é reconhecida na literatura como apresentando floração e frutificação quase o ano todo; os indivíduos analisados apresentaram certa regularidade com outros estudos realizados com esta espécie; no entanto, em 2015 ainda não foi observada a frutificação, que em setembro dos outros anos já era percebida;

Schizolobium parahyba var. amazonicum – No 1° ano de medição, os indivíduos não apresentaram nenhum evento de floração ou frutificação; porém, no 2° ano, já apresentou certa regularidade.

12.3. Programa de Conservação da Fauna Terrestre Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa é dividido em nove (09) subprogramas: 12.3.1. Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre O Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre (PAFT) realiza o acompanhamento das frentes de supressão da vegetação, promovendo o afugentamento da fauna terrestre, a fim de diminuir o risco de vida aos indivíduos encontrados. As atividades do PAFT ocorrem desde o início das obras construtivas do empreendimento, em junho de 2011. A partir de novembro de 2015, com o encerramento da supressão da vegetação e início do enchimento dos reservatórios, encerraram-se as atividades do projeto. O parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, conclui com base nos dados consolidados de junho de 2011 até novembro de 2014 que as atividades encontram-se de acordo com o previsto. O 9o RC apresenta os resultados obtidos pelo projeto nos últimos 53 meses (23/06/2011 a 25/11/2015), informando que foram afugentados 5.566 vertebrados terrestres nas áreas dos Reservatórios Xingu e Intermediário, nos canteiros de obras e ao longo do traçado das Linhas de Transmissão. Os animais afugentados distribuem-se entre 243 (4,37%) anfíbios, 1.247 (22,40%) répteis, 501 (9,0%) aves e 3.575 (64,23%) mamíferos, com 200 espécies taxonomicamente confirmadas. Os resultados indicam que, como esperado, são afugentados, principalmente, vertebrados de maior mobilidade e capacidade de reagirem frente às perturbações, como aves e mamíferos de médio e grande porte e determinados répteis. 12.3.2. Projeto de salvamento e aproveitamento científico da fauna O Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna (PSACF) contempla o acompanhamento das frentes de supressão de vegetação na área de influência da UHE Belo Monte e o emprego de ações de manejo direcionadas ao salvamento de indivíduos de baixa mobilidade ou de mobilidade comprometida diretamente afetados pelas atividades. O parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, conclui com base na análise consolidada dos dados de afugentamento, referente ao período de junho de 2011 até novembro de 2014, que as atividades encontram-se de acordo com o previsto. A avaliação do “atendimento da condicionante 2.6 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 108/2012 e retificações”, apresentada no parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA considera que todos os itens foram atendidos. Segundo o 9o RC, durante os últimos 53 meses (23/06/2011 a 25/11/2015) foram resgatados 213.984 vertebrados terrestres nas áreas dos Reservatórios Xingu e Intermediário, nos canteiros de obras civis do empreendimento e ao longo do traçado das linhas de transmissão. Os totais por grupo taxonômico são: 95.371 (44,57%) anfíbios, 99.162 (46,34%) répteis, 568 (0,27%) aves e 18.883 (8,82%) mamíferos, distribuídos em 461 espécies. No que diz respeito à Condicionante 2.6 da ACCTMB nº 473/2014 (3ª Retificação), conforme solicitado no item i, os itens a, d, e, f e g são atendidos e apresentados nos Bancos de Dados anexos ao 9o RC. O item h é atendido no tópico 12.3.2.2.4 (Espécies Ameaçadas e Protegidas por Legislação Federal e/ou Estadual), e o item j encontra-se atendido no Anexo 12.3.2 - 1. Os itens b e c foram atendidos nos relatórios consolidados anteriores.

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O acompanhamento das áreas de soltura vem sendo regularmente realizado, e tem como objetivo avaliar a ocupação pelas espécies e as condições de preservação das áreas, através de busca ativa por registros diretos (indivíduos) e indiretos (vestígios) em transectos pré-estabelecidos nas áreas, e a instalação de armadilhas fotográficas. Em uma das zonas de solturas o acompanhamento envolve o monitoramento do grupo de 11 indivíduos de macaco-aranha (Ateles marginatus) resgatados durante a supressão de fragmento de floresta na área do Reservatório Intermediário. A diversidade registrada manteve-se dentro dos padrões normais esperados para regiões de domínio amazônico, e os quantitativos apresentados relacionam-se mais às características de porte, hábitos e movimentação das espécies de cada grupo do que à sua diversidade local. 12.3.3. Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento As ações desse projeto visam mitigar os impactos por perda de indivíduos da fauna por atropelamento durante a implantação da UHE Belo Monte. As ações foram realizadas nas vias de acesso que foram ampliadas e asfaltadas e onde houve a intensificação do tráfego de veículos, notadamente os travessões 27 e 55 e na rodovia Transamazônica BR230, entre os sítios construtivos da UHE Belo Monte e Altamira. As atividades de monitoramento periódico se encerraram em junho de 2013, atendendo assim às condicionantes 2.1 e 2.2 da Licença de Instalação (LI) 795/2011 e, ao item 1.53 do ofício n° 510/2011/DILIC/IBAMA. Nas condicionantes da Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015, o item 2.21 determina que seja dada continuidade ao monitoramento da fauna atropelada, por meio de campanhas bimestrais, até que haja manifestação do IBAMA autorizando a interrupção, e ainda que sejam executadas medidas de mitigação adicionais, caso seja identificado aumento da taxa de atropelamento da fauna silvestre. Sendo assim, as atividades deste Projeto foram retomadas em junho de 2015, conforme verificado em vistorias anteriores e registrado no 9o RC. Foi realizado o monitoramento da fauna atropelada nas três vias de acesso aos sítios construtivos, o monitoramento das passagens de fauna secas e molhadas e ações educativas com motoristas de veículos leves e pesados. Após a realização de duas campanhas bimestrais (1ª campanha - junho/julho e 2ª campanha - setembro/outubro), que contemplaram o período de seca, foram percorridos 2.975 km, sendo 1.260 km na BR230, 900 km no Travessão 27 e 814 km no Travessão 55. Foram registrados 76 animais atropelados, 40 na BR230, 18 no Travessão 27 e 18 no Travessão 55. A maior frequência de registros foi de espécimes da avifauna, seguida por mamíferos, répteis e anfíbios. Quando os resultados atuais são comparados àqueles do monitoramento anterior à instalação das medidas de mitigação, observa-se que houve uma redução drástica na taxa de atropelamentos na BR230, diminuição no Travessão 27 e um pequeno aumento no Travessão 55. Após a realização de mais duas campanhas bimestrais durante o período chuvoso, novas análises de agregação e hotspots serão feitas para verificar tendências, a efetividade das medidas já empregadas, como também necessidade de implantação de medidas adicionais visando à mitigação dos atropelamentos nas vias monitoradas. Não houve alteração com relação ao 7° RC nas sinalizações e demais dispositivos instalados nos Travessões 27 e 55. O mesmo vale para a BR-230 cuja sinalização é de responsabilidade do DNIT. No caso dos travessões permanecem as mesmas quantidades de placas e de redutores de velocidades. O monitoramento do uso das passagens de fauna secas e molhadas foi realizado por meio da busca por vestígios da fauna (rastros) com quantificação e identificação das pegadas. As ações educativas também foram retomadas e foram realizadas quatro palestras no Sítio Belo Monte e quatro no Sítio Pimental. Participaram destas ações 292 motoristas de veículos leves e pesados. Entre 2012 a 2015 foram realizadas 57 ações de educação ambiental, para um público de 2.052 pessoas. Ainda segundo informado no 9o RC e durante a conference call realizada no dia 18 de fevereiro no primeiro semestre de 2016 serão realizadas campanhas durante o período chuvoso, e será encaminhado ao IBAMA relatório consolidado apresentando os resultados de um ano de monitoramento (seca e chuva) após a implantação das medidas de mitigação. 12.3.4. Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre Segundo descrito no conjunto de pacotes de trabalho apresentado no PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, e ainda verificado durante a vistoria de campo, ao final de três anos e meio de monitoramento os objetivos e metas previstas para o período pré-enchimento dos reservatórios foram concluídos, constatando-se que as doenças prevalentes na região do empreendimento já se encontravam presentes em toda a região de inserção da UHE Belo Monte. A NE considera que um panorama espacial robusto e satisfatório, sobre as doenças nas populações de fauna silvestre e doméstica foi estabelecido, e sugere o encerramento das atividades deste Projeto a partir do 4° ano de execução, que será concluído em T3 de 2015. Segundo o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, o IBAMA está de acordo com o encerramento das atividades do projeto conforme o cronograma apresentado, visto que as metas foram concluídas. Conforme apresentado no 9o RC, as metas do Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre foram plenamente atendidas ao longo dos quatro anos de atividade, com aprovação do órgão fiscalizador para sua finalização no terceiro trimestre de 2015. Durante sua execução foi possível constatar que as doenças investigadas já estavam presentes em toda a região de inserção da UHE Belo Monte, considerando-se

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que as amostragens em campo abarcaram também as áreas a montante e a jusante dos sítios modificados pelas obras construtivas. 12.3.5. Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres Conforme o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, os objetivos do projeto podem ser considerados em atendimento, pois vêm cumprindo o papel de se obter um panorama da fauna de invertebrados e ecossistemas da região. No monitoramento pós-enchimento será possível avaliar os impactos do empreendimento sobre estas espécies e os mecanismos envolvidos. Quanto às metas, algumas estão em atendimento, como a caracterização das taxocenoses de invertebrados distintas quanto à sensibilidade a variações ambientais nas áreas de amostragem; a obtenção de um plano de monitoramento de impacto, apontando os melhores bioindicadores disponíveis e de bases para que sejam produzidas estimativas quanto aos impactos do projeto sobre a paisagem, assim como suas causas e consequências; a obtenção de uma análise sobre prováveis causas e consequências dos impactos detectados, além de se obter embasamento técnico para as tomadas de decisões quanto às medidas de mitigação de impacto ambiental. Outras metas foram consideradas concluídas, como a caracterização de subconjuntos das taxocenoses com métodos padronizados, para os quais possam ser obtidas réplicas suficientes para análises estatísticas consistentes, assim como a análise dos dados obtidos buscando identificar parâmetros que possam ser monitorados como indicadores de qualidade ambiental nas áreas analisadas. A meta “Oferecer estimativas quanto aos impactos do projeto sobre as áreas amostradas” ainda não foi iniciada, pois as atividades desta meta dependem da implementação do plano de monitoramento de impacto a ser implantado a partir da nona campanha de monitora- mento. Segundo o cronograma apresentado, este projeto tem previsão de término no terceiro trimestre de 2017, conforme IN 146/2007. No entanto o monitoramento não deve ter uma data estipulada para ser encerrado, já que isso dependerá dos resultados obtidos nas campanhas após o enchimento, haverá nova avaliação pelo IBAMA determinando assim se poderá ser finalizado ou se haverá modificações no escopo das amostragens. De acordo com o 9o RSAP, o PLMIT já realizou oito campanhas de monitoramento. Nas três primeiras campanhas (C1, C2 e C3) as abelhas foram amostradas tanto pelo método de busca ativa quanto de armadilhas de essências, enquanto que na quarta campanha em diante (C4, C5, C6, C7 e C8) foi empregada apenas a metodologia de armadilhas de essências, conforme autorizado pelo IBAMA (Parecer nº 168/2012). As atividades do PLMIT foram cumpridas de acordo com o cronograma proposto e atendendo a todos os objetivos/metas do PBA. Foi obtida uma boa caracterização das comunidades dos dois grupos estudados. Após três anos de amostragens foram identificados e validados bioindicadores a serem utilizados no monitoramento da área de influência da UHE Belo Monte (ver 7º RC). O Plano de Monitoramento de Impacto do PLMIT para o monitoramento na fase pós-enchimento dos reservatórios mantem o escopo geral do PLMIT, conforme determinação da IN 146/2007 e do Parecer 3622/2015, e apresenta a estratégia sugerida a partir da nona campanha, sobretudo no que diz respeito à análise dos dados. Serão realizadas quatro campanhas na fase pós-enchimento. Conforme comunicado pela Norte Energia durante a conference call realizada no dia 18 de fevereiro, a primeira campanha será realizada assim que for finalizado o enchimento dos reservatórios, com previsão de término no dia 4 de março. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para invertebrados terrestres. 12.3.6. Projeto Monitoramento da Herpetofauna Segundo apresentado no conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, ao final de três anos e meio de monitoramento, todos os objetivos e metas previstas no PBA para o período pré-enchimento dos reservatórios foram atendidas. As sete campanhas já realizadas foram suficientes para estabelecer os principais padrões ecológicos para o grupo. A riqueza e diversidade registrada são consideradas altas, com suficiência de amostragem acima de 85%, o que torna mais segura as discussões a respeito da composição e distribuição do grupo na região. Até o momento, de acordo com o diagnóstico da região apresentado no EIA, não há diferenças significativas entre as fases de pré-implantação e implantação do empreendimento. Dessa forma, o conhecimento do grupo será utilizado como referência para a fase posterior ao enchimento do reservatório, com os monitoramentos focados especialmente nas espécies bioindicadoras. Os resultados já sugerem grupos de espécies bioindicadoras de qualidade ambiental, que estão associados aos módulos com fragmentos mais preservados, com maior disponibilidade de habitat e maior umidade. No T4 de 2015, será encaminhada ao IBAMA a modelagem da distribuição das espécies e identificação de espécies vulneráveis. As atividades de monitoramento deverão ser realizadas por mais dois anos após o enchimento dos Reservatórios, até o terceiro trimestre de 2017, conforme a IN 146/2007, com foco nas variações das abundâncias dos grupos de espécies bioindicadoras. De acordo com o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO,

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o objetivo principal do projeto de monitorar espécies da herpetofauna nas fitofisionomias dominantes na área de influência do empreendimento está em atendimento. As metas do projeto estão em atendimento, pois já se tem um panorama da composição da herpetofauna na região. No entanto, somente após os monitoramentos no pós-enchimento será possível ter um panorama dos impactos deste sobre a fauna local. Segundo comunicado no 9o RC, até o momento o PMH realizou oito campanhas de monitoramento (C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7 e C8), executadas com frequência semestral considerando a sazonalidade na região (períodos de seca e chuva). Em interface com os projetos de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna Silvestre e Afugentamento e Salvamento da Fauna e considerando as espécies com taxonomia definida, somam-se 260 espécies entre anfíbios (97) e répteis (164). Destas, 15 espécies de anfíbios e sete de répteis são exclusivas do PMH. Ao final de oito campanhas de monitoramento da herpetofauna nos módulos RAPELD, todas as metas e objetivos do PMH vêm sendo cumpridos. A riqueza e diversidade registrada são consideradas altas, com ocorrência de espécies típicas da região amazônica. Os resultados apontam para uma suficiência das amostragens, o que tornam mais seguras as discussões a respeito da composição e distribuição do grupo na região. O conhecimento atual pode ser considerado satisfatório para estabelecer uma referência para a fase posterior ao enchimento do reservatório. A distribuição dos grupos entre as áreas pode ser considerada ampla, com mais de 50% das espécies compartilhadas entre os compartimentos, considerando a herpetofauna como um todo. Para os anfíbios, particularmente, a semelhança da comunidade é ainda maior entre compartimentos e entre módulos. Isso pode evidenciar que todos os ambientes apresentam características favoráveis à presença do grupo. O Projeto de Monitoramento da Herpetofauna tem sido desenvolvido à luz dos objetivos/metas e metodologia propostos pelo PBA. As atividades de monitoramento deverão continuar com a mesma metodologia que vem sendo empregada desde o início do PBA de modo que seja possível a comparação entre a condição da região antes do enchimento dos reservatórios e após. Esta recomendação atende à Instrução Normativa nº 146/2007, que orienta monitoramentos da fauna silvestre por no mínimo dois anos após o início da operação do empreendimento e ao Parecer nº 3622/2015. Conforme determinado nesse Parecer, o monitoramento somente será finalizado após avaliação do IBAMA a partir da análise dos dados do pós-enchimento. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a herpetofauna. 12.3.7. Projeto de Monitoramento da Avifauna Segundo apresentado no conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, as atividades deste projeto vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto e, após três anos e meio de monitoramento os objetivos e metas previstos para o período pré-enchimento foram atendidos. Este projeto foi responsável pela ampliação do conhecimento sobre a avifauna da região, incluindo grupos/populações de interesse específico, apontadas no EIA e PBA da UHE Belo Monte como prioritárias para o monitoramento. No T4 de 2015, será encaminhada ao IBAMA a modelagem da distribuição das espécies e identificação de espécies vulneráveis. As atividades de monitoramento deverão ser realizadas por mais dois anos após o enchimento dos Reservatórios, até o terceiro trimestre de 2017, conforme preconizado nos pareceres nº 7.244/2013 e nº 1553/2014 do IBAMA e na Instrução Normativa nº 146/2007. De acordo com o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, o objetivo principal do projeto, de monitorar a avifauna da região antes, durante e após a formação dos reservatórios encontra-se em atendimento. As metas projeto também se encontram em atendimento. A conclusão do atendimento das metas somente poderá ocorrer após os monitoramentos no pós-enchimento. Segundo o cronograma apresentado, este projeto tem previsão de término no terceiro trimestre de 2017. No entanto, o encerramento dependerá, na prática, dos resultados obtidos nas campanhas após e enchimento, quando o IBAMA avaliará se poderá ser finalizado ou se haverá modificações no escopo das amostragens. Uma das atividades previstas para as próximas campanhas de monitoramento é o uso de anilhas coloridas, além das metálicas com numeração do CEMAVE, pois estas permitem o registro individual através da visualização à distância (com o uso de binóculos), prescindindo da captura em rede de neblina. Conforme comunicado durante a conference call realizada no dia 18/02/2016, já foi obtida a licença para o uso destas anilhas. Foi ainda comunicado que as atividades de Monitoramento referentes à 9a campanha terão início após o final da fase de enchimento dos reservatórios. Segundo informado ao IBAMA no 9o RC, as atividades do PMA vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto. Em atendimento aos objetivos apontados no PBA para este projeto, as atividades de monitoramento deverão continuar minimamente por dois anos após o enchimento dos reservatórios com a mesma metodologia que vem sendo empregada desde o início, como preconizam a IN nº 146/2007 e o Parecer 3622/2015. Todos os objetivos propostos para o PMA foram cumpridos ou estão em atendimento e após quatro ciclos hidrológicos completos de monitoramento (oito campanhas), já é possível observar alguns padrões nos resultados, que servirão para comparações com a fase pós-enchimento. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna,

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herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a avifauna. 12.3.8. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres Segundo apresentado no conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, o Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres, no contexto do Plano de Conservação da Fauna Terrestre, está sendo executado como uma das ações ambientais de cunho preventivo e mitigador propostas pelo EIA/RIMA. O Projeto tem como objetivo principal compreender o comportamento e dinâmica do sistema no qual se inserem os mamíferos terrestres, bem como a identificação do estado atual do sistema e detecção de respostas às intervenções e ações decorrentes da implantação do empreendimento. Segundo os resultados apresentado pela NE, ao final de três anos de monitoramento, todos os objetivos e metas previstas para o período pré-enchimento dos reservatórios foram atendidos. Após a formação dos reservatórios, com o estabelecimento de um novo ponto de partida, poder-se-á comparar os dados das fases pré e pós-enchimento para avaliação dos hábitats e os respectivos padrões de uso. Conforme verificado durante a conference call realizada no dia 18/02/2016, as atividades de Monitoramento referentes à 9a campanha terão início em fevereiro de 2016. De acordo com o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, o objetivo geral do projeto está em atendimento. Embora a meta específica de monitorar mudanças na composição e abundância relativa de espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte ao longo de seis anos antes e após o enchimento dos reservatórios tenha sido considerada atendida pela NE, o Ibama considera que esta somente poderá ser concluída após os monitoramentos da fase de pós enchimento. Segundo apresentado no 9o RC, a análise dos dados obtidos até o momento indica que o principal impacto direto e imediato da UHE Belo Monte sobre as espécies de mamíferos indicadoras, influenciando os padrões de abundância e distribuição, é a supressão vegetal. As espécies-alvo possuem diferentes aspectos ecológicos e comportamentais, que devem ser considerados no monitoramento pós-enchimento. Independente das metodologias a serem empregadas, deve-se considerar um intervalo mínimo de dois anos pós-implantação para detecção de padrões e estudos populacionais dessas espécies, de modo a verificar as flutuações populacionais esperadas antes e durante o enchimento do reservatório. Houve uma mudança no escopo desta meta e da meta geral do projeto, reduzindo o período de monitoramento no pós-enchimento de três para dois anos, conforme regulamentado pela IN no 146/2007. Conforme mencionado anteriormente, não deve ser colocado um prazo para o fim do monitoramento após o enchimento. Este deve ser executado por no mínimo dois anos após o enchimento conforme estabelecido pela IN 146/2007, não sendo interrompido sem a anuência do Ibama. O fim das atividades de monitoramento dependerá dos resultados alcançados e da necessidade de maiores informações. Segundo o IBAMA, após os dois anos de monitoramento mínimos exigidos, poderá haver mudança no escopo ou metodologias de amostragem, ou buscar o foco em grupos específicos que possam nos dar respostas mais acuradas. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a mastofauna. 12.3.9. Projeto de Monitoramento de Quirópteros Conforme apresentado no conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, este projeto foi concebido para avaliar os impactos decorrentes da formação dos Reservatórios Intermediário e Xingu, especialmente aqueles resultantes da perda e fragmentação de hábitats. O objetivo geral do Programa é acompanhar os efeitos resultantes da construção e operação do empreendimento sobre as comunidades de morcegos da AID, ao longo do tempo, sob o ponto de vista da diversidade, distribuição e da estrutura das guildas tróficas antes, durante e depois da implantação e operação da UHE Belo Monte. As atividades vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto e todos os objetivos e metas previstos para o período pré-enchimento foram atendidos. Para as campanhas de monitoramento no período pós-enchimento, os dados levantados até o momento sugerem novas diretrizes no escopo das amostragens, que foram apresentadas pela NE ao IBAMA no 7o RC, conforme se segue: Dentre as cinco cavernas monitoradas, sugere-se três para a continuação das atividades na fase pós-enchimento – as cavernas caverna Kararaô, Leonardo da Vinci e Cama de Vara, estas duas últimas sendo as mais próximas ao Reservatório do Xingu; adicionalmente, com o alagamento de pedrais no Reservatório do Xingu, duas parcelas adicionais deverão ser selecionadas no TVR para ampliar as oportunidades de captura de indivíduos previamente capturados no Reservatório. Conforme comunicado pela NE durante a conference call realizada no dia 18/02/2016, as atividades de

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Monitoramento referentes à 9a campanha terão início em fevereiro. No entanto, os dois novos pedrais na área do TVR, o Pedral dos maias e a Cachoeira do Jericoá, que devem ser monitorados segundo o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, encontram-se submersos. Segundo comunicado o 9o RC, as atividades do PMQ vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto e atendendo a todos os objetivos/metas do PBA. O monitoramento deverá continuar mantendo-se os métodos e a amostragem em todos os ambientes (pedrais, módulos e cavernas), conforme Parecer nº 3622/2015. Após a realização de oito campanhas do PMQ foram anotados 11.137 espécimes, incluindo neste total os indivíduos recapturados (marcados na mesma campanha ou em campanhas anteriores). Destas, 1.282 foram obtidas nos módulos, 1.798 em pedrais, 7.996 em cavernas e 61 através de encontros fortuitos. Não obstante à manutenção da metodologia/ambientes de amostragem, após o enchimento dos reservatórios atenção especial será direcionada aos pedrais da região do TVR. O mesmo número de pedrais que era monitorado no RX e que foi inundado será alvo de monitoramento no TVR na fase pós-enchimento. O PMQ tem desempenhado suas atividades em consonância com as diretrizes previstas no PBA, quanto ao cronograma, objetivos e metas. Os dados acumulados de quatro anos de monitoramento possibilitaram a ampliação do conhecimento da fauna de quirópteros especialmente nos ambientes de cavernas e pedrais. Após a formação do reservatório, com o estabelecimento de um novo marco, poder-se-á comparar os dados das fases pré e pós-enchimento para avaliação dos habitats de adensamento populacional dessa comunidade. A coleta de material biológico para os projetos de monitoramento de invertebrados terrestres, mastofauna, herpetofauna, avifauna e quiropterofauna está respaldada pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização informa que a coordenação do projeto deve enviar relatórios semestrais inseridos nos relatórios semestrais de acompanhamento do PBA. A avaliação do atendimento da referida condicionante mostra que esta foi atendida para a quiropterofauna. Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Conference call realizada no dia 18/02/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 12o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de outubro a novembro de

2015, emitido em janeiro de 2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Nota Técnica NT_SFB_. No.039_Modelagem_Distribuição_Espécies_151015, detalhando a metodologia

proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte, de 20 de outubro de 2015.

Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015 9o Relatório Consolidado de Atendimento às Condicionantes do PBA, emitido em janeiro de 2016. Análise de conformidade: 12.3.1. Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto no PBA. Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto vem atingindo os objetivos propostos.

12.3.2. Projeto de salvamento e aproveitamento científico da fauna As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto no PBA. Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto vem atingindo os objetivos propostos. O andamento do Projeto se dá em conjunto com o Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre. As condicionantes 2.3 das autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico 40/2012 e 4 respectivas retificações e 251/2013 e as 6 respectivas retificações, e 2.6 da autorização 108/2012 IBAMA - 5a Retificação são cumpridas durante a execução das atividades. 12.3.3. Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento Este projeto atende a condicionante 2.21 da Licença Prévia – LP no 342/2010, que solicitou a apresentação de um Programa para Mitigação de Impactos pela Perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, as condicionantes 2.1 e 2.2 da Licença de Instalação (LI) 795/2011 e, também, ao item 1.53 do ofício n° 510/2011/DILIC/IBAMA que a encaminhou. Em 18/07/12 foi emitida pelo IBAMA a autorização de captura, coleta e transporte de material biológico no 110/2012, com validade até 01/06/17. Segundo o 8o RSAP e o Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes da UHE Belo Monte, após três anos de realização, este

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projeto atendeu seu objetivo, suas metas e cronograma das ações propostas no PBA, encerrando todas as suas atividades no âmbito do PBA da UHE Belo Monte em fevereiro de 2014. No parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, o IBAMA recomenda que o monitoramento, tanto na BR 230 quanto nos travessões, seja retomado, em campanhas com periodicidade bimestral, até o final das obras, para que se possa avaliar as medidas de mitigação, tomando como base a metodologia de amostragem de atropelamento de fauna estabelecida na IN 13 de 19 de julho de 2013. Também deverá ser dado o prosseguimento ao monitoramento das passagens de fauna com regularidade, juntamente com atividades de educação ambiental. O mesmo é determinado no item 2.21 da licença de Operação no. 1317-2015. A retificação de autorização para que seja dada continuidade às atividades de monitoramento das referidas vias já foi emitida, e as atividades foram retomadas em junho de 2015. As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto. Foram realizadas as campanhas de 2015 e 2016, e os resultados consolidados estão sendo continuamente avaliados, de forma a permitir a avaliação da necessidade de medidas mitigatórias adicionais. 12.3.4. Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto atingiu os objetivos propostos, tendo sido considerado encerrado pelo órgão Licenciador, através do parecer Técnico 02001.003622/2015-08 COHID-IBAMA. 12.3.5. Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto. Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto vem atingindo os objetivos propostos. Até o momento, 9 campanhas foram realizadas, e as atividades de laboratório visando à identificação taxonômica encontram-se em andamento. As condicionantes 2.3 das autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico 40/2012 e 4 respectivas retificações e 251/2013 e as 6 respectivas retificações, e 2.6 da autorização 108/2012 IBAMA - 5a Retificação são cumpridas durante a execução das atividades. 12.3.6. Projeto Monitoramento da Herpetofauna As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 9a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, deve ocorrer após o enchimento dos reservatórios, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. Foram registradas espécies novas para os módulos, mas não novas para a ciência. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. 12.3.7. Projeto de Monitoramento da Avifauna As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 9a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, deve ocorrer após o enchimento dos reservatórios, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. 12.3.8. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 9a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, deve ocorrer após o enchimento dos reservatórios, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. 12.3.9. Projeto de Monitoramento de Quirópteros As atividades realizadas, segundo apresentado no 12o RSAP, na conference call realizada no dia 18/02/2016, 9o RC e evidenciado através da análise dos documentos emitidos no período encontram-se de acordo com o previsto, segundo os objetivos delineados no PBA. A 9a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, deve ocorrer após o enchimento dos reservatórios, em todos os Módulos e pedrais, embora não seja possível nesta época do ano realizar-se o monitoramento previsto nos dois pedrais adicionais, já que estes se encontram submersos. Todas as autorizações

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encontram-se em dia. A condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico foi considerada atendida pelo órgão Licenciador. Avaliação de resultados: No Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, o IBAMA recomenda que seja retomado o monitoramento do atropelamento nos Travessões e na BR 230, e este foi retomado, tendo sido realizadas três campanhas e apresentados os relatórios referentes a estas, analisando os dados de forma consolidada, demonstrando que houve redução de atropelamentos na BR e no Travessão 27, e pequeno aumento no Travessão 55 relacionado ao aumento do fluxo de veículos. No mesmo Parecer Técnico, e conforme discutido no seminário sobre o 6o RC, realizado entre os dias 6 e 8/10/2014, o IBAMA recomenda que a modelagem de ocorrência das espécies seja feita com base nas variáveis ambientais coletadas nos Módulos RAPELD, e não nos dados de abundância, riqueza e diversidade. Conforme comunicado pela equipe da LEME e da NE durante a Conference Call realizada, e já apresentado no 7o RSAP, as co-variáveis ambientais estão sendo utilizadas como base para a modelagem, especialmente no que diz respeito à fauna subterrânea. Em 20 de outubro de 2015 a NE encaminha ao IBAMA uma Nota Técnica (NT SFB No 039 Modelagem Distribuição Espécies 151015, detalhando a metodologia proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte. Na nota técnica são detalhadas as propostas com base na seleção de espécies-alvo e dados que indicam sua presença/ausência e relação com dados ambientais, coletados através de sensoriamento remoto e não aqueles coletados nos módulos RAPELD. Para cada espécie serão utilizados 14 modelos diferentes para estimar o nicho ecológico. O andamento dos Projetos que compõem o programa durante o quarto trimestre de 2014, segundo apresentado no 12o RSAP, no 9o RC, e pela equipe da NE e executoras, encontra-se de acordo com o proposto no PBA no que diz respeito aos objetivos e metas. Estes encontram-se atendidos ou em atendimento. O Programa está atingindo os objetivos listados no PBA, no que diz respeito ao afugentamento, resgate e salvamento da fauna e monitoramento dos diferentes grupos taxonômicos. Cabe ressaltar que, na condicionante 2.20 da Licença de Operação no. 1317, o IBAMA determina a manutenção das atividades de monitoramento por no mínimo dois anos após o enchimento dos reservatórios, a apresentação da modelagem de ocorrência de espécies conforme especificado no parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, e a apresentação de avaliação consolidada dos impactos do empreendimento à fauna, com propostas de mitigação e/ou compensação de acordo com os resultados. 12.4. Programa de Avaliação e Monitoramento da Fauna Subterrânea Progresso reportado pela Norte Energia: O objetivo geral da fase anterior ao enchimento dos reservatórios era de obter conhecimento sobre a diversidade, distribuição e dinâmica populacional da fauna cavernícola na área. Após sete campanhas distribuídas em três anos de inventários consecutivos, foi constatado à alta similaridade existente entre as diferentes cavidades e determinada à riqueza da fauna cavernícola na região. Como nenhuma das cavidades sofrerá efeitos de alterações no lençol freático, ou de desmatamento no entorno, não há ações de mitigações atribuíveis ao empreendimento. No entanto, foram incluídas nas áreas de APP cavidades de alta e máxima relevância, que serão assim conservadas. A NE determina assim que as atividades de monitoramento dessas cavidades serão realizadas por pelo menos mais dois anos, conforme IN 146/2007. Conforme o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, a equipe técnica do IBAMA concorda com a sugestão de finalização do monitoramento da cavidade Pedra do Navio, considerando os impactos antrópicos a ela já impostos e considerando seu baixo grau de relevância. Contudo, ainda que o Relatório apresentado tenha concluído que não há ações de mitigações atribuíveis à Norte Energia, considerando o princípio da precaução, recomenda-se determinar que o fim do monitoramento nas demais cavidades seja decidido somente após a apreciação dos resultados das duas campanhas pós- enchimento. Segundo apresentado no 9o RC, as atividades previstas para a fase pré-enchimento foram realizadas, com a finalização das campanhas de monitoramento das cavidades Abrigo do Igarapé, Abrigo do Mangá, Bat-Loca, Cama de Vara, Kararaô, Leonardo da Vinci, Nova Kararaô, Pedra da Cachoeira e Pedra do Navio. O material coletado está sendo identificado na UFPA. Os dados acumulados apontam o registro de 92.067 indivíduos, distribuídos em 507 táxons (14 classes de organismos terrestres e 17 classes de organismos aquáticos, sendo Insecta a mais abundante). Segundo a classificação do Estudo Bioespeleológico de 2011 e os achados do PAMFS nestas nove campanhas de avaliação e monitoramento na Etapa de Implantação do empreendimento, a presença de espécies troglóbias/trogloxenas peculiares da província estudada, raras (endêmicas) e o grau máximo de relevância, faz das seguintes cavidades importantes para a conservação: Pedra da Cachoeira, Leonardo da Vinci, Kararaô, Cama de Vara e Abrigo do Igarapé. Ainda que as cavidades supracitadas contenham espécies de importância biológica, todas estão localizadas a uma distância de pelo menos 1.525 metros do reservatório e nenhuma delas sofrerá impacto direto de inundação. Conforme Parecer nº 3622/2015-Ibama, duas campanhas deverão ser realizadas pelo PAMFS na etapa pós-enchimento. A única alteração no escopo do Programa para as próximas campanhas refere-se à finalização do

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monitoramento da cavidade Pedra do Navio. O banco de dados referente ao projeto foi atualizado de forma constante durante seu andamento. Segundo o Parecer Técnico N° 02001.005036/2014-17 – COHID/IBAMA, este programa será avaliado segundo parecer específico. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 18/02/2016 com a equipe da NE. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Nota Técnica NT_SFB_No.039_Modelagem_Distribuição_Espécies_151015, detalhando a metodologia

proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte, de 20 de outubro de 2015.

Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015. 9o Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento às Condicionantes, emitido em janeiro de 2016. Análise de conformidade: Segundo evidenciado pela análise apresentada no 9o RC, todas as campanhas previstas foram realizadas seguindo as metodologias propostas no PBA. O andamento da triagem de material segue conforme o esperado, com algumas dificuldades de identificação no que diz respeito a táxons mais específicos. Avaliação de resultados: O PAMFS tem desempenhado suas atividades em consonância com as diretrizes previstas no PBA, estando com suas metas atendidas para a Etapa de Implantação do empreendimento. O conhecimento sobre a diversidade e a dinâmica das populações da fauna cavernícola vem sendo obtido com êxito pelo programa e vem recebendo incrementos adicionais, a cada campanha. Avanços nos processos de identificação do material tombado, especialmente a partir da nona campanha foram importantes para subsidiar ações futuras de manejo a serem implementadas pelo CECAV-IBAMA. 12.5. Programa de Registro e Armazenamento Cartográfico, Fotográfico e Acervo de Elementos Espeleológicos Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa de Registro e Armazenamento Cartográfico, Fotográfico e Acervo de Elementos Espeleológicos foi integralmente realizado no período compreendido entre o segundo trimestre de 2012 até o segundo trimestre de 2013, conforme preconizado em seu cronograma aprovado pelo IBAMA, em junho de 2012, através da emissão do Ofício 154/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA. Segundo o 90 RC, as metas estabelecidas e descritas no presente Programa foram totalmente alcançadas, tendo sido realizadas atividades de campo específicas (levantamentos topográficos exo e endocársticos) e elaborados relatórios semestrais, mapas e modelos tridimensionais das cavidades contempladas no referido programa, assim como registro fotográfico de detalhe e coleta sistemática de características geológicas, geoestruturais, espeleogenéticas, geomorfológicas, hidrológicas e hidrogeológicas dos já citados Abrigos da Gravura, Assurini e do Abutre. Em relação ao Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, datado de 10/09/2015, encaminhado através do Ofício 02001.010573/2015-51 DILIC/IBAMA, referente à análise da solicitação de Licença de Operação da UHE Belo Monte (conteúdo do Relatório Consolidado Final datado de fevereiro de 2015), o IBAMA não se posicionou de forma contundente em relação ao produto final do presente Programa, para considera-lo como concluído. Portanto, continua-se aguardando uma avaliação final do IBAMA em relação ao conteúdo do relatório técnico final e conclusivo do PBA 12.5 apresentado no âmbito do 4º RC e no Relatório Consolidado Final para Solicitação de Licença de Operação da UHE Belo Monte (fevereiro de 2015). Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9o Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento às Condicionantes, emitido em janeiro de

2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Nota Técnica NT_SFB_No.039_Modelagem_Distribuição_Espécies_151015, detalhando a metodologia

proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte, de 20 de outubro de 2015.

Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015.

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Análise de conformidade: As atividades realizadas no âmbito deste programa foram executadas de acordo com o PBA e com o novo cronograma aprovado pelo Ofício 411/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA de 12 de julho de 2012. Avaliação de resultados: Foi reiterada pela Executora que todas as atividades deste programa foram desenvolvidas e executadas durante o período previsto no cronograma original que foi acordado com o IBAMA. Destaca-se que o IBAMA encaminhou o Ofício 02001.000666/2014-97 DILIC/IBAMA, datado do dia 23/01/2014, no qual informa que o conteúdo deste Programa será comentado, posteriormente, em um Parecer técnico específico, sem especificar data da apresentação deste Parecer. No Parecer Técnico N° 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA o órgão ambiental reafirma que o programa será avaliado por meio de parecer específico. 12.6. Programa de Compensação Ambiental Progresso reportado pela Norte Energia: 12.6.1 Projeto de Criação de Unidades de Conservação 12.6.2 Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de Unidade de Conservação Já Existente Por meio do Ofício N° 02001.012378/2015-66 CCOMP/IBAMA, recebido pela Norte Energia em 11 de

novembro de 2015, foram concedidos 60 dias no prazo para encaminhamento de cópia do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental – TCCA entre a Norte Energia e o ICMBio, em resposta à solicitação de prorrogação feita pelo empreendedor em 03 de novembro, mediante a CE N° 391/2015.

Na 12ª missão, a Norte Energia informou que foi assinado o TCCA com o ICMBio no final de janeiro de 2016, ou seja, fora do período abrangido por este relatório. A partir da data de assinatura, a Norte Energia tem 90 dias para efetivar o repasse do recurso.

No final do mês de outubro de 2015, a equipe da SEMA-PA responsável pela criação de unidades de conservação no Estado do Pará (IDEFLOR) realizou visitas em campo em duas áreas propostas pela Norte Energia para a implantação de unidade de conservação. Após a vistoria, foi acordado que seria enviada uma minuta do TCCA pelo IDEFLOR solicitando o repasse de recursos. Até a 12ª missão, tal minuta não havia sido recebida pela Norte Energia.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Reuniões com a Norte Energia realizadas na semana dos dias 16-19 de fevereiro de 2016 (12ª missão de

monitoramento) 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2015 (janeiro de 2016) 12º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre outubro e dezembro de 2015

(janeiro de 2016) Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO) Ofício N° 02001.012671/2014-42 CCOMP/IBAMA de novembro de 2014 (deliberação da CCAF) Ofícios N° 02001.012176/2014-33-CCOMP/IBAMA de novembro de 2014 (deliberação da CCAF) Análise de conformidade: Por meio do Parecer N°02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o IBAMA havia solicitado a readequação dos cronogramas de ações de ambos os projetos e que fosse informado sobre a assinatura do TCCA entre e Norte Energia, ICMBIO e a SEMA/PA. Ainda no parecer mencionado, o órgão ambiental informou que as metas deste programa ainda não foram iniciadas e deverão sofrer ajustes, pois muitas atividades previstas ainda não foram realizadas.

A deliberação da Câmara de Compensação Ambiental Federal – CCAF sobre a destinação dos recursos da compensação ambiental ocorreu somente em novembro de 2014 por meio do Ofício N° 02001.012671/2014-42 CCOMP/IBAMA, o qual determinava o prazo de 60 dias (a partir de 07 de novembro) para ser firmado o TCCA entre a Norte Energia e o ICMBio, assim como elaborar plano de trabalho. Até o 4º trimestre de 2015, o ICMBio havia prorrogado cinco vezes o prazo para finalizar tais atividades, em decorrência das solicitações feitas pela Norte Energia. O atraso das atividades tem sido principalmente em função da demora da resposta dos órgãos ambientais.

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Avaliação de resultados: 12.6.1. Projeto de Criação de Unidades de Conservação 12.6.2 Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de Unidade de Conservação Já Existente A Norte Energia permanece aguardando a manifestação da SEMA-PA para efetivar o Termo de Compromisso

de Compensação Ambiental - TCCA para destinação dos recursos da compensação ambiental em âmbito estadual.

Vale esclarecer que, uma vez assinados os TCCA, a responsabilidade da aplicação dos recursos de compensação ambiental passa a ser dos órgãos gestores das UCs, pois a Norte Energia optou pela execução indireta dos recursos.

Ainda, cabe mencionar que, de acordo com os Ofícios N° 02001.012176/2014-33-CCOMP/IBAMA e N° 02001.012671-2014-42- CCOMP/ IBAMA, somente 5% do recurso referente à compensação ambiental da UHE Belo Monte foram destinados para a criação e a implantação de unidades de conservação na região próxima ao empreendimento. Serão três UCs estaduais: Refúgio da Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal, UC de proteção integral na região da Terra do Meio e UC de proteção integral na Volta Grande do Rio Xingu.

Projeto de Enchimento dos Reservatórios de Belo MontePlano de Resgate de Fauna Progresso reportado pela Norte Energia: O Plano de Resgate da Fauna é desenvolvido no âmbito do Plano de Enchimento dos Reservatórios e do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna (PSACF) do PBA da UHE Belo Monte. As ações abrangem a fase de enchimento dos Reservatórios Xingu e Intermediário e visam o salvamento da fauna silvestre (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) diretamente afetada pela formação dos reservatórios, sobretudo dos indivíduos de mobilidade restrita ou aqueles que se encontram em situação de risco, bem como realizar o manejo específico da fauna resgatada, no sentido de relocação, solturas e envio para instituições de ensino, pesquisa e zoológicos, com a devida autorização do órgão licenciador. Em 24 de julho de 2015 foi emitida à DILIC/IBAMA, através da CE 0228/2015-DS, a Nota Técnica no 020/2015 para solicitação de emissão de Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico (ACCTMB) para o resgate embarcado, mediante a apresentação do Plano de Trabalho. Em 10 de novembro de 2015 a DILIC/IBAMA emitiu a ACCTMB no 647/2015, com validade até 01 de junho de 2017. Em 24 de novembro de 2015 foi emitida à DILIC/IBAMA, através da CE 0428/2015-DS, a Nota Técnica no 043/2015, cujo conteúdo consistiu de solicitação de retificação da ACCTMB no 647/2015, objetivando a inclusão de novos profissionais na equipe técnica, alterações nos métodos de marcação de crocodilianos e mamíferos (Cervidae, Tayassuidae e Hydrochoeridae), assim como o incremento da lista de instituições parceiras. Em 02 de dezembro de 2015 a DILIC/IBAMA emitiu a ACCTMB no 647/2015 (1a retificação), com as referidas solicitações integralmente atendidas. Em 24 de dezembro de 2015, o IBAMA encaminha Nota Técnica no. 2001.002331/2015-94 CGFIS/IBAMA relatando as constatações da equipe de fiscalização do IBAMA em vistoria realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro. Diante da análise apresentada, o IBAMA solicita que a NE redimensione a equipe responsável pelo resgate de fauna, adicionando 7 equipes para atuação no Reservatório do Xingu e 5 equipes no Reservatório Intermediário, cada uma com 4 pessoas (2 pilotos, 1 biólogo e 1 auxiliar) distribuídos em 2 barcos. Durante a conference call realizada no dia 18/02/2016, a NE comunica que no Plano de resgate de Fauna proposto no Plano de Enchimento dos Reservatórios estavam previstas 18 embarcações no Reservatório do Xingu e 8 no reservatório Intermediário, das quais 14 e 6 eram destinadas exclusivamente ao resgate de fauna. A solicitação de aumento do número de embarcações apresentada pelo IBAMA foi atendida. Segundo dados apresentados, até o dia 15/02 um total de cerca de 38.000 animais foram encontrados vivos, e 421 encontrados mortos no Reservatório do Xingu, predominando anfíbios e répteis. No Reservatório Intermediário, foram encontrados vivos cerca de 109.00 indivíduos, e mortos, 583, também com predomínio da herpetofauna. Ainda durante a conference call, a NE comunica que as instalações do CEA foram suficientes para abrigar a fauna oriunda do resgate, estando com 60% de sua loctação máxima. Foram enviados ao IBAMA, durante o período, dois relatórios mensais sobre o resgate durante o enchimento (RT_DS_No005_1o- RC – Mensal – Enchimento - Reservatórios_28122015 e RT_DS_No006_2o - RC - Mensal - Enchimento - Reservatórios_26012016), apresentado os resultados do resgate. As metas indicadas no Plano de resgate de fauna foram cumpridas durante a fase de enchimento do reservatório. O aumento do quantitativo de embarcações e equipes solicitado pelo Órgão Licenciador foi também atendido. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 18/02/2016 com a equipe da NE. Nota Técnica no. 2001.002331/2015-94 CGFIS/IBAMA relatando as constatações da equipe de fiscalização do

IBAMA em vistoria realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro. RT_DS_No005_1o- RC – Mensal – Enchimento - Reservatórios_28122015 - 1o Relatório Consolidado Mensal

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Pós início do enchimento dos reservatórios PER BM referente ao período compreendido entre 24/11 e 20/12/2015

RT_DS_No006_2o - RC - Mensal - Enchimento - Reservatórios_26012016 - 2o Relatório Consolidado Mensal Pós início do enchimento dos reservatórios PER BM referente ao período compreendido entre 20/12 e 20/01/2016.

Análise de conformidade: Os resultados estão conformes, bem como o atendimento ao disposto pelo órgão Ambiental. Avaliação de resultados: Os resultados indicam que um número considerável de indivíduos foi resgatado durante as atividades, e os procedimentos de soltura foram realizados de forma apropriada. 13. Plano de Conservação dos Ecossistemas Aquáticos13.1. Programa de Monitoramento da Flora Progresso reportado pela Norte Energia: Este programa é composto por dois projetos, descritos abaixo. 13.1.1. Projeto de Monitoramento das Florestas Aluviais A Norte Energia informou que foi dado andamento a este projeto no 4º trimestre de 2015. Dessa forma, foi

realizada, conforme o cronograma, a 10ª campanha trimestral do monitoramento fenológico. Esse componente do projeto está previsto até o 4º trimestre de 2017.

Na 12ª missão, foi informado que estavam em andamento os preparativos para a 3ª campanha bianual do monitoramento fitossociológico, o qual deverá ocorrer a partir de março de 2016. Esta será a 1ª campanha após o enchimento do reservatório.

13.1.2. Projeto de Monitoramento das Formações Pioneiras A Norte Energia informou que foi dado andamento a este projeto no 4º trimestre de 2015, conforme o

cronograma. Dessa forma, foram realizadas as seguintes atividades: 5ª campanha anual do monitoramento fitossociológico do componente arbustivo-arbóreo, 10ª campanha trimestral do monitoramento fenológico do componente arbustivo-arbóreo e 17ª campanha trimestral do monitoramento fenológico das Podostemaceae. Esses estudos são previstos até o 4º trimestre de 2017.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc): Reuniões com a Norte Energia realizadas na semana dos dias 16-19 de fevereiro de 2016 (12ª missão de

monitoramento) 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao ano de 2015 (janeiro de 2016) 12º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre outubro e dezembro de 2015

(janeiro de 2016) Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA de 10 de setembro de 2015 (análise do requerimento da

LO) Análise de conformidade: Conforme o Parecer N° 02001.003622/2015-08–COHID/IBAMA (10/09/15), o qual analisou o requerimento da

LO, o órgão ambiental recomendava que a Norte Energia atualizasse as listas de espécies ameaçadas encontradas na região segundo a Portaria MMA N° 443/2014 e encaminhasse que a modelagem da distribuição das espécies e identificação das espécies-alvo com base nos resultados já analisados até o 7° Relatório Consolidado. O atendimento a essas recomendações foi evidenciado no 9° Relatório Consolidado, com exceção da modelagem de distribuição que, segundo a Norte Energia, deverá realizado apenas para a fauna, conforme discutido com o IBAMA.

Avaliação de resultados: 13.1.1. Projeto de Monitoramento das Florestas Aluviais Considera-se que os objetivos e as metas do PBA estão sendo alcançados, tais como: avaliação da composição

florística e estrutural das áreas de monitoramento e ampliação do conhecimento científico florístico e ecológico sobre as comunidades vegetais das Florestas Aluviais na região da UHE.

O monitoramento fenológico nas ilhas teve início em setembro de 2013 e possui cinco espécies-alvo: Cynometra marginata, Discocarpus essequeboensis, Hevea brasiliensis, Mollia lepidota e Zygia cauliflora. O 9° Relatório Consolidado apresenta os últimos resultados deste projeto. Foram observados nove eventos fenológicos distintos, a maioria na fenofase “mudança foliar”. A Norte Energia afirma que, tanto para o monitoramento fenológico quanto para a dinâmica das parcelas em ilhas, os resultados de 2015 foram distintos dos anos anteriores. A grande maioria das espécies floresceu em setembro, o que ainda não havia ocorrido. Pela

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primeira vez, foi observada a frutificação da espécie D. essequeboensis e na remedição das parcelas em ilhas foi observado um aumento de mais de 50% no número de indivíduos mortos, e esses estão concentrados em duas espécies (Cynometra bauhiniaefolia e Mollia lepidota).

Esses acontecimentos podem estar ligados à estiagem prolongada de 2015, visto que estas informações foram coletadas antes do início do enchimento do reservatório, não tendo ainda nenhuma influência direta da obra. Ainda que não tenham sido observados padrões nas informações coletadas até o momento, os dados levantados são passíveis de comparação com a fase de pós-enchimento, uma vez que as informações de três anos de monitoramento foram avaliadas em diferentes situações em relação ao ciclo das águas.

É informado ainda que o estudo registrou 15 espécies protegidas, sendo que três uma em perigo (EN) (Virola surinamensis) e uma em perigo crítico (Vouacapoua americana), ambas espécies-alvo do projeto de banco de germoplasma.

13.1.2. Projeto de Monitoramento das Formações Pioneiras Considera-se que o projeto continua executando as atividades previstas e que os objetivos e metas do PBA estão

sendo cumpridos, tais como: realização de estudos fitossociológicos e fenológicos dos grupos objeto de estudo, documentação da fenologia das espécies-alvo, ampliação do conhecimento da composição florística e estrutural das áreas de estudo.

O 9° Relatório Consolidado apresenta os últimos resultados deste projeto. O monitoramento fitossociológico do componente arbustivo-arbóreo teve início no final de 2011, em seis

parcelas distribuídas em três ilhas. Verificou-se que na 5ª campanha foi observada uma dinâmica de mortalidade e ingresso menor que a anterior (2014).  Na última campanha, o ingresso foi maior que a mortalidade, diferentemente dos resultados das campanhas anteriores. Tal fato pode ter tido influência do período de seca mais prolongado e mais intenso. Com a diminuição da correnteza da água do Rio Xingu, as plantas conseguiram se desenvolver mais rapidamente que anos anteriores, da mesma forma que, devido à menor vazão do rio, houve diminuição da mortalidade.

O monitoramento fenológico do componente arbustivo-arbóreo nas ilhas teve início em setembro de 2013 e abrange cinco espécies-alvo: Couepia cataractae, Laelia gloriosa, Myrciaria dubia, Strophocactus wittii e Tillandsia arhiza. Foram observados nove eventos fenológicos distintos, a maioria na fenofase “mudança foliar”. Após dois anos de monitoramento, observou-se uma melhor distribuição nos eventos fenológicos, tendo representatividade nas três fenofases (floração, frutificação e mudança foliar). Por tratar-se de uma dinâmica específica influenciada diretamente pela correnteza do rio, há uma dificuldade natural em se observar eventos fenológicos menos duradouros. Assim, percebeu-se que, no período chuvoso, quando as ilhas estão completamente submersas, as sementes que não conseguiram germinar durante a subida das águas somente poderão voltar a germinar quando houver penetração de luz, no período de seca do rio. Dessa forma, o desenvolvimento biológico das espécies está aliado à fenologia destas e é comandado pela flutuação do nível das águas.

O monitoramento fenológico das Podostemaceae é realizado desde novembro de 2011 e em seis parcelas distribuídas em três ilhas, no qual são abordadas seis espécies: Castelnavia princeps, C. noveloi, C. cf. multipartita, Mourera alcicornis, Tristicha trifaria e Weddellina squamulosa. De forma geral, no que se refere à fenologia das espécies de Podostemaceae entre a 1ª e 16ª campanhas, verifica-se que os eventos fenológicos são fortemente influenciados pela dinâmica das águas do rio.

13.2. Programa de Conservação e Manejo de Hábitats Aquáticos Progresso reportado pela Norte Energia: As ações desse Projeto visam a organização de informações de maneira sistemática mediante a implantação de um banco de dados, de modo que seja efetivada a integração das informações de distribuição das espécies da fauna aquática em um sistema georreferenciado. Esta integração permitirá elaborar mapas integrados dos hábitats aquáticos da área de inserção do empreendimento, indicando práticas de manejo e conservação. Primariamente, tais dados são oriundos dos projetos de monitoramento de quelônios, mamíferos aquáticos, crocodilianos, avifauna aquática e semiaquática, ictiofauna e flora, de modo a elaborar mapas dos principais hábitats reprodutivos, tróficos e áreas de vida. Secundariamente, dados brutos são obtidos dos projetos de monitoramento de qualidade das águas superficiais e níveis e vazões, para compor a matriz abiótica das análises integradas realizadas. O Programa tem interface com Projetos dos seguintes Programas: Conservação da Ictiofauna, Conservação da Fauna Aquática (mamíferos aquáticos, avifauna e crocodilianos), Conservação e Manejo de Quelônios, Monitoramento da Flora (florestas aluviais e formações pioneiras), Monitoramento Limnológico e de Qualidade de Água (limnologia e macrófitas); Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico (níveis e vazões). Os resultados deste programa foram também empregados na elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu. O parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, informa que o Programa de Conservação e Manejo de Hábitats Aquáticos é analisado através de parecer específico.

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O relatório consolidado apresentado pela NE para a obtenção da LO considera que não existem até o momento impactos evidentes nas populações de mamíferos aquáticos e semiaquáticos, quelônios, crocodilianos e ictiofauna durante a instalação do empreendimento, e que os objetivos do programa foram atendidos e portanto este se encontra finalizado, apontando que as atividades a serem continuadas para a fase de operação devem ser realizadas no âmbito dos projetos específicos de monitoramento. No entanto, de acordo com o parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, o órgão licenciador considera que embora os resultados não apontem a existência de impactos, estes serão sentidos na fase de operação do empreendimento, recomendando que o programa seja ampliado por, pelo menos, mais três ciclos hidrológicos completos após a entrada em operação do empreendimento. Não há condicionantes relativas a este programa na Licença de Operação no. 1317/2015. As metas indicadas no Programa foram cumpridas, uma vez que este se caracteriza pela execução de atividades de forma contínua, por se tratar, numa primeira fase (até o primeiro trimestre de 2014), da organização sistemática de dados oriundos dos monitoramentos em andamento, no âmbito dos Programas de Conservação da Ictiofauna, Fauna Aquática, Quelônios, Flora, Limnologia e Qualidade da Água, Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico. Os dados estão sendo analisados com o uso do programa Ecopath, e há uma sobreposição com o Plano de gerenciamento Integrado da Volta Grande, apresentado no documento PL_SFB_No. 001_PGIVG_25-02-20-LEME. Segundo o 9o RC, os bancos de dados georreferenciados serão atualizados com as informações das populações de quatro grandes grupos de animais aquáticos (mamíferos aquáticos, quelônios, crocodilianos e peixes), os mapas integrados com as principais áreas de uso da fauna aquática e semiaquática serão atualizados e, estudos de integridade ecológica serão realizados ao final de cada ciclo hidrológico. Ao final de cada ciclo hidrológico, se impactos forem detectados, ações de manejos serão propostas. Os resultados apresentados aguardam ainda a avaliação do IBAMA, que será dada através de parecer específico. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 18/02/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia, Biota e Arcadis/Naturae. 12o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de outubro a dezembro de

2015, emitido em janeiro de 2015. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015 RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de

condicionantes, emitido em fevereiro de 2015. Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de

Atendimento ao PBA e Condicionantes. Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu (PL_SFB_No. 001_PGIVG_25-02-20-LEME), de

fevereiro de 2014. Análise de conformidade: Segundo o Parecer Técnico N° 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, este Programa será avaliado por meio de parecer específico. Segundo comunicado pela equipe da NE, o projeto está em conformidade com os objetivos e cronograma propostos no PBA. Avaliação de resultados: O projeto apresenta resultados preliminares, em análise pelo Órgão Licenciador, resultantes da análise conjunta de todos os dados obtidos pelos diferentes Programas. Os resultados estão conforme com o previsto no PBA. Os resultados previstos consistem na determinação de áreas prioritárias para a conservação e o manejo, com base em dados do meio físico e de variação espacial das espécies e populações dos grupos da fauna aquática a que se refere o projeto. A confirmação da importância destas áreas para a manutenção das populações aquáticas será de fato permitida após consolidação e análise integrada final dos dados, com consequente identificação de práticas de manejo para os hábitats aquáticos, conforme cronograma do Programa. 13.3. Programa de Conservação da Ictiofauna Progresso reportado pela Norte Energia: 13.3.1. Projeto de Investigação Taxonômica Realização da 17ª campanha (fevereiro de 2016); A 16ª campanha foi realizada no mês de outubro de 2015; Processamento e tombo das amostras biológicas do inventário taxonômico, monitoramento da ictiofauna e

resgate da ictiofauna;

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Triagem dos espécimes coletados na 15ª e 16a campanhas de monitoramento da ictiofauna e tombamento; Preparação de manuscritos referentes à descrição de novas espécies de peixes; Elaboração de fichas de identificação e mapas de distribuição.

13.3.2. Projeto de Resgate e Salvamento da Ictiofauna Realização das ações de resgate durante o enchimento (canal de derivação, canal de fuga do TRV, Trecho de

Vazão Reduzida, Unidade de Geração 1 e Vertedouro Pimental); Contratação da empresa Bios que está acompanhando as reuniões de planejamento para o comissionamento. 13.3.3. Projeto de Aquicultura de Peixes Ornamentais Estão sendo realizados experimentos de alimentação, reprodução natural, micro habitats e alevinagem com as

espécies Pituna xinguensis, Plesiolebias altamira e Simpsonichthys reticulatus e acaris (Hypancistrus zebra, Hypancistrus zebra “marrom”, Hypancistrus sp “pão”, Scobinancistrus sp “tubarão” e Baryancistrus sp “verde);

Nos dias 10 a 12 de novembro de 2015 foi realizado um minicurso sobre a reprodução dos peixes para alunos da Universidade Federal do Pará;

13.3.4. Projeto de Monitoramento da Ictiofauna Realização da 17ª campanha (fevereiro de 2016); A equipe da Neotropica estava no campo realizando coletas no canal do Sistema de Transposição e a jusante do

STP para escolher possíveis espécies alvo.

13.3.5. Projeto de Incentivo à Pesca Sustentável Realização do Seminário Técnico – Condicionante 2.24 da Licença de Operação 1317/2015 com a participação

dos técnicos do IBAMA, Norte Energia, Casa de Governo, Ministério Público, Pescadores e ONGs, nos dias 17 e 18/02 em atendimento aos itens a e b da condicionante 2.24 da Licença de Operação.

13.3.6. Projeto de Implantação e Monitoramento de Mecanismo para Transposição de Peixes Na semana dos dias 15 a 19/02/16 alguns pesquisadores visitaram o Sistema de Transposição (Sistema de Transposição-STP) para avaliar e fazer pequenos ajustes; As estruturas de concreto e defletores de gabião encontram-se praticamente concluídos; Os equipamentos eletromecânicos principais já foram instalados; A comporta mitra, a grade de direcionamento e as grades dos difusores encontram-se em montagem; Na primeira semana de janeiro/2016 foram instalados os equipamentos para monitoramento do STP. Escopo da verificação do andamento do Programa no período:

Reunião na semana de inspeção (15 a 19 de fevereiro de 2016); 12º RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015; 1º Relatório Consolidado Mensal Pós início do enchimento dos reservatórios (24/11/2015 à 20/12/2015); 2º Relatório Consolidado Mensal Pós início do enchimento dos reservatórios (21/12/2015 à 20/01/2016). Análise de conformidade: Os Projetos do Programa de Conservação da Ictiofauna estão em conformidade com os objetivos propostos no PBA. Avaliação de resultados: 13.3.1. Projeto de Investigação Taxonômica Até o presente momento, considerando o material proveniente das campanhas de monitoramento da ictiofauna,

dos eventos de resgates na área do empreendimento, e das expedições não relacionadas a programas do PBA foram registradas 468 espécies;

Considerando as 16 campanhas realizadas do PBA e eventos de resgate da ictiofauna foram registrados 418 espécies;

Após processo de revisão taxonômica, a espécie Sternachogiton zuanoni foi reidentificada como S. nattereri, espécie de distribuição ampla;

Da riqueza total registrada até o momento, 50 espécies foram identificadas como endêmicas para a bacia do rio Xingu e 25 espécies (5,3% do total) são novas para a ciência e estão em processo de descrição científica. Destas 25 espécies, 6 estão sem pesquisador associado ao processo de descrição;

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11 espécies com algum grau de ameaça, segundo a portaria N° 445 do Ministério do Meio Ambiente, publicada em 17 de dezembro de 2014;

Atualmente existem 3 espécies (Hypancistrus zebra “marrom”, Baryancistrus sp “verde” e Typhlobelus auriculatus) registradas somente na ADA/AID do empreendimento. Indivíduos de Hypancistrus zebra “marrom” e Baryancistrus sp “verde” estão sendo mantidos nos aquários do Laboratório de Aquicultura e Peixes Ornamentais.

13.3.2. Projeto de Resgate e Salvamento da Ictiofauna Entre junho a novembro de 2015 foram realizadas 56 ações de resgate nos sítios Pimental, Bela Vista, Canais e

Diques e Belo Monte, onde foram resgatados 21.338,65 kg; Nas atividades realizadas entre os dias 24 de novembro e 20 de dezembro de 2015, foi resgatado um total de

4.474,8 kg de peixes nas áreas do TVR, reservatório intermediário e vertedouro do canal. Dessa biomassa, 7,3% (3.063 indivíduos) pereceu durante as atividades;

As Áreas 3 e 4 do TVR apresentaram maior número de peixes resgatados no período. Foram 247 locais de resgate, com mais dois no vertedouro e um no reservatório intermediário. Por local de resgate, a maior biomassa resgatada viva foi na área 4 e o maior número de biomassa perecida por local foi de 1,5 kg, na área 1;

No período (21/12/2015-20/01/2016) foi resgatado um total de 4.793,8 Kg de peixes, com 43,5% compondo a biomassa resgatada perecida. A maioria dos resgates ocorreu nas Áresa 3 e 4 do TVR;

Durante o período, foi realizada a aferição de dados biométricos (comprimento total) de alguns indivíduos através do processo de amostragem. Entre 21/12/2015 e 20/01/2016, foram classificados 2.335 indivíduos. Esses indivíduos se distribuíram em duas classes, sete ordens, 26 famílias e 143 espécies. Além disso, foi possível identificar 11.772 indivíduos perecidos em 26 famílias;

Com os dados diários dos resgates foi possível observar a diminuição da biomassa resgatada, enquanto que o nível da água no trecho de jusante aumentou em dezembro e permaneceu constante até o dia 20/01/2016;

Considerando todas as ações que ocorreram no período de 21/12/2015 até 17/02/2016 foram registrados 6944,147 kg de biomassa viva, 16100,536 kg de biomassa perecida.

13.3.3. Projeto de Aquicultura de Peixes Ornamentais No período de novembro de 2015 a fevereiro de 2016 ocorreu à reprodução do Acari pão (Hypancistrus sp pão)

e do Acari tubarão (Scobinancistrus sp tubarão); Atividades realizadas no período: ajustes nas montagens dos laboratórios, adequação dos tanques e

equipamentos, produção de ração e pastas para alimentação dos acaris, reposição e ajustes da quantidade/estoque de peixes que estão sendo mantidos pelo projeto;

Montagem de um aquário experimental para o manejo de espécies psamófilas.

13.3.4. Projeto de Monitoramento da Ictiofauna Considerando todos os setores amostrados com o protocolo padronizado (igarapé, igapó, canal, remanso, lagoa,

pedral e praia), durante as 16 campanhas realizadas entre março de 2012 e outubro de 2015, foram capturados 152.047 peixes distribuídos em 408 espécies, pertencentes a 12 ordens, 46 famílias e 212 gêneros;

Em julho de 2015 foi solicitada a inclusão de um novo sítio de amostragem próximo das Terras Indígenas localizadas na Volta Grande do rio Xingu. Durante as duas últimas campanhas foram coletados neste novo sítio (IC13), 540 peixes distribuídos em cinco ordens, 22 famílias e 73 espécies, sendo Characiformes a ordem mais abundante com 234 espécimes coletados;

As amostragens de ictioplâncton foram realizadas durante o ciclo hidrológico entre abril de 2012 e outubro de 2015, totalizando 22 campanhas. Foram capturados 17.426 ovos, 63.720 larvas e 4.279 indivíduos jovens/adultos. A atividade reprodutiva, com base no ictioplâncton, vem ocorrendo durante todo o ano, com um aumento na densidade durante o período de enchente do rio e com as menores densidades de captura durante o período de cheia;

Em relação à atividade alimentar, nas campanhas de cheia e seca de 2014, nos cinco setores monitorados, foram destinadas para análise de isótopos estáveis 1.594 amostras de músculos de peixes de 151 espécies distintas, agrupadas em 24 famílias e nove guildas tróficas. As amostras coletadas na seca de 2014 (outubro) do setor de Jusante da Casa de Forca Principal, assim como as amostras coletadas em julho e outubro de 2015 estão sendo analisadas e os resultados das análises serão apresentados no 10º RC;

Nas sete últimas campanhas foram analisadas as gônadas de 20.905 peixes, pertencentes a 218 espécies distribuídas em 32 famílias. Um total de 215 espécies, representando 99% dos indivíduos analisados, apresentou gônadas em maturação e maduras. Através de uma análise de similaridade das 21 espécies mais abundantes de acordo com a frequência de indivíduos maduros ao longo do ciclo hidrológico foi possível reconhecer três grupos sendo diferenciados por espécies com desova concentrada no período de chuva ("Grupo a": e.g. Ageneiosus ucayalensis; Auchenipterus nuchalis); espécies com desova no período de vazante ("Grupo b":

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e.g.Bivibranchia fowleri, Hemiodusuni maculatus); e espécies com maior atividade reprodutiva na seca e enchente ("Grupo c": e.g.Caenotropus labyrinthicus, Hypoptopoma inexpectatum);

Em relação à análise de elementos traço no pescado foram avaliados 176 peixes pertencentes a 18 espécies na 7° campanha, 140 organismos de 19 espécies na 11° campanha e 75 espécimes de 12 espécies na 15° campanha de monitoramento. Não foi observada a presença de cádmio, arsênio e chumbo no pescado, sendo que este último foi registrado em pequenos teores em poucos indivíduos, mas nenhum registro acima do estipulado pela Legislação Brasileira. Já as concentrações médias de mercúrio, bem como os valores máximos registrados em tecidos de peixes, estiveram acima dos limites permitidos pela legislação brasileira em cinco indivíduos de quatro espécies piscívoras nas campanhas de julho de 2014 e julho de 2015, de um total de 391 indivíduos capturados em todo o monitoramento, o que representa apenas 1,3 % do total.

13.3.5. Projeto de Incentivo à Pesca Sustentável Pesca de Consumo Os resultados mostram a existência de 3.162 pescadores e 2.400 embarcações ativas, o que implica em um

crescimento de 2,3% e 3,9%, respectivamente, em relação à campanha de julho de 2015; Do total de pescadores entrevistados, 92% se dedicam exclusivamente à captura de peixes de consumo, 3% à

pesca ornamental e 5% capturam peixes de consumo e ornamentais; Do total de embarcações, 78% são canoas de madeira movidas a motor de popa com rabeta, 14% são barcos de

madeira com motor de centro, 7% são canoas de madeira com propulsão a remo e 1% são voadeiras de alumínio, movidas com motor de popa;

No período de abril de 2012 a outubro de 2015, foram registrados 36.653 desembarques de peixes de consumo, nestes, atuaram em média 1,50 pescadores;

Nas capturas de consumo do rio Xingu foram registrados 47 grupos de peixes que pertencem a 101 espécies e 21 famílias. As maiores capturas foram de pescada branca, tucunaré, pacu, curimatã, aracu e dourada, que juntos constituem 65% do total capturado;

Comparando os rendimentos ao longo do rio, foi observado que, em geral, há rendimentos crescentes a jusante e a montante da região entre as grandes cachoeiras e a cidade de Altamira;

Na análise da evolução mensal dos dados de produção, esforço e CPUE, por localidade, no período de 2010-2015, foi observado que a produção mostra períodos de safra, que refletem evidente sazonalidade na pesca.

Pesca ornamental No período de abril de 2012 a outubro de 2015 foram registrados 2.924 desembarques de peixes ornamentais,

com tripulação média de 1,50 pescadores e duração média de 2,66 dias; A produção total de peixes ornamentais para o período alcançou 389.761unidades, aumento de 46% em relação

ao valor reportado no 7º relatório consolidado de um ano atrás; A composição específica dos desembarques de peixes ornamentais registrou a ocorrência de 34categorias de

peixes, que correspondem a 46 espécies. O acari amarelinho é a espécie mais capturada, seguida do acari pão, acari picota ouro, acari bola azul e acari tigre de listra. Esses cinco grupos representam 75% de todas as capturas registradas;

O rendimento geral médio de uma pescaria de peixes ornamentais no período de abril de 2012 a outubro de 2015 resultou em 60 unidades.pescador-1.dia-1;

Construção do Centro Integrado de Pesca Artesanal ‐ CIPAR, em Altamira; Continuidade no monitoramento da atividade pesqueira por meio dos desembarques pesqueiros; Continuidade no cadastro dos pescadores e das embarcações de pesca; Continuidade na coleta e análise de dados sobre consumo de pescado.

13.3.6. Projeto de Implantação e Monitoramento de Mecanismo para Transposição de Peixes Ainda não há resultados documentados para este Projeto. 13.4. Programa de Conservação da Fauna Aquática Progresso reportado pela Norte Energia: O Programa é dividido em três (03) subprogramas: 13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos De acordo com o Parecer Técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da LO, os objetivos do projeto encontram-se atendidos ou em atendimento, exceto aqueles que dizem respeito a impactos que serão verificados apenas após o enchimento dos reservatórios. Com relação à solicitação da NE para que após o enchimento seja mantido apenas o monitoramento de musteídeos e excluídos o monitoramento de cetáceos e sirênios, e ainda que fossem monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas os mustelídeos na AID do empreendimento durante os períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico, o Órgão Licenciador indica que

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devem sem mantidos os monitoramentos de todos os grupos da mastofauna aquática e semiaquática que vêm sendo monitorados até o momento em todas as áreas de monitoramento atuais, por pelo menos dois anos após o enchimento. No entanto, o Ibama está de acordo com a mudança de campanhas de monitoramento trimestrais para campanhas semestrais, nas estações de seca e de cheia, para todos os grupos. Ainda Segundo o Parecer Técnico, o encerramento do monitoramento não tem uma data estipulada, dependendo dos resultados obtidos nas campanhas pós-enchimento dos reservatórios, quando haverá nova avaliação por parte do IBAMA. A condicionante 2.22 da Licença de Operação Nº 1317/2015, reitera as solicitações do Parecer 02001.003622/2015-08. O projeto de monitoramento de mamíferos aquáticos e semiaquáticos está respaldado pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013. Todos os itens listados na condicionante 2.3 desta autorização são considerados atendidos, segundo o parecer Técnico do Órgão Licenciador. O 9o RC apresenta uma análise consolidada dos resultados obtidos na fase pré-enchimento. Segundo o documento, ao longo das 16 campanhas de campo foram percorridos 17.167,61 km em transectos aquáticos. Dentre estes, 1.976,19 km foram percorridos em corpos d’água adjacentes ao Rio Xingu (como igarapés e lagos), 225,84 km no Rio Bacajá e 14.965,58 km no Rio Xingu, incluindo o trecho correspondente à foz do Rio Iriri, para o monitoramento de mustelídeos. Para cetáceos, o esforço de coleta realizado durante quatro anos de monitoramento (2012, 2013, 2014 e 2015) foi de 4.815 km percorridos em transecções e um esforço total de 2.320 minutos em pontos fixos. Para o monitoramento dos sirênios, o esforço de coleta realizado durante quatro anos de monitoramento (2012, 2013, 2014 e 2015) foi de 693,5 km e foram encontrados 1.144 vestígios da espécie, sendo 1.114 encontrados durante os transectos aquáticos e 30 fora de esforço. Para todos os grupos, após quatro anos de monitoramento todos os objetivos e metas previstos para o período pré-enchimento dos reservatórios estão em atendimento ou concluídos. As informações levantadas durante as 16 campanhas de monitoramento realizadas até o momento permitiram que fossem estabelecidos padrões de densidade populacional e uso dos habitats na fase anterior ao enchimento dos reservatórios. No ano de 2016 serão realizadas duas campanhas de monitoramento, uma no período de cheia e outra no período de seca, conforme Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA, bem como a produção de relatórios consolidados a serem protocolados no IBAMA semestralmente. Conforme comunicado durante conference call realizada no dia 18/02/2016, será dada continuidade às campanhas de monitoramento, com periodicidade semestral, incluindo-se o novo compartimento formado pelo reservatório Intermediário. De acordo com a condicionante 2.22 da Licença de Operação no. 1317/2015, a NE deverá dar continuidade ao monitoramento de mamíferos aquáticos e semi-aquáticos por no mínimo dois anos após o enchimento dos reservatórios, e este só poderá ser interrompido após anuência do IBAMA. 13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática Com relação à solicitação da NE para que as campanhas após o enchimento passem a ser semestrais, o Ibama está de acordo com a mudança de campanhas de monitoramento trimestrais para campanhas semestrais, nas estações de seca e de cheia. No que diz respeito à solicitação apresentada no mesmo relatório para que após o enchimento, seja monitorado por mais dois anos (IN 146/2007) apenas a avifauna aquática e semiaquática na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, o IBAMA indica que menos 2 anos, devem ser executadas campanhas semestrais em todas as áreas de monitoramento do pré-enchimento, para que se possa avaliar o deslocamento das espécies. O IBAMA ressalta ainda que apenas durante as campanhas de monitoramento pós-enchimento será possível avaliar a necessidade de medidas de mitigação, com base nos resultados obtidos. Embora grande parte dos objetivos e metas do projeto esteja atendida ou em atendimento, o parecer técnico emitido para obtenção da LO aponta que algumas das metas só poderão ser atendidas com base nos resultados obtidos nos próximos dois anos. Ainda Segundo o Parecer Técnico, o encerramento do monitoramento não tem uma data estipulada, dependendo dos resultados obtidos nas campanhas pós-enchimento dos reservatórios, quando haverá nova avaliação por parte do IBAMA. O 9o RC apresenta uma análise consolidada dos resultados obtidos na fase pré-enchimento do reservatório. Segundo o documento, durante as 16 campanhas realizadas no Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semiaquática (PAASA) da UHE Belo Monte na fase pré-enchimento do reservatório foram realizados 106.903 registros de aves, sendo – 57.804 registrados através de avistamentos e 49.099 através de vocalizações. Conforme comunicado durante conference call realizada no dia 18/02/2016, as campanhas de monitoramento deste grupo serão realizadas semestralmente, incluindo o novo compartimento formado pelo Reservatório Intermediário. O projeto de monitoramento de avifauna aquática e semiaquática está respaldado pela Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013. Todos os itens listados na condicionante 2.3 desta autorização são considerados atendidos, segundo o parecer Técnico do Órgão Licenciador. 13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos Dado o padrão da frequência de registros dos crocodilianos da perturbação causada pela alta frequência dos monitoramentos e ao padrão de ocupação observado e descrito na a análise apresentada pela NE no Relatório Final Consolidado, esta solicita ao IBAMA, neste mesmo documento, bem como no conjunto de pacotes de trabalho

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apresentado no PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, de julho de 2015, que após o enchimento dos reservatórios, os crocodilianos sejam monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, durante os períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico. De acordo com o Parecer Técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, o Órgão Licenciador está de acordo com a mudança de campanhas de monitoramento trimestrais para campanhas semestrais, nas estações de seca e de cheia. No que diz respeito à alteração solicitada para que após o enchimento sejam monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas os crocodilianos na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, o IBAMA indica que as campanhas devem ser realizadas em todas as áreas de monitoramento do pré-enchimento. Ainda Segundo o Parecer Técnico, o encerramento do monitoramento não tem uma data estipulada, dependendo dos resultados obtidos nas campanhas pós-enchimento dos reservatórios, quando haverá nova avaliação por parte do IBAMA. De acordo com o Parecer 1553, emitido em 15 de julho de 2014 pela DILIC/IBAMA por meio do Ofício 02001.0076/2014, o monitoramento de crocodilianos nos módulos RAPELD deve ser realizado apenas no período de cheia. De acordo com a condicionante 2.22 da Licença de Operação no. 1317/2015, a NE deverá dar continuidade ao monitoramento de crocodilianos por no mínimo dois anos após o enchimento dos reservatórios, e este só poderá ser interrompido após anuência do IBAMA. O 9o RC apresenta uma análise consolidada dos resultados obtidos na fase pré-enchimento do reservatório. Segundo o documento, durante as 16 campanhas de censos aquáticos foram percorridos 3.206 km e as contagens visuais foram realizadas nas áreas I (Montante do Reservatório do Xingu), II (Reservatório do Xingu), III (Trecho de Vazão Reduzida), IV (Jusante da UHE Belo Monte), em igarapés, furos, lagoas e no rio Xingu em transectos com dimensões variadas. Já nos módulos RAPELD as amostragens foram realizadas em cinco campanhas, ao longo de cinco dias por módulo e por campanha, em cada um dos oito módulos RAPELD. Ainda Segundo apresentado no 9o RC, após quatro anos de monitoramento todos os objetivos e metas deste projeto estão em atendimento ou concluídos. Conforme comunicado pela NE durante a conference call realizada no dia 18/02/2016, no ano de 2016 serão realizadas duas campanhas de monitoramento, uma no período de cheia e outra no período de seca, conforme Parecer 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 18/02/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 12o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de outubro a novembro de

2015, emitido em fevereiro de 2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação. Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença

de Operação, emitido em julho de 2015. Licença de Operação no. 1317/2015, de 24 de novembro de 2015. RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de

condicionantes, emitido em fevereiro de 2015. 9o Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento às Condicionantes, emitido em janeiro de 2016. Análise de conformidade: 13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos Os resultados apresentados indicam que o andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para mustelídeos, cetáceos e sirênios. Segundo parecer do IBAMA, e ainda conforme comunicado pela NE, o monitoramento deverá continuar, com periodicidade semestral, por pelo menos mais dois anos após o enchimento do reservatório, para todos os grupos. 13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática Os resultados apresentados indicam que o andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para a avifauna aquática e semiaquática. Segundo parecer do IBAMA, e ainda conforme comunicado pela NE, o monitoramento deverá continuar, com periodicidade semestral, por pelo menos mais dois anos após o enchimento do reservatório, em todas as áreas, incluindo-se o compartimento formado pelo Reservatório Intermediário.

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13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos Os resultados apresentados indicam que o andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para as quatro espécies de crocodilianos presentes na área do empreendimento. Segundo parecer do IBAMA, e ainda conforme comunicado pela NE, o monitoramento deverá continuar, com periodicidade semestral, por pelo menos mais dois anos após o enchimento do reservatório, incluindo-se o compartimento formado pelo Reservatório Intermediário. Avaliação de resultados: 13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos Foram realizadas até o momento todas as atividades previstas no cronograma físico do PBA. Os resultados mostram que as atividades realizadas representam uma contribuição importante ao conhecimento do uso do Rio Xingu e demais corpos d’água por mamíferos aquáticos, e deverão no futuro subsidiar ações para a conservação destas espécies na região. O projeto transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. A avaliação do órgão licenciador considera que os objetivos e metas encontram-se atendidos ou em atendimento. A continuidade do monitoramento seguirá a periodicidade determinada pelo Órgão Licenciador. 13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática O relatório final consolidado, o Conjunto de pacotes de trabalho “PBA UHE Belo Monte – Metas, Acões e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação”, e o 9o RC, delineiam os principais aspectos relacionados à distribuição, diversidade, uso do habitat, ambientes importantes para a nidificação, alimentação e áreas prioritárias para a conservação da avifauna aquática na área do empreendimento. Os resultados apresentados mostram que o projeto transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. A avaliação do órgão licenciador considera que os objetivos e metas encontram-se atendidos ou em atendimento. A continuidade do monitoramento seguirá a periodicidade determinada pelo Órgão Licenciador. 13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos Os resultados apresentados no 9o RC e no Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação mostram que o projeto transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. As análises apresentadas detectam as áreas de distribuição das quatro espécies de crocodilianos, e aspectos relacionados à biologia destas na área do empreendimento, representando uma contribuição importante para a manutenção das espécies na região. A avaliação do órgão licenciador considera que os objetivos e metas encontram-se atendidos ou em atendimento. A continuidade do monitoramento seguirá a periodicidade determinada pelo Órgão Licenciador. 13.5. Programa de Conservação e Manejo de Quelônios Progresso reportado pela Norte Energia: Durante o primeiro trimestre de 2015 foi emitido o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Neste parecer é feita uma análise da Nota Técnica no. 013 de 2014, com a proposta de reestruturação e ajustes nos projetos que compõem este programa. A análise do órgão licenciador, apresentada no parecer, a reestruturação é pertinente, e desta forma o Programa passa a conter dois projetos: Projeto Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios e Projeto de Manejo e Conservação de Quelônios de Belo Monte. 13.5.1 Projeto de Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios Para o período pós-enchimento dos reservatórios este projeto prevê o monitoramento dos animais translocados para o reservatório Intermediário, para verificar a capacidade de adaptação ao novo hábitat formado pelo empreendimento e o monitoramento de outros quelônios que potencialmente colonizem o lago pelos parâmetros de população e atributos da história natural de cada espécie. O monitoramento dos tracajás translocados para o reservatório intermediário será realizado através do sistema de satélites ARGOS durante 1 ano, tempo médio de duração da bateria. O monitoramento dos quelônios que podem colonizar os reservatórios será realizado durante dois anos após o enchimento dos reservatórios, conforme a IN 146/2007. A NE solicitou, no relatório final consolidado, e no Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, emitido em julho de 2015 que o IBAMA autorize a realização do projeto por mais dois anos após o enchimento dos reservatórios, no Reservatório do Xingu, Reservatório Intermediário e Trecho de Vazão Reduzida, e propõe que após estes dois anos seja elaborado um relatório considerando o status de atendimento dos objetivos e metas, e da necessidade de continuação deste projeto. Durante a conference call realizada no dia 18/02/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia, e Biota, foi informado que se deu continuidade às atividades de monitoramento de tartarugas e tracajás através de transmissores via satélite. Os hábitos alimentares, reprodutivos e as praias de desova continuam a ser monitorados. Conforme consta do 9o RC, até o momento no âmbito deste projeto foram percorridos 4.160,1 km (média de 346,7

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km por campanha) em 826 transectos nas quatro áreas amostrais definidas para o projeto, para as contagens de quelônios na calha principal do rio Xingu e de seus afluentes. Para o período pós-enchimento dos reservatórios este projeto deve atender as seguintes metas: Monitorar os animais translocados para o reservatório Intermediário, para verificar a capacidade de adaptação

ao novo hábitat formado pelo empreendimento. Monitorar outros quelônios que potencialmente colonizem o reservatório intermediário pelos parâmetros de

população e atributos da história natural de cada espécie. Após dois anos, rever esta lista de objetivos específicos e caso necessário, de acordo com os resultados do

monitoramento e da avaliação, definir novos objetivos para o próximo período. Com relação ao monitoramento hidrossedimentológico, e a solicitação da NE para que este fosse interrompido sob o argumento de que o tabuleiro do Embaubal se encontra na AII e não deverá sofrer impactos do aumento do fluxo de embarcações ou da deposição de sedimentos, o IBAMA requer, no Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, que o monitoramento dos sedimentos nas praias seja mantido par avaliar os efeitos do enchimento, e eventualmente implementar projetos de monitoramento e contenção destes, caso necessário. No parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA a análise de atendimento à condicionante 2.3 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 379/2013 e retificações dá como atendidos todos os itens, para este projeto. Na Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015, a condicionante 2.23 demanda a continuidade das atividades previstas no projeto, solicitando ainda a apresentação de análises comparativas pré e pós-enchimento nos relatórios. 13.5.3. Projeto de Manejo de Quelônios Segundo apresentado no Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, emitido em julho de 2015, após quatro períodos reprodutivos monitorados, todos os objetivos e metas previstos para o período pré-enchimento dos reservatórios foram atendidos. Após a formação do reservatório, o monitoramento reprodutivo dos quelônios deverá abranger ações voltadas ao comportamento adaptativo de Podocnemis unifilis aos novos ambientes no Trecho de Vazão Reduzida, bem como às áreas remanescentes no Reservatório do Xingu. Após o enchimento dos Reservatórios, as ações previstas envolvem: Monitoramento reprodutivo nas áreas a jusante da UHE Belo Monte e TVR; Ações em parceria entre o PMQ, SEMAT e a Secretaria Municipal de Educação (SEMED); Ações de educação ambiental e manejo, a partir da instalação de chocadeiras seminaturais na Volta Grande do

rio Xingu; Ações de manejo envolvendo os membros comunitários das colônias de pesca e alunos; Monitoramento do fluxo de embarcações, nos portos, e em loco (na praia Juncal), bem como as reuniões de

cunho informativo e educativo sobre os possíveis impactos das embarcações sobre o comportamento reprodutivo de Podocnemis expansa.

Assim como previsto na Nota Técnica sobre reestruturação dos Projetos que compõem o Programa de Conservação de Quelônios, encaminhada ao IBAMA (CE 0203/2014-DS) e, aprovada por meio do Parecer 005036/2014-17 COHID/IBAMA, após o término do período reprodutivo de 2016 (5° ano de realização do Projeto), será encaminhado ao IBAMA um relatório avaliando o status de atendimento dos objetivos e metas deste Projeto e, serão propostas diretrizes para uma nova etapa. No parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA a análise de atendimento à condicionante 2.4 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 379/2013 e retificações dá como antendidos todos os itens, para este projeto. De acordo com este mesmo Parecer, o monitoramento do tráfego de embarcações foi concluído, e sendo assim não é mais necessário realizar o monitoramento do tráfego de embarcações a partir das praias de desova de quelônios. O órgão ambiental considera esta recomendação atendida. No 12o RSAP, o Anexo II – Atendimento à recomendação 30, apresenta os resultados do monitoramento no Anexo 01. Na Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015, a condicionante 2.23 demanda a continuidade das atividades previstas no projeto, solicitando ainda a apresentação de análises comparativas pré e pós-enchimento nos relatórios. Durante a conference call realizada no dia 18/02/2016 foi informado pela equipe da Biota que se deu continuidade ao monitoramento das desovas no Tabuleiro do Embaubal, das chocadeiras no TVR, e deu-se início o monitoramento nos reservatórios e na praia artificial formada no canal de fuga, resultante da deposição de material excedente da dragagem obrigatória deste, conforme solicitado pelo IBAMA no Parecer 02001.004676/2015-82. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: Conference call realizada no dia 18/02/2016 com as equipes da NE, Leme Engenharia e Biota. 12o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de outubro a dezembro de

2015, emitido em fevereiro de 2016. Parecer técnico 02001.003622/2015-03 COHID-IBAMA, referente à análise da solicitação da Licença de

Operação.

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Conjunto de pacotes de trabalho PBA UHE Belo Monte – Metas, Ações e Cronograma para a Fase Pós Licença de Operação, emitido em julho de 2015.

Nota Técnica NT_SFB_No.039_Modelagem_Distribuição_Espécies_151015, detalhando a metodologia proposta para a modelagem de distribuição de espécies e planejamento sistemático para a conservação da biodiversidade na região da UHE Belo Monte, de 20 de outubro de 2015.

Licença de Operação no. 1317/2015 de 24 de novembro de 2015. RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de

condicionantes, emitido em fevereiro de 2015. Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de

Atendimento ao PBA e Condicionantes. Nota Técnica NT_SFB_No013_Quelônios_09_07_14_LEME, solicitando a reestruturação dos Projetos que

compõem o Programa de Manejo e Conservação de Quelônios Aquáticos. Parecer 02001.004676/2015-82 – Análise dos documentos CE 0206/2015 – DS e CE 0355/2015-DS de

solicitação de autorização para depositar no Rio Xingu matéria excedente da dragagem do Canal de Fuga da UHE Belo Monte.

Análise de conformidade: 13.5.1 Projeto de Pesquisa sobre ecologia de quelônios Todas as metas deste projeto que deveriam ser cumpridas antes do enchimento dos reservatórios foram atendidas a partir da realização das seguintes atividades: determinação de padrões da distribuição espacial e temporal; determinação da estrutura das populações; identificação das áreas de maior intensidade de uso; estabelecimento da relação entre a distribuição de quelônios e variáveis ambientais; monitoramento da movimentação dos quelônios via telemetria; estudo dos hábitos alimentares; avaliação da qualidade das praias de desova; análise da proporção sexual dos adultos e filhotes; caracterização genética. Após três anos de realização deste projeto, o objetivo geral, que é de fornecer subsídios técnico-científicos para orientar ações de manejo e conservação das espécies de quelônios aquáticos na região do empreendimento, vem sendo realizado com êxito. Deu-se continuidade ao acompanhamento dos animais marcados através de transmissores por satélite, bem como às demais ações solicitadas pelo Órgão Licenciador. Segundo os pareceres emitidos pelo IBAMA, todas as atividades previstas no PBA têm seus objetivos e metas em atendimento ou atendidas, conforme o cronograma. 13.5.3. Projeto de Manejo de Quelônios As atividades encontram-se de acordo com as metas previstas para o projeto, com o acompanhamento contínuo das desovas nas praias e manejo dos ninhos, realizados de forma integrada com atividades de educação ambiental. Todas as ações previstas encontram-se dentro do cronograma do PBA, cumprindo as metas a que se destina o projeto, inclusive no que diz respeito à integração com os outros dois projetos que compõem este Programa. Segundo os pareceres emitidos pelo IBAMA, todas as atividades previstas no PBA têm seus objetivos e metas em atendimento ou atendidas, conforme o cronograma. Após o enchimento do reservatório, deu-se início ao monitoramento das novas áreas. Deu-se ainda início ao monitoramento da praia artificial formada pela dragagem do canal de Fuga. Avaliação de resultados: O Programa e seus três projetos vêm atingindo os objetivos listados no PBA, com o aumento do conhecimento sobre as três espécies alvo no que diz respeito à sua ecologia alimentar, reprodutiva e ao uso do ambiente. Vêm sendo realizadas as atividades de acompanhamento da reprodução e manejo dos ninhos, de forma conjunta com as ações educativas e de conscientização. As comunidades locais estão sendo envolvidas no projeto, sempre que possível. Os objetivos e metas estão em atendimento ou atendidos. 14. Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do XinguProgresso reportado pela NE: Das nove (9) metas estabelecidas para o Plano, oito (8) estão em atendimento e uma (1) ainda não se iniciou. Ações realizadas até o período de julho a dezembro de 2015 incluem: Acompanhamento das campanhas vinculadas ao Programa de Monitoramento da Navegabilidade e das

Condições de Vida (14.2.1, 14.2.2, 14.2.3). Foram realizadas até o momento treze campanhas trimestrais para monitoramento da navegabilidade e seis (semestrais) referentes às condições de vida. Mais dois levantamentos sobre a navegabilidade, referentes aos períodos de vazante e seca, e um monitoramento semestral sobre as condições de vida serão realizados ainda em 2015, bem como terá continuidade o monitoramento do funcionamento do STE.

Monitoramento mensal do funcionamento do STE, que é obrigatório desde o mês de junho de 2015. Acompanhamento do desempenho dos demais programas que fazem parte do PGIVG. Encaminhamento ao IBAMA e à FUNAI das propostas de intervenção em estudo na cachoeira da Percata,

definidas a partir do estudo de modelagem matemática dos pontos críticos para a navegação.

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Integração de informações para repasse às partes interessadas e comunidades da região através da Comissão de Gerenciamento Integrado da Volta Grande

Elaboração do Plano de Enchimento dos Reservatórios da UHE Belo Monte (PERBM – UHE Belo Monte). Este Plano estabelece procedimentos para sistematizar e integrar as ações socioambientais que serão postas em prática para prevenir e/ou mitigar os efeitos sociais e ambientais associados à etapa de implantação do empreendimento, mais especificamente durante o período de enchimento dos reservatórios, que abrange a região da Volta Grande do Xingu.

Organização e repasse para o SIG-A dos resultados dos monitoramentos físicos e bióticos realizados para os pacotes de trabalho com interface com o PGIVG;

Atualização e complementação do Banco de Dados Brutos, de acordo com a evolução das campanhas de monitoramento;

Cálculo do Índice de Sustentabilidade Socioambiental Atualização e complementação do Banco de Dados Brutos. Análise de Consistência de todos os dados brutos e revisão técnica dos Pacotes de Trabalho executados no

TVR. Controle de prazos para emissões dos relatórios para atendimento ao PBA, às condicionantes e às datas de

entrega ao órgão ambiental Consistência de todos os dados brutos e revisão técnica dos Pacotes de Trabalho executados no TVR.

Controle de prazos para emissões dos relatórios para atendimento ao PBA, às condicionantes e às datas de entrega ao órgão ambiental;

Monitoramento da qualidade da água; Definição de procedimentos de verificação das condições de navegação do TVR. A transposição das embarcações tem diminuído. Em média levam 15 minutos para proceder a todos os passos da transposição. São poucas as reclamações e é incipiente o registro de avarias nas embarcações. Quando as embarcações são isoladas, o percurso não demora mais que oito minutos para ser completado. A forma de comunicação é feita por campanhas de medida de satisfação. Atualmente, a maior parte de usuários possuem barcos de alumínio o que permite que as avarias sejam pequenas mesmo. No início da utilização do sistema de transposição, havia mais barcos de madeira. Os usuários são, na maioria, residentes em Altamira e Ressaca, Garimpo do Galo, Ilha da Fazenda. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: Os resultados até o período de junho de 2015 incluem: Resultados avaliados de forma integrada pelo Índice Sustentabilidade Socioambiental – ISSA conforme já

apresentado de forma detalhada no âmbito do Relatório Consolidado Final, pelas análises dos sete componentes socioambientais previstos (disponibilidade hídrica, hábitats aquáticos, ictiofauna, fauna semiaquática, pesca, navegabilidade, condições de vida) e pelos procedimentos de gestão e comunicação estabelecidos.

A Comissão PGIVG, vinculada ao Fórum de Acompanhamento da UHE Belo Monte, foi criada em julho de 2012, tendo realizado até 2015 dez reuniões. No primeiro semestre de 2015 foram realizadas duas reuniões da Comissão do PGIVG, em 04/03 e 23/06. Doze reuniões nas comunidades da Volta Grande foram realizadas em 2013 e 2014. Em 2015 foram realizadas mais quatro: em 11/06 (Ressaca e Ilhada Fazenda), em 16/06 (Bacajai) e 18/06 (Bacajá).

Material de comunicação para o Plano de Enchimento dos Reservatórios. O Plano é constituído por projetos específicos para o TVR e por outros – a maioria – que são, na realidade,

Projetos já delineados para os meios físico e biótico, mas que contemplam ações nesse segmento da Volta Grande do Xingu.

Todos os dados brutos destes PT’s são georreferenciados, atualizados e disponibilizados semestralmente no SIG-A.

A execução dos Programas e Projetos estabeleceu, desde 2011, um significativo conjunto de informações e dados socioambientais, que permitiu o monitoramento de um amplo leque de variáveis na região da Volta Grande do Xingu, especificamente ao longo do Trecho de Vazão Reduzida (TVR).

Em conjunto, esses Projetos integram, para o compartimento do TVR, diversos métodos de levantamentos de campo, pesquisas e monitoramentos, cujos resultados integrados possibilitaram o estabelecimento dos padrões socioambientais vigentes no TVR.

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As considerações finais do PGIVG indicaram o início de uma nova etapa de monitoramentos afetos ao Plano mediante a criação do TVR, com vistas à avaliação dos impactos e proposição de medidas de mitigação dos mesmos, se necessário.

Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu Avaliação integrada de variáveis ambientais e socioeconômicas (monitoramentos das condições de vida,

navegabilidade, qualidade da água etc.); Índice de Sustentabilidade Socioambiental para análises temporais de qualidade ambiental Gestão participativa com todos os atores envolvidos Indicação de possíveis ações em função dos impactos esperados Possíveis ações em função dos impactos esperados Assessoramento técnico para a melhoria/aperfeiçoamento da produção de cacau para os produtores da Volta

Grande; Abastecimento de água para as famílias residentes das áreas rurais se houver comprometimento dos poços

utilizados; Ações de fortalecimento da atividade pesqueira e apoio técnico às iniciativas de desenvolvimento da

piscicultura; Avaliação da mobilidade e proposição de soluções fluviais; Melhoria/adequação da rede de estradas vicinais, caso haja comprometimento da acessibilidade fluvial. Foram definidos cinco pontos críticos que terão equipes de três pessoas durante 30 dias para verificar as dificuldades das embarcações. O ponto 5 – Bacajá é um ponto de restrição e foi instalada uma catraca para ajudar a transposição da corredeira. Haverá apoio terrestre em três localidades para dar continuidade ao apoio no rio (três equipes). Haverá duas equipes munidas de rádio para acionar serviços de urgência. Haverá três equipes fluviais fixas e duas equipes móveis para os pontos definidos como críticos. Haverá comunicação de todas as equipes com as equipes de ictiofauna – resgate de peixes. Essas medidas serão intensas durante o período de outubro a dezembro, porque são os meses em que a vazão do rio é mais reduzida. A meta que ainda não foi iniciada é a “Elaboração do relatório consolidado de implementação do Plano a ser emitido ao IBAMA ao final do sexto ano de operação a plena carga da UHE Belo Monte”. O Plano 14 tem atividades em cronograma até o ano de 2025. 14.1. Programa de Acompanhamento das Atividades Minerárias 14.1.1 Projeto de Monitoramento da Atividade Garimpeira Progresso reportado pela NE: O monitoramento da evolução dos “status” dos processos minerários junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) vem sendo feito de forma contínua, por meio do acompanhamento no Diário Oficial da União (D.O.U.) e, quando pertinente, com vistas aos processos na superintendência do órgão em Belém (PA). Tal atividade foi concluída em dezembro de 2015, em consonância com o cronograma do projeto. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. No parecer do IBAMA para a solicitação da LO, a equipe recomendou que a solicitação de alteração do Projeto de Monitoramento da Atividade Garimpeira não seja acatada uma vez que se mostra importante a manutenção do monitoramento de todos os parâmetros previstos no PBA para a fase de operação, quando os impactos no TVR serão ampliados e podem alterar o cenário observado na atividade garimpeira até o momento. Avaliação de resultados: A principal atividade relacionada ao presente Projeto contempla, principalmente, o monitoramento da atividade garimpeira na região da Volta Grande do Xingu, no futuro TVR, o que vem sendo devidamente realizado. As vistorias de campo previstas no cronograma vêm se realizando na forma e datas estabelecidas, sem registro de atrasos ou impedimentos em sua execução. Entretanto, considerando que a possibilidade de desenvolver atividades de garimpagem na calha do rio Xingu é maior na estação seca (verão), quando ocorre a redução na vazão, possibilitando o trabalho das balsas, as vistorias podem ter suas datas alteradas com o objetivo de coincidir com esse

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período, permitindo, se for o caso, o levantamento de informações mais precisas. O trecho de monitoramento foi ampliado até a região denominada Jericoá, onde, segundo informações, a atividade com as balsas vinha sendo registrada com maior frequência no referido período seco. Entretanto, o resultado da vistoria realizada no semestre em questão e abrangendo todo o trecho da Volta Grande, mais precisamente no mês de junho, oportunidade em que não foi registrada a presença de dragas em operação, demonstrou que a atividade garimpeira na calha do rio Xingu não vendo sendo desenvolvida regularmente no trecho monitorado; porém, conforme citado anteriormente, as informações obtidas junto ao representante da COOGROVIF levam a acreditar que, com a formação do Reservatório do Xingu e formação do TVR, a atividade de garimpagem na calha do rio possa ser desenvolvida. A atividade relativa ao Acompanhamento da Evolução dos Processos Minerários na Região da Volta Grande do Xingu, no período a que se refere o presente relatório, correspondente ao segundo semestre de 2015, permitiu concluir que, do total de 24 (vinte e quatro) eventos ocorridos, 21 (vinte e um) dizem respeito a processos da empresa Belo Sun Mineração Ltda., sendo quatro publicações de alvarás de pesquisa que dizem respeito aos IDs 15, 23, 25 e 30, além de 17 (dezessete) atos de rotina administrativa do DNPM. Os demais eventos registrados estão relacionados à publicação dos alvarás de pesquisa de Filadelfo dos Reis Dias e correspondem aos IDs 19, 20 e 21. Com a iminência da mudança de cenário no TVR, conforme registrado por meio de entrevistas com moradores da comunidade da Ressaca, o monitoramento no referido trecho, caso se registre indícios de retorno da atividade de garimpagem na calha do rio Xingu, deverá ser intensificado e uma futura abordagem do tema deverá ser definida. Por outro lado, o empreendimento da empresa Belo Sun não apresentou qualquer evolução no último semestre no que diz respeito à implantação do seu projeto, à exceção da notícia de que deverá ser realizada nova audiência pública para definir o futuro dos moradores das comunidades da região da Ressaca. Dessa forma, qualquer tentativa de avaliação mais precisa das possíveis interferências com a UHE Belo Monte, que poderão ocorrer com a implantação de ambos os empreendimentos, terá que aguardar os desdobramentos do projeto de mineração. 14.2. Programa de Monitoramento das Condições de Navegabilidade e das Condições de Vida 14.2.1. Projeto de Monitoramento do Dispositivo de Transposição de Embarcações Progresso reportado pela NE: Desde a sua entrada em operação, o STE cumpre sua função primordial de garantir a continuidade da navegação no rio Xingu. A obrigatoriedade de uso do sistema, com o consequente aumento do número de transposições no segundo semestre de 2015, não acarretou em prejuízos aos seus usuários ou em aumento no tempo médio das transposições realizadas. O STE seguirá sendo operado de forma ininterrupta e as avaliações cabíveis seguirão sendo realizadas, como apresentado no presente documento. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: O STE, considerando o período de fevereiro de 2013 até dezembro de 2015, completou 34 (trinta e quatro) meses de funcionamento ininterrupto. Até meados de 2015, as transposições no STE ocorreram principalmente nos meses de cheia, garantindo a navegação no rio Xingu e a manutenção da dinâmica econômica e social existente antes da implantação da UHE Belo Monte. A partir de julho de 2015, o uso do STE passou a ser permanente e o fluxo de usuários teve um significativo aumento. O Sistema foi preparado e adequado para o aumento do fluxo de embarcações, com realização de treinamentos das equipes, contratação de profissionais e alocação de uma voadeira a montante e outra a jusante para orientações e apoio aos usuários. Adicionalmente, foi delineado e aplicado um plano de comunicação para a população em geral e outro específico para a população indígena, que abrangeu as comunidades da Volta Grande do Xingu, moradores de Altamira e pilotos de embarcações, de uma forma geral. A comunicação foi anterior ao fechamento, informando a obrigatoriedade de uso por meio de spots em rádio, televisão, folders e comunicação face-a-face nas comunidades. O Boletim de Monitoramento do STE faz o registro diário das passagens de embarcações no sistema. Segundo dados do Boletim, do início da operação do sistema até dezembro de 2015, foi realizado um total de 5.452 transposições e o número de usuários que transitaram no STE foi de mais de 23.000 pessoas. Destas transposições, 2.517 (46%) eram rabetas em barcos de madeira e as voadeiras representaram 52%. É interessante destacar o aumento proporcional na transposição de voadeiras de alumínio após o fechamento do canal da margem direita do rio Xingu no Sítio Pimental. Das 3.613 transposições realizadas entre julho e dezembro de 2015, 2.578 foram de voadeiras, ou seja, mais de 90% do total de passagens no STE. Esta situação é explicada pela maior facilidade das voadeiras transitarem pelo canal direito mesmo nos períodos de maior vazão do rio Xingu.

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Inversamente, os barcos de madeira com motores do tipo rabeta e capacidade de carga de até uma tonelada representavam, em 2014, 80% das transposições, já que são barcos mais frágeis e nos momentos de maior vazão do rio Xingu dependiam do STE. Destaca-se ainda que, segundo os dados do boletim de monitoramento diário e informações fornecidas pela empresa responsável pela operação do sistema, 3.613 transposições foram realizadas entre julho e dezembro de 2015, com a passagem no sistema de 14.430 pessoas. Em percentuais, se pode constatar que este período (coincidente com a obrigatoriedade de uso do sistema) foi responsável por 66,3% das passagens de barco e 60,6% das pessoas que utilizaram o STE. 14.2.2. Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Produção Progresso reportado pela NE: As atividades previstas no PBA no âmbito do Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Escoamento da Produção continuarão a ser desenvolvidas sem alterações de cronograma. Dessa forma, os levantamentos periódicos sazonais continuarão a ser realizados, bem como reuniões de avaliação e repasse de informações para implantação de soluções mitigadoras para dificuldades à navegabilidade e ao escoamento de produção, tendo como principal tarefa acompanhar os possíveis efeitos para a navegabilidade da nova situação estabelecida pela formação do reservatório e inicio da implementação do Hidrograma de Consenso. Adicionalmente, no primeiro trimestre de 2016 será encaminhado relatório com os resultados e avaliação final das ações de apoio à navegabilidade desenvolvidas no âmbito do Plano de Enchimento dos Reservatórios de Belo Monte. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. O programa continua a ter sua execução alinhada com as metas propostas, específicas e gerais, bem como com o cronograma de implementação. Avaliação de resultados: As atividades do Projeto, até o momento, suas principais metas e prazos previstos no PBA da UHE Belo Monte. Como resumo dos 15 (quinze) monitoramentos realizados, podem ser destacadas as principais constatações: A navegação praticada no rio Xingu e na Volta Grande se mantém de maneira semelhante à observada quando

do início do monitoramento, sem interferências significativas da execução da UHE Belo Monte que impliquem prejuízos às formas de transporte fluvial entre a Volta Grande e Altamira, mesmo considerando o período de enchimento do Reservatório do Xingu e a obrigatoriedade de passagem pelo Sistema de Transposição de Embarcações - STE;

Constata-se que o principal fator que afetou a navegação entre Altamira e a Volta Grande, ao longo do monitoramento, com a diminuição de viagens de linha e do transporte de cargas para a região do povoado da Ressaca, foi o fechamento dos garimpos, uma das principais atividades na geração de renda e trabalho para os moradores da Volta Grande, cabendo ressaltar que tal fechamento não está relacionado à implantação da UHE Belo Monte, mas sim ao advento da futura implementação, na região, de empreendimento de mineração;

A demanda por serviços de navegação provocada pela implantação da UHE Belo Monte influenciou positivamente na ampliação da frota de embarcações em Altamira, em especial das voadeiras e balsas, e na prestação de serviço por meio de empresas formalizadas; e

A implantação do STE atendeu ao objetivo de garantir a navegação na região do barramento no Sítio Pimental, tendo seu funcionamento complementado 34 (trinta e quatro) meses, de forma ininterrupta. Desde 06 julho de 2015, o uso de sistema é obrigatório para as embarcações que transitam entre Altamira e a Volta Grande do Xingu.

A partir do início do enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte, em 24 de novembro de 2015, inicia-se uma nova etapa de avaliação, onde eventuais alterações na dinâmica de navegabilidade e escoamento de produção na região serão identificadas nas campanhas de monitoramento que serão realizadas.

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14.2.3. Projeto de Monitoramento das Condições de Vida das Populações da Volta Grande Progresso reportado pela NE: O Projeto continuará a ser executado conforme delineamento apresentado no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte. Assim, os levantamentos periódicos serão mantidos, bem como o planejamento de reuniões internas de avaliação e repasse de informações para a população e instituições, através da Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande. Com base nas sete pesquisas realizadas até 2015, avalia-se que deve ter continuidade a adoção do monitoramento para o período pós-enchimento, por ser um dos momentos de maior alteração da região. Esta periodicidade pode passar para anual a partir de que seja verificado um quadro de estabilidade no que se refere aos temas avaliados (condições de moradia, renda, atividades econômicas, expectativas uso do rio etc.), com poucas diferenciações nas informações colhidas, o que também vai ao encontro da intenção de diminuir o número de abordagens da população da região, muito exigida em função dos demais projetos em execução. Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: As análises desenvolvidas no Projeto 14.2.3 seguem referenciadas nas pesquisas amostrais aplicadas em sete etapas, que procuraram acompanhar os principais aspectos das condições de vida das populações da Volta Grande, o levantamento de informações e dados com instituições locais e os contatos periódicos com as populações da Volta Grande e seus representantes. Os dados levantados em cada campanha do monitoramento permitiram diversas comparações entre os resultados obtidos nas demais campanhas já realizadas e, considerando o desenvolvimento do Projeto, permitem indicar uma diferenciação das dinâmicas econômica e social das comunidades pesquisadas, que configuram três realidades da Volta Grande que interagem de maneira diferente com o empreendimento da UHE Belo Monte, a saber: Os povoados de Belo Monte e Belo Monte do Pontal, na confluência do rio Xingu e da BR 230, que lidam com

os impactos diretos pela proximidade com o empreendimento e, por isto mesmo, são alvo de atenção especial nas ações da Norte Energia previstas no PBA, incluindo a implantação de infraestrutura urbana e novos equipamentos de educação e saúde;

Os povoados da Ressaca, Ilha da Fazenda e Garimpo do Galo, próximos entre si, em que se concentram equipamentos de educação e saúde que atendem à parte da Volta Grande. Nestes locais foram implantados sistemas de saneamento e já se encontra em funcionamento nova unidade de Saúde da Ressaca, assim como foram também implantadas, nessa localidade, duas salas de aula na EMEF Luis Rabelo; e

A população rural da Volta Grande, distribuída pelos imóveis rurais ribeirinhos deste trecho do rio Xingu e de alguns tributários, que vive da agropecuária e da pesca, população em que, ao longo dos monitoramentos, foi constatada uma dinâmica social e de suas atividades econômicas mais estáveis, apresentando, no entanto, as situações de maior carência de serviços públicos e de infraestrutura.

É fato que não são realidades estanques, podendo, em determinada medida, haver pessoas que vivenciam concomitantemente mais de uma das situações citadas. No entanto, a maior parte das pessoas da região se relaciona com o empreendimento a partir de uma das três perspectivas arroladas acima, o que deve ser considerado no desenvolvimento do Projeto.

14.2.4. Projeto de Recomposição da Infraestrutura Fluvial Progresso reportado pela NE: As atividades desenvolvidas no âmbito do presente Projeto 14.2.4 durante o segundo semestre de 2015 (julho a dezembro de 2015) estiveram estreitamente relacionadas com o Plano de Navegabilidade estabelecido no âmbito do Plano de Enchimento dos Reservatórios da UHE Belo Monte (PERBM), que foi implantado a partir da data de início do enchimento dos reservatórios, no dia 25/11/2015. O Plano de Navegabilidade tem como objetivo principal estabelecer procedimentos de verificação das condições de navegação no TVR e reservatório Xingu para o período de enchimento, em que a vazão a ser vertida para jusante do barramento principal, no Sítio Pimental, será correspondente à vazão afluente mínima prevista para o Hidrograma Ecológico de Consenso e ações específicas para se evitar risco de acidentes durante o período de formação dos reservatórios. Os objetivos específicos desse Plano são: Avaliar, identificar e sinalizar as rotas de navegação na bacia de formação do reservatório Xingu, a montante da

Barragem do Pimental, em função da perda de pontos de referência de navegação (ilhas, pedrais, etc.) e criação

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de situações de risco, como áreas rasas e com obstáculos que possam provocar acidentes aos navegadores; Avaliar as condições de navegação nos locais de atenção no TVR identificados ao longo das rotas principais e

com base nos resultados da modelagem matemática realizada para os quatro pontos específicos no rio Xingu (Kaitucá, Landir, Três Pancadas e Curupira) e aquele no rio Bacajá (Percata);

Atuar preventivamente, identificando pontos de atenção que possam ter as condições de navegação agravadas durante o período de enchimento dos reservatórios, com vazão mínima no TVR semelhante a que será praticada com a adoção, durante o período de operação da UHE Belo Monte, do Hidrograma Ecológico de Consenso; e

Indicar procedimentos de orientação e sinalização em caso de risco à navegação a ser identificado no TVR durante o período de enchimento e no reservatório Xingu propriamente dito.

Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 12° RSAP, período de outubro a dezembro de 2015; 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes – UHE Belo Monte –

Janeiro de 2016. Análise de conformidade: As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma. Avaliação de resultados: Em 17/12/2015 foi realizada, no âmbito do Fórum de Acompanhamento Social da UHE Belo Monte (FASBM), a 12ª reunião da Comissão do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu e a 8ª Reunião do Comitê Permanente de Acompanhamento do STE, onde se apresentou o resultado da pesquisa de satisfação realizada junto aos usuários do STE, além da metodologia adotada e resultados parciais das atividades de apoio à navegação conduzidas no bojo do PERBM que compõem aquelas inerentes ao presente Projeto 14.2.4. A ata da referida reunião é apresentada como anexo no Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Escoamento da produção (PBA 14.2.3). Ao longo do ano de 2015, tiveram continuidade as vistorias de campo nos percursos fluviais próximos ao Sítio Pimental para constatação das possíveis interferências nas boias de sinalização instaladas no entorno do STE. As referidas bóias constituem a sinalização náutica instalada na região, que orienta as embarcações a navegarem nos trechos fluviais do rio Xingu que dão acesso ao STE. Para a fase de enchimento do Reservatório do Xingu foi implementado reforço na sinalização junto às obras do Sitio Pimental, em especial na identificação dos trechos de interdição, bem como a revisão de toda a sinalização de indicação dos acessos de montante e jusante do STE, de forma a facilitar a aproximação das embarcações, considerando que a utilização do sistema passou a ser obrigatório. Foi elaborado um Plano de Ação para adoção de medidas preventivas para sinalização náutica no Reservatório Xingu, tendo em vista a perda de referência devido à supressão da vegetação das ilhas e à formação do reservatório, no trecho correspondente ao Barramento Principal de Pimental até a cidade de Altamira. Durante os meses de outubro a dezembro de 2015, foi realizada a implantação do balizamento provisório do rio Xingu, após levantamento batimétrico executado, onde se definiu o traçado do canal de navegação. Ressalta-se que a empresa executora somente iniciou os trabalhos de batimetria após o recebimento da Autorização nº 241/15 da Capitania dos Portos. O balizamento se caracterizou pela implantação de tambores de 200 L ao longo do rio Xingu, sendo que, a título de sinalização, os tambores de cor verde indicam sinal lateral bombordo, os de cor encarnada determinam sinal lateral boroeste e os de cor vermelho e preto definem os sinais de perigo isolado. Portanto, estes três sinais náuticos estabelecidos caracterizam os limites laterais e áreas possíveis de riscos à navegação. Vale destacar que o balizamento definitivo será materializado com base em uma nova batimetria, que será realizada após a estabilização do Reservatório do Xingu, para definição mais acurada do melhor traçado da rota de navegação a ser estabelecido. 15. Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno dos Reservatórios – PACUERAProgresso reportado pela Norte Energia: A proposta de delimitação da APP variável da UHE Belo Monte foi aprovada em 23 de junho de 2015 por meio da Nota Técnica n° 02001.000646/2015-05 COHID/IBAMA. No Parecer n° 02001.003622/2015-08 COHID/IBAMA de análise da solicitação de LO da UHE Belo Monte, o IBAMA informou que o PACUERA será analisado por meio de um documento específico. Até a data de emissão do 9º RC, o IBAMA não havia emitido a referida análise do PACUERA. A NE aguarda a emissão desse parecer específico do IBAMA, com a análise da “Versão Resumida” do PACUERA, e onde se espera que conste a definição das datas para a realização da Consulta Pública. Após aprovação do Plano, o Programa de Gestão Ambiental e Sócio Patrimonial e o Programa de Recomposição da Cobertura Vegetal da APP, ambos propostos no âmbito do PACUERA, poderão ser executados.

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Escopo da verificação do andamento do Programa no período: 9º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, julho a dezembro de 2015. Análise de conformidade: Segundo as planilhas apresentadas como anexo ao Relatório do P.15 do 9º RC, todos os objetivos e metas previstos no PBA para este Programa encontram-se concluídos. Avaliação de resultados: Assim como no relatório anterior, o 9º RC informa que a NE continua aguardando o parecer do IBAMA sobre a “Versão Resumida” do PACUERA e sobre as datas para a realização da Consulta Pública, a única etapa restante para a conclusão deste Plano. O cronograma apresentado como anexo ao Relatório do P.15 do 9º RC prevê a conclusão da aprovação pelo IBAMA até junho de 2016. Supõe-se que esta aprovação seja da versão final do PACUERA, pós-realização da consulta pública. A elaboração de Termo de referência para contratação e a contratação propriamente dita são etapas também com previsão de finalização em junho de 2016.